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REGULAMENTO INTERNO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS HENRIQUES NOGUEIRA (Aprovado em Conselho Geral a 28 de julho de 2015)

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REGULAMENTO INTERNO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS

HENRIQUES NOGUEIRA

(Aprovado em Conselho Geral a 28 de julho de 2015)

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Índice

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................................... 1

CAPÍTULO I – OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................... 2

CAPÍTULO II - ESTATUTO DOS MEMBROS DA COMUNIDADE EDUCATIVA .................................................. 2

Secção I - Disposições Comuns.................................................................................................................................... 2

Secção II - Estatuto do Aluno ........................................................................................................................................ 6

Subsecção I - Direitos e Deveres do Aluno ......................................................................................................... 6

Subsecção II - Processo Individual e outros Instrumentos de Registo .................................................. 13

Subsecção III - Dever de Assiduidade e Efeitos da Ultrapassagem dos Limites de Faltas ............. 14

Subsecção IV - Disciplina ......................................................................................................................................... 21

Subsecção V - Finalidades das Medidas Disciplinares.................................................................................. 22

Subsecção VI - Medidas Disciplinares Corretivas .......................................................................................... 23

Subsecção VII - Medidas Disciplinares Sancionatórias................................................................................. 25

Subsecção VIII - Execução das Medidas Disciplinares .................................................................................. 31

Subsecção IX - Recursos e Salvaguarda da Convivência Escolar ............................................................. 31

Subsecção X - Responsabilidade Civil e Criminal ........................................................................................... 32

Secção III – Avaliação dos Alunos ............................................................................................................................. 33

Subsecção I – Disposições Gerais ......................................................................................................................... 33

Subsecção II – Avaliação dos Alunos da Educação Pré-escolar e do Ensino Básico ........................ 34

Subsecção III – Avaliação dos Alunos do Ensino Secundário .................................................................... 49

Subsecção IV - Avaliação dos Alunos de outras Ofertas Formativas ..................................................... 67

Secção IV - Estatuto do Pessoal Docente ............................................................................................................... 68

Subsecção I - Conteúdo Funcional da Atividade Docente ......................................................................... 68

Artigo 93.º - Disposições Gerais ............................................................................................................................ 68

Subsecção II - Direitos do Pessoal Docente ..................................................................................................... 69

Subsecção III - Deveres do Pessoal Docente .................................................................................................... 71

Subsecção IV – Formação ........................................................................................................................................ 74

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Subsecção V - Regime Disciplinar ....................................................................................................................... 75

Subsecção VI - Avaliação de Desempenho Docente .................................................................................... 77

Secção V - Pessoal Não Docente.............................................................................................................................. 79

Subsecção I - Direitos do Pessoal não Docente ............................................................................................. 79

Subsecção II - Deveres do Pessoal não Docente ............................................................................................ 80

Secção VI - Direitos e Deveres dos Pais e Encarregados de Educação ...................................................... 82

Subsecção I - Direitos dos Pais e Encarregados de Educação .................................................................. 82

Subsecção II - Deveres dos Pais e Encarregados de Educação ................................................................. 83

Secção VII - Direitos e Deveres da Autarquia ....................................................................................................... 87

Secção VIII - Direitos e Deveres dos Representantes das Atividades Sociais, Económicas, Culturais

e Científicas ............................................................................................................................................................................... 88

CAPÍTULO III - REGIME DE FUNCIONAMENTO ......................................................................................................... 89

Secção I - Oferta Educativa .......................................................................................................................................... 89

Secção II – Espaços e Instalações .............................................................................................................................. 90

Secção III – Segurança e Acesso ao Espaços Escolares ..................................................................................... 90

Secção IV – Constituição de Turmas / Grupos ..................................................................................................... 93

Secção V - Horários de Funcionamento, Livros de Ponto, Chaves das Salas de Aula e Utilização

dos Cacifos ................................................................................................................................................................................ 94

Secção VI - Conservação dos Espaços e Material Escolar ................................................................................ 95

Secção VII - Atos Interditos em todo o Agrupamento .................................................................................... 95

CAPÍTULO IV - ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ................................................................................... 96

Secção I – Conselho Geral ............................................................................................................................................ 96

Secção II - Diretor ............................................................................................................................................................ 99

Secção III - Conselho Pedagógico .......................................................................................................................... 105

SECÇÃO IV - Conselho Administrativo ..................................................................................................................... 107

SECÇÃO V - Coordenação de Escola ou de Estabelecimento de Educação Pré-escolar ..................... 108

SECÇÃO VI – Garantia de Serviço Público .............................................................................................................. 109

CAPÍTULO V – ESTRUTURAS E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA ........................................................................ 110

Secção I – Articulação e Gestão Curricular ......................................................................................................... 111

Secção II – Organização das Atividades de Turma .......................................................................................... 117

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Subsecção I – Educação Pré-escolar e 1º ciclo ............................................................................................. 117

Subsecção II – Conselhos de Turma ................................................................................................................. 119

Secção III - Coordenação Pedagógica de Ano, Ciclo e Turma .................................................................... 121

Subsecção I – Diretores de Turma ..................................................................................................................... 121

Subsecção II – Conselhos de Diretores Turma ............................................................................................. 123

Subsecção III – Coordenação dos Diretores de Turma ............................................................................. 124

Subsecção III – Conselho de Diretores dos Cursos Profissionais e Vocacionais ............................. 125

SECÇÃO IV – Coordenação da Educação e Formação de Adultos ................................................................ 127

Secção V – Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) .................................................. 128

CAPÍTULO VI - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS........................................................................................... 130

Secção I – Serviço de Ação Social Escolar (SASE) ............................................................................................. 130

Secção II - Bibliotecas Escolares/Centro de Recursos Educativos (BE/CRE) .......................................... 132

Secção III – Serviço Especializados de Apoio Educativo ............................................................................... 136

Subsecção I – Serviço de Psicologia e Orientação ...................................................................................... 136

Subsecção II - Departamento de Educação Especial ................................................................................. 138

Secção IV – Outras Estruturas de Apoio .............................................................................................................. 142

Subsecção I – Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA) ..................................................................................... 142

Subsecção II - Equipas Multidisciplinares ....................................................................................................... 143

CAPÍTULO VII – AVALIAÇÃO INTERNA DO AGRUPAMENTO ........................................................................... 145

CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES COMUNS................................................................................................................. 145

CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES FINAIS ......................................................................................................................... 147

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INTRODUÇÃO

O Agrupamento de Escolas Henriques Nogueira - AEHN - foi criado a 26 de abril de 2013, tendo

nascido da fusão da Escola Secundária Henriques Nogueira com o agrupamento de Escolas do Maxial.

O AEHN situa-se no concelho de Torres Vedras, estando distribuído territorialmente por diferentes

freguesias, nomeadamente a União das Freguesias de S. Pedro e Santiago, Santa Maria e Matacães,

União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo, União das Freguesias de Campelos e Outeiro da

Cabeça e Ramalhal. Este agrupamento é constituído pela Escola Secundária Henriques Nogueira

(escola sede), a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos do Maxial, os centros educativos de Outeiro da

Cabeça e Monte Redondo (com EB1 e JI), as EB1 com JI de Maxial, Ramalhal e Ameal, os jardins de

infância e escolas do 1.º Ciclo da Ereira, Matacães e Aldeia Grande e jardim de infância de Abrunheira.

O AEHN adotou a designação da escola sede, cujo patrono é José Félix Henriques Nogueira, figura

destacada do século XIX, intelectual, republicano e municipalista, nascido neste concelho.

A autonomia do AEHN é garantida através de vários documentos de referência, dos quais se

destaca: o Projeto Educativo, o Regulamento Interno, o Plano Anual e Plurianual de Atividades e o

Orçamento.

No que se refere ao Regulamento Interno (RI), este define o funcionamento do AEHN, promovendo

a responsabilização de todos os membros da comunidade educativa, tendo estado subjacente à sua

elaboração a conciliação dos RI do anterior Agrupamento de Escolas do Maxial e da Escola Secundária

Henriques Nogueira.

No que se refere aos normativos que serviram de base a este RI, optou-se por inserir partes da

legislação, complementando-as com as especificações consideradas necessárias ao funcionamento do

AEHN. Este RI é complementado pelos regimentos das diferentes estruturas e serviços, os quais

pormenorizam o funcionamento das mesmas.

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CAPÍTULO I – OBJETO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Artigo 1.º - Objeto e Âmbito de Aplicação do Regulamento Interno

1 - O Regulamento Interno define o estatuto dos membros da comunidade educativa do AEHN, o

seu regime de funcionamento, os seus órgãos de administração e gestão, as suas estruturas de

orientação educativa, os seus serviços especializados de apoio e outras estruturas.

2 - Ficam sujeitos a este regulamento os alunos, o pessoal docente, o pessoal não docente, os

encarregados de educação e, na parte que lhes for aplicável, outros elementos da comunidade que, de

alguma forma, se encontrem relacionados com o AEHN.

CAPÍTULO II -

ESTATUTO DOS MEMBROS DA COMUNIDADE EDUCATIVA

Secção I - Disposições Comuns

Artigo 2.º - Membros da Comunidade Educativa

A comunidade educativa integra, sem prejuízo dos contributos de outras entidades, os alunos, os

pais e encarregados de educação, os docentes (educadores de infância e professores do ensino básico

e secundário), o pessoal não docente das escolas, as autarquias locais, e os serviços da administração

central e regional com intervenção na área da educação, nos termos das respetivas responsabilidades

e competências.

Artigo 3.º - Responsabilidade dos Membros da Comunidade Educativa

1 - A autonomia do AEHN pressupõe a responsabilidade de todos os membros da comunidade

educativa pela salvaguarda efetiva do direito à educação, à igualdade de oportunidades no acesso à

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escola e na promoção de medidas que visem o empenho e o sucesso escolar, pela prossecução

integral dos objetivos do referido Projeto Educativo, incluindo os de integração sócio-cultural e

desenvolvimento de uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da pessoa humana, de

democracia no exercício responsável da liberdade individual e no cumprimento dos direitos e deveres

que lhe estão associados.

2 - As escolas e os jardins de infância são os espaços coletivos de salvaguarda efetiva do direito à

educação, devendo o seu funcionamento garantir plenamente aquele direito.

3 - Os membros da comunidade educativa devem apresentar-se nas instalações do agrupamento

em termos que contribuam para valorização do espaço educativo.

Artigo 4.º- Papel Especial dos Docentes

1 - Os docentes enquanto principais responsáveis pela educação e ensino devem promover

medidas de caráter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento dos alunos, em

ambiente de ordem e disciplina, quer nas atividades na sala de aula, quer nas demais atividades da

escola e/ou jardim de infância.

2 - O educador de infância, o professor titular de turma e o diretor de turma, enquanto

coordenadores do Plano de Trabalho da Turma, são particularmente responsáveis pela adoção de

medidas tendentes à melhoria das condições de educação e aprendizagem e à promoção de um bom

ambiente educativo, competindo-lhes articular, se tal se aplicar, a intervenção dos professores da

turma e dos pais e encarregados de educação e colaborar com estes no sentido de prevenir e resolver

problemas comportamentais ou de aprendizagem.

Artigo 5.º - Autoridade do Professor

1 - A lei protege a autoridade dos professores nos domínios pedagógico, científico,

organizacional, disciplinar e de formação cívica.

2 - A autoridade do professor exerce-se dentro e fora da sala de aula, no âmbito das instalações

escolares ou fora delas, no exercício das suas funções.

3 - Consideram-se suficientemente fundamentadas, para todos os efeitos legais, as propostas ou

as decisões dos professores relativas à avaliação dos alunos quando oralmente apresentadas e

justificadas perante o conselho de turma e sumariamente registadas na ata, as quais se consideram

ratificadas pelo referido conselho com a respetiva aprovação, exceto se o contrário daquela

expressamente constar.

4 - Os professores gozam de especial proteção da lei penal relativamente aos crimes cometidos

contra a sua pessoa ou o seu património, no exercício das suas funções ou por causa delas, sendo a

pena aplicável ao crime respetivo agravada em um terço nos seus limites mínimo e máximo.

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Artigo 6.º - Papel dos Pais e Encarregados de Educação

1 - Aos pais e encarregados de educação incumbe, para além das suas obrigações legais, uma

especial responsabilidade, inerente ao seu poder/dever de dirigirem a educação dos seus filhos e

educandos, no interesse destes, e de promoverem ativamente o desenvolvimento físico, intelectual e

cívico dos mesmos.

2 - Para efeitos do ponto anterior considera-se encarregado de educação quem tiver menores a

residir consigo ou confiado aos seus cuidados:

a) pelo exercício das responsabilidades parentais;

b) por decisão judicial;

c) pelo exercício de funções executivas na direção de instituições que tenham menores, a

qualquer titulo à sua responsabilidade;

d) por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte de

qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores;

e) Em caso de divórcio ou separação e, na falta de acordo dos progenitores, o encarregado

de educação será o progenitor com quem o menor fica a residir;

f) Estando estabelecida a residência alternada com cada um dos progenitores deverão estes

decidir por acordo ou, na falta deste, por decisão judicial, sobre o exercício das funções de

encarregado de educação;

g) O encarregado de educação pode ainda ser o pai ou a mãe que, por acordo expresso ou

presumido entre ambos, é indicado para exercer essas funções, presumindo-se ainda até qualquer

informação em contrário, que qualquer ato que pratica relativamente ao percurso escolar do filho é

realizado por decisão conjunta do outro progenitor.

Artigo 7.º - Responsabilidade dos Alunos

1 - Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de

discernimento, pelo exercício dos direitos e pelo cumprimento dos deveres que lhe são outorgados

pelo estatuto do aluno, pelo regulamento interno da escola e demais legislação aplicável.

2 - A responsabilidade disciplinar dos alunos implica o respeito integral pelo Estatuto do Aluno,

pelo Regulamento Interno, pelo património do agrupamento e por toda a comunidade escolar.

3 - Os alunos não podem prejudicar o direito à educação dos restantes alunos.

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Artigo 8.º - Papel do Pessoal não Docente

1 - O pessoal não docente deve colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na

comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom

ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os docentes, os pais e encarregados de

educação, para prevenir e resolver problemas comportamentais e de aprendizagem.

2 - Aos técnicos do Serviço de Psicologia e Orientação incumbe ainda o papel especial de

colaborar na identificação e prevenção de situações problemáticas de alunos e na elaboração de

planos de acompanhamento para estes, envolvendo a comunidade educativa.

Artigo 9.º - Vivência Escolar

1 - As regras de disciplina, para além dos seus efeitos próprios, devem proporcionar a assunção,

por todos os que integram a vida escolar, de regras de convivência que assegurem o cumprimento

dos objetivos do Projeto Educativo, a harmonia de relações e a integração social, o pleno

desenvolvimento físico, intelectual e cívico dos alunos e a preservação da segurança destes e ainda a

realização profissional e pessoal dos docentes e não docentes.

Artigo 10.º - Intervenção de outras Entidades

1 - Perante situação de perigo para a segurança, saúde ou educação do aluno, designadamente

por ameaça à sua integridade física ou psicológica, deve o diretor diligenciar para lhe pôr termo, pelos

meios estritamente adequados e necessários e sempre com preservação da vida privada do aluno e da

sua família, atuando de modo articulado com os pais, representante legal ou quem tenha a guarda de

facto do aluno.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, deve o diretor da escola solicitar a cooperação

das entidades competentes do setor público, privado ou social.

3 - Quando se verifique a oposição dos pais, representante legal ou quem tenha a guarda de

facto do aluno, à intervenção da escola no âmbito da competência referida nos números anteriores, o

diretor deve comunicar imediatamente a situação à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens com

competência na área de residência do aluno ou, no caso de esta não se encontrar instalada, ao

magistrado do Ministério Público junto do tribunal competente.

4 - Se a escola, no exercício da competência referida nos nºs 1 e 2, não conseguir assegurar, em

tempo adequado, a proteção suficiente que as circunstâncias do caso exijam, cumpre ao diretor

comunicar a situação às entidades referidas no número anterior.

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Artigo 11.º - Matrículas

1 - A matrícula é obrigatória e confere o estatuto de aluno, o qual, para além dos direitos e

deveres consagrados na lei, integra igualmente os que estão contemplados neste Regulamento

Interno.

2 - A matrícula na educação pré-escolar e no 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico, pode ser

efetuada, preferencialmente, via Internet, na aplicação informática disponível no Portal das Escolas

[www.portaldasescolas.pt], ou de modo presencial nos serviços administrativos.

3 - Nos restantes anos de escolaridade, a renovação de matrícula é automática.

4 - Os alunos referidos no ponto 2, cuja matrícula ocorra após o prazo estabelecido pela

legislação em vigor, serão colocados nas escolas pretendidas, consoante vaga, após o mais novo da

lista, antes dos condicionais.

5 - Educação pré-escolar: na inscrição de crianças nos jardins de infância pertencentes à rede

pública devem ser observadas as prioridades definidas pela legislação em vigor, que deve estar

disponível para consulta aos encarregados de educação nos serviços administrativos.

6 - 1.º Ciclo: a matrícula no 1.º ano de escolaridade é obrigatória para as crianças que completem

os 6 anos de idade até 15 de setembro desse mesmo ano.

Secção II - Estatuto do Aluno

Subsecção I - Direitos e Deveres do Aluno

Artigo 12.º - Valores Nacionais e Cultura de Cidadania

No desenvolvimento dos princípios do Estado de direito democrático, dos valores nacionais e de

uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da dignidade da pessoa humana, da

democracia, do exercício responsável, da liberdade individual e da identidade nacional, o aluno tem o

direito e o dever de conhecer e respeitar ativamente os valores e os princípios fundamentais inscritos

na Constituição da República Portuguesa, a Bandeira e o Hino, enquanto símbolos nacionais, a

Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, a

Convenção sobre os Direitos da Criança e a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia,

enquanto matrizes de valores e princípios de afirmação da humanidade.

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Artigo 13.º - Direitos dos Alunos

1 - O aluno tem direito a:

a) Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade educativa, não

podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação

sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social ou convicções políticas,

ideológicas, filosóficas ou religiosas;

b) Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em

condições de efetiva igualdade de oportunidades no acesso;

c) Escolher e usufruir, nos termos estabelecidos no quadro legal aplicável, por si ou, quando

menor, através dos seus pais ou encarregados de educação, o projeto educativo que lhe

proporcione as condições para o seu pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e

cívico e para a formação da sua personalidade;

d) Ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no

trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido;

e) Ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias, designadamente o voluntariado

em favor da comunidade em que está inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou

fora dela, e ser estimulado nesse sentido;

f) Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma

planificação equilibrada das atividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que

contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade;

g) Beneficiar, no âmbito dos serviços de ação social escolar, de um sistema de apoios que lhe

permitam superar ou compensar as carências do tipo sociofamiliar, económico ou cultural que

dificultem o acesso à escola ou o processo de ensino;

h) Usufruir de prémios ou apoios e meios complementares que reconheçam e distingam o

mérito;

i) Beneficiar de outros apoios específicos, adequados às suas necessidades escolares ou à sua

aprendizagem, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços especializados

de apoio educativo;

j) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral,

beneficiando, designadamente, da especial proteção consagrada na lei penal para os membros da

comunidade escolar;

k) Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido

ou manifestada no decorrer das atividades escolares;

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l) Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu

processo individual, de natureza pessoal ou familiar;

m) Participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de administração

e gestão do agrupamento, na criação e execução do respetivo projeto educativo, bem como na

elaboração deste regulamento;

n) Eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação

no âmbito do agrupamento, bem como ser eleito, nos termos da lei e deste regulamento;

o) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos

professores, diretores de turma e órgãos de administração e gestão do agrupamento em todos os

assuntos que justificadamente forem do seu interesse;

p) Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos

livres;

q) Ser informado sobre o Regulamento Interno do agrupamento e, e em termos adequados à

sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do seu

interesse, nomeadamente sobre o modo de organização do plano de estudos ou curso, o

programa e objetivos essenciais de cada disciplina ou área disciplinar e os processos e critérios de

avaliação, bem como sobre a matrícula, o abono de família e apoios socioeducativos, as normas de

utilização e de segurança dos materiais e equipamentos e das instalações, incluindo o plano de

emergência, e, em geral, sobre todas as atividades e iniciativas relativas ao projeto educativo do

agrupamento;

r) Participar nas demais atividades do agrupamento, nos termos da lei e deste regulamento;

s) Participar no processo de avaliação, através de mecanismos de auto e heteroavaliação;

t) Nas situações de ausência prolongada e justificada às atividades escolares o aluno tem

direito a beneficiar de medidas de recuperação de aprendizagem de acordo com a decisão e

orientação dos professores das disciplinas envolvidas, as quais podem revestir, entre outras, as

seguintes formas: passar as matérias para o caderno diário; fazer resumos das matérias; sintetizar

textos de apoio; realizar fichas de exercícios; tirar notas de materiais de apoio disponibilizados em

diferentes suportes; estar presente em sessões de trabalho agendadas com o professor.

2 - A fruição dos direitos consagrados nas suas alíneas g), h) e r) do número anterior pode ser, no

todo ou em parte, temporariamente vedada em consequência de medida disciplinar corretiva ou

sancionatória aplicada ao aluno, nos termos previstos neste regulamento.

Artigo 14.º - Representação dos Alunos

1 - Os alunos podem reunir-se em assembleia de alunos ou assembleia geral de alunos, fora das

atividades letivas, e são representados pela associação de estudantes, pelos seus representantes nos

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órgãos de direção do agrupamento, pelo delegado ou subdelegado de turma e pela assembleia de

delegados de turma, nos termos da lei e deste regulamento:

a) Por convocatória dos órgãos da direção do AEHN;

b) Por um grupo de 10 delegados de turma, autorizado pela direção do agrupamento.

2 - A associação de estudantes e os representantes dos alunos nos órgãos de direção do

agrupamento têm o direito de solicitar ao diretor a realização de reuniões para apreciação de matérias

relacionadas com o funcionamento do agrupamento;

3 - O delegado e subdelegado de turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões da

turma, sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas;

4 - Por iniciativa dos alunos ou por sua própria iniciativa, o diretor de turma ou o professor titular

de turma pode solicitar a participação dos representantes dos pais ou encarregados de educação dos

alunos da turma na reunião referida no número anterior;

5 - Não podem ser eleitos ou continuar a representar os alunos nos órgãos ou estruturas da

escola, aqueles a quem seja ou tenha sido aplicada, nos últimos dois anos escolares, medida

disciplinar sancionatória superior à da repreensão registada ou sejam, ou tenham sido nos últimos

dois anos escolares, excluídos da frequência de qualquer disciplina ou retidos em qualquer ano de

escolaridade por excesso grave de faltas, nos termos deste regulamento.

Artigo 15.º - Prémios de Mérito

1 - O agrupamento atribuirá prémios de mérito aos alunos que, em cada ciclo de escolaridade,

preencham um ou mais dos seguintes requisitos:

a) Revelem atitudes exemplares de superação das suas dificuldades;

b) Alcancem resultados escolares excelentes;

c) Produzam trabalhos académicos de excelência ou realizem atividades curriculares ou de

complemento curricular de relevância;

d) Desenvolvam iniciativas ou ações de reconhecida relevância social.

2 - Compete ao conselho de turma ou conselho de docentes, no final do ano letivo, indicar os

alunos que reúnem condições para receberem os prémios previstos nas alíneas a), c) e d) do ponto 1,

apresentando à Direção um relatório com a fundamentação da proposta.

3 - Compete ao conselho de turma ou conselho de docentes, no final do ano letivo, indicar os

alunos que reúnem condições para receberem o prémio previsto na alínea b) do ponto 1, nos termos

previstos nas alíneas que se seguem:

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a) Os alunos do 4º ano do 1º ciclo do ensino básico poderão receber o prémio de mérito

desde que obtenham, no final do ano, média de 4,5 a duas das seguintes disciplinas: Português,

Matemática e Estudo do Meio.

b) Os alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico poderão receber o prémio de mérito desde

que obtenham, no final do ano, média de 4,5 no conjunto das disciplinas obrigatórias, nas quais

nunca poderão obter nível inferior a três;

c) Os alunos do Ensino Secundário dos Cursos Científico-Humanísticos poderão receber o

prémio de mérito desde que obtenham classificação média de frequência igual ou superior a 17

valores, sendo consideradas as classificações obtidas no final do terceiro período em todas as

disciplinas obrigatórias do seu currículo;

d) Os alunos dos cursos profissionais poderão receber o prémio de mérito desde que tenham

concluído todos os módulos lecionados até ao término de cada ano letivo, com a classificação

média igual ou superior a 17 valores.

4 - O prémio de mérito previsto na alínea d) do ponto 1 destina-se a reconhecer e valorizar os

alunos que desenvolvam, promovam ou se empenhem em ações meritórias em favor da comunidade

ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, e qualquer membro da comunidade

educativa poderá apresentar à Direção do agrupamento uma proposta fundamentada para que um

aluno o receba. Estes alunos serão considerados individualmente ou em grupo, com base nos

seguintes critérios:

a) Alunos que praticaram ação/ações de reconhecido relevo humanitário;

b) Alunos que obtiveram assinalável êxito em ação/ações de cariz artístico, científico ou

desportivo.

5 - As propostas referidas nos números 2 e 4 serão analisadas por uma Comissão que integre

representantes dos professores, pais e alunos, por iniciativa do diretor.

6 - Não poderão aceder aos prémios de mérito os alunos que, ao longo do ano letivo, incorrerem

em eventuais medidas disciplinares sancionatórias.

7 - Como forma de incentivo, a escola divulgará os prémios de mérito e atribuirá um diploma a

cada um dos alunos que os venham a receber.

Artigo 16.º - Deveres do Aluno

1 - O aluno tem o dever de:

a) Estudar, aplicando-se, de forma adequada à sua idade, necessidades educativas e ao ano

de escolaridade que frequenta, na sua educação e formação integral;

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b) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito

das atividades escolares;

c) Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino;

d) Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, não podendo,

em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade,

identidade de género, condição económica, cultural ou social, ou convicções políticas, ideológicas,

filosóficas ou religiosas;

e) Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;

f) Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;

g) Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de

todos os alunos;

h) Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas

demais atividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;

i) Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade

educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente do local

ou dos meios utilizados, que atentem contra a integridade física, moral ou patrimonial dos

professores, pessoal não docente e alunos;

j) Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo

com as circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos;

k) Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático, mobiliário e

espaços verdes da escola, fazendo uso correto dos mesmos;

l) Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

m) Permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de

educação ou da direção da escola;

n) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

o) Conhecer e cumprir o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, as normas de funcionamento dos

serviços da escola e este regulamento interno, subscrevendo declaração anual de aceitação do

mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral;

p) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas

alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;

q) Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou

engenhos passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das atividades letivas,

ou poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a qualquer outro membro da

comunidade educativa;

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r) Não utilizar quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente, telemóveis,

equipamentos, programas ou aplicações informáticas, nos locais onde decorram aulas ou outras

atividades formativas ou reuniões de órgãos ou estruturas da escola em que participe, exceto

quando a utilização de qualquer dos meios acima referidos esteja diretamente relacionada com as

atividades a desenvolver e seja expressamente autorizada pelo professor ou pelo responsável pela

direção ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso;

s) Não captar sons ou imagens, designadamente, de atividades letivas e não letivas, sem

autorização prévia dos professores, dos responsáveis pela direção da escola ou supervisão dos

trabalhos ou atividades em curso, bem como, quando for o caso, de qualquer membro da

comunidade escolar ou educativa cuja imagem possa, ainda que involuntariamente, ficar registada;

t) Não difundir, na escola ou fora dela, nomeadamente, via Internet ou através de outros

meios de comunicação, sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos, sem

autorização do diretor do agrupamento;

u) Respeitar os direitos de autor e de propriedade intelectual;

v) Apresentar-se com vestuário que se revele adequado à dignidade do espaço e à

especificidade das atividades escolares, sem provocar constrangimentos e no respeito por todos os

que trabalham na escola, cabendo aos professores e demais funcionários da escola fazer cumprir

esta determinação;

w) Utilizar linguagem e atitudes corretas em situação de aula, no decorrer de qualquer outra

atividade e no recinto escolar;

x) Reparar os danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou em

equipamentos ou instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer atividades decorrentes

da vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a reparação, indemnizar os lesados

relativamente aos prejuízos causados;

y) Ser diariamente portador da caderneta escolar no ensino básico e ser portador do cartão

de estudante no 2º e 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário;

z) Não conversar com pessoas desconhecidas, que se encontrem do lado de fora do recinto

escolar.

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Subsecção II - Processo Individual e outros Instrumentos de Registo

Artigo 17.º - Processo Individual do Aluno

1 - O processo individual do aluno acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo

devolvido aos pais ou encarregado de educação ou ao aluno maior de idade, no termo da

escolaridade obrigatória.

2 - São registadas no processo individual do aluno as informações relevantes do seu percurso

educativo, designadamente as relativas a comportamentos meritórios e medidas disciplinares

aplicadas e seus efeitos.

3 - A atualização do processo previsto no número anterior é da responsabilidade do educador de

infância e do professor titular de turma, no 1.º ciclo, e do diretor de turma, nos 2.º e 3.º ciclos.

4 - O processo individual do aluno acompanha-o, obrigatoriamente, sempre que este mude de

escola.

5 - Do processo individual do aluno devem constar todos os elementos que assinalem o seu

percurso e a sua evolução ao longo deste, designadamente:

a) Elementos fundamentais de identificação do aluno;

b) Fichas de registo de avaliação;

c) Relatórios médicos e ou de avaliação psicológica, quando existam;

d) Programas de acompanhamento pedagógico, quando existam;

e) Programas educativos individuais e os relatórios circunstanciados, no caso de o aluno ser

abrangido pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, incluindo, quando aplicável, o currículo

específico individual definido no artigo 21.º daquele decreto-lei;

f) Outros elementos considerados relevantes para a evolução e formação do aluno.

6 - O processo individual do aluno constitui-se como registo exclusivo em termos disciplinares.

7 - Têm acesso ao processo individual do aluno, além do próprio, os pais ou encarregados de

educação, quando aquele for menor, o professor titular da turma ou o diretor de turma, os titulares

dos órgãos de gestão e administração da escola e os funcionários afetos aos serviços de gestão de

alunos e da ação social escolar.

8 - Podem ainda ter acesso ao processo individual do aluno, mediante autorização do diretor da

escola e no âmbito do estrito cumprimento das respetivas funções, outros professores da escola, os

psicólogos e médicos escolares ou outros profissionais que trabalhem sob a sua égide e os serviços

do Ministério da Educação e Ciência com competências reguladoras do sistema educativo, neste caso

após comunicação ao diretor.

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9 - O processo individual do aluno pode ser consultado pelo aluno, pelos pais ou pelo

encarregado de educação do aluno menor, nos serviços administrativos, durante o horário de

expediente.

10 - As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de

natureza pessoal e familiar são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de

sigilo todos os membros da comunidade educativa que a elas tenham acesso.

Artigo 18.º - Outros Instrumentos de Registo

1 - Constituem ainda instrumentos de registo de cada aluno:

a) O registo biográfico;

b) A caderneta escolar;

c) As fichas de registo da avaliação.

2 - O registo biográfico contém os elementos relativos à assiduidade e aproveitamento do aluno,

cabendo à escola a sua organização, conservação e gestão.

3 - A caderneta escolar é obrigatória desde a educação pré-escolar ao 3º ciclo e contém as

informações da escola e do encarregado de educação, bem como outros elementos relevantes para a

comunicação entre a escola e os pais ou encarregados de educação, sendo propriedade do aluno e

devendo ser por este conservada.

4 - As fichas de registo da avaliação contêm, de forma sumária, os elementos relativos ao

desenvolvimento dos conhecimentos, capacidades e atitudes do aluno e são entregues no final de

cada momento de avaliação, designadamente, no final de cada período escolar, aos pais ou ao

encarregado de educação pelo diretor de turma ou pelo professor titular na turma.

5 - Os modelos do processo individual, registo biográfico, caderneta do aluno e fichas de registo

da avaliação, nos seus diferentes formatos e suportes, são definidos por despacho do membro do

Governo responsável pela área da educação.

Subsecção III - Dever de Assiduidade e Efeitos da Ultrapassagem dos

Limites de Faltas

Artigo 19.º - Frequência e Assiduidade

1 - Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, os alunos são responsáveis

pelo cumprimento dos deveres de assiduidade e pontualidade, nos termos estabelecidos na alínea b)

do artigo 16.º e no n.º 3 do presente artigo.

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2 - Os pais ou encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis,

conjuntamente com estes, pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3 - O dever de assiduidade e pontualidade implica para o aluno a presença e a pontualidade na

sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar munido do material didático ou

equipamento necessários, de acordo com as orientações dos professores, bem como uma atitude de

empenho intelectual e comportamental adequada, em função da sua idade, ao processo de ensino.

4 - O controlo da assiduidade dos alunos é obrigatório, nos termos em que é definida no número

anterior, em todas as atividades escolares letivas e não letivas em que participem ou devam participar.

5 - Sem prejuízo do disposto no Estatuto do Aluno e Ética Escolar, as normas a adotar no controlo

de assiduidade, da justificação de faltas e da sua comunicação aos pais ou ao encarregado de

educação são as fixadas neste regulamento.

Artigo 20.º - Faltas e sua Natureza

1 - A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória ou

facultativa caso tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a comparência sem o

material didático ou equipamento necessários, nos termos estabelecidos neste regulamento.

2 - Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência

do aluno.

3 - As faltas são registadas pelo educador de infância, pelo professor titular de turma, pelo

professor responsável pela aula ou atividade ou pelo diretor de turma em suportes administrativos

adequados.

4 - As faltas resultantes da aplicação da ordem de saída da sala de aula, ou de medidas

disciplinares sancionatórias, consideram-se faltas injustificadas.

5 - As faltas de pontualidade do aluno ou de material didático ou de equipamento indispensável

à aula devem ser justificadas pelo aluno junto do professor no momento em que ocorrem. Se o aluno

não apresentar qualquer justificação ou se a justificação não for aceite pelo professor, este deverá

marcar falta de presença ao aluno e comunicar o facto ao diretor de turma.

6 - A título excecional, é concedida aos alunos uma tolerância de dez minutos no início do

período da manhã.

7 - Compete ao diretor garantir os suportes administrativos adequados ao registo de faltas dos

alunos e respetiva atualização, de modo que este possa ser, em permanência, utilizado para

finalidades pedagógicas e administrativas.

8 - A participação em visitas de estudo previstas no Plano Anual de Atividades do agrupamento

não é considerada falta relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares envolvidas, considerando-se

dadas as aulas das referidas disciplinas previstas para o dia em causa no horário da turma.

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Artigo 21º - Dispensa da Atividade Física

1 - O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de Educação Física ou Desporto

Escolar por razões de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico, que deve explicitar

claramente as contraindicações da atividade física.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o aluno deve estar sempre presente no espaço

onde decorre a aula de educação física.

3 - Sempre que, por razões devidamente fundamentadas, o aluno se encontre impossibilitado de

estar presente no espaço onde decorre a aula de educação física deve ser encaminhado para um

espaço em que seja pedagogicamente acompanhado.

Artigo 22.º - Justificação de Faltas

1 - São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) Doença do aluno, devendo esta ser informada por escrito pelo encarregado de educação

ou pelo aluno quando maior de idade quando determinar um período inferior ou igual a três dias

úteis, ou por médico se determinar impedimento superior a três dias úteis, podendo, quando se

trate de doença de caráter crónico ou recorrente, uma única declaração ser aceite para a totalidade

do ano letivo ou até ao termo da condição que a determinou;

b) Isolamento profilático, determinado por doença infetocontagiosa de pessoa que coabite

com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento

de familiar previsto no regime do contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem funções

públicas;

d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;

e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa

efetuar-se fora do período das atividades letivas;

f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que,

comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;

g) Comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, nos termos da

legislação em vigor;

h) Ato decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efetuar-

se fora do período das atividades letivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida

como própria dessa religião;

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i) Participação em atividades culturais, associativas e desportivas reconhecidas, nos termos

da lei, como de interesse público ou consideradas relevantes pelas respetivas autoridades

escolares;

j) Preparação e participação em atividades desportivas de alta competição, nos termos legais

aplicáveis;

k) Cumprimento de obrigações legais que não possam efetuar-se fora do período das

atividades letivas;

l) Outro facto impeditivo da presença na escola ou em qualquer atividade escolar, desde que,

comprovadamente, não seja imputável ao aluno e considerado atendível pelo diretor, pelo diretor

de turma ou pelo professor titular;

m) As decorrentes de suspensão preventiva aplicada no âmbito de procedimento disciplinar,

no caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar sancionatória, lhe ser

aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em que ultrapassem a medida efetivamente

aplicada;

n) Participação em visitas de estudo previstas no Plano Anual de Atividades do agrupamento,

relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares não envolvidas na referida visita.

o) Faltas de material resultantes de atraso na atribuição dos subsídios da ação social escolar,

livros esgotados mediante justificação da livraria e de ausência de equipamento necessário à

prática desportiva por carências económicas devidamente comprovadas pelos serviços de ação

social escolar.

2 - A justificação das faltas exige um pedido escrito apresentado pelos pais ou encarregados de

educação ou, quando maior de idade, pelo próprio, ao professor titular da turma ou ao diretor de

turma, com indicação do dia e da atividade letiva em que a falta ocorreu, referenciando os motivos

justificativos da mesma na caderneta escolar, tratando-se de aluno do ensino básico, ou em impresso

próprio, tratando -se de aluno do ensino secundário.

3 - O diretor de turma, ou o professor titular da turma, pode solicitar aos pais ou encarregado de

educação, ou ao aluno maior de idade, os comprovativos adicionais que entenda necessários à

justificação da falta, devendo, igualmente, qualquer entidade que para esse efeito for contactada,

contribuir para o correto apuramento dos factos.

4 - A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos

restantes casos, até ao 3.º dia útil subsequente à verificação da mesma.

5 - O incumprimento do definido nos pontos 2,3 e 4 determina a marcação de falta injustificada.

6 - Nas situações de ausência justificada às atividades escolares, o aluno tem direito a receber

apoio de acordo com a orientação do professor da disciplina a que faltou, para recuperação da

aprendizagem em falta.

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7 - No caso dos alunos de outros percursos formativos, a justificação da falta às atividades

escolares encontra-se definida em regulamento próprio.

Artigo 23.º - Faltas Injustificadas

1 - As faltas são injustificadas quando:

a) Não tenha sido apresentada justificação, nos termos do artigo anterior;

b) A justificação tenha sido apresentada fora do prazo;

c) A justificação não tenha sido aceite;

d) A marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de medida

disciplinar sancionatória.

2 - Na situação prevista na alínea c) do número anterior, a não aceitação da justificação

apresentada deve ser fundamentada de forma sintética.

3 - As faltas injustificadas são comunicadas aos pais ou encarregados de educação, ou ao aluno

maior de idade, pelo diretor de turma ou pelo professor titular de turma, no prazo máximo de três

dias úteis, pelo meio mais expedito.

Artigo 24.º - Excesso Grave de Faltas

1 - Em cada ano letivo as faltas injustificadas não podem exceder:

a) dez dias, seguidos ou interpolados, no 1º ciclo do ensino básico;

b) o dobro do número de tempos letivos semanais por disciplina nos restantes ciclos ou

níveis de ensino, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2 - Nas ofertas formativas profissionalmente qualificantes, designadamente nos cursos

profissionais, ou noutras ofertas formativas que exigem níveis mínimos de cumprimento da respetiva

carga horária, o aluno encontra-se na situação de excesso de faltas quando ultrapassa os limites de

faltas justificadas e/ou injustificadas daí decorrentes, relativamente a cada disciplina, módulo, unidade

ou área de formação ou carga horária total do curso, nos termos previstos na regulamentação própria.

3 - Quando for atingido metade dos limites de faltas previstos nos números anteriores, os pais ou

o encarregado de educação ou o aluno maior de idade são convocados à escola, pelo meio mais

expedito, pelo diretor de turma ou pelo professor que desempenhe funções equiparadas ou pelo

professor titular de turma.

4 - A notificação referida no número anterior tem como objetivo alertar para as consequências da

violação do limite de faltas e procurar encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento

efetivo do dever de assiduidade.

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5 - Caso se revele impraticável o referido nos números anteriores, por motivos não imputáveis à

escola, e sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respetiva Comissão de Proteção

de Crianças e Jovens em risco deve ser informada do excesso de faltas do aluno menor de idade,

assim como dos procedimentos e diligências até então adotados pelo agrupamento e pelos

encarregados de educação, procurando em conjunto soluções para ultrapassar a sua falta de

assiduidade.

Artigo 25.º - Efeitos da Ultrapassagem dos Limites de Faltas

1 - A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas previstos no número 1 do artigo anterior

constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao

cumprimento de medidas de recuperação e ou corretivas específicas, de acordo com o estabelecido

nos artigos seguintes, podendo ainda conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias

nos termos deste regulamento.

2 - A ultrapassagem dos limites de faltas previstos nas ofertas formativas a que se refere o n.º 2

do artigo anterior constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e tem para o aluno

as consequências estabelecidas na regulamentação específica da oferta formativa em causa e neste

regulamento, sem prejuízo de outras medidas expressamente previstas no Estatuto do Aluno para as

referidas modalidades formativas.

3 - O previsto nos números anteriores não exclui a responsabilização dos pais ou encarregados

de educação do aluno, designadamente, nos termos dos artigos 44.º e 45.º do Estatuto do Aluno e

Ética Escolar.

4 - Todas as situações, atividades, medidas ou suas consequências previstas no presente artigo

são obrigatoriamente comunicadas, pelo meio mais expedito, aos pais ou ao encarregado de

educação ou ao aluno, quando maior de idade, ao diretor de turma e ao professor tutor do aluno,

sempre que designado, e registadas no processo individual do aluno.

5 - A ultrapassagem de três faltas injustificadas às atividades de apoio ou complementares de

inscrição ou de frequência facultativa implica a imediata exclusão do aluno das atividades em causa.

Artigo 26.º - Medidas de Recuperação e de Integração

1 - Para os alunos do ensino básico e do ensino secundário dos cursos científico-humanísticos, a

violação dos limites de faltas previstos no artigo 20.º leva à realização de atividades que permitam

recuperar atrasos na aprendizagem e/ou a integração escolar e comunitária do aluno e pelas quais os

alunos e os seus encarregados de educação são corresponsáveis, nas seguintes situações:

a) Quando o limite de faltas é ultrapassado no 3º período letivo;

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b) A recuperação das aprendizagens através de atividades extraordinárias é solicitada pelo

aluno e pelo seu encarregado de educação, em compromisso escrito pela sua realização;

c) Quando, durante o período de solicitação, a preparação da atividade pelo professor e a

sua realização pelo aluno não ocorre nova falta injustificada, ficando, neste caso, imediatamente

suspensa a possibilidade de realização da atividade.

2 - O tipo de atividade de recuperação da aprendizagem a aplicar é decidida pelo professor

titular de turma ou pelos professores das disciplinas em que foi ultrapassado o limite de faltas, depois

de receberem a informação pelo diretor de turma, de acordo com as regras a aprovar pelo conselho

pedagógico, podendo estes consistir em exercícios individuais a realizar fora das aulas, e um exercício

sumativo, posterior, a realizar presencialmente com o professor ou com o diretor de turma.

3 - As atividades de recuperação acima referidas só poderão ser realizadas uma única vez no

decurso do ano letivo e, em caso de sucesso, dão lugar à anulação das faltas em excesso.

4 - Cessa o dever de cumprimento das atividades e medidas a que se refere o presente artigo,

sempre que para o cômputo do número e limites de faltas nele previstos tenham sido determinantes

as faltas registadas na sequência da aplicação de medida corretiva de ordem de saída da sala de aula

ou disciplinar sancionatória de suspensão.

5 - Para os alunos de outros percursos formativos, nomeadamente cursos vocacionais, cursos

profissionais, cursos EFA e outros que possam vir a ser implementados, a regulamentação das

medidas de recuperação e de integração são definidas em regulamento específico.

Artigo 27º - Incumprimento ou Ineficácia das Medidas

1 - O incumprimento das medidas previstas no número anterior e a sua ineficácia ou

impossibilidade de atuação determinam, tratando-se de aluno menor, a comunicação obrigatória do

facto à respetiva Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou, na falta desta, ao Ministério Público

junto do tribunal de família e menores territorialmente competente, de forma a procurar encontrar,

com a colaboração da escola e, sempre que possível, com a autorização e corresponsabilização dos

pais ou encarregados de educação, uma solução adequada ao processo formativo do aluno e à sua

inserção social e socioprofissional, considerando, de imediato, a possibilidade de encaminhamento do

aluno para diferente percurso formativo.

2 - A opção a que se refere o número anterior tem por base as medidas definidas na lei sobre o

cumprimento da escolaridade obrigatória, podendo, na iminência de abandono escolar, ser aplicada a

todo o tempo, sem necessidade de aguardar pelo final do ano escolar.

3 - Tratando-se de aluno com idade superior a 12 anos que já frequentou, no ano letivo anterior,

o mesmo ano de escolaridade, poderá haver lugar, até final do ano letivo em causa e por decisão do

diretor da escola, à prorrogação da medida corretiva aplicada nos termos do artigo anterior.

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4 - Quando a medida a que se referem os nos

1 e 2 não for possível ou o aluno for encaminhado

para oferta formativa diferente da que frequenta e o encaminhamento ocorra após 31 de janeiro, o

não cumprimento das atividades e ou medidas previstas no artigo anterior ou a sua ineficácia por

causa não imputável à escola determinam ainda, logo que definido pelo professor titular ou pelo

conselho de turma:

a) Para os alunos a frequentar o 1.º ciclo do ensino básico, a retenção no ano de escolaridade

respetivo, com a obrigação de frequência das atividades escolares até final do ano letivo, ou até ao

encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes;

b) Para os restantes alunos, a retenção no ano de escolaridade em curso, no caso de

frequentarem o ensino básico, ou a exclusão na disciplina ou disciplinas em que se verifique o

excesso de faltas, tratando-se de alunos do ensino secundário, sem prejuízo da obrigação de

frequência da escola até final do ano letivo e até perfazerem os 18 anos de idade, ou até ao

encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes.

5 - Nas ofertas formativas profissionalmente qualificantes, designadamente nos cursos

profissionais ou noutras ofertas formativas que exigem níveis mínimos de cumprimento da respetiva

carga horária, o incumprimento ou a ineficácia das medidas previstas no artigo 26.º implica,

independentemente da idade do aluno, a exclusão dos módulos ou unidades de formação das

disciplinas ou componentes de formação em curso no momento em que se verifica o excesso de

faltas, com consequências a definir na regulamentação específica dessas ofertas formativas.

6 - As atividades a desenvolver pelo aluno decorrentes do dever de frequência estabelecido na

alínea b) do n.º 4, no horário da turma ou das disciplinas serão determinadas pelo conselho de turma.

7 - O incumprimento ou a ineficácia das medidas e atividades referidas no presente artigo implica

também restrições à realização de provas de equivalência à frequência ou de exames, sempre que tal

se encontre previsto em regulamentação específica de qualquer modalidade de ensino ou oferta

formativa.

8 - O incumprimento reiterado do dever de assiduidade e ou das atividades a que se refere o

número anterior pode dar ainda lugar à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias previstas no

presente regulamento.

Subsecção IV - Disciplina

Artigo 28.º - Qualificação de Infração

1 - A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos neste regulamento (artigo 16.º), de

forma reiterada e ou em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das

atividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui infração disciplinar

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passível da aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória, nos termos dos artigos

seguintes.

2 - A definição, bem como a competência e os procedimentos para a aplicação das medidas

disciplinares corretivas e sancionatórias estão previstos, respetivamente, nos artigos 32.º e 33.º e nos

artigos 34.º a 39.º

3 - A aplicação das medidas disciplinares sancionatórias previstas nas alíneas c), d) e e) do n.º 2

do artigo 34.º depende da instauração de procedimento disciplinar, nos termos estabelecidos nos

artigos 34.º, 36.º e 37.º

Artigo 29.º - Participação de Ocorrência

1 - O professor ou membro do pessoal não docente que presencie ou tenha conhecimento de

comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar deve participá-los imediatamente ao

diretor da escola.

2 - O aluno que presencie comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar deve

comunicá-los imediatamente ao professor titular de turma, ao diretor de turma ou equivalente, o qual,

no caso de os considerar graves ou muito graves, os participa, no prazo de um dia útil, ao diretor da

escola.

Subsecção V - Finalidades das Medidas Disciplinares

Artigo 30.º - Finalidades das Medidas Disciplinares

1 - Todas as medidas disciplinares corretivas e sancionatórias prosseguem finalidades

pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento

dos deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos professores no exercício da sua atividade

profissional e dos demais funcionários, bem como a segurança de toda a comunidade educativa.

2 - As medidas corretivas e disciplinares sancionatórias visam ainda garantir o normal

prosseguimento das atividades da escola, a correção do comportamento perturbador e o reforço da

formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua

capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu

sentido de responsabilidade e da sua aprendizagem.

3 - As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever

violado e a gravidade da infração praticada, prosseguem igualmente finalidades punitivas.

4 - As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias devem ser aplicadas em

coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objetivos da sua educação e formação,

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no âmbito do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e a definir pelo professor titular de

turma ou pelo conselho de turma.

Artigo 31.º - Determinação da Medida Disciplinar

1 - Na determinação da medida disciplinar corretiva ou sancionatória a aplicar deve ter-se em

consideração a gravidade do incumprimento do dever, as circunstâncias atenuantes e agravantes

apuradas em que esse incumprimento se verificou, o grau de culpa do aluno, a sua maturidade e

demais condições pessoais, familiares e sociais.

2 - São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom

comportamento anterior, o seu aproveitamento escolar e o seu reconhecimento com arrependimento

da natureza ilícita da sua conduta.

3 - São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio, a

gravidade do dano provocado a terceiros e a acumulação de infrações disciplinares e a reincidência

nelas, em especial se no decurso do mesmo ano letivo.

Subsecção VI - Medidas Disciplinares Corretivas

Artigo 32.º - Medidas Disciplinares Corretivas

1 - As medidas corretivas prosseguem finalidades pedagógicas, dissuasoras e de integração, nos

termos do n.º 1 do artigo 30.º, assumindo uma natureza eminentemente preventiva.

2 - São medidas corretivas, sem prejuízo de outras que, obedecendo ao disposto no número

anterior, venham a estar contempladas no Regulamento Interno do agrupamento:

a) A advertência;

b) A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;

c) A realização de tarefas e atividades de integração na escola ou na comunidade, podendo

para o efeito ser aumentado o período diário e ou semanal de permanência obrigatória do aluno

na escola ou no local onde decorram as tarefas ou atividades, nos termos previstos no artigo

seguinte;

d) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos

materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afetos a atividades letivas;

e) A mudança de turma.

3 - A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um

comportamento perturbador do funcionamento normal das atividades escolares ou das relações entre

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os presentes no local onde elas decorrem, com vista a alertá-lo para que deve evitar tal tipo de

conduta e a responsabilizá-lo pelo cumprimento dos seus deveres como aluno.

4 - Na sala de aula a advertência é da exclusiva competência do professor, cabendo, fora dela, a

qualquer professor ou membro do pessoal não docente.

5 - A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar é da

exclusiva competência do professor respetivo e implica a marcação de falta injustificada ao aluno e a

permanência do aluno na escola.

6 - As tarefas a executar pelo aluno sempre que lhe seja aplicada medida corretiva deverão ser

realizadas na sala de estudo, biblioteca escolar ou outro espaço a indicar pelo professor e entregues

ao professor no final da aula, podendo as tarefas ser as seguintes:

a) Ficha de trabalho a entregar pelo professor;

b) Resolução de exercícios propostos pelo professor;

c) Leitura de apoio ao estudo e tratamento da informação;

d) Escrita de autorreflexão sobre a ocorrência.

7 - A aplicação no decurso do mesmo ano letivo e ao mesmo aluno da medida corretiva de

ordem de saída da sala de aula pela terceira vez, por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez,

independentemente do professor que a aplicou, implica a análise da situação em conselho de turma,

tendo em vista a identificação das causas e a pertinência da proposta de aplicação de outras medidas

disciplinares corretivas ou sancionatórias, nos termos deste regulamento.

8 - A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas c), d) e e) do n.º 2 é da competência

do diretor que, para o efeito, procede sempre à audição do diretor de turma ou do professor titular da

turma a que o aluno pertença, bem como do professor tutor ou da equipa multidisciplinar, caso

existam.

9 - Tendo em vista a aplicação e posterior execução da medida corretiva prevista na alínea c) do

nº 2, identificam-se as seguintes atividades: manutenção de espaços da escola, como a sala de aula, o

espaço exterior da escola, a sala de estudo, os átrios interiores ou outros espaços, ou ainda apoio ao

funcionamento de serviços da escola. O período de tempo em que decorre as atividades é definido

pelo diretor, fora do horário letivo, exceto nos casos de aplicação da medida de suspensão.

10 - A aplicação das medidas corretivas previstas no n.º 2 é comunicada aos pais ou ao

encarregado de educação, tratando-se de aluno menor de idade.

Artigo 33.º - Atividades de Integração na Escola ou na Comunidade

1 - O cumprimento por parte do aluno da medida corretiva prevista na alínea c) do n.º 2 do artigo

anterior obedece, ainda, ao disposto nos números seguintes.

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2 - O cumprimento das medidas corretivas realiza-se em período suplementar ao horário letivo,

no espaço escolar ou fora dele, neste caso com acompanhamento dos pais ou encarregados de

educação ou de entidade local ou localmente instalada idónea e que assuma corresponsabilizar-se,

nos termos a definir em protocolo escrito de acordo com regulamento próprio.

3 - O cumprimento das medidas corretivas realiza-se sempre sob supervisão da escola,

designadamente, através do diretor de turma, do professor tutor e ou da equipa de integração e

apoio, quando existam.

4 - O previsto no n.º 2 não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário letivo da turma em

que se encontra inserido ou de permanecer na escola durante o mesmo.

Subsecção VII - Medidas Disciplinares Sancionatórias

Artigo 34.º - Medidas Disciplinares Sancionatórias

1 - As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma sanção disciplinar imputada ao

comportamento do aluno, devendo a ocorrência dos factos suscetíveis de a configurar ser participada

de imediato pelo professor ou funcionário que a presenciou ou dela teve conhecimento à direção do

agrupamento com conhecimento ao diretor de turma e ao professor tutor ou à equipa de integração e

apoios ao aluno, caso existam.

2 - São medidas disciplinares sancionatórias:

a) A repreensão registada;

b) A suspensão até 3 dias úteis;

c) A suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;

d) A transferência de escola;

e) A expulsão da escola.

3 - A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada, quando a infração

for praticada na sala de aula, é da competência do professor respetivo, competindo ao diretor nas

restantes situações, averbando-se no respetivo processo individual do aluno a identificação do autor

do ato decisório, data em que o mesmo foi proferido e fundamentação de facto e de direito de tal

decisão.

4 - A suspensão até três dias úteis, enquanto medida dissuasora, é aplicada, com a devida

fundamentação dos factos que a suportam, pelo diretor do agrupamento, após o exercício dos

direitos de audiência e defesa do visado.

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5 - Compete ao diretor do agrupamento, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do

aluno, quando menor de idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar

sancionatória referida no número anterior é executada, garantindo ao aluno um plano de atividades

pedagógicas a realizar, com corresponsabilização daqueles e podendo igualmente, se assim o

entender, estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas

ou privadas.

6 - Compete ao diretor a decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão da

escola entre 4 e 12 dias úteis, após a realização do procedimento disciplinar previsto no artigo 36.º,

podendo previamente ouvir o conselho de turma, para o qual deve ser convocado o professor tutor,

quando exista e não seja professor da turma.

7 - O não cumprimento do plano de atividades pedagógicas a que se refere o número anterior

pode dar lugar à instauração de novo procedimento disciplinar, considerando-se a recusa

circunstância agravante, nos termos do n.º 3 do artigo 31º.

8 - A aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola compete, com

possibilidade de delegação, ao diretor-geral da educação, precedendo a conclusão do procedimento

disciplinar a que se refere o artigo 36.º, com fundamento na prática de factos notoriamente

impeditivos do prosseguimento do processo de ensino dos restantes alunos da escola ou do normal

relacionamento com algum ou alguns dos membros da comunidade educativa.

9 - A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola apenas é aplicada a aluno de

idade igual ou superior a 10 anos e, frequentando o aluno a escolaridade obrigatória, desde que

esteja assegurada a frequência de outro estabelecimento situado na mesma localidade ou na

localidade mais próxima, desde que servida de transporte público ou escolar.

10 - A aplicação da medida disciplinar de expulsão da escola compete, com possibilidade de

delegação, ao diretor-geral da educação precedendo conclusão do procedimento disciplinar a que se

refere o artigo 36.º e consiste na retenção do aluno no ano de escolaridade que frequenta quando a

medida é aplicada e na proibição de acesso ao espaço escolar até ao final daquele ano escolar e nos

dois anos escolares imediatamente seguintes.

11 - A medida disciplinar de expulsão da escola é aplicada ao aluno maior quando, de modo

notório, se constate não haver outra medida ou modo de responsabilização no sentido do

cumprimento dos seus deveres como aluno.

12 - Complementarmente às medidas previstas no n.º 2, compete ao diretor do agrupamento

decidir sobre a reparação dos danos ou a substituição dos bens lesados ou, quando aquelas não

forem possíveis, sobre a indemnização dos prejuízos causados pelo aluno à escola ou a terceiros,

podendo o valor da reparação calculado ser reduzido, na proporção a definir pelo diretor, tendo em

conta o grau de responsabilidade do aluno e ou a sua situação socioeconómica.

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Artigo 35.º - Cumulação de Medidas Disciplinares

1 - A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas a) a e) do n.º 2 do artigo 32.º é

cumulável entre si.

2 - A aplicação de uma ou mais das medidas corretivas é cumulável apenas com a aplicação de

uma medida disciplinar sancionatória.

3 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infração apenas pode ser aplicada

uma medida disciplinar sancionatória.

Artigo 36.º - Medidas Disciplinares Sancionatórias - Procedimento Disciplinar

1 - A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos

suscetíveis de configurar a aplicação de alguma das medidas previstas nas alíneas c), d) e e) do n.º 2

do artigo 34.º é do diretor do agrupamento.

2 - Para efeitos do previsto no número anterior o diretor, no prazo de dois dias úteis após o

conhecimento da situação, emite o despacho instaurador e de nomeação do instrutor, devendo este

ser um professor da escola, e notifica os pais ou encarregado de educação do aluno menor pelo meio

mais expedito.

3 - Tratando-se de aluno maior, a notificação é feita diretamente ao próprio.

4 - O diretor do agrupamento deve notificar o instrutor da sua nomeação no mesmo dia em que

profere o despacho de instauração do procedimento disciplinar.

5 - A instrução do procedimento disciplinar é efetuada no prazo máximo de seis dias úteis,

contados da data de notificação ao instrutor do despacho que instaurou o procedimento disciplinar,

sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências consideradas necessárias, a

audiência oral dos interessados, em particular do aluno, e sendo este menor de idade, do respetivo

encarregado de educação.

6 - Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não

constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, podendo esta, no caso de

apresentação de justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, ser adiada.

7 - No caso de o respetivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade

pode ser ouvido na presença de um docente por si livremente escolhido e do diretor de turma ou do

professor-tutor do aluno, quando exista, ou, no impedimento destes, de outro professor da turma

designado pelo diretor.

8 - Da audiência é lavrada ata de que consta o extrato das alegações feitas pelos interessados.

9 - Finda a instrução, o instrutor elabora e remete ao diretor da escola, no prazo de três dias úteis,

relatório final do qual constam, obrigatoriamente:

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a) Os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto ao

tempo, modo e lugar;

b) Os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas legais ou

regulamentares;

c) Os antecedentes do aluno que se constituem como circunstâncias atenuantes ou

agravantes nos termos previstos no artigo 31.º;

d) A proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável ou de arquivamento do

procedimento.

10 - No caso da medida disciplinar sancionatória proposta ser a transferência de escola ou de

expulsão da escola, a mesma é comunicada para decisão ao diretor-geral da educação, no prazo de

dois dias úteis.

Artigo 37.º - Celeridade do Procedimento Disciplinar

1 - A instrução do procedimento disciplinar prevista nos nos

5 a 8 do artigo anterior pode ser

substituída pelo reconhecimento individual, consciente e livre dos factos, por parte do aluno maior de

12 anos e a seu pedido, em audiência a promover pelo instrutor, nos dois dias úteis subsequentes à

sua nomeação, mas nunca antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o momento previsível da

prática dos factos imputados ao aluno.

2 - Na audiência referida no número anterior, estão presentes, além do instrutor, o aluno, o

encarregado de educação do aluno menor de idade e ainda:

a) O diretor de turma ou o professor-tutor do aluno, quando exista, ou, em caso de

impedimento e em sua substituição, um professor da turma designado pelo diretor;

b) Um professor da escola livremente escolhido pelo aluno.

3 - A não comparência do encarregado de educação, quando devidamente convocado, não obsta

à realização da audiência.

4 - Os participantes referidos no n.º 2 têm como missão exclusiva assegurar e testemunhar,

através da assinatura do auto a que se referem os números seguintes, a total consciência do aluno

quanto aos factos que lhe são imputados e às suas consequências, bem como a sua total liberdade no

momento da respetiva declaração de reconhecimento.

5 - Na audiência é elaborado um auto, no qual constam, entre outros, os elementos previstos nas

alíneas a) e b) do n.º 9 do artigo anterior, o qual, previamente a qualquer assinatura, é lido em voz alta

e explicado ao aluno pelo instrutor, com a informação clara e expressa de que não está obrigado a

assiná-lo.

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6 - O facto ou factos imputados ao aluno só são considerados validamente reconhecidos com a

assinatura do auto por parte de todos os presentes, sendo que, querendo assinar, o aluno o faz antes

de qualquer outro elemento presente.

7 - O reconhecimento dos factos por parte do aluno é considerado circunstância atenuante, nos

termos e para os efeitos previstos no n.º 2 do artigo 31.º, encerrando a fase da instrução e seguindo-

se-lhe os procedimentos previstos no artigo anterior.

8 - A recusa do reconhecimento por parte do aluno implica a necessidade da realização da

instrução, podendo o instrutor aproveitar a presença dos intervenientes para a realização da audiência

oral prevista no artigo anterior.

Artigo 38.º - Suspensão Preventiva do Aluno

1 - No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que

o instaurou, ou no decurso da sua instauração por proposta do instrutor, o diretor pode decidir a

suspensão preventiva do aluno, mediante despacho fundamentado sempre que:

a) A sua presença na escola se revelar gravemente perturbadora do normal funcionamento

das atividades escolares;

b) Tal seja necessário e adequado à garantia da paz pública e da tranquilidade na escola;

c) A sua presença na escola prejudique a instrução do procedimento disciplinar.

2 - A suspensão preventiva tem a duração que o diretor do agrupamento considerar adequada na

situação em concreto, sem prejuízo de, por razões devidamente fundamentadas, poder ser prorrogada

até à data da decisão do procedimento disciplinar, não podendo, em qualquer caso, exceder 10 dias

úteis.

3 - Os efeitos decorrentes da ausência do aluno no decurso do período de suspensão preventiva,

no que respeita à avaliação da aprendizagem, são determinados em função da decisão que vier a ser

proferida no final do procedimento disciplinar, nos termos estabelecidos neste regulamento, a saber, a

realização de tarefas educativas propostas pelos professores das disciplinas implicadas no período de

suspensão.

4 - Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no cumprimento da

medida disciplinar sancionatória prevista na alínea c) do n.º 2 do artigo 34.º a que o aluno venha a ser

condenado na sequência do procedimento disciplinar previsto no artigo 36º.

5 - Os pais e os encarregados de educação são imediatamente informados da suspensão

preventiva aplicada ao filho ou educando e, sempre que a avaliação que fizer das circunstâncias o

aconselhe, o diretor do agrupamento deve participar a ocorrência à respetiva comissão de proteção

de crianças e jovens ou, na falta, ao Ministério Público junto do tribunal de família e menores.

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6 - Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência da

escola, o plano de atividades previsto no n.º 5 do artigo 34º.

7 - A suspensão preventiva do aluno é comunicada, por via eletrónica, pelo diretor do

agrupamento ao serviço do Ministério da Educação e Ciência responsável pela coordenação da

segurança escolar, sendo identificados sumariamente os intervenientes, os factos e as circunstâncias

que motivaram a decisão de suspensão.

Artigo 39.º - Decisão Final

1 - A decisão final do procedimento disciplinar, devidamente fundamentada, é proferida no prazo

máximo de dois dias úteis, a contar do momento em que a entidade competente para o decidir receba

o relatório do instrutor, sem prejuízo do disposto no n.º 4.

2 - A decisão final do procedimento disciplinar fixa o momento a partir do qual se inicia a

execução da medida disciplinar sancionatória, sem prejuízo da possibilidade de suspensão da

execução da medida, nos termos do número seguinte.

3 - A execução da medida disciplinar sancionatória, com exceção da referida nas alíneas d) e e) do

n.º 2 do artigo 34.º, pode ficar suspensa por um período de tempo e nos termos e condições que a

entidade decisora considerar justo, adequado e razoável, cessando a suspensão logo que ao aluno

seja aplicada outra medida disciplinar sancionatória no respetivo decurso.

4 - Quando esteja em causa a aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de

escola ou de expulsão da escola, o prazo para ser proferida a decisão final é de cinco dias úteis,

contados a partir da receção do processo disciplinar na Direção-Geral de Educação.

5 - Da decisão proferida pelo diretor-geral da educação que aplique a medida disciplinar

sancionatória de transferência de escola deve igualmente constar a identificação do estabelecimento

de ensino para onde o aluno vai ser transferido, para cuja escolha se procede previamente à audição

do respetivo encarregado de educação, quando o aluno for menor de idade.

6 - A decisão final do procedimento disciplinar é notificada pessoalmente ao aluno no dia útil

seguinte àquele em que foi proferida, ou, quando menor de idade, aos pais ou respetivo encarregado

de educação, nos dois dias úteis seguintes.

7 - Sempre que a notificação prevista no número anterior não seja possível, é realizada através de

carta registada com aviso de receção, considerando-se o aluno, ou quando este for menor de idade,

os pais ou o respetivo encarregado de educação, notificados na data da assinatura do aviso de

receção.

8 - Tratando-se de alunos menores, a aplicação de medida disciplinar sancionatória igual ou

superior à de suspensão da escola por período superior a cinco dias úteis e cuja execução não tenha

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sido suspensa, nos termos previstos nos nos

2 e 3 anteriores, é obrigatoriamente comunicada pelo

diretor da escola à respetiva Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em risco.

Subsecção VIII - Execução das Medidas Disciplinares

Artigo 40.º - Execução das Medidas Corretivas e Disciplinares Sancionatórias

1 - Compete ao diretor de turma, ao professor-tutor do aluno, caso tenha sido designado, ou ao

professor titular o acompanhamento do aluno na execução da medida corretiva ou disciplinar

sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua atuação com os pais ou encarregados

de educação e com os professores da turma, em função das necessidades educativas identificadas e

de forma a assegurar a corresponsabilização de todos os intervenientes nos efeitos educativos da

medida.

2 - A competência referida no número anterior é especialmente relevante aquando da execução

da medida corretiva de atividades de integração na escola ou no momento do regresso à escola do

aluno a quem foi aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola.

3 - O disposto no número anterior aplica-se também aquando da integração do aluno na nova

escola para que foi transferido na sequência da aplicação dessa medida disciplinar sancionatória.

4 - Na prossecução das finalidades referidas no n.º 1, o agrupamento conta com a colaboração

dos serviços especializados de apoio educativo, que integram as equipas multidisciplinares, nos

termos deste regulamento.

Subsecção IX - Recursos e Salvaguarda da Convivência Escolar

Artigo 41.º - Recursos

1 - Da decisão final de aplicação de medida disciplinar cabe recurso, a interpor no prazo de cinco

dias úteis, apresentado nos serviços administrativos do agrupamento e dirigido:

a) Ao Conselho Geral do agrupamento, relativamente a medidas aplicadas pelos professores

ou pelo diretor;

b) Para o membro do governo competente, relativamente às medidas disciplinares

sancionatórias aplicadas pelo diretor-geral da educação.

2 - O recurso tem efeito meramente devolutivo, exceto quando interposto de decisão de

aplicação das medidas disciplinares sancionatórias previstas nas alíneas c) a e) do n.º 2 do artigo 34º.

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3 - O presidente do conselho geral designa, de entre os seus membros, um relator ou uma

comissão especializada do conselho geral constituída, entre outros, por professores e pais ou

encarregados de educação, a quem compete analisar o recurso e apresentar ao conselho geral uma

proposta de decisão.

4 - A decisão do Conselho Geral é tomada no prazo máximo de 15 dias úteis e notificada aos

interessados pelo diretor, nos termos dos nºs 6 e 7 do artigo 39.º

5 - O despacho que apreciar o recurso referido na alínea b) do n.º 1 é remetido ao agrupamento,

no prazo de cinco dias úteis, cabendo ao respetivo diretor a adequada notificação, nos termos

referidos no número anterior.

Artigo 42.º - Salvaguarda da Convivência Escolar

1 - Qualquer professor ou aluno da turma contra quem outro aluno tenha praticado ato de

agressão moral ou física, do qual tenha resultado a aplicação efetiva de medida disciplinar

sancionatória de suspensão da escola por período superior a oito dias úteis, pode requerer ao diretor

a transferência do aluno em causa para turma à qual não lecione ou não pertença, quando o regresso

daquele à turma de origem possa provocar grave constrangimento aos ofendidos e perturbação da

convivência escolar.

2 - O diretor decidirá sobre o pedido no prazo máximo de cinco dias úteis, fundamentando a sua

decisão.

3 - O indeferimento do diretor só pode ser fundamentado na inexistência na escola de outra

turma na qual o aluno possa ser integrado, para efeitos da frequência da disciplina ou disciplinas em

causa ou na impossibilidade de corresponder ao pedido sem grave prejuízo para o percurso formativo

do aluno agressor.

Subsecção X - Responsabilidade Civil e Criminal

Artigo 43.º - Responsabilidade Civil e Criminal

1 - A aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória não isenta o aluno e o

respetivo representante legal da responsabilidade civil e criminal a que, nos termos gerais de direito,

haja lugar.

2 - Sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais, quando o

comportamento do aluno maior de 12 anos e menor de 16 anos puder constituir facto qualificado

como crime, deve a direção da escola comunicar o facto ao Ministério Público junto do tribunal

competente em matéria de menores.

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3 - Caso o menor tenha menos de 12 anos de idade, a comunicação referida no número anterior

deve ser dirigida à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou, na falta deste, ao Ministério Público

junto do tribunal referido no número anterior.

4 - O início do procedimento criminal pelos factos que constituam crime e que sejam suscetíveis

de desencadear medida disciplinar sancionatória depende apenas de queixa ou de participação pela

direção da escola, devendo o seu exercício fundamentar-se em razões que ponderem, em concreto, o

interesse da comunidade educativa no desenvolvimento do procedimento criminal perante os

interesses relativos à formação do aluno em questão.

5 - O disposto no número anterior não prejudica o exercício do direito de queixa por parte dos

membros da comunidade educativa que sejam lesados nos seus direitos e interesses legalmente

protegidos.

Secção III – Avaliação dos Alunos

Subsecção I – Disposições Gerais

Artigo 44.º - Avaliação da Aprendizagem

1 - A avaliação constitui um processo regulador do ensino, orientador do percurso escolar e

certificador dos conhecimentos adquiridos e capacidades desenvolvidas pelo aluno.

2 - A avaliação tem por objetivo a melhoria do ensino através da verificação dos conhecimentos

adquiridos e das capacidades desenvolvidas nos alunos e da aferição do grau de cumprimento das

metas curriculares globalmente fixadas para os níveis de ensino básico e secundário.

3 - A verificação prevista no número anterior deve ser utilizada por educadores de infância,

professores e alunos para, em conjunto, melhorar o ensino e suprir as dificuldades de aprendizagem.

4 - A avaliação tem ainda por objetivo conhecer o estado do ensino, retificar procedimentos e

reajustar o ensino das diversas disciplinas aos objetivos curriculares fixados.

5 - Na avaliação dos alunos intervêm todos os professores envolvidos, assumindo particular

responsabilidade neste processo o educador de infância na educação pré-escolar, o professor titular

de turma, no 1.º ciclo, e nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário, os professores

que integram o conselho de turma, sem prejuízo da intervenção de alunos e encarregados de

educação.

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6 - O regime de avaliação é regulado por despacho do membro do Governo responsável pela

área da educação, em função dos níveis e ciclos de ensino e da natureza dos cursos de nível

secundário de educação.

Artigo 45.º - Modalidades de Avaliação

1 - A avaliação da aprendizagem compreende as modalidades de avaliação diagnóstica, de

avaliação formativa e de avaliação sumativa.

2 - A avaliação diagnóstica realiza-se no início de cada ano de escolaridade ou sempre que seja

considerado oportuno, devendo fundamentar estratégias de diferenciação pedagógica, de superação

de eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua integração escolar e de apoio à orientação

escolar e vocacional.

3 - A avaliação formativa assume caráter contínuo e sistemático, recorre a uma variedade de

instrumentos de recolha de informação adequados à diversidade da aprendizagem e às circunstâncias

em que ocorrem, permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado de educação e a outras pessoas

ou entidades legalmente autorizadas obter informação sobre o desenvolvimento da aprendizagem,

com vista ao ajustamento de processos e estratégias.

4 - A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo global sobre a aprendizagem

realizada pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e certificação, e inclui:

a) A avaliação sumativa interna, da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão

e administração do agrupamento;

b) A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do Ministério

da Educação e Ciência designados para o efeito.

Subsecção II – Avaliação dos Alunos da Educação Pré-escolar e do Ensino

Básico

Artigo 46.º- Intervenientes e Competências

1 - Intervêm no processo de avaliação, designadamente:

a) O educador de infância/o professor;

b) O aluno;

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35

c) O conselho de docentes, na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, quando exista, ou o

conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos;

d) Os órgãos de gestão da escola;

e) O encarregado de educação;

f) O docente de educação especial e outros profissionais que acompanhem o

desenvolvimento do processo educativo do aluno;

g) A administração educativa.

2 - A avaliação é da responsabilidade dos educadores de infância e dos professores, do conselho

de turma nos 2.º e 3.º ciclos, dos órgãos de direção da escola, assim como dos serviços ou entidades

designadas para o efeito.

3 - A avaliação tem uma vertente contínua e sistemática e fornece ao educador de infância, ao

professor, ao aluno, ao encarregado de educação e aos restantes intervenientes informação sobre a

aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades, de modo a permitir rever e

melhorar o processo de trabalho.

4 - Compete ao órgão de direção da escola, sob proposta do professor titular de turma, no 1.º

ciclo, ou do diretor de turma, nos restantes ciclos, com base nos dados da avaliação, mobilizar e

coordenar os recursos educativos existentes, com vista a desencadear respostas adequadas às

necessidades dos alunos.

5 - O AEHN deve assegurar as condições de participação dos alunos, dos encarregados de

educação, dos profissionais com competência em matéria de apoios especializados e dos demais

intervenientes.

Artigo 47.º - Critérios de Avaliação

1 - Até ao início do ano letivo, o conselho pedagógico do AEHN, de acordo com as orientações

do currículo e outras orientações gerais do Ministério da Educação e Ciência, define os critérios de

avaliação para cada ciclo e ano de escolaridade, sob proposta dos departamentos curriculares.

2 - Os critérios de avaliação mencionados no número anterior constituem referenciais comuns na

escola, sendo operacionalizados pelo professor titular de turma, no 1.º ciclo, e pelo conselho de

turma, nos 2.º e 3.º ciclos.

3 - O órgão de direção da escola deve garantir a divulgação dos critérios referidos nos números

anteriores junto dos diversos intervenientes.

4 - A avaliação na educação pré-escolar é descritiva.

5 - Nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos a classificação atribuída é qualitativa e rege-se pela seguinte

nomenclatura:

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0% – 19% Fraco

20% – 49% Não Satisfaz

50% – 69% Satisfaz

70% – 89% Bom

90% – 100% Muito Bom

Artigo 48.º - Informação sobre a Aprendizagem

1 - A avaliação dos alunos incide sobre os conteúdos definidos nos programas e tem como

referência as metas curriculares em vigor para as diversas áreas disciplinares e não disciplinares no 1.º

ciclo e disciplinas nos 2.º e 3.º ciclos.

2 - A aprendizagem relacionada com as componentes do currículo de caráter transversal ou de

natureza instrumental, nomeadamente no âmbito da educação para a cidadania, da compreensão e

expressão em língua portuguesa e da utilização das tecnologias de informação e comunicação,

constitui objeto de avaliação em todas as áreas disciplinares e disciplinas, de acordo com o que o

Conselho Pedagógico definir.

Artigo 49.º - Efeitos da Avaliação

1 - A evolução do processo educativo dos alunos no ensino básico assume uma lógica de ciclo,

progredindo para o ciclo imediato o aluno que tenha adquirido os conhecimentos e desenvolvido as

capacidades definidas para cada ciclo de ensino.

2 - A avaliação diagnóstica visa facilitar a integração escolar do aluno, apoiando a orientação

escolar e vocacional e o reajustamento de estratégias de ensino.

3 - A avaliação formativa gera medidas pedagógicas adequadas às características dos alunos e à

aprendizagem a desenvolver.

4 - A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão, retenção ou

reorientação do percurso educativo do aluno.

5 - A disciplina de Educação Moral e Religiosa não é considerada para efeitos de progressão dos

alunos.

Artigo 50.º - Avaliação Sumativa

1 - A avaliação sumativa no ensino básico traduz-se na formulação de um juízo global sobre a

aprendizagem realizada pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e a certificação e inclui:

a) A avaliação sumativa interna que se realiza no final de cada período letivo e é da

responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica do agrupamento;

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b) A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do Ministério

da Educação e Ciência designados para o efeito, que compreende a realização de provas finais nos

4.º, 6.º e 9.º anos de escolaridade, as quais incidem, respetivamente, sobre os conteúdos dos 1.º,

2.º e 3.º ciclos nas disciplinas de Português, Matemática e na disciplina de Português Língua Não

Materna (PLNM).

2 - No 1.º ciclo do ensino básico, a informação resultante da avaliação sumativa interna

materializa-se de forma descritiva em todas as áreas curriculares, com exceção das disciplinas de

Língua Portuguesa e de Matemática no 4.º ano de escolaridade, a qual se expressa numa escala de 1 a

5.

3 - Nos 2.º e 3.º ciclos, a informação resultante da avaliação sumativa materializa-se numa escala

de 1 a 5, em todas as disciplinas.

4 - Quando, em sequência da aplicação das medidas previstas no n.º 4 do artigo 56.º deste RI,

houver lugar ao prolongamento da duração do ano letivo pode o aluno aceder à 2.ª fase das provas

finais respetivas.

Artigo 51.º - Avaliação Sumativa Interna

1 - A avaliação sumativa interna destina-se a:

a) Informar o aluno e o seu encarregado de educação sobre o desenvolvimento da

aprendizagem definida para cada área disciplinar ou disciplina;

b) Tomar decisões sobre o percurso escolar do aluno.

2 - A avaliação sumativa interna é realizada através de um dos seguintes processos:

a) Avaliação pelos professores, no 1.º ciclo, e pelo conselho de turma, nos restantes ciclos, no

final de cada período letivo;

b) Provas de equivalência à frequência.

Artigo 52.º - Formalização da Avaliação Sumativa Interna

1 - A avaliação sumativa interna é da responsabilidade do professor titular de turma, no 1.º ciclo,

dos professores que integram o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, e dos órgãos de direção da

escola.

2 - Compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, e ao diretor de turma, nos 2.º e 3.º ciclos,

coordenar o processo de tomada de decisões relativas à avaliação sumativa interna e garantir tanto a

sua natureza globalizante como o respeito pelos critérios de avaliação referidos no artigo 47.º deste

RI.

3 - A decisão quanto à avaliação final do aluno é da competência:

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a) Do professor titular de turma, no 1.º ciclo;

b) Do conselho de turma sob proposta dos professores de cada área disciplinar ou disciplina,

nos 2.º e 3.º ciclos.

4 - Nos 1.º, 2.º e 3.º anos de escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa interna,

nos três períodos letivos, expressa–se de forma descritiva em todas as áreas disciplinares e não

disciplinares.

5 - No 4.º ano de escolaridade, a avaliação sumativa interna, nos três períodos letivos, expressa-se

numa escala de 1 a 5 nas áreas disciplinares de Português e de Matemática e de forma descritiva nas

restantes áreas.

6 - No 4.º ano de escolaridade, no final do 3.º período, e antes de serem divulgados os resultados

da avaliação externa, o professor titular de turma atribui a classificação final nas áreas disciplinares de

Português e de Matemática e uma menção qualitativa nas restantes áreas.

7 - Nos 2.º e 3.º ciclos, a classificação final de cada disciplina, em cada ano de escolaridade, é

atribuída pelo conselho de turma no final do 3.º período.

8 - A avaliação sumativa interna do final do 3.º período tem as seguintes finalidades:

a) Formalização da classificação correspondente à aprendizagem realizada pelo aluno ao

longo do ano letivo;

b) Decisão sobre a transição de ano;

c) Verificação das condições de admissão à 2.ª fase das provas finais dos 1.º e 2.º ciclos e

definição do plano de apoio pedagógico a cumprir no período de acompanhamento

extraordinário.

9 - A informação resultante da avaliação sumativa interna nos 2.º e 3.º ciclos expressa-se numa

escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, podendo ser acompanhada, sempre que se considere

relevante, de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno.

10 - A informação resultante da avaliação sumativa dos alunos do ensino básico abrangidos pelo

artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, expressa-se numa menção qualitativa de Muito

bom, Bom, Suficiente e Insuficiente, acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução do

aluno.

11 - Nos 7.º e 8.º anos de escolaridade, a avaliação sumativa interna das disciplinas de Tecnologias

da Informação e Comunicação e da disciplina de Oferta de Escola, caso sejam organizadas em regime

semestral, processa-se do seguinte modo:

a) Para a atribuição das classificações, o conselho de turma reúne no final do 1.º semestre e

no final do 3.º período;

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b) A classificação atribuída no 1.º semestre fica registada em ata e, à semelhança das

classificações das outras disciplinas, está sujeita a aprovação do conselho de turma de avaliação no

final do 3.º período.

Artigo 53.º - Provas de Equivalência à Frequência

1 - As provas de equivalência à frequência realizam-se a nível de escola nos anos terminais de

cada ciclo do ensino básico, com vista a uma certificação de conclusão de ciclo, para alunos

autopropostos nos termos previstos no n.º 3 do presente artigo.

2 - As provas de equivalência à frequência incidem sobre os conteúdos dos programas, têm como

referência as metas curriculares estabelecidas para os três ciclos e contemplam ainda uma prova oral,

no caso das áreas disciplinares e disciplinas de Português, de Português Língua Não Materna (PLNM) e

das línguas estrangeiras.

3 - Nas provas de equivalência à frequência constituídas por um único tipo de prova, a

classificação final de cada área disciplinar e disciplina é a obtida nas provas realizadas, expressa em

escala percentual de 0 a 100, convertida na escala de 1 a 5 nos termos do anexo IV, do despacho

normativo nº 24-A/2012 de 6 de dezembro.

4 - Nas provas de equivalência à frequência constituídas por duas componentes (escrita, oral ou

prática), a classificação final da disciplina corresponde à média aritmética simples, arredondada às

unidades, das classificações das duas componentes expressas em escala percentual de 0 a 100,

convertida na escala de 1 a 5 nos termos do anexo IV, do despacho normativo nº 24-A/2012 de 6 de

dezembro.

5 - As provas de equivalência à frequência dos três ciclos e respetiva duração constam dos anexos

I e II do despacho normativo nº 24-A/2012 de 6 de dezembro.

6 - O aluno é considerado Aprovado quando se verificam as condições de transição estabelecidas

para o final dos três ciclos do ensino básico.

7 - As provas de equivalência à frequência realizam-se anualmente de acordo com as diretrizes

regulamentadas superiormente.

8 - O aluno é considerado Aprovado quando se verificam as condições de transição estabelecidas

para o final dos três ciclos do ensino básico.

9 - Os procedimentos específicos a observar no desenvolvimento das provas de equivalência à

frequência dos três ciclos são objeto de regulamentação própria, a aprovar por despacho do membro

do Governo responsável pela área da educação.

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Artigo 54.º - Avaliação Sumativa Externa

1 - O processo de avaliação interna é acompanhado de provas nacionais de forma a permitir a

obtenção de resultados uniformes e fiáveis sobre a aprendizagem, fornecendo indicadores da

consecução das metas curriculares e dos conhecimentos dos conteúdos programáticos definidos para

cada disciplina sujeita a prova final de ciclo.

2 - A avaliação sumativa externa é da responsabilidade dos serviços do Ministério da Educação e

Ciência ou de entidades designadas para o efeito e compreende a realização de provas finais de ciclo

nos 4.º, 6.º e 9.º anos de escolaridade. Realizam-se anualmente de acordo com as diretrizes

regulamentadas superiormente.

3 - Os procedimentos específicos a observar no desenvolvimento da avaliação sumativa externa

são objeto de regulamentação própria, a aprovar por despacho do membro do Governo responsável

pela área da educação.

Artigo 55.º - Alunos com Necessidades Educativas Especiais de Caráter Permanente

1 - Os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, abrangidos pelo

disposto no n.º 1 do artigo 20.º do Decreto–Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, prestam as provas finais de

ciclo previstas para os restantes examinandos, podendo, no entanto, usufruir de condições especiais

de avaliação ao abrigo da legislação em vigor.

Artigo 56.º - Efeitos da Avaliação Sumativa

1 - A avaliação sumativa permite tomar decisões relativamente à:

a) Classificação em cada uma das disciplinas e áreas disciplinares;

b) Transição no final de cada ano, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do presente artigo;

c) Aprovação no final de cada ciclo;

d) Renovação de matrícula;

e) Conclusão do ensino básico.

2 - As decisões de transição e de progressão do aluno para o ano de escolaridade seguinte e para

o ciclo subsequente revestem caráter pedagógico e são tomadas sempre que o professor titular de

turma, no 1.º ciclo, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, considerem:

a) Nos anos terminais de ciclo, que o aluno adquiriu os conhecimentos e desenvolveu as

capacidades necessárias para progredir com sucesso os seus estudos no ciclo subsequente, sem

prejuízo do disposto no n.º 11 do artigo 9.º e no artigo 13.º do despacho normativo nº 24-A/2012

de 6 de dezembro;

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b) Nos anos não terminais de ciclo, que o aluno demonstra ter adquirido os conhecimentos e

desenvolvido as capacidades essenciais para transitar para o ano de escolaridade seguinte.

3 - Caso o aluno não adquira os conhecimentos predefinidos para um ano não terminal de ciclo

que, fundamentadamente, comprometam a aquisição dos conhecimentos e o desenvolvimento das

capacidades definidas para um ano de escolaridade, o professor titular de turma, no 1.º ciclo, ouvido o

conselho de docentes quando exista, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, pode, a título

excecional, determinar a retenção do aluno no mesmo ano de escolaridade.

4 - Em situações em que o aluno não adquira os conhecimentos nem desenvolva as capacidades

definidas para o ano de escolaridade que frequenta, o professor titular de turma no 1.º ciclo, ouvido o

conselho de docentes quando exista, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, deve propor as

medidas necessárias para colmatar as deficiências detetadas no percurso escolar do aluno,

designadamente, nos 1.º e 2.º ciclos, o eventual prolongamento do calendário escolar para esses

alunos.

5 - No 1.º ano de escolaridade não há lugar a retenção, exceto se tiver sido ultrapassado o limite

de faltas e, após cumpridos os procedimentos previstos no Estatuto do Aluno e Ética Escolar, o

professor titular da turma em articulação com o conselho de docentes, quando exista, decida pela

retenção do aluno.

6 - Um aluno retido nos 1.º, 2.º ou 3.º anos de escolaridade pode integrar a turma a que pertencia

por decisão do diretor, sob proposta do professor titular de turma, ouvido o conselho de docentes

quando exista.

7 - A retenção em qualquer um dos ciclos do ensino básico implica a repetição de todas as

componentes do currículo do respetivo ano de escolaridade.

8 - Verificando-se retenção, compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de

turma, nos 2.º e 3.º ciclos, identificar os conhecimentos não adquiridos e as capacidades não

desenvolvidas pelo aluno, as quais devem ser tomadas em consideração na elaboração do plano da

turma em que o referido aluno venha a ser integrado no ano escolar subsequente.

Artigo 57.º- Condições de Aprovação, Transição e Progressão

1 - A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou a retenção

do aluno, expressa através das menções, respetivamente, de Transitou ou de Não Transitou, no final

de cada ano, e de Aprovado ou de Não Aprovado, no final de cada ciclo.

2 - No final de cada um dos ciclos do ensino básico, o aluno não progride e obtém a menção de

Não Aprovado, se estiver numa das seguintes condições:

a) Tiver obtido simultaneamente classificação inferior a 3 nas áreas disciplinares ou disciplinas

de Português (ou PLNM) e de Matemática;

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b) Tiver obtido classificação inferior a 3 em três ou mais disciplinas, no caso dos 2.º e 3.º

ciclos, e tiver obtido classificação inferior a 3 em Português (ou PLNM) ou em Matemática e

simultaneamente menção não satisfatória nas outras áreas disciplinares, no caso do 1.º ciclo.

3 - Os alunos autopropostos do ensino básico não progridem e obtêm a menção de Não

Aprovado se estiverem nas condições referidas no número anterior.

4 - A disciplina de Educação Moral e Religiosa, nos três ciclos do ensino básico, as áreas não

disciplinares, no 1.º ciclo, o Apoio ao Estudo, no 2.º ciclo, e as disciplinas de oferta complementar, nos

2.º e 3º ciclos, não são consideradas para efeitos de progressão de ano e conclusão de ciclo.

Artigo 58.º - Constituição e Funcionamento dos Conselhos de Turma dos 2.º e 3.º ciclos

1 - Para efeitos de avaliação dos alunos, o conselho de turma é constituído por todos os

professores da turma, sendo seu presidente o diretor de turma.

2 - Nos conselhos de turma, podem ainda intervir, sem direito a voto, os serviços com

competência em matéria de apoio socioeducativo ou entidades cuja contribuição o conselho

pedagógico considere conveniente.

3 - Sempre que por motivo imprevisto se verificar ausência de um membro do conselho de turma,

a reunião é adiada, no máximo por quarenta e oito horas, de forma a assegurar a presença de todos.

4 - No caso de a ausência a que se refere o número anterior ser presumivelmente longa, o

conselho de turma reúne com os restantes membros, devendo o respetivo diretor de turma dispor de

todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno, fornecidos pelo professor ausente.

5 - A deliberação final quanto à classificação a atribuir em cada disciplina é da competência do

conselho de turma que, para o efeito, aprecia a proposta apresentada por cada professor, as

informações que a suportam e a situação global do aluno.

6 - As deliberações do conselho de turma devem resultar do consenso dos professores que o

integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação, quando se verificar a impossibilidade de

obtenção desse consenso.

7 - No caso de recurso à votação, todos os membros do conselho de turma votam nominalmente,

não havendo lugar a abstenção, sendo registado em ata o resultado da votação.

8 - A deliberação é tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do conselho de turma voto

de qualidade, em caso de empate.

9 - Na ata da reunião de conselho de turma devem ficar registadas todas as deliberações e a

respetiva fundamentação.

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Artigo 59.º - Registo das Classificações e Ratificação das Deliberações

1 - As classificações no final de cada período letivo, no 4.º ano do 1.º ciclo e em todos os anos de

escolaridade dos 2.º e 3.º ciclos, são registadas em pauta.

2 - As decisões do professor titular de turma, no 1.º ciclo, e as deliberações do conselho de turma,

nos 2.º e 3.º ciclos, carecem de ratificação do diretor.

3 - O responsável do órgão de direção da escola deve proceder à verificação das pautas e da

restante documentação relativa às reuniões dos conselhos de docentes e conselhos de turma,

assegurando-se do integral cumprimento das disposições em vigor e da observância dos critérios

definidos pelo Conselho Pedagógico, competindo-lhe desencadear os mecanismos necessários à

correção de eventuais irregularidades.

4 - As pautas, após a ratificação prevista no n.º 2, são afixadas em local apropriado no interior da

escola, nelas devendo constar a data da respetiva afixação.

Artigo 60.º - Revisão das Deliberações

1 - As decisões decorrentes da avaliação de um aluno no 3.º período de um ano letivo podem ser

objeto de um pedido de revisão, devidamente fundamentado, dirigido pelo respetivo encarregado de

educação ao órgão de direção da escola no prazo de três dias úteis a contar da data de entrega das

fichas de registo de avaliação nos 1.º, 2.º e 3.º anos ou da afixação das pautas no 4.º ano de

escolaridade e nos 2.º e 3.º ciclos.

2 - Os pedidos de revisão a que se refere o número anterior são apresentados em requerimento

devidamente fundamentado em razões de ordem técnica, pedagógica ou legal, dirigido ao diretor do

AEHN, podendo ser acompanhado dos documentos considerados pertinentes.

3 - Os requerimentos recebidos depois de expirado o prazo fixado no n.º 1 do presente artigo,

bem como os que não estiverem fundamentados, serão liminarmente indeferidos.

4 - No caso dos 2.º e 3.º ciclos, o diretor do AEHN convoca, nos cinco dias úteis após a aceitação

do requerimento, uma reunião extraordinária do conselho de turma, que procede à análise do pedido

de revisão e delibera com base em todos os documentos relevantes para o efeito e toma uma decisão

que pode confirmar ou modificar a avaliação inicial, elaborando um relatório pormenorizado, que

deve integrar a ata da reunião.

5 - No caso do 1.º ciclo, o diretor do AEHN convoca, nos cinco dias úteis após a aceitação do

requerimento, uma reunião com o professor titular de turma, para apreciação do pedido de revisão,

podendo confirmar ou modificar a avaliação inicial, elaborando um relatório pormenorizado.

6 - Nos casos em que o conselho de turma mantenha a sua deliberação, o processo aberto pelo

pedido de revisão pode ser enviado pelo diretor da escola ao Conselho Pedagógico para emissão de

parecer prévio à decisão final.

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7 - Da deliberação do diretor e respetiva fundamentação é dado conhecimento ao encarregado

de educação, através de carta registada com aviso de receção, no prazo máximo de 20 dias úteis

contados a partir da data da receção do pedido de revisão.

8 - O encarregado de educação pode ainda, se assim o entender, no prazo de cinco dias úteis

após a data de receção da resposta ao pedido de revisão, interpor recurso hierárquico para o serviço

competente do Ministério da Educação e Ciência, quando o mesmo for baseado em vício de forma

existente no processo.

9 - Da decisão do recurso hierárquico não cabe qualquer outra forma de impugnação

administrativa.

Artigo 61.º - Reclamação e Recursos

As decisões referentes às provas de equivalência à frequência e às provas finais de ciclo são

passíveis de impugnação administrativa nos termos gerais.

Artigo 62.º - Conclusão e Certificação

1 - A conclusão do ensino básico é certificada pelos órgãos de direção do AEHN, através da

emissão de:

a) Um diploma que ateste a conclusão do ensino básico;

b) Um certificado que ateste o nível de qualificação, discrimine as disciplinas ou módulos

concluídos e as respetivas classificações finais, bem como as classificações das provas finais de

ciclo obtidas nas disciplinas em que foram realizadas.

2 - Os certificados a que se refere a alínea b) do número anterior devem ainda conter um anexo

do qual constem todas as atividades extracurriculares desenvolvidas pelo aluno, designadamente as

realizadas no âmbito de ações de voluntariado.

3 - Mediante a apresentação de requerimento, é passado, pelo diretor da escola, um certificado

para efeitos de admissão no mercado de trabalho, ao aluno que atingir a idade limite da escolaridade

obrigatória, abrangido pelo artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro.

4 - Os modelos de diploma e certificado previstos nos números anteriores são aprovados por

despacho do Ministro da Educação e Ciência.

5 - A requerimento dos interessados, devem, ainda, ser emitidas pelo órgão de administração e

gestão do agrupamento, em qualquer momento do percurso escolar do aluno, certidões das

habilitações adquiridas, as quais devem discriminar as disciplinas concluídas e os respetivos resultados

de avaliação.

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6 - Pela emissão das certidões, prevista no número anterior, é devida uma taxa de montante a

fixar por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da educação, que

constitui receita própria da escola.

Artigo 63.º - Medidas de Promoção do Sucesso Escolar

1 - No âmbito da sua autonomia, devem ser adotadas pela escola medidas de promoção do

sucesso escolar, definindo-se, sempre que necessário, planos de atividades de acompanhamento

pedagógico orientados para a turma ou individualizados, com medidas adequadas à resolução das

dificuldades dos alunos, de acordo com o previsto no n.º 4 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 139/2012,

de 5 de julho, que se podem concretizar designadamente através de:

a) Medidas de apoio ao estudo, que garantam um acompanhamento mais eficaz do aluno

face às dificuldades detetadas e orientadas para a satisfação de necessidades específicas;

b) Apoio ao Estudo, no 1.º ciclo, tendo por objetivo apoiar os alunos na criação de métodos

de estudo e de trabalho e visando prioritariamente o reforço do apoio nas disciplinas de Português

e de Matemática, nomeadamente a resolução dos trabalhos de casa;

c) Constituição temporária de grupos de homogeneidade relativa em termos de desempenho

escolar, em disciplinas estruturantes, tendo em atenção os recursos da escola e a pertinência das

situações;

d) Coadjuvação em sala de aula, valorizando-se as experiências e as práticas colaborativas

que conduzam à melhoria do ensino;

e) Adoção, em condições excecionais devidamente justificadas pela escola e aprovadas pelos

serviços competentes da administração educativa, de percursos específicos, designadamente

percursos curriculares alternativos e programas integrados de educação e formação, adaptados ao

perfil e especificidades dos alunos;

f) Encaminhamento para um percurso vocacional de ensino após redefinição do seu percurso

escolar, resultante do parecer de psicólogos escolares e com o empenhamento e a concordância

do encarregado de educação;

g) Acompanhamento extraordinário dos alunos nos 1.º e 2.º ciclos, conforme estabelecido no

calendário escolar;

h) Acompanhamento a alunos que progridam ao 2.º ou ao 3.º ciclos com classificação final

inferior a 3 a Português ou a Matemática no ano escolar anterior.

2 - O plano de acompanhamento pedagógico de turma ou individual é traçado, realizado e

avaliado, sempre que necessário, em articulação com outros técnicos de educação e em contacto

regular com os encarregados de educação.

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3 - Aos alunos que revelem em qualquer momento do seu percurso dificuldades de

aprendizagem em qualquer disciplina ou área disciplinar é aplicado um plano de acompanhamento

pedagógico, elaborado pelo professor titular de turma, no 1.º ciclo, ou pelo conselho de turma, nos

2.º e 3.º ciclos, contendo estratégias de recuperação que contribuam para colmatar as insuficiências

detetadas.

Artigo 64.º - Apoio ao Estudo

1 - Sempre que os resultados escolares nas áreas disciplinares de Português e de Matemática do

1.º ciclo o justifiquem, são, obrigatoriamente, adotados planos de atividades de acompanhamento

pedagógico para os alunos, na área não disciplinar de Apoio ao Estudo.

2 - O Apoio ao Estudo do 2.º ciclo desenvolve-se através de atividades regulares fixadas pela

escola e de participação decidida em conjunto pelos pais e professores, tendo como objetivos:

a) A implementação de estratégias de estudo e de desenvolvimento e aprofundamento dos

conhecimentos dos alunos;

b) Atividades de reforço da aprendizagem, nomeadamente pelo acompanhamento da

realização dos trabalhos de casa.

Artigo 65.º - Constituição de Grupos de Homogeneidade Relativa

1 - Podem ser constituídos grupos temporários de alunos com características semelhantes, na

mesma turma ou em turmas diferentes, a fim de colmatar dificuldades detetadas e desenvolver

capacidades evidenciadas, favorecendo a igualdade de oportunidades no percurso escolar do aluno.

2 - As atividades a desenvolver nestes grupos podem ser realizadas em períodos de duração

distintos, conforme as necessidades dos alunos.

3 - Compete ao professor titular de turma no 1.º ciclo e ao conselho de turma nos outros ciclos

identificar alunos que revelem elevada capacidade de aprendizagem.

4 - O professor titular de turma no 1.º ciclo e o conselho de turma nos outros ciclos definem as

atividades e as estratégias para otimizar o desempenho dos alunos com elevada capacidade de

aprendizagem.

Artigo 66.º - Período de Acompanhamento Extraordinário nos 1.º e 2.º ciclos

1 - Os alunos internos dos 4.º e 6.º anos de escolaridade que, após as reuniões de avaliação de

final de ano, já com o conhecimento e com a ponderação dos resultados da 1.ª fase das provas finais,

não obtenham aprovação, de acordo com o estipulado no artigo 13.º do despacho normativo nº 24-

A/2012 de 6 de dezembro, bem como os alunos a que se refere a alínea b) do n.º 6 do artigo 10.º, do

mesmo despacho, podem usufruir de prolongamento do ano letivo.

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2 - O período de acompanhamento extraordinário decorre entre a realização das reuniões de

avaliação referidas no n.º 1 e a realização da 2.ª fase das provas finais e visa colmatar deficiências

detetadas no percurso escolar dos alunos.

3 - Cabe ao diretor do AEHN assegurar a organização e gestão do período de acompanhamento

extraordinário previsto no presente artigo.

4 - Os alunos que se encontrem na situação referida no n.º 1 são automaticamente inscritos no

período de acompanhamento extraordinário, sendo obrigatória a sua frequência, exceto se o

encarregado de educação não o permitir.

5 - O encarregado de educação que não pretenda que o seu educando frequente o

acompanhamento extraordinário previsto no número anterior comunica por escrito o seu desacordo

ao diretor do AEHN.

6 - O pedido formulado nos termos previsto no número anterior não prejudica o acesso do aluno

à 2.ª fase das provas finais de ciclo.

7 - Após a realização da 2.ª fase das provas finais do 1.º e do 2.º ciclos, os alunos progridem e

obtêm a menção de Aprovado se estiverem nas condições estipuladas no artigo 13.º, do Despacho

Normativo nº 24-A/2012 de 6 de dezembro.

Artigo 67.º - Reorientação do Percurso Escolar

Sempre que se verifiquem retenções, deverão os alunos ser acompanhados pelos serviços de

orientação escolar, de modo que possam ser propostas as medidas mais adequadas ao seu percurso

escolar, nomeadamente percursos curriculares alternativos, programas integrados de educação e

formação, cursos de educação e formação ou cursos vocacionais.

Artigo 68.º - Casos Especiais de Progressão

1 - Um aluno que revele capacidade de aprendizagem excecional e um adequado grau de

maturidade, a par do desenvolvimento das capacidades previstas para o ciclo que frequenta, poderá

progredir mais rapidamente no ensino básico, beneficiando de uma das seguintes hipóteses ou de

ambas:

a) Concluir o 1.º ciclo com 9 anos de idade, completados até 31 de dezembro do ano

respetivo, podendo completar o 1.º ciclo em três anos;

b) Transitar de ano de escolaridade antes do final do ano letivo, uma única vez, ao longo dos

2.º e 3.º ciclos.

2 - Um aluno retido num dos anos não terminais de ciclo que demonstre ter adquirido os

conhecimentos e desenvolvido as capacidades definidas para o final do respetivo ciclo poderá

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concluí-lo nos anos previstos para a sua duração, através de uma progressão mais rápida, nos anos

letivos subsequentes à retenção.

3 - Os casos especiais de progressão previstos nos números anteriores dependem de deliberação

do Conselho Pedagógico, sob proposta do professor titular de turma ou do conselho de turma, depois

de obtidos a concordância do encarregado de educação do aluno e os pareceres do docente de

educação especial ou do psicólogo.

4 - A deliberação decorrente do previsto nos números anteriores não prejudica o cumprimento

dos restantes requisitos legalmente exigidos para a progressão de ciclo.

Artigo 69.º - Situações Especiais de Classificação

1 - Se por motivo da exclusiva responsabilidade da escola ou por falta de assiduidade do aluno,

motivada por doença prolongada ou impedimento legal devidamente comprovados, não existirem em

qualquer disciplina ou área disciplinar elementos de avaliação sumativa interna respeitantes ao 3.º

período letivo, a classificação dessas áreas disciplinares ou disciplinas é a que o aluno obteve no 2.º

período letivo.

2 - Nas áreas disciplinares ou disciplinas sujeitas a provas finais de ciclo é obrigatória a prestação

de provas, salvo quando a falta de elementos de avaliação nas referidas áreas disciplinares ou

disciplinas for da exclusiva responsabilidade da escola, sendo a situação objeto de análise casuística e

sujeita a despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

3 - No 4.º ano de escolaridade do 1.º ciclo e nos 2.º e 3.º ciclos, sempre que o aluno frequentar as

aulas durante um único período letivo, por falta de assiduidade motivada por doença prolongada ou

impedimento legal devidamente comprovados, fica sujeito à realização de uma prova extraordinária

de avaliação (PEA) em cada área disciplinar ou disciplina, exceto naquelas em que realizar, no ano

curricular em causa, prova final de ciclo.

4 - Para efeitos do número anterior, a classificação anual de frequência a atribuir a cada disciplina

é a seguinte:

CAF = (CF + PEA)/2

em que:

CAF = classificação anual de frequência;

CF = classificação de frequência do período frequentado;

PEA = classificação da prova extraordinária de avaliação.

5 - A prova extraordinária de avaliação deve abranger o programa do ano curricular em causa,

sendo os procedimentos específicos a observar no seu desenvolvimento os que constam do anexo VI,

do despacho normativo nº 24-A/2012 de 6 de dezembro.

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6 - Nos anos de escolaridade em que houver lugar a prova final de ciclo, considera-se a

classificação do período frequentado como classificação anual de frequência da disciplina, sendo a

respetiva classificação final calculada de acordo com o n.º 17 do artigo 10.º, do despacho normativo

nº 24-A/2012 de 6 de dezembro.

7 - Sempre que a classificação do período frequentado seja inferior a 3, esta não é considerada

para o cálculo da classificação final da área disciplinar ou disciplina, correspondendo a classificação

final à classificação obtida na respetiva prova final de ciclo.

8 - Nos 2.º e 3.º ciclos, sempre que, por motivo da exclusiva responsabilidade da escola, apenas

existirem em qualquer disciplina não sujeita a prova final de ciclo elementos de avaliação respeitantes

a um dos três períodos letivos, o encarregado de educação do aluno pode optar entre:

a) Ser considerada como classificação anual de frequência a classificação obtida nesse

período;

b) Não ser atribuída classificação anual de frequência nessa disciplina;

c) Realizar a PEA de acordo com os nos

4 e 5 do presente artigo.

9 - Nos 2.º e 3.º ciclos, sempre que, em qualquer disciplina, à exceção das disciplinas não sujeitas

a prova final de ciclo, o número de aulas ministradas durante todo o ano letivo não tenha atingido

oito semanas completas, o encarregado de educação do aluno pode optar entre:

a) A aprovação do aluno sem classificação nessa disciplina;

b) A realização de PEA, correspondendo a sua classificação anual de frequência à classificação

nesta prova.

Subsecção III – Avaliação dos Alunos do Ensino Secundário

Artigo 70.º - Critérios de Avaliação

1 - Compete ao Conselho Pedagógico do agrupamento definir, no início do ano letivo, os

critérios de avaliação para cada ano de escolaridade e disciplina, sob proposta dos departamentos

curriculares, contemplando critérios de avaliação da componente prática e ou experimental, de acordo

com a natureza das disciplinas.

2 - Os critérios de avaliação mencionados no número anterior constituem referenciais comuns no

interior de cada escola, sendo operacionalizados pelo conselho de turma.

3 - Cabe ao diretor assegurar a divulgação dos critérios referidos nos números anteriores aos

vários intervenientes.

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Artigo 71.º - Informação sobre a Aprendizagem

1 - A produção de informação sobre a aprendizagem dos alunos é da responsabilidade:

a) Do professor ou equipa de professores responsáveis pela organização do processo de

ensino, quando se trate de informação a obter no seu decurso, tendo em vista a avaliação

formativa e a avaliação sumativa;

b) Do Conselho Pedagógico, quando se trate de informação a obter através da realização de

provas de equivalência à frequência;

c) Dos serviços ou entidades do Ministério da Educação e Ciência, designados para o efeito,

quando se trate de informação a obter através da realização de exames finais nacionais.

2 - A informação a que se refere a alínea a) do número anterior é obtida através dos diferentes

meios de avaliação, de acordo com a natureza da aprendizagem e dos contextos em que ocorre.

3 - A informação a que se referem as alíneas b) e c) do n.º 1 é obtida através de provas, que, de

acordo com as características de cada disciplina, e em função dos parâmetros previamente definidos,

podem ser:

a) Prova escrita (E);

b) Prova oral (O) — prova cuja realização implica a presença de um júri e a utilização, por

este, de um registo do desempenho da capacidade expressão oral do aluno;

c) Prova prática (P) — prova cuja resolução implica a manipulação de materiais, instrumentos

e equipamentos, com eventual produção escrita, incidindo sobre o trabalho prático produzido,

podendo implicar a presença de um júri e a utilização, por este, de um registo do desempenho do

aluno;

d) Prova escrita com componente prática (EP) — prova que pode exigir, da parte do aluno,

um relatório, a anexar à componente escrita, respeitante à componente prática/ experimental,

implicando esta última a presença de um júri ou do professor da disciplina e a utilização por estes

de um registo do desempenho do aluno.

4 - As provas referidas no número anterior, quando se trate de provas de equivalência à

frequência, incidem sobre os conteúdos correspondentes à totalidade dos anos que constituem o

plano curricular da disciplina.

5 - São obrigatórios momentos formais de avaliação da oralidade ou da dimensão prática ou

experimental, integrados no processo de ensino, de acordo com as alíneas seguintes:

a) Na disciplina de Português, a componente de oralidade tem um peso de 25 % no cálculo

da classificação a atribuir em cada momento formal de avaliação, nos termos da alínea a) do n.º 2

do artigo 9.º, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

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b) Nas disciplinas de Língua Estrangeira e Português Língua Não Materna (PLNM) a

componente de oralidade tem um peso de 30 % no cálculo da classificação a atribuir em cada

momento formal de avaliação, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 9.º, da Portaria nº

243/2012 de 10 de agosto.

c) Nas disciplinas bienais de Física e Química A e de Biologia e Geologia, nas disciplinas

anuais de Biologia, de Física, de Geologia e de Química, a componente prática e ou experimental

têm um peso mínimo de 30% no cálculo da classificação a atribuir em cada momento formal de

avaliação, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 9.º, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

Artigo 72.º - Efeitos da Avaliação

1 - A avaliação diagnóstica visa facilitar a integração escolar do aluno, o apoio à orientação

escolar e vocacional e o reajustamento de estratégias.

2 - A avaliação formativa determina a adoção de medidas pedagógicas adequadas às

características dos alunos e à aprendizagem a desenvolver.

3 - A avaliação sumativa conduz à tomada de decisão, no âmbito da classificação e da aprovação

em cada disciplina ou módulo, quanto à progressão nas disciplinas não terminais, à transição para o

ano de escolaridade subsequente, à admissão à matrícula e à conclusão do nível secundário de

educação.

4 - Exceto quando o aluno pretenda prosseguir estudos nesta área, a classificação na disciplina de

Educação Física é considerada para efeitos de conclusão do nível secundário de educação, mas não

entra no apuramento da média final.

5 - A disciplina de Educação Moral e Religiosa não é considerada para efeitos de progressão dos

alunos.

Artigo 73.º - Avaliação Sumativa

1 - A avaliação sumativa consiste na formulação de um juízo global, tem como objetivos a

classificação e a certificação e inclui:

a) A avaliação sumativa interna, da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão

pedagógica da escola;

b) A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do Ministério

da Educação e Ciência designados para o efeito, concretizada através da realização de provas e de

exames finais nacionais.

2 - A avaliação sumativa externa aplica-se:

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a) Aos alunos dos cursos científico-humanísticos, excluindo os da modalidade de ensino

recorrente;

b) Aos alunos dos cursos científico-humanísticos da modalidade de ensino recorrente que

pretendam prosseguir estudos no ensino superior;

c) A todos os alunos dos outros cursos que pretendam prosseguir estudos no ensino

superior.

3 - A avaliação sumativa externa para os alunos dos cursos científico-humanísticos realiza-se no

ano terminal da respetiva disciplina, nos termos seguintes:

a) Na disciplina de Português da componente de formação geral;

b) Na disciplina trienal da componente de formação específica;

c) Em duas disciplinas bienais da componente de formação específica, ou numa das

disciplinas bienais da componente de formação específica e na disciplina de Filosofia da

componente de formação geral, de acordo com a opção do aluno.

4 - A avaliação sumativa externa dos alunos dos cursos profissionais realiza-se nos termos

seguintes:

a) Na disciplina de Português da componente de formação geral dos cursos científico-

humanísticos;

b) Numa disciplina trienal da componente de formação específica, escolhida de entre as que

compõem os planos de estudo dos vários cursos científico-humanísticos;

c) Numa disciplina bienal da componente de formação específica, escolhida de entre as que

compõem os planos de estudo dos vários cursos científico-humanísticos.

5 - É facultada aos alunos dos cursos regulados pelo presente diploma a realização dos exames a

que se referem os nos

3, 4 e 5 na qualidade de autopropostos, de acordo com as disposições do

Regulamento de Exames do Ensino Secundário em vigor.

6 - Em todas as disciplinas constantes dos planos de estudo são atribuídas classificações na escala

de 0 a 20 valores.

Artigo 74.º - Avaliação Sumativa Interna

1 - A avaliação sumativa interna destina-se a:

a) Informar o aluno e ou o seu encarregado de educação sobre o desenvolvimento da

aprendizagem em cada disciplina;

b) Tomar decisões sobre o percurso escolar do aluno.

2 - A avaliação sumativa interna realiza-se:

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a) Através da formalização em reuniões do conselho de turma no final dos 1.º, 2.º e 3.º

períodos letivos;

b) Através de provas de equivalência à frequência.

Artigo 75.º - Formalização da Avaliação Sumativa Interna

1 - A avaliação sumativa interna é formalizada em reuniões do conselho de turma, no final dos

1.º, 2.º e 3.º períodos letivos, tendo, no final do 3.º período, as seguintes finalidades:

a) Apreciação global do trabalho desenvolvido pelo aluno e do seu aproveitamento ao longo

do ano;

b) Atribuição, no respetivo ano de escolaridade, de classificação de frequência ou de

classificação final nas disciplinas;

c) Decisão, conforme os casos, sobre a progressão nas disciplinas ou transição de ano, bem

como sobre a aprovação em disciplinas terminais, dos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, não

sujeitas a exame final nacional no plano de estudos do aluno.

2 - A avaliação sumativa interna é da responsabilidade conjunta e exclusiva dos professores que

compõem o conselho de turma, sob critérios aprovados pelo Conselho Pedagógico de acordo com o

disposto no n.º 1 do artigo 6.º, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

3 - A classificação a atribuir a cada aluno é proposta ao conselho de turma pelo professor de cada

disciplina.

4 - A decisão quanto à classificação final a atribuir a cada aluno é da competência do conselho de

turma que, para o efeito, aprecia a proposta apresentada por cada professor, as informações que a

suportam e a situação global do aluno.

5 - Compete ao diretor de turma coordenar o processo de tomada de decisões relativas a esta

forma de avaliação sumativa e garantir tanto a sua natureza globalizante como o respeito pelos

critérios de avaliação referidos no n.º 1 do artigo 6.º, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

Artigo 76.º - Provas de Equivalência à Frequência

1 - As disciplinas em que existem provas de equivalência à frequência são as que constam do

anexo X, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto, no qual se define igualmente a duração das

respetivas provas.

2 - Podem realizar provas de equivalência à frequência os candidatos autopropostos, nos termos

definidos nos números seguintes.

3 - Para todos os efeitos previstos no presente diploma, consideram-se autopropostos os

candidatos que se encontrem em qualquer das seguintes situações:

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a) Pretendam validar os resultados obtidos na frequência de estabelecimentos do ensino

particular e cooperativo não dotados de autonomia ou de paralelismo pedagógico, de seminário

não abrangido pelo disposto no Decreto–Lei n.º 293-C/86, de 12 de setembro, ou de ensino

individual ou doméstico;

b) Tenham estado matriculados no ano terminal da disciplina a que respeita o exame ou

prova e anulado a matrícula até ao 5.º dia útil do 3.º período letivo;

c) Pretendam obter aprovação em disciplina cujo ano terminal frequentaram sem aprovação;

d) Pretendam obter aprovação em disciplinas do mesmo curso ou de curso diferente do

frequentado e nas quais nunca tenham estado matriculados, desde que estejam ou tenham estado

matriculados no ano curricular em que essas disciplinas são terminais;

e) Não tendo estado matriculados no ensino público ou no ensino particular e cooperativo

ou, tendo estado matriculados, tenham anulado a matrícula em todas as disciplinas até ao 5.º dia

útil do 3.º período, possuam o 3.º ciclo do ensino básico ou outra habilitação equivalente e reúnam

as condições de admissão à prova de equivalência à frequência.

4 - Os candidatos a que se refere a alínea e) do número anterior podem ser admitidos à prestação

de provas de equivalência à frequência dos 11.º e 12.º anos de escolaridade.

5 - Os alunos que se encontram a frequentar o 11.º ou 12.º anos de escolaridade, e no mesmo

ano letivo se matricularam em disciplinas plurianuais em que não tenham progredido no 10.º ou 11.º

anos de escolaridade, podem ser admitidos à prova de equivalência à frequência dessas disciplinas, ou

ao exame final nacional, conforme o caso, desde que estejam ou tenham estado matriculados no ano

curricular em que essas disciplinas são terminais, não determinando a eventual reprovação nesta

prova a anulação da classificação obtida na frequência do ano ou anos curriculares anteriores.

6 - Os alunos excluídos por faltas em qualquer disciplina, de acordo com o n.º 2 do artigo 4.º, da

Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto, só podem apresentar-se à respetiva prova de equivalência à

frequência no mesmo ano letivo, na 2.ª fase.

7 - Aos alunos do 11.º ano é autorizada a realização de quaisquer provas de equivalência à

frequência de disciplinas terminais não sujeitas a exame final nacional do plano de estudos a que

pertençam.

8 - Aos alunos do 12.º ano, para efeitos de conclusão de curso, é facultada a apresentação a

provas de equivalência à frequência em qualquer disciplina, independentemente do ano do plano de

estudos a que pertençam.

9 - Os alunos aprovados em disciplinas terminais dos 11.º e 12.º anos de escolaridade que

pretendam melhorar a sua classificação podem requerer, para esse efeito, a realização de provas de

equivalência à frequência ou de exames finais nacionais na 2.ª fase do ano em que concluíram as

referidas disciplinas e em ambas as fases do ano escolar seguinte, apenas sendo considerada a nova

classificação se for superior à anteriormente obtida.

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10 - Para efeito de melhoria de classificação, são válidas somente as provas prestadas em

disciplinas com os mesmos programas e do plano de estudos em que o aluno obteve a primeira

aprovação.

11 - Não é permitida a realização de provas de equivalência à frequência para melhoria de

classificação em disciplinas cuja aprovação foi obtida noutros sistemas de ensino ou concedida

mediante despacho de equivalência, sem prejuízo do número seguinte.

12 - Nos cursos científico-humanísticos a mudança de curso com recurso ao regime de

equivalências será objeto de regulamentação própria, nomeadamente no que respeita às condições de

melhoria de classificação, de acordo com as condições gerais definidas na Portaria nº 243/2012 de 10

de agosto.

13 - Os procedimentos específicos a observar no desenvolvimento das provas de equivalência à

frequência são objeto de regulamentação própria a aprovar por despacho do membro do Governo

responsável pela área da educação.

Artigo 77.º - Disciplinas com Oferta de Exame Final Nacional

1 - Na disciplina bienal de Filosofia da componente de formação geral e nas disciplinas bienais da

componente de formação específica, havendo oferta de exame final nacional, não há lugar à

realização de provas de equivalência à frequência.

Artigo 78.º - Avaliação Sumativa Externa

1 - A avaliação sumativa externa destina-se a aferir o grau de desenvolvimento da aprendizagem

dos alunos, mediante o recurso a instrumentos de avaliação definidos a nível nacional.

2 - A avaliação sumativa externa realiza-se através de exames finais nacionais, organizados pelo

serviço ou entidade do Ministério da Educação e Ciência designado para o efeito.

3 - Podem realizar exames finais nacionais os alunos internos, nos termos definidos no número

seguinte, e os candidatos autopropostos para a realização de provas de equivalência à frequência, nos

termos definidos no artigo 76.º.

4 - Para todos os efeitos previstos, são internos em cada disciplina os alunos que a frequentem

até ao final do ano letivo, em estabelecimento de ensino público ou do ensino particular e

cooperativo dotado de autonomia ou de paralelismo pedagógico, ou ainda em seminário abrangido

pelo disposto no Decreto-Lei n.º 293-C/86, de 12 de setembro, e que reúnam as condições de

admissão a exame previstas no n.º 7, do presente artigo.

5 - Os exames finais nacionais realizam-se nos termos definidos no n.º 3 do artigo 29.º do

Decreto–Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, e incidem sobre os programas e metas curriculares relativos à

totalidade dos anos de escolaridade em que a disciplina é lecionada.

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6 - Os exames finais nacionais a que se referem os números anteriores, bem como a respetiva

duração, constam do anexo XI, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

7 - Podem apresentar-se à realização de exames finais nacionais os alunos internos que, na

avaliação interna da disciplina, a cujo exame se apresentam, tenham obtido uma classificação igual ou

superior a 8 valores no ano terminal e a 10 valores na classificação interna final, calculada através da

média aritmética simples, arredondada às unidades, das classificações de cada um dos anos em que a

disciplina foi ministrada.

8 - A opção pela realização de exame final nacional nas duas disciplinas bienais da componente

de formação específica ou numa dessas disciplinas e na disciplina de Filosofia da componente de

formação geral obedece às seguintes regras:

a) É realizada nos prazos de inscrição para admissão às provas dos exames finais nacionais do

ensino secundário;

b) No momento previsto na alínea anterior é indicada a disciplina bienal da componente de

formação específica em que o aluno realiza o exame final nacional, no caso de opção pela

realização de exame final nacional a uma das disciplinas da componente de formação específica, e

a disciplina de Filosofia da componente de formação geral.

9 - A opção prevista no número anterior pode ser alterada no ano ou anos letivos seguintes,

desde que o aluno ainda não tenha concluído nenhuma das disciplinas relativamente às quais

pretende alterar a decisão de realização de exame final nacional.

10 - Os candidatos a que se refere a alínea e) do n.º 3 do artigo 76.º. podem apresentar-se à

realização de exames finais nacionais dos 11.º e 12.º anos de escolaridade.

11 - Os alunos excluídos por faltas em qualquer disciplina, de acordo com o n.º 2 do artigo 4.º da

Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto, só podem apresentar-se ao respetivo exame final nacional no

mesmo ano letivo, na 2.ª fase, na qualidade autopropostos.

12 - Aos alunos do 11.º ano é autorizada a realização de exames finais nacionais a qualquer

disciplina sujeita a exame nacional e terminal neste ano de escolaridade.

13 - Aos alunos do 12.º ano, para efeitos de conclusão de curso, é facultada a apresentação a

exame final nacional em qualquer disciplina, independentemente do ano do plano de estudos a que

pertençam.

14 - Os alunos aprovados em disciplinas terminais do 11.º ou do 12.º ano de escolaridade sujeitas

a exame nacional que pretendam melhorar a sua classificação podem requerer, para esse efeito,

exame final nacional na 2.ª fase do ano em que concluíram a disciplina e em ambas as fases do ano

escolar seguinte, apenas sendo considerada a nova classificação se for superior à anteriormente

obtida.

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15 - Para efeito de melhoria de classificação, são válidos somente os exames prestados em

disciplinas com o mesmo programa e do plano de estudo em que o aluno obteve a primeira

aprovação.

16 - Não é permitida a realização de exames de melhoria de classificação em disciplinas cuja

aprovação foi obtida noutros sistemas de ensino ou concedida mediante despacho de equivalência,

sem prejuízo do disposto no número seguinte.

17 - Nos cursos científico-humanísticos a mudança de curso com recurso ao regime de

equivalência será objeto de regulamentação própria a aprovar pelo membro do Governo responsável

pela área da educação, e de acordo com as condições gerais definidas na Portaria nº 243/2012 de 10

de agosto.

18 - Os procedimentos específicos a observar no desenvolvimento da avaliação sumativa externa

são objeto de regulamentação própria, a aprovar por despacho pelo membro do Governo responsável

pela área da educação.

Artigo 79.º - Candidatos com Necessidades Educativas Especiais de Caráter Permanente

1 - Os candidatos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, devidamente

comprovadas, prestam em cada curso as provas de exame previstas para os restantes examinandos,

podendo, no entanto, beneficiar de condições especiais de avaliação, ao abrigo da legislação em

vigor.

Artigo 80.º - Classificação Final das Disciplinas

1 - A classificação final das disciplinas não sujeitas a exame final nacional no plano de estudo do

aluno é obtida da seguinte forma:

a) Nas disciplinas anuais, pela atribuição da classificação obtida na frequência;

b) Nas disciplinas plurianuais, pela média aritmética simples das classificações obtidas na

frequência dos anos em que foram ministradas, com arredondamento às unidades.

2 - A classificação final das disciplinas sujeitas a exame final nacional no plano de estudo do

aluno é o resultado da média ponderada, com arredondamento às unidades, da classificação obtida

na avaliação interna final da disciplina e da classificação obtida em exame final nacional, de acordo

com a seguinte fórmula:

CFD = (7 CIF + 3 CE)/10

em que:

CFD = classificação final da disciplina;

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CIF = classificação interna final, obtida pela média aritmética simples, com arredondamento às

unidades, das classificações obtidas na frequência dos anos em que a disciplina foi ministrada;

CE = classificação em exame final.

3 - A classificação final em qualquer disciplina pode também obter-se pelo recurso à realização

exclusiva de provas de equivalência à frequência ou exames finais nacionais, conforme os casos, nos

termos definidos na Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto, sendo a classificação final, em caso de

aprovação, a obtida na prova ou no exame.

Artigo 81.º - Classificação Final de Curso

1 - A classificação final do curso é o resultado da média aritmética simples com arredondamento

às unidades da classificação final obtida pelo aluno em todas as disciplinas do plano de estudos do

respetivo curso.

2 - A classificação na disciplina de Educação Física é considerada para efeitos de conclusão do

nível secundário de educação mas não entra no apuramento da média final, exceto quando o aluno

pretenda prosseguir estudos nessa área.

3 - A disciplina de Educação Moral e Religiosa não é considerada para efeitos de apuramento da

classificação a que se refere o n.º 1.

Artigo 82.º - Situações Especiais de Classificação

1 - Sempre que, em qualquer disciplina anual, o número de aulas ministradas durante todo o ano

letivo não tenha atingido o número previsto para oito semanas completas, considera-se o aluno

aprovado, sem atribuição de classificação nessa disciplina.

2 - Para obtenção de classificação no caso referido no número anterior, o aluno pode repetir a

frequência da disciplina, de acordo com as possibilidades da escola, ou requerer prova de equivalência

à frequência.

3 - Caso a situação prevista no número anterior ocorra em disciplinas plurianuais não sujeitas a

exame final nacional no plano de estudo do aluno, considera-se o aluno aprovado ou em condições

de progredir na disciplina, conforme se trate ou não de ano terminal da mesma, sem atribuição de

classificação nesse ano curricular e sem prejuízo do disposto no número seguinte.

4 - Para efeitos de atribuição de classificação final de disciplina, nos casos referidos no número

anterior, considera-se a classificação obtida ou a média aritmética simples, arredondada às unidades,

das classificações obtidas no(s) ano(s) em que foi atribuída classificação, exceto se a classificação final

for inferior a 10 valores, caso em que o aluno deverá realizar prova de equivalência à frequência.

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5 - Para obtenção de classificação anual de frequência nos casos referidos no n.º 3, o aluno pode

repetir a frequência da disciplina, de acordo com as possibilidades da escola, ou ainda, nos casos em

que a situação ocorra no ano terminal da mesma, requerer prova de equivalência à frequência.

6 - Sempre que, em qualquer disciplina sujeita a exame final nacional no plano de estudo do

aluno, o número de aulas lecionadas durante todo o ano letivo não tenha atingido o número previsto

para oito semanas completas, o aluno é admitido a exame ou progride sem classificação nesse ano

curricular, consoante se trate ou não de ano terminal da mesma, sendo a classificação interna final da

disciplina igual à classificação obtida em exame ou à média aritmética simples, arredondada às

unidades, das classificações anuais de frequência obtidas no(s) ano(s) em que foi atribuída

classificação.

7 - Para obtenção de classificação anual de frequência nos casos referidos no número anterior, o

aluno pode repetir a frequência da disciplina, de acordo com as possibilidades da escola, exceto

quando se trate de ano terminal da mesma.

8 - Nas situações referidas nos n.os

2, 5 e 7, apenas será considerada a classificação obtida se o

aluno beneficiar da mesma.

9 - Se, por motivo da exclusiva responsabilidade da escola ou por falta de assiduidade motivada

por doença prolongada, ou por impedimento legal devidamente comprovado, não existirem, em

qualquer disciplina, elementos de avaliação sumativa interna respeitantes ao 3.º período letivo, a

classificação anual de frequência é a obtida no 2.º período letivo.

10 - Sempre que, por falta de assiduidade motivada por doença prolongada, ou por impedimento

legal devidamente comprovado, o aluno frequentar as aulas durante um único período letivo, fica

sujeito à realização de uma prova extraordinária de avaliação em cada disciplina, exceto naquelas em

que realizar, no ano curricular em causa, de acordo com o seu plano de estudo, exame final nacional,

nos termos previstos no anexo XII, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

11 - Para efeitos do número anterior, a classificação anual de frequência a atribuir a cada disciplina

é a seguinte:

CAF = (CF + PEA)/2

em que:

CAF = classificação anual de frequência;

CF = classificação de frequência do período frequentado;

PEA = classificação da prova extraordinária de avaliação.

12 - A prova extraordinária de avaliação deverá abranger a totalidade do programa do ano

curricular em causa, sendo os procedimentos específicos a observar no seu desenvolvimento os que

constam do anexo III, da Portaria nº 243/2012 de 10 de agosto.

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13 - Quando a disciplina é sujeita, no ano curricular em causa, a exame final nacional no plano de

estudo do aluno, considera-se a classificação do período frequentado como classificação anual de

frequência da disciplina.

14 - Se a classificação interna final, calculada nos termos do número anterior, for inferior a 10

valores, esta não é considerada para efeitos do cálculo da classificação final da disciplina, prevista no

n.º 2 do artigo 80.º.

15 - Sempre que a obtenção de aprovação na disciplina implique a realização de exame nacional, o

aluno não é dispensado da respetiva prestação.

16 - Se, por motivo da exclusiva responsabilidade da escola, apenas existirem em qualquer

disciplina elementos de avaliação respeitantes a um dos três períodos letivos, os alunos podem optar

entre:

a) Ser-lhes considerada como classificação anual de frequência a obtida nesse período;

b) Não lhes ser atribuída classificação anual de frequência nessa disciplina.

17 - Na situação prevista na alínea b) do número anterior observa-se o seguinte:

a) No caso de disciplinas anuais considera-se o aluno aprovado, sem atribuição de

classificação;

b) No caso de disciplinas plurianuais não sujeitas a exame nacional no plano de estudo do

aluno, considera–se o aluno aprovado ou em condições de progredir na disciplina, conforme se

trate ou não do ano terminal da mesma, sem atribuição de classificação nesse ano curricular, sem

prejuízo do disposto na alínea seguinte;

c) Para efeitos de atribuição de classificação final de disciplina, nos casos referidos na alínea

anterior, considera-se a classificação obtida ou a média aritmética simples, arredondada às

unidades, das classificações obtidas no(s) ano(s) em que foi atribuída classificação, exceto se a

classificação final for inferior a 10 valores, caso em que o aluno deverá realizar prova de

equivalência à frequência;

d) No caso de disciplinas sujeitas a exame final nacional no plano de estudo do aluno, este é

admitido a exame ou progride sem classificação nesse ano curricular, consoante se trate ou não de

ano terminal da mesma, sendo a classificação interna final da disciplina igual à classificação obtida

em exame ou à média aritmética simples, arredondada às unidades, das classificações anuais de

frequência obtidas no(s) ano(s)em que foi atribuída classificação, sem prejuízo da alínea seguinte;

e) Se a classificação interna final, calculada nos termos da alínea anterior, for inferior a 10

valores, esta não é considerada para efeitos do cálculo da classificação final da disciplina, prevista

no n.º 2 do artigo 80.º

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Artigo 83.º - Aprovação, Transição e Progressão

1 - A aprovação do aluno em cada disciplina depende da obtenção de uma classificação final

igual ou superior a 10 valores.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, a classificação de frequência no ano terminal das

disciplinas plurianuais não pode ser inferior a 8 valores.

3 - A transição do aluno para o ano de escolaridade seguinte verifica-se sempre que a

classificação anual de frequência ou final de disciplina, consoante os casos, não seja inferior a 10

valores a mais que duas disciplinas, sem prejuízo dos números seguintes.

4 - Para os efeitos previstos no número anterior, são consideradas as disciplinas constantes do

plano de estudo a que o aluno tenha obtido classificação inferior a 10 valores, sido excluído por faltas

ou anulado a matrícula.

5 - Na transição do 11.º para o 12.º ano, para os efeitos previstos no n.º 3, são consideradas

igualmente as disciplinas em que o aluno não progrediu na transição do 10.º para o 11.º ano.

6 - Os alunos que transitam para o ano seguinte com classificações inferiores a 10 valores em

uma ou duas disciplinas, nos termos do n.º 3, progridem nesta(s) disciplina(s) desde que a(s)

classificação(ões) obtida(s) não seja(m) inferior(es) a 8 valores, sem prejuízo do disposto no número

seguinte.

7 - Os alunos não progridem em disciplinas em que tenham obtido classificação inferior a 10

valores em dois anos curriculares consecutivos.

8 - Os alunos que não transitam para o ano de escolaridade seguinte nos termos do n.º 3 não

progridem nas disciplinas em que obtiverem classificações inferiores a 10 valores.

9 - Para os efeitos previstos no n.º 3 não é considerada a disciplina de Educação Moral e

Religiosa, desde que frequentada com assiduidade.

10 - Os alunos excluídos por faltas na disciplina de Educação Moral e Religiosa realizam, no final

do 10.º, 11.º ou 12.º ano de escolaridade, consoante o ano em que se verificou a exclusão, uma prova

especial de avaliação, elaborada a nível de escola, de acordo com a natureza da disciplina de

Educação Moral e Religiosa.

11 - A aprovação na disciplina de Educação Moral e Religiosa, nas situações referidas no número

anterior, verifica-se quando o aluno obtém uma classificação igual ou superior a 10 valores.

12 - Nas situações em que o aluno tenha procedido a substituição de disciplinas no seu plano de

estudo, nos termos legalmente previstos, as novas disciplinas passam a integrar o plano de estudo do

aluno, sendo consideradas para efeitos de transição de ano, de acordo com as condições

estabelecidas no presente artigo.

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Artigo 84.º - Constituição e Funcionamento do Conselho de Turma

1 - Para efeitos de avaliação dos alunos, o conselho de turma é constituído por todos os

professores da turma, sendo seu presidente o diretor de turma, e o secretário nomeado pelo órgão de

gestão e administração do agrupamento.

2 - Nos conselhos de turma podem ainda intervir, sem direito a voto, os serviços com

competência em matéria de apoio socioeducativo e serviços ou entidades cuja contribuição o

Conselho Pedagógico considere conveniente.

3 - Sempre que por motivo imprevisto se verificar ausência de um membro do conselho de turma,

a reunião deve ser adiada, no máximo por quarenta e oito horas, de forma a assegurar a presença de

todos.

4 - No caso de a ausência a que se refere o número anterior ser presumivelmente longa, o

conselho de turma reúne com os restantes membros, devendo o respetivo diretor de turma dispor de

todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno, fornecidos pelo professor ausente.

5 - A deliberação final quanto à classificação quantitativa em cada disciplina é da competência do

conselho de turma que, para o efeito, aprecia a proposta apresentada por cada professor, as

informações que a suportam e a situação global do aluno.

6 - As deliberações do conselho de turma devem resultar do consenso dos professores que o

integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação quando se verificar a impossibilidade de

obtenção desse consenso.

7 - No caso de recurso à votação, todos os membros do conselho de turma devem votar

mediante voto nominal, não sendo permitida a abstenção, sendo o voto de cada membro registado

em ata.

8 - A deliberação só pode ser tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do conselho de

turma voto de qualidade, em caso de empate.

9 - Na ata da reunião de conselho de turma devem ficar registadas todas as deliberações e a

respetiva fundamentação.

Artigo 85.º - Registo das Classificações e Ratificação das Deliberações do Conselho de

Turma

1 - As classificações no final dos 1.º, 2.º e 3.º períodos são registadas em pauta, bem como nos

restantes documentos previstos para esse efeito, os quais não devem mencionar, caso existam alunos

com necessidades educativas especiais, a natureza das mesmas.

2 - Em cada ano letivo, o aproveitamento final de cada disciplina é expresso pela classificação

atribuída pelo conselho de turma na reunião de avaliação do 3.º período, devendo aquela classificação

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63

exprimir a apreciação global do trabalho desenvolvido pelo aluno e o seu aproveitamento escolar ao

longo do ano.

3 - As deliberações do conselho de turma carecem de ratificação do responsável do órgão de

gestão e administração do agrupamento.

4 - O responsável do órgão de gestão e administração do agrupamento deve proceder à

verificação das pautas e da restante documentação relativa às reuniões dos conselhos de turma,

assegurando-se do integral cumprimento das disposições em vigor e da observância dos critérios

definidos pelo Conselho Pedagógico, competindo-lhe desencadear os mecanismos necessários à

correção de eventuais irregularidades.

5 - As pautas, após a ratificação prevista no n.º 3, são afixadas em local apropriado no interior da

escola, nelas devendo constar a data da respetiva afixação.

6 - O responsável do órgão de gestão e administração do agrupamento, sempre que o considere

justificado, pode determinar a repetição da reunião do conselho de turma, informando sobre os

motivos que fundamentam tal determinação.

7 - Se, após a repetição da reunião, subsistirem factos que, no entender do responsável do órgão

de gestão e administração do agrupamento, impeçam a ratificação da deliberação do conselho de

turma, deve a situação ser apreciada em reunião do Conselho Pedagógico.

Artigo 86.º - Revisão das Deliberações do Conselho de Turma

1 - Após a afixação das pautas referentes ao 3.º período, o encarregado de educação, ou o aluno,

quando maior de idade, poderá requerer a revisão das deliberações do conselho de turma.

2 - Os pedidos de revisão são apresentados em requerimento devidamente fundamentado em

razões de ordem técnica, pedagógica ou legal, dirigido ao responsável do órgão de gestão do

agrupamento no prazo de cinco dias úteis a contar da data da afixação da pauta com a classificação

da avaliação sumativa interna, podendo o requerimento ser acompanhado dos documentos

considerados pertinentes.

3 - Os requerimentos recebidos depois de expirado o prazo fixado no número anterior, bem

como os que não estiverem fundamentados, serão liminarmente indeferidos.

4 - O responsável do órgão de gestão do agrupamento convoca, nos cinco dias úteis após a

aceitação do requerimento, para apreciação do pedido, uma reunião extraordinária do conselho de

turma.

5 - O conselho de turma, reunido extraordinariamente, aprecia o pedido e delibera sobre o

mesmo, elaborando um relatório pormenorizado, que deve integrar a ata da reunião.

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6 - Nos casos em que o conselho de turma mantenha a sua deliberação, o processo aberto pelo

pedido de revisão é enviado pelo diretor do agrupamento ao Conselho Pedagógico para decisão final,

que deve ser fundamentada, devendo os processos ser instruídos com os seguintes documentos:

a) Requerimento do encarregado de educação (ou do aluno) e documentos apresentados

com o mesmo;

b) Fotocópia da ata da reunião extraordinária do conselho de turma;

c) Fotocópias das atas das reuniões do conselho de turma correspondentes a todos os

momentos de avaliação;

d) Relatório do diretor de turma, do qual constem os contactos havidos com o encarregado

de educação ao longo do ano;

e) Relatório do professor da disciplina visada no pedido de revisão, justificativo da

classificação proposta no 3.º período e do qual constem todos os elementos de avaliação do aluno,

recolhidos ao longo do ano letivo;

f) Ficha de avaliação do aluno relativa aos três períodos letivos.

7 - Da deliberação do Conselho Pedagógico e respetiva fundamentação é dado conhecimento ao

interessado, através de carta registada com aviso de receção, no prazo máximo de 30 dias úteis

contados a partir da data da receção do pedido de revisão.

8 - Da deliberação que recaiu sobre o pedido de revisão pode ser interposto, no prazo de cinco

dias úteis após a data da receção da resposta, recurso hierárquico para os diretores dos serviços

territorialmente competentes do Ministério da Educação e Ciência, quando o mesmo for baseado em

vício de forma existente no processo.

9 - Da decisão do recurso hierárquico não cabe qualquer outra forma de impugnação

administrativa.

Artigo 87.º - Situações Especiais

1 - O conselho de turma de avaliação do 3.º período deve ter em atenção a ocorrência de alguma

das situações especiais previstas no artigo 82.º.

Artigo 88.º - Conclusão

1 - Concluem o nível secundário de educação os alunos que obtenham aprovação em todas as

disciplinas do plano de estudo do respetivo curso.

2 - A conclusão dos cursos científico-humanísticos, excluindo os da modalidade de ensino

recorrente, está dependente da realização, com caráter obrigatório, de exames finais nacionais às

disciplinas sujeitas à modalidade de avaliação sumativa externa.

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3 - A conclusão de um curso é certificada através da emissão de:

a) Um diploma que ateste a conclusão do nível secundário de educação e indique o curso

concluído e a respetiva classificação final;

b) Um certificado que ateste o nível de qualificação, discrimine as disciplinas e as respetivas

classificações finais, bem como as classificações de exame obtidas nas disciplinas em que foi

realizado.

4 - A requerimento do interessado os certificados podem ainda conter um anexo do qual

constem todas as atividades extracurriculares desenvolvidas pelo aluno, designadamente as realizadas

no âmbito de ações de voluntariado.

5 - A requerimento dos interessados, podem ser emitidas pelo órgão de gestão e administração

do agrupamento, em qualquer momento do percurso escolar do aluno, certidões das habilitações

adquiridas, as quais devem discriminar as disciplinas concluídas e respetivas classificações.

6 - Se o aluno, após conclusão de qualquer curso do ensino secundário, frequentar outro curso,

ou outras disciplinas do mesmo ou de outros cursos, a seu pedido e em caso de aproveitamento, será

emitida certidão, da qual conste a classificação obtida nas disciplinas ou, em caso de conclusão de

outro curso, os respetivos diploma e certificado de conclusão.

7 - Se o aluno, após conclusão de qualquer curso do ensino secundário, concluir uma ou mais

disciplinas, cuja frequência seja iniciada no ano seguinte ao da conclusão do curso, a classificação

obtida nas disciplinas referidas pode contar, por opção do aluno, para efeitos de cálculo da média

final de curso, desde que as disciplinas integrem o plano de estudos do curso concluído e sejam

concluídas no período correspondente ao ciclo de estudos das mesmas, devendo nestes casos ser

emitidos novos diploma e certificado.

8 - Nos cursos profissionais, o aluno deve ainda obter aprovação na formação em contexto de

trabalho e na prova de aptidão profissional.

9 - Os modelos de diploma e certificado previstos nos números anteriores são aprovados por

despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

10 - Pela emissão das certidões, prevista no número anterior, é devida uma taxa de montante a

fixar por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da

educação, que constitui receita própria para a escola.

11 - Para a emissão de diplomas e certificados, referidos nos números anteriores, é competente o

órgão de administração e gestão do agrupamento.

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Artigo 89.º - Certificação

1 - Para certificação da conclusão de um curso profissional, de um curso na modalidade de

ensino recorrente ou de um curso vocacional não é considerada a realização de exames finais

nacionais.

2 - No caso de um aluno que, previamente, haja concluído um curso profissional, de ensino

artístico especializado ou científico-humanístico ingressando, em ano letivo posterior, em curso

científico-humanístico na modalidade de ensino recorrente, a classificação final do ensino secundário

a considerar para efeitos de prosseguimento de estudos resulta da avaliação sumativa externa

realizada no ano terminal:

a) Na disciplina de Português da componente da formação geral;

b) Na disciplina trienal da componente de formação geral;

c) Em duas disciplinas bienais da componente de formação específica, ou numa das

disciplinas bienais da componente de formação específica e na disciplina de Filosofia da

componente de formação geral, de acordo com a opção do aluno.

3 - O aluno que, por via do disposto no número anterior, fique com a classificação final do ensino

recorrente indexada às classificações dos exames finais não perde o direito de usar a classificação final

que obteve no curso de origem, nomeadamente para efeitos de prosseguimento de estudos, de

acordo com regime de avaliação desse curso.

4 - A formação obtida nos cursos a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º do Decreto-Lei nº 139/2012

de 5 de julho, é certificada e creditada para efeitos de prosseguimento de estudos de nível secundário

ou superior, conforme a tipologia do curso.

5 - A certificação dos cursos de nível secundário de educação não dispensa o aluno, para efeitos

de candidatura ao ensino superior, do cumprimento dos restantes requisitos a que estiver sujeito.

Artigo 90.º - Condições Especiais e Restrições de Matrícula

1 - Ao aluno que transita de ano com classificação igual a 9 ou 8 valores em uma ou duas

disciplinas é permitida a inscrição em todas as disciplinas do ano de escolaridade seguinte, incluindo

aquela ou aquelas em que obteve essas classificações, sem prejuízo do previsto no número seguinte.

2 - Não é autorizada a inscrição em disciplinas em que o aluno tenha obtido classificação inferior

a 10 valores em dois anos curriculares consecutivos.

3 - É autorizada a anulação de matrícula na disciplina de Educação Moral e Religiosa.

4 - Aos alunos retidos, além da renovação da inscrição nas disciplinas em que não progrediram

ou não obtiveram aprovação, é ainda facultado inscrever-se, nesse ano, em disciplinas do mesmo ano

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de escolaridade em que tenham progredido ou sido aprovados, para efeitos de melhoria de

classificação, a qual só será considerada quando for superior à já obtida.

5 - Aos alunos que transitem de ano não progredindo ou não obtendo aprovação em uma ou

duas disciplinas é autorizada a renovação da matrícula no ano curricular em que se verifica a não

progressão ou aprovação, de acordo com as possibilidades da escola.

6 - O aluno não pode matricular-se mais de três vezes para frequência do mesmo ano de

escolaridade do curso em que está inserido, podendo, todavia, fazê-lo noutro curso de nível

secundário de educação, sem prejuízo do número seguinte.

7 - Na situação em que à data do início do ano escolar os alunos já tenham atingido os 18 anos

de idade não é permitida em caso algum a frequência pela terceira vez do mesmo curso no mesmo

ano de escolaridade.

8 - Os alunos que tenham completado 20 anos de idade até à data de início do ano escolar só

podem matricular-se em cursos do ensino recorrente ou noutras ofertas de educação destinadas a

adultos.

9 - Excetuam-se do número anterior os alunos que tenham transitado de ano e não tenham

interrompido estudos no último ano escolar.

10 - Aos alunos que não concluam o ensino secundário por não terem obtido aprovação em uma

ou duas disciplinas do 11.º ano de escolaridade e ou por não terem completado o 12.º ano de

escolaridade é permitida, para além da renovação da inscrição nas disciplinas em que não obtiveram

aprovação, a inscrição em disciplinas do 12.º ano de escolaridade para efeitos de melhoria de

classificação, de acordo com as possibilidades da escola.

Artigo 91.º - Reclamação e Recursos

As decisões referentes às provas de equivalência à frequência e aos exames finais nacionais são

passíveis de impugnação administrativa nos termos legalmente previstos.

Subsecção IV - Avaliação dos Alunos de outras Ofertas Formativas

Artigo 92.º - Avaliação

A avaliação dos alunos de outras ofertas formativas – cursos vocacionais, cursos profissionais,

cursos de educação e formação de adultos, ensino recorrente – é feita de acordo com as normas

estabelecidas em regulamentos próprios.

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Secção IV - Estatuto do Pessoal Docente

Subsecção I - Conteúdo Funcional da Atividade Docente

Artigo 93.º - Disposições Gerais

1 - As funções do pessoal docente são exercidas com responsabilidade profissional e autonomia

técnica e científica, sem prejuízo do número seguinte.

2 - O docente desenvolve a sua atividade profissional de acordo com as orientações de política

educativa e observando as exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações

programáticas ou curriculares em vigor, bem como do projeto educativo do agrupamento.

3 - São funções do pessoal docente em geral:

a) Lecionar as disciplinas, matérias e cursos para que se encontra habilitado de acordo com as

necessidades educativas dos alunos que lhe estejam confiados e no cumprimento do serviço

docente que lhe seja atribuído;

b) Planear, organizar e preparar as atividades letivas dirigidas à turma ou grupo de alunos nas

áreas disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas

c) Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens e

participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;

d) Elaborar recursos e materiais didático–pedagógicos e participar na respetiva avaliação;

e) Promover, organizar e participar em todas as atividades complementares, curriculares e

extracurriculares, incluídas no plano de atividades ou projeto educativo do agrupamento, dentro e

fora do recinto escolar;

f) Organizar, assegurar e acompanhar as atividades de enriquecimento curricular dos alunos;

g) Assegurar as atividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamento de

alunos determinados pela administração educativa e cooperar na deteção e acompanhamento de

dificuldades de aprendizagem;

h) Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respetivos

pais e encarregados de educação;

i) Facultar orientação e aconselhamento em matéria educativa, social e profissional dos

alunos, em colaboração com os serviços especializados de orientação educativa;

j) Participar nas atividades de avaliação do agrupamento;

k) Orientar a prática pedagógica supervisionada a nível do agrupamento;

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l) Participar em atividades de investigação, inovação e experimentação científica e

pedagógica;

m) Organizar e participar, como formando ou formador, em ações de formação contínua e

especializada;

n) Desempenhar as atividades de coordenação administrativa e pedagógica que não sejam

exclusivas dos docentes posicionados no 4.º escalão ou superior.

Subsecção II - Direitos do Pessoal Docente

Artigo 94.º - Direitos Gerais e Profissionais

1 - São garantidos ao pessoal docente os direitos estabelecidos para os funcionários e agentes do

Estado em geral, bem como os direitos profissionais decorrentes do Estatuto da Carreira Docente.

2 - São direitos profissionais específicos do pessoal docente:

a) Direito de participação no processo educativo;

b) Direito à formação e informação para o exercício da função educativa;

c) Direito ao apoio técnico, material e documental;

d) Direito à segurança na atividade profissional;

e) Direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas famílias

e demais membros da comunidade educativa;

f) Direito à colaboração das famílias e da comunidade educativa no processo de educação

dos alunos;

g) Direito à negociação coletiva nos termos legalmente estabelecidos.

Artigo 95.º - Direito de Participação no Processo Educativo

1 - O direito de participação exerce-se no quadro do sistema educativo, da escola e da relação

com a comunidade;

2 - O direito de participação que pode ser exercido a título individual ou coletivo, nomeadamente

através das organizações profissionais e sindicais do pessoal docente, compreende:

a) O direito a emitir opiniões e recomendações sobre as orientações e o funcionamento do

agrupamento e do sistema educativo;

b) O direito a participar na definição das orientações pedagógicas ao nível do agrupamento e

ou das suas estruturas de coordenação;

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c) O direito à autonomia técnica e científica e à liberdade de escolha dos métodos de ensino,

das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados,

no respeito pelo currículo nacional, pelos programas e pelas orientações programáticas curriculares

ou pedagógicas em vigor;

d) O direito a propor inovações e participar em experiências pedagógicas, bem como nos

respetivos processos de avaliação;

e) O direito de eleger e ser eleito para órgãos colegiais ou singulares do agrupamento, nos

casos em que a legislação sobre a sua gestão e administração o preveja;

3 - O direito de participação pode ainda ser exercido, através das organizações profissionais e

sindicais do pessoal docente, em órgãos que, no âmbito nacional ou regional autónomo ou regional,

prevejam a representação do pessoal docente.

Artigo 96.º - Direito à Formação e Informação para o Exercício da Função Educativa

1 - O direito à formação e informação para o exercício da função educativa é garantido:

a) Pelo acesso a ações de formação contínua regulares destinadas a atualizar e aprofundar os

conhecimentos e as competências profissionais dos docentes;

b) Pelo apoio à autoformação, de acordo com os respetivos planos individuais de formação.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o direito à formação e informação para o

exercício da função educativa pode também visar objetivos de reconversão profissional, bem como de

mobilidade e progressão na carreira.

Artigo 97.º – Direito ao Apoio Técnico, Material e Documental

O direito ao apoio técnico, material e documental exerce-se sobre os recursos necessários à

formação e informação do pessoal docente, bem como ao exercício da atividade educativa.

Artigo 98.º - Direito à Segurança na Atividade Profissional

1 - O direito à segurança na atividade profissional compreende:

a) A prevenção e redução dos riscos profissionais, individuais e coletivos, através da adoção

de programas específicos dirigidos à melhoria do ambiente de trabalho e promoção das condições

de higiene, saúde e segurança do posto de trabalho;

b) A prevenção e tratamento das doenças definidas por portaria conjunta dos Ministros da

Educação e da Saúde, como resultando necessária e diretamente do exercício continuado da

função docente;

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2 - O direito à segurança na atividade profissional compreende ainda a penalização da prática de

ofensa corporal ou outra violência sobre o docente no exercício das suas funções ou por causa destas.

Artigo 99.º- Direito à consideração e à colaboração da comunidade educativa

1 - O direito à consideração exerce-se no plano da relação com os alunos, as suas famílias e os

demais membros da comunidade educativa e exprime-se no reconhecimento da autoridade em que o

docente está investido no exercício das suas funções.

2 - O direito à colaboração das famílias e dos demais membros da comunidade educativa,

compreende o direito a receber o seu apoio e cooperação ativa, no quadro da partilha entre todos, da

responsabilidade pelo desenvolvimento e pelos resultados da aprendizagem dos alunos.

Subsecção III - Deveres do Pessoal Docente

Artigo 100.º - Deveres Gerais

1 - O pessoal docente está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos para os

funcionários e agentes da Administração Pública em geral.

2 - O pessoal docente, no exercício das funções que lhe estão atribuídas nos termos do Estatuto

da Carreira Docente está ainda obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais:

a) Orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da justiça e da

equidade;

b) Orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu

permanente aperfeiçoamento e tendo como objetivo a excelência;

c) Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação de

laços de cooperação e o desenvolvimento de relações de respeito e reconhecimento mútuo, em

especial entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não docente;

d) Apresentar-se na sala de aula à hora prevista no horário, podendo verificar-se um limite de

tolerância de 10 minutos ao primeiro tempo do dia de aulas de cada um dos estabelecimentos que

integram o agrupamento, podendo haver diferenciação entre os 2º e 3º ciclos da EB2,3 do Maxial;

e) Atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa

perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e profissional e de

aperfeiçoamento do seu desempenho;

f) Participar de forma empenhada nas várias modalidades de formação que frequente,

designadamente nas promovidas pela Administração, e usar as competências adquiridas na sua

prática profissional;

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g) Zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didático-pedagógicos utilizados,

numa perspetiva de abertura à inovação;

h) Desenvolver a reflexão sobre a sua prática pedagógica, proceder à autoavaliação e

participar nas atividades de avaliação do agrupamento;

i) Conhecer, respeitar e cumprir as disposições normativas sobre educação, cooperando com

a administração educativa na prossecução dos objetivos decorrentes da política educativa, no

interesse dos alunos e da sociedade.

Artigo 101.º - Deveres para com os Alunos

1 - Constituem deveres específicos dos docentes relativamente aos seus alunos:

a) Respeitar a dignidade pessoal e as diferenças culturais dos alunos, valorizando os

diferentes saberes e culturas, prevenindo processos de exclusão e discriminação;

b) Promover a formação e a realização integral dos alunos, estimulando o desenvolvimento

das suas capacidades, a sua autonomia e criatividade;

c) Promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade das

aprendizagens, de acordo com os respetivos programas curriculares e atendendo à diversidade dos

seus conhecimentos e aptidões;

d) Organizar e gerir o processo ensino-aprendizagem, adotando estratégias de diferenciação

pedagógica suscetíveis de responder às necessidades individuais dos alunos;

e) Assegurar o cumprimento integral das atividades letivas correspondentes às exigências do

currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares em vigor;

f) Adequar os instrumentos de avaliação às exigências do currículo nacional, dos programas e

das orientações programáticas ou curriculares e adotar critérios de rigor, isenção e objetividade na

sua correção e classificação;

g) Manter a disciplina e exercer a autoridade pedagógica com rigor, equidade e isenção;

h) Cooperar na promoção do bem-estar dos alunos, protegendo-os de situações de violência

física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de pessoas e entidades alheias à

instituição escolar;

i) Colaborar na prevenção e deteção de situações de risco social, se necessário participando-

as às entidades competentes;

j) Respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respetivas famílias.

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Artigo 102.º - Deveres para com o Agrupamento e os outros Docentes

1 - Constituem deveres específicos dos docentes para com o agrupamento e outros docentes:

a) Colaborar na organização do agrupamento, cooperando com a direção e as estruturas de

gestão pedagógica e com o restante pessoal docente e não docente tendo em vista o seu bom

funcionamento;

b) Cumprir os regulamentos, desenvolver e executar os projetos educativos e planos de

atividades e observar as orientações da direção e das estruturas de gestão pedagógica do

agrupamento;

c) Corresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos e

propor medidas de melhoramento e remodelação;

d) Promover o bom relacionamento e a cooperação entre todos os docentes, dando especial

atenção aos que se encontram em início de carreira ou em formação ou que denotem dificuldades

no seu exercício profissional;

e) Partilhar com os outros docentes a informação, os recursos didáticos e os métodos

pedagógicos, no sentido de difundir as boas práticas e de aconselhar aqueles que se encontrem no

início de carreira ou em formação ou que denotem dificuldades no seu exercício profissional;

f) Refletir, nas várias estruturas pedagógicas, sobre o trabalho realizado individual e

coletivamente, tendo em vista melhorar as práticas e contribuir para o sucesso educativo dos

alunos;

g) Cooperar com os outros docentes na avaliação do seu desempenho;

h) Defender e promover o bem estar de todos os docentes, protegendo-os de quaisquer

situações de violência física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de pessoas e

entidades alheias à instituição escolar.

Artigo 103.º - Deveres para com os Pais e Encarregados de Educação

1 - Constituem deveres específicos dos docentes para com os pais e encarregados de educação

dos alunos:

a) Respeitar a autoridade legal dos pais ou encarregados de educação e estabelecer com eles

uma relação de diálogo e cooperação, no quadro da partilha da responsabilidade pela educação e

formação integral dos alunos;

b) Promover a participação ativa dos pais ou encarregados de educação na educação escolar

dos alunos, no sentido de garantir a sua efetiva colaboração no processo de aprendizagem;

c) Incentivar a participação dos pais ou encarregados de educação na atividade do

agrupamento, no sentido de criar condições para a integração bem sucedida de todos os alunos;

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d) Facultar regularmente aos pais ou encarregados de educação a informação sobre o

desenvolvimento das aprendizagens e o percurso escolar dos filhos, bem como sobre quaisquer

outros elementos relevantes para a sua educação;

e) Participar na promoção de ações específicas de formação ou informação para os pais ou

encarregados de educação que fomentem o seu envolvimento na escola com vista à prestação de

um apoio adequado aos alunos.

Subsecção IV – Formação

Artigo 104.º - Formação do Pessoal Docente

1 - A formação do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princípios gerais constantes

do artigo 33.º da Lei de Bases do Sistema Educativo, competindo ao membro do Governo responsável

pela área da educação o respetivo planeamento, coordenação e avaliação global.

2 - A formação de pessoal docente é regulamentada em diploma próprio, sem prejuízo do

disposto nos artigos seguintes.

Artigo 105.º - Modalidades da Formação

A formação do pessoal docente compreende a formação inicial, a formação especializada e a

formação contínua, previstas, respetivamente, nos artigos 34.º, 36.º e 38.º da Lei de Bases do Sistema

Educativo.

Artigo 106.º - Formação inicial

1 - A formação inicial dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e

secundário é a que confere habilitação profissional para a docência no respetivo nível de educação ou

de ensino.

2 - A formação inicial visa dotar os candidatos à profissão das competências e conhecimentos

científicos, técnicos e pedagógicos de base para o desempenho profissional da prática docente nas

seguintes dimensões:

a) Profissional, social e ética;

b) Desenvolvimento do ensino e da aprendizagem;

c) Participação na escola e relação com a comunidade educativa;

d) Desenvolvimento profissional ao longo da vida.

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Artigo 107.º - Formação Especializada

A formação especializada visa a qualificação dos docentes para o desempenho de funções ou

atividades educativas especializadas e é ministrada nas instituições de formação a que se refere o n.º 2

do artigo 36.º da Lei de Bases do Sistema Educativo.

Artigo 108.º - Formação Contínua

1 - A formação contínua destina-se a assegurar a atualização, o aperfeiçoamento, a reconversão e

o apoio à atividade profissional do pessoal docente, visando ainda objetivos de desenvolvimento na

carreira e de mobilidade nos termos do Estatuto da Carreira Docente.

2 - A formação contínua deve ser planeada de forma a promover o desenvolvimento das

competências profissionais do docente.

Artigo 109.º - Ações de Formação Contínua

1 - A formação contínua é realizada de acordo com os planos de formação elaborados pelo

agrupamento tendo em consideração o diagnóstico das necessidades de formação dos respetivos

docentes;

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, deve ainda ser considerada na frequência das

ações de formação contínua a formação de iniciativa individual do docente que contribua para o seu

desenvolvimento profissional.

Subsecção V - Regime Disciplinar

Artigo 110.º - Princípio Geral

Ao pessoal docente é aplicável o Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração

Central, Regional e Local, com as adaptações que a seguir se preveem.

Artigo 111.º - Responsabilidade Disciplinar

1 - Os docentes são disciplinarmente responsáveis perante o órgão de administração e gestão do

agrupamento.

2 - Os membros do órgão de administração e gestão do agrupamento são disciplinarmente

responsáveis perante a tutela.

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Artigo 112.º - Infração Disciplinar

Constitui infração disciplinar a violação, ainda que meramente culposa, de algum dos deveres

gerais ou específicos que incumbem ao pessoal docente.

Artigo 113.º - Processo Disciplinar

1 - A instauração de processo disciplinar é da competência do órgão de administração e gestão

do agrupamento.

2 - Sendo o arguido membro do órgão de administração e gestão do agrupamento, a

competência cabe ao diretor geral de educação.

3 - A instauração de processo disciplinar em consequência de ações inspetivas da inspeção geral

da educação é da competência do inspetor geral da educação, com possibilidade de delegação nos

termos gerais.

4 - A nomeação do instrutor é da competência da entidade que mandar instaurar o processo

disciplinar, nos termos do artigo 51º do Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da

Administração Central, Regional e Local.

5 - A instauração do processo disciplinar, nos termos do nº 1, é comunicada imediatamente à

respetiva delegação regional da inspeção geral da educação, à qual pode ser solicitado o apoio

técnico-jurídico considerado necessário.

6 - Excecionalmente, pode a entidade que mandar instaurar processo disciplinar solicitar à

respetiva delegação regional da inspeção geral da educação, a nomeação do instrutor, com

fundamento na manifesta impossibilidade da sua nomeação.

7 - A suspensão preventiva é proposta pelo órgão de administração e gestão do agrupamento ou

pelo instrutor do processo e decidida pelo diretor geral de educação ou pelo Ministro da Educação,

conforme o arguido seja docente ou membro do órgão de administração e gestão do agrupamento.

8 - O prazo previsto no nº 1 do artigo 54º do Estatuto Disciplinar, aprovado pelo Decreto Lei nº

24/84, de 16 de janeiro, pode ser prorrogado até ao final do ano letivo, sob proposta da entidade

competente para instaurar o processo disciplinar e com os fundamentos previstos na lei.

Artigo 114.º - Aplicação das Penas

1 - A aplicação da pena de repreensão escrita é da competência do órgão de administração e

gestão do agrupamento.

2 - A aplicação das penas de multa, suspensão e inatividade é da competência da tutela.

3 - A aplicação das penas expulsivas é da competência do Ministro da Educação.

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Artigo 115.º - Aplicação de Penas aos Contratados

1 - A aplicação de pena disciplinar de suspensão a docentes não pertencentes aos quadros

determina a não renovação do contrato, podendo implicar a imediata cessação do contrato se o

período de afastamento da função docente for igual ou superior ao período durante o qual, no âmbito

desse contrato, prestou funções.

2 - A aplicação de penas disciplinares expulsivas a docentes não pertencentes aos quadros

determina a incompatibilidade para o exercício de funções docentes nos estabelecimentos de

educação ou de ensino públicos.

Subsecção VI - Avaliação de Desempenho Docente

Artigo 116.º - Princípios Orientadores

1 - A avaliação de desempenho do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princípios

consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo e no respeito pelos princípios e objetivos que

enformam o sistema integrado de avaliação de desempenho da Administração Pública.

2 - A avaliação de desempenho do pessoal docente, visa a melhoria da qualidade do serviço

educativo e das aprendizagens dos alunos, bem como a valorização e o desenvolvimento pessoal e

profissional dos docentes.

Artigo 117.º - Dimensões da Avaliação

A avaliação incide sobre as seguintes dimensões do desempenho do pessoal docente:

a) Científica e pedagógica;

b) Participação na escola e relação com a comunidade educativa;

c) Formação contínua e desenvolvimento profissional.

Artigo 118.º- Elementos de Referência da Avaliação

As dimensões da avaliação referidas no número anterior são apreciadas tendo em consideração os

seguintes elementos de referência da avaliação:

a) Os objetivos e as metas fixadas no Projeto Educativo do agrupamento;

b) Os parâmetros estabelecidos para cada uma das dimensões, aprovados pelo Conselho

Pedagógico;

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c) Os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa são fixados pelo

Ministério da Educação e Ciência.

Artigo 119.º - Natureza da Avaliação

1 - A avaliação do desempenho docente é composta por uma componente interna e externa.

2 - A avaliação interna é efetuada pelo agrupamento do docente e é realizada em todos os

escalões.

3 - A avaliação externa centra-se na dimensão científica e pedagógica e realiza-se através da

observação de aulas por avaliadores externos.

Artigo 120.º - Periodicidade da Avaliação

1 - Os ciclos de avaliação dos docentes integrados na carreira coincidem com o período

correspondente à duração dos escalões da carreira docente.

2 - O processo de avaliação do desempenho dos docentes integrados na carreira deve ser

concluído no final do ano escolar anterior ao do fim do ciclo avaliativo.

3 - O ciclo de avaliação dos docentes em regime de contrato a termo tem como limite mínimo

180 dias de serviço letivo efetivamente prestado:

a) Quando o limite mínimo referido no número anterior resultar da celebração de mais do

que um contrato a termo, a avaliação será realizada pelo agrupamento de escolas ou escola não

agrupada, cujo contrato termine em último lugar, recolhidos os elementos avaliativos das outras

escolas.

4 - O ciclo de avaliação dos docentes em período probatório corresponde ao ano escolar

coincidente com esse período.

Artigo 121.º - Calendarização do Processo de Avaliação

A calendarização do processo de avaliação é elaborada pela Secção da Avaliação do Desempenho

Docente do Conselho Pedagógico (SADD), a qual é constituída pelo diretor que preside e por quatro

docentes eleitos de entre os membros do conselho.

Artigo 122.º - Documentos do Processo de Avaliação

1 - O processo de avaliação é constituído pelos seguintes documentos:

a) O projeto docente (opcional), sendo substituído, para efeitos avaliativos, pelas metas e

objetivos do Projeto Educativo do agrupamento;

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b) O documento de registo de participação nas dimensões a avaliar;

c) O relatório de autoavaliação e o respetivo parecer elaborado pelo avaliador.

Artigo 123.º - Avaliação Final

1 - A Secção de Avaliação do Desempenho Docente do Conselho Pedagógico atribui a

classificação final, após analisar e harmonizar as propostas dos avaliadores, correspondendo ao

resultado da média ponderada das pontuações obtidas nas três dimensões de avaliação.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior são consideradas as seguintes ponderações:

a) 60% para a dimensão científica e pedagógica;

b) 20% para a dimensão participação na escola e relação com a comunidade;

c) 20% para a dimensão formação contínua e desenvolvimento profissional.

3 - Havendo observação de aulas, a avaliação externa representa 70% da percentagem prevista na

alínea a) do número anterior.

Secção V - Pessoal Não Docente

Subsecção I - Direitos do Pessoal não Docente

Artigo 124.º - Direitos Gerais

1 - São garantidos aos funcionários não docentes os direitos estabelecidos para os Funcionários e

Agentes do Estado em geral.

2 - Constituem direitos gerais dos funcionários não docentes:

a) Ser tratado com respeito e correção por todos os membros da comunidade escolar;

b) Ver salvaguardada a sua segurança e respeitada a sua integridade física;

c) Ver respeitada a confidencialidade dos elementos constantes do seu processo individual

de natureza pessoal ou familiar;

d) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento do agrupamento;

e) Ser ouvido, em todos os assuntos que lhe digam respeito, pela direção do agrupamento;

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f) Eleger e ser eleito para órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito do

agrupamento, nos termos da legislação em vigor;

g) Organizar e participar em iniciativas que promovam a sua formação;

h) Participar ativamente na vida do agrupamento;

i) Ser respeitado no exercício das suas funções, tendo direito a que os atos que afetem a sua

dignidade profissional sejam apreciados pela direção do agrupamento;

j) Recorrer à direção do agrupamento quando tenham problemas que não possam ser

resolvidos com o seu superior hierárquico;

k) Ser informado sobre legislação e assuntos referentes à sua profissão, assim como de outros

que lhe digam respeito;

l) Reunirem-se nos espaços do agrupamento mediante prévia autorização para tratarem de

assuntos que lhes digam respeito;

m) Conhecer o RI.

Artigo 125.º - Direitos Específicos

1 - O pessoal não docente goza dos direitos previstos na lei geral aplicável à função pública e

tem o direito específico de participação no processo educativo, o qual se exerce na área do apoio à

educação e ao ensino, na vida do agrupamento e na relação escola-meio e compreende:

a) A participação em discussões públicas relativas ao sistema educativo, com liberdade de

iniciativa;

b) A participação em eleições, elegendo e sendo eleito, para órgãos colegiais do

agrupamento, nos termos da lei.

Subsecção II - Deveres do Pessoal não Docente

Artigo 126.º - Deveres Gerais

1 - Constituem deveres gerais dos funcionários não docentes:

a) Tratar com respeito e correção todos os membros da comunidade educativa;

b) Cumprir os deveres estabelecidos para os funcionários e agentes do Estado em geral;

c) Colaborar na função educativa do agrupamento e na criação de um bom ambiente de

trabalho;

d) Orientar a permanência dos alunos nas instalações escolares nos termos estabelecidos;

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e) Comunicar ao seu superior hierárquico todas as anomalias ou estragos verificados nas

instalações e respetivos equipamentos e mobiliário e todas as ocorrências consideradas graves;

f) Permanecer no local de trabalho durante as horas de serviço;

g) Não entrar nas salas de aula sem a autorização do professor;

h) Receber e entregar com a máxima brevidade todas as comunicações externas e internas;

i) Cumprir com pontualidade os períodos normais de cumprimento de serviços.

Artigo 127.º - Deveres Específicos

1 - Para além dos deveres previstos na lei geral aplicável à função pública, são deveres específicos

do pessoal não docente:

a) Contribuir para a plena formação, realização, bem estar e segurança das crianças e alunos;

b) Contribuir para a correta organização dos estabelecimentos de educação ou de ensino e

assegurar a realização e o desenvolvimento regular das atividades neles prosseguidas;

c) Colaborar ativamente com todos os intervenientes no processo educativo;

d) Zelar pela preservação das instalações e equipamentos escolares e propor medidas de

melhoramento dos mesmos, cooperando ativamente com o órgão executivo da escola na

prossecução desses objetivos;

e) Participar em ações de formação, nos termos da lei, e empenhar-se no sucesso das

mesmas;

f) Cooperar com os restantes intervenientes no processo educativo na deteção de situações

que exijam correção ou intervenção urgente, identificadas no âmbito do exercício continuado das

respetivas funções;

g) Respeitar, no âmbito do dever de sigilo profissional, a natureza confidencial da informação

relativa às crianças, alunos e respetivos familiares e encarregados de educação;

h) Respeitar as diferenças culturais de todos os membros da comunidade escolar.

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Secção VI - Direitos e Deveres dos Pais e Encarregados de Educação

Subsecção I - Direitos dos Pais e Encarregados de Educação

Artigo 128.º - Direitos

1 - Constituem direitos dos pais e encarregados de educação:

a) Serem tratados com respeito e correção por toda a comunidade educativa;

b) Utilizar os serviços existentes no agrupamento para a obtenção de bens e serviços

destinados aos seus educandos;

c) Dirigir-se individual e coletivamente ao diretor do agrupamento para assuntos do seu

interesse, devendo em primeiro lugar contactar o educador de infância, professor titular de turma

ou diretor de turma do seu educando;

d) Ser informado sobre todos os assuntos relevantes para o processo educativo do seu

educando;

e) Comparecer na escola por sua iniciativa e quando for solicitado;

f) Colaborar com os professores;

g) Ver respeitada a confidencialidade dos elementos constantes do processo individual dos

seus educandos de natureza pessoal e familiar;

h) Utilizar as instalações a si destinadas e outras com a devida autorização;

i) Participar através dos seus representantes no processo de elaboração do Projeto Educativo

e do Regulamento Interno e acompanhar o respetivo desenvolvimento e concretização;

j) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento do agrupamento;

k) Ser ouvido, em todos os assuntos que lhe diga respeito, pelos professores, diretores de

turma e órgãos de administração e gestão;

l) Eleger e ser eleito para órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito da

escola nos termos da legislação em vigor;

m) Organizar e participar em iniciativas que promovam a sua formação e informação assim

como dos seus educandos;

n) Conhecer o Regulamento Interno.

2 - Os pais e encarregados de educação têm ainda direito a ser informados sobre todos os

assuntos que lhes digam respeito, nomeadamente:

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a) Modo de organização do plano de estudos dos seus educandos, objetivos essenciais e

critérios de avaliação;

b) Regimes de candidatura a apoios socioeducativos;

c) Iniciativas em que possa participar e de que o agrupamento tenha conhecimento.

Artigo 129.º - Direito à Representação

1 - Os pais e encarregados de educação têm o direito de participar na vida da escola, nos termos

fixados no regime de autonomia, administração e gestão.

2 - Têm também o direito a serem representados de acordo com o estabelecido neste

regulamento.

Artigo 130.º - Direitos Específicos da Associação de Pais e Encarregados de Educação

1 - São direitos específicos da associação de pais e encarregados de educação:

a) Designar os seus representantes para os órgãos de administração e gestão e estruturas de

orientação educativa;

b) Designar os seus representantes para os colégios eleitorais nos termos das disposições

legais em vigor.

2 - Dentro das possibilidades do agrupamento, a associação tem direito às seguintes formas de

apoio:

a) Documentação, bibliografia e informação legislativa sobre assuntos de interesse estudantil;

b) Cedência de material e equipamentos necessários ao desenvolvimento da sua atividade.

Subsecção II - Deveres dos Pais e Encarregados de Educação

Artigo 131.º - Deveres

1 - Os pais e encarregados de educação têm o dever de:

a) Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando;

b) Promover a articulação entre a educação na família e o ensino na escola;

c) Diligenciar para que o seu educando beneficie efetivamente dos seus direitos e cumpra

rigorosamente os deveres que lhe incumbem, com destaque para os deveres de assiduidade, de

correto comportamento escolar e de empenho no processo de aprendizagem;

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d) Contribuir para a criação e execução do Projeto Educativo e do RI do agrupamento e

participar na vida da escola;

e) Cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em especial

quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino e aprendizagem dos seus

educandos;

f) Contribuir para a preservação da disciplina da escola e para a harmonia da comunidade

educativa, em especial quando para tal forem solicitados;

g) Reconhecer e respeitar a autoridade dos professores no exercício da sua profissão e incutir

nos seus filhos ou educandos o dever de respeito para com os professores, o pessoal não docente

e os colegas da escola, contribuindo para a preservação da disciplina e harmonia da comunidade

educativa;

h) Contribuir para o correto apuramento dos factos em procedimento de índole disciplinar

instaurado ao seu educando e, sendo aplicada a este medida corretiva ou medida disciplinar

sancionatória, diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos de reforço da sua formação

cívica, do desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar

com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do seu sentido de

responsabilidade;

i) Contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de todos os

que participam na vida da escola;

j) Integrar ativamente a comunidade educativa no desempenho das demais

responsabilidades desta, em especial, informando-a e informando-se sobre todas as matérias

relevantes no processo educativo dos seus educandos;

k) Comparecer na escola sempre que julgue necessário e quando para tal for solicitado;

l) Conhecer o estatuto do aluno e o RI e subscrever, fazendo subscrever igualmente aos seus

filhos e educandos, declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao

seu cumprimento integral;

m) Indemnizar o agrupamento relativamente a danos patrimoniais causados pelo seu

educando;

n) Manter constantemente atualizados os seus contactos telefónicos, endereço postal e

eletrónico, bem como os do seu educando quando diferentes, informando a escola e os serviços

administrativos do agrupamento em caso de alteração.

2 - Os pais e encarregados de educação são responsáveis pelos deveres de assiduidade,

pontualidade e disciplina dos seus filhos e educandos.

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Artigo 132.º - Incumprimento dos Deveres por parte dos Pais ou Encarregados de

Educação

1 - O incumprimento pelos pais ou encarregados de educação, relativamente aos seus filhos ou

educandos menores ou não emancipados, dos deveres previstos no artigo anterior, de forma

consciente e reiterada, implica a respetiva responsabilização nos termos da lei e do Estatuto do Aluno

e Ética Escolar.

2 - Constitui incumprimento especialmente censurável dos deveres dos pais ou encarregados de

educação:

a) O incumprimento dos deveres de matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade pelos

filhos e ou educandos, bem como a ausência de justificação para tal incumprimento, nos termos

dos n.os

2 a 5 do artigo 22.º, do presente regulamento;

b) A não comparência na escola sempre que os seus filhos e ou educandos atinjam metade

do limite de faltas injustificadas, nos termos do n.º 3 do artigo 24.º, deste regulamento, ou a sua

não comparência ou não pronúncia, nos casos em que a sua audição é obrigatória, no âmbito de

procedimento disciplinar instaurado ao seu filho ou educando, nos termos previstos nos artigos

36.º e 37.º, deste regulamento;

c) A não realização, pelos seus filhos e ou educandos, das medidas de recuperação definidas

pelo agrupamento nos termos do presente Regulamento, das atividades de integração no

agrupamento decorrentes da aplicação de medidas disciplinares corretivas e ou sancionatórias,

bem como a não comparência destes em consultas ou terapias prescritas por técnicos

especializados.

3 - O incumprimento reiterado, por parte dos pais ou encarregados de educação, dos deveres a

que se refere o número anterior, determina a obrigação, por parte do agrupamento, de comunicação

do facto à competente comissão de proteção de crianças e jovens ou ao Ministério Público, nos

termos previstos no Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

4 - O incumprimento consciente e reiterado pelos pais ou encarregado de educação de alunos

menores de idade dos deveres estabelecidos no n.º 2 deste artigo, pode ainda determinar por decisão

da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou do Ministério Público, na sequência da análise

efetuada após a comunicação prevista no número anterior, a frequência em sessões de capacitação

parental, a promover pela equipa multidisciplinar, sempre que possível.

5 - Nos casos em que não seja possível à equipa multidisciplinar promover as ações de

capacitação parental, compete à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou, na sua inexistência,

ao Ministério Público dinamizar as ações a que se refere o número anterior, mobilizando, para o efeito,

o agrupamento, bem como outras entidades.

6 - Tratando-se de família beneficiária de apoios sociofamiliares concedidos pelo Estado, o facto

é também comunicado aos serviços competentes, para efeito de reavaliação, nos termos da legislação

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aplicável, dos apoios sociais que se relacionem com a frequência escolar dos seus educandos e não

incluídos no âmbito da ação social escolar ou do transporte escolar recebidos pela família.

7 - O incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação do disposto na parte final

da alínea b) do n.º 2 do presente artigo presume a sua concordância com as medidas aplicadas ao seu

filho ou educando, exceto se provar não ter sido cumprido, por parte do agrupamento, qualquer dos

procedimentos obrigatórios previstos nos artigos 36.º e 37.º deste regulamento.

Artigo 133.º - Contraordenações

1 - A manutenção da situação de incumprimento consciente e reiterado por parte dos pais ou

encarregado de educação de alunos menores de idade dos deveres a que se refere o n.º 2 do artigo

anterior, aliado à recusa, à não comparência ou à ineficácia das ações de capacitação parental

determinadas e oferecidas nos termos do referido artigo, constitui contraordenação.

2 - As contraordenações previstas no n.º 1 são punidas com coima de valor igual ao valor máximo

estabelecido para os alunos do escalão B do ano ou ciclo de escolaridade frequentado pelo educando

em causa, na regulamentação que define os apoios no âmbito da ação social escolar para aquisição de

manuais escolares.

3 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quando a sanção prevista no presente artigo

resulte do incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação dos seus deveres

relativamente a mais do que um educando, são levantados tantos autos quanto o número de

educandos em causa.

4 - Na situação a que se refere o número anterior, o valor global das coimas não pode

ultrapassar, no mesmo agrupamento e no mesmo ano escolar, o valor máximo mais elevado

estabelecido para um aluno do escalão B do 3.º ciclo do ensino básico, na regulamentação que define

os apoios no âmbito da ação social escolar para a aquisição de manuais escolares.

5 - Tratando-se de pais ou encarregados de educação cujos educandos beneficiam de apoios no

âmbito da ação social escolar, em substituição das coimas previstas nos n.º 2 a 4, a situação será

analisada pelo agrupamento em cada caso concreto, e a decisão será tomada de acordo com cada

situação, entre a direção, o professor titular de turma ou diretor de turma e o encarregado de

educação.

6 - Compete ao diretor geral da administração escolar, por proposta do diretor da escola, a

elaboração dos autos de notícia, a instrução dos respetivos processos de contraordenação, sem

prejuízo da colaboração dos serviços inspetivos em matéria de educação, e a aplicação das coimas.

7 - O produto das coimas aplicadas nos termos dos números anteriores constitui receita própria

do agrupamento.

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8 - Sem prejuízo do estabelecido no n.º 4, a duração máxima da sanção alternativa prevista no n.º

5 é de um ano escolar.

9 - Em tudo o que não se encontrar previsto neste regulamento, são aplicáveis as disposições do

Regime Geral do Ilícito de Mera Ordenação Social.

Artigo 134.º - Deveres Específicos da Associação de Pais e Encarregados de Educação

1 - Participar nas atividades da comunidade educativa.

2 - Promover e apoiar iniciativas que visem a satisfação dos objetivos definidos pela comunidade

escolar.

3 - Colaborar com o órgão de Administração e Gestão do agrupamento.

4 - Cooperar com todas as organizações intervenientes no processo educativo.

Secção VII - Direitos e Deveres da Autarquia

Artigo 135.º - Direitos da Autarquia

1 - São direitos da autarquia:

a) Participar na administração e gestão do agrupamento;

b) Promover e apoiar iniciativas que visem a satisfação dos objetivos do sistema educativo e

da realidade social e cultural em que o agrupamento se insere;

c) Designar os seus representantes para o Conselho Geral;

d) Delegar a competência à junta de freguesia para nomear os seus representantes.

Artigo 136.º - Direitos dos Representantes da Autarquia

1 - São direitos dos representantes da autarquia:

a) Serem tratados com respeito e correção por todos os membros da comunidade educativa;

b) Obter informações gerais de caráter relevante sobre a comunidade educativa;

c) Utilizar as instalações a si destinadas ou outras com a devida autorização do órgão de

gestão;

d) Apresentar críticas e sugestões relativamente ao funcionamento do agrupamento;

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e) Conhecer o RI.

Artigo 137.º - Deveres do Representante da Autarquia

1 - São deveres dos representantes da autarquia:

a) Tratar com respeito e correção todos os membros da comunidade educativa;

b) Cooperar com todos os elementos da comunidade educativa no desenvolvimento de uma

cultura de cidadania;

c) Participar ativamente no Conselho Geral;

d) Conhecer o RI.

Secção VIII - Direitos e Deveres dos Representantes das Atividades

Sociais, Económicas, Culturais e Científicas

Artigo 138.º - Direitos

1 - Constituem direitos dos representantes das atividades sociais, económicas, culturais e

científicas:

a) Ser tratado com respeito e correção por todos os membros da comunidade educativa;

b) Obter informações gerais de caráter relevante sobre a comunidade educativa;

c) Utilizar as instalações a si destinadas ou outras com a devida autorização do órgão de

gestão;

d) Apresentar críticas e sugestões relativamente ao funcionamento do agrupamento;

e) Conhecer o RI.

Artigo 139.º - Deveres

1 - Constituem deveres dos representantes das atividades sociais, económicas, culturais e

científicas:

a) Tratar com respeito e correção todos os membros da comunidade educativa;

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b) Cooperar com todos os elementos da comunidade educativa no desenvolvimento de uma

cultura de cidadania;

c) Participar ativamente no Conselho Geral;

d) Conhecer o RI.

CAPÍTULO III - REGIME DE FUNCIONAMENTO

Secção I - Oferta Educativa

Artigo 140.º - Oferta Educativa

1 - Oferta formativa em regime diurno:

a) Educação pré-escolar;

b) Ensino básico – 1º, 2º e 3º ciclos;

c) Ensino secundário cursos científico-humanísticos:

Curso de ciências e tecnologias

Curso de ciências socioeconómicas

Curso de línguas e humanidades

Curso de artes visuais;

d) Ensino secundário cursos profissionais.

2 - Oferta formativa em regime nocturno:

a) Cursos de educação e formação de adultos de nível básico;

b) Cursos de educação e formação de adultos de nível secundário;

c) Ensino recorrente;

d) Português para falantes de outras línguas.

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Artigo 141.º - Medidas Educativas Dirigidas a Alunos com Necessidades Educativas

Especiais de Caráter Permanente

1 - Apoios pedagógicos personalizados.

2 - Adequações curriculares individuais.

3 - Adequações no processo de matrícula.

4 - Adequações no processo de avaliação.

5 - Construção de currículo específico individual.

6 - Tecnologias de apoio.

Artigo 142.º - Outras Modalidades de Qualificação

1 - Processos de reconhecimento, validação e certificação de competências escolares.

Secção II – Espaços e Instalações

Artigo 143.º – Espaços, Instalações e Equipamentos

1 - Os edifícios, instalações e outros espaços integrantes do AEHN, assim como os seus

equipamentos, destinam-se a ser utilizados para fins educativos de acordo com as atividades escolares

programadas, sendo a gestão dos mesmos da responsabilidade do diretor do AEHN, sem prejuízo de

emissão de pareceres por parte do Conselho Pedagógico.

2 - Os espaços, instalações e equipamentos do AEHN poderão ser utilizados para outros fins, no

âmbito da abertura da escola à comunidade, desde que devidamente autorizados e no respeito pelos

princípios consignados no Projeto Educativo do AEHN.

3 - A afixação ou distribuição de cartazes, panfletos, desdobráveis ou outros produtos

informativos similares carece de prévia autorização.

Secção III – Segurança e Acesso ao Espaços Escolares

Artigo 144.º - Segurança

1 - Em caso de acidente, compete ao professor da turma/educador e/ou assistente operacional

fazer uma rápida avaliação da situação:

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a) Caso se trate de um ferimento ligeiro, ao aluno serão prestados os primeiros socorros;

b) Em caso de dúvida sobre a gravidade da lesão, o aluno deverá ser conduzido ao Centro

Hospitalar de Torres Vedras, sendo acompanhado de um assistente operacional, caso exista no

estabelecimento, e em simultâneo devem ser avisados os pais/encarregados de educação e a

escola sede;

c) Caso não exista assistente operacional na escola/jardim de infância, o órgão de gestão do

agrupamento deverá providenciar, no início do ano letivo, juntamente com os encarregados de

educação uma forma de colmatar essa situação.

2 - Na ocorrência de alguma situação de emergência (tremor de terra, desmoronamento,

incêndio, explosão, etc.), são recomendadas a manutenção de calma e o cumprimento escrupuloso

dos procedimentos indicados pelo plano de emergência da escola, que deve ser divulgado e testado

junto de todos os utentes.

3 - O órgão de gestão não se responsabiliza pelos valores desaparecidos a qualquer elemento da

comunidade escolar no interior dos estabelecimentos de educação/ensino, ficando os mesmos à

responsabilidade do respetivo proprietário.

4 - Sempre que se torne necessária a toma de medicamentos no estabelecimento de

educação/ensino, ou em situações de doença crónica, o encarregado de educação deverá informar o

docente, apresentando uma declaração onde conste o nome do medicamento e a respetiva

prescrição, devidamente datada e assinada. Esta declaração poderá ser substituída por uma fotocópia

da prescrição médica assinada pelo encarregado de educação.

Artigo 145.º - Acesso dos Membros da Comunidade Educativa

1 - O acesso aos jardins de infância depende da autorização do coordenador ou do interlocutor

do estabelecimento.

2 - O acesso ao espaço escolar implica a utilização do cartão eletrónico de identificação,

documento que identifica todos os utentes - alunos, pessoal docente e pessoal não docente - das

escolas Henriques Nogueira e EB 2/3 do Maxial, sendo este necessário também para a utilização dos

diferentes serviços.

3 - As pessoas que pretendam aceder aos serviços do Centro para a Qualificação e o Ensino

Profissional deverão identificar-se à entrada onde lhes será entregue cartão de visitante.

4 - O acesso à escola é condicionado aos pais e encarregados de educação dos alunos que a

frequentam e a outras pessoas, devendo os interessados identificar a pessoa ou serviço que

pretendem contactar.

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5 - A entrada na escola é interdita a todas as pessoas que recusem indicar a pessoa ou serviço

que desejam contactar.

6 - Qualquer professor ou funcionário não docente em exercício de funções na escola pode exigir

identificação dos alunos e indagar as razões da permanência de estranhos no recinto escolar.

7 - Poderá ser impedido o acesso às instalações escolares a pessoas que:

a) pretendam dirigir-se a serviços que estejam encerrados naquele horário;

b) evidenciem atitudes e ou comportamentos passíveis de risco de perturbação do bom

funcionamento dos espaços e instalações.

8 - Os alunos não devem permanecer:

a) junto das salas de aula enquanto estas decorrem;

b) junto das diversas áreas de serviços caso não pretendam aceder a estes;

c) junto às vedações a dialogar com pessoas estranhas à escola, só o podendo fazer na

portaria, na presença de um funcionário.

9 - A autorização de saída do aluno da educação pré-escolar do respetivo estabelecimento

deverá ser dada, no início do ano letivo, pelo encarregado de educação em documento próprio.

10 - A autorização de saída do aluno da escola (cartão “condicionado”) permite apenas sair no

período da hora de almoço e nos dois últimos tempos quando lecionados pelo mesmo professor. O

encarregado de educação poderá designar até 3 pessoas, declarando-o por escrito, com as quais o

seu educando poderá sair mais cedo (cartão “não autorizado”). O encarregado de educação é

responsável pelo aluno sempre que este saia sem autorização ou salte a vedação.

11 - Nos períodos de interrupção letiva a utilização das instalações escolares pelos alunos só é

possível mediante a responsabilização por escrito de um funcionário ou professor ou encarregado de

educação, carecendo de autorização prévia do diretor.

12 - O aluno só poderá utilizar o transporte escolar de acordo com o cumprimento do seu horário

na totalidade a fim de evitar a sobrelotação dos autocarros.

Artigo 146.º - Acesso de Veículos

1 - Têm acesso ao recinto escolar:

a) As viaturas que transportem alunos com necessidades específicas de acesso às instalações;

b) Veículos que transportem mercadorias para a escola;

c) Outras viaturas autorizadas pela direção.

2 - O acesso ao estacionamento na escola sede é permitido a professores e funcionários

devidamente autorizados.

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Secção IV – Constituição de Turmas / Grupos

Artigo 147.º - Constituição de Turmas do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e Ensino

Secundário

1 - As constituições de turmas para os 2º e 3º ciclos do ensino básico, ensino secundário (cursos

científico-humanísticos e profissionais) e ofertas formativas de adultos (curso EFA e Ensino Recorrente)

resultam da aplicação da legislação em vigor e das determinações do Conselho Pedagógico.

Artigo 148.º – Constituição de Turmas / Grupos na Educação Pré Escolar e no 1º ciclo

do Ensino Básico

1 - Na Educação Pré-Escolar:

a) O número de crianças em cada sala de jardim de infância é de 20 a 25 no máximo,

podendo este número ser reduzido em função da área da sala;

b) Quando se tratar de grupos homogéneos de 3 anos, a lotação não poderá ser superior a

quinze crianças;

c) As turmas que integrem crianças com necessidades educativas especiais de caráter

permanente, cujo programa educativo individual o preveja e o respetivo grau de funcionalidade o

justifique, são constituídas por 20 crianças, não podendo incluir mais de duas crianças nestas

condições;

d) Caso a criança falte 30 dias consecutivos, sem justificação, a sua inscrição será anulada,

salvaguardando os grupos de estatuto especial;

e) Em caso de desistência, o encarregado de educação deverá avisar o estabelecimento de

educação, a fim de se proceder ao preenchimento da vaga.

2 - No 1.º ciclo do ensino básico:

a) As crianças com residência próxima deverão, sempre que possível, fazer parte da mesma

turma;

b) Os alunos que iniciem a escolaridade em determinado ano devem manter-se, sempre que

possível, no mesmo grupo ou turma, ao longo de todo o ciclo, independentemente do nível do seu

aproveitamento;

c) Os alunos que, eventualmente, sejam retidos em determinado ano de escolaridade

deverão, em regra, ser integrados em turmas do ano imediato e de preferência naquela que

frequentaram no ano letivo anterior;

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d) Os alunos do 4.º ano que não transitarem, devem ser integrados em turmas de final de

ciclo;

e) Não poderão ser constituídas turmas apenas com alunos em situação de retenção;

f) Os docentes de um grupo de alunos, em determinado ano de escolaridade, devem

acompanhar os mesmos alunos até ao final do ciclo, sem prejuízo da eventual integração na turma

de outros alunos.

Secção V - Horários de Funcionamento, Livros de Ponto, Chaves das

Salas de Aula e Utilização dos Cacifos

Artigo 149.º - Horários de Funcionamento

1 - O início e termo das atividades letivas são definidos anualmente de acordo com as

necessidades e tipologia dos diversos estabelecimentos que integram o AEHN.

2 - O horário dos diversos serviços e órgão de administração e gestão devem ser elaborados de

acordo com um conjunto de critérios que conjuguem a legislação em vigor com a realidade e

necessidades específicas dos diversos estabelecimentos de ensino deste agrupamento.

3 - Todos os serviços deverão ter afixados os respetivos horários de funcionamento.

Artigo 150.º - Livros de Ponto e Chaves das Salas de Aula

1 - É da responsabilidade de cada professor, fazer-se acompanhar do livro de ponto e da chave

da sala de aula. Estas tarefas nunca devem ser realizadas pelos alunos.

2 - No fim da aula o professor deve depositar o livro de ponto no armário para o efeito. Os

alunos não devem, em caso algum, ser incumbidos desta tarefa.

3 - Cada professor receberá no início do ano letivo uma chave mestra das portas das salas de aula

que deverá ser devolvida sempre que cessem as funções docentes no estabelecimento de ensino.

Artigo 151.º - Cacifos

1 - Os professores têm direito à utilização de um cacifo durante o período de permanência na

escola, dentro da disponibilidade dos existentes.

2 - Os alunos têm direito à utilização de um cacifo durante o período de permanência na escola,

dentro da disponibilidade dos existentes.

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3 - Em caso de utilização indevida dos cacifos referidos no n.º anterior os mesmos podem ser

retirados.

Secção VI - Conservação dos Espaços e Material Escolar

Artigo 152.º - Conservação dos Espaços e Material Escolar

1 - A escola é de todos e a conservação dos espaços e material é tarefa de todos os participantes

na vida escolar.

2 - Os espaços comuns devem manter uma boa apresentação, evitando a poluição visual.

3 - O professor/educador deve verificar com a ajuda dos alunos, no fim de cada aula e/ou de

cada dia, o estado da sala.

4 - Quando aparecer algum material danificado, em sala de aula ou fora dela, os

professores/educadores e/ou o assistentes operacionais deverão reportar o assunto à direção.

Secção VII - Atos Interditos em todo o Agrupamento

Artigo 153.º - Atos Interditos em todo o Agrupamento

1 - De acordo com a legislação em vigor, é proibido fumar no espaço escolar e no seu perímetro.

2 - Não é permitida a utilização de telemóveis em situação de sala de aula, excetuando as

condições definidas na alínea r) do ponto 1, do artigo 16.º. A utilização indevida do telemóvel pode

conduzir à sua apreensão por parte do professor, ficando o mesmo à guarda da direção, devendo a

sua entrega ser solicitada pelo encarregado de educação.

3 - Não são permitidos jogos de fortuna/azar ou outro tipo de jogos de entretenimento que

ponham em risco a própria integridade física e/ou de outrem.

4 - Não são permitidas gravações por qualquer meio, que pretendam registar a vida escolar, a

não ser quando devidamente autorizadas pelo diretor ou por quem o substitua.

5 - Não é permitida a aquisição de bens ou serviços a terceiros em nome do AEHN sem

autorização do conselho administrativo, mesmo nas situações que não acarretam encargos financeiros

para o agrupamento.

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CAPÍTULO IV - ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

Artigo 154.º - Órgãos de Administração e Gestão

1 - São órgãos de administração e gestão do AEHN os seguintes:

a) O Conselho Geral;

b) O Diretor;

c) O Conselho Pedagógico;

d) O Conselho Administrativo.

Secção I – Conselho Geral

Artigo 155.º - Definição

1 - O Conselho Geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das linhas

orientadoras da atividade da escola, assegurando a participação e representação da comunidade

educativa.

2 - A articulação com o município faz-se através da Câmara Municipal no respeito pela

competência do conselho Municipal de Educação.

Artigo 156.º - Composição

1 - É composto por vinte e um membros de acordo com a seguinte composição:

a) oito representantes do pessoal docente;

b) dois representantes do pessoal não docente;

c) três representantes dos pais e encarregados de educação;

d) dois representantes dos alunos do ensino secundário;

e) três representantes do município;

f) três representantes da comunidade local.

2 - O diretor participa nas reuniões do Conselho Geral, sem direito a voto.

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Artigo 157.º - Competências

1 - Ao Conselho Geral compete:

a) Eleger o respetivo presidente, de entre os seus membros, à exceção dos representantes dos

alunos;

b) Eleger o diretor;

c) Aprovar o Projeto Educativo e acompanhar e avaliar a sua execução;

d) Aprovar o Regulamento Interno do agrupamento;

e) Aprovar os Planos Anual e plurianual de Atividades;

f) Apreciar os relatórios periódicos e aprovar o relatório final de execução do plano anual de

atividades;

g) Aprovar as propostas de contratos de autonomia;

h) Definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento;

i) Definir as linhas orientadoras do planeamento e execução, pelo diretor, das atividades no

domínio da ação social escolar;

j) Aprovar o relatório de contas de gerência;

k) Apreciar os resultados do processo de autoavaliação;

l) Pronunciar-se sobre os critérios de organização dos horários;

m) Acompanhar a ação dos demais órgãos de administração e gestão;

n) Promover o relacionamento com a comunidade educativa;

o) Definir os critérios para a participação da Escola em atividades pedagógicas, científicas,

culturais e desportivas;

p) Dirigir recomendações aos restantes órgãos, tendo em vista o desenvolvimento do Projeto

Educativo e o cumprimento do Plano Anual de Atividades;

q) Participar, nos termos definidos na lei, no processo de avaliação do desempenho do

diretor;

r) Decidir os recursos que lhe são dirigidos;

s) Aprovar o mapa de férias do director.

2 - O presidente é eleito por maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral em

efetividade de funções.

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3 - Os restantes órgãos devem facultar ao Conselho Geral todas as informações necessárias para

este realizar eficazmente o acompanhamento e a avaliação do funcionamento do agrupamento de

escolas.

4 - O Conselho Geral pode constituir no seu seio uma comissão permanente, na qual pode

delegar as competências de acompanhamento de atividade do agrupamento de escolas entre as suas

reuniões ordinárias. A comissão permanente constitui-se como uma fração do Conselho Geral,

respeitada a proporcionalidade dos corpos que nele têm representação.

5 - Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1, o Conselho Geral desenvolve um procedimento

concursal nos termos da lei.

Artigo 158.º - Designação dos Representantes

1 - Os representantes dos alunos, do pessoal docente e do pessoal não docente no Conselho

Geral são eleitos separadamente pelos respetivos corpos.

2 - Os representantes dos pais e encarregados de educação são indicados em assembleia geral de

pais e encarregados de educação do agrupamento de escolas, sob proposta da associação de pais e

encarregados de educação.

3 - Na falta de designação, o diretor convocará uma reunião de pais e encarregados de educação,

que direta ou indiretamente escolherão os seus representantes.

4 - Os representantes do município são designados pela Câmara Municipal, podendo esta delegar

tal competência nas juntas de freguesia.

5 - Os representantes da comunidade local, quando se trate de individualidades ou

representantes de atividades de caráter económico, social, cultural e científico, são cooptados pelos

demais membros do Conselho Geral.

6 - Os representantes da comunidade local, quando se trate de representantes de instituições ou

organizações, são indicadas pelas mesmas que o Conselho Geral anteriormente escolheu.

Artigo 159.º - Eleições

1 - Os representantes dos alunos, do pessoal docente e do pessoal não docente candidatam-se à

eleição, apresentando-se em listas separadas.

2 - As listas devem conter a indicação dos candidatos a membros efetivos, em número igual ao

dos respetivos representantes no Conselho Geral, bem como dos candidatos a membros suplentes.

3 - As listas do pessoal docente devem assegurar, sempre que possível, a representação dos

diferentes níveis e ciclos de ensino.

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4 - A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação

proporcional da média mais alta de Hondt.

Artigo 160.º - Mandato

1 - O mandato dos membros do Conselho Geral tem a duração de quatro anos com a exceção

dos representantes dos pais e encarregados de educação e dos alunos que tem a duração de dois

anos.

2 - Os membros do Conselho Geral são substituídos no exercício do cargo se entretanto

perderem a qualidade que determinou a sua eleição ou designação.

3 - As vagas resultantes da cessação do mandato dos membros eleitos são preenchidas pelo

primeiro candidato não eleito, segundo a respetiva ordem de precedência, na lista a que pertencia o

titular do mandato.

Artigo 161.º - Reunião do Conselho Geral

1 - O Conselho Geral reúne ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre

que convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus

membros em efetividade de funções ou por solicitação do director.

2 - As reuniões do Conselho Geral devem ser marcadas em horário que permita a participação de

todos os seus membros.

3 - O Conselho Geral apenas pode deliberar quando estiverem presentes mais de metade dos

seus membros em efetividade de funções.

4 - As reuniões do Conselho Geral realizar-se-ão de acordo com o respetivo regimento.

Secção II - Diretor

Artigo 162.º - Definição

1 - O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas, nas áreas

pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

Artigo 163.º - Subdiretor e adjuntos

1 - O diretor é coadjuvado no exercício das suas funções pelo subdiretor e por um a três

adjuntos.

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100

2 - O número de adjuntos do diretor é fixado em função da dimensão do agrupamento de

escolas, da complexidade e diversidade da sua oferta educativa, nomeadamente dos níveis e ciclos de

ensino e das tipologias de cursos que leciona.

3 - Os critérios de fixação do número de adjuntos do diretor são estabelecidos por despacho do

membro do Governo responsável pela área da educação.

Artigo 164.º - Competências

1 - Compete ao diretor submeter à aprovação do Conselho Geral o Projeto Educativo elaborado

pelo Conselho Pedagógico.

2 - Ouvido o Conselho Pedagógico, compete também ao diretor:

a) Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Geral:

i) As alterações ao Regulamento Interno;

ii) Os Planos Anual e plurianual de Atividades;

iii) O relatório anual de atividades;

iv) As propostas de celebração de contratos de autonomia.

b) Aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente e não docente, ouvido

também, no último caso, o Município.

3 - No ato de apresentação ao Conselho Geral, o diretor faz acompanhar os documentos

referidos na alínea a) do número anterior dos pareceres do Conselho Pedagógico.

4 - Sem prejuízo das competências que lhe forem cometidas por lei, no plano da gestão

pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial, compete ao diretor em especial:

a) Definir o regime de funcionamento do AEHN;

b) Elaborar o projeto de orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras definidas

pelo Conselho Geral;

c) Superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários;

d) Distribuir o serviço docente e não docente;

e) Designar os coordenadores de escola ou estabelecimentos de educação pré-escolar;

f) Propor os candidatos ao cargo de coordenador de departamento curricular nos termos da

lei e designar os diretores de turma;

g) Planear e assegurar a execução das atividades no domínio da ação social escolar, em

conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo Conselho Geral;

h) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos educativos;

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i) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com outras

escolas e instituições de formação, autarquias e coletividades, em conformidade com os critérios

definidos pelo Conselho Geral;

j) Proceder à seleção e recrutamento do pessoal docente, nos termos dos regimes legais

aplicáveis;

k) Assegurar as condições necessárias à realização da avaliação do desempenho do pessoal

docente e não docente, nos termos da legislação aplicável;

l) Dirigir superiormente os serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos.

5 - Compete ainda ao diretor:

a) Representar a AEHN;

b) Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;

c) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos;

d) Intervir nos termos da lei no processo de avaliação de desempenho do pessoal docente;

e) Proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente.

6 - O diretor exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração educativa

e pela câmara municipal.

7 - O diretor pode delegar e subdelegar no subdiretor, nos adjuntos ou nos coordenadores de

escola ou de estabelecimento de educação pré-escolar as competências referidas nos números

anteriores, com exceção da prevista da alínea d) do n.º 5.

8 - Nas suas faltas ou impedimentos, o diretor é substituído pelo subdiretor.

Artigo 165.º - Recrutamento

1 - O diretor é eleito pelo Conselho Geral.

2 - Para recrutamento do diretor, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição, nos

termos dos artigos 21.º, 22.º, 22.º - A, 22.º - B e 23.º do Decreto-Lei nº 75/2008, com as alterações

introduzidas pelo Decreto-lei nº 137/2012, de 2 de julho. O regulamento deste procedimento, após

aprovação, faz parte integrante deste RI como anexo.

3 - O subdiretor e os adjuntos são nomeados pelo diretor de entre os docentes dos quadros de

nomeação definitiva que contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de

funções no agrupamento.

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Artigo 166.º - Posse

1 - O diretor toma posse perante o Conselho Geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos

resultados eleitorais pelo diretor Geral da Administração Escolar.

2 - O diretor designa o subdiretor e os seus adjuntos no prazo máximo de 30 dias após a sua

tomada de posse.

3 - O subdiretor e os adjuntos do diretor tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua

designação pelo diretor.

Artigo 167.º - Mandato

1 - O mandato do diretor tem a duração de quatro anos.

2 - Até 60 dias antes do termo do mandato do diretor, o Conselho Geral delibera sobre a

recondução do diretor ou a abertura de procedimento concursal tendo em vista a realização de nova

eleição.

3 - A decisão de recondução do diretor é tomada por maioria absoluta dos membros do

Conselho Geral em efetividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para um terceiro

mandato consecutivo.

4 - Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo ou durante o quadriénio

imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.

5 - Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do diretor de acordo com o disposto

nos números anteriores, abre-se o procedimento concursal tendo em vista a eleição do diretor.

6 - O mandato do diretor pode cessar:

a) A requerimento do interessado, dirigido ao diretor geral da Administração Escolar, com a

antecedência mínima de 45 dias, fundamentado em motivos devidamente justificados;

b) No final do ano escolar, por deliberação do Conselho Geral aprovada por maioria de dois

terços dos membros em efetividade de funções, em caso de manifesta desadequação da respetiva

gestão, fundada em factos comprovados e informações, devidamente fundamentadas,

apresentados por qualquer membro do Conselho Geral;

c) Na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção

disciplinar de cessação da comissão de serviço, nos termos da lei.

7 - A cessação do mandato do diretor determina a abertura de um novo procedimento concursal.

8 - Os mandatos do subdiretor e dos adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com o

mandato do diretor.

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9 - Sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre a «dissolução dos órgãos» e a

«comissão administrativa provisória», quando a cessação do mandato do diretor ocorra antes do

termo do período para o qual foi eleito, o subdiretor e os adjuntos asseguram a administração e

gestão do AEHN até à tomada de posse do novo diretor, devendo o respetivo processo de

recrutamento estar concluído no prazo máximo de 90 dias.

10 - Não sendo possível adotar solução prevista no número anterior, a gestão do AEHN é

assegurada por uma comissão administrativa ou por uma comissão administrativa provisória, nos

termos da lei em vigor.

11 - O subdiretor e os adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada

do diretor.

Artigo 168.º - Regime de Exercício de Funções

1 - O diretor exerce as funções em regime de comissão de serviço.

2 - O exercício das funções de diretor faz-se em regime de dedicação exclusiva.

3 - O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com

quaisquer outras funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não.

4 - Excetuam-se do disposto no número anterior:

a) Participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou do pessoal docente;

b) Comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do

conselho de Ministros ou por despacho do membro do Governo responsável pela área da

educação;

c) A atividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que resulte a

perceção de remunerações provenientes de direitos de autor;

d) A realização de conferências, palestras, ações de formação de curta duração e outras

atividades de idêntica natureza;

e) O voluntariado bem como a atividade desenvolvida no quadro de associações ou

organizações não-governamentais.

5 - O diretor está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer

remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.

6 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o diretor está obrigado ao cumprimento do

período normal de trabalho, assim como do dever geral de assiduidade.

7 - O diretor está dispensado da prestação de serviço letivo, sem prejuízo de, por sua iniciativa, o

poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua qualificação profissional.

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Artigo 169.º - Direitos do Diretor

1 - O diretor goza, independentemente do seu vínculo de origem, dos direitos gerais

reconhecidos aos docentes do agrupamento de escolas em que exerça funções.

2 - O diretor conserva o direito ao lugar de origem e ao regime de segurança social por que está

abrangido, não podendo ser prejudicado na sua carreira profissional por causa do exercício das suas

funções, relevando para todos os efeitos no lugar de origem o tempo de serviço prestado naquele

cargo.

Artigo 170.º – Direitos Específicos do Diretor

1 - O diretor, o subdiretor e os adjuntos gozam do direito à formação específica para as suas

funções.

2 - O diretor, o subdiretor e os adjuntos mantêm o direito à remuneração base correspondente à

categoria de origem, sendo-lhes abonado um suplemento remuneratório pelo exercício de função.

Artigo 171.º – Deveres Específicos

Para além dos deveres gerais dos trabalhadores que exercem funções públicas e aplicáveis ao

pessoal docente, o diretor e os adjuntos estão sujeitos aos seguintes deveres específicos:

a) Cumprir e fazer cumprir as orientações da Administração Educativa;

b) Manter permanentemente informada a Administração Educativa, através da via hierárquica

competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos serviços;

c) Assegurar a conformidade dos atos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e com

os legítimos interesses da comunidade educativa.

Artigo 172.º – Assessoria da Direção

1 - Para apoio à atividade do diretor e mediante proposta deste, o Conselho Geral pode autorizar

a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são designados docentes em

exercício de funções no AEHN.

2 - Os critérios para a constituição e dotação das assessorias referidas no número anterior são

definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação, em função da

população escolar e do tipo e regime de funcionamento do AEHN.

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Secção III - Conselho Pedagógico

Artigo 173.º - Definição

1- O Conselho Pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação

educativa do agrupamento, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e

acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.

Artigo 174.º - Composição

1 - A composição do Conselho Pedagógico não pode ultrapassar o máximo de 17 membros,

definida nos termos seguintes:

a) Coordenadores dos departamentos curriculares (nove);

b) Demais estruturas de coordenação e supervisão pedagógica e de orientação educativa,

assegurando uma representação pluridisciplinar e das diferentes ofertas formativas (cinco):

O coordenador do estabelecimento EB 2/3;

Um coordenador dos diretores de turma do ensino básico;

Um coordenador dos diretores de turma do ensino secundário (CCH e C. Prof.);

O representante dos diretores de curso dos cursos profissionais;

O representante dos mediadores dos cursos EFA;

O coordenador do Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP)/

Serviços técnico-pedagógicos (um);

O coordenador da BE/CRE;

c) O diretor.

2 - O diretor é, por inerência, presidente do Conselho Pedagógico.

3 - O representante da Equipa de Avaliação Interna fará parte do Conselho Pedagógico com o

estatuto de observador.

Artigo 175.º - Competências

Ao Conselho Pedagógico compete:

a) Elaborar a proposta de Projeto Educativo a submeter pelo diretor ao Conselho Geral;

b) Apresentar propostas para a elaboração do RI e dos Planos Anual e plurianual de

Atividades e emitir parecer sobre os respetivos projetos;

c) Emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;

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d) Elaborar e aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente e não

docente em articulação com o Centro de Formação de Escolas de Torres Vedras e Lourinhã;

e) Definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e vocacional,

do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;

f) Propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de conteúdo

regional e local, bem como as respetivas estruturas programáticas;

g) Definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos apoios

e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;

h) Adotar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares;

i) Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, no

âmbito do AEHN, em articulação com instituições ou estabelecimentos do ensino superior

vocacionados para a formação e a investigação;

j) Promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural;

k) Definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários;

l) Definir os requisitos para a contratação de pessoal docente, de acordo com o disposto na

legislação aplicável;

m) Emitir orientações gerais e acompanhar e avaliar a implementação das atividades de

animação e de apoio à família, no pré-escolar e das atividades de enriquecimento curricular no 1º

ciclo;

n) Propor mecanismos de avaliação dos desempenhos organizacionais e dos docentes, bem

como da aprendizagem dos alunos, credíveis e orientados para a melhoria da qualidade do serviço

de educação prestado e dos resultados das aprendizagens;

o) Aprovar o programa educativo individual e os relatórios finais dos alunos;

p) Participar, nos termos regulamentados em diploma próprio, no processo de avaliação do

desempenho do pessoal docente;

q) Propor ou emitir parecer sobre propostas/estratégias que visem a melhoria dos resultados

dos alunos;

r) Fornecer ao Conselho Geral as informações por este solicitadas e atender às suas

solicitações;

s) Emitir pareceres pedidos pelo diretor e pelo Conselho Geral;

t) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

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Artigo 176.º - Funcionamento

1 - O Conselho Pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente

sempre que seja convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço

dos seus membros em efetividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do Conselho

Geral ou do diretor o justifique.

2 - O Conselho Pedagógico funciona em plenário e em comissões especializadas.

3 - O Conselho Pedagógico terá as comissões especializadas previstas na lei e aquelas que tiver

por essenciais.

4 - O Conselho Pedagógico deve elaborar o seu Regimento Interno no prazo de trinta dias após a

sua composição.

5 - As comissões especializadas definem o seu regime de funcionamento.

6 - As convocatórias das reuniões ordinárias e extraordinárias são afixadas nas salas de

professores, para consulta da ordem de trabalhos, e enviadas por correio eletrónico a todos os

elementos do Conselho Pedagógico.

7 - Nas reuniões plenárias ou de comissões especializadas, designadamente quando a ordem de

trabalhos verse sobre as matérias previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e k) do artigo anterior, podem

participar, sem direito a voto, a convite do presidente do Conselho Pedagógico, representantes do

pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação e dos alunos.

Artigo 177.º - Designação dos Representantes

1 - Os coordenadores dos departamentos curriculares são eleitos de acordo com o estipulado nos

artigos 186.º e 187.º deste regulamento.

2 - Os representantes dos departamentos não curriculares, assim como os representantes dos

serviços técnico-pedagógicos no Conselho Pedagógico, são designados pelo diretor.

SECÇÃO IV - Conselho Administrativo

Artigo 178.º - Definição

1 - O Conselho Administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira do

AEHN nos termos da legislação em vigor.

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Artigo 179.º - Composição

O Conselho Administrativo tem a seguinte composição:

a) O diretor, que preside;

b) O subdiretor ou um dos adjuntos do diretor, por ele designado para o efeito;

c) O chefe dos serviços de administração escolar, ou quem o substitua.

Artigo 180.º - Competências

1 - Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei, compete ao Conselho

Administrativo:

a) Aprovar o projeto de orçamento anual, em conformidade com as linhas orientadoras

definidas pelo Conselho Geral;

b) Elaborar o relatório de contas de gerência;

c) Autorizar a realização de despesas e o respetivo pagamento, fiscalizar a cobrança de

receitas e verificar a legalidade da gestão financeira;

d) Zelar pela atualização do cadastro patrimonial.

Artigo 181.º - Funcionamento

1 - O Conselho Administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente

sempre que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer um dos

restantes membros.

SECÇÃO V - Coordenação de Escola ou de Estabelecimento de

Educação Pré-escolar

Artigo 182.º - Coordenador

1 - A coordenação de cada estabelecimento de educação pré-escolar no AEHN é assegurada por

um coordenador e/ou interlocutor.

2 - Na Escola Secundária Henriques Nogueira, sede do agrupamento, bem como nas que tenham

menos de três docentes em exercício efetivo de funções, não há lugar à designação de coordenador.

3 - O coordenador é designado pelo diretor, de entre os professores em exercício efetivo de

funções na escola ou no estabelecimento de educação pré-escolar.

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4 - Nos estabelecimentos de ensino em que não há lugar à designação de coordenador de

estabelecimento, o diretor designa um representante.

5 - O mandato do coordenador e o do representante de estabelecimento tem a duração de

quatro anos e cessa com o mandato do diretor.

6 - O coordenador e o representante de estabelecimento podem ser exonerados a todo o tempo

por despacho fundamentado do diretor.

Artigo 183.º - Competências

1 - Compete ao coordenador de escola ou de estabelecimento de educação pré-escolar:

a) Coordenar as atividades educativas, em articulação com o diretor;

b) Cumprir e fazer cumprir as decisões do diretor e exercer as competências que por este lhe

forem delegadas;

c) Transmitir as informações relativas a pessoal docente e não docente e aos alunos;

d) Promover e incentivar a participação dos pais e encarregados de educação, dos interesses

locais e da autarquia nas atividades educativas.

2 - Compete ao representante:

a) Colaborar com o diretor nos aspetos administrativos e pedagógicos relativos ao seu

estabelecimento;

b) Estabelecer a comunicação com os outros elementos em funções no estabelecimento.

SECÇÃO VI – Garantia de Serviço Público

Artigo 184.º - Dissolução dos Órgãos

1 - A todo o momento, por despacho fundamentado do membro do Governo responsável pela

área da educação, na sequência de processo de avaliação externa ou de ação inspetiva que

comprovem prejuízo manifesto para o serviço público ou manifesta degradação ou perturbação da

gestão do agrupamento de escolas, podem ser dissolvidos os respetivos órgãos de direção,

administração e gestão.

2 - No caso previsto no número anterior, o despacho do membro do Governo responsável pela

área da educação que determine a dissolução dos órgãos de direção, administração e gestão designa

uma comissão administrativa encarregada da gestão do agrupamento de escolas.

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3 - A comissão administrativa é ainda encarregada de organizar novo procedimento para a

constituição do Conselho Geral, cessando o seu mandato com a eleição do diretor, a realizar no prazo

máximo de 18 meses a contar da sua nomeação.

CAPÍTULO V – ESTRUTURAS E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

Artigo 185.º - Definição e Competências

1 - São as estruturas que colaboram com o Conselho Pedagógico e com o diretor, com vista ao

desenvolvimento do Projeto Educativo, no sentido de assegurar a coordenação, supervisão e

acompanhamento das atividades escolares, promover o trabalho colaborativo e realizar a avaliação de

desempenho do pessoal docente.

2 - As estruturas de orientação educativa e de supervisão pedagógica visam, nomeadamente:

a) A articulação e gestão curricular na aplicação do currículo nacional e dos programas e

orientações curriculares e programáticas definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento

de componentes curriculares por iniciativa do AEHN;

b) A organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades de turma ou grupo de

alunos;

c) A coordenação pedagógica de cada ano, ciclo ou curso;

d) A avaliação de desempenho do pessoal docente.

Artigo 186.º - Composição

São estruturas de coordenação educativa:

a) Os departamentos e subdepartamentos curriculares;

b) Os conselhos de estabelecimento;

c) Os conselhos de turma;

d) Os conselhos de diretores de turma;

e) Os conselhos de diretores dos cursos profissionais e cursos vocacionais;

f) O conselho de mediadores dos cursos EFA;

g) O Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP).

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Secção I – Articulação e Gestão Curricular

Artigo 187.º - Departamentos Curriculares - Definição

1 - São estruturas de coordenação e supervisão pedagógica que asseguram a articulação e gestão

curricular.

2 - Promovem a cooperação entre os docentes do AEHN, procurando adequar o currículo às

necessidades específicas dos alunos.

3 - São vocacionados para a implementação de projetos didático-pedagógicos, assim como para

a inovação e para a troca de experiências pedagógicas.

4 - São também vocacionados para a implementação de formação aos docentes.

5 - A definição e âmbito do departamento de educação especial estão contidos na subsecção II –

departamento de Educação Especial, da secção III, do capítulo VI – Serviços Técnico-Pedagógicos.

Artigo 188.º - Composição dos Departamentos Curriculares

1 - Cada departamento é constituído pelos docentes dos grupos de recrutamento que o integram

de acordo com o definido no ponto seguinte.

2 - São definidos os seguintes departamentos curriculares:

3 - No seio dos departamentos curriculares referidos são definidos subdepartamentos

curriculares.

DEPARTAMENTO CURRICULARES GRUPOS DE RECRUTAMENTO

Educação Pré-escolar 100

1º CEB 110

Línguas 120, 200, 210, 220, 300, 330

Matemática e Ciências Técnicas

230, 500, 540, 550, 530

(abrange exclusivamente os docentes que foram

recrutados para o 12º grupo B – Eletrotecnia)

Ciências Sociais e Humanas 200, 290, 400, 410, 420

Ciências Económicas e Empresariais 430, 530 (abrange os docentes que foram recrutados

para o 12º grupo C – Secretariado)

Ciências Experimentais 230, 510, 520

Expressões

240, 250, 260, 600, 620, 530 (abrange todos os docentes

que não estejam incluídos nos departamentos

anteriores)

Educação Especial 910, 930

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Artigo 189.º - Coordenação

1 - O departamento é coordenado por um docente de carreira detentor de formação

especializada nas áreas de supervisão pedagógica, avaliação do desempenho docente ou

administração educacional. Quando não for possível a designação de docentes com os requisitos

definidos anteriormente, por não existirem ou não existirem em número suficiente, podem ser

designados docentes segundo a seguinte ordem de prioridade:

a) Docentes com experiência profissional, de pelo menos um ano, de supervisão pedagógica

na formação inicial, na profissionalização ou na formação em exercício ou na profissionalização ou

na formação em serviço de docentes;

b) Docentes com experiência de pelo menos um mandato de coordenador de departamento

curricular ou de outras estruturas de coordenação educativa previstas no Regulamento Interno,

delegado de grupo disciplinar ou representante de grupo de recrutamento;

c) Docentes que, não reunindo os requisitos anteriores, sejam considerados competentes

para o exercício da função.

2 - O coordenador de departamento é eleito pelo respetivo departamento, de entre uma lista de

três docentes, propostos pelo diretor para o exercício do cargo.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se eleito o docente que reúna o maior

número de votos favoráveis dos membros do departamento curricular.

4 - O mandato tem a duração de quatro anos e cessa com o mandato do diretor.

5 - O coordenador pode ser exonerado a todo o tempo por despacho fundamentado do diretor

após consulta ao respetivo departamento.

Artigo 190.º - Competências dos Departamentos Curriculares

Aos departamentos curriculares compete:

a) Articular a gestão curricular na aplicação do currículo nacional e dos programas e

orientações curriculares e programáticas definidos a nível nacional;

b) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das disciplinas;

c) Assegurar o desenvolvimento de componentes curriculares da iniciativa do AEHN;

d) Analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e de

outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

e) Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos de

alunos;

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f) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da

aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

g) Identificar necessidades de formação dos docentes;

h) Analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto;

i) Assegurar a concretização das decisões do Conselho Pedagógico e do diretor;

j) Elaborar projetos de desenvolvimento;

k) Definir critérios de avaliação a propor ao Conselho Pedagógico;

l) Aprovar as propostas de adoção de manuais escolares;

m) Aprovar as propostas de matrizes de provas de exame;

n) Aprovar as propostas das planificações anuais e por unidades didáticas;

o) Elaborar o seu regime de funcionamento e propô-lo à aprovação do Conselho Pedagógico

assim como o dos respetivos subdepartamentos.

Artigo 191.º - Funcionamento

1 - Cada departamento funciona em plenário, em comissões especializadas e em conselho de

subcoordenadores de acordo com o respetivo regimento.

2 - Extraordinariamente, os departamentos curriculares podem reunir a todo o momento, por

decisão do diretor, por iniciativa dos seus coordenadores ou a requerimento de, pelo menos, dois

terços dos seus membros em efetividade de funções.

3 - Quando no seio do departamento curricular forem constituídos subdepartamentos, são eleitos

coordenadores para o subdepartamento a que não pertença o coordenador do departamento.

4 - Os professores que lecionam disciplinas pertencentes a mais do que um departamento,

apenas estão obrigados a participar nas reuniões do departamento curricular da disciplina dominante

no seu horário. No caso de haver o mesmo número de horas cabe ao diretor definir o departamento

que o docente deve integrar.

Artigo 192.º - Competências do Coordenador

1 - Compete ao coordenador de Departamento:

a) Representar o Departamento;

b) Cumprir e fazer cumprir as decisões do Diretor e exercer as competências que lhe forem

delegadas;

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c) Assegurar a comunicação entre o Departamento e o Conselho Pedagógico, transmitindo as

suas orientações e apresentando recomendações e sugestões;

d) Assegurar a articulação entre o Departamento e as restantes estruturas de coordenação

educativa;

e) Elaborar e avaliar o Plano Anual de Atividades do Departamento, tendo em vista a

concretização do Projeto Educativo do Agrupamento;

f) Promover a troca de experiências e a cooperação entre todos os docentes do

Departamento, bem como a realização de atividades que visem a melhoria da qualidade das

práticas educativas;

g) Coordenar a planificação das unidades de ensino-aprendizagem, bem como a elaboração

dos respetivos instrumentos de avaliação;

h) Assegurar a definição de critérios específicos de avaliação, e acompanhar a sua aplicação;

i) Assegurar a articulação entre o Departamento e as restantes estruturas de orientação

educativa, nomeadamente na análise e desenvolvimento de medidas de orientação e supervisão

pedagógica;

j) Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica;

k) Desenvolver e apoiar projetos educativos de âmbito local e regional, de acordo com os

recursos do Agrupamento ou através da colaboração com outras escolas e entidades;

l) Desenvolver, em articulação com os serviços especializados de apoio educativo e os

diretores de turma, medidas nos domínios da orientação, acompanhamento e avaliação dos

alunos, visando o seu sucesso educativo;

m) Apoiar pedagogicamente os professores do Departamento e enquadrar os docentes menos

experientes;

n) Avaliar o desempenho dos docentes do Departamento de acordo com a legislação em

vigor;

o) Designar, quando necessário, um professor que acompanhe e apoie os docentes em

período probatório;

p) Inventariar as necessidades do Departamento no que concerne aos recursos pedagógico-

didáticos;

q) Propor ao diretor, ouvido o Departamento, a designação do(s) diretor(es) de instalações e

assegurar a apresentação do inventário no final de cada ano letivo;

r) Coordenar a participação do Departamento no Plano Anual de Atividades;

s) Promover a articulação entre a formação inicial e a formação contínua dos professores do

Departamento;

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115

t) Identificar as necessidades de formação dos professores do Departamento;

u) Organizar a proposta do plano de formação do Departamento;

v) Coordenar os trabalhos dos grupos de recrutamento;

w) Elaborar o regimento de funcionamento do Departamento;

x) Ao coordenador do Departamento de Educação Especial compete, ainda, o enunciado no

artigo 242º deste regulamento;

y) Apresentar ao Diretor, em cada ano letivo, um relatório do trabalho desenvolvido pelo

Departamento.

Artigo 193.º - Subdepartamentos Curriculares - Definição

1 - Os subdepartamentos correspondem às disciplinas ou grupo de disciplinas integradas nos

grupos de recrutamento.

Artigo 194.º - Composição dos Subdepartamentos Curriculares

1 - São definidos os seguintes subdepartamentos curriculares:

subdepartamento de Português;

subdepartamento de Línguas Estrangeiras;

subdepartamento de Matemática;

subdepartamento de Ciências Técnicas;

subdepartamento de História;

subdepartamento de Geografia;

subdepartamento de Filosofia (onde se inclui EMRC);

subdepartamento de Físico-Química;

subdepartamento de Biologia Geologia e Ciências Naturais;

subdepartamento de Artes (onde se inclui Educação Visual, Educação Tecnológica e

Educação Musical);

subdepartamento de Educação Física.

2 - Os professores que lecionam disciplinas pertencentes a mais do que um subdepartamento,

apenas estão obrigados a participar nas reuniões do subdepartamento curricular da disciplina

dominante no seu horário. No caso de haver o mesmo número de horas cabe o diretor definir o

subdepartamento que o docente deve integrar.

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Artigo 195.º - Competências dos Subdepartamentos Curriculares

1 - Aos subdepartamentos são atribuídas as competências previstas no artigo 190.º com as

necessárias adaptações.

Artigo 196.º - Competências e Mandato do Coordenador do Subdepartamento

1 - Compete ao coordenador de subdepartamento curricular, para além do estipulado na

legislação em vigor e no regimento do seu departamento:

a) Convocar e presidir às reuniões do subdepartamento;

b) Orientar e coordenar as atividades educativas dos professores do subdepartamento em

articulação com o coordenador;

c) Cumprir e fazer cumprir as decisões do diretor, do Conselho Pedagógico e do

departamento;

d) Acompanhar as atividades curriculares e empenhar-se no cumprimento do plano de

atividades;

e) Orientar e coordenar os docentes, tendo em vista a sua formação contínua;

f) Coordenar a planificação das atividades pedagógico-didáticas e promover o trabalho

colaborativo;

g) Reunir periodicamente com o coordenador do departamento e com os coordenadores de

escola/estabelecimento, de forma a garantir a necessária articulação dentro do departamento;

h) Apresentar ao coordenador do departamento o relatório anual da atividade desenvolvida

no subdepartamento.

2 - O coordenador do subdepartamento é eleito pelo respetivo subdepartamento de acordo com

o estabelecido no n.º 1 do artigo 189.º.

3 - O mandato tem a duração de quatro anos e cessa com o mandato do diretor.

4 - O coordenador pode ser exonerado a todo o tempo por despacho fundamentado do diretor

após consulta ao respetivo subdepartamento.

Artigo 197.º Funcionamento

1 - Cada subdepartamento funciona em plenário de acordo com o respetivo regimento.

2 - A articulação entre os coordenadores será feita de acordo com o estipulado nos regimentos

de cada departamento.

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117

3 - Extraordinariamente, os subdepartamentos curriculares podem reunir a todo o momento, por

decisão do diretor, por iniciativa dos seus coordenadores ou a requerimento de, pelo menos, dois

terços dos seus membros em efetividade de funções.

Secção II – Organização das Atividades de Turma

Artigo 198.º - Definição

1 - Em cada escola, a organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver

com os alunos e a articulação entre a escola e as famílias é assegurada:

a) Pelos educadores de infância na educação pré-escolar e pelos professores titulares das

turmas, no 1.º ciclo, individualmente e em departamento curricular;

b) Pelos conselhos de turma, nos 2.º, 3.º ciclos e no ensino secundário.

Subsecção I – Educação Pré-escolar e 1º ciclo

Artigo 199.º - Educadores de Infância

1- Compete ao educador de infância:

a) Organizar o ambiente educativo de forma a facilitar experiências diversificadas,

enriquecendo o processo educativo;

b) Observar cada criança e o grupo com vista à planificação de atividades tendo em conta as

capacidades, interesses e dificuldades das crianças;

c) Organizar o processo individual do aluno, registando as informações relevantes do seu

percurso educativo;

d) Avaliar, numa perspetiva formativa, a sua intervenção educativa bem como o

desenvolvimento de aprendizagens de cada criança;

e) Fomentar uma boa relação afetiva com as crianças estimulando a autonomia e a

cooperação para que se sintam valorizadas e integradas no grupo;

f) Promover o desenvolvimento pessoal, social e cívico, numa perspetiva de educação para a

cidadania;

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118

g) Envolver as famílias e a comunidade nos projetos a desenvolver, melhorando as condições

de aprendizagem da criança e estimulando a sua curiosidade e desejo de aprender;

h) Aplicar os conhecimentos científicos e as competências necessárias ao desenvolvimento de

um currículo integrado, no âmbito das diferentes áreas de conteúdo;

i) Elaborar o plano de turma, disponibilizá-lo para consulta, reformulá-lo e atualizá-lo sempre

que necessário e efetuar a sua avaliação;

j) Elaborar um relatório anual de atividades desenvolvidas no jardim de infância;

k) Exercer as demais competências previstas na legislação em vigor e no regimento do

departamento.

Artigo 200.º - Professores Titulares de Turma, no 1º ciclo

1 - Aos professores titulares da turma, no 1º ciclo, compete:

a) Analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos a ter em

conta no processo de ensino e aprendizagem;

b) Planificar o desenvolvimento das atividades a realizar com os alunos em contexto de sala

de aula;

c) Identificar os diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais dos

alunos, promovendo a articulação com os respetivos serviços técnico–pedagógicos e

departamento de educação especial, com vista à sua superação;

d) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos

alunos;

e) Conceber e delinear atividades em complemento do currículo proposto;

f) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais e encarregados de educação,

relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

g) Elaborar o plano de turma;

h) Elaborar propostas de atividades a integrar o Plano Anual de Atividades;

i) Organizar o processo individual do aluno, registando as informações relevantes do seu

percurso educativo;

j) Participar na elaboração dos programas educativos individuais (PEI) dos alunos com

necessidades educativas especiais de caráter permanente (NEECP), com os encarregados de

educação e em articulação estreita com os docentes de educação especial, que superintendem nos

aspetos organizativos do processo;

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k) Exercer as demais competências previstas na legislação em vigor e no regimento do

departamento.

Artigo 201.º - Conselhos de Estabelecimento

1 - Os conselhos de estabelecimento são constituídos por todos os docentes que desempenham

funções em cada estabelecimento de ensino do AEHN.

2 - Os conselhos de estabelecimento têm como principal competência tratar de assuntos

relacionados com a organização e funcionamento do estabelecimento.

3 - Os conselhos de estabelecimento são presididos pelo coordenador de estabelecimento, no

âmbito das suas competências e das que lhe forem delegadas pelo diretor.

Subsecção II – Conselhos de Turma

Artigo 202.º - Definição

1 - O conselho de turma é uma estrutura de orientação educativa responsável pela organização,

acompanhamento e avaliação1 das atividades a desenvolver com os alunos, pressupondo a elaboração

de um plano de turma, o qual deve integrar estratégias de diferenciação pedagógica e de adequação

curricular para o contexto da turma, destinadas a promover a melhoria das condições de

aprendizagem e a articulação da escola com a família.

Artigo 203.º - Composição

1 - O conselho de turma é constituído por todos os professores da turma, incluindo os que

prestam apoio educativo, por dois representantes dos pais e encarregados de educação e por um

delegado dos alunos (exceto no 2º ciclo), sendo presidido pelo diretor de turma.

2 - Nas reuniões do conselho de turma destinadas à avaliação não podem participar os alunos e

os representantes dos pais e encarregados de educação.

Artigo 204.º - Competências

1 - As competências do conselho de turma são:

1 Os conselhos de turma de avaliação dos 2º e 3º ciclos regem-se pelo disposto no artigo 58.º, subsecção II,

secção III, capítulo II – Estatuto dos membros da comunidade educativa.

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120

a) Analisar a situação da turma e identificar caraterísticas específicas dos alunos a ter em

conta no processo de ensino-aprendizagem;

b) Assegurar a adequação do currículo às caraterísticas específicas dos alunos, estabelecendo

prioridades, níveis de aprofundamento e sequências adequadas;

c) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos

alunos;

d) Articular as atividades dos professores da turma com as dos departamentos,

designadamente no que se refere ao planeamento e coordenação de atividades interdisciplinares a

nível de turma;

e) Elaborar, assegurar e avaliar o plano de turma, de forma integrada e numa perspetiva de

articulação interdisciplinar;

f) Dar parecer, quando solicitado ou por sua própria iniciativa, sobre todas as questões de

natureza pedagógica e disciplinar que à turma digam respeito;

g) Analisar os problemas de integração dos alunos e o relacionamento entre professores e

alunos da turma e tomar as iniciativas necessárias à sua resolução;

h) Proceder à avaliação individual dos alunos;

i) Detetar dificuldades em termos de aprendizagem e outras necessidades individuais dos

alunos, colaborando com os serviços de apoio, nos domínios psicológico e socioeducativo;

j) Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais e encarregados de educação no

percurso escolar do aluno;

k) Analisar situações de insucesso e/ou de indisciplina ocorridas com alunos da turma e

colaborar no estabelecimento das medidas de apoio que julgar ajustadas ao quadro específico da

intervenção;

l) Estabelecer, com caráter sistemático e contínuo, medidas relativas a apoios e

complementos educativos a proporcionar a alunos, nomeadamente em termos de planos de

recuperação/acompanhamento/desenvolvimento;

m) Preparar a informação adequada, a disponibilizar aos pais e encarregados de educação,

relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

n) Dar cumprimento ao disposto no Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, relativamente aos

alunos com necessidades educativas especiais;

o) Detetar os casos de alunos que necessitem de programas de tutoria, definir as

competências a atingir e supervisionar, de forma a rentabilizar recursos e otimizar objetivos;

p) Colaborar em atividades culturais, desportivas e recreativas que envolvam os alunos e a

comunidade

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121

q) Pronunciar-se em definitivo sobre o efeito da ultrapassagem do limite de faltas

injustificadas;

r) Exercer as demais competências previstas na legislação em vigor.

Artigo 205.º- Funcionamento

1 - O conselho de turma é presidido pelo diretor de turma e, na ausência deste, pelo secretário

do conselho de turma, nomeado pelo diretor.

2 - O conselho de turma reúne, ordinariamente, uma vez por período letivo, à exceção do 1º

período, em que reúne duas vezes e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo diretor de

turma ou pelo diretor.

Artigo 206.º - Tutorias

1 - O diretor pode designar, por proposta do conselho de turma, professores tutores responsáveis

pelo acompanhamento, de forma individualizada, do processo educativo de um aluno ou de um

grupo de alunos, de preferência ao longo do seu percurso escolar.

2 - As funções de tutoria, integradas no gabinete de apoio ao aluno, devem ser realizadas por

docentes com experiência adequada.

3 - Aos professores tutores compete:

a) Desenvolver medidas de apoio aos alunos, designadamente de integração na turma e na

escola e de aconselhamento e orientação no estudo e tarefas escolares;

b) Promover a articulação das atividades escolares dos alunos com outras atividades

formativas;

c) Desenvolver a sua atividade de forma articulada, quer com a família, quer com os serviços

especializados de apoio educativo, designadamente os serviços de psicologia e orientação (SPO) e

com outras estruturas de orientação educativa.

Secção III - Coordenação Pedagógica de Ano, Ciclo e Turma

Subsecção I – Diretores de Turma

Artigo 207.º - Diretores de Turma

1 - A designação do diretor de turma é da responsabilidade do diretor.

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2 - O diretor de turma é designado anualmente, devendo, sempre que possível, ser assegurada a

continuidade pedagógica até ao final do ciclo.

Artigo 208.º - Competências

1 - As competências do diretor de turma são:

a) Presidir às reuniões de conselho de turma;

b) Coordenar a elaboração e desenvolvimento do plano da turma, de acordo com o plano

anual de atividades;

c) Promover um acompanhamento individualizado dos alunos, divulgando junto dos

professores da turma a informação necessária à adequada orientação educativa dos mesmos e

fomentando a participação dos pais e encarregados de educação;

d) Organizar o processo individual do aluno facultando a sua consulta aos respetivos pais e

encarregados de educação, assim como aos professores da turma, de acordo com o estipulado no

artigo 11.º da Lei nº 51/2012, de 05 de setembro;

e) Apreciar ocorrências de indisciplina e decidir no quadro da legislação em vigor em matéria

disciplinar;

f) Assegurar a participação dos alunos, professores, pais e encarregados de educação na

aplicação de medidas educativas decorrentes da apreciação de situações de insucesso e/ou de

indisciplina;

g) Propor, na sequência da decisão do conselho de turma, medidas de apoio educativo

adequadas e proceder à respetiva avaliação;

h) Dar cumprimento ao disposto no Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, relativamente aos

alunos com necessidades educativas especiais;

i) Promover, na primeira reunião anual, a eleição dos representantes dos pais e encarregados

de educação;

j) Articular as atividades da turma com os pais e encarregados de educação, promovendo a

sua participação;

k) Promover a eleição do delegado e do subdelegado de turma;

l) Apresentar ao coordenador dos diretores de turma o relatório anual do trabalho

desenvolvido;

m) Exercer as demais competências previstas na legislação em vigor e no regimento do

conselho de diretores de turma

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Subsecção II – Conselhos de Diretores Turma

Artigo 209.º - Composição

1 - O conselho de diretores de turma de 2º e 3º ciclo é constituído pelos diretores de turma

destes ciclos de escolaridade.

2 - O conselho de diretores de turma do ensino secundário é constituído pelos diretores de turma

deste ciclo de escolaridade.

3 - Por uma questão de operacionalidade, o conselho dos diretores de turma poderá reunir em

plenário ou pela especificidade dos anos de cada ciclo/curso.

Artigo 210.º - Competências

1 - Compete aos conselhos de diretores de turma:

a) Elaborar e aprovar o seu regimento;

b) Planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente, de acordo com as

orientações do Conselho Pedagógico;

c) Propor e planificar formas de atuação junto dos pais e encarregados de educação com

vista à participação na vida escolar dos seus educandos;

d) Dar parecer, sempre que solicitado ou por iniciativa própria, sobre questões de índole

pedagógica, nomeadamente, as referentes à articulação da Escola com a comunidade;

e) Identificar necessidades de formação e desencadear mecanismos de formação e apoio aos

diretores de turma;

f) Planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente, de acordo com as

orientações do Conselho Pedagógico;

g) Articular com os diferentes departamentos curriculares o desenvolvimento de conteúdos

programáticos e objetivos de aprendizagem;

h) Cooperar com outras estruturas de coordenação e supervisão e com os serviços

especializados de apoio educativo na gestão adequada de recursos e na adoção de medidas

pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens;

i) Dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares;

j) Encontrar formas de articulação entre os diretores de turma dos diferentes ciclos de

escolaridade e entre os diretores de turma e os professores titulares de turma;

k) Exercer as demais competências consignadas no respetivo regimento.

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Artigo 211.º - Funcionamento

1 - O conselho de diretores de turma reúne, ordinariamente, uma vez por período e,

extraordinariamente, sempre que convocado pelo respetivo coordenador ou pelo diretor ou ainda por

solicitação de um terço dos seus membros.

2 - As reuniões ordinárias e extraordinárias são presididas pelos respetivos coordenadores.

Subsecção III – Coordenação dos Diretores de Turma

Artigo 212.º - Composição

1 - Os coordenadores dos diretores de turma são designados pelo diretor, de entre os diretores

de turma dos diferentes ciclos de escolaridade.

2 - O mandato dos coordenadores dos diretores de turma é de quatro anos e pode cessar assim

que o diretor o determine.

Artigo 213.º- Competências

1 - Compete ao coordenador de diretores de turma:

a) Convocar e presidir às reuniões ordinárias e extraordinárias do respetivo conselho de

diretores de turma;

b) Elaborar, organizar e manter atualizado o dossiê com a legislação, documentos e

orientações/procedimentos necessários ao exercício das funções dos diretores de turma;

c) Divulgar legislação e informações relevantes para o adequado desempenho das tarefas dos

diretores de turma;

d) Garantir aos diretores de turma os meios necessários para o desempenho das suas funções;

e) Prestar colaboração aos diretores de turma nas suas tarefas;

f) Coordenar a ação do respetivo conselho, articulando estratégias e procedimentos;

g) Submeter ao Conselho Pedagógico as propostas do conselho que coordena;

h) Apresentar ao diretor um relatório de apreciação crítica baseada nos relatórios finais

elaborados por cada diretor de turma.

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Subsecção III – Conselho de Diretores dos Cursos Profissionais e

Vocacionais2

Artigo 214.º - Diretores dos Cursos Profissionais

1 - A designação do diretor de curso é da responsabilidade do diretor, por um período mínimo

que permita o acompanhamento integral de um ciclo de formação.

2 - O diretor de curso é designado de entre os professores pertencentes ao quadro da AEHN que

lecionam disciplinas da componente da formação técnica/vocacional.

3 - O diretor de curso assegurará a implementação da estrutura curricular prevista para o

respetivo curso.

Artigo 215.º - Competências do Diretor de Curso

1 - A articulação entre as aprendizagens nas diferentes disciplinas e componentes de formação é

assegurada pelo Diretor de Curso a quem compete, no âmbito do ponto 2 do artigo 8.º da Portaria

74-A/2012:

a) Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de

formação do curso;

b) Organizar e coordenar as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica;

c) Participar nas reuniões do conselho de turma, no âmbito das suas funções;

d) Intervir no âmbito da orientação e acompanhamento da PAP;

e) Assegurar a articulação entre a escola e as entidades de acolhimento da FCT, identificando-

as, selecionando-as, preparando protocolos, participando na elaboração do plano de trabalho e

dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos alunos por aquelas entidades e

coordenando o acompanhamento dos mesmos, em estreita relação com o professor orientador e o

tutor responsáveis pelo acompanhamento dos alunos;

f) Assegurar a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio

socioeducativo;

g) Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso.

2 - Nesta sequência o Diretor de Curso deve:

2 Os cursos profissionais, vocacionais regem-se por regulamento específico, que constitui um anexo a este

regulamento.

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a) Assegurar o cumprimento, nos respectivos cursos, das orientações definidas pelas

estruturas de Coordenação Pedagógica;

b) Promover, em colaboração com as estruturas de Coordenação Pedagógica, a gestão dos

recursos educativos, designadamente no âmbito da formação prática, estágios ou outras situações

similares;

c) Promover a informação, a reflexão e a discussão sobre as principais questões dos cursos,

nas estruturas de Coordenação Pedagógica;

d) Promover, em colaboração com as estruturas de Coordenação Pedagógica, a avaliação dos

cursos;

e) Colaborar na dinamização do curso, conferências, seminários, congressos e outras

atividades de interesse técnico e pedagógico;

f) No início do ano letivo, verificar e ajustar as horas de cada módulo;

g) Manter atualizado o dossiê de coordenação;

h) Convocar reuniões de Conselho de Curso;

i) Promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre professores e alunos;

j) Promover a comunicação entre a(s) empresa(s) de estágio e a escola;

k) Informar os alunos sobre as saídas profissionais dos cursos.

Artigo 216.º - Conselho de Diretores dos Cursos Profissionais/Vocacionais

1 - É constituído por todos os diretores dos cursos profissionais/vocacionais.

2 - A coordenação das atividades deste conselho é assegurada por um coordenador designado

pelo diretor.

Artigo 217.º - Competências do Conselho de Diretores dos Cursos Profissionais

1 - Analisar a organização e funcionamento de cada um dos cursos.

2 - Aprovar as propostas de regulamentação a apresentar ao Conselho Pedagógico relativas ao

funcionamento e avaliação dos cursos profissionais.

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SECÇÃO IV – Coordenação da Educação e Formação de Adultos3

Artigo 218.º - Equipa Pedagógica

1 - A equipa técnico-pedagógica dos cursos EFA é constituída pelo mediador e pelo grupo de

formadores responsáveis por cada uma das áreas de competências-chave que integram a formação de

base, e pela formação tecnológica, quando aplicável.

2 - Integram ainda a equipa técnico-pedagógica, os tutores da formação prática em contexto de

trabalho, quando aplicável.

Artigo 219.º - Mediador Pessoal e Social

1 - O mediador pessoal e social é o elemento da equipa técnico-pedagógica a quem compete,

designadamente:

a) Colaborar na constituição dos grupos de formação, participando no processo de

recrutamento e seleção dos formandos;

b) Garantir o acompanhamento e orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos;

c) Dinamizar a equipa técnico-pedagógica no âmbito do processo formativo, salvaguardando

o cumprimento dos percursos individuais e do percurso do grupo de formação;

d) Assegurar a articulação entre a equipa técnico-pedagógica e o grupo de formação;

e) Manter atualizado o levantamento da assiduidade dos formandos da sua mediação;

f) Informar os formandos da sua assiduidade;

g) Apresentar um relatório crítico da atividade desenvolvida na sua mediação, no final do ano

letivo.

2 - O mediador é responsável pela orientação e desenvolvimento do diagnóstico dos formandos,

em articulação com os formadores da equipa técnico-pedagógica.

Artigo 220.º - Conselho de Mediadores

1 - Sempre que o número de mediadores o justifique, o diretor poderá instituir o conselho de

mediadores e designar um coordenador dos mediadores que presidirá ao conselho.

3 Ofertas educativas de adultos (EFA) regem-se por regulamento específico, que constitui um anexo a este

regulamento.

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2 - Ao conselho de mediadores compete:

a) Planificar as atividades e projetos a desenvolver no âmbito dos cursos EFA;

b) Cooperar com outras estruturas de orientação educativa na adoção e implementação de

medidas pedagógicas destinadas a melhorar o funcionamento e as aprendizagens;

c) Identificar necessidades de formação no âmbito da mediação;

d) Propor ao Conselho Pedagógico a realização de ações de formação, no domínio da

mediação.

3 - O conselho de mediadores reúne, ordinariamente, no início do ano letivo e,

extraordinariamente, sempre que o coordenador o julgue necessário, quando um terço dos seus

membros o solicite, ou a pedido do Conselho Geral, do Conselho Pedagógico ou do diretor.

Artigo 221.º - Coordenador dos Mediadores

1 - A designação do coordenador dos mediadores é da responsabilidade do diretor.

2 - Ao coordenador dos mediadores compete:

a) Presidir às reuniões do conselho de mediadores;

b) Coordenar a ação dos mediadores, articulando estratégias e procedimentos;

c) Submeter ao diretor as propostas do conselho que coordena;

d) Apresentar ao diretor um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido.

Secção V – Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional

(CQEP)4

Artigo 222.º - Âmbito e Coordenação

1 - São atribuições principais do CQEP:

a) A informação, orientação e encaminhamento de jovens com idade igual ou superior a 15

anos ou, independentemente da idade, a frequentar o último ano da escolaridade de ensino

básico;

4 O CQEP rege-se por regulamento específico, que constitui um anexo a este regulamento.

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b) A informação, orientação e encaminhamento de adultos, com idade igual ou superior a 18

anos de idade;

c) O desenvolvimento de processos de reconhecimento, validação e certificação de

competências com base nos referenciais do catálogo nacional de qualificações.

2 - O coordenador do CQEP é designado pelo diretor, cabendo-lhe assegurar a representação

institucional do mesmo, bem como garantir o seu regular funcionamento ao nível da gestão

pedagógica e organizacional.

Artigo 223.º - Competências do Coordenador do CQEP

1 - Compete ao coordenador do CQEP assegurar a representação institucional do mesmo, bem

como garantir o seu regular funcionamento ao nível da gestão pedagógica, organizacional e

financeira.

2 - No plano estratégico, compete-lhe:

a) Promover parcerias com entidades relevantes no território no âmbito da qualificação e do

emprego, bem como assegurar a sua permanente dinamização e acompanhamento, de forma a

maximizar a relevância, eficácia e utilidade social dos serviços prestados pelo CQEP;

b) Potenciar o estabelecimento de parcerias com entidades empregadoras, com vista à

promoção da aprendizagem ao longo da vida;

c) Coordenar o plano estratégico de intervenção e elaborar o relatório de atividades, em

articulação com as entidades parceiras e com os demais elementos da equipa;

d) Proceder à recolha, tratamento e sistematização da informação sobre o tecido empresarial,

as oportunidades de emprego e as ofertas de qualificação para jovens e adultos;

e) Disponibilizar toda a informação relevante e colaborar com a ANQEP em matéria de

estruturação da rede territorial de qualificação e de acompanhamento e monitorização das

respetivas ofertas.

3 - No plano operacional, compete-lhe:

a) Gerir a equipa e desenvolver o seu potencial, com vista a garantir o cumprimento das

atribuições do CQEP;

b) Implementar dispositivos de autoavaliação sistemáticos que permitam aferir a qualidade

das intervenções e a satisfação dos utentes;

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130

c) Disponibilizar a informação necessária ao acompanhamento, monitorização e a avaliação

externa da atividade, de acordo com as orientações da ANQEP;

d) Adotar medidas que potenciem os serviços prestados pelo CQEP, tendo em atenção os

resultados dos processos de autoavaliação e avaliação externa;

e) Assegurar a fiabilidade da informação registada no SIGO;

f) Assegurar a efetiva operacionalização que garanta o apoio indispensável aos jovens e

adultos com deficiência e incapacidade no seu processo de certificação.

CAPÍTULO VI - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS

Secção I – Serviço de Ação Social Escolar (SASE)

Artigo 224.º - Definição

1 - A ação social escolar promove o apoio socioeconómico aos alunos do AEHN, tendo por

objetivo minimizar as diferenças e desigualdades sociais e económicas dos alunos e assegurar

condições que lhes permitam o acesso à escola e a sua frequência.

2 - O acesso aos benefícios decorrentes dos apoios no âmbito da ação social escolar é

determinado em função da situação dos alunos ou dos seus agregados familiares e em particular da

respetiva condição socioeconómica, aferida pelo posicionamento do agregado familiar nos escalões

de rendimento para atribuição de abono de família.

Artigo 225.º - Competências

1 - O serviço de ação social escolar é assegurado, nas suas diferentes modalidades e programas,

por assistentes técnicos.

2 - Compete à ação social escolar:

a) Promover a organização de programas que visem prevenir a exclusão escolar dos alunos;

b) Organizar e assegurar a informação dos apoios complementares aos alunos, associações

de pais, encarregados de educação e professores;

c) Publicitar as instruções e prazos de candidatura dos alunos aos auxílios económicos a

prestar pela ASE e pela Câmara Municipal;

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131

d) Colaborar na organização e supervisão técnica dos serviços do refeitório, bufete e

papelaria e orientar o respetivo pessoal;

e) Organizar os processos individuais dos alunos que se candidatem a subsídios, auxílios

económicos diretos ou bolsas de estudo;

f) Coordenar as atividades referentes aos auxílios económicos dos alunos mais carenciados,

nomeadamente, material escolar, livros, alimentação e transportes escolares;

g) Desenvolver as ações que garantam as condições necessárias de prevenção do risco,

encaminhar os alunos em caso de acidente e organizar os respetivos processos relativos ao

reembolso de despesas não cobertas pelo subsistema de saúde do aluno;

h) Colaborar na seleção dos produtos a servir no bufete, com vista à promoção de hábitos

alimentares saudáveis;

i) Colaborar na seleção do material escolar necessário ao apoio ou desenvolvimento das

atividades educativas;

j) Colaborar com a autarquia, na organização da rede de transportes escolares e na

organização dos processos da ação social escolar no que respeita à atribuição de subsídios para

alimentação, livros e material escolar dos alunos do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico;

k) Assegurar o preenchimento de mapas, no âmbito da ação social escolar e exportar os

respetivos dados.

3 - Demais atribuições no âmbito do ASE encontram-se definidas em regulamento específico e na

legislação em vigor.

Artigo 226.º - Modalidades de Apoio no Âmbito da Ação Social Escolar

1 - Constituem, de acordo com o previsto na lei, modalidades de apoios no âmbito da ação social

escolar os apoios alimentares, os transportes escolares, os auxílios económicos, a prevenção de

acidentes e o seguro escolar.

2 - Os apoios alimentares englobam o fornecimento de refeições gratuitas ou a preços

comparticipados e a promoção de ações no âmbito da educação e higiene, tendo por objetivo a

promoção do sucesso escolar e educativo, o desenvolvimento equilibrado e a promoção da saúde dos

alunos.

3 - É assegurado transporte escolar aos alunos que residam em localidades que distam da escola

mais de três quilómetros e que não sejam servidas por transportes públicos coletivos. A organização, a

regulação de critérios e a despesa com os transportes escolares são da responsabilidade da câmara

municipal da área de residência dos alunos.

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4 - Os auxílios económicos diretos traduzem-se, de acordo com o previsto na lei, numa

comparticipação total ou parcial nas áreas:

a) Alimentação;

b) Livros ou outro material escolar;

c) Bolsas de Mérito;

d) Isenção de Propinas;

e) Atividades de Complemento Curricular;

f) Alojamento.

5 - A prevenção do acidente escolar é uma prioridade no planeamento da ação educativa e

traduz-se em ações de informação e formação dirigidas aos alunos, ao pessoal docente e não

docente, destinadas a prevenir ou a reduzir os riscos de acidente escolar.

6 - O seguro escolar constitui um sistema de proteção destinado a garantir a cobertura dos danos

resultantes do acidente escolar, designadamente a cobertura financeira da assistência a prestar aos

sinistrados.

Artigo 227.º - Programa Leite Escolar

1 - O “Programa Leite Escolar” insere-se num conjunto de medidas de combate à exclusão social

e promotoras da igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar.

2 - O leite escolar e outros alimentos nutritivos devem ser fornecidos tendo em atenção a

necessidade de dar resposta adequada às efetivas necessidades e ao consumo das crianças que

frequentam a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico.

Artigo 228.º - Funcionamento

1 - O regulamento e o horário de funcionamento são divulgados nos locais próprios.

Secção II - Bibliotecas Escolares/Centro de Recursos Educativos

(BE/CRE)

Artigo 229.º - Definição e Missão

1 - A biblioteca é definida no DL nº 75/2008, com as alterações introduzidas pelo DL nº 126/2012

de 2 de julho, como um serviço técnico-pedagógico e constitui um instrumento essencial do

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133

desenvolvimento do currículo escolar e as suas atividades devem estar integradas nas restantes

atividades do AEHN e fazer parte do seu Projeto Educativo.

2 - A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para todos os membros da

comunidade educativa serem bem-sucedidos na sociedade atual, baseada na informação e no

conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao

longo da vida e desenvolve a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis.

Artigo 230.º - Composição

1 - O AEHN dispõe das seguintes BE/CRE:

Escola Secundária Henriques Nogueira (escola sede);

Escola Básica 2, 3 de Maxial;

Centro Educativo do Outeiro da Cabeça;

EB1 de Monte Redondo (não integrada na Rede de Bibliotecas Escolares).

Artigo 231.º - Organização e Gestão

1 - Cada biblioteca dispõe de um regimento próprio no qual são definidas as regras de

organização e funcionamento.

2 - A gestão da BE/CRE do agrupamento rege-se pelos seguintes documentos:

a) Normas de funcionamento que estabelecem as regras de utilização e de gestão do espaço;

b) Guia do utilizador que inclui os principais deveres e direitos dos utilizadores, assim como

uma breve descrição da organização da biblioteca escolar;

c) Manual de procedimentos que define as normas adotadas no tratamento documental de

acordo com a política de desenvolvimento documental concelhio;

d) Plano de ação, que apresenta as principais linhas de ação da biblioteca escolar de acordo

com as diretrizes da rede de bibliotecas escolares, as metas a alcançar e as iniciativas e estratégias

da intervenção da biblioteca escolar, partindo sempre das especificidade da biblioteca, das

necessidades dos utilizadores, dos objetivos da escola e dos objetivos educativos concelhios e

nacionais.

Artigo 232.º - Política Documental da BE

1 - O fundo documental da BE deve:

a) Traduzir a ideia de que a liberdade e o acesso à informação são essenciais para uma

cidadania efetiva e responsável e para a participação na democracia;

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b) Contemplar fontes de informação em suportes, respeitando a proporção de 3:1

relativamente ao material livro e não livro;

c) Proporcionar apoio a todas as áreas do Currículo Nacional, tendo em atenção os níveis de

ensino e ofertas curriculares existentes no agrupamento;

d) Conter bibliografia de apoio a docentes para o desenvolvimento dos planos de turma, em

especial no que se refere a diferenciação de ensino, a necessidades educativas especiais e a

diversidade cultural;

e) Contemplar os novos meios de acesso à informação e os novos suportes de leitura;

f) Incluir todos os documentos adquiridos pela escola (oferta, compra ou permuta). Estes

serão registados e ficarão disponíveis para pesquisa no catálogo da BE;

g) Registar todos os materiais produzidos no âmbito de atividades desenvolvidas nas escolas

do agrupamento que revelem interesse para a comunidade escolar;

h) Contemplar áreas de componente extracurricular e lúdica;

i) Ser atualizado com regularidade, tendo em conta as necessidades da comunidade

educativa.

Artigo 233.º - Designação e Competências do Professor Bibliotecário/Coordenador

1 - O professor bibliotecário é designado pelo diretor, nos termos da legislação em vigor.

2 - O Coordenador das BE é designado pelo diretor de entre os professores bibliotecários do

agrupamento e representa as BE no conselho pedagógico.

3 - Ao professor bibliotecário/coordenador compete:

a) Assegurar serviço de biblioteca;

b) Promover a articulação das atividades da biblioteca com os objetivos do Projeto Educativo,

Plano Anual de Atividades e de turma;

c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afetos à biblioteca;

d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos

recursos materiais afetos à biblioteca;

e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação, promovendo

a sua integração nas práticas de professores e alunos;

f) Apoiar as atividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e

competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando

colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento;

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135

g) Apoiar atividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no plano

de atividades e Projeto Educativo;

h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projetos de parceria com

entidades locais;

i) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de

autoavaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE) e

coordenação interconcelhia e a apresentar ao diretor/Conselho Pedagógico.

Artigo 234.º - Equipa da BE/CRE

1 - Os elementos da equipa são designados pelo diretor, nos termos da legislação em vigor.

2 - À equipa compete coadjuvar a gestão e organização da BE/CRE, sob orientação do professor

bibliotecário.

Artigo 235.º - Instalações

1 - As instalações da biblioteca escolar organizam-se em vários espaços integrados,

compreendendo:

a) Zona de acolhimento;

b) Zonas de leitura informal, de consulta de documentação de qualquer suporte, de consulta

e produção de multimédia;

c) Centro de leitura especial (na escola sede) - destinado a pessoas com alterações das

funções de visão;

d) Zona de gestão e tratamento documental;

e) Zona de utilização polivalente e de exposições.

Artigo 236.º - Funcionamento

1 - O horário de funcionamento de cada BE/CRE é definido anualmente pelo diretor e divulgado

nos locais próprios.

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Secção III – Serviço Especializados de Apoio Educativo

Subsecção I – Serviço de Psicologia e Orientação

Artigo 237.º - Definição

1 - O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) é um serviço técnico-pedagógico que desenvolve

a sua ação nos domínios da orientação escolar, no apoio psicopedagógico a alunos, pais e/ou

encarregados de educação, pessoal docente e não docente, no contexto das atividades educativas e,

ainda, no apoio ao desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no interior do AEHN e entre

este e a comunidade.

2 - O profissional que integra o Serviço de Psicologia e Educação dispõe de autonomia técnica e

científica.

3 - Ao exercício das funções de psicólogo aplica-se o código deontológico da prática profissional

da psicologia.

Artigo 238.º - Competências

1 - Ao Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) compete:

a) Ao nível dos apoios psicopedagógicos:

I. Colaborar com os educadores e professores na elaboração dos programas educativos

individuais, prestando apoio psicopedagógico às atividades educativas;

II. Identificar e analisar causas de insucesso escolar e propor as medidas tendentes à sua

eliminação;

III. Proceder à avaliação global de situações relacionadas com problemas de

desenvolvimento, com dificuldades de aprendizagem, com competências e potencialidades

específicas e elaborar documento escrito;

IV. Prestar o apoio psicopedagógico mais adequado;

V. Articular modalidades de complemento pedagógico, de compensação educativa e de

educação especial, tendo em vista a individualização do ensino com a adequação de

currículos e programas;

VI. Propor, de acordo com os pais e/ou encarregados de educação e em colaboração com

os serviços competentes, o encaminhamento dos alunos com necessidades educativas

especiais para modalidades de resposta educativa mais adequada.

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b) Ao nível do apoio ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade educativa:

I. Colaborar, na sua área de especialidade, com o diretor;

II. Colaborar em ações comunitárias destinadas a eliminar e prevenir a fuga à

escolaridade obrigatória, o abandono precoce e o absentismo sistemático;

III. Articular a sua ação com outros serviços especializados, nomeadamente das áreas da

saúde e da segurança social, de modo a contribuir para o correto diagnóstico e a avaliação

sócio-médico-educativa de crianças e jovens com necessidades especiais e planear as

medidas de intervenção mais adequadas, elaborando um documento escrito;

IV. Participar no processo de avaliação multidisciplinar e interdisciplinar, tendo em vista a

elaboração dos programas educativos individuais, acompanhando a sua concretização;

V. Participar em experiências pedagógicas bem como em projetos de investigação, em

ações de formação de pessoal docente e não docente;

VI. Desenvolver ações de informação e sensibilização junto dos pais e/ou encarregados

de educação, no que respeita às condicionantes do desenvolvimento e da aprendizagem

numa perspetiva de aconselhamento psicossocial.

c) Ao nível da orientação escolar e profissional:

I. Apoiar os alunos no processo de desenvolvimento da sua identidade pessoal e do seu

projeto de vida;

II. Desenvolver programas e ações de aconselhamento pessoal e orientação vocacional, a

nível individual ou de grupo e elaborar documento escrito sempre que solicitado;

III. As atividades a desenvolver pelo SPO obedecem a um plano anual que é elaborado

tendo em conta as necessidades específicas da comunidade escolar, plano esse que deve ser

integrado no plano anual de atividades do AEHN.

Artigo 239.º - Funcionamento

1 - O SPO desenvolve a sua atividade na Escola Secundária Henriques Nogueira e na Escola Básica

2/3 do Maxial, em todas as áreas de intervenção previstas.

2 - O atendimento dos alunos pode ser solicitado pelos próprios, pelos professores, pelos

diretores de turma, pelo diretor e/ou pelos encarregados de educação. Se o atendimento não for da

iniciativa do aluno, antes da primeira entrevista, será realizada, pela entidade que a solicitar, uma

caraterização breve do caso, por escrito, para uma análise da situação e da necessidade de

atendimento pelo SPO.

3 - O horário de funcionamento do SPO é definido anualmente pelo diretor e divulgado nos

locais próprios.

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Subsecção II - Departamento de Educação Especial

Artigo 240.º - Definição

1 - O departamento de Educação Especial é composto por professores que prestam apoios

especializados e visam responder a alunos com necessidades educativas especiais com limitações

significativas ao nível da atividade e participação, num ou vários domínios, decorrentes de alterações

funcionais e estruturais de caráter permanente. Este apoio surge em articulação com outras estruturas

de orientação educativa, promovendo respostas pedagógicas diferenciadas e adequadas às

necessidades específicas dos alunos, adjacente a uma filosofia de escola inclusiva que promove o

sucesso educativo de todos.

Artigo 241.º - Composição e Coordenação

1 - O departamento de educação especial é composto por docentes que exercem funções em

todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino secundário, prestando apoio especializado

nos domínios cognitivo/motor (grupo 910) e visual (grupo 930).

2 - O departamento de educação especial deve ser coordenado por um docente de carreira,

detentor de formação especializada em educação especial e/ou na área de supervisão pedagógica,

avaliação do desempenho ou administração educacional. Quando tal não for possível, podem ser

designados outros docentes, pela ordem de prioridade consignada na legislação em vigor.

3 - O departamento de educação especial deve ser coordenado por um docente eleito de entre

os três docentes indicados pelo diretor.

Artigo 242.º - Competências do Departamento de Educação Especial

1 - Ao departamento de educação especial compete:

a) Colaborar na construção do Projeto Educativo, projeto curricular e Plano Anual de

Atividades;

b) Promover a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativo das crianças e

jovens com necessidades educativas especiais de caráter permanente (NEECP);

c) Criar condições para adequação do processo educativo às necessidades educativas

especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e participação num ou

vários domínios da vida decorrentes de alterações funcionais e estruturais de caráter permanente

resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, aprendizagem, mobilidade,

autonomia, relacionamento interpessoal e participação social;

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139

d) Analisar e refletir continuamente as práticas pedagógicas e o seu contexto, relativamente

ao atendimento dos alunos com NEECP;

e) Integrar e colaborar com a equipa multidisciplinar na avaliação dos alunos referenciados,

na elaboração do Relatório Técnico Pedagógico, com base no resultado das avaliações efectuadas,

na adequação, aplicação das medidas educativas às necessidades específicas dos alunos com

NEECP, no encaminhamento de todos os alunos que, após a avaliação efetuada, não se encontrem

no âmbito da Educação Especial, para outro tipo de acompanhamento disponibilizado pela escola;

f) Colaborar com o educador/professor/diretor de turma na organização dos processos

individuais dos alunos com NEECP, relativamente à documentação constituída no âmbito da

Educação Especial;

g) Colaborar na elaboração e acompanhamento do Programa Educativo Individual (PEI)

avaliando conjuntamente com o respetivo coordenador, a implementação das medidas educativas,

pelo menos em cada um dos momentos de avaliação sumativa interna da escola;

h) Colaborar com o coordenador do Programa Educativo Individual, docentes e outros

técnicos que acompanham o aluno, na elaboração de um relatório circunstanciado, no final do ano

letivo;

i) Apoiar indiretamente o aluno com NEECP através da orientação ao

educador/professor/diretor de turma no que concerne aos procedimentos a seguir no

desenvolvimento do seu programa;

j) Sensibilizar e ajudar os assistentes operacionais a compreender as necessidades

pedagógicas, técnicas, sociais e emocionais dos alunos com necessidades educativas especiais;

k) Colaborar com o professor/diretor de turma na organização e planificação dos planos

individuais de transição dos alunos com NEECP, identificando, em função dos seus interesses,

locais apropriados ao desenvolvimento de atividades pré-profissionais na modalidade de

formação, estágio ou de atividades ocupacionais;

l) Orientar e assegurar, em conjunto com o diretor do AEHN, o desenvolvimento dos

currículos específicos individuais;

m) Proceder sistematicamente à atualização das listagens dos alunos com NEECP, por nível de

ensino;

n) Colaborar na formação de turmas.

Artigo 243.º Competências dos Docentes

1 - São competências dos docentes de educação especial:

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a) Promover o cumprimento dos programas educativos individuais dos alunos com NEECP.,

colaborando no planeamento e execução de estratégias de ensino e de aprendizagem, no sentido

destes atingirem as metas curriculares previstas;

b) Planear, organizar e preparar as atividades letivas;

c) Cooperar com outros docentes nas atividades de algumas disciplinas e/ou na comunidade

educativa;

d) Participar através da análise, discussão e apresentação de propostas, no âmbito das suas

atividades e das atividades do departamento;

e) Proceder junto dos serviços administrativos, com a colaboração do coordenador do

departamento, à requisição de materiais para o desenvolvimento das suas atividades, de acordo

com os objetivos programáticos e planificações estabelecidas;

f) No final do ano letivo, entregar ao coordenador do departamento, os processos dos alunos

em formato digital;

g) Participar na avaliação das atividades desenvolvidas no plano anual de atividades.

Artigo 244.º - Competências do Coordenador do Departamento de Educação Especial

1 - Compete ao coordenador, para além do estipulado na legislação em vigor e no seu

regimento:

a) Convocar e presidir às reuniões do departamento;

b) Dar orientações sobre o trabalho a realizar pelos elementos do departamento;

c) Fomentar um clima de cooperação, troca de experiências e materiais entre todos os

elementos, de modo a garantir o bom desempenho das respetivas funções;

d) Promover a cooperação entre os docentes e os restantes serviços/entidades públicas;

e) Proceder à divisão de tarefas entre os docentes especializados de acordo com o estipulado

pela lei;

f) Representar o departamento de educação especial no Conselho Pedagógico e sempre que

for solicitado;

g) Informar os docentes das decisões tomadas em Conselho Pedagógico, bem como veicular

outras informações que considere importantes, nomeadamente no âmbito da educação especial;

h) Solicitar ao diretor os meios indispensáveis em ordem à superação de problemas inerentes

ao funcionamento dos apoios especializados;

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i) Intervir ao nível da comunidade e junto das instituições e serviços fomentando a

articulação entre os serviços de educação, saúde, segurança social e autarquias, de forma a

melhorar os apoios prestados aos alunos;

j) Apresentar ao diretor o relatório crítico anual, das atividades desenvolvidas pelo

departamento;

k) No final do ano letivo, registar a atualização do inventário dos materiais e equipamentos

utilizados no desenvolvimento das atividades do departamento de Educação Especial, depois de

verificado o seu estado de conservação e destes ficarem devidamente arrumados nos locais que

lhe são destinados.

Artigo 245.º - Outras Disposições

1 - Sendo o AEHN de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão, e dando

cumprimento ao disposto no artigo 24º do Decreto-Lei nº3/2008, de 07 de janeiro, proporciona uma

sala específica com as condições e os meios adequados à educação destes alunos, com vista a:

a) Assegurar a observação e avaliação visual e funcional;

b) Assegurar o ensino e a aprendizagem da leitura e escrita do Braille bem como das suas

diversas grafias e domínios de aplicação;

c) Assegurar a utilização de meios informáticos específicos, entre outros, leitores de ecrã,

software de ampliação de carateres, linhas Braille e impressora Braille;

d) Assegurar o ensino e a aprendizagem da orientação e mobilidade;

e) Assegurar o treino visual específico;

f) Orientar os alunos nas disciplinas em que as limitações visuais ocasionem dificuldades

particulares;

g) Assegurar o acompanhamento psicológico e a orientação vocacional;

h) Assegurar o treino de atividades de vida diária e a promoção de competências sociais;

i) Assegurar a formação e aconselhamento aos professores, pais, encarregados de educação

e outros membros da comunidade educativa;

j) Adaptar os espaços físicos escolares à mobilidade dos alunos cegos e com baixa visão.

Artigo 246.º - Funcionamento

1 - O departamento funciona de acordo com o estipulado na legislação e no respetivo regimento.

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Secção IV – Outras Estruturas de Apoio

Subsecção I – Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA)

Artigo 247.º - Definição

1 - O Gabinete de Apoio ao Aluno – GAA - é um espaço destinado principalmente a alunos, que

podem frequentá-lo de modo voluntário ou quando encaminhados pelos docentes. Os alunos podem,

de modo confidencial, esclarecer dúvidas e problemas no âmbito do seu bem-estar físico e

psicológico, da educação para a saúde e educação sexual, podendo contar com a colaboração de um

técnico da Unidade de Cuidados de Saúde na Comunidade (enfermeiro). Este espaço pode igualmente

ser frequentado por encarregados de educação, docentes e assistentes operacionais.

2 - O Gabinete de Apoio ao Aluno dispõe das seguintes valências:

a) Gabinete de Informação ao Aluno (GIA) e Programa de Promoção e Educação para a

Saúde;

b) Tutoria (artigo 206.º, subsecção II, secção II, capítulo V).

Artigo 248.º - Objetivos

1 - São objetivos do GAA:

a) Integrar os alunos na escola;

b) Proporcionar aos alunos um espaço de diálogo e de reflexão;

c) Combater os casos de absentismo e de abandono escolar;

d) Promover o desenvolvimento de competências, designadamente, na educação para a

cidadania;

e) Ajudar a prevenir comportamentos de risco;

f) Contribuir para o desenvolvimento de atitudes de cooperação, solidariedade e respeito;

g) Apoiar a resolução de situações de conflito e de indisciplina;

h) Melhorar o clima de convivência em todos os espaços escolares.

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Artigo 249.º - Encaminhamento

1 - Podem ser encaminhados para o GAA os alunos com ordem de saída da sala de aula e nas

situações em que se aplica a medida corretiva de realização de tarefas e atividades de integração

escolar. Neste âmbito o GAA é o recurso a utilizar quando as várias estratégias pedagógicas e de

gestão de comportamentos na sala de aula não surtem efeito.

2 - O procedimento a adotar no encaminhamento dos alunos para o GAA encontra-se definido

no respetivo regimento interno.

Artigo 250.º - Coordenação

1 - A cada GAA corresponde um responsável – Coordenador do GAA – designado pelo diretor do

agrupamento.

2 - Os coordenadores do GAA reúnem entre si, para elaboração do respetivo regimento interno.

Subsecção II - Equipas Multidisciplinares

Artigo 251.º - Constituição e Âmbito de Intervenção

1 - O AEHN deve constituir uma equipa multidisciplinar destinada a acompanhar em permanência

os alunos, designadamente aqueles que revelem maiores dificuldades de aprendizagem, risco de

abandono escolar, comportamentos de risco ou gravemente violadores dos deveres do aluno ou se

encontrem na iminência de ultrapassar os limites de faltas previstos neste regulamento.

2 - A equipa multidisciplinar referida no número anterior deve pautar as suas intervenções nos

âmbitos da capacitação do aluno e da capacitação parental tendo como referência boas práticas

nacional e internacionalmente reconhecidas.

3 - Nos termos do n.º 1, a equipa multidisciplinar oferece, sempre que possível, um serviço que

cubra em permanência a totalidade do período letivo diurno, recorrendo para o efeito,

designadamente a docentes com ausência de componente letiva, às horas provenientes do crédito

horário ou a horas da componente não letiva de estabelecimento, sem prejuízo do incentivo ao

trabalho voluntário de membros da comunidade educativa.

Artigo 252.º - Composição

1 - A equipa multidisciplinar deve integrar docentes e técnicos detentores de formação

especializada e ou de experiência e vocação para o exercício da função, integrando o diretor de turma,

o professor titular de turma, elementos do Gabinete de Apoio ao Aluno, dos Serviços de Ação Social

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144

Escolar, das diferentes áreas e projetos de natureza extracurricular, bem como voluntários cujo

contributo seja relevante face aos objetivos a prosseguir.

2 - As equipas são constituídas por membros escolhidos em função do seu perfil, competência

técnica, sentido de liderança e motivação para o exercício da missão e coordenadas por um dos seus

elementos designado pelo diretor, em condições de assegurar a referida coordenação com caráter de

permanência e continuidade, preferencialmente, um psicólogo.

Artigo 253.º - Objetivos

1 - A atuação das equipas multidisciplinares prossegue, designadamente, os seguintes objetivos:

a) Inventariar as situações problemáticas com origem na comunidade envolvente, alertando e

motivando os agentes locais para a sua intervenção, designadamente preventiva;

b) Promover medidas de integração e inclusão do aluno na escola tendo em conta a sua

envolvência familiar e social;

c) Atuar preventivamente relativamente aos alunos que se encontrem nas situações referidas

na alínea a);

d) Acompanhar os alunos nos planos de integração na escola e na aquisição e

desenvolvimento de métodos de estudo, de trabalho escolar e medidas de recuperação da

aprendizagem;

e) Supervisionar a aplicação de medidas corretivas e disciplinares sancionatórias, sempre que

essa missão lhes seja atribuída;

f) Aconselhar e propor percursos alternativos aos alunos em risco, em articulação com outras

equipas ou serviços com atribuições nessa área;

g) Propor o estabelecimento de parcerias com órgãos e instituições, públicas ou privadas, da

comunidade local, designadamente com o tecido socioeconómico e empresarial, de apoio social

na comunidade, com a rede social municipal, de modo a participarem na proposta ou execução

das diferentes medidas de integração escolar, social ou profissional dos jovens em risco;

h) Estabelecer ligação com as comissões de proteção de crianças e jovens em risco,

designadamente, para os efeitos e medidas previstas neste regulamento, relativas ao aluno e ou às

suas famílias;

i) Promover as sessões de capacitação parental e a formação em gestão comportamental;

j) Assegurar a mediação social, procurando, supletivamente, outros agentes para a mediação

na comunidade educativa e no meio envolvente, nomeadamente pais e encarregados de educação.

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CAPÍTULO VII – AVALIAÇÃO INTERNA DO AGRUPAMENTO

Artigo 254.º - Definição

1 - A autoavaliação é um processo de identificação do grau de concretização dos objetivos

fixados no Projeto Educativo e de avaliação das atividades realizadas pelo agrupamento e da sua

organização e gestão, designadamente no que diz respeito aos resultados escolares e à prestação do

serviço educativo, visando a melhoria e autorregulação dos desempenhos pedagógicos e

organizacionais.

2 - Os procedimentos inerentes à autoavaliação são desencadeados, organizados, analisados e

apresentados através de um relatório, pela equipa de autoavaliação.

Artigo 255.º - Composição da Equipa

1 - A equipa é designada pelo diretor e deve integrar pessoal docente (de cada ciclo de ensino),

pessoal não docente, representantes dos pais ou encarregados de educação e dos alunos.

Artigo 256.º - Coordenador da Equipa

1 - O coordenador da equipa de avaliação interna é um professor designado pelo director.

2 - O mandato do coordenador tem a duração de quatro anos e cessa com o mandato do diretor.

CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES COMUNS

Artigo 257.º - Processo Eleitoral

1 - As assembleias eleitorais são convocadas pelo presidente, em exercício de funções, do órgão a

que respeitam ou por quem legalmente o substitua.

2 - Os processos eleitorais realizam-se por sufrágio secreto e presencial.

3 - O processo eleitoral tem início com a apresentação do aviso de abertura, publicado na página

do agrupamento e nos locais destinados à divulgação de informação.

4 - Consideram-se eleitos, para os diversos cargos previstos neste regulamento, os candidatos

que obtenham maioria absoluta de votos expressos.

5 - No caso de, na primeira votação, nenhum dos candidatos obter a maioria absoluta dos votos,

proceder-se-á a um segundo escrutínio apenas considerando os dois candidatos mais votados.

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6 - As eleições e os resultados do processo eleitoral para o Conselho Geral regem-se por

disposições específicas, constantes no artigo 15.º e na alínea 3 do artigo nº 49.º do Decreto-Lei n.º

75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho.

7 - O procedimento concursal e a eleição do diretor regem-se por disposições específicas

constantes dos artigos 21.º a 23.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado

pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho.

Artigo 258.º - Inelegibilidade

1 - O pessoal docente e não docente a quem tenha sido aplicada pena disciplinar superior a

multa não pode ser eleito ou designado para os órgãos e estruturas previstas neste regulamento

interno, durante o cumprimento da pena e nos quatro anos posteriores ao seu cumprimento, nos

termos do Decreto-Lei nº. 75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º

137/2012, de 2 de julho.

2 - O disposto no número anterior não é aplicável ao pessoal docente e não docente e aos

profissionais de educação reabilitado nos termos do estatuto disciplinar dos funcionários e agentes da

administração central, regional e local.

3 - Nos termos da alínea 5 do artigo 8º da Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro, não podem ser

eleitos ou continuar a representar os alunos nos órgãos ou estruturas da escola aqueles a quem seja

ou tenha sido aplicada, nos últimos dois anos escolares, medida disciplinar sancionatória superior à de

repreensão registada ou sejam, ou tenham sido nos últimos dois anos escolares, excluídos da

frequência de qualquer disciplina ou retidos em qualquer ano de escolaridade por excesso grave de

faltas.

Artigo 259.º - Responsabilidade

1 - No exercício das respetivas funções os titulares órgãos do Conselho Geral, Diretor, Conselho

Pedagógico e Conselho Administrativo respondem, perante a administração educativa, nos termos

gerais do direito.

Artigo 260.º – Incompatibilidades

1 - Os membros da direção, os coordenadores de escolas ou de estabelecimentos de educação

pré-escolar, os docentes que assegurem funções de assessoria da direção, bem como todos docentes

que integrem o Conselho Pedagógico não podem ser membros do Conselho Geral.

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Artigo 261.º - Regimentos

1 - Os órgãos colegiais de administração e gestão e as estruturas de coordenação educativa e

supervisão pedagógica elaboram os seus próprios regimentos, definindo as respetivas regras de

organização e de funcionamento.

2 - O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato do órgão ou estrutura

a que respeita.

3 - Os regimentos devem ser aprovados pelo diretor, ouvido o Conselho Pedagógico nos casos

que se encontram no âmbito das suas competências.

Artigo 262.º - Regulamentos Específicos

1 - Os regulamentos que estabelecem normas para a eleição do Conselho Geral, eleição do

diretor, avaliação e normas de funcionamento dos cursos profissionais, vocacionais, formação de

adultos, CQEP e outros documentos de referência, após aprovação fazem parte integrante deste

Regulamento Interno como anexos e devem ser divulgados na página e na plataforma do

agrupamento.

2 - Os regulamentos que estabelecem o regime de utilização e funcionamento das BE/CRE,

serviços e instalações específicas devem ser aprovados pela direção, ouvido o Conselho Pedagógico

nos casos que se encontrem no âmbito das suas competências, e estar afixados em local de fácil

acesso a todos os utilizadores.

CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 263.º - Omissões

1 - Os casos omissos neste Regulamento serão regulados pela lei geral, pelas leis especiais

respetivas, pelo Código de Procedimento Administrativo ou encaminhados pelo diretor da Escola para

os órgãos de decisão competentes.

2 - Em caso de conflito de qualquer norma do presente Regulamento Interno com a lei especial e

geral aplicável, designadamente o Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado pelo

Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho, prevalecem aqueles diplomas nos termos gerais do Direito.

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Artigo 264.º - Aprovação e Revisão do Regulamento Interno

1 - O Regulamento Interno é aprovado por maioria absoluta dos votos dos membros do

Conselho Geral em efetividade de funções nos termos da alínea d, do n.º 1, do artigo 13.º, do Decreto-

Lei n.º 75/2008, alterado pelo Decreto-Lei n.º 137/2012

2 - O Regulamento Interno pode ser revisto ordinariamente quatro anos após a sua aprovação e,

extraordinariamente, a todo tempo, por deliberação do Conselho Geral, de acordo com o artigo 65.º

do mesmo Decreto-Lei.

3 - O diretor deve elaborar a proposta de revisão do Regulamento e submetê-la, para aprovação,

ao Conselho Geral, depois de emitido o parecer do Conselho Pedagógico.

Artigo 265.º - Divulgação

1 - O Regulamento Interno deve ser divulgado a toda a comunidade escolar, no início de cada

ano letivo, sendo obrigatoriamente subscrito pelos alunos, pais e encarregados de educação.

2 - O Regulamento Interno deve estar disponível, para consulta, nos seguintes locais:

Página e plataforma Moodle do agrupamento;

Bibliotecas escolares;

Sala dos diretores de turma;

Secretaria;

Associação de estudantes e associação de pais e encarregados de educação.

Art.º 266.º - Revisão do Regulamento Interno

1 - Este regulamento é revisto ordinariamente quatro anos após a sua entrada em vigor, se não

ocorrerem alterações legislativas que obriguem à sua revisão antecipada e extraordinariamente, a

todo tempo, por deliberação do Conselho Geral, aprovada por maioria absoluta dos membros em

efetividade de funções.

2 - O Conselho Geral pode deliberar, em qualquer momento, proceder à aprovação de revisões

extraordinárias do RI, apresentadas pelo diretor.