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Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Segunda Vice-Presidência Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos Programa Justiça Comunitária RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA JUSTIÇA COMUNITÁRIA PERÍODO Janeiro-Dezembro/2014 Brasília-DF Dezembro/2014

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Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Segunda Vice-Presidência Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos

Programa Justiça Comunitária

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA

JUSTIÇA COMUNITÁRIA

PERÍODO

Janeiro-Dezembro/2014

Brasília-DF

Dezembro/2014

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Segunda Vice-Presidência Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos

Programa Justiça Comunitária

Programa Justiça Comunitária – Dezembro de 2014 2

Apresentação:

O Programa Justiça Comunitária foi criado em 2000, por iniciativa do Tribunal de

Justiça do Distrito Federal e Territórios - TJDFT, para promover a democratização do acesso à

justiça, restituindo ao cidadão e à comunidade a capacidade de gerir seus próprios conflitos

de maneira participativa, autônoma e pacífica.

O Programa seleciona Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania a partir de uma

avaliação em relação ao compromisso, protagonismo e participação ativa que desenvolvem

em suas comunidades.

Após o processo de seleção, os Agentes Comunitários são submetidos a uma

formação junto ao Núcleo/Escola de Justiça Comunitária, cujo corpo docente é integrado por

uma equipe multidisciplinar composta de bacharel em Direito, psicólogo e assistente social.

Ao longo desse processo, o Agente Comunitário é capacitado para atuar nos 3 eixos do

Programa: 1) a educação para os direitos; 2) a mediação comunitária e; 3) a animação de

redes sociais.

A educação para os direitos tem por objetivo democratizar o acesso à informação

sobre os direitos dos cidadãos, decodificando a complexa linguagem legal, por meio da

produção de materiais didáticos e da reflexão crítica sobre a criação do Direito a partir das

necessidades da comunidade.

A mediação comunitária é uma técnica pacífica de resolução de conflitos pela qual

as pessoas envolvidas têm a oportunidade de refletir sobre o contexto de seus problemas,

de compreender as diferentes perspectivas e, ainda, de construir em comunhão uma

solução que atenda às suas necessidades e que assegure um espaço de solução pautada no

diálogo e no respeito às diferenças.

A animação de redes sociais democratiza a própria gestão da comunidade ao

transformar o conflito em oportunidade de mobilização popular e criação de redes solidárias

para o mapeamento e o reconhecimento não somente das dificuldades, mas dos recursos

que a comunidade pode oferecer.

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Laureada com o Prêmio Innovare do Ministério da Justiça, em 2005, a experiência

do PJC do TJDFT vem sendo utilizada como modelo para a instalação de novos núcleos em

outras unidades da Federação.

Toda a atuação do PJC está fundamentada no protagonismo social, pelo qual os

Agentes Comunitários são preparados a atuar, sob um modelo participativo, horizontal e

democrático, como sujeitos de sua própria transformação social. Trata-se de uma justiça

operada na, para e sobretudo pela comunidade.

Principais destaques de 2014

1- Reunião na Casa Civil da Presidência da República, no mês de junho, com a

presença da juíza Gláucia Falsarella Foley, do Secretário de Reforma do Judiciário, Flávio

Caetano e do Secretário Executivo da Casa Civil, Valdir Moysés Simão, com o objetivo de

apresentar minuta de projeto de Lei para definir um marco legal para a política pública,

conferindo, assim, sustentabilidade ao Programa Justiça Comunitária, em âmbito nacional.

2- Reunião da juíza Gláucia Falsarella com a Secretária Nacional de Assistência Social

do Ministério do Desenvolvimento Social - MDS, Denise Ratmann Arruda Colin e o Secretário

de Reforma do Judiciário, Flávio Caetano, no mês de abril, a fim de apresentar proposta de

parceria entre o Ministério da Justiça, o MDS e o Programa Justiça Comunitária para

assegurar a expansão do Programa em todo o território nacional.

3- A juíza Carla Patrícia Lopes e a equipe do Programa Justiça Comunitária

ministraram, durante a semana de 22 a 26/09, um curso de formação em Mediação

Comunitária para grupo do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - Comarca de Viçosa, cujo

objetivo foi a capacitação dos técnicos para implantação de um Núcleo de Justiça

Comunitária em Viçosa, o primeiro do Estado de Minas Gerais.

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4 - O Programa Justiça Comunitária foi apresentado pela Juíza Gláucia Falsarella no

dia 4/4, em palestra, durante o 65º Encontro do Colégio Permanente de Corregedores-

Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil – ENCOGE, em São Luis do Maranhão.

5 - O Programa foi apresentado pela juíza, Gláucia Falsarella no Congresso Global

Mediation Rio, no grupo de trabalho V - Mediação Comunitária. O evento internacional

aconteceu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – TJRJ, durante os dias 24 a 28 de

novembro e teve como missão propiciar o debate intercultural e transdisciplinar sobre

outras metodologias na resolução de conflitos e uma reflexão crítico-construtiva do acesso à

Justiça e fortalecimento da cidadania, assim como discutir os mecanismos de resolução de

conflitos e fortalecer o sentimento de pertencimento e de identidade constitucional.

6 – Produção de oito vídeos instrucionais de mediação comunitária em parceria com

a Escola Nacional de Mediação e Conciliação e a Universidade de Brasília. Tais vídeos

totalizaram 40 horas de filmagem previstas na parceria. A equipe do PJC roteirizou o total de

22 vídeos, participou de todo o processo de produção e atuação durante as gravações.

7 – Criação e produção de um texto poético em forma de cordel e videoclipe,

versando sobre a situação vivenciada pelos catadores de material reciclável.

8 – Juntamente com a Juíza Gláucia Falsarella, três membros da equipe participaram

de uma capacitação em Questões Raciais, nos dias 13 e 14 de novembro, promovida pelo

EuroSociAL em parceria com a Secretaria de Reforma do Judiciário. Os consultores do

EuroSociAL, Guilherme Nogueira e Ludmila Suaid (servidora do PJC), ministraram o curso e

apresentaram uma cartilha sobre Racismo, frutos da consultoria, a qual recebeu

contribuição para o trabalho de parte da equipe do PJC e dos Agentes Comunitários.

9 – No período de 17 a 20 de novembro a equipe do PJC foi capacitada em

Mediação Familiar pelo professor Juan Carlos Vezulla, por meio da Escola de Administração

Judiciária do TJDFT.

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10 – A convite da Escola Nacional de Mediação e Conciliação a juíza Gláucia

Falsarella Foley coordenou o curso “Fundamentos de Mediação Comunitária”, ministrado à

distância para 1.500 cursistas de todo o país. Vários integrantes do PJC também foram

convidados a compor as equipes de tutores, conteudistas, além da subcoordenação. O curso

contou com cerca de 13.000 inscritos e as aulas foram realizadas nos meses de agosto e

setembro.

11 – A juíza Gláucia Falsarella foi agraciada com a Medalha Nacional de Acesso à

Justiça “Márcio Thomáz Bastos”, concedida pelo Ministério da Justiça, por meio da

Secretaria de Reforma do Judiciário, no dia 18 de dezembro. A condecoração foi entregue

pela relevante contribuição prestada na promoção, ampliação e democratização do acesso à

Justiça no Brasil.

Visitas recebidas

O Programa Justiça Comunitária do TJDFT recebeu, na semana de 10/02 a 14/02, a

visita da Juíza Ana Beatriz Jorge de Carvalho Maia, da Segunda Vara Cível da Comarca de

Imperatriz, Maranhão, para conhecer as atividades do Programa e promover a implantação

em sua cidade. Durante a semana em que a magistrada esteve em Brasília, participou de

todas as atividades do Programa: assistiu a uma sessão de mediação comunitária, conheceu

as atividades de formação da comunidade, participou de discussões de supervisão com os

Agentes Comunitários, conheceu uma das atividades comunitárias desenvolvidas pelo

Programa com a visita à ONG – Pases em Ceilândia. A Juíza foi recebida pelo 2º Vice –

Presidente do TJDFT.

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Reunião na Comunidade – ONG Pases -14/02 – apresentação de teatro para crianças

No dia 19/03, o PJC recebeu a visita da Desembargadora Eva Evangelista, do

Tribunal de Justiça do Acre. O Programa Justiça Comunitária já está implantado em Rio

Branco desde o ano de 2003. O objetivo da visita foi trocar experiências com a equipe de

Brasília e solicitar apoio do PJC para a formação em Mediação Comunitária dos novos

Agentes Comunitários e equipe multidisciplinar, que estão em processo de seleção. A

magistrada foi recebida pelo 2º Vice-Presidente do TJDFT.

No dia 28/04, o PJC recebeu a visita do Consultor do EuroSocial Guilherme

Nogueira, que desenvolveu junto aos Agentes Comunitários e equipe multidisciplinar do PJC

um grupo focal sobre o tema Racismo. O objetivo da atividade foi identificar as boas práticas

de combate ao racismo nos Núcleos de Justiça Comunitária no Brasil, sendo escolhidos os

núcleos de Brasília, Salvador e Rio de Janeiro para participarem. Além disso, foram

levantados os problemas recorrentes ao tema, colhidas sugestões e propostas de

intervenção a partir de campanhas educativas na comunidade. Como resultado, será

elaborada pelo PJC uma esquete educativa sobre o tema racismo.

No dia 05/06, o Programa Justiça Comunitária recebeu a visita de especialistas do

Programa EUROSOCIAL e representantes da Secretaria de Reforma do Judiciário do

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Ministério da Justiça. O objetivo da visita foi conhecer de perto o trabalho realizado pelo

Justiça Comunitária e as possibilidades de agregar este trabalho ao projeto-piloto Casa de

Direitos, implantado pelo Ministério da Justiça na Cidade de Deus no Rio de Janeiro, com

possibilidade de expansão para todo país.

O EUROSOCIAL é um programa de cooperação técnica financiado pela União

Européia, que visa ao aumento da coesão social na América Latina por meio do apoio a

políticas públicas e do fortalecimento das instituições que têm esse mesmo foco. No campo

do acesso à Justiça, o Programa envolve três componentes: Acesso ao Direito, Acesso à

Justiça e Mecanismos Alternativos de Resolução de Conflitos (MARC).

Palestras e cursos ministrados:

1- Os servidores do Programa Justiça Comunitária Daniel Catta Preta, Tarciane

Ramos, Ludmila Suaid e Gisele Ramos ministraram, no dia 29/5, a palestra “Mediação

Comunitária”, na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação – EAPE. O

objetivo do evento foi aprofundar a discussão com os professores da Secretaria de Educação

do DF, atuantes nas turmas de Distorção Idade Série – CDIS e participantes do curso

“Rediscutindo Práticas Pedagógicas”, oferecido pelo Núcleo de Oficinas Pedagógicas da

EAPE.

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2 - O Programa Justiça Comunitária participou do IV Congresso de Ensino, Pesquisa

e Extensão e II Encontro de Iniciação Científica do Curso de Direito do Centro Universitário

IESB, nos dias 30 e 31 de outubro de 2014, nas unidades da Asa Norte e Ceilândia. O

Programa foi apresentado pelos servidores Vera Soares, Thais Andreozzi e Rogério

Gonçalves, bem como pelos Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania Manoel Sousa e

Alexandre.

Os palestrantes relataram a história do Programa e discorreram sobre os seus três

pilares de atuação. Ao final, foram apresentados alguns casos atendidos pelo Programa,

sendo a platéia foi convidada a participar com questões que foram debatidas.

3 - O Programa Justiça Comunitária foi apresentado, por meio de palestra, na Escola

Classe 66 do Sol Nascente em Ceilândia, no dia 16/9. A palestra integrou a "Semana da

Educação de Jovens e Adultos" e contou com a presença de 60 alunos das séries iniciais. A

proposta da escola, durante a semana, foi levar informações e conhecimentos aos

alunos sobre alguns serviços prestados na cidade de Ceilândia, como o Conselho Tutelar, o

CRAS e a Justiça Comunitária. Durante a palestra, três Agentes Comunitários e a supervisora

do Programa dialogaram com os alunos sobre os conflitos vivenciados na comunidade a que

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pertencem; refletiram sobre formas pacíficas de lidar com esses conflitos e sobre a Educação

para os Direitos, a Mediação Comunitária e a Animação de Redes Sociais. Os três pilares do

Programa se inserem nos contextos apresentados com potencial para o fortalecimento das

comunidades, empoderamento e emancipação dos indivíduos e democratização do acesso à

Justiça.

A partir do êxito obtido nessa atividade, a Coordenação Regional de Ensino de

Ceilândia autorizou o Programa Justiça Comunitária a realizar atividade semelhante nas 13

escolas de Educação de Jovens e Adultos de Ceilândia. Destas, o Programa já visitou 4, sendo

que as demais serão contempladas com a atividade no ano de 2015.

4 - O Programa Justiça Comunitária esteve na sede do Programa Jovem de

Expressão, em Ceilândia, no dia 13/10. A divulgação fez parte do processo seletivo de novos

Agentes Comunitários. Os atuais Agentes divulgaram a mediação comunitária e a

experiência de ser um Agente Comunitário de Justiça e Cidadania para os 64 jovens

presentes. Ao final, os jovens foram convidados a participar do processo seletivo.

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Dados Estatísticos 2014

Os três pilares de sustentação do Programa Justiça Comunitária são: a) mediação

comunitária; b) educação para os direitos e; c) animação de redes sociais. O quadro abaixo

ilustra o número de atendimentos em cada uma dessas três atividades:

Atividades

1º Sem 2014 (un.)

2º Sem 2014 (un.)

Total

Mediação de conflitos 33 56 89

Educação para os Direitos - Encaminhamentos a entidades governamentais/ não governamentais

4 8 12

Educação para os Direitos (Projeto Fênix-pessoas atingidas)

24 2.100 2.124

Educação para os Direitos (Projeto Vozes da Paz-pessoas atingidas) 14 - 14

Educação para os Direitos (Núcleo de Formação – pessoas atingidas) 40 100 140

Animação de Redes Sociais (pessoas atingidas) 563 541 1.104

Total 678 2.805 3.483

O processo de mediação engloba três fases: a pré-mediação 1, a pré-mediação 2 e a

sessão de mediação propriamente dita, na qual os participantes se encontram em uma ou

mais oportunidades. Como se trata de uma atividade complexa – envolvendo inúmeros

contatos, diálogos e reflexões sobre o caso - considera-se iniciado e contabilizado o processo

desde a sua primeira fase. Nesse sentido, o número de processos de mediação equivale ao

numero de pré-mediação 1, eis que a ocorrência ou não das próximas etapas depende

exclusivamente da vontade dos participantes. Os quadros a seguir demonstram a

quantidade de atendimentos em mediação que aconteceram no PJC em 2014:

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Tipos de sessões de mediação

1º Sem

2014

(un.)

2º Sem

2014

(un.)

Total

Sessões de pré-mediação 1 33 56 89

Sessões de pré-mediação 2 7 16 23

Sessões conjuntas de mediação 4 7 11

Total 44 79 123

1º Sem 2014

2º Sem 2014

Total Mediações

(un.) % (un.) % (un.) % Mediações com acordo 2 50% 5 71% 7 63%

Mediações sem acordo 2 50% 2 29% 4 37%

Total 4 100,00% 7 100,00% 11 100%

Para o Programa Justiça Comunitária, ainda que não haja acordo, a mediação não

será considerada necessariamente falha. Isso porque o objetivo do Programa é o

aperfeiçoamento da comunicação e da participação da comunidade. A ideia subjacente é a

de que a participação nas mediações comunitárias empodera os protagonistas do conflito e

proporciona meios para administrá-lo pacificamente. Nesse sentido, apesar do objetivo

principal do PJC não ser o acordo, 63% das mediações realizadas foram finalizadas com

acordo.

Na mediação, somente os mediandos são legítimos para saber qual é o melhor

desfecho para o conflito. A liberdade de criar soluções confere aos mediandos a autonomia

de constituir suas próprias alternativas, não somente para enfrentar aquele conflito

específico, como também para lidar melhor nas adversidades futuras.

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A partir do acompanhamento realizado pela equipe do PJC, quando do

encerramento dos atendimentos, observou-se que, em algumas situações, os mediandos

nem mesmo chegam a passar pelas sessões conjuntas de mediação, oportunidade em que as

próprias pessoas, após as sessões de pré-mediação, resolvem as suas questões. Esse fato foi

observado em 3 atendimentos finalizados com acordos obtidos fora da sessão conjunta de

mediação, o que representa 27% do montante de mediações realizadas.

A seguir estão demonstrados os encaminhamentos feitos para a rede social do

Distrito Federal:

Encaminhamentos à rede social/DF (Instituições Destinatárias)

Total

Centro de Ref. em Assistência Social - CRAS 2

Defensoria Pública 5 Delegacias 1 Judiciário 2 Núcleo de Práticas Jurídicas 1 Conselho Tutelar 1 Total 12

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1

2

5

1

2

1

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

1

Encaminhamentos realizados

Conselho TutelarCRASDefensoria PúblicaDelegacia do Consumidor Poder JudiciárioNP Jurídicas

Observamos que a maior demanda por encaminhamentos realizada pelo PJC foi

para a Defensoria Pública, que representou 42%.

O quadro abaixo demonstra o número total de pessoas atendidas pelo Programa

em 2014.

No processo de mediação, esse número equivale à soma do número de solicitantes

que se submeteram a pré-mediação 1 mais o número de solicitados que participaram da

pré-mediação 2. Sendo assim, para efeito de cálculo do número de pessoas atendidas, as

sessões de mediação não são consideradas para que não haja o cômputo em dobro de seus

participantes.

O cálculo do número de pessoas atendidas nas atividades comunitárias leva em

conta a quantidade de pessoas presentes em cada atividade que o Programa realizou na

comunidade.

O número de pessoas atendidas indiretamente é calculado considerando a

capacidade de multiplicação das informações, ou seja, para cada pessoa atendida

diretamente consideramos que haverá uma outra que se beneficiará desta informação.

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Número total de pessoas atendidas pelo PJC

1º Sem 2014 (un.)

2º Sem 2014 (un.)

Total

Animação de Redes Sociais (pessoas atingidas) 563 541 1.104 Pessoas encaminhadas à rede social do DF 7 5 12 Pessoas atendidas no processo de mediação 75 37 112 Educação para os Direitos (Projeto Fênix-pessoas atingidas) 24 2.100 2.124

Educação para os Direitos (Projeto Vozes da Paz-pessoas atingidas) 14 - 14

Educação para os Direitos (Núcleo de Formação – pessoas atingidas) 40 100 140

Total de pessoas atendidas diretamente 723 2.783 3.506

Pessoas atendidas direta e indiretamente 1.446 5.566 7.012

Perfil das demandas do Programa Justiça Comunitária

Atualmente o Programa está instalado na Região Administrativa de Ceilândia, a mais

populosa do Distrito Federal, que conta com uma população urbana estimada, no ano de

2013, em 449.592 habitantes, segundo os dados da Pesquisa Distrital por Amostra de

Domicílios – PDAD 2013, da CODEPLAN-DF.

Dos atendimentos realizados pelo Programa em 2014, 42% das demandas refere-se

ao Direito de Família e 15%, à Moradia.

Das pessoas atendidas, 68% são do sexo feminino, 35% possuem renda familiar

entre 1 a 2 salários mínimos, 29% estão empregados, 21% têm idade entre 25 e 34 anos e

28% tem o ensino primário incompleto, conforme ilustram os gráficos abaixo.

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Programa Justiça Comunitária

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Área Jurídica dos atendimentos

47%

17% 4%3%

1%

15%

4%

4%

3%

Consumidor

Contratos

Criminal

Direitos Humanos

Família

Moradia

Obrigações

Previdenciário

Responsabilidade Civil

Registros Públicos

Diversos

Gênero

68%

32%

FemininoM asculino

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Renda Familiar

27%

35%

13%

3%

19%

até 1 SM

1 a 2 SM

3 a 5 SM

6 a 10 SM

Não respondeu

Ocupação

14%

29%

14%8%

3%

15%

3%

14% Não se aplica

Empregado

Desempregado

Aposentado

Pensionista

Autônomo

Estudante

Outros

25,64

2,56 3,85

20,5117,95

12,82

8,97 7,69

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

1

Idade dos solicitantes

Não se aplica

16 a 18 anos

19 a 24 anos

25 a 34 anos

35 a 44 anos

45 a 54 anos

55 a 64 anos

mais de 65 anos

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Programa Justiça Comunitária

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Grau de escolaridade

15,38

3,85 3,85

28,21

8,97

3,85

1,28

8,97

15,38

7,69

2,56

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

1

Não se aplica

Não alfabetizado

pós-graduação

Primário incompleto

Primário completo

1º grau incompleto

1º grau completo

2º grau incompleto

2º grau completo

3º grau incompleto

3º grau completo

NÚCLEO DE FORMAÇÃO E PESQUISA EM JUSTIÇA COMUNITÁRIA

São atribuições do Núcleo de Formação e Pesquisa em Justiça Comunitária:

Planejar e promover capacitação, treinamento e atualização permanente de

servidores do programa e Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania;

Recrutar, selecionar e capacitar Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania;

Promover ações de capacitação a instituições parceiras e da rede social de

Ceilândia.

As ações do Núcleo de Formação são realizadas em sala de aula própria, localizada

no Programa Justiça Comunitária do fórum de Taguatinga, ou em espaços comunitários,

conforme necessidade específica de cada curso.

Principais atividades de 2014

Curso de Mediação Comunitária de Conflitos

No primeiro semestre foi realizado o curso de mediação comunitária de conflitos.

Esse curso foi ministrado pelos servidores do Núcleo e foram ofertadas trinta vagas para

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Agentes Comunitários, bem como para servidores do GDF e membros de ONG´s de

Ceilândia.

O curso teve duração de 40 horas e foram abordados os seguintes temas: introdução

ao conceito de conflito; meios alternativos de resolução de conflitos (negociação,

arbitragem, conciliação e mediação), panorama geral de mediação comunitária; paradigmas

da mediação; aspectos sociológicos (paradigmas, ideologia, conceito e papel, sujeito e

alteridade); identidade individual e coletiva (construção da identidade, formação de vínculo,

limitações e determinismo no relacionamento, expectativas e ilusório), escuta ativa;

comunicação; fases da mediação (abertura, compreensão); técnicas (perguntas, resumos,

conotação positiva, legitimação); emoções; estratégias para mediação (pausas técnicas,

sessão privada ou individual, co-mediação, pré-mediação); simulação da abertura e

compreensão; tomada de decisões (agenda, criação e avaliação de opções, escolha de

opções, soluções, descrição do acordo); encerramento da mediação; simulação de

mediação; avaliação e fechamento.

Encontros de Formação

Ao longo do ano foram realizados Encontros de Formação entre a equipe de

servidores e a equipe de Agentes Comunitários, com os seguintes objetivos: abordar algum

tema específico relacionado a atuação do PJC; trabalhar questões de relacionamento entre

os membros do PJC; estudar e debater algum tema que esteja sendo discutido e

apresentado na comunidade; entre outros.

Em abril, os participantes do PJC fizeram uma visita à Bienal do Livro de Brasília. Na

ocasião, além de visitar os estandes, os participantes também assistiram a palestras.

Em junho, a visita foi ao Congresso Nacional, a fim de participar do Seminário

Caminhos para Paz, promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos

Deputados, em parceira com a Associação dos Magistrados Brasileiros e a Procuradoria

Federal dos Direitos do Cidadão.

Em outubro e novembro foram realizados encontros de formação na sala do PJC no

fórum de Ceilândia. Esses encontros abordaram os seguintes assuntos: dinâmicas de grupo

para aprimorar o entrosamento e o trabalho em equipe; retomada das atividades após o

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Programa Justiça Comunitária – Dezembro de 2014 19

período de greve do Judiciário; esclarecimentos sobre o fluxograma do PJC (em especial para

os novos Agentes); esclarecimentos de dúvidas em geral e assuntos diversos.

Curso de Justiça Comunitária para servidores da cidade de Viçosa/MG

No segundo semestre de 2014, o PJC foi demandado pela Juíza Adriana Fonseca

Barbosa Mendes, da Comarca de Viçosa/MG, para realizar um curso de mediação

comunitária. A equipe coordenada pela Dra. Adriana iniciará um Programa de Justiça

Comunitária naquela Comarca e, para tanto, contou com a capacitação oferecida pelo PJC do

TJDFT. O curso ofereceu 15 vagas, tendo participado, além da Juíza, servidores do Tribunal

de Justiça de Minas Gerais, da Defensoria Pública, entre outros órgãos da cidade de Viçosa.

Com duração de 40 horas/aula, o curso teve como objetivo capacitar os

participantes do curso nos princípios, técnicas, procedimentos e organização do Programa

Justiça Comunitária. Grupos de trabalho foram criados para elaboração de estratégias de

implantação do PJC em Viçosa – MG; elaboração de plano de ação para implantação do PJC

em Viçosa – MG: cronograma de ações e responsáveis.

A pesquisa de avaliação de reação indicou que o aproveitamento e o nível de

satisfação com os aspectos gerais e com o desempenho dos instrutores foi excelente,

conforme tabelas abaixo.

RUIM REGULAR BOM ÓTIMO Respeito ao horário 3% 18% 37% 42% Meu empenho na realização das atividades propostas 0% 3% 24% 73%

Minha disponibilidade de tempo para o curso 0% 3% 3% 94%

Auto-avaliação

Meu nível de satisfação com o curso 0% 0% 6% 94%

RUIM REGULAR BOM ÓTIMO Carga horária 0% 0% 25% 75% Adequação do horário da aula 0% 0% 27% 73% Adequação dos recursos instrucionais 0% 0% 6% 94%

Aspectos Gerais

Sequência da apresentação dos conteúdos

0% 0% 3% 97%

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Compatibilidade dos objetivos da atividade com as minhas necessidades de treinamento

0% 6% 15% 79%

Pertinência dos conteúdos para o desempenho de minhas atribuições 0% 0% 19% 81%

Qualidade do material didático (apostilas e textos) 0% 0% 13% 87%

Atendimento realizado pela equipe do PJC-DF 0% 0% 3% 97%

RUIM REGULAR BOM ÓTIMO Metodologia utilizada pela instrutor 0% 0% 19% 81% Adequação das estratégias de ensino em relação aos conteúdos abordados (exposições, trabalhos em grupo, simulações, exercícios)

0% 0% 10% 90%

Domínio do instrutor em relação ao conteúdo ensinado 0% 0% 3% 97%

Clareza do instrutor na apresentação dos conteúdos 0% 0% 6% 94%

Incentivo do instrutor à participação dos alunos em sala de aula 0% 0% 6% 94%

Utilização adequada de recursos instrucionais pela instrutora (multimídia, quadro, vídeos)

0% 0% 6% 94%

Disponibilidade do instrutor para o esclarecimento de dúvidas 0% 0% 3% 97%

Respeito ao horário de início da aula pelo instrutor 0% 0% 6% 94%

Desempenho dos

Instrutores

Respeito ao horário de término da aula pelo instrutor 0% 0% 6% 94%

Recrutamento e seleção de Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania (módulo 01 do

processo seletivo)

Neste ano de 2014, o processo de seleção e capacitação de novos Agentes

Comunitários foi dividido em dois módulos. O primeiro módulo teve como objetivo divulgar

o PJC em comunidades específicas da cidade de Ceilândia e com isso recrutar candidatos ao

processo seletivo.

Dessa forma, o módulo 01 foi realizado em 5 cursos para instituições diferentes. Em

cada instituição, o formato e a duração se adequaram para a realidade específica daquele

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público-alvo. Estes cursos foram realizados nas seguintes instituições: Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Ceilândia (Apaed), Pastoral Negra, ONG Jovem de

Expressão, Centro Universitário IESB – campi Ceilândia (alunos do curso de Direito), além de

cidadãos interessados, que participaram do curso oferecido no espaço do PJC no fórum de

Ceilândia e no CREAS – Ceilândia Norte. No total, estima-se que foram alcançadas 190

pessoas.

O curso do módulo 01 teve como objetivo fazer uma introdução à Justiça

Comunitária e seus três pilares de atuação. Foram abordados os seguintes temas:

apresentação inicial e vivência comunitária; apresentação do PJC e dos três pilares; aplicação

dos pilares a casos concretos; e simulação de atividade de divulgação do PJC. Esse módulo

foi realizado em conjuntos pelos servidores do núcleo e por Agentes Comunitários de Justiça

e Cidadania.

Capacitação Inicial de Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania (módulo 02 do

processo seletivo)

Em continuidade ao processo de seleção e capacitação de novos Agentes

Comunitários, foi realizado o módulo 02. Esse módulo tratou da seleção propriamente dita,

pois escolheu, dentre as pessoas alcançadas, aqueles com perfil para atuação comunitária.

Assim, foi realizado o curso de capacitação inicial, em que os participantes receberam o

treinamento necessário para iniciar sua atuação como Agente Comunitário de Justiça e

Cidadania. Realizado em espaço comunitário, no auditório do CREAS de Ceilândia Norte,

contou com o apoio da equipe técnica. Os docentes desse curso foram os próprios Agentes

Comunitários, que tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências e técnicas de

atuação, além de demonstrar e desenvolver a habilidade de comunicação e didática.

Credenciamento de novos Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania

Por fim, em dezembro foi realizada a solenidade de credenciamento dos seis novos

Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania, selecionados e capacitados conforme os

módulos acima descritos. Esses novos agentes atuarão na cidade de Ceilândia em conjunto

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com os demais agentes, promovendo ações de Educação para os Direitos; Animação de

Redes Sociais e Mediação Comunitária de Conflitos.

Participaram da solenidade de credenciamento a Juíza de Direito Gláucia Falsarella,

coordenadora do PJC, o Sr. José Augusto Neves, consultor em formação de equipes e

liderança, além de toda a equipe técnica e de agentes do PJC, bem como membros da

comunidade.

Encontros de supervisão

Todos os atendimentos prestados no PJC são sucedidos de encontros de supervisão.

Esses encontros envolvem reuniões com servidores da equipe técnica e Agentes

Comunitários em formação. Nessa ocasião são discutidos aspectos relacionados às áreas de

conhecimento que se aplicam aos atendimentos do PJC (Psicologia, Serviço Social e Direito),

bem como aspectos relacionados a questões comunitárias. Nesses encontros são definidos

em quais pilares do programa (Educação para os Direitos, Animação de Redes Sociais e

Mediação de Conflitos) cada caso será atendido, bem como são formuladas possíveis

estratégias de ação de acordo com a especificidade de cada atendimento. Os encontros de

supervisão promovem ricas discussões sobre os casos, em que todos os participantes

aprendem e compartilham conhecimentos e experiências.

Capacitação de servidores do PJC: mediações técnicas

No decorrer do ano foram realizadas mediações técnicas repassadas pelo Juizado

Criminal de Taguatinga. Essas mediações são realizadas por servidores em formação em

mediação, mediante co-mediação e supervisão de servidores habilitados e experientes.

Foram realizadas 3 mediações técnicas, totalizando 6 sessões de mediação e envolvendo a

capacitação e aprimoramento de 10 servidores. Todas as sessões são precedidas e sucedidas

de encontros de supervisão, visando a planejar ações bem como avaliar a atuação dos

mediadores.

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1.1 Capacitações realizadas pelo Centro de Formação

Capacitações realizadas pelo Núcleo de Formação e Pesquisa

em Justiça Comunitária 2014

TIPO (Carga Horária) Nº de

atividades

C/H

Total

Curso de Mediação Comunitária (C/h 40) 1 40

Encontros de formação (C/h 4) 4 24

Curso Justiça Comunitária (C/h 40) 1 40

Módulo 01: recrutamento e seleção (C/H 8 em média) 6 44

Módulo 02: seleção e capacitação (C/H 16) 1 16

Encontros de supervisão (C/H 0,40) 110 73

Mediações Técnicas (C/H 4) 6 24

Total 129 261

Avaliação de reação do Curso de Mediação Comunitária.

Aspectos gerais

3% 2%0% 0% 1% 0%

2%0%

26%24%

18%15%

17% 17%

11%

6%

71%74%

82%85%

82% 83%87%

94%

Carga horária Adequação do horárioda aula

Adequação dosrecursos instrucionais

Sequência daapresentação dos

conteúdos

Compatibil idade dosobjetivos da atividade

com as minhasnecessidades de

treinamento

Pertinência dosconteúdos para o

desempenho de minhasatribuições

Qual idade do materialdidático (aposti las e

textos)

Atendimento reali zadopela equipe do PJC-DF

REGULAR

BOM

ÓTIMO

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Desempenho dos instrutores

0% 0% 0% 0% 2% 0% 0% 0% 0%

11% 11%6%

2%7%

5% 3%

9% 11%

89% 89%94%

98%

91%95% 97%

91%89%

Metodologiautili zada pela

instrutor

Adequação dasestratégias de ensino

em relação aosconteúdosabordados

(exposições,trabalhos em grupo,

simulações,

Domínio da instrutorem relação ao

conteúdo ensinado

Clareza da instrutorna apresentação dos

conteúdos

Incentivo dainstrutor à

participação dosalunos em sala de

aula

Util ização adequadade recursos

instrucionais pelainstrutora

(multimídia, quadro,vídeos)

Disponibilidade dainstrutor para o

esclarecimento dedúvidas

Respei to ao horáriode início da aula

pela instrutor

Respeito ao horáriode término da aula

pela instrutor

REGULAR

BOM

ÓTIMO

Projeto Fênix – Reciclando o Futuro com Cidadania

O Projeto Fênix - Reciclando o Futuro com Cidadania tem por objetivo contribuir

para que os catadores de materiais recicláveis do Distrito Federal tenham acesso aos direitos

humanos, sociais e igualdade de oportunidades, sendo reconhecidos como importantes

trabalhadores na área de melhoria do meio ambiente. O Projeto Fênix foi iniciado no ano de

2012, por iniciativa do Programa Justiça Comunitária e da Coordenação de Gestão

Socioambiental do TJDFT.

1. Execução do Projeto

As atividades desenvolvidas são coordenadas de forma compartilhada entre os

representantes das unidades parceiras, que realizam reuniões trimestrais com a finalidade

de avaliar as ações efetivadas no período, adequar prazos e cronogramas, realizar possíveis

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alterações que favoreçam a continuidade das ações, retroalimentar o processo de execução

do projeto.

Entre o final do segundo semestre de 2012 e o início do primeiro semestre de 2013,

foi realizada a Fase de Diagnóstico do Projeto, onde foram realizadas visitas em quatro

cooperativas de catadores com o objetivo de conhecer os problemas e dificuldades

enfrentadas, identificar talentos e recursos, de forma a reconhecer as demandas e levantar

possíveis ações que pudessem contribuir para a construção da paz no ambiente de trabalho.

Posteriormente, ocorreu a Fase de Alinhamento de Metas, com a realização de reuniões

entre os parceiros, e a fase de Construção da Capacitação: o Núcleo de Formação e Pesquisa

em Justiça Comunitária construiu o Plano Instrucional do Curso Introdutório em Justiça

Comunitária, com carga horária de 24 horas/aula, a partir da metodologia e princípios da

Pedagogia da Autonomia e da Pedagogia da Alternância. Esse curso está sendo aplicado aos

membros da Diretoria de Cooperativas de Materiais Recicláveis e cooperados do DF, de

forma presencial, dividido em 3 sábados.

Em 2013, foram realizados três cursos, com a certificação de 69 catadores de

materiais recicláveis do DF. Os cursos ocorreram nos meses de março, abril e novembro nos

seguintes locais: COSE- Estrutural, IESB- Campus Ceilândia e Fórum de Taguatinga,

respectivamente.

Atividades realizadas em 2014

Reuniões periódicas entre os parceiros

Durante o ano, foram realizadas reuniões e contatos por mensagens eletrônicas

entre todos os parceiros para planejamento, monitoramento e avaliação das ações

realizadas.

Realização dos Cursos de Formação em Justiça Comunitária para as Cooperativas de

Catadores de Materiais Recicláveis do DF

A meta para 2014 era a realização de 3 cursos de formação. Entretanto, devido à

inserção do PJC no Programa Agentes de Cidadania Ambiental, foi decidida a participação da

equipe do PJC na formação de 2 turmas para possibilitar tal inserção.

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Os cursos alcançaram seus objetivos e, segundo a avaliação dos catadores,

superaram as expectativas iniciais, pois foram criados espaços de diálogo e debates de

temas importantes para a vida pessoal e profissional deles.

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Realização de sete Cursos em Mediação Comunitária para os Agentes de Cidadania

Ambiental da SEDEST

O Projeto Fênix – Reciclando o Futuro com Cidadania realizou a capacitação de

2.070 catadores do Programa de Agentes de Cidadania Ambiental da SEDEST em Mediação

Comunitária de Conflitos, sensibilizando os presentes aos 7 dias de formação para

aprofundarem seus conhecimentos em turmas regulares do Projeto Fênix.

Ao final dos cursos os catadores avaliaram o quanto é importante a comunicação

não-violenta dentro das cooperativas e a utilização de técnicas de mediação de conflitos

entre os catadores para que a convivência seja mais agradável e pacífica, pois são comuns as

ocorrências de brigas com agressões verbais e físicas entre os catadores.

2. Metas/Resultados

No Acordo de Cooperação assinado entre o presidente do TJDFT e as instituições

parceiras - AJUP, IESB, SEDEST e CENTCOOP , estão definidas as metas do projeto, que

abaixo são apresentadas com seus respectivos resultados:

a. Meta: Contribuir para que os catadores de materiais recicláveis tenham acesso aos

direitos humanos, sociais e igualdade de oportunidades.

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O projeto permitiu viabilizar, por meio dos seus cursos, a informação de como

acessar seus direitos políticos e sociais através de palestras com servidores da

SEDEST, INSS e outros. Nas palestras priorizaram-se informações voltadas aos direitos

sócio-assistenciais, inclusão produtiva e direito previdenciário. Também forneceu a

ampliação do conhecimento de como funciona a cadeia produtiva da reciclagem.

Fórum permanente de discussões entre os catadores, especialmente os catadores

que atuam no “lixão” da Estrutural. Tal fórum foi iniciado, mas não teve

continuidade. No seu início, contou com a coordenação da AJUP.

b. Meta: Promover comunidades fragmentadas em espaços abertos para o

desenvolvimento do diálogo, da autodeterminação, da solidariedade e da paz.

Realização de nove Cursos cuja pedagogia se destaca pela interatividade utilizando-se

da metodologia de Paulo Freire. Participaram no total 2.124 catadores;

A cooperativa Coorace da estrutural solicitou a formação para todos os membros por

entender a importância da formação;

Permitiu nos encontros espaço de diálogo entre redes em conflito, como lideranças

de cooperativas da CENTCOOP e REDE ALTERNATIVA.

c. Meta: Preparar os catadores para lidar com esse novo ambiente, na perspectiva de

que sejam protagonistas na condução de sua participação política e social gerando

empoderamento da categoria.

Apoio das Universidades na consolidação dos Estatutos das Cooperativas para acesso

aos Centros de Triagem;

Apoio das Universidades na organização dos catadores no processo de resistência à

criação das PPPs dos Resíduos Sólidos;

O IESB garantiu a inclusão digital, através de cursos oferecidos no Campus da

Ceilândia Oeste, à diversos filhos de catadores participantes do projeto;

d. Meta: Estimular a comunidade de catadores a experimentar formas alternativas de

resolução de conflitos e a construir a paz social.

Através dos cursos, catadores da estrutural residentes na chácara Santa Luzia, em

mutirão, construíram uma parada de ônibus e exigiram das empresas de transporte o

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reconhecimento do ponto. Hoje tal ponto de ônibus é uma realidade reconhecida na

cidade.

A coordenação do projeto Fênix, integrante do Comitê Intersetorial de Inclusão Sócio

Econômica dos Catadores (CIISC/DF), apresentou em reunião as dificuldades dos

catadores acessarem informações importantes em relação às políticas públicas.

Relatou o ambiente cultural desses trabalhadores, propício à disseminação de

fofocas. Sugeriu que houvesse um espaço favorável à obtenção de informações com

qualidade e atendimento permanente aos catadores. Tal proposta deu origem ao I-

Catador, localizado na entrada do “lixão” da Estrutural, com 2 servidores da SEDEST à

disposição dos catadores em horário de expediente. O I-Catador é um Centro de

Informações aos Catadores.

O curso estimula possibilidades de encontrar alternativas. Como exemplo, catadoras,

ao sentirem-se ameaçadas em sua salubridade, viram a possibilidade, a partir do

projeto, de denunciar ao Ministério Público a presença de lixo hospitalar presente

nos lixões e áreas de descarte do lixo produzido.

Do resultado das reuniões originam-se vários encaminhamentos a partir dos

problemas concretos apresentados, tais como: esclarecimentos de dúvidas quanto às

políticas públicas para catadores, apuração de denúncia de violação de direitos e

encaminhamento para as autoridades competentes;

e. Meta: Favorecer o enfrentamento dos conflitos ocorridos nas cooperativas por

meio de uma política de promoção da democracia e da paz.

Contribuiu na melhoria do diálogo entre SEDEST e Catadores em torno de dúvidas

relacionadas a políticas desenvolvidas pelo órgão público em prol dos catadores;

Fortalecimento da confiança e autoestima dos catadores.

f. Meta: Fomentar a criação de campos de pesquisa nas áreas social, ambiental, de

empreendedorismo, de acesso à Justiça, saúde, educação e saúde mental.

No Campus da UnB/Ceilândia desenvolve-se pesquisa na área do Direito Sanitário,

Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, Saúde do Trabalhador, Gestão do

Trabalho, Economia Solidária, Educação em Saúde e Educação Ambiental. São 8

professores envolvidos e 30 alunos.

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PROJETO VOZES DA PAZ

O Projeto Vozes da Paz surgiu a partir da experiência de atuação do Programa

Justiça Comunitária – PJC. Ele visa a contribuir para a construção de uma cultura de paz por

meio da democratização do espaço escolar, bem como da apresentação da mediação como

forma de resolução de conflitos.

O referido Projeto é uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e

Territórios – TJDFT, por meio do Programa Justiça Comunitária e o Governo do Distrito

Federal – GDF, por intermédio da sua Secretaria de Estado de Educação – SEDF.

O perfil das escolas participantes foi definido da seguinte forma: séries do ensino

fundamental; turnos matutino e vespertino e a localização das escolas na cidade de

Ceilândia.

O Círculo da Paz foi composto por representantes dos segmentos da comunidade

escolar: direção, pais, alunos, professores e funcionários, tendo como objetivo desenvolver

ações voltadas para a promoção da cultura de paz na escola. Para essa composição, ficou

definido o número de 10 (dez) membros participantes por escola, representando os dois

turnos.

A equipe do PJC sensibilizou a comunidade escolar a fim de motivá-los a integrarem

o Círculo da Paz, ministrou o curso de capacitação, bem como acompanhou as atividades

desenvolvidas na escola.

1. Execução do Projeto

Sensibilização

A sensibilização ocorreu nos anos de 2013 e 2014 e foi realizada em todos os

segmentos da comunidade escolar. Ela teve o objetivo de contextualizar a origem do

Projeto, apresentar os seus objetivos, bem como discutir com os participantes a pertinência

da proposta diante da realidade da comunidade escolar. Além disso, proporcionou a reflexão

sobre a importância da participação da comunidade escolar na constituição do Círculo da

Paz e nas atividades a serem realizadas na escola.

Em 2014, a sensibilização teve um novo formato. Ela ocorreu apenas no CEF 20,

escola inserida no Projeto. Participaram da sensibilização diretor, vice-diretor, coordenadora

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e supervisora da escola, que posteriormente realizaram a sensibilização dos demais

segmentos da comunidade escolar por meio de oficinas de divulgação, reuniões e

apresentações de teatro.

Capacitação

O curso de capacitação teve como objetivo formar os membros do Círculo da Paz.

Ao longo do biênio 2013/14 foram ministrados 04 cursos de formação, com carga horária de

16h/aula, nos quais foram capacitadas 41 pessoas, representantes dos diversos segmentos

da escola. O curso fomentou o desenvolvimento de diversas atividades pelos membros do

Círculo da Paz.

2. Atividades desenvolvidas pelos Círculos da Paz em 2014

Os membros do Círculo da Paz desenvolveram várias atividades voltadas para a

construção da cultura de paz, as quais foram elaboradas a partir de reflexões propostas pelo

Círculo da Paz juntamente com a comunidade escolar.

No CEF 35 foram realizadas Assembleias Escolares, cujo objetivo é a

democratização do espaço escolar, propiciando a oportunidade do diálogo, da escuta ativa,

do reconhecimento do outro e da corresponsabilidade dos problemas vividos no ambiente

escolar. Essa atividade aconteceu na forma de rodas de conversa, em cada sala de aula,

sendo o professor conselheiro o responsável em mediar os conflitos apresentados. Houve a

participação de alunos e de professores que, a partir de uma pauta pré-definida, discutiram

temas atuais da escola e possíveis soluções para os conflitos identificados.

Houve também a organização de um grupo de alunos que ficaram conhecidos como

Mensageiros da Paz. O grupo é constituído por representantes de todas as turmas, com a

responsabilidade de divulgar mensagens de paz, bem como de mediar conflitos nas turmas

de maneira pacífica e construtiva, a fim de propiciar formas alternativas para compreensão e

resolução dos conflitos. Essa atividade tem contribuído, segundo relatos dos professores,

para a mudança de postura dos próprios alunos que são mensageiros da paz, demonstrando

o comprometimento com a divulgação da cultura de paz e maior participação nas atividades

escolares.

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Outra novidade foi a elaboração de um painel, intitulado ‘Jornal da Paz’, para

divulgar mensagens de paz, bem como promover a interação entre duas pessoas que não se

conhecem. Nessa proposta, cada pessoa coloca uma das mãos sobre o desenho de uma mão

no painel e, assim, iniciam um diálogo com o intuito de se conhecerem.

Mensageiros da Paz Painel do Jornal da Paz

No CEF 20, o Círculo da Paz iniciou as atividades com uma divulgação do Projeto.

Eles realizaram uma oficina de apresentação do Projeto. Aqui foi trabalhado o vídeo “A

menina do vestido azul”, que trouxe uma reflexão sobre a corresponsabilidade dos alunos

quanto à propagação da paz no ambiente escolar. Além disso, Círculo da Paz simulou um

conflito, por meio do teatro, e realizou um debate sobre formas de lidar com o conflito de

maneira pacífica, sem o uso de violência.

Outro exemplo de atividade foi a criação da Rádio Vozes da Paz. A rádio foi um

espaço estabelecido pelos membros do Círculo da Paz com o objetivo de propagar a cultura

de paz na escola. Com funcionamento semanal, entre os turnos matutino e vespertino, sua

programação contém vinhetas de paz, saudações, mensagens positivas, textos para reflexão,

dedicação de músicas, entrevistas, bem como avisos de assuntos relacionados às atividades

da escola. Os alunos também utilizam a rádio para realizar enquetes sobre diversos temas

propostos pelos próprios alunos, relacionados às atividades escolares que, segundo relatos,

contribuem para o debate e a reflexão de assuntos contemporâneos.

Além disso, são realizados eventos com temas específicos como, por exemplo, festa

brega e Haloween, contando com o engajamento de toda a escola que participa com

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caracterização pessoal e do ambiente, bem como de brincadeiras que contribuem para a

construção de um clima harmonioso em toda a escola.

Outra atividade que contou com o empenho de professores, alunos, direção,

funcionários da escola e comunidade foi o Festival de Música, que se consubstanciava na

proposta de concretização e apresentação das oficinas de música, dança e teatro, oferecidas

pela escola em um dos turnos de aula. O Festival promove o despertar de talentos dos

alunos, bem como traz ex-alunos e pessoas da comunidade que colaboram para a divulgação

da cultura de paz. Ressalta-se que essa atividade, além de mobilizar toda a escola, contribui

para o protagonismo dos alunos, no planejamento e na realização, bem como a união e o

trabalho em equipe, construindo uma dinâmica participativa e também reflexiva sobre

diversos temas, entre eles, a paz.

Com intuito de favorecer a humanização das relações entre os membros da

comunidade escolar foi promovido o Dia do Abraço, visando à integração e ao acolhimento

dos membros da comunidade escolar. Os membros do Círculo da Paz recepcionavam as

pessoas com abraços, promovendo um clima mais harmônico, bem como estimulando a

proximidade entre elas.

O grupo de teatro, que conta com a coordenação de uma ex-aluna, monitora do

teatro, tem buscado junto aos alunos uma forma de levar a cultura de paz para o ambiente

escolar, através de peças teatrais que enfoque o tema. O planejamento escolar tem incluído

as atividades do teatro nas ações que acontecem na escola. Além disso, o teatro tem

participação efetiva nas reuniões do Círculo da Paz, ajustando a parceria e o trabalho em

equipe.

Dentre as atividades desenvolvidas pelo teatro, pode-se destacar a peça teatral

“Dois idiotas sentados num barril de pólvora”. Essa história trabalha as relações entre as

pessoas em conflito, bem como provoca a reflexão sobre as formas construtivas e

destrutivas de lidar com os conflitos.

Outra iniciativa foi uma Roda de Conversa com todos os professores do CEF 20.

Dela participaram os membros do Círculo da Paz juntamente com a equipe do PJC,

debatendo o tema conflito, no que se refere a percepções, compreensões, dúvidas,

questionamentos e ressignificação do conflito no âmbito escolar. Discutiu-se também sobre

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as diversas formas de enfrentamento e novas perspectivas na construção de novas

possibilidades para o tema. Essa atividade favoreceu a apresentação da mediação como

forma de resolução pacífica do conflito, bem como a divulgação e disseminação das

atividades desenvolvidas pelos membros do Círculo da Paz na escola.

Oficina de apresentação do Projeto Rádio Vozes da Paz

Rádio Vozes da Paz: festa brega Rádio Vozes da Paz: Halloween

Festival de Talentos Dia do Abraço

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Peça teatral Roda de conversa com os professores

3 - Resultados alcançados no Projeto

A partir das atividades desenvolvidas, diversos resultados foram alcançados no

tocante à construção da cultura de paz nas escolas. Entre eles, podemos destacar:

integração, coesão social, empoderamento, democratização do espaço escolar, relação de

alteridade, diálogo e mediação de conflitos.

A integração, ocorrida entre os membros do Círculo da Paz e entre estes e a

comunidade escolar, foi um dos resultados identificados nas escolas participantes do

Projeto. Ela contribuiu para a identificação de situações e problemas que puderam ser

discutidos naquele ambiente. As ações, desenvolvidas de forma integrada, propiciaram o

mapeamento de situações problemáticas no espaço escolar, facilitando a identificação das

possíveis causas, e favorecendo o planejamento e a execução de atividades voltadas para a

resolução dos problemas. Entre essas atividades, podemos ressaltar a criação da Rádio Vozes

da Paz, o Festival de Músicas e o Teatro, que contribuíram para uma melhor integração

entre os membros.

Outro resultado obtido foi o empoderamento das pessoas na condução das

questões escolares, entre as quais, os conflitos. Isso ocorreu a partir da atitude de

protagonismo percebida e internalizada pelos membros do Círculo da Paz, principalmente

no tocante às responsabilidades, como partícipes da construção da cultura de paz. Essas

mudanças foram percebidas ao longo do ano, durante as reuniões e as discussões das

atividades desenvolvidas, quando as participações e as propostas apresentadas visavam ao

alcance do bem comum a toda comunidade escolar.

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Como consequência dos fatores anteriores, integração e empoderamento, a coesão

social desenvolveu-se na perspectiva das ações realizadas na escola ao longo do ano. Isso

contribuiu para que as atividades e seus objetivos pudessem ser disseminados na

comunidade escolar, de forma a permitir uma maior inter-relação entre as propostas

pedagógicas e de construção de uma cultura de paz. Assim, foi possível alinhar questões

relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem a questões e temas sociais voltados para

a diminuição da violência no ambiente escolar. No que se refere a esse processo, temas

como comunicação, inclusão, respeito às diferenças, entre outros, foram utilizados na

discussão sobre como enfrentar a violência escolar, em suas diversas formas (verbal, física,

psicológica e material). Essas discussões fortaleceram ainda mais o grupo na busca de

alternativas que promovessem a paz, sendo realizadas nas reuniões dos Círculos da Paz, nas

aulas de Práticas Diversificadas, bem como no teatro, por meio de apresentações sobre as

diferentes formas de lidar com os conflitos.

A relação de alteridade pode ser percebida na iniciativa dos membros do Círculo da

Paz em discutir temas como bullying, cutting e exclusão social. Alunas dos Círculos da Paz

propuseram a reflexão sobre esses temas por identificarem possíveis ocorrências na escola.

Elas perceberam a necessidade do outro, procuraram compreendê-lo, bem como buscaram

construir soluções que atendessem às necessidades de todos.

Esse contexto se desenvolveu a partir do diálogo fomentado no Círculo da Paz. O

diálogo foi o objetivo desses grupos, como também foi a forma encontrada e utilizada por

eles para a consecução dos objetivos pretendidos nas ações escolares. Os Círculos da Paz

perceberam a importância do diálogo, numa perspectiva de democratização do espaço

escolar, ou seja, com o objetivo de dar voz aos diversos segmentos da comunidade escolar.

Por fim, a prática da mediação. A proposta da mediação foi realizada de duas

formas no ambiente escolar. A primeira, pela equipe do PJC, seguindo as etapas de pré-

mediação, discussão e sessão conjunta de mediação. A segunda, pelos próprios membros do

Círculo da Paz, de maneira simplificada, considerando a prática cotidiana das relações

escolares, em que as pré-mediações aconteciam no formato de escutas, propiciadas pelo

diálogo, no intuito de alcançar soluções que atendessem às necessidades dos envolvidos.

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Esse formato considerou o dinamismo das práticas escolares, contemplando as

peculiaridades do ambiente escolar, como as situações de emergência, que, em muitos

casos, não propiciaram tempo hábil para cumprir as etapas propostas pelo PJC, mas que

foram beneficiadas pela forma abordada pela escola, ou seja, pelo acolhimento, escuta e

diálogo proporcionados pelos membros do Círculo da Paz.

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO USUÁRIO

A Pesquisa de Satisfação do Usuário do Programa Justiça Comunitária foi revisada

no segundo semestre do ano corrente e novos instrumentais foram criados. A mudança se

justificou pela necessidade de realizar a pesquisa logo após a sessão de mediação, pela

adequação do período de coleta das informações após a finalização dos atendimentos e por

maior rigor, por parte do pesquisador, na formulação das perguntas realizadas por meio

telefônico.

Os dados a serem apresentados refletem a opinião do usuário nos meses de

outubro e novembro de 2014.

Metodologia

A presente pesquisa é um instrumento que reflete o atendimento realizado pelo

PJC, por meio de seus pilares de atuação, quais sejam: Educação para os Direitos, Animação

de Redes Sociais e Mediação Comunitária de Conflitos.

Após demandar o Programa Justiça Comunitária e passados trinta dias da

finalização de todo o processo de atendimento, o usuário, por meio telefônico, é convidado

a responder três perguntas que indicam os índices de sua satisfação diante das propostas

oferecidas.

A primeira pergunta contida no instrumental aplicado busca a nota índice quanto à

opinião do usuário sobre o Justiça Comunitária. Em uma escala de 1 a 5, onde o número 1

equivale ao termo “péssimo” e o 5 ao termo “ótimo”, o respondente realiza sua escolha. A

segunda pergunta diz respeito ao atendimento de suas necessidades. As opções de

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respostas são: “sim”, “não” e “em parte”. Por fim, questiona-se sobre se recorreria ao PJC

novamente ou se indicaria para alguém, tendo “sim” ou “não” como alternativas.

Destaca-se que no formulário há espaço para sugestões e comentários e que o

instrumental é aplicado respeitando a voluntariedade e disponibilidade do usuário.

Resultados/Discussão

Os resultados apresentados refletem a opinião de 22 (vinte e dois) usuários do

Programa referente aos meses de outubro e novembro. Seguem os gráficos que se

relacionam à “nota dada ao Programa Justiça Comunitária”, “necessidades atendidas” e

“recomendação do PJC à outras pessoas”:

NOTA PARA O PJC:

Nota para o PJC

5%9%

72%

14%

1 e 234 e 5Não respondeu

ANÁLISE: De acordo com a escala de 1 a 5 pontos ( péssimo a ótimo), 72% dos

respondentes avaliaram o Justiça Comunitária como “ótimo” ou “bom”, 9% consideraram

“regular”, 5% avaliaram como “péssimo” e “ruim”. A nota atribuída ao PJC visa a aproximar-

se do conceito, reputação ou imagem que o Justiça Comunitária possui diante de seus

usuários.

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NECESSIDADES ATENDIDAS:

Teve as necessidades atendidas

41%

9%

27%

23%

SimEm parteNãoNão respondeu

ANÁLISE: Com relação à pergunta se as necessidades foram atendidas, as opções de

resposta eram “sim”, “não” e “em parte”. Do total de entrevistados 19% não responderam,

29% consideraram suas necessidades não atendidas, 10% atribuíram “em parte” e 42% dos

usuários entenderam que suas necessidades foram satisfatoriamente atendidas pelo PJC. Ter

as necessidades atendidas pelo PJC significa que os usuários consideraram suas demandas

acolhidas, identificadas e que foram geradas soluções que deixaram os usuários satisfeitos.

RECOMENDAÇÃO DO PJC A OUTRAS PESSOAS

USARIA NOVAMENTE OU INDICARIA O PJC

81%

5%

14%

SimNão Não respondeu

ANÁLISE: Quanto ao item “usaria o PJC novamente ou indicaria para alguém”, 85%

dos usuários responderam “sim’, 5%, “não” e 10% não responderam. Observa-se que fazer

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uso do PJC ou indicá-lo para outras pessoas de sua comunidade está diretamente

relacionado à “nota” ou à satisfação que os usuários tem em relação ao Justiça Comunitária.

1 . PESQUISA DE SATISFAÇÃO DA MEDIAÇÃO

O formulário que avalia a satisfação do usuário sobre a mediação é aplicado pela

equipe que realiza as sessões de mediação, imediatamente após seu término. Referente ao

tema, foram analisadas, precipuamente: se a mediação correspondeu às expectativas; a

atuação do mediador (preparo, habilidades, imparcialidade, cordialidade, a pressão para

alcançar um acordo e outros); perguntas que identificam se o local foi acessível e se o

espaço físico é adequado. Dúvidas, receios, o funcionamento do procedimento da mediação,

a satisfação e recomendação da mesma foram também questionadas. As respostas são

classificadas em uma escala de 1 a 5, onde o número 1 equivale ao termo “péssimo” e o 5 ao

termo “ótimo”, e em “sim” e “não”.

Destaca-se que no formulário há espaço para sugestões e comentários e que o

instrumental é aplicado respeitando a voluntariedade e disponibilidade do usuário.

Os respondentes designaram a opção “ótima” quanto à explicação do método e a

rapidez na marcação da data a ser realizada. Os mediadores receberam boa avaliação nos

quesitos preparo, cordialidade e habilidade. No entanto, divergiram quanto à

imparcialidade. Um respondeu “sim”, ou seja, o mediador foi imparcial e o outro respondeu

“não”. No quesito “facilidade de acesso ao local”, um respondeu “ótimo” e o outro,

“péssimo”. Os participantes sentiram suas dúvidas sanadas, bem como não pressionados a

chegar a um acordo. Ao final, avaliaram a mediação como “boa “ e “ótima”.

Cabe acrescentar que a realização da pesquisa logo após o término da mediação é

uma variável que influencia na recusa dos participantes em respondê-la ou mesmo na

imposição de dificuldades tendo em vista o cansaço em que as pessoas se encontram e os

compromissos adiados. Com isso, há que se vislumbrar uma forma mais eficaz de alcançar

uma adesão maior dos usuários para o preenchimento do formulário.

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CONCLUSÃO

A partir dos dados apresentados na Pesquisa de Satisfação do Usuário, nota-se que

a maioria dos pesquisados demonstrou satisfação e aprovação do Programa Justiça

Comunitária. A percepção dos atendidos, retratada na pesquisa, é a de que o Programa

atendeu positivamente às demandas trazidas, de forma que o PJC mostra-se como útil à

comunidade em que atua e encoraja a divulgação e recidiva de seu uso.

Quanto ao atendimento das necessidades dos usuários, embora positiva a

avaliação, o resultado incentiva a busca de melhorias visando à unanimidade de pontuação

“ótima” em seus escores.

Toda pesquisa é sugestiva de incentivo ao aperfeiçoamento e compreensão dos

aspectos que levaram às respostas para que os procedimentos utilizados possam alcançar o

fim das missões assumidas. Diante do que se apresentou, esta pesquisa espelhou a boa

qualidade dos serviços prestados pelo PJC, expressando aceitação da comunidade quanto ao

Programa e suas propostas oferecidas, desempenhadas habilmente por meio dos seus

pilares de atuação.

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Metas para 2014 a 2016.

META INICIATIVAS ESTRATÉGICAS

DATA DE INICIO

DATA DE TÉRMINO INDICADOR Responsável

pela meta Responsável

por cada etapa Status etapa

Status Meta OBS

Articular com a Secretaria Geral a definição do novo espaço

abr/14 jul/14 NUPECON/2ª

Vice-Presidência

em andamento

1

Garantir espaço

adequado e com condições equivalentes às

atuais (Taguatinga +

Ceilândia).

Aprovar layout do novo espaço abr/14 jul/14

espaço adequado garantido

2ª Vice-Presidência (NUPECON)

Coordenadoras do PJC a iniciar

Confeccionar pesquisa sobre a eficiência e eficácia do Projeto

mar/14 dez/14 SEPG e Justiça Comunitária

em andamento

2 Avaliar o

Projeto Piloto Vozes da Paz

Elaborar relatório final do Projeto

nov/14 dez/14

Relatório produzido

Justiça Comunitária

PJC em andamento

Elaborar o Projeto jan/15 jul/15 a iniciar

Articular a implementação com a Secretaria de Estado de Educação do DF.

jul/15 out/15 a iniciar 3 Implementar o Projeto Vozes

da Paz

Implementar o Projeto out/15 dez/15

Projeto implementado

Justiça Comunitária PJC

a iniciar

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Realizar as capacitações jan/14 nov/14 concluída

capacitadas 9 turmas

4

Manter a capacitação de

três turmas anuais do

Projeto Fênix Realizar as capacitações jan/15 nov/15

Turmas capacitadas PJC/COGESA PJC

a iniciar

Houve acréscimo

do número

de turmas em razão

da capacitaçã

o dos Agentes

de Cidadania Ambiental

5

Implementar, até dezembro

de 2015, a realização

ordinária de dois cursos anuais de mediação

comunitária

Realizar capacitação em mediação comunitária

fev/14 dez/15 turmas capacitadas PJC PJC em

andamento

1 turma capacitada em 2014

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Capacitação equipe de Viçosa set/14 set/14 pessoas

capacitadas concluída 6 alunos formados

Capacitação Agentes Comunitários Cuiabá

mar/15 mar/15 pessoas capacitadas

Planejamento inicial

concluído - execução

em março/15

Capacitação Agentes Comunitários DF

15/nov 29/nov Alunos formados

em Justiça comunitária

concluída 6 alunos capacitados

Curso sobre noções gerais do PJC - Apaed

ago/14 ago/14 pessoas capacitadas concluída

6 pessoas capacitadas

Curso sobre noções gerais do PJC – Pastoral Negra

set/14 setembro/ 2014

pessoas capacitadas concluída

4 pessoas capacitadas

6

Realizar, no mínimo, três capacitações anuais em

Justiça Comunitária

Curso sobre noções gerais do PJC

out/14 out/14 pessoas capacitadas

PJC PJC

concluída

2 pessoas capacitadas

7 Produzir três vídeos

Roteirizar os vídeos jan/15 abril de

2016 vídeos produzidos PJC/ACS PJC/ACS a iniciar

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institucionais: vídeo sobre o

Programa Justiça

Comunitária do DF, vídeo sobre o Projeto Vozes da Paz e vídeo sobre o Projeto

Fênix

Produzir os três vídeos institucionais

jan/15 dez/15

Elaborar instrumental ago/14 dez/14 PJC/NUPECON concluída

8

Implementar a pesquisa de

satisfação do usuário do Programa

Justiça Comunitária

Iniciar a pesquisa ago/14 dez/15

pesquisa implementada PJC

PJC concluída

Reuniões com a Rede do Idoso xxx dez/15 concluída

9

Realizar ao menos uma

reunião mensal de articulação com as Redes de Ceilândia

Reuniões com a Rede Social de Ceilândia

jan/14 dez/15

Reuniões mensais realizadas PJC PJC

concluída

Planejar formato da seleção ago/14 jul/15

Realizar contatos com instituições parceiras

ago/14 jul/15

10

Realizar uma seleção anual

de membros da comunidade de Ceilândia para

manutenção do quadro de Agentes

Realizar divulgação para interessados

ago/14 jul/15

Agentes Comunitários credenciados

PJC PJC em andamento

em andame

nto

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Avaliar candidatos ago/14 jul/15 Comunitários;

Convidar aprovados para formação de Agente Comunitário

ago/14 jul/15

11

Supervisionar os Agentes

Comunitários anualmente

Supervisionar os Agentes Comunitários na realização das três atividades do programa

jan/14 dez/15 Número de atividades

supervisionadas PJC PJC em

andamento

Elaborar roteiro e produção fev/15

junho/2015 12

Produzir duas esquetes de

teatro sobre os temas: racismo

e família Ensaiar os atores jul/15 dez/15

Esquetes produzidas PJC PJC a iniciar

Elaborar conteúdo jan/15 jul/15 PJC

Realizar o projeto gráfico ago/15 dez/15 PJC

13

Produzir uma cartilha sobre

contratos

Imprimir

jan/16 abr/16

Cartilha produzida PJC

Gráfica/TJ

a iniciar

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Adaptar roteiro e produção fev/15 jul/15

14

Produzir uma peça teatral de apresentação do Programa Ensaiar os atores ago/15 abr/16

Peça teatral produzida PJC PJC a iniciar

Mapear toda a rede de atendimento de Ceilândia e conferir os dados

jul/14 dez/14 concluída

Mapear toda a rede de atendimento de Ceilândia e conferir os dados

jan/15 jul/15 a iniciar 15

Atualizar, semestralment

e, o Guia de Encaminhamento do Programa

Mapear toda a rede de atendimento de Ceilândia e conferir os dados

ago/15 dez/15

Guia de encaminhamento

atualizado PJC PJC

a iniciar

Revisão do Regimento Interno

jan/15 jul/15 a iniciar 16

Revisar o Regimento Interno e a Proposta

Pedagógica da Escola

Revisão da Proposta Pedagógica

ago/15 dez/15

Regimento Interno e Proposta

Pedagógica revistos

PJC PJC

a iniciar

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17

Roteirizar 40 horas de vídeos

instrucionais Elaborar roteiros jan/14 jun/14 Roteiros

concluídos PJC PJC concluída

18

Produzir, em parceria com a

ENAM e UnB/TV, 40

horas de vídeo

Produção e filmagem dos vídeos

jun/14 ago/14 Vídeos gravados PJC/ENAM PJC/UnB concluída

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Considerações Finais

O Programa Justiça Comunitária busca, por meio da execução do planejamento e

das metas traçadas, consolidar a sua atuação na comunidade de Ceilândia como um

programa que busca a democratização do acesso à Justiça, a coesão social e a criação de

espaços de diálogo para a resolução dos conflitos existentes.

As parcerias mantidas com a Secretaria de Reforma do Judiciário, Escola Nacional de

Mediação, Governo do Distrito Federal – Secretaria de Educação e Secretaria de

Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, além da Rede Social de Ceilândia, têm se

mostrado importantes para a concretização desses objetivos.

Apesar do êxito dessa experiência, alguns desafios precisam ser superados, entre eles

a permanência dos Agentes Comunitários nos quadros do Programa, tendo em vista que o

exercício da atividade depende da voluntariedade do Agentes. Por todas as limitações de

ordem legal, esse caráter voluntário nem sempre assegura a produtividade e a continuidade

necessárias ao bom desempenho do PJC.

Ademais, a evasão de Agentes que se submeteram ao processo de seleção e

capacitação altera significativamente o quadro inicialmente estimado e, consequentemente,

a execução das metas planejadas.

Embora a atuação do Agente Comunitário seja voluntária, o Programa prevê o

pagamento de um valor relativo a ressarcimento pelos gastos com as atividades

desenvolvidas, despesas essas mantidas por meio de Convênio com o Ministério da Justiça.

Uma das propostas de superação desse desafio, feita à SRJ/MJ, é o pagamento de um

auxílio-capacitação de 50% do salário mínimo, pelo período de 18 meses, mediante o

cumprimento integral dos compromissos assumidos pelo aluno. Para tanto, é indispensável

que haja um marco legal que preveja a natureza do pagamento e as suas condições,

garantindo, assim, mais compromisso e, consequentemente, mais produtividade e qualidade

em sua atuação.

Para a definição do marco legal, com previsão do auxílio-capacitação para os Agentes

Comunitários, o PJC-DF elaborou uma proposta de ato normativo que contempla os

objetivos descritos nessa proposta. A minuta já está na Casa Civil e, em breve, será

encaminhada ao Congresso Nacional.

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Programa Justiça Comunitária

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Gravação dos vídeos

Gravação dos vídeos

Medalha Márcio Thomáz Bastos Visita Dra. Ana Beatriz Carvalho Maia

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Programa Justiça Comunitária

Programa Justiça Comunitária – Dezembro de 2014 51

Capacitação em questões Raciais Capacitação dos Agentes Comunitários

Capacitação para o grupo de Viçosa

Mediação Familiar com Juan Vezzulla Credenciamento Agentes Comunitários