relatoria quarta oficina de revisÃo do projeto

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RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CAMPUS BAIXADA SANTISTA EIXO TRABALHO EM SAÚDE Apresentação da relatoria elaborada a partir do material de registro da terceira oficina de revisão do projeto pedagógico que discutiu a relação dos eixos específicos com o eixo comum Trabalho em Saúde no dia 22 de junho de 2015. Santos, junho 2015

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Page 1: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

CAMPUS BAIXADA SANTISTA

EIXO TRABALHO EM SAÚDE

Apresentação da relatoria elaborada a partir do material de registro da terceira oficina de revisão do

projeto pedagógico que discutiu a relação dos eixos específicos com o eixo comum Trabalho em

Saúde no dia 22 de junho de 2015.

Santos, junho 2015

Page 2: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

I – Material das tarefas prévias à oficina:

A tarefa prévia à oficina a ser realizada pelos Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) e

pelo próprio eixo comum foi a reflexão a partir da questão: Qual a importância do eixo Trabalho em

saúde na formação do egresso dos cursos de graduação?

E ainda suas considerações em relação a carga horária, conteúdo e método das unidades

curriculares do eixo trabalho em saúde.

Segue então a transcrição na íntegra do material enviado por cada grupo para atender a

estas tarefas.

1. Eixo TS

O Eixo Trabalho em Saúde realiza a construção de um trabalho comum entre profissões.

Trabalha com ênfase na aprendizagem a partir de situações vivenciadas no cotidiano das práticas,

com interação e exposição à situações complexas são pontos de partida para aprendizagem, e

enfoque na articulação teórico­prática.

Page 3: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

PERCURSO FORMATIVO:

MÓDULOS:

Page 4: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

a) 1o termo: “Saúde como processo: Contextos, concepções e práticas I”

Objetivo: Analisar e discutir o processo saúde e doença na perspectiva do sujeito em

território, e as implicações para a prática profissional em saúde.

Conteúdo: A cidade –território de vida; Desigualdades e iniquidades; Concepções de

saúde­doença; Determinação social da saúde.

Estratégias Pedagógicas: Exercícios de reflexão e discussão de textos; Aulas dialogadas;

Trabalho de campo: 1. os territórios da cidade, 2. entrevista com moradores; Produção de diários de

campo; http://mostrats2015.wix.com/imostraexperiencias.

Avaliação: Somativa, formativa e processual; Notas do grupo –50%

(Seminários/facilitadores: 2,0; Mostra: 3,0); Notas individuais –50% (Diário de campo 1: 2,5;

Diário de campo 2: 2,5).

b) 2o termo: “Saúde como processo: Contextos, concepções e práticas II”

Objetivo: Compreender a constituição histórica da política nacional de saúde, princípios,

diretrizes e bases legais e a organização dos serviços, bem como identificar as contribuições da

epidemiologia na gestão em saúde.

Conteúdo: Política de Seguridade Social; Política Pública de Saúde no Brasil­ histórico;

SUS –reforma sanitária, princípios, diretrizes; Epidemiologia: Indicadores de condições de vida e

saúde; Transição demográfica, epidemiológica e nutricional.

Estratégias pedagógicas: Aulas dialogadas; Desenvolvimento de roteiros de campo;

Trabalhos de campo; Produção de Diários de Campo.

Avaliação: Notas do Grupo­ 15% (Linha do tempo: 1,0; Indicadores: 0,5); Notas

individuais –85% (Entrevistas: 1,0; Diário de Campo: 2,0; Boletim Epidemiológico: 2,0; Prova

Escrita: 3,0; Participação: 0,5).

c) 3o termo: “Clínica Integrada: Necessidades e demandas em saúde”

Objetivo: Contribuir para a construção de uma prática clínica comum aos diversos

profissionais de saúde que considere a realidade vivida pelas pessoas e as diversas dimensões

envolvidas no processo saúde/doença/cuidado profissional.

Conteúdos: Narrativas como dispositivo de intervenção; Desenvolvimento de vínculo e

escuta; Demandas e necessidades de saúde.

Estratégias pedagógicas: Construção de diários de campo; Produção de narrativas;

Supervisão; Trabalhos de campo (6).

Avaliação: Notas da dupla –50% (Narrativa: 5,0); Notas individuais –50% (Relatório

reflexivo: 3,0; Diários de Campo: 1,0; Participação nas atividades e supervisões: 1,0).

Page 5: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

d) 4o termo: “Clínica Integrada: atuação em grupos populacionais”

Objetivo: Possibilitar experiências de trabalho em grupos de estudantes com grupos

populacionais e exercitar a capacidade para planejar e programar intervenções em coletivos.

Conteúdos: Atuação “em grupos”e “com grupos”; Dimensão educativa; Promoção da

Saúde e prevenção de doenças.

Estratégias pedagógicas: Organização de Planos de Ação; Elaboração de Diários do

Grupo; Supervisão; Trabalhos de campo: intervenção em grupos populacionais (6).

Avaliação: Notas do grupo –80% (Plano inicial e análise crítica final de trabalho: 4,0;

Elaboração do pôster e apresentação oral: 2,0); Notas individuais –20% (Participação nas atividades

de aula e campo, incluindo seminários: 2,0).

e) 5o e 6o termos: “Clínica integrada: produção de cuidado”

Objetivo: Formação de uma clínica comum aos vários campos profissionais, avançando na

produção e gestão do cuidado individual e coletivo em saúde.

Conteúdos: Projeto terapêutico singular; Raciocínio e abordagem clínica; Organização das

redes formais de serviços: Gestão das linhas de cuidado; Matriciamento; Integralidade do cuidado,

promoção da autonomia e dos direitos dos usuários; Território: Condições de vida e redes informais.

Estratégias pedagógicas: Acompanhamento de casos ou grupo; Sistematização das

informações –elaboração de diários e relatórios; Estudos de casos e pesquisas; Apresentação e

discussões de casos em equipe (estudantes e profissionais dos serviços); Trabalhos de campo (14).

Avaliação: Avaliação contínua e formativa. Notas do grupo (Entrega de projeto inicial;

Projeto terapêutico singular final); Notas individuais (Frequência; Participação nas discussões).

PARTICIPAÇÃO DOCENTE NO EIXO:

Page 6: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

MONITORIA:

Page 7: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES EIXO TRABALHO EM SAÚDE:

a) 1o termo: Novo nome do módulo para “Condições de vida e a produção social de

saúde”

Realizar apenas um campo e compartilhar o material/produto do campo com o Eixo

Inserção Social

Carga horária: de 80hs para 60hs

b) 2o termo: Novo nome do módulo para “Políticas Públicas: os sistemas únicos de

saúde e de assistência social no Brasil”

Seguridade Social SUS/SUAS; Previdência/direitos –INSS; Desafios do século XXI:

transições demográfica, epidemiológica e nutricional; Compartilhar organização com o SS ­

Proteção Social ­ SUS/ SUAS; (participação conjunta de professores do SS em aulas (1 ou 2);

Realizar 2 campos.

Carga horária: de 80hs para 60hs

c) 2o termo NOVO MÓDULO ELETIVO: “O processo saúde­doença nos coletivos

populacionais”

Raciocínio epidemiológico, análise de indicadores de saúde e de condições de vida,

análises espaciais em saúde, sistemas de informação em saúde).

Carga horária: 40 horas; A ser construído e implementado com docentes dos Eixos

Específicos;

Sugestão: para o Eixo IS inverter o 2º pelo 3º termo para dialogar diretamente com os

módulos da TS (2º termo: Capitalismo/desigualdade/direitos; 3º termo: Ideologia/Subjetividade).

d) 3o termo: Novo nome do módulo para “O Sujeito social: construção de narrativas”

Carga horária: de 80hs para 68hs

e) 4o termo: Novo nome do módulo para “Prática integrada ­ atuação em coletivos”

Objetivo: Proposta de articular com ações intersetoriais no território para discutir com os

serviços (saúde, assistência, educação e cultura); Enfoque na promoção de saúde.

Conteúdo: Promoção em saúde; trabalho em equipe, intersetorialidade e construção de

redes; Trabalhar a grupalidade entre alunos.

Carga horária: de 80hs para 68hs

Page 8: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

f) 3o e 4o termos em Módulos concomitantes:

– 2 a 3 docentes de cada Eixo Específico dependendo do número de alunos matriculados

que pode variar de 240 a 280 + 9 docentes SC;

– 6/7 docentes dos Eixos Específicos: Módulo de narrativas ( 1 SS V e 1 SS N) + 4/5 SC;

6/7 docentes dos Eixos Específicos: Módulo atuação em coletivos (1 SS V e 1 SS N) + 4/5 SC;

– Fixar campos no módulo: atuação em coletivos;

– Transporte: pode dobrar em número no semestre (6 a 7 para 12/14);

– Maior rigidez no cronograma para utilização das salas

– Apresentação final das narrativas e ação em coletivos, poderá ser compartilhada

– Campos: maior articulação com estágios, extensão,

– Parcerias institucionais com as Secretarias da Saúde, Educação e Assistência Social

g) 7o termo NOVO MÓDULO: “Agir em Rede: produção de integralidade”

Compartilhar horas (?) dos últimos anos e realizar um Grupo de Trabalho com as áreas

específicas para pensar em uma proposta integrada.

Ementa: Parte­se da recuperação e articulação dos conteúdos dos módulos precedentes que

podem embasar o desenvolvimento das estratégias de ensino no 7º termo, com destaque para os

módulos do eixo TS, IS e os dos Eixos Específicos relacionados à situação dos sujeitos territórios e

no mundo do trabalho, às políticas públicas voltadas para o enfrentamento das desigualdades sociais

seus efeitos nas condições de vida e trabalho, discutindo as mediações entre os fenômenos que se

passam no nível dos sujeitos e as questões socioeconômicas no nível macro, ou seja, abrangendo as

várias dimensões do que poderia vir a ser um sistema de bem estar social.

Objetivos: propiciar a formulação e execução de ações construídas entre as profissões, em

um determinado território, visando a integralidade da atenção, tendo como base a afirmação de

direitos sociais, notadamente à educação, À saúde, à habitação, a condições adequadas de trabalho,

à segurança alimentar, à cultura, ao lazer, ao meio ambiente saudável.

2. Educação Física

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) em reunião realizada em 01/06/2015, que contou

com membros da Comissão de Curso, cumpriu com sua tarefa em refletir sobre duas questões afetas

ao Eixo comum “Trabalho em Saúde” (Eixo TS).

a) Qual a importância do eixo O ser humano em sua inserção social na formação do

egresso dos cursos de graduação?

Page 9: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

O percurso proposto pelo TS é imprescindível para a formação acadêmica dos alunos do

curso de Educação Física, uma vez que os módulos abordam os conhecimentos relacionados à saúde

coletiva, epidemiologia, promoção da saúde, educação em saúde e clínica comum, caros à formação

do horizonte do Sistema Único de Saúde (SUS), que é o foco da formação interdisciplinar e

interprofissional da instituição.

Ou seja, não há dúvida, para o NDE do curso de Educação Física, que o TS contribui para a

formação do egresso.

b) Reflexão quanto a conteúdo, carga horária e método das unidades curriculares do

referido Eixo:

No que se refere à dimensão do conteúdo e carga horária, o curso considerou os seguintes

fatores:

1. Relação conteúdo x carga horária do 1º ano (1º e 2º termos);

2. Problemas de ordem operacional e pedagógica nos módulos do 2º ano (3º e 4º termo);

3. Potencial de ações e atividades no módulo do 3º ano (5º/6º termo).

Em relação ao ponto 1, acredita­se que os conhecimentos abordados (sujeito, território,

concepções de saúde e atenção, desigualdades e iniquidades em saúde, políticas públicas, reforma

sanitária, SUS, raciocínio epidemiológico e transição demográfica) nos módulos 1º e 2º termos

(Saúde como processo: contexto, concepções e práticas I e II) podem ser trabalhados com uma carga

horária menor que a atual (160h). Entretanto, não se sugere o corte de algum conhecimento, mas a

redução de sua abordagem.

Em relação ao ponto 2, acredita­se que o módulo do 3º termo (Prática clínica integrada:

análise de demandas e necessidades em saúde) possui um conhecimento extremamente pertinente,

porém, por vezes, trabalhado de forma não coerente com o plano de ensino. O mesmo, que aponta

para um conteúdo programático que abarca a Clínica comum, o papel dos agentes comunitários, os

determinantes da saúde e as narrativas, possui grande ênfase nesta última. Isso se torna um

problema à medida que, frequentemente, as narrativas são desenvolvidas com o foco no próprio

processo de sua produção (do texto, da história de vida das pessoas) sem a devida reflexão para os

outros tópicos listados no plano de ensino. Nesse sentido, sugere­se a centralidade nas demandas e

necessidades em saúde e a utilização das narrativas como o instrumento favorecedor de um olhar

mais humanizado e contextualizado do processo saúde­doença que emerge no contato com o outro.

Outra consideração é sobre a continuidade deste módulo, principalmente, no terreno das ações.

Nesse quesito sugere­se que este módulo, ou parte de outro, consiga desenvolver uma parte aplicada

às demandas e necessidades em saúde dos munícipes que tiveram suas histórias narradas, embora se

saiba da potência terapêutica das narrativas. No que se refere ao 4º termo (Clínica integrada: atuação

em grupos populacionais) avaliou­se que a diversidade de proposições e atividades desenvolvidas

Page 10: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

pelos diferentes professores não tem garantido uma experiência comum para todos os alunos de

todos os cursos, principalmente relacionada ao trabalho com grupos na perspectiva de uma

educação emancipatória em saúde. Assim, sugere­se que este módulo possa incorporar parte das

demandas do 3º termo, relatadas acima, ou passe a responder pelas demandas do módulo do 3º ano

(Clínica integrada: produção de cuidado).

Nesse interim, o módulo do 3º ano, poderia abarcar tanto as demandas de projetos

terapêuticos singulares quanto de coletivos, como já descrito no plano de ensino. Assim, seria

possível corrigir o hiato existente no 4º termo.

Em relação à demanda histórica do curso de Educação Física pela continuidade das ações

do eixo TS no 4º ano, avaliou­se que a melhor proposta seria a de oferta de módulos eletivos

interdisciplinares pelo eixo TS, haja vista que os estágios e/ou práticas supervisionadas, já aventadas

em ocasiões anteriores, possuem tantas nuances específicas e legais que, nesse momento, parecem

ser inviáveis.

Nesse sentido, em termos de carga horária, propõe­se o seguinte:

1º ano – Saúde como processo: contexto, concepções e práticas I e II”: cursados em 120h

ao invés de 160h. Fica a critério do eixo TS a melhor divisão (40h e 80h, respectivamente, ou, o

contrário);

2º ano – “Prática clínica integrada: análise de demandas e necessidades em saúde” e

“Clínica integrada: atuação em grupos populacionais”: cursados em 120h ao invés de 160h,

guardadas as devidas reflexões descritas acima;

3º ano – “Clínica integrada: produção de cuidado”: manter as atuais 80h.

4º ano – Oferta de módulos eletivos interdisciplinares de 40h.

De acordo com essa proposta, o eixo TS passaria a ter 320h em módulos obrigatórios ao

invés das atuais 400h (20% de redução), o que estaria coerente com 2 dos 3 princípios que regem a

reformulação do Projeto Pedagógico do curso de Educação Física, a saber: redução de carga horária

e flexibilização curricular.

No que se refere às estratégias metodológicas para o desenvolvimento dos módulos, o

curso fez reflexões em 2 direções: operacional e avaliativa. No que se refere ao aspecto operacional,

avaliou­se que o atual número de professores colaboradores do eixo específico que atuam no eixo

TS precisa ser redimensionado.

Sabe­se que este número não tem sido equânime e muito menos consensual. Nesse sentido,

sugere­se que os módulos do 2º e 3º ano possam ter, no máximo, 2 docentes de cada eixo específico

por módulo. Para os módulos do 1º ano sugere­se que estes continuem sendo ministrados apenas

pelos docentes do eixo TS.

Page 11: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Em relação à dimensão avaliativa, notou­se, pelo relato dos professores do eixo TS

presentes na reunião deste NDE, que a proporção da nota individual e coletiva é, respectivamente,

40% e 60%. Embora haja a compreensão de que os instrumentos avaliativos são coerentes com os

objetivos do eixo TS como um todo, sugere­se que a proporção em termos de nota seja invertida

(60% para nota individual e 40% para nota coletiva) ou ao menos equânime, haja vista a

necessidade de o aluno ser autônomo frente as demandas da formação e respectiva atuação e da

média atual ser de 6,0.

Faz­se necessário ressaltar que se sabe da dificuldade das reformulações de projetos

pedagógicos e, mais ainda, de projetos pedagógicos comuns, como é o desse campus. Entretanto, o

mesmo exercício que ora é feito por meio desse documento, propondo outras formatações para o

eixo TS, também tem sido feito no eixo específico de Educação Física, o qual tem apontado para um

caminho mais interessante na formação, no mínimo, mais arejada. Para o NDE do curso de

Educação Física, uma condição de Semana Padrão ideal seria o aluno cursar entre 480 e 520h de

carga horária no semestre, ilustrado abaixo:

Nessa configuração (480h) e/ou em suas possíveis variações, entendemos que o aluno,

além da possibilidade de ter uma área livre, estaria inserido num contexto de no, máximo, 6h diárias

em sala de aula, o que pode representar um ganho em termos de qualidade nos estudos e

engajamento nos programas institucionais da graduação.

Por fim, há o entendimento de que essa proposta avança, em termos de projeto comum, em

comparação com a apresentada em maio de 2014, por meio do Memorando 01/2014­NDE­

EDUCAÇÃO FÍSICA.

Nesse sentido, reitero que o canal de diálogo continua aberto, estando disponível para

maiores esclarecimentos.

3. Fisioterapia

A partir dos questionamentos sugeridos para análise dos eixos comuns no processo de

Page 12: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

revisão do projeto pedagógico do Campus Baixada Santista, o curso de fisioterapia por meio de seu

Núcleo Docente Estruturante aponta as reflexões a seguir.

I – Qual a importância do Eixo Trabalho em Saúde na formação do egresso dos cursos de

graduação?

A partir da análise das diretrizes curriculares nacionais e para cursos de fisioterapia e dos

pressupostos de formação do Projeto Político Pedagógico do Campus Baixada Santista, o NDE

aponta que o referido eixo tem extrema importância na formação do fisioterapeuta e seu trabalho

reforça a formação de um profissional preparado para atuar em equipe interprofissional com ênfase

na integralidade ao cuidado ao indivíduo e/ou sua família.

II – Reflexão quanto a conteúdo, carga horária e método das unidades curriculares do

referido Eixo.

Na análise dos planos de ensino de todos os módulos do eixo o NDE apontou os seguintes

aspectos para serem discutidos na oficina:

– 1o e 2o termos: não há apontamentos do NDE quanto à carga horária, porém analisando­se

os conteúdos trabalhados nos dois módulos sugerimos que as temáticas “O direito à saúde e o papel

do Estado”, “História da política de saúde no Brasil”, “Organização sanitária do Brasil”,

“Reforma sanitária brasileira”, “A criação e implementação do Sistema Único de Saúde”, possam

ser antecipadas para o 1o termo a fim de contextualizar melhor a importância do conhecimento do

território.

– 3o termo: não há apontamentos do NDE quanto à carga horária, porém sugere­se que as

aulas teóricas iniciais possam ser realizadas em turmas maiores com até 4 subgrupos docente/aluno

na mesma sala para tornar as discussões mais homogêneas em relação aos temas trabalhados no

módulo. No momento da atividade de campo cada subgrupo de alunos vai com seu docente para a

atividade e nos dias de supervisão o período poderia ser dividido em 2 horários com 2 subgrupos em

cada horário de forma que já possam compartilhar as experiências ao longo do módulo e não apenas

no final.

– 4o termo: este módulo não tem funcionado a contento, a própria ementa do módulo no

plano de ensino se mostra frágil. Não se mostra como continuidade do 3o termo e as atividades

práticas se tornam repetitivas em relação ao 5o/6o termo. O NDE sugere a extinção deste módulo e

incorporação dos temas “Atividades grupais”, “Dimensão Educativa/Pedagógica das práticas em

saúde” e “Organização e Planejamento das práticas em saúde” no 5o/6o termo visto que a prática

de atuação em grupos populacionais já é desenvolvida no 3o ano e pode ser ampliada com essa

reestruturação. Com esta extinção sugere­se ainda que o módulo do 3o termo possa ser ofertado

também no 4o termo (ambos com meia turma em cada semestre com o já ocorre no 3o ano) para

Page 13: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

poder proporcionar uma continuidade mais significativa das narrativas.

– 5o/6o termo: o NDE não fez apontamentos para esses módulos além dos que já foram

mencionados no item anterior em relação ao módulo do 4o termo.

Ainda, após todas as análises realizadas pelo NDE do curso de fisioterapia persistiram

algumas dúvidas e apontamentos gerais:

Qual a totalidade de docentes do eixo (núcleo duro)?

Em quantos módulos cada docente do eixo atua?

Em relação à Mostra realizada no 1o ano não há clareza no plano de ensino e fica a

impressão de ser muito complexa para o aluno realizar a partir dos temas trabalhados

no módulo.

É necessário assegurar mais claramente que as discussões realizadas pelo eixo

priorizem o que realmente é comum sem deixar que adquiriam a tendência de textos

mais direcionados a áreas específicas.

Maior garantia de significado das visitas para todos os alunos e sujeitos visitados de

forma que isso não na dependência do perfil e/ou direcionamento de cada docente

responsável por um subgrupo de alunos.

Garantia de negociação institucional que permita que as atividades de campo possam

ser realizadas em locais que realmente trarão significado e resultado às pessoas que

serão acompanhadas pelos alunos.

Quando a demanda para as narrativas vem de um serviço vinculado à Secretaria de

Saúde ou de Assistência social encontra­se mais significado para a atividade

realizada.

Os módulos do 5o e 6o termos deveriam ter os anteriores como pré­requisitos.

4. Nutrição

Tendo como referencia o perfil do egresso do curso de Nutrição, qual o papel o lugar que o

Eixo Trabalho em Saúde (TS) ocupa na trajetória do estudante?.

Sobre este ponto, o NDE do Curso de Nutrição faz as seguintes considerações gerais:

­ O Projeto Pedagógico do Campus apresenta uma concepção consistente e é uma proposta

inovadora para formação em saúde; neste sentido, percebemos a oportunidade de promover ensino,

extensão e pesquisa em um modelo que converge com as propostas mais inovadoras sobre formação

superior na área;

– O ponto de partida para subsidiar a reflexão sobre o papel do Eixo TS é o PP do

Campus, no sentido de resgatar as ideias originais que sustentam o modelo proposto para a

Page 14: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

organização das matrizes;

– Ao valorizar o projeto original, o NDE Nutrição entende que a sua implantação não tem

sido acompanhada das condições para o alcance de seus objetivos. São indicadores objetivos desta

situação o fato de não ter sido estruturada formalmente um acompanhamento pedagógico do

processo desde 2006; isto delegou aos Cursos e sem alinhamento, a organização de seus Projetos

Pedagógicos; o ingresso de docentes­chave para a condução do PP desenhou um movimento de

aproximação que não se discutiu entre os Eixos. Isso vem gerando inúmeras questões como a falta

de isonomia na carga horária docente dedicada à graduação; falta de dialógo dos Eixos Comuns com

os Cursos de Graduação e como conseqüência, conhecimentos necessários para a formação dos

estudantes, que deveriam ser abordadas pelos eixos comuns, passam a ser incorporadas pelos eixos

específicos;

– As limitações estruturais para a gestão acadêmica da implantação do PP igualmente se

refletiu na fragilidade de instrumentos de acompanhamento e avaliação; os poucos dados

disponíveis estão restritos à percepção dos estudantes sobre os módulos, em coletas não sistemáticas

e com; o NDE­Nutrição entende ainda que outros indicadores são relevantes para a avaliação do PP

do Campus, tais como a produção docente e demais condições para o desenvolvimento do tripé

ensino­pesquisa­extensão, de forma a reunir dados para avaliar a viabilidade desse modelo nas

condições que temos;

Com estas considerações, o NDE­Nutrição conclui que este estado de coisas se agrava pelo

seguinte aspecto: uma percepção, por parte dos Eixos Comuns, incluindo o Eixo TS, que parece

valorizar a formação de um bacharel em saúde e que contraria a concepção do Eixo Específico que

entende a participação dos Eixos Comuns como parte do mesmo projeto de formação – talvez uma

confusão entre autonomia e independência dos Eixos Comuns no que se refere à sua articulação

com o PP do Curso.

CONSIDERAÇÕE SOBRE EIXO TS:

O programa desenvolvido no eixo TS é fundamental aos cursos da área da saúde no

campus, por ter como objetivo desenvolver a integralidade no cuidado, a capacidade de escuta e o

trabalho em equipe interprofissional. No entanto, faz­se necessário tecer alguns comentários quanto

ao formato (logística do eixo, assim como de lacunas de conteúdo que foram identificadas.

Os pontos levantados para discussão foram identificados nos registros das oficinas de

planejamento realizadas pelo Curso de Nutrição em agosto(2011, fevereiro(2012, maio(2013,

setembro(2013, janeiro(2014, Agosto de 2014 e em reuniões da Comissão de Curso.

Page 15: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

a) Formato/logística:

O eixo TS Demanda elevada carga horária dos docentes envolvidos tanto do eixo comum

como do específico. É fundamental adequar o Eixo TS a estrutura e número de docentes atuais no

Campus, uma vez que não há expansão no quadro de vagas no cenário de curto e médio prazo.

Assim, para cumprir o programa desenvolvido pelo corpo docente do TS é necessária uma grande

demanda de tempo dos docentes e redução da sua participação no Eixo Específico, e isso não se

sustenta. Um exemplo ­ o tempo dedicado aos módulos do 2º ano do TS vai muito além das 80

horas devido à necessidade de vários encontros nos locais para um trabalho de construção que

inclui: sensibilização da equipe de saúde, escolha dos casos e visita aos casos para apresentação da

proposta do módulo, fechamento com a equipe (nem sempre possível quando da conclusão do

módulo).

O agravante é que o programa não foi plenamente pactuado com a totalidade dos docentes

que se pretende envolver (as reuniões nunca foram efetivas para cumprir esse objetivo). É

necessária uma avaliação profunda para sustentar que esse é o modelo necessário para desenvolver

os princípios da integralidade no cuidado, a capacidade de escuta e o trabalho em equipe

interprofissional e não que não seria possível fazer a mesma coisa com um programa com carga

horária menor. É preciso rever de pontos do programa.

Há necessidade de melhor gestão do eixo de forma que consiga alocar os docentes em

unidades/territórios onde já desenvolvam atividades do específico ou que reflitam suas práticas no

Campus, por exemplo, extensão, residência, estágio, PET. Isto significa melhorar a gestão dos

arranjos internos, protagonizando a interlocução com os docentes dos módulos e também

interlocução com os serviços e SMS.

Nos territórios que recebem algumas ações há demanda por articular e unificar: estrutura,

sensibilização da equipe e a articulação dos cenários de prática.

Também há necessidade de escuta às demandas do eixo específico, apresentando propostas,

ajustes ou impossibilidades de forma clara e objetiva. Isto também significa manter o eixo

específico informado das modificações que são feitas nos seus módulos a partir dos planejamentos

anuais.

b) Conteúdos/lacunas/demandas:

– 1º e 2º TERMOS:

Identificação de necessidade de maior abordagem sobre as políticas públicas ­

PNAB, vigilância epidemiológica e sanitária, hepatites, TB, hanseníase, assim como

ações para média e alta complexidade.

O eixo TS no primeiro ano poderia se voltar mais a conteúdos básicos/clássicos da

Page 16: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

formação em saúde pública, principalmente se considerarmos que no segundo ano eles

discutirão narrativas e grupos e terão conteúdos o ano inteiro para discussão de sujeitos,

humanização etc.

Necessidade de aprofundamento dos indicadores de saúde, como dados de estatística

vital e do sistema nacional de informações utilizados pela Saúde Coletiva.

Aprofundar a discussões sobre transição demográfica, epidemiológica e nutricional.

Estudantes chegam à TS no quinto e no sexto termos, assim como aos estágios, sem

conseguir identificar/situar o seu local de atuação no conjunto da Rede Municipal de

Saúde.

­ 4º TERMO:

É difícil trabalhar educação em saúde, como processo contínuo, em 4 ou 5 encontros.

Além disso, como o módulo só ocorre semestralmente, também não há continuidade ao

longo do ano. Essa descontinuidade é fruto de insatisfação e prejudica o vínculo com os

serviços.

Na oferta do módulo, é difícil dar conta de trabalhar conceitos específicos. Por

exemplo, se vamos trabalhar com crianças na escola – além das leituras gerais que o

módulo sugere, necessitaríamos resgatar as políticas de promoção de saúde nesses

espaços e não dá tempo, o aluno quase sempre chega despreparado.

Conteúdos de promoção de saúde, com a abordagem em práticas educativas, que

constituem a base do que é esperado para a área de Educação Alimentar e Nutricional

(EAN), deveriam ser ministrados no 4º termo do TS, segundo o PPC. Dentre eles, a

elaboração do plano de ação, a estruturação das atividades educativas. Os alunos

chegam ao estágio sem saber planejar essas atividades. Um levantamento realizado com

docentes da Nutrição e TAEs sobre a formação em EAN dos alunos traz os seguintes

pontos: A maioria dos estagiários demonstra criatividade na idealização das ações

educativas, especialmente em relação às temáticas, estratégias e dinâmicas. Também

demonstram habilidades para o trabalho interdisciplinar e integrado. Embora tenham

noção geral das etapas de planejamento para a realização de atividades educativas,

apresentam dificuldade em planejar as ações e descrever objetivos (especificamente

diferenciar objetivos gerais/específicos dos objetivos educativos), identificar os

conteúdos programáticos, descrever adequadamente a metodologia, detalhar os recursos

necessários e definir formas de avaliação somativa e formativa. Tem dificuldade com a

linguagem/habilidades de comunicação. Não conseguem entender o processo como

contínuo. Dificuldade em estabelecer mensagens claras. Sensação de que “fazem por

Page 17: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

fazer”.

­ GERAL

Conteúdos abordados no eixo TS são heterogêneos tanto em relação ao que os

estudantes encontrarão nos cenários (”o conteúdo de vigilância sanitária pode ser

trabalhado dependendo do cenário em que os alunos estão inseridos. O mesmo vale

para vigilância epidemiológica” – representante eixo TS em jan/14) como em relação a

forma de trabalhar dos docentes. É necessário que, independentemente do grupo em que

o estudante seja inserido, a ementa e objetivos dos módulos sejam alcançados.

Conteúdos sobre saúde do trabalhador e matriciamento não estão contemplados ou

são insuficientes.

c) IDEIAS E SUGESTÕES

Sobre o formato do eixo: o primeiro ano atual deveria ser condensado no primeiro

semestre. A estratégia das narrativas poderia ser desenvolvidas no segundo semestre, de

forma mais enxuta, mantendo a abordagem prevista na ementa da análise das necessidades

e demandas em saúde. O conteúdo do quarto termo poderia ser desenvolvido ao longo de

todo o segundo ano, com metade da turma (alunos divididos em A e B(, deixando carga

horária da outra metade livre para outras atividades curriculares, como ocorre no terceiro

ano, garantindo a continuidade do trabalho de educação em saúde. Terceiro ano: manter da

forma atual.

Sobre a participação dos docentes:

– Cenários do eixo TS onde já se desenvolvam atividades do Campus, por exemplo,

extensão, residência, estágio, PET.

– Apoio na etapa de construção do vínculo dos cenários de práticas, escolha de casos

com maior participação dos professores do eixo comum. Não poderia existir um

núcleo de apoio (técnicos)?

Modificação no formato da participação dos docentes do eixo específico: momentos

pontuais da trajetória dos módulos, com grupos maiores de alunos e professores de mais

eixos específicos nesses momentos (aumentar o potencial da discussão interdisciplinar).

Participação de docentes dos outros eixos comuns no Eixo TS.

Núcleo de professores do eixo comum mais próximos para a discussão de casos (rede

de apoio).

5. Psicologia

Page 18: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Na concepção do curso de psicologia os objetivos do curso são como se segue:

Objetivo Geral:

Formar psicólogos que atuem na perspectiva da saúde e que contribuam para o

desenvolvimento da pesquisa e da Psicologia na perspectiva social, educacional e clínica.

Objetivos Específicos:

Desenvolver sólida formação científica que permita ao futuro profissional se inserir nos

diferentes setores do mercado de trabalho: público, privado, terceiro setor e trabalhar como

autônomo ou consultor.

Desenvolver postura crítica sobre o conhecimento disponível;

Compreender criticamente os fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do país,

fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão;

Desenvolver interlocução com campos de conhecimento que permitam a apreensão da

complexidade e multideterminação do fenômeno humano e psicológico;

Desenvolver a habilidade de reconhecimento da diversidade de perspectivas necessárias para

compreensão do ser humano em sua integralidade;

Desenvolver competências e habilidades que configuram o perfil do psicólogo a partir da

prática profissional necessariamente alicerçada em conhecimentos científicos e em uma postura

ética;

Desenvolver a habilidade de atuar multiprofissionalmente e interdisciplinariamente, sempre

que a compreensão dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar;

Desenvolver o domínio de técnicas e ferramentas voltadas para a ação profissional, não

reduzindo a formação ao domínio de tecnologias de intervenção.

Atuar em diferentes contextos, considerando as necessidades sociais, os direitos

humanos e tendo em vista a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, grupos,

organizações e comunidades;

Atuar em diferentes níveis de ação: promocional, preventivo ou terapêutico,

considerando as características das situações e dos problemas específicos com os quais se

depara;

Desenvolver a capacidade de realizar orientação, consultoria psicológica e

psicoterapia;

Desenvolver a habilidade de avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva,

comportamental e afetiva, em diferentes contextos;

Realizar diagnósticos e avaliações de processos psicológicos de indivíduos, de

grupos e de organizações;

Elaborar projetos, ações e avaliações, de forma coerente com referenciais teóricos e

características da população­alvo;

Desenvolver habilidade de coordenar e facilitar processos grupais, considerando as

Page 19: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

diferenças individuais e sócio­culturais;

Desenvolver a habilidade de identificar, definir e formular questões de investigação

científica no campo da Psicologia;

Elaborar relatórios científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações

profissionais, inclusive materiais de divulgação que permitam o aprimoramento da ciência e das

práticas profissionais;

Desenvolver a habilidade de apresentar trabalhos, expressar, desenvolver e discutir

ideias em público;

O perfil do egresso do Curso de Psicologia da UNIFESP contempla:

Formação pluralista, aprofundada e orientada para temas e questões do desenvolvimento

regional;

Formação consistente, crítica e com um perfil profissional generalista;

Formação profissional em nível de graduação ampla, teoricamente plural e não tecnicista;

Formação profissional a partir de uma proposta política de ação que engloba aspectos sociais,

culturais, políticos, econômicos etc.;

Formação científica com a possibilidade de o estudante vir a contribuir para o

desenvolvimento da Psicologia como área de conhecimento científico;

Postura crítica e atitude flexível de análise e ajustamento a diferentes contextos e problemas;

Domínio de técnicas e ferramentas voltadas para a ação profissional;

Capacidade de formulação de questões de investigação científica no campo da Psicologia,

vinculando­as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados;

Capacidade de elaboração e execução de projetos de pesquisa;

Compreensão da formação profissional como exercício contínuo e permanente de atualização

dos saberes psicológicos e de busca pela qualidade do exercício profissional;

Atuação de forma interdisciplinar, em equipe e na rede.

A proposta do curso de Psicologia da UNIFESP mantém o princípio de transcender o

enfoque tecnicista na formação do estudante de Psicologia. A proposta tem por base uma

perspectiva transdisciplinar, centrada nas relações entre estudantes e professores e no

desenvolvimento de competências, focando no contexto regional e direcionada ao princípio da

educação permanente. O currículo é entendido como processo e a proposta curricular caracteriza­se

pelos seguintes princípios e compromissos:

a) Construção e desenvolvimento do conhecimento científico em Psicologia.

b) Compreensão dos múltiplos referenciais que buscam apreender a amplitude do

fenômeno psicológico em suas interfaces com os fenômenos biológicos, sociais, culturais e

Page 20: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

políticos.

c) Reconhecimento da diversidade de perspectivas necessárias para compreensão do ser

humano e incentivo à interlocução com campos de conhecimento que permitam a apreensão da

complexidade e multideterminação do fenômeno psicológico.

d) Compreensão crítica dos fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do Brasil,

fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão.

e) Atuação em diferentes contextos considerando as necessidades sociais e os direitos

humanos, tendo em vista a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, dos grupos, das

organizações e das comunidades.

f) Respeito à ética nas diferentes relações e contextos.

g) Aprimoramento e capacitação contínuos.

O curso está orientado de forma que os profissionais nele formados:

a) Estejam aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da

saúde psicológica e psicossocial, em níveis individual e coletivo, bem como realizar seus serviços

dentro de perspectiva ética;

b) Sejam capazes de avaliar, sistematizar e decidir sobre o exercício profissional em

Psicologia, baseando­se nos conhecimentos produzidos e em princípios éticos, políticos e de

compromissos com a vida, atuando com discernimento e firmeza na tomada de decisões;

c) Orientem­se segundo princípios éticos no uso de informações a eles confiadas;

d) Sejam capazes de atuar em equipe multiprofissional;

e) Sejam estimulados à educação permanente;

f) Tenham responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento das

futuras gerações de profissionais, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmica e

profissional, a formação e a cooperação por meio de redes nacionais e internacionais;

g) Possam trabalhar em rede, articulando­se com outros saberes e campos de atuação.

As competências específicas desenvolvidas pelo curso de Psicologia da Unifesp são

articuladas, principalmente, com as ênfases do Curso e são caracterizadas pelas capacidades do

estudante de:

a) analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos;

b) analisar o contexto em que atua profissionalmente, nas dimensões institucionais e

organizacionais, explicitando a dinâmica das interações entre os seus agentes sociais;

c) identificar e analisar necessidades de natureza psicológica, diagnosticar, elaborar

projetos, planejar, agir e avaliar de forma coerente com referenciais teóricos e características da

população­alvo;

Page 21: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

d) coordenar e facilitar processos grupais, considerando as diferenças individuais e

socioculturais;

e) atuar interprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e fenômenos

envolvidos assim o recomendar;

f) atuar em diferentes níveis de ação, de caráter promocional, preventivo ou terapêutico,

considerando as características das situações e dos problemas específicos com os quais se depara;

g) realizar orientação, consultoria psicológica e psicoterapia;

h) avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, em

diferentes contextos;

i) realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de grupos e de

organizações;

j) elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações

profissionais, inclusive materiais de divulgação;

k) apresentar trabalhos e discutir ideias em público;

l) saber buscar e utilizar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim

como gerar conhecimento a partir da prática profissional;

m) identificar, definir e formular questões de investigação científica no campo da

Psicologia, vinculando­as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados em

projetos de pesquisa.

Desta forma, de maneira geral é consenso entre os docentes e estudantes do curso de

Psicologia que é necessário promover maior integração entre eixos comuns e específicos. Da mesma

maneira, entende­se que para esta integração é necessário que haja mais mistura entre os diferentes

módulos oferecidos, incluindo maior diálogo sobre os conteúdos que são oferecidos desde o início

dos cursos e promovendo espaços de troca que favoreçam a sustentação das práticas, pois diferentes

iniciativas interessantes de troca e acompanhamento dos alunos nos diferentes termos acabaram se

enfraquecendo ao longo do tempo. (ex. tutoria por termo). Neste sentido, as expectativas principais

em relação a oficina estão orientadas para

(1) O espaçamento dos conteúdos dos eixos comuns ao longo dos cursos de maneira à

tranversalizá­los.

(2) Construção coletiva de formas de integração entre os conteúdos desenvolvidos nos

módulos, por termo.

(3) Diálogo aberto sobre os conteúdos das Uc’s dos eixos comuns e específicos.

Quanto às especificidades do eixo TS a comissão de curso debateu as seguintes propostas:

Page 22: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Estudar possibilidade de discutir o módulo do 4º termo em seus objetivos e possibilidades

de integração aos conteúdos específicos e arranjos logísticos (ida a campo).

6. Serviço Social

Para responder essas questões tomamos como base o processo de revisão do Projeto

Político Pedagógico (PPP) do Curso de Graduação em Serviço Social que vimos realizando. Trata­

se de produto do trabalho coletivo, coordenado pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso

de Serviço Social que envolveu docentes, discentes e técnicos do Curso Serviço Social.

Como produto parcial de um processo de revisão em movimento, esse documento reúne,

organiza e indica elementos e questões que exigirão a definição de metas para revisão do PPP do

Curso de Serviço Social.

O processo de revisão em andamento tem sido orientado por um conjunto de questões que

exigem problematização, contextualização e análise buscando a densidade e o aprofundamento

necessários para o posicionamento crítico, propositivo e deliberativo do Curso de Serviço Social.

Como ponto de partida, desenvolveu­se a análise do eixo comum, em sua relação com o

PPP do Curso de Serviço Social, a partir dos seguintes elementos e processos:

1. Análise pelo NDE dos planos de ensino e outros documentos de TS, e das avaliações de

docentes do SS, sobre os módulos;

2. Oficinas com estudantes de todos os termos e turnos;

3. Oficinas com docentes do curso;

4. Perfil parcial dos/as egressos/as do Curso de Serviço Social;

5. Reuniões com eixo TS para apresentar a reflexão do Curso;

Tarefa: Qual a importância do eixo TS na formação do egresso do curso de serviço social?

Para desenvolver essa análise é fundamental recuperar as considerações já postas no PPP

do Curso de Serviço Social (2011) que seguem nos próximos cinco parágrafos, com pequenas

atualizações ao texto original. Essas considerações expressam o reconhecimento e a valorização do

Curso de Serviço Social a proposta do eixo TS, sobretudo da necessária aliança na defesa da política

social de saúde, do SUS e do trabalho das diversas profissões no campo da saúde.

Na história desse Campus, a formação em saúde se destaca pelo objetivo de formar

profissionais habilitados para atenção integral em saúde e privilegiar a interdisciplinaridade e a

interprofissionalidade. Considerando a inserção do curso de Serviço Social nesse Campus, o Eixo

comum Trabalho em Saúde interage com um dos eixos da formação em serviço social, denominado

Eixo de Fundamentos do Trabalho Profissional. Desse modo, se insere como uma das dimensões do

trabalho profissional em Serviço Social.

Page 23: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Na proposta do Eixo do Trabalho em Saúde a formação na área de saúde não está

dissociada da produção das ações de saúde, ou seja, se relaciona ao modo predominante de

produção de serviços de saúde, aos modelos de atenção e das políticas de saúde, que por sua vez

respondem a uma dada organização das forças políticas e sociais.

As concepções e as estratégias pedagógicas de ensino que orientam a proposta de

formação, desenvolvida no Eixo Trabalho em Saúde, buscam enfrentar a predominância do

paradigma científico biomédico na formação dos profissionais de saúde.

Como diretriz é enfatizada a aprendizagem a partir de situações vivenciadas no cotidiano

das práticas de atenção a saúde, considerando que a interação e exposição a situações complexas são

pontos de partida para a aprendizagem e mobilizam os estudantes para buscar recursos teóricos e

metodológicos.

Outra diretriz é a articulação com os serviços de saúde e demais políticas sociais públicas

em um determinado território, na perspectiva de acessar e garantir os direitos sociais básicos da

seguridade social. O trabalho em saúde não é restrito apenas ao que ocorre nos lugares

habitualmente identificados como estabelecimentos de saúde (centros de saúde, ambulatórios,

hospitais). Assume­se que o trabalho em saúde se realiza em diferentes espaços – escolas,

associações comunitárias, sindicatos, creches, centros de juventude, ações social, esporte, e que

também não se restringe às práticas tradicionalmente desenvolvidas pelos profissionais de saúde.

É importante ressaltar que consideramos a proposta do eixo TS um ganho na história da

saúde coletiva brasileira, sobretudo por formar um profissional da saúde para atuação

interdisciplinar, em equipe interprofissional, compromissado com o conhecimento da realidade

social, das necessidades das pessoas e com a integralidade nas ações. É sem dúvida uma formação

contra­hegemônica que inova o percurso formativo a partir de dois elementos importantes:

aproxima estudantes e docentes da realidade de vida, trabalho e moradia; e, problematiza as

determinações sociais da saúde; as condições objetivas de trabalho dos profissionais nos serviços de

saúde; as respostas profissionais às demandas e necessidades das pessoas.

Desde o início do Curso, a proposta do eixo TS suscitou muitas questões em torno das

diretrizes curriculares para os cursos de graduação em serviço social que orientam para uma

formação generalista e, a proposta de ênfase na formação em saúde, presente no PPP do Campus

Baixada Santista.

Inicialmente, pensávamos e até escrevemos em nosso PPP que o Serviço Social, ao se

inserir na área da Saúde, daria ênfase a essa particularidade sem perder de vista a centralidade das

Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social, garantindo a formação generalista para atuar em

todos os espaços sócio­ocupacionais, compreendendo a Política Pública de Saúde como parte

integrante da Seguridade Social, acompanhado da Previdência e a Assistência Social e a

Page 24: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

intersetorialidade da saúde com as demais políticas sociais. No entanto, a avaliação desse percurso

formativo apresenta pertinentes problematizações e indagações.

Por esse entendimento, o serviço social é uma das profissões da saúde, mas, a saúde não é

área exclusiva de atuação profissional do assistente social. No contexto das políticas sociais, o

serviço social é também uma das profissões da habitação e saneamento, da assistência social

(SUAS), da educação, da cultura, do campo sócio­jurídico, da previdência social, da segurança

pública, das políticas voltadas para: idoso, mulher, criança e adolescente, pessoa com deficiência,

população em situação de rua, indígenas, afrodescendentes, identidade de gênero e sexualidades,

também trabalha em outros setores, tais como empresas, ONG´s, movimentos sociais, sindicatos.

Como dispor a formação generalista no percurso acadêmico do estudante de serviço social

diante da convergência de conteúdos, de carga horária, de nomenclatura e terminologias adotadas

que trazem para o curso uma ênfase para formação em saúde?

O cotidiano acadêmico vem demonstrando diferentes experiências para o curso de SS em

cada turno e turma. O processo de revisão confirma esse fato. Um mesmo curso pode

operacionalizar o PPP de modo diferente em cada turno?

O § 2º, do art. 47, da LDB ao tratar desse assunto afirma: “As instituições de educação

superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade

mantidos no período diurno”. Nosso PPP do Curso define como um de seus princípios da formação

profissional: “padrões de qualidade idênticos para cursos diurnos e noturnos”.

É importante lembrar a história do PPP do Campus e afirmar que os eixos comuns não

tinham no horizonte o noturno. Temos hoje situações concretas que demonstram quão é difícil,

senão impossível, considerando as condições objetivas, realizar as estratégias pedagógicas, a

interdisciplinaridade, a interprofissionalidade, no período noturno. Esse é um desafio para o PPP do

Campus, pois extrapola a

possibilidade de enfrentamento do curso de SS e do eixo TS. Ao mesmo tempo, exige um

posicionamento do curso de SS que deve assegurar uniformidade da formação entre as turmas do

vespertino e do noturno, diferenciada apenas em relação as UCs eletivas e optativas. Estudantes do

curso de SS, dos períodos vespertino e noturno precisam ter asseguradas as mesmas oportunidades

de vivência pedagógica, como critério da formação: mesmo conteúdo, processos e estratégias

pedagógicas.

Tarefa: Reflexão quanto a conteúdo, carga horária e método das UCs do Eixo TS.

Em relação a organização dos conteúdos programáticos do 1º e 2º módulos de TS temos

outras problematizações que nos dão base para apontar alguns pressupostos para a formação em

serviço social, dentre as quais:

Page 25: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Abordagem dos fundamentos da política social e, da saúde como uma das áreas de

intervenção das políticas sociais brasileiras. Consideramos importante colocar a política social e a

seguridade social como questão ­ as contradições societárias, a crise e “desmonte” das políticas e

dos direitos sociais, a crescente privatização e terceirização dos serviços públicos, as disputas em

torno dos projetos de sociedade, as consequências desses processos para o trabalho e para as

profissões.

Problematização do significado dos direitos sociais e de sua relação com as políticas

sociais e com o trabalho profissional; da “saúde como direito do cidadão e dever do Estado”.

Relação entre política social e gestão pública (para além das diretrizes do SUS).

Entender a gestão como mediação entre a política social e os projetos de governo municipal,

estadual e federal. Importante para estudante entender como, por que e com qual perspectiva a

gestão municipal organiza serviços, prioriza demandas e estrutura o trabalho em saúde.

Perspectiva de análise teórico­metodológica de análise da realidade social.

“Compreender os contextos sociais e as concepções de saúde e de doença que influenciam os modos

de adoecer e viver a saúde” (1º termo) a partir da adoção de uma teoria social crítica que possibilite

apreender a totalidade social; a compreender os problemas e desafios com os quais o profissional se

defronta no universo do trabalho. Apoiar as análises em referenciais que rompam com a

interpretação moralizadora da pobreza, da desigualdade, da violência.

Discussão programática da ética no trabalho como fundamento para “constituir uma base

ética para o agir profissional” (1º termo.)

Em relação ao 3º e 4º módulos de TS apontamos as seguintes problematizações:

Em relação as narrativas – levar os/as estudantes a ter contato com histórias de vida, a

construir vínculos, em tempo, espaço e forma definido pelo módulo – qual o propósito para o sujeito

da narrativa? Como garantir esse conteúdo e estratégia no período noturno articulando as áreas de

graduação em duplas e realizando visitas domiciliares? Como essa estratégia pedagógica se articula

com outras UCs que abordam esses conteúdos no curso: de oficinas do trabalho profissional, de

estágio, de supervisão, de metodologia de pesquisa?

Como “possibilitar experiências de trabalho em grupos de estudantes com grupos

populacionais” (4º termo) descolada das condições objetivas do trabalho, uma vez que a experiência

se desenvolve em idas monitoradas a campo que, por vezes cria artificialmente processos grupais?

Como garantir esse conteúdo e estratégia no período noturno articulando as áreas de graduação em

grupos e realizando grupos com populações atendidas pelos serviços? Como essa estratégia

pedagógica se articula com outras UCs que abordam esses conteúdos no curso: de estágio, de

supervisão e de oficinas de trabalho profissional?

Page 26: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Temos uma identificação com a proposta do eixo TS, sobretudo na defesa da política de

saúde no âmbito da seguridade social brasileira, do direito a saúde, do SUS e do trabalho das

profissões da saúde. É importante dizer que não temos tensão com a proposta do eixo TS. É o nosso

projeto de formação que tem natureza diferente. Temos uma exigência de formação generalista e

estamos inscritos num projeto de Campus cuja ênfase é a saúde. No SS devemos formar assistentes

sociais para: o trabalho em saúde, o trabalho em educação, o trabalho na habitação, o trabalho na

assistência social, o trabalho nos sistemas de justiça e penitenciário, o trabalho na previdência

social, o trabalho nas empresas, o trabalho nas ONGs, o trabalho nos movimentos sociais, nos

sindicatos etc.

A nossa problematização e desafio são dessa ordem. A questão é nossa, da natureza da

formação em serviço social. Temos arenas a aparar para definir o caminho e direção da formação

em serviço social. Precisamos e queremos fortalecer a graduação em serviço social e consolidar seu

compromisso e alinhamento com as diretrizes curriculares da ABPESS e com o projeto ético

político da profissão.

Assim, temos uma problematização que exige a revisão dessa relação com TS, uma vez

que a ênfase em saúde reduz conteúdos programáticos essenciais a formação em serviço social,

sobretudo num curso de quatro anos, de período parcial.

Além disso, temos que refletir e equacionar “padrões de qualidade idênticos para cursos

diurnos e noturnos”, um dos princípios formativos do PPP do Curso de Serviço Social e da LDB.

Temos aqui questões importantes para refletir e definir: Qual o lugar de TS na formação em

serviço social e o inverso: qual o lugar da formação em serviço social em TS? O percurso formativo

do curso deve permanecer com quatro módulos do eixo TS? Esses módulos podem ser

desenvolvidos a partir de estratégias e diretrizes diferentes nos períodos vespertino e noturno?

Existe sobreposição de conteúdos e estratégias pedagógicas nas UCs de TS e do Curso? No

processo de revisão, as UCs do Curso de SS podem aprofundar, inserir, reorganizar conteúdos e

estratégias pedagógicas? Os módulos de TS devem ser obrigatórios ou optativos?

Estamos inclinados a afirmar que TS fortalece mais diretamente o nosso projeto de

formação se estivermos inseridos no 1º e 2º módulos (com algumas modificações em relação ao

conteúdo); que no curso de Serviço Social esses módulos estejam inseridos em outro lugar na

matriz; que sejam ofertados no 2º ano.

Esse deslocamento é importante para aproximar os módulos de TS das UCs do curso que

abordam conteúdos complementares e interdependentes.

7. Terapia Ocupacional

Page 27: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

O Eixo Trabalho em Saúde ocupa um lugar importante na formação de Terapeutas

Ocupacionais que atuarão no campo da educação, cultura, assistência social e saúde.

Este eixo se faz presente no aprendizado dos alunos ao propiciar ao estudante de terapia

ocupacional a compreensão sobre as múltiplas dimensões envolvidas no processo saúde­doença e na

produção do cuidado; a compreensão dos principais problemas de saúde da população e do sistema

de saúde vigente; o conhecimento sobre a história e organização do Sistema Único de Saúde (SUS),

a compreensão em cenários reais de práticas do processo de trabalho em saúde.

As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação da saúde

(BRASIL, 2001) afirmaram que a formação do terapeuta ocupacional deve contemplar o sistema de

saúde vigente no país, o trabalho em equipe e a atenção integral em saúde. Ao reconhecermos os

pressupostos constitucionais de que o SUS é o ordenador da formação, optamos por formar os

estudantes a partir dos seus princípios de universalidade, equidade e integralidade, em uma

concepção ampliada sobre o que seja saúde e a assistência às doenças. Dessa forma, optamos por

empreender uma formação na qual a integração ensino­serviço­comunidade torna­se fundamental

para o processo ensino­aprendizagem.

Nas DCN da área de Terapia Ocupacional o trabalho em saúde é uma das áreas que a

formação de terapeutas ocupacionais deve contemplar. Os conteúdos devem abranger o processo

saúde­doença nas suas múltiplas determinações, o trabalho em equipe, a formação no serviço e o

contato com cenários reais de práticas desde o primeiro ano do curso.

Na ótica do eixo específico, a formação ofertada pelos eixos comuns garante a

singularidade do Projeto Pedagógico do campus, pautada na interdisciplinaridade e

interprofissionalidade. Entretanto, os docentes do curso avaliam a necessidade de uma revisão da

matriz curricular do eixo específico e dos eixos comuns no sentido de alinhar conteúdos, cargas

horárias, metodologias de ensino e de avaliação do desempenho acadêmico dos discentes e propõem

uma matriz com maior flexibilidade e revisão conceitual e pedagógica do currículo do Curso de

Terapia Ocupacional.

Nesse sentido, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso realizou um estudo para

compreender os percursos da profissão e os campos de saberes na atualidade. Artigos publicados em

periódicos nacionais e internacionais nos mostram que a profissão tem se modificado e está cada

vez mais aberta, desenvolvendo pesquisas e práticas em outros campos de trabalho e atuação. Ao

ampliar o campo de atuação, o terapeuta ocupacional se deslocou da exclusividade do campo na

saúde para atuar nos campos da assistência social, educação e cultura.

Essa nova conformação do campo de saber e atuação profissional do terapeuta ocupacional

está aliada ao compromisso social, assumido em nível nacional e internacional, de garantir ações em

prol da participação na vida social de populações vulneráveis e em risco de exclusão social e

Page 28: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

ocupacional. Assim, as diretrizes indicam um perfil do egresso generalista voltado para atender aos

princípios das políticas sociais. O egresso de Terapia Ocupacional no campo da saúde deve estar

apto, principalmente, a compreender os determinantes sociais do processo saúde/doença/deficiência

e as repercussões destes processos no cotidiano de vida de pessoas, grupos e comunidades.

Nesse sentido, o curso de Terapia Ocupacional analisou as contribuições do eixo Trabalho

em Saúde, por meio do estudo e revisão dos conteúdos, cargas horárias, metodologias de ensino e

processos de avaliação de desempenho acadêmico dos módulos deste eixo.

Análise dos Módulos:

– 1º Termo: Saúde como processo: contextos, concepções e práticas I

Carga Horária: 80hs

Neste primeiro módulo os alunos iniciam a discussão sobre o processo

saúde/doença/cuidado e os condicionantes sociais de saúde, discutem modelos de atenção e

exercitam a observação, diálogo e investigação. Todos os conteúdos são importantes para a

formação do terapeuta ocupacional.

Nesse termo temos como módulo específico Conhecendo a Profissão que tem por objetivo

geral desenvolver a compreensão sobre o conceito de terapia ocupacional ao longo da história,

conhecer a constituição da profissão no Brasil, as diferentes áreas de atuação e compreender a

inserção da profissão nas áreas de saúde, educação e social.

Apesar de não haver uma correlação imediata entre os módulos, compreendemos que o

conteúdo do eixo comum é a base para que o discente possa compreender conteúdos que serão

abordados posteriormente na matriz curricular.

Considerações

As áreas de atuação da TO não incluem somente o campo da saúde, embora a maioria da

clientela que se beneficia da intervenção em terapia ocupacional apresentar grandes e variadas

demandas aos serviços de saúde. Seria interessante conciliar a discussão dos determinantes sociais

de saúde com a vulnerabilidade das populações atendidas, com a dificuldade de acesso a serviços e

com os processos de exclusão. Quando os alunos visitam instituições, eles poderiam, por exemplo,

questionar de onde vêm os usuários, como é o acesso aos serviços e que condições eles têm de

seguirem o tratamento.

Outra possibilidade é que estes alunos incluíssem, na entrevista com os profissionais, o

conceito de saúde/doença/cuidado com o qual trabalham.

No módulo do TS, os alunos poderiam buscar informações junto aos agentes de saúde algo

sobre as possibilidades de acesso dos usuários aos serviços de reabilitação, sobre avaliação do

desenvolvimento infantil, sobre a inclusão escolar de crianças com deficiência, sobre a atenção em

Page 29: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

saúde mental, entre outras que pudessem estar alinhados aos temas abordados no eixo específico.

– 2º Termo: Saúde como processo: contextos, concepções e práticas II

Carga Horária: 80hs

Neste módulo os alunos estudam a política nacional de saúde em sua constituição histórica

e vão construindo um raciocínio epidemiológico como ferramenta de gestão. Todos os conteúdos

são importantes para a formação do terapeuta ocupacional. A parte prática inclui visita a serviços.

No eixo específico temos os módulos de Atividades e Recursos Terapêuticos (ART) 1 e 2 que podem

compor com o módulo do eixo comum.

No módulo de ART 1 Cotidiano e repertório de atividades há uma ênfase nos conceitos de

rotina, hábitos e cotidiano. Ampliação da percepção e capacidade de observar, desenvolvimento da

curiosidade para as diversas formas de viver a vida, para os diferentes fazeres do cotidiano sua

relação com a cultura em que essas pessoas estão inseridas e com a singularidade das mesmas. Os

alunos escolhem uma população e pesquisam in loco sua forma de viver. Escolhem e coordenam

dinâmicas para o grupo classe tentando aproximá­lo da experiência que tiveram em campo. Já foram

abordados pelos estudantes os vendedores de peixe, as freiras, os surfistas, os bombeiros, as

prostitutas, os deficientes trabalhadores, as mães de primeira viagem, pessoas em situação de rua,

comunidades indígenas, população GLBT, entre outros.

Considerações

Sugerimos a inserção de conteúdos sobre políticas de saúde mental, saúde da pessoa com

deficiência e saúde do idoso.

– 3º Termo: Prática Clínica Integrada: análise de demandas e necessidades em Saúde

Carga Horária: 80hs

Neste módulo os alunos de cursos diferentes atuam em duplas para escutar histórias e

conhecer condições de vida na residência dos usuários de serviços de uma determinada comunidade.

Treina­se a escuta atenta, o estado de presença, e o trabalho interprofissional. Exercita­se a

responsabilidade com os usuários e as equipes dos serviços com as quais os estudantes começam a

ter mais contato. Todos os conteúdos são importantes para a formação do terapeuta ocupacional,

tendo como desafio formar profissionais com competências para lidar com as relações humanas no

cuidado à saúde, pois há a aprendizagem de habilidades e atitudes importantes para a atuação do

terapeuta ocupacional. Nesse sentido consideramos que esse módulo deve ser considerado um

campo de prática para a terapia ocupacional. Como habilidades se pode citar o desenvolvimento da

empatia, da escuta interessada, da iniciativa em promover um encontro no qual se coletará dados da

Page 30: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

vida do usuário, habilidade esta necessária em uma entrevista inicial de intervenção, centrada no

entrevistado. Como atitudes, desenvolve­se a capacidade de atuar em parceria junto ao profissional

de outro campo, buscando complementaridade de papéis, planejamento conjunto de intervenção e

avaliação da mesma após a sua ocorrência, exercitando formas de comunicação e comportamento

éticos e com sigilo quanto às informações coletadas, que apenas devem ser debatidos em locais

adequados, como, por exemplo, as discussões junto ao grupo de alunos e docentes.

Considerações:

Incluir no trabalho de narrativas questões sobre a história ocupacional, o lazer, as rupturas

no dia a dia causadas por doenças, perda de emprego, aposentadoria, temas que aproximam os

estudantes das temáticas do campo da terapia ocupacional.

– 4º Termo: Clínica integrada: atuação em grupos populacionais

Carga Horária: 80hs

No objetivo geral descrito no plano de ensino, a ênfase parece estar na implementação de

planos de ação visando promoção de saúde e o trabalho em equipe e a vivência e/ou coordenação de

grupos populacionais. No entanto esses objetivos tornam o módulo muito amplo para pouco tempo

de execução. Nos objetivos específicos observa­se que a ênfase está na promoção e educação em

saúde.

Considerações

Este módulo é o que mais oferece oportunidade para que os alunos experimentem e

desenvolvam habilidades para o trabalho em equipe interprofissional. Isto deve ser reforçado como

objetivo principal do módulo, investindo em metodologias para que eles se constituam como uma

equipe de trabalho. No eixo específico esse módulo coincide com o de Abordagem Grupal: grupos,

equipes, oficinas.Os alunos vão a campo participar de grupos em diversos contextos (hospitalar,

comunitário, atenção básica, escola, dentre outros) e com diferentes faixas etárias.

Neste termo conseguimos uma boa articulação entre o eixo comum e o específico, pois os

alunos trazem diversas questões sobre o campo de práticas, tanto em relação às propostas com o

grupo quanto em relação ao trabalho interprofissional.

No entanto, avaliamos que, para o docente, é muito custoso montar um novo projeto a cada

semestre. Sugerimos que a turma seja dividida em dois grupos, alternando no mesmo semestre, o

módulo de narrativas e o módulo de grupos populacionais. O docente se mantém ou na narrativa ou

no grupo e os alunos se alternam. Grupos mais estáveis podem ser absorvidos pelos serviços e

ampliar os objetivos de promoção e prevenção.

Page 31: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

– 5º e 6º. Termos: Clínica Integrada: produção de cuidado

Carga Horária: 80hs

Avaliamos que o conteúdo e metodologia adequada deste módulo estão adequados à

formação do terapeuta ocupacional. O módulo aborda o trabalho em equipe, a elaboração de

projetos terapêuticos singulares e a gestão do cuidado. Os estudantes aproximam­se das equipes

vivenciando discussões de caso, ampliam a visão sobre o sistema de saúde como um todo. Iniciam

um raciocínio clínico em suas áreas profissionais e no diálogo interprofissional. Bom conteúdo para

o terapeuta ocupacional. Carga horária pode ser aproveitada como prática em TO (80hs).

Considerações

É necessário mais tempo para as discussões dos alunos e para as supervisões.

Consideramos necessário ampliar a articulação entre os módulos do 3º ano e os campos de estágio.

QUESTÕES GERAIS:

Carga Horária do Eixo TS: Precisa ser melhor distribuída ao longo do curso.

Metodologias de ensino e aprendizagem: Consideramos que a visão ampliada dos

processos de ensino e aprendizagem presentes no Eixo TS contemplam paradigmas educacionais

inovadores. As avaliações realizadas por discentes e docentes apontam que o modelo pedagógico de

ensino com metodologias ativas oferecem ao aluno uma aprendizagem significativa que o torna

capaz de articular o conhecimento adquirido com a construção do raciocínio clínico em Terapia

Ocupacional, e a avaliação de desempenho no módulo de forma processual e singularizada propicia

que o próprio momento e instrumento de avaliação seja pedagógico e um meio de amadurecimento

para a vida profissional.

As metodologias ativas de ensino, aprendizagem e avaliação qualificam o estudante a

realizar aprendizagens significativas em ampla gama de situações e circunstâncias advindas da

experiência com as diversas vivências nos cenários de prática propostos pelos eixos TS e da Terapia

Ocupacional, desde os semestres iniciais do curso.

O Curso de Terapia Ocupacional entende que todos os docentes do campus devem ser

preparados para adotar as metodologias ativas de ensino aprendizagem e também lançar mão de

estratégias de avaliação continuada e formativa com a utilização de instrumentos diversificados,

capazes de acompanhar o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes alinhados e

coerentes ao PPP do campus Baixada Santista.

Como recomendação geral, entende­se que devemos sempre buscar a articulação entre o

eixo comum e os eixos específicos para que as propostas tenham mais significado. Uma sugestão é

que haja ao menos uma proposta por semestre que seja apresentada e avaliada por ambos.

Page 32: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

II – Apresentação do Eixo O ser humano e sua inserção social:

Iniciamos com a apresentação do eixo TS feita pela professora Rosilda, coordenadora do

eixo, falando sobre o trabalho de um ano feito pelo grupo em torno dessa questão: inúmeras

reuniões, telefonemas, encontros para que o processo se desenvolvesse. Pergunta aos demais

professores quantos já fizeram parte do eixo TS para saber quais já estiveram envolvidas com o

trabalho desenvolvido por TS.

Rosilda chama a atenção para o significado do Trabalho em Saúde – Trabalho vivo em Ato

(cita Emerson Mehry) a partir de uma articulação em rede de saberes, de pessoas, de práticas, com

foco no agir interprofissional, do cuidado integral, do trabalho em equipe (ver projeção da rede).

Emprega o conceito de profissional rede, estudante rede, professor rede.

Trata do percurso formativo – e seus movimento – não diferente do que pensamos para o

currículo dos PPCs; complexo quanto ao conhecimento e de complexidade crescente,

complementar; permeado pelas noções de desigualdade, e marcado pela transversalidade. Um

percuso formativo com movimentos do percurso formativo do eixo ao 1o até o 5o/6o termos no

sentido de complexidade de conhecimentos e práticas e complementaridade dos conteúdos e

vivências. Esse processo ainda traz uma transversalidade. Não é possível passar pelo 5o/6o termos

sem ter passado pelo 1o/2o termos, e assim sucessivamente em relação aos módulos.

Ainda, apresenta um mapa das atividades didáticas do campo: colocador em uma base do

IBGE por renda. Justifica a opção do eixo se concentrar nos morros e na zona noroeste; esforço

imenso para articular os campos em todos os termos de forma que manter a articulação com o

serviço fortalece a relação.

Segue­se então a apresentação de todos os termos com detalhamento de objetivos,

conteúdos, estratégias pedagógicas, avaliações com destaque dentro deste item para as % de

avaliação entre nota individual e de grupo e com a apresentação do quadro de distribuição dos

docentes (questão para discussão).

Na sequência, apresenta as propostas de alteração para os módulos do eixo TS:

­ 1o termo = novo nome, redução de CH, renovação de conteúdos; campo compartilhado

com IS (eles fazem a atividade de campo e TS aproveita para sua discussão)

­ 2o termo = novo nome, redução de CH, renovação de conteúdos; com criação de um

modulo eletivo de 40h que trataria prioritariamente de epidemiologia.

­ 3o termo = novo nome, redução de CH; alternancia com 4o termo para permitir

continuidade para os narrados

­ 4o termo = novo nome, redução de CH; alternancia com 4o termo para permitir

Page 33: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

continuidade para os acompanhados

­ 5o/6o termos = sem alterações

­ criação de um 7o termo = “Agir em rede: produção de integralidade”; a ser discutido em

um GT com participação de todos os eixos específicos

III – Apresentação dos Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs):

1. Educação Física:

Rogério, coordenador do curso de educação física, destaca que não é um processo fácil.

Aponta que o eixo TS representa 21% da carga horária da matriz do curso de educação física.

Rogério traz a história o percurso do NDE­Educa desde 2013. Propõe redução de carga horária de

160 para 120h no primeiro ano e aponta que módulos de 40h podem ser melhor para liberar

períodos na semana (discordam de que a epidemiologia seja eletiva).

Aponta que no 2º ano: Narrativa: tem sido utilizada por si mesma, sem diálogo com

demandas e necessidade em saúde. Não dialoga com nenhum pressuposto da saúde, não garantindo

a experiência comum. A narrativa é um instrumento “para” análise de demandas em saúde. Para que

serve a narrativa? Há perspectiva de continuidade? Há possibilidade de intervenção com os

narradores? Larga um problema e inicia outro (deixam os narradores sem serem satisfeitos em suas

demandas). Redução de carga horária: 160 para 120 horas.

Para grupos pensa igual: dependência do professor, sem perspectiva de garantir a formação

comum. Plano de trabalho supõe que se proponha algo com continuidade. Experiências diferentes

para cada aluno. Proposta de tirar esse módulo e levar para o 5º­6º termos. Os projetos terapêuticos

singulares podem ser algo que já esteja encadeado com as narrativas. Método (sugestões): para que

o aluno não seja avaliado apenas por atividades grupais, é necessário que exista avaliação

individual, pois caso contrário, criam­se vários ruídos (alunos que acabam sendo aprovados sem

terem se implicado). Proposta de uma semana padrão adequada à formação inter: grade semestral

que não ultrapasse 480 a 520 horas (redução de 20%). Considerações finais: 4º ano (módulos

eletivos interdisciplinares de 40 horas).

2. Fisioterapia:

A coordenadora do curso de fisioterapia, Profa Patricia, coloca que nas duas últimas

reuniões apareceu com bastante frequência a questão de chamar de ciclo básico os eixos comuns.

Desde o início aparece um duelo entre o eixo específico e o eixo TS. A cada início de semestre o

duelo era feito em relação aos professores do específico que trabalhariam em TS. Por outro lado,

isso nunca trouxe para essa relação a aparência de ciclo básico.

Page 34: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

O NDE da Fisioterapia não se reuniu com o eixo TS. Considera que a importância de TS na

formação do egresso de fisioterapia é extrema. Colocou que geralmente a fisioterapia recebe como

crítica o fato de não ser aberto para modificações, sendo que atualmente impera uma visão

fragmentada dentro do próprio curso em relação ao trabalho em equipe. Ao longo dos anos foram

ampliando a visão, sendo que há muita coisa a aprender ainda na relação com as outras áreas.

Em nenhum momento questionou­se o conteúdo e a carga horária do módulos do eixo. O

que chamou atenção foram o método e alguns rearranjos em relação ao conteúdo.

O NDE identifica uma quantidade menor de conteúdo no 1º termo, por isso propõem que

conteúdos do segundo termo venham para o 1º, para que haja uma continuidade. Mas agora com a

nova proposta trazida por TS, isso talvez não seja mais necessário.

Apontam para o 3º termo uma diversidade muito grande em relação às discussões teóricas

realizadas, o que pode trazer grupos de alunos que vão a campo com uma clareza muito significativa

em relação a atividade a ser desenvolvida, por um lado e, por outro, alguns vão a campo com uma

concepção pouco clara, passando pela atividade sem compreender claramente o quanto aquilo

agrega para sua formação profissional. Uma tentativa para minimizar tais diferenças é que essas

discussões possam ser feitas com mais subgrupos na mesma sala (por ex., 4 grupos na mesma sala).

Isso faria com que os alunos fossem a campo com maior compreensão teórica. Nos dias de

supervisão os 4 subgrupos farão a supervisão em horário dividido. O compartilhamento de

experiências não ficaria para o final, mas durante o processo. A ideia é que a discussão fique mais

homogênea.

O NDE não faz nenhum apontamento para o 5º­6º termo, o único apontamento é que possa

se pensar em um pré­requisito para cursar estes termos (alunos que chegam nesses módulos sem ter

feito narrativa); a linha de complexidade apontada no percurso de formação é rompida.

Sobre o 4º termo: não tem funcionado do modo que fisioterapia gostaria: há uma quebra da

relação de continuidade (os alunos falam muito disso), repetição da mesma experiência no 5º/6º

termos. Colocam como proposta que a narrativa aconteça no 3º e 4º termos, para que haja maior

continuidade para as pessoas que participam das narrativas. Para tanto o 4º módulo seria extinto.

3. Nutrição:

A apresentação do curso de nutrição foi feita pela Profa Semíramis, que inicia apontando a

evidência ao se olhar as premissas a importância do eixo TS para a formação do nutricionista, e que

a nutrição é uma área historicamente interprofissional. Visa à estruturação do cuidado, autonomia do

sujeito que prevê a criação de espaços para a criatividade, que é uma preocupação grande do curso,

pois deseja que o estudante enxergue outras possibilidades para além da própria matriz curricular de

nutrição.

Page 35: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Trazem o resultado de uma reflexão que teve início em 2011. Em abril de 2014 o NDE da

Nutrição fez um levantamento detalhado sobre tudo o que foi discutido: identificam a necessidade

do alinhamento das abordagens, carga horária, conteúdos. Nessa relação com TS o curso de

Nutrição, ao enxergar alguns limites, propõe certos caminhos: o que mais preocupava era a

interlocução com o eixo TS e as pactuações com os parceiros (viam um desalinhamento que os

preocupava), excessivo número de reuniões que demandava grande dedicação por parte dos

docentes, desalinhamento em relação à oferta de cada módulo do eixo a depender do docente.

Conteúdos e lacunas: 1º e 2º termos: lacunas em relação a políticas públicas, vigilância

epidemiológica e sanitária, transições. Sugere condensar o conteúdo todo no 1º termo e deixar

narrativas para o 2º termo. Fala da importância de uma estrutura de apoio pedagógica para a

estruturação das matrizes revisadas. Trazer docentes em cenários que já desenvolvem campo. Os

cenários de práticas são muito distantes do SUS (a nutrição desenvolve em outros campos). Escolha

de casos com maior participação dos docentes do específico. Núcleo de apoio entre docentes e

técnicos para auxiliar nessa logística. Traz o resultado da pesquisa de egressos conduzida pelo eixo

específico da nutrição: critérios de avaliação, estratégias pedagógicas utilizadas, conteúdos – os

egressos fazem uma avaliação muito positiva, concordando positivamente com o eixo TS em sua

formação.

4. Psicologia:

A Profa Carla, coordenadora do curso de psicologia, expõe os objetivos do curso e perfil do

egresso. Entende que o curso está bem sintonizado com o PPP do Campus e faz sentido pensar na

reforma dos eixos comuns. Uma primeira questão do curso é a ênfase em saúde e clínica, política e

instituições e educação e sociedade. O curso tem trabalhado com o eixo TS com uma média de 12

docentes. O Eixo TS ocupa 320hs e o Eixo IS, 200 hs. Considera necessário trazer para a oficina

como se dá a distribuição dos docentes do específico no eixo comum: “Esta discussão quanto a

distribuição de docentes é uma coisa que interessa a pensar em todos os eixos específicos.

Entendendo que todos participamos deste projeto político pedagógico e precisamos pensar juntos”.

A coordenadora destaca que o eixo TS vai até o 3º ano do curso, mas a partir do 4º ano

quando iniciam os estágios fica claro que falta o diálogo interdisciplinar. Questiona: “Como

deveriam ser os estágios interdisciplinares?” Refere que os 5º e 6º termos são módulos que

poderiam ter muito mais diálogo com os eixos específicos.

Sugere que exista, espaçamento dos conteúdos, diálogo entre os conteúdos, integração

entre os conteúdos e ­ critérios para análise das vagas no eixo TS. Da organização, sugere que o

campo da TS ocorra onde já exista o trabalho docente, que exista maior diálogo e abertura para as

formas de entender o trabalho em campo e retoma que os estágios devem ser interdisciplinares.

Page 36: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

5. Serviço Social

A coordenadora do curso de serviço social, Profa Sônia, inicia sua fala destacando que

desde outubro do ano passado o curso tem realizado oficinas para discutir a revisão com diferentes

atores (docentes, estudantes, etc). Aponta que o curso tem 4 eixos de fundamentação. Mostra a

matriz curricular de 2011, chamando a atenção para o fato de que o curso de serviço social funciona

parcialmente, diferente dos outros que funcionam integralmente.

Sônia chama a atenção para o fato de que o debate que estão realizando diz respeito ao

conjunto das unidades curriculares. Os pressupostos para o processo de revisão são as diretrizes

curriculares da ABEPSS e os 4 eixos de fundamentação do PPP, procurando o lugar das UCs na

matriz curricular.

Já identificaram lacunas com conteúdos que não são discutidos e devem ser inseridos.

Precisam aprofundar alguns conteúdos (direitos, violência, família, assistência social, previdência

social, habitação, expressões da questão social na região da BS). Urgência de discutir a carga

horária do curso (há orientação de que essa carga horária poderia ser ampliada para 5 anos).

Há pressão dos estudantes para que haja incorporação de alguns temas das diretrizes para a

educação brasileira (educação em direitos, relações étnico­raciais, educação ambiental). Introdução

de módulos eletivos com carga horária diferenciada.

Aponta que para o curso a existência do eixo TS é um ganho para a saúde coletiva, sendo

uma formação contra­hegemônica, aproximando os estudantes e docentes da realidade de vida,

trabalho e moradia, problematizando as determinações sociais da saúde. O curso de SS sempre se

questionou se TS deveria integrar sua matriz curricular, já que SS orienta­se para uma formação

generalista. Em 2009, SS achava que seria possível dar ênfase ao eixo TS, mas atualmente aponta

algumas questões:

­ uma grande problematização diz respeito à formação generalista, já que a saúde não é

área exclusiva da atuação profissional do assistente social. O SS é também uma das profissões da

habitação e saneamento, da assistência social, educação, cultura, campo sócio­jurídico, previdência

social, segurança pública políticas voltadas para idosos, mulheres, criança e adolescentes, pessoas

com deficiência, população em situação de rua, indígenas, etc.

­ uma segunda problematização: vespertino e noturno. O cotidiano acadêmico tem

demonstrado diferentes experiências entre o vespertino e noturno e a pergunta é: um mesmo curso

pode operacionalizar o PPP de modo diferente? De acordo com a LDB os cursos do vespertino e

noturno devem manter os mesmos padrões de qualidade.

Existem atualmente situações concretas que demonstram a dificuldade de se manter isso,

Page 37: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

sendo um desafio para o PPP do campus, pois extrapola a possibilidade de enfrentamento do curso

de SS e do eixo TS, pois isso exige uma uniformidade de formação.

Em relação ao 3º termo as questões apontadas são: qual é o propósito para o sujeito da

narrativa? Como garantir esse conteúdo e estratégia no período noturno articulando áreas de

graduação em duplas e realizando visitas domiciliares? Como essa estratégia pedagógica se articula

com UCs que abordam esses conteúdos no curso? Em relação ao terceiro e quarto termo, a

abordagem depende dos professores de acordo com os alunos.

Em relação ao 4º termo: como possibilitar experiência de trabalho em grupo descolada das

condições objetivas de trabalho, já que muitas vezes são criados artificialmente processos grupais?

Muitas experiências mostram que a universidade chega, faz grupo e vai embora. As perguntas para

o quarto termo são as mesmas para as narrativas. A problematização exige a revisão da relação com

TS uma vez que a ênfase em saúde reduz conteúdos programáticos essenciais à formação em

serviço social, sobretudo num curso de 4 anos.

Finaliza dizendo que se identificam com a proposta do eixo, pois também defendem o

direito à saúde, sendo também militantes na área de saúde. SS não possui tensões com TS e diz que

é o PPP que desafia já que é necessário formar assistentes sociais que sejam formados de modo

generalista, preparados para atuar nas mais diversas áreas, que inclui saúde, mas não se reduz a ela.

Saúde é um dos elementos, não é o fundamento, sendo apenas uma das expressões da

realidade social discutida por SS. Diante disso tudo, o curso está se perguntando qual é o lugar de

TS na formação do SS e qual é o papel do SS para TS. Há clareza de que existe uma sobreposição

de conteúdo e de que a discussão conteúdo­estratégia pedagógica pode ser feita olhando as matrizes

curriculares. Questionam se é possível desenvolver estratégias diferenciadas para vespertino e

noturno. Para concluir afirma: TS fortalece mais diretamente o SS se estiver no 1º e 2º módulos

apenas e desde que inseridos em outro lugar na matriz, talvez no 2º ano. Tal deslocamento é

importante para aproximar os módulos de TS das UCs do SS.

6. Terapia Ocupacional:

Andréa, coordenadora do curso de terapia ocupacional, apresenta o relatório técnico para o

eixo TS. Inicia falando sobre a importância que o eixo TS ocupa na trajetória do curso, abordando

as DCN que diz sobre a importância de se contemplar o sistema de saúde nas graduações. Aborda

algumas modificações necessárias para cada termo. Chama a atenção para o 3º módulo que é onde o

aluno pode desenvolver habilidades no trabalho em equipe interprofissional, chamando a atenção

para a construção de grupos mais estáveis. Para a clínica integrada: produção de cuidados, ela vê

necessidade de mais tempo para discussão. Considera a carga horária do eixo adequada, porém

deveria haver uma melhor distribuição. Em relação à metodologia de ensino considera que há uma

Page 38: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

aprendizagem significativa e alguns campos da TS poderia também ser um campo da própria TO.

IV – Roda de Conversa/Debates:

Tivemos no período da tarde momentos de intenso debate e reflexão com participação e

falas de diversos dos presentes.

Na extração das falas e apontamentos os temas/itens a seguir foram os que tiveram

destaque:

Eixos comuns pressupõem acúmulo de experiências.

Apontamentos gerais sobre o eixo TS:

Logística complexa dos módulos do eixo TS

A relação de parceria em relação aos locais de inserção dos módulos do eixo

se dá tanto por intencionalidade (locais de maior vulnerabilidade) quanto

pelas possibilidades de criação das parcerias com os serviços e pela oferta da

SMS

Necessidade de continuidade mais evidente e fortalecida

A continuidade é garantida também pelo relacionamento construído com os

serviços

Há o reconhecimento que a relação com os serviços e a entrada nos serviços

se dá muito pelo esforço pessoal dos docentes envolvidos.

Necessidade de realização das narrativas nos mesmos locais das ações de

grupo

Há um excesso de avaliações coletivas em detrimento de avaliações

individuais

As atividades do eixo criam oportunidades de ir a campo e trazer a realidade

para dentro da universidade

Indicativo pelos discentes de falta de padronização das aulas (muitos chegam

a considerar que TS é sorte)

Analisar a possibilidade de desvincular as atividades de campo do transporte

pela universidade

Reconhecimento de que viver a experiência com os usuários/comunidade é

fundamental para a formação dos alunos

Reconhecimento de que viver a experiência em equipe é fundamental para a

formação dos alunos

Destaque para o papel do eixo no itinerário de formação dos alunos

Apontamentos gerais sobre as propostas feitas pelo eixo TS:

Page 39: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

Conteúdos de epidemiologia não podem estar em módulo eletivo, mas sim

obrigatório

Repensar a organização de carga horária nos módulos: 40 e 80 horas ao invés

de 60 horas

Necessidade de mais detalhamento no planejamento de atividade de campo

em parceria com eixo IS no 1º termo

Proposta da criação de um módulo no 7º termo poderia ser pensada como

uma unidade curricular eletiva

Se não houver o equacionamento das lacunas nos módulos não adianta

implantar as concomitâncias entre 3º e 4º termos

Sobre o curso de serviço social e sua relação com o eixo TS e as dificuldades pelos

turnos de funcionamento:

Formação no curso vespertino tem sido diferente do curso noturno

Dificuldade de funcionamento no noturno

O que significa pensar no noturno?

Necessidade de repensar o noturno na dinâmica do campus (em relação ao

que é possível oferecer)

Algumas estratégias do eixo TS são de difícil implantação no noturno

Questionamentos e apontamentos sobre 3º termo:

O módulo que trata das narrativas é essencial para a formação dos alunos

Possibilidades de construção de intervenções a partir da história do sujeito

Reconhecimento do módulo pelas narrativas

A narrativa como modo de construir cuidado

A narrativa como foco principal (modo de produzir saúde) e como

instrumento

Sujeito social e a elaboração de narrativas – “sujeito social” traz a idéia de

superação de sujeito­objeto, mas que ele porta as questões de caráter comum.

Nova nomenclatura para o módulo que traz visibilidade para “narrativas”. O

novo nome proposto traz duas questões: ­ sujeito social é a idéia de que não

queremos cair num subjetivismo, ou idéia de sujeito­objeto. Sendo um sujeito

um agente ele porta questões que são comuns. Identificar em que momento as

políticas de saúde, SUS, de que modo eles encarnam nas pessoas. Não é nem

um subjetivismo e nem pensando nas grandes políticas. O módulo é

conhecido como narrativas, pois é o que marca, ele é lembrado assim.

Questionamentos sobre 4º termo:

Page 40: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

O que consideramos como coletivo?

Falta de clareza sobre com o que o 4º termo deseja trabalhar

O 4º termo precisa de revisão

Qual o foco do 4º termo?

Diferentes compreensões entre “o que é grupo” e “o que é coletivo”

Clareza da impossibilidade de composição de grupos de forma continuada

Analisar a possibilidade de o 4º termo explorar mais o trabalho dos alunos

como equipe

Apontamentos gerais para os PPP:

As ementas devem garantir o projeto pedagógico. É preciso melhorar a

descrição das ementas pois são elas que dão a identidade dos módulos. É

preciso garantir que as ementas sejam respeitadas na prática do dia a dia

Pré­requisitos não funcionam (punem o regular devido a exceção)

Necessidade de aprimorar o aproveitamento de estudos de forma que passem

pelos coordenadores dos eixos comuns

Destaque para a importância que as oficinas tem tido por colocar o que é comum em

pauta.

Necessidade de retomada de discussão de carga horária docente tanto nos eixos

comuns quanto nos eixos específicos.

Falta de discussão sobre estágio interprofissional.

Necessidade de criação de ações/atividades voltadas para a formação docente

Page 41: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

V – Encaminhamentos finais:

Após todas as apresentações e debates a segunda oficina de revisão do projeto pedagógico

que discutiu a relação dos eixos específicos com o eixo comum “Trabalho em Saúde” definiu como

encaminhamentos para a oficina final e posterior encaminhamento à Câmara de Graduação do

Campus Baixada Santista:

­ em relação às propostas de mudanças nos módulos do eixo:

1. Rediscussão da carga horária dos módulos do 1º ano (40 e 80 horas? 60 e 60 horas?

80 e 80 horas com retorno do conteúdo de epidemiologia).

2. Recusa na oferta de módulo eletivo do 2º termo com conteúdo de epidemiologia

pois foi consenso de que é assunto obrigatório.

3. Revisão da proposta para módulo do 4º termo com maior clareza do foco e

finalidade da unidade curricular

4. Apresentação de proposta de módulo do 7º termo com mais detalhamento e

indicativo de que seja eletiva.

5. Recusa em se implantar pré­requisitos nas unidades curriculares do eixo TS.

­ temáticas a serem tratadas e/ou encaminhadas pela CEG:

a) Discussão da distribuição de carga horária docente tanto em eixos comuns quanto

específicos.

b) Retomada/criação de ações para formação docente no campus

c) Discussão sobre estágios interprofisssionais

d) Funcionamento do campus no período noturno e seus impactos para os cursos que

funcionam neste regime

Page 42: RELATORIA QUARTA OFICINA DE REVISÃO DO PROJETO

ANEXOS