relações internacionais e globalização · aula 11 6ª-feira, 17 de março . ascensão da china:...

36
Relações Internacionais e Globalização DAESHR014- 13SB (4-0-4) Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI [email protected] UFABC – 2017.I (Ano 2 do Golpe) Aula 11 6ª-feira, 17 de março

Upload: trinhthuan

Post on 15-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Relações Internacionais e Globalização DAESHR014- 13SB

(4-0-4) Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI

[email protected]

UFABC – 2017.I

(Ano 2 do Golpe)

Aula 11

6ª-feira, 17 de março

Page 2: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Ascensão da China:

importância econômica e geopolítica

2

Page 3: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Para falar com o professor:

• São Bernardo, sala 322, Bloco Delta, 2as-feiras e 6as-feiras, das 13-15h (é só chegar).

• Atendimentos fora desses horários, combinar por email com o professor: [email protected]

3

Page 4: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Módulo II: Módulo II: Breve introdução à

história de nosso tempo futuro

Aula 11 (6ª-feira, 17 de março): Ascensão da China: importância econômica e geopolítica.

Texto base:

ARRIGHI, Giovanni (2008) “Origem e dinâmica da ascensão chinesa”, p. 357-383, “Epílogo”, p. 383-393.

Texto complementar:

VAZ-PINTO, Raquel (2014) “Peaceful rise and the limits of Chinese exceptionalism”, p. 210-224.

MEARSHEIMER, John J. (2010) “The Gathering Storm: China’s Challenge to US Power in Asia”, p. 381–396.

CLINTON, Hillary R. (2011) “America’s Pacific Century”, p. 1-17. ZENG, Jinghan, BRESLIN, Shaun (2016) “China’s ‘new type of Great Power relations’: a G2 with Chinese characteristics?”, p. 773-794.

4

Page 5: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

5

Page 6: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: um quadro histórico

• A China é a “novidade mais velha” do sistema internacional contemporâneo.

• Há registros históricos da existência de entidades político-territoriais na região da atual China desde o ano de 2100 a.C. – o que é diferente de dizer que a China “sempre existiu”.

• Uma série de povos internos e externos controlaram essa região ao longo desses 4000 anos.

6

Page 7: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: um quadro histórico

ca. 2100-1600 BCE Xia (Hsia) Dynasty

ca. 1600-1050 BCE Shang Dynasty Capitals: near present-day Zhengzhou

and Anyang

ca. 1046-256 BCE Zhou (Chou) Dynasty Capitals: Hao (near present-day Xi'an)

and Luoyang

Western Zhou (ca. 1046-771 BCE)

Eastern Zhou (ca. 771-256 BCE) Spring and Autumn Period

(770-ca. 475 BCE)

Confucius (ca. 551-479 BCE)

Warring States Period

(ca. 475-221 BCE)

221-206 BCE Qin (Ch'in) Dynasty Capital: Chang'an, present-day Xi'an

Qin Shihuangdi dies, 210 BCE 7

Page 8: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: um quadro histórico

8

206 BCE-220 CE Han Dynasty

Western/Former Han (206 BCE-9 CE) Capital: Chang'an

Confucianism officially established as

basis for Chinese state by Han Wudi (r.

141-86 BCE)

Eastern/Later Han (25-220 CE) Capital: Luoyang

220-589 CE Six Dynasties Period

Period of disunity and instability

following the fall of the Han; Buddhism

introduced to China

Three Kingdoms (220-265 CE) Cao Wei, Shu Han, Dong Wu

Jin Dynasty (265-420 CE)

Period of the Northern and Southern

Dynasties (386-589 CE)

581-618 CE Sui Dynasty Capital: Chang'an

618-906 CE Tang (T'ang) Dynasty Capitals: Chang'an and Luoyang

Page 9: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: um quadro histórico

9

907-960 CE Five Dynasties Period

960-1279 Song (Sung) Dynasty

Northern Song (960-1127) Capital: Bianjing (present-day Kaifeng)

Southern Song (1127-1279) Capital: Lin'an (present-day Hangzhou)

1279-1368 Yuan Dynasty The reign of the Mongol empire;

Capital: Dadu (present-day Beijing)

1368-1644 Ming Dynasty Re-establishment of rule by Han ruling

house; Capitals: Nanjing and Beijing

1644-1912 Qing (Ch'ing) Dynasty Reign of the Manchus; Capital: Beijing

1912-1949 Republic Period Capitals: Beijing, Wuhan, and Nanjing

1949-present People's Republic of China Capital: Beijing

Page 10: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China século XIX: Dinastia Ching (1644-1912)

• “Século da humilhação”, segundo a narrativa histórica chinesa.

• Assinatura de uma série de tratados desiguais entre potências europeias e China e Japão.

• Guerras do Ópio (1939-1842 e 1856-1860): guerras entre a Grã-Bretanha e a China em que aquela impôs o estabelecimento de portos ao comércio com os britânicos. Tratado de Nanquim (primeiro tratado desigual) determinou a abertura de cinco portos [no Brasil, o tratado de abertura dos portos à Grã-Bretanha data de 1808], a cessão perpétua da ilha de Hong Kong ao império britânico (acordo entre Grã-Bretanha e China em 1984 determinou a devolução de Hong Kong à China em 1997) e direitos de extraterritorialidade aos britânicos.

• Outras potências ocidentais e o Japão Imperial seguiram os passos da Grã-Bretanha e impuseram tratados desiguais à China.

10

Page 11: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: século XX

• Rebelião dos Boxers (1899-1901): movimento nacionalista anti-imperialista que se rebelou contra a atuação das potências imperiais na China. Rebelião foi vencida pela Aliança das Oito Nações (Grã-Bretanha, Estados Unidos, Japão, Rússia, França, Alemanha, Itália e Áustria-Hungria).

• O “século da humilhação” termina com o colapso da Dinastia Ching e sua substituição pela República, sob liderança do Kuomintang, partido nacionalista de ideologia “modernizadora”.

• De 1912 a 1928 a China enfrenta uma guerra civil entre diferentes grupos e mandatários reggionais, que chega ao fim com a vitória de Chiang Kai-shek, líder do Kuomintang.

• Em 1937, o Japão Imperial invade a China.

11

Page 12: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: século XX

• Partido Comunista Chinês fundado em 1921, sob a liderança de Mao Tsé-Tung, que vai orientar a ação do partido para as massas camponesas. Chiang Kai-shek, à frete do Kuomintang, expulsa os comunistas do sul do país, que se retiram na Longa Marcha (1934-1935), buscando refúgio nas montanhas ao norte do país.

• PCC e Kuomintang fazem resistência ao invasor japonês entre 1937-1945. Até 1941 os partidos atuaram em uma frente unida.

• Ao final da II GM, a guerra civil entre PCC e Kuomintang é retomada, terminando com a vitória das forças comunistas lideradas por Mao em 1949 e o estabelecimento da República Popular da China. Chiang Kai-shek se retira para a ilha de Taiwan e funda a República da China.

12

Page 13: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China comunista

• 1949: estabelecimento da República Popular da China (RPC).

• 1950: guerra civil na Corei. Estados Unidos acorrem em defesa das forças do sul da Coreia, China se junta às forças do norte da Coreia.

• 1953: Primeiro Plano Quinquenal da RPC.

• 1958: Grande Salto Adiante (tentativa de industrialização acelerada, acaba resultando em grande fome entre os anos de 1959-1962).

• 1960: ruptura de relações entre RPC e URSS em torno de divergências doutrinárias, disputas fronteiriças (que levaram a um breve conflito em 1969) e da competição pela liderança do comunismo internacional.

13

Page 14: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China comunista

• 1965: Revolução Cultural.

• 1972: visita de Richard Nixon à China.

• 1976: morte de Mao Tsé-Tung.

• 1978: mesmo sem ocupar os cargos mais altos da RPC, Deng Xiaoping se torna o líder efetivo da China de 1978 a 1980. Deng começa a abertura econômica chinesa, cuja palavra de ordem era “Socialismo com características chinesas”.

• 1979: criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs).

• 1980-1990: aprofundamento da abertura econômica da China; acelerado processo de industrialização.

• 1997: Hong Kong volta à China sob o lema “um país, dois sistemas.

• 2000-2010: China a caminho de se tornar a maior economia do mundo.

14

Page 15: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

15

Page 16: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

16

Page 17: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

17

Page 18: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

18

Page 19: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

19

Page 20: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

20

Page 21: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

21

Page 22: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

22

Page 23: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China: PIB per capita 2015: US$ 8,027,6 (dólares correntes) – Brasil: US$ 8,538,6

23

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

1960196219641966196819701972197419761978198019821984198619881990199219941996199820002002200420062008201020122014

PIB per capita

Page 24: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

China

24

Page 25: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Arrighi 2008

• “Ao contrário do que se acredita, a característica mais atraente da RPC para o capital estrangeiro não foi apenas a sua imensa reserva de mão de obra barata (...) [mas] a elevada qualidade dessa reserva em termos de saúde, educação e capacidade de autogerenciamento, combinada à expansão rápida das condições de oferta e demanda para mobilização produtiva dessa reserva dentro da própria China”. (Arrighi 2008: 357)

• “O ‘casamenteiro’ que facilitou o encontro entre o capital estrangeiro, as empresas chinesas fornecedoras de mão de obra e as autoridades do governo foi o capital da diáspora chinesa”. (Arrighi 2008: 357)

25

Page 26: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Arrighi 2008

• “(...) A principal reforma não foi a privatização, mas a exposição das empresas estatais à concorrência de umas com as outras, com as grandes empresas estrangeiras e, acima de tudo, com uma cesta de empresas privadas, semiprivadas e comunitárias recém-criadas. (...) O governo investiu quantias enormes no desenvolvimento de novos setores, na criação de novas Zonas de Processamento para Exportação (ZPEs), na expansão e na modernização da educação superior e em grandes projetos de infraestrutura, num nível sem precedentes em nenhum país de renda per capita comparável”. (Arrighi 2008: 362)

26

Page 27: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Arrighi 2008

• “Graças ao tamanho continental e à imensa população do país, essas políticas permitiram ao governo chinês combinar as vantagens da industrialização voltada para a exportação, induzida em grande parte pelo investimento estrangeiro, com as vantagens de uma economia nacional centrada em si mesma e protegida informalmente pelo idioma, pelos costumes, pelas instituições e pelas redes, aos quais os estrangeiros só tinham acesso por intermediários locais”. (Arrighi 2008: 362)

• “A divisão do trabalho entre as ZPEs ilustra também a estratégia do governo chinês para promover o desenvolvimento dos setores que fazem o suo intensivo de conhecimento, mas sem abandonar os de uso intensivo de mão de obra”. (Arrighi 2008: 363)

27

Page 28: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Arrighi 2008

• “Quanto ao atrativo das reformas de Deng para os cidadãos em geral, devemos primeiro admitir quão consideravelmente o sucesso das reformas dependeu das conquistas anteriores da Revolução Chinesa. (...) ‘nunca lhes ocorre que um dos fatores que contribuíram para essa realização foi a grande transformação preliminar da reforma agrária e a construção coletiva da educação e da infraestrutura rural que se seguiu a ela, sem relação nenhuma com a reforma posterior de mercado”. (Arrighi 2008: 374)

28

Page 29: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Arrighi 2008

• “(..) Os maiores avanços da China na renda per capita (...) ocorreram a partir de 1980. Mas o maior avanço na expectativa de vida adulta , em menor grau, na alfabetização de adultos, ou seja, no bem-estar básico (...) ocorreu antes de 1980. Esse padrão é um bom sustentáculo para a firmativa de que o sucesso econômico da China se baseou nas conquistas sociais extraordinárias da época de Mao”. (Arrighi 2008: 375)

29

Page 30: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Vaz-Pinto 2014

• “(…) To stress the inherently peaceful and cooperative nature of the huge undertaking of lifting one-fifth of mankind out of poverty. The concern with this emphasis was so great that even the initial label ‘Peaceful Rise’ was considered to be too assertive and, thereby, changed to ‘Peaceful Development.’ Beijing, by making the claim that unlike previous great powers China will be different, has reinforced a deeply-rooted historical perception of being exceptional. Notwithstanding, after a cycle of thirty years of growth China is currently at a crossroads, since it is no longer feasible to keep a low-profile foreign policy whilst being the second economy in the world with global interests and the second biggest military expenditure. Therefore, this article has four building-blocks in order to try to understand what are the factors constraining Beijing’s response to this new reality”. (Vaz-Pinto 2014: 210) 30

Page 31: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Vaz-Pinto 2014

• “On balance, the rise of China has left an undeniable footprint in international relations and it will continue to do so. The claim that China’s rise will be different and peaceful because China is exceptional seems to be facing increasing strategic constrains. From a regional and global perspective, the US responded by rebalancing to the Pacific. We are still a long way of fully comprehending the outcomes of this strategic move as well as the next steps of the Chinese leadership. The Fifth Generation led by Xi Jinping is at a crossroads and we are still witnessing the first steps of a China 3.0. In terms of shaping the 21st century China will face Herculean challenges, of which the domestic ones will be paramount. Since these stem from the process of economic growth they will be extraordinarily difficult to tackle with but they will determine the ability of China to think strategically. To paraphrase Richard Haass, we consider that strategy begins at home.”. (Vaz-Pinto 2014: 224)

31

Page 32: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Mearsheimer 2010

• “The United States has been the most powerful state on the planet for many decades and has deployed robust military forces in the Asia-Pacific region since the early years of the Second World War. (…) ‘That order is being transformed as economic changes start to bring about changes in the distribution of strategic power’. The argument here, of course, is that the rise of China is having a significant effect on the global balance of power. In particular, the power gap between China and the United States is shrinking and in all likelihood ‘US strategic primacy’ in this region will be no more. This is not to say that the United States will disappear; in fact, its presence is likely to grow in response to China’s rise. But the United States will no longer be the preponderant power in the Asia-Pacific region, as it has been since 1945. (…) The most important question that flows from this discussion is whether China can rise peacefully”. (Mearsheimer 2010: 381) 32

Page 33: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Mearsheimer 2010

• “I examine here three key arguments that are often employed to support this optimistic prognosis. First, some claim that China can allay any fears about its rise by making it clear to its neighbors and the United States that it has peaceful intentions, that it will not use force to change the balance of power”. (Mearsheimer 2010: 382)

• “Unfortunately, states can never be certain about each other’s intentions. They cannot know with a high degree of certainty whether they are dealing with a revisionist state or a status quo power. balance of power. (…) Thus, it is hard to know the intentions of China’s present leaders, which is not to say that they are necessarily revisionist. (…) But even if one could determine China’s intentions today, there is no way to know what they will be in the future.” (Mearsheimer 2010: 383)

33

Page 34: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Mearsheimer 2010

• “A second line of argument is that a benign China can avoid confrontation by building defensive rather than offensive military forces. In other words, Beijing can signal that it is a status quo power by denying itself the capability to use force to alter the balance of power. After all, a country that has hardly any offensive capability cannot be a revisionist state, because it does not have the means to act aggressively.” (Mearsheimer 2010: 383)

• “One problem with this approach is that it is difficult to distinguish between offensive and defensive military capabilities. The basic problem is that the capabilities that states develop to defend themselves often have significant offensive potential.” (Mearsheimer 2010: 383)

34

Page 35: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Mearsheimer 2010

• “Finally, some maintain that China’s recent behavior toward its neighbors, which has not been aggressive in any meaningful way, is a reliable indicator of how China will act in the decades ahead. The central problem with this argument is that past behavior is usually not a reliable indicator of future behavior because leaders come and go and some are more hawkish than others. Also, circumstances at home and abroad can change in ways that make the use of military force more or less attractive”. (Mearsheimer 2010: 384)

• “What all of this tells us is that there is no good way to define what China’s intentions will be down the road or to predict its future behavior based on its recent foreign policies. It does seem clear, however, that China will eventually have a military with significant offensive potential.” (Mearsheimer 2010: 385)

35

Page 36: Relações Internacionais e Globalização · Aula 11 6ª-feira, 17 de março . Ascensão da China: importância econômica e geopolítica 2 . Para falar com o professor: ... •

Mearsheimer 2010

• “The picture I have painted of what is likely to happen if China continues its impressive economic growth is not a pretty one. Indeed, it is downright depressing. I wish that I could tell a more optimistic story about the prospects for peace in the Asia-Pacific region. But the fact is that international politics is a nasty and dangerous business and no amount of good will can ameliorate the intense security competition that sets in when an aspiring hegemon appears in Eurasia. And there is little doubt that there is one on the horizon.” (Mearsheimer 2010: 396)

36