relatório anual · cada um de nós, realmente alinhados com ela, ... *consideramos área natural...

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Relatório Anual

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1

RelatórioAnual

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO

ANÁLISE DO ANO

FINANCEIRO

PERFIL DA INSTITUIÇÃO

03

Origem dos recursos 24

Resumo financeiro 25

Fundo Social 26

Equipe 28

Conselhos e Associados 30

Parceiros 31

Base de Dados aberta no

combate ao desmatamento 13

Cenário moderado nas certificações 14

Participação decisiva na COP-23 16

Ações múltiplas para a

conservação da Amazônia 17

Agricultura familiar em alta 19

Por uma gestão mais integrada 20

Imaflora na Mídia 21

Gestão do Conhecimento 22

3

2017 começou com decisões difíceis a se-

rem tomadas.  Em 22 de janeiro estávamos numa

sala no alto de uma torre de Manhattan, em Nova

York, junto ao comitê executivo da Sustainable Agri-

culture Network (SAN) e alguns membros do con-

selho da Rainforest Alliance (RA) – nossa tradicional

maior parceira internacional – para tomarmos a de-

cisão da participação ou não da SAN na fusão da RA

com a UTZ (sistema de certificação para café, cacau

e chá), que iria se concretizar alguns meses depois.

Ao resolver pela não participação nessa grande mu-

dança de rumo, iniciamos, como um efeito dominó,

uma série de outras grandes transformações que

trariam enorme impacto para o Imaflora e sua atua-

ção no mundo da certificação.

Um dos desdobramentos foi a resolução

da SAN de transferir a propriedade intelectual do

seu sistema de certificação à nova RA. Com isso,

deixou de usar essa ferramenta para – bebendo da

experiência de mais de vinte anos na construção e

aperfeiçoamento de um dos melhores sistemas de

certificação para sustentabilidade na agricultura

do mundo – produzir um novo modelo de trabalho

mantendo os princípios e valores que nortearam

sua fundação. O Imaflora teve participação direta

e fundamental nesse processo e, enquanto contri-

buía com a SAN na sua reinvenção, internamente se

APRESENTAÇÃO

modificava também para encarar este novo cenário

da nossa grande ferramenta de atuação. Um cenário

não só turbulento pelos rearranjos de suas institui-

ções de comando, mas também pelos cada vez mais

constantes questionamentos de partes interessadas

aos limites da certificação em entregar verdadeiros

impactos nos grandes temas que envolvem os seto-

res florestal e agrícola: desmatamento zero, impac-

to em escala, soluções definitivas para conflitos por

propriedade e uso da terra e inclusão de produtores

familiares e comunidades tradicionais nos benefí-

cios da certificação. Estes são temas cada vez mais

questionados e os resultados da Assembleia Geral

do FSC® - Forest Stewardship Council® (Conselho de

Manejo Florestal) no Canadá ocorrida em Vancouver

mostraram mais uma vez que as respostas a tais in-

dagações ainda não chegaram.

Enquanto na área de certificação agríco-

la administrávamos as diversas revoluções e seus

impactos aos produtores – implementação de uma

nova versão dos padrões de certificação ao mesmo

tempo em que a RA e a UTZ anunciavam a fusão e

com ela uma nova mudança dos mesmos padrões

na área de certificação florestal – finalmente toma-

mos a decisão de iniciar nossa acreditação direta-

mente ao FSC para o escopo de atuação no Brasil.

Este fato provocou no Imaflora um esforço enorme

da equipe para se organizar e atingir o nível de exi-

gência do FSC para a acreditação. Diante do enor-

me desafio – seremos a primeira ONG do hemisfério

Sul a ser acreditada – o time do Imaflora provou no-

vamente seu valor e uma incrível capacidade de su-

peração e de conquista, mostrando que o caminho

para essas conquistas sempre é aliar o propósito de

cada um com o propósito maior da instituição. Nos-

sa missão é nossa estrela guia e quando estamos,

cada um de nós, realmente alinhados com ela, con-

seguimos o impensável. As parcerias também fo-

ram muito importantes. Em 2017, destacamos o for-

talecimento da relação com a Nepcon já parceira do

Imaflora na SAN e se aproximou ainda mais de nós

trazendo um novo e revolucionário olhar de gestão

dos processos de certificação, com muita tecnologia

e eficiência de entrega de resultados aos clientes.

O ano das grandes resoluções!

4

As revoluções de 2017, entretanto, não pa-

raram nas áreas de certificação e projetos. Seguindo

o plano estratégico trianual  iniciado nesse mesmo

ano, a Secretaria Executiva do Imaflora colocou um

enorme foco no Objetivo 6, o último dos nossos

objetivos estratégicos, mas não menos importante,

que trata do fortalecimento institucional. Pusemos

muita energia na reestruturação e impulsionamen-

to das áreas que alicerçam o Imaflora, que fazem

com que seja possível executar todas as metas téc-

nicas e executivas dos outros cinco ousados objeti-

vos. Comunicação, Administração e Finanças, TI e

Geoprocessamento, Qualidade, Temas Sociais e o

Conectando Saberes tiveram neste ano um desen-

volvimento proporcional ao investimento que fize-

mos. Isso é apenas o começo de um processo que

deve demandar investimento por mais alguns anos.

Enquanto nos desdobrávamos em traçar novos tri-

lhos à ferramenta da certificação continuamos for-

talecendo a presença do Imaflora nos territórios,

por meio dos projetos aplicados. O Origens Brasil®,

após ser lançado em 2016, ganhou robustez e repu-

tação em 2017, como uma iniciativa que usa o co-

nhecimento acumulado do Imaflora em certificação

para, num modelo totalmente diferente, inovador e

incrivelmente inteligente, criar conexão entre as co-

munidades tradicionais em áreas protegidas, com

as empresas compradoras e, por fim, com o público

consumidor. Diante da dimensão que nosso trabalho

alcançou no noroeste do Pará, fincamos o pé e estru-

turamos nosso escritório em Alter do Chão na beira

da praia do rio Tapajós, dando à aguerrida equipe

local uma casa com o suporte necessário à cada vez

mais intensa atuação do Imaflora na região.

Por todo o Brasil tocamos nossos projetos

“pé no chão” com cacau (São Félix do Xingu), açaí

(Bailique), café (Cerrado Mineiro), cana de açúcar

(estado de São Paulo), pecuária (Vale do Araguaia

– Mato Grosso), produção agrícola familiar, castanha,

copaíba e cumaru (Calha Norte paraense) guaraná

(Amazonas), Lideranças da Floresta (Acre), entre

tantos outros. Promovemos a aplicação de boas

práticas de manejo, avaliamos ou verificamos a im-

plementação de acordos multisetoriais em campo,

associados aos estudos e pesquisas – como os fe-

nomenais estudos sobre emissões de GEE evitadas

em áreas agrícolas bem manejadas produzidos pela

área de Clima e Cadeias Agropecuárias. Todas essas

ações fizeram com que o ano de 2017 provasse ao

Imaflora que apostar na agenda positiva, mesmo

diante do cenário político tão adverso no Brasil, ain-

da vale a pena.

Laura de Santis PradaSecretária Executiva do Imaflora.

Afinal, como costuma dizer nosso grande

parceiro e amigo Rubens Gomes, o Rubão: ”Só exis-

te o que se faz”. Portanto, para continuar existindo

a esperança de que um dia viveremos num Brasil de

mais florestas e mais agricultura regenerativa, preci-

samos pisar no território e continuar a fazer, a fazer

e a fazer, incansavelmente, hoje e sempre.

5

Nossaequipe 73Área com ações

do Imaflora

CertificaçãoFlorestal

CertificaçãoAgrícola

Projetos

COLABORADORES

117,5 milbeneficiadosentre trabalhadores

rurais, florestais epessoas atendidas

pelos projetos

70parceiros

empresas e produtores dosetor florestal, agropecuárioe de carbono

Para alcançar nossamissão, trabalhamosdiretamente com:

1.258

auditores externosconsultores

49

BIO

MA

S

AmazôniaCaatingaCerrado

Mata AtlânticaPampa

masculino

38feminino

35

Carbono

ATUA

ÇÃO

DO

IMA

FLO

RA

MILHÕES Ha76,9

Acesse o mapainterativo no site:

www.imaflora.org

6

TrabalhadoresFlorestaisBeneficiados

*Área natural conservada*Consideramos área natural conservada,todo o manejo de floresta natural acrescidoda área destinada a conservação nasplantações florestais.

2,4 milhõeshectares

COMFLONACooperativa Mista

Flona Tapajos

ARIMUMCooperativa Mista

Agroextrativista Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Associação das ComunidadesTradicionais do Bailique

Associação Soenama do PovoIndígena Paiter Suruí

90.000Cadeias de Custódia218

Naturais

Plantações

Cadeia deCustódiaProjetosde Carbono

3,6

milh

ões

ha

3,9

milh

ões

ha

Certificados FSCpelo Imaflorano Brasil

2015

2016

4,1

milh

ões

ha20

17

Cooperativas e associações comunitáriasCertificadas FSC

CERT

IFIC

AÇÃO

FLO

REST

ALAcesse o mapa

interativo no site:www.imaflora.org

74%FLORESTASPLANTADAS

26%FLORESTASNATIVAS

O Imaflora oferece os serviçosde certificação FSC® em parceria

com a Rainforest Alliance.

7

4712

Plantações FSC no Brasil

Área totalpara concessãoflorestal no Brasil

Área de concessãoflorestal FSC no Brasilpelo Imaflora

Florestas nativas no Brasil

Certificadospelo Imaflora

Área de pequenosprodutores florestais

(374 proprietários)

Florestas FSCCertificadaspelo Imaflora

Empreendimentoscertificados

ManejoNaturais

ManejoPlantações

MILHÕES Ha

MILHÕES Ha

MIL Ha

MIL Ha

5,5

MILHÕES Ha

1,5

MILHÃOHa1,1

MILHÃOHa

3,1

227,9177

ManejoComunitário

8

18 Proj

etos

3 Bio

mas

6Projetos em UCs

AmazônicoCerradoMata Atlântica

Projetos de Carbono validados e verificados no Brasil pelo Imaflora Redução de emissões de GEEs

atingida pelos projetos verificadospelo Imaflora

Desmatamento evitado pelos projetos verificados pelo Imaflora

16MILHÕEStCO2e

Desmatamento evitado

Biodiversidade associada

Espéciesprotegidas

Famíliasbeneficiadas

Reflorestados

Evitadas e/ou removidas

MIL Ha

29,2

2.368 370

MIL Ha

1,1

710,9MIL Ha

9

Área Certificada

pelo Imaflora

As propriedades certificadas destinamem média 30% da área à conservaçãoda vegetação nativa.

Área Conservada

Distribuição daárea certificada

pelo Imaflora

882 Produtores ruraiscertificados

Acesse o mapainterativo no site:

www.imaflora.org

CERT

IFIC

AÇÃO

AGRO

PECU

ÁR

IA

9%13

%

47%

25%

1%5%

CHÁ

PECU

ÁR

IA

CAFÉ

CITR

OS

CACA

UFRU

TAS

MIL Ha

MIL Ha

MIL Ha

MIL Ha

2015

2016

2017

229,6

275,6

336,3

CERTIFICAÇÃONA ARGENTINA

10

MILHÕES Ha

MILHÕES Ha

Distribuiçãoda área global

certificada pelaRainforest

Alliance

Pelo Imaflora No mundo

180 CertificadosAgrícolas

CertificadosAgrícolas

CertificadosAgrícolas

13Cadeias decustódia

Fazendasindividuais

Grupos totalizando

831 produtores

3,4

2,22.122Certificados

PAÍS

ES

Área cultivada

80

51

49 36.934Trabalhadores rurais

BENEFICIADOS

11

Pessoas diretamenteenvolvidas e beneficiadas

2.334MILHÕES Ha

Área em unidadesde conservaçãoda natureza eterras indígenas

ÁREA

SPR

OTE

GID

AS

Unidades deConservação15

TerritóriosQuilombolas

Terrasindígenas14

Municípios31

35,532ÁREAS

PROTEGIDAS

Legenda

Áreas Protegidas Onde Atuamos em 2017

Demais Áreas Protegidas

AN

ÁLI

SE

DO

AN

O

13

Disseminar práticas sustentáveis de pro-

dução florestal e agrícola é um dos caminhos para

combater e reduzir atividades ilícitas em regiões de

vegetação nativa como a Amazônia. O comércio de

madeira ilegal, entretanto, é um obstáculo àqueles

que se empenham em operar com formas corretas

de manejo. O Imaflora – que prossegue perseguindo

a meta do desmatamento zero – reconhece que ain-

da é necessário incrementar muito as boas práticas

e melhorar as condições de trabalho e produção no

campo, mas acredita que, por outro lado, é impres-

cindível coibir as ações predatórias.

Enfrentar as questões cruciais do sécu-

lo 21 – como as que envolvem a proteção ao meio

ambiente – exige a união de esforços em todas as

esferas da sociedade. Para alcançar objetivos como

o desmatamento zero, o Imaflora tem atuado junto a

empresas, ONGs, governos, produtores, povos tradi-

cionais e universidades. Uma das ações do instituto

nessa direção foi juntar-se à Coalizão Brasil Clima,

Florestas e Agricultura, onde liderou o Grupo de

Trabalho de Economia da Floresta Tropical. “Cons-

truímos uma pauta de trabalho específica para o

combate à madeira ilegal. Em conjunto com o poder

público e órgãos governamentais queremos aper-

feiçoar os processos de fiscalização e controle das

transações madeireiras e frear as atividades ilegais

no mercado florestal”, diz Leonardo Sobral, gerente

de certificação florestal do Imaflora.

Lançar mão da tecnologia para a dissemi-

nação e compartilhamento de informações é uma

saída para garantir resultados. Dessa premissa nas-

ceu o Timberflow, uma ferramenta digital criada e

lançada pelo Imaflora. A plataforma permite o fácil

acesso a uma base de dados sobre a produção e

movimentação de madeira nativa. Com o Timber-

flow também é possível conectar-se a dados oficiais,

como o Documento de Origem Florestal (DOF).

Encorajar o engajamento empresarial na

luta contra a ilegalidade no campo é outra frente

de atuação importante. “No setor agrícola, tivemos

progresso com novas práticas trabalhistas justas em

empresas produtoras de laranja. Permanece ainda o

desafio da adoção completa da contratação de tra-

balhadores migrantes na origem, com a responsabi-

lidade pelos custos de viagem e alojamento”, revela

a socióloga do Imaflora, Heidi Buzato. Já no final de

2017 o Imaflora participou da criação de um pacto

entre grandes empresas e ONGs dos setores flores-

tal e agrícola pelo desmatamento zero no bioma

Cerrado. Embora ainda haja muitas incertezas sobre

como esse compromisso será firmado, existe a con-

fiança de que foi um grande passo conquistado rapi-

damente, depois de apenas um ano de negociações.

Em paralelo, tem avançado o conhecimen-

to sobre acordos voltados para o aumento da trans-

parência, a luta contra a corrupção, o incentivo à

participação social e ao desenvolvimento de novas

tecnologias que tornem os governos mais responsá-

veis por suas ações nos temas florestais, agrícolas

e climáticos. Proposta pioneira no país, o Imaflora

capacitou 200 líderes do setor agroflorestal em tor-

no desses temas por meio do curso Governo Aberto

para Lideranças em Clima, Floresta e Agricultura.

Para estimular o uso racional da terra o

instituto produziu também o Atlas da Agropecuá-

ria Brasileira, em parceria com o GeoLab da Escola

Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da USP.

A plataforma reúne dados georreferenciados da

malha fundiária no país, em todo o território na-

cional. No âmbito de São Paulo o Imaflora integra

o Observatório do Código Florestal e participa da

campanha #MaisFlorestaPRASaoPaulo que luta pela

implementação do Código Florestal no estado, com

foco no Plano de Recuperação Ambiental (PRA).

Em 2017 foram completados cinco anos da aprova-

ção do Código e do PRA. No entanto há ainda muito

por fazer para a sua concretização.

BASE DE DADOS ABERTA NO COMBATE

AO DESMATAMENTO

REDUZIR SIGNIFICATIVAMENTE ATIVIDADES ILEGAIS E PREDATÓRIAS NOS SETORES FLORESTAL E AGRÍCOLA.

OBJETIVOESTRATÉGICO

01

Com a criação de novas ferramentas de acesso a informação o Imaflora contribui para rastrear e conter o avanço da atividade agroflorestal ilegal.

14

O Imaflora busca incentivar a produção

florestal e agropecuária que respeite os recursos

naturais e os direitos dos trabalhadores e das co-

munidades do entorno. O Instituto acredita que a

certificação socioambiental pode ser instrumento

para isso, uma vez que contribui com os empreen-

dedores que aspiram se diferenciar nos mercados

onde atuam, com as florestas tropicais que se man-

têm conservadas e com os trabalhadores que têm

a oportunidade de garantir qualidade de vida para

suas famílias.

O setor florestal brasileiro apresenta dois

grandes cenários: o manejo de florestas nativas na

Amazônia e as plantações florestais. O Brasil tem

quase oito milhões de hectares de áreas de produ-

ção florestal e cerca de 70% já estão certificadas.

Quase todas as grandes empresas de plantações

florestais estão certificadas, além de boa parte das

médias. O interesse entre os pequenos produtores

aumentou no último ano. Cada vez mais produtores

independentes – que não estão ligados a grandes

empresas – procuram a certificação e ajustam seus

métodos de trabalho para alcançar um mercado

emergente que atribui valor a produtos oriundos de

práticas que respeitam a sociobiodiversidade.

Há necessidade ainda de um trabalho in-

tenso do Imaflora no âmbito das certificações de

florestas naturais para integrar produção com con-

servação. Atualmente o foco do instituto está nas

concessões, onde os governos disponibilizam às

empresas interessadas o direito de manejar susten-

tavelmente florestas naturais de domínio público. As

concessões, entretanto, passam por dificuldades de

implantação. Não houve avanços significativos em

certificação de empresas que atuam nessas áreas

de floresta na Amazônia. Por outro lado, um grande

número de comunidades tradicionais se mostram

dispostas a certificar suas produções madeireiras e

não-madeireiras, como a do açaí e do babaçu.

O líder do setor de Florestas do WWF Bra-

sil, Marco Lentini, considera que 2017 não foi um ano

bom para as certificações florestais embora, em sua

opinião, não tenha havido retrocessos. “Na área de

florestas plantadas o FSC continua sendo um ins-

trumento fundamental para impulsionar o mercado

de papel e celulose, mas na área de florestas nativas

a quantidade de certificações permanece pequena”,

diz Lentini. Para ele o setor espera por um impulso

na quantidade de certificações florestais empresa-

riais e comunitárias, que não vem: “A sociedade pre-

cisa engajar-se mais. É preciso criar um programa

bem-sucedido para multiplicar os casos de manejo

florestal em larga escala, especialmente no caso de

florestas nativas”, opina.

Na agricultura, 2017 trouxe notícias inte-

ressantes – de acordo com Luis Fernando Guedes

Pinto, gerente de Certificação Agrícola do Imaflo-

ra como o crescimento de 20% das áreas certifi-

cadas pelo instituto. Outra novidade é o aumento

do número de certificações na produção de frutas,

especialmente a laranja, em ecossistemas de Mata

Atlântica em transição com o Cerrado, nos estados

de São Paulo e de Minas Gerais. “A principal conse-

AMPLIAR SIGNIFICATIVAMENTE A QUANTIDADE E ÁREA DE EMPREENDIMENTOS

FLORESTAIS EAGRÍCOLAS QUE ADOTAM

PRÁTICAS E CERTIFICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS.

OBJETIVOESTRATÉGICO

02

CENÁRIO MODERADO NAS

CERTIFICAÇÕES

A certificação agrícola mostrou avanço e chegou à Caatinga. A florestal apresenta sucesso em plantações e a necessidade de alcançar escala no manejo de naturais.

15

quência é o enorme impacto social positivo com o

crescente número de trabalhadores e trabalhadoras

em condições dignas no campo”, reconhece Gue-

des. Outra repercussão satisfatória do trabalho do

Imaflora com a certificação da laranja é o maior con-

trole do uso de agrotóxicos, prática intensa e nociva

nesse tipo de cultura.

Quem também está vendo com bons olhos

o panorama da certificação agrícola no país é Ede-

gar Rosa, coordenador do Programa de Agricultu-

ra e Alimentos do WWF Brasil. Ele confirma que as

certificações no setor continuaram crescendo e se

desenvolvendo em termos de boas práticas, espe-

cialmente quanto à soja e à cana-de-açúcar. “Em

linhas gerais, novas metodologias de trabalho com-

plementares à certificação agrícola são cada vez

mais discutidas em termos de outros enfoques ju-

risdicionais, a visão mais integrada da paisagem en-

tre outras alternativas de produção. Tudo isso aca-

ba repercutindo em um ambiente interessante que

fortalece a sustentabilidade na agricultura”, acredita

Edegar Rosa. Os efeitos desses novos ares chega-

ram à Caatinga. Em 2017 o Imaflora levou pela pri-

meira vez a certificação agrícola a esse bioma, um

dos mais castigados pela ação humana. “Estamos

certificando frutas em pleno semiárido nas regiões

do Vale do São Francisco e também no estado do

Rio Grande do Norte”, anima-se Luis Fernando Gue-

des Pinto. Já na pecuária não houve nenhum novo

caso de certificação no país. Nesse campo, as cer-

tificações estão aquém do imaginado e mostra a

fragilidade e limitação do mercado por mudanças

positivas no setor. Temos um conjunto de fazendas

produtoras promovendo transformações ambientais

e sociais importantes, mostrando que a certificação

é viável. A escala, contudo, é ainda pequena e espe-

ra-se algo muito maior. Ao contrário de outras com-

modities, grande parte da produção fica no Brasil

enquanto o suco de laranja, o café e as frutas atin-

gem o mercado internacional, mais exigente.

16

PROMOVER ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO NO BRASIL.

OBJETIVOESTRATÉGICO

03

As mudanças climáticas causadas pela ação

humana estão no centro das preocupações de todos

os países neste século. No Brasil, cerca de um quinto

(22%) das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)

é proveniente das atividades agropecuárias, segundo

análise do Imaflora elaborada para o Sistema de Esti-

mativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg).

O país tem avançado no diálogo sobre agricultura de

baixo carbono, mas é preciso evoluir na implementação

em larga escala de atividades desse tipo.

O Imaflora segue promovendo ações de in-

centivo à produção sustentável no campo que contri-

buam com a redução das emissões. Em 2017 o insti-

tuto encabeçou o Grupo de Trabalho pela Agricultura

de Baixo Carbono (GT-ABC) do Fórum Brasileiro de

Mudanças Climáticas (FBMC). O GT-ABC entregou

ao presidente da República propostas de medidas

para a execução da Contribuição Nacionalmente De-

terminada (NDC), o documento governamental que

registra os principais compromissos e contribuições

do Brasil para o Acordo de Paris. “O Fórum foi recen-

temente reativado pelo presidente da república. Seu

papel é ser um espaço de diálogo entre a socieda-

de e o governo no tema Mudanças Climáticas. Nele

a sociedade elabora, propõe e comenta políticas de

governo que são diretamente enviadas ao presiden-

te”, explica Ciniro Costa Junior, analista de Clima e

Agricultura.

Liderado pelo Imaflora, o GT-ABC também

desenvolveu análises sobre políticas brasileiras no

setor agropecuário que subsidiaram a participação

brasileira na COP-23, em Bonn, na Alemanha. Repre-

PARTICIPAÇÃO DECISIVA NA

COP-23

O Imaflora apresentou propostas ao governo

federal e foi à Alemanha discutir

a agricultura de baixo carbono na

Conferência Mundial sobre o Clima.

sentantes do Imaflora estiveram na Conferência Mun-

dial sobre o Clima, na cidade alemã de Bonn, no final

de 2017, acompanhando as negociações e participan-

do de eventos. O destaque foi a nossa liderança, em

parceria com Conselho Empresarial Brasileiro para o

Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na discussão

que provocamos sobre barreiras e limitações de mo-

nitoramento de emissões na agricultura brasileira de

baixo carbono.

Junto com o Seeg o Imaflora foi responsá-

vel por estimativas pioneiras de variação de estoque

de carbono no solo em áreas agrícolas no Brasil. O

relatório analítico, lançado em 2017, também traz um

diagnóstico do Plano de Agricultura de Baixo Car-

bono (ABC) do Governo Federal. “Essas contas até

então nunca tinham sido feitas. Alertamos para os

problemas de implementação do plano ABC e como

ele está longe de cumprir seus objetivos”, opina o

analista de Clima e Agricultura do Imaflora.

Rachel Biderman, diretora-executiva do

WRI Brasil, organização internacional que atua na

proteção do meio ambiente e no bem estar humano,

comenta: “A ABC não está acontecendo no ritmo que

deveria, é preciso construir um modelo produtivo que

dê conta de recuperar nossas pastagens degradadas

em larga escala e assim atingir as metas propostas na

NDC brasileira. E o GHG Protocolo para Agricultura e

Florestas – amplamente testado pelo Imaflora – é fer-

ramenta importante para comprovar que a produção

de fato reduz as emissões de carbono no campo”,

conclui.

17

Para conservar Territórios de Diversida-

de Socioambiental e promover qualidade de vida

das suas populações o Imaflora fundamentou suas

ações em ações de promoção e valorização das ca-

deias da sociobiodiversidade; apoio à gestão mais

efetiva e transparente das Unidades de Conserva-

ção e dos recursos oriundos delas. Um dos desta-

ques no primeiro eixo é o Origens Brasil®. Lançada

em 2016 pelo Imaflora, em parceria com o Instituto

Socioambiental (ISA), a iniciativa estabelece me-

canismos que diferenciam, valorizam e garantem

a procedência da produção agroextrativista e dos

produtos da cultura das populações tradicionais e

povos indígenas que vivem nessas áreas protegidas.

O Xingu foi o primeiro território a ser re-

conhecido pelo Origens Brasil®, em 2016. Um ano

depois a iniciativa expandiu até a Calha Norte, outro

território bastante representativo e diverso cultural-

mente e em biodiversidade. No mesmo ano iniciou

as ações para expandir para o terceiro território. O

Origens Brasil® finalizou 2017 operando em 24 áreas

protegidas, com 908 produtores cadastrados de 23

diferentes etnias, comercializando 21 produtos em

parceria com 8 empresas.

Para o Origens Brasil, 2017 foi marcado

pelo processo de expansão da iniciativa, ampliando

sua atuação para um novo território, e novas áre-

as protegidas. Ampliamos consideravelmente o nú-

mero de produtores cadastrados, produtos comer-

cializados e empresas participantes, levando mais

benefícios para as populações tradicionais e povos

indígenas que vivem nessas áreas protegidas, ani-

ma-se Patrícia Cota Gomes, gestora no Imaflora do

Origens Brasil®. “Agora o Origens Brasil® precisa ter

abrangência territorial com um bom número de pro-

dutos da floresta chancelados com o selo. Acredito

que demos um grande passo em 2017 em relação a

essas duas questões”, reconhece André Villas-Bôas,

secretárioexecutivo do Instituto Socioambiental (ISA)

e membro do conselho gestor do Origens Brasil®.

O Imaflora também estabeleceu escritórios

locais em Alter do Chão (PA) e São Félix do Xingu

(PA). “Essa região compõe um imenso mosaico de

áreas protegidas onde estamos trabalhando desde

o apoio a organização das comunidades que vivem

ali – especialmente quilombolas e agricultores fami-

liares de assentamentos rurais – até a consolidação

de empreendimentos que permitam alternativas de

renda, como as Unidades de Beneficiamento de Ali-

mentos (UBAs)”, diz Roberto Palmieri, secretário-

-executivo adjunto do Imaflora.

Com o auxílio do Fundo Amazônia/BNDES

foi possível concluir a construção de quatro UBAs

em 2017 para alavancar ainda mais a produção. As

UBAs permitem que os alimentos produzidos pos-

sam ser processados agregando maior valor na co-

munidade. “É uma forma de melhorar a produção

CONCILIAR A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E O FORNECIMENTO

DE BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS DE FORMA SUSTENTÁVEL, COM A

GARANTIA DOS DIREITOS E DO BEM ESTAR DAS POPULAÇÕES LOCAIS DAS

ÁREAS PROTEGIDAS PÚBLICAS NA AMAZÔNIA.

OBJETIVOESTRATÉGICO

04

AÇÕES MÚLTIPLAS PARA A CONSERVAÇÃO

DA AMAZÔNIA

Valorizar os recursos, as populações e a

floresta em pé são as principais linhas de

atuação do Imaflora para alcançar esse

objetivo.

18

local, inclusive para colocar esses produtos na me-

renda escolar. Foi fantástico ver que houve uma

primeira venda da produção em 2016, das comu-

nidades quilombolas para fornecer para as escolas

municipais, com bons resultados. Em 2017 a venda

foi ainda mais representativa e com número maior

de famílias participantes. Melhorou a qualidade da

alimentação das crianças, pois os alimentos locais e

saudáveis substituem a comida enlatada, consumida

largamente nas escolas da região”, explica Palmieri.

Outra frente de trabalho que avançou foi na

área das concessões florestais. O Imaflora colaborou

com as prefeituras de Oriximiná, Paru e Terra Santa

para incentivar a gestão mais transparente e eficien-

te dos recursos oriundos das concessões florestais,

para trazer mais benefícios às comunidades. Em

cada uma dessas concessões a empresa deve pagar

um valor a ser revertido para o desenvolvimento de

atividades florestais nos municípios. Por desconheci-

mento, é um recurso mal aproveitado. “Diante desse

nosso aprendizado – tanto por termos estudado o

assunto, como por experiência prática com as três

prefeituras – estamos concluindo em parceria com o

SFB uma publicação de orientação que servirá para

instruir mais municípios que queiram bem aproveitar

os recursos das concessões florestais”, informa o se-

cretário-executivo adjunto do Imaflora.

O ICMS Verde, imposto pago por empre-

sas instaladas na Amazônia, também é uma fonte de

captação de recursos subutilizado pelos prefeitos

das cidades amazônicas. Junto com o Imazon-Ins-

tituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a

ECAM e a Agenda Pública, o Imaflora está orientan-

do as prefeituras a utilizarem adequadamente es-

sas verbas em favor da conservação da floresta e

da qualidade de vida das populações tradicionais.

Nesse sentido, o Imaflora – em parceria com a Coa-

lizão Pro Unidades de Conservação – promoveu dis-

cussões para buscar outras fontes de recursos que

colaborem com a gestão de áreas protegidas e o

desenvolvimento de projetos.

19

Apesar de relativamente novo para o Ima-

flora, em termos de experiência adquirida, este ob-

jetivo tem avançado bastante nos seus propósitos

trazendo benefícios sociais notáveis para os agricul-

tores familiares. Os destaques de 2017 ficaram por

conta da produção de cacau na região de São Félix

do Xingu, no sudoeste do Pará. Nesse município já

existe uma atividade bem-sucedida do Imaflora de

estreitar relações com as comunidades locais por

meio da produção artesanal de polpa de frutas com

mulheres agricultoras. Com a produção de cacau,

o instituto atua com cerca de 200 produtores co-

operativados, incentivando boas práticas agrícolas

e detectando mercados potenciais para escoar a

produção. “Os agricultores familiares tiveram uma

valorização média de 70% no valor de venda do ca-

cau cultivado. É um impacto interessante para que

essas pessoas conquistem qualidade de vida. Em-

presas como a Indústria Brasileira de Cacau (IBC)

e a Amma Chocolates nos ajudaram nesse proces-

so”, afirma Eduardo Trevisan, gerente de projetos do

Imaflora.

Na área da rastreabilidade das cadeias pro-

dutivas na agricultura familiar o Imaflora segue com

o programa Nespresso AAA Sustainable Quality™

que garante a origem do café comercializado em

AMPLIAR OS BENEFÍCIOS DE AGRICULTORES

FAMILIARES ADVINDOS DA ADOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS

SOCIOAMBIENTAIS E ACESSO AOS

MERCADOS.

OBJETIVOESTRATÉGICO

05

AGRICULTURA FAMILIAR EM

ALTA

Com o apoio do Imaflora grandes empresas cada vez mais se interessam pelos produtos de agricultores familiares.

cápsulas. Também colhe bons frutos com a cadeia

do guaraná no estado do Amazonas. Lá, o trabalho

é focado na rastreabilidade da produção do gua-

raná comercializado para a Coca-Cola Brasil, pelo

programa conhecido como Olhos da Floresta. “Com

o Olhos da Floresta desenvolvemos um sistema es-

pecífico de rastreabilidade da cadeia produtiva, a

pedido da própria empresa. Em 2017 a Coca-Cola

Brasil comprou 60 toneladas de guaraná provenien-

tes da agricultura familiar da cidade de Presidente

Figueiredo. Foi um passo muito importante para os

trabalhadores”, acredita Trevisan.

A Coca-Cola Brasil se compromete em ad-

quirir mais colheitas do guaraná produzido pela agri-

cultura familiar. Com o programa Olhos da Floresta

o Imaflora está conseguindo não somente capacitar

os produtores familiares, como implantar novas áre-

as em mais de 10 hectares de guaraná. Essas ações

permitem a venda rastreada de um produto, genui-

namente amazônico e originado do trabalho de 300

agricultores familiares diretamente para a Coca-Cola

Brasil. “Internamente houve um grande desenvolvi-

mento da equipe a respeito dessa estratégia. Esta-

mos criando maturidade sobre como trabalhar com

esses públicos e envolvendo mais parcerias”, conclui

o gerente de projetos do Imaflora.

“O programa Olhos da Floresta vem cres-

cendo. Em 2017 aumentou 25% em volume de com-

pra das famílias cadastradas e em 2018 atingirá 11

municípios. Toda esta operação está robustamente

suportada pelo sistema de rastreabilidade inspecio-

nado pelo Imaflora”, reconhece João Carlos Jr., es-

pecialista em Agricultura no Amazonas da Coca-Co-

la Brasil. Ele acredita que a resposta dos produtores

tem sido positiva nos encontros promovidos para

avaliação e planejamento das atividades do calen-

dário agrícola.

Para o gerente de projetos do Imaflora,

Eduardo Trevisan, é preciso ainda incluir a agricul-

tura familiar na certificação agrícola com o selo

Rainforest Alliance. Esse é, agora, o grande desafio.

“Queremos incrementar a assistência técnica espe-

cífica para que esses agricultores possam acessar os

mercados”. O Imaflora está captando novos proje-

tos na linha de agricultura familiar e fortalecendo os

que já estão em andamento. Técnicos do instituto

participam de discussões de políticas públicas nesse

tema para que a agricultura familiar se torne, pouco

a pouco, uma prática disseminada ampliando a ge-

ração de renda para mais famílias no Brasil.

20

Para organizar convenientemente os pro-

cessos de trabalho em todos os seus setores de

atuação, o Imaflora identificou a necessidade de

criar mais este objetivo. Ele é fruto de um amadu-

recimento institucional que está possibilitando sin-

cronizar seis áreas para as operações do Imaflora:

Sistemas de Monitoramento – que engloba também

as equipes de Tecnologia de Informação (TI) e Big

Data – Administração e Finanças, Núcleo Social, Co-

municação, Conectando Saberes, além do Sistema

de Gestão Integrada (SGI).

Desde que esse objetivo foi implantado,

em 2017, foram detectados avanços significativos

nessa integração com as áreas alimentando umas

às outras sucessivamente, acredita a secretária

executiva do Imaflora, Laura de Santis Prada. “Tem

sido um exercício constante de olhar para dentro da

instituição, identificar problemas e superá-los em

conjunto. O Imaflora produz muito conhecimento,

mas não conseguia organizá-lo eficientemente. En-

tão 2017 foi um ano em que evoluímos muito den-

tro desse objetivo. As equipes de TI e Big Data têm

sido de grande valia na obtenção de melhores resul-

tados na gestão desse conhecimento”, reconhece.

Na área de Sistemas de Monitoramento,

por exemplo, aconteceram progressos importan-

tes, entre eles o estabelecimento de suportes mais

robustos para acreditação ao sistema FSC dentro

do setor florestal. O Conectando Saberes também

se desenvolveu no primeiro ano e foi um dos pila-

res de sustentação desse objetivo. Como o próprio

nome sugere, a área é um espaço institucional que

estimula a conexão de habilidades e aptidões de

pessoas e redes para, juntos, colaborar e inovar na

criação de soluções. “Temos trabalhado na concep-

ção e implementação de espaços tangíveis e intan-

gíveis que reflitam os valores do Imaflora e sejam

estimuladores de desenvolvimento humano, inova-

ção e soluções customizadas”, explica Daniele Rua,

coordenadora do Conectando Saberes. “Foram me-

ses de muita experimentação, ousadia e aprendi-

zado desenvolvendo espaços, ativando comunida-

des e apoiando empreendedores”, define Daniele.

O Núcleo Social dedicou-se principalmente para a

discussão das concessões florestais – instrumento

para a conservação das florestas públicas. Em ape-

nas um ano, participou de interlocuções com gesto-

res governamentais, entidades não governamentais

e diversas comunidades tradicionais que vivem em

territórios onde o Imaflora atua. A área de comuni-

cação foi fortalecida e passou a ser reconhecida por

seu papel de balizadora da identidade, da imagem

e do posicionamento institucional. “Trabalhamos

na construção e na implantação das diretrizes ins-

titucionais que pautam a comunicação do Imaflo-

ra, além de integrar a área as demais operações do

Imaflora”, salienta Priscila Mantelatto, coordenado-

ra de comunicação. A secretária executiva do Ima-

flora, Laura de Santis crê que a integração e sintonia

entre os principais eixos do instituto dará mais au-

tonomia para todos os coordenadores de áreas no

sentido de experimentarem novas ferramentas, dis-

cutir e propor melhores soluções de trabalho. “Com

essa verdadeira reforma organizacional de dentro

para fora será possível cumprir com maior eficiência

nossa missão”, finaliza.

MANTER E FORTALECER A CAPACIDADE INSTITUCIONAL PARA MELHOR CUMPRIR A MISSÃO DO IMAFLORA.

OBJETIVOESTRATÉGICO

06

POR UMA GESTÃO MAIS

INTEGRADA

Sincronia entre as áreas de atuação interna está permitindo maior organização dos processos de trabalho dentro do instituto.

21

IMAF

LORA

NA

MÍD

IA

118MATÉRIAS PUBLICADAS

+27.608SEGUIDORESE FANS

PRINCIPAISMANCHETES DO

ACESSE AQUI1.138

POSTAGENS

Acompanhe nossas notícias por meio do Blogimaflora.blogspot.com.br

MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES

+229VÍDEOS

FIN

AN

CEIR

O

24

MILHÕES

3 ÚLTIMOS ANOS

FUNDOSOCIAL

FUNDOPATRIMONIAL

1,9 R$

2,5

Financiadores, doações,parcerias e patrocínios

Certificação eAssistência Técnica

BNDES

Gov. ACRE/BID

MOORE

WWF

Anônimo

Coca-Cola

NWF/MOORE

Good Energies

CLUA

Nestlé / Nespresso

GCP

Avina

IPAM/NORAD

Rainforest Alliance

ECAM/USAID

Diversos (< $ 100 mil)

Confira a relação dos principais financiadores,patrocinadores, doadores e parceiros na página: www.imaflora.org/doadores-transparencia.php.

SERVIÇOS

PROJETOSO

RIGE

M D

OS

RECU

RSO

S RECEITA

MILH

ÕES

17,1

MILH

ÕES

19,3

MILHÕESR$11,8

MILHÕESR$11,0

MILH

ÕES

22,8

2015

2016

2017

34

8

87

7

5

5

5

33

3

21 11

6

25

2016 2017RECEITAS TOTAIS 19.316.084 22.768.896

Receitas serviços 11.031.260 11.748.746

Receita de financiadores 8.284.824 11.020.150

DESPESAS TOTAIS 18.633.676 21.270.730

Custos Operacionais 15.169.749 17.709.348

Despesas Indiretas 3.463.927 3.561.382

RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 682.408 1.498.166

Arrecadação Fundo Social 291.656 334.643

RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO 390.752 1.163.523

Resultado Financeiro Líquido 146.441 - 87.780

Dedução Resultado de Projetos (invest. de veiculos/barcos /equipto) - -

Rend. Financeiro Fundo Social - -

RESULTADO LÍQUIDO FINAL 244.311 1.075.743

Nos links a seguir, acesse informações sobre:

Demonstrações contábeis completas e notas explicativas.

Balanço social.

RESUMOFINANCEIRO

26

O Fundo é constituído por 5% dos contratos da certificação firmados com empresas e tem por objetivo subsidiar a certificação de pequenos produtores e apoiar projetos comunitários.

UTI

LIZA

ÇÃO

DO

FUN

DO

SO

CIAL

R$63

,6 M

IL

R$18

7,3

MIL

R$7,

5 M

IL

MIL

Cer

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ríco

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de

Cus

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e P

eque

nos

Pro

dut

ore

s.

2 Reservas Extrativistas;1 Reserva de Desenvolvimento Sustentável;1 Flona;1 Terra Indígena;

MadeiraAçaíCastanhaBabaçu

PAE (Assentamento)Indígenas

Ribeirinhos

72COMUNIDADESTRADICIONAIS

FAMÍLIAS1.099

CERTIFICAÇÃOCOMUNITÁRIA

FAMÍLIASBENEFICIADAS

ÁREASPROTEGIDAS

PRINCIPAISCADEIAS

PRODUTIVAS

PERF

IL D

AO

RG

AN

IZA

ÇÃO

28

EQUIPE Akif Raimundo de Jesus

Alessandro Rodrigues

Alexandre Sakavicius Borges

Aline Maria Scotton

Amanda Santos Duarte

Ana Gabriela Abe Angeli

Ana Patricia Cota Gomes

Anderson Matheus Cardoso

Andressa Caroline de Resende Neve

Bruno Bianchim Martim

Bruno Brazil de Souza

Carolina Donato Costa

Casio Trajano da Luz

Celma Gomes de Oliveira

Cibele Raymundo

Ciniro Costa Junior

Daniele Renata Rua

Daniella Macedo

David Escaquete

Debora Cristina Perineti Pardo Daltroso

Edenilson Benedito Garcia

Eder Nascimento Galucio

Edson Roberto Teramoto

Eduardo Trevisan Gonçalves

Eduardo Vinicius Silva Borges

Ellen Keyti Cavalheri

Evelin Fagundes dos Santos

Felipe Jose Cerignoni

Fernando Nunes da Silva

Guilherme de Andrade Lopes

Heidi Cristina Buzato

Helga de Oliveira Yamaki

Isabel Garcia Drigo

Janaina Nascimento Joaquim

Jessica Fernanda Gaise

João Carlos Fortunato Junior

Jonas Gebara Muraro Serrate Cordeiro

José Marcos de Carvalho

Junia Karst Caminha Ruggiero

Karina Daroque Orlando

Laura de Santis Prada

Leo Eduardo de Campos Ferreira

Leonardo Martin Sobral

Lisandro Inakake de Souza

Lorena Mangabeira Sobral

Luis Fernando Guedes Pinto

Luiz Antonio Carvalho e S. Brasi Filho

Marcelo Hugo de Medeiros Bezerra

Marcos Bastos Planello

Marcos Froes Nachtergaele

Margarete Guarnieri Bertochi

Maria de Fatima de Castro Nunes Pereira

Mariana Aparecida Pertile Kantovitz

Mariana Finotti

Marina Jordão Bragion

Marina Piatto

Matheus Magalhães da Silva

Milton Paulo Ferreira

Moises Felix de Carvalho Neto

Natali Vilas Boas Silveira

Nathalia da Mota Passo Vicente Ribeiro

Oséias Mendes da Costa

Priscila Graziela Motta Mantelatto

Rafael Antonio Breviglieiro

Rafaelle Diane Silva Feitosa

Renato Pellegrini Morgado

Ricardo Camargo Cardoso

Roberto Hoffmann Palmieri

Robson Feichas Vieira

Rodrigo Costa Rugue

Rosângela Sattolo Salvador

Samantha Stefane Gomes

Sonia Maria de Souza

Tharic Pires Dias Galuchi

Tomas Mauricio A. Lima da Costa Carvalho

Vera Aparecida de Figueiredo

Vinicius Guidotti de Faria

Vitor Franca Lopes dos Santos

Winnie Thamyris Ribeiro de Oliveira

30

CONSELHOS EASSOCIADOS

Adalberto Veríssimo

Associado e membro do Conselho Diretor

Adauto Tadeu Basílio

Associado e membro do Conselho Fiscal

André Villas-Bôas

Associado e membro do Conselho Diretor

Célia Cruz

Associada e presidente do Conselho Diretor

Erika Bechara

Associada e membro do Conselho Fiscal

Fábio de Albuquerque

Associado e membro do Conselho Consultivo

Laura Prada

Associada

Marcelo Paixão

Associado e membro do Conselho Consultivo

Maria Zulmira de Souza

Associada e membro do Conselho Diretor

Marilena Lazzarini

Associada e membro do Conselho Consultivo

Mario Mantovani

Associado e membro do Conselho Consultivo

Ricardo Abramovay

Associado e membro do Conselho Diretor

Rubens Mazon

Associado e membro do Conselho Fiscal

Rubens Ramos Mendonça

Associado e membro do Conselho Consultivo

Sérgio A. P. Esteves

Associado e membro do Conselho Diretor

Tasso Rezende de Azevedo

Associado e Vice-presidente do Conselho Diretor

31

PARCEIROS

MEMBROS DE FÓRUNS,REDES, ENTIDADES

E INICIATIVAS COLETIVAS

• Accountability Framework

• Associação Sul-mato-grossense dos produtores

de novilho precoce

• Campanha #maisflorestaPRASãoPaulo

• CFA (Collaboration for Forests and Agriculture)

• Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura

• Coalizão Pro-UCs

• Comissão de Estudo Especial de Manejo

Florestal (ABNT/CEE-103)

• Comissão de Gestão de Florestas Públicas -

CGFLOP - Serviço Florestal Brasileiro.

• Consórcio Calha Norte

• Consórcio Cerrado das Águas

• Diálogo Florestal

• FBMC (Fórum Brasileiro de Mudanças

Climáticas)

• FBOMS (Fórum Brasileiro de ONGs e

Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento)

• GT Florestas

• FSC® Brasil - Forest Stewardship Council®

(Conselho de Manejo Florestal)

• FSC® Internacional - Forest Stewardship

Council®

• Grupo da Sociedade Civil para o

Desmatamento Zero

• Grupo de Trabalho Brasil da Plataforma

Global do Café (GCP)

• Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para

Governo Aberto

• GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária

Sustentável)

• IUCN (International Union for Conservation of

Nature)

• Moratória da Soja - GTS (Grupo de Trabalho

da Soja)

• Observatório Cidadão de Piracicaba

• Observatório do Clima

• Observatório do Código Florestal

• PainelBio

• Projeto Cacau São Félix do Xingu

• RAS (Rede de Agricultura Sustentável)

• REDD SES

• Rede Brasil para o Pacto Global

• Rede Mata Atlântica

• #RESISTA

• TFA 2020

• The Access Initiative

• UEBT (União para o BioComércio Ético)

• WCPA (World Commission on Protected

Areas)

32

PARCEIROS

PARCERIASBILATERAIS

• Associação Sul-mato-grossense dos produtores de novilho precoce – Novilho Precoce - MS

• CCAFS-CGIAR

• CEPEA-Esalq

• Chalmers University of Technology

• COOPERFLORESTA

• ECAM (Equipe de Conservação da Amazônia)

• EMBRAPA

• ESALQ - USP

• Federação dos Cafeicultores do Cerrado

• ICMBio

• GeoLab – ESALQ

• Global Canopy Program

• Grupo Roncador

• Ideflor-Bio - Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará

• IDESAM (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas)

• IFT (Instituto Floresta Tropical)

• Instituto Escolhas

• Instituto Terroá

• ISA (Instituto Socioambiental)

• Kirwane - Desenvolvimento Integral

• KTH - Suécia

• Lastrop/ESALQ-USP

• Novos Urbanos

• NSC/Grupo Natureza, Sociedade e Conservação

• OCT (Organização de Conservação de Terras)

• Oxford Centre for Tropical Forests - Universidade de Oxford

• Projeto GII

• Rainforest Alliance

• Sebrae-MG

• SFB (Serviço Florestal Brasileiro)

• Solidariedad

• Stockholm Environment Institute

• Sustentabilidade.com.br

• UEBT (União para o BioComércio Ético)

• UNESP Botucatu

• WRI (World Resources Institute)

33

Estrada Chico Mendes, 185 CEP 13426-420 | Piracicaba | SP Tel.: +55 19 3429.0800 [email protected] www.imaflora.org

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