relatório cálculo número biot

Upload: pedro-eymard

Post on 10-Jul-2015

104 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Universidade Federal de Itajub IEM Instituto de Engenharia Mecnica EME 605 Transferncia de Calor I LabTC Laboratrio de Transferncia de Calor

Clculo do Nmero de Biot Resfriamento e Aquecimento

Aluno: Raphael Marinho Lomonaco Neto Curso: EME Turma: P2Professor: Sandro Metrevelle M. de L. Silva

Universidade Federal de Itajub Campus Prof. Jos Rodrigues Seabra Av. BPS 1303, Pinheirinho, Itajub, Minas Gerais, Brasil

Universidade Federal de Itajub IEM Instituto de Engenharia Mecnica EME 605 Transferncia de Calor I LabTC Laboratrio de Transferncia de Calor

Introduo e ObjetivoNo estudo na transferncia de calor, um importante caso a ser focado o da transferncia de calor entre slidos e lquidos, tratados como um slido que sofre uma brusca mudana em seu ambiente trmico e um fluido que provoca essa mudana. Quando resfriamos ou aquecemos algum objeto bruscamente, mergulhando em um banho com temperatura diferente por exemplo, esse objeto aps algum tempo ter a mesma temperatura do referido banho. Para estudarmos o caso citado acima, de transferncia de calor em regime transiente, usaremos o mtodo da Capacitncia Global, sujeito a algumas hipteses para sua validao. A essncia desse mtodo est em considerar que a temperatura do interior do slido uniforme em toda a extenso do regime transiente; em outras palavras, considera-se que os gradientes de temperatura existentes no interior do slido so desprezveis. Esta considerao pode ser feita pois a resistncia trmica de conduo de calor no interior do slido muito pequena se comparada a resistncia trmica a transmisso de calor por conveco entre o slido e suas fronteiras com o meio. Para tanto, maiores consideraes e clculos podero ser encontrados abaixo, de modo a descrever as condies de aplicao, assim como o procedimento adotado. Nesta prtica ser observado o aquecimento e resfriamento de quatro amostras metlicas, duas esferas e duas placas planas. No processo de aquecimento ser utilizado um banho termosttico, enquanto o processo de resfriamento se dar pela exposio das amostras em um banho sem circulao. A cada amostra, foi associado um termopar, de modo a avaliar as diferenas de temperatura imprimidas em cada situao. Portanto, neste trabalho os objetivos, de modo geral, so: Estudar e aperfeioar o estudo do processo introduzido acima, por meio do clculo do nmero de Biot, Obter constantes de tempo relacionadas a cada amostra e a cada banho, assim como os propriamente ditos valores de h e do nmero de Biot, Analisar o processo utilizado e as dificuldades encontradas ao longo do experimento.

Universidade Federal de Itajub Campus Prof. Jos Rodrigues Seabra Av. BPS 1303, Pinheirinho, Itajub, Minas Gerais, Brasil

Universidade Federal de Itajub IEM Instituto de Engenharia Mecnica EME 605 Transferncia de Calor I LabTC Laboratrio de Transferncia de Calor

Teoria AplicadaNeste caso apresentado, ao desprezar os gradientes de temperatura no interior do slido, no podemos mais considerar o problema enquadrando na transferncia de calor. Em vez disso, a resposta transiente da temperatura determinada pela formulao de um balano global de energia no solido. Esse balano deve relacionar a taxa de perda de calor na superfcie com a taxa de variao da energia interna. Fazendo o balano de energia sobre o corpo slido temos:

Onde a taxa de calor perdido na superfcie e a taxa de variao da energia interna. Sabendo que ocorre apenas transferncia de calor por conveco entre o slido e o meio, e que no h gerao de calor nem alterao da massa do corpo, temos:

Utilizando as condies de contorno iniciais, t = 0 T = Ti, e sendo:

uma grandeza de tempo mais adiante discutida, lembrando ainda que para slidos e lquidos Cp Cv, integrando a equao resultante acima, vem:

Na qual podemos definir: A constante de tempo cima citada pode ainda ser escrita como: onde Rt a resistncia de calor por conveco e Ct a capacitncia global. Podemos ainda notar que:

,, ou

, onde

seja a inclinao de uma reta, obtida por . Esta inclinao ser medida abaixo, nos grficos de resfriamento e aquecimento das quatro amostras.

Universidade Federal de Itajub Campus Prof. Jos Rodrigues Seabra Av. BPS 1303, Pinheirinho, Itajub, Minas Gerais, Brasil

Universidade Federal de Itajub IEM Instituto de Engenharia Mecnica EME 605 Transferncia de Calor I LabTC Laboratrio de Transferncia de Calor

Percebemos que a variao da temperatura se d de uma forma exponencial com o tempo e a forma da curva determinada pelo valor do expoente , que -1 tem unidade [s ]. Quanto maior for a razo , mais inclinadas sero as curvas, e qualquer diminuio na constante de tempo trmica () far com que o slido responda mais rapidamente variao da temperatura ambiente. Para desenvolver um critrio adequado, considere conduo em regime estacionrio atravs de uma parede plana A. Uma superfcie (1) mantida a uma temperatura Ts,1 e a outra superfcie (2) encontra-se exposta a um fluido T < Ts,1, de forma que o valor da sua temperatura seja T < Ts,2 < Ts,1. Assim em regime estacionrio, o balano de energia da superfcie fica:

Rearranjando a equao acima:

Onde L definido como comprimento caracterstico, sendo a razo do volume pela rea superficial da amostra estudada. Alguns comprimentos caractersticos podem ser encontrados na literatura, e na figura abaixo, sero expostos alguns exemplos:

Figura 1 Comprimentos Caractersticos de algumas geometrias

De uma forma geral, quando a condio abaixo for satisfeita pode-se aplicar o mtodo com preciso adequada:

Universidade Federal de Itajub Campus Prof. Jos Rodrigues Seabra Av. BPS 1303, Pinheirinho, Itajub, Minas Gerais, Brasil

Universidade Federal de Itajub IEM Instituto de Engenharia Mecnica EME 605 Transferncia de Calor I LabTC Laboratrio de Transferncia de Calor

Desta forma, se Bi