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ESTUDANDO O REIKI Apostila 17 Facilitador: Ricardo Plaça [email protected] CONSIDERAÇÕES SOBRE O CHAKRA ESPLENICO – por Wagner Borges Eis aqui algumas considerações sobre a confusão que as pessoas fazem em relação ao chacra esplênico (baço) e o chacra do baixo ventre: O chacra gênito-urinário é conhecido por vários nomes, dependendo da doutrina ou movimento espiritualista que o mencione: Sânscrito: "Swadhistana" ("Morada do Prazer"); China (Taoísmo): "Tan Tien inferior" ("esfera do elixir interior"); Japão: "Hara" ("Parte inferior da barriga"); Ocidente: "Sacro" ou "Chacra do baixo ventre" ou "Chacra sexual". Na verdade, a função desse chacra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chacras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia kundalini é veiculada do básico para dentro do chacra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses dois chacras como um único centro. Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chacra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas espiritualistas ocidentais, muito presas à condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chacra esplênico em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. É um absurdo, mas alguns autores de livros chegam a trocar o nome dos dois chacras, chamando o esplênico de sacro ou o sacro de chacra do baço. Alguns chegam mesmo a tirar o bija-mantra do sacro e colocá-lo no baço, que nem mesmo tem bija-mantra em sânscrito. Os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo. Daí, não hesitaram em classificar o chacra sexual como um dos principais centros de força do campo energético. Porém, consideraram o chacra do baço apenas como um centro de força secundário. É por isso que eles falam em sete chacras principais. Aqui no Ocidente, também fala-se de sete chacras 329

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ESTUDANDO O REIKI Apostila 17

Facilitador: Ricardo Plaça [email protected]

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CHAKRA ESPLENICO – por Wagner Borges

Eis aqui algumas considerações sobre a confusão que as pessoas fazem em relação ao chacra esplênico (baço) e o chacra do baixo ventre:

O chacra gênito-urinário é conhecido por vários nomes, dependendo da doutrina ou movimento espiritualista que o mencione: Sânscrito: "Swadhistana" ("Morada do Prazer"); China (Taoísmo): "Tan Tien inferior" ("esfera do elixir interior"); Japão: "Hara" ("Parte inferior da barriga"); Ocidente: "Sacro" ou "Chacra do baixo ventre" ou "Chacra sexual".

Na verdade, a função desse chacra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chacras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia kundalini é veiculada do básico para dentro do chacra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses dois chacras como um único centro.

Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chacra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas espiritualistas ocidentais, muito presas à condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chacra esplênico em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. É um absurdo, mas alguns autores de livros chegam a trocar o nome dos dois chacras, chamando o esplênico de sacro ou o sacro de chacra do baço. Alguns chegam mesmo a tirar o bija-mantra do sacro e colocá-lo no baço, que nem mesmo tem bija-mantra em sânscrito.

Os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo. Daí, não hesitaram em classificar o chacra sexual como um dos principais centros de força do campo energético. Porém, consideraram o chacra do baço apenas como um centro de força secundário. É por isso que eles falam em sete chacras principais. Aqui no Ocidente, também fala-se de sete chacras principais, mas costumam exonerar o chacra sexual da classificação e colocar em seu lugar o chacra do baço.

O chacra do baço é importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, mas não é um dos centros principais. É apenas um repositor energético que ajuda o chacra cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue. Por isso, ele nem mesmo é mencionado na tradição iogue como um centro importante.

No corpo físico o baço é uma víscera situada ao lado esquerdo do estômago, logo abaixo das costelas esquerdas. Retém células mortas da corrente sangüínea e as destrói. Também produz glóbulos vermelhos e brancos e transporta nutrientes para as células, via corrente sangüínea. Na medicina chinesa, ele é considerado junto com o estômago como um orgão só, associado ao elemento terra.

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Aqui no Ocidente, quem divulgou mais a questão do chacra do baço foi Charles Webster Leadbeater, discípulo de Blavatsky, colega de Annie Wood Besant e seu colaborador direto na condução da Sociedade Teosófica nas primeiras três décadas desse nosso século 20. Ele era um clarividente respeitável e muito competente. Por conta do que via nos planos extrafísicos, escreveu dezenas de livros ("A Clarividência"; "O Que Há Além da Morte"; "O Lado Oculto das Coisas"; "Os Chacras"; etc).

Mas, ele tinha vários problemas em relação à sexualidade, talvez pelo fato de ter sido reverendo. Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do chacra sexual (ele dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa) e colocou em seu lugar o chacra esplênico.

A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o chacra do baixo ventre não é meramente um chacra de ativação da energia sexual, mas também um centro gerador e plasmador de vida, pois é por sua ação (conjugada como chacra básico) que o feto é energizado e desenvolve-se. E é o controlador das vias urinárias (não é a toa que na tradição iogue ele está relacionado ao elemento água).

Resumindo: O chacra sacro é no baixo ventre. O chacra esplênico (derivado do inglês: "spleen": "baço") é no baço. São chacras diferentes mesmo. Há muito mais chacras do que os sete principais. Há chacras secundários nas palmas das mãos, plantas dos pés, pulmões, fígado, estômago, orelhas, mandíbulas, ombros, joelhos, entre as escápulas (omoplatas) e espalhados por todo corpo. E, em escala menor, pode-se dizer que para cada poro do corpo há um pequeno chacra em correlação direta no campo vibratório correspondente.

A todos vocês, "Namastê!" (do sânscrito: "A divindade que mora em mim saúda a divindade que mora em vocês!").

- Wagner D. Borges - São Paulo, 05 de março de 1999

2° Chacra - Sexual – Sacral - Emocional (Umbilical)

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Subindo a partir do chakra raiz, encontramos agora o segundo chakra, svadisthana. As raízes dos chakras muladhara e svadisthana estão situadas perto uma da outra para que algumas funções sejam compartilhadas.

Está situado no abdômen a meio caminho entre o púbis e o umbigo, sua cor é laranja e seu elemento é a Água. Possui 6 pétalas, seu símbolo a meia lua crescente e seu som “Vam”. Rege o plexo nervoso: Sacro; o sistema fisiológico: Genitourinário e o sistema endócrino: Gônadas (glândulas sexuais masculina e feminina). Comanda o sexo, a reprodução e as atividades criativas nos relacionamentos. Responsável pela qualidade de amor ao sexo oposto, concessão e reconhecimento do prazer físico, mental e espiritual. Está associado a todas as doenças do aparelho Genésio, como: impotência, frigidez, anomalias uterinas, problemas na bexiga e nos rins, tumores da mama e “rubores” na menopausa.

Relaciona-se com o corpo Emocional. Se os sentimentos e emoções, positivos ou negativos fluírem, a aura se mantém equilibrada, porque os negativos serão liberados ou transformados. Caso forem bloqueados, a energia fica interrompida e estagnada, causando doença.

O chacra umbilical governa as qualidades da sexualidade, sensualidade e criatividade pessoal. Sua exata localização no corpo é, atrás, na base das vértebras lombares, a cerca de três cm abaixo do umbigo na frente do corpo. Controla as glândulas, os órgãos sexuais, a potencia e as funções dos fluidos do corpo. Também tem controle parcial da bexiga. Situado neste ponto particular na medula, exerce função muito importante para nossa sensação de bem-estar. Um dos sintomas mais comuns de desequilíbrio deste centro de energia é a alteração do ciclo menstrual feminino. Mais de setenta por cento das mulheres sofrem alguma forma de distúrbio do ciclo menstrual, que é um sinal do estilo de vida desequilibrado do Ocidente.

Todos os problemas relacionados com impotência, infertilidade ou disfunções rítmicas podem ser tratados eficazmente a partir deste centro de energia.

Aqui encontramos dois tipos psicológicos básicos:

Hipoativo: A pessoa apresenta pouco impulso sexual, com pouca auto-estima. Tende a sofrer forte condicionamento das crenças ou da sociedade quanto a sua sexualidade, e fica muito complexo de culpa e vergonha. Como o centro está associado aos fluidos do corpo, este tipo de pessoa na velhice, “resseca”.

Hiperativo: Caráter obsessivo, que tenta ser sempre o centro de todas as coisas. Seu foco está no apego, apego aos filhos, lugares ou posses materiais. Seu desejo é tornar-se dono de tudo o que vê.

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As pessoas educadas em uma sociedade autoritária sem dúvida sabem como é viver com “barriga para dentro e peito para fora”. O efeito militar desta postura forçada é bloquear todos os sentimentos na pélvis, suprimir as funções hormonais e reprimir a força e a expressão pessoais. Podemos dar graças a Deus por essa era já estar sendo ultrapassada.

No estado de saúde a pessoa se ama, é feliz. Na doença ela se odeia, entra em depressão reprimindo os sentimentos negativos.

Este centro energético, sua conta bancária do segundo chacra, se relaciona com as questões de poder do mundo externo – especificamente, poder econômico e pessoal em termos de negócios e interações sociais. Está localizado na região genital do corpo. Os órgãos físicos do corpo que são nutridos principalmente pela energia deste chacra são os órgãos sexuais, o intestino grosso, as vértebras inferiores, a pélvis, anexos e a bexiga.

Continuando nosso padrão de acompanhar o processo de crescimento, o segundo estágio de crescimento da criança é o estagio “do que é meu”. Essa é a energia do segundo chacra atuando na consciência de uma criança. À medida que a criança atravessa seus estágios de desenvolvimento em direção à vida adulta, os desafios de se trabalhar esse “o que é meu” se tornam os desafios de aprender a se relacionar com o mundo material de um modo saudável e equilibrado.

As gotas de sabedoria que as crianças precisam adquirir para este chacra são o compartilhar, aprender a se relacionar com respeito com as outras pessoas e aprender a se valorizar sem que esta autovalorização esteja totalmente relacionada com bens materiais. Quando o seu valor próprio está ligado a objetivos externos, tais como dinheiro e poder, o valor pessoal do individuo é então determinado exclusivamente pela quantidade de ganho material. A falta de dinheiro, portanto, corresponde à falta de valor próprio.

Na vida adulta, a falta de autovalorização encontra-se na raiz de desequilíbrios em todas as formas de relacionamentos existentes no mundo material. Isso inclui nossa relação com o dinheiro, com o poder (social, político, econômico e sexual), e com questões de domínio e de controle em relacionamentos pessoais e profissionais. A obsessão nessas áreas é um desequilíbrio que indica que a pessoa esta compensando a ausência de valor próprio.

Os padrões de medo e de insegurança que estão associados ao desenvolvimento do segundo chacra são os

seguintes:

1. A sensação de que você não tem poder sobre o que acontece com você sexualmente. Isso inclui experiências de abuso sexual, assim como relacionamentos especialmente manipulativos e controladores.

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2. Sentir-se inadequado sexualmente ou ter aversão pela atividade sexual. Isso inclui a tensão que acompanha sentimentos de ressentimentos com relação ao poder de seu parceiro ou do sexo oposto em geral, assim como sentimentos de aversão ou de culpa relativos à própria sexualidade ou à suas preferências sexuais.

3. Medo do parto ou sentimentos de culpa com relação à maneira de criar seu filho ou filhos.

4. Desvalorização de si mesmo com resultados de pouco ou mínimo poder econômico. Isso inclui ressentimento com relação ao fato de ser controlado financeiramente por outros.

5. Ressentimento resultante do fato de ser manipulado por outra pessoa. Isto inclui a sensação de ser vitimado por circunstâncias particulares tais como raça, cor ou sexo.

6. Sentir-se tão desprotegido que precisa manipular outras pessoas para manter controle sobre a sua própria vida.

7. Praticar qualquer nível de desonestidade em seus negócios ou em seus relacionamentos sexuais ou interpessoais.

8. Medo de nunca ter suficiente, que inclui o medo da pobreza.

Algumas das disfunções mais comuns resultantes dessas tensões em particular são para as mulheres – todas as disfunções femininas tais como problemas menstruais, infertilidade, infecções vaginais, cistos nos ovários, endometriose, tumores ou câncer nos órgãos femininos. Para os homens – impotência e problema na próstata, incluindo câncer (essas disfunções estão associadas a perda de poder econômico ou político, principalmente). Tanto para os homens quanto para as mulheres, disfunções comuns incluem dor pélvica e nas costas (lombar), herpes e todas as outras doenças sexuais, problema de deslocamento de disco, todos os problemas sexuais e problemas urinários

Funcionamento harmônico

O funcionamento harmônico de um chakra do sacro aberto é representado pelo fluxo natural com a vida e os sentimentos. Você é franco e natural com as outras pessoas, especialmente com o sexo oposto. A união sexual com uma pessoa amada constitui para você uma oportunidade de se envolver na dança das energias masculinas e femininas da Criação a fim de experimentar uma união superior com toda a natureza e crescer no sentido de uma totalidade interior. Você sente que o rio da vida, na Criação, flui através do seu corpo, da sua alma e do seu espírito. Desse modo, você participa da profunda alegria da Criação e a vida causa-lhe grande admiração e entusiasmo. Seus sentimentos são espontâneos, suas ações criativas e tomam a sua vida produtiva, bem como a dos outros.

Funcionamento desarmônico

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O funcionamento falho do chakra do sacro tem inicio, comumente, na puberdade. As forças sexuais em desenvolvimento ocasionam uma incerteza, pois os pais e educadores raramente estão em condições de ensinar o uso correto dessas energias. Frequentemente, tem-se notado, desde a infância, uma falta de carinho e de proximidade física. Dessa forma, pode ocorrer mais tarde uma negação ou recusa da sexualidade, acarretando a perda da expressão despreocupada do seu potencial criativo, fazendo com que as energias se manifestem de modo inconveniente. Isso acontece muitas vezes na forma de fantasias sexuais exageradas ou de instintos reprimidos, que de tempos em tempos procuram se expressar. Outro efeito possível será o uso da sexualidade como se fosse uma droga que vicia. Também aqui o seu potencial criativo não é reconhecido, mas levado por caminhos errados. Em ambos os casos surgem incertezas e tensões com relação ao outro sexo. Sua sensualidade é relativamente grosseira, e você tende a dar preferência à satisfação das suas necessidades sexuais. Talvez você também esteja simplesmente vivendo com o constante desejo por um relacionamento sexual extasiante, sem reconhecer que o motivo de esse desejo não se realizar está em você mesmo. Com a perda da ingenuidade e da inocência no trato com as energias sexuais, você também perde a sinceridade para a expressão dessas energias na Criação, para o jogo de forças do Yin e do Yang e, com isso, a admiração infantil pelas maravilhas da vida.

Hipofuncionamento

O funcionamento insuficiente do chakra do sacro surge, na maioria dos casos, já na infância. É provável que os pais já tenham reprimido a sua própria sensualidade e sexualidade, pois faltava-lhes o estímulo sensual, o contato, as carícias, o carinho. A consequência foi que você retraiu totalmente sua capacidade de realizações nesse sentido. Na puberdade, você bloqueou totalmente as energias sexuais em erupção. Devido a essa repressão "bem-sucedida" , ocorre agora uma falta de autovalorização, uma cristalização das emoções, bem como frieza sexual. A vida parece-lhe triste e pouco digna de ser vivida.

A principal função desse chakra é a procriação e a sexualidade; na verdade, ele é inativo até a puberdade. A sexualidade é a primeira manifestação da atração entre os opostos. O símbolo yin/ yang expressa a polaridade fundamental entre os opostos: homem e mulher, luz e trevas, dia e noite, sol e lua.

Na família humana, a sexualidade e a procriação se separaram, devido à evolução da menstruação com relação ao cio. Nem a procriação nem a atividade sexual estão limitadas a um curto período. Esse passo evolucionário representou um fator vital

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no desenvolvimento social da família humana. Theo Lang escreve a respeito do importante vínculo entre o impulso sexual humano e os resultados socializantes quando diz: "O anseio sexual que existe o ano todo pode, por conseguinte, ser encarado como o fator dominante na formação da sociedade humana. " A sexualidade assume uma função tanto social quanto biológica e tende a produzir padrões de organização social que permitem uma ligação duradoura entre os sexos. Foi ainda sugerido que a atividade contínua dos hormônios sexuais resulta numa maior vivacidade no cérebro e, também, no comportamento exploratório, o que favorece a continuação bem sucedida da espécie. Este ponto interessante tende a confirmar a ideia tradicional de que existe uma ligação direta entre o chakra do sacro e a mente.

A função da sexualidade humana é bastante complexa, tanto sociológica quanto psicologicamente. Ela abriu o desenvolvimento humano à possibilidade de manter relacionamentos íntimos. Entretanto, as estruturas de poder que foram criadas para controlar a sexualidade produziram, com frequência, uma terrível profanação e perseguição às mulheres. As eternas questões relacionadas com o uso e o abuso do poder sexual se apresentam a todas as gerações e, na verdade,

a cada indivíduo.Existe, sem dúvida, uma diferença entre a

maneira pela qual os homens e as mulheres vivem a sexualidade. Esse fato é um reflexo direto de diferentes padrões de energia, bem distante de diferenças biológicas e do condicionamento social. Nas mulheres, o segundo centro energético inclui o útero, e o chakra pode ser visto emanando do interior do corpo. Ele dá origem a uma sexualidade que é, em

geral, profundamente sentida e percebida dentro da totalidade do ser. O homem não tem o útero como um ponto de apoio profundo e, amiúde, as experiências sexuais permanecem dissociadas das emoções. Nos homens, o segundo chakra algumas vezes é integrado, mas também pode ser visto como uma esfera que flutua fora do corpo. Isso não quer dizer que os homens não sejam capazes de ter experiências sexuais profundas, mas estas últimas se seguem à integração e dependem dela. O estímulo do processo de integração pode assumir muitas formas. Ele pode começar por si mesmo ou pode entrar em atividade quando um homem encontra uma parceira que desperta a anima dentro dele. Essa integração pode deixar de acontecer, dando origem ao homem caçador, eternamente sedento de conquistas sexuais, mas que jamais encontra algo além da satisfação do ego.

A sexualidade é uma área que está suportando todo o peso da contínua batalha entre os sexos. Na sociedade, isso se manifesta através de inúmeras disputas. O comportamento sexual passou por uma recente revolução, pelo menos no Ocidente. Essa revisão de atitudes e da moralidade nos coloca frente a frente com a natureza da sexualidade e com o seu objetivo na nossa vida.

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A sexualidade e a espiritualidade são, normalmente, consideradas como estando extremamente afastadas uma da outra. Os que ingressam na vida espiritual na qualidade de monges, de padres ou de freiras renunciam às atividades sexuais e tomam-se celibatários, preferindo, em vez disso, canalizar

as emoções através de uma vida de serviço. O celibato está ligado, inevitavelmente, aos valores religiosos da própria tradição. No passado, algumas doutrinas religiosas, notadamente o Cristianismo, propagaram o celibato como uma forma de superar as chamadas tentações da carne. Essa atitude deixou o seu legado: o sexo ainda pode ser considerado uma profanação da pureza espiritual. O impulso sexual toma-se o inimigo interior - e precisa ser derrotado a todo o custo. As práticas desenvolvidas para manter o segundo chakra sob controle permanecem

punitivas, severas e repressivas. Entretanto, é possível optar pelo caminho do celibato transmutando o

impulso sexual em vez de procurar destruí-lo, Essa é uma abordagem bem mais positiva e aceitável. As energias vitais geradas através do segundo chakra circulam no sentido ascendente, dirigindo-se aos chakras superiores, à semelhança de uma coluna ascendente de vapor. A sexualidade é transmutada; as energias que estariam disponíveis para um relacionamento pessoal agora estão livres dessa repressão e tornam-se disponíveis sob um aspecto muito mais amplo. As energias vitais podem fluir para muitas pessoas, e não apenas para uma.

As energias sexuais podem ser sintonizadas com os centros superiores, especialmente com o quinto centro, pois existe uma polaridade natural entre elas, as forças do segundo chakra e as do quinto. Essa polaridade atua transmutando as forças da criação física numa genuína criatividade.

A atividade sexual, em si, pode ser um fator de transformação. A intensidade do encontro sexual pode despertar centros mais elevados e transcender os limites físicos da experiência. Esses caminhos foram explorados no passado como uma maneira de acabar com a cisão entre o corpo, o espírito, a sexualidade e a espiritualidade. A alquimia sexual expressa a transformação pessoal através da união sexual. Essa abordagem à sexualidade é bastante diferente do impulso dominado pelo instinto. Ela requer um elevado grau de controle mental, de disciplina física e uma absoluta igualdade entre os sexos.

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Na tradição tântrica, a sexualidade é elevada à posição de sacramento. A união sexual pessoal simboliza a união cósmica, o encontro das polaridades masculina e feminina. O sexo pode tornar-se uma forma de libertar a energia pessoal dos estreitos limites do condicionamento social e do desejo individual. O poder bruto da paixão pessoal torna-se o combustível para a transformação da consciência pessoal em transcendência. As energias do segundo chakra são, conscientemente, alçadas na direção da mais elevada fonte imaginável.

Quando examinamos as imagens tradicionais do chakra, podemos descobrir mais a respeito das funções desse centro energético. O chakra svadisthana tem seis pétalas de cor escarlate. Essa cor forte e brilhante indica que os impulsos, idéias e desejos aqui gerados estimulam a mente. O artista criativo na eterna busca do rosto da musa é uma demonstração viva desse fato. O relacionamento sexual pode tornar-se o manancial de uma criatividade verdadeiramente inspirada.

A água tem um valor profundamente simbólico dentro de muitas tradições espirituais importantes. Ela simboliza a purificação, a eliminação das imperfeições. O banho ritual é uma prática universal na qualidade de uma preparação para a cerimônia espiritual. O batismo realizado através da imersão total ou parcial na água previamente abençoada é uma prática bastante difundida que caracteriza o ingresso na vida religiosa. Ele representa o nascimento empreendido conscientemente. Considera-se, amiúde, que a água benta possua poderes especiais. Os templos do antigo Egito continham, inevitavelmente, um lago sagrado, que simbolizava as águas primordiais das quais se ergueu o primeiro monte de terra, o Ben- ben. Em ocasiões especiais, eram encenados, sobre o lago e ao redor dele, dramas sobre a criação cerimonial. A história cristã da criação também contém a imagem das águas: "O Espírito de Deus pairava sobre as águas."

A água é um símbolo extremamente poderoso. Não deve causar surpresa que ele apareça em todas as tradições e expresse verdades universais que cada um de nós compreende num nível profundo do ser.

É interessante descobrir que o simbolismo lunar é encontrado tanto no sistema oriental quanto no ocidental como uma forma de descrever o chakra do sacro. A Lua é identificada com as forças ocultas do inconsciente; uma das suas faces está sempre encoberta para nós. Os símbolos lunares, por

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tradição, foram identificados com mulheres cujo ritmo menstrual também segue um padrão cíclico. A Lua está relacionada com todos os fluidos: a ascensão da energia vital, o fluxo do sangue e o movimento das marés. São essas águas que aparecem nos nossos sonhos como símbolos vivos dos estados interiores: fontes que regurgitam, o mar imenso, o charco úmido, a cabeceira seca do rio ou as terras congeladas. Essas imagens nos falam a respeito do nosso mundo interior, que criamos a partir dos nossos pensamentos, os quais, por sua vez, surgiram dos nossos desejos.

O segundo chakra rege todos os líquidos do corpo: circulação do sangue, a produção da urina, o fluxo menstrual e produção dos fluidos seminais. Bloqueios e desequilíbrios podem produzir um rompimento em qualquer um desses sistemas. Esse chakra também está relacionado com o rim, a bexiga e os meridianos do triplo aquecedor. O chakra svadisthana também exerce uma profunda influência sobre determinados estados mentais. Se o chakra estiver excessivamente yang pode ocorrer uma ênfase indevida na atividade sexual ligada a um excesso de fantasia. Se o chakra estiver exageradamente yin, poderão surgir a impotência ou problemas sexuais. Nele pode ser gerada a frustração, tanto sexual quanto criativa, quando as energias vitais estão bloqueadas.

O som fundamental do chakra do sacro é vam. As sílabas gravadas nas seis pétalas são lam, ram, yam, mam, bam e bham.

Quando esse chakra desperta, intensifica os poderes da intuição e as habilidades psíquicas. Também se diz que ele provoca a percepção da forma astral. O despertar desse chakra pode afetar dramaticamente o impulso sexual, seja positiva ou negativamente. Em cada caso, os efeitos são geralmente de curta duração e se estabilizam quando as energias se acalmam. Durante a fase do despertar, não é raro que as pessoas se tornem excessivamente sensíveis a todos os estímulos externos. Hiroshi Motoyama relata que, durante essa fase, suas emoções se tomaram instáveis e ele se exaltava com facilidade. Durante a meditação, até mesmo o mais leve ruído lhe parecia um trovão. Eu, pessoalmente, também percebi um grau considerável de instabilidade. Senti-me como se a minha camada protetora exterior tivesse sido arrancada; eu só conseguia dormir ou descansar quando estava absolutamente exausta; todos os meus sentidos ficaram mais aguçados numa intensidade quase dolorosa. Fui esmagada pelas pressões cármicas que foram liberadas.

As forças cármicas, nesse nível, pertencem ao inconsciente coletivo. Essas são as forças e experiências que moldaram a evolução da nossa raça. Recordações individuais distantes serão armazenadas como parte desse grande conjunto. Esse chakra pode liberar uma avalanche cármica que pode revelar-se intransponível para a ascensão da kundalini do muladhara. O chakra svadisthana precisa ser purificado dos resíduos cármicos antes que a kundalini possa ultrapassar esse ponto.

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Quando o chakra do sacro está equilibrado, ele produz uma sensação de autoconfiança e de criatividade. A imaginação é usada de forma construtiva e a energia sexual provoca uma sensação de plenitude e de integração.

Aspecto espiritual ... auto-respeito

Se o chakra da base diz "Eu sou", o chakra sacral diz, "Eu sou numa relação afetiva com ... meu cônjuge, meu trabalho, minha família, minha religião, meus amigos, a natureza, o dinheiro"; é o centro de todas as relações. Qualquer coisa com a qual estamos dispostos a interagir a fim de nos encontrar torna-se algo íntimo, que nos pede para nos abrirmos para o mundo e nos dispormos trocar energia para vivenciarmos nossa essência até o fundo da alma, O resultado desse tipo de união é que criamos algo que é totalmente singular, pois não existem duas situações idênticas no tempo e no espaço.

As relações afetivas não se limitam a pessoas em geral, nem a uma pessoa em particular. Cada momento de nossa vida, mesmo durante o sono, oferece uma oportunidade de descobrir e interagir com diferentes aspectos da Energia Universal, quer seja do reino animal, vegetal ou mineral, quer seja com nossas próprias subpersonalidades, o eu superior ou nossos guias. Aqui chegamos a um lugar de comunhão (união comum) onde, por um momento, as duas partes criam um todo maior, beneficiando ambos os participantes, consciente ou inconscientemente.

Quando admiramos um botão delicado no galho de uma roseira e nos inclinamos para sentir seu perfume, entramos em comunhão com a planta. Recebemos o presente da beleza e do prazer que muda instantaneamente nosso estado de espírito e, mesmo sem termos conhecimento do fato, a rosa também se beneficia com a nossa admiração, sendo estimulada a intensificar seu perfume e sua cor. Assim como nós, a Natureza também responde positivamente a elogios, algo que vale a pena lembrar da próxima vez que caminhar num jardim.

Quando paramos de nos relacionar e de estabelecer ligações, paramos de crescer, o que traz grande sofrimento para a alma, que pergunta: "O que precisa mudar ... a situação ou a atitude?" Precisamos mudar de emprego, voltar a estudar ou rever essas relações? Num casamento, não é raro chegarmos a um ponto onde a euforia, a alegria da exploração e da energia criativa já se desvaneceram, deixando a apatia em seu lugar e a única coisa que os dois ainda têm em comum é o teto sobre suas cabeças.

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Na maioria dos casos, ambos se dispõem a resolver o problema buscando fora de casa a inspiração que possa reacender a chama no lar, criando um espaço para a reconciliação. Outras vezes são necessários reajustes maiores que, embora difíceis ou dolorosos, liberam a alma de sua paralisia e trazem consigo, inevitavelmente, novo crescimento e felicidade.

As relações afetivas demandam tempo, espaço, confiança, respeito e disposição para aceitar a essência do outro no nível mais profundo de seu ser.

Independência versus dependência

Os chacras da base e sacral realizam juntos uma dança intrincadíssima, onde a essência de "quem somos" costuma ser formulada pela natureza de nossas

relações afetivas e, por sua vez, as relações afetivas são profundamente influenciadas pela identidade que optamos por apresentar naquele momento. Em outras palavras, não conseguimos encontrar aquele espaço de segurança interior necessário ao chakra da base vivendo isolados no alto de uma torre de marfim, mas também é verdade que se vincularmos nosso senso de identidade a nossas relações com as pessoas, com o trabalho, com objetos materiais ou conceitos,

nos sentiremos inseguros e sem confiança em nós mesmos.

Na verdade, o ciúme e a possessividade ocorrem quando um membro de um casal procura encontrar-se através de símbolos externos de segurança e descobre que a outra parte está em falta. Então colocam sua relação afetiva numa camisa-de-força, ansiando por aquela sensação de algo especial proporcionada inicialmente pela paixão de um amor novo. Infelizmente isso não resolve o problema básico de insegurança e, à medida que as condições da aliança sofrem dificuldades, o membro cooperativo começa a bater em retirada para manter seu equilíbrio pessoal.

Os sentimentos inevitáveis de rejeição e isolamento sentidos pela parte ferida costumam ser projetados fora daquela relação afetiva, no mundo exterior. Somente quando o indivíduo tem a coragem de olhar dentro de si e reconhecer sua insegurança básica é que se dispõe a assumir responsabilidade pelo desenvolvimento de alicerces sólidos, de modo que suas raízes possam ser realmente nutridas e sua força interior possa aumentar.

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É claro que a situação oposta também é comum, com a pessoa parecendo tão competente e tanto no controle que tem pouca necessidade de ligação afetiva e prefere mostrar o "rosto da independência" a todos os interessados. Muitas vezes se surpreendem em relações com alguém que não está disponível mental ou fisicamente, como alguém casado, que mora no exterior ou que raramente expressa seus sentimentos. Nenhum desses indivíduos exige compromisso, nem intimidade verdadeira e, nesse caso, a independência pode ser mantida sem a perda de controle. Mas, como discutimos no capítulo anterior, qualquer um que precise manter um senso de identidade tão forte assim não se sente seguro e, na verdade, tem medo de se sentir desafiado por uma aliança que representa, potencialmente, mudança, vulnerabilidade e, acima de tudo, amor.

Toda a questão de independência versus dependência é fundamental quando estudamos o chakra sacral onde, em última instância, ambos precisam entregar-se a uma faceta ainda mais importante das relações afetivas, a INTERDEPENDÊNCIA.

Como disse o Profeta (com palavras escritas por Kahlil Gibran) ao falar a respeito do casamento:

Entreguem o coração, mas não para o outro guardar, Pois somente a mão da Vida pode conter seus corações. E fiquem juntos, mas não juntos demais,

Pois os pilares do templo ficam separados,

E o carvalho e o cipreste não crescem na sombra um do outro.

A interdependência permite a cada um conhecer o outro e percorrer seu próprio caminho ao mesmo tempo que sustentam alegremente uma viga mestra, a relação afetiva, em favor de sua viagem maior.

Se não houver nada em comum, não há relação alguma, quer estejamos falando de uma pessoa, um emprego ou uma crença. O interessante é que, às vezes, a única coisa que mantém um casamento de pé é a falta de amor de um pelo outro e, quando uma das pessoas morre, existe ainda assim, um pesar genuíno por essa relação afetiva disfuncional.

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Outras relações parecem extremamente simbióticas e cômodas, mas são mantidas por um contrato de codependência que diz: "Serei o que você quer que eu seja desde que você seja o que eu quero, e que nenhum dos dois desrespeite esse acordo nem por um minuto." Chamo esse tipo de relação afetiva de "tenda", onde os únicos pontos de apoio são as cordas retesadas em direções opostas para manter a tensão interior que não é imediatamente visível ao mundo externo. Esse arranjo funciona perfeitamente bem até um dos membros resolver expandir seus horizontes.

As regras e regulamentos da tribo/família são questionados e são feitas todas as tentativas no sentido de restaurar o status quo, muitas vezes através do medo e da manipulação: "Se você me amasse ... " , ou "Vou me sentir feliz depois que você se encontrar realmente e tudo puder voltar a ser como antes."

Esse é um problema comum dessa época de mudança, quando tanta gente está procurando um significado maior para sua vida e descobrindo que os velhos modelos não têm a flexibilidade necessária à auto-expressão. Entretanto, qualquer relação construída sobre os alicerces do amor e do respeito tem condições de permitir o colapso das estruturas desgastadas, a introdução de novas idéias e o encorajamento do diálogo que pode manter uma ligação saudável.

Acho que todos conhecemos relações afetivas onde parece inconcebível que uma das pessoas sobreviva sem a outra devido à sua ligação profunda. Quando a separação acontece, todos observam com grande expectativa. De vez em quando, a previsão realiza-se, com uma morte depois da outra; no entanto, o mais comum é o indivíduo que ficou oscilar e depois começar a se endireitar, utilizando suas reservas interiores e, apesar de sua tristeza, preparar-se para seguir em frente. Na verdade, em geral surge uma personalidade inteiramente nova, vivendo de uma maneira que questiona crenças antigas e surpreendendo muitas vezes a própria pessoa.

Em síntese, esse chakra levanta questões que giram em torno do respeito, espaço, flexibilidade e compromisso. Será que podemos encontrar um lugar em nossas relações afetivas onde ambas as partes se sintam alimentadas, respeitadas e ouvidas e, se necessário, estarmos dispostos a fazer isso por nós mesmos, em vez de esperar que o mundo faça por nós? Esta última situação é exemplificada pela "donzela em apuros", preparada a esperar para sempre. no alto da torre por seu "cavaleiro andante", sem

perceber que ele está esperando ao pé da escada; basta que ela tome a providência

de dar o primeiro passo em sua direção.

Uma analogia

Há dois porcos-espinhos

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vivendo no Ártico; faz muito frio e eles resolvem se abraçar para se aquecer. À medida que se aproximam, seus espinhos começam a machucar a pele um do outro, de modo que se afastam e começam a tremer de frio outra vez. E então eles se aproximam e se afastam, até encontrarem a distância com a qual possam aquecer-se e alimentar-se sem causar dor ao outro.

O Processo criativo

Há três fases nesse processo que representam nossa relação com a Terra e com nosso Criador e simbolizam uma grande parte do sentido de nossa vida, revelando que somos cocriadores de todas as nossas experiências. Nas mulheres, acontece todos os meses sob a forma do ciclo menstrual, mas esse processo também é descrito em todos pela inspiração / expiração, que se dá aproximadamente 18 vezes por minuto.

1) Nascimento, inspiração e capacidade de assumir riscos: a energia da virgem

O primeiro estágio do ciclo criativo, representado nas mulheres pela maturação do óvulo, reflete a capacidade da inspiração. É o momento de reconhecer e desenvolver os próprios sonhos, paixões e idéias e de alimentar a crença de que podem chegar à maturidade e manifestar-se no mundo. Todo mundo tem sonhos, sendo a forma mais elevada aqueles que emergem de nossa intuição ou sabedoria interior, e a realização desses sonhos é, o desejo da alma.

Essa ideia é questionada pelo "medo de assumir riscos", que muitas vezes é intensificado pelas opiniões dos outros, cujo propósito de vida envolveu manter um equilíbrio que é seguro, mas tedioso! Esse medo surge do chakra da base: "Não vou estar à altura", ou do plexo solar, "Preciso da aprovação de alguém antes de começar." Mas quando negamos o impulso criativo, podem surgir

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problemas como infertilidade, cistos ovarianos, desequilíbrios hormonais e depressão, e a pessoa não tem o prazer de ver uma semente que ela plantou lançar raízes e acabar se transformando numa árvore alta e frondosa.

O que você está disposto a arriscar por seus sonhos, por amor; para ser tudo quanto você é? A que está disposto a renunciar para seu sonho se tornar realidade?

2) Vida, fertilização e intimidade: a energia da mãe

A segunda fase, representada pela liberação do óvulo na ovulação, envolve a busca de fertilização de nosso sonho, idéia ou semente, pois só quando ele tem um impacto sobre o mundo da matéria é que se pode dizer realmente que se realizou. O êxtase da liberação orgástica durante a relação sexual reflete a natureza refinada dessa interação, onde duas pessoas se encontram e, através do amor, renunciam voluntariamente à posse de identidades separadas para se fundir uma com a outra. Nesse ponto alimentam a felicidade suprema da união, não só uma com a outra, mas também com o poder e o amor universal. Essa é a verdadeira essência dessa fase: ser capaz de partilhar a si mesmo, seus sonhos, seus pensamentos, seu corpo e sua alma tão completamente que você vivencia e conhece o amor de Deus.

É um momento de "cooperação", não de "coerção", lindamente exemplificado pelo bebê crescendo no ventre, dependendo da mãe para ter apoio e alimento, ao mesmo tempo que permite ao espírito interior criar seu projeto de vida. Essa parceria simbólica mostra que a energia de toda relação afetiva bem sucedida flui em duas direções e cada uma das partes recebe da outra, de onde se pode concluir que, quanto mais damos, tanto mais íntima a união e tanto mais recebemos, em última instância.

Quando a força ou a persuasão estão em jogo, ou mesmo censuras supostamente inofensivas, a relação pode tornar-se abusiva rapidamente quando uma das partes se sente usada, desconsiderada ou traída e prefere, como defesa, retirar a confiança e o amor. Já ouvi muitas vezes alguém dizer de um cônjuge: "Toda vez que começo a discutir algo, ele/ ela desaparece; é tão frustrante!" Mas quando lhe perguntam o que querem discutir, a resposta em geral soa como uma barreira de críticas e juízos de valor e passa longe de qualquer conceito de comunicação amorosa ou de respeito. Então podemos entender perfeitamente a reação do cônjuge às palavras:

"Precisamos ter uma conversa!"

O aspecto essencial a compreender numa relação afetiva é que só podemos desenvolver nossa pessoa, nossos sonhos, nossos desejos, nossos insights

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apreciando os dons de valor incalculável da outra pessoa ou do mundo à nossa volta. Isso significa que precisamos reconhecer e respeitar a trajetória de sua alma e não vê-Ia apenas como um meio para um fim.

Toda relação oferece uma intimidade que transforma a vida, seja no trabalho, com nosso par amoroso, pais, filhos ou conosco mesmos.

O que ela exige é estarmos dispostos a:

- confiar - estabelecer ligação e intimidade - estar vulnerável e "nu" na frente dos outros - ser alimentado e receber apoio - ser flexíveis e receptivos ao que ocorrer, seja o que for - renunciar ao controle e sair ao encontro do desconhecido - e, finalmente, mudar.

No entanto, muitos se sentem mais felizes "dando" do que "recebendo", freqüentemente por medo de um compromisso mais profundo com a relação afetiva e, por conseguinte, consigo mesmos, apresentado motivos como:

- ''As pessoas acham que sou forte; se receber, vou parecer fraco." - "Gosto de ter o controle nas mãos e não gosto de me sentir vulnerável." - "Sinto que sou demais para os outros, de modo que evito pedir." - "Provavelmente vão querer algo em troca mais tarde e eu posso não ter condições de, dar." - "Não gosto de me sentir em dívida." - "Podem dizer 'NÃO!' e eu não vou suportar a rejeição." - "Nunca me dão o que preciso (ninguém está à altura de minhas expectativas), por isso parei de pedir."

Essas desculpas maravilhosas nos permitem manter distância e, desse modo, evitar a paixão e o êxtase do amor que aparecem quando não há separação. E qual é a maior intimidade que evitamos? A do caso de amor conosco mesmos. Essa fase do ciclo criativo é particularmente pouco desenvolvida naqueles que construíram um muro alto de independência depois de viver uma experiência de ficar "numa pior", de ser machucados ou até sofrido maus tratos após confiar a alguém seus sonhos, seus sentimentos, seu corpo e até seu coração. No caso dos homens, "pedir ajuda" já foi considerado sinal de fraqueza, principalmente na área das emoções, o que os levou a colocar uma tensão enorme no corpo, nas relações pessoais e na chance de sentir a felicidade da união. Muitos foram profundamente feridos quando seu amor foi rejeitado e, como resposta, canalizaram a energia do amor para os órgãos sexuais em vez, de arriscar o coração e a possibilidade de mais sofrimento. O sexo tornou-se puramente hormonal, mas emocionalmente "seguro" (ver doenças da próstata).

Esses indivíduos independentes procuram "alimentar" suas idéias sozinhos, evitando delegar responsabilidades e muitas vezes seguindo em frente com a força da vontade (chakra da garganta) ou determinação pura (chakra da base) e

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depois ficam se perguntando por quê estão exaustos, desanimados, deprimidos e anêmicos, com os sonhos mal realizados. Cooperação e conexão são as chaves da felicidade.

Essa mesma ofensiva unilateral é vista nas relações pessoais quando o medo de novas decepções e sofrimento leva a pessoa a se apaixonar por alguém perfeito e depois "procura mudá-lo"! Talvez o apego à imagem de alguém que não pode existir na realidade, mas que a pessoa insiste em projetar nos outros, mantenha-a a salvo de um envolvimento profundo.

No começo, tudo é maravilhoso, até que o véu da ilusão começa a se desvanecer e o verdadeiro eu de nosso par amoroso (que sempre esteve presente) revela-se e percebemos ter nos apaixonado por nossos sonhos e não pelo indivíduo à nossa frente. Felizmente, na maioria dos casos, boa parte da relação é saudável e, por isso, capaz de suportar a redução da euforia inicial, ao mesmo tempo que nos permite adaptar-nos e aproximar-nos da verdade do amor. Mas existem aqueles que nunca se recuperam do choque de suas expectativas desprezadas e levam uma vida de decepções constantes, projetando-as em todos e em tudo com que se deparam.

E, por fim com quem ou com o que você conta para lhe dar apoio?

Quem partilha de seus sonhos quando eles emergem das profundezas de sua alma?

Para quem você se volta quando as coisas ficam difíceis? Todos precisamos de alguém ou de algo com cujo apoio podemos contar,

principalmente quando ficamos cansados de "fazer as coisas sozinhos", ou no fim do dia, quando nos sentimos completamente esgotados. Além das pessoas, alguns gostam de um banho quente (muito relaxante e acolhedor), outros procuram uma árvore ou a Natureza em busca de consolo, ao passo que "ter dinheiro suficiente" pode constituir um apoio seguro, mas indiferente. É claro que os animais de estimação têm sido, durante gerações, companheiros de valor inestimável para muitos durante épocas solitárias e turbulentas. E quanto a Deus, os Mestres, nossos guias, nossos

entes queridos que já se foram: pedimos ajuda a eles? Mais importante ainda, confiamos no apoio que oferecem? Tantas vezes nos sentimos abandonados em nossos momentos mais desesperados e não reconhecemos que a ajuda do outro mundo vem de muitas formas, muitas vezes através dos mensageiros mais surpreendentes, e sempre está voltada para o quadro geral, e não para algo que queremos "consertar" imediatamente ...

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O apoio universal faz com que nos aproximemos mais de nosso centro e nos possibilita ouvir mais claramente nossa voz interior. A pergunta é: "Queremos o tipo de assistência que pode envolver mudança e uma compreensão maior, ou preferimos realmente o tipo que nos apoia no sofrimento e nos mantém no escuro?" A escolha é nossa.

E, finalmente, existem aqueles que chamamos de amigos, para quem nos voltamos em busca de amor e apoio, tanto durante os bons momentos quanto nos ruins. Eles podem fazer parte de nossa família ou vir de fora; são essas pessoas que:

- conhecem todas as facetas de sua personalidade, inclusive as difíceis, e amam você mais ainda por causa delas

- estão presentes em seus triunfos e desastres, e comemoram ambos - permitem a plena expressão de seus sentimentos sem tentar "reformar" você - sabem o que você está sentindo sem que você precise dizer - dizem quando você está fazendo uma grande bobagem ou bancando o mártir - são honestos em suas respostas e falam a verdade quando pedem - confiam em sua pessoa, mesmo quando você toma uma direção que não entendem - sabem quando ficar em silêncio e ouvir - oferecem a mão ou braço carinhoso sem que lhes peçam - abraçam você sem nenhum motivo especial - refletem o prazer de estar junto mesmo que somente por pouco tempo depois de muitos meses

Quem você chama de amigo?

Kahlil Gibran fala da amizade:

Deixe que o melhor de si seja seu amigo. Se ele deve conhecer sua maré vazante, deixe que conheça também sua maré cheia. Pois o que é seu amigo, a quem você procura para matar o tempo? Pois cabe a ele satisfazer sua necessidade, não preencher seu vazio. E, na doçura da amizade, que haja risos, e prazeres partilhados, Pois no orvalho das pequenas coisas o coração descobre suas manhãs e refresca.

3) Morte, expiração e liberação: a energia da velha Esse estágio final do ciclo criativo, a expiração ou morte, é representado pelo sangue menstrual e pede-nos para liberar aquilo que se completou, quer nossas idéias tenham se tornado realidade ou não. Tudo tem um fim, a morte é inevitável; é apenas uma questão de tempo. O corpo das mulheres está intimamente sintonizado com a compreensão da natureza cíclica e rítmica da existência humana, vendo que, como as fases da lua, a vida cresce e mingua. É inerente a toda mulher aceitar a morte todos os meses e ver esse período como um momento de liberar o velho e se preparar para o novo. No entanto, em muitas sociedades ocidentais, tanto os homens quanto as mulheres temem a morte e se agarram firmemente ao que está morto ou precisa morrer. Não estou falando somente do corpo físico, mas também de relações afetivas do passado, de expectativas pouco realistas, de sonhos não realizados,

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de amor não correspondido, de fracasso nos negócios, de imagens redundantes de nós mesmos e até do apego a nossos filhos. É tão fácil nos enredarmos no processo de luto, agarrando-nos ao passado através do medo! Medo de que não haja mais nada, medo do vazio e medo de nossa própria inadequação, reforçado pela falta de auto-estima. O lado feminino de nossa natureza foi tão reprimido que esquecemos que a inspiração vem infalivelmente depois da expiração, assim como o dia vem depois da noite; isso se reflete no aumento constante dos problemas respiratórios à medida que as pessoas procuram segurar a respiração, tentando impedir a maré inevitável da mudança (ver "O chakra da garganta").

Lembro-me de ouvir um terapeuta de casais dizer que você só abre espaço para alguém novo em sua vida quando é capaz de abrir mão não só das coisas negativas em suas relações afetivas do passado, mas também das positivas. É difícil no começo, mas depois, pensando bem, a morte requer que as pessoas sigam em frente, não que vivam no passado.

Mas é bom lembrar que esse estágio pode e deve ser um momento fantástico de celebração, pois é a consumação de um ciclo e muito foi realizado. É a época da colheita, quando os frutos de nosso trabalho são apanhados e saboreados e nós, enquanto força criadora e nutridora, somos alimentados por nossa própria criação. Faz-me lembrar a mãe animal que come a placenta que aninhou seu filhote, reconhecendo a importância de ela própria ser nutrida para que sua força vital possa ter continuidade.

Toda planta que produz sementes ou frutos não só os compartilha com o mundo, como também reabsorve parte da energia em sua estrutura, para que aumente sua capacidade de produzir uma vida nova na próxima estação.

Você saboreou os frutos de seus esforços antes de plantar uma semente nova?

Como pais orgulhosos, temos todo o direito de nos pavonear e olhar com satisfação quando o espírito de nossa criação adquire vida própria e nos libera para seguir em frente. Seja o que for que tenha acontecido nas duas primeiras fases do processo, transformou-nos só pelo fato de termos optado por participar da vida.

Linguagem corporal No chakra sacral, as questões de falta de carinho e amor manifestam-se das seguintes formas: a) O lugar mais comum para as mulheres acumularem gordura é em cima de seu chakra sacral, o que muitas vezes reflete o desejo de ser alimentada, mas também o medo de deixar alguém chegar perto demais.

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b) As mulheres e alguns homens cruzam as mãos em cima dessa área quando se sentem rejeitados e desprezados. Procuram carinho e atenção, embora muitas vezes sejam incapazes de expressar suas necessidades, por medo de rejeição. Por isso é importante garantir-lhes que seu espaço será respeitado.

Doenças associadas 1) Síndrome de irritação do intestino

Essa doença, também conhecida como "cólon espasmódico", produz intumescimento, alternância de diarréia e prisão de ventre, dor abdominal e a passagem excessiva de gases. Pode afetar qualquer faixa etária e ambos os gêneros igualmente, e pode estar ligada a hipersensibilidade a certos alimentos, ou a uma proliferação exagerada de cândida.

Psicoespiritualmente, os ataques estão associados a questões de relações afetivas, principalmente aquelas entre pais/ filhos, onde há um desejo inicial de convidar os outros a ocupar nosso espaço, e depois, ressentimento quando eles não realizam nossas expectativas ou exigem uma quantidade grande demais de nosso tempo.

Muitos desses indivíduos são "um doce", pessoas que não se queixam, que aprenderam a engolir suas preocupações e raiva em vez de "rodar a baiana". Preferem dar nós nas tripas e deixar o corpo expressar a natureza explosiva de suas emoções ocultas!

Quando a gente consegue deixar o vapor sair da panela de pressão de uma forma educada, mas persistente, e dar voz às necessidades com respeito por todos os interessados, a pressão não se acumula e é possível encontrar um ponto de equilíbrio entre a intimidade e a asfixia.

2) Dor na parte inferior das costas (Lombalgia)

Como esse é um problema muito comum, foi incluído nesta seção, em vez de ser agrupado com outros problemas musculoesqueléticos. A maioria dos sintomas deriva da tensão muscular, embora seja importante ter um diagnóstico preciso antes de se envolver com um tratamento psicoespiritual. A coluna representa "apoio" que, para a maioria, é obtido por meio de outras pessoas, embora alguns prefiram o conforto e a segurança do dinheiro. Quando o apoio é retirado, qualquer que seja o motivo, a parte inferior das costas começa a reclamar.

O problema é que pode ser muito difícil ajudar esses pacientes, por três razões principais:

a) Não têm facilidade em receber, preferem ser aquele que dá. Por isso, quando lhe perguntam, "Em que posso ajudar?", a resposta é, "Em nada" (seguida de um longo suspiro). Mas, quando você se levanta para ir embora, o

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grito sai da garganta: "Não me abandone!" Costumam ser tipos estóicos que preferem que alguém interprete os sinais, em vez de simplesmente falar de suas preocupações.

b) São perfeccionistas com o lema: "Se quiser uma coisa bem feita, faça você mesmo!" Portanto, quando ficam no andar de cima ouvindo o burburinho lá de baixo, não conseguem resistir à tentação de controlar tudo o que está sendo feito e acabam se obrigando a descer as escadas capengando para restaurar a ordem, como só eles sabem fazer.

c) Têm ideais elevados em relação à ajuda que precisam receber e, . por conseguinte, a decepção é freqüente. Não conseguem perceber que talvez precisem estudar formas de atender suas próprias necessidades e, por isso, muitas vezes os ouvimos dizer: "Ninguém liga para mim!"

A cura é acelerada quando a pessoa aprende a receber, mesmo que seja pouco, e a responder "Sim", quando lhe perguntam se quer um cafezinho, em vez do habitual: "Não se incomode, eu mesmo me sirvo!" E, quando o café está frio ou doce demais, abrir mão da necessidade de perfeição e lembrar-se do amor que acompanha a bebida.

A "donzela em apuros", que se revela freqüentemente nos problemas da parte inferior das costas, precisa descobrir o equilíbrio entre cuidar de si mesma e pedir ajuda. Diminuindo as expectativas em relação aos outros e atendendo suas próprias necessidades, ela vai ter mais alegria e uma redução visível na dor da decepção crônica.

3) Problemas relacionados com o sistema reprodutivo

Essa é uma área em que podemos encontrar distúrbios nas três fases do ciclo criativo descrito acima.

Primeiro estágio: Inspiração

INFERTILIDADE

Algumas causas de infertilidade estão presentes desde o nascimento, tanto nos homens quanto nas mulheres, enquanto outras se devem a desequilíbrios

hormonais ou surgem depois de infecções como caxumba nos homens e clamídia nas mulheres. Em alguns casais, nenhuma causa é encontrada e outras pesquisas são sugeridas.

Segundo minha experiência, seja qual for a causa, é importante estudar o ambiente psicoespiritual dos indivíduos para excluir

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quaisquer fatores significativos que possam contribuir para o problema e que, sem dúvida, terão algum efeito sobre as tentativas de chegar a uma gravidez bem sucedida. Pode ser necessário recorrer à ajuda de um profissional da área de psicologia, uma vez que problemas enterrados há muito tempo vêm frequentemente à tona durante as discussões iniciais dessa questão.

Pessoalmente, já ouvi muitas histórias de abuso na infância, muitas vezes sexual, que assustou tanto a pessoa, que esta fica com um medo profundo de que se repita a situação e, por isso, atraem inconscientemente a infertilidade. Outras pessoas foram criadas por famílias tão disfuncionais que seu modelo de pai e mãe ficou distorcido e, por isso, elas acham difícil ver-se como pai ou mãe. Finalmente, trabalhei com mulheres que ficam divididas entre o desejo de ter filhos e sua ambição profissional. O interessante é que também ouço dizer que são as mensagens de outras mulheres, principalmente da mãe, que muitas vezes criam o dilema. Ao examinar as imagens relacionadas a "tornar-se pai ou mãe", logo se torna claro que o sistema de crenças tem de mudar.

Uma mulher veio fazer uma consulta comigo apresentando uma situação ligeiramente diferente. Vinha tentando engravidar há quatro anos, sem sucesso. Como o pai morrera seis anos antes, ela se tornara muito próxima da mãe, que enfatizava constantemente a importância da relação entre as duas, e o quanto isso estava dando sentido à sua vida. No entanto, essa dependência estava tensionando tremendamente a filha que, sentindo como se tivesse se tornado mãe da própria mãe, também achava que não podia usurpar seu lugar com um novo bebê!

Depois de muitas discussões, ficou claro que a situação tinha de mudar e que a filha tinha de diminuir seus sentimentos de responsabilidade pela felicidade da mãe.

Ao permitir que ela se envolvesse com a gravidez, a mãe começou a se liberar do passado e a entrar sem problemas no papel de avó,

A) TRANSTORNOS FEMININOS

a) AMENORRÉIA. A falta de sangramento na fase reprodutiva da vida de uma mulher em geral se deve a problemas hormonais e, como esse estágio representa o plantio da semente, não é raro a menstruação se interromper em épocas de mudança como um divórcio, sair de casa, fazer vestibular ou estar no meio de um período de luto, Também é uma característica da anorexia nervosa (ver" O chakra do coração"), quando o peso cai abaixo de um certo nível e ocorrem mudanças no funcionamento da glândula

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hipófise. Um aspecto dessa doença é o desejo de continuar criança, que reflete o desejo de evitar o risco de semear sementes e ser visto pelos outros.

A outra causa comum de amenorréia está relacionada aos níveis crescentes de hormônio masculino, que podem fazer parte do problema do ovário policístico. Neste último caso, uma fina camada fibrosa cresce em volta do ovário, impedindo a liberação do óvulo durante a ovulação. Ao mesmo tempo, há sinais de excesso de hormônio masculino, como hirsutismo (excesso de pêlos), mudança na distribuição da gordura e acne.

Num plano psicoespiritual, pode haver crenças culturais ,Profundamente arraigadas em torno da feminilidade, ou uma história de abuso sexual e, em ambos os casos, a camada em torno do ovário protege a mulher de sua própria sexualidade. Lembro-me de uma moça oriunda de uma família mista, com muçulmanos e cristãos, que, devido ao estilo de vida moderno não precisava mais usar o véu. Mas algo no fundo de sua psique estava perturbado pela exibição espalhafatosa de sua sexualidade e, sem perceber conscientemente o dilema, ela o resolveu de forma muito inteligente, "velando" o corpo com pêlos corporais, o que também a deixava menos atraente para os homens.

Depois de algumas discussões, ela resolveu conversar com a família e passou a se vestir de acordo com seus sentimentos íntimos. Os pêlos começaram lentamente a desaparecer e sua menstruação voltou.

b) ENDOMETRIOSE. Nesse distúrbio, o endométrio não só reveste o útero, como também é encontrado em outros pontos da pélvis, causando dor severa e menorragia quando há sangramento, junto com a eliminação normal dos resíduos provenientes do útero.

Há muito debate entre os médicos quanto à causa dessa doença mas, psicologicamente, há duas teorias. Uma é que uma educação sexual distorcida foi dada na época da puberdade, com conceitos obsoletos como a "maldição" ou medo da gravidez instilados na mente da jovem. A segunda é que há um desejo avassalador de engravidar e, na verdade, há muitas provas para mostrar que, depois de dar à luz, a doença é muito menos agressiva e às vezes desaparece. A presença de um bebê certamente nega todas as crenças negativas a respeito da feminilidade e permite ao útero revelar seu verdadeiro propósito, que é maravilhoso.

Ambas as teorias podem desempenhar seu papel na evolução dessa doença e é bom examinar todas as crenças subjacentes relativas à condição da mulher em qualquer processo de cura.

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c) CISTOS OVARIANOS. Não é incomum algumas mulheres desenvolverem cistos isolados nos ovários, muitos dos quais desaparecem sem lhes causar nenhum problema posterior. Mas, psicoespiritualmente, aqueles que persistem representam um bloqueio da energia criadora que se acumula e acaba formando um cisto. Como discutimos acima, a causa do bloqueio costuma ser uma

sensação de que "O que tenho a oferecer não é grande coisa", acompanhado de medo de fracassar e de ter sucesso. Essa crença costuma ser reforçada por outras pessoas que controlaram ou cri-

ticaram qualquer atividade criativa resultando em maus tratos emocionais.

Sem estímulo e sem auto confiança, é difícil plantar "nossas preciosas sementes", com medo de sua vulnerabilidade. Qualquer tratamento de cistos ovarianos deve incluir a eliminação de crenças limitadoras relativas à própria capacidade e talento, e o incentivo à sua expressão.

d) CÂNCER OVARIANO. Os ovários contêm uma poderosa força criadora que precisa se manifestar, seja dando à luz uma ou mais crianças, seja criando nossas idéias e sonhos. Em geral, as mulheres que têm câncer ovariano têm pouco senso de identidade e, por isso" são facilmente influenciadas por comentários do tipo, "Seus sentimentos não têm importância" (o que realmente quer dizer, "Você não tem importância"), "Sei o que é bom para você" ou ''Você nunca vai ser grande coisa". Infelizmente, por causa de sua falta de auto-estima, elas não conseguem questionar essas afirmações com um mínimo de convicção.

Também já vi mulheres a quem, devido a circunstâncias infelizes, foi negada a gravidez (ou nunca engravidaram do homem que desejavam) e essa supressão da energia criadora, além da raiva reprimida, acumulou-se dentro delas até a doença se manifestar.

Essa parte preciosa da vida de uma mulher precisa ser respeitada e é importante que as mulheres descubram formas de celebrar esse dom sagrado, quer tendo filhos, quer através de qualquer outra atividade criativa e gratificante.

e) EROSÃO CERVICAL, CERVICITE E CÂNCER CERVICAL. Uma erosão cervical e cervicite não predispõem ao câncer e são comuns depois de um parto e do uso de pílula anticoncepcional, e também podem surgir por causa de uma infecção. Mas é importante reconhecer o colo do útero como a porta de entrada para o útero sagrado e, por isso, qualquer doença nessa área pode estar ligada a uma história de abuso (sexual ou emocional), ou sentimentos de vergonha, e essas questões precisam ser exploradas para que haja cura.

O câncer cervical- ou no colo do útero - tornou-se mais comum e agressivo nos últimos 10 anos, afetando uma população muito mais jovem e sua disseminação ocorrendo durante um período menor de tempo. A pesquisa

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mostrou que a causa dessa doença é complexa e inclui relações sexuais. prematuras, uso da pílula anticoncepcional e a presença de um determinado vírus ou verruga na área do colo do útero. Mas repito: pouca atenção tem sido dada aos fatores psicoespirituais que, em minha opinião, desempenham um papel importante.

Segundo minha experiência, a questão de abuso (sexual ou maus tratos emocionais ou físicos) precisa ser ventilada durante qualquer processo de tratamento, pois quando uma mulher se sente usada, desvalorizada ou

humilhada, essa porta para sua alma recebe o impacto do ataque que se reflete nas células anormais do câncer. É interessante notar que um vírus parecido com uma verruga é o provável fator responsável, pois as verrugas sempre perguntam, "O que você não gosta em si mesmo?"

É possível que pouca auto-estima e falta de informações transgeracionais sobre o que é ser uma mulher, possam lesar uma mulher de tal maneira, que ela se sente sem forças para protestar contra o abuso? Se for,

é preciso que algum tipo de terapia psicológica acompanhe qualquer programa de tratamento, caso contrário o insulto

vai reaparecer em outra parte do corpo algum tempo depois.

Segundo estágio: Nutrição a) TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM). Os sintomas desse distúrbio são irritabilidade, mau-humor, gases, "fissura" por certos alimentos, choro fácil e o desejo de ficar sozinha. Todos esses sintomas refletem uma distorção do instinto natural que é criar um "ninho" isolado onde nutrir o ovo em maturação. Essa síndrome, que ocorre em muitas mulheres um pouco antes dos 30 anos até os 40 e poucos, está se tornando mais freqüente à medida que as exigências da vida moderna transformaram a maneira pela qual uma mulher se vê:

- Ela procura ser a "Mulher maravilha", dividindo sua existência entre o trabalho e a família, ao mesmo tempo em que busca, inconsciente, a confirmação de que é boa esposa/boa mãe.

- Tornou-se cada vez mais independente e auto-suficiente, mas agora tem dificuldade em pedir ajuda.

- O parto está acontecendo muito mais tarde, com menos tempo reservado para o aconchego e os cuidados.

- Um número cada vez menor de mulheres consegue encontrar um homem adequado para ser pai e o vazio faz uma visita todos os meses.

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- A despeito da transformação em termos de identidade cultural, ela ainda se coloca no fim da lista de prioridades quando se trata de receber cuidados.

- Ela se sente menos capaz de encontrar um espaço sagrado em seu próprio lar, devido à perda de papéis específicos de cada gênero e, por isso, não pode mais refugiar-se na cozinha!

Está na hora de as mulheres escolherem a maneira segundo a qual desejam progredir nesse ambiente moderno, examinando antes o impulso de provar seu valor num mundo masculino e depois decidindo, cheias de esperanças, voltar ao ritmo de seu próprio gênero, permitindo que a intuição as guie para aquilo que respeita seus instintos naturais.

b) FIBROMAS E MENORRAGIA. A menorragia, ou fluxo excessivamente abundante, representa "lágrimas" reprimidas, ligadas muitas vezes a uma sensação de falta de apoio, de amor, de ponto pacífico. No entanto, mesmo quando algum tipo de apoio lhes é oferecido, essas mulheres têm dificuldade em receber, colocando-se em último lugar nas listas de prioridades em termos de receber cuidados.

A vida torna-se muitas vezes um fardo e séria demais, com os atributos infantis do lúdico e do riso perdidos pela deferência com a responsabilidade e a carga da condição feminina. Quando acrescentamos a questão dos fibromas ao quadro, vemos alguém que cuida de todo mundo, mas não sabe responder quando lhe perguntam, "Quem cuida de você?" Em geral, há ressentimentos cada vez mais profundos e reprimidos por baixo de um rosto sorridente que diz, "Dou conta de tudo; tenho ombros largos."

O aumento da massa de tecido uterino que constitui o fibroma representa esse ressentimento e pode dar a aparência de gravidez, como se a mulher estivesse tentando cuidar de sua própria criança interior ferida. Mas antes disso poder acontecer, ela precisa olhar para seus medos mais intensos, em torno da questão de ser cuidada e do que significaria deixar outros entrarem em sua vida. É mais fácil para nós assumir responsabilidades dos outros ou ficarmos totalmente imersos no trabalho e com isso evitar reconhecer nossa necessidade de espaço, amor e intimidade ...

O primeiro passo é olhar para a própria vida e começar a esvaziar o útero, metaforicamente, de pessoas, expectativas e sentimentos que precisam ter permissão de morrer e ser liberados. Pergunte a si mesma, "Quem não precisa mais de minha ajuda?" e "Por quem me sinto responsável, exclusivamente por um sentimento de dever ou piedade?" O ex-marido? O filho de 25 anos? Lembre-se de que ninguém vai voltar sua atenção para alguém que parece estar sempre bem; portanto, fique menos acessível!

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Depois livre-se do amor não correspondido, das expectativas dos outros que nunca frutificaram, das fantasias românticas, dos fracassos dolorosos e do pesar que nunca se manifestou. Escreva cartas que nunca vai mandar, liberando os pensamentos e as pessoas para que sigam seu próprio caminho, não o seu. Depois compre flores para si mesma e olhe à sua volta, em casa, para ver se esse é um lugar onde você se sente inteiramente alimentada; se não for, tome as providências compatíveis (ou peça ajuda a alguém!).

Depois, com passos pequenos, mas incessantes, aprenda a abrir os braços e confiar nos outros, franqueando-lhes graciosamente seu espaço sagrado e deixando que o amor dessas pessoas diminua seu

medo da vulnerabilidade, para que você possa seguir em frente, rumo à saúde e ao auto respeito.

Terceiro estágio: Liberação e expiração a) MENOPAUSA. Esse é um assunto sobre o qual muitos livros foram

escritos e para o qual existem muitos remédios para aliviar os sintomas, o que é estranho, uma vez que se fala tão pouco sobre os 30 anos anteriores de menstruação. Seja como for, essa fase, que marca o fim dos sangramentos e o reajuste dos hormônios para a mulher entrar nos anos de maturidade, afeta mulheres diferentes de formas diferentes.

Os sintomas mais comuns são as ondas de calor, dor nas articulações e nos músculos, cansaço, depressão, irritabilidade, choro fácil, falta de vigor dos cabelos e da pele e secura vaginal crescente. Mas é importante lembrar que nem todas as mulheres apresentam sintomas e que, em algumas culturas, não existe palavra para designar menopausa, e ela é vista como um processo natural e não como algo que precisa ser "tratado". Apesar de minha formação médica e de minha compreensão das mudanças nos ossos, tecidos e vasos sangüíneos nos anos subseqüentes, não acho que nosso Criador cometeu um erro ao fornecer hormônios a somente metade de nossa vida e depois tenha dito: "Que seja criada a Terapia de Reposição Hormonal para corrigir o meu erro!"

Está comprovado e bem documentado que, depois da menopausa, o corpo da mulher continua produzindo um pouco de estrógeno, enquanto outros hormônios, como o andrógeno,

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desempenham um papel importante na manutenção da saúde. Mas há outros fatores que também contribuem para garantir corpo e mente saudáveis e que reduzem os sintomas da menopausa:

1) As ondas de calor são a forma pela qual o corpo procura descarregar o excesso de energia criativa que não está sendo usado ativamente pela mulher. Nessa fase de mudança, temos a oportunidade de olhar para trás e perguntar:

"Que sementes de minha própria alma não foram plantadas e onde está meu medo?" (Ver estágio 1, acima)

“A que no meu passado, estou me apegando e que precisa ter permissão para morrer?" (Ver estágio 3, acima)

Muitos dos sintomas que acabamos de descrever podem ser atribuídos ao funcionamento insuficiente da tireóide (ver "O chakra da garganta"), onde a mudança é evitada, levando ao excesso de peso e dor nos membros à medida que a energia não expressa se acumula lá dentro.

2) Corpo e mente ativos mantêm a essência de nosso ser. Todo mundo sabe que ginástica, estimulação mental e uma boa vida sexual nos conservam em forma e capazes de apreciar as vantagens dessa idade.

3) A secura vaginal é dolorosa e reduz nosso prazer sexual mas, felizmente, há remédios alopáticos e naturais para resolver o problema. Mas lembre-se de que pode haver outros motivos psicológicos para evitar uma relação sexual com nosso par, usando a secura vaginal como pretexto.

A menopausa ocorre um pouco antes de nosso segundo retorno de Saturno (que tem um ciclo de 29 anos), com sintomas que tendem a aparecer entre 50-56 anos de idade. É nessa época que esse planeta volta à sua posição no mapa natal e diz: "Para onde você está indo? Está vivendo de acordo com a intenção de sua alma e realizando seu projeto?" Essa fase deve evocar sentimentos de excitação, não de depressão, pois entramos no domínio da velha, a mulher sábia. Aqui temos a chance de passar o manto da criação de filhos para as mulheres mais jovens e nos dar tempo para descansar enquanto exploramos a sabedoria que destilamos de nossas experiências e que gostaríamos de partilhar com o mundo. E, quando estamos prontas, num ambiente onde os mais velhos são respeitados, podemos pôr essa sabedoria em ação e desfrutar o fato de sermos velhas.

No entanto, os ciclos naturais da vida foram esquecidos em nome do progresso e da conveniência, e eu acho que a saúde só será restaurada a esse planeta quando eles forem recuperados. Eu adoraria ver o retorno dos "ritos de passagem", quando celebramos o encerramento do curso menstrual, com flores oferecidas por uma velha recém-formada, e recebidas por ela mesma, que está entrando numa fase nova, excitante e criativa de sua vida.

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E, para encerrar esse assunto, é bom saber que os homens também têm uma andropausa, pois eles também têm um retorno de Saturno. Infelizmente, estão muito menos preparados para essa transição e muitas vezes se surpreendem tentando agarrar-se ao passado ou se debatendo com a idéia de um futuro que vai além da vida profissional. É um momento para os homens conhecerem e compreenderem seus próprios ritmos, em vez de tomar comprimidos para resistir às marés da mudança.

A) DOENÇAS MASCULINAS

a) DOENÇA TESTICULAR. Durante os últimos 10 anos, vimos um aumento constante de tumores testiculares. Como os ovários, os testículos contêm a força vital e essa energia precisa ser canalizada para a paternidade de crianças e/ou de idéias que expressem os atributos de força e poder que associamos à masculinidade.

Há muitos fatores que contribuem para a doença nessa área, mas um tema psicológico comum diz respeito ao uso apropriado desse poder segundo a opinião do indivíduo. Se ele achar que é mal usado ou tiver um sentimento de fracasso, a doença pode se manifestar.

Jonathan tinha 33 anos de idade quando manifestou câncer testicular. Sem qualquer incentivo, começou imediatamente a falar do motivo que, a seu ver, causara a doença. Sua carreira de advogado teve uma ascensão vertiginosa logo depois que ele saiu da universidade e, aos 28 anos, conseguiu um emprego espetacular, no qual lhe ofereceram todas as mordomias de uma sociedade, proporcionando à sua família compensações financeiras muito maiores que as de seus contemporâneos. Mas logo percebeu que havia uma armadilha: ele tinha de adulterar os livros de contabilidade e calar o bico a respeito. Estava diante de um dilema: de um lado, o desejo de ter todas as coisas boas da vida e, do outro, seu senso moral.

E ele disse:

- A única saída era ter um câncer! - E agora? - perguntei.

- Não posso voltar atrás.

- Então você não tem peito para impor sua vontade?

- Não - replicou ele.

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Em vista das questões mal resolvidas de sua infância, que pareciam ligadas à sua falta de força interior, sugeri psicoterapia, No entanto, fiquei sabendo depois que ele abandonou o tratamento após algumas sessões, pois as mudanças exigidas dele pareciam imensas comparadas a continuar com a doença.

O papel dos homens no mundo está profundamente questionado no presente e os jovens precisam de modelos fortes que possam liderar pelo exemplo e não através de ordens ou imposições. Infelizmente, por um grande número de motivos, muitos pais estão ausentes, longe do filho que está crescendo, tanto física quanto emocionalmente, e os adolescentes são obrigados a procurar suas coordenadas no mundo da música e dos esportes.

São os homens que integraram seus aspectos masculinos e femininos que vão guiar seu próprio gênero no futuro, encorajando a exploração e a expressão de valores essenciais mais profundos, que incluem amor, respeito e consideração.

b) DOENÇAS DA PRÓSTATA. A glândula próstata fornece alimento para o esperma durante sua viagem e, por isso, pode ser vista como o equivalente masculino do útero. No mundo ocidental, 60% dos homens com mais de 60 anos sofrem de doenças da próstata, o que é uma estatística chocante quando lembramos o pouco entendimento que temos da causa do problema.

Acho que tanto as doenças benignas quanto as malignas estão relacionadas a um fluxo de energia pouco natural durante a relação sexual. Em termos simples, em geral se entende que, durante a relação sexual, a energia do homem sobe dos órgãos sexuais para o coração, ao passo que a energia feminina desce do coração para os órgãos sexuais. Isso explica o fato de as mulheres terem mais probabilidade de exigir o clima certo antes de participar do ato sexual, enquanto

os homens são mais excitáveis e dispostos.

No entanto, para um homem ter um orgasmo pleno, a kundalini, ou energia sexual, tem de chegar ao coração, onde se estabelece uma conexão afetiva com seu par amoroso e, em última instância, consigo mesmo. Mas quando o indivíduo já sentiu mágoa e rejeição nessa área do amor, o coração torna-se uma região proibida e a excitação e a liberação sexual ficam retidos nos órgãos

sexuais.

O desejo de ter muitas pessoas representa freqüentemente a crença de que, um dia, alguém vai abrir seu coração. Mas, na verdade; a conexão íntima só pode acontecer quando a chave gira a partir de dentro e libera o sofrimento e a dor que estão trancados lá dentro, para que o amor possa fluir.

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A imagem do machão conserva o fluxo limitado de energia em torno dos órgãos sexuais e tudo quanto nos resta é ter esperanças de que os homens jovens de nossos dias comecem a valorizar a grande força que existe em seu coração e se recusem a trocá-la por algo que não esteja à sua altura.

Sugestões para equilibrar a atividade do chakra sacral 1) Opte por respeitar a si mesmo criando um espaço precioso em seu dia

para cuidar de si e ter um tempo só seu. Em vez de se sentir rejeitado quando os outros optam por seu próprio espaço pessoal, alegre-se com o fato de eles se sentirem seguros o bastante para fazer isso.

2) Se você sabe que tem dificuldade em receber, comece pedindo pequenas coisas e vá progredindo devagar. Se lhe disserem não, pelo menos você pediu. Procure aceitar com desenvoltura o que quer que lhe ofereçam, pondo de lado a necessidade de perfeição. Restrinja o uso de frases como, "Não se incomode, deixe que eu mesmo faço, sei que dou conta", e diga, "Sim" com tranqüilidade.

3) Examine os sonhos e ambições que você teve na época da adolescência, principalmente aqueles que foram deixados de lado por falta de tempo. Se o mundo fosse acabar amanhã, você poderia dizer que é uma pessoa inteiramente realizada, ou teria do que se arrepender? Tome a decisão de esquecer seus medos (principalmente os irracionais) e vá à luta; assuma um risco.

4) Faça com que todo dia tenha um ato de carinho por si mesmo; compre flores, tome um banho quente bem demorado, saia com amigos, desfrute uma noite sossegada em casa, invista na qualidade do tempo que passar com seu par amoroso e mime-se.

5) Faça uma boa faxina, jogando fora todo amor não correspondido, expectativas irreais em relação aos outros, fantasias românticas e tristeza reprimida. Escreva cartas que não vai mandar, liberando os pensamentos e as pessoas para que sigam o caminho deles, não o seu. Lembre-se de que toda relação afetiva é um bem valioso e agradeça pelo fato de essas pessoas terem entrado em sua vida.

6) Lembre-se de dar um tempo entre a colheita e o plantio de novas sementes, para poder saborear os frutos de seu trabalho. Comemore e beba ao prazer de ver o que você sonhou manifestar-se no mundo.

7) Tome mais consciência de sua relação com a Natureza. Pare um pouco e sinta o perfume das flores, o orvalho na grama, ou ouça os pássaros cantarem, enchendo seu coração de prazer.

8) Se estiver em meio a uma relação afetiva complicada, onde a comunicação ficou difícil, sente-se num lugar sossegado e feche os olhos.

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Imagine que está se encontrando com essa pessoa no topo de uma montanha (se isso for querer demais, coloque-a no topo de outra montanha) e peça para conversar com seu eu superior.

Diga-lhe tudo o que gostaria que ela ouvisse, lembrando-se de que você não está mais falando com sua personalidade e, por isso, só quer o bem para essa pessoa. Ouça sua resposta. Talvez seja necessário pedir ajuda ao mundo espiritual dizendo: "Por favor, será que alguém poderia vir me ajudar ... estou envolvida demais com a situação e talvez não consiga agir de maneira imparcial." Sempre termine oferecendo amor e gratidão. Esse tipo de meditação, passando pelo éter, pode ter um efeito profundo sobre o relacionamento.

9) Laranja é a cor associada a esse chakra, e pode variar do laranja avermelhado ao pêssego. Escolha intuitivamente um tom que o agrade quando quiser fazer alguma coisa para equilibrar esse chakra. O azul também pode ajudar quando há a necessidade de comunicar sentimentos e necessidades.

Exercícios Diários para Abrir e Carregar o 2º Chakra

Fique de pé mantendo os pés separados um do outro pela distância existente entre os ombros e paralelos um ao outro. Balance a pelve para trás e para a frente dobrando ligeiramente os joelhos. Repita várias vezes.

Agora faça de conta que você está dentro de um cilindro que precisa ser polido. Faça-o com os quadris. Ponha as mãos nos quadris e movimente-os circularmente, prestando atenção para polir todos os lados do cilindro.

Exercícios de Respiração e Postura para Carregar e Abrir o 2ºChakra

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Sente-se no chão com as pernas cruzadas. Agarre os tornozelos com as mãos e inspire profundamente. Flexione a espinha para a frente e erga o peito; gire o topo da pelve para trás. Ao expirar, flexione a espinha para trás e a pelve para a frente, perto dos "ossos de sentar". Repita várias vezes, utilizando um mantra, se quiser.

Outra postura. Deitado de costas, erga-se escorado nos cotovelos. Levante ambas as pernas cerca de um pé (30,47 em) acima do chão. Abra as pernas e inspire; ao expirar, cruze as pernas nos joelhos, mantendo-as direitas. Repita diversas vezes. Erga ligeiramente as pernas e repita. Faça-o até que as pernas estejam uns dois pés e meio (76,14 em) acima do chão, depois abaixe-as pelo mesmo processo. Descanse. Repita várias vezes.

Exercícios de orientação1. Como você usa a função da sexualidade? Que significado ela tem para você?

2. Medite sobre o elemento água.

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Asanas

A postura do gafanhoto (shalhalabasana)

1. Deite-se de bruços, com as mãos ao longo das coxas e as palmas voltadas para baixo.

1. Estique e erga as pernas, com o abdômen o mais alto possível, mantendo os joelhos retos. Sustente essa posição por alguns segundos e, depois, leve as pernas ao chão.

3. Repita o exercício até cinco vezes seguidas.

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A postura do gato-boi

1. Ponha as mãos e os joelhos no chão, de modo a formar" uma ponte com as suas costas.

2. Inspire, faça um arco com as costas e erga a cabeça.

3. Expire, arredonde as costas e deixe cair a cabeça para a frente. Estabeleça um ritmo de inalar, erguendo a cabeça, e de exalar, baixando a cabeça. Prossiga durante mais ou menos um minuto.

Este exercício atua sobre pontos ao longo da coluna vertebral, incluindo os vasos governadores 3,4 e 5. Esses pontos são chamados de Portais da Vida.

Levantamento das pernas

1. Deite-se de costas e relaxe.

2. Separe um pouco as pernas, junte-as depois e chute para fora.

Visualização: O útero da mãe

As trevas o envolvem, porém o escuro lhe transmite uma sensação de conforto e segurança. Você flutua suspenso na água. E está mergulhado na água, rodeado e sustentado pela água. Você se sente seguro aqui. Mergulhado nessas águas cálidas. Você está no útero, nas profundezas daquela que. o alimentou. E está rodeado pelo corpo dela, seguro em suas águas. Desloca-se e oscila flutuando em sua bolha. Não existem pensamentos, temores; apenas a vida, crescendo, mudando, desenvolvendo-se. A vida cresce dentro das águas, lentamente desabrochando de acordo com o padrão. Você está circundado por uma outra vida, além das águas. Este grande ser o envolve com o seu amor. Você não é capaz de dar nome a esse sentimento nem tampouco de compreendê-lo. Mas você cresce na presença dele enquanto o tempo passa. Sente-se seguro, rodeado de amor, mergulhado em amor, flutuando nas águas. O tempo não tem significado para você, mas ele passa e as águas mudam.

Você conhece as águas num profundo sentido primordial, de um modo que não conhece nenhum outro elemento. Você cresceu e foi alimentado pelas águas. Flutuou nelas enquanto nove luas se passaram. Ocupou as águas e, finalmente, nasceu delas. Você não tem nenhuma lembrança consciente desse período passado na escuridão das águas, porém sua consciência consegue se lembrar dos sentimentos desse estado jubiloso. Todo ser humano passou por essa experiência. Toda a criatura humana começa nas trevas e nas águas. Não existe nenhuma outra maneira de se chegar à vida.

Imagens de sonho

O chakra do sacro produz sonhos nos quais aparecem imagens de água: piscinas, lagos, riachos, rios e mares. A qualidade da água indica a maneira como o chakra está funcionando. A água estagnada, suja ou poluída requer uma limpeza interior.

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A água congelada, ou o gelo sob qualquer forma, exige a descontração. Imagens de banhos ou lavagens demonstram que um processo de limpeza teve início. A natação indica desembaraço com as funções desse chakra. O afogamento é sinal de dificuldades. Fontes ou esguichos d'água indicam o repentino ou inesperado despertar desse chakra. Encontros com criaturas que estão à vontade na água e dispostas a atuar como guias indicam que a pessoa está integrando algum aspecto desse chakra.

Sonhos nos quais a Lua desempenha um papel relevante também estão relacionados com o chakra do sacro. Viajar para a Lua, ou explorar uma paisagem lunar, indica a exploração interior nesse nível. Encontrar figuras ou guias que transmitem uma força lunar também representa um trabalho interior nessa área.

Remédios Florais do dr. Bach

Crab Apple 10 Para se livrar do que você não consegue digerir Elm 11 Para transformar suas ideias em realidade

Mimulus 20 Para se sentir livre dentro de uma estrutura

Oak 22 Para aprender a renunciar quando precisa

Vervain 31 Para que você seja aceito pelos outros

Wild rose 37 Para participar alegremente da vida

Contato com a natureza A observação da luz da Lua e ou o toque de uma água límpida, o contato com a natureza, revigoram o segundo chakra.

A Lua, sobretudo a Lua Cheia, estimula os seus sentimentos e torna-o receptivo às mensagens da sua alma, que desejam se expressar em imagens de fantasia e de sonho.

A observação tranquila de águas límpidas e naturais, um banho nas mesmas, ou alguns goles tomados de uma fonte cristalina límpida, ajudam-no a purificar e a clarear a alma, libertando-a de bloqueios e congestionamentos, para que a vida volte a fluir livremente no seu interior.

Se você puder conjugar a observação da Lua e o contato com a água, terá criado um efeito ótimo sobre o segundo chakra.

Terapia dos sons Forma de Música: Para a "ativação" do segundo chakra, qualquer tipo de música fluente que desperte urna vida alegre e descontraída é apropriado. Os ritmos agradáveis de danças populares e de salão incluem-se aqui, como, aliás, qualquer música que faça fluir suas emoções. Também a música harmoniosa e sensual é adequada nesse caso. Ouça a música tradicional da dança do ventre. Ela tem o poder de liberar as energias desse chakra.

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Para "acalmar e harmonizar" o chakra do sacro, você poderá ouvir o canto dos passarinhos, o ruído de água corrente na natureza ou também o murmúrio de

uma pequena fonte no interior da sua casa.

Vogal: O chakra do sacro é ativado pelo "o" fechado, como na palavra" sofá".

Vibra no Ré da escala musical. Apalavra "o" liberta um movimento circular. Na sua forma fechada, na qual se inclina para o "u",

desperta a profundeza dos sentimentos, levando-o à totalidade circular, lia qual o Yin e o Yang, a energia feminina e a masculina alcançam a unidade, através de um harmonioso e fluente jogo de forças conjuntas.

Na nossa língua, a exclamação "oh" expressa uma surpresa intuitiva. Assim também o "o" anima a habilidade que temos para nos admirarmos das maravilhas da Criação.

Mantra: VAM.

Cromoterapia A cor laranja clara ativa o segundo chakra. Essa cor transmite uma energia estimulante e renovadora, livrando-nos de padrões emocionais cristalizados. Promove o sentimento de autovalorização e desperta a alegria do prazer sensual. No Ayurveda afirma-se que o laranja é a cor interior da água.

Terapia das pedras preciosas

Cornalina: A cornalina une você à beleza e à força criadora desta Terra. Ajuda -o a viver o momento e estimula a concentração. Traz de volta a admiração pelas maravilhas da Criação, deixa a vida fluir novamente e anima a força de expressão criativa.

Pedra-da-Lua (ortoclásio): A pedra-da-lua torna-o receptivo à sua riqueza de sentimentos interiores. Liga-o ao seu lado sensível, receptivo e sonhador, e

ajuda-o a aceita-lo o e a integra-lo na sua personalidade. Afasta o medo das sensações e age de modo harmonizador sobre o equilíbrio emocional. No plano físico, ajuda na purificação de canais linfáticos bloqueados e cuida, nas mulheres, para que haja um estado hormonal equilibrado.

Aromaterapia

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Ilang-Ilang: O óleo fino, extraído das flores da árvore Ilang-Ilang, é um dos afrodisíacos mais conhecidos. Ele age como tranquilizante e, ao mesmo tempo, toma-o sensível a percepções sensuais mais sutis. Seu doce odor transmite uma sensação de segurança, à qual você entrega, por sua vez, o fluxo dos sentimentos. Emoções reprimidas ou perturbadas são afastadas e dissolvidas.

Sândalo: O óleo de sândalo costumava ser usado, no Oriente, para aumentar as energias sexuais e para levar a união com um parceiro amado ao nível de uma experiência espiritual. Além disso, excita a fantasia e desperta o prazer pela ação criativa. As vibrações do óleo de sândalo promovem a integração de energias espirituais em todos os níveis de nossos modos de pensar, de sentir e de agir.

Forma de ioga que age principalmente através do segundo chakra Tantra-Ioga: No Tantra, a natureza inteira é considerada como um jogo de forças femininas e masculinas, de Shakti e Shiva, que, numa dança criadora incessante, produzem o mundo das manifestações.

Através da abertura de todos os sentidos, de um "Sim" total à vida, e através do aperfeiçoamento e da elevação da experiência sexual, o Tantra se esforça em obter participação nessa "sexualidade cósmica".

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