reino plantae (1)

21
Reino Plantae ou Metaphyta As plantas são seres pluricelulares e eucarionetes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres - são autotróficas. Como já vimos, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese. Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio. As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra. Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais seriam tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas que se desenvolveram na água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas verdes como nas plantas. A partir dessas e de outras semelhanças, supõe-se que as algas verdes aquáticas são ancestrais diretas das plantas. Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese. Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida? Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também que a maior parte dela está acumulada no interior do solo. Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre? Isso é possivel porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocupá-lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva se água. Veremos mais adiante como isso ocorre. Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aquático. Classificação das plantas As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres do planeta. Vistas em conjunto, como nesta foto, parecem todas iguais. Mas na realidade existem vários tipos de planta e elas ocupam os mais diversos ambientes. Você já sabe que para classificar, ou seja, organizar diversos objetos ou seres em diferentes grupos, é preciso determinar os critérios através dos quais identificaremos as semelhançase as diferenças entre eles. Vamos ver agora como as plantas podem ser classificadas. O reino das plantas é constituído de organismos pluricelulares, eucariontes, autótrofos fotossintetizantes. É necessário definir outros critérios que possibilitem a classificação das plantas para organizá-las em grupos menos abrangentes que o reino. Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes: a característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva elaborada); ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas. Os nomes dos grupos de plantas Criptógama: palavra composta por cripto, que significa escondido, e gama, cujo significado está relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, portanto, "planta que tem estrutura reprodutiva escondida". Ou seja, sem semente.

Upload: ana-caroline-t-carvalho

Post on 17-Dec-2015

299 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

school

TRANSCRIPT

BRIFITAS

Reino Plantae ou Metaphyta

As plantas so seres pluricelulares e eucarionetes. Nesses aspectos elas so semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, tm uma caracterstica que as distingue desses seres - so autotrficas. Como j vimos, seres autotrficos so aqueles que produzem o prprio alimento pelo processo da fotossntese.

Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matria orgnica formada a partir da gua e do gs carbnico que obtm do alimento, e liberam o gs oxignio.

As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, so produtoras de matria orgnica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gs oxignio ao ambiente, as plantas tambm contribuem para a manuteno da vida dos seres que, assim como elas prprias, utilizam esse gs na respirao. As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfcie da Terra.

Segundo a hiptese mais aceita, elas evoluram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais seriam tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas que se desenvolveram na gua. Foram observadas semelhanas entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas verdes como nas plantas. A partir dessas e de outras semelhanas, supe-se que as algas verdes aquticas so ancestrais diretas das plantas.

H cerca de 500 milhes de anos, as plantas iniciaram a ocupao do ambiente terrestre. Este ambiente oferece s plantas vantagens como: maior facilidade na captao da luz, j que ela no chega s grandes profundidades da gua, e facilidade da troca de gases, devido maior concentrao de gs carbnico e gs oxignio na atmosfera. Esses fatores so importantes no processo da respirao e da fotossntese.

Mas e quanto a presena da gua, to necessria vida?

Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aqutico, verificamos que no terrestre a quantidade de gua sob a forma lquida bem menor e tambm que a maior parte dela est acumulada no interior do solo.

Como, ento, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre? Isso possivel porque elas apresentam adaptaes que lhes possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocup-lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absoro de gua presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva se gua. Veremos mais adiante como isso ocorre.

Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aqutico.

Classificao das plantas

As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres do planeta. Vistas em conjunto, como nesta foto, parecem todas iguais. Mas na realidade existem vrios tipos de planta e elas ocupam os mais diversos ambientes.

Voc j sabe que para classificar, ou seja, organizar diversos objetos ou seres em diferentes grupos, preciso determinar os critrios atravs dos quais identificaremos as semelhanase as diferenas entre eles.

Vamos ver agora como as plantas podem ser classificadas.

O reino das plantas constitudo de organismos pluricelulares, eucariontes, auttrofos fotossintetizantes. necessrio definir outros critrios que possibilitem a classificao das plantas para organiz-las em grupos menos abrangentes que o reino. Em geral, os cientistas consideram como critrios importantes:

a caracterstica da planta ser vascular ou avascular, isto , a presena ou no de vasos condutores de gua e sais minerais (seiva bruta) e matria orgnica (a seiva elaborada);

ter ou no estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausncia delas.

Os nomes dos grupos de plantas

Criptgama: palavra composta por cripto, que significa escondido, e gama, cujo significado est relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, portanto, "planta que tem estrutura reprodutiva escondida". Ou seja, sem semente.

Fanergama: palavra composta por fanero, que significa visvel, e por gama, relativo a gameta. Esta palavra significa, portanto, "planta que tem a estrutura reprodutiva visvel". So plantas que possuem semente.

Gimnosperma: palavra composta por gimmno, que significa descoberta, e sperma, semente. Esta palavra significa, portanto, "planta com semente a descoberto" ou "semente nua".

Angiosperma: palavra composta por angion, que significa vaso (que neste caso o fruto) e sperma, semente. A palavra significa, "planta com semente guardada no interior do fruto".

Brifitas - Plantas sem vasos condutores

Essa diviso compreende vegetais terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente como "musgos" ou "hepticas". So organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas os elementos reprodutivos so unicelulares, enquadrando-se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de plantas terrestres.

Ocorrncia

As brifitas so caractersticas de ambientes terrestre midos, embora algumas apresentem adaptaes que permitem a ocupao dos mais variados tipos de ambientes, resistindo tanto imerso, em ambientes totalmente aquticos, como a desidratao quando atuam como sucessores primrios na colonizao, por exemplo de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em regies polares. Apresenta-se entretanto sempre dependentes da gua, ao menos para o deslocamento do anterozide flagelado at a oosfera. Esta Diviso no possui representantes marinhos.

Morfologia

As brifitas so plantas avasculares de pequeno porte que possuem muitos e pequenos cloroplastos em suas clulas. O tamanho das brifitas est relacionado ausncia de vasos condutores, chegando no mximo a 10 cm em ambientes extremamente midos. A evaporao remove consideravelmente a quantidade de gua para o meio areo. A reposio por absoro um processo lento. O transporte de gua ao longo do corpo desses vegetais ocorre por difuso de clula a clula, j que no h vasos condutoes e, portanto, lento.

Reproduo

O ciclo haplodiplobionte nos Musgos

Nos musgos e em todas as brifitas, a metagnese envolve a alternncia de duas geraes diferentes na forma e no tamanho. Os gametfitos, verdes, so de sexos separados e duram mais que os esporfitos.

Existem rgos especializados na produo de gametas chamados gametngios e que ficam localizados no pice dos gametfitos. O gametngio masculino o anterdio e seus gametas, os anterozides. O gametngio feminino o arquegnio que produz apenas um gamenta feminino, a oosfera.

Para ocorrer o encontro dos gametas preciso, inicialmente, que os anterozides saiam dos anterdios. Gotculas de gua do ambiente que caem nos anterdios libertam os gamentas masculinos. Deslocando-se na gua, os anterozides entram no arquegnio e apenas um dels fecunda a oosfera. Forma-se o zigoto que, dividindo-se inmeras vezes, origina o embrio. Este, no interior do arquegnio, cresce e form o esporfito. O jovem esporfito, no seu crescimento, rompe o arquegnio e carrega em sua ponta dilatada um pedao rompido do arquegnio, em forma de "bon", conhecido como caliptra. J como adulto, o esporfito, apoiado no gametfito feminino, formado por uma haste e, na ponta, uma cpsula (que um esporngio) dilatada, dotada de uma tampa, coberta pela caliptra. No esporngio clulas 2n sofrem meiose e originam esporos haplides. Para serem liberados, preciso inicialmente que a caliptra seque e caia. A seguir, cai a tampa do esporngio. Em tempo seco e, preferencialmente, com vento os esporos so liberados e dispersam-se. Caindo em locais midos, cada esporo germina e origina um filamento semelhante a uma alga, o protonema. Do protonema, brotam alguns musgos, todos idnticos genticamente e do mesmo sexo. Outro protonema, formado a partir de outro esporo, originar gametfitos do outro sexo e, assim, completa-se o ciclo. Note que a determinao do sexo ocorre, ento, j na formao dos esporos.

Classificao

As brifitas mais conhecidas so as hepticas e os musgos. As hepticas so tanto aquticas quento terrestres e seu talo uma lmina extremamente delgada. Seu talo lembra muito um vegetal superior: apresenta-se ereto, crescendo a partir do solo.

Hepticas

Nos musgos, como, alis, em todas as brifitas, h duas geraes adultas somticas com aspectos totalmente diferentes e que se alternam em um ciclo reprodutivo (gametfito e o esporfito).

Musgo

Importncia dos musgos

Apesar do aspecto modesto, os musgos tm grande importncia para os ecossistemas. Juntamente com os liquens, os musgos foram as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substncias produzidas por sua atividade biolgica. Desse modo, permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer sobre essas rochas. Da seu importante papel nas primeiras etapas de formao dos solos.

Pteridfitas

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas so alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pateridfitas. A palavras pteridfita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posio de um feto humano no tero materno. Antes da inveno das esponjas de ao e de outros produtos, pteridfitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito speras, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roas ou feto-guia, conhecido como alimento na forma de guisados.

Cavalinha, pteridfita do gnero Equisetum.

Atualmente, a importncia das pteridfitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.

Ao longo da histria evolutiva da Terra, as pteridfitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes. Isso possibilitou um transporte mais rpido de gua pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Alm disso, os vasos condutores representam uma das aquisies que contriburam para a adaptao dessas plantas a ambientes terrestres.

Samambaia

Xaxins

O corpo das pteridfitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridfitas em geral subterrneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridfitas, como os xaxins, o caule areo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas fololos.

A maioria das pteridfitas terrestre e, como as brifitas, vive preferencialmente em locais midos e sombreados.

Pteridfitas mais conhecidas

Cavalinha: porte pequeno, caule subterrneo e que formam ramos eretos que lembram vagamente um caule de cana-de-aucar com cerca de 1 cm de dimetro. Folhas em forma de fios, agrupadas em feixes, emergem do caule e lembram uma cauda de cavalo (veja foto acima).

Selaginela: erroneamente vendida como musgo nas floriculturas. Folhas midas que saem do caule cilndrico bem fino.

Selaginela

Licopdio: caule subterrneo e que d ramos areos eretos dos quais saem folhas bem menores que as da selaginela. comum formarem-se "buqus" de rosa acompanhados de ramos de licopdios.

Samambaias: As pteridfitas mais modernas so popularmente conhecidas como samambaias e pertencem classe das filcneas. Incluem as rendas portuguesas, as avencas, os xaxins, as samambaias de metro etc. Na maioria delas, o caule subterrneo, chamado rizoma, forma folhas areas. No xaxim o caule areo e estrio e pode atingir cerca de 2 a 3 metros. As folhas so muitas vezes longas, apresentam divises (fololos) e crescem em comprimento pelas pontas, que so enroladas, lembrando a posio do feto no interior do tero. Na poca de reproduo, os fololos ficam frteis e neles surgem pontos escuros, os soros, verdadeiras unidades de reproduo.

Soros nas folhas de samabaia.

Reproduo das pteridfitas - Ciclo haplodiplobionte

Da mesma maneira que as brifitas, as pteridfitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Para descrever a reproduo nas pteridfitas, vamos tomar como exemplo uma samambaias comumente cultivada (Polypodium vulgare).

A samambaia uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporfito.

Em certas pocas, na superfcie inferior das folhas da samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que a samambaias est em poca de reproduo - em cada soro so produzidos inmeros esporos. Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Ento os esporos caem no solo mido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de corao mostrada no esquema. O protalo uma planta sexuada, produtora de gamentas; por isso, ele representa a fase chamada de gametfito.

Ciclo reprodutivo das samambaias

O protalo da samambaias contm estruturas onde se formam anterozides e oosferas. No interior do protalo existe gua em quantidade suficiente para que o anterozide se desloque em meio lquido e "nade" em direo oosfera, fecundado-a. Surge ento o zigoto, que se desenvolve e forma o embrio. O embrio, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaias, isto , um novo esporfito. Quando adulta, a samambaias forma sosres, iniciando novo ciclo de reproduo.

Como voc pode perceber, tanto as brifitas como as pteridfitas dependem da gua para a fecundao. Mas nas brifitas, o gametfito a fase duradoura e os esporfito, a fase passageira. Nas pteridfitas ocorre o contrrio: o gametfito passageiro - morre aps a produo de gametas e a ocorrncia da fecundao - e o esporfito duradouro, pois se mantm vivo aps a produo de esporos.

Gimnospermas

As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') so plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequias e os ciprestes.

As gimnsopermas possuem razes, caule e folhas. Possuem tambm ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estrbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequias, os estrobilos so bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificao no grupo das conferas.

Florestas de conferas de regies temperadas so ricas em rvores do grupo das gimnospermas. No Brasil, detaca-se a Mata de Araucrias do Sul do pas.

H produo de sementes: elas se originam nos estrbilos femininos. No entanto, as gimnospermas no produzem frutos. Suas sementes so "nuas", ou seja, no ficam encerradas em frutos.

Araucrias, tipo de confera.

So tambm gimnospermas as Cycas, popularmente conhecidas como palmeira-de-ramos ou palmeira-de-sagu, comuns em alguns lugares do Brasil. O tronco tambm costuma ser espesso, a folha parecida com a das palmeiras, porm, muito mais rgida.

Reproduo das gimnospermas - Ciclo haplodiplobionte na Conferas

Vamos usar o pinheiro-do-paran (Araucria angustiflia) como modelo para explicar a reproduo das gimnospermas. Nessa planta os sexos so separados: a que possui estrbilos masculinos no possuem estrobilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estrbilos podem ocorrer numa mesma planta.

Existem dois tipos de estrbilos, um grande e outro pequeno e, como conseqncia, h dois tipos de esporngios e de esporos. Nos estrbiolos maiores, considerados femininos, cada esporngio, chamado de vulo, produz por meiose um megsporo (ou macrsporo). O megsporo fica retido no esporngio, no liberado, como ocorre com os esporos das pteridfitas. Desenvolvendo-se no interior do vulo o megsporo origina um gametfito feminino. Nesse gametfito surge aquegnios e, no interior de cada um deles, diferencia-se uma oosfera (que e o gameta feminino).

Nos estrobilos menores, considerados masculinos, cada esporngio - tambm chamado de saco polnico - produz por meiose, numerosos micrsporos. Desenvolvendo-se no interior do saco polnico, cada micrsporo origina um gametfito masculino, tambm chamado de gro de plen (ou gametfito masculino jovem). A ruptura dos sacos polnicos libera inumeros gros de plen, leves, dotados de duas expanses laterias, aladas. Carregados pelo vento, podem atingir os vulos que se encontram nos estrbilos femininos. O processo de transporte de gro de plen (no se esquea que eles representam os gametfitos masculinos) constitui a polinizao, que, nesse caso, ocorre pelo vento.

Cones ou estrbilos.

Cada gro de plen, aderido a uma abertura existente no vulo, inicia um processo de crescimento que culmina com a formao de um tubo polnico, correspondente a um gro de plen adulto (gametfito masculino adulto). No interior do tubo polnico existe dois ncleos gamticos haplides, correspondentes aos anterozides das pteridfitas. Apenas um dos ncleos gamticos fecunda a oosfera, gerando o zigoto (o outro ncleo gamtico degenera). Dividindo-se repetidamente por mitose, o zigoto acaba originando um embrio, que mergulha no tecido materno correspondente ao gametfito feminino.

Aps a ocorrncia da fecundao e da formao do embrio, o vulo converte-se em semente, que uma estrutura com trs componentes: uma casa (tambm chamada de integumento), um embrio e um tecido materno haplide, que passa a ser denominado de endosperma (ou endosperma primrio), por acumular substncias de reserva que sero utilizadas pelo embrio durante a sua germinao. A disperso das sementes, em condies naturais, pode ocorrer pelo vento, no caso do pinheiro comum, ou com ajuda de animais (gralhas-azuis ou esquilos) como acontece com os pinhes do pinheiro-do-paran.

Portanto, ao comparar gimnospermas conferas com as pteridfitas, as seguintes novidades podem ser citadas: estrbilos produtores de vulos (que, depois, sero convertidos em sementes), estrbilos produtores de gros de plen, polinizao, diferenciao do gro de plen em tubo polnico e, por fim, a fecundao idenpendente da gua ambiental (esse tipo de fecundao conhecido por sifogamia). Perceba que as rvores conferas representam a gerao duradoura, o esporfito, sendo os gametfitos reduzidos e pouco duradouros.

Angiospermas

Atualmente so conhecidas cerca de 350 mil espcies de plantas - desse total, mais de 250 mil so angiospermas.

A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em nmero de espcies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.

Caractersticas principais de uma angiospermas

As angiospermas arborescentes possuem tres componentes principais: razes, tronco e folhas. As razes so os rgos fixadores da rvore ao solo e absorvem gua e sais minerais, indispensveis para a sobrevivncia da planta. O tronco, constituido de inmeros galhos, o rgo areo responsvel pela formao das folhas, efetuando tambm a ligao delas com as razes. E as folhas so os rgos onde ocorrer a fotossntese, ou seja o processo em que se produzem os compostos orgnicos essenciais para a amnuteno da vida da planta.

Cada flor, que aparece periodicamente nos galhos, um sistema de reproduo e formada pela reunio de folhas modificadas presas ao receptculo floral, que possui formato de um disco achatado. Por sua vez o receptculo floral fica no topo do pednculo floral, que o "cabinho" da flor. No receptculo h uma srie de crculos concntricos nos quais esto inseridas as peas florais. De fora para dentro, so quatro os tipos de folhas modificadas constituintes da flor: spalas, ptalas, estames e carpelos.

As spalas so as mais externa, geralmente de cor verde, e exercem a funo de proteo do boto floral, fase em que a flor ainda no se abriu. O conjunto de spalas chamado de clice. As ptalas vm a seguir. So brancas ou coloridas e forma a corola (nome derivado de coroa), com funo de atrair os chamados agentes polinizadores, muitas vezes insetos. O alimento que esses insetos procuram uma soluo aucarada, o nctar, produzido por glndulas de modo geral existentes na base das ptalas.

Os estames ficam dispostos mais internamente no receptculo. Cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste, o filete, sustentando uma poro dilatada, a antera. O conjunto de estames forma o androceu, considerado o componente masculino da flor. Na antera so produzidos os gros de plen.

O carpelo ocupa o centro do receptculo floral. longo notando-se no seu pice uma ligeira dilatao, o estigma, continuando com um curto estilete, vindo a seguir o ovrio. No interior do ovrio, existem os vulos. O carpelo solitrio componente do gineceu, a parte feminina da flor.

Os estames e os carpelos

Estames so folhas alongadas que durante a evoluo dobraram-se sobre si mesmas, diferenciando-se em duas regies: o filete, poro delgada e alongada que suporta a antera, que por sua vez protege bolsas produtoras de gros de plen, conhecidas como sacos polnicos.

Cada carpelo uma folha modificada que durante a evoluo dobrou-se sobre si mesma, diferenciando-se em trs regies:

ovrio, regio dilatada qie protege os vulos;

estigma, a poro superior, a receptora de gros de plen;

estilete, a pea intermediria que liga o estigma ao ovrio.

O carpelo assim modificado passa a ter aspecto de um instrumento muito utilizado na qumica, conhecido como pistili, motivo pelo qual tambm assim denominado. Uma flor pode ter um s carpelo ou vrios que, fundindo-se totalmente ou parcialmente, formam lojas.

A formao dos frutos e das sementes

Para que servem as flores? Aps a polinizao e a fecundao, a flor sofre uma modificao extraordinria. De todos os componentes que foram vistos anteriormente, acabam sobrando apenas o pednculo e o ovrio. Todo o restante degenera. O ovrio sofre uma grande modificao, se desenvolve e agora dizemos que virou fruto. Em seu interior, os vulos viraram sementes.

Assim, a grande novidade das angiospermas, em termos de reproduo, a presena de frutos.

Reino Plantae

Caracterizao

O Reino Plantae compreende seres eucariontes, pluricelulares, autotrficos, que realizam fotossntese.

A exemplo dos animais, o organismo vegetal constitudo por clulas. Contudo, sua organizao bastante diferente. Se seus rgos tm funes paralelas s dos sistemas animais, o mesmo no pode se dizer da sua estrutura. Em relao aos animais falamos em sistemas digestrio, respiratrio, reprodutor, etc.; no que diz respeito s plantas, tratamos de rgos: a raiz, o caule, a folha, a flor, o fruto e a semente.

A classificao dos vegetais possui ligeiras diferenas em relao classificao animal. Ao invs de usar o termo Filo, usa-se o termo Diviso.

As plantas so divididas em dois grandes grupos:Criptgamas (kripto, escondido)

Plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes

Fanergamas(phanero, evidente)

Possuem as estruturas produtoras de gametas bem visveis.

Os rgos e suas funes

A raiz tem por funo fixar a planta ao solo e retirar dele gua e sais minerais, essenciais vida vegetal. O caule mantm a planta ereta. Em seu interior encontram-se vasos condutores de seiva. Por seiva entende-se o lquido absorvido pelas razes (seiva bruta) e as substncias produzidas pela fotossntese (seiva elaborada).

H vegetais que no possuem vasos condutores (musgos). Nesse caso, a distribuio da seiva se faz de clula a clula. A maioria, porm, dotada de vasos condutores.

Do caule partem ramos onde se prendem as folhas, levando a seiva bruta e trazendo a seiva elaborada. As folhas so, portanto, a parte dos vegetais onde ocorre a fotossntese. A seiva elaborada por ela produzida distribuda todas as partes do vegetal, garantindo a sua sobrevivncia.

Nas folhas tambm acontecem os processos de respirao e transpirao vegetal.

Flores e sementes so rgos que se relacionam com a reproduo vegetal.

Criptgamas

As criptgamas podem ser divididas, com base na organizao do corpo, em grupos menores:1 - Brifitas

As brifitas so plantas de pequeno porte, sendo que na maioria no ultrapassa 20 cm de altura.Vivem em ambientes midos e sombreados, uma vez que no so susceptveis dessecao.

As brifitas apresentam estruturas chamadas rizides, caulides e filides que desempenham um papel semelhante ao da raiz, caule e folhas. No entanto, no tm vasos condutores de seiva; tanto a seiva elaborada quanto a bruta passam diretamente de uma clula para outra, atravs de suas paredes.

O grupo das brifitas tem os musgos como principal representante.

Musgo

2 - Pteridfitas

As pteridfitas so as primeiras plantas a possuir vasos condutores de seiva. A existncia dos vasos possibilitou s plantas a conquista definitiva do ambiente terrestre. Os vasos permitem o transporte rpido da gua e sais minerais at as folhas e de seiva elaborada para as demais partes da planta.

Os principais representantes do grupo so as samambaias e as avencas.

Samanbaia

Nas pteridfitas as folhas se desenrolam a partir do centro da planta.

A reproduo feita por meio de esporos, que freqentemente so produzidos em soros localizados na parte de baixo das folhas (so aqueles pontinhos alaranjados que vemos s vezes nas samambaias).

Ocorre alternncia de geraes, sendo o vegetal adulto produtor de esporos que, uma vez no cho, do origem a uma plantinha parecida com um corao (prtalo) e que produz os gametas. Esses se unem e vo dar origem a uma nova planta.

Fanergamas

Nas fanergamas os vulos e o plen so os gametas feminino e masculino, respectivamente.

Dentre as fanergamas temos as Gimnospermas, que produzem estrbilos como estruturas reprodutoras, que so erradamente denominados flores; e as Angiospermas, que produzem flores.

Uma flor pode ser definida, de maneira ampla, como um ramo modificado e adaptado reproduo. Sobre as folhas modificadas desse ramo que se formam as estruturas reprodutivas das plantas fanergamas.

A semente uma estrutura que contm em seu interior um pequeno embrio em repouso, alm de grande quantidade de clulas e material nutritivo para garantir a germinao.

As sementes tm origem a partir dos vulos, formados nas flores.

As fanergamas so divididas em dois grandes grupos: 3 - Gimnospermas

As gimnospermas so as primeiras plantas a produzirem flores (inflorescncias) e sementes, porm no produzem frutos (grego = gymnos = nua, grego = sperma = semente) .

As gimnospermas mais conhecidas so os pinheiros, ciprestes e sequias. No Brasil uma gimnosperma nativa a araucria, tambm conhecida como pinheiro-do-paran.

Pinheiro do Paran

As flores da gimnosperma so chamadas de cones ou estrbilos.

Essas flores so de um s sexo, masculino ou feminino.

As gimnospermas esto mais adaptadas s regies temperadas Chegam a formar vegetaes como as taigas no Hemisfrio Norte e a mata de araucria no sul do Brasil.

As sequias so gimnospermas de grande porte e ocorrem na Califrnia (Estados Unidos). Essas plantas chegam a atingir 120 metros de altura e seus troncos podem chegar a ter dimetro de 12 metros.

Estima-se que as sequias atuais tenham aproximadamente 4000 anos de idade.

4 - Angiospermas

As angiospermaspossuem como caracterstica exclusiva, a semente contida no interior de um fruto (grego angio = urna; sperma = semente). Por esse motivo so conhecidas como plantas frutferas.

As angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior nmero de espcies sobre a Terra. Ocorrem em ampla diversidade de hbitats, existindo desde espcies aquticas at plantas adaptadas a ambientes ridos, como os cactos.

Economicamente, as angiospermas representam uma fonte de inestimvel importncia para o homem. Seus rgos, como raiz, caule, folhas, flores, sementes e frutos, podem servir de alimento para a populao humana. Alm disso, servem, tambm como fontes de matria-prima para as mais diversas atividades humanas e industriais.

As angiospermas so divididas em dois grandes grupos: o das monocotiledneas e o das dicotiledneas.

A principal caracterstica que permite distinguir esses dois grupos o nmero de cotildones presentes na semente. Os cotildones so folhas modificadas que fazem parte do corpo do embrio e que podem armazenar nutrientes que sero fornecidos a ele durante os estgios iniciais de desenvolvimento. Como o prprio nome diz, nas monocotiledneas h apenas um cotildone por semente, enquanto nas dicotiledneas h dois cotildones por semente.

So exemplos de monocotiledneas: Alho, cebola, aspargo, abacaxi, bambu, grama, arroz, trigo, aveia, cana-de-acar, milho, gengibre e palmeiras em geral: coco-da-baa, babau, etc.

So exemplos de dicotiledneas: Vitria-rgia, eucalipto, abacate, rosa, morango, pra, ma, feijo, ervilha, goiaba, jabuticaba, algodo, cacau, limo, maracuj, cacto, mamona, mandioca, seringueira, batata, mate, tomate, jacarand, caf, abbora, melancia, etc.A formao da semente

Nas angiospermas a fecundao se d quando o ncleo masculino (proveniente do gro de plen) e o ncleo feminino (oosfera, proveniente do vulo) se encontram, formando o zigoto, ainda no ovrio da flor.

O zigoto, uma clula simples, sofre ento muitas divises celulares e d origem a um pequeno embrio, pluricelular.

O vulo fecundado desenvolve-se formando ento uma semente. Ela contm um embrio e substncias nutritivas que o alimentaro quando a semente germinar.

A formao de uma ou mais sementes no interior de um ovrio provoca o seu desenvolvimento e ele, crescendo muito origina um fruto, enquanto murcham todas as demais partes da flor.

Reino Plantae

BRIFITAS

Primeiros vegetais que se adaptaram vida terrestre, apresentando tecidos verdadeiros, porm no possuem tecidos de conduo (so avasculares) ou flores. Seus orgos reprodutores so os anterdios e os arquegnios, que so protegidos pela epiderme. Uma caracterstica importante que apresentam uma alternncia obrigatria de geraes em que a fase haplide ou gametoftica (protonema) perene e tem vida relativamente longa, enquanto que a fase diplide, o esporfito pequeno e tem vida curta, vivendo como um parasita sobre o gametfito. So os musgos e as hepticas. CICLO NAS BRIFITASVeja abaixo o ciclo de vida de uma Brifita.

A parte sombreada representa a fase de vida haplide, tambm chamada de gerao gametoftica ou gametfito, comea com a meiose, onde so produzidos esporos haplides. Estes esporos germinam e do origem a uma estrutura denominada protonema (n), que forma estruturas parecidas com folhas: os filides (n). Nas extremidades destes filides so formados os rgos reprodutores masculinos (anterdios) e femininos (arquegnios). O anterdio forma um gameta flagelado que depende de uma gota de gua para nadar at o gameta feminino, que se encontra no arquegnio. Aps a unio dos gametas(fecundao), forma-se uma estrutura diplide - o esporfito, ou gerao esporoftica- com vida curta, que produz em sua extremidade uma cpsula(2n) onde ocorre meiose, produzindo esporos, (haplides) e o ciclo recomea. PTERIDFITAS

As pteridfitas (samambaias e plantas afins) constituem um grupo de plantas relativamente importantes, estimando-se o total de espcies no mundo como sendo 9.000 (h quem estime 10.000 a 12.000 espcies), das quais cerca de 3.250 ocorrem nas Amricas. Destas, cerca de 30% podem ser encontradas no territrio brasileiro, que abriga inclusive um dos centros de endemismo e especiao de pteridfitas do Continente.So vegetais terrestres, com tecidos verdadeiros, inclusive os de conduo. Foram os primeiros vegetais a formarem grandes florestas que dominaram a terra. Seus fsseis deram origem hulha ou carvo mineral. Tambm no tm flores e seus orgos reprodutores tambm so os anterdos e arquegnios. Possuem alternncia de geraes obrigatria onde, ao contrrio das Brifitas, a fase perene e mais desenvolvida o esporfito, formado por razes, caules e folhas; a fase gametoftica (protalo) pequena e tem vida curta. Isso o que veremos mais tarde.

No caso das samambaias, uma das caractersticas o desenvolvimento das frondes (folhas) a partir de uma estrutura em que os rgos em desenvolvimento se encontram espiralados, formando o que se chama de bculas. Na figura acima, vemos frondes em desenvolvimento apresentando bculas nos pices.

Visto que as pteridfitas no seu ciclo de vida necessitam de gua livre que permita a natao do anterozide at o arquegnio, de uma maneira geral, devemos procur-las em ambientes ou substratos que possam reter gua ao menos parte do tempo. Isto pode parecer uma sria restrio, mas na prtica podemos encontrar representantes deste grupo nos mais diversos hbitats, inclusive nas caatingas nordestinas, se bem que neste caso apenas algumas espcies que esto adaptadas a ocorrer em tal ambiente.

CICLO NAS PTERIDFITAS

Aqui, a fase de vida haplide (gametfito), tambm mostrada em sombreado, que pequena e tem vida curta, enquanto que a fase diplide(esporfito) permanente e tem vida longa. O ciclo comea pela formao de esporos haplides que caem no cho e germinam. Ao germinar o esporo d origem a uma pequena lmina em forma de corao - o protalo - onde so produzidos os rgos reprodutores os anterdios e os arquegnios. Aqui tambm o gameta masculino, produzido no anterdio, precisa de uma gota de gua para atingir o gameta feminino localizado dentro do arquegnio. Esta a gerao gametoftica, pois forma gametas. Ao se fundirem os gametas, comea a fase de vida diplide - espotfito - formado por razes, caules e folhas. Na face inferior de algumas folhas formam-se conjuntos de esporngios, os soros, onde as 'clulas me de esporo", diplides, sofrem meiose, produzindo esporos haplides, que ao germinarem vo produzir um novo protalo, recomeando o ciclo.Algumas Ptderidfitas so heterosporadas e produzerm dois tipos de esporos que do origem a dois tipos de protalo: o megaprotalo (feminino) que produz arquegnios e o microprotalo (masculino) que produz anterdios. Aqui tambm o gameta masculino (anterozide) precisa de uma gota de gua para nadar at o gameta feminino.

Detalhe da superfcie laminar de pnulas mostrando os soros em que os esporos so produzidos. GIMNOSPERMAS

Primeiros vegetais a apresentarem flores, que so incompletas e no formam ovrio. Por isso mesmo produzem sementes nuas, sem frutos. Sua inflorescncia chamada de estrbilo. H anterozides ou ncleos masculinos e neste caso no dependem mais de qualquer lquido para a fecundao (sifogamia). Compreendem as rvores monopodiais, com crescimento terminal, arbustos e tambm lianas com flores desprovidas de envoltrio protetor ou perianto. Apenas numa de suas ordens, a das Gnetales, podem aparecer 2 a 4 folhas brasais ou brcteas. O transporte do plen pelo vento. H poliembrionia, e as sementes possuem endosperma primrio, haplide. As mais conhecidas so as conferas (pinheiros, cedros, ciprestes).

CICLO DAS GIMNOSPERMAS

Acima vemos o ciclo da gimnosperma Pinus.A reproduo das gimnospermas bastante diferente das brifitas e pteridfitas. As gimnospermas tem estrbilos (flores) e ainda formam arquegnios. H anterozides ou ncleos masculinos e neste caso no dependem mais de qualquer lquido para a fecundao (sifonogamia). H poliembrionia e as sementes possuem endosperma primrio, haplide.

ANGIOSPERMASAngiospermas so vegetais cujos vulos esto encerrados no interior do ovrio e que, consequentemente tem suas sementes encerradas no interior dos frutos (angios=vasos e sperma=semente). So plantas extremamente importantes, principais produtores dos ecossistemas terrestres, servindo para alimentao (cenoura, alface, mamo, feijo), aplicaes industriais (jacarand, algodo), ornamentao (orqudea) e fabricao de produtos farmacuticos (camomila). Se dividem em dois grupos: Monocotiledneas e Dicotiledneas, cujas caractersticas so:MonocotiledneasDicotiledneas

Um cotildone na sementeDois cotildones na semente

Razes fasciculadas com clulas com reforo em "u" na endoderme. Geralmente no engrossam.Razes axiais com "estrias de Caspari" nas clulas da endoderme. Geralamente engrossam

Caules com estrutura astlica (atactostlica), com feixes condutores em que o xilema e o floema no esto separados pelo cmbio(colaterais fechados), e por isso, salvo raras excesses, no engrossam.Caules com estrutura eustlica, com feixes de condutores em que o xilema e o floema esto separados pelo cmbio. Normalmente engrossam.

Folhas com nervuras pararelas, estmatos nas duas epidermes (anfiestomticas), mesfilo indiferenciado ou simtrico.Folhas com nervuras ramificadas (reticuladas ou peninervas), estmatos apenas na epiderme inferior (hipoestomticas).

Flores geralmente homeoclamdeas (com perignio formado por spalas) e trmeras.Flores heteroclamdeas (com perianto formado por spalas e ptalas diferentes). Dmeras, tetrmeras ou pentmeras.

CICLO NAS ANGIOSPERMASO processo reprodutivo das angiospermas algo mais elaborado do que o das conferas. A planta adulta representa a gerao esporoftica. A flor contm pistilo e estames, que produzem os esporos masculinos e femininos. O esporo masculino produzido na antera, que fica na extremidade superior do estame. Este esporo desenvolve-se formando o gro de plen. O pistilo compem-se de trs partes: o estigma (extremidade superior), estilo ou estilete e o ovrio. No interior do ovrio localizam-se os vulos que abrigam o esporo feminino. medida que a flor se desenvolve, o esporo feminino se transforma em gametfito, sendo uma das clulas a clula-ovo (oosfera). O plen levado pelo vento, inseto ou outros, at o estigma, onde fica retido por uma secreo. Comea a formar-se um tubo que penetra no estilo e se alonga at encontrar o ovrio. Um ncleo do tubo abre o caminho seguido por dois ncleos gamticos. Ao atingir o vulo, o contedo do tubo descarregado. Um dos ncleos gamticos une-se ao vulo, produzindo o zigoto, enquanto o outro se une aos dois ncleos polares, iniciando a formao do tecido chamado endosperma. Aps a fertilizao, o gametfito feminino contribui para formar a semente. A parede do ovrio comea ento a crescer, pois as clulas aumentam de nmero e vo ficando repletas de substncias aucaradas. Juntas, a semente e a parede madura do ovrio constituem o fruto. Ele oferece proteo semente at a maturidade e so apetitosos aos animais que ajudam na disperso das sementes.