relatório de actividades 2015 - docvadis.pt · relatório de atividades 2015 4 introdução o...
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Administração Regional de Saúde do Centro
ACES Baixo Vouga
Centro de Saúde de Ovar
Unidade de Saúde Familiar da Barrinha
Relatório de actividades 2015
Esmoriz
Abril 2016
Índice
Introdução ....................................................................................................................... 4
1.Caracterização da USF ............................................................................................... 5
1.1.Area geográfica de influência ................................................................................. 5
1.2. População inscrita .................................................................................................. 7
1.3. Recursos Humanos ................................................................................................ 9
1.4. Oferta e disponibilidade de serviços .................................................................. 133
2.Contractualização e resultados .............................................................................. 144
2.1. Cobertura assistencial ........................................................................................ 144
2.2 Indicadores Institucionais ................................................................................... 144
2.2.1 Indicadores Eixo Nacional .......................................................................... 166
2.2.2 Indicadores Eixo Regional........................................................................... 166
2.2.3 Indicadores Eixo Local ................................................................................ 166
2.3 Situações de impacto nos resultados .................................................................. 166
2.4 Indicadores Financeiros ...................................................................................... 177
3. Avaliação do Plano de Acção ................................................................................... 19
4. Reuniões do Conselho Geral .................................................................................. 205
5. Desenvolvimento de competências de formação continua .................................. 256
5.1 Plano anual de formação continua ...................................................................... 266
5.2 Formação pré e pós graduada ............................................................................. 288
5.3 Produção científica e de investigação ................................................................. 288
5.4 Plano de acompanhamento interno ..................................................................... 299
6. Avaliação da satisfação dos utentes e profissionais ............................................... 30
7. Outras actividades .................................................................................................... 31
7.1 Educação para a saúde .......................................................................................... 31
7.2 Protocolos/ articulação com outras instituições.................................................... 31
8. Conclusão .................................................................................................................. 32
Anexos………………………………………………………………………………….33
Índice de Quadros
Quadro 1- Número de inscritos por médico de família por grupo etário. ........................ 8
Quadro 2 - Identificação da Equipa Médica ................................................................... 10
Quadro 3 - Identificação da Equipa de Enfermagem ..................................................... 11
Quadro 4 - Identificação da Equipa de Secretariado Clínico ......................................... 12
Quadro 5 - Indicadores Institucionais ............................................................................. 15
Quadro 6 - Atividades Específicas ................................................................................. 16
Quadro 7 - Indicadores Financeiros................................................................................ 18
Quadro 8 - Indicadores de execução do Programa de Formação 2015 .......................... 26
Índice de Figuras
Figura 1 - Mapa do Distrito de Aveiro ............................................................................. 5
Figura 2 - Mapa do Concelho de Ovar ............................................................................. 5
Figura 3 - Pirâmide dos utentes inscritos na USF da Barrinha por grupo etário .............. 7
Figura 4 - Diagrama de Reuniões de Conselho Geral .................................................. 255
Relatório de Atividades 2015
4
Introdução
O relatório de atividades é em si mesmo uma ferramenta fundamental, não só de
trabalho e reflexão interna para a unidade, como também se trata de um instrumento de
análise e avaliação da execução global do Plano de Acção onde se apontam e comentam
os resultados que permitem posteriormente corrigir e melhorar a atuação nos planos
menos conseguidos. Iniciamos funções em Dezembro de 2007, passamos a modelo B
em Julho de 2009, e passados sete anos ainda se mantém praticamente a equipa inicial
que muito tem trabalhado para ultrapassar obstáculos e atingir metas e objetivos. Iremos
apresentar o trabalho realizado durante o ano de 2015, da forma mais explícita e sucinta
possível.
1.Caracterização da USF
1.1.Area Geográfico de
O concelho de Ovar situa
Espinho, a nordeste pelo de santa Maria da
sul pelo de Estarreja e Murtosa,
O concelho tem cerca de
Relatório de Atividades
1.Caracterização da USF
de Influência
O concelho de Ovar situa-se na Beira Litoral, é limitado pelo concelho de
ordeste pelo de santa Maria da Feira, a leste pelo de Oliveira de A
Murtosa, e a oeste pelo mar ao longo de 15km
Figura 1 - Mapa do Distrito de Aveiro
O concelho tem cerca de 55337 habitantes. E é composto por 8 freguesias
Figura 2 - Mapa do Concelho de Ovar
Relatório de Atividades 2015
5
se na Beira Litoral, é limitado pelo concelho de
a leste pelo de Oliveira de Azeméis, a
freguesias.
Relatório de Atividades 2015
6
A área de influência da USF da Barrinha, constituída pela Freguesia de Esmoriz,
ocupa uma área total de 9.05 Km2, conta com uma população de cerca de 11448
habitantes e uma densidade populacional de 1265 habitantes / km21.
Ovar é a sede do concelho a que pertence, a 15Km de distância e com uma
densidade populacional de 383 habitantes/km2.
As atividades económicas da área de influência da USF concentram-se no
comércio, serviços e indústria(tanoaria, cordoaria e tapeçaria por tradição). Ao longo
dos tempos tem-se vindo a assistir à instalação de um variado leque industrial, ligado
aos mais diversos ramos de atividade: móveis, espumas, calçado, confeção,
camionagem, construção civil, mecânica e atividades ligadas à pesca. Segundo o Censo
2011, 66% da população ativa encontrava-se no sector secundário, 26% no terciário e
8% no sector primário. Apresentava uma Taxa de Atividade de 51.5% (idêntica à do
concelho de Ovar e do Distrito de Aveiro e ligeiramente superior à do País – 48.2%).
Segundo a mesma fonte, a Taxa de Analfabetismo no concelho era de 6.3%
(ligeiramente superior à do Distrito – 5%, mas inferior à do País – 9%).
Esmoriz está servido pela auto-estrada A 29, pela Estrada Nacional 109 e pela linha de
caminho de ferro.
Relativamente aos recursos de saúde, os Cuidados de Saúde Primários são
prestados à população pela USF da Barrinha, parte integrante do CS Ovar. Nos dias
úteis, das 20 às 24h e fins-de-semana / feriados das 8 às 24h, o atendimento a situações
agudas no âmbito dos CSP é feito na Consulta Aberta do CS Ovar.
Os Cuidados de Saúde Secundários são assegurados pelos hospitais de referência
preferencial, que são o Hospital Francisco Zagalo- Ovar, Centro Hospitalar entre Douro
e Vouga, Hospital Infante D Pedro, Instituto de Oncologia do Porto e algumas
especialidades no Hospital de Gaia - Espinho. No Hospital de Ovar existe uma Unidade
da Rede de Cuidados Continuados.
A população inscrita na USF da Barrinha é fundamentalmente a residente na
freguesia de Esmoriz (cerca de 90%), com12442 utentes, dados de 12/2015.
1 Fonte: www.ine.pt
Relatório de Atividades 2015
7
Série1; 0-4; -267 Série1; 5-9; -308
Série1; 10-14; -334 Série1; 15-19; -406 Série1; 20-24; -330
Série1; 25-29; -356 Série1; 30-34; -402 Série1; 35-39; -484 Série1; 40-44; -540 Série1; 45-49; -493 Série1; 50-54; -465 Série1; 55-59; -424 Série1; 60-64; -361
Série1; 65-69; -284 Série1; 70-74; -209
Série1; 75-79; -160 Série1; 80-84; -89
Série1; 85-89; -43 Série1; 90-94; -15
Série1; >95; -3
Série2; 0-4; 265 Série2; 5-9; 304 Série2; 10-14; 314
Série2; 15-19; 374 Série2; 20-24; 369
Série2; 25-29; 392 Série2; 30-34; 439
Série2; 35-39; 526 Série2; 40-44; 552
Série2; 45-49; 517 Série2; 50-54; 502
Série2; 55-59; 437 Série2; 60-64; 399
Série2; 65-69; 328 Série2; 70-74; 269
Série2; 75-79; 200 Série2; 80-84; 146
Série2; 85-89; 87 Série2; 90-94; 37
Série2; >95; 6
Pirâmide Etária Total da USF da Barrinha, 12/2015
FemininMasculi
no
1.2. População Inscrita
Em Dezembro de 2015 encontravam-se inscritos 124422utentes.
Figura 3 – Pirâmide Etária dos utentes inscritos na USF da Barrinha
Correspondendo a unidades15096 ponderadas que se apresentam distribuídos por idadee
médico de família, como se observa no quadro seguinte.
2 Fonte: mim@uf
Relatório de Atividades 2015
8
Quadro 1- Número de inscritos por médico de família por grupo etário
.
Médico Dr.
Manuel Sequeira
Dr. Helena
Romeira
Dr. Acácio
Oliveira
Dr. Marília Diogo
Dr. Isabel Gomes
Dr. Fardilha
Dr. Isabel Tomas
Género M F M F M F M F M F M F M F
0-6 Anos 34 43 50 67 67 53 47 64 70 64 58 53 60 52
7-64Anos 620 626 731 766 721 732 650 732 683 713 719 732 660 693
65-74Anos 50 64 74 91 91 99 69 84 70 98 81 84 58 77
≥ 75 Anos 51 85 46 50 37 58 43 61 62 105 44 64 27 53
Total 755 818 901 974 916 942 809 941 885 980 902 933 805 875
Total 1573 1875 1884 1750 1865 1835 1680
UP 1929.5 2242.5 2250.5 2114.5 2350.5 2217.5 1991
Relatório de Atividades 2015
9
1.3. Recursos Humanos
Em termos de recursos humanos a equipa foi constituída por 7 médicos, 7
enfermeiros e 5 secretários clínicos e encontra-se identificada nos quadros seguintes
com nome, área profissional, categoria profissional, cédula profissional, tipo de vínculo,
regime de trabalho e local de origem.
Relatório de Atividades 2015
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Médicos
Quadro 2 - Identificação da Equipa Médica
Nome Nº do Bilhete de
Identidade Nº da Cédula Profissional
Categoria Profissional
Local de origem
Regime Contratual
Carga Horária
Acácio Dias Oliveira 3152952 20791 Assistente Graduado
de Clínica Geral
Centro de Saúde
de Ovar Esmoriz
CTFP 35h
Fernando Manuel Oliveira
Fardilha 5379737 29199
Assistente Graduado
de Clínica Geral
Centro de Saúde
de Ovar Arada
CTFP 35h
Helena Maria Alves de Melo
Romeira Barros Torres 2708157 16512
Assistente Graduada
de Clínica Geral
Centro de Saúde
de Ovar Esmoriz
CTFP 35h
Isabel Maria Castro Morais
Gomes 3555561 27030 Assistente Graduada
de Clínica Geral
Centro de Saúde
de Ovar Esmoriz
CTFP 35h
Manuel Alexandrino Valente
Sequeira
2734391 18798
Assistente Graduado
de Clínica Geral
Centro de Saúde
de Ovar Esmoriz
CTFP 35h
Marília José Pereira Diogo
Salvador 3315394 22717
Chefe de Serviço de
Clínica Geral
Centro de Saúde
de Ovar Esmoriz
CTFP 35h
Isabel Augusta MonteiroTomás 12147756 45858 Assistente Graduada
de Clínica Geral
USF Laços
CTFP 35H
Relatório de Atividades 2015
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Enfermeiros
Quadro 3 - Identificação da Equipa de Enfermagem
Nome
Nº do Bilhete de Identidade
Nº da Cédula Profissional
Categoria Profissional
Local de Origem
Regime Contratual
Carga horária
Cláudia Alexandra Borges
Oliveira 12109528 2-E-51385
Enfermeira
Centro de
Saúde de Ovar Esmoriz
Contrato de
Tempo Certo
40h
Cláudia Filipa Gomes
Araújo 12551831 2-E-53648
Enfermeira
Centro de
Saúde de Ovar Arada
Contrato de
Tempo Certo
40h
Cristiana Amélia Almeida
Conceição 12480124 2-E-53650
Enfermeira
Centro de
Saúde de Ovar Ovar
Contrato de
Tempo Certo
40h
Cristina José Coelho Dias 9888983 2-E-20704
Enfermeira
Especializada
em
Enfermagem
Comunitária
Centro de
Saúde de Ovar Esmoriz
Quadro
40h
Maria da Luz França Cruz
Domingues 7373162 2-E-28477
Enfermeira
Especialista em
Enfermagem na
Comunidade
Centro de
Saúde de Ovar Esmoriz
Quadro
40h
Tessy Karol Barbosa
Almeida 12130859 2-E-51456
Enfermeira
Centro de
Saúde de Ovar Esmoriz
Contrato de
Tempo Certo
40h
Vera Catarina Sá Ferreira 12209508 4-E-49515 Enfermeira
Centro de
Saúde de Ovar Esmoriz
Contrato de
Tempo Certo
40h
Relatório de Atividades 2015
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Secretariado Clínico
Nome Nº do Bilhete de Identidade
Categoria Profissional
Local de Trabalho Regime Contratual
Carga horária
Alzira Fátima Sousa Passos
Cantara 5070449
Assistente
Administrativa
Principal
Centro de Saúde de
Ovar Esmoriz
Quadro 40h
Joaquim José Glória Vivas 5041473 Assistente
Administrativo
Especialista
Centro de Saúde de
Ovar Esmoriz
Quadro 40h
Maria Margarida Silva Coelho 3404904 Assistente
Administrativa
Especialista
Centro de Saúde de
Ovar Esmoriz
Quadro 40h
Maria Teresa Mendes Monteiro 5169962 Assistente
Administrativa
Especialista
Centro de Saúde de
Ovar Esmoriz
Quadro 40h
Clara Maria Marques silva 9513562 Assistente
Administrativa
Centro de saúde de
Ovar Esmoriz
CTC 40h
Quadro 4 - Identificação da Equipa de Secretariado Clínico
13
1.4. Oferta e Disponibilidade de Serviços
O horário de funcionamento da USF da Barrinha é das 8h às 20h, sendo o
horário de atendimento das 08.15h às 19.45h, nos dias úteis.
Qualquer utente inscrito pôde recorrer ao nosso serviço dentro do horário de
funcionamento presencialmente ou por telefone ficando garantida a obtenção de
contacto médico ou de enfermagem no próprio dia, quer através da consulta não
programada do respectivo médico de família, quer através da consulta de
intersubstituição, tendo em consideração os recursos humanos, logísticos e terapêuticos
como limite das capacidades instalada
Foram programadas todas as intervenções de enfermagem, diariamente, entre as
8h e as 20h, com atendimento personalizado por agendamento, sendo que o horário das
8 h às 9 h e das 17h às 20h, encontrando-se destinado para outras situações e
incompatibilidade laboral dos utentes.
Foi assegurada a prestação de cuidados de saúde de forma personalizada, garantindo a
acessibilidade, a continuidade e a globalidade dos mesmos à população inscrita na USF.
A USF disponibilizou consultas de atendimento a situações agudas e consultas
programadas:
• Consulta de atendimento a situações agudas -O atendimento a situações agudas
foi realizada das 8 às 20horas pelo médico de família. No caso de o MF não se
encontrar presente, foi orientado para a consulta de intersubstituição, que
funcionou diariamente segundo a metodologia de trabalho definido pela equipa
em RI.A consulta de intersubstituição funcionou diariamente em dois períodos,
das 12h às 13h ou das 13 às 14h e das 18h às 20h.
• Consulta Programada – a USF disponibilizou consultas de Saúde do Adulto,
Hipertensão, Diabetes, Saúde Materna, Saúde infantil e Juvenil, Planeamento
Familiar, Rastreio Oncológico e a todas aplicando os protocolos emanados pela
DGS. Propusemos 30 minutos como tempo máximo de espera entre a hora de
marcação e a hora de início da consulta (indicador a monitorizar mensalmente).
O tempo entre as marcações das consultas foi de 20 minutos, excepto no caso
das consultas programadas de saúde de adultos que foi de 15 minutos.
14
2.Contractualização e Resultados
2.1. Cobertura Assistencial
A USF em Dezembro de 2015 encontravam-se inscritos 12442 utentes, tendo
sido o compromisso inscrever até 13000 utentes.
2.2 Indicadores Institucionais
O quadro seguinte demonstra o resultado dos indicadores contratualizados para
2015, a partir da aplicação da ACSS – mim@uf – de 31/3/2015.
Obtivemos um índice de desempenho global de 71,7%
Relatório de Atividades 2015
15
Quadro 5 - Indicadores Institucionais
I.Ins I.Fin
Inscritos - U. Ponderadas 31.Dez.2015 8.500 a 15.499 12 IDG (bruto) 71,7% Incentivo potencial N/Atingido
Início de actividade 27-12-2007 0,000 IDG p/ incentivo 0,0% Incentivo Institucional N/AtingidoUSF Simulação 2015 (não oficial) 0% <<< % a dist
ID Cód SIARS DesignaçãoTipo Indicador (tendência do
resultado)
META2015
2015Resultado
min%
max%
GCAI% Exe
Peso Relativo (CC)
Peso Relativo(rateio)
Peso Relativo(rateio 100%)
PGCAI
6 2013.006.01 FX Maior 92,0 89,9 95 105 97,7% 4,5% n.a. n.a. 4,4%
4 2013.004.01 FX Maior 180,0 170,1 80 110 94,5% 3,0% n.a. n.a. 2,8%
51 2013.270.01 FL Maior 0,8 0,8 80 110 103,8% 4,5% n.a. n.a. 4,7%
52 2013.267.01 FX Maior 0,7 0,6 80 110 85,7% 5,0% n.a. n.a. 4,3%
58 2013.268.01 FX Maior 0,9 0,9 80 110 98,9% 6,0% n.a. n.a. 5,9%
56 2013.056.01 FX Maior 65,5 52,8 80 110 80,6% 2,0% n.a. n.a. 1,6%
47 2013.047.01 FX Maior 54,0 54,8 80 110 101,5% 2,5% n.a. n.a. 2,5%
20 2013.020.01 FX Maior 65,0 49,5 80 110 0,0% 3,0% n.a. n.a. 0,0%
39 2013.039.01 FX Maior 65,0 65,8 80 110 101,2% 3,0% n.a. n.a. 3,0%
72 Maior n.c. n.c 80 110 100,0% 5,0% n.a. n.a. 5,0%
70 2013.070.01 FX Menor 145,0 152,6 95 105 0,0% 16,0% n.a. n.a. 0,0%
71 2013.071.01 FX Menor 53,0 66,5 95 105 0,0% 8,0% n.a. n.a. 0,0%
23 2013.023.01 FX Maior 50,0 66,0 80 110 110,0% 1,7% n.a. n.a. 1,9%
25 2013.272.01 FX Maior 0,8 0,7 80 110 97,3% 6,6% n.a. n.a. 6,4%
43 2013.271.01 FX Maior 0,8 0,8 80 110 100,0% 5,0% n.a. n.a. 5,0%
78 2013.275.01 FL Maior 75,0 92,1 80 110 110,0% 1,7% n.a. n.a. 1,9%
2013.269.01 Maior 0,9 0,9 80 110 94,4% 3,7% n.a. n.a. 3,5%
2013.034.01 Maior 42,0 45,7 80 110 108,8% 3,8% n.a. n.a. 4,1%
2013.003.01 Maior 44,0 41,1 80 110 93,4% 6,0% n.a. n.a. 5,6%
2013.040.01 Maior 42,0 65,2 80 110 110,0% 3,0% n.a. n.a. 3,3%
2013.046.01 Maior 60,0 55,4 80 110 92,3% 3,0% n.a. n.a. 2,8%
2013.063.01 Maior 92,0 91,2 80 110 99,1% 3,0% n.a. n.a. 3,0%
Proporção utentes ( 50;75 A( , c/ rastreio cancro CR
Proporção crianças 7A, c/ cons. Méd.vig e pnv
Meses completos em 2015
Índice de acompanhamento adequado em PF nas MIF
Índice de acompanhamento adequado em SI 1º ano
Proporção DM c/ exame oftálmológico ultimo ano
Proporção obesos >=14A, c/ cons. Vigil. Obesid. 2A
Taxa domicilios medicos por 1.000 inscritos
Despesa MCDTs prescrit., por utiliz. (p. conv.)
Proporção hipertensos com risco CV (3 A)
Índice de acompanhamento adequado de hipertensos
Índice de acompanhamento adequado de utentes DM
Proporção de novos DM2 com metformina monoterapia
>>Fator Tempo F_T_UF
Taxa de utilização de consultas médicas - 3 anos
Taxa de domicílios enfermagem por 1.000 inscritos
Indice de acompam. Adequado s. infantil 2ºano
Proporção utentes >= 14 A, c/ reg. hábit. tabágic.
Proporção hipertensos <65 A, com PA < 150/90
Proporção DM c/ última HgbA1c <= 8,0 %
Satisfação de utilizadores de UF
Despesa medic. prescritos, por utiliz. (PVP)
Proporção idosos, sem ansiol. / sedat. / hipnót.
Incentivos InstitucionaisFicha Resumo >>
Índice de acompanhamento adequado em SM
Relatório de Atividades 2015
16
2.2.1 Indicadores Eixo Nacional
Justificado no ponto 2.3
2.2.2 Indicadores Eixo Regional
Justificado no ponto 2.3
2.2.3 Indicadores Eixo Local
Justificado no ponto 2.3
2.3 Situações de Impacto nos Resultados
Obtivemos um índice de acompanhamento global de 71.7%, durante o ano de
2015,esteve em falta um médico (por aposentação), até Maio de 2015. Mesmo tendo em
conta que foi dado o tempo em horas extras para minimizar a situação, como seria de
prever das condicionantes inerentes, não foi o suficiente para poder de alguma forma
substituir o elemento em falta, para cumprimento a todos os objetivos. Ao longo do ano
foram frequentes as falhas dos sistemas de informação, ficando inacessíveis os
programas de registos por longos períodos.
Actividades Específicas
Quadro 6 - Atividades Específicas
Actividades Específicas UP
Diabetes 524 4
Hipertensão 1451 2
P familiar 802 1
Saúde infantil 1º ano de vida
77 7
Saúde infantil 2º ano de vida
77 3
Saúde materna 58 8
Relatório de Atividades 2015
17
7034UP / 7 = 1004→ 18 UC (por medico)
2.4 Indicadores Financeiros
Relativamente aos indicadores financeiros, e pela análise do quadro VII,
verificamos os resultados obtidos através da aplicação informática mim@uf, a data de
31.03.2015. Verifica se um desempenho na ordem dos 90, 100% em todos os
indicadores à exceçãodo indicador 17,19 e 45 que foram atingidos na ordem dos 80,
justificados pela mesma razão do ponto anterior. Contudo obtivemos uma classificação
de 31 pontos, que se traduz na consecução dos incentivos financeiros.
Relatório de Atividades 2015
18
ID Cód SIARS DesignaçãoTipo Indicador (tendência do
resultado)
2015META
2014 Resultado
Qs At.%
At.%
Pontos Cumprimento
9 2013.009.01 FX Maior 48 45,80 80 90 2
12 2013.012.01 FL Maior 84 87,2 80 90 2
13 2013.013.01 FL Maior 69 68,1 80 90 2
50 2013.050.01 FL Maior 87 93,1 80 90 2
15 2013.015.01 FX Maior 78 72,8 80 90 2
16 2013.016.01 FX Maior 85 83,9 80 90 2
17 2013.017.01 FX Maior 93 77,2 80 90 1
27 2013.027.01 FX Maior 96 94,0 - 95 2
18 2013.018.01 FX Maior 92 88,1 80 90 2
19 2013.019.01 FX Maior 70 62,5 80 90 1
35 2013.035.01 FX Maior 85 89,5 80 90 2
36 2013.036.01 FX Maior 80 87,2 80 90 2
37 2013.037.01 FX Maior 86 89,5 80 90 2
45 2013.045.01 FX Maior 60 50,8 80 90 1
98 2013.098.01 FX Maior 88 88,1 80 90 2
33 2013.033.01 FX Maior 71 69,1 80 90 2
99 2013.099.01 FX Maior 80 76,0 80 90 2
Proporção DM c/ cons. enf. vigil. DM último ano
Proporção mulheres [25; 60[ A, c/ colpoc. (3 anos)
Proporção utentes >= 25 A, c/ vacina tétano
Proporção utentes > 14A, c/ IMC últimos 3 anos
Proporção de hipertensos com PA em cada semestre
Proporção DM com exame pés último ano
Taxa utilização consultas de enfermagem - 3 anos
Proporção utentes DM com registo de GRT
Proporção crianças c/ 6+ cons. méd. vigil. 1º ano
Proporção crianças 2A, c/ PNV cumprido até 2A
Taxa de utilização de consultas de PF (enf.)
Proporção de hipertensos com IMC (12 meses)
Proporção crianças c/ 3+ cons. méd. vigil. 2º ano
Proporção grávidas c/ 6+ cons. vigil. enferm.
Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem
Proporção grávidas c/ consulta RP efetuada
Proporção RN c/ domicílio enf. até 15º dia de vida
Quadro 7 - Indicadores Financeiros
Relatório de Atividades 2015
19
3. Avaliação do Plano de Acção
O plano de acção é um documento base e director das actividades a desenvolver
na USF, pela equipa multiprofissional, no ano de 2015, as actividades preconizadas
foram realizadas assim como foram implementadas as estratégias para atingir os
objectivos. Apresentamos a avaliação dos indicadores de cada programa:
Programa Geral
Programa de Saúde Materna
Indicadores Meta Resultado
Taxa de utilização global de consultas medicas
92% 89.9%
Taxa de utilização das consultas de enfermagem
80% 76%
Percentagem de utilizadores
satisfeitos/muito satisfeitos 95% 96%
Despesa medicamentos prescritos, por utilizador
145 152.66
Despesa de MCDT, prescrito, por utilizador
53 66.55
Indicadores
Meta Resultado
Proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de Enfermagem de
SM
84% 87.2
Índice de acompanhamento adequado de SM
0.8 0.83
Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de Vigilância no 1º
trimestre
79% 90.9
Proporção de grávidas com revisão puerpério efectuada
87% 93.1
Proporção de Puérperas com domicilio de enfermagem
69% 68.1
Relatório de Atividades 2015
20
Programa de Planeamento familiar
Programa de Saúde Infantil e Juvenil
Indicadores Meta Resultado
Taxa de utilização de consultas de Planeamento familiar
45% 30.4
Taxa de utilização de consultas de enfermagem em Planeamento
familiar
48% 45.8
Percentagem de mulheres dos 25-60 anos vigiadas na USF com
colpocitologia actualizada
60% 50.8
Índice de acompanhamento adequado em PF nas mulheres
em idade fértil
70% 0.60
Indicadores
Meta Resultado
Percentagem de primeiras consultas, até aos 28 dias de vida
95% 94.3%
Percentagem de diagnósticos precoces realizados até ao 7º dia de vida do recém-nascido.
91% 92.1%
Percentagem de visitas domiciliárias ao recém-nascido.
72% 72.8%
Taxa de utilização de consultas de saúde infantil no primeiro ano de vida
83% 83%
Taxa de utilização de consultas de saúde infantil no segundo ano de vida
91% 91%
Índice de acompanhamento adequado no primeiro ano de vida
92% 0.91
Índice de acompanhamento adequado no primeiro ano de vida
90% 0.85
Proporção de crianças com 7 anos com consulta médica e PNV actualizadas
92% 91.2%
Proporção de crianças com 6 ou mais consultas de vigilância no 1º ano de vida
85% 83.9%
Proporção de crianças com 3 ou mais consultas de
vigilância no 2º ano de vida 93% 77.2%
Relatório de Atividades 2015
21
Programa de rastreio Oncológico
Programa de Doença Aguda
Indicadores Meta Resultado
Proporção de mulheres entre os 25-60 anos com colpocitologia actualizada
60% 50.8%
Proporção mulheres 50-70 anos com mamografia registada nos últimos 2 anos
70% 64.2%
Proporção de inscritos entre os 50-75 anos com rastreio do cancro do cólo-rectal efectuado
60% 55.4%
Indicadores Meta Resultado
Percentagem de solicitações ao sector médico sem resposta no dia
-
Percentagem de solicitações ao sector de enfermagem sem resposta no dia
0% 0%
Relatório de Atividades 2015
22
Programa de Diabetes Melitus
Programa de prevenção e controlo das doenças cardiovasculares
Indicadores
Meta Resultado
Percentagem Hipertensos identificados. 20% 24.4% ?
Percentagem de hipertensos com registo de pressão arterial em cada semestre
70% 62.5%
Proporção de hipertensos c/ CV (3 anos) 50% 66%
Índice de acompanhamento adequado de hipertensos
0.75 0.73
Proporção de hipertensos c/ PA <150/90 mmhj
65% 49.5
Indicadores Meta Resultado
Proporção de DM com última HbA1c <=8,0% 65% 65.8%
Índice de Acompanhamento adequado utentes DM 0,75 0.75%
Proporção novos DM2 em terapêutica com metforminamonoterapia
75% 92.1%
Proporção de DM com exame oftalmológico no último ano 42% 65.2%
Percentagem de diabéticos inscritos na USF, com pelo menos um exame dos pés registado no ano.
85% 89.5%
Proporção de Utentes DM com registo de Gestão Regime Terapêutico (GRT)
80% 87.2%
Proporção de diabéticos inscritos na USF com consulta de enfermagem vigilância no último ano
86% 89.3%
Relatório de Atividades 2015
23
Indicadores de Execução do Programa de Cuidados a Utentes em Situação de
Dependência no Domicílio
Indicadores Meta Resultado
Taxa de visitas domiciliárias Médicas 66%o 41.1%
Taxa de visitas domiciliárias de
Enfermagem 170% 170.1%º
Percentagem de úlceras de pressão 40% ?
Percentagem de utentes caracterizados 50% ?
Indicadores de Execução do Programa de Vacinação
Indicadores Meta Resultado
Proporção de crianças com 2
anos com o PNV actualizado 96% 99%
Proporção de inscritos com 7
anos com PNV actualizado 92% 98%
Proporção de inscritos com 14
anos com PNV actualizado. 90% 91.8%
Proporção de utentes com
idade ≥ 25 anos com Td
actualizada.
88% 88%
Pela análise dos quadros anteriores verificamos que nos programas de saúde materna,
saúde infantil, diabetes e vacinação atingimos os indicadores na totalidade, as metas dos
restantes programas não foram atingidas em pleno, pela ausência de um elemento
Relatório de Atividades 2015
24
médico até ao mês de Maio, sendo que os esforços mobilizados no sentido de alcançar o
cumprimento dos objectivos não foram suficientes. Relativamente ao programa de
planeamento familiar, este será trabalhado no ano 2016 como PAI da USF.
Relatório de Atividades 2015
25
Reuniões do conselho
Geral
Janeiro
1 Reuniões
Fevereiro
2 Reuniões
Março
1 Reuniões
Abril
2Reuniões
Maio
3 Reuniões
Junho
4Reuniões
Julho
2 Reuniões
Outubro
2 Reuniões
Novembro
3 Reuniões
Dezembro
2 Reuniões
4. Reuniões do Conselho Geral
Ao longo do ano foram realizadas cerca de 22 reuniões do conselho geral, sendo
elas de organização, apresentação, análise e discussão de resultados, formação, entre
outras temáticas.
Figura 4 - Diagrama de Reuniões de Conselho Geral
Relatório de Atividades 2015
26
5. Desenvolvimento de Competências de Formação
Contínua
5.1Plano anual de Formação Continua
O Plano de formação 2015 da USF prevê:
• . Conseguir até 2014 que, em pelo menos 45% das reuniões semanais ocorram
discussões de relato de caso clínico / caso administrativo
• Conseguir até 2014 que, em pelo menos 45% das reuniões semanais ocorram
acções de formação interna, mantendo os temas sugeridos pelos profissionais
• Conseguir até 2014 que, em pelo menos 80% das acções de formação externa
sejam partilhadas.
Indicadores de execução do Programa de Formação 2015
Indicadores Metas do Programa 2015 Atingido em 2015
M E SC
% Reuniões
semanais com
discussão caso
25%
75%
- -
% Reuniões
semanais com
formação interna
25%
32%
32% 32%
% Acções de
formação externa
partilhada – JC
50%
37%
40% -
Quadro 8 - Indicadores de execução do Programa de Formação 2014
Legenda:
M – sector médico E – sector de enfermagem SC – sector do secretariado clínico
Relatório de Atividades 2015
27
No âmbito da formação externa:
Médicos
• VI Jornadas de Fatores de Risco em Cuidados Primários, 19 a 20 de Janeiro de
2015;
• 32.º Encontro Nacional de MGF, 5 a 7 de Março de 2015;
• Jornadas de Diabetes do Centro, 22 e 23 de Março de 2015
• XXI Curso Pós-Graduado Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 26 a 28 de
Março de 2015;
• Workshop XXI Curso Pós-Graduado Escola Pneumologia, 10 de Abril de 2015
• XXXII Curso Atualizaçao Dermatologia e Venereologia, 10 a 11 de Abril de
2015;
• 7.º Encontro Nacional USF-AN, 14 a 15 de Maio de 2015
• 9.º Congresso Nacional Idoso, 26 a 27 de Junho de 2015;
• XIII Curso Pós-Graduado Envelhecimento, 24 e 25 de Setembro de 2015;
• Curso Comunicação e Linguagem da criança dos 0 aos 6 anos, 22 a 23 de
Outubro de 2015
• 9.as
Jornadas actualização Doenças Respiratórias, 15 a 16 de Outubro de 2015
• Insulinoterapia ACES Vouga, 4 de Novembro de 2015
• XXVIII Fórum Dermatologia, 13 a 14 de Novembro de 2016
Enfermeiros
• Atualização em enfermagem de reabilitação, 27 de Fevereiro de 2016;
• Jornadas Polienf Porto, 17 de Abril de 2016;
• Encontro nacional da USF Na, maio de 2016;
• Cuidados de alto risco, 23 e 24 de Outubro de 2016;
• Colóquio cuidar, 30 de Outubro de 2016;
• Encontro de boas práticas em cuidados de saúde primários, Dezembro de 2016;
• Motivação, adesão ao regime terapêutico, Dezembro de 2016;
Formação interna
• Suporte básico de vida;
Relatório de Atividades 2015
28
• Codificação de problemas sociais;
• Plano assistencial Integrado da Diabetes;
• Plano Assistencial integrado das Doenças cardiovasculares;
• Violencia contra profissionais;
• Notific@;
• Higienização e limpeza das instalações;
• Implementação das precauções básicas de controlo de infecção;
• DPCO;
• Insulinoterapia;
• Hipocoagulação;
5.2 Formação pré e pós graduada
Formação pré graduada:
A USF mantém a colaboração com a Faculdade de Medicina do Porto na
formação pré graduada tendo recebido sete alunos do 6º ano do curso de Medicina, no
âmbito da disciplina de Medicina Comunitária.
Ao longo do ano tivemos cerca de 8 estagiários do curso de licenciatura em
enfermagem, 4 do 4º ano, 4 do 2ºano.
Formação pós graduada
A USF mantém formação a nível do Internato Complementar de Medicina Geral
e Familiar da Zona Centro, tendo contado com um interno do 4º, um interno do 2º ano e
um interno do 1º ano.
A nível do desenvolvimento e qualificação de competências dos profissionais da
Unidade, tivemos um elemento de enfermagem a frequentar o Curso de Mestrado em
Ciências de Enfermagem.
5.3 Produção científica e de investigação
A USF colaborou, em 2015 com o seguinte estudo a nível nacional (com
integração a nível Europeu):
Relatório de Atividades 2015
29
• EUROEVA (Instituto Nacional de saúde Ricardo Jorge) – gripe.
No âmbito do processo de acreditação encontra se em desenvolvimento um trabalho de
investigação sobre a poli medicação no idoso.
5.4 Plano de acompanhamento interno (anexo I).
Relatório de Atividades 2015
30
6. Avaliação da satisfação dos utentes e profissionais
Foi efectuada a avaliação da satisfação dos utentes (anexo II), em Outubro de
2015. Foi efetuado com colaboração de alunos do Mestrado Integrado de Psicologia da
Universidade do Porto, com o intituito de promover a independência de opinião e maior
isenção.
Relativamente à avaliação da satisfação dos profissionais, uma vez que o centro de
estudos e investigação da universidade de Coimbra realizou um estudo no ano de 2015,
que se encontra publicado no site na ARS Centro.
Relatório de Atividades 2015
31
7. Outras actividades
7.1 Educação para a saúde
As actividades de educação para a saúde realizadas durante o ano de 2015 foram
as seguintes:
• Dia mundial da diabetes, exposição na unidade.
• Projecto de educação para a saúde: Sexualidades implementado na escola
secundaria de Esmoriz
7.2 Protocolos/ articulação com outras instituições
Estão implementados protocolos de referenciação de utentes com o Hospital
S.Sebastião, Hospital de Gaia, Hospital D. Infante D. Pedro e Hospital de Ovar.
Existe ainda protocolo com a escola secundária de Esmoriz, a nível da saúde de
adolescentes e com o centro comunitário para referenciação de casos sociais. Há
também um protocolo de articulação com o AceS.
Relatório de Atividades 2015
32
8. Conclusão
O ano de 2015 foi um ano de muito empenho e trabalho na tentativa de colmatar as falhas relativas
á ausência de um médico durante cinco meses.
35
Plano de Auditoria Interna USF da Barrinha 2015
Hipertensão Arterial – Avaliação na USF
Introdução
As doenças cérebro-cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal –30,4% das
mortes em 2012 ocorreram devido a causas cardiovasculares. Portugal apresenta um padrão
epidemiológico distinto de outros países europeus por apresentar maior prevalência de doença
cérebro-vascular face à doença isquémica cardíaca. Com vários factores de risco contributivos para
este padrão (dislipidemia, abuso do tabaco, etc.), é a Hipertensão Arterial (HTA) que se destaca dada a
sua prevalência elevada na nossa população. Adicionalmente, vários estudos epidemiológicos já
realizados mostraram que o seu conhecimento, diagnóstico e controlo estão aquém do ideal. A isto
soma-se o factor do exagerado consumo de sal pela população que contribui definitivamente para esta
realidade.
Os estudos realizados em Portugal apontam todos para uma prevalência de HTA de cerca de
42%. O “PAP Study” (2003), o primeiro destes grandes estudos, mostrou que os homens apresentavam
uma prevalência de HTA de 49,5% e as mulheres 38,9%. Salientou-se que apenas 38,9% das pessoas
estavam tratadas e destes 11,2% estavam realmente controlados. O estudo “PHYSA” (2012) revela
uma prevalência de 44,4% nos homens e 40,2% em mulheres; dos doentes hipertensos cerca de 75%
estavam medicados e apenas 42,5% estavam controlados.
Estes valores evidenciam a necessidade do conhecimento da doença pelos utentes e pelos
profissionais de saúde e salientam a importância da adopção de medidas concertadas na prevenção e
controlo da doença para obter ganhos em saúde. Tendo em conta este contexto, a Direção Geral de
Saúde (DGS) publicou em 2014 o Processo Assistencial Integrado do Risco Cardiovascular no Adulto
(PAsI-RCV) sistematizando uma abordagem multidisciplinar e transversal da HTA para melhorar estes
dados epidemiológicos.
A USF da Barrinha apresentava, segundo as estatísticas da plataforma MIM@UF em 2014, uma
prevalência de HTA de apenas 21% (valor concordante com o do ACeS Baixo Vouga do mesmo ano) e
os indicadores relacionados com a HTA não tinham a magnitude desejada. Isto motivou a decisão de
realizar um Plano de Auditoria Interna (PAI) que pudesse ao mesmo tempo verificar a prevalência da
doença assim como melhorar a qualidade dos cuidados prestados neste domínio. Tendo em conta os
valores obtidos nessa ação e o contexto de mudança materializado pelo PAsI-RCV foi opção desta
Unidade voltar a repetir o PAI de HTA de modo a detalhar ainda melhor os dados desta população
assim como dar os primeiros passos para uma abordagem de excelência na HTA. Este relatório
36
descreve os resultados obtidos e lança uma série de recomendações para melhoria contínua dos
cuidados.
Equipa Auditora
Dr. Acácio Oliveira
Enf. Cristina Coelho
SC Margarida Tibério
Coordenação
NIB – Núcleo de Internos da Barrinha
Âmbito
Este Plano de Auditoria Interna visou a melhoria da qualidade na identificação e seguimento dos
doentes na área da Hipertensão Arterial e consequente melhoria dos Indicadores contratualizados
relacionados.
Objetivos Gerais
• Progredir na melhoria de resultados de prevalência de HTA concretizada pelo PAI HTA 2014;
• Aproximar a prevalência da USF ao valor de Prevalência Nacional de cerca de 42% (“PAP study”,
PHYSA);
• Convergir para atuação conforme Processo Assistencial Integrado de RCV no Adulto (DGS, 2014).
Objetivos Específicos
• Identificar utentes com Tensão Arterial (TA) ≥ 140 e/ou ≥ 90mmHg;
• Identificar os Hipertensos (HT) não controlados;
• Tornar visível à equipa o estado de qualidade dos cuidados prestados na HTA;
• Monitorizar a melhoria contínua dos Indicadores associados a HTA.
Parâmetros a auditar
• Número de registos da TA de todos os utentes com mais de 18 anos (excluindo as grávidas e
utentes com patologia aguda concomitante), que vieram a uma consulta na USF em Junho de
2015.
• Número de utentes sem diagnóstico de HTA e que apresentem valores tensionais sistólicos ≥
140mmHg e/ou diastólicos ≥ 90mmHg;
• Número de utentes do ponto anterior que cumprem critério para diagnóstico de novo de HTA;
• Número de utentes com diagnóstico de HTA não controlada;
37
• Cumprimento do seguimento de doentes com HTA efetuado nesta unidade.
Metodologia
O desenho do PAI corresponde ao de uma Avaliação Interna de Qualidade e baseou-se na
recolha de dados anonimizados pelos profissionais de saúde da unidade. A amostra auditada foi de
conveniência e corresponde a todos os utentes que vieram à consulta médica/enfermagem na USF
durante o mês de junho de 2015. O critério de inclusão foi a idade ≥18 anos; os critérios de exclusão
foram a gravidez e presença de patologia aguda concomitante. A medição da TA (única, com recurso
aos aparelhos digitais calibrados disponíveis nos consultórios da unidade) decorreu no final do período
de consulta após consentimento verbal do utente; os valores obtidos e alguns dados do processo clínico
(SClínico) foram introduzidos em formulário privado Web especificamente criado para o PAI de forma a
facilitar e acelerar a recolha de dados. A informação recolhida por cada medição foi: data e hora da
medição, profissional de saúde que realizou medição, número de utente, valor da TA medido, idade,
sexo, se tem diagnóstico de hipertensão; quando adequado, foi verificado o cálculo do Score de Risco
Cardiovascular (RCV) nos últimos 36 meses e a realização de 1 medição de TA por semestre. Os dados
foram processados em MSOffice Excel. Foram posteriormente colhidos do processo dados relativos ao
seguimento dos doentes não HT
com valores elevados de TA e
verificados parâmetros
relacionados com os indicadores
relacionados (segundo algoritmo
de orientação da figura 1).
38
1228 1211
1509 1482
Número total de utentes com medição inicial Número total de casos
Gráfico 1 - Números compara vos de utentes e casos estudados nos
PAI 2014 e 2015
2014
2015
+ 271
O trabalho decorreu durante os meses de junho de 2015 a março de 2016 e dividiu-se em 4
fases operacionais:
• Avaliação Inicial (junho): medição da TA a todos os utentes que vieram á consulta na USF
(enfermagem ou médica) segundo os critérios estabelecidos;
• Reavaliação (julho): repetição da medição da TA aos utentes não hipertensos com valores de
TA elevada; em alguns casos, foram consideradas as reavaliações realizadas no mês de
junho desde que separadas da primeira medição de pelo menos uma semana;
• Intervenção (agosto - outubro): cumprimento do programa de HTA, com orientação
adequada de novos diagnósticos e otimização da orientação dos doentes HT;
• Avaliação final/Processamento de dados (novembro – janeiro’16): processamento dos
dados obtidos usando o e execução do relatório final.
A apresentação dos resultados foi realizada na unidade no primeiro trimestre de 2016.
Resultados
Durante o mês de junho foram registadas as medições da TA a 1509 utentes. Destes, 2 foram
excluídos por falecimento, 1 por apresentar doença aguda no episódio da medição e 24 por erro no
registo do número de processo. Foram contabilizados 1482 casos válidos para a auditoria, mais 271
que no PAI 2014; isto corresponde a cerca de 11% da população inscrita na USF (gráfico 1).
No que respeita ao sexo, verificou-se que 62% dos casos eram do sexo feminino traduzindo uma
distribuição da amostra por sexo sobreponível ao PAI 2014 (gráfico 2).
39
560, 38%
922, 62%
Gráfico 2 - Comparação da distribuição dos casos por género segundo os PAI de
2014 e 2015
Masculino
Feminino
462, 38%
749, 62%
2014 2015
Da análise da distribuição dos casos por faixa etária verifica-se que mais de metade são indivíduos
com idade entre os 40 e os 65 anos. Os grupos etários abaixo e imediatamente acima deste
representam cada um cerca de 20% dos casos e os idosos com 80 ou mais anos de idade cerca de
5%. A distribuição é semelhante à obtida no PAI 2014 assim como a idade média calculada que é
de 54,73 (gráfico 3).
249
628
264
70
284
798
321
79
Idade 18-39 40-65 66-79 ≥80
Nú
me
ro d
e c
aso
s
Gráfico 3 - Distribuição compara va dos casos por faixa etária segundo PAI
2014 e 2015
2014
2015
Idade média:
54,47
54,73
40
495, 41% 716, 59%
Gráfico 4 - Comparação da % de Hipertensos presente em cada amostra
do PAI
Doentes HTA
Não HTA
PAI 2014
PAI 2015
623,
42% 859,
58%
100
166
47
56
19
17
2014 2015
Gráfico 5 - Comparação dos dados das reavaliações dos doentes não HTA
com valores elevados
Reavaliados com TA elevada
Reavaliados
Não HTA com TA elevada
40,4%
30,4%
14,0% dos
Não HTA
19,3%dos
Não HTA
47%
33,7%
Dos casos válidos que realizaram medição de TA verificou-se, em semelhança com o PAI anterior,
que a percentagem de doentes com diagnóstico de HTA (ICPC-2 K86/K87) foi de 42% (gráfico 4).
De acordo com o algoritmo, dos 58% de casos que não apresentavam diagnóstico de HTA,
19,3% tinha valores elevados (166 casos); destes, 33,7% foram reavaliados em julho constatando-
se que quase um terço possuía critério para diagnóstico de HTA.
Estes valores diferem ligeiramente daqueles obtidos em 2014 destacando-se a presença de mais
doentes não hipertensos com valores de TA elevados, menos reavaliações e, proporcionalmente,
menos doentes com critério para diagnóstico de HTA (gráfico 5).
41
48,1
61,3
35,2
49,3
85,4 86,7
Doentes HTA com valores elevados
HTA com RCV nos úl mos 36
M [40-65] Anos HTA c/ 1 valor TA por
semestre
Pe
rce
nta
ge
m
Gráfico 6 - Comparação dos valores percentuais de alguns indicadores
avaliados nos PAI 2014 e 2015
2014
2015
17 8 (47%)
5
Utentes não
HT com
tensões
elevadas nas 2
medições
9 doentes com
critério para HTA
não foram
colocados em
programa; apenas 2 fizeram estudo
Utentes que
realizaram estudo
adequado analí co /
MCDT
Figura 2 – Seguimento dos utentes não HT com 2 medições elevadas durante
PAI 2015
Utentes que veram
diagnós co de HTA/
entraram em
programa de HTA
8
Utentes que
foram medicados
com fármacos de
1ª linha
No que diz respeito aos casos já com diagnóstico de HTA, 49,3% tinham valores elevados
mantendo-se a mesma magnitude dos que foram avaliados no ano anterior. Relativamente aos
indicadores relacionados com o acompanhamento dos doentes hipertensos, verificou-se que 85,4%
dos doentes HT com idade entre 40-65 anos apresentavam um Score RCV calculado nos últimos 36
meses e 86,7% tinham 1 medição por semestre no ano de 2015; estes dois últimos valores
demonstraram uma melhoria percentual face aos valores de 2014 (gráfico 6).
Adicionalmente, foram obtidos dados relativos ao cumprimento do algoritmo deste plano de
auditoria no que diz respeito ao follow-up do doente hipertenso.
Dos 17 doentes com a reavaliação elevada, 8 (47%) entraram no programa de HTA; dos 9 que
não entraram, 2 fizeram algum tipo de estudo analítico e foi tomada a opção de não medicar. Por
sua vez, dos que entraram no programa, 6 realizaram estudo analítico e praticamente todos foram
medicados com anti-hipertensor, na sua maioria, de primeira linha (IECA/ARA II) (figura 2).
42
Indicadores relacionados com Hipertensão 2013 2014 2015 (Dez)Evolução
relativa 2013-2014 (%)
Evolução relativa 2014-
2015 (%)
Proporção hipertensos com compromisso vigilância 91,31 92,85 93,61 1,7 0,8
Proporção hipertensos >= 25A, c/ vacina tétano 93,95 93,26 93,48 -0,7 0,2
Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) 84,79 83,69 88,16 -1,3 5,3
Proporção de hipertensos com PA em cada semestre 60,16 59,52 62,54 -1,1 5,1
Proporção hipertensos c/ PA 6 meses 74,47 69,52 74,97 -6,6 7,8
Proporção hipertensos com risco CV (3 A) 6,36 35,75 66 462,1 84,6
Proporção hipertensos com registo de GRT 22,57 24,87 51,21 10,2 105,9
Proporção hipertensos, c/ prescrição de tiazidas 19,22 18,88 19,62 -1,8 3,9
Proporção hipertensos sem DM c/ prescrição ARA II 23,68 24,62 24,09 4,0 -2,2
Proporção hipertensos < 65 A, com PA < 150/90 54,37 51,52 49,53 -5,2 -3,9
Índice de acompanham. adequado de hipertensos 0,62 0,68 0,73 9,7 7,4
Tabela 1 - Evolução dos indicadores de contratualização referentes à Hipertensão de 2013 a 2015
Notas: as células a verde representam uma evolução positiva dos indicadores, estando as mais escuras a destacar as que tiveram maior magnitude; as células a
vermelho representam decréscimos nos indicadores. As células em azul claro representam os indicadores que se relacionam diretamente com o numerador do
Índice de acompanhamento adequado (assinalado a azul escuro).
Também, como previsto nos objetivos, foram recolhidos os dados relativos aos indicadores de
contratualização relacionados com a HTA (BI-USF) (Tabela 1).
Discussão
O PAI 2015 permitiu melhorar alguns resultados e adicionar robustez aos dados obtidos no PAI
2014.
Relativamente ao número de medições efetuadas nos utentes que cumpriram os critérios e
vieram a uma consulta em junho de 2015 (um dos parâmetros a auditar) registou-se um aumento de
cerca de 23% face a 2014 passando de 1228 para 1509 medições; tal valor permitiu manter a ordem
de grandeza da amostra, demonstra o envolvimento da equipa e poderá ser também fruto da
facilidade operacional do registo de dados via formulário Web.
Ao caracterizar a amostra foi possível verificar semelhanças com as do PAI 2014 o que contribui
para a robustez dos resultados. Quanto ao sexo, verificou-se a mesma percentagem de 62% de
predomínio do sexo feminino provavelmente devido ao facto de serem maiores frequentadoras das
consultas face aos homens; na distribuição etária foi possível verificar que esta foi sensivelmente a
mesma com um aumento de casos na faixa etária dos 40-65 anos, um grupo que é alvo de alguns
indicadores e onde o diagnóstico de HTA será mais importante.
Pela segunda vez, o PAI veio mostrar que a prevalência de HTA nesta amostra ronda os 42%, o
mesmo valor de vários estudos epidemiológicos efetuados em Portugal como o PHYSA. Tendo em
43
conta a repetição do valor em duas amostras obtidas de forma similar em anos consecutivos e com
uma representação de 11% dos inscritos na unidade, torna-se bastante provável que os valores de
21% encontrados no relatório de atividades do ACeS Baixo Vouga (2014) ou descritos no PAI 2014
se encontram desfasados da realidade desta USF.
Os valores medidos de TA possibilitaram a identificação de 166 utentes com valores elevados de
TA (outro dos parâmetros a auditar); mesmo sendo um valor superior ao do PAI 2014 em 5 pontos
percentuais não existiram ganhos na identificação de novos eventuais hipertensos por haver uma
percentagem baixa de reavaliações em julho. Contudo, foi possível identificar 17 novos utentes com
critério de HTA (cerca de 30% dos que tiveram 2 medições elevadas), valor absoluto semelhante ao
mesmo parâmetro auditado no ano anterior. Isso mostra que apesar da execução de um PAI o valor
da incidência/novos diagnósticos não aumenta mas possibilita sempre a inclusão de alguns casos
novos de hipertensos no ficheiro.
Dos doentes hipertensos, foi registado um valor de 49% de doentes com valores elevados, ou
seja, um aumento de 1% de doentes não controlados face ao ano anterior (outro parâmetro
auditado); apesar de ser um valor inferior aos estudos epidemiológicos (cerca de 58% de HT não
controlados) isto pode traduzir alguma dificuldade no controlo/acompanhamento dos doentes HT e
portanto um aspeto a dar mais atenção no futuro. Em contraste, 2 parâmetros ligados ao índice de
acompanhamento do doente hipertenso apresentaram excelentes melhorias: o cálculo do Score
RCV nos doentes HT com idade entre 40-65 anos aumentou 24% e o valor de utentes
apresentando uma medição por semestre aumentou mais de 50% o que demonstra um aumento
dos registos destes parâmetros pelos profissionais; no entanto, o facto desde PAI ter sido efetuado
em junho e julho pode ter afetado de forma positiva este último parâmetro já que condicionou
involuntariamente a medição nos 2 semestres para os doentes reavaliados. Esta aparente
incoerência entre o facto de haver mais hipertensos não controlados e uma melhoria dos registos
denota que o seguimento do programa de HTA deverá ter enfoque em outros aspetos como o da
monitorização e otimização da terapêutica.
No sentido de esclarecer onde poderão haver falhas no seguimento dos doentes, foi também
verificado que tipo de atitudes foram adotadas face aos 17 doentes com critérios de HTA. Os dados
permitiram ter noção dos seguintes aspetos: falta de valorização dos valores elevados da TA; falta
de recurso a meios complementares de diagnóstico (MCDT) para despiste de causas de HTA
secundária ou lesões de orgão-alvo; existência de sensibilidade para medicar com medicamentos
de primeira linha. Neste sentido, é imperativo rever o PAsI-RCV para melhorar a forma como se
diagnostica e estuda o doente hipertenso e progredir na melhoria dos cuidados.
A análise dos indicadores de contratualização permitiu verificar que desde 2013 têm havido
melhorias em todos eles com destaque para os registos do Score RCV que aumentou quase 5x
desde 2013, denotando o impacto positivo do PAI 2014 e o reforço pelo atual PAI 2015. Apenas um
dos indicadores voltou a registar um valor decrescente que foi a Proporção de doentes com menos
de 65 anos com TA <150/90 mmHg indo de encontro à percentagem crescente de doentes HT com
44
TA elevada encontradas neste trabalho. Reforça-se assim que o enfoque da equipa deverá ser no
controlo dos doentes com diagnóstico de HTA e não no rastreio/novos diagnósticos. Por fim, o
Índice de acompanhamento adequado de hipertensos, o indicador que melhor exprime o
seguimento do doente tem registado crescimento embora o tenha feito com menor dimensão em
2015. Verifica-se, por isso, que é necessário rever os procedimentos de seguimento dos hipertensos
de modo a inverter esta tendência de diminuição de crescimento do indicador.
Conclusões
O PAI 2015 mostrou ser uma mais-valia para a unidade por demonstrar melhorias na maioria
dos parâmetros auditados e consequente impacto positivo nos indicadores contratualizados ligados
à HTA.
A prevalência de HTA na população servida pela USF, dada a magnitude da amostra e
reprodutibilidade do valor, revelou ser bem diferente do valor de 21% citado anteriormente e vai de
encontro ao encontrados nos estudos epidemiológicos: 42%.
Foi evidente que a visibilidade do trabalho permitiu envolver a equipa na recolha de dados e foi
simultaneamente o meio de sensibilização para melhorar os procedimentos que melhoram os
resultados obtidos nos vários tipos de indicadores e parâmetros.
O controlo dos doentes HT foi o parâmetro auditado com resultados negativos o que demonstra
que um registo cuidado nos sistemas informáticos não implica ter os doentes hipertensos bem
controlados. Da avaliação do cumprimento do algoritmo deste trabalho ficou claro que é preciso
sistematizar o seguimento do doente valorizando as medições tensionais elevadas e esclarecendo
os valores por via de MCDT para posteriormente medicar adequadamente e otimizar essa mesma
terapêutica.
Finalmente, a incursão pela forma como o PAsI-RCV está estruturado pode fornecer a matriz de
trabalho para implementação destas melhorias.
Recomendações
• Encontrar um meio de conhecer e listar todos os doentes HT do ficheiro, confirmando
adequadamente se estão incluídos em programa de HTA
• Rever o diagnóstico de HTA nos doentes com diagnóstico feito há mais de 10 anos, assim
como estudo de LOA
• Efetuar o registo dos parâmetros necessários no seguimento do doente HTA de modo a
racionar as consultas e tender para o registo de dados segundo o PAsI-RCV (estratificar o
grau de doença, justificar decisões terapêuticas, etc.)
• Intensificar a medição espontânea nos utentes não HT com idade ≥40 anos
• Valorizar os valores tensionais elevados e recorrer às ferramentas de esclarecimento de
diagnóstico (MAPA);
45
• Valorizar a medição de ambulatório para orientar a otimização da terapêutica e melhorar o
controlo dos doentes HT;
• Realizar ações internas de revisão/sistematização na área de HTA de modo a facultar aos
profissionais de saúde os meios para melhoria contínua da qualidade na área de HTA.
• Realizar ações de esclarecimento aos doentes sobre HTA de modo a melhorar o
autoconhecimento, auto-monitorização e adesão à terapêutica.
Bibliografia
• Departamento de Qualidade na Saúde (DGS): Processo Assistencial Integrado do Risco
Vascular no Adulto; 1ª Edição, 2014.
• Polónia, Jorge et al. Prevalence, awareness, treatment and control of hypertension and salt
intake in Portugal: changes over a decade. The PHYSA study. JournalofHypertension; 32(6):
1211-1221. Lippincott Williams & Wilkins, 2014.
• ACeS Baixo Vouga. Relatório de atividades – 2014. Publicado on-lineem 2015.
• BI-USF. Acedido em https://www.biusf.pt/ a 22 de Março de 2016.
A Satisfação dos Utentes da Unidade de SaúdeFamiliar da
A Satisfação dos Utentes da Unidade de SaúdeFamiliar da
Barrinha - Esmoriz
Relatório Final
Novembro de 2015
Equipa:
Cristiana Barbosa
Joana Fernandes
Mariana Coimbra
Sara Paiva
Sofia Magalhães 47
A Satisfação dos Utentes da Unidade de SaúdeFamiliar da
Joana Fernandes
Mariana Coimbra
Sara Paiva
48
Com o intuito de melhorar o serviço prestado pela Unidade de Saúde Familiar da
Barrinha - Esmoriz foi-nos solicitado, pela direção deste Centro de Saúde, que realizássemos
um estudo que permitisse conhecer a satisfação dos utentes. Deste modo, procedemos à
distribuição de um conjunto de questionários que pretendiam recolher dados relativos à
satisfação com a secretaria, a enfermagem, o serviço médico e as condições físicas e a
limpeza do espaço.
A recolha de dados decorreu durante o mês de outubro tendo sido recolhidos cerca de
377 questionários de uma população total de aproximadamente 12 000 utentes. Assim,
conseguiu-se o mínimo necessário, 373, para que a nossa amostra seja representativa desta
população, com um nível de confiança de 95% e um erro amostral de 5%.
Verificou-se que da amostra total (377) apenas 356 sujeitos responderam ao item
“sexo”(M=1.65, DP=.476), podendo-se apurar que 123 são do sexo masculino e 233 do sexo
feminino.
No que toca às habilitações académicas (M= 2.70, DP=.080) só 353 dos 377 sujeitos
responderam a esta questão, tendo-se verificado que 8 indivíduos são iletrados, 114
frequentaram o 1º ciclo, 36 o 2º ciclo, 52 o 3º ciclo, 105 o ensino secundário e 38o ensino
superior.
A nossa amostra apresenta uma idade média de 52 anos (M= 51.99, DP=.931), com 353
sujeitos a responderem a esta questão. Para facilitar a nossa análise, dividimos os sujeitos em
dois grupos: os que têm idade inferior a 45 anos (131 pessoas) e os que têm idade igual ou
superior a 45 anos (222 pessoas).
Relativamente aos procedimentos estatísticos, realizou-se uma análise fatorial com o
intuito de perceber quantas dimensões este questionário avaliava. Os resultados obtidos
demonstraramque a análise é legítima, sendo que a matriz apresenta diversos coeficientes de
correlação elevados e uma adequação amostralquase perfeita (KMO=.921). Com esta análise,
obteve-se 3 componentes, explicando 75.5% da variância total.Este questionário analisa,
então, três grandes dimensões: 1 - Perceção do funcionamento e dinâmica da USF; 2 -
Perceção do serviço médico e 3- Perceção do serviço de enfermagem. A primeira é constituída
por 10 questões, nomeadamente as questões relacionadas com a administração, como o
atendimento, a cortesia/simpatia, o respeito e privacidade, o tempo dedicado e a informação
transmitida pelas administrativas e ainda, a data de marcação das consultas, o tempo que tem
de esperar pela consulta, a limpeza, o conforto e o atendimento em geral. A segunda
49
componente inclui 6 itens, como a satisfação com o atendimento médico, a sua
cortesia/simpatia, respeito e privacidade, confidencialidade, tempo dedicado e a informação
transmitida aos seus utentes. Por último, a terceira integra 6 itens, avaliando as mesmas
caraterísticas anteriores, no entanto, referentes à enfermagem.
Para verificar se estes itens estão relacionados com o construto que se pretendia
avaliar, realizou-se o teste Alfa de Cronbach. Assim, verificou-se que todas as questões que
constituem o questionário medem as suas dimensões correspondentes, nomeadamente a
“perceção do funcionamento e dinâmica da USF” (α=.94), “perceção do serviço médico” (α=.94)
e “perceção do serviço de enfermagem” (α=.99), ou seja, o questionário encontra-se adequado
para a medição do construto geral: a satisfação que os utentes têm relativamente à USF da
Barrinha.
De seguida, foi efetuada uma ANOVA fatorial para verificar se existem diferenças nas
dimensões relativamente ao sexo, idade e habilitações académicas, sendo que 1=Muito
Satisfeito, 2=Satisfeito, 3=Insatisfeito e 4=Muito Insatisfeito.
Relativamente à perceção do funcionamento e dinâmica da USF em função do sexo do
respondente, da idade e das suas habilitações académicas verificou-se que existe apenas um
efeito significativo da idade.Assim sendo, no geral, os sujeitos da nossa amostra com uma
idade inferior a 45 anos apresentaram um nível de satisfação superior relativamente à
perceção do funcionamento e dinâmica da USFquando comparados com os sujeitos com
idade superior a 45 anos, isto é, os sujeitos com idade inferior a 45 anos estão mais
satisfeitos com o serviço das administrativas, bem como com a limpeza e conforto da USF
(M<45=1.69, DP<45=.47, M≥45= 1.75, DP≥45=.49, F(1,271) = 7.53, p<.05). De uma forma geral,
encontram-se todos satisfeitos com estes serviços (Mtotal=1.73, DPtotal=.479).
A forma como os utentes percecionam o funcionamento do serviço médico é unânime.
Independentemente do sexo (F=.001, p=.974), da idade (F=1.809, p=.180) e das habilitações
académicas (F=1.156, p=.331) os utentes avaliam o serviço médico da mesma forma,
encontrando-se de forma geralsatisfeitos com os serviços médicos (Mtotal=1.52,
DPtotal=.55).
No que refere à perceção do serviço de enfermagem, os utentes consideram-se
satisfeitoscom os serviços dos enfermeiros (Mtotal=1.77, DPtotal=1.25), sendo que há um
maior contentamento por parte da população mais jovem (com menos de 45 anos) do que
a população com idade superior a 45 anos (M<45=1.55, DP<45=.74, M≥45=1.92, DP≥45=1.47,
F(1,285)=3.90, p=.05).
50
Figura 1 Média em cada dimensão (1=Muito Satisfeito, 2=Satisfeito, 3=Insatisfeito, 4=Muito Insatisfeito)
Por último foi realizado uma ANOVA de medidas repetidas para verificar se existem
diferenças a nível da satisfação nas diferentes dimensões. Com isto, verificou-se que os
utentes da USF encontram-se mais satisfeitos com os serviços médicos (M=1.49, DP=.51,
F(2,582)=11.198, p<.001) do que com os serviços de enfermagem(M=1.73, DP=1.21, p<.003)
e com o funcionamento e dinâmica da USF entre estes (M=1.72, DP=.49, p<.001). Mais se
acrescenta que não existem diferenças significativas entre a satisfação relativa aos serviços de
enfermagem e ao funcionamento e dinâmica da USF (p=.998). No entanto, seriam precisos
mais questionários para conseguir comprovar realmente esta questão, uma vez que foi preciso
reduzir a amostra para 292 devido a algumas respostas nulas ou pelos serviços de
enfermagem não serem aplicados a muitos sujeitos, e por isso a dimensão relativa a
enfermagem não corresponde a uma distribuição normal da população em geral (p<.05,
Sk=4.23, Ku=19.6).Apesar disto, os serviços de enfermagem e o funcionamento e dinâmica da
USF devem ser o alvo de intervenção (figura 1).
51
Ainda assim, com o objetivo de fornecer informação mais detalhada analisou-se questão
porquestão e chegamos a conclusão que os serviços da USF devem ter mais atenção ao
tempo que os utentes tem de esperar pelo atendimento de enfermagem e pela consulta,
uma vez que estes itens mostram uma menor satisfação em relação aos outros (figura 2).
Por fim, 95% dos utentes da USF Barrinha indicaram que recomendariam o centro de
saúde a outras pessoas (figura 3).
Fig.2Médias em cada questão (1=Muito Satisfeito, 2=Satisfeito, 3=Insatisfeito, 4=Muito insatisfeito).
52
Votos de continuação de um bom trabalho!
Fig.3 Percentagens relativas à recomendação dos serviços da USF Barrinha