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28
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus Experimental de Sorocaba Engenharia de Controle e Automação Laboratório de Máquinas Elétricas para Automação Experimento 4 Ensaio 1: Características de operação de um motor de indução trifásico bobinado Ensaio 2: Características de operação de um motor de indução trifásico com rotor gaiola Felipe Natal Lopes Peres RA:1010069 Marco Aurélio Medeiros Garcia RA:1010182 João Augusto Oliveira Luiz RA:1010310 Rafael Kondratovich Ferreira RA:1010281 Sorocaba-SP, maio de 2013

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Page 1: Relat mea3

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Campus Experimental de Sorocaba

Engenharia de Controle e Automação

Laboratório de Máquinas Elétricas para Automação

Experimento 4

Ensaio 1: Características de operação de um motor de

indução trifásico bobinado

Ensaio 2: Características de operação de um motor de

indução trifásico com rotor gaiola

Felipe Natal Lopes Peres RA:1010069

Marco Aurélio Medeiros Garcia RA:1010182

João Augusto Oliveira Luiz RA:1010310

Rafael Kondratovich Ferreira RA:1010281

Sorocaba-SP, maio de 2013

Page 2: Relat mea3

1

Marco Aurélio Medeiros Garcia

Felipe Natal Lopes Peres

João Augusto Oliveira Luiz

Rafael Kondratovich Ferreira

Características de operação de um motor de indução trifásico bobinado

Características de operação de um motor de indução trifásico com rotor gaiola

Relatório elaborado referente aos

diferentes modos de operação de

um motor de indução trifásico e

suas respectivas características.

Sorocaba, maio de 2013

Page 3: Relat mea3

2

Objetivos

Ensaio 1:

Determinar as características de operação de um motor trifásico bobinado em

plena carga, sendo elas: conjugado, potência mecânica, corrente, fator de potência e

rendimento.

Enasio 2:

Do mesmo modo, determinar as características de operação de um motor

trifásico com rotor gaiola, seguindo as características citadas anteriormente.

Page 4: Relat mea3

3

Sumário

1. Introdução Teórica ................................................................................................ 5

2. Preparação Experimental ..................................................................................... 8

3. Resultados e Discussões .................................................................................... 10

Ensaio 1: Variação da tensão induzida no circuito do rotor em função da sua

velocidade ................................................................ Error! Bookmark not defined.

3.2 Ensaio 2: Determinação dos Parâmetros da Máquina de Indução Trifásica

................................................................................. Error! Bookmark not defined.

4. Conclusão ........................................................................................................... 26

5. Referências Bibliográficas .................................................................................. 27

Page 5: Relat mea3

4

Índice de Figuras

Figura 1 - Representação da ligação dos enrolamentos do estator. Error! Bookmark

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Figura 2 - Circuito equivalente por fase (padrão IEEE) para a máquina de indução.

.................................................................................... Error! Bookmark not defined.

Figura 3 - Ensaio da máquina de indução trifásica. ..... Error! Bookmark not defined.

Figura 4 - Ligações para ensaio com motor em vazio. Error! Bookmark not defined.

Figura 5 - Ligações para ensaio com rotor bloqueado. Error! Bookmark not defined.

Figura 6 - Circuito equivalente com os valores de todas as impedâncias substituídas.

.................................................................................... Error! Bookmark not defined.

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Modos de operação da máquina de indução trifásica ..... Error! Bookmark

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Tabela 2 - Teste em vazio. .......................................... Error! Bookmark not defined.

Tabela 3 - Teste com rotor travado ............................. Error! Bookmark not defined.

Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Curva torque vs escorregamento para o motor ........ Error! Bookmark not

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Gráfico 2 - Curva corrente vs escorregamento para o motor ..... Error! Bookmark not

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Gráfico 3 - Curva Potencia vs escorregamento para o motor..... Error! Bookmark not

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Gráfico 4 - Curva rendimento vs escorregamento para o motor. Error! Bookmark not

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Gráfico 5 - Curva rendimento vs escorregamento para o motor. Error! Bookmark not

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Page 6: Relat mea3

5

1. Introdução Teórica

O motor de indução, de maneira simples, é composto de duas unidades: Estator

e Rotor. O espaço entre o estator e o rotor é denominado entreferro. O estator constitui

a parte estática e o rotor a parte móvel.

O estator é composto de chapas finas de aço magnético tratadas termicamente

ou de aço silício para reduzir ao mínimo as perdas por correntes parasitas e histerese.

Estas chapas têm o formato de um anel com ranhuras internas (vista frontal) de tal

maneira que possam ser alojados enrolamentos, os quais por sua vez, quando em

operação, deverão criar um campo magnético no estator.

Figura 1 - Representação de um estator

O rotor também é composto de chapas finas de aço magnético tratadas

termicamente, com o formato também de anel (vista frontal) e com os enrolamentos

colocados longitudinalmente.

Page 7: Relat mea3

6

Existem dois tipos de máquina de indução:

Motor ou Gerador de Indução Gaiola de esquilo: o rotor é composto de barras de

material condutor que se localizam em volta do conjunto de chapas do rotor, curto-

circuitadas por anéis metálicos nas extremidades.

Figura 2 - Esquema do rotor em gaiola

Motor ou Gerador de Indução com rotor Bobinado: o rotor é composto de

enrolamentos distribuídos em torno do conjunto de chapas do rotor.

Page 8: Relat mea3

7

Figura 3 - Esquema do rotor bobinado

1.1 Fórmulas necessárias

A partir das medições realizadas nos experimentos de motores com rotores

gaiola e bobinado, utilizando amperímetros, voltímetros, alicate wattímetro e

tacômetro, pode-se aplicar algumas equações para achar o toque máximo, a potência

entrega a carga e o rendimento do motor.

O torque pode ser encontrado pela seguinte fórmula:

𝜏 = 𝐹 . 𝑑 (1)

Onde : 𝜏 representa torque [N.m]

F representa força [kgf]

D representa distância do braço

Page 9: Relat mea3

8

2. Preparação Experimental

2.1 – Ensaio 1 – motor de indução trifásico bobinado

Page 10: Relat mea3

9

1. Utilizou-se na bancada o motor de indução com rotor bobinado. O circuito

montado está representado pela Figura 1.

Figura 4 - Ligações do circuito para o ensaio 1.

2. Foram feitas as ligações do circuito de acordo com a Figura 1, sendo o motor

ligado em delta-220 V em série. Ainda utilizou-se amperímetros, voltímetros,

alicate wattímetro e tacômetro para as medições dos parâmetros necessários.

3. Utilizou-se um amperímetro digital de painel para a corrente de linha.

4. Com a célula de carga desligada, aumentou-se gradualmente a tensão do

estator do motor de indução até que sua tensão de linha atingisse o tamanho

nominal, no caso 120 V.

5. Preencheu-se então a Tabelas 1 com os valores medidos das características

para a condição em vazio.

Page 11: Relat mea3

10

6. Variou-se a carga até que a corrente do estator atingisse seu valor nominal.

Fazendo variações de 0,1 A na corrente de linha a partir da corrente de linha

encontrada, foram anotados as medidas que faltavam na Tabela 1.

7. Por fim, foram calculadas as grandezas restantes requeridas na Tabela 1 pelas

fórmulas citadas anteriormente completando a Tabela 1.

2.2 – Ensaio 2 – motor de indução trifásico com rotor gaiola.

1. Utilizou-se na bancada o motor de indução com rotor gaiola em delta – 220 V

em série.

2. Conectou-se o motor à célula de carga.

3. Com a célula de carga desligada, ajustou-se a tensão de linha do estator até

seu valor nominal e foram anotadas as medidas na Tabela 2.

4. Variou-se gradativamente a carga até que a corrente do estator atingisse seu

valor nominal. Aplicando variações de 0,05 A e posteriormente de 0,1 A na

corrente através da alteração da carga, foram anotados os valores das

grandezas listadas na Tabela 2, utilizando os mesmos aparelhos do ensaio 1

para fazer as medições.

5. Então, foram calculadas as grandezas restantes requeridas na Tabela 2 pelas

fórmulas citadas anteriormente, completando a mesma.

3. Resultados e Discussões

3.1 Ensaio 1 – Motor de Rotor Bobinado

Page 12: Relat mea3

11

Após o circuito montado, como já descrito, para o motor de rotor bobinado,

foram coletados os dados a partir da velocidade nominal até a corrente máxima

aguentada pelo motor (3 A) e a partir dos mesmos se construiu a tabela abaixo:

Tabela 1 - Dados coletados do rotor bobinado em relação à corrente de linha

I [A] P [W] Q [Var] S [VA] fp n [rpm] F [KgF] T [Nm] Pmec [W] n

0,64 56 236 243 0,230 1762 0,00 0,00 0,00 0,00 0,74 158 231 279 0,564 1688 0,47 0,43 75,68 0,48 0,84 192 250 315 0,609 1652 0,64 0,58 100,86 0,53 0,94 202 293 356 0,650 1621 0,84 0,77 129,89 0,64 1,04 297 258 393 0,756 1584 1,04 0,95 157,15 0,53 1,14 339 232 411 0,826 1557 1,17 1,07 173,78 0,51 1,24 417 206 466 0,897 1520 1,44 1,31 208,80 0,50 1,34 432 239 494 0,875 1500 1,56 1,42 223,22 0,52 1,44 504 196 541 0,932 1439 1,75 1,59 240,22 0,48 1,54 546 207 588 0,929 1384 1,89 1,72 249,53 0,46 1,64 581 210 618 0,940 1346 1,95 1,78 250,38 0,43 1,74 618 221 656 0,942 1300 2,12 1,93 262,90 0,43 1,84 658 265 709 0,928 1252 2,18 1,99 260,36 0,40 1,94 665 297 735 0,905 1213 2,22 2,02 256,88 0,39 2,04 676 322 754 0,897 1176 2,29 2,09 256,90 0,38 2,14 686 363 776 0,884 1100 2,31 2,11 242,39 0,35 2,24 701 402 845 0,829 969 2,50 2,28 231,09 0,33 2,34 785 506 934 0,841 822 2,56 2,33 200,74 0,26 2,44 846 496 981 0,863 820 2,74 2,50 214,33 0,25 2,54 840 505 980 0,857 760 2,80 2,55 203,00 0,24 2,64 821 563 995 0,825 676 2,90 2,64 187,01 0,23 2,74 866 472 987 0,878 640 2,90 2,64 177,05 0,20 2,84 911 480 1029 0,885 557 3,03 2,76 161,00 0,18

Com os dados obtidos através do experimento utilizando o rotor bobinado foram

feitos os gráficos de Tensão, Corrente, Potência, fator de potência e rendimento, a fim

de se observar o comportamento do motor em carga em função da velocidade do

mesmo. Analisando a tabela é possível notar que os dados medidos e calculados a

partir da corrente de 0,94 A estão muito fora do observado em relação aos outros, por

isso serão desconsiderados do ponto de vista da análise, porém ainda serão levados

em conta para construção dos gráficos, esta divergência apresentada pelo ponto pode

ser justificada por uma medição falha no alicate wattímetro, uma vez que os valores

no mesmo tinham uma acentuada oscilação.

Page 13: Relat mea3

12

Gráfico 1 - Curva do Torque pela velocidade, obtidos com o rotor bobinado

Analisando o gráfico do torque observamos que ambos, teórico e prático se

comportam como o esperado. Nele vemos que os valores práticos obtidos foram

menores que os teóricos, como é esperado em qualquer experimento prático, pois em

um circuito real sempre há perdas e componentes que não funcionam idealmente,

sendo assim nunca podemos esperar grande proximidade nos resultados, e sim uma

proximidade no comportamento da curva, como ocorreu. Este comportamento se dá,

poiso torque cresce conforme o aumento da velocidade, mas em certo ponto, as

perdas da maquina fazem com que o torque diminua.

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

4.00

4.50

5.00

0 500 1000 1500 2000

Torq

ue

T[N

m]

Velocidade n[rpm]

T[Nm] x n[rpm]

Prático

Teorico

Poly. (Prático)

Poly. (Teorico)

Page 14: Relat mea3

13

Gráfico 2 - Curva da corrente pela velocidade, obtido com o rotor bobinado

Observando o gráfico da corrente, vemos que a mesma tem um comportamento

linear tanto teórico como prático em relação ao aumento da velocidade.

Gráfico 3 - Curva da Potência mecânica pela velocidade. Obtido com o rotor bobinado

Ao observarmos o gráfico da potência, vemos que a mesma sofre um aumento

conforme aumentamos a velocidade do rotor, mas novamente devido às perdas na

máquina, a potência sofre uma queda.

0

1

2

3

4

5

6

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Co

rre

nte

I[A

]

Velocidade n[rpm]

I[A] x n[rpm]

0.00

100.00

200.00

300.00

400.00

500.00

600.00

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Po

tên

cia

Me

cân

ica

Pm

ec[

W]

Velocidade n[rpm]

Pmec[W] x n[rpm]

Page 15: Relat mea3

14

Gráfico 4 - Curva do fator de potência pela velocidade. Obtido com o rotor bobinado

Em relação ao gráfico de fator de potência é possível notar uma grande

diferença entre o esperado pela teoria e o resultado prático, isso ocorre por falhas na

medição, uma vez que os valores flutuaram muito para esta medição, para tentar

corrigir esta falha utilizaram-se os maiores valores medidos pelo alicate wattímetro,

porém mesmo assim os valores ficaram distorcidos, obtendo um comportamento

contrário ao esperado.

Gráfico 5 - Curva do rendimento pela velocidade. Obtido com o rotor bobinado

Já o gráfico do rendimento se afastou do desejado, isso pode ser justificado

pelo motor real apresentar grandes divergências do ideal em todos os aspectos e

0.000

0.100

0.200

0.300

0.400

0.500

0.600

0.700

0.800

0.900

1.000

0 500 1000 1500 2000

Fato

r d

e p

otê

nci

a fp

Velocidade n[rpm]

fp x n[rpm]

0.00

0.20

0.40

0.60

0.80

1.00

1.20

400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Re

nd

ime

nto

n

Velocidade n[rpm]

Rendimento ŋ x n[rpm]

Page 16: Relat mea3

15

como o rendimento é dependente destes, acaba tendo um erro acumulado dos

mesmos, além do seu próprio.

Em seguida obtivemos as curvas características do motor de indução em

função da velocidade do eixo. Nesse caso o escorregamento foi utilizado como base,

pois os valores teóricos são em função do mesmo. Os dados obtidos teoricamente

através do circuito equivalente estão abaixo.

Gráfico 6 - Curva do torque pelo escorregamento. Obtido do circuito equivalente

A curva do torque em função do escorregamento ficou muito similar ao

esperado, uma vez que o torque vai aumentando, até o escorregamento chegar

próximo ao zero, onde uma queda ocorre. Nota-se que essa curva se assemelha muito

a curvado torque pela velocidade, isso acontece porque a velocidade é inversamente

proporcional ao escorregamento, sendo assim inverteu-se o eixo horizontal do gráfico,

decrementando o escorregamento na formação da curva e aproximando-a da curva

torque x velocidade.

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

4.00

4.50

5.00

00.20.40.60.81

Torq

ue

[N

m]

Escorregamento [s]

T[Nm] x Escorregamento [s]

Page 17: Relat mea3

16

Gráfico 7 Curva da corrente pelo escorregamento. Obtido do circuito equivalente

A curva da corrente por escorregamento também se aproxima da corrente por

torque, pelo mesmo motivo, e tal como curva de corrente anterior apresenta valores

satisfatórios.

Gráfico 8 - Curva do fator de potencia pelo escorregamento. Obtido do circuito equivalente

O gráfico do fator de potência teve o comportamento desejado, isso já era

esperado uma vez que o gráfico do fator de potência por escorregamento também

teve este comportamento.

0

1

2

3

4

5

6

7

00.20.40.60.811.2

Co

rre

nte

[A

]

Escorregamento [s]

I[A] x Escorregamento [s]

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

00.20.40.60.811.2

fato

r d

e p

otê

nci

a

Escorregamento [s]

Fp x Escorregamento [s]

Page 18: Relat mea3

17

Gráfico 9 - Curva da potência pelo escorregamento. Obtido do circuito equivalente

Gráfico 10 - Curva do rendimento pelo escorregamento. Obtido do circuito equivalente

Anteriormente, estão os gráficos de potência e rendimento, que também

obtiveram o comportamento esperado, uma vez que também foi o mesmo obtido com

estes dois parâmetros em função da velocidade.

Por último, as curvas características do motor de indução em função do

rendimento ŋ foram apresentadas para a região de operação do motor (medidas e

calculadas através do circuito equivalente).

0

100

200

300

400

500

600

00.20.40.60.81

Po

tên

cia

[W]

Escorregamento [s]

P[W] x Escorregamento [s]

0.000

0.200

0.400

0.600

0.800

1.000

1.200

00.20.40.60.81

Re

nd

ime

nto

ŋ

Escorregamento [s]

Rendimento ŋ x Escorregamento [s]

Page 19: Relat mea3

18

Gráfico 11 - Curva do torque em função do rendimento obtidos no rotor bobinado

Pode-se notar uma proximidade na característica das curvas, mesmo a teórica

tendo um valor menor, o que se dá pelas perdas que ocorrem no sistema e pelo motor

não ser ideal, como já foi dito. Também nota-se um ponto muito fora do restante da

curva, este é o ponto que por falhas decorrentes na medição não será analisado.

Gráfico 12 - Curva da potência em função do rendimento obtidos no rotor bobinado

O gráfico acima apresenta a curva da potência mecânica pelo rendimento, e

como já discutido anteriormente tem o comportamento desejado considerando as

perdas práticas e o pontos que está fora das análises.

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

0.13 0.23 0.33 0.43 0.53 0.63 0.73

Torq

ue

T[N

m]

rendimento n

Torque [Nm] x ŋ

Prático

Teórico

50.00

150.00

250.00

350.00

450.00

550.00

650.00

0.13 0.23 0.33 0.43 0.53 0.63 0.73

Po

tên

cia

Me

cân

ica

Pm

ec[

W]

rendimento n

Pmec[W] x ŋ

Page 20: Relat mea3

19

Gráfico 13 - Curva da corrente em função do rendimento obtidos no rotor bobinado

Já o gráfico da corrente por rendimento, mesmo se aproximando do desejado,

mostra uma diferença, que é o coeficiente angular diferente entre o teórico e o

experimental, isso também se deve as divergências que um circuito real apresenta.

Gráfico 14 - Curva do fator de potência em função do rendimento obtidos no rotor bobinado

Analisando o gráfico do fator de potência, vemos que o valor teórico obtido do

circuito equivalente, satisfez às expectativas. Mas, o valor medido teve uma diferença

razoável, apesar de apresentar um formato que se assemelha ao esperado. Tal

variação pode ser atribuída aos erros dos aparelhos e do alicate wattímetro que

oscilava muito durante todo o experimento.

1.5

2

2.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

0.13 0.23 0.33 0.43 0.53 0.63 0.73

Co

rre

nte

I[A

]

rendimento n

I[A] x ŋ

0.000

0.100

0.200

0.300

0.400

0.500

0.600

0.700

0.800

0.900

1.000

0.13 0.33 0.53 0.73 0.93 1.13

Fato

r d

e p

otê

nci

a fp

rendimento n

fp x ŋ

Page 21: Relat mea3

20

Gráfico 15 - Curva da velocidade em função do rendimento obtidos no rotor bobinado

Pelo gráfico da velocidade, vemos que quando maior a velocidade, maior o

rendimento da maquina. Más em certo ponto, esse rendimento começa a cair.

Fenômeno que corresponde às perdas que existem na maquina que começam a ser

significativas quando comparadas aos valores teóricos.

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

0.13 0.23 0.33 0.43 0.53 0.63 0.73

valo

cid

ade

n[r

pm

]

rendimento n

n[rpm] x Rendimento ŋ

Page 22: Relat mea3

21

3.2 - Ensaio 2 – Rotor Gaiola

Para este ensaio foi utilizado o motor de rotor tipo gaiola, foram coletados os

dados a partir da velocidade nominal até a corrente máxima aguentada pelo motor (3

A) e a partir dos mesmos se construiu a tabela abaixo:

Tabela 2 - Dados coletados do rotor gaiola em relação à corrente de linha

I [A] P [W] Q [Var] S [VA] fp n [rpm] F [KgF] T [Nm] Pmec [W] n

1,74 150 665 682 0,220 1795 0,00 0 0,00 0 1,79 260 641 693 0,377 1774 0,63 0,574182 106,61 0,41 1,84 314 664 707 0,444 1765 0,91 0,829374 153,22 0,48 1,89 347 633 722 0,448 1754 1,15 1,04811 192,42 0,55 1,94 385 634 752 0,518 1747 1,31 1,193934 218,31 0,56 1,99 444 616 760 0,585 1738 1,53 1,394442 253,66 0,57 2,04 450 635 779 0,578 1727 1,76 1,604064 289,95 0,64 2,09 483 629 793 0,609 1722 1,90 1,73166 312,11 0,64 2,14 507 629 808 0,627 1714 2,06 1,877484 336,82 0,66 2,19 552 617 828 0,667 1706 2,19 1,995966 356,40 0,64 2,24 566 628 845 0,670 1703 2,28 2,077992 370,40 0,65 2,29 600 630 870 0,689 1695 2,41 2,196474 389,68 0,64

2,34 619 642 892 0,694 1690 2,50 2,2785 403,04 0,65 2,39 659 630 911 0,723 1684 2,62 2,387868 420,88 0,63 2,44 682 628 927 0,736 1677 2,75 2,50635 439,93 0,64 2,54 731 633 967 0,756 1666 2,93 2,670402 465,65 0,63 2,64 765 647 1002 0,764 1652 3,08 2,807112 485,38 0,63 2,74 822 640 1042 0,789 1639 3,09 2,816226 483,12 0,58 2,84 861 658 1084 0,794 1623 3,10 2,82534 479,95 0,55

3 929 642 1130 0,823 1601 3,40 3,09876 519,26 0,55

Com os dados obtidos através do experimento utilizando o rotor gaiola,

foram feitos os gráficos de tensão, corrente, potência, fator de potência e rendimento,

a fim de se observar o comportamento do motor em carga em função da velocidade

do mesmo.

Page 23: Relat mea3

22

Gráfico 16 - Curva de Torque pela velocidade obtida no ensaio com rotor gaiola

Este gráfico mostra o valor do torque pela velocidade e se assemelha com o

mesmo gráfico para o rotor bobinado, porém como neste ensaio a velocidade não teve

uma queda tão acentuada quanto a do ensaio anterior, a comparação só é possível

para a alta velocidade.

Gráfico 17 - Curva da corrente pela velocidade obtida no ensaio com rotor gaiola

Com esta curva podemos notar como o aumento da corrente para este tipo de

motor, não afetou a rotação como o motor anterior, isto pode ser justificado pela

corrente te partida estar significante mais próxima do valor final, começando com

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

1550 1600 1650 1700 1750 1800 1850

Torq

ue

T[N

m]

Velocidade n[rpm]

Torque [Nm] x n[rpm]

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

1550 1600 1650 1700 1750 1800 1850

Co

rre

nte

I[A

]

Velocidade n[rpm]

I[A] x n[rpm]

Page 24: Relat mea3

23

aproximadamente 58% do valor desejado, sendo que o motor de rotor bobinado teve

a corrente próxima do 20% da corrente final.

Gráfico 18 - Curva de Potencia pela velocidade obtida no ensaio com rotor gaiola

Este gráfico demonstra que para altas rotações a potência mecânica tem um

comportamento inversamente proporcional à velocidade, porém para a baixa rotação

o contrário acontece, transformando o gráfico completo em uma hipérbole.

Gráfico 19 - Curva do fator de potência pela velocidade obtida no ensaio com rotor gaiola

Analisando o gráfico do fator de potência, vemos que para altas rotações, o

mesmo tem um comportamento inversamente proporcional ao aumento da

0.00

100.00

200.00

300.00

400.00

500.00

600.00

1550 1600 1650 1700 1750 1800 1850

Po

tên

cia

Me

cân

ica

Pm

ec[

W]

Velocidade n[rpm]

Pmec[W] x n[rpm]

0.000

0.100

0.200

0.300

0.400

0.500

0.600

0.700

0.800

0.900

1550 1600 1650 1700 1750 1800 1850

Fato

r d

e p

otê

nci

a fp

Velocidade n[rpm]

fp x n[rpm]

Page 25: Relat mea3

24

velocidade. O fator de potência, depende da corrente do circuito e como observado

no gráfico 17, a corrente nesse caso foi diminuindo conforme o aumento da rotação.

Fenômeno que se reflete no fator de potência.

Gráfico 20 - Curva do rendimento pela velocidade obtida no ensaio com rotor gaiola

Analisando o gráfico do rendimento, observamos que até certas velocidades, o

mesmo possui um comportamento de aumento linear. Mas a partir de certa rotação,

próxima a 1700 RPM, o mesmo começa a cair, isso se deve às perdas que começam

a interferir no desempenho da maquina.

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

1550 1600 1650 1700 1750 1800 1850

Re

nd

ime

nto

n

Velocidade n[rpm]

Rendimento ŋ x n[rpm]

Page 26: Relat mea3

25

3.3 - Questão 2.23)

Sim, a diferença é notada em alguns aspectos, como em relação ao torque,

mesmo que as curvas de torque dos motores de rotor em gaiola e rotor bobinado

possuem o mesmo formato, a curva de torque do motor gaiola possui valores mais

elevados de torque de partida, de torque máximo e de torque nominal. Em relação à

potência, nota-se que as curvas de potência mecânica têm uma significante diferença,

uma vez que o motor de rotor gaiola não teve a mesma perda de velocidade que o

motor bobinado, gerando assim, juntamente com o torque que também possui valores

maiores, uma potência mais elevada no motor rotor gaiola.

Já em relação a corrente, para o motor de rotor em gaiola as correntes de

partida, máxima e nominal são mais elevadas que as correntes do motor bobinado.

Também é possível perceber que com a diminuição do escorregamento,

melhora-se o fator de potência, e ainda que ambos os motores possuam curvas

praticamente equivalentes para altas rotações, porém como motor de rotor em gaiola

não chegou a ter baixa rotação, não é possível realizar a comparação para esta região

de funcionamento.

Em relação às curvas de rendimento, também é notada uma semelhança entre

os dois motores para altas rotações, ou rotações nominais, os rendimentos de ambos

os motores são de aproximadamente 55%.

Page 27: Relat mea3

26

4. Conclusão

Através deste experimento foi possível concluir que os dois tipos de motores,

rotor bobinado e rotor gaiola, possuem algumas características particulares, tal como

a corrente de partida ou o torque exercido, porém o comportamento da duas máquinas

é muito similar, para praticamente todos os parâmetros medidos. Com esse

experimento, observamos também que o circuito equivalente obtido no laboratório

passado, satisfaz os parâmetros de ambos os motores. Podemos notar isso nos

gráficos teóricos construídos na parte 1 do experimento.

Alguns dados coletados fugiram do padrão esperado devido a alguma falha na

hora da medição, ou alguma falha no próprio motor. Mesmo assim, fazendo uma

aproximação com uma curva de tendência, pudemos obter as curvas esperadas e

compará-las com as teóricas.

Como já discutido anteriormente, também é notada uma semelhança entre os

dois motores com relação ao rendimento. Para altas rotações, ou rotações nominais,

o rendimento de ambos os motores nos testes práticos foi de aproximadamente 55%.

Page 28: Relat mea3

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5. Referências Bibliográficas

[1] – P. C. Sen. Principle sod Electric machines and power Electronics. John Willey &

Sons.

[2] – A. E. Fitzgerald, C. Kingley Jr. and S. D Umans. Máquinas Elétricas. Bookman.