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Relatório Agrupamento de Escolas do Forte da Casa VILA FRANCA DE XIRA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Sul 2013 2014

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Relatório Agrupamento de Escolas do Forte da Casa VILA FRANCA DE XIRA

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção do Sul

2013 2014

Agrupamento de Escolas do Forte da Casa – VILA FRANCA DE XIRA

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1 – INTRODUÇÃO A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa – Vila Franca de Xira, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 24 e 30 de abril de 2014. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola- -sede do Agrupamento e os restantes estabelecimentos de ensino que o compõem.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da Avaliação Externa das Escolas 2013-2014 está disponível na página da IGEC.

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO O Agrupamento de Escolas do Forte da Casa, situado na localidade com o mesmo nome, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, foi criado em 1 de agosto de 2010. É constituído pelas escolas básicas Professor Romeu Gil e Padre José Rota e pela Escola Secundária do Forte da Casa, escola-sede. Este estabelecimento de ensino foi sujeito à avaliação externa das escolas em novembro de 2008, atividade que não abrangeu as restantes unidades educativas, na altura constituídas em agrupamento.

Frequentam as diferentes escolas 412 alunos no 1.º ciclo do ensino básico (18 turmas), 245 no 2.º (11 turmas), 355 no 3.º (16 turmas) e 479 no ensino secundário regular (17 turmas). A oferta educativa do Agrupamento contempla, também, 71 alunos em cursos de educação e formação (três turmas) e 420 em cursos profissionais (18 turmas), o que perfaz um total de 1982 alunos. Relativamente à Ação Social Escolar, constata-se que 71% não beneficiam de auxílios económicos. Possuem computador e ligação à internet 68% dos alunos do ensino básico e 92% dos do secundário. O Agrupamento é frequentado por 11,4% de alunos de outras nacionalidades, predominando os oriundos de países como Cabo Verde e Angola.

No que respeita às habilitações académicas dos pais e encarregados de educação dos alunos do ensino básico, verifica-se que 7,0% têm formação de nível superior e 28,0% de secundário e superior. Quanto aos dos alunos do ensino secundário, os dados revelam que 5,0% possuem habilitações de nível superior e 23,0% de secundário e superior. No que concerne à sua ocupação profissional, 11,4% dos pais e encarregados de educação dos alunos do ensino básico exercem atividades de nível superior e intermédio, percentagem que sobe para 16,5% relativamente aos dos do ensino secundário.

Desempenham funções no Agrupamento 169 docentes dos quais 91,0% pertencem aos quadros e 92,3% lecionam há 10 ou mais anos. O pessoal não docente totaliza 73 trabalhadores, entre os quais uma psicóloga, e 89,0% têm 10 ou mais anos de serviço.

Nos anos letivos de 2010-2011 e 2011-2012, para os quais há referentes calculados, os valores globais das variáveis de contexto do Agrupamento, disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, comparados com os de outros agrupamentos com características semelhantes, situam-se globalmente aquém da mediana no que diz respeito à percentagem de docentes dos quadros e à média do número de anos de habilitações das mães e dos pais. Estes indicadores apontam, por isso, para a existência de variáveis de contexto desfavoráveis, considerando cada um dos grupos de referência (cluster) em que o Agrupamento se integra.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS RESULTADOS ACADÉMICOS

O sucesso escolar representa uma das áreas de intervenção do projeto educativo e consubstancia um dos objetivos estratégicos daquele documento: “aumentar o sucesso escolar, garantindo a qualidade das aprendizagens”, evidência de que esta matéria se encontra no topo da agenda do Agrupamento. Neste sentido, têm sido implementadas diversas medidas com vista à melhoria dos resultados académicos,

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nomeadamente as salas de estudo, as oficinas, o apoio à recuperação de módulos, no caso dos cursos profissionais, entre outras.

Os resultados, quando comparados com os dos agrupamentos com valores semelhantes nas variáveis de contexto, situam-se, no ano letivo de 2010-2011, acima dos valores esperados na taxa de conclusão e na média do exame de história do 12.º ano de escolaridade e, em linha, nas taxas de conclusão e de sucesso das provas de avaliação externa do 4.º ano. Posicionam-se, contudo, aquém dos valores esperados em todos os restantes indicadores objeto de análise: taxas de conclusão e percentagem de positivas nas provas de avaliação externa dos 6.º e 9.º anos e médias obtidas nos exames nacionais de português e matemática do 12.º ano.

No ano letivo de 2011-2012, por sua vez, a taxa de conclusão do 12.º ano é o único indicador situado acima do valor esperado. Na verdade, a do 4.º ano e a média do exame de história do 12.º ano posicionam-se em linha e as taxas de conclusão dos 6.º e 9.º anos, a percentagem de positivas nas provas de avaliação externa de português e matemática dos 4.º, 6.º e 9.º anos, bem como a média dos exames daquelas disciplinas do 12.º ano, situam-se aquém dos valores esperados.

Estes dados demonstram que os resultados se situam, globalmente, aquém dos valores esperados e que o trabalho desenvolvido, neste âmbito, não tem sido muito eficaz. A melhoria das aprendizagens e dos resultados académicos dos alunos constitui-se, portanto, como o grande desafio para o Agrupamento, nos próximos tempos.

No que diz respeito aos cursos profissionais, oferta que ocupa um lugar relevante ao nível do ensino secundário, os resultados revelam, em vários casos, índices elevados de insucesso, matéria que se assume igualmente como prioritária ao nível das ações de melhoria a desenvolver. Em relação aos cursos de educação e formação, o sucesso alcançado é relativamente baixo na maioria dos cursos concluídos no triénio.

Em matéria de abandono escolar/desistência, o Agrupamento tem alcançado bons resultados no ensino regular, não se registando qualquer caso no ensino básico e atingindo-se 1% no ensino secundário, no ano letivo anterior. Nos cursos de educação e formação e nos profissionais há, contudo, uma expressão mais significativa do abandono/desistência.

RESULTADOS SOCIAIS

A formação integral do aluno, domínio estruturante da ação educativa, é trabalhada transversalmente, com particular relevância nas áreas da cidadania e da saúde, desporto, cultura e arte, apresentadas como prioritárias no projeto educativo. O desenvolvimento da responsabilidade cívica e do espírito solidário está bem vincado em iniciativas que implicam os alunos na dinamização de ações de apoio social a famílias carenciadas, como a angariação de alimentos, de roupas e de brinquedos, as campanhas de recolha de tampinhas e de papel ou mesmo no volume crescente de troca de livros escolares que se tem registado nos últimos anos.

Neste contexto, é de mencionar o projeto Escola Solidária que integra iniciativas como Lojinha de Trocas, atividade desenvolvida pelos assistentes operacionais, e Mão Amiga. De realçar, também, no âmbito do voluntariado e do desenvolvimento e cooperação com outros países, a realização de exposições e de palestras que divulgam o trabalho de organizações não-governamentais como a OIKOS e a AMI.

Por outro lado, a educação para a saúde constitui uma forte aposta do Agrupamento no incentivo à aquisição de hábitos de vida saudável, suscitando o envolvimento e a responsabilização dos alunos por diversas atividades, nomeadamente no âmbito da temática do VIH/SIDA, através da realização de uma exposição bastante apelativa, com impacto significativo na comunidade. Neste sentido, é de destacar também a motivação para a prática desportiva, sobretudo no âmbito do Desporto Escolar e do projeto Sê Saudável.

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A disciplina é, igualmente, uma das áreas de intervenção contempladas no projeto educativo. Apesar do investimento realizado no desenvolvimento de competências pessoais e sociais dos alunos com a criação do GPForte – Gabinete de Acompanhamento Disciplinar, no âmbito da ação da Equipa Multidisciplinar, continuam a verificar-se situações que exigem a aplicação de medidas disciplinares corretivas ou sancionatórias, que assumem alguma expressão nos 2.º e 3.º ciclos. No geral, o ambiente é tranquilo nos vários estabelecimentos de ensino e os casos graves são pontuais.

A promoção da disciplina passa pela abordagem concertada entre as diferentes estruturas do Agrupamento e os pais e encarregados de educação, pela maior vigilância dos espaços escolares e pelo reforço dos mecanismos de autonomia e de autorregulação dos alunos, com a celebração de contratos comportamentais, em alguns casos. Merece especial referência o trabalho desenvolvido por psicólogas, junto de alunos/turmas com problemas comportamentais, no âmbito do Projeto +FORTE, resultante de uma parceria com a junta de freguesia local.

O não envolvimento dos alunos na programação das atividades constituía um dos pontos fracos identificados na anterior avaliação externa da Escola Secundária do Forte da Casa. Presentemente, ainda que os delegados de turma participem no desempenho de pequenas tarefas de apoio aos docentes, nem sempre são convocados para as reuniões de conselho de turma nem são promovidas assembleias por forma a cumprirem as suas funções de representação na discussão crítica de problemas e na apresentação de propostas. Também a participação no conselho geral ainda não assumiu um caráter relevante, dada a eleição recente da aluna, nem foram desencadeados mecanismos de envolvimento dos alunos do ensino secundário, neste contexto.

A agenda da associação de estudantes, limitada apenas a um ano de mandato, tem-se dedicado a iniciativas de índole recreativa, o que não deixa de ser importante, mas carece de maior intencionalidade quanto a uma implicação mais profunda em aspetos fundamentais da vida escolar. Estes factos demonstram, portanto, que aquele ponto fraco ainda não se encontra totalmente superado.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Os elementos da comunidade educativa mostram-se, de um modo geral, satisfeitos com o serviço prestado pelo Agrupamento conforme se infere da análise às respostas aos questionários de satisfação aplicados no decurso do presente processo de avaliação externa, corroborando os resultados da própria autoavaliação. De um modo geral, os alunos do 1.º ciclo apreciam particularmente as visitas de estudo realizadas e os do 2.º e 3.º e ensino secundário realçam os espaços desportivos e de recreio e o ensino proporcionado pelos professores. Os pais e encarregados de educação, por sua vez, destacam sobretudo a disponibilidade e o papel dos diretores de turma. Em relação aos trabalhadores, os docentes enaltecem a abertura da escola ao exterior e os não docentes a segurança.

A disponibilização de uma oferta educativa muito diversificada através da implementação de cursos de educação e formação, onde sobressai, ainda, uma rede alargada de cursos profissionais, em várias áreas (informática, multimédia, turismo, animação sociocultural, entre outras) e em sintonia com necessidades do tecido empresarial e dos interesses dos alunos e famílias, representa um dos aspetos mais emblemáticos da ação do Agrupamento, já identificado, na generalidade, na anterior avaliação externa da escola secundária como um dos pontos fortes. Esta oferta inclui ainda atividades de tempos livres, dinamizadas pela associação de pais e encarregados de educação, que respondem a necessidades das famílias.

A abertura do Agrupamento à comunidade, evidente em iniciativas como a Semana Cultural, constitui-se como uma estratégia de divulgação e de captação de novos alunos, ainda que, dado o decréscimo destes, nos últimos anos, se trate de uma área que deva ser alvo de particular atenção. Aquele evento destaca-se de modo positivo pela dinâmica de envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa e pela forma como dá a conhecer o trabalho dos alunos através da exposição das suas

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produções, da organização de conferências com personalidades de diversas áreas, entre outras atividades que ocorrem naquele período. De sublinhar, ainda, a cerimónia pública de entrega de menções de mérito e de diplomas relativos à inscrição no Quadro de Valor e Excelência que valoriza o sucesso dos alunos de forma transversal a todos os níveis de ensino.

Por outro lado, a participação regular em projetos concelhios lançados pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, como o Aprendizes do Fingir, na área do teatro, o Laboratório de Artistas, o Festival da Juventude e a Assembleia Municipal Jovem, divulga o trabalho realizado e contribui para o reconhecimento público da ação do Agrupamento, bem como para a sua afirmação enquanto polo cultural da região e para a boa imagem de que goza, no geral, na comunidade. As empresas com as quais estabelece parcerias, no âmbito da formação em contexto de trabalho dos cursos profissionais, reconhecem também a preparação técnica e científica dos alunos.

Em conclusão, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Resultados. 3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Um dos pontos fracos assinalados na anterior avaliação externa dizia respeito à falta de articulação com as escolas de proveniência dos alunos, dificultando a sequencialidade do seu percurso escolar. Atualmente, dado o processo de agregação, esbateram-se as barreiras entre o 3.º ciclo e o ensino secundário e o processo de transição dos alunos foi naturalmente facilitado. Além disso, promovem-se visitas dos alunos aos estabelecimentos de ensino que vão frequentar e realizam-se contactos entre docentes dos anos iniciais de ciclo com os do ano anterior, quando necessário.

Apesar do Agrupamento não oferecer a educação pré-escolar, as crianças que vão frequentar o 1.º ano de escolaridade visitam igualmente as instalações da escola do 1.º ciclo e os docentes titulares de turma têm acesso a informação sobre o seu percurso educativo. Nesta linha, são de referir igualmente as atividades dinamizadas pela psicóloga, em especial junto dos alunos dos 5.º, 9.º e 10.º anos que contribuem da mesma forma para uma melhor integração dos alunos, facilitadora da aprendizagem.

No que diz respeito à gestão curricular, numa perspetiva vertical, o Agrupamento tem dinamizado Reuniões Verticais, com a presença de docentes dos vários níveis de ensino. Porém, o trabalho realizado até ao momento ainda não se reveste da consistência necessária para que possa refletir-se numa melhoria clara das aprendizagens e dos resultados dos alunos. O mesmo se verifica na articulação entre as atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo e as correspondentes disciplinas do 5.º ano, sobretudo quando aquelas são desenvolvidas por técnicos externos.

Numa vertente horizontal, os professores têm promovido diversas atividades que resultam de uma articulação entre os saberes disciplinares. Foram várias as evidências recolhidas que confirmam esta situação e que se prendem, por exemplo, com o trabalho desenvolvido nas disciplinas de português e de física e química, no âmbito da elaboração de relatórios, e nas de matemática e de educação visual, relativamente ao estudo da geometria e das rosáceas. Apesar disso, o planeamento destas iniciativas não se encontra espelhado nos planos de turma. No que concerne aos cursos profissionais, é de sublinhar a articulação dos docentes, na gestão da estrutura modular, em especial na componente de formação técnica, para que se verifique efetivamente uma sequencialidade nas aprendizagens.

O planeamento elaborado pelos docentes contempla diversas atividades que contextualizam o currículo. São realizadas visitas de estudo à Companhia das Lezírias, no âmbito do estudo da geografia, ao Museu Municipal de Vila Franca de Xira e respetivo núcleo de Alverca, bem como ao do Neorrealismo. O

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Centro Interpretativo das Linhas Defensivas do Forte da Casa, localizado nas imediações, integra também as práticas desenvolvidas. A existência de um Clube do Património, que aborda temáticas como a Vila-Francada ou as invasões francesas no concelho de Vila Franca de Xira, entre outras, demonstra também o interesse pela divulgação da história e do património locais.

Os docentes que lecionam as mesmas disciplinas/anos planificam as atividades letivas em grupo. Há partilha de diversos materiais pedagógicos e de outros relativos à avaliação das aprendizagens, potenciadas pela utilização das tecnologias de informação e comunicação. De sublinhar que os professores dispõem de espaços para trabalho colaborativo, na escola-sede, e de um tempo disponível no horário para a realização de reuniões de grupo e/ou departamento.

PRÁTICAS DE ENSINO

As práticas desenvolvidas com os alunos com necessidades educativas especiais resultam de uma articulação eficaz entre docentes, famílias e técnicos envolvidos nos processos educativos, bem como do contributo de diversas instituições, onde se destacam, por exemplo, a Cercipóvoa, na cedência de recursos humanos nas áreas da terapia da fala, da fisioterapia e da psicologia, e de diversas empresas e estabelecimentos comerciais que acolhem os alunos com plano individual de transição, em contextos profissionalizantes, no sentido de favorecer a sua transição para a vida pós-escolar.

É disponibilizada uma unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita que responde às necessidades de um público específico. Os alunos que a frequentam beneficiam, também, da prática de natação e são integrados em atividades da turma/escola, mostrando que a inclusão é um valor defendido pelo Agrupamento. Neste âmbito, é de referir o desenvolvimento do projeto Ser = Sentir, Expressar e Respeitar com o objetivo de sensibilizar os alunos para a diferença.

As taxas de transição dos alunos com necessidades educativas especiais demonstram que se tem atingido, nos últimos anos, o sucesso pleno, em muitos anos de escolaridade, ultrapassando-se a meta definida no projeto educativo, ainda que esta seja relativamente baixa (acima de 80%). Estes dados provam, portanto, que as respostas educativas implementadas têm sido globalmente eficazes. O constrangimento identificado na anterior avaliação externa da escola secundária encontra-se sanado.

As visitas realizadas aos contextos educativos não evidenciaram claramente uma adequação das atividades às capacidades e aos ritmos de aprendizagem dos alunos. As entrevistas confirmaram, por sua vez, que os docentes, em vários casos, promovem a aprendizagem cooperativa entre pares e que os alunos com elevado potencial de aprendizagem são desafiados a concretizar outras tarefas quando terminam mais rapidamente a anterior. Estes aspetos evidenciam que a diferenciação pedagógica é um campo a consolidar e a generalizar.

Nas disciplinas da área das ciências, nos diferentes níveis de ensino, os docentes promovem, no geral, o trabalho experimental, ainda que, em algumas turmas, sobretudo no 1.º ciclo, a fase relativa ao registo de conclusões seja um aspeto a melhorar, o que poderá resultar da articulação com os professores daquela área dos 2.º e 3.º ciclos na definição de procedimentos que possam ter impacto na realização de aprendizagens de maior qualidade.

São utilizadas metodologias ativas na generalidade das disciplinas. Os alunos são envolvidos em atividades/tarefas de resolução de problemas, trabalhos de grupo e respetivas apresentações e oficinas. As tecnologias de informação e comunicação integram as práticas dos docentes, ainda que aquelas possam ser potenciadas, em várias turmas. Nos cursos profissionais, é de salientar a participação dos alunos em iniciativas que privilegiam a aquisição de saberes práticos e profissionais. Os da área de turismo, por exemplo, foram responsáveis pela receção de convidados, em determinados eventos, os de

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animação sociocultural dinamizaram atividades com crianças e idosos e os de gestão desportiva participaram na organização de várias competições.

O plano anual de atividades integra também um conjunto de ações como as visitas de estudo (Fundação Calouste Gulbenkian, Palácio de Queluz, centros de Ciência Viva, entre outras), as idas ao teatro (Frei Luís de Sousa, Auto da Barca do Inferno, por exemplo) e a realização de conferências e debates sobre múltiplas temáticas que proporcionam aprendizagens estimulantes. O mesmo se verifica com a adesão a projetos como o inGenious, que pretende uma maior ligação entre a escola e as empresas, e outros no âmbito do Comenius.

A dimensão artística ocupa um lugar relevante na oferta educativa do Agrupamento, nomeadamente pela existência do curso de Artes Visuais, no ensino secundário, de atividades de enriquecimento curricular na área da música, no 1.º ciclo, da Oficina de Escrita Criativa e pela participação nos projetos municipais já referidos. As bibliotecas desempenham um papel importante no apoio ao ensino e à aprendizagem e promovem iniciativas de dinamização da leitura e de desenvolvimento de competências digitais, entre outras, ainda que estes espaços, no geral, possam ser mais bem aproveitados em articulação com o trabalho desenvolvido nas diferentes disciplinas.

Não está instituída a supervisão da prática letiva de modo regular e intencional enquanto estratégia promotora do desenvolvimento profissional dos docentes, da melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos. Porém, tem havido intervenção, sempre que necessário, dos coordenadores de departamento curricular ou responsáveis por subestruturas no acompanhamento dos professores que revelem dificuldades de gestão em sala de aula.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

As aprendizagens realizadas pelos alunos são avaliadas através da implementação de diversos instrumentos e tarefas, como os testes/fichas de avaliação, os trabalhos de pesquisa, as apresentações orais, os relatórios, os portefólios, entre outros, evidência de que se respeita o princípio da triangulação.

A transparência do processo é igualmente valorizada. Os critérios de avaliação são divulgados junto dos alunos e dos respetivos pais e encarregados de educação e encontram-se disponíveis na página eletrónica do Agrupamento. Porém, a inexistência de uma matriz comum para a sua elaboração e a utilização de nomenclaturas diferentes demonstram, por um lado, alguma falta de articulação entre departamentos curriculares e disciplinas e dificultam, por outro, a apropriação da informação pelos destinatários. Além disso, na disciplina de matemática, por exemplo, no 2.º ciclo, os testes têm uma ponderação (excessiva) de 80%, na classificação final dos alunos, ao passo que este mesmo instrumento, no 3.º ciclo, tem um peso de 45%, aspeto que corrobora a falta de articulação referida.

Recolheram-se evidências que demonstram que os professores desenvolvem práticas de avaliação formativa que lhes permitem detetar áreas onde os alunos ainda manifestam dificuldades e ajustar o ensino, se for caso disso, no sentido daquelas serem superadas. Os docentes dão ainda informação de retorno aos alunos que os ajuda a melhorar os seus desempenhos. A realização de autoavaliação nos diferentes anos, disciplinas e módulos é uma prática positiva a sublinhar por permitir aos estudantes um papel ativo na regulação das suas aprendizagens.

O Agrupamento demonstra também alguma preocupação pelas questões relativas à validade e fiabilidade dos instrumentos de avaliação, em especial dos testes. Em várias disciplinas os docentes elaboram-nos conjuntamente e aplicam-nos às diferentes turmas, mas esta prática não se encontra generalizada. Há, contudo, matrizes comuns e regras para a definição da estrutura dos mesmos. Não se registam exemplos de correção partilhada, área que poderá ser claramente potenciada. Verifica-se, todavia, a adesão aos testes intermédios, medida que contribui, também, para garantir a equidade do processo avaliativo.

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O ensino e a aprendizagem são ainda monitorizados através da avaliação regular dos planos de atividades de acompanhamento pedagógico, no âmbito dos planos de turma. As reuniões de departamento curricular e/ou grupo/conselho de ano constituem-se como espaços onde os professores analisam o cumprimento das planificações e o desenvolvimento do currículo e refletem em torno dos resultados e das ações a implementar com vista à sua melhoria. A avaliação global da eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar, nomeadamente das oficinas, das salas de estudo, dos apoios, entre outras, representa também uma das áreas de melhoria a privilegiar.

O Agrupamento monitoriza o campo do abandono escolar/desistência. Globalmente, as medidas implementadas têm tido eficácia, no ensino regular, mas ainda não tiveram o mesmo nível de sucesso no âmbito dos cursos de educação e formação e profissionais. A este nível, a comunicação com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens poderá ser mais bem explorada.

Em síntese, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas, o que justifica a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo espelha uma visão para o Agrupamento, centrada no princípio da “diferenciação pela qualidade e pela capacidade de mobilização e de integração”. Aquele documento estruturante estabelece ainda a missão e os valores que norteiam a ação dos diferentes responsáveis, bem como os domínios e as respetivas áreas de intervenção no seguimento do diagnóstico efetuado, e focaliza-se na melhoria das aprendizagens e dos resultados académicos. Encerra também um plano estratégico que identifica os objetivos estratégicos e operacionais e as respetivas metas que, no geral, são claras e avaliáveis, favorecendo, por isso, o acompanhamento e a avaliação da implementação do projeto educativo, ainda que este processo possa ser aperfeiçoado e melhorado, pelo conselho geral, dentro do quadro de competências que lhe está atribuído.

O plano anual de atividades, por sua vez, encontra-se em sintonia com o projeto educativo, marca de um planeamento estratégico bem estruturado. Cada uma das ações que o integram surge devidamente enquadrada na respetiva área de intervenção e procura responder aos objetivos delineados naquele documento. A avaliação deste documento assume-se, contudo, como um aspeto a melhorar no sentido de se conhecer a eficácia das diferentes iniciativas (atividades, projetos, entre outros) na melhoria das aprendizagens e dos resultados.

O diretor preconiza e exerce uma liderança democrática, marcada pela disponibilidade, pela abertura, pela confiança e pela sensibilidade na análise das situações. A valorização das lideranças intermédias e a partilha de responsabilidades representam outras das marcas da atuação daquele responsável. Os coordenadores de departamento curricular e os de estabelecimento, por exemplo, integram uma comissão que participa em conjunto com o diretor na discussão de temas de interesse para o Agrupamento. Este perfil tem contribuído para a motivação e mobilização dos trabalhadores. A capacidade de gestão de conflitos, todavia, não reúne um consenso generalizado, em especial junto dos docentes.

As lideranças têm celebrado um conjunto de parcerias com diversas empresas e instituições da comunidade cujo trabalho daí resultante se tem refletido positivamente na prestação de um serviço educativo de maior qualidade. De entre elas, além das que já foram referidas, são de salientar as realizadas com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, em múltiplas áreas, com a União das

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Freguesias da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa e com diversas empresas, no âmbito da formação em contexto de trabalho dos cursos profissionais e dos de educação e formação. Merecem também referência, neste âmbito, o Instituto de Apoio à Comunidade e a Associação de Solidariedade Social de Apoio à Família, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) com as quais é estabelecida uma relação privilegiada.

A construção de uma identidade para o Agrupamento tem suscitado também a atenção das lideranças, área que tem evoluído gradualmente, ao longo dos anos, ainda que subsistam aspetos a melhorar, nomeadamente na harmonização de documentos utilizados nos vários estabelecimentos de ensino. Iniciativas como a Semana Cultural, por exemplo, têm contribuído para a afirmação da identidade e para a criação de um sentido de pertença por parte dos elementos da comunidade educativa.

GESTÃO

Na gestão dos recursos humanos, em especial no processo de distribuição de serviço, o diretor tem em conta as competências profissionais e o perfil dos trabalhadores, bem como as prioridades definidas no projeto educativo. Na atribuição do cargo de diretor de turma é privilegiada a continuidade de funções dentro de cada ciclo, reconhecendo-se também como prioritária a manutenção das equipas pedagógicas, em particular nos casos de turmas com problemas de comportamento. Relativamente ao pessoal não docente, atende-se também às aptidões individuais e, no caso dos assistentes operacionais, procede-se a uma gestão eficaz, pelas diferentes escolas, de acordo com as necessidades de cada uma.

A constituição de turmas obedece a critérios aprovados e fundamentados em princípios como a heterogeneidade. Os horários dos alunos são organizados de modo a favorecerem a melhoria dos resultados, especialmente nas disciplinas sujeitas a exames nacionais, e têm em conta a prevenção de situações de indisciplina. Todavia, recolheram-se evidências que apontam para a necessidade de uma gestão mais eficiente dos tempos da componente não letiva ou outros dos docentes de modo a rentabilizarem-se os recursos em ações/medidas que visem a melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos.

A direção tem valorizado significativamente a colaboração das associações de pais e encarregados de educação que se envolvem ativamente nas dinâmicas estabelecidas em cada escola. A unificação, em curso, das três associações existentes virá reforçar o sentido de agrupamento e desencadear uma participação ainda mais integrada destes elementos no processo educativo dos seus educandos e nas questões relativas ao funcionamento da organização escolar como um todo.

A gestão da informação e comunicação tem suscitado particular interesse pela direção, embora, de acordo com a autoavaliação, existam aspetos que careçam de aperfeiçoamento. A utilização dos recursos tecnológicos, como a página da internet, os blogues, a plataforma moodle, o correio eletrónico institucional e a newsletter, é potenciada uma vez que estes têm sido instrumentos interativos, facilitadores da comunicação, divulgação e informação atualizada sobre o que acontece no quotidiano escolar, mostrando as atividades em curso, os desafios lançados à comunidade educativa e as iniciativas em que o Agrupamento se encontra integrado. A criação de uma equipa de imagem e comunicação demonstra de facto a importância concedida a esta matéria.

O desenvolvimento profissional dos trabalhadores constitui um dos aspetos que exige uma maior atenção por parte dos responsáveis, designadamente a disponibilização de formação para o pessoal docente e não docente, em consonância com as prioridades do projeto educativo.

No que diz respeito à gestão dos espaços físicos, que na anterior avaliação externa foi relevada pela sua organização e conservação, mantêm-se as condições aprazíveis que propiciam um clima tranquilo e o estabelecimento de interações positivas, nas diferentes escolas.

Agrupamento de Escolas do Forte da Casa – VILA FRANCA DE XIRA

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AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

“A inexistência de práticas de autoavaliação e de monitorização que abranjam todas as áreas de funcionamento da Escola e que permitam o seu desenvolvimento sustentado” constituía um dos pontos fracos identificados na anterior avaliação externa da escola secundária. Apesar de se registar alguma evolução nas ações desenvolvidas desde então, a agregação daquele estabelecimento de ensino com o então designado Agrupamento de Escolas do Forte da Casa condicionou, também, a concretização de um trabalho mais profícuo.

O envolvimento da comunidade educativa em torno da autoavaliação é um dos aspetos mais positivos. Além da sua participação numa etapa de divulgação/sensibilização e no preenchimento de questionários de satisfação, a própria equipa responsável por aquele processo integra elementos representantes dos docentes, dos não docentes e dos pais e encarregados de educação.

O relatório de autoavaliação 2011-2013, produto do trabalho realizado nos últimos anos, constitui, no geral, um documento com informação pertinente acerca dos pontos fortes e das áreas de melhoria do Agrupamento. A sua elaboração resulta da aplicação do modelo CAF (Commom Assessment Framework) e da triangulação de dados obtidos através da aplicação de questionários, da análise documental e da recolha de indicadores (resultados académicos, abandono escolar e participação dos pais e encarregados de educação, por exemplo), entre outras fontes.

Apesar disso, as conclusões identificadas pela equipa, no final do relatório, acerca das áreas de melhoria consideradas prioritárias, não incidem, na generalidade, em aspetos que possam contribuir de forma decisiva para a melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos. Além disso, a informação que resulta da aplicação dos questionários diz respeito à satisfação das pessoas, não podendo daí extrair-se conclusões acerca da qualidade dos itens analisados. Estes aspetos, a par da inexistência de planos de melhoria, demonstram que o ponto fraco inicialmente apresentado ainda não se encontra totalmente superado.

Colocam-se, portanto, como desafios uma maior focalização da autoavaliação em áreas que tenham um impacto mais direto nas aprendizagens e nos resultados dos alunos, nomeadamente na monitorização e na avaliação da eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar implementadas. A estabilização da equipa e a própria redução dos elementos que a compõem, se se considerar que a atual composição dificulta a operacionalização do processo, e a implementação de planos de melhoria, devidamente monitorizados e avaliados, constituem-se igualmente como aspetos a aperfeiçoar para que a autoavaliação se repercuta positivamente nas aprendizagens e nos resultados dos alunos.

De sublinhar que as ambições do diretor, neste âmbito, apontam para um nível de autorregulação que importa efetivamente alcançar e manter de forma contínua e sistemática.

Em conclusão, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

A oferta educativa diversificada, onde sobressai uma rede alargada de cursos profissionais, em múltiplas áreas, de acordo com as necessidades dos alunos, das famílias e do tecido empresarial;

Agrupamento de Escolas do Forte da Casa – VILA FRANCA DE XIRA

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A abertura ao exterior através da dinamização e participação em atividades para e na comunidade, bem como do estabelecimento de diversas parcerias que se refletem positivamente na imagem e no serviço educativo prestado;

As respostas dadas aos alunos com necessidades educativas especiais, cujo impacto se observa no sucesso alcançado;

A conceção de um planeamento estratégico coerente e bem estruturado em função das necessidades do Agrupamento.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

Na definição de medidas de promoção do sucesso escolar, colaborativamente entre os professores, que conduzam a uma melhoria significativa das aprendizagens e dos resultados dos alunos e que passem, por exemplo, pela generalização de práticas de diferenciação pedagógica e por outras estratégias em função do diagnóstico efetuado;

No envolvimento mais profícuo dos alunos nas estruturas e órgãos onde se encontram representados de modo a participarem com qualidade nas discussões e na apresentação de propostas e a desenvolverem as suas competências sociais;

Na consolidação da gestão vertical do currículo, de forma a obterem-se melhores resultados académicos;

Na supervisão da prática letiva em sala de aula enquanto estratégia direcionada para a melhoria do ensino, da aprendizagem e dos resultados;

Na autoavaliação, com enfoque na prestação do serviço educativo, a fim de se repercutir positivamente nas aprendizagens e nos resultados dos alunos.

11-07-2014 A Equipa de Avaliação Externa: Antónia Barreto, Carla Grenho e Rui Castanheira

Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar, para homologação. A Subinspetora-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar