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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 | Inscrição Estadual: 250166321 | Reg. CVM: 00246-1 | Nire:42300011274

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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2016

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 | Inscrição Estadual: 250166321 | Reg. CVM: 00246-1 | Nire:42300011274

Sumário

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Mensagem da Administração 5

1. Apresentação 7

2. Perfil Empresarial 7

3. Ambiente Econômico 8

4. Ambiente Regulatório 9

5. Desempenho Operacional 12

6. Investimentos 17

7. Desempenho Econômico-Financeiro 20

8. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade 22

9. Governança Corporativa 29

10. Balanço Social 31

11. Auditores Independentes 32

12. Agradecimentos 32

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanços Patrimoniais 34

Demonstrações de Resultados 36

Demonstrações das Mutações do Patrimonio Líquido 37

Demonstrações do Resultado Abrangente 38

Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método Indireto 39

Demonstrações do Valor Adicionado 40

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1. Contexto Operacional 42

2. Base de Preparação 43

3. Resumo das Principais Políticas Contábeis 45

4. Gestão de Risco Financeiro 58

5. Instrumentos Financeiros por Categoria 63

6. Qualidade do Crédito dos Ativos Financeiros 64

7. Caixa e Equivalentes de Caixa 65

8. Contas a Receber de Clientes 66

9. Ativo / Passivo Financeiro – Parcela A – CVA 69

10. Ativo Indenizatório – Concessão 72

11. Tributos a Recuperar ou Compensar 73

12. Transações com Partes Relacionadas 74

13. Intangível 75

14. Resultado com Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

76

15. Outros Créditos 78

16. Fornecedores 79

17. Empréstimos e Financiamentos 80

18. Debêntures 82

19. Tributos e Contribuições Sociais 83

20. Taxas Regulamentares 84

21. Provisão para Contingências e Depósitos Judiciais 85

22. Passivo Atuarial 88

23. Patrimônio Líquido 94

24. Seguros 95

25. Receita Operacional 96

26. Custos e Despesas Operacionais 98

27. Resultado Financeiro 102

28. Evento subsequente 103

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

2016

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Mensagem da Administração

Em 2016, a Celesc Distribuição foi impactada pelo fraco desempenho do mercado cativo de energia. No entanto, o que contribuiu efetivamente para o resultado contábil negativo foi o reconhecimento do montante de R$256milhões, referente à exposição contratual ocorrida em 2014.

Destaque-se, todavia, que o total de energia distribuída no ano pela Celesc D (mercado livre e cativo) somou 22.957 GWh, volume 0,9% maior do que o registrado em 2015. Essa variação positiva reverteu trajetória de queda do mercado, que ocorreu até o fechamento do segundo trimestre, permitindo crescimento da receita e, consequentemente, do EBITDA.

Além disso, o esforço empreendido ao longo do ano garantiu outros avanços. Foram realiza-dos investimentos de R$449,1 milhões, entre ativos elétricos e não elétricos, o que mantém a média anual dos últimos quatro anos. Esse montante permitiu aperfeiçoar a eficiência opera-cional, garantindo a expansão e melhoria do serviço de distribuição e dos processos ineren-tes ao negócio, com a aquisição de novas tecnologias, maquinários, equipamentos e veículos.

Como principais obras, podemos citar a conclusão de oito subestações, a reforma ou amplia-ção de outras onze subestações, a construção de oito linhas de distribuição e 1.000 novos qui-lômetros de redes de Média e Baixa Tensão. As obras proporcionaram acréscimo de 186MVA à capacidade de atendimento do sistema de Alta Tensão, totalizando hoje mais de 7 mil MVA.

Em paralelo à ampliação do sistema, investimos na melhoria dos processos, na adoção de no-vas tecnologias, em capacitação de pessoal, modernização dos sistemas e revisão da logísti-ca operacional.

Como resultado da busca contínua por melhoria, no período 2011-2016, tivemos redução de 25,2% no tempo médio que cada consumidor ficou sem energia elétrica a cada ano, medido pelo DEC – Duração Equivalente por Consumidor; e redução de 27% no número de vezes, me-dido pelo FEC – Frequência Equivalente por Consumidor.

Também foram feitos os investimentos de R$ 53,6 milhões para viabilizar ações de eficiência energética. Por conta dos êxitos alcançados no combate ao desperdício, na proteção ao meio ambiente e na qualidade de vida dos catarinenses, os nossos projetos se tornaram referência nacional. Isso, a exemplo do que acontece com o Programa de P&D e da inovação estratégica, reverte em benefícios para toda a sociedade.

Outro esforço recompensado resultou da gestão das verbas variáveis: houve redução de cus-tos com horas-extras (-21%) e sobreaviso (-8%) em relação a 2015. A readequação do cus-teio de planos previdenciários diminuiu o percentual médio de contribuição que passou de

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10,24% para 7%. Foram realizadas ações para otimização do quadro de pessoal com desliga-mento incentivado, realocação e adequação interna. Com essas ações estruturais, houve re-dução do custo médio dos empregados; tudo em conformidade com as diretrizes do Progra-ma de Eficiência Operacional.

O mérito todo desse trabalho se traduz em relevantes conquistas como o alinhamento entre as melhores distribuidoras do País, ficando em 5º lugar geral no Prêmio ABRADEE 2016 e 2º lugar na Região Sul. Também foi a melhor empresa pública no ranking Responsabilidade So-cial, ficando em 3º. lugar nacional, e, no ranking Avaliação pelo Cliente, conquistou o 4ª lugar com Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida (ISQP) de 83,2%, bem acima da média nacional de 74,4%.

Tudo isso corrobora com nosso principal objetivo, que é conservar a concessão, por meio da eficientização de processos, redução de custos e ampliação dos negócios, e garantir sempre muita energia para o desenvolvimento catarinense.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

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1. Apresentação

Senhoras e Senhores Acionistas,

Apresentamos o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Financeiras da Celesc Distribuição S.A. – Celesc D, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2016, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes, da Manifestação do Conse-lho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal.

As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e são apresentadas de acordo com o padrão contábil estabelecido pelo International Accouting Standards Board – IASB, denominado Inter-national Financial Reporting Standards – IFRS, consubstanciado na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários – CVM no 457 de 13 de julho de 2007, pelos pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e pelas normas específicas aplicáveis as concessionárias de serviço público de energia elétrica estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

2. Perfil EmpresarialCom presença consolidada entre as melhores do Setor Elétrico do País, a Celesc D é respon-sável pelos serviços de distribuição de energia elétrica em 92% do território de Santa Ca-tarina. Seus serviços chegam a 264 dos 295 municípios catarinenses e ao município de Rio Negro, no Paraná, e atendiam a 2.831.997 unidades consumidoras em 31 de dezembro de 2016. A rede de distribuição estava constituída por 150.113 km de redes de distribuição (MT e BT), 4.598,23 km de linhas (AT), 165 subestações, 171.565 transformadores e 1.665.616 postes.

A Celesc D atua ainda no suprimento de energia elétrica para o atendimento de 5 concessio-nárias e 17 permissionárias, responsáveis pelo atendimento dos demais 31 municípios cata-rinenses.

Sua área de concessão corresponde a pouco mais de 1% do território nacional, mas seu market share corresponde a 4,7% da energia consumida no País. No ranking das maiores distribuido-ras do Brasil, é a 6a em receita de fornecimento, 7a em volume de venda de energia elétrica e a 10a em número de consumidores. O faturamento bruto em 2016 chegou a R$10,49bilhões.

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3. Ambiente Econômico

3.1. Macroeconomia

A projeção é que a economia brasileira tenha encerrado 2016 com queda de 3,39% como reflexo da crise que afeta o País. O Índice Nacional do Consumidor Amplo – IPCA, calcula-do pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, teve alta de 6,29% no ano e o Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, fechou em 7,17%.

A taxa de juros Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, determinado pelo Comitê de Política Monetária – COPOM, ficou em 13,75% ao ano. A taxa de juros real (juros nominal expurgado da inflação) fechou em 7,01%.

3.2. Economia Catarinense

No balanço do ano, o desempenho econômico de Santa Catarina esteve muito aquém do seu potencial, como reflexo ainda da recessão iniciada em 2015, mas seu resultado ficou acima da média nacional, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catari-na – FIESC.

Conforme dados acumulados, o recuo da indústria catarinense ficou em 4%, enquanto o índi-ce brasileiro foi 6,5%, e dois setores apresentaram avanço na produção: Alimentos (3%), e Má-quinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (2,9%). As vendas externas catarinenses aumentaram 16% em dezembro de 2016 em comparação a novembro, mês anterior, e 23,2% em relação a dezembro de 2015.

Esse desempenho foi apoiado essencialmente pela exportação de automóveis para os Esta-dos Unidos, de carne suína para a China e de soja para a Rússia. Com isso, o comércio interna-cional deu claros sinais de recuperação e Santa Catarina se posicionou, entre todos os esta-dos, como o 7o maior exportador nacional e o 5o maior importador.

Na avaliação da FIESC, os níveis de atividade industrial e emprego de 2014 somente serão vis-tos novamente no decorrer dos próximos anos, dependendo da velocidade da recuperação da macroeconomia.

No âmbito da distribuição de energia elétrica, o mercado total em Santa Catarina teve acrés-cimo de 0,9% em relação ao ano de 2015. O mercado residencial, que compõe 23,4% do mer-cado total, foi a classe que liderou esse crescimento, com taxa de 3,3% a.a.

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4. Ambiente RegulatórioEm 09 de dezembro de 2015, em processo conduzido pelo Ministério de Minas e Energia, a Ce-lesc D assinou o 5o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 56/99 prorrogando assim a con-cessão por mais 30 anos até 07 de julho de 2045.

A assinatura dos Termos Aditivos implicou na alteração da periodicidade das revisões tarifá-rias sendo que a primeira foi realizada em 16 de agosto de 2016 e as subsequentes serão rea-lizadas a cada 5 (cinco) anos a partir desta data.

Em 07 de junho de 2016, a Diretoria da ANEEL decidiu instaurar a Audiência Pública no 31/2016 com o objetivo de discutir com a sociedade a proposta de revisão tarifária.

Em 15 de agosto de 2016, a ANEEL foi notificada do deferimento do pedido de tutela de urgên-cia para determinar a suspensão, até ulterior determinação em Juízo, do impacto financeiro referente à exposição voluntária da Celesc D no ano de 2014.

Diante desse novo fato, a ANEEL recalculou o resultado do 4o Ciclo da Revisão Tarifá-ria Periódica da Celesc D desconsiderando o parcelamento desse componente financei-ro, assim como o recálculo com os efeitos da liminar por ora em vigor (Processo Judicial no 4805370.2016.4.01.3400/ 6a Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal).

Tais alterações foram incluídas no cálculo do 4o Ciclo da Revisão Tarifária Periódica da Celesc D em 16 de agosto 2016, e o resultado final foi deliberado na 30a Reunião Pública Ordinária da ANEEL, na mesma data. Os resultados apresentados a seguir, consideram os efeitos da sus-pensão da aplicação do item financeiro referente como exposição involuntária de 2014.

4.1. Revisão Tarifária

A revisão tarifária, definida pela ANEEL por meio de Resolução Homologatória no 287, de 16 de agosto de 2016, apresentou o seguinte efeito médio ao consumidor para as tarifas de energia elétrica dos consumidores atendidos na área de concessão da Celesc D:

Quadro 1 – Variação Tarifária – Grupos AT e BT

Grupo de Consumo Variação Tarifária

AT - Alta Tensão (>2,3kV) -6,25%

BT - Baixa Tensão (<2,3kV) -2,62%

Efeito Médio AT + BT -4,16%

Fonte: ANEEL

O efeito médio de -4,16% representa uma variação de -6,25% para os consumidores conecta-dos em Alta Tensão (industriais) e de -2,62% para aqueles conectados em Baixa Tensão, em especial os consumidores residenciais.

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Os componentes com maior variação no cálculo do reajuste foram os encargos setoriais, com variação de -2,43% e os custos de aquisição de energia, variando em -0,49%, além dos efeitos da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário.

O gráfico a seguir apresenta os principais itens que contribuíram para a formação do efeito médio ao consumidor de -4,16%.

Gráfico 1 – Participação na Formação Tarifária de 2016

-2,43%

-0,71%

-0,49% -0,47%

-2,15%

-4,16%

-0,66%

Enca

rgos

Seto

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Fonte: DRG/DPRE

4.2. Bandeiras Tarifárias

O Governo Federal, por meio do Decreto no 8.401 de 04 de fevereiro de 2015, criou a Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias e estabeleceu que as bandeiras tarifárias deverão considerar as variações dos custos de geração por fonte termelétrica e da exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetam os agentes de distribuição de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

As faixas de acionamento a partir de 1o de fevereiro de 2016 seguiram os critérios:

I) bandeira tarifária verde: CVU da última usina a ser despachada for inferior ao valor de R$211,28/MWh;

II) bandeira tarifária amarela: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$211,28/MWh e inferior ao valor teto do PLD de R$422,56/MWh;

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III) bandeira tarifária vermelha:

Patamar 1: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao valor teto do PLD, de R$422,56/MWh, e inferior ao valor de R$610,00 /MWh;

Patamar 2: CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao valor de R$610,00/MWh.

A Celesc D aplicou para seus consumidores nos meses de janeiro e fevereiro de 2016 a bandeira tarifária vermelha. No mês de março, o governo decidiu desligar as usinas térmicas com custo de geração acima de R$420,00/MWh, permitindo a adoção da bandeira tarifária amarela.

Nos meses de julho a outubro de 2016, a ANEEL adotou a bandeira tarifária verde. Segundo a ANEEL, três fatores principais contribuíram para a bandeira verde: a evolução positiva do pe-ríodo úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.

Em novembro de 2016, a condição hidrológica esteve menos favorável, o que determinou o acionamento de térmica com CVU acima de R$211,28.

Em dezembro de 2016, a condição hidrológica voltou a ser mais favorável, o que determinou o acionamento de térmica mais cara em R$169,54/MWh, proporcionando a bandeira verde pa-ra os consumidores.

4.3. Desempenho do Mercado na Área de Concessão

O consumo total de energia elétrica na área de concessão da Celesc D somou 22.957,0GWh em 2016, apresentado um crescimento de 0,9% no total de energia distribuída (mercado cativo + livre) em relação a 2015.

Em relação ao consumo no mercado cativo em 2016, o consumo recuou 5,4% em relação ao ano anterior. A classe de consumidores industriais cativos, que em 2016 correspondeu a aproximadamente 20,8% do total consumido, somando 3.370,2GWh, apresentou redução de 21,3% em relação a 2015. Na classe comercial, que representa 20,8% do mercado, houve que-da de 5,3%, com consumo de 3.376,9GWh.

Os consumidores livres localizados na área de concessão da Celesc D apresentaram consumo de 6.720,2GWh no ano de 2016, com crescimento de 20,0% em relação a 2015.

O número de unidades consumidoras atendidas pela empresa atingiu o total de 2.831.997 em dezembro de 2016, representando aumento de 2,3% em relação a dezembro de 2015, confor-me detalhamento no quadro a seguir:

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Quadro 2 – Número de Unidades Atendidas e Comparativos Anuais

UC

Variações% Comp%

2016 2015 2016/2015 2015/2014 2016

Residencial 2.213.215 2.157.059 2,6 3,7 78,2

Industrial 102.284 102.281 0 1,8 3,6

Comercial 255.146 249.167 2,4 3,3 9,0

Rural 234.604 234.340 0,1 0,6 8,3

Poder Público 22.472 22.048 1,9 3,3 0,8

Iluminação Pública 685 612 11,9 5,7 0,0

Serviço Público 3.164 2.956 7 6,4 0,1

Próprio 379 385 -1,6 3,8 0,0

Revenda 48 46 4,3 2,2 0,0

Total do Número de UC 2.831.997 2.768.894 2,3 3,3 100,0

Fonte: DCL/DPCM

5. Desempenho Operacional

5.1. Programa de Eficiência Operacional

O padrão de qualidade dos serviços prestados pela Celesc D coloca a empresa entre as mais eficientes do Setor Elétrico Brasileiro em decorrência de ações que envolvem planejamen-to robusto, investimentos eficazes e melhorias contínuas. Em 2016, as ações corporativas mantiveram foco em ampliar a eficiência de seus processos. Nos últimos quatro anos, es-se esforço tem se destacado com a implementação do Programa de Eficiência Operacio-nal, lançado em 2013. Desde então, mais de 120 projetos vêm sendo executados. Até 2016, 79 deles foram finalizados e representavam, em dezembro de 2016, economia de R$61mi-lhões/ano.

Um dos destaques do Programa foi a iniciativa nº 41, que tratou da revisão dos contratos de leitura, impressão e entrega simultânea, com o objetivo revisar requisitos técnicos e cus-to dos contratos de leitura, impressão e entrega simultânea. O projeto foi finalizado em no-vembro, com a assinatura dos respectivos contratos decorrentes do Pregão Presencial no 15/03005. O valor anual adjudicado totalizou R$38,1 milhões, o que representa uma econo-mia anual estimada, a partir de 2017, de cerca de R$10 milhões, quando se compara com o valor gasto em 2016. Tais valores ainda estão sendo consolidados, pois dependem da reali-zação da primeira medição de um período completo.

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5.2. Indicadores de Qualidade do Fornecimento de Energia

Em relação a 2015, a Celesc D apresentou melhora significativa para os indicadores de Du-ração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – DEC e de Frequência Equiva-lente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC, registrando redução de 12,50% no DEC e de 14,40% no FEC. O DEC de 2016 indica um sistema elétrico de confiabilidade, estan-do disponível, em média, 99,85% das horas de um ano aos seus consumidores. O gráfico a seguir, mostra a evolução desses indicadores:

Quadro 3 – DEC e FEC12

Indicador 2014 2015 2016

DEC 1 15,15 14,67 12,83

FEC 2 10,45 10,15 8,69

Fonte: DDI/DPOP/ DVPO

5.3. Perdas na Distribuição

De acordo com o 4o Ciclo da Revisão Tarifária Periódica da Celesc D, a perda técnica foi defini-da pela ANEEL como 5,97% sobre o mercado TUSD e a perda não técnica sobre o mercado de baixa tensão foi definida como 3,73%. As perdas técnicas calculadas pela Celesc D com base nos dados de 2015 foram 6,03% sobre a energia injetada. Já as perdas e diferenças não técni-cas no ano 2016 foram apuradas como sendo 7,71% sobre o mercado de baixa tensão.

Em 2016, a área de Automação da Medição realizou a operação das leituras remotas de apro-ximadamente 13 mil pontos, entre eles consumidores do grupo A e monômios, com taxa de sucesso nas leituras de aproximadamente 96%. Por meio dos alarmes gerados pelo sistema e análise crítica dos especialistas em perdas não técnicas, foram identificados diversos casos suspeitos de irregularidades técnicas e fraudes.

5.4. Distribuição de Energia Elétrica no Mercado Cativo

Em um ano no qual o consumo de energia elétrica apresentou ligeira elevação de 0,9% na área de concessão da Empresa, o mercado total medido, cativo + livre, da Celesc D teve acréscimo de 0,9% no ano de 2016 em relação ao ano de 2015. O mercado residencial que compõe 23,4% do mercado total foi a classe que alavancou este crescimento com taxa de 3,3% a.a. Apesar do primeiro bimestre ter sido com taxas de crescimento negativas, devido a temperatura amena no início do ano, houve uma recuperação a partir do segundo bimestre de 2016, conforme de-monstra o quadro a seguir.

1 Quantidade de horas ao ano2 Quantidade de vezes ao ano

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Quadro 4 – Desempenho do Mercado na Área de Concessão da Celesc D

Comparativo 2016 x 2015

Acumulado Janeiro até Dezembro

MWhVariações %2016 / 2015

Comp.% 2016

2016 2015

Residencial 5.362.344 5.188.797 3,30 23,40

Industrial 9.299.509 9.316.843 -0,20 40,50

Comercial 3.849.045 3.887.651 -1,00 16,80

Outros 4.446.091 4.366.235 1,80 19,40

Total 22.956.989 22.759.526 0,90 100,00

Fonte: DCL/DPCM/DVCM

No ano também foi possível registrar incremento significativo de migrações para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Assim, em 2016, o número de clientes livres na Celesc D passou de 292 para 676 unidades consumidoras. As migrações impactaram o mercado cativo em cerca de 900GWh, ou seja, 5% do mercado cativo tornou-se consumidor livre em 2016, em volume de energia.

5.5. Atendimento ao Cliente

O Contact Center Celesc fechou 2016 com a primeira posição no ranking ANEEL de qualida-de do atendimento telefônico entre as distribuidoras que atendem mais de 500 mil unidades consumidoras, posição esta mantida desde fevereiro/2016. O Indicador de Nível de Serviço – INS chegou a 99,63%, o melhor índice da Celesc, bem acima da meta estabelecida pela ANE-EL, que é de 85%.

Nesse período, o Indicador de Nível de Serviço – INS ficou sempre acima de 90%, fechando média final de 98,02%.

A operação do Contact Center é realizada em Joinville (sede principal) e em São Paulo, por 254 profissionais, dos quais 207 são atendentes.

5.6. Gestão da Inadimplência

A Inadimplência corresponde ao montante da receita faturada e não recebida pela Celesc Dis-tribuição. O aumento ou diminuição da inadimplência são impactados pelas condições ma-croeconômicas vivenciadas no país, como elevado aumento tarifário, crise energética, crise econômica com crescimento do desemprego, entre outros.

Em 2016, a Celesc, apesar de toda crise que o Brasil atravessa, conseguiu uma redução de 9,23% na inadimplência medida de 31 a 90 dias e no acumulado da carteira total o índice ficou menor de 1% ao mês, 10,8% no ano, conforme figura a seguir.

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Figura 1 – Dados de Inadimplência – Comparativo 2016/2015

Inadimplência por classe de consumo (R$ mil)

Dezembro

Total da Carteira 31 a 90 dias

2015 2016 (%) 2015 2016 (%)

Residencial 173.334 192.209 10,90% 34.985 34.095 -2,50%

Industrial 233.814 257.684 10,20% 11.606 8.157 -29,70%

Comercial 110.984 121.464 9,40% 10.302 9.923 -3,70%

Rural 18.480 22.849 23,60% 3.112 4.299 38,10%

Revenda 2.934 7.763 164,60% 616 1.855 201,10%

Outros Créditos 32.679 39.353 20,40% 5.114 4.307 -15,80%

Poder Público 19.573 14.580 -25,50% 3.605 330 -90,80%

Iluminação Pública 16.610 17.619 6,10% 190 164 -13,70%

Serviço Público 1.593 2.272 42,60% 115 85 -26,10%

TOTAL 610.000 675.790 10,80% 69.645 63.215 -9,23%

% Inadimplência/Faturamento 2015 2016

Residencial 5,67% 6,11%

Industrial 7,50% 9,51%

Comercial 4,91% 5,61%

Rural 3,65% 4,61%

Revenda 1,46% 4,00%

Outros Créditos

Poder Público 7,77% 5,78%

Iluminação Pública 7,45% 8,09%

Serviço Público 0,95% 1,34%

TOTAL 6,23% 7,23%

Fonte: DCL/ADCL

Total Carteira

Até 30 dias23,96%

181 a360 dias

9,05%

91 a180 dias7,11%

31 a90 dias9,35%

>360 dias50,53%

Na área de concessão, a inadimplência varia de região para região, pois está fortemente asso-ciada às características locais, como tipo de consumidor, aspectos culturais, fatores econômi-cos e sociais de cada área atendida.

Dependendo da região o impacto da inadimplência se dá mais sobre uma classe de consumo do que em outra. Para mitigar os efeitos da inadimplência, e com isso atender os parâmetros estabelecidos pela ANEEL, a Celesc D trabalha com metas especificas para cada Agência Re-gional, onde avalia o desempenho de cada uma no combate à inadimplência.

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Além disso, a empresa utiliza uma régua de cobrança, como rotina no combate à inadimplên-cia, diferenciada para os consumidores do Grupo A e B, conforme figuras 2 e 3, adiante.

Figura 2 – Dados da Inadimplência no Grupo B

Vcto. Reaviso (fatura)

E-mail(a

implementar)SMS Pré-

Negativação NegativaçãoAviso

de corte (Ligação,

URA, e-mail)

D D + 15 D + 20 D + 30 D + 45 D + 55 D + 58

Até 30 dias 31 a 60 dias

Vcto.Call Center

Ativo (em fase de

implementação)Corte 1 Corte 2

E-mail (a

implementar)Desmonte Ajuizamento

D D + 61 D + 61 D + 75 D + 80 D + 91 a 120 D + 121

61 a 90 dias mais de 120 dias

91 a 120 dias

Fonte: DCL/ADCL

Figura 3 – Dados da Inadimplência no Grupo A

Vcto. Reaviso (e-mail)

Pré- Negativação Negativação Corte 1 Corte 3 Ajuizamento

D D + 3 D + 5 D + 15 D + 20 D + 61 a 90 D + 91

Até 30 dias 61 a 90 dias mais de 90 dias

Fonte: DCL/ADCL

5.7. Reconhecimentos

Em julho, o Prêmio ABRADEE 2016 promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, voltou a posicionar a Celesc D entre as melhores do Setor no País. Finalista em cinco das oito categorias, a Celesc D conquistou o 5o lugar no ranking de Melhor distribui-dora de Energia Elétrica do País e o 2o lugar da Região Sul. Foi a melhor empresa pública no ranking nacional em Responsabilidade Social, ficando em 3o lugar. Outro destaque foi o re-sultado na categoria Avaliação pelo Cliente, a Celesc D figura como 4a melhor distribuidora de Energia Elétrica do Brasil com Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida – ISQP de 83,2%, bem acima da média nacional de 74,4%.

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Em novembro de 2016, a Celesc D foi destaque na América Latina, recebendo o Prêmio CIER de Qualidade – Satisfação de Clientes 2016, junto com outras quatro companhias brasilei-ras com mais de 500 mil unidades consumidoras. Esse Prêmio é outorgado anualmente pela Comissão de Integração Energética Regional – CIER às distribuidoras latino-americanas com maior nível de excelência na prestação de serviços.

6. InvestimentosO volume de investimentos da Celesc D, em 2016, foi de R$449.168 mil ante aos R$457.008 mil em 2015, sendo -1,75% inferior a igual período do ano anterior.

O modelo de planejamento, cujas análises técnicas são focadas no horizonte dos próximos cinco a dez anos, é a base para dimensionar os investimentos fundamentais e assegurar que o sistema elétrico esteja adequado à demanda. Nas análises são avaliadas as estruturas do sistema de Alta e de Média Tensão que necessitam de reforços, substituição de equipamentos ou novas obras. Esses investimentos compõem o Plano de Desenvolvimento da Distribuição – PDD, submetido à avaliação e acompanhamento por parte da ANEEL.

6.1. Expansão do Sistema Elétrico de Alta Tensão

Para atender ao crescimento de mercado e cumprir os índices de qualidade definidos pela ANEEL, o sistema elétrico recebeu investimentos de R$343,1 milhões no ano de 2016.

O sistema elétrico de Alta Tensão, composto pelas Linhas de Alta Tensão e Subestações, in-terligadas nas tensões de 69kV e 138kV, teve importantes investimentos que, ao final do ano, contabilizaram R$92,7 milhões.

Foram concluídas, no ano, sete novas subestações; reformadas ou modernizadas outras on-ze e construídas oito novas linhas de distribuição. Essas obras proporcionaram acréscimo de 186MVA à capacidade de atendimento do sistema de Alta Tensão, totalizando atualmente 7.029,8MVA. Destaque, ainda, para a energização da SE Camboriú 138kV, que deverá estar to-talmente concluída em meados de 2017.

Subestações novas:

1) SE Tangará 138 kV

2) SE Santa Cecília 69 kV

3) SE Concórdia São Cristóvão 138 kV

4) SE Presidente Getúlio 138 kV

5) SE Blumenau Fortaleza 138 kV

6) SE Florianópolis Ingleses 138 kV

7) SE Palhoça Pinheira 138 kV

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Subestações Reformadas/Repotenciadas

1) SE 69 kV São Cristóvão

2) SE 138 kV Rio do Sul II

3) SE 138 kV Lages Área Industrial

4) SE 138 kV Trombudo Central

5) SE 138 kV Navegantes

6) SE 138 kV Chapecó II

7) SE 138 kV Biguaçu Quintino Bocaiuva

8) SE 34,5 kV Rio Negro

9) SE 138 kV Ilha Norte

10) SE 138 kV Itajaí Itaipava

11) SE 138 kV Piçarras

Novas Linhas de Distribuição de Alta Tensão:

1) LT 138 kV Ponte Serrada – Concórdia São Cristóvão

2) LT 138 kV Presidente Getúlio – Rio do Sul II

3) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho – Xanxerê)

4) LT 138 kV Entroncamento (Pinhalzinho – Quilombo)

5) LT 138 kV Entroncamento (Gaspar – Indaial)

6) LT 138 kV Florianópolis Ingleses – Ilha Norte

7) LT 138 kV Camboriú – Itajaí Itaipava

8) LT 69 kV Ermo – Turvo

6.2. Expansão do Sistema Elétrico de Média e Baixa Tensão

O sistema elétrico de Média e Baixa Tensão recebeu investimento de R$250,4 milhões, desti-nado à construção de novos alimentadores, ampliação e melhoria das redes elétricas existen-tes em toda a área de concessão da Celesc D. No ano, tais recursos os investimentos possibi-litaram a instalação de mais 3.621 transformadores de distribuição e 17.433 postes, além de cerca de 1.000 km de redes.

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6.3. Automação e Novas Tecnologias

Em 2016, a Celesc D deu continuidade aos investimentos no projeto de Automação da Distribui-ção, destacando a aquisição de uma ferramenta que visa automatizar construção de diagramas unifilares da rede de Distribuição para uso nos Centros de Operação da Distribuição – CODs.

Outra frente importante foi a aquisição de religadores para uso nas redes de média tensão monofásicas. A Celesc D fechou o ano com 965 religadores sendo 875 trifásicos e 90 monofá-sicos e a previsão é de alcançar três mil religadores instalados na rede até 2022, com investi-mentos de R$85 milhões.

6.4. Pesquisa e Desenvolvimento – P&D

Na busca de inovações para superar os desafios tecnológicos e de mercado na área de energia elétrica, o Programa de P&D da Celesc D tem investido predominantemente no seu principal foco de negócio: a distribuição de energia elétrica. Em 2016, foram investidos R$10,58 milhões no Programa, com destaque para a implementação do projeto de instalação de eletropos-tos para o primeiro corredor elétrico de SC; o desenvolvimento de algorítmo para auxiliar na compra de energia; o desenvolvimento de ferramenta para otimização dos serviços de poda e roçada, e de chaves seccionadoras automatizadas de baixo custo para redes de distribuição.

Por meio do programa de P&D, estão em desenvolvimento 14 projetos de pesquisas, com recur-sos de R$40 milhões. Também estão sendo avaliados os projetos apresentados na última chama-da pública, para contratação no início de 2017 e além disso, a Celesc D está participando de três chamadas estratégicas da ANEEL, relacionadas ao aprimoramento do setor elétrico e armazena-mento de energia elétrica. Para as novas contratações de projetos, o foco será a geração de no-vos negócios e novas receitas para a Celesc D, visando tornar viável o processo autossustentável.

6.5. Eficiência Energética

Em 2016, foram investidos R$54,3 milhões para viabilizar ações de eficiência energética, be-neficiando principalmente comunidades de baixa renda, consumidores residenciais e indus-triais, além dos consumidores que tiveram seus projetos de eficiência energética aprovados via chamada pública. Estimativas apontam que as ações do Programa de Eficiência Energé-tica geraram, no ano, redução de aproximadamente 190.000MWh, o equivalente ao consumo mensal de 945 mil residências. Entre os projetos realizados em 2016, destaque para:

» Sou Legal, Tô Ligado! 2, que contemplou a substituição de 75 mil lâmpadas tradicionais por lâmpadas a LED, sendo o primeiro projeto de Eficiência Energética do Brasil a utilizar lâmpadas LED com selo PROCEL, além da instalação de 115 sistemas de aquecimento so-lar de água e 8.500 sistemas de trocador de calor para chuveiro.

» Energia do Bem, com a instalação de 5.000 sistemas de aquecimento solar de água, subs-tituição de 16.200 refrigeradores antigos por equipamentos novos com Selo Procel, insta-lação de 4.000 sistemas de trocador de calor para chuveiro, bem como a substituição de

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187.500 lâmpadas incandescente por lâmpadas econômicas, destinado exclusivamente a consumidores cadastrados na Celesc com o benefício da Tarifa Social de Energia.

» Bônus Eficiente 3 – Linha Eletrodomésticos, que permitiu que consumidores residen-ciais trocassem 8.150 refrigeradores, 3.125 freezer, 3.750 aparelhos de ar condicionado e 56.250 lâmpadas com bônus de 50%.

» Semáforos Joinville, com a substituição de 4.253 lâmpadas em 1.456 conjuntos semafóri-cos e economia de aproximadamente R$750 mil/ano;

» Substituição de lâmpadas e instalação de sistema fotovoltaico nas universidades Uno-chapecó e Unisul/Palhoça; e FURB/Blumenau; a substituição de bombas e motores para eficientização das empresas BRF Capinzal, Trombini Embalagens e Cia. Canoinhas de Pa-pel, além da Instalação de 1.000 sistemas de trocador de calor para fogão à lenha e subs-tituição de 10.000 lâmpadas em residências das regiões mais frias do estado.

Para 2017, o projeto Bônus Fotovoltaico, lançado este ano, vai subsidiar com 60% a aquisição de sistemas de fotovoltaicos de geração de energia para 1.000 consumidores residenciais de Santa Catarina. Com esse projeto a Celesc irá triplicar a quantidade de residências no esta-do que possuem sistemas de geração distribuída instaladas, por meio de fontes incentivadas (solar e eólico).

7. Desempenho Econômico-FinanceiroA Celesc D registrou, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, Prejuízo Líquido de R$52.530 mil, que representa uma redução de 164,6% em relação ao apurado no ano de 2015, quando a Companhia alcançou Lucro Líquido de R$81.346 mil.

A Celesc D encerrou o exercício de 2016 computando Receita Operacional Bruta – ROB, de R$10.351.578 mil, volume 15,9% menor que o realizado em 2015 (R$12.312.488 mil).

No período, a Receita Operacional Líquida – ROL apresenta redução de 13,5% em relação a 2015 (R$6.919.875 mil), fechando o exercício de 2016 em R$5.985.666 mil.

Por meio dos indicadores econômicos, as informações do desempenho da Companhia em 31 de dezembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, são as seguintes:

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Quadro 5 – Desempenho Econômico Financeiro

Dados Econômico-Financeiro (R$ Mil)

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015(Reapresentado) AH

Receita Operacional Bruta – ROB 10.351.578 12.312.488 -15,9%

Receita Operacional Líquida – ROL 5.985.666 6.919.875 -13,5%

Resultado das Atividades 21.833 242.932 -91,0%

EBITDA 219.049 439.274 -50,1%

Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 3,66% 6,35% -2,7 p.p

Margem Líquida (LL/ROL) -0,9% 1,2% -2,1 p.p

Resultado Financeiro (105.037) (135.855) -22,7%

Ativo Total 7.722.620 7.202.344 7,2%

Patrimonio Líquido – PL 1.311.796 1.501.051 -12,6%

Lucro (Prejuízo) Líquido (52.530) 81.346 -164,6%

Fonte: DEF/DPCO

O resultado negativo da Celesc D em 2016 deve-se, principalmente, ao impacto do Reajuste Negativo da Tarifa de Energia ocorrido em agosto de 2016 (efeito médio AT + BT de -4,16) e à queda do consumo de energia na sua área de concessão. A Celesc D reconheceu, ainda, em seu resultado operacional, um Passivo Financeiro (CVA) de R$202 milhões referente aos valo-res de exposições contratuais involuntárias ocorridos em 2014.

O Resultado Financeiro em 2016 (-R$105.037) mil se comparado com o resultado financeiro de 2015 (-R$135.855) teve uma queda de -22,68%. As rubricas que contribuíram com esta queda foram decorrente principalmente do aumento significativo das Aplicações Financeiras e das Variações Monetárias/Juros sobre faturas de energia em atraso. Tivemos ainda a rubrica de atualização monetária dos Ativos/Passivos Financeiros que contribuíram negativamente para que essa queda não fosse mais significativa.

A movimentação do Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – EBITDA/LAJIDA está detalhada a seguir:

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Quadro 6 – Conciliação Ebitda

Conciliação do EBITDA - R$ Mil

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015 (Reapresentado)

Lucro (Prejuízo) líquido (52.530) 81.346

IR e CSLL corrente e diferido (30.674) 25.731

Resultado Financeiro 105.037 135.855

Depreciação e amortização 197.216 196.342

EBITDA 219.049 439.274

Fonte: DEF/DPCO

8. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade

8.1. Sustentabilidade

A Sustentabilidade é o grande princípio do Plano Diretor Celesc 2030, que resume os obje-tivos e as metas de longo prazo estabelecidas para a administração sustentável da Compa-nhia. Seus pilares estratégicos são potenciar a geração de valor; criar valor com crescimento e transformar a Celesc D por meio dos empregados. Com isso, a Sustentabilidade está focada no reforço e valorização de compromissos com Pessoas; Governança Corporativa; Responsa-bilidade Socioambiental; e Gestão Pública.

O compromisso com a Sustentabilidade está amparado em Políticas corporativas, Programa So-cioambiental e Programa de Eficiência Energética e em planos de ação como o Programa de Efi-ciência Operacional. A Companhia também possui sua Declaração de Mudanças Climáticas, em que estabelece ações para promover a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva. A adoção de medidas de eficiência energética, o uso de matérias-primas renováveis e a redução na emis-são de gases do efeito estufa e de resíduos poluentes estão entre os compromissos firmados.

8.1.1. Reconhecimentos

Em dezembro, a Celesc D conquistou duas categorias do 8o Prêmio Fritz Müller, cujo objetivo é homenagear corporações que desenvolvem ações relevantes na área ambiental. A Celesc D recebeu o prêmio nas categorias de Conservação de Insumos de Produção (energia), relacio-nada aos projetos de Eficiência Energética, e Gestão Socioambiental, voltada a ações de Res-ponsabilidade Social.

No ano, a Celesc também foi destaque no Guia Exame de Sustentabilidade, que avalia o desempe-nho corporativo de empresas brasileiras considerando quatro dimensões: geral, econômica, social e ambiental, com pontuação máxima de 100 pontos, em cada uma. Na dimensão geral, a Celesc obteve nota 93,7, maior média entre as empresas da mesma categoria. Na dimensão social, a nota final foi 93,8, a maior entre todas as outras finalistas, que tiveram notas abaixo de 90,0.

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A Celesc foi reconhecida, pelo Guia, como empresa que investe em soluções criativas como desenvolver novas formas de geração de energia para as populações de baixa renda, com os projetos Banho de Energia, que aproveita o calor das chaminés de fogão a lenha para aquecer água e promove economia média de 40% na conta de luz dessas residências; e o Energia do Futuro, que viabiliza a instalação de sistemas de aquecimento de água por meio de coletores de energia solar confeccionados com material descartável, no caso, embalagens tetra pak e garrafas pet, projetos esses desenvolvidos pela Celesc D.

O conteúdo sobre Sustentabilidade no Grupo Celesc está disponível em link específico, a saber:

http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-holding/sustentabilidade

8.2. Responsabilidade Social

A Celesc D mantém princípios e compromissos no sentido de ampliar a sua atuação social e desenvolver processos de melhoria contínua na sua gestão. Dessa forma, a Empresa reforça e destaca os processos relativos à sustentabilidade em todos os seus aspectos.

Em 2016, um grande destaque foi a realização do Celesc Portas Abertas, que contou com a participação de oito mil pessoas ao longo das dez horas em que foram prestados serviços de cidadania, saúde, lazer e cultura, na sede da Empresa, em Florianópolis. O SESI/SC prestou 2.790 atendimentos com exames de pressão arterial, glicemia, avaliação física, acuidade visu-al, orientação nutricional, além de oficina de grafite e atividades de recreação. Outro parceiro, o Instituto Geral de Perícias – IGP, atendeu 264 pessoas com pedido de Carteira de Identidade, concedendo 200 fotos de forma gratuita para confecção desse documento. Na organização do evento, a Celesc também contou com a parceria de OAB Cidadã, Procon/SC, SQE Luz, Funda-ção Celesc de Seguridade Social – Celos, Associação Beneficente de Empregados da Celesc/Administração Central, Núcleo de Truckeiros/CDL Florianópolis, Viva a Cidade/Feira de Orgâ-nicos e Prefeitura de Florianópolis.

A Celesc D também investe em outros projetos e ações de responsabilidade socioambiental:

a) Energia do Futuro – Desde a implantação do projeto em 2006, foram realizadas mais de 500 oficinas e mais de 800 instalações de aquecedores solares fabricados com materiais reci-cláveis, somando mais de 240 mil garrafas pets e 240 mil caixas de leite tetra pak utilizadas na sua confecção. A iniciativa já proporcionou água quente com economia de energia para mais de 20 mil pessoas em comunidades empobrecidas. As famílias que instalaram o aquecedor solar em suas residências relataram uma redução de aproximadamente 30% no valor de sua fatura de energia elétrica.

b) Jovem Aprendiz – É um programa permanente da Celesc D. Possui parceria com o Ministé-rio Público Estadual, que indica jovens moradores de entidades de acolhimento e casas lares que têm ingresso priorizado no projeto. De 2006, quando teve início, até o último ano, 1.141 jovens participaram do Programa pela Celesc.

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c) Celesc Voluntária – Este programa voluntariado possui iniciativas, desenvolvidas pelos empregados da Celesc, dedicadas a vários fins diversos como revitalização de creches, es-colas, asilos, comunidades terapêuticas, praças e quadras esportivas; limpeza de rios, praias e parques; plantio de árvores frutíferas e ornamentais; recuperação de mata ciliar; pintura e produção de brinquedos com pneus; organização de hortas comunitárias; entre outras. Parti-ciparam dessas ações mais de 350 empregados da Celesc, somando 300 horas/ano de volun-tariado que beneficiaram cerca de 30 mil catarinenses.

d) Campanha Contra o Trabalho Infantil – A Celesc é partícipe do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, divulgando políticas de prevenção e incentivo à tramitação prioritária dos processos relativos ao tema.

e) Projeto Hábito Legal – Para apresentar uma alternativa de descarte adequado à popula-ção, o projeto, organizado pela Agência Regional Videira e empresas da região, realiza a coleta de óleo de cozinha usado, providenciando a destinação adequada. Em 2016, o projeto arreca-dou 700 litros de óleo para a fabricação de sabão.

f) Compromissos Voluntários:

Programa na Mão Certa – Iniciativa da Childhood Brasil para enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. A frota de veículos da Celesc possui adesivos com Disque 100, canal de denúncias exclusivo do Programa.

Pacto Global – Iniciativa da Organização das Nações Unidas – ONU para encorajar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de um mercado inclusivo e sustentável. A Celesc é signatária desde 2016 e realiza suas ações e proje-tos com base em princípios do pacto: Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção.

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM – A Celesc assumiu o compromisso com o programa da ONU, que visa consolidar conceitos básicos de cidadania assim como melhorar a qualidade de vida de todos no planeta.

Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção – Empresa Limpa – A Celesc D possui sua Política Anticorrupção, ferramenta para prevenir atos ilícitos em todas as opera-ções e níveis funcionais da companhia, além disso, divulga a legislação brasileira anticorrup-ção a seus funcionários e partes interessadas, a fim de que ela seja cumprida integralmente.

InPACTO – A Celesc associou-se ao InPACTO, que pretende fortalecer e dar sustentabilidade às ações realizadas no âmbito do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. Entre os objetivos, está a prevenção e erradicação do trabalho escravo no ambiente de negócios e suas cadeias produtivas.

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8.3. Responsabilidade Ambiental

A integração do conceito de desenvolvimento sustentável à estratégia corporativa, a busca do melhoramento contínuo do desempenho ambiental de obras e serviços, e a oferta à so-ciedade de serviços que contemplem de forma permanente as variáveis socioambientais são alguns dos Princípios de Política Responsabilidade Socioambiental da Celesc D incorporados no momento do planejamento e execução em planos e programas socioambientais, visando minimizar e/ou mitigar os impactos de seus empreendimentos e atividades.

8.3.1. Inventário de Gases de Efeito Estufa – GEE:

Anualmente a Companhia elabora o GEE, considerando a estrutura e forma de gestão da Com-panhia. Segundo as Especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol, podem ser utiliza-das duas abordagens para consolidação dos limites organizacionais: controle operacional e participação societária.

O inventário está disponível no Registro Público de Emissões no portal: www.registropublicodeemissoes.com.br

8.3.2. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos:

A Celesc D, de acordo com o princípio Prevenção de sua Política de Responsabilidade Socio-ambiental, possui uma Instrução Normativa com procedimentos e diretrizes para o gerencia-mento de resíduos, a partir da qual foi elaborado o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS. A normativa estabelece procedimentos que contemplam diretrizes desde a geração, passando pelo correto acondicionamento e armazenamento temporário, até a des-tinação final ambientalmente adequada, por tipo de resíduo.

Para a primeira etapa da implantação do PGRS foram adquiridos contentores para o correto acondicionamento de forma seletiva e outros equipamentos necessários para a quantificação e inventários da geração dos resíduos pela empresa. Foram também realizadas construções de espaços adequados para o armazenamento temporário de resíduos.

Para contemplar as demais etapas do PGRS, a Celesc D elaborou um edital para contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de coleta, transporte e destinação fi-nal de resíduos classe I, IIA e IIB contemplando os 16 (dezesseis) almoxarifados das Agências Regionais da Celesc D, Almoxarifado Central e Administração Central com previsão do início dos serviços para fevereiro de 2017, que resultará em:

- responsabilidade ambiental e atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos;

- quantificação e inventário dos resíduos gerados;

- centralização do processo de contratação e gestão de contrato;

- atividades de coleta, transporte e destinação final devidamente licenciadas.

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8.3.3. Licenciamento para expansão e atendimento da Rede de Distribuição

Na Celesc D, a concepção de novos projetos tem se pautado pela melhoria contínua do de-sempenho socioambiental. Por isso, além do diagnóstico ambiental, o estudo contempla a identificação dos impactos sociais e econômicos que poderão ser gerados pela implantação do empreendimento. Após a identificação, são estudadas medidas para tratamento dos im-pactos ambientais e sociais, mediante a realização de ações para eliminar, minimizar e com-pensar impactos negativos, consolidadas na forma de programas ambientais, que visam tam-bém assegurar a qualidade ambiental da área de influência, o monitoramento ambiental e a mitigação dos impactos negativos no entorno dos empreendimentos.

O número de programas ambientais e suas extensões variam conforme as características de cada empreendimento como porte, abrangência e especificações técnicas. Em 2016, a Celesc D ampliou o sistema de alta tensão com a implantação de novas linhas e subestações nas ten-sões 69kV e 138kV, como visto no item Investimentos, e todas as obras estão devidamente li-cenciadas, com a realização da supervisão ambiental (execução dos programas ambientais) na fase de implantação dos empreendimentos.

8.3.4. Destinação Final de Poluentes Orgânicos Persistentes

Em 2016, Celesc D destinou de forma ambientalmente adequada por meio de um processo de reciclagem, 67.350 kg resíduos sólidos (transformadores e óleo mineral isolante) considera-dos contaminados com PCB (teor > 50 ppm de Bifenila Policlorada). O PCB é considerado um poluente orgânico persistente e o Brasil é signatário da Convenção de Estocolomo por meio do Decreto no 5.472/05 – Promulga o texto da Convenção de Estocolmo sobre POPs.

Além disso, foram destinados 25.500 kg de outros resíduos sólidos contaminados. Todo o pro-cesso de execução dos serviços foi realizado por empresas devidamente licenciadas para as atividades de transporte e destinação final dos resíduos.

8.3.5. Programa de Proteção de Aves na Rede

As principais atividades deste programa são a retirada de ninhos inativos de aves que apre-sentam risco potencial de acidentes com a rede elétrica de distribuição e, em seguida, a ins-talação de afastadores (inibidores) da formação de ninhos próximos aos isoladores da rede.

O Programa de Proteção de Aves na Rede da Celesc de 2016 foi autorizado pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA por meio da Autorização Ambiental – AuA no 28/2016. Os trabalhos de campo foram realizados no período de 08 de junho a 31 agosto de 2016, período da autoriza-ção ambiental.

No período, foram retirados 1.091 ninhos inativos da ave de João-de-barro (Furnarius rufus), sendo 860 em rede trifásica de distribuição e 231 em rede monofásica de distribuição. Tam-bém foram instalados 2.323 afastadores, que inibem a construção de novos ninhos junto a equipamentos e estrutura da rede.

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8.4. Gestão de Pessoas

Valorização das Pessoas, Ética e Segurança estão entre os valores corporativos da Celesc. Em atendimento a esses valores, são desenvolvidos diversos programas e projetos na área de Gestão de Pessoas, nos quais se destacam o compromisso com a capacitação de pessoas: a promoção da inclusão e valorização da diversidade; a prevenção de acidentes e adoecimen-tos dos trabalhadores; a prevenção de doenças ocupacionais; assistência à reeducação e re-adaptação profissional; vacinação contra a gripe; alimentação saudável; prevenção e trata-mento das dependências químicas; apoio terapêutico; orientações para perspectivas após a aposentadoria.

8.4.1. Capacitação Profissional

Em 2016, a Celesc D somou mais de 13.200 participações de seus empregados em treinamen-tos internos e externos. O número total de horas/aula de treinamento ficou acima de 118 mil horas, com investimento de R$2,8 milhões em capacitação. As ações desenvolvidas são de ca-ráter empresarial, mas interferem positivamente nas questões comportamentais.

A Celesc D também investiu em 2016 em auxílio-educação aos seus empregados, reembolsan-do entre 75% e 100% dos valores gastos com formação escolar (ensino médio, médio-técnico, graduação, pós-graduação), como forma de incentivar a continuidade dos estudos estimulan-do a profissionalização e o aperfeiçoamento pessoal.

Dentre os destaques das ações de capacitação, podemos citar o Programa de Desenvolvimen-to Gerencial – PDG, que é uma das ações estratégicas de Gestão de Pessoas, visando à amplia-ção e fortalecimento das competências internas do quadro gerencial da Celesc e tem como objetivo o desenvolvimento de uma visão gerencial estratégica e inovadora.

Ainda foram customizados quatro cursos específicos para a Celesc D, na plataforma à Distân-cia, sendo eles: Avaliação de Desempenho, Prorrogação da Concessão, Política de Consequ-ências e Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Em continuidade ao Programa Individual de Desenvolvimento – PID, foram trabalhadas 4 (quatro) competências tendo 138 (centro e trinta e oito) participações. O Departamento de Gestão de Pessoas/Divisão de Conhecimento e Desenvolvimento – DPGP/DVCD também dis-ponibilizou vivencial com jogos, Encontro de áreas técnicas e administrativas, cursos exter-nos, treinamento para participação no Rodeio Nacional de Eletricistas, entre outros.

Na área técnica, pode-se destacar: a realização dos Cursos de Eletricistas para Técnicos e En-genheiros, Curso para Operador do Sistema de Distribuição, Curso para Fiscais de Obras, Cur-so de Multiplicadores para Construção de Rede Compacta e Multiplexada de Baixa Tensão, além dos Cursos sobre NR-35(trabalho em altura) e NR-33 (espaço confinado) em todo o esta-do. Também foi iniciado o processo de Reciclagem para Eletricistas Multitarefas.

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8.4.2. Segurança no Trabalho

Em relação à segurança do trabalho a Celesc promove o cumprimento do disposto na legisla-ção, em especial às Normas Regulamentadoras. Em relação à NR 10 – trabalhos em eletricida-de, existe um Comitê Permanente para tratar da aplicação desta norma, tratando atualmente da questão dos procedimentos operacionais.

Em 2016 a empresa iniciou os estudos para dar início ao processo de implantação de um sis-tema de gestão baseado na Norma OHSAS 18001, com adequação de sua política e planeja-mento de ações. Em relação às empresas contratadas, foi realizado um encontro com os pro-fissionais de segurança destas empresas, repassando as principais diretrizes da empresa, jun-to com a entrega do manual de segurança para as empresas contratadas, a ser distribuído aos empregados. Foi iniciada uma campanha a ser desenvolvida em 2017 para efetiva conscien-tização das empresas que prestam serviço para a Celesc. Foi realizado em 2016 o Seminário de Segurança do Trabalho para elaboração do Plano de Ação da empresa, com a participação de avaliadores de segurança, representando 16 (dezesseis) Agências Regionais da Celesc D.

A partir de 2016 iniciou-se um processo efetivo do Conselho de Administração frente à segu-rança do trabalho, que estabelece a apresentação na reunião mensal deste Conselho dos da-dos relativos a estatística de acidentes e ações realizadas visando a prevenção de acidentes. Visando a participação junto a setores externos a Celesc, possui representantes nas reuni-ões do Trabalho Seguro – Justiça do Trabalho; Fórum de Segurança e Saúde do Trabalhador (FSST/SC) – MPT; GT Quedas – Rede Vida Florianópolis e no Comitê Brasileiro (CB 32) – ABNT – Equipamento de proteção Segurança.

8.4.3. Gestão de verbas variáveis

Resultado de mais uma iniciativa do Programa de Eficiência Operacional, a de número 56, as ações para a redução dos custos e controle da exposição dos empregados a jornadas extraor-dinárias tiveram início ainda em 2013. Findado 2016, a Celesc registra redução de mais de 35% no número de horas extras e em 8% no sobreaviso quando comparado a 2012. O percentual equivale a 215 mil horas extras a menos no ano e à economia de quase R$40 milhões no cus-to de pessoal no período, impulsionado fortemente pela melhoria ocorrida entre 2015 e 2016.

8.4.4. Programa de Desligamento Incentivado - PDI

Entre as ações para redução de custos de pessoal destaca-se, ainda, a realização do Plano de Desligamento Incentivado. Esse plano provoca forte impacto nos resultados da empresa e é fator importante na constituição das metas de redução dos custos de pessoal, conforme ne-cessidade de alcance de metas financeiras para o período 2017-2020, previstas no contrato de concessão da Celesc D.

No ano, 61 empregados aderiu ao Plano em 2016. O custo das indenizações é da ordem de R$16 milhões, a ser pago nos próximos quatro anos. O Valor Presente Líquido do PDI 2016, analisado para cinco anos, é da ordem de R$48 milhões. Cabe destacar que em 2016 o desligamento ocor-reu para grupos de empregados de cargos que não estão previstos mais no Plano de Cargos e Salários da empresa, não havendo, portanto, reposições para compensar estas saídas.

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9. Governança Corporativa

9.1. Gestão de Riscos e Controle Interno

A Celesc D possui uma Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos disponível em http://celesc.firbweb.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Politica_Gestao-de-Riscos-e--Controles-Internos.pdf.

O documento orienta a alta administração, gestores e demais empregados na prevenção e mi-tigação de riscos inerentes aos processos e negócios da Companhia, apontando as diretrizes a serem observadas para a execução da Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos e define as responsabilidades do Conselho de Administração, do Comitê Jurídico e de Auditoria e da Diretoria Executiva.

A estrutura de governança de controles e riscos da Celesc D é organizada da seguinte forma:

O Conselho de Administração, órgão máximo na estrutura organizacional da Companhia e de gestão estratégica de riscos, tem como responsabilidade específica acompanhar e avaliar os reportes de riscos e não conformidades e o nível de conformidade dos processos da organi-zação.

Como órgão de Assessoramento ao Conselho de Administração e também integrando a es-trutura organizacional de gestão de riscos, há o Comitê Jurídico e de Auditoria, cujas respon-sabilidades principais são: acompanhar e avaliar a eficácia dos mecanismos do processo de gestão estratégica de riscos e controles internos relatando ao Conselho de Administração os resultados do acompanhamento dos riscos.

Como parte integrante do processo de gestão de riscos, a Diretoria Executiva tem papel funda-mental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para mitigação de riscos, acompanhar a exe-cução dos pontos de controle em suas áreas.

A Companhia conta com uma Diretoria de Planejamento e Controle Interno – DPL, que tem em suas atribuições o desenvolvimento da gestão estratégica de riscos e controles internos, obje-tivando assegurar a execução da estratégia de longo prazo do Grupo Celesc.

Na aba Governança Corporativa do portal de Relações com Investidores (www.celesc.com.br/ri), estão disponíveis todas as informações relativas a Estrutura, Estatuto Social, Políticas, Regimentos, Código de Conduta Ética e Contrato de Concessão.

9.2. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é o primeiro nível da escala administrativa. O Conselho tem a missão de cuidar e valorizar o patrimônio bem como maximizar o retorno dos investimentos realizados.

É formado por treze membros, com mandato de 1 (um) ano, sendo sete representantes do acionista majoritário, dos quais três são independentes; quatro representantes dos acionis-

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tas minoritários, um representante dos acionistas preferencialistas e um representante (elei-to) pelos empregados.

9.3. Conselho Fiscal

Esse Conselho tem como principais funções analisar as Demonstrações Financeiras e discutir esses resultados com os Auditores Independentes.

É formado por cinco membros, sendo três representantes do acionista majoritário, um repre-sentante dos acionistas preferencialistas e um representante dos acionistas minoritários or-dinaristas.

9.4. Diretoria Executiva

Como parte integrante do processo de gestão de riscos, a Diretoria Executiva tem papel funda-mental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para mitigação de riscos, acompanhar a exe-cução dos pontos de controle em suas áreas.

A Diretoria Executiva da Companhia é formada por sete diretores, indicados e aprovados pe-lo Conselho de Administração. Em 31 de dezembro de 2016, estava assim formada por Diretor Presidente, Diretor de Gestão Corporativa, Diretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos, Dire-tor Comercial, Diretor de Distribuição, Diretor de Finanças e Relações com Investidores e Dire-tor de Planejamento e Controle Interno.

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10. Balanço Social1 - BASE DE CÁLCULO 2016 – Valor (mil reais) 2015 – Valor (mil reais)- Receita Líquida (RL) 5.985.666 6.733.042

- Resultado Operacional (RO) 21.833 56.099

- Folha de Pagamento Bruta (FPB) 641.119 543.304

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil reais) % sobre

FPB % sobre RL

- Alimentação 33.887 5,29 0,57 30.748 5,66 0,46

- Encargos Sociais Compulsórios 116.866 18,23 1,95 108.739 20,01 1,62

- Previdência Privada 29.105 4,54 0,49 28.075 5,17 0,42

- Saúde 43.112 6,72 0,72 42.969 7,91 0,64

- Segurança e saúde no trabalho 2.941 0,46 0,05 2.678 0,49 0,04

- Educação 601 0,09 0,01 504 0,09 0,01

- Cultura 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00

- Capacitação e Desenv. Profissional 1.456 0,23 0,02 1.292 0,24 0,02

- Creches ou Auxílio-creche 1.395 0,22 0,02 1.353 0,25 0,02

- Participação nos Lucros ou Resultados 15.204 2,37 0,25 22.610 4,16 0,34

- Outros 7.250 1,13 0,12 5.617 1,03 0,08

Total - Indicadores Sociais Internos 251.817 39,28 4,21 244.585 45,02 3,63

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre

RO % sobre RL

- Educação 3.068 14,05 0,05 1.813 3,23 0,03

- Cultura 3.720 17,04 0,06 28.080 50,05 0,42

- Saúde e Saneamento 0 0,00 0,00 169 0,30 0,00

- Esporte 622 2,85 0,01 28.080 50,05 0,42

- Combate à Fome e Segurança Alimentar 0 0,00 0,00 603.440 1.075,67 8,96

- Outros 1.234 5,65 0,02 1.190 2,12 0,02

Total das Contribuições p/ a Sociedade 8.644 39,59 0,14 662.772 1.181,43 9,84- Tributos (excluídos os encargos sociais) 2.865.682 13.125,46 47,88 3.133.430 5.585,54 46,54

Total - Indicadores Sociais Externos 2.874.326 13.165,05 48,02 3.796.202 6.766,97 56,38

4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil reais) % sobre

RO % sobre RL

- Investimentos Relac.c/ a Produção/Operação da Empresa 4.809 22,03 0,08 4.660 8,31 0,07

- Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos 241.905 1.107,98 4,04 244.648 436,10 3,63

Total dos Investimentos em Meio Ambiente 246.714 1.130,01 4,12 249.308 444,41 3,70- Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para

minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa:

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

(X) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

(X) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 2016 2015- Nº de empregados(as) ao final do período 3.348 3.329

- Nº de admissões durante o período 55 86

- Nº de empregados(as) terceirizados 1.371 1.784

- Nº de estagiários(as) 276 218

- Nº de empregados(as) acima de 45 anos 1.906 1.846

- Nº de mulheres que trabalham na empresa 614 602

- % de cargos de chefia ocupados por mulheres 27,00 24,62

- Nº de negros(as) que trabalham na empresa 53 51

- % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 1,00 1,01

- Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 17 17

32 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL 2016 Metas 2017

- Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa 30,0 28,0

- Número total de acidentes de trabalho 111 0

- Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

[ ] direção [X] direção e gerências [ ] todos os empregados

[ ] direção [X] direção e gerências [ ] todos os empregados

- Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

[X] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] todos+ Cipa

[X] direção e gerências [ ] todos os empregados [ ] todos+ Cipa

- Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

[ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [X] incentiva e segue a OIT

[ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [X] incentivará e seguirá a OIT

- A previdência privada contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

[ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

- A participação nos lucros ou resultados contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

[ ] direção [ ] direção e gerências [X] todos os empregados

- Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

[ ] não são considerados [ ] são sugeridos [X] são exigidos

[ ] não são considerados [X ] são sugeridos [ ] são exigidos

- Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

[ ] não se envolve [ ] apoia [X] organiza e incentiva

[ ] não se envolve [ ] apoiará [X] organizará e incentivará

- Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na Empresa: 1.339.672

no Procon: 1.325

na Justiça: 2.864 na Empresa: 0 no Procon:

0na Justiça:

0

- % de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa: 100%

no Procon: 0%

na Justiça: 0,1% na Empresa: - no Procon:

- na Justiça:

-

- Distribuição do Valor Adicionado (DVA) e sua distribuição:

Em 2016: 5.557.689

82.76% governo 9.89% colaboradores

0.00% acionistas 8.30% terceiros (0.95)% retido

Em 2015: 6.510.206

86,44% governo 7,03% colaboradores

0,36% acionistas 5,28% terceiros

0,89% retido

7 - OUTRAS INFORMAÇÕES

CNPJ: 08.336.783/0001-90 | UF: SC - Setor Econômico: Serviço Público de Energia Elétrica

Coordenação: Regina Schlickmann Luciano - Fone: (48) 3231-5520 E-mail: [email protected]: José Braulino Stähelin - CRC/ SC: 18.996/O-8 - Fone: (48) 3231-6030 - E-mail: [email protected]

“Esta empresa não utiliza mão-de-obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção”

“Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente”

11. Auditores IndependentesConforme disposições contidas na Instrução CVM no 381, de 14 de janeiro de 2003, e ratifica-das pelo Ofício Circular CVM/SEP/SNC no 01, de 25 de fevereiro de 2005, a Celesc informa que o Auditor Independente não prestou qualquer tipo de serviço além daqueles estritamente re-lacionados à atividade de auditoria externa.

12. AgradecimentosRegistramos nossos agradecimentos aos membros da Administração e do Conselho Fiscal pe-lo apoio prestado no debate e encaminhamento das questões de maior interesse. Nossos re-conhecimentos à dedicação e empenho do quadro funcional, extensivamente a todos os de-mais que, direta ou indiretamente, contribuíram para o cumprimento da missão da Celesc.

Florianópolis, 28 de março de 2017.

A Administração

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2016

34 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Balanços PatrimoniaisEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

ATIVO Nota

30 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015

Circulante 3.655.102 3.361.980

Caixa e Equivalentes de Caixa 7 880.887 734.239

Contas a Receber de Clientes 8 1.233.453 1.437.865

Estoques 9.834 7.838

Tributos a Recuperar 11 118.866 155.802

Subsídio Decreto Nº 7.891/2013 1.229.741 662.236

Ativo Financeiro - Parcela A 9 - 248.458

Outros Créditos 15 182.321 115.542

Não Circulante 4.067.518 3.840.364

Ativo Indenizável – Concessão 10 346.620 196.520

Contas a Receber de Clientes 8 31.497 15.918

Tributos Diferidos 14 514.870 214.282

Tributos a Recuperar 11 17.751 15.029

Depósitos Judiciais 21 106.930 143.911

Ativo Financeiro - Parcela A 9 - 196.901

Outros Créditos 15 2.896 2.119

Intangível 13 3.046.954 3.055.684

Total do Ativo 7.722.620 7.202.344

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

35 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Passivo Nota

30 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015

Circulante 4.055.564 3.289.482

Fornecedores 16 617.775 723.456

Empréstimos e Financiamentos 17 202.996 217.157

Debêntures 18 105.243 301.598

Salários, Provisões Trabalhistas e Encargos Sociais 141.043 130.423

Tributos e Contribuições Sociais 19 154.686 240.907

Dividendos Declarados - 19.320

Taxas Regulamentares 20 2.297.196 1.413.205

Previdência Privada 17.016 18.343

Passivo Atuarial 22 162.259 173.171

Passivo Financeiro - Parcela A 308.561 -

Outros Passivos 48.789 51.902

Não Circulante 2.355.260 2.411.811

Empréstimos e Financiamentos 17 130.035 325.017

Debêntures 18 199.498 299.133

Taxas Regulamentares 20 213.787 254.714

Mútuos -Coligadas, Controladas ou Controladoras 40.227 -

Passivo Atuarial 22 1.396.913 1.236.010

Provisão para Contingências 21 274.266 294.462

Passivos Financeiros - Parcela A 98.059 -

Outros Passivos 2.475 2.475

Patrimônio Líquido 23 1.311.796 1.501.051

Capital Social Realizado 1.053.590 1.053.590

Reservas de Lucro 678.644 735.038

Ajuste de Avaliação Patrimonial (420.438) (287.577)

Total do Passivo 7.722.620 7.202.344

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

36 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações de ResultadosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

Nota

31 deDezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015 Reapresentado

Receita Operacional Líquida 25 5.985.666 6.919.875

Receita de Serviço de Energia Elétrica 6.152.196 5.543.368

Receita Parcela A – CVA (586.088) 758.788

Receita de Construção 411.828 430.886

Atualização do Ativo Financeiro - VNR 7.730 186.833

Custos Operacionais 26 (5.531.729) (6.307.537)

Custo de Serviço de Energia Elétrica (5.119.901) (5.876.651)

Custo de Construção (411.828) (430.886)

Resultado Operacional Bruto 453.937 612.338

Despesas Operacionais (432.104) (369.406)

Despesas com Vendas 26 (199.137) (184.743)

Despesas Gerais e Administrativas 26 (297.713) (252.592)

Outras Despesas Operacionais 26 64.746 67.929

Resultado Operacional antes do Resultado Financeiro 21.833 242.932

Resultado Financeiro 27 (105.037) (135.855)

Receitas Financeiras 356.319 208.370

Despesas Financeiras (461.356) (344.225)

Resultado Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social (83.204) 107.077

IRPJ e CSLL 14

Corrente (201.471) (9.945)

Diferido 232.145 (15.786)

Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício (52.530) 81.346

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

37 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações das Mutações do Patrimonio LíquidoExercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

Capital Social

Ajuste de Avaliação

PatrimonialReserva

LegalRetenção de Lucros

Dividendos Disposição

AGOLucros

Acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2014 1.053.590 (93.460) 83.232 589.780 18.222 - 1.651.364

Lucro Líquido do Exercício - - - - - 81.346 81.346

Ganhos e Perdas Atuariais , Líquidos de Tributos - (194.117) - - - - (194.117)

Destinação do Lucro Líquido

Constituição da Reserva Legal - - 4.068 - - (4.068) -

Dividendos Distribuídos - - - - (18.222) - (18.222)

Dividendos - - - - - (19.320) (19.320)

Dividendos a Distribuir - - - - 3.864 (3.864) -

Retenção de Lucros - - - 54.094 - (54.094) -

Saldos em 31 de dezembro de 2015 1.053.590 (287.577) 87.300 643.874 3.864 - 1.501.051

Prejuízo Líquido do Exercício - - - - - (52.530) (52.530)

Ganhos e Perdas Atuariais , Líquidos de Tributos - (132.861) - - - - (132.861)

Dividendos Distribuídos - - - - (3.864) - (3.864)

Absorção de Prejuízo - - - (52.530) - 52.530 -

Saldos em 31 de dezembro de 2016 1.053.590 (420.438) 87.300 591.344 - - 1.311.796

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

38 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações do Resultado AbrangenteExercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015

Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício (52.530) 81.346

Remensuração de Obrigação de Plano de Benefícios Definido, Líquidos de Tributos (132.861) (194.117)

Resultado Abrangente Total (185.391) (112.771)

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

39 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método IndiretoExercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015Lucro (Prejuízo) Líquido Antes do Imposto do IR e da CSLL (83.204) 107.077Itens que não afetam o caixa: 556.093 316.047Amortização 197.216 196.342Atualização Ativo Financeiro – VNR (7.730) (186.833)Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 41.206 (19.434)Contingências Trabalhistas, Cíveis e Tributárias (20.196) 8.363Juros e Variações Monetárias - líquidas 232.258 247.423Custo Debêntures 1.513 3.119Provisão para Plano de Benefício Pós-Emprego 71.580 26.457Baixas de ativos 40.246 40.610Variações no Ativo Circulante e Não Circulante 402.291 (997.542)Contas a receber 147.627 (422.573)Estoques (1.996) 800Impostos a recuperar 34.214 (102.763)Depósitos Judiciais 36.981 (15.955)Subsídio Decreto Nº 7.891/2013 (567.505) (421.601)Ativos Financeiros 820.526 5.207Outros Créditos (67.556) (40.657)Variações no Passivo Circulante e Não Circulante 467.841 1.425.234Fornecedores (105.681) 35.919Salários e Encargos Sociais 10.620 10.696Impostos e contribuições sociais (89.796) 205.466Taxas Regulamentares 812.229 1.347.745Entidade Previdência Privada (1.327) 3.237Passivo atuarial (186.544) (193.845)Passivos Financeiros 31.453 -Outros Passivos (3.113) 16.016Pagamentos Efetuados (336.918) (243.189)Juros Pagos e Custos na Emissão de Debêntures (139.022) (125.638)Juros Pagos a Partes Relacionadas - (11.060)Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos (197.896) (106.491)Total gerado pelas Atividades Operacionais 1.006.103 607.627Atividades gerados pelos Investimentos (371.102) (327.598)Aquisição de bens da concessão (371.102) (327.598)Total aplicado nas Atividades de Financiamentos (488.353) 166.495Ingressos de Recursos 16.204 697.177Ingressos de Partes Relacionadas 38.000 110.000Amortizações de Empréstimos e Financiamentos (519.373) (421.351)Amortização com Partes Relacionadas - (110.000)Dividendos e Juros sobre Capital Próprio (23.184) (109.331)Total dos Efeitos de Caixa 146.648 446.524Caixa e Equivalentes no início do Exercício 734.239 287.715Caixa e Equivalentes no final do Exercício 880.887 734.239Variação no Caixa 146.648 446.524

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

40 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações do Valor AdicionadoExercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015 (Reapresentado)

Receitas 10.369.894 12.415.560Vendas Brutas de Energia e Serviços 9.932.251 11.694.874Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Líquidas (41.205) 19.434Receitas de Construção 411.828 430.886Compartilhamento de Infraestrutura 56.679 83.539Receita VNR 7.730 186.833Outras Receitas 2.611 (6)

Insumos Adquiridos de Terceiros (4.971.308) (5.917.382)Custo da Energia Vendida, Uso da Rede e Serviços de Terceiros (4.919.865) (5.778.513)Materiais e Outros Insumos Adquiridos (109.802) (130.506)Provisões e Reversões 58.359 (8.363)

Valor Adicionado Bruto 5.398.586 6.498.178Amortização (197.216) (196.342)

Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade 5.201.370 6.301.836Valor Adicionado Recebido em Transferência 356.319 208.370

Receitas Financeiras 356.319 208.370Valor Adicionado Total a Distribuir 5.557.689 6.510.206Distribuição do Valor Adicionado

Pessoal e Encargos 549.511 457.440Salários 289.468 268.913Férias e 13º Salário 69.711 61.141Encargos Sociais 25.258 22.875Participação nos Lucros ou Resultados 15.204 22.610Passivo Atuarial 71.580 26.457Benefícios Assistenciais 39.048 35.423Indenizações Trabalhistas 32.993 13.485Outros 6.249 6.536

Impostos, Taxas e Contribuições 4.599.353 5.627.195Federais 971.672 1.130.769Estaduais 1.988.709 2.087.047Municipais 2.251 1.478Encargos Setoriais 1.636.721 2.407.901

Financiadores 461.355 344.225Juros e Variações Monetárias 224.801 308.786Outros 236.554 35.439

Acionistas (52.530) 81.346Dividendos Propostos - 23.184Lucro (Prejuízo) Retido do Exercício (52.530) 58.162

Valor Adicionado Distribuído 5.557.689 6.510.206

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2016

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 e 2015(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

42 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

1. Contexto OperacionalA Celesc Distribuição S.A. – Celesc D, constituída por Escritura Pública em 29 de setembro de 2006, conforme autorizado pela Lei Estadual no 13.570, de 23 de novembro de 2005, é uma so-ciedade anônima de Capital Fechado, constituída sob a forma de subsidiária integral, contro-lada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc.

A Celesc D tem por objetivo: I – executar a política de energia formulada pelo Governo do Esta-do de Santa Catarina; II – realizar estudos, pesquisas e levantamentos sócio-econômicos com vistas ao fornecimento de energia, em articulação com os órgãos governamentais ou privados próprios; III – planejar, projetar, construir e explorar sistemas de transformação, distribuição e comercialização de energia elétrica, bem como serviços correlatos; IV – operar os sistemas diretamente, por meio de empresas associadas ou em cooperação; V – cobrar tarifas ou taxas correspondentes ao fornecimento de energia elétrica, e; VI – desenvolver, isoladamente ou em parceria com empresas públicas ou privadas, empreendimentos de distribuição e comer-cialização de energia elétrica, e infra-estrutura de serviços públicos.

A Celesc D é uma entidade domiciliada no Brasil com endereço na Avenida Itamarati, 160, Blo-co A1, B1 e B2, Bairro Itacorubi, CEP 88034-900, Florianópolis, SC.

1.1. Ambiente Regulatório

O setor de energia elétrica no Brasil é regulado pelo Governo Federal, atuando por meio do Mi-nistério de Minas e Energia – MME, o qual possui autoridade exclusiva sobre o setor elétrico. A política regulatória para o setor é definida pela ANEEL.

1.1.1. Da Concessão

Em 22 de julho de 1999, a Celesc assinou o Contrato no 56 de concessão de Distribuição de Energia Elétrica, o qual regulamenta a exploração dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica. Com o processo de desverticalização em 2006, a atividade de distribuição foi repassada à Celesc D.

A referida concessão teve prazo de vigência até 07 de julho de 2015. Em 09 de dezembro de 2015 a Celesc D assinou o 5º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 56/99 prorrogando assim a concessão por mais 30 anos até 07 de julho de 2045. A concessão da Celesc D não é onerosa, portanto, não há compromissos fixos e pagamentos a serem efetuados. Conforme o contrato de concessão, ao término do prazo de vigência, os bens e instalações vinculados à distribuição de energia elétrica passarão a integrar o patrimônio da União, mediante indeni-zação dos investimentos realizados ainda não amortizados, desde que autorizados pela ANE-EL e apurados por auditoria do próprio órgão regulador.

Considerando que as condições estabelecidas pelo ICPC01 – Contratos de concessão foram in-tegralmente atendidas, a Administração da Celesc D concluiu que seu contrato de concessão, assim como o termo aditivo que prorrogou a concessão, estão dentro do escopo do ICPC01 e, portanto, os bens vinculados à concessão estão bifurcados em ativo intangível e ativo indeni-zável. O reajuste tarifário ocorre no dia 22 de agosto de cada ano e a revisão tarifária periódi-ca a cada quatro anos.

43 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

a) Legislações Aplicáveis a Concessão Subvenção e Repasse da CDE

A ANEEL por meio da Nota Técnica no 252, de 31 de julho de 2014, homologou o repasse pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras à Celesc D, referente aos descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica, no valor mensal de R$35.407, competência de agosto de 2014 a julho de 2015.

Em 27 de fevereiro de 2015, por meio da Resolução Homologatória no 1.858, a ANEEL homolo-gou o novo valor mensal de R$40.102 com vigência de março a julho de 2015

Em 30 de setembro de 2015, por meio da Nota Técnica no 261, a ANEEL homologou o novo va-lor mensal de R$49.857 com vigência de agosto de 2015 a julho de 2016.

Em 16 de agosto de 2016, por meio da Resolução Homologatória no 2.120/2016, a ANEEL ho-mologou o novo valor mensal de R$43.701com vigência de agosto de 2016 a julho de 2017.

2. Base de Preparação

2.1. Declaração de Conformidade

As Demonstrações Financeiras foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e as normas internacionais de relatório financeiro (In-ternational Financial Reporting Standards – IFRS, emitidas pelo International Accounting Stan-dards Board – IASB).

A Administração afirma que todas as informações relevantes próprias das Demonstrações Fi-nanceiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas por ela na sua gestão.

A presente demonstração foi aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em 24 de março de 2017, conforme estabelecem os artigos 17 e 18 da Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, no 505, de 19 de junho de 2006.

2.2. Base de Mensuração

2.2.1. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação

As Demonstrações Financeiras, estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Ce-lesc D e todos os valores arredondados para milhares de reais, exceto quando indicados de outra forma.

2.2.2. Estimativas e Julgamentos Contábeis Críticos

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na ex-periência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, considera-das razoáveis para as circunstâncias.

Com base em premissas, a Celesc D faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as es-timativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais.

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As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de cau-sar um ajuste relevante nos valores contábeis de Ativos e Passivos para os próximos períodos estão contempladas a seguir.

a) Valor Justo de Outros Instrumentos Financeiros

O valor justo de outros instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. A Celesc D utiliza seu julgamento pa-ra escolher, dentre diversos métodos, o mais adequado, a partir do qual são definidas premis-sas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do balanço.

b) Benefícios de Planos de Pensão

O valor atual de obrigações de planos de pensão depende de uma série de fatores que são determinados com base em cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação do custo/receita líquida para os planos de pensão, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obri-gações dos planos de pensão.

A Celesc D utiliza a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício de acordo com as condições atuais de mercado. Esta é a taxa de juros que deveria ser usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão.

Ao definir a taxa de desconto apropriada, a Celesc D considera as taxas de juros de títulos pri-vados de alta qualidade, sendo estes mantidos na moeda em que os benefícios serão pagos e que têm prazos de vencimento próximos aos prazos das respectivas obrigações de planos de pensão.

Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições atuais do mercado.

c) Imposto de Renda e Contribuição Social

A Celesc D reconhece provisões para situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessas questões for diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetarão os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo for determinado.

d) Contingências

A Celesc D atualmente está envolvida em diversas ações de natureza tributária, trabalhista, cível e regulatória. Provisões são reconhecidas para os casos que representem perdas prová-veis. A Celesc D tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o seu valor possa ser estimado com segurança. A probabilidade de perda é avaliada baseada nas evidências disponíveis, incluindo a avaliação de advogados externos.

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3. Resumo das Principais Políticas ContábeisAs políticas contábeis descritas abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nestas Demonstrações Financeiras.

3.1. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de ErroA Companhia revisou as suas políticas contábeis objetivando a melhor apresentação dos seus resultados operacional e financeiro. Para fins de comparabilidade, foram realizadas reclassifi-cações nos valores correspondentes referentes as Demonstração de Resultado e Demonstra-ção do Valor Adicionado Consolidados do período findo em 31 de dezembro 2015, como pre-visto no CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a IAS 8 – Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors, o CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis e IAS 1 – Presentation of Financial Statements.

Essas reclassificações não tiveram impactos no Resultado da Companhia. Os efeitos dessas reapresentações são demonstrados a seguir:

3.1.1. Demonstração do Resultado31 de

Dezembro de 2015

(Original)Reclassifica-

ção

31 deDezembro

de 2015 (Reapresentado)

Receita Operacional Líquida 6.733.042 186.833 6.919.875Receita de Serviço de Energia Elétrica 5.543.368 - 5.543.368Receita Parcela A – CVA 758.788 - 758.788Receita de Construção 430.886 - 430.886Atualização do Ativo Financeiro - VNR (i) - 186.833 186.833

Custos Operacionais (6.307.537) - (6.307.537)Custo de Serviço de Energia Elétrica (5.876.651) - (5.876.651)Custo de Construção (430.886) - (430.886)

Resultado Operacional Bruto 425.505 186.833 612.338Despesas Operacionais (369.406) - (369.406)

Despesas com Vendas (184.743) - (184.743)Despesas Gerais e Administrativas (i) (252.592) - (252.592)Outras Despesas Operacionais 67.929 - 67.929

Resultado das Atividades 56.099 186.833 242.932Resultado Financeiro 50.978 (186.833) (135.855)

Receitas Financeiras 395.203 (186.833) 208.370Despesas Financeiras (i) (344.225) - (344.225)

Lucro Antes do IRPJ e da CSLL 107.077 - 107.077IRPJ e CSLL

Corrente (9.945) - (9.945)Diferido (15.786) - (15.786)

Lucro Líquido do Exercício 81.346 - 81.346

46 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

3.1.2. Demonstração do Valor Adicionado31 de

Dezembro de 2015

(Original)Reclassifica-

ção

31 deDezembro

de 2015 (Reapresentado)

Receitas 12.228.727 186.833 12.415.560Vendas Brutas de Energia e Serviços 11.694.874 - 11.694.874Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Líquidas 19.434 - 19.434Receitas de Construção 430.886 - 430.886Compartilhamento de Infraestrutura 83.539 - 83.539Receita VNR - 186.833 186.833Outras Receitas (6) - (6)

Insumos Adquiridos de Terceiros (5.917.382) - (5.917.382)Custo da Energia Vendida, Uso da Rede e Serviços de Terceiros (5.778.513) - (5.778.513)Materiais e Outros Insumos Adquiridos (130.506) - (130.506)Provisões e Reversões (8.363) - (8.363)

Valor Adicionado Bruto 6.311.345 186.833 6.498.178Depreciação/Amortização (196.342) - (196.342)

Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade 6.115.003 186.833 6.301.836Valor Adicionado Recebido em Transferência 395.203 (186.833) 208.370

Receitas Financeiras (i) 395.203 (186.833) 208.370Valor Adicionado Total a Distribuir 6.510.206 - 6.510.206Distribuição do Valor Adicionado

Pessoal e Encargos 457.440 - 457.440Salários 268.913 - 268.913Férias e 13º Salário 61.141 - 61.141Encargos Sociais 22.875 - 22.875Participação nos Lucros ou Resultados 22.610 - 22.610Passivo Atuarial (i) 26.457 - 26.457Benefícios Assistenciais 35.423 - 35.423Indenizações Trabalhistas 13.485 - 13.485Outros 6.536 - 6.536

Impostos, Taxas e Contribuições 5.627.195 - 5.627.195Federais 1.130.769 - 1.130.769Estaduais 2.087.047 - 2.087.047Municipais 1.478 - 1.478Encargos Setoriais 2.407.901 - 2.407.901

Financiadores 344.225 - 344.225Juros e Variações Monetárias (i) 308.786 - 308.786Outros 35.439 - 35.439

Acionistas 81.346 - 81.346Juros s/ Capital Próprio – JCP - - -Dividendos Propostos 23.184 - 23.184Lucro Retido do Exercício 58.162 - 58.162

Valor Adicionado Distribuído 6.510.206 - 6.510.206(i) A receita de atualização do ativo financeiro de concessão (ativo indenizável), foi reclassificada de receita financeira para receita ope-racional por tratar-se de receita oriunda da atividade principal da entidade, juntamente com as receitas derivadas das tarifas calcula-das sobre esse mesmo ativo financeiro.

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3.2. Conversão de Moeda Estrangeira

As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, nas quais os itens são re-mensurados.

Os ganhos e as perdas cambiais relacionados são apresentados na demonstração do resulta-do como receita ou despesa financeira.

3.3. Caixa e Equivalentes de Caixa

Caixa e Equivalentes de Caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, pronta-mente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignifi-cante risco de mudança de valor.

3.4. Instrumentos Financeiros não Derivativos

3.4.1. Classificação

A Celesc D classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A classifica-ção depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administra-ção determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

Os ativos financeiros são apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço.

a) Empréstimos e Recebíveis

Fazem parte dessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis classificados como ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo.

Os empréstimos e recebíveis da Celesc D compreendem caixa e equivalentes de caixa; em-préstimos; ativos de concessão – indenização; contas a receber de clientes e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, pelo método da taxa de juros efetiva.

b) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda

A Celesc D classifica como disponível para venda os recebíveis em virtude de indenização de infraestrutura originados nos contratos de concessão de serviços públicos de distribuição.

Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não são classificados como (a) emprésti-mos e contas a receber, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado.

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Ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente pelo seu valor jus-to acrescido de qualquer custo de transação diretamente atribuível. Após o reconhecimento inicial, eles são mensurados pelo valor justo e as mudanças, que não sejam perdas por redu-ção ao valor recuperável, são reconhecidas em outros resultados abrangentes e apresentadas dentro do patrimônio líquido. São incluídos em ativos não circulantes, a menos que a admi-nistração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço.

3.4.2. Reconhecimento e Mensuração

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensu-rados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em “resultado financeiro” no período em que ocorrem.

A Celesc D avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável.

3.4.3. Compensação de Instrumentos Financeiros

Ativos e Passivos Financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço pa-trimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo si-multaneamente.

3.4.4. Impairment de Ativos Financeiros

A Celesc D avalia, no final de cada período, se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Os prejuízos de impairment são incorridos somente quando houver evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um evento de perda) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.

A Celesc D avalia em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment. O montante da perda por impairment é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado.

Se, em um período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição pu-der ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reco-nhecido a reversão dessa perda reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstra-ção do resultado.

3.5. Contas a Receber de Clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pelo forneci-mento e o suprimento de energia faturada e estimativa de energia fornecida não faturada no decurso normal das atividades da Celesc D.

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As contas a receber de clientes são reconhecidas ao valor faturado e deduzidas das perdas es-timadas para créditos de liquidação duvidosa, que é estabelecida quando existe uma evidên-cia objetiva de que a Celesc D não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. Tem-se como valor da perda estimada a diferen-ça entre o valor contábil e o valor recuperável.

3.6. Estoques

Os estoques são compostos por materiais destinados à manutenção das operações, contabi-lizados pelo custo médio das compras no ativo circulante e são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor.

3.7. Imposto de Renda e Contribuição Social Corrente e Diferido

As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem os tributos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resulta-do, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhe-cido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente.

O encargo de imposto de renda e a contribuição social corrente e diferido é calculado com ba-se nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas. A administração ava-lia, periodicamente, as posições assumidas pela Celesc D nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a inter-pretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos utilizando o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas Demonstrações Financeiras.

O imposto de renda e contribuição social diferidos registrados no ativo são reconhecidos so-mente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.

Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos cor-rentes, em geral relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos e passivos em diferentes entidades, em geral são apresenta-dos em separado, e não pelo líquido

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3.8. Depósitos JudiciaisA Celesc D mantém registrado nesta rubrica valores depositados para fazer jus ao contingen-ciamento dos processos judiciais (tributários, trabalhistas, cíveis, regulatórios, ambientais) .

3.9. Intangíveis

Os intangíveis são demonstrados pelo custo combinado conforme abaixo:

a) Os intangíveis são valorizados ao custo de aquisição e/ou construção, incluindo juros ca-pitalizados durante o período de construção, quando aplicável, para os casos de ativos elegí-veis. Dependendo da natureza do ativo e do tempo de sua aquisição, o custo se refere ao cus-to histórico de aquisição ou do seu montante anteriormente escriturado segundo as práticas brasileiras adotadas anteriores a adoção do ICPC 01 – Contratos de Concessão.

b) As obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica con-templam os pagamentos efetuados com o objetivo de contribuir na execução de projetos de expansão necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia e são registra-dos nas demonstrações financeiras como redutora dos ativos intangíveis.

3.9.1. Contrato de Concessão

Os direitos sobre as infraestruturas, operadas sob regime de concessão são contabilizados co-mo um ativo intangível quando a Celesc D tem o direito de cobrar pelo uso dos ativos de in-fraestrutura, e os usuários (consumidores) têm a responsabilidade de pagar pelos serviços.

O valor justo de construção e outros trabalhos na infraestrutura representam o custo do ativo intangível e é reconhecido como receita quando a infraestrutura é construída, desde que este trabalho gere benefícios econômico futuros.

Os ativos intangíveis de contratos de concessão são amortizados numa base linear durante o período do contrato ou vida útil do bem a que estiver atrelado, dos dois o menor.

3.9.2. Programas de Computador – softwares

Licenças adquiridas de softwares são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil es-timada, pelas taxas descritas na Nota 13.

Os gastos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medi-da em que são incorridos.

3.10. Ativo Financeiro

Refere-se a parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados até o final da concessão classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber indenização diretamente pelo poder concedente decorrente da aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 – Contratos de Concessão e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contratos de Concessão.

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3.10.1. Ativo Financeiro de Concessão – Indenizável

Os ativos de concessão referem-se a créditos a receber da União, quando a Companhia possui direito incondicional de ser indenizada ao final da concessão, conforme previsto em contrato, a título de indenizações originadas nos contratos de concessão de serviços públicos de distri-buição de energia elétrica, pelos investimentos efetuados em infraestrutura e não recupera-dos por meio da tarifa. Estes ativos financeiros são classificados como disponíveis para venda.

É importante ressaltar que este não é um ativo como os demais ativos comparáveis e dispo-níveis no mercado, mas um ativo que é derivado e intrinsecamente vinculado à infraestrutura existente da Celesc D, suscetível a variações decorrentes de mudanças no ambiente regulató-rio e no preço das commodities relacionadas à infraestrutura.

A partir de 2012, com o advento da MP no 579/2012 (convertida na Lei Federal no 12.783/2013), o ativo financeiro de concessão de distribuição é mensurado pelo Valor Novo de Reposição – VNR, o qual foi homologado pela ANEEL no 3o ciclo de revisão tarifária, finalizado em agosto de 2012.

Salienta-se que a revisão tarifária da Celesc D ocorre a cada quatro anos, e somente nessa da-ta a Base de Remuneração é homologada pela ANEEL através do VNR depreciado.

Nos períodos entre as datas de Revisão Tarifária, a Administração atualiza o ativo financeiro, utilizando o critério determinado pela ANEEL para atualização da Base de Remuneração en-tre os períodos de revisão, ou seja, aplica o IPCA como fator de atualização do valor justo da Base de Remuneração.

3.11. Redução ao Valor Recuperável de Ativos não Financeiros

Os ativos intangíveis e outros ativos não financeiros, são revistos anualmente, buscando iden-tificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, quando eventos ou alterações indica-rem que o valor contábil possa não ser recuperável.

Nesse caso, o valor recuperável é calculado para verificar a ocorrência de perda. Havendo per-da, ela é reconhecida no resultado pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapas-sar seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.

3.12. Outros Ativos Circulantes e Não Circulantes

São demonstrados pelos valores de realização (ativos) e pelos valores conhecidos ou calculá-veis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias in-corridas (passivos).

a) Ativo Financeiro – Parcela A – CVA

A Companhia efetua o reconhecimento dos saldos de CVA e outros componentes financeiros, registrando os valores em Outras Contas a Receber em contrapartida a Receita de Ativo Regu-latório no resultado.

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b) Subvenção e Repasse da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE

Estes valores foram contabilizados na rubrica de Outros Créditos a Receber, em contrapartida da Receita Operacional Bruta na rubrica de Doações, Contribuições e Subvenções Vinculadas ao Serviço Concedido.

c) Conta Bandeira Tarifária

Estes valores foram contabilizados na rubrica de Outros Créditos a Receber, em contrapartida da Receita Operacional Bruta na rubrica Ativo/Passivo Financeiro.

3.13. Fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por fornecimento de energia, en-cargos de uso da rede elétrica, materiais e serviços adquiridos ou utilizados no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Na prática, são normalmente reconhecidas no valor da fatura correspondente.

3.14. Empréstimos

Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos da tran-sação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados, líquidos dos custos da transação, e o valor de resgate é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e fi-nanciamentos estejam em andamento, utilizando o método da taxa de juros efetiva.

Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Celesc D tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a da-ta do balanço.

Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produ-ção de um ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados co-mo parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômi-cos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiança.

Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são in-corridos.

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3.15. Debêntures

A emissão de Debêntures, não conversíveis em ações, destina-se exclusivamente para refor-ço de capital de giro e realização de Investimentos. As Debêntures são reconhecidas pelo va-lor justo, líquido dos custos da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atri-buíveis, quando incorridos, são reconhecidos no resultado.

3.16. Provisões

As provisões são reconhecidas quando a Celesc D tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos se-ja necessária para liquidar a obrigação e que uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

3.17. Benefícios a Empregados e Ex-empregados (PDVI, PDV e Aposentados)

a) Obrigações de Pensão

A Celesc D tem planos de benefício definido. Os planos de benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua aposentadoria, nor-malmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração.

O passivo relacionado aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obri-gação de benefício definido na data do balanço menos o valor de mercado dos ativos do pla-no. A obrigação do benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes usando-se o método de crédito unitário projetado. O valor presente da obrigação de benefí-cio definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usan-do taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos da-queles da respectiva obrigação do plano de pensão.

Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajuste pela experiência e nas mudanças das pre-missas atuariais são registrados diretamente no Patrimônio Líquido, como outros resultados abrangentes, quando ocorrerem.

Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos no resultado.

Para os planos de contribuição definida, a Celesc D paga contribuições a planos de pensão de administração pública ou privada em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, a empresa não tem obrigações relativas a pagamen-tos adicionais. As contribuições regulares compreendem os custos periódicos líquidos do pe-ríodo em que são devidas e, assim, são incluídas nos custos de pessoal.

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b) Outros Benefícios

Os empregados da Celesc contam com benefícios incomuns no mercado de trabalho. As licen-ças especiais e outras vantagens vão muito além do previsto na CLT. A empresa investe forte em segurança e na qualidade de vida dos funcionários. E além do bem-estar no ambiente de traba-lho, a empresa promove ações em prol das famílias dos celesquianos. Confira esses benefícios:

• Jornada Especial de Trabalho • Auxílio aos empregados com deficiência • Auxílio-enfermida-de • Auxílio-médico e odontológico • Dia de licença para realização de exames preventivos • Programa de Reabilitação e Readaptação Profissional • Programa ViVA – Vivendo e Valorizan-do a Aposentadoria • Programa ReAja – Prevenção e Tratamento de Dependência Química • Seguro de Vida • Seguro de Invalidez • Custeio de despesas com acidente em serviço e outras doenças • Auxílio-babá – Auxílio-creche • Redução de Jornada: 20 horas para empregados que tenham dependentes com deficiência • Vacina contra gripe • Sistema de Compensação: Ban-co de Horas • Licença Maternidade: 180 dias • Licença Paternidade: 15 dias • Projeto Ginástica Laboral • Programa de Reabilitação e Readaptação Profissional • Projeto DST/HIV/AIDS • Pro-grama Nutricional • PAE – Programa de Atendimento ao Empregado • GAT – Grupo de Apoio Terapêutico • Ações permanentes em Segurança no Trabalho.

c) Reconhecimento e Recompensa

Além de salários alinhados ao mercado os empregados da Celesc têm garantida estabilida-de no emprego e uma série de benefícios incomuns no mercado. A soma de vantagens repre-senta ganhos, tanto financeiros, além de valorizar desempenho e antiguidade. Segue alguns exemplos de reconhecimento e recompensa em vigor na Celesc:

PLR – Participação nos Lucros e Resultados • Anuênio • Gratificação por 25 anos de trabalho • Auxílio para Empregado-estudante • Auxílio-alimentação • Auxílio-alimentação de Natal • Gra-tificação Adicional de Férias: empregados com mais de cinco anos de Empresa (+ 50%) • Licen-ça-prêmio • Previdência Privada.

d) Participação nos Lucros e Resultados – PLR

O reconhecimento dessa participação é provisionado mensalmente e, após o encerramento do exercício, o valor é corrigido conforme a efetiva realização das metas estabelecidas entre a Empresa e seus empregados. A Celesc D reconhece uma provisão quando estiver contratual-mente obrigado ou quando houver uma prática anterior que tenha gerado uma obrigação não formalizada (constructive obligation).

3.18. Distribuição de Dividendos e Juros Sobre Capital PróprioSão reconhecidos como passivo no momento em que os dividendos são aprovados pelos acionistas da Celesc D. O Estatuto Social da empresa prevê que, no mínimo, 25% do lucro anual ajustado sejam distribuídos como dividendos; portanto, a Celesc D registra provisão, no encerramento do exercício social, no montante do dividendo mínimo que ainda não tenha sido distribuído durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito aci-ma. Valores acima do mínimo obrigatório, somente são provisionados quando aprovados em Assembleia Geral Ordinária – AGO pelos acionistas. O benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio é reconhecido diretamente no resultado.

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3.19. Capital Social

As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido.

3.20. Reconhecimento de Receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo forneci-mento e suprimento de energia faturada, estimativa de energia fornecida e não faturada no curso normal das atividades da Celesc D. É apresentada líquida dos impostos, das devolu-ções, dos abatimentos e dos descontos.

A Celesc D reconhece a receita quando:

a) o valor da receita pode ser mensurado com segurança;

b) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade; e

c) quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Ce-lesc D.

O valor da receita não é considerado como mensurável com segurança até que todas as con-tingências relacionadas com a venda tenham sido resolvidas. A Celesc D baseia suas estima-tivas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda.

a) Fornecimento de Energia Elétrica

Destina-se à contabilização da receita faturada e não faturada correspondente ao forneci-mento de energia elétrica, assim como dos ajustes e adicionais específicos.

b) Disponibilidade da Rede Elétrica

São contabilizadas as receitas derivadas da disponibilização do sistema de distribuição pela própria Concessionária por meio de suas atividades.

c) Suprimento de Energia Elétrica

Destina-se à contabilização da receita proveniente do suprimento de energia elétrica ao re-vendedor, bem como dos ajustes e adicionais específicos.

d) Energia de Curto Prazo

A Energia de Curto Prazo é um segmento da CCEE onde são contabilizadas as diferenças entre os montantes de energia elétrica contratados pelos agentes e os montantes de geração e de consumo efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos agentes. As diferenças apura-das, positivas ou negativas, são contabilizadas para posterior liquidação financeira no Merca-do de Curto Prazo e valoradas ao Preço de Liquidação das Diferenças – PLD.

e) Ativo e Passivo Financeiro

Refere-se ao reconhecimento e à realização de diferenças temporais, cujos valores são repas-sados anualmente na tarifa de distribuição de energia elétrica – Parcela A e outros componen-tes financeiros.

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f) Receita de Construção

Refere-se à contabilização da receita de construção de infraestrutura proveniente dos contra-tos de concessão da Celesc D, a qual é reconhecida tomando como base a proporção do plano de investimento de cada concessionária.

Em virtude da terceirização dessa atividade com partes não relacionadas, a Celesc D consi-dera a margem de construção irrelevante, e, dessa forma, não a utiliza no reconhecimento da receita de construção.

g) Doações e Subvenções

As receitas de doações e subvenções são reconhecidas pelo regime de competência conforme a essência dos contratos e ou convênios aplicáveis. São reconhecidas no resultado quando existe segurança de que: (a) a entidade cumpriu todas as condições estabelecidas; e (b) a sub-venção será recebida. A contabilização será a mesma independentemente de a subvenção ser recebida em dinheiro ou como redução do passivo.

h) Receita Financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva. Subsequentemente os juros são incorporados às contas a receber, em contra-partida de receita financeira.

i) Receita de Dividendos

A receita de dividendos é reconhecida quando o direito de receber o pagamento é estabelecido.

3.21. Mudanças nas políticas contábeis e divulgações

As seguintes alterações de normas foram adotadas pela primeira vez para o exercício iniciado em 1o de janeiro de 2016 e não tiveram impactos materiais para a Celesc D.

a) CPC 04 (R1) – Ativo Intangível: esclarece a definição da vida útil dos softwares e incremen-tou o método de amortização linear dos ativos intangíveis de fina útil definida.

b) CPC 20 (R1) – Custo de Empréstimos: estabelece que não é requerido a aplicação desse pronunciamento para o ativo qualificável mensurado por valor justo.

c) CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Financeiras: clarificou que as notas ex-plicativas compreendem as políticas contábeis significativas e outras informações significa-tivas. A Entidade não deve reduzir a compreensão das demonstrações contábeis pela agre-gação de itens materiais. A entidade não deve incluir informações nas notas explicativas re-queridas por Pronunciamentos específicos se o resultado desta divulgação não for material. Permite uma maior segregação das contas do que o apresentado anteriormente no balanço patrimonial para permitir a maior compreensão das operações.

d) CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada: esclare-ce os procedimentos a serem feitos quando o ativo mantido para venda ou mantido para dis-tribuição aos proprietários deixa de atender aos requisitos do CPC 31. Os efeitos dessa reclas-sificação devem ser contabilizados no resultado do período.

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e) CPC 33 (R1) – Benefícios a Empregados: esclarece os critérios serem utilizados como base para o cálculo da taxa de desconto. Adicionalmente explica que as alterações deste pronun-ciamento devem ser aplicadas desde o início do primeiro período comparativo apesentado nas demonstrações contábeis que a entidade aplicar essas alterações.

f) CPC 37 (R1) – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade: esclarecem as exceções na adoção inicial para a combinação de negócios aplicadas as aquisições do pas-sado de investimentos em coligadas, de participações em empreendimentos controlados em conjunto e de participações em operação conjunta em que a atividade seja um negócio.

g) CPC 40 (R1) – Instrumentos Financeiros: Evidenciação: amplia e esclarece o entendi-mento que a entidade não tem mais envolvimento contínuo em ativo financeiro se como par-te da transferência ela não reter qualquer dos direitos ou obrigações contratuais inerentes ao ativo financeiro.

Outras alterações em vigor para o exercício financeiro iniciado em 1o de janeiro de 2016 não são relevantes para a empresa.

3.22. Novas Normas e Interpretações

As seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB mas não estão em vigor para o exercício de 2016. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC.

»IFRS 9 – “Instrumentos Financeiros” – Aborda a classificação, a mensuração e o reconhe-cimento de ativos e passivos financeiros. A versão completa do IFRS 9 foi publicada em ju-lho de 2014, com vigência para 1o de janeiro de 2018, e substitui a orientação no IAS 39, que diz respeito à classificação e à mensuração de instrumentos financeiros. As principais alte-rações que o IFRS 9 traz são: (i) novos critérios de classificação de ativos financeiros; (ii) no-vo modelo de impairment para ativos financeiros, híbrido de perdas esperadas e incorridas, em substituição ao modelo atual de perdas incorridas; e (iii) flexibilização das exigências para adoção da contabilidade de hedge. A administração está avaliando o impacto total de sua adoção.

»IFRS 15 – “Receita de Contratos com Clientes” – Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela é reconheci-da. Ela entra em vigor em 1o de janeiro de 2018 e substitui a IAS 11 – “Contratos de Constru-ção”, IAS 18 – “Receitas” e correspondentes interpretações. A administração está avaliando os impactos de sua adoção.

»IFRS 16 – “Operações de Arrendamento Mercantil” – Com essa nova norma, os arrenda-tários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento mercantil, incluin-do os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinados contra-tos de curto prazo ou de pequenos montantes. Os critérios de reconhecimento e mensura-ção dos arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendadores ficam substan-

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cialmente mantidos. O IFRS 16 entra em vigor para exercícios iniciados em ou após 1o de janeiro de 2019 e substitui o IAS 17 – “Operações de Arrendamento Mercantil” e correspon-dentes interpretações. A administração está avaliando os impactos de sua adoção.

Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que po-deriam ter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras da Celesc D.

4. Gestão de Risco Financeiro

4.1. Fatores de Risco Financeiro

As atividades da Celesc D a expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial, de taxa de juros de valor justo, de taxa de juros de fluxo de caixa e de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco se concentra na imprevisi-bilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desem-penho financeiro da Celesc D.

4.2. Risco de Mercado

4.2.1. Risco Cambial

A Celesc D está exposta em suas atividades operacionais, à variação cambial na compra de energia elétrica de Itaipu. O mecanismo de compensação (CVA) protege as empresas de even-tuais perdas. Entretanto, esta compensação se realizará somente pelo consumo e consequen-te faturamento de energia ocorrido após o reajuste tarifário subsequente, no qual tenham si-do contempladas tais perdas.

4.2.2. Risco do Fluxo de Caixa ou Valor Justo Associado com Taxa de Juros

Este risco é oriundo da possibilidade da Celesc D incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros, ou outros indexadores de dívida, que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado ou diminuam a receita finan-ceira relativa às aplicações financeiras da empresa. A Celesc D não tem pactuado contratos de derivativos para fazer face a este risco.

4.3. Risco de Crédito

Surge da possibilidade da Celesc D incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebi-mento de valores faturados a seus consumidores, concessionárias e permissionárias. Para re-duzir esse tipo de risco e auxiliar seu gerenciamento a Celesc D monitora as contas a receber de consumidores realizando diversas ações de cobrança incluindo a interrupção do forneci-mento caso o consumidor deixe de realizar seus pagamentos.

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4.4 Risco de Liquidez

A previsão de fluxo de caixa é realizada nas áreas operacionais da Celesc D pelo Departamen-to Econômico Financeiro – DPEF. Esse departamento monitora as previsões contínuas das exi-gências de liquidez da empresa para assegurar que ele tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais.

O excesso de caixa mantido pelas áreas operacionais, além do saldo exigido para administra-ção do capital circulante, é administrado pelo Departamento Econômico Financeiro/Divisão de Tesouraria – DPEF/DVTS. Esse departamento investe o excesso de caixa em contas corren-tes com incidência de juros, depósitos a prazo, depósitos de curto prazo e títulos e valores mo-biliários, escolhendo instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente pa-ra fornecer margem suficiente, conforme determinado pelas previsões acima mencionadas.

A tabela a seguir analisa os ativos e passivos financeiros não derivativos da Celesc D, por fai-xas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento.

Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratados não descontados.

DescriçãoTaxa de

jurosMenos de

um MêsDe um a

Três Meses

De Três Meses a Um

AnoDe Um a

Cinco Anos

Mais de Cinco Anos Total

AtivoContas a Receber 1.180.278 23.242 29.933 27.169 4.328 1.264.950Caixa Equivalente de Caixa 880.887 - - - - 880.887Subsídio Decreto nº 7.891/2013 - - 1.229.741 - - 1.229.741

2.061.165 23.242 1.259.674 27.169 4.328 3.375.578PassivoFornecedores 455.471 162.289 15 - - 617.775Empréstimos Bancários

110% a 121,5% CDI 15.255 28.699 135.089 94.343 - 273.386

Eletrobras 5% a.a 2.226 4.330 19.611 31.122 3.803 61.092

Finame2,5% a

9,5% a.a. 651 929 4.764 34.270 8.953 49.567

DebênturesCDI + 1,3% a 2,5% a.a. - - 111.313 289.934 - 401.247

Reserva Matemárica a Aamortizar IPCA + 6% 10.479 8.179 39.104 307.079 376.968 741.809Conta de Desenvolvimento Energético – CDE - - 1.470.381 721.921 - 2.192.302Passivo Financeiro - Parcela A

14,09 % a.a. (i) 25.825 51.874 240.612 127.133 - 445.444

509.906 256.300 2.020.890 1.605.802 389.724 4.782.622(i) Taxa Selic projetada para os próximos 12 meses.

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4.5. Riscos Operacionais

4.5.1. Risco Quanto à Escassez de Energia Elétrica

O Sistema Elétrico Brasileiro é abastecido predominantemente pela geração hidrelétrica. Um período prolongado de escassez de chuva durante a estação úmida reduzirá o volume de água nos reservatórios dessas usinas, trazendo como consequência o aumento no custo na aqui-sição de energia no mercado de curto prazo e a elevação dos valores de Encargos de Sistema em decorrência do despacho das usinas termelétricas. Numa situação extrema poderá ser adotado um programa de racionamento, que implicaria em redução de receita.

4.5.2. Risco de Não Renovação das Concessões

A Celesc D possui concessão de distribuição de energia elétrica e em 09 de dezembro de 2015 foi assinado o 5o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 56/1999 de distribuição de ener-gia elétrica da Celesc D com vigência de 30 anos até 07 de julho de 2045.

Destaca-se, que nos primeiros 5 (cinco) anos haverá metas a serem alcançadas para indicado-res de qualidade técnica e sustentabilidade econômica e financeira, condicionantes estas pa-ra a confirmação da prorrogação da concessão.

Os indicadores de qualidade técnicos a serem medidos serão a Duração Equivalente de In-terrupção por Unidade Consumidora – DEC, mede quantas horas uma Unidade Consumido-ra – UC ficou sem energia durante certo período, e a Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC, mede quantas vezes, em média, uma UC ficou sem energia.

Até 2017 a redução no DEC da Celesc D tem de chegar a 9% e em 2020 – prazo limite dado pe-la Aneel para comprovação plena dos ajustes – o patamar passa a ser de 25% de redução. Se-guindo o ritmo histórico, a redução desse indicador deverá ser de 5% ao ano.

Os indicadores financeiros que serão avaliados são:

i) Ebtida: Representa a geração operacional de caixa da Companhia, ou seja, quanto a Em-presa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em consideração efeitos financeiros e de impostos. Em resumo, é quanto a atividade operacional traz dinheiro para a Empresa.

ii) Ebitda QRR: Significa que a geração operacional de caixa deve ser suficiente para cobrir os gastos com Pessoal, Material, Serviços e Outros – PMSO e realizar o mínimo de investimentos necessários no sistema elétrico, de forma a garantir a qualidade do serviço.

iii) Dívida Líquida/Ebitda QRR: Mensura o risco e a capacidade financeira de pagar nossas dívi-das, isto é, honrar obrigações assumidas (despesas, investimentos mínimos, dívida e demais passivos). Avalia se a geração de caixa é suficiente para cobrir os gastos com PMSO, investir no sistema de distribuição e cobrir o custo da dívida.

A manutenção da concessão está associada à sustentabilidade econômico-financeira da Ce-lesc Distribuição. Para medir essa capacidade, a Aneel estipulou metas específicas, que serão medidas a partir de 2017.

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Em 2017 o Ebitda deve ser maior ou igual a 0 (zero) e em 2018 Ebitda QRR maior ou igual a 0 (zero). Em relação a Dívida Líquida/Ebitda QRR o indicador estipulado pela ANEEL em 2019 deve ser menor ou igual a 9,71 (nove vírgula setenta e um) e em 2020 menor ou igual a 7 (sete).

4.5.3. Análise de Sensibilidade

Apresenta-se a seguir o quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, que descreve os riscos que podem gerar efeitos materiais para a Celesc D, com ce-nário mais provável (cenário I) segundo avaliação efetuada pela administração, considerando um horizonte de três meses, quando deverão ser divulgadas as próximas informações finan-ceiras contendo tal análise.

Adicionalmente, dois outros cenários são demonstrados, a fim de apresentar 25% e 50% de deterioração na variável de risco considerada, respectivamente (cenários II e III).

A análise de sensibilidade apresentada considera mudanças com relação a determinado ris-co, mantendo constante todas as demais variáveis, associadas a outros riscos, com saldos de 31 de dezembro de 2016:

PremissasEfeitos das Contas sobre o Resultado Saldo (Cenário I) (Cenário II) (Cenário III)

CDI1 (%) 12,15% 15,19% 18,23%

Aplicações Financeiras 812.137 98.675 123.364 148.053

Empréstimos (235.157) (28.572) (35.714) (42.857)

Debêntures (304.741) (37.026) (46.290) (55.554)

SELIC 10,95% 13,68% 16,42%

Passivo Financeiro - Parcela A - CVA (406.620) (44.505) (55.631) (66.758)

IPCA2 (%) 6,29% 7,86% 9,44%

Ativo Indenizatório (Concessão) em Serviço 346.620 21.802 27.244 32.721

Reserva Matematica a amortizar (496.949) (31.258) (39.060) (46.912)

1 Curva de juros futuros – BM&F DI 1 FUT M17 com vencimento em 01/06/2017 – (fechamento 16/01/2017)

2 IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

4.6. Gestão de Capital

Os objetivos da Celesc D ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Celesc para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes inte-ressadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.

Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Celesc D pode rever a política de pagamento de dividendos, devolvendo capital aos acionistas ou ainda, emitir novas ações ou vender ati-vos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.

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Condizente com outras empresas do setor, a Celesc D monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total.

A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazo) e debêntures, subtraído do montante de Caixa e Equivalentes de Caixa. O capital total é apurado por meio da soma do Patrimônio Líquido com a dívida líquida.

Descrição

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015

Total de Empréstimos 333.031 542.174

Debêntures 304.741 600.731

Menos: Caixa e Equivalente de Caixa (880.887) (734.239)

Dívida Líquida (243.115) 408.666

Total Património Líquido 1.311.796 1.501.051

Total Capital 1.068.681 1.909.717

Índice de Alavancagem Financeira (%) -22,75% 21,40%

4.7. Estimativa do Valor Justo

Pressupõe-se que os saldos das Contas a Receber de Clientes e Contas a Pagar aos Fornecedo-res pelo valor contábil, esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos Passivos Finan-ceiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto do fluxo de caixa contratual futuro pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Celesc D para instru-mentos financeiros similares.

A Celesc D aplica o CPC 40 (R1) para instrumentos financeiros mensurados no Balanço Patri-monial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo:

a) Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1).

b) Informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo merca-do para o ativo ou passivo, seja diretamente,ou seja, como preços ou indiretamente, ou seja, derivados dos preços, (Nível 2).

c) Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mer-cado, ou seja, inserções não observáveis (Nível 3).

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A tabela a seguir apresenta os ativos da Celesc D mensurados pelo valor justo em 31 de de-zembro de 2016. A Celesc D não possui passivos mensurados a valor justo nessa data base.

Nível 3

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015

Ativos 346.620 196.520

Ativo Indenizável (Concessão) 346.620 196.520

5. Instrumentos Financeiros por CategoriaA tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros por Categoria em 31 de dezembro de 2016.

Descrição

31 deDezembro

de 2016

Empréstimos e Recebíveis

Disponível Para Venda

Outros Passivos Financeiros Total

Ativo 3.375.578 349.516 - 3.725.094

Caixa e Equivalente de Caixa 880.887 - - 880.887

Ativo Indenizável (concessão) - 346.620 - 346.620

Contas a Receber 1.264.950 - - 1.264.950

Subsídio Decreto Nº 7.891/2013 1.229.741 - - 1.229.741

Outros - 2.896 - 2.896

Passivo 406.620 - 1.752.497 2.159.117

Fornecedores - - 617.775 617.775

Empréstimos e Financiamentos - - 276.715 276.715

Eletrobrás - - 56.316 56.316

Debentures - - 304.741 304.741

Reserva Matemática a amortizar - - 496.950 496.950

Passivo Financeiro - Parcela A 406.620 - - 406.620

64 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

A tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros por Categoria em 31 de dezembro de 2015.

Descrição

31 deDezembro

de 2015Empréstimos e

RecebíveisDisponível Para

VendaOutros Passivos

Financeiros Total

Ativo 3.295.617 198.639 - 3.494.256

Caixa e Equivalente de Caixa 734.239 - - 734.239

Ativo Indenizável (concessão) - 196.520 - 196.520

Contas a Receber 1.453.783 - - 1.453.783

Subsídio Decreto Nº 7.891/2013 662.236 - - 662.236

Ativo Financeiro - Parcela A 445.359 - - 445.359

Outros - 2.119 - 2.119

Passivo - - 2.374.558 2.374.558

Fornecedores - - 723.456 723.456

Empréstimos e Financiamentos - - 452.739 452.739

Eletrobrás - - 89.435 89.435

Debentures - - 600.731 600.731

Reserva Matemática a amortizar - - 508.197 508.197

6. Qualidade do Crédito dos Ativos FinanceirosA qualidade do crédito dos ativos financeiros pode ser avaliada mediante referência às classi-ficações interna de cessão de limites de crédito:

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Contas a Receber de Clientes

Grupo 1 - Clientes com Arrecadação no Vencimento 574.595 695.248

Grupo 2 - Clientes com média de atraso entre 1 e 30 dias no ultimo ano 456.703 538.889

Grupo 3 - Clientes com média de atraso entre 31 e 90 dias no último ano 128.209 136.979

Grupo 4 - Clientes com média de atraso superior a 90 dias no último ano 618.263 554.281

1.777.770 1.925.397

Todos os demais ativos financeiros que a Celesc D mantém, principalmente, contas correntes e aplicações financeiras são considerados de alta qualidade e não apresentam indícios de perdas.

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7. Caixa e Equivalentes de CaixaO Caixa e Equivalentes de Caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de curto prazo e não para outros fins. A Celesc D considera equivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa.

Descrição

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Recursos em Banco e em Caixa 68.750 42.030

Aplicações de Liquidez Imediata 812.137 692.209

880.887 734.239

As Aplicações Financeiras são de alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante co-nhecido de caixa, não estando sujeitos a risco significativo de mudança de valor. Esses títulos referem-se a Operações Compromissadas e Certificados de Depósito Bancários – CDBs, remu-nerados em média pela taxa de 100% da variação do CDI.

66 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

8. Contas a Receber de Clientesa) Consumidores, Concessionárias e Permissionárias

Descrição

Total

Saldos a Vencer

Vencidosaté

90 dias

Vencidoshá mais

de 90 dias

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Consumidores 883.969 205.911 579.921 1.669.801 1.812.171

Residencial 296.597 107.268 84.950 488.815 494.068

Industrial 222.142 43.820 368.732 634.694 740.492

Comercial 202.633 38.858 83.328 324.819 353.315

Rural 59.383 13.452 10.368 83.203 79.109

Poder Público 57.607 1.327 13.300 72.234 74.067

Iluminação Pública 24.876 245 17.912 43.033 47.016

Serviço Público 20.731 941 1.331 23.003 24.104

Suprimento a Outras Concessionárias 57.095 19.244 31.630 107.969 113.226

Concessionárias e Permissionárias 58.091 9.802 10.025 77.918 82.576

Energia Elétrica de Curto Prazo 222 - - 222 -

Outros Créditos (1.218) 9.442 21.605 29.829 30.650

941.064 225.155 611.551 1.777.770 1.925.397Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com clientes (512.820) (471.614)

1.264.950 1.453.783

Circulante 1.233.453 1.437.865

Não Circulante 31.497 15.918

Com a promulgação das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezem-bro de 2003 e 10.865, de 30 de abril de 2004 houve alteração na sistemática de apuração dos tributos referentes ao Programa de Integração Social – PIS, Programa de Formação do Patri-mônio do Servidor Público – PASEP e a Contribuição Social para Financiamento da Segurida-de Social – COFINS, pois estas leis deram um novo tratamento a estes tributos, eliminando a cumulatividade em cada etapa da cadeia produtiva.

A partir desta alteração o custo efetivo do recolhimento dos tributos passa a ser variável, não havendo assim forma de antever o valor exato que será despendido pelas concessionárias pa-ra esta obrigação, pois o valor dos créditos apurados é determinante para calcular a alíquota efetiva do PIS/PASEP e da COFINS, pois cada empresa possui uma estrutura de custos e des-pesas próprias, mesmo estando em igual setor econômico.

Os estudos dos procedimentos de apuração da alíquota efetiva indicaram que devem ser in-cluídas na base de cálculo da alíquota efetiva as receitas de Doações e Subvenções e Realiza-ção do Resultado Tributário – IN RFB 1.515, de 24 de novembro de 2015.

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A análise elaborada destaca que a conta de receita de Subvenções e Doações agrupa as re-ceitas derivadas de doações, contribuições e subvenções não destinadas a investimentos, que são repassadas à concessionária por meio da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, compensando assim descontos que são dados para algumas categorias de consumido-res, desta forma estariam relacionadas diretamente a prestação de serviço de distribuição de energia elétrica.

A Companhia contratou em 2015 parecer técnico da Ganin Advogados Associados que ratifi-cou os entendimentos da inclusão das Receitas de Subvenções e Doações na composição da base de cálculo da alíquota efetiva do PIS/PASEP e COFINS, bem como realizar a cobrança re-troativa de todos os consumidores.

A diferença apurada pela Celesc D do PIS/PASEP e da COFINS nos anos de 2013 a 2015 foi de R$63,8 milhões. Deste total a Celesc D faturou de seus consumidores a partir de abril de 2016 até dezembro de 2016 o montante R$55,8 milhões.

b) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com Clientes

A composição, por classe de consumo está demonstrada a seguir:

Descrição

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015Consumidores 512.820 471.614

Residencial 84.941 63.240Industrial 172.625 147.698Textil (i) 136.128 136.128Comercial 78.163 66.597Rural 5.893 4.650Poder Público 12.677 32.042Iluminação Pública 16.600 15.586Serviço Público 1.186 1.090Concessionárias e Permissionárias 1.129 1.105Outros 3.478 3.478

Circulante 376.692 335.486Não Circulante 136.128 136.128

i) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com o Setor Têxtil

No ano de 2009 a Celesc Distribuição S.A. efetuou um plano de ação de recuperação de débitos para empresas do ramo têxtil entre elas Buettner S.A., Companhia Industrial Schlösser S.A., Fá-brica de Tecidos Carlos Renaux S.A., Têxtil RenauxView S.A. e Tecelagem Kuehnrich – TEKA.

Em 2011, a Buettner S.A. e a Companhia Industrial Schlösser S.A. entraram em recuperação ju-dicial e com base na probabilidade de recuperação desses valores ser remota, a Celesc D pro-visionou o montante de R$18.231 em 2011 e R$16.888 em 2012, que representa a totalidade do crédito que a Celesc possui com essas empresas.

Em 2012, a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A. também entrou em liquidação judicial, to-davia apresentou plano de recuperação judicial. Em 15 de julho de 2013, o Poder Judiciário

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do Estado de Santa Catarina, Comarca de Brusque, Vara Comercial, decretou a falência da Fá-brica de Tecidos Carlos Renaux S.A.. Dessa forma, no terceiro trimestre de 2013, a Celesc D re-gistrou a perda no montante de R$42.992.

Ainda em 2012, a TEKA deu entrada em um pedido de recuperação judicial perante a Comar-ca de Blumenau, Santa Catarina. Tendo em vista o plano de recuperação ainda não ter sido aprovado e a probabilidade de recebimento do referido valor ser remota na avaliação da Ad-ministração, a Celesc D constituiu provisão da totalidade do parcelamento que a TEKA possui com a empresa no montante de R$55.794.

Em relação à empresa Têxtil RenauxView S.A., a administração da Celesc D, considerando a inadimplência da dívida referente ao contrato de parcelamento, e em virtude da remota pos-sibilidade de recebimento constituiu provisão da totalidade do valor a receber no montante de R$45.215 em 2013.

b.1) Movimentação

Montante

Saldo em 31 de dezembro de 2014 491.048

Provisão Constituída no Período 34.490

Baixas de Contas a Receber (53.924)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 471.614

Provisão Constituída no Período 68.387

Baixas de Contas a Receber (27.181)

Saldo em 31 de dezembro de 2016 512.820

69 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

9. Ativo / Passivo Financeiro – Parcela A – CVAAtivos FinanceirosSetoriais

Saldo em 31/12/2015 Adição

Amortiza-ção

Remune-ração

Transferên-cias

Saldo em 31/12/2016

Amorti-za-ção

Valoresem Consti-

tuiçãoCircu-lante

Não Cir-culante

CVA Ativa 991.706 (108.558) (288.880) (6.096) (442.573) 145.599 48.232 97.367 80.688 64.911Aquisição de Energia - (CVAenerg) 636.288 1.830 (232.963) 988 (316.008) 90.135 7.563 82.572 35.087 55.048

Proinfa - 30.578 (12.252) 3.882 - 22.208 22.208 - 22.208 -

Transporte Rede Básica 32.982 18.463 (24.277) 3.047 - 30.215 16.730 13.485 21.225 8.990

Transporte de Energia - Itaipu 1.433 3.130 (1.943) 421 - 3.041 1.731 1.310 2.168 873

Encargos do Sistema de Serviço– ESS 126.565 - - - (126.565) - - - - -

CDE 194.438 (162.559) (17.445) (14.434) - - - - - -

Demais Ativos FinanceirosSetoriais 96.738 90.482 (43.509) - (21.392) 122.319 52.764 69.555 75.949 46.370Neutralidade da Parcela A 60.948 89.543 (28.777) - - 121.714 52.159 69.555 75.344 46.370

Sobre-contratação de Energia 21.392 - - - (21.392) - - - - -

Outros 14.398 939 (14.732) - - 605 605 - 605 -

Total Ativos FinanceirosSetoriais 1.088.444 (18.076) (332.389) (6.096) (463.965) 267.918 100.996 166.922 156.637 111.281

70 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Passivos FinanceirosSetoriais

Saldo em 31/12/2015 Adição

Amortiza-ção

Remune-ração

Transfe-rências

Saldo em 31/12/2016

Amorti-zação

Valoresem Consti-

tuição Circulante

Não Circu-lante

CVA Passiva (614.149) (376.255) 229.479 (40.654) 442.573 (359.006) (123.560) (235.446) (202.043) (156.963)

Aquisição de Energia - (CVAenerg) (316.008) 4.951 - (4.951) 316.008 - - - - -

Proinfa (1.639) 555 1.053 31 - - - - - -

Encargos do Sistema de Serviço– ESS (296.502) (218.594) 208.704 (23.489) 126.565 (203.316) (87.814) (115.502) (126.315) (77.001)

CDE - (163.167) 19.722 (12.245) - (155.690) (35.746) (119.944) (75.728) (79.962)

Demais Passivos FinanceirosSetoriais (28.936) (281.975) 7.544 (33.557) 21.392 (315.532) (256.601) (58.931) (263.155) (52.377)

Sobrecon-tratação de Energia (21.392) (244.691) - (31.572) 21.392 (276.263) (256.601) (19.662) (263.155) (13.108)

Devoluções Tarifárias - (37.284) - (1.985) - (39.269) - (39.269) - (39.269)

Outros (7.544) - 7.544 - - - - - - -

Total Passivos FinanceirosSetoriais (643.085) (658.230) 237.023 (74.211) 463.965 (674.538) (380.161) (294.377) (465.198) (209.340)

Total Ativos / (Passivos) FinanceirosSetoriais 445.359 (676.306) (95.366) (80.307) - (406.620) (279.165) (127.455) (308.561) (98.059)

Descrição

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

CVA 2015 – Período de 08.08.2014 a 07.08.2015 - 100.961

CVA 2016 – Período de 08.08.2015 a 07.08.2016 (75.328) 276.597

CVA 2017 – Período de 23.08.2016 a 22.08.2017 (138.079) -

Total da Parcela A – CVA (213.407) 377.558

Outros Itens – Período de 08.08.2014 a 07.08.2015 - 6.854

Outros Itens – Período de 23.08.2015 a 22.08.2016 (203.836) 60.947

Outros Itens – Período de 23.08.2016 a 22.08.2017 10.623 -

Total Outros Itens – CVA (193.213) 67.801

Total (406.620) 445.359

71 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

O Ativo/Passivo Financeiro, incluído na conta de Compensação da Variação dos Custos da “Parcela A” – CVA, destina-se à contabilização dos custos não gerenciáveis, assim definidos pela ANEEL, e ainda não repassados às tarifas de fornecimento de energia elétrica.

Os referidos custos integram a base dos reajustes tarifários e são apropriados ao resultado, à medida que a receita correspondente é faturada aos consumidores conforme determinado nas Portarias Interministeriais no 25 e no 116, de 24 de janeiro de 2002 e 04 de abril de 2003 respectivamente, e disposições complementares da ANEEL. O saldo dessa conta é atualizado com base na taxa de juros utilizada pelo Selic.

A ANEEL por meio do Despacho no 2.078, de 02 de agosto de 2016, publicado no Diário Oficial da União – DOU, em 08 de agosto de 2016, reconheceu o recurso da Celesc D interposto em fa-ce do Despacho no 2.642, de 2015, para, no mérito, dar parcial provimento, de modo a: a) con-siderar mais 2MW médios como exposição involuntária relativa a cessação de atividades e re-torno ao mercado cativo de consumidores especiais e b) considerar mais 15,818MW médios como exposição involuntária em razão do reconhecimento de erro no preenchimento da de-claração de necessidades de energia para o Leilão A-1 de 2013.

Sendo assim a Celesc D reconheceu no resultado de junho de 2016 o valor de R$256.601, sen-do R$225.029 como redutora da Receita Operacional Bruta e R$31.572 como Despesa Finan-ceira, tendo como contrapartida a conta patrimonial Passivo Financeiro (Circulante), prove-niente da diferença apurada pelo órgão regulador.

A Celesc D está adotando todas as medidas administrativas e judiciais necessárias com a fina-lidade de preservar os interesses da companhia, quanto ao reconhecimento do caráter invo-luntário dos 35,02MW médios não atendidos no recurso apresentado à ANEEL.

A Celesc D, objetivando preservar seus direitos, ingressou com Demanda Judicial junto a Jus-tiça Federal do Distrito Federal, com pedido liminar para que o órgão regulador reconsidere o que foi definido no Despacho 2.078. Diante do pedido da Companhia, a juíza da 6ª Vara da Justiça Federal, deferiu o pedido de tutela de urgência, cautelarmente, para determinar a sus-pensão, até ulterior determinação do Juízo, do impacto financeiro da ordem de R$256,6 mi-lhões, a ser aplicado pela ANEEL no processo de revisão tarifária da Celesc D decorrente da ex-posição desta no ano de 2014. Com base nessa decisão, os impactos decorrentes da Subcon-tratação de 2014 não foram incluídos da deliberação da Diretoria da ANEEL.

A Celesc D reconheceu ainda o montante de R$19,7 milhões como redutora da Receita Opera-cional Bruta tendo como contrapartida a conta patrimonial Passivo Financeiro (Circulante e Não Circulante). O valor refere-se à sobras Involuntárias sinalizadas pela ANEEL na Nota Téc-nica no 93/2016-SRM/ANEEL de 21 de março de 2016 e correspondem à 84,969MW médios que elevaram o patamar de contratação de energia da Companhia para 105,91% fazendo com que o limite regulatório de 105% fosse ultrapassado em 0,91%.

72 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

10. Ativo Indenizatório – Concessão

Descrição

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

Em Serviço 145.731 116.702

Ativo de Concessão - Distribuição de Energia (a) 145.731 116.702

Em Curso 200.889 79.818

Ativo de Concessão - Distribuição de Energia (a) 200.889 79.818

Total 346.620 196.520

Circulante - -

Não Circulante 346.620 196.520

Em função da prorrogação do 5o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no 56/1999, a parce-la que estava registrada no Ativo Financeiro e que será considerada na receita via tarifa duran-te o prazo da concessão foi transferida em 2015 para o Ativo Intangível. Para este cálculo fo-ram considerados os critérios definidos na Resolução Normativa ANEEL no 674 de 11 de agosto de 2015 que estabelece as taxas anuais de depreciação para os ativos em serviço.

Com base na Interpretação Técnica ICPC 01 – Contratos de Concessão, a parcela da infraestru-tura que será utilizada durante a concessão foi registrado no Ativo Intangível, sendo constitu-ída pelos ativos da distribuição de energia elétrica, líquidos das obrigações especiais (partici-pações de consumidores).

a) Ativo de Concessão – Distribuição de Energia

Saldo 31 de Dezembro de 2014 2.890.451

(+) Novas aplicações 322.126

(-) Transferência Renovação da Concessão (3.162.280)

(-) Baixa (40.610)

(+) Ajuste VNR 186.833

Saldo 31 de Dezembro 2015 196.520

(+) Novas aplicações 143.204

(-) Resgate (834)

(+) Atualização VNR (i) 7.730

Saldo 31 de Dezembro de 2016 346.620

(i) A Celesc D reconheceu no exercício de 2015, o montante de R$186.833, referente à atualização do ativo financeiro de concessão de distribuição de energia elétrica pelo Valor Novo de Reposição – VNR.

73 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

A Celesc D atualizava sua Base de Remuneração Regulatória – BRR pelo IGP-M até o 3º Ciclo da Revisão Tarifária. A partir do 4º Ciclo de Revisão Tarifária Periódica será atualizado pelo IPCA em atendimento ao Procedimento de Regulação Tarifária – PRORET, Submódulo 2.3.

Os Ativos Financeiros e Intangíveis de Concessão foram atualizados desde agosto de 2012, da-ta da última Revisão Tarifária Periódica, pelo novo índice (IPCA).

11. Tributos a Recuperar ou Compensar

Descrição

31 deDezembro

2016

31 deDezembro

2015

ICMS 39.247 38.938

PIS/COFINS 21.223 407

IRPJ e CSLL 59.393 128.843

Outros 16.754 2.643

136.617 170.831

Circulante 118.866 155.802

Não Circulante 17.751 15.029

Os saldos de Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Lí-quido – CSLL é composto substancialmente por valores pagos antecipadamente e por redu-ções na fonte por imposto de renda sobre aplicações financeiras e serão realizados no curso normal das operações.

74 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

12. Transações com Partes Relacionadasa) Transações e Saldos

Ativo Passivo Receita Despesa

Empresas

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Celesc Geração S.A.

Outros Créditos 1.473 1.124 - - 14.577 12.352 - 12.352

Receita de Encargos de Uso do Sistema de Dist. - - - - 2.381 2.233 - -

Mútuos - Coligadas, Controladas ou Controladoras - - 40.227 - - - (2.227) (11.060)

Custo Energia - - - - - - (430) (11)

Celos

Entidade de Previdência Privada - - 17.016 18.343 - - (63.651) (79.333)

Governo do Estado de SC

Contas a Receber 7.073 8.602 - - - - - 393

Receita Operacional - - 76.031 75.569 - -

Tributos a Recuperar - ICMS 39.247 38.938 - - - - - -

Tributos e Contribuções Sociais - ICMS - - 107.032 177.054 - - - -

Dedução da Receita - ICMS - - - - 1.988.137 2.086.450 - -

47.793 48.664 164.275 195.397 2.081.126 2.176.604 (66.308) (77.659)

75 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

13. Intangível

Ativo de Concessão

Saldos em 31 de dezembro de 2014 84.273

Adições 5.473

Transferência Ativo Financeiro - Renovação da Concessão 3.162.280

Amortização (89.746)

Amortizações - Renovação da Concessão (106.596)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 3.055.684

Adições 403.648

(-) Adições OE Ultrapassagem e Excedente Reativo (175.750)

Baixas (39.412)

Amortizações (197.216)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.046.954

Custo Total 4.333.059

Amortização Acumulada (1.286.105)

Taxa Média de Amortização 5,83%

a) Contratos de Concessão

Em conformidade com a Interpretação Técnica ICPC 01 (R1), contabilidade de concessões, foi registrado no Ativo Intangível a parcela da infraestrutura que será utilizada durante a conces-são, composta pelos ativos da distribuição de energia elétrica, líquidos das participações de consumidores (obrigações especiais).

A ANEEL em conformidade ao marco regulatório brasileiro é responsável por estabelecer a vi-da útil econômica dos ativos de concessão do setor elétrico, estabelecendo periodicamente uma revisão na avaliação destas taxas. As taxas estabelecidas pela ANEEL são utilizadas nos processos de revisão tarifária, cálculo de indenização ao final da concessão e são reconheci-das como uma estimativa razoável da vida útil dos ativos da concessão. Desta forma, estas ta-xas foram utilizadas como base para a avaliação e amortização do ativo intangível.

76 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

14. Resultado com Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

a) Composição do IRPJ e da CSLL Diferidos Líquidos

Descrição

Diferido Ativo Diferido Passivo Diferido Líquido

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Diferenças Temporárias

Provisão para Contingências 116.126 126.902 - - 116.126 126.902

Provisão para Perdas em Ativos 48.123 48.702 - - 48.123 48.702

Benefícios Pós Emprego 361.153 305.565 - - 361.153 305.565

Prejuízo Fiscal - 25.260 - - - 25.260

Outras Provisões - 620 1.183 (620) (1.183)

Efeitos do ICPC 01 - Contratos de Concessão - 60.395 62.514 (60.395) (62.514)

Efeitos do CPC 38 - Instrumentos Financeiros - 74.417 77.027 (74.417) (77.027)

Parcela A - CVA 215.992 2.565 91.092 153.988 124.900 (151.423)

741.394 508.994 226.524 294.712 514.870 214.282

b) Realização dos Ativos Diferidos

A base tributável do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido decorre não apenas do lucro gerado, mas da existência de receitas não tributáveis, despesas não de-dutíveis, incentivos fiscais e outras variáveis, sem correlação imediata entre o lucro líquido da Celesc D e o resultado de imposto de renda e contribuição social. Desse modo, a expectativa da utilização dos créditos fiscais não deve ser tomada como único indicativo de resultados fu-turos da empresa.

A realização tem como base o Plano de Ação para Demonstrar a Sustentabilidade Econômico--Financeira da Celesc D apresentado para a ANEEL em novembro de 2013.

Em atendimento a Instrução CVM no 371 de 27 de junho de 2002, a Administração da Celesc D considera que os ativos diferidos provenientes das diferenças temporárias serão realizados, na proporção da resolução final das contingências e dos eventos a que se referem quando se-rão compensados com os lucros tributáveis.

77 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Os tributos diferidos sobre o passivo atuarial de benefícios a empregados estão sendo realiza-dos pelo pagamento das contribuições.

Os tributos diferidos da Parcela A – CVA serão realizados à medida que a receita corresponden-te é faturada aos consumidores.

As estimativas de realização para o saldo do total do ativo de 31 de dezembro de 2016 são:

Ano

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

2016 - 85.456

2017 209.173 63.260

2018 170.846 61.322

2019 58.666 61.834

Acima de 2019 302.709 237.122

Total Ativo Diferido 741.394 508.994

c) Conciliação do IRPJ e da CSLL Corrente e Diferido

A conciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota no-minal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Lucro (Prejuízo) Antes do IRPJ e da CSLL (83.204) 107.077

Alíquota nominal combinada do Imposto de Renda e da Contribuição Social 34% 34%

IRPJ e CSLL 28.289 (36.406)

Adições e Exclusões Permanentes

Alimentação Administradores (49) (36)

Benefício Fiscal (1.875) 178

Incentivo Fiscal 9.083 (57)

Multas Indedutíveis (4.572) (3.951)

Adoção Lei 12.973 em 01.01.2015 - 13.942

Outras Adições/Exclusões (202) 599

IRPJ e CSLL no Resultado do Período 30.674 (25.731)

Corrente (201.471) (9.945)

Diferido 232.145 (15.786)

30.674 (25.731)

Taxa Efetiva 37% 24%

78 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

d) Lei Federal no 12.973 de 13 de Maio de 2014

A Celesc D vem apurando o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ, a Contribui-ção Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, o Programa de Integração Social – PIS e a Contribui-ção para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS em conformidade com a Lei Federal no 12.973/14 e Instruções Normativas da Receita Federal do Brasil no 1.515 de 24 de novembro de 2014 e no 1.556 de 31 de março de 2015.

As diferenças positivas e negativas foram apuradas conforme o artigo 69 da Lei Federal no 12.973/14 e os seus efeitos serão realizados pelo prazo vigente de concessão.

15. Outros Créditos

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Tarifa Social de Baixa Renda (a) 45.005 24.098

Rendas a Receber (b) 44.820 21.282

Programa Reluz (c) 12 12

Pessoal a Disposição (d) 4.280 3.072

Serviços Prestados a Terceiros 192 131

Adiantamentos a Empregados 581 567

Despesas Pagas Antecipadamente (e) 16.571 18.088

Substituição Tributária (f) 51.626 38.489

Conta Bandeiras 7.911 -

Outros Créditos a Receber 14.219 11.922

Total 185.217 117.661

Circulante 182.321 115.542

Não Circulante 2.896 2.119

a) Tarifa Social de Baixa Renda

O Governo Federal, pela Lei Federal no 10.438, de 26 de abril de 2002, determinou às conces-sionárias do Serviço Público de Energia Elétrica a ampliação da Tarifa Social de Baixa Renda com base nos novos critérios e enquadramento das unidades consumidoras.

A partir de maio de 2002, a Celesc D promoveu o faturamento do fornecimento de energia elé-trica, segundo as disposições estabelecidas nas Resoluções ANEEL no 246, de 30 de abril de 2002 e no 485, de 29 de agosto de 2002.

O Decreto Presidencial no 4.538, de 23 de dezembro de 2002, estabeleceu, ainda, que o atendi-mento de consumidores integrantes da subclasse Residencial Baixa Renda será custeado por subvenção econômica conforme Lei Federal no 10.604, de 17 de dezembro de 2002.

79 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

A ANEEL, pelo Ofício Circular no 155, de 24 de janeiro de 2003, divulgou os procedimentos para apuração e registro do ativo decorrente do reconhecimento da aplicação da nova tarifa social no que diz respeito à redução dos valores faturados.

b) Rendas a Receber

São créditos da Celesc D referentes a receitas auferidas pela concessionária, provenientes do aluguel de postes.

c) Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente – Reluz

O Programa Reluz tem como objetivo promover a modernização e melhoria da eficiência ener-gética do sistema de Iluminação Pública nos municípios, pela substituição dos equipamentos atuais por tecnologias mais eficientes, visando combater o desperdício de energia elétrica.

d) Pessoal a Disposição

São créditos da Celesc D referentes à Pessoal a Disposição da Celesc Holding, Celesc Geração S.A. e outros órgãos federais, estaduais e municipais.

e) Despesas Pagas Antecipadamente

São despesas de períodos futuros referentes a Vale Alimentação, Vale Transporte e Proinfa.

f) Substituição Tributária

Os valores apresentados referem-se ao ICMS incidente sobre as sucessivas operações internas e interestaduais relativas à circulação de energia elétrica que se destine ao consumo de des-tinatário que a tenha adquirido em ambiente de contratação livre de acordo com o Convênio ICMS 77/2011 de 5 de agosto de 2011.

16. Fornecedores

Descrição

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Energia Elétrica 483.833 558.295

Encargos de Uso da Rede Elétrica 42.540 37.605

Materiais e Serviços 90.061 69.168

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE 1.341 58.388

Total Passivo Circulante 617.775 723.456

80 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

17. Empréstimos e FinanciamentosOs Empréstimos e Financiamentos possuem três classificações distintas – Empréstimos Ban-cários, Empréstimos da Eletrobrás e Empréstimos Tipo Finame – e são garantidos, quase em sua totalidade, pelos recebíveis da Celesc D.

DescriçãoTaxas de juros e

comissões (%)

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Empréstimos Bancários (a) 110 a 121,5 CDI 235.157 416.921

Eletrobrás (b) 5 a.a. 56.316 89.435

Finame (c) 2,5 a 8,7 a.a. 41.558 35.818

333.031 542.174

Circulante 202.996 217.157

Não Circulante 130.035 325.017

a) Empréstimos Bancários

Os saldos de Empréstimos Bancários referem-se a três contratações, cujos recursos foram uti-lizados exclusivamente para a finalidade de capital de giro.

A primeira contratação, no valor de R$90 milhões, foi efetuada junto ao Banco do Brasil em abril de 2014, com remuneração à taxa equivalente a 116% do CDI. Foi oferecida uma carên-cia de 6 meses para o início da amortização do valor principal, previsto para liquidação em 18 parcelas mensais. O contrato foi totalmente liquidado em março de 2016.

A segunda contratação, no valor de R$300 milhões, foi efetuada junto à Caixa Econômica Fe-deral em junho de 2014, com remuneração à taxa equivalente a 121,5% do CDI. Em abril de 2015, o contrato foi repactuado e o prazo para pagamento foi alongado para 38 meses, com carência de 8 meses. A amortização final está prevista para junho de 2018.

A terceira contratação, no valor de R$100 milhões, foi efetuada junto ao Banco do Brasil em ja-neiro de 2015, com remuneração à taxa equivalente a 110% do CDI. Foi oferecida uma carên-cia de 12 meses para o início da amortização do valor principal, previsto para liquidação em 24 parcelas mensais. A amortização final está prevista para janeiro de 2018.

b) Eletrobras

Os recursos destinam-se, entre outras aplicações, aos programas de eletrificação rural, e ad-vêm da Reserva Global de Reversão – RGR e do Fundo de Financiamento da Eletrobras. Em geral, os contratos possuem carência de 24 meses, amortização em 60 parcelas mensais, al-guns em mais parcelas, taxa de juros de 5% a.a., taxa de administração de 2% a.a. e taxa de comissão de 0,83%. As garantias são os recebíveis e todos os contratos possuem anuência da ANEEL.

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c) Finame

Os recursos dessas contratações serviram para suprir parte da insuficiência de recursos da Ce-lesc D e foram utilizados na compra de máquinas e equipamentos. Cada aquisição constitui um contrato, que foram negociados a taxas de juros que variam de 2,5% a 9,5% a.a..

O valor contratado pode chegar a R$50 milhões e as amortizações são previstas para 96 par-celas mensais. Suas aplicações estavam previstas, inicialmente, para os anos de 2011 e 2012. Entretanto, ocorreram aplicações em 2013 e ainda poderão acontecer até 2017. Todos os con-tratos possuem anuência da ANEEL e, em caso de inadimplência, a garantia está vinculada aos recebíveis da empresa.

17.1. Composição dos Vencimentos de Longo Prazo

Os montantes classificados no passivo não circulante têm a seguinte composição, por ano de vencimento:

Descrição

31 deDezembro

2016

31 deDezembro

2015

Ano 2017 - 201.292

Ano 2018 87.783 90.123

Ano 2019 17.349 15.524

Ano 2020 9.274 7.448

Ano 2021 6.260 4.430

Ano 2022+ 9.369 6.200

130.035 325.017

17.2. Movimentação de Empréstimos e Financiamentos

Descrição Circulante Não Circulante TotalEm 31 de Dezembro de 2014 322.586 233.879 556.465

Ingressos - 406.176 406.176

Encargos Provisionados 73.264 - 73.264

Transferências 315.038 (315.038) -

Amortizações de Principal (421.351) - (421.351)

Pagamentos de Encargos (72.380) - (72.380)

Em 31 de Dezembro de 2015 217.157 325.017 542.174Ingressos - 11.106 11.106

Encargos Provisionados 57.703 - 57.703

Transferências 206.088 (206.088) -

Amortizações de Principal (219.373) - (219.373)

Pagamentos de Encargos (58.579) - (58.579)

Em 31 de Dezembro de 2016 202.996 130.035 333.031

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18. DebênturesA Celesc D emitiu, em 15 de maio de 2013, 30 mil Debêntures no valor nominal unitário de R$10 mil, totalizando R$300 milhões, com vencimento para 15 de maio de 2019. Os recursos dessa emissão foram utilizados, exclusivamente, para reforço de capital de giro e realização de investimentos.

Os juros remuneratórios correspondem a 100% da variação acumulada das taxas médias di-árias dos Depósitos Interfinanceiros – DI, over extra-Grupo, expressa na forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela CETIP, acrescidos de uma sobretaxa ou spread de 1,3%.

A amortização será em 3 parcelas anuais e consecutivas, a partir de 15 de maio de 2017, e a re-muneração em parcelas semestrais e consecutivas, sem carência, a partir de 15 de novembro de 2013. Até o momento foram efetuados pagamentos apenas de parcelas da remuneração no montante de R$136 milhões.

Em reunião, no dia 12 de agosto de 2015, o Conselho de Administração autorizou a captação de recursos por meio de uma segunda emissão de Debêntures.

Assim, em 10 de setembro de 2015 a Celesc D emitiu mais 3 mil Debêntures, não conversí-veis em ações de emissão da Companhia, no valor nominal unitário de R$100 mil, totalizando R$300 milhões, vencidos em 10 de setembro de 2016. Os recursos dessa emissão também fo-ram utilizados, exclusivamente, para reforço de capital de giro e realização de investimentos.

Os juros remuneratórios correspondem a 100% da variação acumulada das taxas médias di-árias dos Depósitos Interfinanceiros – DI, over extra-Grupo, expressa na forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela CETIP, acrescidos de uma sobretaxa ou spread de 2,5%.

A amortização foi prevista em parcela única em seu vencimento, e a remuneração em parce-las mensais e consecutivas, sem carência, a partir de 10 de outubro de 2015. O contrato foi li-quidado em seu vencimento e foram efetuados pagamentos de parcelas da remuneração no montante de R$47,4 milhões.

A partir de 2014, ao final de cada exercício, a Celesc D tem como compromisso contratual (co-venant) vinculado à emissão das Debêntures não apresentar uma relação Dívida Líquida/EBI-TDA superior a 2. O não cumprimento desse indicador financeiro pode implicar no vencimen-to antecipado do total da dívida. Em 31 de dezembro de 2016 a Celesc D esteve abaixo deste indicador de relação.

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Movimentação das Debêntures:

Descrição Circulante Não Circulante Total

Em 31 de Dezembro de 2014 4.120 298.768 302.888

Ingressos - 291.000 291.000

Atualização Monetária 56.982 - 56.982

Transferências 290.635 (290.635) -

Pagamento de Encargos (53.258) - (53.258)

Custos na emissão de Debêntures 3.119 - 3.119

Em 31 de Dezembro de 2015 301.598 299.133 600.731

Ingressos 5.098 - 5.098

Atualização Monetária 77.842 - 77.842

Transferências 99.635 (99.635) -

Pagamento de Encargos (80.443) - (80.443)

Pagamento de Principal (300.000) - (300.000)

Custos na emissão de Debêntures 1.513 - 1.513

Em 31 de Dezembro de 2016 105.243 199.498 304.741

19. Tributos e Contribuições Sociaisa) Composição

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

ICMS 107.032 177.054PIS/COFINS 39.544 54.209IRPJ e CSLL 1.850 3.989INSS Parcelamento 145 145Outros 6.115 5.510

154.686 240.907

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20. Taxas Regulamentares

Descrição

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro de

2015

Circulante 2.297.196 1.413.205

Programa Eficiência Energética – PEE 66.130 16.560

Encargo de Capacidade Emergencial – ECE 19.704 19.799

Encargo Conta Bandeiras (i) - 34.289

Pesquisa & Desenvolvimento – P&D 18.096 12.820

Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (ii) 2.192.302 1.324.463

Taxa de Fiscalização ANEEL 544 508

Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeira Tarifária - CCRBT - 4.346

Encargo de Aquisição de Energia Elétrica Emergencial – EAEEE 420 420

Não Circulante 213.787 254.714

Encargo de Capacidade Emergencial – ECE 59.796 53.153

Programa Eficiência Energética – PEE 96.221 146.073

Pesquisa & Desenvolvimento – P&D 57.770 55.488

2.510.983 1.667.919(i) A ANEEL, por meio do Ofício Circular/SFF no 1.857 de 07 de abril de 2015, orientou as Distribuidoras de Energia a reconhecer as Recei-tas com Bandeiras referente ao fornecimento não faturado em Deduções da Receita Bruta em contrapartida de outros encargos (pas-sivo). E simultaneamente reconhecer o mesmo valor em Contas a Receber (Ativo) em contrapartida a Receita Bruta.

(ii) A Celesc D interpôs Ação Ordinária Judicial visando a compensação dos valores devidos e creditórios existentes com a Eletrobras, obtendo liminar favorável. Referida ação judicial, objetiva, em termos práticos, apenas garantir que as cotas de CDE devidas à Celesc D pela Eletrobras, sejam reconhecidas pelo juízo como recurso financeiro suficiente à adimplência das obrigações da Celesc D para com a Eletrobras, do mesmo modo, nas parcelas de CDE definidas por essa agência reguladora.

CDE

31 de Dezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015

Valor CDE a pagar 2.192.302 1.324.463

Valor CDE a receber 1.229.741 662.236

Valor CDE Liquido a pagar 962.561 662.227

Os valores mensais, referentes aos descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica, são devidos pela Eletrobras a Celesc D.

O não recebimento destes valores comprometeu seriamente o fluxo de caixa da Celesc D, que se esforçou em manter-se adimplente perante as suas obrigações intrassetoriais até o limite de comprometimento do seu fluxo de caixa.

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A ANEEL por meio da Resolução Homologatória no 2.077, de 07 de junho de 2016, homologou as cotas de CDE Uso no valor mensal de R$54.545 e as cotas de CDE Energia no valor mensal de R$21.159, para os meses de junho a dezembro de 2016.

21. Provisão para Contingências e Depósitos JudiciaisNas datas das Demonstrações Financeiras, a Celesc D apresentava os seguintes passivos, e correspondentes depósitos judiciais, relacionados as contingências:

Depósitos Judiciais

Provisões para Contingências

Descrição

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Contingências Tributárias 1.627 1.628 (59.241) (21.061)

Contingências Trabalhistas 38.545 44.797 (45.921) (49.933)

Contingências Cíveis 25.692 56.420 (114.123) (152.851)

Contingências Regulatórias 41.066 41.066 (31.933) (46.344)

Contingências Ambientais - - (23.048) (24.273)

106.930 143.911 (274.266) (294.462)

As movimentações de provisões e depósitos estão demonstradas a seguir:

DescriçãoProvisões para Contingências

Depósitos Judiciais

Saldos em 31 de dezembro de 2014 286.099 127.956

Adições 65.570 75.829

Baixas (57.207) (59.874)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 294.462 143.911

Adições 74.155 72.847

Baixas (94.351) (109.828)

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 274.266 106.930

A Celesc D é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e regulatórios em andamento, e está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na judicial.

Esses processos, quando aplicáveis, são amparados por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela adminis-tração, respaldadas pela opinião de seus consultores legais internos e externos.

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A natureza das contingências pode ser sumariada como segue:

a) Contingências Tributárias

Estão relacionadas às contingências de ordem tributárias nas esferas federal (relativos aos tri-butos COFINS, IRPJ, CSLL e previdenciária) e municipal (relativo ao ISS).

b) Contingências Trabalhistas

Estão relacionadas às reclamações movidas por empregados e ex-empregados da Celesc D e das empresas prestadoras de serviços (terceirizadas) relativas a questões de pagamento de horas extras, principalmente aquelas decorrentes de violação aos intervalos intrajornada e in-terjornadas, bem como revisão de base de cálculo de verbas salariais, adicionais, verbas res-cisórias, dentre outros direitos trabalhistas.

c) Contingências Cíveis

Estão relacionadas às ações cíveis em geral, tendo como objeto, em síntese, ressarcimento de danos (materiais e/ou morais) decorrente de: suspensão indevida do fornecimento de ener-gia elétrica, inscrições dos nomes dos consumidores junto aos órgãos de proteção de crédito, danos elétricos, danos envolvendo perda de produções (fumo, frangos), acidentes envolven-do terceiros.

Há da mesma forma, outros tipos de demandas que geram o pagamento de valores pela Con-cessionária de Energia Elétrica: revisão de faturamentos, reclassificação tarifária, revisão de contratos licitatórios (reequilíbrio econômico-federal), concurso público, dentre outras.

d) Contingências Regulatórias

As contingências regulatórias estão associadas a notificações realizadas pela ANEEL, ARESC ou CCEE em processos administrativos punitivos que implicam em multas pela transgressão de previsões contratuais ou regulatórias do setor elétrico, onde a Companhia recorreu na es-fera administrativa e judicial. Ao mesmo tempo, constituem contingências regulatórias as ações judiciais em que a Companhia discute com agentes setoriais (outras concessionárias de geração, comercialização, transmissão ou distribuição de energia elétrica, além de agen-tes institucionais como ANEEL, CCEE, ONS, EPE e MME) matérias atinentes à aplicação da re-gulação do setor elétrico.

Nos meses de agosto e setembro de 2016 houve reversões de provisões regulatórias, relacio-nadas a autos de infração da ANEEL, no montante de R$14.272.

e) Contingências Ambientais

Tratam-se de processos relativos a discussões judiciais referentes ao pagamento de indeniza-ções de ordem material e moral em virtude de acidente ambiental ocorrido na área de con-cessão da Celesc.

f) Perdas Possíveis – Não Provisionadas

A Celesc D tem ações de natureza tributária, trabalhista, cíveis, envolvendo riscos de perda clas-sificados pela administração como possíveis, com base na avaliação de seus consultores jurí-dicos, para as quais não há provisão constituída, conforme composição e estimativa a seguir:

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Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Contingências:

Tributárias (i) 2.942 2.253

Trabalhistas (ii) 15.915 12.230

Cíveis (iii) 115.122 50.782

Regulatórias (iv) 109.053 17.509

Ambientais (v) 20.038 16.292

263.070 99.066

i) Contingências Tributárias

Estão relacionadas às contingências de ordem tributárias na esfera federal relativas a recolhi-mento de PIS, COFINS e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL.

ii) Contingências Trabalhistas

Estão relacionadas, em sua maioria, às reclamações movidas por empregados e ex-emprega-dos da Celesc D e das empresas prestadoras de serviços relativas a questões de responsabili-dade subsidiária/solidária, horas extras, indenização por acidente de trabalho, garantia con-tratual e verbas rescisórias e outras.

iii) Contingências Cíveis

Estão relacionadas a diversas ações cíveis movidas por pessoas físicas e jurídicas, relativas a questões de indenizações causadas por danos materiais, danos morais e lucros cessantes, acidente, processos licitatórios e outras.

iv) Contingências Regulatórias

Estão relacionadas as autuações pelo descumprimento de obrigações regulatórias, não ade-quação do sistema de medição para faturamentos relativos a pontos de medição de fronteira de consumidores livres, procedimentos de não conformidades com a legislação e com os re-gulamentos da ANEEL.

v) Contingências Ambientais

Estão relacionadas a contingências ambientais administrativas e judiciais movidas por pes-soas físicas e jurídicas, constituídas em sua maioria por questões de indenizações por danos materiais, danos morais e lucros cessantes.

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22. Passivo Atuarial

Obrigações Registradas

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Planos Previdenciários (a) 870.307 789.350

Plano Misto / Transitório 870.307 789.350

Outros Benefícios a Empregados 688.865 619.831

Plano Celos Saúde (b) 582.150 464.289

Programa de Demissão Voluntária - PDV (c) 50.789 108.841

Plano de Desligamento Incentivado - PDI (d) 16.183 -

Outros Benefícios (e) 39.743 46.701

1.559.172 1.409.181

Circulante 162.259 173.171

Não Circulante 1.396.913 1.236.010

A Celesc D é patrocinadora da Fundação Celesc de Seguridade Social – Celos, entidade fecha-da de previdência complementar, sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal a ad-ministração de planos de benefícios previdenciários para os seus participantes representados basicamente pelos empregados da Celesc D.

a) Planos Previdenciários

A partir de janeiro de 1997, foi implementado um novo plano de previdência complementar para os novos empregados com características de contribuição variável, denominado “Plano Misto”, contemplando a renda de aposentadoria programada, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.

Para os participantes que pertenciam ao Plano Transitório foi elaborado um processo de mi-gração dando oportunidade aos participantes do referido plano migrarem para o Plano Misto.

Este processo de migração se deu em dois períodos: de maio a agosto de 1999 e fevereiro de 2000. Mais de 98% dos empregados ativos optaram pela migração.

O Plano Misto tem características de benefício definido para a parcela de reserva matemáti-ca já existente na data da transição e para os benefícios concedidos, e características de con-tribuição definida para as contribuições posteriores a transição, relativas aos benefícios de aposentadoria programada a conceder. O plano anterior, de benefício definido, denominado “Plano Transitório” continua existindo, cobrindo exclusivamente os participantes aposenta-dos e seus beneficiários.

Do total reconhecido, R$497 milhões refere-se à dívida pactuada com a Celos em 30 de no-vembro de 2001, para pagamento de 277 contribuições adicionais mensais, com incidência de juros de 6% ao ano e atualização pela variação do IGP-M, para cobertura do passivo atuarial do Plano Misto e Transitório. Como essa dívida deverá ser paga mesmo em caso de superávit

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da Fundação, a Celesc D registrou a partir de 2015 a atualização monetária e juros como resul-tado financeiro, fundamentado no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico.

Em outubro de 2010 por meio de termo aditivo houve a mudança do indexador de atualização do IGP-M para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA.

b) Plano Celos Saúde

A Celesc D oferece plano de saúde (assistência médica, hospitalar e odontológica) aos seus empregados ativos, aposentados e pensionistas.

c) Programa de Demissão Voluntária – PDV

Por meio da Deliberação no 168, de 15 de maio de 2012, a Celesc D aprovou o Plano de Adequa-ção de Quadros, do qual faz parte o Plano de Demissão Voluntária – PDV.

Esse programa foi implementado a partir de novembro de 2012, inicialmente aderiram 734 empregados e até junho de 2013 houve a inclusão de mais 19 empregados. Desligaram-se da Celesc D 753 beneficiários.

Até 31 de dezembro de 2016 a Celesc D havia quitado o débito com 417 beneficiários.

d) Plano de Desligamento Incentivado – PDI

Por meio da Deliberação no 15, de 22 de fevereiro de 2016, a Celesc D aprovou o Plano de Des-ligamento Incentivado – PDI. Esse programa foi implementado em dezembro de 2016, com adesão e o desligamento de 61 empregados. Os pagamentos das parcelas iniciarão em janei-ro de 2017.

e) Outros Benefícios

Trata-se de valores referentes ao auxílio deficiente, auxílio funeral, indenização por morte na-tural ou acidental e beneficio mínimo ao aposentado.

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22.1. Resultados da Avaliação Atuarial

a) Reconciliação do valor presente das obrigações

DescriçãoPlano Misto

Plano Transitório

Plano Celos

SaúdePDI

2016PDVI 2012

Plano Peculio

Outros Benefícios

- Saldo 31 de dezembro de 2014 1.560.983 707.232 354.789 - 151.061 9.349 30.066

Custo do serviço corrente bruto (com juros) 3.671 - (27.728) - - - -

Juros sobre obrigação atuarial 165.691 73.434 35.906 - 12.938 1.003 3.067

Benefícios pagos no ano (122.173) (79.254) (70.457) - (74.233) (318) (4.292)

Contribuições de participante vertida no ano 9.375 8.517 28.661 - - - -

Obrigações - Ganho/Perda 36.599 20.090 187.335 - 19.075 6.410 9.441

- Saldo 31 de dezembro de 2015 1.654.146 730.019 508.506 - 108.841 16.444 38.282

Custo Inicial - - - 16.183 - - -

Custo do serviço corrente bruto (com juros) 6.497 - (40.652) - - - -

Juros sobre obrigação atuarial 210.334 91.179 62.606 - 9.909 2.129 4.045

Benefícios pagos no ano (138.259) (87.595) (88.617) - (47.016) (329) (4.549)

Contribuições de participante vertida no ano 14.418 17.159 33.116 - - - -

Obrigações - Ganho/Perda (35.958) (7.196) 181.230 - (20.945) (9.736) 2.005

- Saldo 31 de dezembro de 2016 1.711.178 743.566 656.189 16.183 50.789 8.508 39.783

91 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

b) Conciliação dos Ativos e Passivos Reconhecidos no Balanço

DescriçãoPlano Misto

Plano Transitório

Plano Celos

SaúdePDI

2016PDVI 2012

Plano Pecúlio

Outros Benefícios

Valor presente da obrigações atuariais com cobertura 1.654.146 730.019 508.506 - 108.841 16.444 38.282

Benefícios Concedidos 1.416.798 730.019 478.812 - 108.841 4.750 36.088

Benefícios a Conceder 237.348 - 29.694 - - 11.694 2.194

Valor justo dos ativos (1.306.406) (288.409) (44.217) - - (8.025) -

Passivo / (Ativo) atuarial líquido total a ser provisionado em 31 de dezembro de 2015 347.740 441.610 464.289 - 108.841 8.419 38.282

Valor presente da obrigações atuariais com cobertura 1.711.178 743.566 656.189 16.183 50.789 8.508 39.783

Benefícios Concedidos 1.489.013 743.566 621.079 16.183 50.789 329 37.549

Benefícios a Conceder 222.165 - 35.110 - - 8.179 2.234

Valor justo dos ativos (1.302.335) (282.102) (74.039) - - (8.548) -

Passivo / (Ativo) atuarial líquido total a ser provisionado em 31 de dezembro de 2016 408.843 461.464 582.150 16.183 50.789 (40) 39.783

92 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

c) Reconciliação do Valor Justo dos Ativos

Descrição Plano MistoPlano

Transitório

Plano Celos

Saúde PDVI 2012Plano

Peculio

- Saldo 31 de dezembro de 2014 1.262.568 301.723 38.102 - 7.971

Benefícios pagos no ano (122.173) (79.254) (70.457) - (318)

Contribuições de participantes vertidas no ano 9.374 8.517 28.661 - -

Contribuições de patrocinadora vertidas no ano 37.598 35.032 42.691 - -

Juros sobre Ativo 133.899 30.854 3.432 - 871

Ganho / (Perda) sobre os ativos (14.860) (8.463) 1.788 - (499)

- Saldo 31 de dezembro de 2015 1.306.406 288.409 44.217 - 8.025

Benefícios pagos no ano (138.259) (87.596) (88.617) (47.016) (330)

Contribuições de participantes vertidas no ano 14.418 17.159 33.116 -

Contribuições de patrocinadora vertidas no ano 41.485 37.370 45.594 47.016 -

Juros sobre Ativo 167.432 35.666 5.762 1.058

Ganho / (Perda) sobre os ativos (89.147) (8.906) 33.967 (205)

- Saldo 31 de dezembro de 2016 1.302.335 282.102 74.039 - 8.548

d) Custos Reconhecidos na Demonstração do Resultado do Exercício

Descrição

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Plano Transitório 46.997 42.580

Plano Misto 40.024 35.463

PDVI 2012 9.909 12.938

Plano Médico 33.185 11.610

Outros Benefícios 5.116 3.199

135.231 105.790

93 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

e) Hipóteses Atuariais e Econômicas

As premissas atuariais e econômicas utilizadas foram às seguintes:

Descrição 2016 2015

Taxa nominal de desconto

Plano Transitório: 11,53169453 13,20%

Plano Misto: 11,54672617

Plano Médico: 11,54516372

Plano PDV: 11,74823594

Taxa nominal esperada de retorno dos Ativos

Plano Transitório: 11,53169453

13,20%Plano Misto: 11,54672617

Plano Médico: 11,54516372

Plano PDV: 11,74823594

Taxa nominal de crescimento Salarial 8,59% 8,59%

Taxa de Inflação Futura 5,50% 5,50%

Taxa real de Crescimento dos custos médicos (HCCTR) 3,75% 3,75%

Taxa real de Crescimento dos Custos Médicos por faixa etária (aging factor) 2,50% 2,50%

Taxa de rotatividade Experiência Celos Experiência Celos

Taxa real de Crescimento real dos benefícios do Plano NULA NULA

Indexador de Reajuste de salários / benefícios IPCA IPCA

Fator de determinação do valor Real dos salários / benefícios 98,00% 98,00%

f) Hipóteses Biométricas

Descrição 2016 2015

Mortalidade Geral AT-2000 Male AT-2000 Male

Mortalidade de Inválidos AT- 1949 Male AT- 1949 Male

Entrada em Invalidez Light Média Light Média

g) Despesa Estimada para o Exercício de 2017

A estimativa da despesa para o exercício de 2017 está demonstrada a seguir:

PlanosDespesa a ser

reconhecida em 2017

Plano Transitório 32.177

Plano Misto 34.809

Plano Pecúlio 964

PDVI 2012 3.618

Plano Médico 38.934

Outros 4.599

115.101

94 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

23. Patrimônio Líquidoa) Capital Social

O Capital Social Subscrito e Integralizado da Celesc D é de R$1.053.590 em 31 de dezembro de 2016 e 2015 representado por 630 milhões ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendo que a totalidade das ações pertence a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc.

b) Ajuste de Avaliação Patrimonial

O quadro a seguir demonstra o efeito líquido no montante de R$(420.438) em 31 de dezembro de 2016 e R$(287.577) em 31 de dezembro de 2015, no Patrimônio Líquido:

Ajuste de Avaliação Patrimonial

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Ajuste Passivo Atuarial - Celesc D (CPC 33) (420.438) (287.577)

(420.438) (287.577)

c) Lucro Diluído por Ação

O cálculo do lucro por ação básico e diluído em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 foi baseado no lucro líquido do período e o número de ações ordinárias.

Em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, as quantidades de ações da Celesc D não sofreram al-terações. Não houve transações envolvendo ações entre a data do balanço patrimonial e data da conclusão das Demonstrações Financeiras.

Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 a Celesc D não possuía instrumen-tos conversíveis em ação que gerassem impacto diluidor no lucro por ação.

d) Composição do Lucro Básico e Diluído

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Média ponderada de ações (milhares):

Ações ordinárias nominativas - ON 630.000 630.000

Lucro / Prejuízo básico e diluído por ação atribuído aos acionistas da Celesc D (R$):

Ações ordinárias nominativas - ON (0,08) 0,13

Lucro / Prejuízo básico e diluído atribuído aos acionistas da Celesc D (R$):

Ações ordinárias nominativas - ON (52.530) 81.346

(52.530) 81.346

95 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

e) Reserva Legal e de Retenção de Lucros

A Reserva Legal é constituída anualmente como destinação de 5% do Lucro Líquido do Exer-cício e não poderá exceder a 20% do Capital Social. A Reserva Legal tem por fim assegurar a integridade do Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo e au-mentar o capital.

A Reserva de Retenção de Lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de Lucros Acu-mulados, a fim de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido em seu plano de investimentos, conforme orçamento de capital aprovado e proposto pelos administrado-res da Celesc D, para ser deliberado na Assembleia Geral dos Acionistas.

f) Dividendos

A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Celesc D, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembleia Geral é calculada nos termos da Lei Federal no 9.249 de 26 de dezembro de 1995 e da Lei Federal no 6.404 de 15 de dezembro de 1976, em especial no que tange ao disposto nos artigos 192 e 203, é assim demonstrada:

Descrição

31 de Dezembro de

2016

31 de Dezembro de

2015

Lucro / (Prejuízo) Líquido do Exercício (52.530) 81.346

Constituição de Reservas Legal (5%) - (4.067)

Base de Cálculo dos Dividendos - 77.279

Dividendos propostos - 23.184

Mínimo Obrigatório (25%) - 19.320

Parcela Excedente ao Mínimo Obrigatório - 3.864

24. SegurosAs coberturas de seguros, em 31 de dezembro de 2016, foram contratadas pelos montantes a seguir indicados, consoante apólices de seguros:

Ramo Ativo CobertoData da Vigência

Limite Máximo de Indenização em

R$ Mil (i) Prêmio

Contrato de contra garantia - Seguro Garantia Judicial e Administrativo

Garantia de valores a serem depositados em processos judiciais/administrativos

30/12/2016 a 29/12/2017 passível de prorrogação 300.000

0,75% ano sobre importância

segurada, calculada para

cada apólice

Riscos Nomeados

Seguro das Subestações da Celesc Distribuição

14/05/2016 a 14/05/2017 20.000 1.849R$ Mil

(i) As premissas e riscos adotados, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria das demonstrações financeiras, consequentemente não foram examinados pelos nossos auditores independentes.

96 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

25. Receita Operacional

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015 Reapresentado

Receita Operacional Bruta – ROB 10.351.578 12.312.488

Fornecimento de Energia Elétrica (a) 8.555.903 9.234.542

Suprimento de Energia Elétrica (a) 175.944 185.461

Ativo e Passivos Financeiros (586.088) 758.788

Disponibilização da Rede Elétrica 577.372 471.697

Energia de Curto Prazo 606.625 490.170

Doações e Subvenções (i) 588.412 543.182

Receita de Construção 411.828 430.886

Atualização do Ativo Financeiro - VNR 7.730 186.833

Outras Receitas Operacionais 13.852 10.929

Deduções da Receita Operacional (4.365.912) (5.392.613)

ICMS (1.988.137) (2.086.450)

PIS (161.503) (181.798)

COFINS (743.893) (837.375)

Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (1.267.175) (1.485.189)

Pesquisa e Desenvolvimento – P&D (27.831) (31.511)

Programa de Eficiência Energética – PEE (27.831) (31.511)

Taxa de Fiscalização (6.276) (6.908)

Contas Bandeiras Tarifárias 34.289 (34.289)

Outros Encargos (177.555) (697.582)

Receita Operacional Líquida – ROL 5.985.666 6.919.875

(i) Valor repassado pela Eletrobras, referente ao ressarcimento dos descontos incidentes so-bre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica, conforme previsto no artigo 13, inciso VII, da Lei Federal no 10.438, de 26 de abril de 2002, alte-rada pela Lei Federal no 12.839 de 09 de julho de 2013, e em cumprimento ao disposto no arti-go 3o do Decreto no 7.891, de 23 de janeiro de 2013.

O montante da receita contabilizada como Subvenção e Repasse da CDE no exercício de 2016 foi de R$567.505. As demais se referem ao Programa de Baixa Renda no montante de R$20.907.

97 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

a) Fornecimento e Suprimento de Energia Elétrica

A composição da receita bruta de fornecimento e suprimento de energia elétrica por classe de consumidores é a seguinte:

Número de Consumidores (i) MWh (i) Receita Bruta

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Residencial 2.213.215 2.157.059 5.362.344 5.188.797 3.156.386 3.086.961

Industrial 102.284 102.281 9.299.509 4.280.376 2.148.635 2.735.474

Comercial 255.146 249.167 3.849.045 3.565.389 2.118.429 2.255.389

Rural 234.604 234.340 1.338.176 1.297.173 490.672 508.585

Poder Público 22.472 22.048 425.767 415.279 256.053 251.893

Iluminação Pública 685 612 605.602 583.535 215.324 227.297

Serviço Público 3.164 2.956 338.814 324.122 170.404 168.943

Total do Fornecimento 2.831.570 2.768.463 21.219.257 15.654.671 8.555.903 9.234.542

Suprimento de Energia 48 46 1.725.691 1.493.121 175.944 185.461

Total Geral 2.831.618 2.768.509 22.944.948 17.147.792 8.731.847 9.420.003

(i) Informações não auditadas

98 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

26. Custos e Despesas OperacionaisOs custos e despesas operacionais são compostos pelas seguintes naturezas de gastos:

31 deDezembro

de 2016

Descrição

Com Energia Elétrica

De Operação

Com Vendas

Gerais e Administrati-

vasOutras

Despesas Total

Pessoal (b) - 345.291 57.092 121.245 16.806 540.434

Passivo Atuarial - - - 71.580 - 71.580

Entidade de Previdência Privada - 19.310 2.897 6.898 - 29.105

Material - 14.396 1 4.956 - 19.353

Serviços de Terceiros - 65.834 55.681 63.252 492 185.259

Energia Elétrica Comp. Revenda 3.881.308 - - - - 3.881.308

Encargo de Uso da Rede Elétrica 441.469 - - - - 441.469

Depreciação e Amortização - 168.280 - 28.936 - 197.216

Progr. Incent. Fontes Altern. – Proinfa 164.342 - - - - 164.342

Provisões Líquidas - - 41.206 - (58.360) (17.154)

Custo de Construção - 411.828 - - - 411.828

Recuperação de Despesas - (4.551) (1.881) (29.605) - (36.037)

Compartilhamento de Infraestrutura - - - - (56.679) (56.679)

Outras Despesas/Receitas Operacionais - 24.222 44.141 30.451 32.995 131.809

4.487.119 1.044.610 199.137 297.713 (64.746) 5.963.833

99 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

31 de dezembro

de 2015

Descrição

Com Energia Elétrica

De Operação

Com Vendas

Gerais e Administrativas

Outras Despesas Total

Pessoal (b) - 316.889 53.924 105.553 12.406 488.772

Passivo Atuarial - - - 26.457 - 26.457

Entidade de Previdência Privada - 17.995 2.666 7.414 - 28.075

Material - 13.446 2 5.054 - 18.502

Serviços de Terceiros - 60.204 57.134 61.242 403 178.983

Energia Elétrica Comp. Revenda 4.694.165 - - - - 4.694.165

Encargo de Uso da Rede Elétrica 474.478 - - - - 474.478

Depreciação e Amortização - 160.689 - 35.653 - 196.342

Progr. Incent. Fontes Altern. – Proinfa 120.911 - - - - 120.911

Provisões Líquidas - - (19.433) - 8.363 (11.070)

Custo de Construção - 430.886 - - - 430.886

Recuperação de Despesas - (4.655) (2.350) (21.543) - (28.548)

Compartilhamento de Infraestrutura - - - - (83.539) (83.539)

Outras Despesas/Receitas Operacionais - 22.529 92.800 32.762 (5.562) 142.529

5.289.554 1.017.983 184.743 252.592 (67.929) 6.676.943

100 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

a)Energia Elétrica Comprada para Revenda

Descrição

31 deDezembro

de 2016 GWh (i)

31 deDezembro

2015 GWh (i)

Centrais Eletricas Brasileiras S.A 734.029 4.194 1.027.272 4.039

Tractebel Energia Comercializadora 428.187 2.401 437.251 2.723

Petrobras S/A - Ute Governador Leon 298.140 1.826 529.209 1.821

Furnas Centrais Eletricas S/A 219.690 1.689 227.725 1.579

Cemig Geração e Transmissão S/A 180.229 863 160.452 758

Santo Antonio Energia SA 141.532 1.208 125.088 1.101

Eletrobras Termonuclear S.A. 129.100 707 110.857 723

Cesp - Companhia En. de Sao Paulo 113.506 837 128.823 950

Copel Geração e Transmissão S.A 111.323 720 127.043 905

Porto do Pecem Geração de Energia 91.510 473 100.352 472

Centrais Elétricas de Pernambuco 56.784 277 211.396 277

Energética Suape II S.A. 51.804 204 65.895 203

Lages Bioenergética Ltda 49.549 193 45.476 193

UTE Porto do Itaqui Geração de Energia 43.468 242 43.822 242

Rio Paraná Energia S.A. 43.237 193 - -

Cgtee - Cia de Ger. Term. de E.E. 41.766 280 37.832 379

Foz do Chapecó Energia S.A 39.396 199 36.189 199

Companhia Energética Potiguar S/A 37.637 134 98.601 134

Companhia Energética Estreito 37.537 197 34.452 197

Companhia Energética Petrolina 34.696 201 105.245 200

Norte Energia S/A 24.033 293 - -

Chesf - Cia Hidro Elétrica. do Sao Francisco 22.961 818 5.372 206

Serra do Facão Energia S/A 18.407 93 16.907 93

Companhia Hidreletrica Teles Pires 14.342 196 9.162 129

Açucareira Zillo Lorenzetti S/A 14.176 67 14.225 67

Rio PCH I S/A 10.365 53 9.527 52

Linhares Geração S/A 10.171 33 11.731 33

Empresa Energética Porto das Pedras 9.872 50 9.069 50

Santa Cruz Power Corp. Usinas Hidro. 9.816 50 9.022 50

3.243.626 20.593 4.149.870 19.851Energia Elétrica Comprada para Revenda – CP 637.682 (1.946) 544.295 (505)Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE 637.682 (1.946) 544.295 (505)Encargo de Uso da Rede Elétrica 441.469 - 474.478 -Proinfa 164.342 407 120.911 427

605.811 407 595.389 4274.487.119 19.054 5.289.554 19.773

101 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Descrição

31 deDezembro

de 2016 GWh (i)

31 deDezembro

2015 GWh (i)

Eletrosul Centrais Eletricas S/A 9.387 50 8.624 50

Alianca Geracao de Energia S.A. 8.836 277 17.510 276

Centrais Elétricas da Paraíba S/A 8.407 38 15.287 37

Enguia Gen Ba Ltda - Jaguarari 8.142 137 11.796 136

SJC Bionergia Ltda 7.778 37 7.171 37

Santa Fé Energia S/A 7.469 38 6.939 38

Energest S/A 7.304 40 8.602 55

Geradora de Energia do Norte S/A 6.850 37 13.562 37

ECE Participações S/A 6.527 50 6.115 50

Candeias Energia S/A 5.912 33 11.908 33

Usina Santa Isabel S/A 5.679 26 5.236 26

Ceee - Cia Estadual de Energia Elet. 5.443 61 4.620 40

Centrais Eletricas Norte do Brasil 5.406 26 14.222 100

Ceb Geração S/A 5.287 34 5.702 41

Orteng Energia Ltda 5.121 28 4.665 28

Outros 122.815 990 269.916 1.092

3.243.626 20.593 4.149.870 19.851Energia Elétrica Comprada para Revenda – CP 637.682 (1.946) 544.295 (505)Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE 637.682 (1.946) 544.295 (505)Encargo de Uso da Rede Elétrica 441.469 - 474.478 -Proinfa 164.342 407 120.911 427

605.811 407 595.389 4274.487.119 19.054 5.289.554 19.773

(i) Informações não auditadas

b) Pessoal e Entidade de Previdência Privada

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 deDezembro

de 2015

Remunerações 261.760 243.101

Encargos Sociais 116.392 107.896

Participação nos Lucros e Resultados 15.204 22.609

Benefícios Assistênciais 39.423 35.781

Provisões e Indenizações 107.655 79.385

540.434 488.772

102 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

27. Resultado Financeiro

Descrição

31 deDezembro

de 2016

31 de Dezembro

de 2015 Reapresentado

Receitas Financeiras 356.319 208.370

Renda de Aplicações Financeiras 117.110 49.651

Variações Monetárias 46.810 18.952

Atualização Monetárias Ativos Financeiros 76.606 38.503

Incentivo Financeiro Fundo Social - 15.950

Juros e Acréscimos Moratórios s/ Energia Vendida 97.619 69.002

Deságios Fornecedores 257 65

Desvalorização Cambial Energia Elétrica 28.789 20.722

Outras Receitas Financeiras 6.504 4.840

(-) Tributos s/ Receita Financeira (17.376) (9.315)

Despesas Financeiras (461.356) (344.225)

Encargos de Dívidas (57.703) (73.263)

Juros e Atualização Monetária Reserva Matematica (63.651) (79.333)

IOF - Imposto sobre Operações Financeiras (718) (8.897)

Juros de Mútuo (2.227) (11.060)

Var. Monet. e Acrésc. Moratórios s/ Energia Comprada (18.968) (73.702)

Atualização P&D e Eficiência Energética (30.835) (26.785)

Custo na Emissão de Debêntures (1.513) (3.119)

Variações Monetária Debêntures (77.842) (56.982)

Outras Variações Monetárias (2.180) (2.430)

Atualização Monetárias Ativos Financeiros (156.913) (2.403)

Outras Despesas Financeiras (48.806) (6.251)

(105.037) (135.855)

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28. Evento subsequente

28.1. Faixas de Acionamento do Sistema de Bandeiras Tarifárias em 2017

A Diretoria da ANEEL definiu em 14 de fevereiro de 2016, as faixas de acionamento e os adicio-nais para 2017 das bandeiras tarifárias.

Os adicionais aprovados são:

i) A bandeira amarela passou para R$2 a cada 100Kwh;

ii) A bandeira vermelha no patamar 1 se manteve em R$3,00 a cada 100Kwh, e no patamar 2 caiu para R$3,50 a cada 100Kwh.

Ficou estabelecido que as faixas de acionamento serão definidas anualmente com base na es-timativa de custos para cada cenário. De acordo com a ANEEL, em um cenário hídrico desfa-vorável, o acionamento das bandeiras pode ocorrer antecipadamente, em vez de ser aciona-da apenas quando o Custo Variável Unitário – CVU da última térmica despachada for superior a 50% do PLD. Com esse mecanismo, mitiga-se o risco das distribuidoras de terem que arcar com os custos de geração enquanto as faixas de acionamento não forem atingidas, o que po-deria agravar a situação do caixa das concessionárias. E como esse custo é repassado aos con-sumidores nos processos tarifários por meio da CVA, o mecanismo proposto propicia ao con-sumidor o conhecimento desse custo antecipadamente, e não apenas no processo tarifário.

A definição das faixas de acionamento será realizada conforme os seguintes critérios:

i) Bandeira Tarifária Verde: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for inferior a R$211,28/MWh;

ii) Bandeira Tarifária Amarela: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$211,28/MWh e inferior a R$422,56/MWh; e

iii) Bandeira Tarifária Vermelha: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$422,56/MWh, conforme os seguintes patama-res de aplicação:

Patamar 1: será acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário – CVU da últi-ma usina a ser despachada for igual ou superior a R$422,56/MWh e inferior a R$ 610/MWh; e

Patamar 2: será acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário – CVU da últi-ma usina a ser despachada for igual ou superior ao limite a R$610/MWh.

28.2. Resolução Homologatória no 2.202/2017

A ANEEL por meio da Resolução Homologatória no 2.202, de 07 de fevereiro de 2017, homolo-gou as cotas de CDE Uso no valor mensal de R$41.064 e as cotas de CDE Energia no valor men-sal de R$22.490, para o exercício de 2017.

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Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras

Aos Acionistas e Administradores da Celesc Distribuição S.A.

Florianópolis - SC

Examinamos as demonstrações financeiras da Celesc Distribuição S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demons-trações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos flu-xos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicati-vas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamen-te, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Celesc Distribuição S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus respectivos flu-xos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo Interna-tional Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de audi-toria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações finan-ceiras”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas nor-mas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as de-mais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Ênfase

Reapresentação dos valores correspondentes referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015

Conforme mencionado na nota explicativa n° 3.1, em decorrência das reclassificações descri-tas na referida nota explicativa, os valores correspondentes referentes às demonstrações do resultado e do valor adicionado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, apresen-tados para fins de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados como previs-to no CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro e a IAS 8 - Ac-counting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors e CPC 26(R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis e a IAS 1 - Presentation of Financial Statements. Nossa opinião não contém modificação relacionada a esse assunto.

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Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

As demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de audi-toria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - De-monstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adiciona-do foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações fi-nanceiras tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório do auditor

A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações, que compreen-dem o Relatório da Administração, obtidos antes da data deste relatório. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e o Balanço Social e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esses relatórios.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler essas outras informações, ao fazê-lo, considerar se esse estão, de forma relevante, in-consistentes com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na au-ditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante nas outras informações obtidas antes da data desse relatório, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidade da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras

A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as nor-mas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Stan-dards Board – IASB, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para per-mitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independente-mente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assun-

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tos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elabora-ção das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Com-panhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa rea-lista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com respon-sabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, toma-das em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distor-ções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são con-sideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas refe-ridas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

» Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financei-ras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos pro-cedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de au-ditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

» Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de ex-pressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

» Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimati-vas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.

» Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continui-dade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza re-levante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir mo-dificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões es-

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tão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. To-davia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional.

» Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações finan-ceiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as cor-respondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apre-sentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclu-sive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Joinville, 13 de abril de 2017

DELOITTE TOUCHE TOHMATSUAuditores Independentes

CRC n.º 2 SP-011.609/O-8 F-SC

Ricardo Schenk DuqueContador

CRC n.º RS.060571/O-0

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Manifestação do Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração da Celesc Distribuição S.A. – Celesc D declara que examinou, re-visou e concorda com todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras do exer-cício findo em 31 de dezembro de 2016.

Consoante com o posicionamento dos auditores da Deloitte Touche Tohmatsu aprova os refe-ridos documentos e propõe a aprovação por parte dos Senhores Acionistas.

Florianópolis/SC, 24 de março de 2017.

Pedro Bittencourt Neto(Presidente)

Cleverson Siewert Ademir Zanella

Antonio Marcos Gavazzoni Derly Massaud de Anunciação

Ernani Bayer Luciano Chede

Alberto Ribeiro Güth José Gustavo de Souza Costa

José Luiz Alquéres Murillo Barbosa Vianna Neto

Arlindo Magno de Oliveira Leandro Nunes da Silva

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Parecer do Conselho FiscalO Conselho Fiscal da Celesc Distribuição S.A, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, dando cumprimento ao que dispõe o artigo 163, da Lei 6.404/76 e suas posteriores alterações, examinou o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras referentes ao exercí-cio social findo em 31 de dezembro de 2016. Com base nos trabalhos, entrevistas e acompa-nhamentos realizados ao longo do exercício, e, considerando, ainda, o conteúdo do Parecer dos auditores da Deloitte Touche Tohmatsu, datado de 27 de março 2017, opina que tais do-cumentos estão em condições de serem submetidos à apreciação dos Senhores Acionistas”.

Florianópolis/SC, 27 de março de 2017.

Paulo da Paixão Borges de Andrade

Antonio Ceron Fabricio Santos Debortoli

Luiz Hilton Temp Telma Suzana Mezia

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Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações FinanceirasOs Diretores da Celesc Distribuição S.A. – Celesc D declaram que examinaram, revisaram e concordam com todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras.

Declaração dos Diretores sobre o Relatório dos Auditores IndependentesOs Diretores da Celesc Distribuição S.A. – Celesc D declaram que examinaram, revisaram e concordam com todas as informações contidas no Relatório dos Auditores Independentes so-bre as Demonstrações Financeiras.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

Nelson Marcelo SantiagoDiretor de Gestão Corporativa

Antônio José LinharesDiretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos

Eduardo Cesconeto de SouzaDiretor Comercial

James Alberto GiacomazziDiretor de Distribuição

Rubens José Della VolpeDiretor de Planejamento e Controle Interno

José Carlos OnedaDiretor de Finanças e Relações com Investidores

José Braulino StähelinContador – CRC/SC 18.996/O-8