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Relatório de atividades 2008 – 2010
Diretoria Executiva 2008-2010
Carta da Diretoria Executiva
Carta da Presidente
Missão, Visão e Valores CIAM – uma intenção, uma causa, um grupo... uma soluçãoCIAM – alinhado com o Brasil e com o mundoUnidade Jaguaré – estimulando o desenvolvimentoAldeia da Esperança – promovendo a autonomiaFaça parte
Parcerias e alianças
Balanço Social
Ficha Técnica
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Sumário
Índice
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Carta da Diretoria Executiva
TantossãoosdesafiosparaquemseenvolvecomoCIAM.Depertooudelonge.Mastambémsãomuitasassatisfaçõesdevercomoacadadiaainstituiçãoserenova,reinventa-seesuperaasdificuldades.Trabalharparafacilitarodiaadiadapessoacomdeficiênciaemtodasasfasesdevidaéoqueosprofissionais,voluntários,consultoreseamigosdoCIAMfazem.Comodiretoresdainstituição,temos
acompanhadodepertoosprocessosgerenciaisepedagógicos.
DesdeaequipedeestimulaçãoprecocedoJaguaré–queconscientizaasfamíliasdequeosexercícios,queaparentementenãofazemtantadiferença,sãoessenciaisparaodesenvolvimentoidealdascriançasesuapreparaçãoparaofuturo–atéoacompanhamentodosadultosemestadodeenvelhecimentonaAldeiadaEsperança,tudoépensadoepreparadocomcuidadoparaqueoatendidorecebaomelhoremtermosdededicaçãohumanaerecursomaterial.
Sempreépossívelfazermelhor?Claro!Eénissoqueadiretoria,compostaporvoluntáriosdoCIAM,contribui.Batemos palmas, mas também apontamos os pontos de melhoria e, nos encontros seguintes, fazemos oacompanhamentodasatividadesrelatadasepropostas.
Pénoaceleradorquandoépreciso;nofreio?Semprequeháriscosavista!Lidarcomsaúde,edeumaparcelatãosensíveldasociedade,requermuitomaiscuidadonestaestradaqueoCIAMdecidiutrilhar.
OBrasilapenascomeçousuarotaparaainclusão,comasrecentesleiseosrecentesdecretosquebeneficiamaspessoascomdeficiência,comoaLeideCotasnomercadodetrabalhoeadainclusãonasescolas.Nãobastaincluir;háqueseprepararaspessoaseosambientesparaqueainclusãoaconteçadeformadecente:paraquementraeparaquemrecebe.
Nestecenáriodeiníciodeavançonosprocessosdeinclusão,noqualatendênciaédequeaspolíticaspúblicassejamcadavezmaisabrangentesecuidadosas,equeatecnologiaevoluiemlargaescala,acreditamosqueoquecabeaoCIAMéoaprimoramentodasuaprestaçãodeserviços,semprecomexcelênciaearticuladocomtodososseuspúblicosderelacionamento.
Épara issoqueoCIAMvemtrabalhando,capacitandoeducandoseeducadores;promovendoparceriasealiançasintersetoriais;eparticipandodegruposdeestudosdecriaçãodepolíticaspúblicasedepesquisassobreenvelhecimentoprecocedepessoascomdeficiênciaintelectual.Eomaisimportante:sempredispostoarepensaroseupapeleseadequaràsnovasdemandasdapopulaçãoaquesepropõeaatender.
Denossaparte,temossempreumarazãomuitoforte:acausadadeficiênciaintelectual,quenosintrigaenosmove.OCIAMpodecontarconosco.
Diretoria Executiva do CIAM
Diretoria Executiva 2008-2010
Presidente
Anna Abuleac Schvartzman
Vice-presidentes
Fernando Kasinski Lottenberg
Isac Krutman
Abrahão Kerzner
Corpo Diretivo
Diretora Administrativa: Muriel Matalon
Diretor de Patrimônio e Jurídico: Renato Lainer
Schwartz
Diretora de Relações Públicas: Addy Seelmann Heilbut
Diretora Secretária: Paula Sapir Febrot
Diretora Técnica: Bacy Fleitlich Bilyk
Diretores Tesoureiros: William Streit Cunningham Júnior
(em memória) e Fabio Iguelka
Assessora da Diretoria: Edna Pinto
Mesa do Conselho
Presidente: Luiz Kignel
Vice-presidente: Eduardo Lafer
Secretário: Gregório Zolko
Conselho Deliberativo
Abrahão Kerzner
Amadeu Aleixo Machado
André Schivartche
Antônio Floriano Pereira Pesaro
Arthur Rotenberg
Beirel Zukerman
Bráulio Pasmanik
Claudia Costin
Daniela Libman
Fábio Faiwichow
Istvan Wessel
Jacques Libman
José Salomão Schwartzman
Luiz Frid
Luiz Alberto Maktas Meiches
Marcelo Berger
Marcelo Drugg Barreto Vianna
Marlene Weissberg
Mauro Dryzun
Miriam Sapir Siag Landa
Mordejai Goldenberg
Pedro Hertz
Renato Ochman
Rochele Toporovski
Rodulph Shafferman
Ruth Goldberg
Sergio Gelman
Sônia Schnaider
Tatiana Serebrenic
Valentim Gentil Filho
Walter Feldman
Suplentes
Elza Janiuk Becker
Jaime Shnaider
Karen Zolko
Selmo Clermann
Tamara Frankel Grosman
Conselho Fiscal
Thomas F. Tichauer
Milton Clerman
Renato Soriano
Claudio Muller
Jacob Jacques Gelman
Miguel Ethel Sobrinho
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guntousecomumadoaçãosubstanciosaasobraspoderiamcomeçar.Aemoçãofoigrandedemais.Afinal,estavanaCidadedeDeusechega-vaomilagredabênçãoquefaltavaparaamaterializaçãodaAldeia.
Maséhoradepassarobastão.Confessoque,depoisdestesanoscon-vivendo com o crescimento da instituição, será impossível deixar deestarsempreaoladodonovocomandantedestaempreitada:AbrahãoKerzner.Tenhoaconfiançadequenossotrabalhocontribuidiretamen-teparaamelhoriadaqualidadedevidadosnossosatendidos,residen-tesefamiliares.Emais:orgulho-medoquefiz,apoiadanotalentoenaboavontadedeumaequipeinesquecível.Nãodiretores,masdevotos,nãofuncionários,masamigos,quecomungamdamesmacrençaemminorar as necessidades do próximo. Passo minha energia para asmãossegurasdeAbrahãoKerzner,que,assimcomooromancistaTho-masMann,acreditaque“nãochegamosacobiçarestrelas,massentiraesperançacomoamelhorcoisanavida”.ÀminhafamíliaqueridadoCIAMeaosapoiadoresdevotados,minhaeternagratidão.Sãoosolha-res,sorrisoseabraçosquerecebemosquenosrenovamparacontinuar-mostrabalhandoporaquiloqueacreditamosserumdireitouniversal:garantiratodosasmesmasoportunidades,respeitandodiferençasepromovendoaigualdade.
Anna Abuleac Schvartzman
Carta da Presidência
Éo momento de seguir em frente. Depois de uma história demaisde40anoscomoCIAM,doando-mecomovoluntáriaeaprendendosobreadurarealidadeenfrentadapelaspessoascomdeficiênciaintelectual,comospreconceitoseodesconhe-
cimentodesuasnecessidadespresenteemsuasprópriascasas,apren-diqueoamoreocarinhosãocapazesdetransformaressarealidade.Écomesseaprendizadonocoraçãoque,há24anos,assumiapresidên-ciadainstituição.Forammuitasaspiraçõeserealizaçõesduranteestetempo.AsmudançasnotrabalhodesenvolvidonaunidadedoJagua-ré,ondeforaminiciadososesforçosparaumcenáriomaisfavorávelàigualdade,eaesperançareacendidacomotrabalhodemoradiaas-sistidanaAldeiadaEsperança.Esteúltimo,ummarconestesanosdededicação,tornou-serealidadequando,em1989,aAssembleiaLegisla-tivadoEstadodeSãoPauloaprovouodecreto,doentãogovernadorOrestesQuércia,quedeuaoCIAMaposseporcomodatodaáreade46alqueires,emFrancodaRocha,SãoPaulo.Concretizava-seosonhodaAldeiadaEsperança.
Diasdepois,LázaroBrandãoesparramouemsuamesadetrabalhonapresidênciadoBradesco,naCidadedeDeus,asplantasdoarquitetoGregórioZolkocomodesenhodaAldeia.Dr.Brandão,comoéchamadoporseuscompanheiros,depoisdemeouvirmuitofalarsobreofuturodaquiloquepudeobservaraovivonoKibutzKfarTikva,emIsrael,per-
“Não chegamos a cobiçar estrelas, mas sentir a esperança como a melhor coisa na vida.”
Thomas Mann
Prezado Leitor,
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• Solidariedade para com os nossos semelhantes, quaisquer que sejam as condições ou origens;
• Crença em que pessoas com deficiência são parte integrante e ativa da sociedade;
• Comprometimento com a defesa de direitos e o exercício da cidadania;
• O desenvolvimento de suas capacidades os torna membros ativos da sociedade;
• Autossuficiência da entidade;• Excelência na qualidade de prestação de serviços.
Visão
Valores
Consolidar-se como instituição modelo de excelência na prestação de serviços às pessoas com deficiência, abrangendo todas as faixas etárias.
Missão
Prestar serviços de qualidade às pessoas com deficiência, favorecendo a inclusão social em um processo contínuo de aperfeiçoamento organizacional.
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Jorge Carioba, pai da residente Marina Carioba
“Verificamos que a Aldeia é única por suas características, o que nos mostrou que o caminho que havíamos escolhido para nossa filha estava certo, pois a proposta da Aldeia não agride o indivíduo e realça a sua individualidade e a sua criatividade.”
CIAM – uma intenção, uma causa, um grupo... uma solução
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Os númerOs dO CIAm hOje(média por ano)
• Atendimento para mais de 400 pessoas com deficiência intelectual de todas as idades;
• Entre clientes diretos (pessoas com deficiência) e indiretos (familiares), totaliza o atendimento de 1.600 pessoas;
• Índice médio de gratuidade de 55%, sendo 75% na unidade Jaguaré e 25% na Aldeia da Esperança.
Há 51 anos nascia o Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar, uma sociedade brasileira sem fins lucrativos, de natureza edu-cacional, cultural e filantrópica, fundada para prestar serviços a pessoas com deficiência intelectual – “funcionamento in-
telectual inferior à média (QI) associado a limitações adaptativas, que abrange muitas habilidades sociais cotidianas e práticas. Essa deficiên-cia se origina antes dos 18 anos” 1 .
Criado depois da instituição da “Declaração Universal dos Direitos Hu-manos”, que diz que “todas as pessoas nascem livres e iguais em digni-dade e direitos”, o CIAM promove a inclusão social de crianças, adoles-centes e adultos com deficiência intelectual e deficiências associadas, apoiando-os, bem como os seus familiares, do nascimento ao envelhecimento.
A história do CIAM começou quando Marjan e Rosa Fromer fizeram a doa- ção da primeira sede no bairro Jaguaré, em São Paulo, em nome do seu pai Harry Fromer. A doação foi feita em julho de 1959. O objetivo era ter um espaço adequado para apoiar um grupo desassistido da população, ofe-recendo atendimento adequado e qualificado às crianças com deficiência mental*. A fundação oficial homenageou, portanto, a família Fromer e a sede recebeu o nome de “Instituto Harry Fromer”.
O começo do trabalho foi garantido graças ao apoio de voluntários e especialistas profissionais. Eram médicos, pediatras, neurologistas, psi-cólogos e outros, que decidiram prestar atendimento de excelência a essa população.
Com o passar dos anos, o CIAM cresceu e somou ao alto padrão de exi-gência de seus fundadores e profissionais as adaptações necessárias. De clínica psicológica e atendimento psicopedagógico, passou a atuar na educação especial e como centro de reabilitação.
O ano de 1981 foi declarado como o “Ano Internacional da Pessoa Defi-ciente”. No ano seguinte, a ONU aprovou o “Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência”.
Em 1982, um grande passo foi dado para garantir o atendimento das demandas da população adulta: o CIAM, baseado em uma iniciativa do Kibutz Kfar Tikva, de Israel, mudou seu estatuto e incluiu um projeto de moradia assistida, a Aldeia da Esperança, que foi inaugurada em Franco da Rocha (SP), em 1993, em um terreno doado em comodato pelo gover-no do Estado de São Paulo. O CIAM passou a atender, então, em duas unidades: Jaguaré e Aldeia da Esperança.
* Até 1994 o termo era conhecido como “deficiência mental”. Em 1995, o simpósio “Intellectual Disability: Programs, and Planning for the Future”, da ONU, alterou o termo para “deficiência intelectual”, por considerar que, “com a evolução acelerada da sociedade, pensamentos e conceitos devem acompanhar o ritmo desse crescimento para que o ser humano seja valorizado e compreendido cada vez mais”. Assim, a “deficiência intelectual” se diferencia mais ainda da “doença mental” (quadros psiquiátricos não necessariamente associados a déficit intelectual), termos que sempre geraram confusão. Em 2004, a “Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual” foi aprovada pela OMS, e o termo “deficiência intelectual” teve seu reconhecimento consagrado. 1 AAIDD (American Association on Intelectual and Developmental Disabilities)
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O CIAM participa com 30 trabalhos da exposição “A Expressão Plástica da Criança Excepcional”, organizada pelo Museu de Arte Contemporânea da USP.
Inauguração da Aldeia da Esperança, com o apoio significativo do Bradesco, na pessoa do Dr. Lázaro Brandão.
Implantação do ensino profissionalizante para jovens.
Início das atividades de inserção dos jovens no mercado de trabalho. O CIAM ganha o Prêmio Bem Eficiente. A conquista se repete em 2002, 2005 e 2006.
1972 1983 19991993
Linha do tempo
O Conselho de Mães do Departamento de Educação da Federação das Sociedades Israelitas Brasileiras do Estado de São Paulo se reúne para buscar uma alternativa de atendimento adequado e qualificado às crianças com deficiência intelectual, que até então não recebiam atendimento especializado.
Início do Serviço Ambulatorial (Clínica Psicológica e Clínica Psiquiátrica), provisoriamente instalado no consultório do Dr. Stanislau Krynski. Inauguração da sede própria do CIAM, no bairro do Jaguaré, com atendimento em regime de semi-internato.
O trabalho desenvolvido pelo CIAM é apresentado na 20ª. Reunião Anual da Federação Mundial para a Saúde Mental, realizada no Peru. Dessa forma, o trabalho do CIAM extrapola as fronteiras de São Paulo e passa a ser reconhecido internacionalmente.
Fundação oficial do CIAM, inicialmente chamado de Instituto Harry Fromer. No mesmo ano, toma posse a primeira diretoria do CIAM, composta por Marjan Fromer, Mauricio Petreski, Bertha Gottlieb, Friedel Windholz, Abrão Portnoi, Henrique Rosset, Herman Sbolh e Markus Gottlieb.
1958 1959 1960 1967 1998Realização do espetáclo Barishnikov, no Teatro Municipal de São Paulo.
2000Realização do espetáculo de Ballet da Ópera de Lyon, no Teatro Municipal de São Paulo.
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Realização do show de Dionne Warwick na Via Funchal e do musical “My Fair Lady” no Teatro Alfa.
Realização da comédia musical “Gloriosa” no Teatro Procópio Ferreira. Reforma e ampliação do ambulatório da Aldeia da Esperança. Participação no 10º Congresso Nacional – Abenepi, com divulgação do trabalho do CIAM e da Aldeia da Esperança.
Show de Charles Aznavour no Via Funchal. Parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo para o trabalho de inclusão escolar das crianças com deficiência intelectual.
Realização do espetáculo “O Rei e Eu” no Teatro Alfa. Participação na 1ª Virada Inclusiva – Participação Plena, uma iniciativa da Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência. Assinatura do acordo de cooperação com o Grupo de Estudo do Envelhecimento Precoce das Pessoas com Deficiência Intelectual.
2007 2008 20102009Inauguração do Centro de Estimulação Essencial, na Unidade Jaguaré. Conquista da certificação da ISO 9001:2000, recertificada em 2005 e 2009. Realização da Noite de Gala “Arte do Bem”, no Teatro Municipal de São Paulo.
Realização do show de Roberto Carlos no Credicard Hall e da peça de teatro infantil “Loja de Brinquedos”.
Realização de espetáculo de dança-teatro de Pina Bausch no Teatro Alfa.
Ampliação da Aldeia da Esperança, com a construção de mais oito casas, aumentando a capacidade de atendimento para 64 residentes. Inauguração do Centro de Reabilitação e Hidroterapia da Aldeia da Esperança.
2003 2004 2005 2006
Início do Programa de Inclusão às Avessas, que proporciona às crianças com e sem deficiência o desenvolvimento em conjunto e atividades educativas e recreativas.
20022001O CIAM promove o espetáculo Nederlands Dans Theater, no Teatro Municipal de São Paulo
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“A partir da Convenção da ONU de 2006, a questão da deficiência passa a ser considerada um direito humano. Então, se os seres humanos têm direito à educação, as pessoas com deficiência também têm, seja qual for a deficiência. Se têm direito a exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, a pessoa com deficiência também. E assim sucessivamente, em todas as áreas.”
Marta Gil, socióloga
CIAM – alinhado com o Brasil e com o mundo
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Em 1975, a ONU estabeleceu uma declaração específica assegurando os direitos das pessoas com deficiência – a Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Esse documento tornou-se referência mundial para a defesa da cidadania e do bem-estar dessas pessoas. Alguns dos direitos descritos na declaração designam:
• O direito essencial à sua própria dignidade humana;• Os mesmos direitos civis e políticos dos demais indivíduos;• O direito de desenvolver capacidades que as tornem autoconfiantes;• O direito de viver com sua família e de participar de atividades sociais;• O direito à proteção contra toda exploração e todo o tratamento
discriminatório, abusivo e degradante, entre outras.
No Brasil, no final dos anos 1980, duas leis estabeleceram os direitos das pessoas com deficiência: a Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 7.853/89, de 24 de outubro de 1989. Esta última tornou obrigatória a inclusão de itens específicos nos censos nacionais, como o Censo Demográfico de 1991, que, pela primeira vez, incluiu questões que atestaram a presença de 2.198.988 pessoas com deficiência, em uma população total de 146.815.750 habitan-tes, o que representa 1,49% desta. Desde então, outras leis foram criadas para regulamentar direitos constitucionais relativos aos deficientes.
São algumas delas2:
Lei nº 10.048/00 – dá prioridade de atendimento a pessoas portadoras de deficiência, idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, ges-tantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo.
Lei nº 10.098/00 – estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obs-táculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na constru-ção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
2 Fonte: www.planalto.gov.br, acessado em dezembro de 2010.
O Brasil também evoluía no conhecimento da população com deficiência. No ano 2000, o país descobriu que, diferentemente da média mundial – divulgada pela OMS, de 10% –, a população brasileira com algum tipo de deficiência era de 14,5%. Destes,
8% possuem deficiência intelectual.
Os valores são significativos e, com base neles, o Brasil vem se organi-zando em termos de dados estatísticos oficiais sobre as pessoas com deficiência e aprovando leis que tornam obrigatória a inclusão das mes-mas na sociedade, garantindo direitos iguais a todos. A Constituição Fe-deral, promulgada em 1988, é um dos documentos que ditam os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros, e determina que “é competên-cia comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas por-tadoras de deficiências”. Desde a instituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, os direitos das pessoas com qualquer tipo de deficiência deveriam estar assegurados. A declaração relaciona os seguintes direitos ao ser humano:
• Direitos Civis: direito à liberdade e à segurança pessoal; à igualdade perante lei; à livre crença religiosa; à propriedade individual ou em sociedade; e o direito de opinião (Arts. 3º ao 19º).
• Direitos Políticos: liberdade de associação para fins políticos; direito de participar do governo; direito de votar e ser votado (Arts. 20º e 21º).
• Direitos Econômicos: direito ao trabalho; à proteção contra o desemprego; à remuneração que assegure uma vida digna; à organização sindical; e direito à jornada de trabalho limitada (Arts. 23º e 24º).
• Direitos Sociais: direito à alimentação; à moradia; à saúde; à previdência e assistência; à educação; à cultura; e direito à participação nos frutos do progresso científico (Arts. 25º ao 28º).
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Princípios gerais da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência1. O respeito pela dignidade inerente, independência da pessoa, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e autonomia individual;2. A não discriminação;3. A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;4. O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;5. A igualdade de oportunidades;6. A acessibilidade;7. A igualdade entre o homem e a mulher;8. O respeito pelas capacidades em desenvolvimento de crianças com deficiência e respeito pelo seu direito a preservar sua identidade.
Convenção da ONU de 2006: uma grande conquista
A garantia dos direitos da pessoa com deficiência tem conquistado impor-tantes avanços ao longo dos últimos anos. Para a socióloga Marta Gil, a maior conquista aconteceu em 2006, com a Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. “Nós fizemos um gol enorme com essa convenção, pois ela tem uma série de diferenciais. Um deles é que a partir da convenção o tema da deficiência passa a ser colocado no campo dos direitos humanos. Isso significa que chega de assistencialismo, de filantro-pia, de paternalismo. Isso acabou. A questão da deficiência é considerada um direito humano. Então, se os seres humanos têm direito à educação, as pessoas com deficiência também têm, seja qual for a deficiência. Se têm direito a exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, a pessoa com defi-ciência também. E assim sucessivamente, em todas as áreas”, exemplifica.
Para completar essa conquista, em 2008 o Brasil ratificou a convenção, usando um mecanismo que consta da Constituição Brasileira. “Isso signi-fica que essa convenção agora tem equivalência de emenda constitucio-nal. Todos os direitos garantidos pela convenção fazem parte da Consti-tuição Brasileira”, explica Marta.
A convenção é um documento de 50 artigos. Ela não cria direitos novos nem especiais para as pessoas com deficiência, mas é um instrumento facilitador para o exercício dos direitos universais, em especial à igual-dade com as demais pessoas. Tem como objetivo promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência, e promover o respeito pela sua dignidade.
O documento estabelece o reconhecimento de que as pessoas com de-ficiência representam um segmento social marginalizado, cujos direitos muitas vezes são ignorados ou violados em todo o mundo. Daí se justifica a aprovação de tratado internacional sobre o tema, pois assegura base jurídica para o conjunto de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais da pessoa com deficiência.
“Acabou o tempo de ela estar escondida,
de a família sentir vergonha. Isso pertence
ao passado. Por isso que a gente fala pessoa
com deficiência. Enfatizamos o fato de
que, em primeiro lugar, o mais importante é
que ela é uma pessoa. A deficiência é só mais
uma característica que ela tem.”
Marta Gil, socióloga
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“Ao longo dos anos, observei de perto a evolução das crianças, a formação de caráter de algumas, a solidariedade de outras. O resultado do trabalho é gratificante, e a equipe multidisciplinar que faz parte do CIAM consegue exercer um excelente trabalho.”
Cristiano Pedroso, psicólogo do CIAM
Unidade Jaguaré – estimulando o desenvolvimento
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CEE – Centro de Estimulação Essencial
Oferece assistência às crianças com distúrbios do desenvolvimento físi-co, psíquico e emocional desde o nascimento até a primeira infância – 0 a 5 anos. Disponibiliza serviços nas áreas de prevenção, orientação à família, estimulação, reabilitação e inclusão escolar.
O principal objetivo da equipe multidisciplinar que trabalha com as fa-mílias das crianças é conscientizá-las da importância do trabalho de estimulação precoce e da construção de alicerces para a inserção social plena. Desenvolve os seguintes programas:
Programa de Inclusão
Desenvolvimento de Tecnologia
Transferência de Conhecimento
Articulação e adequação de locais e capacitação de profissionais das áreas de educação, saúde e cultura, entre outras, para a inclusão social e educacional das pessoas com deficiência.
Construção e/ou readequação de material postural para lares, escolas, espaços de lazer e oficinas de trabalho. Desenvolvimento de tecnologia de baixo custo.
Acompanhamento dos responsáveis pelas crianças, para que adquiram mais confiança e autonomia para os cuidados essenciais nas suas atividades diárias.
Com uma proposta psicopedagógica específica para os aten-didos e com um projeto arquitetônico que favorece o traba-lho interdisciplinar e a prática de intervenções terapêuticas e educacionais para crianças, jovens e suas famílias, o CIAM
Jaguaré, com as ações do CEE – Centro de Estimulação Essencial e do CED Centro de Educação e Desenvolvimento, oferece opções de estimulação, reabilitação multidisciplinar e profissionalização. Elas contribuem para a busca da autonomia e da inclusão sociocultural e educacional dos seus atendidos. Sua equipe técnica é multidisciplinar, com fisioterapeutas, fo-noaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, pedagogos, profes-sores de educação física, monitores de oficinas e assistentes sociais.
Como qualquer cidadão, a pessoa com deficiência intelectual tem o direito à educação pública ou particular de ensino. O Artigo 208 da Constituição Federal garante o acesso preferencialmente à rede pú-blica de ensino, da educação infantil e ensinos fundamental, médio e superior a todos os cidadãos brasileiros.
Atendendo à Convenção da ONU, a pessoa com deficiência tem direito, ainda, de não ser excluída da escola em razão da sua deficiência, tendo o direito a apoio necessário no âmbito do sistema educacional regular, com o objetivo de facilitar sua educação em um ambiente inclusivo.
O CIAM, ciente das dificuldades, tanto dos espaços físicos quanto das equipes formadoras das escolas e das famílias das pessoas com defi-ciência intelectual, preocupou-se com a capacitação dos formadores
– professores e educadores em geral. Por meio dos programas da unida-de Jaguaré, contribui para facilitar o ingresso dos atendidos na escola.
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“Lembro que no início do tratamento eu tinha receio de pegar no meu filho, pois tinha medo de fazer algo errado e machucá-lo, mas a equipe multidisciplinar do CIAM foi paciente comigo e me ensinou a realizar uma série de atividades que auxiliam o desenvolvimento dele. Hoje eu alongo a perninha do Ângelo sozinha. Diante disso, percebi que meu filho ganhou até mais confiança em mim.”
Sueli Maris Henrique dos Santos, mãe do Ângelo, atendido no CIAM
A equipe técnica do CIAM, que está em constante atualização científica e mantém contato permanente com universidades para o aprimoramento do trabalho, atua de forma colaborativa e interdisciplinar, estimulando a participação dos cuidadores das crianças. O atendimento pode ser indi-vidual ou em grupo e envolver uma ou várias das especialidades abaixo:
• Fisioterapia• Terapia ocupacional• Fonoaudiologia• Psicologia• Pedagogia
CED – Centro de Educação e Desenvolvimento
Direcionado a crianças e adolescentes a partir dos três anos, no CED são geradas situações educacionais que beneficiam o desenvolvimento das habilidades e competências dos atendidos, favorecendo a inclusão social, escolar e profissionalizante.
No dia a dia são trabalhadas as habilidades e competências nas Ativida-des de Vida Diária (AVD) e nas Atividades de Vida Prática (AVP), além de noções pedagógicas, capacidade de comunicação e relacionamento e habilidades físicas e motoras.
No CED são desenvolvidos os seguintes programas:
Inclusão às Avessas – IA
Atendimento Educacional
Especializado – AEE
Grupo de Oficinas e Atendimentos
Terapêuticos Educacionais – Goate
Inclusão no Mercado de Trabalho
Proposta inovadora que coloca em um mesmo espaço crianças sem e com deficiência. O objetivo é que o convívio e as práticas se tornem cada vez mais divertidos, sendo um aprendizado para todos. Atividades voltadas a crianças de 3 a 6 anos.
Atende crianças com deficiência intelectual dos 6 aos 14 anos. Tem o objetivo de promover o desenvolvimento global por meio do acompanhamento do processo educacional na escola regular frequentada pelos atendidos. O serviço é oferecido no contraturno da escola.
Atende jovens a partir dos 15 anos de idade e tem como objetivo favorecer a autonomia e a independência na vida adulta. Proporciona a melhoria de qualidade de vida e o amadurecimento no processo profissional.
Atende jovens a partir de 16 anos, oferecendo capacitação e acompanhamento até o processo inicial das atividades no mercado regular de trabalho.
O próprio Ministério da Educação reconhece, por meio de seus docu-mentos, que o atendimento de alunos com deficiência intelectual na rede regular de ensino é um desafio. O aluno com deficiência tem uma maneira própria de lidar com seu aprendizado, o que pode não corres-ponder ao que a escola regular recomenda e está preparada. Essa situ-ação aponta, de forma implícita, a impossibilidade de a escola atingir o objetivo do apoio à construção do conhecimento desses alunos. E esta situação acentua a desigualdade, agravando as dificuldades do aluno com deficiência intelectual.
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Mercado de trabalho
Em 2010, umas das principais leis que mantêm o direito de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho fez 19 anos. A Lei de Co-tas, que estabelece que as empresas que têm mais de cem empregados devem reservar de 2% a 5% dos seus cargos a pessoas com deficiência, agregou à Constituição Federal e à Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência o direito dos deficientes a terem trabalho garantido, sem distinção, desde que tenham habilidades e qualificação profissional exigidas para as funções a serem exercidas.
A pessoa com deficiência intelectual, em especial, encontra alguns agravantes para sua inserção no mercado de trabalho. Estereótipos e preconceitos de muitas empresas e da sociedade criam uma forte re-sistência às suas contratações. De praticamente 30 milhões de pesso-as com deficiência no Brasil, apenas 323 mil têm emprego com carteira assinada. “Infelizmente, as empresas ainda praticam uma política de segregação – mesmo que a principal ideia da Lei de Cotas seja incluir. A maioria prefere contratar pessoas com deficiência física leve a modera-da (neste caso mais que a metade dos contratados – 55%); em seguida vêm os surdos (24%), depois os cegos (4%) e, por último, as pessoas com deficiência intelectual (3,5%)”, revela a deputada Mara Gabrilli.
A adaptação, tanto das pessoas com deficiência intelectual quanto do ambiente das empresas para recebê-los, é, portanto, a maior barreira para sua inserção no mercado de trabalho.
Parceria pela inclusão escolarDesde 2008, dentro do plano de inclusão escolar, uma parceria que agregou muito valor aos programas do CIAM foi o trabalho lado a lado com a Secretaria Municipal da Educação. O CIAM é considerado referência na região oeste de São Paulo para o atendimento no contraturno escolar de crianças com deficiência intelectual que estão matriculadas no ensino regular.
Sob esse aspecto, o CIAM disponibiliza 50 vagas apoiadas pela Secretaria para crianças e adultos atendidos nessas escolas, oferecendo não só a oportunidade de frequentarem as atividades, mas também disponibilizando às escolas orientações aos professores na questão da deficiência intelectual, levando profissionais para discutir temas como acessibilidade, adaptações e tecnologia assistiva, que podem ser usadas para melhorar o espaço físico do deficiente intelectual, as questões posturais e as adaptações da atmosfera da escola e dos materiais didáticos.
A vantagem dessa parceria é que o CIAM consegue intervir na educação escolar regular da criança com deficiência intelectual para que ela, além de participar de um programa de sociabilização, evolua no aprendizado global. O CIAM faz o contato com as escolas, orientando os pedagogos, discutindo casos e fazendo a triangulação entre família, atendido e rede de ensino.
Hoje o trabalho é realizado com, aproximadamente, 30 escolas. Destas, 17 são da rede municipal, cinco são escolas particulares e oito, escolas estaduais.
“Nosso maior obstáculo será universalizar o ensino nas escolas e incluir todos os alunos.”
Mara Gabrilli
Nesse contexto, é importante salientar que o papel da educação espe-cial não é de ensino particular ou reforço escolar. O ensino especiali-zado existe para proporcionar a adaptação dos alunos com deficiência intelectual às exigências da escola regular, fazendo com que os alunos aprendam o que é diferente dos conteúdos curriculares do ensino co-mum e ultrapassem as barreiras impostas pela deficiência.
Educação inclusiva x educação especial
Embora muitos especialistas defendam a ideia da inclusão escolar, há também os que consideram importante manter o ensino especializado. O vereador Floriano Pesaro, autor da Lei 15.034, de novembro de 2009, que instituiu o dia 14 de abril como o Dia Municipal de Luta pela Edu-cação Inclusiva em São Paulo, defende a existência dos dois sistemas de ensino. “Quando pensamos numa educação inclusiva, temos de con-siderar que a criança tem os seus estágios de desenvolvimento e que esses estágios podem, em alguns momentos, necessitar de uma educa-ção especial para, em outros momentos, participar de uma educação inclusiva, numa escola regular”, explica.
Já a deputada Mara Gabrilli reforça ainda mais a educação inclusiva. “Nosso maior obstáculo será universalizar o ensino nas escolas e incluir todos os alunos, com e sem deficiência, na mesma sala de aula. Será uma mudança estrutural, pedagógica e conceitual.”
Segundo ela, a educação regular da pessoa com deficiência intelectual é um tabu a ser quebrado. “Hoje, ainda é muito difícil contar com insti-tuições de ensino acessíveis para um aluno cadeirante – e olha que o acesso físico é o mais simples de se resolver. Agora, como incluir um alu-no com deficiência intelectual quando não há corpo docente e material didático adequados? Ou até mesmo quando a instituição impede esse aluno de ingressar na escola por considerá-lo incapaz?”, questiona.
3 Fonte: www.portal.mec.gov.br, acessado em dezembro de 2010
AVANçOS
O Censo Escolar da Educação Básica3, realizado em 2008, comprova que os avanços na educação especial em relação a 2007 foram bastante significativos. O total de matrículas cresceu 0,4% em 2008, em relação ao ano anterior. As matrículas em classes comuns de escolas regulares passaram de 46,8% do total, em 2007, para 54%, em 2008. Chega a 375.772 o número de pessoas com deficiência matriculadas em classes comuns do ensino regular e educação de jovens e adultos, num total de 61.828 escolas, o que mostra expressivo crescimento do atendimento escolar inclusivo contra as classes exclusivas. Ainda assim há muito em que avançar. O Censo Escolar de 2010 mostra que apenas 12% das escolas da rede regular estão aptas para atender alunos com deficiência nos anos iniciais.
“Quando pensamos numa educação inclusiva, temos de considerar que a criança tem os seus estágios de desenvolvimento”
Floriano Pesaro
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ção cognitiva/funcional, a avaliação com o FisiMetrix auxilia na prescri-ção de tratamentos, atividades físicas, ocupacionais ou sociais e prog-nósticos de futuras perdas de autonomia e independência.
Os benefícios esperados com a aquisição do FisiMetrix são:
• Intervenções terapêuticas a curto e médio prazos no âmbito multiprofissional da saúde;
• Desenvolvimento de dispositivos de tecnologia assistiva no âmbito da estrutura das residências e em Atividades de Vida Diária (AVDs), Atividades de Vida Prática (AVPs) e atividades de lazer;
• Ampliação dos potenciais de detecção de capacidades não estimuladas ou que possam ser otimizadas com vistas aos processos inclusivos da família e da sociedade;
• Prevenção de comorbidades que diminuam as relações de autonomia e independência.
b. CED – Centro de Educação e Desenvolvimento
Com o objetivo de proporcionar situações educacionais para crianças, adolescentes e adultos com deficiência, os programas do CED favore-cem o desenvolvimento das habilidades e competências do público atendido, visando ao desenvolvimento integral, à busca pela autono-mia, à qualidade de vida e à felicidade plena tanto das crianças e dos jovens como de suas famílias.
ATENDIMENTOS DO CED NO TRIÊNIO (2008-2010)
2008 157 atendidos
2009 157 atendidos
2010 203 atendidos
No programa Inclusão às Avessas, as crianças participaram de inúme-ras atividades pedagógicas e lúdicas, oficinas de música e teatro, aulas de educação física e atividades na piscina, que aconteceram de forma planejada, com a utilização de recursos modernos em cada área do co-nhecimento e desenvolvimento.
Em 2009, o programa foi beneficiado com o selo do Fumcad – Fundo Mu-nicipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, ficando apto a receber apoio de empresas e pessoas físicas, por meio da renúncia fiscal, atra-vés do direcionamento de parte do imposto de renda a pagar.
PROGRAMA INCluSãO àS AvESSAS (2008-2010)
Crianças COM deficiência
Crianças SEM deficiência
Total
2008 16 24 40
2009 8 8 16
2010 16 8 24
Atividades do triênio 2008-2010
a. CEE – Centro de Estimulação Essencial
Foram 615 crianças e cuidadores atendidos diretamente, de 2008 a 2010, no CEE do Jaguaré. Sem falar na capacitação da equipe técnica do CIAM, que sempre está em formação. Três intensos anos, muitas transformações.
Transformações de vidas, de preocupações em noites de sono... de lágri-mas em sorrisos!
O processo de atendimento no CEE inicia-se com a Avaliação Multipro-fissional, na qual é realizada a apresentação do CIAM, sua forma de funcionamento e seus programas. Uma triagem possibilita a coleta de dados específicos, como condições socioeconômicas e culturais, e a avaliação técnica da criança.
Caso ela seja incluída entre os atendidos, a avaliação socioeconômica de-termina o valor que cada família passará a contribuir com a instituição. Os grupos são formados e direcionados ao programa adequado ao seu caso.
ATENDIMENTOS DE 2008 A 2010*
Novos casos(crianças)
Total de atendidos (crianças e
cuidadores)
Total de atendimentos
(mensais)
Total de atendimentos
(anuais)
2008 60 148 350 3.510
2009 80 214 380 4.362
2010 109 253 401 4.413
* Valores médios, entre triagens, avaliações e grupos
Entre 2008 e 2010, a atividade de Desenvolvimento de Tecnologia bene-ficiou cerca de 100 crianças. Foram produzidas ou readequadas cadei-ras de rodas, cadeiras de papelão, planos inclinados e outras adapta-ções de baixo custo.
Em 2010, a grande novidade ficou por conta da aquisição do software de avaliação postural FisiMetrix, permitindo a realização de 37 avalia-ções mais específicas e profundas.
FisiMetrix
Adquirido pelo CIAM em julho de 2010, o FisiMetrix é um software que permite que o profissional realize a Avaliação Postural-Ortopédica atra-vés de imagens fotográficas, utilizando medidas e ângulos e auxiliando no acompanhamento fisioterapêutico do usuário. Em conjunto com o MIF (Medida de Independência Funcional), outra ferramenta de avalia-
“Hoje estou no mercado de trabalho porque o
CIAM sempre me apoiou. Toda semana participo do grupo de trabalho, em que
os profissionais realizam um acompanhamento
para saber se está tudo bem, e essa ajuda me traz segurança! Além da responsabilidade
no trabalho, eu tenho a responsabilidade de ajudar
em casa. Aos poucos, ganhei independência e
estou muito bem com tudo isso.”
Cleyton Ferreira Santiago, 21 anos, auxiliar administrativo da Creche Obra
Assistencial Jesus Menino
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c. Produtos feitos PELO e PARA o CIAM
Os jovens atendidos na unidade Jaguaré participam das oficinas profis-sionalizantes de empacotamento de sacos de lixo. Esse material é re-vendido para grandes empresas que apoiam o CIAM, gerando renda e colaborando para a melhoria dos serviços prestados na instituição.
Atualmente, cerca de 120 mil sacos de lixo são revendidos por mês, to-dos de acordo com as normas exigidas pela ABNT, um dos principais cui-dados tomados pelo CIAM para manter a qualidade.
Essa é uma iniciativa importante porque, por um lado, serve como um espaço de simulação e aprendizado para os jovens que serão inseridos no mundo profissional e, ao mesmo tempo, é uma forma de divulgar a instituição e arrecadar fundos.
O que hoje os atendidos do CIAM fazem é a contagem, a embalagem e a distribuição para as organizações parceiras, tais como:
• Beith Chabad• Casa Santa Luzia• Fisesp• Grupo Pão de Açúcar• Hospital Albert Einstein• Impacta• McDonald’s • Miller Fast Food
O CIAM mantém, nas suas duas unidades, programas de capacitação para o ingresso de jovens no mercado de trabalho.
Nesses casos, a instituição orienta as empresas para receber a pessoa com deficiência e faz o acompanhamento de todo o processo, garantindo a plena adaptação do jovem ao ambiente profissional. As empresas podem colaborar com esse programa das seguintes maneiras:
• Abrindo vagas para pessoas com deficiência intelectual;
• Fazendo doações mensais para a manutenção das oficinas profissionalizantes do CIAM.
Além disso, o CIAM possui parcerias com diversas empresas da região para capacitar funcionários dessas empresas, de forma que compreendam o processo de admissão dos jovens com deficiência intelectual no meio profissional.
Nos últimos anos, o CIAM contou com seis empresas parceiras, que fizeram seleção e colocação dos deficientes intelectuais:
• Bunge• Construtora Atlântica• Cushman & Wakefield Serviços
Imobiliários• Della Via• Oba Hortifruti• Supermercado DIA
Sua empresa pode ser nossa parceira
No programa Atendimento Educacional Especializado, a alfabetiza-ção busca aproximar os conteúdos da vida prática que são utilizados como instrumentos de aprendizagem. Com essa metodologia, o atendi-mento oferecido, somado ao conhecimento sobre o universo e sobre as atitudes que fazem parte do dia a dia, agrega valor aos atendidos, que aprendem, ao mesmo tempo, a arte da leitura e da escrita como uma das formas de inserção social.
ATENDIMENTO EDuCACIONAl ESPECIAlIzADO – AEE (2008-2010)
Escolas atendidas
Conveniados com a SME*
Total de pessoas atendidas
2008 2 10 23
2009 4 8 20
2010 29 10 45
* Secretaria Municipal da Educação de São Paulo
No Grupo de Oficinas e Atendimentos Terapêuticos Educacionais (Go-ate) são trabalhadas habilidades sociais, promovendo autonomia e in-dependência dos atendidos a partir dos 15 anos.
Goate (2008-2010)
2008 57
2009 53*
2010 42
* Dez são conveniados com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
No programa Inclusão no Mercado de Trabalho, a meta é identificar as habilidades e potencialidades de cada jovem, apresentando-as como competências às empresas nas quais se busca a colocação.
Tanto os atendidos que participam desse programa quanto as empre-sas que os contratam recebem todo o acompanhamento e assessoria do CIAM. Os colaboradores das empresas são sensibilizados e conscien-tizados da importância e das peculiaridades de trabalhar com uma pes-soa com deficiência intelectual. Essa é uma das mais importantes ações de sucesso do CIAM nesse programa.
PROGRAMA INCluSãO NO MERCADO DE TRAbAlhO (2008-2010)
Inclusão no mercado
Acompanhamentos de pessoas contratadas
Total de pessoas atendidas
2008 4 7 7
2009 1 4 21
2010 3 6 15
“O Grupo Pão de Açúcar possui diversas ações no âmbito social com foco na promoção do desenvolvimento humano. No Caras do Brasil, o Grupo Pão de Açúcar tem parceria com o CIAM desde 2005, comercializando os sacos para lixo da oficina de profissionalização da instituição. Estamos na expectativa de ampliar essa parceria e possibilitar uma maior visibilidade ao projeto.”
Patrícia Luisa Santana, coordenadora de projetos do Grupo Pão de Açúcar, uma das empresas apoiadoras do CIAM
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Parcerias
Nos últimos três anos, é possível citar a aproximação com alguns par-ceiros de destaque, tais como:
• Unicid – Universidade da Cidade de São Paulo: é a única universidade no Brasil que tem um trabalho de fisioterapia voltado para a questão do atendimento em saúde mental;
• UniAnchieta – Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí (SP): parceria com os cursos de Terapia Ocupacional, Enfermagem e Medicina.
O CIAM recebe alunos e profissionais dessas instituições, com as quais mantém um diálogo constante, além de oferecer visitações e compar-tilhar conhecimento. É uma parceria para contribuir com a formação desses profissionais e, em contrapartida, garantir a renovação do co-nhecimento da equipe da instituição.
Nestes anos, o CIAM também teve uma parceria com a instituição nor-te-americana The Seven Hills Foundation, que forma profissionais para serem líderes e empreendedores do terceiro setor. O grupo esteve pre-sente no CIAM participando, por uma semana, de todas as atividades da instituição.
Grupo de Estudo de Envelhecimento Precoce
O CIAM considera importante a participação na formulação de políticas públicas, especialmente em relação ao cuidado com a pessoa com defi-ciência intelectual em seu processo de envelhecimento. Para promover essa ação, a instituição faz parte do Grupo de Estudo de Envelhecimen-to Precoce da Pessoa com Deficiência, realizando um trabalho de advo-cacy, de discussão e de influência na formulação dessas políticas.
d. Formação e capacitação de equipes
O CIAM, desde sua fundação, é fortemente orientado por uma visão científica e considera importante observar, conhecer e acompanhar as tendências que a academia aponta nas suas áreas de atuação. Como forma de manter uma prática profissional compatível com as mais avançadas tecnologias e descobertas humanas, o CIAM estimula seus profissionais a estarem constantemente em treinamento e participan-do de eventos nacionais e internacionais de atualização.
Entre os anos de 2008 e 2010 foram realizadas diversas ações e parcerias para a educação continuada dos profissionais, como o estímulo à partici-pação em cursos e o intercâmbio com instituições de referência na área.
O CIAM também mantém uma política de apoio à capacitação dos seus funcionários, concedendo bolsas de estudo de até 50% para cursos téc-nicos e superiores.
Entre as regras estipuladas pelas Normas e Procedimentos para Concessão de Capacitação Profissional, o benefício é concedido ao funcionário que:
• Tenha, no mínimo, 1 (um) ano de trabalho no CIAM;• Escolha cursos de interesse do CIAM;• Tenha desempenho profissional bem avaliado por critérios
previamente definidos.
CONCESSãO DO bENEfíCIO DE bOlSAS DE ESTuDO DE 2008-2010
Nº de funcionários
por ano
Cursos aprovadosvalores
investidosGraduação Pós-graduação
2008 9Contabilidade, Enfermagem, Gestão de Pessoas, Pedagogia e Terapia Ocupacional
Educação Sexual e Política e Promoção Social R$ 22.985,98
2009 6Contabilidade, Análise Gerencial, Pedagogia, Enfermagem e Gestão Financeira
Educação Inclusiva e Deficiência Mental R$ 19.340,35
2010 5
Análise Gerencial, Enfermagem e Gestão Financeira
Educação Inclusiva e Deficiência Mental, Psicomotricidade e Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento
R$ 22.940,40
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Aldeia da Esperança – promovendo a autonomia
“A experiência que a Aldeia teve nesses 17 anos mostra que é possível compatibilizar a independência pessoal, dignidade de viver e envelhecer com as questões que hoje regem a sociedade: dificuldade de você ter, muitas vezes, um familiar permanentemente disposto a cuidar e atender. Às vezes não é uma questão de desejo pessoal desse familiar, mas uma impossibilidade frente aos desafios da vida moderna. O CIAM tem uma história e um resultado que ajuda o gestor público a pensar uma proposta dentro desses moldes.”
Linamara Battistella, secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo
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A cozinha tem características industriais e é equipada com fogões, forno, três câmaras frigoríficas e todos os demais utensílios necessários a uma cozinha profissional de grande porte. Ao todo, são oito funcionários, entre nutricionista, cozinheiro, meio oficial e ajudante de cozinha.
O cardápio leva em conta as necessidades nutricionais diárias para uma alimentação saudável. Além disso, os pratos são elaborados pela identi-ficação dos hábitos alimentares dos residentes, mediante sondagem de preferências, exigências médicas e nutricionais das respectivas dietas e harmonia dos nutrientes e de suas respectivas características sensoriais.
Além do cardápio regular, muitos residentes possuem prescrições médicas para determinado estado clínico (obesidade, hipertensão arterial, diabe-tes, dislipidemias), passando por acompanhamento nutricional e contan-do com uma opção diferenciada em caso de restrição alimentar. Essa dieta baseia-se em orientações para ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados às condições físicas, nutricionais e psicológicas de cada um.
Para os residentes que não possuem restrição alimentar é feita uma orien-tação nutricional para que observem seus hábitos e se tornem pessoas mais saudáveis. Às sextas-feiras, o cardápio é diferenciado para o tão espe-rado happy hour, também considerado como Shabatt entre os residentes.
LavanderiaNa Aldeia da Esperança, a lavanderia funciona como um posto de trabalho para os residentes, dentro da proposta pedagógica da instituição. Alguns desenvolvem tarefas como dar entrada e saída nas roupas, separar por cor e colocar nos baldes para serem levadas às máquinas, retirar as roupas limpas das máquinas, estender nos varais as peças que não podem ir para as secadoras e dobrar e guardar nos armários dos respectivos donos. Tudo com muito cuidado e carinho.
A área da lavanderia é ampla, organizada e equipada com duas lavadoras, duas secadoras e uma centrífuga, todas industriais, com capacidade de lavar, em média, 150 quilos ao dia.
AmbulatórioPara garantir o acompanhamento de saúde dos residentes, a Aldeia man-tém um ambulatório chefiado por uma enfermeira que conta com o apoio de 11 auxiliares. Cada residente tem um prontuário com a sua prescrição médica. A entrega dos medicamentos é uma das tarefas mais importan-tes da equipe do ambulatório. Os auxiliares de enfermagem aproveitam os horários de refeição para medicar cada residente e em alguns casos, os auxiliares vão nas casas administrar a medicação, para respeitar os horários de prescrição.
Semanalmente a Aldeia conta com a assessoria da psiquiatra Dra. Gizela Turkiewicz. A cada quinze dias a equipe reúne-se com a médica para dis-cutir o estado de saúde e bem-estar de cada um dos moradores. Quando observa-se a necessidade de consultas ou exames complementares, a equipe do ambulatório envia um relatório detalhado para a família do re-sidente e presta toda a orientação necessária para o cuidado adequado de cada um.
L ocalizado em Franco da Rocha, a 50 km de São Paulo, o projeto de moradia assistida, um conceito inédito no Brasil, foi elaborado para atender pessoas com deficiência intelectual a partir dos 18 anos, ins-
pirado na experiência do Kibutz Kfar Tikva, de Israel.
Com o objetivo de assegurar uma residência assistida ao adulto com li-mitação social, os residentes podem viver em um ambiente saudável, desenvolver suas aptidões e seus interesses e participar de atividades produtivas, sociais e comunitárias, mantendo e tendo estimuladas sua individualidade e sua socialização.
A Aldeia da Esperança fechou o ano de 2010 com 53 residentes vivendo em uma área de 415 mil m². Cada residente mora em sua própria casa, de 36 m². As casas foram projetadas de maneira a formar praças e alamedas, favore-cendo o convívio social e preservando o estilo de vida em saudáveis vilas. O projeto arquitetônico foi concebido pelo arquiteto Gregório Zolko.
Os residentes são acompanhados por profissionais que desenvolvem planos individuais e estimulam a autonomia dentro de um ambiente de liberdade e socialização, respeitando os limites de cada um.
Morar sozinho, mas em grupo
Ao ingressar no programa, o residente e seus familiares, junto com a equi-pe técnica, traçam um plano de trabalho individual que permitirá ao resi-dente praticar sua autonomia e treinar suas habilidades. Ele viverá em sua própria casa e terá acompanhamento da equipe especializada 24 horas por dia. Poderá exercer atividades em ambientes comuns, como academia de ginástica, oficinas terapêuticas, quadra poliesportiva, horta e pomar, pisci-nas coberta e aquecida, lavanderia industrial e refeitório.
O refeitório é um espaço amplo e agradável, onde as seis refeições do dia – café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite – são elaboradas por nutricionistas, de acordo com um cardápio balanceado, com produtos de ótima qualidade.
NaAldeiadaEsperançasãodisponibilizadososseguintesprogramas:•MoradiaAssistida•AldeiaDia•AldeiaHotel•AldeiaLazer•Reabilitação
eHidroterapia•OficinasTerapêuticas
eProfissionalizantes
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Oficinas terapêuticas e profissionalizantes
Oferecem aos residentes e clientes temporários a oportunidade de de-senvolver suas habilidades, conviver em grupo e melhorar sua autoesti-ma. Nas oficinas são confeccionados produtos para uso próprio ou para comercialização, com venda revertida ao CIAM.
As atividades possibilitam identificar as tarefas que cada um consegue desenvolver com melhor competência e mais aptidão. Nesse processo, são feitas alterações no ritmo e no conteúdo do trabalho, adequando as atividades para que a pessoa com deficiência intelectual se adapte e seja incluída em um sistema de instrução no local de trabalho.
Artesanato Trabalhos manuais para confecção de produtos como mosaico, pintura, fuxico, sabonetes, velas artesanais, decoupage, tricô, crochê, ecobags, utensílios de madeira e miçangas, entre outros.
Confeitaria e PanificaçãoProdução de chalá, pães diversos, bolos, doces, salgados, pão de mel e biscoitos para café, entre outros.
Reconhecimento
Mais uma vez, em 2010, a qualidade dos servi-ços prestados na Aldeia foi reconhecida pelo certificado ISO 9001-2000. Desde 2003 o certi-ficado aprova o comprometimento com a ex-celência que o CIAM fez ao se propor a criar a Aldeia da Esperança. Anualmente, o projeto passa por auditoria externa e interna.
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É importante ressaltar que, para ingressar na Aldeia da Esperança, os candidatos precisam ter certo grau de autonomia e independência, visto que irão morar em suas próprias casas, sozinhos, e devem cola-borar com a organização dela. Outro critério avaliado é se o candidato apresenta agressividade, pois em caso positivo ele não se torna elegí-vel para o projeto. Para finalizar a triagem, o candidato realiza alguns exames e passa por atendimento psiquiátrico, que conclui se está apto a residir na Aldeia. Para participar do Aldeia Dia, Aldeia Hotel e Aldeia Lazer também é necessário passar por essas etapas de avaliação.
CRH – Centro de Reabilitação e Hidroterapia
É um espaço moderno, localizado dentro da Aldeia da Esperança, volta-do para a prática multiprofissional no atendimento, educação e pesqui-sa na área física, postural e esportiva. Suas instalações incluem ginásio equipado para técnicas de reabilitação e condicionamento físico e uma piscina construída sob criteriosas normas de segurança, acessibilidade e potencial terapêutico.
Aldeia Dia Aldeia hotel Aldeia lazer
Oferece a possibilidade de participar do programa diário de atividades. O residente chega às 8 horas, participa de todas as atividades e oficinas, recebe as refeições e retorna à sua casa no final do dia. Para esses usuários, também é desenvolvido um plano de ação.
Oferece a possibilidade de passar um período específico na Aldeia da Esperança. O cliente fica hospedado em uma das residências, participa das atividades e recebe acompanhamento dos profissionais.
Oferece a oportunidade de realizar passeios e viagens. O grupo é acompanhado pelos gerentes e monitores da Aldeia, que cuidam da operação logística, proporcionando diversão e inclusão social.
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• Reformulação da equipe, de maneira que todos os gerentes agora podem estar mais próximos dos residentes para acompanhar a implantação dos planos de ações;
• Integração em rede do prontuário de cada residente, unificando as informações técnicas, ambulatoriais e de fisioterapia, as avaliações físicas e o livro de ocorrências;
• Reavaliação e reestruturação das oficinas de artesanato, estufa e horta, culinária, terceirização, sala de convivência, música e teatro.
Atendimentos
A Aldeia da Esperança atendeu, ao longo de 2010, 53 residentes (média mantida nos dois anos anteriores), vivendo em suas próprias casas, re-alizando atividades cotidianas, conquistando independência e sendo supervisionados por profissionais qualificados durante todos os dias.
Neste período, ocorreram ações que complementaram os atendimentos dos residentes definidos pelos seus planos de desenvolvimento, tais como:
Oficinas:• Reestruturação e reorganização do ateliê, oficina de culinária e
artesanato;• Criação da sala de convivência, para estimular a socialização e o
hábito de leitura.
Atividades de educação física:• Atividades individuais ou em grupos baseadas nas três capacida-
des que o ser humano precisa ter para uma boa qualidade de vida, segundo o Conselho Federal de Educação Física (Confef): motora, cognitiva e socioafetiva;
• Gincanas;• Práticas, campeonatos e eventos esportivos internos e externos.
Projeto de Educação Ambiental:Teve como objetivo conscientizar e implantar a coleta e separação de resí-duos de materiais para reciclagem, envolvendo funcionários e residentes.
• Desenvolvimento do projeto, com efetivação em março de 2009; • Apresentação sobre o tema nas reuniões com residentes;• Separação de resíduos orgânicos e recicláveis nas áreas comuns
e nas casas dos residentes;• Reaproveitamento de materiais recicláveis no ateliê e na sala
de convivência.
Norteada pelo lema da moradia assistida e inclusão, a Aldeia da Espe-rança manteve 53 residentes em 2010, desenvolvendo planos de traba-lho individualizados, visando ao desenvolvimento máximo do poten-cial de cada um deles. Acompanhamento técnico diário de profissionais como fisioterapeutas e nutricionista, entre outros, esporte, lazer, ofici-nas de profissionalização e hidroterapia foram algumas das atividades realizadas. O apoio técnico e acadêmico tem sido garantido pelas par-cerias com instituições de graduação e pós-graduação, o que viabiliza o aprimoramento nas diversas modalidades terapêuticas oferecidas.
Gestão administrativa
De 2008 a 2010 várias atividades da Aldeia da Esperança foram realiza-das com apoio de funcionários, residentes e seus familiares.
Destaques em 2009:• Busca contínua por parcerias em meio a empresas da região para
manter o trabalho dos residentes no mercado formal;• Auditoria para manutenção e certificação da qualidade. A Aldeia da
Esperança foi recertificada por não ter nenhuma não conformidade em seus processos.
Atividades do triênio 2008-2010
Destaques em 2010:
Pesquisa de satisfação com residentes, familiares e funcionários apontou:
• 96% dos pais/responsáveis consideram o atendimento oferecido na Aldeia Bom ou Muito Bom;
• 68% dos residentes consideram Bom ou Muito Bom o tratamento que recebem dos funcionários da Aldeia;
• 98% dos funcionários sentem-se satisfeitos em trabalhar na Aldeia.
Gestão técnica e capacitação de equipes
A excelência técnica é garantida por meio de uma gestão que entende que a força está nas pessoas, e estas, motivadas e capacitadas, ofere-cem atendimento de qualidade 24 horas por dia aos residentes.
Entre 2008 e 2010, o CIAM investiu em algumas contratações para o for-talecimento da equipe da Aldeia da Esperança. A estrutura de gerência dos residentes, bem como a equipe como um todo, passou por algumas alterações que geraram resultados significativos na reorganização e no avanço do trabalho, tais como:
• Reestruturação do Relatório de Ingresso dos Residentes, com o objetivo de tornar esse documento mais prático e aplicável;
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Faça Parte
“O trabalho voluntário permite que você crie outras perspectivas de vida! O CIAM dá muito valor ao trabalho do voluntário e eu vejo que toda a minha dedicação está sendo retribuída.”
Olívia Alexandria E. Prearo, 18 anos, voluntária
CENTRO DE REAbIlITAçãO E hIDROTERAPIA (2008-2010)
Residentes atendidos
Atendimentos individuais
Atendimentos em grupo
2008 24 180 4
2009 24 200 80
2010 25 220 80
Atividades de lazer (internas e externas) As atividades de lazer propostas pela Aldeia da Esperança vão além da diversão tão necessária para todo ser humano. Elas têm também o ob-jetivo de promover a autonomia e a socialização dos residentes, dentro e fora da Aldeia. Sob esse aspecto, em alguns momentos propõem via-gens mais longas, proporcionando desde um aprendizado no momen-to de organizar uma mala de viagem até a vivência de um novo local, uma nova cultura. Em outros momentos, o objetivo é estimular o con-tato com o outro de maneira divertida, dentro da própria Aldeia, apro-ximando e quebrando eventuais barreiras no relacionamento, ou ainda propondo que cada um mostre os seus talentos, vencendo a timidez. Conheça algumas atividades realizadas de 2008 a 2010:
Centro de Reabilitação e Hidroterapia
Entre 2008 e 2010, o Centro de Reabilitação e Hidroterapia realizou es-timulações de Atividades de Vida Diária e atividades de trabalho, além de atendimento em grupo, realização de acompanhamento postural e entrevistas com os residentes para treino das áreas adaptativas.
A partir da aquisição do FisiMetrix, em 2010 (veja mais detalhes na página 30), o CRH realizou a avaliação postural de pacientes usando essa ferra-menta. O desenvolvimento de planos inclinados para uso em casa e no trabalho, apoio de pés e orientação para cuidadores e oficineiros tam-bém contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos residentes.
Atividades internas
• Sessão pipoca;• Karaokê;• Campeonato de pipas;• Jantar romântico para o Dia
dos Namorados;• Aniversários de residentes;• Concurso de piadas;• Show de talentos;• Feriados judaicos, almoço
Pessach e Rosh Hashaná, entre outras.
Atividades externas
• Carnaval em São Paulo, no Anhembi;
• Visita ao Aquário em São Paulo• Exposição “Ecológica”
no Museu de Arte Moderna;• Trilha com piquenique;• Viagens para Caraguatatuba,
Salvador, Caldas Novas e outras.
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Um caso de sucesso – Nota Fiscal Paulista
Um destaque na captação de recursos do CIAM nos últimos anos foi o trabalho realizado para estimular as doações através da Nota Fiscal Paulista. Apesar de ser um movimento novo, essa iniciativa já é um ga-nho para todos os lados: para as entidades, que recebem recursos im-portantes, e também no processo de mobilização das pessoas para a causa, uma vez que elas fazem uma escolha espontânea de doação.
O CIAM foi a primeira instituição da comunidade judaica a fazer esse trabalho e divulgá-lo. No final de 2010, a instituição foi convidada a participar de um evento no qual o governador em exercício, deputado Alberto Goldman, e o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, fize-ram um reconhecimento público às instituições que estão realizando um bom trabalho nessa área.
Hoje o CIAM tem urnas de arrecadação de notas fiscais em 25 estabe-lecimentos. A estratégia usada para alcançar os bons resultados re-gistrados até agora está baseada na pró-atividade da instituição, que disponibiliza funcionários para irem aos postos de arrecadação fazer a coleta das notas e posterior digitação dos dados. Um trabalho que oferece credibilidade à ação.
Em reconhecimento às empresas que abriram suas portas para receber a urna de coleta de nota fiscal do CIAM, no final de 2010, foi entregue a cada uma delas um diploma de agradecimento, gerando um sentimen-to de satisfação também nos funcionários dessas empresas, por faze-rem parte desse movimento social.
O valor arrecadado é investido nas ações de melhoria da infraestrutura das duas unidades do CIAM.
Como participar – Nota Fiscal PaulistaExistem três maneiras de colaborar através dessa opção:
1. Depositando cupons fiscais nas urnas do CIAM disponíveis nos estabelecimentos, lojas, escolas, bares e restaurantes, condomínios, clubes sociais etc.;2. Enviando os cupons fiscais pelo correio para o CIAM – é necessário que os cupons cheguem à instituição até o dia 20 do mês seguinte à emissão, para que seja efetuado o cadastro; 3. Efetuando a doação pela internet, no site do programa Nota Fiscal Paulista. Nesse caso é preciso que o doador seja cadastrado no programa da Nota Fiscal Paulista. O cadastro precisa estar com o status “ativo”. Mais informações www.nfp.fazenda.sp.gov.br.
Hoje, o índice médio de gratuidade dos atendimentos realizados pelo CIAM é de 55%, sendo 75% na Unidade Jaguaré e 25% na Aldeia da Esperança. Em decorrência do custo elevado para a prestação dos
serviços realizados pela instituição, o CIAM busca parcerias e apoio de pes-soas e empresas que se solidarizam com a causa.
Existem várias formas de contribuir com a instituição. Conheça algu-mas delas:
Doações continuadas de pessoas e empresas:
Hoje o CIAM conta com, aproximadamente, 1000 sócios colaboradores e doadores, entre pessoas físicas e jurídicas. As pessoas podem doar seu tempo, trabalho e talento, contribuindo para o desenvolvimento de diversas atividades na instituição, ou fazer aportes mensais, semes-trais ou anuais.
Além disso, o CIAM tem o apoio de parceiros que fazem o trabalho pro-fissional pro bono, que atendem a instituição em questões administra-tivas e institucionais, sem cobranças financeiras.
Como participar
Adote uma criança Qualquer pessoa pode adotar uma criança do CIAM, colaborando para que ela realize todas as atividades que a unidade Jaguaré oferece.
Apoie um residenteNa Aldeia da Esperança é possível colaborar subsidiando a moradia de um residente. Além de toda a estrutura de residência individualizada, o que estimula a autonomia, os residentes contam com o apoio de uma equipe técnica que desenvolve diversas atividades terapêuticas e recreativas.
Seja sócio contribuinte Interessados pelos trabalhos oferecidos no CIAM podem se tornar só-cios contribuintes. São vários os valores e as modalidades de contribui-ção. A pessoa define a periodicidade das doações, o valor que deseja investir e a forma de pagamento.
Doação de itens diversosVários materiais são utilizados para oferecer um serviço de qualidade aos atendidos. A instituição aceita doações de materiais, como: jogos e livros infantis, DVDs de filmes, material de informática (computadores, notebooks, jogos educativos, entre outros.
Doações onlineAtravés do site do CIAM (www.ciam.org.br), qualquer indivíduo pode fa-zer doações online.
PARA EFETUAR O SEU APOIO AO CIAM POR QUALQUER UMA DESSAS MODALIDADES, ENTRE EM CONTATO ATRAVÉS DO TELEFONE (11) 3760-0068.
Projetos apoiados pelo Fumcad
Cinco projetos do CIAM estão aprovados pelo Fumcad e podem receber apoio por meio da destinação de parte do Imposto de Renda a pagar de pessoas físicas e jurídicas:
• Assistência Multidisciplinar, Follow up e Inclusão Escolar de Crianças e Adolescentes com Transtorno
• Cadeiras da Roda de Baixo Custo
• Escola de Pais• Inclusão às Avessas • Inclusão de Jovens com
Deficiência Intelectual no Mercado de Trabalho
No site http://fumcad.prefeitura.sp.gov.br você encontra todas as informações necessárias para contribuir desta maneira.
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Iniciativas institucionais para captação de recursos
Eventos – Projeto CIAM mais CulturaO CIAM é reconhecido como uma instituição promotora de eventos de qualidade absoluta na área cultural, por meio do projeto CIAM mais Cultura. Nos últimos três anos, foram muitos os eventos com renda revertida à instituição e eventos de relacionamento, que contaram com patrocínio de empresas e parcerias na venda de ingressos. Esses parceiros são fundamentais para o CIAM, pois, ao contribuir com os eventos culturais, viabilizam uma ação de captação de recursos importante para a instituição, ao mesmo tempo em que ajudam a promover uma ação de democratização da cultura, já que muitos atendidos pelo CIAM têm a possibilidade de assistir a esses espetáculos.
Programa de VoluntariadoAmpliar o programa de voluntariado tem sido um dos objetivos do CIAM nos últimos anos. A diretoria acredita que a instituição tem um potencial grande de agregar pessoas em torno da causa que defende: a inclusão social da pessoa com deficiência intelectual.
O programa de voluntariado do CIAM tem procedimentos definidos, que vão desde o ingresso, com a inscrição e o processo de seleção, até a identificação da atividade que melhor se encaixa ao voluntário. A metodologia empregada na coordenação do trabalho possibilita a sistematização do processo de voluntariado, identificando perfis, interesses, conhecimentos e outras características.
Muitos voluntários passaram e ainda atuam no CIAM. Entre eles, um destaque especial para os conselheiros e diretores da instituição, além de um grupo que tem ligação direta com o público e com atividades ligadas a áreas administrativas.
Na Aldeia da Esperança, a reestruturação do programa de voluntariado permite o envolvimento de voluntários nas oficinas terapêuticas, com supervisão de um profissional contratado pela instituição, o que assegura o foco da atividade, que é o desenvolvimento dos residentes.
Como participar – Seja um voluntário O CIAM acredita que, doando parte de seu tempo, trabalho ou talento, muitos serão beneficiados. Os alunos e residentes receberão apoio de qualidade de pessoas interessadas em colaborar, e a pessoa que se inscrever fará parte de um valioso grupo de voluntários do CIAM. Para fazer parte desse trabalho é preciso preencher a ficha de inscrição no site do CIAM (www.ciam.org.br) e aguardar contato para uma visita.
Parcerias e alianças
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Hattori de Lima; Aurea Steinberg; Ava Nicole Dranoff Borger; Avran Secher; b Bacy Fleitlich Bilyk; Bacy Waisman ; Baldomero
Barbara Beto; Beatriz Abraham; Beatriz Monteiro de Carvalho; Beatriz Pasmanik; Beatriz Pimenta Camargo; Bebel Alves de Lima;
Becky Refkan Sarfati; Beirel Zukerman; Benedicto Celso Benício; Benedito Moraes; Benjamim Golcman; Benjamin Mejlachowicz;
Benjamin Wolf Handfas; Benno Thau; Berenice Villela de Andrade; Bernardo Leschziner; Bernardo Szajniak; Betty Karpat; Blanca
Menghini; Boris Ber; Boris Grandisky; Boris Lerner; Boris Szylit ; Borys Barmak; Branca Lafer; Branca Zatyrko; Bráulio Pasmanik;
Bruna Milano Felerico; Bruno Barmak; Bruno Licht; Bruno Setton; C Camillo Nader; Candida Camargo; Carlos E. Terepins; Carlos
Alberto Sobrinho; Carlos Alberto Wanderley;Carlos Blaj; Carlos Blauth Ribeiro Fontes; Carlos Chmerel Graicer; Carlos E. Calfat
Salem; Carlos Eduardo Horta; Carlos Isaac Kibrit; Carlos Mauricio Rosset; Carlos Roberto Neufeld; Carlos Tafla; Carmelita Jose dos
Santos; Carol Fischbac; Carolina Lima; Cassia Ap. B. Bruno; Cássio Roberto Vieira Romano; Cassio Sadi; Cássio Telles; Ferreira Netto;
Catarina Justus Fischer; Cecília Luiza Montag Hirchzon; Célia Opittz; Célia Procópio de Araújo Carvalho; Celso Stringueta; Cesar
Ades; Chaim Goldestein; Chaim Trajber; Charles Grunfeld; Charles Siegmund Rothschild; Charles Tawil; Chella Safra; Chelomo
Venezia; Chulamit Raizen Terepins; Cicero L. de Barros; Clara C. Sancovsky; Clara Gubbay Ades; Clarice Cassab Nader; Clarice Konfino
Castro; Clarisse Zaitz; Claudia Abuleac; Claudia Costin; Claudia Lorch; Claudio Dascal; Claudio Bardella; Claudio Muller; Claudio P. L.
Sonder; Claudio R. Katz; Claudio Roberto Cernea; Claudio Silberberg; Clea Dalva C. Faria; Cornelia Pongracz Rossi; Costanza
Pascolato; Cristina Allegri; Cyro Gandelhman; D Daisy Khoury; Dalio Sahm; Dan L. Waitzbere; Daniel Adler; Daniel Feffer; Daniel
Halbreich; Daniel Klabin L. Wurzmann; Daniel Paes Cavalcante; Daniel Pilnik; Daniel Rafael Hamoui; Daniela Libman; Danilo A. Setti;
Danilo Barbosa Quadros; Danny Sapiro; Dany Artel; David Abuhab; David Acherman; David Schapira; David Alhadef; David Brand;
David Feffer; David Feldman; David L. Mlynarz; David Leo Levisky; Davy Levy; Deborah Lisak Azulay; Decio Len; Decio Goldfarb;
Decio Gurfinkel; Décio Milnitzky; Denise Meirelles; Dib Candi Ajami; Didio Kozlowski; Dinarte Marcelino Pinto; Diva Sanovicz; Dora
Leiner; Dorli Kamkhagi; Dov Grossaman; E Edair Borborema; Eddy Levi; Eden Lam; Edgar Politi; Edgar Safdie; Edmond Haiat;
Edmundo Klotz; Edmundo Safdie; Edo Rocha; Edson Vaz Musa; Eduardo Fischer; Eduardo Lafer; Eduardo Luiz de Brito Neves;
Eduardo M. Mederorut; Eduardo Paulo Boskovitz; Eduardo Reibscheid; Eduardo Ribeiro Rocha; Eduardo Sion Skall; Eduardo Wagner
Edward Gabriel Karic; Edwin Douek; Efrain Zaclis; Egon Katz; Eliaho Yousset Diwan; Eliana Caus; Eliane Aburese; Eliane Hepner;
Eliane Selmi Dei Roxo; Elias Finkelstein; Elias Kirschbaum; Elie Douer; Elie Fiss; Elie J. Chouveke; Elie Wahba; Elie Zaki; Elisabeth
Arbaitman; Ellen Estel Tabacow; Elmira P. N. Batista; Elza J. Beker; Emilio Kalil; Emilio Levin; Enrique M. Chalam; Enrique Mauricio
Berenstein; Eric Roger Wroclawski; Esperança Donio; Esteban Scheinik; Ester Sara Nigri; Esther Bauman, Esther C. de Francesco;
Ettore Barocas; Eugenio Vago; Evelin Ioschpe; Evelyn Joseph Setton; Ezra Alexandre Ades; Ezra Cohen; Ezra Harari; Ezra Negrin;
f Fabio Chilvarquer; Fabio Faiwicmow; Fábio Grossmann; Fábio Maltz Sclovsky; Fabio Marangolo; Fabio Renato Tichauer; Fabrizio
Fasano; Família Matalon; Fanny Fix; Fanny Goldflus; Fanny Landesman; Fárida F. Susskind; Feiga Felle; Felice Haberfeld; Felix Nobel;
Fernanda Cholchit; Fernando Kasinski Lottenberg; Fernando Rosset ; Fernando Sendik; Fernando Xavier Ferreir ; Flavio Pinho
deAlmeida; Flora Heilbut; Flora Sapocznik;Francisca Angélica Boschan; Francisco Carlos Gomes; Francisco Delgado Muñoz;
Francisco Dziegiecki; Francisco Villena Cebrian; Frederico B. Mesnik; Frederico Wagner; Fuad Mattar; Fulvio Jose Carlos Pileggi;
G Gabriel Elie Laniado; Gabriel Harari; Gabriel Koch; Gabriela Roxo Ometto; Gad Haztot; Gavril Fischer; George Zausner; Gerard
Weill; Gerd Tykocinski; Gerda Berger; German Adolfo Pipet; German Efromovich; Gian Paolo Corretti; Gideon Erich Freier; Gilberto
Barshad Faiwichow; Gilberto Souza de Toledo; Gina Picciotto; Gisela M. Karic; Golda Pietricovsky de Oliveira; Golda Soriano; Gracia
Ezra; Graziella Mesquita Sampaio; Gregório Kramer; Gregorio Zolko; Greta Feder; Gunther Happ; Gustavo Halbreich; Guy Eskenazi;
h Haim Franco; Hans Becker; Haroldo Sancovsky; Harumi Ohno Dal Porto; Helena Nigri; Helena Tania Katz; Helio Albert Sarfaty;
Helio Majilis; Helio Seibel; Helmut Kaufmann; Heloísa Maluf; Henri Armand Slezynger; Henri Freidhofer; Henri Haim Esses; Henri
Hallak; Henri Nessim Politi; Henri Philippe Reichstul; Henrique Kracochansky; Henrique Bobrow; Henrique Brener; Henrique Cohen;
Henrique Eduardo Tichauer; Henrique Klajner;Henrique Timoner; Henry Ourfali; Hermes Marcelo Huck; Hilda Fleischner; Hilton
Milnitzki; Hugo Tworoger; I Icek W. Czersnia; Ida Finci; Ike Rahmani; Ilana Segal; Iliana Graber; Isaac Hemsi; Isaac Breitbarg; Isaac
Bulach; Isaac J. Misan; Isaac Jordan; Isaac K. Deweik; Isaac L. Rosenblatt; Isaac Peres; Isaac Ralph Michaan; Isaac Ram Dayan; Isaac
Selim Sutton; Isac Krutman; Isac Roizenblatt; Isacco Douek; Isaias Steinberg; Isay Weinfeld; Israel Vainboim; Israel Isser Levin ; Israel
Sapiro; Israel Schachnik; Israel Schleif; Israel Vaiboim; Israel Weitzberg; Issac Mauro Rosset; István Wessel; Ivette F. Tobias; Ivo
Marino Ferreira; Ivonete Malafaia; J Jack Hazan; Jack Strauss; Jacks Rabinovich; Jacob Adler; Jacob Ari Rozenbach; Jacob Billig e
Helga Kaminitzer; Jacob Jacques Gelman; Jacob Werebe; Jacobo M. Missrie; Jacqueline Torres Maluf; Jacques Baharlia; Jacques
Cohen; Jacques Libman; Jacques Safra; Jacques Sarfatti; Jacques Steinberg; Jacques Victor Levy; Jaime Blay; Jaime Sarue; Jaime
Serebrenic; Jaime Shnaider; Jaime Zuquim; Jairo Glikson; Jairo Toporovski; Janete Gartner Salfatis; Jayme B. Garfinkel; Jayme Blay;
Jayme Bobrow; Jayme Pasmanik (em memória); Jayme Szkelnik; Jayme Wydator; Jeannete H. C. Rahamani; Jechiel Kuperman;
Jehochua Moise; Jehoshua Bain; João Doria Jr.; João Kon; João Rossi Cuppoloni; João Sayad; João Ulrich Steinberg; Joel Korn; John
Powelat E. Brown; Jorge Jacobo Zalis; Jorge Katz Hohn; Jorge Luiz Baptista Elias; José Alberto Pavani; José Abramovicz; José Agrela de
Andrade; José Alberto Saruê; Jose Anfrisio dos Santos; José Carlos de Oliveira; José Claudio Barmak; José Elias Cyrulin; José Ermírio
de Moraes; Jose Ermírio de Moraes Neto; José Gorenstein; José Henrique Chapaval; Jose Luiz B. Pistelli; José Paulo Schivartche; José
O CIAM não trabalha sozinho. É importante destacar que a instituição está ativa há mais de 50 anos graças a um grupo de parceiros nessa caminhada. São alianças com organizações sociais, prefeituras, empre-sas e pessoas físicas que contribuem financeiramente ou com serviços e bens para a implementação de
projetos e manutenção da instituição.
Para a equipe CIAM, cada gesto de doação é uma grande vitória. Desde ações voluntárias, por meio das quais pessoas oferecem parte do seu tempo à instituição, até aqueles que associam-se ao trabalho colaborando mensalmente.
Em nome dos funcionários, diretores, voluntários e atendidos no CIAM, deixamos um agradecimento a todas as pessoas e empresas parceiras e convidamos aqueles que não fazem parte a juntar-se a nós nesta caminhada.
Patronos
Pessoas físicasAlexandre Arno Abuleac; Anderson Lemos Birman; Anna Sonia Rotinberg; Benjamim Saruê; Eleonora Rosset; Familia Pupo; Fanny
Feffer; Gilberto Meiches; Isaac Dayan; Ivo Rosset; Jack Leon Terpins; Leo Cochrane Junior; Lucia Faria; Maria Zilda Araujo; Miguel
Ethel Sobrinho; Naji Nahas; Olacyr Francisco de Moraes; Renata Camargo Nascimento; Rony Dayan ; William I. R. Trosman.
Pessoas jurídicasCIP – Congregação Israelita Paulista; Compugraf Comunicação Empresarial; Congregação e Beneficência Sefardi Paulista; CSN -
Companhia Siderúrgica Nacional; Desenho Animado Confecções; Grupo Doria Associados; DPZ Propaganda; Electro Plastic; Fundação
Beneficente Elijass Gliksmanis; Fundação Filantrópica Arymax; Gap Net Viagens e Turismo; GAS Investimentos; Indústrias Arteb; Já Filmes;
Laboratório Scharaibmann; Rosset & Cia; Szajman Holdings (Banco VR); Unigel Química.
Patrocinadores de eventosBanco Bradesco; Banco Safra; Bonsucex Holding; GAS Investimentos; General Motors do Brasil; Nestlé do Brasil; Porto Seguro;
Tecnisa.
Apoiadores de eventosBuffet França; Chandon; Dentsu; DPZ; Cris Ayrosa; Mistral.
Sócios e Doadores
Pessoas físicasA Abe Kryss; Abraham Graicar; Abraham Laredo Sicso; Abrahão Kerzner; Abram Reaboi; Abram Toplzewski; Abramo Douek; Adalto
da Silva Junior; Addy Seelmann Heilbut ; Adelia Nigri; Adelita Scarpa; Adolfo Ernesto Schmukler; Adolfo Picciotto; Adolpho Leirner;
Adriana Jacobsberger; Adriana Maluf; Adriana R. Adler; Adriane Simis; Ahuva Markovitz Belfer; Aida Zemel; Ailton Bobrow; Airton
Chiurato;Airton Clerman; Alaberto Werebe; Alberto Alcalay; Alberto Bontempo; Alberto Cukier; Alberto Dominguez Azevedo;
Alberto Goldman; Alberto Jacques Picciotto; Alberto Ralph Michaan; Alberto Raphael Mansur Levy; Alberto Salama; Alberto
Sapocznick; Alberto Sereno; Alberto Toron; Aleksander Mizne; Alessandro Pascolato; Alexandre Leon Teig; Alexandre Roberto R. Fix;
Alfredo Daccache; Alfredo Halpem; Alfredo Levy; Alfredo Luiz Kugelmas; Alice Freyberge; Alicja Pfefer Goldlust ; Alper Aburese;
Amadeu Aleixo Machado; Amauri de Faria; Amilton Jose dos Santos Carvalhal ; Ana Blandina de Almeida Prado; Ana M. da Cruz; Ana
Maria Levy Villela Igel; André Charles Frohncknecht; Andre Coji; Andre Gabanyi; Andre Kakhaji; André Schivarthe; André Victor
Neuding; Anette Trompter Curi; Angelo Andrea Frigerio; Anira Isabel Finimundi Verdi; Anira L. Finimunchi Verdi; Anis Ganme; Anna
Abuleac Schvartzman; Anna Helena A. Araujo; Annelise Grumach; Anny Teiman; Antonio Carlos Boscatto; Antonio Floriano Pesaro;
Antonio Henrique Almeida; Antonio José Marques; Antonio Luiz da Cunha SEABRA; Antonio Marcos Moraes Barros; Antonio Stanisci;
Aref Kayeri; Ari Leon Arates;Ari Sokolovsky; Arieh Albert Hamoui; Arlete Jamous ; Armando Ceravolo; Armando Mesnik; Arnald
Disendruck; Arnaldo Curiati; Arnaldo Faerman; Arnaldo Forsait; Arnaldo Segal; Arno Roismann; Aron Bisker; Aron Judka Diament;
Arthur Deustsch; Arthur Rotenberg; Arthut Meier Mesnik; Artur Bielawski; Artur Malzyner; Arturo Salomon Schprejer; Augusto
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Ruth Niskier; Ruth Shalem; Ruy Korbivcher; Ryuka Diamant Bachman; S Sabina Ebel; Sacha Abrao Kalmus; Salamita Mychkis;
Salomão Guelmann; Salomão Hasenberg; Salomão Sapoznik; Samanta Abuleac Steinberg; Samoel Jardinisky; Samuel Grossmann;
Samuel Chernizon; Samuel Kon; Samuel Nahum Neuman;Samuel Nissimof; Samuel Seibel; Samuel Wajsbrot; Samy Hamoui; Sandra
Stad; Sansão Sapoznik; Sara Hazan; Sara Novis Fischer; Sarah Bleicher; Sarah Rabnovitch; Sarita Gorenstein Fichel; Saul Cypel; Saul
Krivkin; Saul Olimpico Libman; Saulo Rotenberg; Selma Schuartz Cernea; Selmo Clermann; Semy Dayan; Sergio Windholz; Sergio
Daniel Lerrer; Sergio Epstein; Sergio Gelman; Sergio Iokilevitc; Sergio Jan Medici Hamburger; Sergio Kafel; Sergio Levinzon; Sergio
Melardi; Sergio Saad; Sergio Seeber; Sergio Silva do Amaral; Sergio Suskind; Sergio Tavares Ferrador; Sergio Vaisman; Sergio
Vladimirschi; Shaia Akkernan; Sheila Ap. Pires da Silva ; Shirley Abuleac Bidlovski; Siegfried I. Radomysler; Sigmundo Skilnik; Silvana
Lagnado; Silvana Neufeld; Silvana Tinelli; Silvia Ester Dreifus; Silvio Bentes; Silvio Casoy; Sima Lafer Portenoy; Simão Mendel Guss;
Simão Priszkulnik; Simon Dicker; Simon M. Franco; Sofia Bassani; Sonia B. Menache; Sonia Dratwa; Sonia Korn Haller; Sonia Lea
Shnaider; Sonia Portnoi Sirota; Sony Abraham Douer; Sony Douer; Stefan e Ursula Hamburger; Stela Yara Blay; Stella Alouan; Suely
Kleiman Lewi; Suely Zltonik Aisenberg; Susan Feder; Susan Sverner; Susana Leirner Steinbruch; Susanne S. Steinberg; Suzana Maria
Lopes Medeiros; Suzanne Kanas; Suzy Dreifus; Sylvette Laniado; Syma e Alberto Shayo; Szama Gedala Krybus; Szeja Topczewski;
Szprincas Zaindel A. Lane; T Tamara Frankel Grosman; Tania Kulb; Tatiana Serebrenic; Teddy Man; Tedy Joseph Safdie; Teresa
Bracher; Teresa Marco Nigri; Teresinha Chamma; Terezinha Gabor; Terezinha Pereira de Jesus; Thomas Joseph Mcdonnell; Thomas
Amos Case; Thomas Joseph Mcdonnell; Thomas Neufeld; Thomas S. P. Lewin; Thomas Tichauer; Ticiana Terpins Strozenberg; Tilia
Voloch Rozenberg; Tily Neusa Svartman; Tomas Barth; Tonia Boccalato; Tullio Formicola; u Ubiratan Fernandes Valade; Ubiratan
Pedro S. Pina; Ugo Di Pace; v Valentim Gentil Filho; Valéria Bigliani Ferreira; Valter Carvalho; Vera Bardella; Vera Bobrow; Vera
Bontempo; Vera Lucia dos Santos Diniz; Vera Luiza Horta; Vera Terezinha Ponce; Victor Lichwitz; Victor Burd; Victor Nudelman;
Victor Schubsky; Victor Siaulys; Victoria Regina Bejar; Vitor Facciola; Vivian H. Schlesinger; Viviane Souss; W Waldemar
Gurman;Waldemar Moyses Zuskin; Waldemar Tafla; Waldemar Verdi Jr.; Walter Meyer Feldman; Wanda Jacinto; William Lohn;
William Streit Cunningham Junior; Wolf José Singal; Y Yara Baumgart; Yves Lautenberg; Yves Osmo; Yvonne Buckingham Selzynger;
Yvonne M. Freund; z Zeev Harari; Zilda Botkowiski; Zilda Pasmanik; Zina Kossoy; Zofia Davidowicz; Zsuzsanna Vegh Rubin; Zuleika
O. Rocha; Zygfrid Thalenberg.
Pessoas jurídicasA Aceco TI; Água Doce Distribuidora de Bebidas; Alberto Belesso Indústria e Comércio; AMF Feiras de Negócios; Aquitaine
Veículos; Arquitetura Julio Neves; Aurora Bebidas e Alimentos Finos; b Banco VR; BF Utilidades Domésticas; Branyl
Comércio e Indústria Têxtil; Brasfilder Indústria e Comércio; Brasil & Movimento; Brasylko Produtos Químicos; Brinquedos
Estrela; BSI Tecnologia; C Cau Comércio de Chocolates; Ceasa; Central de Equipamentos de Proteção e Soldas; Centro de
Estudos Neurológicos Raul Marin; Chem-Dry Paulista Limpeza de Carpetes e Estofados; Clínica Cernea; Clínica Cutait; Clínica
Pediátrica Toporovski; Colégio Bialik; Comercial Rubaiyat; Conbras Engenharia; Construtora Auxiliar; Construtora Luzar;
CRAL Artigos para Laboratório; D Darling Confecções; Dayhome Comercial; Denver Borrachas; Distribuidora Sulamericana
Importação e Exportação; Duráveis Equipamentos de Segurança; E Editora Globo; Efil Equipamentos e Processos de Filtração;
f Frigorífico Pacifico; Fundação Bradesco; Fundação Filantrópica Joseph Safra; Futura Administradora e Corretora de Seguros;
Futura RCB Equipamentos; G Gaja Distribuzione; h Havells Sylvania Brasil Iluminação; Heat up Aquecimentos Industriais;
Herza Indústria de Roupas; Hope do Nordeste; Hucotex Acessórios Industriais e Têxteis; I Indústria Brasileira de Alimentos e
Chocolates; Instituto de Pediatria Puer; Instituto Pró Queimados; J J.B. Ferreira e Cia.; Jornal Estado de São Paulo; Josar Indústria
Gráfica; Jourdan Cabeleireiros; JR Delivery Comercial; K Klabin; l Lafer Indústria e Comércio; Laszlo Ferenczi Indústria
e Comércio; Lefort Comercial de Equipamentos Eletrônicos; Linel Construções; Loja Maçônica Perfeita União; M Macfer
Usinagem Equipamentos Industriais; Mad Design Comércio de Móveis; Maringá Passagens e Turismo; Mario Ferrari
Filho – EPP; Mash Indústria e Comércio; Max Eberhardt; Mecânica Torque; Muller Empreendimentos e Participações;
N Nadir Figueiredo Indústria Comércio; Nestlé do Brasil; Netter Industrial Comercial; P Patrícia Cordeiro
Brindes Me; Polipar Participações e Empreendimentos; Portal da Cidade Manutenção de Cortinas e Forrações;
Produtos Eletrônicos Metaltex; R R. Yazbek Desenvolvimento Imobiliário; Recreio S/A; Rinnai Brasil Tecnologia
de Aquecimento; Rowis Indústria Metalúrgica; S SLW Corretora de Valores e Câmbio; Sá Lopes Consultoria de
Imóveis Industriais e Administrativos; Seven Hills Foundation; Sinagoga Rabi Itzchak Elchanan; Spal Indústria
Brasileira de Bebidas; Surf Co.; SW Assessoria Empreendimentos e Participações; Szazi Bechara Advogados;
T TDB Têxtil; Talent Solutions; Tapmatic do Brasil Indústria e Comércio; Tecidos Salim Daniel; Tecnisa; Tekla Industrial Textil;
TOK & STOK - Estok Comércio e Representações; Tonbras Indústria e Comércio de Aparelhos Eletrônicos; v Vivo; W Walmart
Brasil; X Xigotô Pára Raios; z Zeal Informática; Zitune Empreendimentos Imobiliários.
Radomyler; José Rappaport; José Roberto Kauffman; José Roberto R. Guidi; José Rosenberg; José Rubens Kagan; José Salomão
Schwartzman; José Schnaider; José Szachnowicz; Jose Zaragoza; Josef Engelberg; Joseph Albert Hamoui; Joseph Davidowicz; Joseph
Gross; Joseph Levi; Joseph Nigri; Joviano Pacheco; Juan Figer Svirski; Judel Rivkind; Julian Gartner; Julio Abraham; Julio E. Eghy
Emod; Julio Elman; Julio Jose Franco Neves; Julio Levenstein; K Kaete Heymann; Karen Hara Sarfaty; Katucha Mellão; Katy
Heilberg; KazimierzV. Malachowski; Klaus Wilhelm; Kolman Gotlib; l Laura Marinha Guglielmeli; Laurita Treiger; Lea Beatriz
Nuss Dbigliani; Leib Kesselman; Lejbus Czeresnia; Lena Perla de D. K. Lebendiger;Lena Strumpf; Lenina Pomeranz; Leo Ernest
Dreyfuss; Leo Kupfer;Leon Victor Menache Ades; Leonardo Abramowicz; Leonardo J. G. Ghelman; Leonardo S. Starzynski; Leonid
Zimilis Barmak; Leonil de Souza Freire Junior; Leslie Fischbein; Lia A. Santos; Liana de Moraes; Lili Katz; Lilian Nigri; Lilian Prist;
Lindinalva Levenstein; Lorenzo Rossignoli; Lucia Len; Luciana Pajecki Lederman; Luciane Scattone de Luiz; Luciano Kirszenworcel;
Luciano Werthein; Luis Fernando Sá Moreira; Luis Mester; Luis Paulo Cotrin Amorin; Luis Stuhlberger; Luiz Alberto Meiches; Luiz
Carlos Barbosa Turolla; Luiz David Gabor; Luiz e Andrea Mucerino; Luiz Fernando Serenc; Luiz Fischer; Luiz Frid; Luiz Gandelman;
Luiz Gorenstein; Luiz Israel Febrot; Luiz Jayme Zaborowsky; Luiz Kignel; Luiz Marcelo Dias Sales; Luiz Meiches; Luiz Simantob;
Lula P. de Almeida; M Malina Cohen; Manoel F. P. da Costa; Marcel Neumann; Marcelo André Kovesi; Marcelo Berger; Marcelo Blay;
Marcelo Dias Couto; Marcelo Drugg Barreto Viana; Marcelo Fonseca Santiago Cajamar; Marcelo Gutglas; Marcelo L. Levinzon;
Marcia Baruzzi Bonami; Marcia Cristina Lucena; Marcia Regina Kalim Marcia Zalcman Setton; Marcio A. Cypriano; Marcio Goldfarb;
Marcio Miritello Santoro; Marcos Arbaitman; Marcos Bader; Marcos Bien; Marcos Karniol; Marcos Schwartman; Marcos Zarzur
Derani; Marek Flaksberg; Margot Strulovic; Maria Gorski; Maria A. de A. S. do Amaral; Maria Amelia Saldanha da Gama; Maria Cleo
Vasconcelos Salem; Maria Cristina Allegri; Maria Cytronovitz; Maria da Graça Oppenheimer; Maria do Carmo Morato; Maria E. Bradt
de Carvalho; Maria Eugênia Seixas Sobral; Maria Helena Zilberman; Maria Lourdes Egydio Villela; Maria Lucia A. Segall; Maria
Veronilda Andrade Silva; Maria Virginia V. Alhadeff; Marina Bradaschia Corrêa Abul Ghani; Marina Calo Sun; Marina Lafer; Mario
Ferman; Mario Fleck; Mario Killner; Mario Renato Krausz; Mario Zanon; Marion Liane Stoll; Marita Simy Gama; Mariza Leal de
Meirelles do Couto; Mark Hotimsky; Marlene Colassuonno; Marli Perola Lebensztajn; Mathilde Meyerhoff; Maurice Eskinazi;
Maurice Gian; Maurice M. V. Cesana; Mauricio Biderman; Mauricio Calderon; Mauricio Charles Cohab; Mauricio Fogel; Mauricio
Laniado; Mauricio Lax; Mauricio Michaan; Mauricio Monteiro; Mauricio Picciotto; Mauris Klabin Warchavichik; Mauro A.
Herszokovicz Mauro Klecz; Mauro Roberto Terepins; Mauro Sergio Toprorovski; Mauro Varnovitzky; Max Sender; Maximilian Louis
Brieger; Mayer Mizrahi; Meir Skall; Melissa D. F. de Oliveira Mendel Rohman; Michael David Dranoff; Michael Edgar Perlman; Michael
Huli; Michel Abraham Dayan; Michelle B. Pires; Michelle Sasson Salama; Miguel Lafer; Miguel Novak; Miguel Pistilli Neto; Miguel
Srougi; Milly Teperman; Milton Clermann; Milton Cukierkorn; Milton Wagner; Mira Falchi; Miriam Ciocler; Miriam Member; Miriam
Regiane Brichta Ramos; Miriam Sapir Siag Landa; Mirko Alejandro Lebl Price; Mirta Schwarcz; Moacir Ferreira Marques; Moise Politi;
Moise Sarue; Moises Basiches; Moises Cohen; Moises Enrique Guindi; Moises Leiner; Moisés Mirocznik; Moises Nigri; Moises Ostrovsky;
Moises Schnaider; Monica Jaqueline Elkis; Mônica Miller Neuding; Monica Taubkin; Monika Zolko; Monique Matalon; Mordejai
Goldenberg; Moris Zalcman; Mose de Picciotto; Moses Zitron; Mosze Gitelman; Moyses Akerman; Moyses Jayme Broniscer; Moyses Marcps
Fuchs; Moyses Mincis; Muriel Matalon; Myriam Chansky; N Natalie Klein; Natan Berger; Nauman Engelberg; Neide Helena Moraes;
Neide V. Galli; Nelia Rebecca Alhadeff de Carvalho; Nelson Fontana; Nelson Levin; Nelson Ometto; Nelson Rosenchan; Nelson
Schachamovitz; Nelson Scheinkman; Neyde de Moraes; Nick Dagan; Nidia Duek; Nina Douer; O Ocir Gerson Gorenstein; Ocir
Gorestein; Odila Weigand; Olga Krell; Olinda Amazonas Martins; Oscar Americano Neto; Oscar Lafer; Osias Chasin; Oswaldo de
Oliveira Filho; P Paolo G. Bretani; Patricia e David Kattan; Paula Bobrow; Paula Sapir Febrot; Paulina Voloh; Paulo Ari Gartner;
Paulo Cesar Rivetti; Paulo Eduardo M. Santos; Paulo Jacobovicz; Paulo Ludmer; Paulo Malzoni; Paulo Tomas Diament; Pedro
Knoepfelmacher; Pedro A. Unger; Pedro Armando Ederhardt; Pedro Franco Piva; Pedro Herz; Pepa B. Fichmann; Peter Schott; Pola
Hamburger; Primo Roberto Segatto; Priscila Szafir Bochner; R Rabeno Robert Hemsi; Rabino Yosi Schildkraut; Rachel Berger;
Rafael Jafet; Rafael Halpern; Rafael Levy Salama; Rafael Victor Chayo; Rahmo Shayo; Ralph Michaan Chalam; Raphael Jacob Scharf;
Raquel Safdie; Rasel Salfatis; Raul Cutait; Raul Raphael Saigh; Raul Sergio Hacher; Raymundo Durães Netto; Regina Lafer; Regina
Weinberg; Renata Feffer; Renato Campana; Renato de Boer; Renato Glass; Renato K. Soriano; Renato Lainer Schwartz; Renato
Ochman; Renato Pasmanik; Renato Vaisbih; Rene Jorge Silberberg; Renee Behar; Reny Golcman; Reynaldo André Brandt; Ricardo de
Deus Rodrigues; Ricardo Jorge Metzner; Ricardo Lerner; Ricardo Mauricio Feder; Rita Shammah; Roberto L. Barth; Roberto O.
Burstin; Roberto Bitran; Roberto Brotero de Barros; Roberto Bumagny; Roberto Cimpolini Bratke; Roberto Civita; Roberto
Davidawicz; Roberto Dryzun; Roberto Egydio Setubal; Roberto Friedler; Roberto Levi; Roberto Lorch; Roberto Menache; Roberto
Ring; Roberto Rudzit Neto; Roberto Suplicy; Roberto Teixeira Costa; Rochele Toporovski; Rodolfo Freyberge; Rodolfo Schwarz;
Rodrigo de Almeida Veiga; Rodulph Shafferman; Roge David; Rogéria Amato; Rogério Bastos Schimizu; Rolando Laniado; Rolando
Mifano; Ronald Fleischner; Ronaldo Seelmann Heilbut; Ronaldo Frug; Ronaldo Pupkin Pitta; Roni Kabbani; Rony Isaac Dayan; Rony
Raphael Hamoui; Rosa Green Rodrigues; Rosa Olga Galantier; Rosana Camargo A. Botelho; Rosana Malatesta Pereira; Rose Bratke;
Rose Sonder Rosel Rothschild; Rosely Gleser; Rosely Strulovic Levi; Rosely T. Glezer; Rosina Better; Ruben Feffer; Ruben Halaban;
Rubens Gorski; Rubens Toshinori Hirata; Rudolf Mayer Singule; Rudolf Uri Hutzler; Rui La Laina Porto; Ruth Goldberg; Ruth Malzoni;
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2010 2009
6. INDICADORES SObRE O CORPO fuNCIONAl
Nº total de empregados(as) ao final do período 115 123
Nº de admissões durante o período 43 43
Nº de prestadores(as) de serviço 5 3
% de empregados(as) acima de 45 anos 19,13 15,45
Nº de mulheres que trabalham na instituição 63 69
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 3,45 3,69
Idade média das mulheres em cargos de chefia 39 30
Salário médio das mulheres R$ 1208,51 R$ 1099,62
Idade média dos homens em cargos de chefia – 41,00
Salário médio dos homens R$ 1058,88 R$ 1004,06
Nº de negros(as) que trabalham na instituição 7 11
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) NA NA
Idade média dos(as) negros(as) em cargos de chefia NA NA
Salário médio dos(as) negros(as) R$ 897,49 R$ 821,79
Nº de brancos(as) que trabalham na instituição 108 112
Salário médio dos(as) brancos(as) R$ 1160,65 R$ 1050,81
Nº de estagiários(as) 7 8
Nº de voluntários(as) 50 49
Nº portadores(as) necessidades especiais 3 3
Salário médio portadores(as) necessidades especiais R$ 720,00 R$ 679,18
7. quAlIfICAçãO DO CORPO fuNCIONAl
Nº total de docentes 25 25
Nº de doutores (as) ND ND
Nº de mestres (as) ND ND
Nº de especializados (as) 3 3
Nº de graduados (as) 22 22
Nº total de funcionários (as) no corpo técnico e administrativo 115 123
Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores) 3 3
Nº de graduandos (as) 9 13
Nº de pessoas com ensino médio 47 60
Nº de pessoas com ensino fundamental 21 19
Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto 13 6
Nº de pessoas não-alfabetizadas NA NA
8. INfORMAçõES RElEvANTES quANTO à éTICA, TRANSPARÊNCIA E RESPONSAbIlIDADE SOCIAl
Relação entre a maior e a menor remuneração 11% 11%
O processo de admissão de empregados(as) é: 100% por seleção/concurso 100% por seleção/concurso
A instituição desenvolve alguma política ou ação de valorização da diversidade em seu quadro funcional?
[ x ] sim, institucionalizada[ ] sim, não institucionalizada [ ] não
[ x ] sim, institucionalizada[ ] sim, não institucionalizada [ ] não
Se “sim” na questão anterior, qual? [ x ] negros(as) [ x ] gênero [ x ] opção sexual[ x ] portadores(as) de necessidades especiais[ x ] portadores de deficiência intelectual
[ x ] negros(as) [ x ] gênero [ x ] opção sexual[ x ] portadores(as) de necessidades especiais[ x ] portadores de deficiência intelectual
A organização desenvolve alguma política ou ação de valorização da diversidade entre alunos(as) e/ou beneficiários?
[ x ] sim, institucionalizada[ ] sim, não institucionalizada [ ] não
[ x ] sim, institucionalizada[ ] sim, não institucionalizada [ ] não
Se “sim” na questão anterior, qual? [ x ] negros(as) [ x ] gênero [ ] opção sexual[ x ] portadores(as) de necessidades especiais[ x ] portadores de deficiência intelectual
[ x ] negros(as) [ x ] gênero [ ] opção sexual[ x ] portadores(as) de necessidades especiais[ x ] portadores de deficiência intelectual
Na seleção de parceiros e prestadores de serviço,critérios éticos e de responsabilidade social e ambiental:
[ ] não são considerados[ x ] são sugeridos [ ] são exigidos
[ ] não são considerados[ x ] são sugeridos [ ] são exigidos
A participação de empregados(as) no planejamentoda instituição:
[ ] não ocorre [ x ] ocorre em nível de chefia[ ] ocorre em todos os níveis
[ ] não ocorre [ x ] ocorre em nível de chefia[ ] ocorre em todos os níveis
Os processos eleitorais democráticos para escolhados coordenadores(as) e diretores(as) da organização:
[ ] não ocorrem [ x ] ocorrem regularmente[ ] ocorrem somente p/cargos intermediários
[ ] não ocorrem [ x ] ocorrem regularmente[ ] ocorrem somente p/cargos intermediários
A instituição possui Comissão/Conselho de Ética para acompanhamento de:
[ ] todas ações/atividades [ ] ensino e pesquisa[ ] experimentação animal/vivissecção [ x ] não tem
[ ] todas ações/atividades [ ] ensino e pesquisa[ ] experimentação animal/vivissecção [ x ] não tem
*Informações oferecidas pela Área Administrativa-Financeira do CIAM
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2010 2009
1. RECEITAS RECORRENTES
Recursos Governamentais (Subvenções) 76.742 56.674
Doações de PJ e PF 434.919 491.098
Contribuições 597.355 603.807
Prestações de serviços e Vendas de Produtos 2.953.914 2.897.839
Outras Receitas (Eventos) 308.836 174.297
Total de Receitas Recorrentes 4.371.766 4.223.715
2. APlICAçãO DOS RECuRSOS
Pessoal 2.765.629 2.567.908
Despesas Diversas 1.406.692 1.012.693
Outras despesas (Depreciação) 328.759 304.741
Total de Despesas 4.501.080 3.885.342
Capital (Maq. + Instalações + Equipamentos) 7.741.632 7.650.875
3. INDICADORES SOCIAIS INTERNOS
Alimentação 138.130 131.151
Capacitação e desenvimento profissional 22.940 35.305
Creche 17.914 14.558
Saúde 125.201 118.100
Segurança e Saúde no trabalho 10.061 9.531
Transporte 160.606 144.703
Bolsas / Estágios 39.506 52.904
4. PROJETOS, AçõES E CONTRIbuIçõES PARA A SOCIEDADE
Educação popular/alfabetização de jovens e adultos(as) R$ 155.520,00
Nº pessoas beneficiadas: 36
Empreendedorismo/apoio e capacitação R$ 669.408,00
Nº pessoas beneficiadas: 57
Segurança alimentar/combate à fome R$ 71.040,00
Nº pessoas beneficiadas: 113
5. OuTROS INDICADORES
Nº total atendidos 254/mês
Nº de atendidos com bolsa integral 21 /mês
Valor das bolsas (integral) R$ 372.752 /ano
Nº de atendidos com bolsa parcial 188/mês
Valor das bolsas (parcial) R$ 1.052.754 /ano
Balanço socialCentro Israelita de Apoio Multidisciplinar: sociedade sem fins lucrativos, de utilidade pública federal, estadual e municipal, isenta de conta patronal de INSS, certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social, com registro no CNAS, CONSEAS e COMAS.
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Ficha Técnica
Coordenação
Ruth Goldberg
Produção Editorial
Lead Comunicação e Sustentabilidade
Textos
Denise Angelo, Fabiana Favero,
Flávia Meira e Janine Saponara
Edição
Janine Saponara
Revisão Ortográfica
Assertiva Produções Editoriais
Design Gráfico
Prata Design
Fotos
Rubens Vieira
Toda a equipe do CIAM colaborou com
a realização deste relatório.
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Km 47 da Rodovia Tancredo de Almeida Neves
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Franco da Rocha - SP
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