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Curso Senado

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Mdulo I - Conceitos Elementares e Correntes Tericas das RelaesInternacionaisUnidade1-AsRelaesInternacionaisnoMundoContemporneo:Dilemas e erspecti!as"#$ % - As Relaes Internacionais no mundo contemporneoAsltimasdcadasdosculoXXforammarcadaspelaintensifcaodasrelaes entre os povos, de uma maneira como nunca experimentadaanteriormente. Cada vez mais, as distncias esto menores, tempo e espaoperdem o sinifcado !ue tin"am para nossos pais e av#s, e as pessoas dediferenteslocaisdolo$otomamconsci%nciade!ue&amenor distnciaentre dois pontos uma tecla'. (sculoXX) c"eoutrazendorandescon!uistas* omundoest+menor,lo$alizado, interliadof,sicaeeletronicamente- pode.setomar cafem/ondres e almoar em 0as"inton- as fronteiras perdem sua importncia- osistemainternacional v%.secadavezmaisinterado- atecnoloiaalcanamil"esdepessoas, eno"+limiteaocon"ecimento"umano. (ltimosculo do seundo mil%nio presenciou uma evoluo tecnol#icainimain+vel1"#$ & - ' rocesso de (lo)ali*a+o( termo lo$alizao pode ser entendido como fen2meno de acelerao eintensifcao de mecanismos, processos e atividades, com vista 3 promoode uma interdepend%ncia lo$al e, em ltima escala, 3 interao econ2micae pol,tica em m$ito mundial. 4rata.se de conceito revolucion+rio,envolvendoaspectossociais, econ2micos, culturaisepol,ticos. 5eistre.se,ademais, !ue essa apenas uma das v+rias conceituaes do fen2meno, o!ual no recente, mas se acelerou a partir da seunda metade do sculoXX. 6m dos aspectos mais importantes da lo$alizao envolve a ideia crescentedo&mundosemfronteiras'. )ssopercept,vel emtermos como&aldeialo$al' e &economia lo$al'. 7oucos luares do mundo esto a mais de dezdias deviaem, eacomunicaoatravs das fronteiras praticamenteinstantnea. 8mnossosdias, comaseconomiasinterliadas, $locosseformam, comconse!u%ncias !ue ultrapassam os $enef,cios econ2micos, pois as con!uistassociais e pol,ticas de ummem$ro do $loco loo devero c"ear aosterrit#rios de todos os outros. 7rinc,pios como a democracia e a preval%nciados direitos "umanos podemser defendidos e aru,dos emtroca de$enef,cios econ2micos. Cite.se, por exemplo, o caso de pa,ses como 9rcia,7ortual e 8span"a, !ue, para serem aceitos na ento Comunidade 8uropeia,tiveram !ue promover importantes mudanas econ2micas, sociais e pol,ticas.(mesmoseaplica34ur!uia, !ueaspiraatornar.separtedamoderna8uropa. :ocasodo;ercadoComumdo mundial, seundo a (ranizao das:aes 6nidas =(:6>. Assim, ao lado das randes con!uistas, "+ novos e randes desafos* partesinifcativa da populao mundialainda permanece no sculo X)X. :aesricas e pr#speras convivemcom8stados !ue comportammil"es demiser+veis. Aluns locais do lo$o ainda no sa,ram da )dade ;dia1 :ovas eantias doenas a@iem mil"es. Cite.se, ainda, a parte sinifcativa da raa"umana !ue sofre coma fome, a po$reza, as uerras. A sociedadeinternacionalpresencia crises econ2micas, pol,ticas, culturais e sociais. 8 odestino da "umanidade permanece uma rande inc#nita. "#$ - - Meio Am)iente. Direitos /umanos. Con0itosInternacionacionais(utro importante tema de relaes internacionais neste mundo lo$alizadoenvolve os pro$lemas am$ientais. Cada vez mais a "umanidade tomaconsci%nciade!ueomeioam$ientenopodeser tratadocomoassuntointerno dos 8stados e !ue os danos am$ientais ultrapassam as fronteiras. Aterraumcorponicoeseusrecursossopatrim2niodetodososseres"umanos edas futuras eraes. Da, !ue os males causados ao meioam$iente afetam toda a "umanidade.Con!1m re#istrar 2ue. para Relaes Internacionais como disciplinaacad3mica ou "rea do con4ecimento. empre#aremos iniciaismai5sculas. en2uanto 2ue. 2uando nos re6erirmos ao o)7eto deestudo. usaremos o termo em min5sculas$:o ltimo !uartel do sculo XX, a proteo ao meio am$iente passou a serumadas randes preocupaes dacomunidadeinternacional, nos#naesferadeoverno, mastam$mentretodosos"a$itantesdoplaneta. AConfer%nciado5iodeEaneirodeFGGHexerceuessasalutar in@u%ncia, emultiplicaram.senasltimasdcadasostratadosso$retodososaspectosam$ientais, tanto assim!ue se calcula emmais de mil os tratadosinternacionais assinados so$re o tema. 4am$m a proteo aos direitos "umanos um assunto em voa, so$retudo!uando not,cias de violaes a esses direitos nos c"eam de todas as partesdo planeta. :o moderno sistema internacional, aresses contra uma pessoadevemser consideradas crimes contra toda a raa "umana. (intensotra$al"o das cortes internacionais de direitos "umanos na8uropa enocontinente americano re@etem essa nova realidade. Ademais, 3 medida !ue nos aproximamos uns dos outros, surem tam$m oscon@itos, outro componente marcante da aenda internacional desdesempre. 8noextremodoscon@itos, temosauerra, so$suasdiferentesformas. :esse sentido, o sculo XX foi marcado por uma rande !uantidadedeuerrasportodoolo$o, inclusivecomdoiscon@itos!ueenvolverampraticamente toda a sociedade internacional. De fato, uma das randes certezas do sculo XX) !ue nele aindapresenciaremos ofen2menoda uerra.8ntretanto,alunscoitammesmo!ue a uerra, neste sculo, no ser+ mais entre pa,ses, mas entre civilizaes=I6:4):94(:, FGGJ>."#$ 8 - Importncia do con4ecimento de Relaes Internacionais8is, portanto, orandeparadoxolo$al* aoladoderandescon!uistas,randesdesafos1 8nessecontexto!ueseperce$eanecessidadedecon"ecimentodas relaes internacionais. Atualmente, !uemnoestiverinformadoso$reo!ueocorrenomundopoder+ver.se$astantelimitado,pessoal e profssionalmente. IoKe, asociedadeinternacional est+tointerliada, tointeradaemumprocesso de lo$alizao, !ue situaes ocorridas na C"ina podem afetar an#s, $rasileiros, do outro lado do planeta. Da, !ue o pro$lema do outro passaa ser tam$m um pro$lema nosso, e o $em.estar de cada "omem passa asinifcar o $em.estar de toda a "umanidade. :esse contexto, se voc% no parte da soluo, parte do pro$lema1' 9rasil e as Relaes InternacionacionaisComo!uintomaior pa,sdolo$oempopulaoedimensoterritorial, eestando entre as maiores economias do planeta, com condies e pretensesde se tornar uma rande pot%ncia, o Crasil no pode se furtar a ter um papelde desta!ue nas relaes internacionais. As transformaes eacontecimentos no mundo lo$alizado faro cada vez mais parte de nossodia a dia, em uma tend%ncia praticamente irrevers,vel. 8stamosestrateicamentelocalizados, temosfronteirascompraticamentetodos os pa,ses sul.americanos, e com o Atlntico, principal via para a 8uropae a Lfrica. Ademais, somos uma nao tida como pac,fca e respeitadora dodireitointernacional ecomincontest+veisatri$utosdelideranareional.Minalmente, no devemos desconsiderar nossas maiores ri!uezas* os recursosnaturaiseumpovomultitnico, empreendedor e, nosdizeresde9il$ertoMreNre, com suas peculiares &caracter,sticas antropof+icas'. 7ouco sinifcativa diante de suas potencialidades a atuao $rasileira nocen+riointernacional. ApenasnasltimasdcadasdosculoXX!ueoCrasil comeou a se fazer mais presente. )sso coincide com o surimento e odesenvolvimento dos primeiros cursos de 5elaes )nternacionais no 7a,s ecomo aumento do interesse nas !uestes internacionais por parte dediversos setores da nossa sociedade. O premente a necessidade de !ue os $rasileiros ten"am alum con"ecimentode 5elaes )nternacionais. :a Administrao 7$lica, essa demanda maisevidente. :o 7oder /eislativo, fundamental !ue a!ueles !ue assessoramosleisladorescon"eamasprincipaislin"asdapol,ticainternacional to$em !uanto con"ecem a pol,tica interna $rasileira. Afnal, pol,tica interna epol,tica externa esto estreitamente relacionadas* as aes da!uela afetaroe sero afetadas por esta e vice.versa."#$ : - As Relaes Internacionais e a Constitui+o 9rasileiraAimportnciadasrelaesinternacionaistam$mpodeser perce$idanamaneira como o tema tratado na Constituio Mederal. A Carta ;ana, K+em seu 4,tulo ), referente aos &7rinc,pios Mundamentais', esta$elece, no art.AP, os princ,pios !ue reem as relaes internacionais do Crasil* Q independ%ncia nacional-Q preval%ncia dos direitos "umanos-Q autodeterminao dos povos-Q no interveno-Q iualdade entre os 8stados-Q defesa da paz-Q soluo pac,fca dos con@itos-Q repdio ao terrorismo e ao racismo-Q cooperao entre os povos para o proresso da "umanidade-Q concesso de asilo pol,tico. Ainda no !ue concerne 3 /ei ;aior, tam$mos direitos e arantiasfundamentaisestointimamenterelacionados3sexperi%nciasvivenciadaspela comunidade das naes ao lono de sua "ist#ria. Moi raas 3srevoluesem pa,sescomoa)nlaterra,aMrana,os86Aea5ssia,e 3difuso desses princ,pios para alm de suas fronteiras, !ue o mundo moldouuma cultura de direitos fundamentais !ue "oKe so in!uestion+veis em todo oplaneta. 8 a violao a esses direitos era repulsa da comunidadeinternacional.A Constituio de FGJJ inovou ao elencar, de forma sistem+tica, os princ,pios!ue reemnossas relaes internacionais. 7ara maior aprofundamento,suerimos a leitura do artio R(s princ,pios das relaes internacionais e osHSanosdaConstituioMederalR, do7rofessorAlexandre7ereirada, por exemplo, v% no !ue c"ama de &fator direitos"umanos' um dos principais meios de retomada de uma cultura m,nima deproteo internacional no p#s.9uerra. (relacionamento entre 8stado eindiv,duo,!ue tradicionalmente foio$Keto de preocupao de leis internas,no mais podeser consideradouma!uesto puramentedomstica dospa,ses. AConstituioda5ssiadeFGGV, por exemplo, trouxecomoprinc,pioaincorporao das normas internacionais ao sistema Kur,dico interno e apreval%nciadosacordosinternacionaisdos!uaisaMederao5ussafaaparte, caso estes esta$eleam reras !ue difram da!uelas estipuladas em leiinterna. )sso tem se mostrado uma tend%ncia constitucional em v+rios pa,ses.Wuando no "+ dispositivos leais expressos, as cortes constitucionais t%mdado o rumo da interpretao.:a dcada de FGGX, as cortes constitucionais da Iunria e da 7ol2nia, porexemplo,decidiram !ue aConstituio e asnormas internas deveriamserinterpretadas de tal forma !ue as normas internacionais eralmente aceitastivessem fora efetiva. I+, portanto, em todo o planeta, sinais de uma crescente interdepend%nciaat mesmo no campo Kur,dico, e o 4ri$unal 7enal )nternacional nada mais !ue uma expresso e conse!u%ncia disso.a#$ ; - ' oder 8 o ."#$ 8 - A 6ase realista(s acontecimentos internacionais novamente foramessenciais para amudana no aporte te#rico. ( 5ealismo representou, emumprimeiromomento, a reao dos especialistas 3s insufci%ncias te#ricas e pr+ticas dosidealistas, nocontextodeconvulsesinternacionaisdosanostrintaedapr#pria e $aixa pol,tica =lo` politics> dos realistas."#$ 1@ - (lo)alismoIistoricamente, o9lo$alismoserelacionacomosurimentodo4erceiro;undo na pol,tica mundial. :esse sentido, representa uma viso inorada edesprestiiada da realidade internacional. 7ara eles, a "ierar!uia, como umacaracter,stica c"ave, mais importante do !ue a anar!uia, dada adesiualdade na distri$uio do poder dentro do sistema. Timos !ue os realistas oranizam seus estudos em torno da !uesto $+sicade como a esta$ilidade pode ser mantida num macroam$iente an+r!uico. (spluralistasseperuntamcomomudanaspac,fcaspodemserpromovidasnum mundo !ue crescentemente interdependente pol,tica, militar, social eeconomicamente. (s lo$alistas, por sua vez, se concentram na !uesto depor !ue tantos pa,ses do 4erceiro ;undo na Amrica /atina, na Lfrica e naLsia no t%mconseuido se desenvolver. 7ara muitos lo$alistas, maisliados3lin"amarxista, essa!uestofazpartedeumcampomaior dean+lise* o desenvolvimento do capitalismo no mundo. (s lo$alistas so uiados por !uatro proposies. 7rimeiro, necess+rio entender o contexto lo$al em !ue 8stados e outrosatores interaem. (s lo$alistas arumentam !ue para explicar ocomportamento em !ual!uer n,vel de an+lise Y o individual, o $urocr+tico, osociet+rio e o estatalY, necess+rio, antes, entender a estrutura eraldosistema lo$al no !ual esses comportamentos se manifestam. Assim como osrealistas, lo$alistas acreditam !ue o ponto de partida da an+lise o sistemainternacional. :uma extenso mais lara, o comportamento de atoresindividuais explicado por um sistema !ue fornece limitaes eoportunidades. e os vizin"os po$res doIemisfrio .Minalmente, os lo$alistas defendem !ue os fatores econ2micos soa$solutamentecr,ticosparaseexplicar aevoluoeofuncionamentodosistema capitalista mundial ea releao do 4erceiro ;undopara umaposio su$ordinada. A economia funciona como uma espcie de &altapol,tica' para os lo$alistas.7ara fns did+ticos, podemos traar o seuinte !uadro, !ue relaciona os tr%sparadimas das 5elaces )nternacionais*"#$ 11 - 'utras correntes tericas(< 95A:D8< D8CA48< 48a5)C(< Idealismo A Realismo(de$ateentrerealistas eidealistas iniciou.senadcadadeFGVX. :oo$stante, conforme acentua Arenal =FGJA>, trata.se &de um de$ate !ue est+presente, commaior ou menor fora, emtoda a "ist#ria da teoriainternacional, inclusivetendoreco$radoforacomnovasperspectivasemnossos dias'. De acordo com Eo"n Ierz =FGSF, p.J>, o )dealismo um tipo depensamento pol,tico !ue &no con"ece os pro$lemas !ue surem do dilemada seurana e poder', ou !ue o faz &somente de uma forma superfcial'. (5ealismo, por sua vez, ao contr+rio, considera fatores de seurana e poderinerentes 3 sociedade "umana. Arenal relaciona as caracter,sticas essenciais do )dealismo e do 5ealismo na4a$ela F*Assim, paraosidealistas, apol,ticaaartedo$omoverno, eopoderpol,tico no constitui fen2meno natural, lei imut+vel da natureza. A passam a ser de responsa$ilidade de todos-o - aideiadee!uil,$riodepoder naordeminternacional, esta$elecidopelas 7ot%ncias"#$ & - ' Realismo(s realistas tiveram por o$Ketivo inicial defnir as caracter,sticas !ue fariamdocampodeestudodas5elaes)nternacionaisumaci%nciapr#pria. Da,$uscaremdistinuir, preliminarmente, a pol,tica internacional da pol,ticainterna dos 8stados. Desenvolveram, ento, a percepo an+r!uica dosistema internacional. Assim, osrealistasperce$emosistemainternacional comoan+r!uico, no!ual noexistepodercentral ousuperiordos8stadosso$eranos. 7araosrealistas, os 8stados no recon"eceme no se su$metema !ual!uerautoridade !ue no a sua pr#pria, tam$m no estando, em ltima an+lise,internacionalmente suKeitos nem mesmo 3s reras do Direito. :esse sentido,os 8stados &so livres para fazer sua pr#pria Kustia e podem recorrer 3 forapara defender seus interesses nacionais' =, protee.osearanteaordem. :aesferainternacional, entretanto, declaramosrealistas, no"+umaautoridadesuperior 3!ual os8stadosesteKamdispostosatransferirparcela de seu poder ou so$erania em troca de seurana.7ara arantir sua seurana, os 8stados iro $uscar aumentar seu poder Ydefnido pela capacidade de in@uenciar os demais 8stados e de serin@uenciado o m,nimo por eles Y, proKetando.o no sistema internacional. 8ssepoder relaciona.se intimamente com o uso da fora Y so$retudo de poderiopol,tico.militar eos aspectos econ2micos relacionados a ele. 8moutraspalavras, !uanto mais forte for um 8stado frente a seus pares, menos suKeitoa ser su$Kuado por estes ele se encontra."#$ , - ' Realismo7aradoxalmente,uma vez!ue imposs,velacoexist%ncia em umsistemainternacional ca#tico, os realistas acreditam !ue "+ uma ordem internacionalesta$elecida pelas 7ot%ncias Y 8stados mais poderosos Y, !ue a impem aosdemais Atores. A ordem se fundamenta, portanto, em um e!uil,$rio de poderinstitu,do pelas relaes entre as 7ot%ncias. Wuando uma 7ot%ncia aumentasua esfera de poder, entrar+ em atrito com as demais Y !ue no aceitaro versua capacidade de in@u%ncia diminu,da. Dessa maneira, o sistema poder+ serlevado ao dese!uil,$rio, c"eando.se ao con@ito entre os 8stados poderosos,!ue culminar+, por sua vez, em uma nova ordem imposta pelos vencedores. (s realistas no acreditamemuma ordeminternacional institu,da porprinc,piosmoraisefraternos. Wual!uerformadecooperaointernacionalser+ conduzida pelos 8stados en!uanto esses perce$erem !ue a cooperaoarantir+ mais seurana !ue a no cooperao. As instituiesinternacionais so fr+eis e somente prevalecem en!uanto for maisconveniente para as 7ot%ncias. :o meio internacional, o Direito aca$a!uando a fora comea. Destarte, paraosrealistas, os8stadoss#seuiroedefenderooDireito)nternacional en!uanto isso l"es for interessante. Caso as instituiesKur,dicasinternacionais contrarieminteressesdeum8stado, estenosefurtar+ aviol+.las, desde !ue ten"a capacidade Ypotencialidade deuso daforaY parafaz%.loeparasuportar as reaes dos outros 8stados !uedefendam a!ueles institutos. 7eriodicamente, os overnos recorrem 3 fora eviolam os princ,pios de Direito )nternacional, produzindo, inclusive,arumentos Kur,dicos para Kustifcar sua pol,tica de aresso. (utro aspecto importante do pensamento realista a percepo do 8stadocomo o nico, ou, no m,nimo, o principalAtor nas 5elaes )nternacionais.:essaperspectiva, osdemaisAtoresYrecon"ecidamenteasoranizaesinternacionais Y no seriam mais !ue instrumento de mano$ra das 7ot%nciaspara arantir sua "eemonia na se utiliza do 8struturalismo para criar o seu:eorrealismo, tam$m c"amado de 5ealismo 8strutural, ao fnal da dcadadeFG[X, !ueelemodestamentec"amade&revoluodeCoprnico'nom$ito das 5elaes )nternacionais. 0altz identifca tr%s n,veis de an+lise nas 5elaes )nternacionais* o)ndiv,duo, o 8stado e a , eo. Dos tr%s n,veis dean+liseidentifcados por ele, concentra.se no terceiro n,vel, para dizer !ue aanar!uia uma constante, um &dado' na estrutura do eaelevar a &$aixa pol,tica' =lo` politics Y comrcio, fnanas internacionais etc.>. :a poca em !ue suriu, a discusso era travada entre os !ue acreditavam!ue o sistema internacional no estava sofrendo nen"uma mudanasist%mica=aescolaneorrealista> eos!uearumentavam!ueo5ealismopassou a ser umuia inade!uado para a compreenso das mudanasdram+ticas ocorridas nas relaes internacionais como resultado das forasecon2micas transnacionais =a escola neoli$eral>. "#$ 1% - Eeorrealistas A Eeoli)erais e a Teoria da Interdepend3nciaArazodessede$ateeraacrisedosistemaCretton0oods, acrisedeconversi$ilidade do d#lar e os c"o!ues de petr#leo, eventos !ue a$alaramtodo o mundo. 8, claro, no se pode deixar de citar, o fracasso dos 86A na9uerra do Tietn. ,a direo dainterdepend%ncia econ2micadependiada distri$uio de poder no