relatorio de estagio adelson

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS DEPARTAMENTO DE ZOOTENCIA - DZO RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO ACADÊMICO: José Adelson Santana Neto ORIENTADOR PEDAGÓGICO: Jaillson Lara Fagundes SÃO CRISTOVÃO 2011

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Page 1: Relatorio de Estagio Adelson

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS

DEPARTAMENTO DE ZOOTENCIA - DZO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

OBRIGATÓRIO

ACADÊMICO: José Adelson Santana Neto

ORIENTADOR PEDAGÓGICO: Jaillson Lara Fagundes

SÃO CRISTOVÃO

2011

Page 2: Relatorio de Estagio Adelson

JOSÉ ADELSON SANTANA NETO

AVALIAÇÂO DA SILAGEM DE GLIRICÍDIA NA

ALIMENTAÇAO DE OVINOS

Trabalho apresentado à Coordenação do curso de

Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe

como requisito parcial para obtenção do grau de

Zootecnista.

Orientador Pedagógico:

Prof. Dr. Jailson Lara Fagundes

Orientadores Técnicos:

Dr. José Henrique de Albuquerque Rangel

Dr. Evandro Neves Muniz

SÃO CRISTOVÃO

SERGIPE – BRASIL

2011

Page 3: Relatorio de Estagio Adelson
Page 4: Relatorio de Estagio Adelson

DEDICO

À minha mãe Maria Auxiliadora e ao meu pai José Erivaldo Santana, pelo

amor e confiança depositados, pelos exemplos de caráter, pela educação e pelo

incentivo e apoio em todos momentos.

À minha namorada Ana Alves, por todo amor e carinho.

À minha irmã Benizia, meus avós, primos, tios e amigos, pela motivação e

apoio.

OFEREÇO

Ao meu orientador, Dr. Evandro Neves Muniz e ao Dr. José Henrique de

Albuquerque Rangel, pela oportunidade, incentivo, apoio e confiança.

Aos mestres Prof. Dr. Jailson Lara Fagundes, Prof.ª Dr.ª Ângela Cristina e

a Prof.ª Drª. Jucileia Morais, pelos ensinamentos e ajuda.

Page 5: Relatorio de Estagio Adelson

AGRADECIMENTOS

Sinto-me como um guerreiro que chega vitorioso do fim de uma batalha. Foram

incontáveis as pessoas que fizeram e fazem parte dessa importante conquista.

Primeiramente, agradeço muito aos meus pais, José Erivaldo (Galego) e Maria

Auxiliadora (Dora). A minha mãe, pelas cobranças em relação aos estudos. Lembro-me

daquele tempo em que ela só me deixava sair para jogar bola quando terminasse as

tarefas da escola e, principalmente, daqueles “tapinhas” de quando eu errava alguma

coisa, pois é... Aprendi muito com isso. Obrigado por todo amor e carinho, você é muito

importante para mim. A meu pai, um exemplo de homem e de pai para mim, pelo esforço

feito para poder me proporcionar sempre uma educação de qualidade, com a qual adquiri

conhecimentos que carregarei por toda minha vida. Esse foi o maior presente que ele

poderia ter me dado.

Agradeço aos meus avós maternos, Benildo (in memoriam) e Nivalda, por todo

amor, carinho e proteção. Sei que fui e sou muito amado por vocês. À minha avó materna

Maria, pelo apoio e preocupação demonstrada, sempre disposta a me ajudar no que

fosse preciso. Obrigado por tudo!.

Agradeço também a minha namorada Aninha... É tão difícil expressar em tão

poucas palavras o quanto ela é importante para mim. Você foi responsável direta por

mais essa conquista na minha vida, sempre me dando forças e conselhos valiosos.

Obrigado por todo carinho, paciência e por me amar tanto. Com você, aprendi o

verdadeiro significado da palavra amor.

Obrigado também a minha segunda família, ou melhor, as minhas duas Sogras

(D. Silvia e D. Elisabete) e aos meus dois Sogros (Seu Tanisson e Seu Genival), vocês

me deram o maior presente da minha vida.

Aos meus amigos e irmãos de coração: Mayara, Diego, Flávio (Roberval), Flávio,

Evanderson, Janisson, Madson, Thiago, Luis Carlos, Renan e Morgana.

Page 6: Relatorio de Estagio Adelson

A Embrapa, por me conceder a oportunidade de estagiar por 3 anos, o que me

proporcionou grandes aprendizados e círculos de amizade que carregarei por toda minha

vida.

Ao Dr. Evandro Muniz, pela oportunidade e confiança depositada em mim. Você

foi muito importante para minha formação acadêmica e um exemplo que pretendo seguir

Poe toda minha vida profissional.

Agradeço aos amigos do LNA da Embrapa (Laboratório de Nutrição Animal): Dr.

Rangel, Daniel, Railton, Helber, Vivisinho, Giovana, Wilton e Luciana.

Aos amigos de faculdade: Vinicius, Roberta, Karen, Camila, Neto, Tonho, Mika,

Mada, Carol, Rafael e tantos outros que fizeram parte da minha família UFS; aos meus

professores: Prof.ª Ângela Cristina (primeira oportunidade na iniciação cientifica), Prof.

Jailson Lara Fagundes e a. Prof.ª Jucileia Morais (por acreditarem e incentivarem minhas

idéias).

Obrigado a todos que não citei, mas que contribuíram de forma direta ou indireta

para essa vitoria. Mais uma batalha foi vencida, mas é certo que outras virão e, com

certeza, sairei vitorioso, porque, enfim, sou um ZOOTECNISTA.

Page 7: Relatorio de Estagio Adelson

BIOGRAFIA

JOSÉ ADELSON SANTANA NETO, filho de José Erivaldo Santana e Maria

Auxiliadora Gomes Santana, nascido na cidade de Aracaju, Estado de Sergipe,

em 9 de setembro de 1986.

Em março de 2007, iniciou o curso de Zootecnia, na Universidade Federal

de Sergipe, defendendo o relatório de estágio supervisionado em 9 de Junho de

2011.

Page 8: Relatorio de Estagio Adelson

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

1.1 ANALISE GERAL DA OVINOCULTURA NO BRASIL ......................................... 1

1.2 A OVINOCULTURA NO NORDESTE ..................................................................... 3

1.3 OVINOCULTURA EM SERGIPE ............................................................................. 4

1.4 LEGUMINOSAS COMO ALTERNATIVA ALIMENTAR PARA O SEMI-ÁRIDO6

2 OBJETIVO DO ESTAGIO SUPERVISIONADO ......................................................... 11

3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTAGIO ..................................................................... 11

3.1 LOCALIZAÇÃO .............................................................................................................. 11

3.2 HISTÓRICO DA EMBRAPA - CPATC ........................................................................ 12

3.3 LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS .............................................. 12

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ....................................................... 16

4.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL16

4.1.1 Determinação de Matéria Seca ............................................................................ 17

4.1.2 Determinação da Proteína Bruta .......................................................................... 17

4.1.3 Determinação de extrato etéreo ou gordura bruta ............................................ 18

4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CAMPO EXPERIMENTAL JORGE SOBRAL

................................................................................................................................................. 19

4.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CAMPO EXPERIMENTAL PEDRO ARLE21

5- TRABALHO TÉCNICO-CIENTÍFICO ............................................................................... 23

5.1- RESUMO ....................................................................................................................... 23

5.2 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 25

5.3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................. 26

5.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 30

5.5 CONCLUSÕES .............................................................................................................. 41

6 CONTRIBUIÇÃO DO ESTAGIO PARA CARREEIRA PROFISSIONAL .................... 42

7 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS E PRATICAS ............................................................. 43

8 CONSIDERAÇOES FINAIS ................................................................................................ 44

9 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 45

Page 9: Relatorio de Estagio Adelson

1

1 INTRODUÇÃO

1.1 ANALISE GERAL DA OVINOCULTURA NO BRASIL

O sistema de criação de ovinos no Brasil vem passando, nos últimos

anos por uma larga expansão e uma acentuada procura por modernização.

Um fator importante na ovinocultura e o aumento da demanda por carne ovina.

Segundo os dados da ANUALPEC (2000), a produção de carne ovina

encontra-se em torno de 12.800.000 toneladas, sendo abastecidas por

mercados de países com sistemas de produção e comercialização

especializados.

De acordo com a ANUALPEC (2005), o rebanho de ovinos no Brasil está

estimado em torno de 16,05 milhões de cabeças, sendo a região nordeste

detentora de 56% desse total. Atualmente a ovinocultura apresenta um

considerável número de criadores, sendo a maioria destes pequenos

produtores. Esta atividade ainda não é conduzida de forma eficiente que possa

permitir a geração de lucros e empregos de forma permanente e crescente.

Segundo PINTO et. al. (2005) a crescente procura pela carne ovina e por

outros produtos desta espécie requer melhorias nos sistemas de produção,

principalmente no desempenho produtivo do rebanho, necessitando de estudos

que permitam atender as necessidades nutricionais desses animais a um baixo

custo de produção.

O Brasil como produtor de carne ovina, contribui apenas com menos de

1,0% da produção de carne ovina mundial, apresentando abate médio de 970

mil cabeças por ano (ANUALPEC, 2000). O crescente aumento do efetivo

ovino, uma maior produção de cordeiros para o abate e o fortalecimento da

Page 10: Relatorio de Estagio Adelson

2

cadeia produtiva são algumas medidas a serem tomadas para que o país

possa exportar carne ovina para mercados externos de maior consumo. Outro

fator importante para a baixa produção de carne ovina no Brasil é o seu

consumo per capita, aonde este baixo consumo vem do aspecto cultural do

brasileiro em preferir carnes de outras espécies como por exemplo bovinos,

suínos e aves. Em comparação a grandes centros consumidores no mundo

como, por exemplo, Austrália e Nova Zelândia aonde o consumo de carne

ovina chega a 20 kg/pessoa/ano, enquanto no Brasil esse consumo não

ultrapassa 30 g/pessoa/ano.

A baixa produção de carne ovina no Brasil em comparação com a

produção mundial, deve-se ao fato que os dois maiores centros de criação de

ovinos no país, região sul e a região nordeste, não são grandes produtores de

carne; na primeira a ovinocultura, ate pouco tempo, estava quase que

totalmente voltada para produção de lã e ainda hoje a produção de carne de

cordeiro depende muito dos preços da lã no mercado. Já no nordeste a criação

apresenta-se ainda como uma atividade de subsistência e com sistemas de

criação extensivos com baixa produtividade.

Com a queda do preço da lã no mercado nacional, o nordeste alcançou um

melhor patamar no cenário da ovinocultura brasileira, já que os ovinos criados

no nordeste são os deslanados, uma vez que esses ovinos apresentam uma

aptidão para corte ao contrario do que acontece com ovinos lanados, onde a

produção de carne e uma atividade secundariam. Segundo MARTINS (2006)

os ovinos deslanados surgiram como alternativa viável e permitiram o

Page 11: Relatorio de Estagio Adelson

3

desenvolvimento da ovinocultura em regiões onde, até então, a criação destes

animais não tinha expressividade.

1.2 A OVINOCULTURA NO NORDESTE

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) revelam que o rebanho brasileiro de ovinos está em torno de

14 milhões de cabeças, sendo que são 3,3 milhões de animais no estado do

Rio Grande do Sul, ainda líder nacional na ovinocultura. Por outro lado, os

dados também comprovam uma migração acentuada da criação para outras

regiões, como Bahia, seguido do Ceará, Piauí, Pernambuco e Paraíba, estados

denominados típicos somente para a caprinocultura.

A criação de ovinos no nordeste brasileiro se caracteriza como uma

atividade secundária de subsistência, necessitando de tecnologias que

proporcione uma melhor produtividade desses animais.

Nessa região, a exploração da ovinocultura, é afetada por fatores

climáticos em determinadas épocas do ano. Segundo DANTAS et al (2008) a

distribuição das chuvas ao longo do ano e a precipitação pluviométrica

destacam-se por serem determinantes na disponibilidade e qualidade da

pastagem, com conseqüências marcantes na produção animal, especialmente

de caprinos e ovinos. Sendo a má distribuição das chuvas ao longo do ano o

fator negativo para exploração de atividades economicamente lucrativas.

A forma de exploração e as pastagens usadas na criação de ovinos têm

influência direta na terminação destes animais, influenciando nas

características das carcaças. SANIZ (1996) destacou que as características da

carcaça são influenciadas pela velocidade de crescimento, idade ao abate e

Page 12: Relatorio de Estagio Adelson

4

regime nutricional dos animais. Apesar das pastagens constituírem a forma

mais barata para alimentação de ruminantes em relação a dietas a base de

concentrado, borregos terminados em pastagens apresenta uma velocidade de

crescimento inferior aos animais terminados em confinamento, aumentando a

idade deste para o abate.

Outro fator importante na pecuária do Nordeste é que as pastagens na

época da seca, período em que as pastagens apresentam-se com baixos

valores nutritivos, não suportando a lotação animal que é imposta, dificultando

dessa forma a produção animal. Por esse motivo é importante estudar

sistemas que diminuam os problemas com a falta de forragem no período seco.

Segundo VASCONCELOS et al (2000) a produção em sistemas de

confinamento apresenta-se como uma excelente alternativa, principalmente no

período de escassez de forragens, para a obtenção de borregos na

entressafra. Sistemas de confinamento apresentam características desejáveis

como: ganho de peso maior e satisfatório em relação a animais alimentados

em pastagens, apresenta também um conversão alimentar maior.

1.3 OVINOCULTURA EM SERGIPE

A ovinocultura Sergipana apesar de ter o menor rebanho do nordeste,

apresenta uma das maiores concentrações de ovinos por área do Brasil,

Sergipe ainda se destaca por possuir um excelente padrão genético, o que

coloca como um dos melhores rebanhos ovinos da raça Santa Inês do país,

fato este que tem atraído compradores das regiões sul, sudeste e centro-oeste.

No estado existe uma ovinocultura bastante forte, o que coloca o estado como

Page 13: Relatorio de Estagio Adelson

5

um dos berços da raça Santa Inês e uma das fontes mais importantes de

material genético desta raça no Brasil. Sergipe também tem despertado

interesse de criadores de outros países latinos sendo uns dos maiores

exportadores de matrizes e reprodutores do país.

A raça Santa Inês, tipicamente brasileira, teve origem em Sergipe e é

resultante do cruzamento entre carneiros da raça Bergamáscia (raça italiana) e

ovelhas Morada Nova (originárias do Ceará) e crioulas. As principais

características desses animais são a grande adaptabilidade ao clima quente e

a aptidão para produção de carne. São férteis, prolíferos e precoces,

destacando-se também pela habilidade materna (THOMAS, 1991).

O estado possui um efetivo estimado em 139.000 cabeças, distribuído

principalmente nos municípios de Tobias Barreto e Boquim, na região agreste

do município de Lagarto e no sertão da região do São Francisco (IBGE, 2004).

O sistema de criação do estado é feito em sua maioria de forma

extensiva, visando quase que unicamente a produção de carne. Em geral a

ovinocultura sergipana é realizada por pequenos produtores explorando a

atividade como um sistema de agricultura familiar. Apesar dos incentivo através

de políticas públicos a ovinocultura no estado apresenta baixos índices de

produção, devido ao grande número de abates de animais com idade avançada

proporcionado baixo rendimento de carcaça e pouca uniformidade de lotes,

dificultando assim a venda destes animais, já que animais mais velhos

apresentam mais gordura na carcaça assim como maior dureza de sua carne,

alem disto a falta de frigoríficos regularizados pelo Serviço de Inspeção Federal

do Ministério da Agricultora, dificulta a comercialização da carne ovina no

Page 14: Relatorio de Estagio Adelson

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estado, porém uma pequena parcela do efetivo ovino são abatidos em

frigoríficos regulamentados, sendo a maioria abatida em abatedouros

clandestinos.

A oferta de animais também é insuficiente. Um dos fatores que

concorrem para o agravamento dessas condições é o estágio sanitário dos

rebanhos, onde se observa a ocorrência de diversas enfermidades, como

aquelas provocadas por parasitos, vírus e bactérias (BRESSAN, 2001).

1.4 LEGUMINOSAS COMO ALTERNATIVA ALIMENTAR PARA O SEMI-

ÁRIDO

Por conta do período de estacionalidade de algumas forrageiras no

período seco no nordeste a procura por alternativas alimentares que não

sofram estacionalidade produtiva é de fundamental importância para uma boa

exploração da pecuária. Algumas alternativas alimentares vêm sendo

estudadas para utilização na alimentação animal, se destacando as

leguminosas forrageiras como a leucena e a gliricídia. Sendo que estas

leguminosas conseguem manter sua produtividade mesmo em épocas secas,

sofrendo pouca ou nenhuma estacionalidade produtiva no decorre do ano, e

permanecendo, na época seca, com as folhas verdes. As leguminosas de

maneira geral mostram-se com grande potencial nesta questão. Sendo alvo de

estudos desenvolvidos para as regiões de clima semi-árido.

A gliricídia (Gliricidia sepium (Jacq.) Steud) é umas das espécies mais

utilizadas na America Central, na construção de cercas vivas e sistemas

agrossilviculturais, graças as suas características de uso múltiplo, fácil

Page 15: Relatorio de Estagio Adelson

7

propagação, crescimento rápido, capacidade de regeneração, resistência à

seca e principalmente como forrageira na alimentação de ruminantes.

DRUMOND et al. (1999).

A espécie pertence à família Fabaceae, sendo caracterizada como uma

planta arbórea de 12 a 15 m de altura, diâmetro á altura do peito com ate 30

cm (NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES, 1980). A utilização desta espécie

é bastante ampla podendo ser usado para recuperação de solos, sistemas

agroflorestais ou agrosilvipastoris, na alimentação animal como banco de

proteína ou nas formas de silagem ou feno para suplementação alimentar de

borregos de raças ovinas tropicais.

A gliricídia (Gliricidia sepium) é uma leguminosa arbórea que apresenta

alto valor forrageiro sendo normalmente usada na alimentação de ruminantes,

suas folhas apresenta um alto teor de proteína bruta (PB), variando de 20% a

30% de proteína bruta na matéria seca (CHADHOKAR, 1982; DUNSDON et al.,

1991; CARVALHO FILHO et al., 1997). DEVENDRA & GOHL (1970)

encontraram valores superiores de proteína bruta na matéria seca para folhas

de 30% PB e valores para talos tenros de 20,1% PB. DUKE (1981) encontou

valores de 15,7% de PB, para as folhas, inferiores aos dos autores acima

citados. Por ser uma espécie, onde os valores de proteína bruta são

considerados elevados, a gliricídia é considerada uma espécie adequada para

alimentação animal. A suplementação alimentar utilizando-se a gliricídia tanto

em épocas secas ou na época chuvosa é de fundamental importância, pois a

gliricídia apresenta muito mais proteína que o capim, que gira em torno de 10%

de PB. Segundo GAMA et al. (2009), A gliricídia desenvolve-se melhor em

Page 16: Relatorio de Estagio Adelson

8

condições quentes e úmidas. Seu crescimento é limitado por baixas

temperaturas e baixas precipitações pluviais, podendo tolerar prolongados

períodos de seca, mas com queda de folhas dos ramos mais velhos. Estes

mesmos autores encontraram valores de proteína bruta nas folhas de 20% a

20,6% no período chuvoso e de 20,6% a 21,1% de proteína bruta no período

seco. Alem do alto teor protéico a gliricídia apresenta altos valores de fibra

(45% de FDN) e cálcio (1,7%).

Segundo MENDONÇA (2005), a gliricídia é considerada com baixa

palatabilidade, quando oferecida verde aos animais. Para evitar problemas com

relutância em consumir a gliricídia é necessário um tempo para adaptação dos

animais ou algum tipo de conservação, como por exemplo, fenação ou

ensilagem. Uma vez fenada ou ensilada, é bem consumida pelos ruminantes

em geral. Porém, SOUTO et al., (1992), confirmaram que a baixa palatabilidade

da gliricídia depende do acesso usado sob certas condições. A gliricídia

apresenta níveis baixos de tanino (HINDRICHSEN et al., 2004; MCSWEENEY

et al., 2005). Segundo VIEIRA et al. (2001), a gliricídia apresenta valores de

taninos de 0,62 mg eq. em acido tânico. De acordo com WAGHOM et al.

(1990), o nível de tanino não deve ultrapassar 4% da matéria seca na dieta

para ruminantes, sendo que valores maiores que o citado comprometera o

consumo da forragem ocasionando problemas com a digestão de proteínas.

Apesar de possuir níveis de taninos aceitáveis em uma dieta para ruminantes é

importante esclarecer que somente utilizar a Gliricídia não é aconselhável, pois

pode levar o animal a ter problemas, como o timpanismo esponjoso.

Page 17: Relatorio de Estagio Adelson

9

Uma das formas de fornecimento da gliricídia no cocho para ruminantes

é na forma de silagem. Segundo CARDOSO & SILVA (1995) silagem é a

forragem verde, suculenta, conservada por meio de um processo de

fermentação anaeróbica. Os mesmos autores afirmam também que a silagem

não melhora a qualidade das forragens, apenas conserva a qualidade original.

Portando o ponto e a idade de corte influência diretamente na qualidade

nutritiva da forragem. Um dos pontos positivos na utilização da silagem na

região do nordeste é que esta conserva a água presente na forragem

diferentemente do feno, (processo de conservação de forragem pela

desidratação), já que a água e o principal nutriente na época da seca, fator

limitante principal na criação de animais no semi-árido Nordestino.

De acordo com RIOS et al. (2005), o uso de matérias-primas

alternativas, em substituição de alimentos concentrados comerciais, que é

usado para complementar a dieta de cordeiros, é positivo e bastante viavel. os

ganhos de peso são semelhantes aos obtidos quando os animais são

suplementados com concentrado comercial.

Segundo COSTA et al. (2007), a inclusão da silagem de gliricídia em ate

40% em substituição a silagem de milho proporcionou um melhor desempenho

dos cordeiros em confinamento, os mesmos autores afirmam que o ganho de

peso diário com 40% de silagem de gliricídia foi de 86 g/dia.

MUNIZ et al. (2009), não encontraram diferença no peso final de

cordeiros alimentados com feno de gliricídia e cordeiros alimentados com

concentrado, onde o peso final obtido foi respectivamente de 52,2 e 52,8 kg.

Page 18: Relatorio de Estagio Adelson

10

Em Sergipe estão sendo desenvolvidos trabalhos referentes a manejo e

utilização da gliricídia na alimentação animal, esta forrageira tem sido utilizada

como suplementação protéica, sendo sua principal característica o baixo custo

em comparação com outros tipos de suplementação tradicional. Em estudos

realizados em Frei Paulo – SE, no campo experimental Pedro Arle vem

utilizando a silagem ou feno de gliricídia na alimentação de cordeiros

confinados, a gliricídia entra como substituto do concentrado comercial, não

tendo havido diferenças significativas quando a gliricídia substitui parcialmente

o concentrado.

Segundo MUNIZ et al (2009), a substituição parcial do concentrado por

feno de gliricídia não ocasiona diminuição no desempenho de ovinos Santa

Inês alimentados em confinamento. Em Nossa Senhora das Dores –SE há

varias formas de cultivos da gliricídia, em uma delas a gliricídia é utilizada em

sistemas silvipastoris cultivadas em alamedas junto com Brachiaria brizantha

visando a substituição do nitrogênio mineral e também servindo como alimento

para garrotes nelore mantidos nestas pastagens consorciadas em sistema

rotacionado.

Segundo de ARAUJO et al. 2010, os ganhos de peso/ha/dia são

expressivos na época da seca, onde o consórcio de B. brizantha/G. sepium

demonstrou ser uma alternativa alimentar com grande teores de proteína bruta

na dieta do animal, onde verificou-se no tratamento com B. brizantha/G. sepium

valor de ganho de peso (1802 g/ha/dia) maior do que o propiciado pelo maior

nível de 240 kg N/ha (1715 g/ha/dia).

Page 19: Relatorio de Estagio Adelson

11

Praticamente são poucos estudos sobre a utilização de gliricídia no

Brasil, sobretudo na alimentação animal sendo que o potencial demonstrado

por esta leguminosa para produção é muito elevado. Diante disto, apresento

meu relatório de estagio supervisionado, o presente trabalho de pesquisa que

foi realizado na Embrapa Tabuleiros Costeiros, com intuito de avaliar o

desempenho de ovinos alimentados com silagem de gliricídia.

2 OBJETIVO DO ESTAGIO SUPERVISIONADO

O presente relatório tem por objetivo relatar as atividades assistidas e

desenvolvidas no Estágio Supervisionado realizado na Embrapa Tabuleiros

Costeiros em Aracaju-SE e no campo experimental de Frei Paulo-SE. Também

teve como objetivo acompanhar um projeto de pesquisa visando avaliar o efeito

da substituição parcial ou total do concentrado pela silagem de gliricídia na

alimentação de ovinos Santa Inês.

3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTAGIO

3.1 LOCALIZAÇÃO

O Estágio foi realizado no Laboratório de Nutrição Animal em Aracaju e

no Campo experimental Pedro Arle, localizado no município de Frei Paulo-SE,

ambos pertencente a Embrapa Tabuleiros Costeiros (CPATC), com sede na

cidade de Aracaju, na Av. Beira Mar, 3250 – Bairro 13 de Julho.

Page 20: Relatorio de Estagio Adelson

12

3.2 HISTÓRICO DA EMBRAPA - CPATC

O Centro de Pesquisa Agropecuário dos Tabuleiros Costeiros é um dos

37 centros de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –

Embrapa. Foi criado em 1993 e tem sua sede em Aracaju-SE. A origem da

Embrapa Tabuleiros Costeiros, vem da Unidade de Execução de Pesquisa de

Âmbito Estadual de Quissamã – UEPAE de Quissamã, criada em 1975,

responsável, então, pelas pesquisas com coco, mandioca, milho. Em 1978 a

UEPAE de Quissamã passou a ter sede em Aracaju, passando-se a chamar de

UEPAE de Aracaju. Como as maiorias das pesquisas eram feitas com coco,

em 1981 passou a coordenar o, então criado, Programa Nacional de Pesquisa

de Coco, sendo em 1985, transformada em Centro Nacional de Pesquisa de

Coco – CNPCo. Em 1993 com um aumento na demanda de pesquisas

relacionadas a outras áreas de conhecimento e com a necessidade da

Embrapa de criar uma nova visão de cenários alternativos para a pesquisa

agropecuária brasileira, visando à criação de um novo modelo institucional

capaz de incorporar as novas demandas o CNPCo passou de centro temático

de produto para outro, de visão mais abrangente, tendo a região dos tabuleiros

costeiros e baixada litorânea como principal área de atuação passando a se

chamar CPATC.

3.3 LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS

A Embrapa CPATC possui campos experimentais, laboratórios, casas de

vegetação e biblioteca. Na sede em Aracaju estão localizados os laboratórios e

a biblioteca “Maria Ferreira de Melo”.

Page 21: Relatorio de Estagio Adelson

13

A biblioteca “Maria Ferreira de Melo” surgiu em 1974, quando em cada

Unidade foi instituída uma biblioteca. Hoje a biblioteca do CPATC conta com

um acervo crescente de 18.364 registros e 634 títulos de periódicos, atendendo

usuários internos e externos em suas buscas informacionais nas áreas da

agricultura, pecuária, pedologia e áreas afins.

Alem do Laboratório de Nutrição Animal a Embrapa Tabuleiros Costeiros

conta com mais 12 laboratórios: Laboratório de Controle Biológico, Laboratório

de Biotecnologia, Laboratório de Ecofisiologia Vegetal, Laboratório de

Entomologia, Laboratório de Fertilidade de Solos e Nutrição de Plantas,

Laboratório de Fitopatologia, Laboratório de Física dos Solos, Laboratório de

Geotecnologias Aplicadas, Laboratório de Gerenciamento de Resíduos

Químicos – GERELAB, Laboratório de Melhoramento Genético, Laboratório de

Sanidade Animal e o Laboratório de Sementes Florestais.

O Laboratório de Nutrição Animal da Embrapa Tabuleiros Costeiros

(LNA) foi implantado na antiga UEPAE/ Aracaju, onde inicialmente só era feita

análise para determinação de nitrogênio total/proteína bruta. Logo depois foram

implantadas mais analises bromatologicas de alimentos como determinações

de matéria seca, cinza, extrato etéreo e fibra bruta e a digestibilidade in vitro da

matéria seca. Em 1995 foram implantadas mais analises como as

determinações de fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido,

lignina, ácido lático e pH em silagens e N amoniacal.

O LNA tem como objetivo da suporte à pesquisa agropecuária em

Nutrição Animal e áreas afins de abrangência dos tabuleiros costeiros,

Page 22: Relatorio de Estagio Adelson

14

realizando análises de alimentos, vinculadas a projetos de pesquisa e para

produtores.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros conta hoje com quatro campos

experimentais além do campo experimental Pedro Arle em Frei Paulo. Os

demais campos experimentais são: Campo Experimental de Betume, Campo

Experimental de Itaporanga, Campo Experimental de Umbaúba e Campo

Experimental Jorge do Prado Sobral em Nossa Senhora das Dores-SE. A

Embrapa Tabuleiros Costeiros também conta com duas áreas experimentais de

Própria e Penedo e uma unidade de pesquisa estadual em Rio Largo, AL.

A Fazenda Queimadas, denominada de Campo Experimental Pedro Arle

Santana Pedreira, localizado no município de Frei Paulo, região agreste do

Estado de Sergipe, possui uma área total de 185 há. O rebanho de ovinos

Santa Inês foi estabelecido no ano de 1982 e seu plantel esta quase 100%

registrado junto à Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO).

Hoje o Campo Experimental Pedro Arle conta com as seguintes

atividades na área de pesquisa animal:

Manejo das pastagens do Campo Experimental.

Manejo geral do rebanho.

Realizar o adequado manejo sanitário do rebanho do Núcleo de

Conservação in situ de Ovinos da Raça Santa Inês dos Tabuleiros

Costeiros

Realizar palestras, cursos e dia de campo com o objetivo de divulgar a

importância dos recursos genéticos de ovinos da raça Santa Inês.

Page 23: Relatorio de Estagio Adelson

15

Realizar atividades de intercâmbio para manter ou difundir a raça Santa

Inês

Treinamento de técnicos de campo para a escrituração zootécnica dos

ovinos Santa Inês através de fichas padronizadas.

Registrar as identificações individuais e genealogia do rebanho do

Núcleo de Conservação in situ de Ovinos da Raça Santa Inês dos

Tabuleiros Costeiros

Registrar os descritores zootécnicos padronizados do rebanho do

Núcleo de Conservação in situ de Ovinos da Raça Santa Inês dos

Tabuleiros Costeiros

Documentação, organização e arquivar em meio seguro os dados de

escrituração zootécnica dos animais do rebanho do Núcleo de

Conservação in situ de Ovinos da Raça Santa Inês dos Tabuleiros

Costeiros

Análises de pedigree do rebanho do Núcleo de Conservação in situ de

Ovinos da Raça Santa Inês dos Tabuleiros Costeiros para monitorar e e

dar subsídios para o aumento da variabilidade genética

Manejo alimentar do rebanho do Núcleo de Conservação in situ de

Ovinos da Raça Santa Inês dos Tabuleiros Costeiros

Estudos visando aumentar o conhecimento da raça ovina Santa Inês

quanto à aspectos nutricionais

Estudos visando aumentar o conhecimento da raça ovina Santa Inês

quanto à aspectos sanitários

Page 24: Relatorio de Estagio Adelson

16

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

Foram desenvolvidas e praticadas atividades no laboratório de Nutrição

Animal do CPATC, na qual realizei analises bromatológicas de alimentos

forrageiros como silagem de gliricídia e de milho alem de composição

centesimal de carne ovina e algumas atividades de rotina.

No Campo Experimental Pedro Arle, foi conduzido um ensaio com

ovinos em confinamento recebendo silagem de gliricídia em substituição ao

concentrado, onde as principais atividades desenvolvidas foram: confecção de

silagem de milho, pesagem dos animais experimentais, pesagem e

fornecimento das dietas aos animais, abatem e avaliação de carcaça. No

Campo Experimental Jorge Sobral foi feito a confecção da silagem de gliricídia,

onde o material para a silagem foi oriundo de um experimento de adensamento

de gliricídia.

4.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO

ANIMAL

As avaliações químico-bromatológica dos alimentos do laboratório de

Nutrição animal foram feitas através do método de Weende ou método

proximal. Este método consiste em dividir o alimento em seis frações: água,

cinzas, proteína bruta, extrato etéreo, fibra bruta e extrato não nitrogenado.

Alem das analises de alimento vegetal foram realizadas analises centesimal do

músculo longíssimo dorsi, retirados de cordeiros experimentais.

Page 25: Relatorio de Estagio Adelson

17

4.1.1 Determinação de Matéria Seca

Para determinar matéria seca inicialmente a água foi separada da

matéria seca pelo processo de pré-secagem em estufa a temperatura de 60 a

65° C ate atingir peso constante ou 48 a 72 horas. Em seguida a amostra é

retirada da estufa, e deixada em contato com o ar por no mínimo 4 horas para

então ser pesada para determinação da matéria seca parcial. Em seqüência a

amostra foi moída em peneira de 1mm, e levada para estufa a 105° c durante 4

horas. O valor dessa determinação foi utilizado para correção do teor de

matéria seca a 60+5°C, obtendo-se a matéria seca total, e correção em base

seca dos resultados das demais análises. Segundo SILVA & QUEIROZ (2002),

a determinação da matéria seca é o ponto de partida da analise de alimentos.

É de grande importância, uma vez que a preservação do alimento pode

depender do teor de umidade presente no material, alem disso quando se

compara o valor nutritivo de dois ou mais alimentos é necessário levar em

consideração os respectivos valores de matéria seca.

4.1.2 Determinação da Proteína Bruta

A proteína bruta foi determinada pela dosagem do nitrogênio pelo

método Kjeldahl, este método consistem em três passos básicos:

1 Digestão da amostra em acido sulfúrico e mistura catalisadora (sulfato

de sódio e sulfato de cobre, na proporção 25:1) a 350°C por duas horas

resultando na conversão de nitrogênio em amônia.

2 Destilação da amônia em uma solução receptora de H3BO3 (acido

bórico). O processo é terminado quando toda a amônia é arrastada para o

recipiente contendo acido bórico. Na mediada em que a solução de H3BO3

Page 26: Relatorio de Estagio Adelson

18

recebe a amônia a cor passa de verde para rosa na medida em que é formado

NH3H2BO3-. Antes da amônia ser arrastada para o recipiente contendo acido

bórico, acrescenta NaOH com algumas gotas fenolftaleína no destilador, para

garantir uma solução básica.

3 Em seguida é feita a titulação que é uma determinação quantitativa da

amônia contida na solução receptora. É a ultima fase o NH3H2BO3- é titulado

com uma solução HCl.

Em seguida faz-se a correção multiplicando a dosagem de nitrogênio por

6,25. Segundo LANA (2005), o fator 6,25 ou 100/16 é devido à proteína dos

alimentos conter em media 16% de nitrogênio.

4.1.3 Determinação de extrato etéreo ou gordura bruta

Para a determinação de extrato etéreo a amostra do material a ser

analisado foi acondicionada em papel de filtro e colocada em um cartucho de

vidro. Esse cartucho foi fixado no condensador do extrator Goldfisch. Coloca-se

35 mL de éter de petróleo em copo de vidro, encaixando-o no extrator. O

processo de extração foi realizado durante 6 horas sob aquecimento. Após este

período retira-se a amostra e coloca-se um tubo de ensaio para recuperar o

éter separando-o do extrato. O extrato foi medido por pesagem do copo de

vidro previamente tarado antes e após a extração em estufa a 105°C por 30

min. Depois foi esfriado à temperatura ambiente em dessecador e pesado. A

diferença entre este ultimo peso e o do béquer vazio corresponde ao peso da

gordura extraída. O resultado é corrigido com base na matéria seca a 105ºC.

Segundo LANA (2005), Além de lipídios, há ainda extração de ácidos

orgânicos, álcool e pigmentos.

Page 27: Relatorio de Estagio Adelson

19

4.1.4 Determinação de cinza ou matéria mineral

Segundo SILVA & QUEIROZ (2002), cinza ou resíduo mineral é o

produto que se obtém após o aquecimento de uma amostra à temperatura de

600°c, durante quatro horas ou até a combustão completa.

Primeiro colocou-se os cadinhos de porcelana na estufa a 105°c,

deixando-os secar durante pelo menos duas horas esfrie em dessecador por

uma hora. Pesou-se 2,0g de amostra em seguida procedeu-se a queima ate se

obter cinza clara durante 4 horas, após a temperatura alcançar 550°c. Após

este tempo, desligue a mufla e deixe que os cadinhos de porcelana esfriem

abaixo de 250°c. Coloquei os cadinhos de porcelana com as amostras no

dessecador, deixo esfriar ate o equilíbrio com o ambiente, em seguida foi só

pesar. O resultado foi corrigido com base na matéria seca a 105ºC

4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CAMPO EXPERIMENTAL JORGE

SOBRAL

Segundo TORRES (1984), a fermentação pode ser dividida em cinco

fases:

Fase 1: é a fase aeróbica da fermentação da silagem. Após a forrageira

ser colhida ela ainda permanece viva e respirando ativamente. Quando este

material é ensilado, as células vivas continuam respirando até esgotar o

oxigênio retido no meio do material ensilado. Enquanto houver oxigênio as

bactérias aeróbicas continuam a crescer e a se multiplicar, utilizando os

carboidratos solúveis e iniciando o processo de fermentação.

Page 28: Relatorio de Estagio Adelson

20

Fases 2 a 5: nestas fases ocorre a formação de ácidos produzidos por

microorganismos que vivem na ausência de oxigênio (anaeróbicos). Eles

crescem e multiplicam-se convertem os carboidratos disponíveis em ácidos

orgânicos.

Inicialmente há uma pequena produção de ácidos graxos voláteis,

principalmente o ácido acético (Fase 2). Em seguida, há uma grande produção

de ácido lático (Fases 3 e 4), que irá preservar a silagem.

Devido à presença dos ácidos haverá uma redução no pH da silagem. A

fermentação será interrompida quando o suprimento de carboidratos solúveis

for todo consumido (Fases 4 e 5).

No campo experimental Jorge Sobral em Nossa Senhora das Dores foi

realizada confecções de silagem de gliricídia para serem testadas como

alternativa alimentar para cordeiros.

O material para ser ensilado foi colhido de um experimento de plantio

adensado de gliricídia, onde as folhas e os talos tenros foram colocados no

silo. O silo era de tonel de plástico onde a capacidade de armazenamento de

gliricídia foi de aproximadamente 100 kg por silo onde foram feitos

aproximadamente 10 silos.

A ensilagem é uma técnica que consiste em conservar forragens por

meio de fermentação anaeróbica, após o seu corte, picagem, compactação e

vedação em silos sendo o produto final dessa fermentação, denominado

silagem, que é obtido pela ação de microrganismos sobre os açúcares

presentes nas plantas com a produção de ácidos, resultando em queda do pH

até valores próximos de 4 (DA SILVA 2001).

Page 29: Relatorio de Estagio Adelson

21

Na medida em que as plantas de gliricídia foram podadas suas ramas

eram desfolhadas para separação das folhas e hastes tenras da haste principal

que se encontra lignificada, não servindo para o processo de ensilagem e nem

para alimentação animal. Em seguida este material foi compactado nos silos

por pisoteio ate o enchimento do silo onde depois era fechado com a própria

tampa do tonel. Tanto a compactação como vedação são etapas de

fundamental importância já que nestas etapas é retirado o ar de dentro do silo

melhorando assim a fermentação anaeróbica, ideal para silagens e também

evita perdas. Segundo DA SILVA (2001), a presença de mofo é um indicativo

da presença de ar oriundo da má compactação ou da vedação inadequada.

Uma grande quantidade de ar deixada dentro do silo, ou nele penetrando

naturalmente, prolongarão a respiração e, em conseqüência, o conteúdo de

carboidratos solúveis será reduzido, aumentando as perdas de nutrientes e

diminuindo a quantidade de ácido lático no produto final (KEARNEY, 1961;

RUXTON & McDONALD, 1974).

4.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CAMPO EXPERIMENTAL PEDRO

ARLE

As atividades desenvolvidas no campo experimental Pedro Arle foram

referentes à execução do projeto de pesquisa, avaliando-se a qualidade da

silagem de gliricídia na alimentação de cordeiros em confinamento.

Antes do inicio do experimento, foi feita a seleção dos animais que

entraram no experimento, onde buscava animais uniformes com peso entre 33

e 36kg e idade entre 6,5 e 7,5 meses. Em seguida esses animais foram

distribuídos aleatoriamente entre os tratamentos: 1) 70% de Silagem de Milho

Page 30: Relatorio de Estagio Adelson

22

(SM) + 30% de Concentrado, 2) 70% de Silagem de Milho + 15% de

Concentrado + 15% de Silagem de Gliricídia e 3) 70% de Silagem de Milho +

30% de Silagem de Gliricídia, sendo estas dietas isoprotéicas.

Os cordeiros foram mantidos em um aprisco do qual continhas 3 baias

coletivas, baias esta que foram utilizadas para o confinamento dos cordeiros,

cada baia abrigava 10 cordeiros.

A alimentação era fornecida duas vezes ao dia pela manhã e pela tarde,

sempre às 8h e às 16h, onde o alimento era pesado e oferecido. O

fornecimento do alimento foi controlado para ter entre 10 a 20% de sobras e

ajustadas de acordo com o aumento no consumo dos animais, água e sal

mineral era de fornecimento à vontade. O experimento teve duração de 67 dias

onde 7 dias foi para adaptação dos animais as dietas experimentais. As

pesagens foram feitas a cada 20 dias, sempre antecedido de um jejum hídrico.

Todas as pesagens foram anotadas em planilhas de onde calculando-se o

ganho de peso do período e posteriormente o ganho de peso diário.

No final do experimento os cordeiros foram levados para o frigorifico da

Nutrial em Própria-SE. Depois de acompanhar a linha de abate, os animais

foram pesados para determinação do peso da carcaça quente (PCQ) e

rendimento da carcaça quente (RCQ). Em seguida as carcaças foram

resfriadas por 24 horas a uma temperatura de 2°C e pesadas novamente para

determinação do peso da carcaça fria (PCF) e rendimento de carcaça fria

(RCF). Logo em seguida foi medido o comprimento da carcaça com a ajuda de

uma trena, depois a carcaça resfriada foi separada em pescoço, costilhar,

paleta e pernil, as partes constituintes da carcaça foram serradas com uma

Page 31: Relatorio de Estagio Adelson

23

serrafita e pesadas em balança digital. Simultaneamente a estes processo foi

retirada o lobo, longíssimo dorsi para posterior analise centesimal.

Após a coleta e processamento dos dados a equipe de trabalho,

orientada pelos pesquisadores Evandro Neves Muniz e José Henrique de

Albuquerque Rangel, ficou encarregada de escrever um trabalho cientifico para

posterior encaminhamento a uma revista cientifica.

5- TRABALHO TÉCNICO-CIENTÍFICO

Crescimento ponderal e características de carcaça de ovinos alimentadas

com silagem de gliricídia

5.1- RESUMO

Objetivou-se, com esse trabalho, avaliar o crescimento ponderal e

características de carcaça de cordeiros Santa Inês alimentados com silagem de

gliricídia em substituição ao concentrado em diferentes níveis de inclusão na

recria de borregos Santa Inês em confinamento. O trabalho foi realizado no

Campo Experimental Pedro Arle, município de Frei Paulo – SE. Foram

utilizados 30 animais com peso médio vivo de 34,5 Kg e idade media de 225

dias divididos em três tratamentos com 10 animais, sendo estes as repetições

experimentais. Os tratamentos foram os seguintes: 1) 70% silagem de milho

(SM) + 30% de concentrado, 2) 70% de Silagem de Milho + 15% de

Concentrado + 15% de Silagem de Gliricídia, 3) 70% de Silagem de Milho +

30% de Silagem de Gliricídia. Os borregos tiveram acesso a sal mineral e

Page 32: Relatorio de Estagio Adelson

24

foram mantidas em baias coletivas (10 animais/baia) com piso ripado. As

variáveis analisadas foram desempenho ponderal dos animais, rendimento da

carcaça e suas características, peso e porcentagem dos cortes comerciais e

composição química do músculo longíssimo dorsi. O delineamento

experimental utilizado foi inteiramente casualizado e os dados obtidos foram

analisados pela analise de variância e comparados pelo teste de Tukey

considerando-se 5% de significância. Os animais alimentados com concentrado

e silagem de milho apresentaram maior ganho de peso (P<0,05) que os

animais alimentados com silagem de gliricídia. Em relação à carcaça, o

tratamento onde não houve inclusão de silagem de gliricídia teve melhores

resultados que o tratamento que não consumia concentrado para as variáveis

estudadas, sendo também superior nas variáveis peso de carcaça quente e fria

e índice de quebra ao resfriamento ao tratamento onde foi consumido 15% de

concentrado. Os cordeiros alimentados com 30% de concentrado apresentaram

maior peso absoluto dos cortes primários em relação aos demais tratamentos.

Em relação à porcentagem do corte paleta o tratamento com 30% de silagem

de gliricídia apresentou maior valor percentual (P<0,05) em relação ao

tratamento que não consumia silagem de gliricídia. Não houve efeito dos níveis

de silagem de gliricídia (P>0,05) para extrato etéreo e cinzas. Entretanto,

houve efeito significativo (P<0,05) quando se avaliou o teor de umidade e

proteína bruta. Concluiu-se que o aumento dos níveis de silagem de gliricídia

na dieta de cordeiros influenciou a composição centesimal da carne dos

animais. Os percentuais dos cortes de ovinos em relação à carcaça foram

alterados pela inclusão de silagem de gliricídia na dieta de cordeiros Santa

Page 33: Relatorio de Estagio Adelson

25

Inês. Para a utilização da silagem de gliricídia na alimentação de ruminantes

deve-se levar em consideração os custos referentes às diferentes

alimentações.

5.2 INTRODUÇÃO

A criação de ovinos no nordeste brasileiro se caracteriza como uma

atividade secundária de subsistência, necessitando de tecnologias que

proporcionem uma melhor produtividade desses animais. Diferente da região

sul do país, onde inicialmente a ovinocultura era voltada para produção de lã, a

criação de ovinos no nordeste sempre esteve voltada para produção de carne e

pele. A produção de carne de ovino no nordeste ainda é baixa devido a vários

fatores como: deficiência na alimentação e nutrição, meios de produção

inadequados para região, onde predomina a criação extensiva, sem qualquer

tipo de escrituração zootécnica e, principalmente, escassez de alimento no

período seco do ano.

Segundo PINTO et. al. (2005), a crescente procura pela carne ovina e

por outros produtos desta espécie requer melhorias nos sistemas de produção,

principalmente no desempenho produtivo do rebanho, necessitando de estudos

que permitam atender as necessidades nutricionais desses animais a um baixo

custo de produção.

A criação de ovinos no estado de Sergipe caracteriza-se pele produção

extensiva e secundária a pecuária de corte bovina. NERES et al. (2001)

destacaram que, em pastagens nativas, dificilmente obtém-se boa

produtividade e qualidade de carcaça ovina, devido principalmente à deficiência

Page 34: Relatorio de Estagio Adelson

26

de nutrientes, havendo necessidade da utilização de pastagens cultivadas,

suplementação em pastejo e/ou confinamento para explorar o máximo

potencial genético dos animais.

Animais criados em confinamento além de apresentarem características

desejáveis como: ganho de peso maior e satisfatório em relação a animais

alimentados em pastagens, apresenta também um conversão alimentar maior e

possibilita a produção de borregos na entressafra. Uma alternativa viável para

alimentação dos animais na estação seca é a utilização de forragens

alternativas, como as leguminosas arbóreas. Dentre as espécies arbóreas

utilizadas para alimentação animal, aparece a gliricídia, (Gliricidia sepium,

(Jacq.), Kunth, Walp), uma leguminosa de porte arbóreo que merece destaque

por conciliar aspectos importantes como rusticidade, produtividade e

principalmente qualidade.

O presente trabalho foi realizado objetivando avaliar o desempenho de

ovinos na fase terminação, alimentados com silagem de gliricídia em

substituição ao concentrado em diferentes proporções.

5.3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado no Campo Experimental Pedro Arle,

pertencente a Embrapa Tabuleiros Costeiros, localizado no município Frei

Paulo-SE, no período de março a maio de 2009. Foram utilizados 30 borregos

da raça Santa Inês, não castrados com peso médio inicial de 34,5 Kg e idade

média de 225 dias provindos do rebanho da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Page 35: Relatorio de Estagio Adelson

27

Antes do início do experimento os animais foram vermifugados pra controle de

parasitas internos. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado

com 3 tratamentos e 10 repetições, sendo a unidade animal a repetição.

Onde foram submetidos a três tratamentos baseados na matéria seca.

Os tratamentos foram os seguintes: 1) 70% de Silagem de Milho (SM) + 30%

de Concentrado ; 2) 70% de SM + 15% de Concentrado + 15% de Silagem de

Gliricídia e 3) 70% de Silagem de Milho + 30% de Silagem de Gliricídia, com

base na matéria seca, sendo estas isoprotéicas. O concentrado era composto

de milho, farelo de soja e calcário calcítico. As composições percentuais das

dietas encontram-se na Tabela1.

Tabela 1. Composição percentual das dietas experimentais com base na matéria seca

Dietas

Dietas Experimentais

1 2 3

Silagem de milho 70 70 70

Silagem de gliricídia - 15 30

Concentrado 30 15 -

Foram realizadas análises químicas dos componentes das dietas

experimentais e amostras das rações oferecidas foram coletadas, durante todo

o período experimental, para posterior análise química dos nutrientes das

dietas como matéria seca total (MST) de acordo com SILVA & QUEIROZ

(2002). O nitrogênio total foi analisado de acordo com VIANA et al (2008). As

análises foram realizadas no laboratório de Nutrição Animal da Embrapa

Tabuleiros Costeiros. Os resultados são descritos nas Tabelas 2.

Page 36: Relatorio de Estagio Adelson

28

Tabela 2. Composição bromatológica dos ingredientes das dietas experimentais com base na matéria seca

Ingredientes Silagem de

Milho Silagem de

Gliricídia Farelo de

Soja Milho Moído

MS (%) 24,77 26,15 88,44 86,98 PB (%) 6,70 19,49 49,83 9,70

Os animais foram alimentados em confinamento e mantidos em baias

coletivas com 10 animais em cada tratamento, com água e sal mineral a vontade.

A alimentação foi fornecida duas vezes ao dia, pele manhã e pela tarde, sempre

às 8h e às 16h, onde o alimento era pesado e oferecido. O fornecimento do

alimento foi controlado para ter entre 10 a 20% de sobras e ajustadas de acordo

com o aumento no consumo dos animais. O período experimental foi de 67 dias

com 7 dias para adaptação dos animais as dietas, os animais foram pesados no

inicio e a cada 20 dias, até o fim do experimento. As pesagens foram feitas com

uma balança digital, sempre no período da manhã. Os dados obtidos foram

usados para mensurar o ganho médio diário.

Antes do abate e após o jejum os animais foram pesados para

determinação do peso vivo final (PVF) e peso vivo jejum (PVJ). Os animais foram

abatidos no frigorifico da Nutrial, em Própria-SE, depois de 14 horas de dieta

hídrica e tiveram suas carcaças analisadas de acordo com as recomendações de

OSÓRIO et al. (1998).

Depois de abatidos, sangrados, esfolados e retiradas as vísceras e partes

não constituintes da carcaça os animais foram pesados para determinação do

peso da carcaça quente (PCQ) e rendimento da carcaça quente (RCQ) que foi

determinado pela razão entre o peso da carcaça quente (PCQ/PV jejum) x 100.

Page 37: Relatorio de Estagio Adelson

29

Em seguida as carcaças foram resfriadas por 24 horas a uma temperatura

de 2°C e pesadas novamente para determinação do peso da carcaça fria (PCF) e

rendimento de carcaça fria (RCF) pela razão (PCF/PV jejum) x 100. De posse

desses dados foi determinada a perda de peso da carcaça por resfriamento

(índice de quebra): ((PCQ-PCF)/PCQ) x 100. Em seguida foi tomado o

comprimento interno da carcaça a qual corresponde à distância entre a borda

anterior da sínfise isquiopubiana e o bordo anterior da primeira costela em seu

ponto médio segundo OSÓRIO et al (1998).

Depois do resfriamento, as carcaças foram seccionada em 4 cortes de

acordo com as recomendações de OSÓRIO et al. (1998), sendo estes: pescoço,

paleta, perna e costela. O pescoço foi separado da carcaça em sua extremidade

inferior entre a última vértebra cervical e a primeira torácica. A paleta foi obtida

através do corte dos tecidos que unem a escápula e o úmero à região torácica da

carcaça. O costilhar resultou de dois cortes, o primeiro entre a última vértebra

cervical e a primeira torácica, e o segundo entre a última vértebra torácica e a

primeira lombar. A perna foi separada da carcaça em sua extremidade superior

entre a última vértebra lombar e a primeira sacral. Logo em seguida os pesos dos

cortes primários (paleta e perna) PCP ou secundários PCS (pescoço e costela)

eram registrados para posterior estimativa percentual dos cortes no peso da

carcaça fria (PCF) pela seguinte equação: PCP ou PCS% = (PCF/PCP ou PCS) x

100.

Posteriormente foi retirada uma porção do músculo Longissimus dorsi, para

realização da análise da composição química. As amostras coletadas do músculo

Longissimus dorsi foram separadas, cortadas em pequenos cubos e colocadas

em placas de Petri para secarem em estufa a 65°C por um período de cinco dias,

Page 38: Relatorio de Estagio Adelson

30

posteriormente foram pesadas para determinação do teor de umidade e moídas

em um multiprocessador.

No Laboratório de Nutrição Animal da Embrapa Tabuleiros Costeiros foi

determinados a matéria seca total (MST), extrato etéreo (EE) e cinzas, seguindo

as recomendações de SILVA & QUEIROZ (2002). As análises dos teores de

proteína bruta (PB) foram determinadas de acordo com Viana et al (2008). As

análises foram realizadas em duplicata e apresentadas com base na matéria na

matéria natural.

Considerando-se o pequeno número de fatores para a análise de

regressão os níveis de substituição foram considerados como tratamentos

isolados e os dados de cada parâmetro estudado foram analisados pela análise

de variância utilizando-se o pacote estatístico SAS System® e as médias,

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para as análises

estatísticas foi utilizado o seguinte modelo matemático: Yij = μ + Ti + eij , em que:

Yij = observação do animal j (repetição), recebendo o tratamento i; μ = média

geral; eij = erro aleatório associado a cada observação.

5.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados experimentais para desempenho dos animais encontram-se na

Tabela 3. Não houve diferença significativa entre os tratamentos onde os animais

ingeriram concentrado em relação ao peso final. Entretanto o tratamento em que

não houve ingestão de concentrado observou-se um desempenho inferior aos

demais tratamentos, com peso vivo final menor do que no tratamento onde os

animais não consumiram silagem de gliricídia. diferenciando-se significativamente

Page 39: Relatorio de Estagio Adelson

31

dos demais (P<0,05). O maior ganho de peso no tratamento com 30% de

concentrado pode ser devido ao maior conteúdo energético na dieta em relação

às outras. Os ganhos médios diários de peso encontrados neste experimento

(125g/dia a 197g/dia) foram maiores que os encontrados por Costa (2008) que

utilizou tratamentos semelhantes ao deste experimento e obteve ganhos que

variaram de 40g/dia a 157g/dia. MUNIZ et al. (2009) encontraram resultados que

corroboram com o presente estudo, onde foi incluído feno de gliricídia na dieta de

cordeiros substituindo concentrado na mesma ordem deste experimento e

encontraram maior ganho de peso médio diário para cordeiros alimentados com

concentrado em relação aos que ingeriam silagem de gliricídia.

Segundo PUTRINO et al. (2006), o nível do consumo de energia pode

modificar a partição no uso da energia para síntese de proteína ou lipídios ou, em

termos de tecidos, no desenvolvimento de músculo e tecido adiposo.

COSTA et al (2009), trabalharam com fornecimento de folhas de gliricídia

na alimentação de ovinos com 4 a 6 meses de idade, obtiveram um ganho de

peso total (GPT) de 3,92; 8,82; 9,80 e 6,66 para os respectivos tratamentos,

capim elefante à vontade; folhas de gliricídia a 2% do peso vivo com base na MS

mais capim elefante; folhas de gliricídia a 4% do peso vivo com base na MS mais

capim elefante; e folhas de gliricídia a vontade. Os mesmos autores afirmam que

o maior ganho de peso nos tratamentos com folhas de gliricídia mais capim

elefante esta associado com o maior consumo de proteína.

Resultados diferentes foram encontrados neste trabalho já que à medida

que se aumentava a proporção de gliricídia, o desempenho dos animais diminuía

fato este justificado pela melhor qualidade da proteína do farelo de soja em

relação à proteína contida na silagem de gliricídia, já que a soja contém maior

Page 40: Relatorio de Estagio Adelson

32

quantidade de proteína by pass (proteina não degradável no rumem) conferindo

aos animais um melhor desempenho.

Tabela 3: Desempenho de cordeiros Santa Inês alimentados com silagem de gliricídia em diferentes proporções em substituição ao concentrado.

Dietas Experimentais

Variáveis 1 2 3 CV (%)

PV adaptação, kg 31,7ª 31,8a 32,0,4a 4,7 PV inicial, kg 34,5a 34,5a 34,5a 5,5 PV final, kg 47,7a 45,7ab 42,9b 6,2 Ganho de peso diário, g/dia 197a 167b 125c 15,1 Dietas: (1) 70%SM + 30%C; (2) 70%SM + 15%SG + 15%C; (3) 70%SM + 30%SG; Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente (P<0,05).

Em relação ao ganho médio diário (GMD) houve diferença significativa

entre os três tratamentos (P<0,05), com maior GMD nos tratamentos que

receberam concentrado. COSTA et al (2007) trabalhando com substituição

parcial da silagem de milho por silagem de gliricídia para avaliar o desempenho

de cordeiras, obtiveram resultados similares ao do presente trabalho. O autor

conclui que o ganho médio diário foi afetado quanto maior foi o teor de

substituição da silagem de milho por silagem de gliricídia no teor de matéria

seca da porção volumosa da dieta. ESPINOSA et al. (2006), trabalharam com

cordeiros em pastejo com grama estrela (Cynodon plectostachyus) e com

diferentes tipos de suplementações: concentrado comercial; folhas de gliricídia,

folhas de amoreira ; folhas de hibisco, encontraram valores inferiores no ganho

médio diário em relação ao presente trabalho.

Resultado inferior a deste trabalho, também foi encontrado por RIOS et

al. (2005), esses autores trabalharam com cordeiros confinados alimentados

com volumoso de Pennisetum purpureum, como dieta basal e oferecido a

vontade, com diferentes suplementações a base de concentrado balanceado,

Page 41: Relatorio de Estagio Adelson

33

concentrado balanceado mais folhas de amoreira e folhas de amoreira mais

folhas de gliricídia mais suplemento mineral.

Apesar do peso vivo final e ganho médio diário serem menores, na

medida em que se aumenta o nível de gliricídia nas dietas, para a utilização de

silagem de gliricídia, deve-se levar em consideração os custos referentes às

diferentes alimentações. O desempenho dos animais do tratamento onde

ingeriram silagem de gliricídia, tanto para ganho de peso final como para ganho

médio diário, mesmo sendo inferiores aos demais tratamentos pode-se ser

considerado satisfatório uma vez que o ganho de 140g diárias reverte à perda

de peso no período de menor oferta alimentar.

Os resultados de características de carcaça estão descrito na Tabela 4.

Os animais alimentados com silagem de milho mais concentrado e silagem de

milho mais silagem de gliricídia mais concentrado não apresentaram diferença

estatística para peso ao jejum (P>0,05), entretanto os animais alimentados com

silagem de milho mais silagem de gliricídia apresentaram valores inferiores aos

demais tratamentos (P<0,05).

Page 42: Relatorio de Estagio Adelson

34

Tabela 4: Peso vivo na fazenda (PVF), peso vivo jejum (PVJ), peso carcaça quente (PCQ), peso carcaça fria (PCF), rendimento carcaça quente (RCQ) e rendimento carcaça fria (RCF) em ovinos alimentados com dietas compostas por silagem de milho (SM) e diferentes proporções de silagem de gliricídia (SG) e concentrado (C)

Parâmetros

Dietas Experimentais

1 2 3 CV (%)

PV Jejum (kg) 43,7a 41,7a 38,5b 5,9

PV de carcaça quente (kg) 20,0a 18,4b 16,6c 6,2

Peso de carcaça fria (kg) 19,7a 18,1b 16,3c 6,3

Rendimento carcaça quente (%) 45,7a 44,2ab 43,1b 3,5

Rendimento carcaça fria (%) 45,0a 43,4ab 42,3b 3,6

Índice de quebra (%) 1,5a 1,6b 1,8c 6,6

Comprimento da carcaça (cm) 68,3a 67,1ab 65,9b 2,2 Dietas: (1) 70%SM + 30%C; (2) 70%SM + 15%SG + 15%C; (3) 70%SM + 30%SG; Médias

seguidas de letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente (P<0,05).

Os animais alimentados com maior quantidade de concentrado

apresentaram maiores pesos de carcaça quente e fria que os demais

tratamentos. Para o rendimento de carcaça quente (RCQ) e fria (RCF), os

animais alimentados com dietas sem substituição do concentrado

apresentaram rendimentos significativamente superiores aos com substituição

total do mesmo mas semelhante aos que receberam dietas com substituição

parcial. Estes resultados corroboram os de MUNIZ et al. (2009) que

encontraram maiores valores para rendimento de carcaça quente e fria em

cordeiros alimentados com concentrado em relação a cordeiros alimentos com

feno de gliricídia substituindo a fração concentrada da dieta. Os valores

encontrados por MUNIZ et al. (2009) foram maiores que os encontrados no

presente estudo, sendo que variaram de 45,92% de rendimento de carcaça

quente para cordeiros alimentados sem a inclusão de concentrado e até 50,2%

em cordeiros alimentados sem feno de gliricídia.

Page 43: Relatorio de Estagio Adelson

35

DANTAS et al. (2008), trabalhando com terminação de cordeiros com

diferentes níveis de suplementação encontraram valores médios para RCQ de

43,60% para animais suplementados com 1,5% de concentrado em relação ao

peso vivo e 37,11% de RCQ para animais que não receberam suplementação.

No presente trabalho quando o concentrado foi totalmente substituído por

silagem de gliricídia o RCQ obteve média de 43,10%, crescendo

progressivamente com o aumento do concentrado na dieta, quando alcançou

45,70% na dieta de silagem de milho com concentrado. Em relação à RCF

ARAÚJO et al. (2009) encontraram resultados inferiores comparados com a do

presente trabalho. Estes autores estudando a substituição da raspa de

mandioca por farelo de palma em diferentes proporçoes (0, 25, 50, 75 e 100%),

encontraram os seguintes resultados respectivamente: 37,94; 39,71; 41,60;

39,57 e 39,45. SANTANA et al (2004) trabalharam com subprodutos

agroindustriais inclusos na silagem de capim elefante usado na alimentação de

ovinos, não encontraram diferenças no rendimento de carcaça quente e

rendimento de carcaça fria dos animais experimentais. Estes autores

encontraram valores médios de 41,90 e 41,06 kg respectivamente para RCQ e

RCF. Neste trabalho a variação entre o RCQ e RCF foram um pouco

superiores ao encontrados por SANTANA et al (2004).

O índice de quebra ao resfriamento apresentou diferença significativa

(P<0,05), onde o tratamento que não recebeu silagem de gliricídia apresentou

o menor índice de quebra com 1,5% e 1,8% para os cordeiros alimentados sem

concentrado. Tais observações estão de acordo aos resultados obtidos por

DEL DUCA et al. (1999), que observaram uma redução no índice de quebra ao

Page 44: Relatorio de Estagio Adelson

36

resfriamento, à medida que os animais aumentaram o peso vivo e a

conformação de gordura da carcaça.Os índices de quebra estão na faixa

aceitável segundo SAÑUDO et al. (1981).

Os resultados obtidos para peso (kg) da carcaça fria e dos cortes

primários (comerciais) estão descritos na Tabela 5. A substituição total do

concentrado por silagem de gliricídia nas dietas dos cordeiros determinou

diferença estatística (P<0,05) para costela, paleta e perna, sendo que para o

pescoço não foi encontrado diferença significativa (P>0,05) entre os

tratamentos. Esta diferença entre os cortes pode ser explicada devido à

diferença no peso de carcaça fria obtida nos diferentes tratamentos. Quando a

silagem de gliricídia substituiu parcialmente o concentrado os pesos para

paleta e perna não diferiu estatisticamente dos demais tratamentos (P>0,05), o

mesmo vale para o comprimento de carcaça. COSTA (2008) trabalhando com

animais alimentados com silagem de milho e diferentes proporções de silagem

de gliricídia e concentrado obtiveram resultados semelhantes ao presente

trabalho em relação ao peso da paleta com o aumento do nível de concentrado

na dieta, diferenciando desta forma os três tratamentos (P<0,05).

Page 45: Relatorio de Estagio Adelson

37

Tabela 5. Médias e coeficientes de variação para pesos (kg) dos cortes da

carcaça de cordeiros Santa Inês alimentados com dietas compostas

por silagem de milho (SM) e diferentes proporções de silagem de

gliricídia (SG) e concentrado (C)

Parâmetros

Dietas Experimentais

1 2 3 CV (%)

Peso Carcaça Fria, kg 19,69a 18,12b 16,29c 6,28

Pescoço, kg 1,49a 1,36a 1,30a 15,81

Costela, kg 8,39a 7,44b 6,46c 7,27

Paleta, kg 3,41a 3,35ab 3,04b 9,00

Perna, kg 6,39a 6,00a 5,49b 6,97 Dietas: (1) 70%SM + 30C; (2) 70%SM + 15%SG + 15%C; (3) 70%SM + 30%SG; Médias

seguidas de letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente (P<0,05).

Na Tabela 6 estão descritos a porcentagem dos cortes comerciais.

Neste trabalho foi constatado que a costela foi o corte de maior constituição

percentual da carcaça em todos os tratamentos, seguidos de perna, paleta e

pescoço. Os resultados encontrados por MUNIZ et al. (2008) que trabalharam

com a suplementação de cordeiros Barriga Negra com concentrados

formulados com diferentes fontes energéticas, apresentam valores

semelhantes a este estudo, sendo apenas valores um pouco menores para a

porcentagem de costilhar, onde encontraram valores entre 34,9 e 36,6% e no

presente trabalho encontramos valores entre 39,62 e 42,61%.

Page 46: Relatorio de Estagio Adelson

38

Tabela 6. Médias e coeficientes de variação das porcentagens dos cortes da

carcaça de cordeiros Santa Inês alimentados com dietas compostas

por silagem de milho (SM) e diferentes proporções de silagem de

gliricídia (SG) e concentrado (C)

Parâmetros

Dietas Experimentais

1 2 3 CV (%)

Pescoço, % 7,50a 7,49a 7,96a 15,78

Costela, % 42,61a 40,98b 39,62b 3,57

Paleta, % 17,38b 18,46ab 18,67a 5,72

Perna, % 32,49a 33,04a 33,75a 3,76 Dietas: (1) 70%SM + 30C; (2) 70%SM + 15%SG + 15%C; (3) 70%SM + 30%SG; Médias

seguidas de letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente (P<0,05).

DANTAS et al. (2008), trabalhando com cordeiros terminados em pastejo

e submetidos a diferentes níveis de suplementação, encontraram valores de

porcentagem de costela e porcentagem da perna de 26,04; 28,18 e 26,83%

para os respectivos tratamentos 0,0; 1,0 e 1,5% de suplementação referente ao

peso vivo animal. Uma possível explicação para a maior proporção da costela

na carcaça neste trabalho se deve ao fato que o lombo foi pesado junto com a

costela diferente do trabalho citado acima.

Segundo OSÓRIO et al. (2002), quando o peso de carcaça aumenta em

valor absoluto, os pesos dos cortes comerciais também aumentam em valor

absoluto. Esses mesmos autores afirmam que quando o peso da carcaça

aumenta a porcentagem dos cortes (costela e pescoço) comerciais mais tardios

e não nobres, também aumenta, situação inversa acontece com os cortes

nobres (paleta e pernil) ou precoces, quando o peso da carcaça aumenta a

porcentagem desses cortes diminuem. Este fato foi observado no presente

trabalho; animais alimentados com silagem de milho com concentrado

apresentaram maiores pesos de carcaça e em conseqüência disto a

Page 47: Relatorio de Estagio Adelson

39

porcentagem dos cortes precoces como paleta e pernil foram menores quando

comparados aos animais que apresentaram menor peso de carcaça, no caso

dos animais que foram alimentados com silagem de gliricídia (sem utilização de

concentrado).

Para a variável costilhar, o tratamento onde não houve a inclusão de

gliricídia apresentou maiores valores para costilhar e menores valores para

paleta em relação aos animais que não comeram concentrado e que tiveram

menor peso de carcaça, corroborando com o citado por Osório et al. (2002).

A Tabela 7 contém as médias de umidade, proteína bruta (PB), extrato

etéreo (EE) e cinzas do músculo Longissimus dorsi dos animais experimentais.

Para a variável EE não foi observado diferença estatística entre os tratamentos

(P>0,05). De maneira geral, este é o componente que normalmente apresenta

maior variação na composição da carne, fato este que não foi observado neste

trabalho. Os valores encontrados para EE no presente trabalho foram um

pouco menores que os encontrados por ZEOLA et al. (2004) que encontraram

valores variando de 2,14 a 2,40% para cordeiros da raça Morada Nova,

alimentados com diferentes níveis de concentrado. Esta característica é

importante porque vários estudos envolvendo consumidores e painéis treinados

revelaram que o conteúdo de gordura intramuscular da carne é uma das

características mais importantes que influenciam no consumo e em aspectos

como a maciez da carne, suculência e sabor (VERBEKE et al., 1999).

Page 48: Relatorio de Estagio Adelson

40

Tabela 7. Composição química do músculo Longissimus dorsi de cordeiros

Santa Inês alimentados com dietas compostas por silagem de milho

(SM) e diferentes proporções de silagem de gliricídia(SG) e

concentrado (C).

Parâmetros

Dietas Experimentais

1 2 3 CV (%)

Umidade (%) 75,25b 76,82a 76,95a 0,85

Proteína (%) 21,48a 19,95b 19,89b 3,40

Cinzas (%) 1,19a 1,15a 1,13a 7,72

Extrato Etéreo (%) 2,08a 2,08a 2,03a 21,60 Dietas: (1) 70%SM + 30C; (2) 70%SM + 15%SG + 15%C; (3) 70%SM + 30%SG; Médias

seguidas de letras diferentes na mesma linha são diferentes estatisticamente (P<0,05).

Em relação à umidade houve diferença significativa entre os

tratamentos, sendo que os tratamentos com 15% e 30% de SG apresentaram

um maior valor para umidade que o tratamento que não consumia SG. Os

valores encontrados para umidade nos tratamentos em que os animais

consumiram gliricídia são semelhantes aos encontrados por ZAPATA et al.

(2001) que encontraram valores entre 76,12% e 76,19%. Entretanto os mesmo

autores não encontraram diferença na umidade na carne de cordeiros cruzados

com a raça Santa Inês e alimentados com diferentes dietas, onde em uma

delas houve a inclusão de concentrado em dietas compostas por capim gramão

(Cynodon dactylon) e leucena (Leucaena leucocephala).

Para proteína bruta, os valores encontrados apresentaram diferença

significativa (P<0,05), onde os animais alimentados com dieta sem a inclusão

de SG apresentaram maiores valores que os alimentados com Silagem de

Gliricídia mais Concentrado e sem a inclusão de Concentrado. No presente

trabalho os valores foram maiores que os encontrados por ZAPATA et al.

(2001), que encontraram valores entre 19,19% e 19,46%, principalmente para o

Page 49: Relatorio de Estagio Adelson

41

tratamento que não consumia SG, com valor de 21,48% de PB. Diferente do

presente trabalho ZAPATA et al. (2001) não encontraram diferença significativa

entre os tratamentos para PB. Corroborando com os dados aqui apresentados,

ZEOULA et al. (2004) encontraram aumento no nível de proteína bruta da

carne com o aumento da inclusão de concentrado na dieta de cordeiros

Morada Nova.

Os teores de cinzas não apresentaram (P<0,05) diferença significativa

entre os tratamentos com valores entre 1,13 e 1,19%. Resultados semelhantes

foram encontrados por ZAPATA et al. (2001) e ZEOULA et al. (2004) que

também não encontraram diferença (P<0,05) no teor de cinzas na carne de

cordeiros submetidos a diferentes dietas.

5.5 CONCLUSÕES

O desempenho dos animais alimentados sem a inclusão da silagem de

gliricídia foi superior e com melhores características da carcaça. Os resultados

encontrados para a inclusão de silagem de gliricídia mostraram-se promissores

em relação à terminação de cordeiros.

Os percentuais dos cortes de ovinos em relação a carcaça foram

alterados pela inclusão de silagem de gliricídia na dieta de cordeiros Santa

Inês.

A inclusão de gliricídia na dieta de cordeiros em terminação promoveu

alterações nas características de carcaça dos cordeiros Santa Inês.

Page 50: Relatorio de Estagio Adelson

42

6 CONTRIBUIÇÃO DO ESTAGIO PARA CARREEIRA PROFISSIONAL

Durante o período acadêmico deparamos com um mundo de

conhecimentos em diversas áreas de conhecimento, onde em sala de aula este

conhecimento é visto principalmente como teoria. Dentro da universidade há

um esforço para que toda essa teoria seja posta em pratica, mas nem sempre

é possível. Por isso a importância do estagio para que o aluno tenha uma

vivencia de campo e ter a oportunidade de colocar em pratica tudo que foi

aprendido em sala de aula.

A experiência fora da universidade é de fundamental importância para o

aluno adquirir outras formas de conhecimento, ensino e trabalho contribuindo

para um maior entendimento da vida profissional de sua área.

Durante o período de estagio na Embrapa Tabuleiros Costeiro (CPATC),

obtive a oportunidade de colocar em pratica a maioria dos conhecimentos

adquiridos em sala de aula.

No estagio obtive maior conhecimento técnico e científico, participando

de vários trabalhos, desde confinamentos de animais a Integração

Agrosilvipastoris, passando por plantios adensados de leguminosas e

confecções de silagens e fenos.

Outro aspecto importante da realização do estagio foi em relação a

vivencia de campo onde tive a oportunidade de acompanhar o dia a dia dos

trabalhos realizados na Embrapa. Pode acompanhar trabalhos rotineiros como

pesagens, vacinação e vermifugação de animais entre outras atividades.

Page 51: Relatorio de Estagio Adelson

43

Portanto o estagio serviu para que pudesse complementar meus estudos

e expandir meus conhecimentos e crescer profissionalmente. Onde todo esse

aprendizado será levado e conseqüentemente, atribuído durante toda minha

vida profissional.

7 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS E PRATICAS

A utilização da silagem de gliricídia como alternativa alimentar para

criadores do estado de Sergipe, apresenta um enorme potencial podendo

aumentar a produtividade de pequenos e médios produtores.

A gliricídia apresenta-se como uma viável estratégia alimentar em

épocas com déficit alimentar por apresentar características viáveis como, por

exemplo, fácil implantação e manejo onde as sementes de gliricídia não

apresentam dormência e apresenta uma ótima taxa de germinação em torno de

83%. O plantio também pode ser feito por meio de estacas. A gliricídia também

apresenta uma boa tolerância a seca podendo ser implantada em regiões com

no mínimo de 500 a 600 mm de precipitação pluvial ao ano e também nas

condições do Semi-árido do Nordeste brasileiro a gliricídia não apresenta

problemas com doenças ou pragas, apresenta raízes pivotantes podendo ir

mais fundo no solo em busca de água, não apresenta estacionalidade

produtiva no decorrer do ano garantindo assim produção de forragem o ano

todo.

A sua utilização como alimento para ruminantes ainda é pouco

estudado, mas apresenta um enorme potencial por ser uma fonte protéica para

Page 52: Relatorio de Estagio Adelson

44

suplementação de dietas de baixo custo. O produtor pode escolher varias

formas de uso da gliricídia na alimentação animal, podendo ser usada em

cultivo adensado para produção de feno ou silagem e também pode ser

cultivada em sistemas silvipastoris em alamedas consorciadas com gramíneas,

onde a gliricídia sofre pastejo direto.

Ao avaliar o desempenho dos animais quando se utiliza a silagem de

gliricídia nota-se um desempenho similar em comparação ao uso de alimentos

protéico tradicionais, apesar de apresentar resultados um pouco menor em

relação ao concentrado comercial. A vantagem de se utilizar a gliricídia na

alimentação animal em substituição a outros alimentos é o seu baixo custo

como estratégia alimentar em épocas secas.

8 CONSIDERAÇOES FINAIS

A gliricídia apresenta potencial para ser oferecida na forma de silagem,

pois apresenta resultados satisfatórios no desempenho de cordeiros.

São necessários mais estudos envolvendo ensaios com o intuito de

avaliar a qualidade da silagem de gliricídia, assim como mias estudos

envolvendo digestibilidade in vivo, consumo e desempenho animal.

Page 53: Relatorio de Estagio Adelson

45

9 REFERÊNCIAS

ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira – Suinocultura e criações diversas. São Paulo: Argos, 2000, p. 293-345. ANUALPEC 2005: Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: FNP, 2005. 340 p. ARAÚJO, G.G.L.; BADE, P.L.; MENEZES, D.R.; SOCORRO, L.P.; SÁ, J.L.; OLIVEIRA, G.J.C. Substituição da raspa de mandioca por farelo de palma forrageira na dieta de ovinos. Revista Brasileira. Saúde Produção Animal., v.10, n.2, p.448-459, abr/jun, 2009. BRESSAN, M.C., PÉREZ, J.R.O., PRADO, O.V., LEMOS, A.L.S.C, BONAGURIO, S. Efeito do peso ao abate de cordeiros Santa Inês e Bergamácia sobre as características físico-químicas da carne. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.21, n.3, 2001; CARDOSO, E. G.; SILVA, J.M. Silos, Silagem e Ensilagem. EMBRAPA Gado de Corte. Campo Grande, MS, 14 fev. 1995 nº 02 CARVALHO FILHO, O. M. de; DRUMOND, M. A. et al. Gliricidia sepium: leguminosa promissora para regiões semi-áridas. Petrolina: Embrapa-CPATSA, 1997. 19p. Circular Tecnica, 35. CHADHOKAR, P. A. Gliricidia maculata: a promising legume fodder plant. World Animal Review, Rome, v. 44, p. 36-43, 1982. COSTA. B.M. da; SANTOS, I.C.V.; DE OLIVEIRA, G.J.C.; PEREIRA, I.G. Avaliação de folhas de Gliricídia sepium (Jacq.) Walp por ovinos. Revista Archivos Zootecnia, Córdoba, v. 58, n. 221, p. 33-41, 2009. COSTA, C. X. Consumo de nutrientes, desempenho produtivo e características de carcaça de ovinos Santa Inês em confinamento no alto sertão sergipano. Dissertação (Mestrado em Zootecnia). Universidade Federal da Paraíba, 2008, Areia-PB, 64f. COSTA, C. X.; MUNIZ, E. N.; SÁ, C. O.; SÁ, J. L; RANGEL, J. H. A.; FARIAS, I. L. Efeito da Substituição Parcial da Silagem de Milho por Silagem de Gliricídia sobre o Desempenho de Cordeiras Alimentadas em Confinamento. In: Anais do III Simpósio Internacional Sobre Caprinos e Ovinos de Corte, João Pessoa- PB, 05 a 10 de Novembro de 2007. DANTAS, A.F.; PEREIRA FILHO, J.M.; SILVA, A.M. de A.; et al. Características da carcaça de ovinos santa inês terminados em pastejo e submetidos a diferentes níveis de suplementação. Revista Ciênc. agrotec., Lavras, v. 32, n. 4, p. 1280-1286, jul./ago., 2008.

Page 54: Relatorio de Estagio Adelson

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