relatório ambiental

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PREFEITURA MUNICIPAL DE NATAL SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO FAZENDA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO SEMPLA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA TERRA POTIGUAR - FUNDEP RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO RAS ESTÁDIO ARENA DAS DUNAS E ÁREAS DE ESTACIONAMENTO NATAL 2009

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Relatório ambiental simplificado.

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE NATAL

    SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO FAZENDA E TECNOLOGIA DA INFORMAO SEMPLA

    FUNDAO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DA TERRA POTIGUAR - FUNDEP

    RELATRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO RAS

    ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO

    NATAL

    2009

  • PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL

    Prefeita

    MICARLA DE SOUZA

    SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO FAZENDA E TECNOLOGIA DA

    INFORMAO SEMPLA

    Secretrio

    AUGUSTO CARLOS GARCIA DE VIVEIROS

    FUNDAO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DA TERRA

    POTIGUAR - FUNDEP

    Presidente

    JUREMA MRCIA DANTAS DA SILVA

    COORDENADOR GERAL:

    LEONARDO BEZERRA DE MELO TINOCO

    COORDENAO TCNICA:

    VILMA REJANE MACIEL DE SOUSA - Coordenadora

    PRISCILA SOARES MENDONA - Consolidao do Estudo

    DINNO IWATTA MONTEIRO - Assessoria Jurdica

    MARCELO RIBEIRO FERNANDES - Assessoria Jurdica

    PAULO RICARDO MELCHERT DE CARVALHO E SILVA - Tecnologia em

    Gramados Esportivos

    NOEMIA PEREIRA DO NASCIMENTO - Administrao de Contratos

    ERIVALDO DE SOUZA - Geoprocessamento

    COORDENAO MEIO FSICO:

    ALDO DA FONSECA TINOCO FILHO - Coordenador

    JOO ABNER GUIMARES JUNIOR - Drenagem Urbana

    ANTNIO MAROZZI RIGHETTO - Hidrologia

    MANOEL LUCAS FILHO - LID Aes de Baixo Impacto

    LEONLENE DE SOUSA AGUIAR - Climatologia

    RICARDO FARIAS DO AMARAL - Geomorfologia

    VANILDO PEREIRA DA FONSECA - Geologia

    ADA CRISTINA SCUDELARI - Hidrodinmica

    PAULO CESAR COLONNA ROSMAN - Hidrodinmica

    CCERO ONOFRE DE ANDRADE NETO - Saneamento

    MARCELO AUGUSTO DE QUEIROZ - Hidrogeologia

  • JOO MARIA SOARES DO NASCIMENTO Hidrogeologia

    JOSEM DE AZEVEDO Anlise integrada

    COORDENAO MEIO BITICO:

    FLVIO HENRIQUE CUNHA DE FARIAS - Coordenador

    MARCELO DA SILVA

    BRUNO RODRIGO DE ALBUQUERQUE FRANA

    ANDR ANTNIO DE MELO PESSOA

    COORDENAO MEIO ANTRPICO:

    BETY JAKELINY MENDES LVARES - Turismo

    SRGIO BEZERRA PINHEIRO - Resduos Slidos

    FRANCISCO DA ROCHA BEZERRA JNIOR - Urbanismo/RITUR

    JOS MAIRTON FIGUEIREDO DE FRANA - Socioeconomia

    ESTAGIRIOS:

    LUISA CMARA MADEIROS DE ARAJO - Biologia

    DENISE MARY SANTANA MARCELINO - Biologia

    DANIEL MACIEL WEINER - Psicologia

    ALEXSON ADRIANO DA SILVA - Eng. Civil

    JONATAS FERREIRA DE LIMA - Eng. Civil

    ALLISON ADRIANO DA SILVA - Eng. Civil

    KADIDJA NARA QUEIROZ CABRAL - Anlise Jurdica

    FABRCIO DE OLIVEIRA GALVO - Eng. Civil

    CZAR AUGUSTO GALVO DE PAIVA CAMLO - Eng. Eltrica

    ALAN KELLNON NBREGA DE CARVALHO - Geologia

    IGOR PEREGRINO DA SILVA SENA - Geologia

    DANILO CURVELO DE SOUZA - Eng. da Computao

    GRACIANE AMORIM MIRANDA DE OLIVEIRA - Eng. da Computao

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    APRESENTAO

    A qualificao de Natal como uma das doze cidades-sede da copa do mundo no

    Brasil, traz diversas possibilidades de investimentos e conseqentemente de

    incremento na economia no apenas da capital, mas de toda Regio Metropolitana

    de Natal (RMNatal).

    Este momento se constitui numa oportunidade mpar para o processo

    desenvolvimentista da RMNatal. Os investimentos necessrios evidentemente vo

    alm das prticas esportivas, visto que demandam uma forte retaguarda em infra-

    estrutura urbana e em recursos naturais.

    Natal estar durante vrios meses nas telas do mundo inteiro, sendo estimado,

    segundo a Confederao Brasileira de Futebol CBF, um pblico de 1 bilho de

    telespectadores. Essa publicidade poder derivar em resultados magnficos,

    demonstrando o belo, o organizado, o atrativo, ou por outro lado, explicitando as

    deficincias, as inconsistncias, o atraso. No primeiro caso, o resultado ser o

    fortalecimento slido do turismo no estado impulsionando diversos outros

    investimentos na regio que, nesta oportunidade, j contar com um dos oito

    maiores aeroportos do mundo em operao alm de um tecnoplo articulado

    logstica aeroviria do mundo globalizado, o maior da Amrica do Sul e, como o

    contexto atual sugere, o maior da Amrica Latina.

    Isso significa que a RMNatal, por ser uma regio com muitos dficits infra-estruturais

    e fragilidades em seus sistemas ambientais, tem um grande desafio pela frente: se

    estruturar, de modo a poder oferecer toda infra-estrutura necessria realizao do

    evento, com sustentabilidade ambiental, exigncia atual dos consumidores do

    mundo desenvolvido. O ponto de partida consiste em identificar as deficincias

    atuais e os pontos de vulnerabilidade mais representativos. Mas apenas colocar o

    que falta hoje ser com certeza insuficiente para uma cidade-sede da Copa.

    necessrio dimensionar os investimentos necessrios para suprir o modelo de

    desenvolvimento projetado em bases sustentveis.

    Esse Relatrio Ambiental Simplificado RAS apresenta-se como base cientfica

    para alicerar o processo de tomada de decises sobre as aes a serem projetadas

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    na rea estudada; entretanto, tambm se preocupa com outras inverses que

    porventura venham a ser desenvolvidas em cenrios futuros, os quais devem

    considerar as interfaces entre os meios fsico, bitico e antrpico verificados na rea

    de estudo. Se assim for considerada, a rea onde o estdio estar localizado

    contar com estudos integrados, respeitando os diversos sistemas ambientais

    interatuantes do municpio de Natal, em todo o seu contexto regional, local e

    estratgico.

    Conforme Art. 33, Inc, VII, 2 da Lei Complementar n 055 de 27 de janeiro de 2004

    Cdigo de Obras de Natal, a escolha pelo Relatrio Ambiental Simplificado

    RAS, porm com contedo de Estudo de Impacto Ambiental, se deu em atendimento

    ao que preconiza a referida legislao municipal, e outras legislaes ambientais e

    urbansticas vigentes, conforme detalhado mais adiante. Do ponto de vista tcnico

    um Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatrio de Impacto sobre o

    Meio Ambiente RIMA, difere deste RAS por no apresentar o documento de

    interface com a comunidade atingida.

    Entretanto, vale considerar que a situao no remete a elaborao de um RIMA,

    no apenas do ponto de vista legal, mas tambm porque est sendo considerada a

    construo de um estdio de futebol no mesmo local de outro estdio de futebol j

    existente, porm, com melhor qualidade edilcia. No se trata, portanto, de um

    empreendimento locado em substituio a uma floresta, uma restinga, etc., mas sim

    a mesma tipologia e uso de um empreendimento no lugar de outro j existente.

    Dessa forma entende-se que o impacto ambiental se dar apenas no momento da

    edificao e, aqueles decorrentes de sua utilizao no sero diferentes dos que j

    ocorrem, inclusive se comparado com o evento Carnatal, o qual ocorre no incio do

    ms de dezembro e, analisando os seus nmeros verifica-se uma diferena a maior

    do que o pretendido com a Copa, seno vejamos:

    Carnatal/2008 abrangeu cerca de um milho de pessoas, sete ambulncias no

    circuito interno, 284 banheiros qumicos, 294 camarotes, com um total de 6.500

    pessoas e outras 9.000 nas arquibancadas.

    O estdio envolve 45.000 pessoas exclusivamente com ingressos e sentados no

    interior do estdio, e mais jogadores e equipes tcnicas, prevendo-se uma

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    populao extra de 300 mil pessoas entre a rea de influncia direta e indireta,

    banheiros locais ligados rede de esgotamento sanitrio, segurana interna e

    externa.

    Dessa forma, este estudo considerou que a elaborao de um Relatrio Ambiental

    Simplificado suficiente para avaliar os impactos ambientais do ponto de vista

    tcnico, j que do ponto de vista scio-cultural, a populao j est ambientada com

    eventos dessa natureza.

    Em atendimento ao Termo de Referncia estabelecido para este Relatrio, assim

    como buscando cumprir com os objetivos tcnico-cientficos pr-estabelecidos por

    sua equipe multi-disciplinar, este documento est estruturado em captulos,

    sistematizados da seguinte forma:

    O Captulo 1 trata da introduo onde o empreendimento identificado, juntamente

    ao rgo interessado. Tambm identificada a instituio responsvel pela

    elaborao do RAS. Complementarmente este captulo relata os objetivos e

    justificativa do Projeto e apresenta legislao incidente sobre a rea e aplicvel ao

    tema estudado.

    O Captulo 2 versa sobre as reas de influncia direta e indireta do Projeto em

    pauta, conforme os diversos recortes de planejamento adotados, os quais foram

    definidos em funo das caractersticas tcnicas e geopolticas, assim como em

    funo dos parmetros ambientais analisados. Dessa forma foram considerados

    destacadamente os meios fsico, bitico e antrpico.

    O Captulo 3 contextualiza o empreendimento no espao e no tempo destacando

    elementos que justificam o empreendimento, bem como considerando aqueles que

    merecem ateno especial para que a qualidade ambiental e a manuteno do

    equilbrio sejam mantidas.

    O Captulo 4 levanta todos os dados ambientais relevantes da rea em foco,

    tomando como base os estudos j existentes, realizados pelos profissionais

    contratados e por demais estudiosos da regio, assim como por levantamentos

    realizados diretamente na rea objeto de estudo, com vistas identificao dos

    elementos necessrios a identificao e caracterizao dos parmetros scio-

    ambientais a serem analisados. O Diagnstico Ambiental est subdividido em: Meio

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    fsico (Aspectos Climticos; Aspectos Geolgicos; Aspectos Geomorfolgicos e

    Hidrogeolgicos; Solos; Recursos hdricos); Meio bitico (Fauna e Flora); Meio

    Antrpico (Socioeconomia; Infra-estrutura social e organizacional; Infra-estrutura

    urbana; Aspectos tursticos; Uso e ocupao do solo).

    O Captulo 5 analisa os impactos ambientais relevantes, a partir do diagnstico

    ambiental realizado e das informaes referentes ao projeto pretendido de

    instalao no local, qual seja o ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE

    ESTACIONAMENTO.

    O Captulo 6 recomenda medidas mitigadoras voltadas mitigao de impactos

    negativos e a potencializao dos impactos positivos com vistas a, de um lado,

    garantir a qualidade ambiental da rea e, de outro, fortalecer o aporte de infra-

    estrutura necessria a melhoria da qualidade ambiental local e do municpio.

    O Captulo 7 prope Plano de Monitoramento dos Impactos Ambientais voltado ao

    acompanhamento e aferio dos parmetros ambientais, da verificao da eficincia

    e eficcia das medidas mitigadoras e da manuteno ou melhoria da qualidade

    ambiental local e da rea de influncia indireta do empreendimento.

    O Captulo 8 traz concluses que buscam refletir sobre o Relatrio Ambiental

    Simplificado, ora apresentado, sintetizando as anlises realizadas nos diferentes

    mbitos da cincia aqui estudados e, ao reconhecer que alm do ESTDIO ARENA DAS

    DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, h a inteno de se promover o uso e ocupao

    de reas adjacentes a esse empreendimento, traz recomendaes, bem como

    ressalta solues tecnolgicas importantes a serem adotas, no caso de usos

    associados ao Estdio, com vistas ao no comprometimento da qualidade ambiental

    da rea, como tambm para no inviabilizar o projeto do Estdio e outros

    adjacentes, ou ainda, para no comprometer sistemas fundamentais de infra-

    estrutura da cidade. Complementarmente, traz alternativas tecnolgicas eco-

    eficientes passveis de adoo na rea em estudo, bem como em diversas reas do

    municpio, demonstrando a potencialidade de uso da rea, desde que atendidos o

    que preconiza a engenharia sanitria e a gesto ambiental responsvel e

    sustentvel para as geraes atuais e futuras.

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    O Captulo 9 apresenta a equipe tcnica envolvida, destacando as principais

    formaes acadmicas dos profissionais participantes, no entanto, sem detalhar

    suas respectivas participaes e relevantes contribuies sociedade e cincia

    que tm realizado em suas prticas profissionais e acadmicas.

    O Captulo 10, finalmente, apresenta o referencial bibliogrfico pesquisado,

    demonstrando a base cientfica revisada, assim como demonstra o referencial

    terico adotado para constituio da linha de conduo tcnico-cientfica basilar dos

    estudos ora apresentados.

    Em anexo so apresentados os mapas em escala compatveis com uma melhor

    visualizao de pontos considerados relevantes pelo Termo de Referncia e pelo

    presente Estudo, bem como apresenta o RITUR.

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    SUMRIO

    1. INTRODUO ........................................................................................................ 1

    1.1. Identificao do empreendimento ..................................................................... 1

    1.2. Instituio Interessada ...................................................................................... 3

    1.3. Instituio responsvel pela elaborao do RAS .............................................. 3

    1.4. Objetivos e Justificativas do Projeto .................................................................. 4

    1.4.1. Compatibilidade de implantao do empreendimento ................................ 6

    1.4.2. Alcance socioeconmico ............................................................................ 9

    1.4.3. Previso de atividades ligadas ao empreendimento ................................... 9

    1.5. Legislao incidente e aplicvel ...................................................................... 10

    1.5.1. Gesto Ambiental ..................................................................................... 11

    1.5.2. Licenciamento Ambiental .......................................................................... 12

    1.5.3. Do Uso e Ocupao do Solo .................................................................... 15

    1.5.4. Normas de Proteo e Controle Ambiental ............................................... 18

    1.5.4.1. Saneamento Bsico............................................................................ 18

    1.5.4.2. Poluio sonora .................................................................................. 21

    1.5.4.3. Flora ................................................................................................... 22

    1.5.4.4. Unidades de Conservao ................................................................. 24

    1.5.4.5 Recursos Hdricos ............................................................................... 25

    2. REA DE INFLUNCIA ........................................................................................ 33

    2.1. Meio Fsico ...................................................................................................... 33

    2.2. Meio Bitico..................................................................................................... 34

    2.3. Meio Antrpico ................................................................................................ 34

    3. EMPREENDIMENTO ............................................................................................ 35

    3.1. Informaes Gerais ......................................................................................... 35

    3.2. Descrio tcnica ............................................................................................ 44

    4. DIAGNSTICO AMBIENTAL ................................................................................ 46

    4.1. Meio Fsico ...................................................................................................... 46

    4.1.1. Aspectos climticos .................................................................................. 46

    4.1.1.1. Caracterizao regional ...................................................................... 46

    4.1.1.2. Caracterizao Local .......................................................................... 47

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    4.1.2. Aspectos Geolgicos ................................................................................ 74

    4.1.3. Aspectos Geomorfolgicos e Hidrogeolgicos ......................................... 77

    4.1.3.1. Aspectos Geomorfolgicos ................................................................. 77

    4.1.3.2. Aspectos Hidrogeolgicos .................................................................. 84

    4.1.4. Solos ......................................................................................................... 93

    4.1.4.1. Fundamentao terica de solos ........................................................ 93

    4.1.4.2. Caracterizao dos solos de Natal ..................................................... 98

    4.1.4.3. Caracterizao dos solos da rea do empreendimento.................... 101

    4.1.4.4. Mapeamento da rea de solos ......................................................... 105

    4.1.5. Recursos Hdricos ................................................................................... 107

    4.1.5.1. guas Superficiais ............................................................................ 107

    4.1.5.2. Hidrogeologia ................................................................................... 128

    4.1.5.3. Dimenses e limites.......................................................................... 137

    4.1.5.4. Potenciometria da rea..................................................................... 140

    4.1.5.5. Condies de recarga e descarga .................................................... 141

    4.1.5.6. Caractersticas hidrodinmicas da rea ............................................ 144

    4.1.5.7. Interao das guas subterrneas e superficiais ............................. 145

    4.1.5.8. Caracterizao da qualidade das guas subterrneas na rea ........ 146

    4.1.5.9. Vulnerabilidade natural do aqfero da rea estudada contaminao

    ...................................................................................................................... 148

    4.1.5.10. Consideraes ................................................................................ 157

    4.2. Meio Bitico................................................................................................... 159

    4.2.1. Ecossistemas Terrestres ........................................................................ 159

    4.2.1.1. Metodologia do Diagnstico Florstico e Faunstico ......................... 159

    4.2.1.2. Diagnstico Florstico do Ecossistema Terrestre .............................. 162

    4.3. Meio Antrpico .............................................................................................. 201

    4.3.1. Socioeconomia ....................................................................................... 201

    4.3.1.1. Introduo ......................................................................................... 201

    4.3.1.2. Localizao e Limites Polticos e Administrativos da Cidade do Natal

    ...................................................................................................................... 202

    4.3.1.3. Dinmica Populacional ..................................................................... 205

    4.3.1.4. Aspectos Econmicos ...................................................................... 207

    4.3.2. Infra-estrutura social e organizacional .................................................... 220

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    4.3.2.1. rea de Influncia Direta AID ........................................................ 229

    4.3.2.2. REA DE INFLUNCIA INDIRETA .................................................. 235

    4.3.3. Infra-estrutura Urbana ............................................................................. 244

    4.3.3.1. Sistemas de Abastecimento de gua ............................................... 244

    4.3.3.2. Sistemas de Esgotos Sanitrios ....................................................... 248

    4.3.3.3. Sistema de Limpeza Pblica e Manejo de Resduos Slidos Existente

    ...................................................................................................................... 253

    4.3.4. Aspectos tursticos .................................................................................. 258

    4.3.4.1. Turismo e Eventos Esportivos .......................................................... 260

    4.3.4.2. Natal como sede da Copa do Mundo 2014 ...................................... 272

    4.3.4.3. Consideraes .................................................................................. 289

    4.3.5. Uso e Ocupao do Solo ........................................................................ 291

    4.3.5.1. Processo de formao da rea ......................................................... 293

    4.3.5.2. Tipologia edilcia ............................................................................... 295

    4.3.5.3. reas de domnio pblico e de preservao, inclusive valores

    histricos e culturais ...................................................................................... 306

    4.3.5.4. Cobertura Vegetal ............................................................................ 307

    5. ANLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................................... 310

    5.1. Consideraes iniciais .................................................................................. 310

    5.2. Metodologia................................................................................................... 311

    5.3. Avaliao dos impactos ambientais .............................................................. 313

    5.3.1. Fase de planejamento ............................................................................ 313

    5.3.2. Fase de implantao ............................................................................... 314

    5.3.3. Fase de operao ................................................................................... 316

    5.4. Anlise da matriz de impactos ...................................................................... 316

    6. PROPOSIO DE MEDIDAS MITIGADORAS ................................................... 329

    6.1. Fase de implantao ..................................................................................... 331

    6.1.1. Demolio da estrutura existente............................................................ 331

    6.1.1.2. Meio fsico ........................................................................................ 331

    6.1.1.2. Meio bitico ...................................................................................... 332

    6.1.1.3. Meio antrpico .................................................................................. 332

    6.1.2. Instalao do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO .. 332

    6.1.2.1. Meio fsico ........................................................................................ 333

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    6.1.2.2. Meio bitico ...................................................................................... 334

    6.1.2.3. Meio antrpico .................................................................................. 334

    6.1.3. Desmobilizao da obra ......................................................................... 335

    6.1.3.1. Meio fsico ........................................................................................ 335

    6.1.3.2. Meio bitico ...................................................................................... 336

    6.1.3.3. Meio antrpico .................................................................................. 336

    6.2. Fase de operao ......................................................................................... 336

    6.2.1. Meio fsico ............................................................................................... 337

    6.2.2. Meio bitico ............................................................................................. 337

    6.2.3. Meio antrpico ........................................................................................ 338

    7. PLANOS DE MONITORAMENTO ....................................................................... 339

    7.1.2. Os Impactos na implantao do empreendimento .................................. 342

    7.1.2.1. Classificao dos resduos de construo civil ................................. 344

    7.1.2.2. Fase de demolio ........................................................................... 347

    7.1.2.3. Fase de construo .......................................................................... 357

    7.1.3. Os impactos na operao do empreendimento ...................................... 369

    7.1.3.1. O gerenciamento de resduos comuns ............................................. 369

    7.1.3.2. Gerenciamento dos Resduos de Servio de Sade (RSS) ............. 370

    7.1.3.3. Coleta seletiva .................................................................................. 376

    7.1.3.4. A Coleta de resduos de capina ........................................................ 383

    7.1.3.5. A varrio ......................................................................................... 384

    7.1.4. Recomendaes ..................................................................................... 385

    7.2. Programa de proteo dos recursos paisagsticos ....................................... 387

    7.2.1. Objetivos ................................................................................................. 387

    7.2.2. Justificativa ............................................................................................. 387

    7.2.3. Atividades previstas ................................................................................ 388

    7.2.4. Durao do programa ............................................................................. 389

    7.2.5. Responsveis ......................................................................................... 389

    7.3. Plano de salvamento e manejo do meio bitico ............................................ 389

    7.3.1. Objetivo ................................................................................................... 389

    7.3.2. Justificativa ............................................................................................. 389

    7.3.3. Metodologia ............................................................................................ 390

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    7.4. Programa de monitoramento da qualidade das guas superficiais e

    subterrneas ........................................................................................................ 395

    7.4.1. Justificativa ............................................................................................. 395

    7.4.2. Objetivos ................................................................................................. 399

    7.4.3. Atividades previstas ................................................................................ 399

    7.4.4. Durao do Programa ............................................................................. 402

    7.4.5. Responsveis ......................................................................................... 402

    7.5. Programa de educao ambiental ................................................................ 403

    7.5.1. Justificativa ............................................................................................. 403

    7.5.2. Objetivo ................................................................................................... 403

    7.5.3. Atividades previstas ................................................................................ 404

    7.5.4. Durao do Programa ............................................................................. 405

    7.5.5. Responsveis ......................................................................................... 405

    7.5.6. Resultados Esperados ............................................................................ 405

    8. CONCLUSES E RECOMENDAES SOBRE CENRIOS FUTUROS .......... 406

    8.1. Recomendaes do Gramado ...................................................................... 407

    8.1.1. Caractersticas Edafo-climticas de Natal .............................................. 407

    8.1.2. Caractersticas de Gramado Esportivo ................................................... 408

    8.1.3. Caractersticas das Espcies para Gramados Esportivos ...................... 409

    8.1.4. Espcies Recomendadas para Gramados Esportivos em Natal, RN ..... 409

    8.1.5. Caractersticas Tcnicas para o Plantio .................................................. 412

    8.1.6. Concluso ............................................................................................... 413

    8.2. Recomendaes do Meio Fsico ................................................................... 413

    8.3. Recomendaes Rio Potengi (Recomendaes de Estudos a Serem

    Desenvolvidos Pertinentes a Ampliao do Sistema de Esgotamento Sanitrio e

    de Macro drenagem de Natal) ............................................................................. 417

    8.3.1. Estudos a serem desenvolvidos ............................................................. 421

    8.3.2. Sobre calibrao de modelos e necessidade de dados .......................... 424

    8.3.3. Sobre medies para calibrao geomtrica Nvel 1 .............................. 425

    8.3.4. Sobre medies para calibrao hidrodinmica Nvel 2 ...................... 426

    8.3.5. Sobre medies para calibrao de transporte Nvel 3 ....................... 428

    8.4. Recomendaes sobre sistema de drenagem alternativo ............................ 432

    8.4.1. Introduo ............................................................................................... 432

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    8.4.2. O Desenvolvimento de Baixo Impacto LID .......................................... 433

    8.4.2.1. Generalidades .................................................................................. 433

    8.4.2.2. Benefcios de Projetos LID ............................................................... 435

    8.4.2.3. O Controle da Inundao .................................................................. 438

    8.4.3. O caso especfico do estdio da Arena das Dunas e da Bacia XII ......... 440

    8.4.4. Aes a Serem Implementadas no Sistema de Drenagem do Arena das

    Dunas ............................................................................................................... 445

    8.5. Recomendaes sobre Direito de Superfcie ................................................ 446

    8.5.1. Aspectos gerais e legais acerca do Direito de Superfcie ....................... 446

    8.5.2. Direito de superfcie no Estatuto da Cidade e no Cdigo Civil de 2002 .. 448

    8.5.3. Direitos das partes. Pagamento. Transmisso do Direito. Preferncia ... 448

    8.5.4. Extino do Contrato de Direito de Superfcie ........................................ 450

    8.5.5. Concluso sobre o Direito de Superfcie ................................................. 452

    9. EQUIPE TCNICA .............................................................................................. 454

    10. REFERNCIAS ................................................................................................. 459

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Projeto esquemtico do Estdio Arena das Dunas e reas de

    Estacionamento ........................................................................................................... 2

    Figura 2. Escadas que interligam a rea do pdio ao anel superior (A); ncleo de

    elevadores, (B, C e D) ............................................................................................... 38

    Figura 3. Saidas diretas de escape (A); Delimitao de zonas de zegurana (B e C)

    .................................................................................................................................. 39

    Figura 4. reas de estacionamento ........................................................................... 41

    Figura 5. reas de imprensa ..................................................................................... 43

    Figura 6. Precipitao total no perodo de 1984 2009 no municpio de Natal/RN .. 48

    Figura 7. Imagens do satlite meteorolgico GOES-10 do dia 25/02/2009, ambos

    registrados s 11:45 p.m.. Na primeira imagem v-se a ZCIT atuando sobre o Brasil

    e continente africano. Na segunda imagem observa-se a ZCIT em ao sobre o

    Nordeste do Brasil. .................................................................................................... 50

    Figura 8. Mdia mensal das precipitaes em Natal/RN perodo de 1984 2007 .... 51

    Figura 9. Acumulado mensal x n de dias com chuvas nos anos de 2008 e 2009 .... 55

    Figura 10. Intensidade de chuva mxima anual em funo da durao e do perodo

    de retorno .................................................................................................................. 56

    Figura 11. Grfico de ocorrncia de Temperaturas mnimas no municpio de Natal

    em uma escala temporal de 25 ................................................................................. 57

    Figura 12. Grfico de registro das maiores temperaturas ocorridas em Natal/RN na

    escala temporal de 1984 2009 ............................................................................... 58

    Figura 13. Grfico de registro da Umidade Relativa do Ar em Natal/RN, ao longo dos

    meses, no decnio compreendido entre 1998 2008 ............................................... 60

    Figura 14. Umidade Relativa do Ar no Municpio de Natal no Perodo de 1984 - 2009

    .................................................................................................................................. 61

    Figura 15. Presso atmosfrica mdia anual de Natal/RN no perodo de 2001 a 2009

    .................................................................................................................................. 64

    Figura 16. Presso atmosfrica mensal no municpio de Natal no perodo de 2001 a

    2009 .......................................................................................................................... 65

    Figura 17. Comportamento da Nebulosidade e da Cobertura de Nuvens na rea da

    Base Area de Natal ao longo do ano de 2007 ......................................................... 66

    Figura 18. Comportamento da Insolao mdia mensal e da Nebulosidade mdia

    dirimensal para o perodo de 1984-1995 na Estao Climatolgica da UFRN,

    Natal/RN .................................................................................................................... 67

    Figura 19. Irradincia Solar Mdia Diria no topo da atmosfera, em megajoule por

    metro quadrado, tomando por base o mtodo de IQBAL, M (1983) .......................... 67

    Figura 20. Imagem GOES INPE/CPTEC/DSA - 2009-07-23 ..................................... 68

    Figura 21. Predominncia dos ventos em Natal ........................................................ 69

    Figura 22. Comportamento dos ventos no municpio de Natal/RN ............................ 70

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    Figura 23. Comportamento das correntes ocenicas no Atlntico ............................ 71

    Figura 24. Balano hdrico da regio de Natal segundo o mtodo de Thornthwaite &

    Mather (1955) e dados da Estao Climatolgica da UFRN ..................................... 73

    Figura 25. Localizao da rea estudada com relao cidade do Natal. Imagem do

    satlite Landsat 7 (composio R-2;G-3: B-4), obtida em 1999 onde esto

    ressaltados os campos de dunas do Parque das Dunas (CDPD) e Pirangi/Potengi

    (CDPP) ...................................................................................................................... 75

    Figura 26. Carta imagem da rea de influncia direta do empreendimento, onde est

    evidenciada a extensiva ocupao do meio natural pela expanso da cidade de

    Natal. O substrato sobre o qual assentam tais ocupaes corresponde a areias

    elicas associadas s dunas transgressivas e depresses interdunares geralmente

    com afloramento do lenl fretico originando as lagoas, bastante comuns no

    cenrio geolgico-geomorfolgico original. ............................................................... 77

    Figura 27. Modelo digital de Terreno da cidade do Natal, onde so ressaltadas as

    altitudes mais elevadas dos campos de dunas do Parque das Dunas (CDPD) e

    Pirangi/Potengi (CDPP) (dados altimtricos obtidos do Governo do estado). direita

    dois perfis selecionados mostram o relevo mais elevado dos campos de dunas,

    sugerindo maior volume de armazenamento de guas pluviais (Amaral et al. 2005a)

    .................................................................................................................................. 80

    Figura 28. Modelo digital de elevao do terreno da cidade do Natal na vizinhana

    do empreendimento ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO. Dados

    de altimetria em metros ............................................................................................. 84

    Figura 29. Curvas isopotenciomtricas e linhas de fluxo da gua subterrnea na

    regio do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO .......................... 92

    Figura 30. Taxa de infiltrao em vrios tipos de solos (modelo Withers e Vipond) . 97

    Figura 31. rea do empreendimento em 1972, com destaque para o estdio

    Machado e entorno verificando-se atividades de terraplenagem ...................... 104

    Figura 32. rea do empreendimento em 2000 com destaque para o estdio

    Machado e Centro Administrativo do Estado em baixo topogrfico ...................... 104

    Figura 33. Hietograma de mximos para T = 2 anos .............................................. 110

    Figura 34. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 2 anos, P(mm) 111

    Figura 35. Hietograma de mximos para T = 10 anos ............................................ 111

    Figura 36. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 10 anos, P(mm)

    ................................................................................................................................ 112

    Figura 37. Hietograma de mximos para T = 25 anos ............................................ 112

    Figura 38. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 25 anos, P(mm)

    ................................................................................................................................ 113

    Figura 39. Hietograma de mximos horrios para T = 2 anos ................................ 114

    Figura 40. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 2 anos, P(mm) 114

    Figura 41. Hietograma de mximos horrios para T = 10 anos .............................. 115

    Figura 42. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 10 anos, P(mm)

    ................................................................................................................................ 115

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    Figura 43. Hietograma de mximos horrios para T = 25 anos .............................. 116

    Figura 44. Hietograma de mximos horrios para T = 25 anos .............................. 116

    Figura 45. Hietograma de mximos horrios para T = 2 anos ................................ 117

    Figura 46. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 2 anos, P(mm) 117

    Figura 47. Hietograma de mximos horrios para T = 10 anos .............................. 118

    Figura 48. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 10 anos, P(mm)

    ................................................................................................................................ 118

    Figura 49. Hietograma de mximos horrios para T = 25 anos .............................. 119

    Figura 50. Precipitaes acumuladas ou total precipitado para T = 25 anos, P(mm)

    ................................................................................................................................ 119

    Figura 51. Hietograma de projeto para T = 25 anos, durao da chuva de 120 min e

    instante de ocorrncia da intensidade de chuva mxima de 60 min. ...................... 125

    Figura 52. Bacia XII-5 e linhas iscronas ................................................................ 126

    Figura 53. Hidrograma gerado na sub-bacia XII-5 .................................................. 127

    Figura 54. Litoestratigrafia simplificada da regio de Natal-RN (bacia costeira). .... 131

    Figura 55. Mapa potenciomtrico do Sistema Aqufero Dunas-Barreiras na zona sul

    da cidade de Natal/RN (fevereiro/1993). Modificado de Melo (1995). ..................... 134

    Figura 56. Mapa de localizao dos poos da captao de Lagoa Nova I da CAERN

    ................................................................................................................................ 138

    Figura 57. Modelo hidrogeolgico conceitual para a rea do Centro Administrativo,

    Estdio Machado e Ginsio Machadinho .............................................................. 139

    Figura 58. Mapa potenciomtrico da rea do Centro Administrativo do Estado do RN

    e adjacncias. Observar localizao aproximada do estdio Machado e ginsio

    Machadinho. Notar depresses da superfcie potenciomtrica do sistema aqufero

    Dunas-Barreiras nas imediaes das captaes da CAERN devido ao bombeamento

    dos poos. ............................................................................................................... 142

    Figura 59. Seo hidrogeolgica cruzando a regio do Centro Administrativo e

    imediaes do estdio Machado e ginsio Machadinho. ...................................... 143

    Figura 60. Principais processos de atenuao de contaminantes nas guas

    subterrneas ........................................................................................................... 151

    Figura 61. Sistema de avaliao de vulnerabilidade de aqferos .......................... 153

    Figura 62. rea alagadia prxima a uma lagoa por trs do posto de combustvel do

    Centro Administrativo que margeia a Av. Senador Salgado Filho BR-101 (A) e

    lagoa prxima ao Kartdromo da Av. Prudente de Morais (B) ................................ 160

    Figura 63. Vegetao herbcea prxima ao Campo de Futebol do Centro

    Administrativo (A) e Vegetao herbcea com algumas arbreas nas proximidades

    do Estdio Joo Machado (B) ................................................................................. 161

    Figura 64. Plantas registradas na rea de Influncia do Estdio das Dunas, Natal,

    Rio Grande do Norte, Brasil .................................................................................... 164

    Figura 65. Localizao das subreas para caracterizao da vegetao ............... 169

    Figura 66. Plantas comuns na rea de estudo: casuarina (Casuarina sp.) A,

    eucalipto (Eucalyptus sp.) B, flamboyant (D. regia) C, mugumba (P. aquatica) D,

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    pau-brasil (C. echinata) E, ip-roxo (T. impetiginosa) F, craibeira (T. aurea) G e

    mangueira (M. indica) H .......................................................................................... 171

    Figura 67. A palmeira-imperial (Roystonea sp.) espcie abundante no Centro

    Administrativo. ......................................................................................................... 172

    Figura 68. Localizao das espcies arbreas no Centro Administrativo ............... 173

    Figura 69. Algumas plantas herbceas encontradas no Centro Administrativo:

    cabea-de-nego (S. verticillata) A, poaia-do-campo (R. grandiflora) B, melosa-da-

    praia (C. hispidula) C e jitirana-cabeluda (M. aegytia) D ......................................... 175

    Figura 70. Plantas encontradas nos canteiros na rea de influncia do ESTDIO

    ARENA DAS DUNAS E SUAS REAS DE ESTACIONAMENTO: espirradeira (N. oleander) A,

    gergelim-bravo (C. retusa) B, alamanda (A. cathartica) C e alamanda-roxa (A.

    blanchetii) D. (Fotos: Denise Santana A, Lusa Cmara B, C e D) ................... 177

    Figura 71. Diversidade de espcies para as famlias de anfbios Anuros na rea de

    Influncia do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio

    Grande do Norte, Brasil ........................................................................................... 178

    Figura 72. Espcies mais observadas na rea de influncia: Rhinella granulosa (A),

    Scinax x-signatus (B), Scinax fuscovarius (C) e o Leptodactylus troglodytes (D) ... 179

    Figura 73. Diversidade de espcies para as famlias de rpteis da ordem Squamata

    na rea de Influncia do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO,

    Natal, Rio Grande do Norte, Brasil .......................................................................... 182

    Figura 74. Riqueza de espcies de anfbios e rpteis presentes na rea de Influncia

    do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO em comparao com a

    riqueza do Brasil para estes grupos e a porcentagem correspondente. ................. 182

    Figura 75. Espcie que foi observada com maior freqncia na rea de estudo foi a

    lagartixa ................................................................................................................... 183

    Figura 76. Curva do coletor para as aves da rea de Influncia do ESTDIO ARENA

    DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio Grande do Norte .................... 190

    Figura 77. Aves comuns na rea de influncia: rolinha-picui (C. picui) (A), pardal (P.

    domesticus) (B), suiriri (T. melancholicus) (C) e a lavadeira-mascarada (F. nengeta)

    (D) ........................................................................................................................... 191

    Figura 78. Aves comuns na rea de influncia: bico-de-lacre (Estrilda astrild) (A),

    vira-bosta (Molothrus bonariensis) (B), corrura (Troglodytes musculus) (C) e a

    cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana) (D) ...................................................... 193

    Figura 79. Abundncia relativa das quinze espcies mais representativas ............ 194

    Figura 80. O canrio-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola) (A) foi introduzido no

    Centro Administrativo e vira-bosta (Molothrus bonariensis) uma ave parasita de

    ninhos (B) ................................................................................................................ 196

    Figura 81. Diversidade de espcies para as famlias de mamferos na rea de

    Influncia do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio

    Grande do Norte, Brasil. .......................................................................................... 198

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    Figura 82. Rastro de raposa encontrado na rea de estudo (A e B), rastro de co

    domstico no Centro Administrativo (C) e gato domstico circulando na rea do

    Centro Administrativo (D) ........................................................................................ 199

    Figura 83. Metropolitana de Natal ........................................................................... 203

    Figura 84. Geogrficos e Regies Administrativas da Cidade do Natal .................. 204

    Figura 85. Interno Bruto de Natal por Setores de Atividade - 2006 ......................... 208

    Figura 86. Flutuaes do Emprego Formal em Natal 2003-2008 ......................... 212

    Figura 87. Distribuio da Populao de Natal em Classes de Rendimentos 2000

    ................................................................................................................................ 213

    Figura 88. Participao da AID nas Classes de Redimentos 2000 ...................... 213

    Figura 89. Distribuio da Populaao na AID por Classe de Rendimentos 2000 . 214

    Figura 90. Equipamentos para Venda de Artesanato .............................................. 280

    Figura 91. Equipamentos e Servios para Reunies e Eventos.............................. 282

    Figura 92. Avaliao dos preos dos bens e servios adquiridos no municpio do

    Natal pela demanda turstica, 2006-2008 ................................................................ 284

    Figura 93. Aspectos que mais agradaram a demanda turstica em relao ao

    municpio do Natal, 2006-2008 ................................................................................ 288

    Figura 94. Aspectos que menos agradaram a demanda turstica em relao ao

    municpio do Natal, 2006-2008 ................................................................................ 289

    Figura 95. Exemplar de uma casa do Conjunto Lagoa Nova I (1975), com poucas

    modificaes. .......................................................................................................... 296

    Figura 96. Residncia do Conjunto Lagoa Nova I modificada ................................. 296

    Figura 97. de verticalizao com uso residencial multifamiliar nos bairros de Lagoa

    Nova e Candelria ................................................................................................... 297

    Figura 98. Traado complexo com vias e passeio com medidas inadequadas ....... 298

    Figura 99. Residncia sem a presena de recuo lateral e frontal............................ 298

    Figura 100. Antiga casa de conjunto substituda por atividade comercial ............... 299

    Figura 101. Verticalizao do uso comercial ........................................................... 300

    Figura 102. Verticalizao do uso comercial. .......................................................... 301

    Figura 103. 5 Companhia de Policia de Radiopatrulha, conj. Lagoa Nova I .......... 302

    Figura 104. Praa So Camilo de Lelis, localizado no Conjunto Lagoa Nova I. ...... 304

    Figura 105. Praa Lourdes Guilherme, localizado no Potilndia ............................. 305

    Figura 106. Espaos vazios encontrados na rea de influncia.............................. 306

    Figura 107. Realce da cobertura vegetal da rea de anlise .................................. 308

    Figura 108. Cobertura vegetal localizada em canteiro central ................................ 309

    Figura 109. Cobertura vegetal localizada no Centro Administrativo ........................ 309

    Figura 110. Conceituao dos Parmetros de Avaliao ........................................ 312

    Figura 111. Matriz de Avaliao Impactos Ambientais ............................................ 317

    Figura 112.. Grfico da reversibilidade dos impactos na fase de implantao ........ 324

    Figura 113. Grfico da reversibilidade dos impactos na fase de implantao ......... 324

    Figura 114. Grfico da Temporalidade dos impactos na fase de implantao ........ 325

    Figura 115. Grfico da classificao dos impactos na fase de Operao ............... 327

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    Figura 116. Grfico da reversibilidade dos impactos na fase de Operao ............ 327

    Figura 117. Destinao final de resduos por classificao ..................................... 346

    Figura 118. Materiais de demolio por tipo de manejo .......................................... 348

    Figura 119. Lista dos principais Resduos gerados na fase de demolio .............. 350

    Figura 120. Triturador Mvel ................................................................................... 354

    Figura 121. Lista dos resduos em cada fase da construo .................................. 361

    Figura 122. Regio do Guajir, municpio de So Gonalo .................................... 367

    Figura 123. Margem direita da estrada de Jenipab, municpio de Extremoz ......... 368

    Figura 124. Coletores Seletivos sem pedestal ........................................................ 378

    Figura 125. . Modelo do Contentor Coletor ............................................................. 383

    Figura 126. Varredeira de piso ................................................................................ 385

    Figura 127. Layout do complexo Arenas das Dunas ............................................... 419

    Figura 128. Detalhe do complexo esportivo Joo Cludio Machado e Centro de

    Eventos ................................................................................................................... 420

    Figura 129. Vista do Esturio Jundia-Potengi ........................................................ 420

    Figura 130. Mapa potenciomtrico da rea do Centro Administrativo do Estado do

    RN e adjacncias, com realce da localizao do estdio Machado e depresses da

    superfcie potenciomtrica do sistema aqufero Dunas-Barreiras nas imediaes das

    captaes da CAERN devido ao bombeamento dos poos .................................... 442

    Figura 131. Clula de Bio-reteno ......................................................................... 443

    Figura 132. Clula de Bio-reteno ......................................................................... 443

    Figura 133. Exemplo de uma clula de bio-reteno colocada em um

    estacionamento: Dimenses: 11,6 m x 3,6 m, profundidade = 1,2 m. Um dreno

    subterrneo no fundo para drenar e evitar saturao, o qual foi coberto por 20 cm de

    pedregulho (2,5 a 5 cm), preenchido com mistura do solo a uma profundidade de 30

    cm abaixo do meio fio ............................................................................................. 444

    Figura 134. Filtros de Caixa de rvore: So mini-sistemas de filtrao bio-reteno,

    instalados embaixo das rvores. Controlam runoff, limpo pela vegetao e pelo

    solo antes de entrar na bacia de captao. Esse runoff coletado ajuda na irrigao

    das rvores. um container preenchido com uma mistura de solo, uma camada de

    terra vegetal, um sistema de drenagem subterrnea conectado com uma galeria de

    drenagem ................................................................................................................ 444

    Figura 135. Infiltrao das guas pluviais captadas nos locais impermeveis do

    estacionamento atravs de camadas drenantes situadas entre as vagas .............. 445

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Fenmenos El Nio e La Nia ao longo do sculo XX .............................. 49

    Tabela 2. Ocorrncias de precipitaes maiores que 100 mm no perodo de 1984-

    2009 registradas na Estao Climatolgica da UFRN .............................................. 53

    Tabela 3. Total de dias com precipitao anual no perodo de 2003-2009 ............... 54

    Tabela 4. Umidade Relativa no perodo de 1984 - 2007 ........................................... 62

    Tabela 5. Algumas lagoas na cidade do Natal ao Sul do Rio Potengi. As lagoas

    destrudas foram aterradas ou encontram-se poludas e modificadas em sua

    geometria. As lagoas preservadas esto em processo de ocupao ....................... 82

    Tabela 6. Dados regionais sobre as potencialidades dos recursos hdricos

    subterrneos Faixa Litornea Leste de Escoamento Difuso do RN 16 ............... 86

    Tabela 7. Dados sobre a gua subterrnea na Grande Natal ................................... 88

    Tabela 8. Valores de k ............................................................................................ 121

    Tabela 9. Coeficientes de deflvio em funo da ocupao do solo ....................... 122

    Tabela 10. Coeficientes de deflvio das reas de influncia da sub-bacia XII-5 ..... 126

    Tabela 11. Dados tcnicos dos poos que compem a captao de Lagoa Nova . 155

    Tabela 12. ndices de vulnerabilidade calculados para o sistema aqfero Dunas-

    barreiras na rea estudada ..................................................................................... 157

    Tabela 13. Anfbios registrados na rea de influncia do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E

    REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Tipo de Registro: AD

    - auditivo, CP - captura, VS - visual, EN entrevista e FT - fotografado ................. 180

    Tabela 14. Rpteis registrados na rea de Influncia do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E

    REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Tipo de Registro: AD

    - auditivo, CP - captura, VS - visual, EN entrevista e FT - fotografado ................. 184

    Tabela 15. Aves registradas na rea de Influncia do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E

    REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. AB (Abundncia

    absoluta), AR (Abundncia relativa) e FR (Frequncia relativa). Tipo de Registro: AD

    - auditivo, VS visual, EN entrevista e FT - fotografado ...................................... 186

    Tabela 16. Mamferos registrados na rea de influncia do ESTDIO ARENA DAS

    DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Tipo de

    Registro: AD - auditivo, CP - captura, VS - visual, EN entrevista e FT - fotografado

    ................................................................................................................................ 200

    Tabela 17. Populao Masculina e Feminina de Natal ........................................... 206

    Tabela 18. Populao Masculina e Feminina da rea de Influncia Direta ............ 207

    Tabela 19. Produto Interno Bruto de Natal 2003-2006 ......................................... 208

    Tabela 20. Populao Economicamente Ativa em Natal 1991 e 2000 ................. 210

    Tabela 21. Salrios e Emprego Formal em Natal - 2003-2008 ............................... 211

    Tabela 22. Atividade Empresarial por Setor- 2006 .................................................. 215

    Tabela 23. Empreendimentos Estratgicos na AID 2009 ..................................... 216

    Tabela 24. Indicadores Scio-Demogrficos ........................................................... 221

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    Tabela 25. Natal: Porcentagem da Renda Apropriada por Estratos da Populao . 222

    Tabela 26. . Natal: evoluo do fluxo turstico ......................................................... 223

    Tabela 27. Taxa de Desemprego da Populao de 20 a 59 Anos, segundo as zonas

    administrativas de Natal .......................................................................................... 224

    Tabela 28. Percentual de Empregados com Trabalho Protegido ............................ 224

    Tabela 29. Natal: Desenvolvimento Humano - ndices ............................................ 225

    Tabela 30. Rede Ambulatorial ................................................................................. 226

    Tabela 31. AID: Renda Mdia Mensal e ndice de Qualidade de Vida .................... 233

    Tabela 32. AID: Moradores em domiclios por classe de rendimento ..................... 234

    Tabela 33. AID: Percentual da Populao residente alfabetizada de 5 anos ou mais

    de idade .................................................................................................................. 234

    Tabela 34. AID: Organizao Comunitria .............................................................. 235

    Tabela 35. AII: Renda Mdia Mensal e ndice de Qualidade de Vida ..................... 236

    Tabela 36. AII: Percentual da Populao residente alfabetizada de 5 anos ou mais

    de idade .................................................................................................................. 238

    Tabela 37. AII: Organizao Comunitria ............................................................... 242

    Tabela 38. AII: Sntese do acesso a Infra-estrutura ................................................ 243

    Tabela 39. Coordenadas dos poos, elevatria e reservatrios do sistema Lagoa

    Nova I. ..................................................................................................................... 246

    Tabela 40. Coordenadas dos poos, elevatria e reservatrios do sistema Lagoa

    Nova II. .................................................................................................................... 247

    Tabela 41. Coordenadas das estaes elevatrias existentes das bacias H e I. .... 252

    Tabela 42. Coordenadas das estaes elevatrias projetadas das bacias H e I. ... 253

    Tabela 43. Composio de Gastos Individuais no Turismo de Eventos .................. 264

    Tabela 44. Comparativo dos Gastos entre Habitantes e Visitantes ........................ 269

    Tabela 45. Fluxo Turstico Grande Natal 1999-2007 ............................................... 273

    Tabela 46. Capacidade dos Meios de Hospedagem na Grande Natal, 2009 ......... 274

    Tabela 47. mdia de ocupao da rede hoteleira ................................................... 275

    Tabela 48. Equipamentos de Alimentao em Natal e Grande Natal ..................... 276

    Tabela 49. Agncias de Viagem, Receptivo e Operadoras de Tours ...................... 277

    Tabela 50. equipamentos e servios tursticos........................................................ 278

    Tabela 51. Qualificao dos Atrativos Tursticos do municpio de Natal, avaliados

    pela demanda turstica, 2006-2008 ......................................................................... 285

    Tabela 52. Qualificao dos Equipamentos e Servios Tursticos do municpio de

    Natal, avaliados pela demanda turstica, 2006-2008 ............................................... 286

    Tabela 53. Qualificao da Infraestrutura do municpio de Natal, avaliados pela

    demanda turstica .................................................................................................... 287

    Tabela 54. Conjuntos localizados na rea de influncia direta................................ 293

    Tabela 55. Principais alteraes ocorridas na rea de influncia............................ 294

    Tabela 56. Relao das Praas do Bairro de lagoa Nova ....................................... 304

    Tabela 57. Total de parmetros analisados por meio durante a fase de planejamento

    ................................................................................................................................ 323

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    Tabela 58. Total de parmetros analisados por meio durante a fase de implantao

    ................................................................................................................................ 326

    Tabela 59. Total de parmetros analisados por meio durante a fase de operao . 328

    Tabela 60. Parmetros considerados nos Modelos de Qualidade da gua do

    SisBaHiA .............................................................................................................. 430

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    1

    1. INTRODUO

    1.1. Identificao do empreendimento

    Nome: ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO.

    Localizao: O empreendimento localiza-se ao lado do Centro Administrativo do

    Estado, entre as avenidas Prudente de Morais, Norton Chaves (Lima e Silva) e

    Senador Salgado Filho, no bairro de Lagoa Nova. Na diviso poltico-territorial,

    insere-se na Zona Administrativa Sul da cidade do Natal, no bairro de Lagoa

    Nova.

    Histrico do empreendimento: Com o interesse em ser uma das capitais

    brasileiras que sediar a copa do mundo de 2014, os governos estadual e

    municipal uniram esforos para viabilizao de um empreendimento esportivo

    moderno capaz de receber o pblico durante o evento, bem como dotar a cidade

    receptiva de infra-estrutura de suporte (a qual tambm servir posteriormente

    prestao desses servios pblicos sociedade), atravs de uma parceria

    pblico-privada. Assim, no se trata apenas de um projeto desenvolvido somente

    para realizao da Copa do Mundo, mas ser deixado um legado permanente e

    relevante para a populao.

    Informaes gerais que identifiquem o projeto do empreendimento: O

    ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO ter capacidade prevista

    para 45.000 pessoas, incluindo aqueles espaos destinados rea VIP, imprensa

    e comentaristas. Ter escadas ao longo de todo o seu permetro, interligando o

    nvel do solo ao nvel do anel de circulao principal. A combinao das

    circulaes verticais, incluindo os elevadores, permitir um acesso confortvel e

    tranqilo. O Estdio ter 27 escadas externas e 5 ncleos de elevadores. A

    imprensa contar com rea de desembarque e entrada exclusiva, ambas no nvel

    de servios a qual tambm contar com um acesso exclusivo ao anel inferior. Os

    estacionamentos com todas as vagas necessrias (aproximadamente 7250)

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    2

    estaro contidos dentro do permetro do terreno (num raio de 800 metros) e em

    volta do estdio. O campo medir na sua totalidade 7.140 m, incluindo a rea

    gramada de 9.600 m. Sero disponibilizadas 280 posies para pessoas com

    deficincias no anel inferior, na fila em nvel com o acesso, tendo espao para

    cadeira de rodas e assento para auxiliar. Ao lado do estdio, e fazendo parte da

    arena, est prevista a construo de uma arena multiuso com capacidade para

    5.000 pessoas e um centro de eventos para 1.500 pessoas.

    Figura 1. Projeto esquemtico do Estdio Arena das Dunas e reas de Estacionamento

    Fonte: SEMURB, 2009.

    Mapa de localizao da obra: No Anexo 1 deste Relatrio Ambiental

    Simplificado RAS (mapa de localizao da obra) possvel se observar a rea

    prevista para execuo da obra, qual seja, a construo do ESTDIO ARENA DAS

    DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, alm de pontos de referncia prximos num

    AV.

    N

    O

    R

    T

    O

    N

    C

    H

    A

    V

    E

    S

    AV. SENADOR SALGADO FILHO

    AV. PRUDENTE DE MORAIS

    AV.

    N

    O

    R

    T

    O

    N

    C

    H

    A

    V

    E

    S

    AV. SENADOR SALGADO FILHO

    AV. PRUDENTE DE MORAIS

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    3

    raio de 1.000m que auxiliam na localizao da rea prevista para a interveno.

    Tambm feito um destaque para a rea do estacionamento num raio limite de

    800m conforme normas estabelecidas pela Fdration Internationale de Football

    Association (FIFA).

    1.2. Instituio Interessada

    Instituio interessada: Prefeitura Municipal do Natal

    Endereo da instituio interessada: Rua Ulisses Caldas, 81, Centro - CEP:

    59025-090.

    Telefones e e-mails para contato: (84) 3232-9489/3232-8845/3232-8850/3232-

    8715 ([email protected]).

    1.3. Instituio responsvel pela elaborao do RAS

    Nome e razo social, CNPJ e inscrio estadual: FUNDEP Fundao para o

    Desenvolvimento Sustentvel da Terra Potiguar, com CNPJ n. 02.663.697/0001-

    06

    Endereo da instituio responsvel pela elaborao do RAS: Rua Zeferina

    Lopes, 18, Praia de Pitangui, Extremoz/RN.

    Nome do coordenador geral do RAS, telefone e e-mail: Leonardo Bezerra de

    Melo Tinoco, telefone (84) 9136-8373, [email protected]

    Informaes complementares sobre a instituio: Instituio representada

    pela sua Diretora Presidente, Sr. JUREMA MRCIA DANTAS DA SILVA, R.G. n

    488.776 SSP/RN, CPF 059.659.141-91.

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    4

    1.4. Objetivos e Justificativas do Projeto

    O projeto tem como principal objetivo a construo do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E

    REAS DE ESTACIONAMENTO, alm da reurbanizao do local atravs de uma proposta

    regida por princpios inovadores visando sua singularidade, estimulando

    valorizao permanente da identidade e da imagem local. Para tanto se buscam os

    seguintes objetivos especficos:

    Construir o ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, buscando

    criar uma infra-estrutura de apoio ao esporte e lazer associada qualidade de

    vida, valorizando os aspectos socioeconmicos e ambientais da regio;

    Implantar a infra-estrutura de estacionamento buscando atender toda a demanda

    exigida ao funcionamento do estdio, concomitantemente respeitando a harmonia

    e as condies ambientais da rea;

    Implantar infra-estrutura de abastecimento de gua, drenagem pluvial,

    esgotamento sanitrio e de manejo de resduos slidos que assegure a

    preservao do solo e dos recursos hdricos superficiais e subterrneos e que

    suporte tecnicamente e adequadamente o funcionamento da superestrutura;

    Consolidar a imagem do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO

    como uma obra socialmente responsvel, atravs de atitudes ecologicamente

    corretas, alm de aes para qualificao de mo-de-obra, priorizando a

    contratao de mo-de-obra local;

    Possibilitar a valorizao imobiliria e o desenvolvimento de atividades

    econmicas geradoras de empregos diretos e indiretos e de receita para

    economia local e regional, no apenas durante o evento da Copa do Mundo, mas

    posteriormente como benefcio sociedade.

    O ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO assume grande posio

    estratgica, visto que foi atravs desse empreendimento que a capital Natal foi eleita

    como uma das sedes da Copa do Mundo em 2014. Esse evento por si s j

    constitui-se como elemento estratgico para o desenvolvimento do municpio, visto

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    5

    que a cidade estar sendo vista por aproximadamente 1 bilho de telespectadores

    em todo o mundo.

    Essa concentrao de olhares no municpio pode contribuir em muito para o

    incremento de uma das principais atividades econmicas atuais do RN: o turismo.

    Dessa forma, o estado contar com uma oportunidade mpar, de capitalizar o evento

    como importante instrumento de divulgao do turismo estadual, atraindo em

    contrapartida turistas e investidores, podendo assim, gerar um efeito sinrgico muito

    intenso para a economia do estado e, consequentemente, com efeitos positivos no

    fortalecimento scio-econmico, atravs de forte injeo de capital externo na

    economia local e da gerao de diversas oportunidades de ocupao e renda para a

    populao, para profissionais das mais diversas formaes, bem como para as

    empresas sediadas no municpio.

    Associadamente, Natal como uma das cidades-sede da Copa do Mundo poder

    mostrar-se em sua expresso metropolitana, visto contar com um parque cientfico e

    tecnolgico em plena expanso: com os campus da UFRN, IEFRN, UnP e diversas

    outras IES, assim como com o Instituto de Neurocincias do Brasil); contar com um

    tecnoplo o Aeroporto de So Gonalo do Amarante de logstica aeroviria, com

    previso de sua interligao multimodal com o Porto de Natal e as Rodovias

    Federais BR 101 e BR 406; com um sistema de turismo bem estruturado e com

    disponibilidade de leitos e imveis comerciais e habitacionais, dentre outras.

    Ao apresentar-se com todas essas caractersticas de investimento e ainda, dotada

    de infra-estrutura advinda dos investimentos previstos para a realizao da Copa do

    Mundo 2014, a cidade de Natal e o Estado do Rio Grande do Norte, poder tornar

    esse evento, em um marco referencial de mudana na qualidade de vida da

    populao.

    Por outro lado, a cidade contar com um equipamento multi-uso moderno e com

    condies de atrao de diversos eventos durante todos os meses do ano, o que

    tambm resultar em benefcios scio-econmicos para a matriz de

    desenvolvimento do estado. Entretanto necessrio que todas as variveis

    ambientais sejam respeitadas e as medidas consideradas como relevantes para a

    mitigao dos possveis impactos negativos sejam devidamente adotadas,

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    6

    monitoradas e implementadas, como forma de garantir a sustentabilidade e a

    viabilidade ambiental da operao do empreendimento.

    1.4.1. Compatibilidade de implantao do empreendimento

    O empreendimento ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO respeita

    os preceitos do uso e ocupao do solo, conforme normas estabelecidas pelo Plano

    Diretor Municipal do Natal e seu Cdigo de Obras, como ser visto neste RAS, no

    quadro que trata da legislao incidente.

    Natal vem passando por diversas transformaes motivadas pelo rpido crescimento

    da cidade e os efeitos da conurbao e transbordamento da malha urbana, com os

    municpios vizinhos da Regio Metropolitana de Natal RMNatal. Com vistas a

    implantar planos, programas e projetos para suportar essa expanso urbana, o

    crescimento populacional e a presso sobre o meio ambiente natural e artificial, vm

    sendo estudadas todas as aes necessrias para criar estrutura de Saneamento

    Bsico que atenda demanda do municpio, j que o abastecimento de gua da

    cidade tambm realizado pela explotao de gua subterrnea do Aqfero

    Barreiras, o qual apresenta vulnerabilidades justamente pelo fato da maior parte da

    cidade no apresentar sistema de coleta e tratamento dos efluentes sanitrios.

    Dentre as solues existentes, uma que ganhou destaque e a anlise de seus

    impactos praticamente j foi concluda, refere-se construo de um emissrio

    submarino em Ponta Negra. A Companhia de guas e Esgotos do RN (CAERN), a

    qual tem se prontificado em instalar o sistema ainda no ano de 2009, informa que

    parte das obras de canalizao j foram iniciadas, prevendo-se Estaes de

    Tratamento de Esgoto, com recursos provenientes de FGTS Fundo de Garantia do

    Tempo de Servio e do PAC Programa de Acelerao do Crescimento, promovido

    pelo Governo Federal.

    O abastecimento de gua de Natal se d tanto pela coleta de gua em cursos de

    gua (como o Rio Pitimbu associado Lagoa do Jiqui), como tambm atravs de

    manancial subterrneo aqfero, que tem suas guas explotadas atravs de

    bombeamento em poos de produo. Devido aos problemas ocasionados pela

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    7

    urbanizao que muitas vezes ocorre sem infra-estrutura adequada, a exemplo da

    falta do saneamento bsico, essas guas resultam contaminadas por resduos e

    efluentes poluentes que ocasionam a degradao da qualidade da gua potvel.

    Com a soluo de saneamento apresentada anteriormente, a reduo desses riscos

    de contaminao ocorrer e ser fundamental para o restabelecimento de sua

    qualidade. Outros estudos tambm vm ocorrendo na busca de fontes alternativas

    de abastecimento, j que o municpio em sua expresso de centro metropolitano,

    tende a crescer continuamente, destacando-se a instalao de adutoras em rios e

    lagoas localizados em municpios vizinhos mais distantes, mas com potencial hdrico

    expressivo para suprimento do crescimento populacional e incremento econmico.

    Dentre as aes de planejamento vem sendo elaborado o Plano Diretor de

    Drenagem e Manejo de guas Pluviais do municpio de Natal, o qual visa eliminar os

    problemas resultantes da impermeabilizao dos solos que promove a ocorrncia de

    alagamentos constantes durante os eventos chuvosos. Solues que abordam tanto

    a macro, quanto a micro-drenagem, de tal maneira que o meio ambiente levado

    em considerao, pelas prprias caractersticas do meio fsico da cidade.

    Natal faz parte da principal regio planejada turisticamente, o Plo Costa das Dunas,

    aonde so implementadas aes do Ministrio do Turismo principalmente atravs do

    Programa de Desenvolvimento de Turismo do Nordeste PRODETUR/NE, e

    incorporado atualmente pelo PRODETUR Nacional. No ano em curso, vem

    ocorrendo a atualizao do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo

    Sustentvel (PDITS) nos plos Costa das Dunas, Costa Branca e Serid, visando

    promover um turismo gerador de emprego e renda, respeitando-se os ambientes

    naturais e a sociedade, dentro da linha de pensamento do desenvolvimento

    sustentvel.

    Em meio ao desenvolvimento do turismo, foi elaborado o Plano Diretor de Resduos

    Slidos do Plo Costa das Dunas, o qual insere Natal no contexto da situao e dos

    cuidados que devem ser tomados em relao aos resduos produzidos. Em relao

    aos resduos slidos urbanos, vale destacar que funciona atualmente o nico Aterro

    Sanitrio do Estado, sob administrao da empresa BRASECO no municpio de

    Cear-Mirim, Regio Metropolitana de Natal (RMNatal), recebendo os resduos

    slidos gerados em praticamente toda a RMNatal, inclusive a capital, o qual prev

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    8

    receptividade de resduos da maneira como est estruturado, at o ano de 2022,

    mas que j est sendo prevista a ampliao do aterro, considerado ecologicamente

    correto.

    O Rio Grande do Norte contemplado tambm pelo Plano Estadual de Recursos

    Hdricos que foi elaborado pela SERHID, (atualmente denominada SEMARH

    Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hdricos). O plano referencia o

    processo de planejamento do aproveitamento mltiplo, controle, conservao,

    proteo e recuperao dos recursos hdricos do estado se constituindo em

    instrumento fundamental para a implantao e gesto de uma poltica que busca

    otimizar e maximizar o uso dos recursos hdricos. Nele existe orientao para

    realizao de levantamentos e estudos detalhados, que ampliam o conhecimento

    das disponibilidades hdricas e demandas para mltiplas utilizaes, permitindo um

    melhor balizamento para a implantao de servios e obras indispensveis aos

    interesses de desenvolvimento urbano e rural, nos aspectos de saneamento bsico,

    uso industrial, expanso de reas irrigadas e atividades de lazer. Ao mesmo tempo,

    fornece elementos para evitar conflitos de usos dos recursos hdricos,

    compatibilizando os interesses dos usurios com os planos de desenvolvimento

    municipais e regionais.

    Alm do aeroporto Augusto Severo localizado em Parnamirim, municpio vizinho,

    est sendo construdo outro de grande porte em So Gonalo do Amante, o qual foi

    submetido ao transbordamento da malha urbana de Natal, que permitir um

    aumento de fluxo de pessoas, tanto em nvel nacional quanto estrangeiro, estando

    prevista a melhoria dos acessos que ligaro o mesmo s principais rodovias de

    acesso ao litoral Norte e Sul do Estado, dando um grande enfoque ao

    desenvolvimento turstico do Plo Costa das Dunas, tendo Natal como principal

    cidade pela infra-estrutura oferecida.

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    9

    1.4.2. Alcance socioeconmico

    Um empreendimento deste porte acarretar em melhoria de qualidade de vida da

    populao local, pelo fato de ofertar empregos diretos e indiretos, gerando

    conseqentemente divisas - aumentando a arrecadao do Municpio de Natal. Ao

    mesmo tempo, ele tambm poder ser aceito como um instrumento de atrao de

    novos investimentos, uma vez que favorece a visibilidade da cidade

    internacionalmente, atraindo investimentos diversos e dinamizando, ainda mais, o

    seu potencial econmico, turstico e ambiental.

    Indiretamente, o empreendimento potencializar uma rede de inverses em diversas

    reas da economia, tanto pela infra-estrutura que estar disponvel, como pela

    divulgao em escala global que ser objeto de acesso a aproximadamente 1 bilho

    de telespectadores, conforme destacou o presidente da CBF, em entrevista a

    diversos rgos da imprensa nacional.

    Para um estado onde tem no turismo a quarta maior fonte de ingressos de recursos

    externos, a Copa 2014 poder apresentar-se como um marco referencial na histria

    da atividade no RN.

    1.4.3. Previso de atividades ligadas ao empreendimento

    Dentre as atividades previstas de acontecimento ligadas diretamente ao

    empreendimento ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, ocorrer

    alm de alguns jogos de futebol da Copa do Mundo, outros jogos de times locais e

    regionais e outros jogos de alto nvel, bem como ser um espao capaz de

    comportar shows e atividades artstico-culturais inclusive em nvel internacional.

    Alm de futebol, tambm comportar a realizao de esportes como basquete, vlei,

    handebol, tnis, etc. Outros eventos como concertos musicais, espetculos teatrais e

    danas esto previstos na rea do empreendimento. Tudo isso pela estrutura criada

    ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, a Arena multiuso e o Centro

    de Eventos, alm do espao para estacionamento que poder comportar eventos

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    10

    que requeiram grandes espaos, como shows musicais e apresentao de esportes

    radicais.

    Quanto s atividades indiretas ligadas ao empreendimento, pode-se considerar a

    utilizao dos equipamentos de hospedagem dos municpios, das zonas que

    oferecem servios de alimentos e bebidas (A&B), incremento do comrcio formal e

    informal no entorno, contribuio para a atividade turstica durante o evento da copa,

    e aps a mesma um aumento de fluxo momentneo.

    1.5. Legislao incidente e aplicvel

    Este captulo apresenta uma anlise da legislao incidente e aplicvel futura

    implantao do ESTDIO ARENA DAS DUNAS E REAS DE ESTACIONAMENTO, com nfase

    para as questes ligadas ao processo de licenciamento, s medidas de controle e

    proteo ambientais necessrias ao bom desempenho do empreendimento.

    Com base na compreenso dos aspectos jurdicos aqui apresentados busca-se

    fornecer ao rgo ambiental competente subsdios legais que fundamentem e

    auxiliem o exame do processo de licenciamento ambiental, bem como norteiem o

    processo decisrio do empreendedor.

    Tendo em vista que a rea do futuro empreendimento j se encontra bastante

    antropizada, localizada em um bairro com caracterstica de grande adensamento na

    cidade de Natal, v-se que os principais fatores a serem considerados na seara

    ambiental so os relativos gesto ambiental, ao licenciamento ambiental e s

    normas de uso e ocupao.

    Desse modo, tendo em vista a diversidade de temas a serem abrangidos neste

    relatrio, com o objetivo de constituir um amplo cenrio jurdico que incide sobre o

    estudo, apto a subsidiar o empreendedor nos processos de tomada de deciso

    sobre as aes a serem desenvolvidas, o texto est estruturado de acordo com as

    vertentes descritas abaixo:

    A primeira, relacionada ao aspecto da gesto ambiental aplicvel ao caso; a

    segunda, relativa ao arcabouo legal existente relacionado s normas relativas ao

    licenciamento ambiental; a terceira, relativa ao uso e ocupao do solo e sua

  • Relatrio Ambiental Simplificado

    11

    consonncia com o Plano Diretor de Natal e demais normas vigentes; e a quarta,

    relativa s normas de proteo e controle ambiental e seu substrato

    constitucional, no que concerne aos aspectos diretamente relacionados s

    caractersticas do empreendimento.

    1.5.1. Gesto Ambiental

    A Poltica Nacional de Meio Ambiente, instituda por meio da Lei Federal n. 6.938,

    de 31 de agosto de 1981, estabeleceu as diretrizes, o contedo geral, os objetivos,

    os fins, os mecanismos e os instrumentos para proteo do meio ambiente nacional.

    Em seu contedo a referida Lei tambm constituiu o Sistema Nacional do Meio

    Ambiente - SISNAMA, composto por rgos e entidades da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, bem como as fundaes

    institudas pelo Poder Pblico, responsveis pela proteo e melhoria da qualidade

    ambiental.

    Note-se que tal sistema aglutinou, em linha de cooperao, todos os rgos

    pblicos com atribuio e/ou responsabilidade pela proteo ambiental, o que veio,

    a ser referendado pela Constituio Federal, em seu art. 23, VI e VII, que

    estabelece:

    Art. 23. competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

    Em sendo assim, vlido informar que o Conselho Nacional de Meio Ambiente

    CONAMA o rgo Consultivo e Deliberativo do SISNAMA; o Instituto Brasileiro do

    Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA o rgo Executor;

    os rgos ou entidades estaduais responsveis pela execuo de programas,

    projetos e pelo controle e fiscalizao de atividades capazes de provocar a

    degradao ambiental so os rgos Seccionais; e os rgos ou entidades

  • Relatrio Ambiental Simplificado

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    municipais, responsveis pelo controle e fiscalizao dessas atividades, nas suas

    respectivas jurisdies so rgos Locais.

    Na esfera estadual a Lei Complementar n 272, de 03 de maro de 2004, que

    estabelece a Poltica Estadual de Meio Ambiente e o Sistema Estadual de Meio

    Ambiente, em sua constituio, atendeu aos dispositivos do SISNAMA,

    estabelecendo como rgo superior o Conselho Estadual de Meio Ambiente

    CONEMA, entidade executora o Instituto de Desenvolvimento Sustentvel e Meio

    Ambiente IDEMA, e como componentes locais os rgos e entidades municipais

    responsveis pelo controle e fiscalizao das atividades pertinentes ao Sistema nas

    suas respectivas reas de competncia.

    No mbito do municpio de Natal o Cdigo do Meio Ambiente (Lei n 4.100, de 19 de

    junho de 1992), estabeleceu a Poltica Ambiental do Municpio de Natal, conferindo

    Fundao do Meio Ambiente do Natal - ECO-NATAL, a atribuio, legal e

    administrativa de proteger o meio ambiente e prevenir a degradao ambiental, de

    qualquer origem e natureza. Posteriormente a ECO-NATAL, conjuntamente com o

    Instituto de Planejamento Urbano de Natal IPLANAT, foram aglutinados, dando

    origem Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo SEMURB.

    1.5.2. Licenciamento Ambiental

    O licenciamento ambiental foi introduzido em nosso ordenamento jurdico,

    inicialmente, pela Lei n 6.803, de 02 de julho 1980, e, posteriormente, convalidado

    pela Lei n 6.938/81. Desta forma, o exerccio de atividades potencialmente

    poluidoras se d atravs da obteno de competente licena ambiental de

    autoridade competente, conforme exigncia da Poltica Nacional de Meio Ambiente

    (art. 9, IV).

    O CONAMA extraiu sua competncia para dispor sobr