relatório anual e balanço social 2015 - grupo santa casa bh · 6.4 responsabilidade ambiental ......

Relatório Anuale Balanço Social

2015

Grupo Santa Casa BH - Relatório Anual | Balanço Social 2015Grupo Santa Casa BH - Relatório Anual | Balanço Social 20152

Conselho da Irmandade da santa Casa de mIserICórdIa de Belo horIzonte

Constituição vigente em 2015:

ProvedorSaulo Levindo Coelho

1º secretárioRoberto Otto Augusto de Lima

2º secretárioJosé Ângelo Lima Duarte

Agostinho Patrus Filho, Carlos Batista Alves de Souza, Jésus Trindade Barreto Júnior, João Batista do Couto, José Fernando Aparecido de Oliveira, José Luiz Magalhães, Laura Medioli, Luiz Felippe de Lima Vieira, Marco Aurélio Jarjour Carneiro, Maria Regina Calsolari, Maurício Brandi Aleixo, Newton de Paiva Ferreira Filho, Olguinha Géo Leite Soares, Oswaldo Fortini Levindo Coelho e Reynaldo Arthur Ramos Ferreira.

Conselho FiscalAmilcar Viana Martins, Carlos Ediber Richard Carvalhais, Christiano Renault, Delson de Miranda Tolentino, João Afonso Baeta Costa Machado e Márcio Teixeira de Carvalho.

secretária da IrmandadeAbadia Nunes do Nascimento

diretor ClínicoFlávio Mendonça Andrade da Silva

Vice-diretor ClínicoKleber Costa Castro Pires

ComItÊ eXeCUtIVo oPeraCIonal

superintendente-geralPorfírio Marcos Rocha Andrade

superintendente de assistência à saúdeGuilherme Gonçalves Riccio

superintendente de Planejamento, Finanças e recursos humanosGonçalo de Abreu Barbosa

Grupo Santa Casa BH - Relatório Anual | Balanço Social 2015 3

Sumário1. aPresentaÇÃo ....................................................................................................................................... 4

2. GrUPo santa Casa Bh .......................................................................................................................... 6

2.1 REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................................................... 9

3. saÚde Como VoCaÇÃo ....................................................................................................................... 10

3.1 O HOSPITAL DE MINAS GERAIS ........................................................................................................ 10

3.2 ATENÇÃO ESPECIALIZADA ............................................................................................................... 14

3.3 SAÚDE SUPLEMENTAR ..................................................................................................................... 17

4. tradIÇÃo em ensIno e PesQUIsa .................................................................................................... 22

4.1 CONTRIBUINDO COM A FORMAÇÃO PROFISSIONAL ..................................................................... 22

4.2 PESQUISA E INOVAÇÃO .................................................................................................................... 33

5. Presente em todos os momentos ............................................................................................... 34

5.1. ATENDIMENTO À MELHOR IDADE ................................................................................................... 34

5.2. SERVIÇO FUNERÁRIO DE QUALIDADE ............................................................................................ 35

6. Cada dIa melhor ................................................................................................................................ 37

6.1 REVITALIZAÇÃO DO SND ................................................................................................................... 37

6.2 SEGURANÇA DO PACIENTE .............................................................................................................. 38

6.3 EM BENEFÍCIO DOS PACIENTES ...................................................................................................... 39

6.4 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL .................................................................................................... 43

6.5 COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL ..................................................................................................... 44

7. InVestImentos da soCIedade ......................................................................................................... 48

7.1 MELHORIA DO ATENDIMENTO ......................................................................................................... 48

7.2 EMENDAS PARLAMENTARES E CONVÊNIOS ................................................................................... 54

7.3 PARCEIROS DO BEM ......................................................................................................................... 56

8. eVolUÇÃo da reCeIta de serVIÇos mÉdICos ............................................................................. 62

9. demonstraÇÕes ContÁBeIs ............................................................................................................ 63

9.1 SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE ................................................................. 63

9.2 INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA SANTA CASA BH .................................................................... 85


1 - ApreSentAção

O ano de 2015 marcou os 15 anos do provedor Saulo Coelho à frente do Grupo Santa Casa BH. Confira os principais destaques relacionados às mudanças operacionais, estratégicas e administrativas que inauguraram um novo capítulo na história da instituição.

2000 - Em 30 de maio, Saulo Coelho toma posse como 13º provedor da Santa Casa BH e inicia um modelo de administração gerencial focada em resultados.

2001 - Criado o Instituto de Ensino e Pesquisa SCBH, incorporando a Escola Técnica da Santa Casa BH - inau-gurada em 1992. Início de um amplo programa de modernização operacional na Funerária SCBH.

2002 - O Instituto Geriátrico Afonso Pena passou por uma grande revitalização ao completar 90 anos. Inaugu-rado, no 5º andar do Hospital São Lucas, o auditório Juscelino Kubitschek.

2004 - Santa Casa BH é certificada como ‘Hospital de Ensino’. Inaugurado o Centro de Nefrologia Celso Mello de Azevedo, na Santa Casa BH, e o Centro Cirúrgico Irmã Angilberga, no Hospital São Lucas.

2005 - Criado o Núcleo de Transplante Renal na SCBH. Lançamento do Programa Humaniza SUS. Reforma e aquisição de equipamentos para UTI, Bloco Cirúrgico, Radioterapia, Radiologia e Procordis.

2006 - Inauguração das novas instalações da Maternidade Hilda Brandão SCBH (11º andar) e da Unidade de Cuidados Prolongados.

2007 - Inaugurado o Centro de Especialidades Médicas SCBH.

2008 - Inaugurada a Unidade de Cuidados Intermediários no HSL, a Unidade de Internação Cybele Pinto Coe-lho, no 12º andar da SCBH, e o CDT Ministro José Saraiva Felipe, no CEM SCBH.

2009 - Firmada parceria com o poder público para realização do projeto ‘Mil Leitos SUS’ e entregue a 1ª etapa com inauguração de 48 leitos de clínica médica, 22 de ortopedia e 30 de cirurgia eletiva.

2010 - Entrega das novas instalações da UTI Infantil da SCBH. Inaugurados novos leitos de UTI - Adulto, além do Centro de Referência de Catarata e Glaucoma da Clínica de Olhos SCBH e da UTI do 4º andar. Neste mesmo ano, o IEP SCBH começa a ofertar cursos de pós-graduação lato sensu e o então Comitê Executivo Operacio-nal do GSCBH passou a ser composto por três superintendentes: dr. Porfírio Andrade, dr. Guilherme Riccio e Gonçalo Barbosa.


2011 - Entregue à população o milésimo leito SUS. Inauguração da UTI Pós-Operatória Jenny de Andrade Faria (2º andar), da sede da Associação das Voluntárias da Santa Casa, do Centro de Admissão e Diagnóstico Inicial (CADI) e da Unidade de Resgate Coronariano da SCBH. IEP SCBH inicia programa de residência e especializa-ção médica.

2012 - Inauguração da Unidade de Cuidados Prolongados dra. Maria Nunes Álvares, da Unidade de Oncologia Pediátrica dr. Eduardo Nascimento (3º andar) e da UTI Clínica dr. Aloysio de Andrade Faria (10º andar). SCBH passa a ofertar 1.085 leitos de alto padrão à rede pública de saúde. Início da restauração do antigo prédio da Maternidade Hilda Brandão para abrigar setores administrativos do GSCBH.

2013 - Incorporação do imóvel da Fundação Navantino Alves, na av. Alfredo Balena. Inauguração do refeitório para médicos residentes e multidisciplinares da SCBH (13º andar). Revitalização da fachada do Hospital São Lucas.

2014 - Adesão ao PROSUS e conquista da Certidão Negativa de Débito da SCBH. Inauguração da Unidade Pediátrica do HSL e do Laboratório de Análises Clínicas SCBH. Ativação de 15 leitos na UTI do 10º andar, to-talizando 35.

2015 - A Santa Casa BH foi a primeira instituição brasileira a ter acesso ao programa ‘BNDES Saúde’ para re-estruturação financeira do hospital. Hospital São Lucas, Centro de Especialidades Médicas SCBH e Funerária SCBH conquistam a certificação ISO 9001:2008. Revitalização da Farmacotécnica de Antineoplásicos no setor de Quimioterapia da SCBH, do Centro Cirúrgico do HSL e das instalações do Serviço de Nutrição e Dietética (13º andar da SCBH).

Ciente da importância da mobilização nacional para o enfrentamento da crise financeira vivenciada pelas insti-tuições filantrópicas de saúde do País, Saulo Coelho - que em março de 2015 tomou posse pela 6ª vez conse-cutiva como provedor da Santa Casa BH - também foi empossado como presidente do Conselho Consultivo da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) no mês de de-zembro. O Conselho Consultivo soma esforços com o Conselho de Administração da confederação para lutar pelo fortalecimento da Saúde Pública Nacional.

ApresentAção


Cerca de 15 mil pessoas - entre pacientes, acompanhantes, visitantes, funcionários, médicos, residentes, presta-dores de serviços e profissionais liberais - circulam diariamente pelo maior grupo hospitalar de Minas Gerais. Ao todo, 6 unidades integram o Grupo Santa Casa BH: Santa Casa BH e Centro de Especialidades Médicas SCBH (atendimento exclusivo aos usuários do Sistema Único de Saúde), Hospital São Lucas (saúde suplementar), Insti-tuto de Ensino e Pesquisa SCBH (educação na área de saúde), Funerária SCBH e Instituto Geriátrico Afonso Pena.

O Grupo Santa Casa BH é referência no cenário nacional das entidades filantrópicas de saúde pela sua relevância e participação no sistema de saúde de Minas Gerais. Pacientes de 579 municípios mineiros (de um total de 853) foram admitidos na Santa Casa BH, em 2015, para internações clínicas e cirúrgicas, incluindo cirurgias em regime de hospital-dia. No Centro de Especialidades Médicas SCBH, 60% dos pacientes atendidos são procedentes da Capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte e 40% de outros municípios mineiros.

FUNERÁRIA

2 - GrUpo SAntA CASA BH

EM 2015, A SANTA CASA BH RECEBEU PACIENTES ORIGINADOS DE MAIS

DE 65% DOS MUNICÍPIOS MINEIROS.


orIGem dos PaCIentes Internados na santa Casa Bh - POR MACRORREGIÃO

(Fonte: DATASUS e Assessoria de Planejamento, Controladoria e Gestão do GSCBH)

em 2015, os resultados relacionados aos atendimentos aos usuários do sUs foram expressivos:

• Internações 42.192/ano• Exames 1.903.360/ano• Consultas 349.271/ano• Cirurgias 17.227/ano• Sessões de radioterapia 65.424/ano• Sessões de quimioterapia 21.212/ano• Sessões de hemodiálise 52.371/ano• Partos 3.777/ano

(Fonte: DATASUS e Assessoria de Planejamento, Controladoria e Gestão do GSCBH)

GrUpo sAntA CAsA BH


PartICIPaÇÃo da santa Casa Bh - 2015PrInCIPaIs serVIÇos realIzados Para o sUs Belo horIzonte mInas GeraIs

Tratamento sob cuidados prolongados 53% 11%

Tratamento dialítico em pediatria 54% 40%

Cirurgias do aparelho da visão 34% 11%

Cirurgia de mama 32% 10%

Partos em gestação de alto risco 15% 5%

Cirurgia oncológica 28% 10%

Coleta e acondicionamento de medula 39% 38%

Internações para transplante 20% 15%

Cirurgia do aparelho circulatório 23% 7%

Cirurgia do sistema nervoso central 22% 7%

Para garantir a excelência dos serviços prestados e conquistar certificações, o Grupo Santa Casa BH investiu em treinamentos e na melhoria contínua dos seus processos, serviços e estruturas. Como resultado desse esforço conjunto, o Hospital São Lucas, o CEM SCBH e a Funerária SCBH foram recomendadas pela Det Norske Veritas (DNV) para a certificação ISO 9001:2008. A conquista assegura o compromisso da instituição com a qualidade as-sistencial, a segurança do público externo e interno e o comprometimento dos profissionais envolvidos.

GrUpo sAntA CAsA BH

Fonte: DATASUS 2015

Grupo Santa Casa BH: saúde, ação social e educação


Diante da representatividade do Grupo Santa Casa BH na prestação de serviços de saúde ao povo mineiro e das dificuldades pelas quais vem passando as instituições filantrópicas de saúde do País em função do subfi-nanciamento do SUS, o Comitê Executivo Operacional do GSCBH propôs um plano de soerguimento econômico de grande envergadura para assegurar a reestruturação financeira da SCBH. O ano de 2015 foi decisivo para o sucesso desse projeto e marca mais uma conquista histórica.

2.1 - reeStrUtUrAção FInAnCeIrA

Com o resultado desse esforço conjunto e das ações empreendidas nos últimos anos para alcançar a equa-lização tributária, a Santa Casa BH foi a primeira instituição do País a assinar contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal para ter acesso ao ‘Programa BNDES Saúde’ - criado pelo banco de fo-mento com o objetivo de fortalecer e ampliar a capacidade de atendimento do SUS. Essa operação de cré-dito - no valor de R$ 100 milhões - foi destinada especificamente para pagamento de dívidas com bancos e fornecedores. O hospital abriu, assim, a fila de todas as instituições filantrópicas brasileiras, candidatas a este financiamento, por ter adotado todas as providências necessárias em tempo hábil.

GrUpo sAntA CAsA BH


3.1 - o HoSpItAL De MInAS GerAIS

3 - SAÚDe CoMo VoCAção

Com 116 anos de funcionamento e 1.086 leitos destinados aos usuários do Sistema Único de Saúde, a Santa Casa BH é o maior hospital de Minas Gerais e um dos 5 maiores do País dedicados exclusivamente ao atendimento SUS. A unidade se destaca também como o maior hospital filantrópico do Brasil em número de leitos SUS.

santa Casa Bh: maIor hosPItal / maIor Prestadora de serVIÇos ao sUs em mG

SANTA CASA BH - LEITOS SUS

1200

2006

763 773 773 816

9331.006

1.085 1.085 1.085 1.086

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1000

800

600

400

200

0

Fonte: DATASUS 2016


Em suas unidades de tratamento intensivo (UTI´s), a Santa Casa BH oferece 170 leitos. Entre os hospitais filantrópicos do Brasil, é o que possui maior número de leitos de UTI destinados aos usuários do SUS.

Fonte: DATASUS 2016

SANTA CASA BH - INTERNAÇÕES SUS

60.000

2006

21.324 21.67825.727 27.679 29.199

34.55638.462 38.642

42.506 42.192

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

0

Fonte: DATASUS 2016

sAÚDe CoMo VoCAção

Com atuação em 35 especialidades médicas, a quantidade de serviços de média e alta complexidade pres-tados pela instituição é expressiva. Em 2015, foi o hospital mineiro que mais realizou internações pelo SUS e o 3º do País, assumindo a vice-liderança entre as instituições filantrópicas nacionais.

SANTA CASA BH - LEITOS DE UTI SUS

180

2006

47 4757 57

110120

140 140

170 170

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

150

120

90

60

30

0


A Santa Casa BH se destacou também como o 2ª prestadora de serviços de saúde do País com maior fa-turamento SUS, sendo a 1ª entre as instituições filantrópicas brasileiras. Quanto ao número de cirurgias, o hospital foi o que mais realizou este tipo de procedimento no Estado.

Na realização de atendimentos ambulatoriais, a Santa Casa BH obteve resultados expressivos:

SANTA CASA BH - CIRURGIAS SUS

21.000

10.408 10.99812.845

15.991 16.759 16.31017.259 17.227

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

17.500

14.000

10.500

7.000

3.500

0

Fonte: DATASUS 2016


SANTA CASA BH - SANTA CASA BH - SANTA CASA BH - RADIOTERAPIARADIOTERAPIARADIOTERAPIA

80.000

60.664

37.77437.77437.77437.77437.774

56.89256.89256.89256.89256.892 56.06656.06650.156

56.61856.61856.61856.61856.61860.031

65.42465.424

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

Fonte: DATASUS 2016



santa Casa Bh - oFtalmoloGIa

ProCedImentos 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 total

Consulta/diagnóstico 64.122 66.762 64.298 108.248 156.068 151.751 161.028 151.107 923.384

Tratamento de glaucoma 3.399 5.065 5.976 13.687 16.652 16.692 21.212 13.926 96.609

Cirurgia de catarata 2.328 2.274 2.712 3.301 3.850 2.571 2.178 2.670 21.884

Outros procedimentos oftalmológicos - - - 4.733 26.709 29.633 34.514 29.583 125.172

total 69.849 74.101 72.986 129.969 203.279 200.647 218.932 197.286 1.167.049

SANTA CASA BH - QUIMIOTERAPIA

30.000

15.841 16.36817.356 18.698 19.391

21.567 20.439 21.212

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

SANTA CASA BH - TRATAMENTO DIALÍTICO

70.000

57.052 55.214 53.255 53.588 52.380 52.868 52.684 53.130

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

Fonte: DATASUS 2016

Fonte: DATASUS 2016

Fonte: DATASUS 2016


A unidade conquistou em 2015 o certificado da Norma ISO 9001:2008 do Sistema de Gestão da Qualidade homo-logado pelo Conselho Holandês de Acreditação (RvA). A recomendação comprova a organização dos serviços de saúde prestados no CEM SCBH e a evolução na melhoria de seus processos, com foco na segurança do paciente.


Na atual rede de atendimento aos usuários do SUS, em Belo Horizonte, o CEM SCBH é imprescindível. Com equipa-mentos e instalações modernas, a unidade atende a 32 especialidades médicas e realiza 20 tipos de exames e pe-quenas cirurgias ambulatoriais. Focado no atendimento multidisciplinar, o CEM SCBH também oferece atendimento assistencial multidisciplinar, com profi ssionais de Serviço Social, Nutrição, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Psicologia.

3.2 - Atenção eSpeCIALIZADA


Inaugurado em 2007, o Centro de Especialidades Médicas SCBH é referência no atendimento médico es-pecializado para usuários do SUS. Em 2015, a unidade realizou 653.017 atendimentos. Deste total, foram 385.135 exames, 250.933 consultas (médicas e de equipe multidisciplinar) e 17 mil procedimentos.

atendImento mÉdIo dIÁrIo a 2.470 UsUÁrIos do sUs

Fonte: DATASUS 2016

CEM - ATENDIMENTOS REALIZADOS

750.000

2011201020092008

580.592544.842

289.207

181.146

651.064 658.152 656.271 653.017

2012 2013 2014 2015

650.000

550.000

450.000

350.000

250.000

150.000



CEM - EXAMES

2011201020092008

348.962334.367

113.186

29.288

380.628 393.539 391.227 385.135

2012 2013 2014 2015

450.000

375.000

300.000

225.000

150.000

75.000

Fonte: DATASUS 2016


CEM - CONSULTAS REALIZADAS

275.000

2011201020092008

219.617

200.434

169.004

147.958

249.864 247.643 244.999 250.933

2012 2013 2014 2015

250.000

225.000

200.000

175.000

150.000

125.000

Fonte: DATASUS 2016


3.3 - SAÚDe SUpLeMentAr

Destaque no atendimento de alta qualidade às operadoras de planos de saúde e particulares da Região Metro-politana de Belo Horizonte, o Hospital São Lucas é tradicionalmente reconhecido pelos bons serviços prestados à sociedade em seus 93 anos de existência. O compromisso com a qualidade assistencial e a segurança do paciente, aliado ao envolvimento do corpo clínico e de funcionários do hospital para melhorar o desempenho organizacional, permitiu que o hospital conquistasse em 2014 a certificação ISO 9001:2008. Em 2015, a unidade atuou em 25 especialidades médicas, realizou mais de 8,6 mil internações, 7,2 mil cirurgias e cerca de 60 mil atendimentos no Pronto Atendimento Adulto e Infantil.



Nos últimos anos, o HSL passou por grandes reformas estruturais, entre elas a revitalização da Unidade Pediá-trica, do Pronto Atendimento Adulto e de 2 salas do Centro Cirúrgico - totalizando 7 salas de alto padrão. Com a ampliação do Centro Cirúrgico, as salas receberam equipamentos modernos para realização de cirurgias de todos os tipos. As novas instalações ampliaram a capacidade de produção do setor (atendimento mensal de cerca de 650 procedimentos) e deram mais conforto à equipe médica e maior segurança aos pacientes.


Centro Cirúrgico do Hospital São Lucas

Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica do Hospital São Lucas


Ainda dentro do projeto de reestruturação gradual do hospital, estão sendo reformados os apartamentos e as áreas de apoio da instituição, com instalações de alto nível e elevado padrão de hotelaria. Além disso, destaca-se a melhoria do parque tecnológico com a aquisição de equipamentos de última geração.


Apartamento padrão do Hospital São Lucas


O Hospital São Lucas também realizou diversas ações para otimizar a utilização de sua estrutura. Neste sen-tido, foram ampliadas parcerias com os convênios já atendidos pela instituição e realizadas negociações para atração de novos convênios. Ao longo de 2015, os principais indicadores de produção da unidade melhoraram:

HSL - NÚMERO DE INTERNAÇÕES

9.000

2011

7.323 7.5467.086 7.319

8.685

2012 2013 2014 2015

7.500

6.000

4.500

3.000

1.500

0

HSL - NÚMERO DE LEITOS

300

140 150

184

214 213250

200

150

100

50

0

2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: SAME GSCBH

Fonte: SAME GSCBH



HSL - CIRURGIAS REALIZADAS

9.000

2011

8.526 8.2137.495

6.322

7.237

2012 2013 2014 2015

7.500

6.000

4.500

3.000

1.500

0

HSL - MÉDIA DE PERMANÊNCIA

6,50

2011

5,38 5,33 5,26

5,93

5,39

2012 2013 2014 2015

6,00

5,50

5,00

4,50

4,00

3,50

Fonte: SAME GSCBH

Fonte: SAME GSCBH



4.1 - ContrIBUInDo CoM A ForMAção proFISSIonAL

4 - trADIção eM enSIno e peSQUISA

O Grupo Santa Casa BH contribui de forma significativa para a formação de profissionais qualificados - es-pecialmente na área de saúde - utilizando toda a sua estrutura assistencial e administrativa. Criado em 2001 especificamente com este objetivo, o Instituto de Ensino e Pesquisa SCBH oferece cursos de Doutorado, Mestrado, Especialização e Extensão e programas de Residência e Especialização Médica, Residência Mul-tiprofissional, Estágio Obrigatório e Pesquisa Clínica, além de cursos técnicos, de qualificação e de capaci-tação em Enfermagem.

ALUNOS STRICTO SENSU

180

2011

DOUTORADO MESTRADO ACADÊMICO MESTRADO PROFISSIONAL

2012 2013 2014 2015

150

120

90

60

30

0

Fonte: IEP GSCBH


ALUNOS LATO SENSU

240

2011 2012 2013 2014 2015

200

160

120

80

40

0

ESPECIALIZAÇÃO EXTENSÃO

Fonte: IEP GSCBH

Laboratório do Instituto de Ensino e Pesquisa Santa Casa BH

trADIção eM ensIno e pesQUIsA


em 2015, o IeP sCBh CaPaCItoU aProXImadamente 1.100 Pessoas, ContrIBUIndo Para dImInUIr a demanda rePrImIda no PaÍs Por ProFIssIonaIs esPeCIalIzados na Área de saÚde.

PARTICIPANTES RESIDÊNCIA/ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA

240

2011 2012 2013 2014 2015

200

160

120

80

40

0

RESIDÊNCIA MÉDICA ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA

Fonte: IEP GSCBH



ALUNOS DA ESCOLA TÉCNICA

750

2011 2012 2013 2014 2015

625

500

375

250

125

0

Fundada em 1992 e vinculada ao IEP SCBH há 14 anos, a Escola Técnica Santa Casa BH oferece cursos téc-nicos em Enfermagem - com estágios realizados na SCBH - e de qualificação e capacitação direcionados a profissionais da área de saúde.

Fonte: IEP GSCBH



O Grupo Santa Casa BH colabora também para a formação de mão de obra especializada no setor funerário. O curso de tanatopraxia - oferecido mensalmente pela Funerária SCBH - capacita profissionais de todo o País para a preparação de corpos. No conteúdo programático, estão incluídas técnicas de tanatopraxia padrão, ta-natopraxia avançada e embalsamamento. Nos últimos 5 anos, cerca de 600 tanatopraxistas foram certificados.

ALUNOS DO CURSO DE TANATOPRAXIA

2011 2012 2013 2014 2015

250

200

150

100

0

50

Fonte: Funerária GSCBH



Ao longo de 2015, foram realizados diversos eventos para incentivar a capacitação contínua e a troca de conhe-cimento entre os profissionais do GSCBH e de outras unidades de saúde.

Fevereiro

• Palestras de conscientização da campanha ‘Carnaval Consciente’: reunindo 150 funcionários da ins-tituição para orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, métodos anticoncepcionais e drogas lícitas.

• ‘Semana de Integração’: recepção de cerca de 210 novos residentes e especializandos, com palestra de encerramento sobre as atividades da organização humanitária internacional ‘Médicos Sem Fronteiras’.

CApACItAção


Janeiro

• Cerimônia de Certificação da Residência e Especialização Médica Santa Casa BH: 85 formandos de especialização e 77 residentes.


Março

• ‘III Seminário do Centro de Estudos da Clínica Neurológica e Neurocirúrgica da Santa Casa BH’: reu-nindo membros do corpo clínico, residentes e convidados para discutir assuntos como aneurismas cerebrais, trombose e isquemia cerebral.



Abril

• ‘I Seminário da Unidade Perinatal do Grupo Santa Casa BH’: com o tema ‘Assistência Prestada ao Bi-nômio’, o encontro reuniu cerca de 200 profissionais da equipe interdisciplinar da Maternidade Hilda Brandão, além de acadêmicos de enfermagem e de medicina.

Maio

• ‘Semana de Enfermagem’: para homenagear enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, o Grupo Santa Casa BH realizou diversas atividades alusivas ao ‘Dia Mundial do Enfermeiro’ - 12 de maio. Em 2 dias de evento, funcionários do Grupo participaram do evento que contou com palestra sobre ‘Qualida-de de Vida e Redução do Estresse’ e campanha de vacinação contra a gripe.



Junho

• ‘VI Seminário Multidisciplinar dos Estagiários da Santa Casa BH’: contou com 185 estudantes de ins-tituições de ensino parceiras do IEP SCBH (Faminas, UniBH, Estácio de Sá, FCMMG, PUC Minas e Universo) para divulgar projetos de melhoria desenvolvidos no GSCBH.

• ‘III Simpósio Multidisciplinar em Diabetes da Santa Casa BH’ e o ‘I Encontro de Educadores em Diabe-tes da SCBH’: reuniu 145 profissionais e estudantes da área de saúde e teve como tema central o papel do educador em diabetes na orientação dos pacientes.

• ‘Dia D em Defesa da Saúde’: promovidas diversas atividades de conscientização com funcionários, pacientes, acompanhantes e visitantes da SCBH para mobilizar a sociedade sobre a grave situação da saúde no Brasil. Além da SCBH, outras 100 instituições de saúde participaram da campanha.

• ‘I Workshop de Processos do Grupo Santa Casa BH’: direcionado a gerentes, coordenadores e mem-bros da equipe médica, o evento teve como objetivo trazer experiências de outras instituições para o aperfeiçoamento dos fluxos de trabalho e processos de Qualidade.


O superintendente Gonçalo Barbosa durante a abertura do ‘Dia D em Defesa da Saúde’


Julho

• ‘Seminário Prevenção de Infecção Relacionada a Cateter’: reunindo médicos, gerentes e coordenadores do GSCBH, teve como o objetivo planejar ações para combater as infecções durante a prestação da assistência à saúde.

Agosto

• ‘V Encontro de Psicologia Hospitalar do Grupo Santa Casa BH’: com a presença de 130 profissionais e estudantes da área de saúde, o evento debateu a importância da articulação interdisciplinar para efeti-vação de políticas de atenção à saúde mental.


Setembro

• ‘Santa Casa BH Contra a Sepse’: ministrado por médicos e funcionários do hospital, o evento científico reuniu cerca de 200 pessoas e tratou de aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento de sepse, prevenção de infecções e sepse neonatal.


Novembro

• ‘VII Seminário do CEM Santa Casa BH’: reuniu 120 pessoas e abordou temas como qualidade de vida no trabalho, melhorias operacionais, bem-estar pessoal e saúde ocupacional.

• ‘Campanha de Prevenção do Pé Diabético’: durante a ação promovida anualmente no CEM SCBH, cerca de 100 pessoas diabéticas fizeram teste de sensibilidade nos pés e receberam orientações sobre cuidados com o diabetes.

Dezembro

• ‘I Reunião dos Núcleos Institucionais’: em que foram discutidas ações propostas sobre notificação dos eventos adversos, cirurgia segura, úlcera por pressão, farmacovigilância e gestão de riscos com o in-tuito de melhorar a prestação de cuidados de saúde.

Outubro

• ‘Encontro de Fisioterapeutas Santa Casa BH’: cerca de 40 participantes discutiram as legislações que regem a profissão, como normas do SUS, resoluções da ANVISA e legislações do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

• ‘1º Simpósio de Psicologia e Diabetes da Santa Casa BH’: cerca de 50 pessoas debateram a abordagem interdisciplinar da psicologia e do diabetes, os aspectos emocionais relacionados à doença e a sobre-carga do familiar e do cuidador no tratamento do paciente.

• ‘Seminário de Epilepsia Refratária’: contando com a presença de cerca de 80 médicos e convidados abordou temas como diagnóstico e tratamento clínico de epilepsias refratárias, terapêuticas não cirúr-gicas e cirúrgicas para a doença.


De forma complementar a essas ações, o Grupo Santa Casa BH oferece aos funcionários interessados em aperfeiçoar seus conhecimentos os programas de qualificação Pós-Graduar - auxílio de até 50% do valor da mensalidade para pagamento de cursos de pós-graduação presencial e a distância - e Pra-Graduar, que concede bolsas de estudo de até 50% em cursos de graduação, ensino a distância e tecnólogo. Nos últimos 3 anos, mais de 240 profissionais foram beneficiados por esses programas que receberam investimento de aproximadamente R$ 890 mil.


O Grupo Santa Casa BH possui Centros de Pesquisa Clínica de excelência, tradicionalmente reconhecidos pelos seus experientes pesquisadores e pela infraestrutura e instalações adequadas para o desenvolvimento de protocolos que atendem normas internacionais para a condução de estudos. As pesquisas contemplam estudos em Cardiologia, Clí-nica Médica, Oncologia, Neurologia e em mais 10 especialidades.

Nos programas de Mestrado e Doutorado oferecidos pelo Instituto de Ensino e Pesquisa SCBH são realizadas pesquisas nas linhas de ‘Educação em Diabetes’ (relacionadas ao autocuidado, complicações crônicas, ambiente hospitalar, adequa-ção cultural e psicossocial e cuidados com a visão) e ‘Medicina e Biomedicina’ (sobre doenças neurológicas e cerebrovas-culares, esclerose múltipla, oncologia, doenças infecciosas, genética humana, cardiologia, epidemiologia e toxinologia).

4.2 - peSQUISA e InoVAção


O resultado da inovação científi ca e da ampla produção pode ser comprovado pela participação de representantes da instituição em diversos eventos no País e no exterior. Um deles foi o ‘XX Congresso da Sociedade Brasileira de Diabe-tes’ - promovido entre 11 e 13 de novembro, em Porto Alegre. Na ocasião, médicos da Clínica de Endocrinologia da SCBH, alunos e ex-alunos do Mestrado Profi ssional em Educação em Diabetes apresentaram 15 trabalhos.

Farmacêuticas residentes em Terapia Intensiva - Adulto da Santa Casa BH receberam menção honrosa durante o ‘X Congresso Brasileiro de Farmácia Hospitalar’, promovido em novembro, em Curitiba. O trabalho ‘Atuação do farma-cêutico clínico: redução de custos e aumento de segurança ao paciente’ foi reconhecido pelo seu valor científi co para o desenvolvimento farmacêutico hospitalar brasileiro.

Iniciada na década de 1990, uma pesquisa de destaque continua em andamento na Santa Casa BH. O projeto visa identifi car ações farmacológicas clinicamente úteis de toxinas isoladas a partir do veneno da aranha Phoneutria nigri-venter. Dentre os recentes avanços deste trabalho, observou-se que essa toxina potencializa os efeitos analgésicos da morfi na, diminuindo tanto os efeitos adversos quanto a tolerância induzida por esse opioide.

Em 2015, o Instituto de Ensino e Pesquisa SCBH manteve parcerias com relevantes instituições de ensino para reali-zação de programas de estágio obrigatório: Estácio de Sá, Faculdade Atenas, Faculdade de Ensino de Minas Gerais, Faminas, Fumec, Funorte, Imepac Araguari, Instituição Feluma, PUC Minas, UFMG, UniBH, Unifenas, Univaço, Univer-sidade de Itaúna e Universo.


5.1 - AtenDIMento À MeLHor IDADe

5 - preSente eM toDoS oS MoMentoS

O Instituto Geriátrico Afonso Pena, unidade do GSCBH, é tradicionalmente reconhecido pelo seu caráter fi-lantrópico e desde 1912 oferece assistência humanizada e moradia a idosos. Em 2015, abrigou 36 pessoas atendidas por uma equipe multidisciplinar completa composta por geriatra, enfermeiro, assistente social, fisio-terapeuta, nutricionista e técnicos em enfermagem.


5.2 - SerVIço FUnerÁrIo De QUALIDADe

Com 115 anos de funcionamento (2015), a Funerária Santa Casa BH possui a maior infraestrutura do setor em Minas Gerais e oferece serviço funerário completo. Com atendimento 24 horas, equipe especializada e servi-ços de tanatopraxia, ornamentação e preparo para crematório, a unidade dispõe de um sistema informatizado para garantir a qualidade de todos os processos. Em 2015, a Funerária SCBH conquistou a certificação ISO 9001:2008 - sendo a primeira do seu segmento a obtê-la no Estado - comprovando a excelência dos atendimen-tos e a qualidade dos serviços prestados.

presente eM toDos os MoMentos


BENEFICIÁRIOS - PLANO FUNERÁRIO

18.000

2011

7.635

11.090

14.939

17.787 18.370

2012 2013 2014 2015

15.000

21.000

12.000

9.000

6.000

3.000

0

Fonte: Funerária SCBH

Outro grande diferencial da unidade é o trabalho de responsabilidade social que oferece sepultamentos gra-tuitos para pessoas carentes e indigentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Há mais de 70 anos foi firmado contrato entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Santa Casa BH para realização deste serviço que é oferecido até hoje com exclusividade. Dos mais de 33 mil sepultamentos realizados pela Funerária nos últimos 5 anos, aproximadamente 17% foram gratuitos. Em 2015, foram 1.071 - de um total de 6 mil sepultamentos.

presente eM toDos os MoMentos

A unidade conta também com planos funerários com coberturas diferenciadas e preços acessíveis, serviços de flora (com produção de coroas de flores e arranjos) e de cursos de tanatopraxia (preparação de corpos) para capacitar profissionais do setor funerário de todo o País.


6.1 - reVItALIZAção Do SnD

6 - CADA DIA MeLHor

Com o objetivo de continuar atendendo com qualidade e agilidade, o Serviço de Nutrição e Dietética (13ª andar da Santa Casa BH) passou por uma revitalização que incluiu a reforma total no sistema de refrigeração (novos compressores, portas, sistemas de alarmes e controle de temperatura), novo piso e canaletas, novo revestimen-to fórmico nas portas, novas telas nas janelas, pintura completa e realização de reparos hidráulicos e elétricos. A reestruturação otimizou os processos do setor, garantindo rapidez na distribuição de refeições e no recebi-mento de insumos entregues pelos fornecedores, além da adequação às normas e legislações vigentes.


6.2 - SeGUrAnçA Do pACIente

Visando promover uma cultura de segurança e o desenvolvimento de melhores práticas assistenciais para a prevenção e redução de eventos adversos, o Grupo Santa Casa BH aderiu em 2013 ao ‘Programa Nacional de Segurança do Paciente’ proposto pelo Ministério da Saúde e criou o ‘Núcleo de Segurança do Paciente’. Desde então, estão sendo realizadas ações para promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, entre elas:

- Elaboração do ‘Plano de Segurança do Paciente’ com foco em ações de melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde, na disseminação sistemática da cultura de segurança, na articulação e integração dos processos de gestão de risco.

- Realização de 129 treinamentos - em 2014 e 2015 - com o intuito de capacitar as equipes assistenciais com o objetivo de alinhar o conhecimento e assegurar que os processos sejam executados adequadamente.

- Continuidade da implantação dos ‘Protocolos de Segurança do Paciente’ nas unidades do GSCBH.

- Desenvolvimento e implantação do Sistema de Notifi cações de Eventos Adversos (SNEA) com o propósito de notifi car ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde.

- Realização, em outubro de 2015, do curso sobre Gestão de Riscos.

- Em dezembro de 2015, o Comitê de Gerenciamento de Risco Assistencial e Núcleo de Segurança do Paciente do GSCBH instituiu Núcleos de Segurança do Paciente Institucionais na Santa Casa BH, no Hospital São Lucas, nos ambu-latórios de Quimioterapia, Radioterapia e Nefrologia, na Clínica de Olhos SCBH e no Centro de Especialidades Médicas SCBH. Ao todo, cerca de 60 profi ssionais são responsáveis por disseminar a cultura de segurança, promovendo a efeti-vidade dos serviços prestados desde a chegada do paciente até a alta hospitalar. Com o bom resultado deste trabalho é possível mensurar a qualidade do serviço oferecido, além de diminuir os riscos e priorizar a melhoria contínua e os resultados operacionais do Grupo Santa Casa BH.

CADA DIA MeLHor

Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos.

Higienizar as mãos para evitar infecções.

Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.

Noti�car e controlar os eventos adversos.

Assegurar o uso de equipamentos e materiais.

Garantir a segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemocomponentes.

Identi�car e noti�car as alergias nos formulários especí�cos.

Reduzir a ocorrência de evasão de pacientes no ambiente hospitalar e promover umambiente seguro.

Avaliar previamente, classi�car e diminuir o risco de autoextermínio.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Identi�car corretamente o paciente.

Melhorar a comunicação entre pro�ssionais de saúde, pacientes e acompanhantes.

Melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos.

SEGURANÇA DO PACIENTEProtocolos vigentes

nas unidades assistenciais do Grupo Santa Casa BH


6.3 - eM BeneFÍCIo DoS pACIenteS

Ao longo do ano, diversas ações de conscientização foram promovidas pelos profissionais de saúde do Grupo Santa Casa BH em benefício dos pacientes. Muitas delas incluíram prestações de serviços à comunidade.

Maio

• ‘IX Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança’: a Santa Casa BH foi um dos 17 hospitais do País que participaram da ação promovida pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica. Ao todo, 15 crianças foram operadas por 10 cirurgiões da Unidade Pediátrica da instituição.

CADA DIA MeLHor


Setembro

• As fachadas da Santa Casa BH e do Hospital São Lucas ganharam iluminação verde em apoio à cam-panha ‘Setembro Verde’. Em função do ‘Dia Nacional de Doação de Órgãos’ - comemorado em 27/09 - médicos do Serviço de Nefrologia participaram de uma mobilização na Estação de Metrô da Lagoinha.

CADA DIA MeLHor


Outubro

• A Santa Casa BH participou da campanha ‘Outubro Rosa’ para sensibilizar a população sobre a impor-tância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Durante o mês, foram promovidas diversas ações educativas na instituição.

CADA DIA MeLHor


Novembro

• O prédio da Santa Casa BH também se iluminou em função da campanha ‘Novembro Azul’, cujo objetivo é despertar a atenção dos homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. No dia 21/11, urologistas da instituição promoveram um mutirão de atendimentos que beneficiou 100 pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde.

• ‘Mutirão de Cirurgia Plástica’: promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica com apoio da regional mineira da entidade. No dia do evento, cirurgias de pálpebras foram realizadas gratuitamente na Santa Casa BH.

CADA DIA MeLHor


6.4 - reSponSABILIDADe AMBIentAL

O Grupo Santa Casa BH acredita que com a contribuição de todos é possível minimizar os impactos causados pela intervenção humana, proporcionando ações mais sustentáveis. Comprometida com sua responsabilida-de socioambiental, a instituição desenvolve diversas ações relacionadas à produção de resíduos. Dentre elas destaca-se a reciclagem de cerca de 15 toneladas de papelão e papel branco, por ano, realizada pelo setor de Gestão Ambiental.

Para conscientizar os funcionários sobre a importância do gerenciamento de resíduos nas unidades e tornar acessíveis informações sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), o setor realizou em abril diversos treinamentos. Participaram da capacitação cerca de 300 pessoas - principalmente das áreas assistencial e de higienização da instituição - que foram orientadas quanto à necessidade do descarte correto do lixo produzido em seu processo de trabalho.

Foram realizados também treinamentos e campanhas para orientar funcionários, pacientes e acompanhantes quanto à necessidade crescente de economia de água e energia. Entre as ações, destacou-se a sinalização in-terna nas 6 unidades do Grupo - com placas educativas, prioritariamente nos banheiros e vestiários. De forma complementar, foram feitas adequações estruturais como instalação de torneiras com acionamento automáti-co nos vestiários, no Serviço de Nutrição e Dietética, nas Unidades de Tratamento Intensivo, na Maternidade Hilda Brandão SCBH, no Centro de Diagnóstico e Tratamento e no setor de Quimioterapia. Outra medida foi a instalação de caixas acopladas de 25 litros nos vasos sanitários, evitando o acionamento manual contínuo. As torneiras de cotovelo do Bloco Cirúrgico foram substituídas por torneiras de acionamento por pedal com des-ligamento automático.

CADA DIA MeLHor


6.5 - CoMUnICAção InStItUCIonAL

Em 2015, a Assessoria de Comunicação deu continuidade às campanhas institucionais da Santa Casa BH. Destaque para a campanha ‘Santa Casa BH ainda melhor’ - que inaugurou uma nova etapa no trabalho de arrecadação de recursos para o hospital. Ao ser veiculada, a peça obteve destaque pelo seu caráter otimista, proativo, sem elementos melodramáticos ou apelativos. Divulgada na TV, mídia exterior e redes sociais, a cam-panha contou com a participação voluntária da atriz Isis Valverde. No VT há também a divertida atuação de uma paciente mirim (na época, em tratamento oncológico no hospital) e trilha sonora do grupo mineiro de música instrumental Uakti.

Ligue (31)

Doe através de débitoem conta da Cemig,boleto ou cartãode crédito.

Ligue (31)

Doe através de débitoem conta da Cemig,boleto ou cartãode crédito.

CADA DIA MeLHor


Na imprensa, as unidades do GSCBH foram citadas em 950 reportagens difundidas por veículos de comuni-cação de todo o País (aumento de 28% em relação a 2014), perfazendo uma média mensal de 79 inserções mensais em mídia espontânea. Em 2015, a Assessoria de Comunicação Institucional também cumpriu seu pla-nejamento - destinado às 6 unidades do GSCBH - de demandas relacionadas às suas outras áreas de atuação, como publicidade e propaganda (campanhas publicitárias para as unidades comerciais do Grupo), sinalização e comunicação interna, produção jornalística, atendimento à imprensa e comunicação digital (portal, hotsites e redes sociais).

CADA DIA MeLHor

O superintendente do Grupo Santa Casa BH, Gonçalo Barbosa (à dir.), durante entrevista coletiva no Palácio da Liberdade


CADA DIA MeLHor

BOLETIM INTERNO DO GRUPO SANTA CASA BH • Nº 23 • 22 DE ABRIL DE 2015

O setor de Gestão de Pessoas está reali-

zando desde o dia 14 de abril a ‘Pesquisa

de Clima Organizacional’ nas 6 unidades

do Grupo Santa Casa BH.

Através da apli-

cação de um

questionário, a

pesquisa permi-

tirá à instituição

conhecer o cli-

ma organizacio-

nal sob a ótica

dos funcioná-

rios, possibilitando uma avaliação preci-

sa e atual para, em seguida, promover o

planejamento de ações de melhoria con-

tínua.

De forma sigilosa, os funcionários res-

ponderão perguntas sobre relaciona-

mento, trabalho em equipe, liderança,

orgulho de pertencimento, respeito, co-

municação, remuneração, benefícios e

condições de trabalho. Para participar,

basta acessar “Gestão de Pessoas” (se-

ção “Acesso restrito” - portal do GSCBH),

clicar no banner referente à pesquisa, di--

diata e responder o questionário.

PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL

No dia 13 de abril foi realizada a ‘Assembleia Geral do Conselho da Irman-

dade da Santa Casa BH’, pela qual Saulo Levindo Coelho (foto) foi eleito

pela 6ª vez consecutiva como provedor da instituição para o triênio 2015--

dades do GSCBH, conquistando expressivos resultados ao longo de sua

gestão.

Durante o evento, também foram eleitos novos membros do Conselho Su-

perior da Irmandade (um terço) e os representantes do Conselho da Irman-

dade e do Conselho Fiscal da SCBH. Promovido no Salão Nobre, o evento

reuniu deputados federais e estaduais, vereadores da Capital, médicos da

instituição, empresários, magistrados e representantes da sociedade.

ASSEMBLEIA GERAL REELEGE SAULO COELHO COMO PROVEDOR DA SCBH

No dia 6 de abril foi

realizada auditoria

no Centro de Espe-

cialidades Médicas

Santa Casa BH.

Na inspeção da uni-

dade, foram aponta-

das 11 observações

(condições ou fatos -

ditor, para melhorias). De imediato, serão reali-

zados planos de ação com o objetivo de corrigir

e adequar esses processos, evitando ‘não con-

formidades’ na próxima auditoria que será reali-

zada nos dias 2 e 3 de julho.

CERTIFICAÇÃO ISO 9001

PARTICIPE DA PESQUISA

DE CLIMA ORGANIZACIONAL

Sua opinião

vale ouro

GRUPO SANTA CASA BH

Os funcionários do Grupo Santa Casa BH e seus

familiares que tenham plano funerário de outras

empresas podem fazer a portabilidade para a Fu-

nerária Santa Casa BH. A mudança é realizada

sem carência e taxa de adesão. Para mais infor-

mações, visite a loja de atendimento do Plano Fu-

ou ligue para 3274.0000.

PORTABILIDADE PARA A FUNERÁRIA SCBH

PESQUISA DE MERCADO

CERTIFICAÇÃO ISO 9001

SISTEMA ELETRÔNICO DE VAGASPOLÍTICAS INSTITUCIONAIS

benchmarkingVISITA

CERTIFICAÇÃO FUNERÁRIA SCBH

MCDIA FELIZ 2015

SIPAT INTEGRADA 2015

Entre os dias 5 e 9 de outubro, a Santa Casa BH passou pela pré-auditoria da

score

endobenchmarking

AUDITORIA

REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA

OUTUBRO ROSA

benchmarking

NOVAS FACILIDADES NO PORTAL DO GRUPO SANTA CASA BH

Evento Científico Transplante de Fígado

1ª Reunião Científica do Núcleo de Fígado da Clínica Gastroenterológica

da Santa Casa BH

TEMA:Trombose da Artéria Hepática

Pós-transplante: etiologia e conduta.

3 de dezembro de 2015 (quinta-feira)18:30 h

Salão Nobre da Santa Casa BH

Público-alvo: médicos, residentes, enfermeiros e gerentes corporativos.

Dr. Gustavo Miranda Martins

Responsável

Informações:Ramal 8529


CADA DIA MeLHor


Para cumprir sua missão de assistência à saúde, educação e ação social, o Grupo Santa Casa BH conta com o apoio da sociedade mineira, seja através de doações de equipamentos hospitalares, da destinação de verbas de emendas parlamentares, de contribuições financeiras ou simplesmente com a doação de tempo para apoiar pacientes necessitados de cuidados e atenção.

Equipamentos doados à instituição em 2015 colaboraram para a ampliação e melhoria dos atendimentos prestados.

VÍdeo eletroenCeFaloGrama (VÍdeo-eeG)

Graças à doação feita pela Associação das Voluntárias da Santa Casa BH (AVOSC), no mês de maio, de um novo aparelho de vídeo eletroencefalograma para a instituição, foi possível ampliar o atendimento do Centro de Referência em Epilepsia Refratária (CRER) da Clínica Neurológica e Neurocirúrgica - um dos 12 serviços desse tipo existentes no País. Agora a unidade conta com 2 equipamentos que monitoram o comportamento clínico e a atividade eletro-cerebral do paciente, indispensável para o diagnóstico da epilepsia refratária. Com a expan-são do CRER, o tempo de espera para a realização deste exame (cerca de 9 meses) foi reduzido pela metade.

7 - InVeStIMentoS DA SoCIeDADe

7.1 - MeLHorIA Do AtenDIMento


amBUlÂnCIa

Eventualmente, a Santa Casa BH precisa deslocar pacientes para realização de procedimentos específicos fora do hospital (dando continuidade ao tratamento) ou para transportar pessoas que obtiveram alta e necessitam de cuidados especiais. Com a ambulância doada pelas Drogarias Pacheco - em julho - foi possível agilizar o atendi-mento a estes pacientes.

InVestIMentos DA soCIeDADe


doaÇÕes Pelo telemarKetInG e oUtras reCeItas

As doações recebidas em 2015 pela Central de Doações Santa Casa BH via telemarketing - somadas a outras receitas direcionadas ao setor - totalizaram R$ 1.671.816,62. Ao todo, 7.933 pessoas contribuíram, sendo 4.866 através da conta da CEMIG, 2.924 por boleto bancário e 143 por cartão de crédito.


Parte do custeio do projeto de revitalização das instalações da ‘Farmacotécnica de Antineoplásicos’ no setor de Quimioterapia do hospital foi feita com a verba arrecadada pela doação de pessoas físicas à Santa Casa BH. Rea-tivado em junho, o local é apropriado para manipulação de medicamentos direcionados a pacientes em tratamento oncológico. Com as novas instalações, foi possível aumentar em até 50% o volume de fármacos produzidos.

Farmacotécnica de Antineoplásicos

doaÇÕes 2015 Valor

Equipamentos, instrumentais, enxovais, peças e acessórios 152.381,34

Farmacotécnica (equipamento/ obra) 91.307,93

Hospitalidade e Logística 782.473,54

Manutenção de tecnologias médico-hospitalares 122.976,88

Manutenção de infraestrutura 270.970,55

Saldo 251.706,38

total r$ 1.671.816,62


mCdIa FelIz

A edição 2015 do McDia Feliz - realizado em parceria com o Instituto Ronald McDonald e a Casa de Acolhida Padre Eustáquio - beneficiou crianças e adolescentes em tratamento oncológico na Santa Casa BH. Toda a renda obtida com a venda dos sanduíches Big Mac e das camisas do evento em Belo Horizonte e em outras 5 cidades mineiras foi utilizada para aquisição de 110 cateteres do tipo venoso central de inserção periférica (PICC), que torna a aplicação da medicação venosa mais segura e menos dolorosa em relação a outros cateteres comuns.



Classe esColar

No mês de março, foi inaugurada na Unidade Pediátrica da SCBH a ‘Classe Santa Casa BH’, espaço de con-vivência onde são ministradas as aulas do projeto ‘Criança Hospitalizada’ criado pela Secretaria Municipal de Educação. Com o projeto, pacientes de 6 a 12 anos de idade matriculados na rede municipal de ensino recebem atendimento pedagógico-educacional no próprio hospital.


Na inauguração da classe escolar, o superintendente Porfírio Andrade e a secretária municipal de Educação, Sueli Dias


7.2 - eMenDAS pArLAMentAreS e ConVÊnIoS

Diversas autoridades visitaram a Santa Casa BH durante o ano para prestar seu apoio à instituição. Entre elas o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fausto Pereira dos Santos, e o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar das Santas Casas, Arnaldo Silva. Dispostos a ajudar o hospital na aquisição de mobili-ários, equipamentos e insumos - por meio de verbas de emendas parlamentares - vários deputados federais e estaduais também estiveram na instituição: Eros Biondini, Laudívio Carvalho, Leonardo Quintão, Marcelo Álvaro Antônio, Reginaldo Lopes, Sérgio Brito e Subtenente Gonzaga (deputados federais) e Antônio Carlos Arantes, Glaycon Franco, Léo Portela e Ricardo Faria (deputados estaduais).

A destinação das emendas parlamentares pelos deputados federais e estaduais à Santa Casa BH é importante para a realização de investimentos na aquisição de mobiliários, equipamentos e insumos, contribuindo para a continuidade e melhoria do atendimento a milhares de usuários do SUS. A maior parte dessas verbas já foi em-penhada e, em 2016, esses recursos estarão à disposição do Grupo SCBH.

Confira as emendas federais e estaduais liberadas para o hospital:



7.3 - pArCeIroS Do BeM

Outra importante contribuição ao Grupo Santa Casa BH é prestada por voluntários que dedicam parte do seu tempo para ajudar pacientes da Santa Casa BH e moradores do Instituto Geriátrico Afonso Pena.

No decorrer de 2015, o IGAP recebeu cerca de 3 mil visitantes. Alguns se dedicam há décadas ao trabalho voluntário na unidade e criaram laços de amizade com os idosos. Um exemplo é Maria da Glória Esteves, que há 30 anos organiza festas de aniversário e almoços comemorativos. Muitos outros voluntários desenvolvem atividades que complementam o serviço prestado pela equipe multidisciplinar: o cabeleireiro Edir Medeiros faz a barba dos homens e escova, penteado e corte de cabelo das idosas para as comemorações; o músico Hélio Adriano é o responsável pelas apresentações musicais durante as festas; o grupo ‘Anjos da Dança’ promove um baile para idosos e visitantes sempre no penúltimo domingo do mês; os jovens do grupo ‘Camaradas da Alegria’ se vestem de palhaço e visitam a instituição um sábado por mês; além daqueles que doam medicamentos, mo-biliários e outros recursos materiais e os que dedicam um pouco do seu tempo para apenas jogar truco e bingo com os idosos. Somam-se a essas ações as visitas periódicas de alunos dos colégios São Paulo e Marista e do grupo ‘Amigos do Amor’ (terceiro domingo de cada mês).



A música também tem papel importante na recuperação dos enfermos e na humanização do ambiente hospi-talar: o violinista Tiago Oliveira dedica um sábado do mês aos pacientes do 7º e 8º andar da SCBH. Nesse dia, ele consegue visitar mais de 230 leitos. Já na Clínica Neurológica e Neurocirúrgica, os pacientes participam quinzenalmente de uma seresta com o violonista Jésus Silva Barcelos. Regularmente, o músico Wallison Adria-no Maurício canta MPB para os pacientes da Clínica Cardiológica.

No intuito de promover entretenimento para seus funcionários, o Grupo Santa Casa BH retomou em 2015 o projeto ‘Momento Cultural’ que, na década de 1990, denominava-se ‘Santa Tarde Cultural’. Nas apresentações mensais, os músicos convidados apresentaram um repertório versátil que incluiu bossa nova, jazz, pop e trilhas sonoras de filmes.


Caxi Rajão e Lívia Tucci


Na Pediatria, vários grupos promovem ações motivacionais para complementar a assistência médica de cerca de 100 crianças internadas na unidade. A imersão no mundo das fábulas e fantasias é outro recurso utilizado pelas voluntárias do projeto ‘Livro ao Vivo’ para confortar os pacientes mirins: as quintas-feiras e domingos são dias de contar histórias para estimular a imaginação e incentivar a prática da leitura. Já os integrantes do ‘Curando com um Sorriso’ dedicam um domingo do mês à ‘distribuição de esperança’. Com narizes de palha-ços, perucas coloridas e instrumentos musicais, eles divertem pais e filhos com brincadeiras e cantigas de roda.

Com a colaboração de voluntários, o Serviço de Psicopedagogia Hospitalar da Pediatria promove também ofi-cinas de arte para mães e acompanhantes de crianças internadas na unidade. O principal objetivo é capacitar os participantes para um novo ofício, de caráter artesanal, já que muitas mães precisam abrir mão do trabalho para se dedicar à recuperação dos filhos. Na Nefrologia, os ‘Doutores Palhaços de BH’ visitam a unidade uma vez por mês para levar bom humor e descontração às crianças que fazem sessão de hemodiálise.



Na Maternidade Hilda Brandão SCBH, a presença das doulas contribui para o pré-parto, parto e pós-parto das gestantes. Ao todo, 12 voluntárias se dedicam para acompanhar e dar suporte físico e emocional às parturien-tes. Entre as atividades destacam-se a ajuda para encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e a sugestão de formas eficientes de respiração e medidas naturais capazes de aliviar as dores.



Muitas pessoas também dedicam suas horas livres para levar conforto aos adultos internados no hospital. Os ‘Doutores Só Risos’ visitam nos fins de semanas os pacientes da Unidade de Cuidados Prolongados que atende em torno de 65 pessoas que necessitam de cuidados específicos de reabilitação.

Destaque também para a atuação da Associação das Voluntárias da Santa Casa. Criada em 1971, a AVOSC tem a missão de distribuir bens materiais e, principalmente, atenção, amor e tempo aos pacientes. Ao todo, 150 voluntárias disponibilizam 6 horas de sua semana para fazer intervenções diárias nos 13 andares da Santa Casa BH, cumprindo papel primordial na humanização do atendimento. Suas ações incluem doação de medi-camentos, cobertores, agasalhos, turbantes, bonés, próteses, pijamas, chinelos, cadeiras de roda, cadeiras de banho, muletas, bengalas, lentes, alimentos e material de higiene pessoal. As mulheres carentes que dão à luz na Maternidade Hilda Brandão SCBH recebem, no momento da alta hospitalar, um kit completo de roupinhas para o bebê e medicamentos.

Em 2015, a Associação das Voluntárias da Santa Casa BH atendeu cerca de 40 mil pacientes e arrecadou quase R$ 400 mil, convertidos em aproximadamente 50 mil peças - cobertores, enxovais, roupas e agasalhos - 80 mil medicamentos, 15 toneladas de alimentos e 10 mil itens diversos.



O ‘Curso de Gestantes da Santa Casa BH’ é um tradicional evento realizado há anos pela AVOSC em parceria com a Maternidade Hilda Brandão SCBH. Ministrado por uma equipe multidisciplinar na última quinta-feira de cada mês, o curso preparou em 2015 cerca de 280 gestantes para o momento do parto e os primeiros cuidados com o bebê. Encaminhadas ao curso pelo Centro de Referência de Assistência Social da Prefeitura de Belo Horizonte, as participantes sempre ganham kits de enxoval para bebês, café da manhã e da tarde, vale-refeição e vale-transporte.



Ao analisar a evolução da receita dos serviços médicos prestados pelo Grupo Santa Casa BH ao SUS, entre 2009 e 2015, comprova-se que os valores recebidos foram insuficientes para o custeio e que estes deficits fo-ram absorvidos pela instituição ao longo dos anos. Para não prejudicar a operação do Grupo, foram efetivadas complementações de valores gastos com leitos de clínica médica, plantões de anestesiologia e repasses de pre-ceptoria. Essas ações contribuíram para diminuir prejuízos e melhorar a remuneração repassada aos médicos.

GSCBH PBH

VALORES GASTOS - GSCBH E PBH

11.625.207,8016.527.391,00

13.850.807,4625.941.323,21

19.008.260,0533.873.509,14

23.093.051,7843.247.845,91

22.646.574,5748.386.214,97

22.041.223,2655.987.109,47

21.888.625,9658.752.228,19

2014

2013

2015

2012

2011

2010

2009

Fonte: Assessoria de Planejamento, Controladoria e Gestão do GSCBH

8 - eVoLUção DA reCeItA De SerVIçoS MÉDICoS


9 - DeMonStrAçÕeS ContÁBeIS

9.1 - SAntA CASA De MISerICÓrDIA De BeLo HorIZonte

sAntA CAsA BH

BalanÇo PatrImonIal (em r$ 1)

Exercício findo em 31.12.15 31.12.14

ATIVO

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes (Nota 4) 2.348.091 2.689.924

SUS (Nota 5) 52.182.305 50.578.516

Subvenções Governamentais (Nota 6) 14.492.014 -

Contas a receber (Nota 7) 19.015.265 22.112.753

Estoques (Nota 3.b) 10.801.258 9.246.711

Adiantamentos (Nota 8) 3.661.322 1.527.765

102.500.255 86.155.669

NÃO CIRCULANTE

Realizável a Longo Prazo

Aplicações financeiras 1.063.666 -

Depósitos judiciais (Nota 9) 5.104.700 4.708.691

6.168.366 4.708.691

Investimentos (Nota 10) 5.298.128 5.355.587

Imobilizado (Nota 11) 480.626.821 486.795.598

Intangível (Nota 12) 470.885 2.161.939

492.564.200 499.021.815

Total do Ativo 595.064.455 585.177.484


sAntA CAsA BH



PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PASSIVO A DESCOBERTO)

PASSIVO CIRCULANTE

Fornecedores (Nota 13) 84.913.413 91.923.458

Obrigações com pessoal 23.534.610 21.033.231

Impostos e contribuições (Nota 14) 10.088.904 8.010.628

Ressarcimento ao SUS (Nota 15) 817.610 701.473

Instituições financeiras (Nota 16.a) 10.464.547 36.310.911

Empréstimos - BNDES (Nota 16.b) 25.581.201 16.986.533

Provisões para contingências (Nota 17) 2.011.970 2.018.591

Outras exigibilidades (Nota 18) 16.921.060 28.544.222

174.333.315 205.529.047

PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Fornecedores (Nota 13) 11.812.247 12.768.746

Impostos e contribuições (Nota 14) 21.752.220 25.152.064

Subvenções Governamentais a Realizar (Nota 6) 14.492.014 -

PROSUS (Nota 19) 291.387.848 318.196.577

Ressarcimento ao SUS (Nota 15) 6.730.333 7.316.040

Instituições financeiras (Nota 16.a) 32.323.469 57.916.994

Empréstimos - BNDES (Nota 16.b) 92.982.456 -

Provisões para contingências (Nota 17) 48.033.446 43.354.647

Receitas diferidas (Nota 20) 1.240.715 1.287.500

Outras exigibilidades (Nota 18) 13.659.633 4.071.141

534.414.381 470.063.709

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PASSIVO A DESCOBERTO) 383.265.621 383.265.621

Patrimônio Social (496.948.862) (473.680.894)

Deficits acumulados (113.683.241) (90.415.273)

Total do Passivo e Patrimônio Líquido (Passivo a descoberto) 595.064.455 585.177.484


sAntA CAsA BH

demonstraÇÃo do sUPeraVIt oU deFICIt (em r$ 1)


RECEITA OPERACIONAL BRUTA (Nota 21) 378.188.156 382.097.004

Glosas (5.110.091) (8.839.982)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 373.078.065 373.257.022

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (Nota 22) (348.184.211) (305.996.487)

RESULTADO BRUTO 24.893.854 67.260.535

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS

Gerais e administrativas (42.200.419) (113.202.189)

Provisões para contingências (Nota 17) (11.411.965) (12.643.599)

Insubsistência ativa (Nota 19.f) 26.808.729 400.305

(26.803.655) (125.445.483)

DEFICIT OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO (1.909.801) (58.184.948)

Despesas financeiras (Nota 23) (29.081.546) (33.046.842)

Receitas financeiras 7.723.380 682.619

DEFICIT (23.267.967) (90.549.171)

demonstraÇÃo das mUtaÇÕes do PatrImÔnIo lÍQUIdo (passivo a descoberto) (em r$ 1)

Patrimônio Social Deficits acumulados Total

Saldo em 31.12.13 383.265.621 (383.131.723) 133.898

Deficit do exercicio - (90.549.171) (90.549.171)

Saldo em 31.12.14 383.265.621 (473.680.894) (90.415.273)

Deficit do exercício - (23.267.967) (23.267.967)

Saldo em 31.12.15 383.265.621 (496.948.861) (113.683.240)


sAntA CAsA BH

demonstraÇÃo dos FlUXos de CaIXa (em r$ 1)


ATIVIDADES OPERACIONAIS

Deficit (23.267.967) (90.549.171)

Ajustes por:

Depreciação e amortização 10.465.043 9.506.832

Deficit ajustado (12.802.924) (81.042.339)

Redução (aumento) de Ativos

SUS (1.603.789) (25.255.989)

Contas a receber 3.097.488 (3.018.544)

Estoques (1.554.547) (3.420.722)

Adiantamentos (2.133.557) 1.621.091

Aplicações financeiras de longo prazo (1.063.666) -

Depósitos judiciais (396.009) (1.671.417)

Aumento (redução) de Passivos

Fornecedores (7.966.544) 13.802.641

Obrigações com pessoal 2.501.379 2.842.583

Impostos e contribuições (28.599.867) 82.665.381

Provisões para contingências 4.672.178 (2.168.680)

Receitas diferidas (46.785) (281.441)

Outras exigibilidades (2.034.671) 7.417.206

Caixa aplicado nas Atividades Operacionais (47.931.314) (8.510.230)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Redução de investimentos - 1.045.157

Aquisição de imobilizado (líquido de baixas) (2.541.752) (14.411.379)

Aquisição de intangíveis (líquido de baixas) (6.001) (624.322)

Caixa aplicado nas Atividades de Investimento (2.547.753) (13.990.544)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Captação de empréstimos/financiamentos (líquida de amortizações)

50.137.235 23.312.310

Caixa gerado nas Atividades de Financiamento 50.137.235 23.312.310

AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES (341.833) 811.535

Caixa e Equivalentes no início do exercício 2.689.924 1.878.389

Caixa e Equivalentes ao final do exercício 2.348.091 2.689.924

Aumento (Redução) (341.833) 811.535


sAntA CAsA BH

demonstraÇÃo do Valor adICIonado (em r$ 1)


RECEITAS

Prestação de serviços 373.137.275 373.271.077

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (1.242.468) (1.950.460)

Demais receitas operacionais 24.826.195 (2.635.533)

396.721.002 368.685.084

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

Custo dos serviços prestados 78.067.912 59.989.937

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 119.423.359 120.784.466

197.491.271 180.774.403

RETENÇÕES

Depreciação 10.284.767 9.506.832

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO 188.944.964 178.403.849

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

Receitas financeiras 7.723.380 682.619

VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 196.668.344 179.086.468

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Pessoal e encargos 189.415.933 168.117.150

Impostos, taxas e contribuições 175.367 67.415.504

Despesas financeiras e aluguéis 30.232.731 34.102.985

Deficit do exercício (23.155.687) (90.549.171)

TOTAL DISTRIBUÍDO 196.668.344 179.086.468


notas eXPlICatIVas Às demonstraÇÕes FInanCeIras em 31 de dezemBro de 2015 e 2014 (em r$ 1)

1. ConteXto oPeraCIonal

A Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, fundada em 21 de maio de 1899, é uma Associação, sem fins lucrativos, de caráter filantrópico, reconhecida de Utilidade Pública pelo Decreto Federal nº 47.778/60, e tem por objetivo principal a manutenção de hospitais onde prepondera o tratamento de enfermos reconhecidamente carentes, sobretudo os custeados pelo Sistema Único de Saúde - SUS, através de convênio. A Administração da Instituição é exercida pelo Provedor, em cargo não remunerado, eleito pela Assembleia Geral. Integram a Santa Casa as seguintes unidades: Hospital Emydio Germano (Hospital Santa Casa - SC), Hospital São Lucas (HSL), Serviço Funerário (SF), Instituto Geriátrico Afonso Pena (IGAP), Centro de Especialidades Médicas (CEM) e Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP). O Projeto Santa Casa 1.000 leitos SUS é uma parceria entre a Instituição, Prefeitura de Belo Horizonte, Governos Federal e Estadual. A rede de saúde aumentou de 935, em dezembro de 2010, para 1.086 leitos SUS instalados em dezembro de 2015 o número de leitos disponíveis para enfermos do SUS; dessa forma, parte do deficit assistencial dos hospitais de Minas Gerais ficará coberto. Do total de 1.086 leitos SUS instalados em dezembro/2015, 170 leitos correspondem a leitos de Centro de Tratamento Intensivo (CTI), que contribuem de forma significativa para exercício da prestação de serviço hospitalar da Entidade. Além deste fato, estes leitos de CTI também representam um diferencial desta Santa Casa, que dispõe de es-trutura única no Estado para assistência e atenção à saúde. Além do Projeto Santa Casa 1.000 Leitos SUS, a Administração vem empreendendo gestão para implementar um adequado Plano de Recuperação, que está, principalmente, delineado por:

a) Reestruturação e renegociação do passivo junto aos prestadores de serviços e fornecedores de materiais médicos e medicamentos, buscando elevar a credibilidade e proporcionando condições mais favoráveis de fornecimento.

b) Fortes investimentos em educação continuada dos funcionários, com destaque para o programa de MBA em parceria com instituições de ensino e o Programa Pra-graduar e Pós-graduar com participação na formação dos profissionais. O PDL - Programa de Desenvolvimento de Líderes - e o PDG - Programa de Desenvolvimento de Gerentes - têm capacitado com qualidade as lideranças da Instituição.

c) O Projeto Crescer, responsável pelo treinamento e desenvolvimento de funcionários, foi homenageado na edição especial da revista ‘Saúde Business’, sobre o estudo Hospitais Referência, como sendo case de sucesso nas boas práticas de gestão dos recursos humanos.

d) Em busca da valorização dos funcionários a instituição adotou como política o adiantamento quinzenal de salários e a progressão do abono de férias de 33,33% para 50%. Além disso, no retorno das férias o funcionário conta com pagamento de 40% do 13º salário. Todos esses investimentos em educação e plano de carreira têm como objetivo reduzir a rotatividade de pessoal e aprimorar a qualidade na assistência.

sAntA CAsA BH


e) Esforços no sentido de dispor da Certidão Negativa de Débitos (CND) nas esferas Federal, Estadual e Muni-cipal, tanto de natureza previdenciária e não previdenciária, tanto de âmbito pleno e especificamente para um único tributo. Esta política tem o objetivo de atender o princípio estatutário da transparência e, ainda, aumentar a capacidade de negociação perante os órgãos públicos. Ressaltamos a adesão ao PROSUS, melhor detalhada na Nota 19, que permitiu à Santa Casa regularizar o passivo tributário e, consequentemente, obter a Certidão Negativa de Débitos Federais. Nesse sentido, a entidade contratou em 2015 junto à Caixa Econômica Federal e ao BNDES o parcelamento especial para reestruturar seu passivo com as instituições financeiras. Este, por sua vez, tem em vista a redução de taxas, bem como o prolongamento dos prazos, com consequente melhoria do fluxo de caixa da entidade com menor desembolso de pagamentos.

2. aPresentaÇÃo das demonstraÇÕes FInanCeIras

a) As demonstrações financeiras são elaboradas nos termos da Lei nº 6.404/76, do Decreto nº. 7.237/10 e demais dispositivos legais e normativos pertinentes às Instituições de Fins Filantrópicos, às Leis 11.638/07 e 11.941/09 e, no que for aplicável, às Resoluções CFC nº 1.159/09 e nº. 1.409/12, que aprovou a ITG 2002 - en-tidades sem fins lucrativos.

b) Conforme resolução CFC nº. 1.138/08, que aprovou a NBC TG 09, a Demonstração do Valor Adicionado está sendo apresentada de forma comparativa com a do exercício anterior.

3. PrInCIPaIs PrÁtICas ContÁBeIs

a) A instituição adota o regime contábil de competência para a apuração do resultado.

b) Os estoques são demonstrados pelo preço médio de aquisição, inferior aos valores de reposição e de mercado.

c) A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa é constituída em bases consideradas suficientes para co-brir eventuais perdas nas contas a receber.

d) A Provisão para férias e respectivos encargos é calculada de acordo com a análise individualizada do direito do funcionário na data do balanço.

e) Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ati-vos, passivos e outras transações. Os resultados reais podem apresentar variação em relação às estimativas utilizadas, devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação.

sAntA CAsA BH


sAntA CAsA BH

subvenções a receber/realizar 31.12.15

Emendas Federais 14.332.904

Emendas Estaduais 159.110

total - r$ 1 14.492.014

6. sUBVenÇÕes GoVernamentaIs

Pela primeira vez em sua história, a Santa Casa conseguiu captar emendas parlamentares - tanto federais quan-to estaduais - reconhecendo apenas aquelas que já tiveram seus termos assinados, empenhados e publicados na imprensa oficial. A entidade cadastrou todos os projetos referentes às emendas no Portal de Convênios - Siconv, do Governo Federal, e no Sistema de Gestão de Convênio - Sigcon do Estado de Minas Gerais. Tais benefícios podem ser assim demonstrados:

Além desses recursos, já estão em negociações avançadas com o Governo de Minas Gerais aproximadamente mais R$ 5 milhões em convênios, voltados à melhoria do parque tecnológico do hospital. Ressaltamos que isso só está sendo possível graças aos esforços da Santa Casa para obter as Certidões Negativas de Débito - CND.

4. CaIXa e eQUIValentes

Representam os recursos em moeda corrente, contas bancárias e aplicações financeiras, a saber:

natUreza 31.12.15 31.12.14

Caixa e bancos 1.106.523 419.652

Aplicações financeiras 1.241.494 2.270.272

total - r$ 1 2.348.091 2.689.924

As aplicações financeiras, em CDB, têm rentabilidade atrelada ao CDI e possuem liquidez imediata.

5. sUs

Contas a receber oriundas da prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde, cujos saldos podem ser assim demonstrados:

natUreza 31.12.15 31.12.14

SUS - Sistema Único de Saúde - Produção 26.496.257 21.251.401

SUS - Sistema Único de Saúde - Incentivos 25.686.048 29.327.115

total - r$ 1 52.182.305 50.578.516


sAntA CAsA BH

7. Contas a reCeBer

Contas a receber são provenientes da prestação de serviços à saúde suplementar, cujos saldos podem ser assim demonstrados:

descrição 31.12.15 31.12.14

Convênios - Saúde suplementar 14.198.890 22.112.753

Particulares 735.612 854.907

Serviço e plano funerário 472.698 306.252

Outros 9.399.210 11.369.898

soma 24.806.410 25.235.530

Provisão p/devedores duvidosos (5.791.145) (3.122.777)

total - r$ 1 19.015.265 22.112.753

8. adIantamentos

Decorrem, basicamente, de adiantamentos efetuados a fornecedores para compra de materiais e medicamentos.

9. dePósItos JUdICIaIs

Representam recursos financeiros à disposição do Juízo para discussão de ações cíveis e trabalhistas.

descrição 31.12.15 31.12.14

Depósitos no Juízo Auxiliar de Execuções (JAE) - Trabalhistas

995.928 1.412.136

Demais Depósitos de Natureza Cível 4.108.772 3.296.555

total - r$ 1 5.104.700 4.708.691

10. InVestImentos

31.12.15 31.12.14

descrição Custo depreciação líquido Custo depreciação líquido

Terrenos 3.120.000 - 3.120.000 3.120.000 - 3.120.000

Edificações 2.348.000 172.380 2.157.620 2.348.000 114.920 2.233.080

Ações e Cotas 2.507 - 2.507 2.507 - 2.507

total - r$ 1 5.470.507 172.380 5.298.127 5.470.507 114.920 5.355.587

As edificações e os terrenos são destinados à locação, com a finalidade de arrecadação de recursos para a Instituição.


sAntA CAsA BH

11. ImoBIlIzado

O ativo imobilizado da Instituição apresenta a seguinte composição:

31.12.15 31.12.14 taxa anual

descrição Custo depreciação líquido Custo depreciação líquido depreciação

Edificações e benfeitorias

194.966.489 (11.888.062) 183.078.427 193.225.761 (7.444.539) 185.781.222 4%

Equipamentos hospitalares

40.164.371 (8.737.940) 31.426.431 39.433.225 (5.184.234) 34.248.990 10%

Equipamentos informática

914.040 (619.341) 294.699 898.180 (553.383) 344.797 20%

Máquinas e equipamentos

1.714.041 (495.244) 1.218.797 1.609.984 (323.958) 1.286.026 10%

Móveis e utensílios

2.599.646 (691.472) 1.908.174 2.711.930 (460.394) 2.251.537 10%

Veículos 347.757 (118.970) 228.787 271.913 (58.267) 213.646 20 e 33,33%

subtotal 240.706.344 (22.551.029) 218.155.315 238.150.993 (14.024.775) 224.126.218 -

Terrenos (a) 262.180.522 - 262.180.522 262.180.522 - 262.180.522 -

Obras em andamento

81.175 - 81.175 177.760 - 177.760 -

Adiant. a fornecedores

147.865 - 147.865 180.188 - 180.188 -

Outras imobilizações

61.944 - 61.944 130.909 - 130.909

total - r$ 1 503.177.850 (22.551.029) 480.626.821 500.820.372 (14.024.775) 486.795.598

Em dezembro de 2014, foram incorporados ao ativo imobilizado desta instituição bens transferidos da Fundação Santa Casa a título de pagamento de débitos.

12. IntanGÍVel

31.12.15 31.12.14 taxa anual

descrição Custo amortização líquido Custo amortização líquido amortização

Softwares implantados

5.402.223 (4.961.337) 440.885 5.402.223 (3.260.284) 2.141.939 20%

Em desenvolvimento

30.000 - 30.000 20.000 - 20.000

total - r$ 1 5.432.223 (4.961.337) 470.885 5.422.223 (3.260.284) 2.161.939


sAntA CAsA BH

13. ForneCedores

As contas a pagar aos fornecedores referem-se a bens ou serviços que foram adquiridos no curso ordinário dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até 12 meses e, após esse prazo, são apresentadas no passivo não circulante.

14. ImPostos e ContrIBUIÇÕes

O saldo remanescente refere-se aos tributos correntes, acrescido de débitos de parcelamentos de FGTS e ISSQN não contemplados pelo PROSUS e podem ser assim demonstrados:

31.12.15 31.12.14

Impostos e Contribuições Circulante não Circulante Circulante não Circulante

INSS 1.274.848 32.650 1.173.234 120

FGTS (b) 3.213.911 19.934.255 3.134.455 23.148.712

IRRF 1.278.124 8.786 1.196.596 8.786

PIS 231.270 - 201.246 -

Cofins - - 152.721 -

ISSQN (a) 3.813.505 1.340.171 1.285.498 1.511.261

CSLL - - 50.907 -

PIS, Cofins e CSLL (c) 198.385 - - -

Outros 78.862 436.358 815.971 492.091

total - r$ 1 10.088.904 21.752.220 8.010.628 25.160.970

a) A fim de estimular a regularização de débitos de empresas e cidadãos com a Administração Municipal, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Finanças, lançou o programa “Em Dia com a Cidade”. Com esse programa, a PBH oferece a entidades de direito privado sem fins lucrativos a oportunidade de regularizar débitos com o município, vencidos até 31 de dezembro de 2013, com descontos especiais em multas e juros moratórios. A Lei nº 10.752, que rege o programa, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de 16 de setembro de 2014. Com a adesão deste parcelamento especial, a Santa Casa equacionou os débitos com o município em 120 meses, com benefício de 90% de descontos em multas e juros moratórios, o que corresponde a um montante de R$3.007.693.

b) Em maio de 2010, a Santa Casa retomou o recolhimento do FGTS corrente e iniciou a compensação dos débitos remanescentes do parcelamento da Lei 11.345/06 com os valores pagos nas ações do JAE - Juízo Auxiliar de Execuções/TRT.

c) Em julho de 2015, os tributos PIS, Cofins e CSLL passaram a ser recolhidos em guia única e controlados em conjunto, conforme Lei 13.137, de 22 de junho de 2015.


sAntA CAsA BH

15. ressarCImento sUs

Em dezembro de 2013, a Santa Casa reconheceu em seu passivo R$ 9 milhões referente a débitos apurados de ressarcimento SUS. Estes débitos referem-se ao período em que o plano de saúde era operado pela sua Instituidora, a Santa Casa. Em 2014, a maior parte dos débitos foram parcelados em 180 meses, conforme portaria AGU Nº 395 - de 22 de outubro de 2013 -e AGU Nº 247 - de 14 de julho de 2014. Com isso, a entidade obteve benefícios de 100%, 60% e 25% de descontos em encargos legais, multas de mora e juros de mora respectivamente. A composição desses débitos pode ser assim demonstrada:

31.12.15 31.12.14

Descrição Circulante Não circulante Total Circulante Não circulante Total

Não parcelado 103.090 - 103.090 103.090 - 103.090

Parcelados 714.520 6.730.333 7.444.852 598.383 7.316.040 7.914.423

Total - R$ 1 817.610 6.730.333 7.547.943 701.473 7.316.040 8.017.513

16. emPrÉstImos e FInanCIamentos

a) Instituições financeiras privadas - Os empréstimos contraídos com instituições financeiras privadas são destinados a capital de giro, sujeitos a encargos usuais de mercado, mediante contratos com vencimentos variados e com cláusulas de renovação periódica. As garantias estão representadas por cessão de direitos creditórios de recursos a receber do SUS e aval dos dirigentes. Em 2014, a Santa Casa contraiu empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), sendo que o prazo de amortização se dará em 60 meses e os vencimentos estendem-se até o ano de 2019. Este empréstimo foi utilizado para pagamento dos tributos federais do período de abril/2014 a outubro/2014 em comprimento das exigências do programa PROSUS e quitação do empréstimo do BNDES contratado junto ao agente financeiro CEF.

31.12.15 31.12.14

Instituição encargos Circulante não circulante Circulante não Circulante

Cheques em trânsito

38.731 - 11.611.556 -

Bradesco 1,10% a.m 10.425.816 32.323.469 14.920.168 22.200.032

BMG 1,50% a.m - - 2.256.633 5.643.408

CEF 1,42% a.m - - 4.910.433 28.573.901

Daycoval 1,70% a.m - - 2.612.122 1.499.653

total - r$ 1 10.464.547 32.323.469 36.310.911 57.916.994

31.12.15 31.12.14

agente encargos Circulante não circulante Circulante não Circulante

Caixa (i) 1,42% a.m 8.594.668 92.928.456 -

Itaú (ii) 50% TJLP + 1% a.a. 16.986.533 - 16.986.533

total - r$ 1 25.581.201 92.982.465 16.986.533


sAntA CAsA BH

17. ProVIsÕes Para ContInGÊnCIas

As provisões para contingências referentes aos processos trabalhistas, cíveis e tributários movidos contra a instituição são constituídas baseando-se no grau de risco avaliado pela Assessoria Jurídica da Santa Casa, sendo consideradas como suficientes pela sua direção. Em 31 de dezembro de 2015, o montante provisionado contabilmente está assim representado:

31.12.15 31.12.14

Circulante não Circulante total Circulante não Circulante total

Dissídio (a) 974.288 4.596.210 4.596.210 1.231.248 6.172.497 7.403.745

Cíveis (b) - 29.991.551 29.991.551 13.666 29.944.888 29.958.554

Trabalhistas 1.037.682 15.429.039 15.429.039 773.677 7.208.646 7.982.323

Tributárias - 28.616 28.616 - 28.616 28.616

total - r$ 1 2.011.970 48.033.446 50.045.416 2.018.591 43.354.647 45.373.238

a) A instituição reconheceu o seu passivo trabalhista decorrente da não aplicação dos reajustes salariais desde 1º de abril de 2001 até 1º de abril de 2008, compromisso da ordem de R$ 16,6 milhões em 31.12.12. Em 31.12.14, o saldo equivalia a R$ 7,4 milhões (R$ 10,2 milhões, em 31.12.13). Deste montante, o Processo nº. 900444/07 é o mais expressivo, em que os pagamentos iniciaram em fevereiro de 2012 e restam 36 parcelas para pagamento.

b) Em 2012, houve reconhecimento de provisão de contingência de valor significativo, tratando-se do processo movido pelo Banco Itaú (sucessor do Banco Bandeirantes/Unicard Banco Múltiplo S/A) e ainda reclassificação de contas a pagar à COPASA, que ajuizou processo que ajuizou processo para cobrança de débitos.

(i) Em 2015, a Santa Casa firmou junto à Caixa Econômica Federal (agente financeiro) contrato de financiamento no valor de R$ 100 milhões. Este é um marco para história da instituição, que foi a primeira do Brasil a ter acesso ao financiamento do programa ‘BNDES Saúde’, criado pelo banco de fomento com o objetivo de fortalecer a capacidade de atendimento do SUS. Importante dizer que este financiamento foi destinado exclusivamente para pagamento de dívidas com instituições financeiras e fornecedores, sendo 60% e 40% respectivamente. Os pagamentos destinados a fornecedores foram efetuados com deságio médio de 7%, conforme negociação entre as partes. ii. Os empréstimos contratados com o BNDES, através dos agentes Banco Itaú (sucessor do Banco Bandeirantes/Unicard Banco Múltiplo S/A) e CEF, dentro do Programa de Fortalecimento e Modernização das Instituições Filantrópicas de Saúde Integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS, têm prazo de amortização de 96 meses, incluindo 1 ano de carência, vencido em setembro/08. As garantias estão representadas por cessão de direitos creditórios de recursos a receber do SUS, outros recebíveis, hipoteca de bens do ativo imobilizado e aval dos dirigentes. O referido empréstimo acha-se em processo de cobrança judicial, via ação monitória, em função da qual já foi efetuada penhora judicial de um dos imóveis da Santa Casa, conforme Laudo de Avaliador Judicial, que atribuiu o valor de R$ 48 milhões ao bem penhorado, sendo da ordem de R$ 59 milhões o valor inicial da lide. A administração está adotando medidas acauteladoras pertinentes visando à solução dessa questão em bases favoráveis à entidade, vislumbrando que não incorrerá em exigibilidade superior aos valores já contabilizados.


sAntA CAsA BH

18. oUtras eXIGIBIlIdades

Podem ser assim demonstradas:

31.12.15 31.12.14

Circulante não Circulante Circulante não Circulante

Adiantamento Obras SUS (a) 9.106.422 13.659.633 15.050.000 4.053.417

Adiantamento de clientes 1.337.880 - 4.856.815 -

Outras 6.476.758 - 8.637.407 17.724

total - r$ 1 16.921.060 13.659.633 28.544.222 4.071.141

Em 2012, foi reconhecido pela Instituição o montante de R$ 19.103 mil como empréstimo, na rubrica de Adiantamentos Obras SUS (Passivo). Conforme acordado, o referido valor será pago em 60 parcelas mensais, descontadas na produção SUS, cuja data prevista para início de pagamento correspondia à competência de maio/2012. Conforme negociação com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) naquela época, o início desta quitação foi adiado. Em 2013 através de nova negociação, ficou acordado que a referida data para início de pagamento respeitaria o cronograma de modernização dos leitos. Em 23 de novembro de 2015 foi firmado novo termo junto a SMSA, com ajuste na ordem de R$ 3,6 milhões, e cronograma de pagamento em 58 parcelas mensais, descontadas no repasse dos serviços prestado, a partir de janeiro de 2016.

19. ProsUs

No ano de 2014, a Santa Casa equacionou todo o seu passivo tributário e, em consequência, obteve todas as certidões negativas junto às esferas Municipal, Estadual e Federal.

a) Em 25 de outubro de 2013, foi publicada no DOU a Lei nº 12.873, de 24/10/2013, que, dentre outros assuntos, institui o Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas Filantrópicas e das Entidades sem Fins Lucrativos que atuam na Área da Saúde e que participam de forma complementar do Sistema Único de Saúde - SUS.

b) Em 5 de agosto de 2014, foi publicado no DOU a concessão do deferimento do programa PROSUS à Santa Casa.

c) Conforme despacho decisório de n° 1684 - DRF/BH, de 20 de novembro de 2014, foi deferido o pedido de moratória da Santa Casa. Esta moratória alcança dívidas tributárias e não tributárias, inclusive com exigibilidade suspensa, vencidas até 31 de março de 2014, administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-geral da Fazenda Nacional (PGFN).

d) Por ocasião do pedido de moratória, houve desistência dos parcelamentos das Leis 11.941/09 e 11.345/06 e de todas as impugnações administrativas e judiciais dos débitos perante a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Receita Federal (RFB) e Previdência. Com isso, a entidade onerou seu passivo que passou de R$ 251milhões - em março de 2014 - para R$ 318 milhões - em dezembro de 2014, com o consequente reflexo de R$ 66,5 milhões no resultado do exercício. O quadro a seguir apresenta a segregação dos débitos:


sAntA CAsA BH

Passivo não Circulante 31.12.15 31.12.14

Débitos Previdenciários

PGFN 87.261.879 100.781.747

RFB 30.733.673 30.733.673

117.995.552 131.515.420

Outros débitos

PGFN 173.392.296 186.681.157

RFB - -

173.392.296 186.681.157

total - r$ 1 291.387.848 318.196.577

e) A classificação como Não Circulante se deve à moratória de 15 anos, desde que a entidade honre com os pagamentos dos tributos correntes, o que vem ocorrendo desde abril de 2014. O montante recolhido anualmente a título de tributos correntes implicará remissão, no mesmo valor, das dívidas incluídas na moratória.

f) Nesse sentido, a Santa Casa registrou em 2015 a remissão da dívida correspondente ao valor dos tributos pagos entre novembro de 2014 e outubro de 2015, no montante de R$ 26,8 milhões, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

g) Com o deferimento da moratória, a instituição deixou de incorrer em despesa financeira da ordem de R$ 1,6 milhão por mês, referente à atualização dos débitos tributários.

h) Em 4 de janeiro de 2016, a Portaria SAS/MS nº 09 indeferiu de maneira resolutiva o pedido de adesão ao PROSUS da Santa Casa. A administração da instituição entende que, apesar do indeferimento do plano de capacidade econômica e financeira, o principal objetivo do projeto está sendo cumprido, que é o pagamento dos tributos em dia. Foram pagos, de abril de 2014 a dezembro de 2015, R$ 76,4 milhões em tributos e até a data de publicação deste balanço a instituição está adimplente com os órgãos. Em 14 de abril de 2016 - através da Portaria Nº 373 - foi deferido de maneira definitiva e em grau de Reconsideração, a Adesão ao PROSUS pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte.


sAntA CAsA BH

20. reCeItas dIFerIdas

Referem-se à antecipação do recebimento de aluguéis dos imóveis de renda, faturamento do plano funerário pelo período de cobertura do risco e antecipação das emissões dos boletos do exercício subsequente nas unidades de educação.

21. reCeIta oPeraCIonal BrUta

31.12.15 31.12.14

SUS - Sistema Único de Saúde

Santa Casa

Hospitalar 92.765.888 87.945.622

Ambulatorial 37.988.630 39.554.669

Incentivo 147.581.328 153.265.799

278.335.846 280.766.089

CEM

Ambulatorial 7.052.979 7.449.577

Incentivo 6.898.452 6.976.667

13.951.431 14.426.244

292.287.277 295.192.333

Medicina Suplementar

Santa Casa 2.896.872 8.769.482

Hospital São Lucas 43.917.657 47.859.561

46.814.529 56.629.043

Ensino e Pesquisa Serviço Funerário 20.951.490 13.695.245

Funerária 13.925.981 13.105.100

Santa Vida 1.325.089 1.164.191

15.251.070 14.269.290

Doações 2.874.152 2.172.177

Demais Receitas 9.638 138.915

total - r$ 1 378.188.156 382.097.004


sAntA CAsA BH

22. CUsto dos serVIÇos Prestados

31.12.15 31.12.14

Gastos com pessoal 172.977.753 152.855.136

Serviços de terceiros 83.057.782 88.410.787

Medicamentos 30.264.403 25.876.999

Materiais médicos 32.698.324 20.267.447

Outros custos 29.185.949 18.586.118

total - r$ 1 348.184.211 305.996.487

Com o aumento do número de leitos e, consequentemente, da produção SUS, ocorreu também o aumento dos custos dos serviços prestados necessários para manutenção dos leitos em operação, sendo observadas variações significativas: (i) no aumento dos gastos com pessoal, que apresenta evolução crescente desde 2008 - também resultante do reflexo da implantação do Plano de Cargos e Salários da Santa Casa através do acordo coletivo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SINDEESS). Em 2015, alguns serviços, até então terceirizados, foram absorvidos pela Santa Casa de Belo Horizonte, o que explica a queda dos Serviços de Terceiros e também o aumento dos gastos com pessoal.

23. desPesas FInanCeIras

31.12.15 31.12.14

Juros e Atualização Monetária s/Empréstimos 15.895.342 9.124.403

Juros e Multas Tributárias 568.463 16.192.735

Juros e Atualização Monetária 7.579.045 3.581.332

Juros e correção sobre o FGTS 290.056 186.331

Juros de Parcelamento de Fornecedores 2.377.505 2.090.782

Mora de Fornecedores 872.927 399.150

Multas 104.750 68.065

Taxas e Comissões Bancárias 407.722 224.328

Outras 985.736 1.179.716

total – r$ 1 29.081.546 33.046.842


sAntA CAsA BH

24. FIlantroPIa e GratUIdade

A Santa Casa destina 100% dos seus leitos aos usuários do SUS - Sistema único de Saúde. No ano de 2015, a sua taxa de ocupação operacional foi de 85,13% (em 2014, foi 82,80%). Em relação ao cumprimento da Lei nº 12.101/09 e do Decreto nº 7.237/10 - que dispõe sobre os requisitos para obtenção da Filantropia - atualmente a instituição possui 1.300 leitos segregados em atendimento ao SUS (Santa Casa - 1.086) e Saúde Suplementar (Hospital São Lucas - 214). Em 2015, foram realizados 379.086 atendimentos (em 2014, 357.696) medidos em pacientes-dia/ano, cumprindo o percentual de 87,63% (87,89%, em 2014) e superando o mínimo de 60% previsto na legislação. O Serviço Funerário da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte realizou durante o exercício de 2015 o sepultamento de 1.075 indigentes e carentes (1.109, em 2014), com média mensal de 89 funerais (92, em 2014), ao custo anual de R$300 mil (R$ 430 mil, em 2014). A filantropia presente no Serviço de Geriatria da Santa Casa (IGAP) gerou, no exercício de 2015, custo de R$ 1.165 mil (R$ 1.000 mil, em 2014), referente ao atendimento a 37 idosos (39, em 2014) que residem em suas instalações. O critério utilizado para a mensuração dos custos com gratuidade considera a prestação de serviços em que o beneficiário não é obrigado a nenhuma contraprestação para fazer jus aos mesmos, considerando a valoração dos procedimentos realizados com base nas tabelas de pagamentos do SUS, cujo montante em 31.12.15 foi de R$ 141.573 mil (R$ 141.455 mil, em 31.12.14).

25. IsenÇÕes – Inss/CoFIns

A Santa Casa atende os requisitos legais para isenção das referidas contribuições, estando as mesmas contabilizadas em contas de compensação, produzindo os seguintes efeitos:

31.12.15 31.12.14

Isenção INSS Patronal (41.057.379) (39.876.138)

Isenção Cofins (10.364.793) (11.479.830)

Aplicação em Gratuidade 141.573.158 141.454.831

excedente - r$ 1 90.150.986 90.098.863

26. CoBertUra de seGUros

A Santa Casa adota a política de contratar seguros de diversas modalidades, cuja cobertura é considerada suficiente pela administração para fazer face à ocorrência de sinistros. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo da auditoria das demonstrações financeiras, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.


sAntA CAsA BH

27. Partes relaCIonadas

A Santa Casa mantinha contratos com a Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, com o objeto de prestação de serviços assistenciais aos beneficiários do Plano de Saúde, apoio administrativo e aluguel de imóvel. Com o encerramento das atividades da Fundação Santa Casa, apenas o contrato de apoio administrativo perdurou. Os valores que seguem apresentados tratam-se de saldos residuais.

em r$ 1 31.12.15 31.12.14

Direitos 264.342 2.730.214

Obrigações 5.029.498 -

líquido 4.765.165 2.730.214

Em 6 de dezembro de 2013, a ANS publicou Resolução Operacional nº 1.588 que determinou a alienação da carteira de beneficiários da Fundação Santa Casa para outra operadora. Em 1º de agosto de 2014, em cumprimento a esta Resolução, a Fundação Santa Casa concretizou a alienação da totalidade de sua carteira de beneficiários para a operadora Vitallis Saúde S/A. Diante deste fato a Fundação Santa Casa encerrou suas atividades como operadora de plano de saúde, aguardando somente o cancelamento do registro pela ANS. Em face disso, seu principal objetivo social ficou prejudicado e, sendo assim, dada a Reunião do Conselho Curador em 12 de dezembro de 2013 - com base no item XI do art. 20 do Estatuto da Fundação - foi determinado que o Comitê Executivo Operacional tomasse as providências cabíveis para a extinção da Fundação. Conforme art. 41 de seu Estatuto, o patrimônio residual, depois de satisfeitas as obrigações assumidas, será incorporado à Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Estes atos devem ser acompanhados e aprovados pela Curadoria de Fundações, do Ministério Público. Em 31 de dezembro de 2015, a Fundação apresenta passivo a descoberto de R$ 19.702 mil (em 2014, R$ 14.945 mil).


sAntA CAsA BH

28. Itens eXtraordInÁrIos

a) A Santa Casa obteve o deferimento judicial, através de Acórdão de Mandado de Segurança, para adquirir bens e insumos necessários à prestação de serviços hospitalares desonerados do custo do ICMS. Esta isenção implicou em gratuidade usufruída da ordem de R$ 2.824 mil em 2015 (em 2014, R$ 1.918 mil).

b) Em 2013, a SCMBH recebeu por meio de decisão judicial com encargos o patrimônio remanescente da Fundação Navantino Alves, que sofreu ação de extinção postulada pelo Ministério Público de Minas Gerais, através da Promotoria Especializada de Fundações. O patrimônio remanescente recebido foi um imóvel situado na confluência da Alameda Ezequiel Dias e Avenida Alfredo Balena, no Centro de Belo Horizonte, avaliado por empresa especializada em R$ 20,5 milhões e registrado no ativo imobilizado da Santa Casa.

Os encargos dessa doação foram:

i. Créditos trabalhistas;

ii. Complementação das indenizações aos moradores do imóvel;

iii. Honorários advocatícios ao liquidante da Fundação Navantino Alves;

iv. Dívida com garantia hipotecária perante a Caixa Econômica Federal;

v. Utilização do imóvel recebido para promoção da saúde de acordo com as finalidades institucionais da Santa Casa de Misericórdia, revertendo ao domínio do Estado, de pleno direito e independente de interpelação judicial ou de qualquer outra formalidade, caso o donatário, por qualquer motivo, deixe de aproveitar o terreno para o fim a que é destinado ou não dê início a sua utilização efetiva dentro do prazo de 4 anos, contados da imissão na posse. - Os encargos ii, iii e iv já foram cumpridos pela SCMBH; quanto ao item i - Créditos trabalhistas - os mesmos se encontram sub judice com o acompanhamento da assessoria jurídica da Santa Casa e devidamente provisionado no passivo da entidade, em montante considerado pela administração como suficiente para o cumprimento dessas obrigações. Já em relação à destinação do imóvel (item v), ainda está em andamento a elaboração do projeto, não sendo possível mensurar no momento os recursos necessários para sua reforma.

c) A Santa Casa é autora do processo nº 200301007196-3 contra a União. Este processo refere-se à ação de cobrança das diferenças nos repasses feitos pelo SUS à Santa Casa a partir de julho de 1994, decorrentes da manipulação do fator de conversão para URV. Este processo foi rejeitado em primeira instância com argumentos de que os débitos do período se encontravam prescritos e de que o pedido seria unicamente de compensação dos créditos com tributos federais, possibilidade não contemplada na legislação. O Tribunal Regional Federal proveu apelação da Santa Casa, entendendo que apenas as parcelas anteriores a dezembro de 1994 estão prescritas e que, embora o pedido de compensação fosse impossível, havia pedido autônomo de condenação da União ao pagamento dos valores em dinheiro, o que podia ser atendido. Essa decisão cabe recurso pela União.

ProvedorSaulo Levindo Coelho

superintendente de assistência à saúde Guilherme Gonçalves Riccio

superintendente GeralPorfírio Marcos Rocha Andrade

Contador responsávelThiago Hebert Soares da Silva

CRC - MG 111.825/O-5

superintendente de Planejamento, Finanças e recursos humanosGonçalo de Abreu Barbosa


sAntA CAsA BH

relatórIo dos aUdItores IndePendentes soBre as demonstraÇÕes FInanCeIras

Aos Srs. Membros do Conselho da Irmandade dasanta Casa de mIserICórdIa de Belo horIzonteBelo horizonte - mG

1. escopo dos exames

Auditamos as demonstrações financeiras da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do superavit ou deficit, das mutações do patrimônio líquido (passivo a descoberto) e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

2. responsabilidade da administração

A administração da entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pela determinação dos controles internos considerados como necessários para evitar que as mesmas não contenham distorções relevantes, independentemente se causadas por fraude ou erro.

3. responsabilidade dos auditores Independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossos exames, conduzidos de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, que requerem o cumprimento de exigências éticas de nossa parte e que os nossos trabalhos sejam planejados e executados com o objetivo de obter segurança razoável de que as citadas demonstrações estejam livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidências a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras, segundo julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nelas, independentemente se causada por fraude ou erro.

Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e da razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração da entidade, bem como da apresentação dessas demonstrações tomadas em conjunto.

Acreditamos que as evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa opinião.

4. Base para opinião com ressalva

Consoante disposto na nota explicativa nº 27, a entidade deverá incorporar o patrimônio residual da Fundação Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, cujas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015, por nós auditadas, apresentam passivo a descoberto de R$ 19.702 mil (R$ 14.945 mil em 2014), sendo que as demonstrações financeiras ora apresentadas não contemplam provisão para os citados efeitos dessa situação.

5. opinião com ressalva

Em nossa opinião, exceto pelo contido no tópico anterior, as demonstrações financeiras referidas no tópico primeiro representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa do exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

6. Ênfases

De acordo com as normas de auditoria independente, as demonstrações financeiras ora apresentadas comportam as seguintes ênfases de nossa parte, as quais, todavia, não constituem ressalva quanto às nossas conclusões, já consubstanciadas no tópico anterior:


sAntA CAsA BH

a) A instituição vem acumulando deficits e apresenta, na posição de 31 de dezembro de 2015, passivo a descoberto de R$ 113.683 mil (R$ 90.415 mil em 2014) e insuficiência de capital de giro de R$ 71.833 mil (R$ 119.373 mil em 31.12.14), revelando a necessidade do aporte de novos recursos, geração de superavits futuros e outras medidas para assegurar o seu reequilíbrio operacional e a manutenção de suas atividades, pressupostos nos quais foram elaboradas as suas demonstrações financeiras.

b) A entidade possui passivos contingentes, detalhados na nota explicativa nº 15, e a sua administração, baseada em pareceres de sua consultoria jurídica, considera que o montante já provisionado contabilmente será suficiente para fazer face ao saldo resultante dessas questões, entendimento que, todavia, só poderá ser corroborado quando da ultimação dos processos.

7. demonstração do Valor adicionado

Examinamos, também, a Demonstração do Valor Adicionado referente ao exercício de 2015, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para as companhias abertas e, nos demais casos, considerada facultativa, como informação suplementar. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

8. auditoria do exercício anterior

As demonstrações financeiras do exercício de 2014, ora apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas e o nosso relatório sobre as mesmas, datado de 30 de março de 2015, apresentou ressalva quanto ao contido no tópico 4 e enfatizou os mesmos assuntos abordados no tópico 6 deste.

Belo horizonte, 14 de abril de 2016.

FERNANDO MOTTA & ASSOCIADOSauditores Independentes

CRCMG – 757

PareCer do Conselho FIsCal santa Casa de mIserICórdIa de Belo horIzonte

Exercício encerrado em 31.12.2015

O Conselho Fiscal da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, após examinar o BALANÇO PATRIMONIAL levantado em 31.12.2015, suas respectivas DEMONSTRAÇÕES DO SUPERAVIT OU DEFICIT, das MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL (Passivo a Descoberto), dos FLUXOS DE CAIXA e do VALOR ADICIONADO, das NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES e o PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES, é de parecer que os documentos devam ser aprovados, considerando sua exatidão e a observação das práticas contábeis adotadas no Brasil. Não obstante, ratifica o Parecer da Auditoria Externa apresentada nesta reunião do Conselho, exarado no exercício findo em 14 de abril de 2016, ressaltando a necessidade do aporte de novos recursos e a geração de superavits futuros, objetivando reverter a insuficiência de Capital de Giro. Destaca-se a importância da instituição focar seus esforços no atendimento da ênfase contida no parecer dos auditores externos, notadamente, na melhoria da relação da receita operacional versus custos de serviços prestados.


Conselheiros:Delson de Miranda Tolentino , Amilcar Viana Martins , João Afonso Baeta da Costa Machado,

Christiano Renault , Márcio Teixeira de Carvalho

Fernando Campos Motta Fernando Carneiro da Motta

Contador CRCMG - 91.109 Contador CRCMG - 4.419


9.2 - InStItUto De enSIno e peSQUISA SAntA CASA BH

Iep sCBH



atIVo CIrCUlante

Caixa e equivalentes próprios (Nota 4) 75.741 38.862

Caixa e equivalentes Instituições de Fomento (Nota 4, e 6 a.) 1.871.335 1.230.326

Convênios de Estágio e Pós-Graduação (Nota 5) - 1.231

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 5) - (1.231)

Operações com Instituições de Fomento (Nota 6 a.) 2.711.783 1.136.785

Adiantamentos (Nota 7) - 2.690

4.658.859 2.408.663


NÃO CIRCULANTE

Imobilizado (Nota 9) 1.315.990 982.766

Intangível (Nota 10) 1.640 77.810

total do ativo 1.317.630 1.060.576

6.168.366 4.708.691


PASSIVO CIRCULANTE

Operações com Instituições de Fomento (Nota 6 b.) 3.470.436 2.212.037

Execução Projeto FAPEMIG (Nota 6 b.) (1.112.232) (194.152)

Fornecedores - 28.140

Fomento (Nota 6 b.) 24.873 17.273

Tributos (Nota 11) 59 27

Operações com a Instituidora (Nota 8) 140.668 140.668

2.523.804 2.203.993

NÃO CIRCULANTE 2.200.021 334.622

Provisões diversas (Nota 6 b.) 2.200.021 334.622

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Fundo Patrimonial 930.625 986.169

Superavit (Deficit) do exercício 322.040 (55.544)

1.252.664 930.625

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 5.976.489 3.469.239


Iep sCBH

demonstraÇÃo do sUPeraVIt (deFICIt) do eXerCÍCIo (em r$ 1)


Receita operacional bruta 404.943 69.410

resUltado oPeraCIonal lÍQUIdo 404.943 69.410

Doações auferidas 129.000 3

Despesas operacionais (208.631) (123.756)

resUltado oPeraCIonal antes do FInanCeIro 325.312 (54.343)

RESULTADO FINANCEIRO (Nota 14)

Despesas financeiras (4.197) (3.071)

Receitas financeiras 925 1.870

(3.272) (1.201)

Superavit (Deficit) 322.040 (55.544)

demonstraÇÃo das mUtaÇÕes do PatrImÔnIo lÍQUIdo (em r$ 1)

Fundo PatrimonialSuperavit ou (Deficit)

AcumuladosTotal

saldo em 31/12/13 1.517.825 (531.656) 986.169

Absorção de deficit (531.656) 531.656 -

Deficit do exercício - (55.544) (55.544)

saldo em 31/12/14 986.169 (55.544) 930.625

Absorção de deficit (55.544) 55.544 -

Deficit do exercício - 322.040 322.040

saldo em 31/12/15 930.624 322.040 1.252.664


Iep sCBH

demonstraÇÃo dos FlUXos de CaIXa (em r$ 1)


ATIVIDADES OPERACIONAIS

Deficit 322.040 (55.544)

Ajustes por:

Depreciação e amortização 216.170 145.894

Superavit (deficit) ajustado 538.209 90.350

redução (aumento) de ativos

Convênios de Estágio e Pós-graduação - 2.837

Operações com Instituições de Fomento (1.574.998) (1.136.785)

Adiantamentos 2.690 10.027

(1.572.309) (1.123.921)

aumento (redução) de Passivos

Fornecedores (28.140) (24.012)

Bolsistas a pagar 7.600 4.173

Tributos 32 (65)

Operações com Instituições de Fomento 340.319 565.075

Operações com a Instituidora - 88.680

Provisões diversas 1.865.399 334.622

2.185.210 968.473

Caixa gerado (aplicado) nas Atividades Operacionais 1.151.111 (65.098)

atIVIdades de InVestImento

Aquisição de imobilizado (473.223) (105.949)

Aquisição de intangível - (102.479)

Caixa aplicado nas atividades de Investimento (473.223) (208.428)

aumento/redução de Caixa e equivalentes 677.888 (273.526)

Caixa e equivalentes no início do exercício 1.269.188 1.542.714

Caixa e equivalentes ao final do exercício 1.947.076 1.269.188

aumento (redução) 677.888 (273.526)


Iep sCBH

demonstraÇÃo do Valor adICIonado (em r$ 1)


reCeItas

Prestação de serviços 404.943 69.410

Provisão para créditos de liquidação duvidosa - (1.231)

Demais receitas operacionais 129.000 3

533.943 68.182

InsUmos adQUIrIdos de terCeIros

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (10.907) (32.166)

(10.907) (32.166)

retenÇÕes

Depreciação 216.170 145.895

216.170 145.895

Valor adICIonado lÍQUIdo ProdUzIdo 328.680 (45.546)

Valor adICIonado reCeBIdo em transFerÊnCIa

Receitas financeiras 925 1.870

925 1.870

Valor adICIonado total a dIstrIBUIr 329.605 (43.676)

dIstrIBUIÇÃo do Valor adICIonado

Impostos, taxas e contribuições 3.368 8.797

Despesas financeiras e aluguéis 4.197 3.072

Superavit (Deficit) do Exercício 322.040 (55.544)

total dIstrIBUÍdo 329.605 (43.676)


Iep sCBH

1. ConteXto oPeraCIonal

O Instituto de Ensino e Pesquisa Santa Casa BH (IEP), fundado em 28 de dezembro de 2001 é uma Associação que faz gozo de imunidade tributária devido à sua constituição estatutária, que atende ao disposto no Artigo nº. 150 da Constituição Federal (CF/88). Instituído pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (SCMBH) com o objetivo principal de gerenciar e promover a educação e ensino do Grupo Santa Casa, o IEP contribui ainda para o repasse de recursos financeiros à Instituidora. Por sua vez, a SCMBH é reconhecida como Enti-dade Beneficente de Assistência Social e detém o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS). A administração do IEP é exercida por membros e funcionários do SCMBH. Todos os trabalhos de pro-moção e gestão do ensino e pesquisa, inerentes às unidades de educação do Grupo Santa Casa (GSC), como: (i) estágio; (ii) pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu; (iii) especialização médica; (iv) pesquisas acadêmicas; (v) escola técnica de enfermagem, foram transferidos para a Instituidora Santa Casa, ficando atribuído ao IEP apenas o gerenciamento e acompanhamento dos projetos de pesquisas custeadas por instituições de fomento como CAPES e FAPEMIG.

2. aPresentaÇÃo das demonstraÇÕes FInanCeIras

a) As demonstrações financeiras são elaboradas nos termos da Lei nº 6.404/76, do Decreto nº. 7.237/10 e demais dispositivos legais e normativos pertinentes às Instituições de Fins Filantrópicos, em especial a Lei 11.638/07 e as Resoluções CFC nº 1.159/09 e 1.409/12 - ITG 2002.

b) Conforme resolução CFC nº. 1.138/08, que aprovou a NBC TG 09, a Demonstração do Valor Adicionado está sendo apresentada de forma comparativa com a do exercício anterior.

3. PrInCIPaIs PrÁtICas ContÁBeIs

a) O Instituto adota o regime contábil de competência para a apuração do resultado.

b) O Instituto não detém em estoque materiais de uso e consumo e/ou insumos necessários à realização de suas operações, portanto, não existindo prática específica para a respectiva escrituração.

c) A Provisão para Perda sobre Créditos de liquidação duvidosa é constituída em bases consideradas suficien-tes para cobrir eventuais perdas nas contas a receber.

d) O Instituto compartilha da estrutura de pessoal administrativo junto a sua Instituidora. Assim, todos os serviços administrativos necessários à realização de suas operações são executados por funcionários da Santa Casa BH. Portanto, não há fatos decorrentes de folha e encargos.


Iep sCBH

4. CaIXa e eQUIValentes

Representam os recursos em moeda corrente, contas bancárias e aplicações financeiras, a saber:

natureza 31.12.15 31.12.14

Caixa e equivalentes Próprios 75.741 38.862

Caixa e equivalentes de Instituições de Fomento 1.871.335 1.230.326

total - r$ 1 1.947.076 1.269.188

31.12.15 31.12.14

Pós-Graduação lato sensu - 1.231

Convênios de Estágio - -

Subtotal - 1.231

Provisão para Perda (a) - (1.231)

total – r$ 1 - -

Os saldos de aplicações financeiras correspondem em sua maioria às importâncias auferidas junto às Insti-tuições de Fomento, destinadas ao custeamento de pesquisas, que por dispositivos expressos em “Termo de Outorga”, documento que formaliza esta operação entre as Entidades, necessitam ser aplicados em bancos públicos oficiais, quais sejam: Banco do Brasil e Caixa

5. ConVÊnIos de estÁGIo e Pós-GradUaÇÃo lato sensU

A Entidade promovia e gerenciava cursos de pós-graduação lato sensu, ofertados semestralmente aos profis-sionais das áreas afins à saúde. Os Convênios de Estágio eram firmados com demais Entidades de Educação e Ensino, em que os alunos regularmente matriculados nos cursos destas Entidades utilizavam toda a estrutura do Grupo Santa Casa, disponibilizada para as unidades de educação. Assim, o Conselho Superior da Entidade deliberou que as receitas fossem transferidas para a Santa Casa pelo fato que esta é quem efetivamente rece-be os estagiários. Em 2014, o IEP percebeu ainda, em parte, remuneração mensal devida pela concessão dos estágios supervisionados, a saber:

a) Neste exercício findo de 2014, foi constituída provisão para perda sobre créditos de liquidação duvidosa, contemplando os créditos vencidos há mais de 90 dias.

6. oPeraÇÕes Com InstItUIÇÕes de Fomento

A Entidade mantém operações com as Instituições de Fomento CAPES e FAPEMIG em que, nesta relação educacional, financeira e comercial, vigora o objeto principal do desenvolvimento de pesquisas. Estas pesqui-sas objetivam aprimorar, agregar e promover crescimento dos mecanismos e ferramentas utilizados na área da saúde por seus profissionais. Para a escrituração contábil destes fatos, em conformidade com a NBC T 1, aprovada pela Resolução CFC nº. 1.121/08, a provisão dos termos de outorga firmados entre as Entidades é efetuada através do reconhecimento das contas a receber em contrapartida às contas a pagar. Isto pelo fato do montante repassado pelas Instituições de Fomento não se tratar de receita da Entidade e representar uma obrigação de realização das pesquisas.


Iep sCBH

a) Em 31.12.15, o saldo das operações ativas com Instituições de Fomento consta integralmente em Caixa e Equivalentes, Projetos de Pesquisa e Instituição de Fomento e Adiantamento a Fornecedores. E podem ser assim demostrados:

7. adIantamentos

Decorrem basicamente de pagamentos efetuados a fornecedores para compra de materiais laboratoriais, utili-zados na realização de estudos e pesquisas.

8. oPeraÇÕes Com a InstItUIdora

A Entidade compartilhava junto a sua Instituidora todos os serviços administrativos, mas com a transferência do serviço educacional à Instituidora Santa Casa este contrato vigorou até a competência de abril de 2013. A Entidade ainda possui saldo a pagar de R$ 50 mil deste contrato, e R$ 90 mil, referente débito originado de pagamento de licença de software pela sua Instituidora.

9. ImoBIlIzado

O ativo imobilizado, avaliado ao custo de aquisição, é depreciado através de cotas calculadas pelo método linear e reconhecidas no resultado do exercício. A sua composição é a seguinte:

b) Os saldos do contas a pagar demonstrado abaixo equivalem à obrigação assumida pela Entidade em realizar as pesquisas.

31.12.15 31.12.14

Caixa e Equivalentes Instituições de Fomento 1.871.335 1.230.326

Projetos de Pesquisa Instituição de Fomento 2.711.783 1.136.785

Adiantamento a Fornecedores - 2.690

total - r$ 1 4.583.118 2.369.801

31.12.15 31.12.14

Bolsistas a pagar Instituições de Fomento 24.873 17.273

Contas a pagar Instituições de Fomento Curto prazo 3.470.436 2.212.037

Contas a pagar Instituições de Fomento Longo prazo 2.200.021 334.622

Fornecedores/Prestadores a pagar Instituições de Fomento 20 20

sub. total 5.695.350 2.563.953

Execução Projeto FAPEMIG (1.112.232) (194.152)

total - r$ 1 4.583.118 2.369.801


Iep sCBH

10. IntanGÍVel

O ativo intangível, avaliado ao custo de aquisição, é amortizado através de cotas calculadas pelo método linear e reconhecidas no resultado do exercício. A sua composição é a seguinte:

31.12.15 31.12.14 taxa anual

descrição Custo depreciação líquido Custo depreciação líquido depreciação

Equipamentos hospitalares 1.092.337 (176.942) 915.396 779.081 (95.402) 683.679 4%

Equipamentos de informática 82.084 (51.453) 30.631 62.668 (34.908) 27.761 20%

Máquinas e equipamentos 367.630 (62.959) 304.671 225.984 (28.072) 197.912 10%

Móveis e utensílios 86.911 (21.619) 65.292 88.006 (14.591) 73.415 10%

sub. total (1.628.962) (312.972) 1.315.990 1.155.739 (172.973) 982.766

total - r$ 1 (1.628.962) (312.972) 1.315.990 1.155.739 (172.973) 982.766

11. trIBUtos

O saldo de tributos a recolher demonstrado se refere às retenções na fonte pagadora, em conformidade com as legislações: Decreto 3.000/99, Lei Ordinária 10.833/03, Lei Municipal 8.725/03, Lei Complementar 123/06 e Lei Ordinária 9.711/98.

12. FUndo PatrImonIal

Conforme ata da reunião ordinária do Conselho Superior realizada em 25 de março de 2013, foi aprovada a constituição do Fundo Patrimonial, com a transferência dos saldos das rubricas Doações e subvenções para investimento, Ajustes de Avaliação Patrimonial e Superavit acumulado.

13. reCeItas

Em 2015 a receita do IEP de R$ 60,7 mil (R$ 69 mil em 2014) é oriunda de repasses realizados pelas Instituições de Fomento (CAPES/FAPEMIG), como contribuição de auxílio e pesquisa na realização dos projetos de pesqui-sas. Foram reconhecidos como receita em 2015 R$ 344 mil oriundos de compras de imobilizado, cujos bens serão repassados ao IEP ao término do termo de outorga.

31.12.15 31.12.14 taxa anual

Descrição Custo Amortização Líquido Custo Amortização Líquido Amortização

Software 118.355 (116.715) 1.640 118.355 (40.545) 77.810 20%

total - r$ 1 118.355 (116.715) 1.640 118.355 (40.545) 77.810


Iep sCBH

31.12.15 31.12.14

Rendimento sobre aplicação 361 1.390

Descontos obtidos 242 -

Juros 322 432

Multas - 48

total receitas financeiras 925 1.870

Tarifa 2.930 2.946

Multas 1.268 126

total despesas financeiras 4.197 3.072

resultado Financeiro (3.272) (1.201)

15. ContInGÊnCIas

Conforme relatórios obtidos junto à Assessoria Jurídica contratada pela instituidora, acerca das Contingências de naturezas Cível, Trabalhista e Tributário, o instituto não possui processos ajuizados em seu desfavor que impliquem em prováveis desembolsos em exercícios futuros.

Contador responsávelThiago Hebert Soares da SilvaCRC - MG 111.825/O-5

Conselho superior Conselho Fiscal

Saulo Levindo Coelho, Presidente Maria Nunes Álvares, Conselheiro

Porfírio Marcos Rocha Andrade, Conselheiro Christiano Barbosa Lins, Conselheiro

Gonçalo de Abreu Barbosa, Conselheiro Díogenes Coelho Vieira, Conselheiro

Carlos Eloy Carvalho Guimarães Júnior, Conselheiro

Guilherme Gonçalves Riccio, Conselheiro diretoria administrativa, Cargo

José Augusto Nogueira Machado, Conselheiro Porfírio Marcos Rocha Andrade, Diretor Superintendente

Erlon Campelo Câmara, Conselheiro Gonçalo de Abreu Barbosa, Diretor Financeiro

Francisco das Chagas Lima e Silva, Conselheiro Erlon Campelo Câmara, Diretor Técnico

14. resUltado FInanCeIro


Iep sCBH

relatórIo dos aUdItores IndePendentes soBre as demonstraÇÕes FInanCeIras

Ao Conselho Superior do

InstItUto de ensIno e PesQUIsa da santa Casa de mIserICórdIa de Belo horIzonte Belo horizonte – mG

1. escopo dos exames

Auditamos as demonstrações financeiras do INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DA SANTA CASA DE MISE-RICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do superavit ou deficit, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas expli-cativas.

2. responsabilidade da administração

A Administração do Instituto é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pela determinação dos controles internos considerados como necessários para evitar que as mesmas não contenham distorção relevante, independente-mente se causada por fraude ou erro.

3. responsabilidade dos auditores Independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossos exames, conduzidos de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, que requerem o cumprimento de exigências éticas de nossa parte e que os nossos trabalhos sejam planejados e executa-dos com o objetivo de obter segurança razoável de que as citadas demonstrações estejam livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidências a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras, segundo julgamento do au-ditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nelas, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e da razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração do Instituto, bem como da apresentação dessas demons-trações tomadas em conjunto. Acreditamos que as evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropria-das para fundamentar nossa opinião.

4. opinião

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no tópico primeiro representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa do exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.


Iep sCBH

5. demonstração do Valor adicionado

Examinamos, também, a Demonstração do Valor Adicionado referente ao exercício de 2015, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para as companhias abertas e, nos demais casos, considerada facultativa, como informação suplementar. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Belo horizonte, 22 de março de 2016.

PareCer do Conselho FIsCal InstItUto de ensIno e PesQUIsa da santa Casa de Belo horIzonte

(Exercício encerrado em 31.12.2015)

O Conselho Fiscal do Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte, após examinar o BALAN-ÇO PATRIMONIAL levantado em 31.12.2015, suas respectivas DEMONSTRAÇÕES DO SUPERAVIT OU DEFICIT, MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL, FLUXOS DE CAIXA e VALOR ADICIONADO, NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES e o PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES, emite parecer favorável, com a apro-vação dos documentos, considerando sua exatidão e a observação das práticas contábeis adotadas no Brasil.


Conselheiros:Maria Nunes Álvares

Christiano Barbosa Lins

FERNANDO MOTTA & ASSOCIADOSConsultoria e Auditoria CRCMG – 7.841

Fernando Campos Motta Contador CRCMG - 91.109

Fernando Carneiro da Motta Contador CRCMG - 4.419


eXPedIente

Produção

Assessoria de Comunicação Institucional & Assessoria de Planejamento, Controladoria e Gestão

levantamento e revisão de dados

Assessoria de Planejamento, Controladoria e Gestão

textos

Almir Gomes, Isaque Costa, Mariana Branco, Rodrigo Almeida, Rodrigo Corrêa

Fotos

Almir Gomes, Arquivo ASSCOM, Gláucia Rodrigues, Rodrigo Almeida

revisão

Almir Gomes, Francisco Coelho, Mariana Branco, Rodrigo Almeida, Rodrigo Corrêa, Thiago Soares

Projeto Gráfico / diagramação

Lado C - Comunicação & Marketing

tiragem

300 exemplares

Impressão

Paulinelli Serviços Gráficos Ltda

Belo Horizonte, junho de 2016

Versão digital deste relatório disponível em santacasabh.org.br

@santacasabh /santacasabh

relatório anual e balanço social 2015 - grupo santa casa bh · 6.4 responsabilidade ambiental ......

Documents