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REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DO PORTO DE FORTALEZA
1. APRESENTAÇÃO
A Companhia Docas do Ceará, Autoridade Portuária do Porto de Fortaleza,
através da Portaria (E) Nº 020/2014, designou comissão para adequar o
Regulamento de Exploração Portuária (REP) do Porto de Fortaleza as
disposições da Lei Nº 12.815/2013.
Composição:
- Allysson Costa de Oliveira (Presidente)
- Oswaldo George Fontenele (Membro)
- Luiz Mateus dos Santos Filho (Membro)
- Francisco Humberto Castelo Branco Araújo (Membro)
A formatação do presente Regulamento de Exploração do Porto de
Fortaleza obedece às diretrizes, objetivos gerais e procedimentos mínimos
estabelecidos pela Portaria SEP Nº 245/2013.
ATO DE APROVAÇÂO DO REP
- RESOLUÇÃO DIREXE N.º 342/2014 DE 05/12/14
O Regulamento de Exploração do Porto, conforme entendimento da
Autoridade Portuária, é o documento que instrumentaliza a gestão da
administração do porto, permitindo aos usuários do Porto a possibilidade de
apresentar sugestões de melhorias e revisões do mesmo, através do link
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2. OBJETO E ABRANGÊNCIA
O presente Regulamento, elaborado com fundamento na Lei Nº 12.815, de
05 de junho de 2013, no Decreto nº 8.033 de 27 de junho de 2013 e na
Portarias de Nºs 111, 201 e 244 e 245 da SEP, estabelece as condições
básicas e disciplinadoras das atividades no Porto Organizado de Fortaleza,
pertinentes ao funcionamento, serviços, utilização de instalações e infra-
estruturas, bem como as relações harmônicas e integradas entre a
Administração Portuária, as autoridades com função nos portos, os
operadores portuários, os usuários e trabalhadores, buscando a melhor
utilização das instalações e equipamentos portuários, estimulando à
concorrência na prestação de serviços portuários e zelando pela segurança
patrimonial, pessoal e ambiental nas instalações sob gestão direta da
Administração Portuária.
3. ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A administração do Porto de Fortaleza é realizada pela Companhia de
Docas do Ceará, possuindo a CDC jurisdição, plena e exclusiva, na
respectiva área do Porto Organizado de Fortaleza, no Estado do Ceará,
delimitada através do Decreto nº 4.333, de 12 de agosto de 2.002.
3.1 Localização
O Porto está localizado na enseada do Mucuripe, município de Fortaleza,
nas seguintes coordenadas geográficas 03°41’28” latitude sul e 38°33’29”
longitude oeste, constando da Carta Marítima Brasileira 701 e Carta
Marítima estrangeira HD (MK) 526 USN00 24251, observando o fuso horário
menos 3 horas GMT.
3.2 Regime jurídico de exploração do porto
A Companhia Docas do Ceará é uma sociedade de economia mista regida
pela Lei nº 6.404/1976, que trata das sociedades anônimas, bem como pelos
diplomas legais citados a seguir:
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Decreto nº 4.333, de 12 de agosto de 2.002, que delimitou a área do porto
organizado de Fortaleza.
Lei n.º 12.815, de 05.06.2013, que dispõe sobre a exploração direta e
indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre atividades
desempenhadas por operadores portuários;
Decreto n.º 8.033, de 27.06.2013, que regulamentou disposições do diploma
portuário;
e normas estatuídas neste Regulamento de Exploração do Porto (REP).
3.3 Organograma:
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3.4 Corpo Diretivo
COORDENADORIA DE AUDITORIA INTERNA – Rebeca Alves Soares Guimarães
CHEFE DE GABINETE - Lorena Aragão
DIRETOR PRESIDENTE – Mario Jorge Cavalcante Moreira
COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - Luiz Humberto Andrade Madeira
Barros
COORDENADORIA DE INFORMÁTICA - Antônio Ernani Oliveira de Melo
COORDENADORIA DE CONTROLE - Beatriz Meireles Vieira
COORDENADORIA JURÍDICA - Allysson Costa de Oliveira
COORDENADORIA DE SMS – Raimundo José de Oliveira
COORDENADORIA CVT PORTUÁRIO - Aníbal Júnior de Oliveira Chaves
COORDENADORIA GUARDA PORTUÁRIA – João de Deus Marques de Lima
COORDENADORIA CCL - Francisco Ronaldo da Silva Monteiro
COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Nathália de Sá da Costa
DIRETORIA DE INFRAESTRUTURA E GESTÃO PORTUÁRIA – Mario Lima Junior
COORDENADORIA DE INFRAESTRUTURA CIVIL - ********
COORDENADORIA DE MANUTENÇÃO ELÉTRICA- Aderson Silveira Aragão
COORDENADORIA DE GESTÃO PORTUÁRIA – **********
DIRETORIA COMERCIAL – José Arnaldo Cruz Bezerra de Menezes
COORDENADORIA DE MARKETING - Patrícia Maria de La Concepcion S. Macedo
COORDENADORIA DE GESTÃO E NEGÓCIOS – Telma Leite Moraes
DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA - José Maria de Araújo
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS - Luciana Martins de Lira
COORDENADORIA ADMINISTRATIVA – Roberto Franco Moreira de Souza Júnior
COORDENADORIA FINANCEIRA – Evaristo Luis Loureiro Maia Filho
4. DEFINIÇÕES
4.1 Definições
Porto Organizado : bem público construído e aparelhado para atender a
necessidade de navegação, de movimentação de passageiros ou de
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movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações
portuárias estejam sob jurisdição de Autoridade Portuária;
Área do Porto organizado : área delimitada por ato do Poder Executivo que
compreende as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de
acesso ao porto organizado;
Instalação Portuária : instalação localizada dentro ou fora da área do porto
organizado e utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação
ou armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte
aquaviário;
Terminal de Uso Privado : instalação portuária explorada mediante
autorização e localizada fora da área do porto organizado;
Estação de Transbordo de Carga : instalação portuária explorada mediante
autorização, localizada fora da área do porto organizado e utilizada
exclusivamente para a operação de transbordo de mercadorias em
embarcações de navegação interior ou cabotagem;
Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte : instalação portuária
explorada mediante autorização, localizada fora do porto organizado e
utilizada em movimentação de passageiros ou mercadorias em
embarcações de navegação interior;
Instalação Portuária de Turismo : instalação portuária explorada mediante
arrendamento ou autorização e utilizada em embarque, desembarque e
trânsito de passageiros, tripulantes e bagagens, e de insumos para o
provimento e abastecimento de embarcações de turismo;
Concessão : cessão onerosa do porto organizado, com vistas à
administração e a exploração de sua infraestrutura por prazo determinado;
Delegação : transferência, mediante convênio, da administração e a
exploração do porto organizado par Municípios ou Estados, ou a consórcio
público, nos termos da Lei nº 9.277, de 10 de maio de 1996;
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Arrendamento : cessão onerosa de área e infraestutura públicas localizadas
dentro do porto organizado, para exploração por prazo determinado;
Autorização : outorga de direito à exploração de instalação portuária
localizada fora da área do porto organizado e formalizada mediante contrato
de adesão;
Operador Portuário : pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as
atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e
armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte
aquaviário, dentro da área do porto organizado;
5. COMPETÊNCIAS
5.1 - DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO
Compete dentro dos limites da área do porto organizado:
a) cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de
concessão;
b) assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e
aparelhamento do porto ao comércio e à navegação;
c) pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas
estabelecidas pelo poder concedente;
d) arrecadar os valores das tarifas relativas às suas atividades;
e) fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, ampliação,
melhoramento e conservação das instalações portuárias;
f) fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das atividades
com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente;
g) promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações que
possam prejudicar o acesso ao porto;
h) autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatracação, o fundeio
e o tráfego de embarcação na área do porto, ouvidas as demais autoridades
do porto;
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i) autorizar a movimentação de carga das embarcações, ressalvada a
competência da autoridade marítima em situações de assistência e
salvamento de embarcação, ouvidas as demais autoridades do porto;
j) suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento do
porto, ressalvados os aspectos de interesse da autoridade marítima
responsável pela segurança do tráfego aquaviário;
k) reportar infrações e representar perante a ANTAQ, visando à instauração
de processo administrativo e aplicação das penalidades previstas em lei, em
regulamento e nos contratos;
l) adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades no porto;
m) prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade
portuária e ao órgão de gestão de mão de obra;
n) estabelecer o horário de funcionamento do porto, observadas as
diretrizes da Secretaria de Portos da Presidência da República, e as
jornadas de trabalho no cais de uso público; e
o) organizar a guarda portuária, em conformidade com a regulamentação
expedida pelo poder concedente.
5.1.1 - sob a coordenação da Autoridade Marítima:
a) estabelecer, manter e operar o balizamento do canal de acesso e da
bacia de evolução do porto;
b) delimitar as áreas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de
inspeção sanitária e de polícia marítima;
c) delimitar as áreas destinadas a navios de guerra e submarinos,
plataformas e demais embarcações especiais, navios em reparo ou
aguardando atracação e navios com cargas inflamáveis ou explosivas;
d) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, em
função dos levantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade;
e) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximas
dos navios que trafegarão, em função das limitações e características
físicas do cais do porto;
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5.1.2 - sob coordenação da autoridade aduaneira:
a) delimitar a área de alfandegamento; e
b) organizar e sinalizar os fluxos de mercadorias, veículos, unidades de
cargas e de pessoas.
5.2 - DA AUTORIDADE MARÍTIMA
A Autoridade Marítima é responsável pela segurança do tráfego e pode
intervir para assegurar às embarcações da Marinha do Brasil a prioridade
para atracação no porto.
5.3 - DA AUTORIDADE ADUANEIRA
a) cumprir e fazer cumprir a legislação que regula a entrada, a permanência
e a saída de quaisquer bens ou mercadorias do País;
b) fiscalizar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de
pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias, sem prejuízo das
atribuições das outras autoridades no porto;
c) exercer a vigilância aduaneira e reprimir o contrabando e o descaminho,
sem prejuízo das atribuições de outros órgãos;
d) arrecadar os tributos incidentes sobre o comércio exterior;
e) proceder ao despacho aduaneiro na importação e na exportação;
f) proceder à apreensão de mercadoria em situação irregular, nos termos da
legislação fiscal;
g) autorizar a remoção de mercadorias da área portuária para outros locais,
alfandegados ou não, nos casos e na forma prevista na legislação
aduaneira;
h) administrar a aplicação de regimes suspensivos, exonerativos ou
devolutivos de tributos às mercadorias importadas ou a exportar;
i) assegurar o cumprimento de tratados, acordos ou convenções
internacionais no plano aduaneiro; e
j) zelar pela observância da legislação aduaneira e pela defesa dos
interesses fazendários nacionais.
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5.4 – DA AUTORIDADE DE POLÍCIA FEDERAL
a) Prevenir e reprimir os crimes praticados a bordo, contra ou em relação a
embarcações atracadas no porto ou fundeadas nas adjacências ou no mar
territorial brasileiro;
b) Prevenir e reprimir os crimes de competência da Polícia Federal
praticados na área fluvial incluindo o porto e adjacências, abrangendo o
tráfico de armas de fogo, de pessoas, de armas químicas, nucleares,
biológicas e congêneres, e o terrorismo e outros crimes praticados no
âmbito marítimo e fluvial que tenham repercussão interestadual ou
internacional e que exijam repressão uniforme;
c) Executar a fiscalização de migração de passageiros e tripulantes, quando
da realização da visita oficial a bordo de embarcações de transporte
marítimo internacional, sem prejuízo de outras providências de controle
interno em relação ao cumprimento do estatuto do estrangeiro (Lei
8.815/80), nos navios afretados ou não, que estejam operando em
cabotagem, em apoio marítimo ou em apoio portuário, observando-se o
recolhimento das taxas devidas;
d) Fiscalizar as embarcações que operam no transporte internacional de
cargas e/ou de passageiros, por meio da expedição de passes de entrada e
de saída, em cada porto habilitado para o transporte internacional,
ressalvando-se as atribuições dos demais órgãos;
e) Manter uma central de comunicações com rádio, telefone, fax e e-mail,
operando vinte e quatro (24) horas, para receber denúncias de prática de
ilícitos de competência da Polícia Federal;
f) Policiar a área do porto, mediante o patrulhamento sistemático, fluvial e
terrestre;
g) Coordenar e buscar a integração dos órgãos que compõem a
CESPORTOS/Pará, visando uma ação mais coordenada na prevenção e
repressão aos atos ilícitos.
5.5 – DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
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Competências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de acordo com a
Portaria nº 593, de 25.08.2000, em seus artigos 64, 70 e 71.
a) orientar e controlar as atividades sanitárias que visem evitar a introdução
e expansão de doenças transmissíveis e seus vetores, através de portos,
aeroportos, fronteiras, e seus respectivos terminais de passageiros e
cargas, entrepostos, estações aduaneiras, meios e vias de transporte
aéreos, marítimos, fluviais, lacustres e terrestres do país, em consonância
com os órgãos de saúde dos níveis estadual e municipal, bem como com
outros órgãos federais atuantes na área;
b) orientar, controlar e emitir parecer referente à vigilância sanitária de
estrangeiros
c) que pretendam ingressar e fixar-se no País, de acordo com a legislação
específica;
d) acompanhar indicadores da situação sanitária nacional e internacional,
incluindo o desenvolvimento de epidemias, especialmente de síndromes de
notificação internacional e de doenças de notificação no território nacional,
promovendo as medidas de vigilância sanitária, que visem a impedir a sua
disseminação no País, através de meios e vias de transporte aéreos,
marítimos, fluviais, lacustres e terrestres;
e) propor as medidas e formalidades sanitárias relativas a tráfego, no
território nacional, de veículos terrestres, marítimos, fluviais e aéreos, bem
como os que se referem a passageiros, tripulação e carga;
f) estabelecer a qualificação sanitária para designação de portos, aeroportos
e postos de fronteira, estações de passageiros e pontos de apoio
rodoferroviário para os fins previstos nas legislações nacional e
internacional;
g) orientar e controlar a vacinação e emissão de Certificado Internacional de
Vacinação Anti-amarílica nas áreas de portos, aeroportos e fronteiras;
h) estabelecer, propor e coordenar a execução das medidas e formalidades
relativas à fiscalização de cargas importadas e exportadas, sujeitas ao
regime de vigilância sanitária, em conjunto com as demais unidades e
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gerências envolvidas, inclusive autorizar a importação e exportação de
produtos sujeitos ao regime de vigilância sanitária;
i) cooperar com outros órgãos do Ministério da Saúde, serviços sanitários
estaduais ou locais nas medidas de vigilância epidemiológica que visem a
evitar a propagação de doenças transmissíveis;
j) propor e orientar as atividades de vigilância epidemiológica e controle de
vetores nas áreas de portos, aeroportos e fronteiras;
k) propor medidas e formalidades sanitárias relativas à inspeção e
fiscalização da prestação de serviços e produção de bens de interesse da
saúde pública nas áreas de portos, aeroportos, estação de fronteiras,
entrepostos e estações aduaneiras;
l) promover e implantar fluxo de informações e sugestões entre as
coordenações de portos, aeroportos e fronteiras dos estados e seus
usuários.
5.6 – DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO
A Portaria Ministerial No. 576/98 – Regimento Interno das Delegacias
Federais de Agricultura, estabelece que os Fiscais Federais Agropecuários
do Ministério da Agricultura, localizados nos Postos de Vigilância
Agropecuária, de acordo com a competência profissional, fiscalizem o
cumprimento das exigências estabelecidas para o trânsito internacional de
animais, vegetais, seus produtos e derivados, material de multiplicação
animal e vegetal, agrotóxicos, bebidas, forragens, material de
acondicionamento nos portos, aeroportos e postos de fronteira
internacionais, transportados como bagagem, encomenda ou carga.
5.7 – IBAMA
Compete ao IBAMA fiscalizar e controlar entre outros, a exportação dos
produtos e subprodutos da flora e fauna brasileiras.
5.8 – DO MINISTÉRIO DO TRABALHO e EMPREGO / SRTE
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A Secretária de Inspeção do Trabalho, com base na Instrução Normativa nº
61/2006, instituiu no âmbito da Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, a
Coordenação Nacional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário com
o objetivo de assessorar o secretário e diretores de fiscalização e de
segurança e saúde no trabalho nesses temas específicos. A Coordenação
Nacional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário terá como
atribuições:
a) elaborar diretrizes para uniformização dos procedimentos de inspeção do
trabalho portuário e aquaviário;
b) supervisionar as atividades das Coordenações Regionais;
c) analisar e consolidar os relatórios elaborados pelas Coordenações
Regionais, referentes às atividades das fiscalizações locais do trabalho
portuário e aquaviário, e elaborar relatório circunstanciado para o Secretário
de Inspeção do Trabalho trimestralmente;
d) propor intercâmbio com outros órgãos do Poder Público e ações
articuladas com outras instituições em nível nacional;
e) colaborar na coordenação e organização de operações especiais de
fiscalização autorizadas pela SIT;
f) assessorar a SIT na elaboração de informações sobre o trabalho portuário
e aquaviário.
A Coordenação Nacional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário
será exercida por auditores-fiscais, que atuarão junto a cada um dos
Departamentos. Os Coordenadores serão designados pelo Secretário de
Inspeção do Trabalho, dentre os servidores do quadro de Auditores-Fiscais
do Trabalho.
Compete as coordenações regionais:
a) assessorar as chefias locais de fiscalização e de segurança e saúde no
trabalho, a partir das diretrizes e orientações emanadas da SIT;
b) executar a fiscalização do cumprimento das normas e condições gerais
de proteção e segurança no trabalho portuário e aquaviário nos portos
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organizados, nas instalações portuárias privativas localizadas dentro ou fora
da área do porto organizado, nas áreas retroportuárias, nas embarcações
de passageiros, mercantes e de pesca, nas plataformas marítimas e
quaisquer locais onde se desenvolvam operações de mergulho;
c) inspecionar as empresas de navegação e de pesca, os operadores
portuários, empresas e serviços de atividades portuárias e subaquáticas,
estaleiros e atividades conexas do porto, em seus estabelecimentos ou em
escritórios de despachantes, para a verificação da legislação trabalhista;
d)executar ações articuladas com outros órgãos e instituições, conforme
planejamento anual;
e) orientar trabalhadores, sindicatos e empresas sobre a legislação portuária
e aquaviária, em harmonia com as diretrizes da inspeção do trabalho
portuário e aquaviário;
f) elaborar relatório mensal de atividades e encaminhá-lo à Coordenação
Nacional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário, conforme modelo
aprovado pela SIT, e à Chefia da Fiscalização competente, até o quinto dia
útil do mês subseqüente;
g) promover a verificação da regularidade do exercício profissional das
diversas atividades dos trabalhadores portuários avulsos, adotando as
medidas cabíveis em caso de infringência às normas legais.
As ações de fiscalização portuária e aquaviária deverão guardar
conformidade com o planejamento anual de fiscalização e com as diretrizes
emanadas da SIT.
5.9 – ANTAQ
Cabe à ANTAQ, em sua esfera de atuação:
a) Promover estudos específicos de demanda de transporte aquaviário e de
atividades portuárias; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
b) Promover estudos aplicados às definições de tarifas, preços e fretes, em
confronto com os custos e os benefícios econômicos transferidos aos
usuários pelos investimentos realizados; (Lei nº 10.233, de 2001)
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c) Propor ao Ministério dos Transportes o plano geral de outorgas de
exploração da infraestrutura aquaviária e de prestação de serviços de
transporte aquaviário; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
d) Elaborar e editar normas e regulamentos relativos à prestação de
serviços de transporte e à exploração da infra-estrutura aquaviária e
portuária, garantindo isonomia no seu acesso e uso, assegurando os
direitos dos usuários e fomentando a competição entre os operadores; (Lei
nº 10.233, de 2001)
e) Celebrar atos de outorga de permissão ou autorização de prestação de
serviços de transporte pelas empresas de navegação fluvial, lacustre, de
travessia, de apoio marítimo, de apoio portuário, de cabotagem e de longo
curso, observado o disposto nos art. 13 e 14, gerindo os respectivos
contratos e demais instrumentos administrativos; (Lei nº 10.233, de 2001)
f) Promover as revisões e os reajustes das tarifas portuárias, assegurada a
comunicação prévia, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis, ao
poder concedente e ao Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)
g) Promover estudos referentes à composição da frota mercante brasileira e
à prática de afretamentos de embarcações, para subsidiar as decisões
governamentais quanto à política de apoio à indústria de construção naval e
de afretamento de embarcações estrangeiras; (Lei nº 10.233, de 2001)
h) Supervisionar a participação de empresas brasileiras e estrangeiras na
navegação de longo curso, em cumprimento aos tratados, convenções,
acordos e outros instrumentos internacionais dos quais o Brasil seja
signatário; (Lei nº 10.233, de 2001)
i) Estabelecer normas e padrões a serem observados pelas administrações
portuárias, concessionários, arrendatários, autorizatários e operadores
portuários, nos termos da Lei na qual foi convertida; (Redação dada pela Lei
nº 12.815, de 2013)
j) Elaborar editais e instrumentos de convocação e promover os
procedimentos de licitação e seleção para concessão, arrendamento ou
autorização da exploração de portos organizados ou instalações portuárias,
de acordo com as diretrizes do poder concedente, em obediência ao
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disposto na Lei na qual foi convertida a; (Redação dada pela Lei nº 12.815,
de 2013)
k) Cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de
concessão de porto organizado ou dos contratos de arrendamento de
instalações portuárias quanto à manutenção e reposição dos bens e
equipamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art.
5o da Lei na qual foi convertida a; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)
l) Autorizar projetos e investimentos no âmbito das outorgas estabelecidas,
encaminhando ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao Secretário
Especial de Portos, conforme o caso, propostas de declaração de utilidade
pública; (Redação dada pela Lei nº 11.518, de 2007)
m) Estabelecer padrões e normas técnicas relativos às operações de
transporte aquaviário de cargas especiais e perigosas; (Lei nº 10.233, de
2001)
n)Fiscalizar o funcionamento e a prestação de serviços das empresas de
navegação de longo curso, de cabotagem, de apoio marítimo, de apoio
portuário, fluvial e lacustre; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
o) Fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações de
instalação portuária de que trata o art. 8o da Lei na qual foi convertida a
Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela
Lei nº 12.815, de 2013)
p) Adotar procedimentos para a incorporação ou desincorporação de bens,
no âmbito das outorgas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
q) Autorizar as empresas brasileiras de navegação de longo curso, de
cabotagem, de apoio marítimo, de apoio portuário, fluvial e lacustre, o
afretamento de embarcações estrangeiras para o transporte de carga,
conforme disposto na Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
r) Celebrar atos de outorga de concessão para a exploração da
infraestrutura aquaviária, gerindo e fiscalizando os respectivos contratos e
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demais instrumentos administrativos; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)
s) Fiscalizar a execução dos contratos de concessão de porto organizado e
de arrendamento de instalação portuária; (Redação dada pela Lei nº 12.815,
de 2013)
No exercício de suas atribuições a ANTAQ poderá:
a) firmar convênios de cooperação técnica e administrativa com órgãos e
entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, tendo em vista a descentralização e a fiscalização
eficiente das outorgas;
b) participar de foros internacionais, sob a coordenação do Poder Executivo;
e (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
c) firmar convênios de cooperação técnica com entidades e organismos
internacionais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
A ANTAQ observará as prerrogativas específicas do Comando da Marinha e
atuará sob sua orientação em assuntos de Marinha Mercante que
interessarem à defesa nacional, à segurança da navegação aquaviária e à
salvaguarda da vida humana no mar, devendo ser consultada quando do
estabelecimento de normas e procedimentos de segurança que tenham
repercussão nos aspectos econômicos e operacionais da prestação de
serviços de transporte aquaviário.
5.10 – DA SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL –SEFAZ
Exerce suas atividades nos termos da legislação especifica.
5.11 ORGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA – OGMO
Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso:
a) aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato,
convenção ou acordo coletivo de trabalho, no caso de transgressão
disciplinar, as seguintes penalidades:
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I) repreensão verbal ou por escrito;
II) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou
III) cancelamento do registro;
b) - promover:
I) a formação profissional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário
avulso, adequando-a aos modernos processos de movimentação de carga e
de operação de aparelhos e equipamentos portuários;
II) o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e do trabalhador
portuário avulso; e
III) a criação de programas de realocação e de cancelamento do registro,
sem ônus para o trabalhador;
c) arrecadar e repassar aos beneficiários contribuições destinadas a
incentivar o cancelamento do registro e a aposentadoria voluntária;
d) arrecadar as contribuições destinadas ao custeio do órgão;
e) zelar pelas normas de saúde, higiene e segurança no trabalho portuário
avulso; e
f) submeter à administração do porto propostas para aprimoramento da
operação portuária e valorização econômica do porto.
6. CÓDIGO DE CONDUTA
São objetivos do Código de Ética do Porto:
a) tornar claro que o exercício funcional na Companhia Docas do Ceará
pressupõe a adesão às normas de conduta previstas neste Código;
b) traçar formas adequadas de conduta do empregado, para que este
exercite as suas atribuições em conformidade com os padrões de conduta
justa e honesta;
c) preservar a imagem e a reputação do empregado, cuja conduta esteja de
acordo com as normas estabelecidas neste Código;
d) evitar a ocorrência de situações que possam suscitar conflitos,
envolvendo interesses particulares, ações filantrópicas e atribuições de
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todas as pessoas físicas ou jurídicas que desenvolvam qualquer atividade
na CDC;
e) criar mecanismos de consulta destinados a possibilitar o prévio e
imediato esclarecimento de dúvidas quanto à correção ética de condutas
específicas;
f) orientar e difundir os princípios éticos entre os seus empregados,
ampliando a confiança da sociedade na integridade, impessoalidade e
transparência das atividades desenvolvidas pela Companhia;
g) propiciar um melhor relacionamento com a coletividade e o respeito ao
patrimônio público;
h) Sensibilizar as pessoas físicas e jurídicas que tenham interesse em
qualquer atividade desenvolvida pela Companhia Docas do Ceará sobre a
necessidade da importância quanto ao cumprimento das regras de conduta
ética;
i) Divulgar a conscientização dos princípios éticos fixados em Lei, Decreto e
neste Código de Ética e demais atos normativos, a fim de sensibilizar
quanto à necessidade de manutenção de um elevado padrão ético no
cumprimento da função pública, para assim prevenir o cometimento de
transgressões
7. EXPLORAÇÃO COMERCIAL DO PORTO
7.1 Princípios da exploração comercial do porto pel a Autoridade
Portuária:
a) A exploração comercial do porto se dará de acordo com normas aqui
estabelecidas e em estrito cumprimento dos termos da legislação em vigor.
b) A exploração comercial será sempre voltada para o desenvolvimento
econômico, a eficiência na prestação dos serviços, a constante busca à
eficácia do atendimento em prol da sociedade.
c) Além de indicadores, a exploração comercial do porto seguirá os
princípios éticos, não discriminatórios e isonômicos entre os envolvidos na
exploração do negócio.
20
d) Nas atividades que correspondem à Administração do Porto, os
arrendatários e os operadores portuários, deverão atuar preservando os
princípios da livre concorrência, da igualdade de oportunidades em
atendimento ao conceito de porto eficiente.
e)A exploração comercial do porto deve sempre levar em conta o usuário,
reconhecendo o quanto é fundamental tê-lo como parceiro e sustentáculo
do sistema, razão de ser da própria atividade.
f) A Administração do Porto, buscando atrair de maneira eficaz seus
usuários, adotará procedimentos para estreitar o relacionamento com os
mesmos, inclusive orientando-os para que se atinja padrão de desempenho
adequado a melhor utilização do porto.
7.2. Mecanismos de proteção ao usuário
O principal mecanismo de proteção ao usuário está fundamentado na Lei n°
10.233/2001, em especial os artigos 11 e 27. Adicionalmente, a Companhia
Docas do Ceará, através de seu site, www.docasdoceara.com.br,
disponibilizará aos seus usuários serviços de Ouvidoria.
7.3. Mecanismos de fomento e de incentivo a investi mentos
A Política de Incentivo e Fomento para o porto tem por objeto:
a) Atrair novas cargas para as operações do porto, entendido como cargas
dele não frequentadoras no passado recente.
b) Mudar significativamente o patamar de movimentação de uma
determinada carga atualmente frequentadora do porto.
Aplicação:
a) Considerando que as tarifas são valores estabelecidos de forma
universal, sendo: atemporais, independentes do armador, operador,
arrendatário ou dono da carga, a política de incentivo se processará,
21
prioritariamente, e sempre de forma temporária, por meio da tarifa de
armazenagem.
b) O período incentivado será definido com base na relevância da
movimentação informada em proposta do usuário, a qual será
fundamentada em análise de mercado.
c) Em atendimento a concorrência isonômica, não será permitido concessão
de novo incentivo para cargas já consolidadas em decorrência de política
incentivo.
Condições:
a) O pleito de incentivo será fundamentado em proposta do usuário
contendo os compromissos a serem assumidos pelo beneficiário, como
forma de comprovar que a redução tarifária que vier a ser concedida será ao
menos compensada pela elevação de movimentação até o final do período
incentivado.
b) A proposta do usuário será submetido à aprovação da DIREX.
7.3. Horário de funcionamento
A operação e o atendimento a embarcações no porto de Fortaleza
funcionarão 24 horas por dia observadas às disposições legais pertinentes e
os acordos trabalhistas regularmente aprovados entre as partes.
A Administração do Porto, os operadores portuários, e os trabalhadores
portuários avulsos e demais atores envolvidos na atividade portuária
deverão estar disponíveis 24h/dia.
7.4. Jornada de trabalho
7.4.1. Horário Operacional
Para atender as operações portuárias, o funcionamento do porto é contínuo,
24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados, em regime de
04(quatro) turnos de 06(seis) horas, assim distribuídos:
22
1º turno: 07:00h às 13:00h
2º turno: 13:00h às 19:00h
3º turno: 19:00h às 01:00h
4º turno: 01:00h às 07:00h
7.4.2 Horário de recepção e expedição de contêinere s para fora do
porto
De segunda a sexta feira: horário corrido de 07:00 as 23:00 horas
Sábado: de 07:00 as 19:00 horas
Obs.: excepcionalmente poderão ser recebidos e/ou expedidos contêineres
fora dos horários, desde que agendado com o operador portuário.
7.4.3. Horário Administrativo
Para atendimento às atividades administrativas da CDC, os setores
competentes funcionam de segunda a sexta em dois turnos de 04 (quatro)
horas, assim distribuídas:
1º turno: 07:00h às 11:00h
2º turno: 13:00h às 17:00h
7.5. Feriados legais
Relação dos feriados nacionais, religiosos, estaduais e municipais a serem
observados na área de jurisdição do porto de Fortaleza.
7.5.1. Nacionais
De acordo com a Lei nº 10.607/02
Eventos Dia
Confraternização universal 1º de janeiro
Tiradentes 21 de abril
Dia do trabalho 1º de maio
Independência do Brasil 07 de setembro
Dia dos finados 02 de novembro
Proclamação da República do Brasil 15 de novembro
Natal 25 de dezembro
23
De acordo com a Lei nº 6.802/80
Eventos Dia
Nossa Sra. Aparecida 12 de outubro
7.5.2. Religiosos
Eventos Dia
Sexta Feira Santa Data Móvel
Carnaval (Terça Feira) Data Móvel
Corpus Christi Data Móvel
7.5.3. Estaduais
Eventos Dia
Dia de São José (Padroeiro do Ceará) 19 de março
Libertação dos escravos no Estado 25 de março
7.5.4. Municipal
Eventos Dia
Nossa Senhora da Assunção (Padroeira
do Município)
15 de agosto
7.6. Prestadores de serviços
A Companhia Docas do Ceará manterá em seu site,
www.docasdoceara.com.br, informações referentes aos principais
prestadores de serviços e fornecedores atuantes na atividade portuária,
como indicativo aos tomadores desses serviços e contratantes dos
fornecimentos.
24
8. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÔES PORTUÁRIAS OPERACION AIS DE USO PÚBLICO
8.1 Condições Gerais
8.1.1. A utilização das instalações integrantes da área do Porto Organizado
de Fortaleza far-se-á pela forma e nas condições estabelecidas neste
Regulamento, observada a competência das autoridades Marítima,
Aduaneira, Sanitária e saúde e de polícia Marítima.
8.1.2. Todos os que se utilizarem das instalações portuárias receberão da
Administração Portuária tratamento orientado pelo objetivo de
racionalização e otimização do seu uso.
8.1.3. A operação portuária de mercadoria perigosa, descrita na forma do
item 8.1.13, deve ser precedida de consulta expressa, por parte do usuário ou
Operador Portuário, quanto à disponibilidade de instalação, equipamentos e
meios compatíveis com a operação pretendida; a Administração Portuária
deve também confirmar expressamente, a aceitação ou os motivos de recusa
do objeto da referida consulta.
8.1.4. A utilização das instalações portuárias será autorizada, nos termos
deste Regulamento, pela Administração Portuária à vista de requisição do
operador portuário, armador ou preposto, dono ou consignatário da
mercadoria, conforme o caso, e será retribuída com pagamento das tarifas
portuárias devidas, constantes da tarifa do porto.
8.1.5. Para atendimento das requisições à Administração Portuária, nos
termos do item anterior, o interessado deverá pagar antecipadamente ou
fazer depósito prévio, como forma de garantia, podendo dispensar essas
exigências quando existir convênio ou contrato, entre o usuário e a
Administração Portuária, ou ser o interessado, usuário regular devidamente
cadastrado.
25
8.1.6. Exceto no caso de arribada, nenhum dos serviços será executado pela
Administração Portuária sem prévia requisição e observância do item 8.1.5
deste Regulamento.
8.1.7. Quando o valor do serviço a ser prestado ultrapassar o montante pago
ou depositado a título de garantia, o requisitante se obriga a fazer,
imediatamente, o pagamento ou depósito complementar exigido pela
Administração Portuária.
8.1.8. Fica estabelecida que a tarifa a ser paga para qualquer taxa ou serviço
requisitado será a efetiva na data de início da operação, não sendo aplicável
qualquer reajuste ou aumento.
8.1.9. Ao final de cada operação será efetuado o encontro de contas entre os
valores recolhidos antecipadamente e os valores efetivamente devidos pelo
uso das instalações requisitadas. Caso o valor recolhido seja superior ao
valor do débito apurado ao final da utilização realizada, a diferença deverá ser
devolvida imediatamente, e na hipótese de ser insuficiente, o requisitante
deverá complementar, imediatamente, a diferença.
8.1.10. O usuário inadimplente para se utilizar das instalações ou
equipamentos do porto, diretamente ou por intermédio de terceiros, deverá
fazer o pagamento antecipado dos serviços a utilizar, sem prejuízo das
penalidades aplicadas à inadimplência existente.
8.1.11. Para os efeitos legais e regulamentares, os agentes de embarcações
ou seus prepostos e/ou operadores portuários atuam como representantes
dos comandantes, despachantes e seus prepostos como mandatário dos
donos ou consignatários das mercadorias.
8.1.12.Cabe aos requisitantes a responsabilidade integral, civil e penal, por
sua ação ou omissão, inclusive a de seus respectivos representantes ou
representados, nos limites do mandato.
8.1.13. Para os efeitos deste Regulamento, considera-se mercadoria ou
carga perigosa, aquelas previstas no Código Internacional de Gerenciamento
26
de Segurança - ISM CODE, IMO, as definições da Norma Regulamentadora
nº 29/1997 da Secretaria de Segurança e Saúde do Ministério do Trabalho e
as medidas estabelecidas na Resolução da ANTAQ nº 2239/2011, que trata
de procedimentos para o trânsito seguro de produtos perigosos por
instalações portuárias, Resolução nº 2190/2011, sobre procedimentos para
prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações, bem como as
NBR nº 7500/1993, NBR nº 14253/1998 e nas de Proteção ao Meio
Ambiente.
8.1.13.1. É vedada a movimentação e/ou armazenamento das seguintes
mercadorias na área sob jurisdição da Autoridade Portuária do Porto de
Fortaleza, exceto sob autorização prévia.
a) Azidas;
b) Dietilenoglicol Dimitrato;
c) Fulminatos em geral e
d) Nitroglicerina.
8.1.13.2. As mercadorias a seguir relacionadas poderão ser movimentadas
na área sob jurisdição da autoridade portuária do Porto de Fortaleza,
obedecidas às normas citadas, observando-se as operações de descarga
direta para fora do Porto ou o seu embarque direto de fora, não se
permitindo sua permanência ou armazenamento.
a) Explosivos em geral (classe 1);
b) Gases inflamáveis (classe 2.1) e venenosos
(classe 2.3);
c) Radioativos (classe 7);
d) Chumbo Tetraetila (classe 6.1);
e) Substâncias tóxicas infectantes (classe 6.2);
f) Poliestireno expansível (classe 9), como por
exemplo: Styrocell;
g) Perclorato de amônia (classe 5.1), e
h) Mercadorias perigosas acondicionadas em
27
contêineres refrigerados, como por exemplo:
Peróxidos Orgânicos (classe 5.2).
8.1.13.3. Os veículos utilizados no transporte de cargas ou produtos
perigosos quer nas atividades de suprimento, quer das operações de navios
para armazéns e pátios externos e vice-versa, deverão atender às
exigências especificadas nas normas supracitadas, notadamente as
constantes na NBR nº 7500/1982.
8.1.13.4. Os trabalhadores avulsos ou qualquer outro trabalhador envolvido
nas operações com as mercadorias relacionadas no item 8.1.13.2, devem
estar habilitados, treinados e devidamente utilizando os Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
fornecidos pelo OGMO e responsável pela operação.
8.1.13.5. A CODSMS, CODGEP e a CODGUA, bem como o OGMO
exercerão fiscalização sobre as operações e as condições dos veículos
(inspeção veicular) que transportem cargas ou produtos perigosos na área
do Porto, em colaboração e estreito entendimento com as autoridades
responsáveis, para exigir o cumprimento desse procedimento.
8.1.13.6. Fica instituída a quantidade máxima permitida de armazenamento
dentro do Porto, conforme tabela anexa.
29
8.1.13.7 Todas as cargas perigosas deverão ser armazenadas na área
específica destinada para este tipo de carga. A CDC poderá, conforme
classe de risco e grupo de embalagem das cargas perigosas, exigir
condições específicas para operação na área do porto.
8.1.13.8 As medidas de segurança necessárias a permanência de qualquer
carga perigosa, além das existentes nas instalações portuárias deverão ser
disponibilizadas pelo proprietário da carga e/ou pelo responsável designado
por este, conforme condições específicas exigidas pela Autoridade Portuária.
8.1.14 As embarcações e seus tripulantes ficam sujeitos ao presente
Regulamento durante o tempo em que permanecerem na área do Porto
organizado.
30
8.2 Utilização das Instalações de Acostagem e Atrac ação
8.2.1 Descrição das instalações de atracação e acostagem
As instalações de acostagem do Porto de Fortaleza são constituídas dos
cais e píeres demonstrados na tabela abaixo:
Características Berço 101
Berço 102
Berço 103
Berço 104
Berço 105
Berço 106
Berço 201
Berço 202
Comprimento(m) 190 200 210 210 280 350 250 250
Largura(m) 20 20 20 20 50 50 14 14
Profundidade atual (m)
3 a 5 5 a 7 11 12,5 12,5 3 a 12,5
12,5 12,5
Capacidade de suporte (tf/m2)
3 3 3 3 5 5 2 2
Ano de construção
1953 1953 1960 1960 1960 2014 1981 1981
Destinação EAP GL, NM e CG
GS e CG
GS, CT e CG
CT e CG
OS e CT
GL GL
EAP- Embarcações de apoio portuário
NM- Navios de Marinha
GL- Graneis líquidos
CG – Carga geral
GS- Graneis líquidos
CT – Contêineres
PS – Passageiros
31
8.2.2 Sistemas de defensas e cabeços de amarração
As defensas utilizadas no Porto de Fortaleza são do tipo axiais, variando o
tamanho dos painéis metálicos por berço, berços 102 e 103 painéis de 1,5
metros por 1,5 metros, nos demais berços painéis de 2 metros por 2 metros,
exceção do berço 101 que dispõe de defensas de pneus de trator.
O Cais Comercial antigo (berços 101 a 105) dispõe de 38 cabeços
espaçados a cada 24 metros (nos berços 101 e 102) e a cada 30 metros
(nos berços 103, 104 e 105), com capacidade de 100 toneladas força (tf).
No berço 106 estão colocados 12 cabeços, com espaço máximo entre eles
de 30 metros, com capacidade de 150 toneladas força (tf)
No Píer Petroleiro os cabeços estão instalados nos dolfins de amarração,
inclusive da plataforma, também com capacidade de 150 toneladas força (tf).
Não existem restrições a utilização de propulsores laterais nos berços, canal
de acesso e bacia de evolução.
8.2.3 Condições Especificas da Utilização das Insta lações de Atracação
e Acostagem
8.2.3.1 Disposições Gerais
8.2.3.1.1 Confirmada a chegada da embarcação e à vista da requisição de
ocupação de berço de acostagem, de sua disponibilidade e da liberação da
embarcação pelas autoridades competentes, a Administração Portuária
autorizará a atracação da embarcação por ordem cronológica de chegada ao
porto para a ocupação designada, observadas as prioridades legais
vigentes.
8.2.3.1.2 A Administração Portuária não se obriga a conceder atracação às
embarcações que entrarem no porto para receber carga em quantidade que
não assegure uma movimentação em ritmo continuado e com nível de
desempenho compatível com o tempo de permanência previsto da
embarcação e com a exigência da demanda do berço de acostagem.
32
8.2.3.1.3 A atracação e a desatracação serão realizadas sob a
responsabilidade do comandante da embarcação cabendo a Administração
Portuária auxiliar as referidas operações sobre o cais, com pessoal sob seu
encargo.
8.2.3.1.4 A desatracação da embarcação deverá dar-se logo após o término
da operação portuária ou de abastecimento, conforme o caso.
8.2.3.1.5 As embarcações atracadas deverão cumprir prontamente as
ordens que forem dadas pela Administração Portuária, especialmente
quando ocorrerem situações de anormalidades que comprometam a
segurança de pessoas, instalações e das próprias embarcações ou
prejudiquem o bom funcionamento do porto.
8.2.3.1.6 No caso de incêndio a bordo, as embarcações deverão desatracar
do cais, rumando para área de fundeio para combate ao fogo, salvo nos
casos definidos pela autoridade competente.
8.2.3.1.7 O tempo de ocupação do berço de acostagem por uma
embarcação se inicia ao término da amarração e termina quando for solto o
último cabo.
8.2.3.1.8 O período de tempo de ocupação de berço de acostagem será
estimado pela Administração Portuária com base nas informações a que se
referem os itens 11.2.1.3. e 11.2.1.4 deste Regulamento, bem como na sua
experiência de operações similares.
8.2.3.1.9 A Administração Portuária poderá autorizar a atracação de
embarcação a contrabordo de outra atracada no berço de acostagem, a
requerimento do armador ou do seu preposto e sob total responsabilidade
dos respectivos comandantes.
8.2.3.1.10 As embarcações ficam sujeitas ao presente Regulamento durante
o tempo que permanecerem na área de fundeio, no canal de acesso, bacia
de evolução ou atracadas, bem como seus tripulantes.
8.2.3.1.11 A toda embarcação que entrar no porto corresponderá um número
de ordem que será dado pela Autoridade Portuária.
33
8.2.3.1.12 Fica o comandante ou seu preposto, responsável por qualquer
avaria quando das manobras de atracação/desatracação.
8.2.3.1.13 Pela utilização das instalações de acostagem, os requisitantes
pagarão as taxas da Tabela II da tarifa portuária do Porto de Fortaleza.
8.2.3.1.14. No caso de ocorrência de vazamento, ou derramamento de
substância nociva ao meio ambiente, na área do porto organizado, sendo
proveniente de embarcação atracada ou fundeada, o comandante e seu
preposto deverão providenciar o acionamento de atendimento imediato à
emergência, ficando todas as despesas e danos ambientais, de sua
responsabilidade.
8.3.2.2 Prioridade de Atracação
8.2.3.2.1 A concessão de prioridade de atracação será regulada pelas
normas abaixo:
a) Será concedida atracação imediata aos navios com passageiros, sem
carga a movimentar, em viagem de turismo conduzindo mais de 50
passageiros e aos navios mistos, com ou sem carga a movimentar,
conduzindo 50 ou mais passageiros.
b) Será concedida atracação imediata às embarcações porta contêineres
que movimentarem carga com a utilização de guindastes móveis sobre
pneus de terra (tipo MHC), no trecho compreendido entre os cabeços 28 e
38 do Cais Comercial, e às embarcações graneleiras que movimentarem
cereais com a utilização de equipamentos de descargas de cereais
(portalinos), no trecho compreendido entre os cabeços 16 e 23.
c) Será concedida atracação imediata às embarcações cujos armadores
possuam acordo para concessão de janela de atracação.
c.1) Condições do acordo para concessão de janela:
c.1.1) Programação da chegada do navio, com dia e hora da semana
determinados no ato da solicitação, para toda vigência do acordo, que será
de no mínimo 06 (seis) meses, renovável por períodos subseqüentes.
c.1.2) Garantia de movimentação mínima para a vigência do acordo.
34
c.1.3) Garantia de observar a produtividade mínima estabelecida pelo porto.
c.1.4) Período de no máximo de 06 (seis) horas (duração da janela) para
atracação do navio, observadas as condições de maré, após sua chegada.
c.1.5) O cancelamento do uso da janela só poderá ser efetuado com, no
mínimo, 12 (doze) horas de antecedência.
c.1.6) A não utilização da janela, sem o cancelamento previsto no item 0 por
mais de uma vez ocasionará a suspensão do acordo de janela.
c.1.7) Avaliação trimestral do acordo, com discussão dos fatos ocorridos e
cumprimento das metas estabelecidas, podendo, caso o armador não as
tenha atingido, o acordo ser suspenso.
d) Respeitadas as precedências estabelecidas nos itens “0”, “0” e “0”, serão
concedidas as seguintes prioridades de atracação, por ordem de chegada:
I - aos navios que tenham a movimentar exclusivamente
mercadorias para as quais o porto possua instalações
especiais, nos respectivos trechos de cais;
II - aos navios especialmente para carregar/descarregar
contêineres
III - aos navios com movimentação de bobinas de papel;
IV - aos navios com movimentação de cargas
frigorificadas;
V - aos navios com movimentação de cereais a granel ou
ensacado desde que estes cereais estejam em falta na
praça.
8.2.3.3 Regulamentação da Atracação
8.2.3.3.1 As requisições de manobras deverão ser solicitadas, com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas em relação à hora de
atracação pretendida, à CODGEP da CDC.
35
8.2.3.3.1.1 O custo das manobras de atracação e desatracação que não se
realizarem até 01:00 hora após o horário previsto na requisição, será
devidamente repassado ao agente requisitante.
8.2.3.3.1.2 Entende-se por custo de manobras, aqueles decorrentes do
pagamento de extraordinários ao pessoal da CDC e/ou os dispêndios com
trabalhador avulso requisitado ao OGMO.
8.2.3.3.1.3 As alterações dos horários requisitados para manobras se
ocorridas após a determinação de extraordinários e/ou requisição de
trabalhador avulso ao OGMO, sem a possibilidade do cancelamento de
ambos, não isenta do agente o devido repasse do custo decorrente.
8.2.3.3.1.4 Ocorrendo o fato previsto no item 8.2.3.3.1.1, será garantida a
defesa prévia, fundamentada em justificativa técnica, no prazo de 05 (cinco)
dias úteis do recebimento da notificação, para análise e decisão da Diretoria
de Infra-Estrutura e Gestão Portuária da CDC.
8.2.3.3.2 As atracações imediatas, preferenciais, prioritárias ou não
prioritárias serão concedidas pela CDC, para os navios que vierem a operar
em ritmo normal, em todos os períodos consecutivos do horário de trabalho
do porto.
8.2.3.3.3 Para fins desta normatização, ficam definidos:
8.2.3.3.3.1 Ritmo Normal - como sendo o trabalho simultâneo em todos os
porões do navio que tenham mercadorias a embarcar ou desembarcar;
8.2.3.3.3.2 Período - o tempo de trabalho diurno ou o tempo de trabalho
noturno estabelecido no horário do porto;
8.2.3.3.4 O navio que não realizar as operações de embarque ou
desembarque em ritmo normal, sem justa causa, deverá desatracar, indo
ocupar o último lugar na fila de atracação. Neste caso, a CDC em falta de
iniciativa do armador ou preposto, promoverá a desatracação por conta e
risco do armador.
8.2.3.3.5 As empresas de navegação, por si ou por seus representantes,
deverão apresentar à CDC os pedidos de prioridade, em impresso próprio
36
fornecido pela mesma, que, se julgar necessário, poderá exigir a
comprovação da veracidade das informações.
8.2.3.3.6 Caso o navio tenha se beneficiado de atracação preferencial, e
seja verificada a inexatidão das informações, deverá desatracar
imediatamente passando para o último lugar na fila de atracação, além das
empresas responsáveis pela informação assumirem as despesas dos
armadores preteridos.
8.2.3.3.7 Para as atracações imediatas à chegada ao Porto, os responsáveis
deverão solicitar prioridade com antecedência mínima de 48 (quarenta e
oito) horas sobre a hora de atracação pretendida.
8.2.3.3.8 Aos mistos que tenham passageiros a desembarcar e carga a
movimentar, serão concedidos, no máximo, 3 (três) períodos consecutivos
de trabalho para as operações de embarque e desembarque.
8.2.3.3.9 Aos navios de passageiros e navios mistos, sem carga a
movimentar, será concedido somente um período de trabalho.
8.2.3.3.10 Na falta de cais livre para atracação imediata de navios porta
contêineres e de cereais a granel, respectivamente, nos trechos
compreendidos entre os cabeços 28 e 38 e 16 e 23, deverá ser determinada
a desatracação da embarcação que não sejam da mesma característica,
assumindo esta última os custos da sua desatracação e posterior
reatracação.
8.2.3.3.10.1 Na falta de cais livre para atracação de navios de passageiros
deverá ser determinada a desatracação das embarcações que não estejam
atracadas nos trechos compreendidos entre os cabeços 16 e 23 e 28 e 38.
8.2.3.3.10.2 Na hipótese do Cais Comercial já estar ocupado por navio de
passageiros e outra embarcação do mesmo tipo necessitar de atracação,
estando os trechos compreendidos entre os cabeços 16 e 23 e 28 e 38
ocupados, deverá ser determinada a desatracação do cargueiro atracado
mais recentemente, dentre aqueles cuja vaga seja compatível com a
atracação do navio de passageiros, condicionada ao efetivo cumprimento do
37
disposto nos itens 8.2.3.3.1 e 8.2.3.3.7, deste item, pelo agente do navio de
passageiros.
8.2.3.3.11 A desatracação de um cargueiro, prevista nos subitens anteriores
8.2.3.3.10.1 e 8.2.3.3.10.2, só será determinada se a empresa do navio
misto ou de turismo, por si ou por seu agente, se comprometer a pagar as
despesas de movimentação daquele, para desatracar e reatracar.
8.2.3.3.11.1 Ao navio que obtenha prioridade para descarregar animais
vivos, será concedida a atracação por tempo restrito à operação que deu
motivo a essa prioridade e, em cada caso, fixado pela CDC. Ao navio que
tenha a embarcar animais vivos será prestado igual tratamento.
8.2.3.3.12 Aos navios que aportarem apenas para receber mercadorias,
somente deverá ser dada atracação quando os mesmos já dispuserem da
carga despachada e pronta para manter as operações em ritmo normal.
8.2.3.3.13 Todos os navios beneficiados ou não com a prioridade de
atracação, deverão desatracar imediatamente, após o término das
operações de embarque e descarga, a fim de possibilitar o imediato
aproveitamento de sua vaga, por outro navio. Se não houver navios
aguardando atracação, poderá a CDC, a seu critério e a pedido por escrito
do interessado, autorizar a permanência do navio atracado, durante o
período em que não houver designação de outra embarcação para atracar
no mesmo local.
8.2.3.3.14 Atracação prioritária será concedida para navio que realizar um
único tipo de operação ou embarque ou descarga, ressalvadas as exceções
seguintes:
8.2.3.3.14.1 Os navios mistos, os petroleiros, os navios que obtenham
atracação prioritária por terem permanecido 10(dez) dias ou mais no largo.
8.2.3.3.14.2 Os navios que, tendo obtido prioridade, possam
simultaneamente embarcar ou descarregar mercadorias não prioritárias,
desde que, em cada caso, autorizados pela CDC. Em hipótese alguma,
porém poderá ser excedido o prazo normal de embarque ou descarga
prioritária, prazo esse que deverá ser previamente fixado pela CDC.
38
8.2.3.3.15 Fica assegurada a preferência para embarques ou descargas de
petróleo bruto, gasolina, querosene, óleo diesel, óleo de sinalização, óleo
combustível (fuel oil) e lubrificantes simples, compostos e emulsivos, quando
movimentados a granel, devendo esses serviços ser feitos
ininterruptamente, inclusive aos domingos e feriados no píer existente,
destinado a operação com derivados de petróleo (Decreto Lei 4.627 de 27
de agosto de 1942).
8.2.3.3.16 Dentro de cada faixa de prioridade será obedecida à ordem
cronológica da chegada dos navios ao porto, salvo quando o cumprimento
da vaga disponível e/ou a profundidade do cais não forem compatíveis com
o comprimento e/ou calado do navio a atracar e que a remoção da
embarcação para acomodar o requerente seja fisicamente impossível. Neste
caso, a CDC, a seu critério, poderá alterar a referida ordem.
8.2.3.3.17 Ficará assegurada a atracação imediata ou preferencial de navios
da Marinha de Guerra Nacional ou Estrangeira, conforme solicitação da
Capitania dos Portos, em trechos de cais previamente fixado em comum
acordo com a CDC.
8.2.3.3.18 A concessão de atracação nos períodos de duração das janelas
previstas no item 8.2.3.1.5 c, desse regulamento, será sempre condicionada
à desatracação, quando da chegada de navio detentor de janela.
8.2.3.3.18.1 Será determinada a desatracação do cargueiro atracado mais
recentemente, dentre aqueles cuja vaga seja compatível com o navio
detentor de janela. Os custos das manobras necessárias correrão por conta
do cargueiro não detentor da janela.
8.2.3.3.18.2 Responderá por todos os custos envolvidos na operação da
janela, o cargueiro que não desatracar em tempo hábil para a entrada do
detentor da janela de atracação.
8.2.3.3.18.3 O previsto no subitem 8.2.3.3.18.1 não se aplica aos navios que
estejam atracados em instalações especiais.
8.2.3.3.19 A concessão de atracação para navios que se destinarem ao cais
comercial, somente poderá ser concedida após entrega da declaração,
39
positiva ou negativa, de cargas perigosas, conforme o código IMDG, nos
termos do disposto no item 29.6.3.1.1 da Norma Regulamentadora NR-29.
8.2.3.3.20 Os casos omissos serão resolvidos pela CDC.
8.3 Utilização da Infraestrutura Terrestre
8.3.1 Como instalações infraestrura terrestre de apoio à operação portuária
de mercadorias são entendidas as vias de circulação para veículos, linhas
férreas para vagões, faixa de cais, pátios, armazéns, instalações de
suprimento e ponte de acesso e plataforma do píer petroleiro e tubovias para
descarga/embarque.
8.3.2 A requisição deverá ser feita previamente pelo interessado, instruída
com as informações requeridas pela Administração Portuária.
8.3.3 As mercadorias somente poderão ser depositadas em instalação de
armazenagem compatível com a natureza e espécie. As mercadorias
perigosas somente deverão ser depositadas em instalação de armazenagem
com a estrita observância das normas de segurança pertinentes.
8.3.4 Não será permitido o depósito de mercadorias em áreas de circulação,
que deverão ser demarcadas pela Administração Portuária. É permitido, com
exceção das mercadorias ou cargas perigosas, o seu depósito na faixa do
cais, sem, contudo, prejudicar a circulação dos equipamentos e viaturas e
dos vagões, apenas durante a fase de operação, com a embarcação
atracada ao berço e na correspondente faixa de cais ocupada.
8.3.5 As mercadorias descarregadas, com exceção das perigosas, a critério
da Administração Portuária, e assegurada à livre circulação dos
equipamentos e viaturas, sob a responsabilidade do Operador Portuário,
podem permanecer na faixa do cais até o final da operação portuária das
mercadorias ou desatracação da embarcação. No caso da não remoção das
mercadorias, no prazo estipulado para armazenamento ou retirada do porto,
sem prejuízo das sanções aplicáveis ao Operador Portuário, a Administração
Portuária fica autorizada:
40
8.3.5.1 Por conta e risco do operador portuário, remover a mercadoria,
desde a faixa do cais até o local de depósito;
8.3.5.2 Cobrar do operador portuário importância equivalente à
armazenagem que incidiria sobre esta operação portuária, desde o dia de
sua descarga até o de sua retirada da área do porto ou de sua regularização
perante seu respectivo dono;
8.3.5.3 A Administração Portuária somente passará a ser responsável pela
mercadoria após seu efetivo recebimento, quando de sua entrega regular.
8.3.5.4 No caso de carga avariada que apresente vazamento na área do
porto, é de responsabilidade do proprietário da carga avariada e/ou seu
preposto providenciar todas as medidas de contenção, controle e destinação
final dos resíduos gerados, inclusive substituição do recipiente ou
embalagem avariada.
8.3.5.5. Cargas perigosas avariadas por condições inadequadas de
acondicionamento terão os procedimentos iguais ao item 8.3.5.4. deste
regulamento.
8.3.6 As mercadorias a serem embarcadas, com exceção das perigosas, a
critério da Administração Portuária, e assegurando a livre circulação dos
equipamentos, das viaturas e vagões sob a responsabilidade do Operador
Portuário, podem ser depositadas na faixa do cais para posterior embarque.
Caso não tenham sido embarcadas, deverão ser removidas até o final da
operação portuária das mercadorias ou desatracação da embarcação. No
caso da não remoção das mercadorias no prazo estipulado, para
armazenamento ou retirada da área do porto, a Administração Portuária,
sem prejuízo das sanções aplicáveis ao Operador Portuário, fica autorizada:
8.3.6.1 Por conta e risco do Operador Portuário, remover as mercadorias,
desde a faixa do cais até o depósito;
8.3.6.2 Cobrar do Operador Portuário importância equivalente à
armazenagem que incidiria sobre essas mercadorias, desde o dia de seu
depósito na faixa do cais até o local de depósito;
41
8.3.6.3 A Administração Portuária somente passará a ser responsável pelas
mercadorias após o seu efetivo recebimento, quando de sua entrega regular.
8.3.7 É responsabilidade do Operador Portuário manter o cais,
equipamentos, instalações, pátios e áreas contíguas, durante a operação
sob sua responsabilidade, devendo providenciar de imediato a limpeza
completa da área afetada, de modo a recolocar a faixa do cais em condições
de higiene e segurança. O não cumprimento desta obrigação, no prazo
estipulado após o término da operação portuária, autorizará a Administração
Portuária a realizar os serviços de limpeza, em questão, a expensas do
responsável pela operação, sem prejuízo das sanções aplicáveis ao
Operador Portuário.
8.3.8 No caso de derramamento de mercadoria perigosa em decorrência de
avaria, com possível prejuízo a segurança física e a saúde dos
trabalhadores, o responsável pela operação portuária deverá de imediato,
isolar a área afetada, comunicar prontamente a Administração Portuária e
tomar as providências a seu alcance, visando à imediata eliminação do risco.
8.3.9 Pela utilização de infra-estrutura terrestre o requisitante pagará as
taxas da tabela III da tarifa portuária do Porto de Fortaleza.
8.3.10. A Autoridade Portuaria poderá exigir a emissão de Termo de
Compromisso ao operador portuário em situações cuja carga a ser
movimentada exija condições específicas envolvendo o controle ambiental e
de segurança do trabalho, ficando os termos acordados a serem definidos
em reunião ou mútuo acordo entre as partes envolvidas.
8.3.11. A Autoridade Portuária emitirá Relatório de Operação Portuária-ROP,
na qual constará a avaliação qualitativa das condições mínimas exigidas
para cada tipo de operação portuária, e caso seja identificada qualquer não-
conformidade, o responsável pelo ROP poderá exigir a regularização da
não-conformidade dentro do prazo mínimo acordado entre as partes. O não
cumprimento do prazo, a Autoridade Portuária encaminhará o ROP para a
ANTAQ para as providencias cabíveis.
42
8.4 Utilização de Instalações de Armazenagens
8.4.1 Descrição e Capacidade das Instalações
8.4.1.1 Armazéns
O Porto de Fortaleza dispõe de quatro armazéns de primeira linha,
identificados como A-1, A-2, A-3 e A-4, havendo ainda dois outros armazéns
de segunda linha denominados armazém C-5 e Armazém Removível.
Os armazéns atualmente são basicamente utilizados para a armazenagem
de graneis sólidos, abaixo tabela enumerados os armazéns, informando área
e capacidade estática de cada um.
ARMAZÉM ÁREA (m2) CAPACIDADE (t)
A-1 6.000 30.000
A-2 6.000 45.000
A-3 6.000 25.000
A-4 6.000 20.000
C-5 6.000 15.000
Removível 3.000 7.000
8.4.1.2 Pátios
Relação dos pátios e suas áreas,
PÁTIOS ÁREA (m2)
B-3 5.288
B-4 6.853
B-5 18.504
C-3 9.850
C-4 15.419
C-5 22.943
43
A-5 10.928
A-6 40.000
8.4.2 Condições Específicas de Utilização
8.4.2.1 O serviço de armazenagem é a fiel guarda e conservação das
mercadorias depositadas em instalação de armazenagem, na área do porto,
compatível com a natureza e espécie das mesmas.
8.4.2.2 O serviço de armazenagem compreende ainda a conferência, o
recebimento e a posterior entrega:
8.4.2.2.1 Ao dono da mercadoria, ou seu preposto, no caso de desembarque
da mesma, e da sua entrega pelo Operador Portuário, para armazenagem;
8.4.2.2.2 Ao Operador Portuário, designado para os serviços de
movimentação da mercadoria, no caso de embarque e após seu
recebimento do respectivo dono ou seu preposto, ou embarcador para
armazenagem.
8.4.2.3 A conferência restringir-se-á:
8.4.2.3.1 À espécie, peso, marca e contra marca e quantidade da
mercadoria ou carga;
8.4.2.3.2 À integridade e ausência de indícios de violação da embalagem
dos volumes;
8.4.2.3.3 À ausência de sinais de avaria.
8.4.2.4 As mercadorias deverão ser arrumadas por espécie, marca, contra
marca, conhecimento, consignatário e embarcador, devendo evitar-se
qualquer contaminação de uma mercadoria por outra; tratando-se de
mercadoria perigosa, deverá ser segregada, conforme determinação da
Administração Portuária, nos termos estabelecidos pela IMO.
44
8.4.2.5 Na armazenagem de mercadorias, estas deverão ser separadas, de
acordo com o sentido de sua movimentação: embarque, desembarque ou
trânsito, devendo evitar-se qualquer contaminação de umas com outras.
8.4.2.6 As mercadorias sob a fiscalização da Autoridade Aduaneira deverão
ser armazenadas em áreas próprias alfandegadas.
8.4.2.7 As mercadorias perigosas deverão ser depositadas em instalações
especiais de armazenagem, providas de sinalização adequada a sua
identificação, com a estrita observância das Normas de Segurança e de
movimentação; o seu armazenamento em instalações de armazenagem
comum, ainda que compatíveis somente deverá ser feita se tomadas
medidas acauteladoras de isolamento da área e de separação das demais
mercadorias, para evitar qualquer contaminação, risco de incêndio, explosão
ou dano ao meio ambiente. A sinalização supracitada deverá ser fornecida
pelo agente responsável pela mercadoria.
8.4.2.8 O período de armazenagem das mercadorias perigosas, quando
autorizada pela Administração Portuária, deverá ser o menor possível.
8.4.2.9 É considerada mercadoria em trânsito:
8.4.2.9.1 A procedente de um porto, manifestada para outro e descarregada
para posterior embarque ou entrega;
8.4.2.9.2 A destinada a países que mantenham convênio com o Brasil, se
descarregadas, para posterior transporte, por via terrestre ou aquática, ou
vice-versa.
8.4.2.10 Quando os volumes das mercadorias mostrarem sinais de avarias
ou condições que não atendam os requisitos das autoridades de saúde e de
inspeção fitossanitária, estando às embalagens danificadas ou inadequadas,
caberão os seguintes procedimentos:
8.4.2.10.1 Quando destinado ao embarque, serão adotados, pela
Administração Portuária ou operador portuário, as medidas mais adequadas
às circunstâncias;
45
8.4.2.10.2 Se provenientes de desembarque, deverão ser recebidos com
ressalvas a serem registradas em documento próprio de faltas de avarias,
em conformidade com a legislação em vigor, bem como serão depositadas
em local isolado, reservado para tal fim, após serem lacrados e cintados
para efeito de vistoria;
8.4.2.10.2.1 os comandantes de navios ou seus prepostos e os operadores
portuários devem assistir a lavratura dos termos com ressalvas e assiná-los
com o Fiel do Armazém, e se for o caso, o representante da Autoridade
Aduaneira;
8.4.2.10.2.2 Dos termos de avaria lavrados, se for o caso, serão remetidos
resumos à Autoridade Aduaneira no primeiro dia após a descarga.
8.4.2.11 O depositário passa a ser responsável pela mercadoria ao recebê-la
da entidade entregadora.
8.4.2.12 A responsabilidade do depositário não cobre:
8.4.2.12.1 Faltas nos conteúdos dos volumes ou permuta dos conteúdos, se
os volumes entrarem nos armazéns ou pátios sem indícios externos de
violação, com a embalagem original e sem nenhum sinal de avaria e se
nessas condições permanecerem até o momento da abertura para
conferência aduaneira ou saída dos armazéns ou pátios;
8.4.2.12.2 Avaria de mercadoria ou falta que não seja reclamada, por escrito,
no ato da entrega ou embarque;
8.4.2.12.3 Faltas, deterioração de conteúdo, contaminação ou destruição de
volumes decorrentes de causas fortuitas ou de força maior nos termos do
Código Civil.
8.4.2.13 O depositário promoverá a venda, em leilão público, das
mercadorias nacionais ou nacionalizadas cuja armazenagem lhe foi
confiada, nos seguintes casos:
8.4.2.13.1 Quando os donos dessas mercadorias declararem, por escrito,
que as abandonam;
46
8.4.2.13.2 Quando, tratando-se de mercadorias recebidas por cabotagem,
não sejam despachadas para saída no prazo de 90 (noventa) dias, contados
da data da respectiva descarga;
8.4.2.13.3 Quando as mercadorias referidas no item 8.4.2.13.2, apesar de
despachadas para saída, deixarem de ser retiradas por seus donos no prazo
de 30 (trinta) dias, contados da data da respectiva descarga;
8.4.2.13.4 Quando, tratando-se de mercadorias facilmente perecíveis,
importadas por cabotagem e depositadas em armazéns comuns, não sejam
despachadas para a saída no prazo de 8 (oito) dias, contados da data da
respectiva descarga;
8.4.2.13.5 Quando as mercadorias referidas na alínea “0”, apesar de
despachadas para saída, deixarem de ser retiradas por seus donos, no
prazo de 5 (cinco) dias, contados da data do respectivo despacho;
8.4.2.13.6 Quando os respectivos donos deixarem de pagar aos depositários
o valor devido pela armazenagem.
8.4.2.14 O depositário poderá conceder prazos maiores que os previstos nas
alíneas do item 8.4.2.13 deste Regulamento, estabelecendo-se, por escrito,
ao receber as mercadorias em depósito; poderá, também, reduzir esses
prazos para determinadas mercadorias perecíveis, desde que autorizado
pelos órgãos fiscalizadores à vista de solicitações justificadas.
8.4.2.15 De cada venda de mercadoria armazenada que realizar, de acordo
com o disposto no item 8.4.2.13 deste Regulamento, o depositário fará
comunicação detalhada aos respectivos órgãos fiscalizadores.
8.4.2.16 Do produto da venda em leilão público de mercadorias
armazenadas, que se realizar de acordo com o que determina o item
8.4.2.13 deste Regulamento, o depositário reterá a parcela correspondente
ao débito dos donos das mercadorias, por serviços a eles prestados, e fará o
depósito judicial do saldo, se houver, para ser reclamado por quem de
direito.
8.4.2.17 Quando as mercadorias armazenadas oferecerem risco de
deterioração ou estrago, o depositário deverá dar conhecimento do fato ao
47
consignatário ou seu preposto e a Autoridade Aduaneira, se for o caso, para
as devidas providências.
8.4.2.18 As mercadorias nacionais ou nacionalizadas que se deteriorarem
durante o período de armazenagem serão removidas pelo depositário para
destinação adequada, cabendo os custos portuários e outros que possam
ocorrer ao consignatário da mercadoria ou seu preposto.
8.4.2.19 No trato das mercadorias sob sua guarda e objeto da pena de
perdimento, o depositário observará os procedimentos legais aplicáveis, em
particular os estabelecidos no Decreto-Lei n.º 1.455/76.
8.4.2.20 O serviço de armazenagem de mercadorias em áreas não
arrendadas ou alugadas será executado, exclusivamente, pela
Administração Portuária.
8.4.2.21 O depositário estabelecerá os procedimentos para o trato de
documentação aplicável, na entrega e no embarque de mercadorias que
estejam sob sua guarda.
8.4.2.22 O Fiel do Armazém, responsável pela guarda das mercadorias,
assistirá sempre a conferência aduaneira feita nas instalações de
armazenagem dos portos.
8.4.2.23 A Administração Portuária passa a ser responsável pela mercadoria
que lhe for entregue pelo dono, embarcador ou seu representante, ou pelo
operador portuário com o efetivo recebimento, após sua arrumação,
empilhamento e conferência no local de depósito na instalação de
armazenagem.
8.4.2.24 Nos serviços de armazenagem incidirão as taxas da Tabela V da
Tarifa do Porto de Fortaleza.
8.4.2.25 As mercadorias importadas, de longo curso e cabotagem, pelo
Porto de Fortaleza só poderão ser liberadas, ou seja, despachadas para
saída, por qualquer tipo de modal, mediante a apresentação de:
8.4.2.25.1 Liberação da Receita Federal (no caso de mercadoria de longo
curso)
48
8.4.2.25.2 Quitação total das taxas devidas de armazenagens;
8.4.2.25.3 Liberação, por parte do transportador, no SISCARGA/SISCOMEX.
9 UTILIZAÇÂO DE INSTALAÇÕES NÃO OPERACIONAIS
O Porto de Fortaleza dispõe das seguintes instalações não operacionais
utilizadas por terceiros
Instrumento Contratual
Contratante Objeto Tipo Vencimento
01/2014 FTL- Ferrovia Transnordestina
Logística S/A
Uso de uma área 13.11,75m2, a título
ONEROSO, localizada na Parque de Triagem da
CDC.
Cessão de uso
onerosa
30/09/2015
02/96 Organização Hélio Meireles Petróleo Ltda.
Arrendamento de terreno situado à Av. Vicente de
Castro, nº 5.700, Mucuripe, Fortaleza, medindo 58,50m de frente; 46,00m de fundo,
26,25m de lado direito; e 14,50m de lado esquerdo,
perfazendo um total de 1.029,00m2, contendo
instalações para escritório e para restaurante,
Arrenda-mento
não operacio-
nal
31/07/2021
013/08 Termaco – Terminais
Marítimos de Containers e
Serviços Acessórios Ltda.
Permissão de Uso de imóvel (SALAS Nº 01 e 02) situado no NAP – Núcleo
de Apoio Portuário do Porto de Fortaleza, com área
total de 14,32 m2 por sala, conforme especificação no
Edital 01/2008
Cessão de uso
onerosa
12/05/2014
012/08 Unilink Transportes
Integrados Ltda.
Permissão de Uso de imóvel (SALA Nº 04)
situado no NAP – Núcleo de Apoio Portuário do Porto
de Fortaleza, com área total medindo 14,32m2 por
sala, conforme especificação no Edital nº
001/2008
Cessão de uso
onerosa
24/04/2014
S/N Correios e Telégrafos -
ECT
Permissão de Uso de Imóvel situado na Área
Térrea do Núcleo de Apoio Portuários – NAP do Porto
de Fortaleza, medindo 79,90m2
Cessão de uso
onerosa
01/12/2014
04/2013 Banco do Brasil S/A
Cessão de uso onerosa de 95m² de área situada na
Cessão de uso
31/10/2018
49
Estação de Passageiros do Porto de Fortaleza.
onerosa
028/2009 Organização Paulo Rocha
Ltda.
Arrendamento da sala nº 06, medindo 14,75m2 de área total, instalada no
prédio do NAP – Núcleo de Apoio Portuário, situado no
Porto de Fortaleza, conforme especificado na Concorrência n° 02/2009
Arrenda-mento
não operacio-
nal
05/07/2019
002/2010 Instituto de Pesos e
Medidas de Fortaleza
Cessão de 1.716 m2 de área localizada à Av.
Matias Beck, s/nº
Cessão de uso
não onerosa
06/05/2014
01/04 Cooperativa dos Armadores de
Pesca do Ceará - COOPACE
A área dada em Permissão está situada no Cais
Pesqueiro do Mucuripe, totalizando 59,40m2,
ocupando uma faixa de 11,00x5,4m, com recuo de
3,00m em relação ao paramento do Cais
Pesqueiro será acrescida em 1.053m2, ficando
disponível para outras ações o restante da faixa
do cais.
Cessão de uso
não onerosa
Não fixado
04/08 Departamento do fundo da
Marinha Mercante
Uso de uma área 118,00m2, a título gratuito, localizada no Pavimento Térreo (103,68m2) e no
Pavimento Superior (14,32m2) do prédio do NAP – Núcleo de Apoio
Portuário
Cessão de uso
não onerosa
12/05/2018
04/2000 Governo do Estado do
Ceará
Utilização de uma área localizada no Porto de Fortaleza, no total de
4.607,05m2, limitando-se a oeste – Pátio B-6, sul – Receita Federal, norte e
leste – Av. Vicente Castro
Cessão de uso
não onerosa
24/09/2029
S/N Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS
Cessão de imóvel, no qual será construído prédio com dois pavimentos, área de
lavagem de equipamentos,veículos e
barreiras, sistema de separação de água e óleo
efluente da área de lavagem e depósito para disposição temporária de
resíduos, onde será instalada a Base Avançada
do Centro de Defesa Ambiental – BA-FOR e o
Centro de Controle Operacional da Petrobrás
Transportes S/A –
Cessão de uso
não onerosa
24/09/2029
50
TRANSPETRO. 01/10 Superintendência
da Policia Federal no
Ceará
Cessão de uma área localizada no Porto de
Fortaleza na Estação de Passageiros, abrangendo o tamanho total de 32,20m2
térreo e 33,40m2 mezanino
Cessão de uso
não onerosa
21/05/2015
03/10 OGMO – Órgão Gestor de Mão
de Obra do Trabalho Portuário
Cessão de área totalizando 1.278,75m2, sendo 320,00m2 de área
construída e 958,75m2 de área não construída, bem
como cessão dos bens patrimoniais a seguir
relacionados
Cessão de uso
não onerosa
19/10/2015
01/08 Secretaria de Desenvolvimento Agrário - SDA
Uso de uma área de 101,85m2, localizada no
Pavimento Térreo do Prédio do NAP - Núcleo de
Apoio Portuário
Cessão de uso
não onerosa
31/03/2018
05/2013 Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Ceará
Cessão de uso não onerosa de uma área total
de 1.319,11 m², com a finalidade de construção da nova sede de Salvamento
Marítima - SSMAR do Corpo de Bombeiros
Cessão de uso
não onerosa
10/12/2018
06/2013 Ministério do Trabalho e
Emprego - MTE
Cessão de uso não onerosa de uma área total
de 67,98 m², a título gratuito, localizada no Pavimento Térreo do
Prédio do Núcleo de Apoio Portuário - NAP
Cessão de uso
não onerosa
01/04/2019
01/2013 Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
Cessão de uso não onerosa de uma área de
131,03m², a título gratuito, localizado no pavimento
superior do prédio do Núcleo de Apoio Portuário -
NAP
Cessão de uso
não onerosa
26/08/2018
01/14 Secretaria da Fazenda do Estado do
Ceará - SEFAZ
Uso de uma área 274,49m2, a título gratuito, localizada no Pavimento Térreo (72,00m2) e no Pavimento Superior
(202,49m2) do prédio do NAP – Núcleo de Apoio
Portuário
Cessão de uso
não onerosa
30/06/2019
077/94 Companhia energética do
Ceará
Uso de área para instalação de 4 turbinas eólicas, cujo pagamento pelo uso da área será o correspondente a 5% da
energia gerada
Cessão de uso
29/12/2024
51
10 UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS SOB GESTÃO DE
TERCEIROS
A utilização de áreas arrendadas de uso público deve obedecer, no que
couber aos requisitos deste regulamento e as normas próprias cada contrato
de arrendamento. As atuais áreas arrendadas no Porto de fortaleza estão
descritas na tabela abaixo.
Instrumento Contratual
Contratante Objeto Área Vencimento
01/91 M. Dias Branco S/A Comércio e
Indústria
Arrendamento de uma área descoberta de 6.000 m2 e
suas benfeitorias encravada na região interna do Porto de
Fortaleza. A área será utilizada, estritamente, à
implantação de um conjunto de silos para
cereais a granel e moinho para industrialização de trigo e seus derivados
Pátio B-1 10/05/2032
043/94 M. Dias Branco S/A Comércio e
Indústria
Arrendamento de área de terreno, integrante do patrimônio da CDC,
localizado no Pátio B-2, Lote – 1, com superfície de
1.800 m2, destinado a construção de um conjunto
de silos verticais para armazenagem de grãos com capacidade estática
mínima de 15.000 toneladas, referente à
Concorrência nº 004/94
Pátio B-2 19/02/2015
001/97 Tergran – Terminais de
Grãos de Fortaleza Ltda.
Arrendamento do armazém A-2 do Porto de Fortaleza,
para uso exclusivo de armazenamento de graneis sólidos movimentados no Porto de Fortaleza, pelo
prazo de 30 anos, de conformidade com Edital referente à Concorrência
019/96
Armazém A-2
21/05/2027
002/97 M. Dias Branco S/A Comércio e
Indústria
Arrendamento do lote 2 do Pátio B-2 da CDC, para
uso exclusivo de armazenamento, em silos,
de cereais a granel movimentados no Porto de Fortaleza, de conformidade
com o Edital referente à Concorrência n° 024/96
Pátio B-2 17/01/2022
52
003/97 J. Macedo Alimentos S/A
Arrendamento do Armazém A-1 do Porto de Fortaleza,
para uso exclusivo de armazenamento de graneis sólidos movimentados no Porto de Fortaleza, pelo prazo de 10 (dez) anos, podendo ser prorrogado
por igual período a critério da Companhia Docas do
Ceará – CDC, de conformidade com o Edital referente à Concorrência n°
014/96
Armazém A-2
15/06/2017
005/97 De Francesco Alimentos Ltda.
Arrendamento das áreas 1 e 2 do Plano de Zoneamento e
Desenvolvimento do Porto de Fortaleza, para uso
exclusivo de armazenamento de óleos
vegetais movimentados no Porto de Fortaleza, de
conformidade com o Edital referente à Concorrência n°
002/97
Cais Pesqueiro
27/05/2022
11 UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÔES DE ACESSO AQUAVIÀRIO de USO
PÚBLICO
11.1 Instalações de acesso aquaviário
11.1.1 Descrição
O canal de acesso ao porto tem, aproximadamente, 3.800 metros de
comprimento, sua largura é de 160 metros e sua profundidade encontra-se
em torno de 14 metros. O material de fundo é constituído principalmente por
areia siltosa.
O Porto de Fortaleza possui duas bacias de evolução e ambas são formadas
por fundo de areia siltosa, assim descritas:
Bacia de evolução situada a frente do cais comercial limitada a noroeste do
cais no alinhamento do Armazém A-3, possui diâmetro de 610 metros e
profundidade de 14 metros.
53
Bacia de evolução situada próxima ao píer petroleiro, disposta de maneira a
envolver a plataforma de atracação com seu formato, a profundidade
registrada é de 13 metros.
11.2.1 Condições especificas de utilização
11.2.1.1 A utilização da área de fundeio, bacia de evolução e canal de
acesso pelas embarcações será autorizada pela Autoridade Portuária, de
acordo com os termos e condições deste Regulamento e prévia autorização
das Autoridades Marítima, Aduaneira, Sanitária e Polícia Marítima.
11.2.1.2 As operações de entrada e saída de embarcações são disciplinadas
pelas Normas de Tráfego e Permanência nos Portos e Terminais.
11.2.1.3 Exceto em caso de arribada, o armador, o transportador aquaviário
ou seu agente, conforme o caso, deverá requerer a autorização a que se
refere o item 11.2.1.1, fornecendo para tanto, com a antecedência mínima
de 24 (vinte e quatro) horas à chegada da embarcação, as seguintes
informações:
a. Nome da embarcação;
b. Bandeira sob a qual navega;
c. Natureza e sentido da navegação;
d. Último porto de procedência e próximo porto de destino;
e. Nome e endereço do responsável pela embarcação e pelo
pagamento das taxas portuárias;
f. Característica da embarcação:
f.1. Comprimento total e boca;
f.2. Tonelada de porte bruto, tonelada de arqueação
bruta e tonelada de arqueação líquida;
f.3. Calado máximo, calado de entrada e calado previsto
de saída;
g. Natureza de operação;
54
h. Cópia do manifesto de carga a descarregar ou a
embarcar, ou, provisoriamente, relação detalhada da
carga assinada pelo responsável pela embarcação ou
preposto;
i. Número de passageiros a desembarcar ou a embarcar;
j. Datas previstas de chegada e de partida;
k. Qualquer irregularidade ou anormalidade que possa afetar
a segurança da navegação ou que possa vir a prejudicar
a eficiente utilização das instalações portuárias;
l. Indicação da necessidade de utilização de equipamentos
e serviços e a prancha de operação.
11.2.1.4 No caso de embarcações que transportem mercadorias perigosas,
o armador, o transportador aquaviário ou seu agente, deverão, juntamente
com as informações indicadas no item 11.2.1.3 deste Regulamento, fornecer
os seguintes dados específicos adicionais:
a. Nome técnico correto das mercadorias, de acordo com a
classificação do Código da INTERNACIONAL MARITIME
ORGANIZATION - IMO, da Organização das Nações
Unidas - ONU, ponto de fulgor, quando for o caso, e o UN
Nr. (número de identificação estabelecido pelo Comitê das
Nações Unidas) das mesmas;
b. A quantidade de carga perigosa a bordo, identificando
aquela que deverá ser descarregada no porto e a que
permanecerá a bordo, com a localização desta última na
embarcação;
c. O tipo de embalagem;
d. O estado da mercadoria perigosa a e possibilidade de
ocorrências de sinistros;
55
e. Informação sobre se a embarcação possui algum
certificado de seguro para o transporte de mercadoria
perigosa.
11.2.1.5 Quando da omissão ou da imprecisão dos dados referidos no item
11.2.1.4 resultar um evento danoso, a responsabilidade pelos prejuízos ou
acidentes decorrentes caberão ao armador, o transportador aquaviário ou
seu agente.
11.2.1.6 A permanência da embarcação na área de fundeio será por prazo
limitado, estabelecido em função de:
a. Disponibilidade de berço de acostagem compatível com a
operação portuária prevista;
b. Disponibilidade do berço de acostagem compatível com o
calado da embarcação;
c. Medidas de segurança ou de epidemia.
11.2.1.7 O fundeio de embarcação só será permitido em área própria,
definida para tal fim pela Administração Portuária, em coordenação com a
Autoridade Marítima, não sendo permitido o fundeio de embarcação no canal
de acesso; o fundeio na bacia de evolução pode ser autorizado, a critério da
Administração Portuária, desde que não prejudique o tráfego ou a manobra
de outras embarcações.
11.2.1.8 Pela utilização da infra-estrutura de acesso hidroviário, os
requisitantes pagarão as taxas da Tabela I da tarifa do Porto de Fortaleza.
11.3 Obras de abrigo
11.3.1 As obras de abrigo do Porto de Fortaleza datam de sua construção. O
principal abrigo do porto é um molhe de proteção situado a norte do cais,
medindo 1.910 m de comprimento. Sua estrutura é do tipo enrocamento,
construída de pedras e rochas de natureza granítica, com largura média e
cota de coroamento de 7 m.
56
11.3.2 A zona portuária vinha sofrendo intenso processo de assoreamento
provocado pelo carreamento de sedimentos pelas correntes, que eram
depositadas em sua área interna, junto ao molhe de proteção, provocando a
formação da Praia Mansa.
11.3.3 A obra de prolongamento desse abrigo proporcionou a retenção do
assoreamento, bem como trouxe tranqüilidade às águas na bacia de
evolução, cais comercial e píer petroleiro. Resultou de estudos
desenvolvidos pelos laboratórios de hidráulica de NEYRPIC e de
GRENOBLE, na França, realizados em colaboração com o antigo 4° Distrito
de Portos, Rios e Canais, que concluíram pelo prolongamento do molhe de
abrigo do Titan, com a projeção da inflexão para o oeste em seu trecho final.
11.3.4 Esses estudos recomendavam também a construção de um espigão
a montante do molhe do Titan (molhe do Titanzinho) como forma de
proteção contra o assoreamento da área interna do porto, retendo as areias
carreadas pelas correntes, e consequentemente, reduzindo o nível de
assoreamento na área portuária.
11.3.5 O molhe do Titanzinho tem aproximadamente 1.000 m de
comprimento, largura de 6 m e cota de coroamento de 7 m. Sua estrutura é
do tipo enrocamento, formada por pedras e rochas de até 10 t.
11.4 Norma de tráfego e permanência de navios
11.4.1 Calados máximos recomendados
11.4.1.1 o calado máximo recomendado para o canal de acesso com
recursos de variação de marés (preamar) e de 10,80 metros, devendo ser
consideradas as seguintes condições:
a) os navios de cereais a granel, com calado de até 10,30 metros, para
atracação no cais comercial, berço 103.
57
I) Demandar o canal de acesso ao porto, com um mínimo de 2,0
metros de altura de maré enchendo.
II) Atracar por bombordo.
III) O operador portuário, sob supervisão da Autoridade Portuária,
deverá operacionalizar o descarregamento do navio de modo a
manter a folga abaixo da quilha (FAQ) conforme o especificado no
item 11.4.1.3.
b) os navios de graneis líquidos derivados de petróleo, com calado de
até 10,40 metros
I) Demandar o canal de acesso ao porto, com um mínimo de 2,0
metros de altura de maré.
II) a atracação no píer petroleiro deverá ser por boreste no berço
interno e por bombordo berço externo.
c) Navios de graneis sólidos, carga geral solta ou de contêineres, com
calado, com calado de até 10,80 metros para atracação nos berços 104
e 105, dos cabeços 23 a 38.
I) Demandar o canal de acesso ao porto, para atracar ou desatracar,
com um mínimo de 2,0 metros de altura de maré.
II) A atracação no berço 104 será por bombordo e a atracação no
berço 105 será por boreste.
11.4.1.2 Como situação extraordinária, considera-se ainda os navios de
graneis sólidos, de carga geral solta ou de contêineres, com calado de até
11,00 metros , para atracação nos berços 104 e 105, dos cabeços 23 a 38,
com as seguintes restrições;
a) Manobras no período diurno
b) demandar o canal de acesso ao porto, para atracar ou desatracar,
com um mínimo de 2,0 metros de altura de maré enchendo.
c) A atracação no berço 104 será por bombordo e a atracação no berço
105 será por boreste.
58
11.4.1.3 Em qualquer situação deverá ser observada, enquanto o navio
estiver atracado ou no canal de acesso, uma folga abaixo da quilha (FAQ)
de no mínino 0,5 metros.
11.4.1.4 como limite operacional para navios de carga geral e graneleiros
com maior calado ou igual a 10,60 metros e navios tanque com calado maior
que 10,30 metros, será obedecido ao limite máximo de intensidade de vento
de 22 nós.
11.4.1.5 os comandantes deverão atentar para a situação em que
predominam marulhos (swell) e ventos, ambos de noroeste/norte, quando
esses limites poderão ser reduzidos.
11.4.2 Velocidades de navegação
11.4.2.1 na bacia de evolução e no canal de acesso do Porto de Fortaleza a
velocidade recomendada e a mínima que possibilite o governo do navio com
segurança. A velocidade máxima permitida e de 10 nós.
11.4.2.2 É proibido o cruzamento e ultrapassagem de navios no canal de
acesso e bacia de evolução do Porto de Fortaleza.
11.4.3 Restrições de porte, comprimento e boca das embarcações
BERÇO PORTE (t) COMPRIMENTO (m) BOCA (m) 102 50.000 232 40 103 50.000 250 40 104 70.000 330 40 105 70.000 330 40 201 50.000 222 33 202 50.000 222 33
11.4.3 Áreas de fundeio
11.4.3.1 existem 6 áreas de fundeio no porto. Em todas, o material de fundo
é constituído por areia siltosa. As áreas de fundeio do porto têm as seguintes
características, de acordo com a Carta Náutica nº 701:
59
11.4.3.1.1 Fundeadouro N º 1 para navios com mais de 8 m de calado: área
definida por um círculo de 560 m de raio, cujo centro localiza-se no ponto de
coordenadas latitude 3° 41’ 45” S e longitude 38° 30’ 18” N, com
profundidade variando entre 10 m e 12 m. A área está abrigada contra a
ação dos ventos de direções SE, S e SW;
11.4.3.1.2 Fundeadouro Nº2 para navios com mais de 2.000 toneladas de
arqueação bruta, inclusive para navios Lash, com calado até 8 m: área
definida por um círculo de 560 m de raio, cujo centro localiza-se no ponto de
coordenadas latitude 3° 42’ 07” S e longitude 38° 29’ 45” W, com
profundidade variando entre 7,00 m e 10,00 m. A área está abrigada contra
ventos de direções SE, S, SW e W. Os navios Lash têm prioridade e direito a
fundeio imediato, preterindo qualquer outro tipo de navio de carga;
11.4.3.1.3 Fundeadouro Nº 3 para embarcações de 200 a 2.000 tonelagem
de arqueação bruta: área definida por um círculo de 370 m de raio, cujo
centro localiza-se na posição delatitude 3° 42’ 28” S e longitude 38° 29’ 24”
W, com profundidade variando entre 6 m e 7 m. A área está abrigada contra
ventos NE, E, SE, S, SW e W;
11.4.3.1.4 Fundeadouro Nº 5 para embarcações pesqueiras motorizadas:
área definida por um trapézio retangular de dimensões 740 m (base maior) x
430 m (base menor) x 460 m (altura), com centro no ponto de latitude 3° 43’
00” S e longitude 38° 28’ 57” W, com profundidade variando entre 4 m a 5
m.. A área está abrigada contra ventos de todas as direções, exceto NW;
11.4.3.1.5 Fundeadouro Nº 6 para embarcações pesqueiras não
motorizadas: área definida por um trapézio retangular de dimensões 850
m (base maior) x 650 m (base menor) x 480 m (altura), com centro no ponto
de latitude 3° 43’ 08” S e longitude 38° 29’ 15” W, com profundidade
variando entre 1 m a 5 m. A área está abrigada contra ventos de todas as
direções, exceto NW.
60
11.4.3.1.6 Fundeadouro Nº 7 para embarcações com mais de 9 m de calado:
área definida por um círculo de 430 m de raio, cujo centro localiza-se no
ponto de coordenadas latitude 3° 40’ 30” S e longitude 38° 29’ 00” W, com
profundidade variando entre 10,00 m e 16,00 m.
11.4.3.1.7 Para zonas de quarentena e para carga e descarga de explosivos,
são utilizados os fundeadouros definidos nos itens 11.4.3.1.1 e 11.4.3.1.2,
conforme as características das embarcações.
11.4.3.1.8 É proibido o fundeio de qualquer embarcação na área de
manobra e no canal de acesso, salvo com prévia licença da Capitania dos
Portos. Igual autorização é exigida para embarcações ancoradas que
tenham sua estanqueidade comprometida e que necessitem trafegar nas
áreas acima mencionadas.
11.5 Serviço de praticagem
11.5.1 O Porto de Fortaleza é considerado de praticagem obrigatória para
navios estrangeiros em geral; para navios brasileiros tipo petroleiros,
propaneiros e transportadores de cargas explosivas de qualquer arqueação
bruta; e para demais navios nacionais de porte acima de 500 TAB.
11.5.2 Estão isentas de obrigatoriedade de praticagem para acesso ao porto
as seguintes embarcações:
a) Os navios da Marinha de Guerra Brasileira;
b) As embarcações brasileiras de porte igual ou inferior a 500
toneladas de arqueação bruta;
c) Os rebocadores de alto mar, nacionais ou estrangeiros
arrendados, que tenham em sua tripulação marítimos
brasileiros de categoria Oficial de Náutica ou Mestre de
Pequena Cabotagem;
d) As embarcações da classe de navegação interior;
e) As embarcações de esporte e recreio, de pesca, e as
pertencentes a órgãos públicos.
61
11.6 Serviço de rebocador
11.6.1 Devido às condições peculiares, principalmente, de vento e marés,
existentes no Porto de Fortaleza, os navios em manobra de atracação ou
desatracação deverão, obrigatoriamente, efetuá-la com auxílio de
rebocadores.
11.6.2 A decisão de como empregar os rebocadores é de competência
exclusiva do comandante do navio, sendo recomendável ouvir a sugestão do
prático, se o serviço de praticagem estiver sendo utilizado.
11.6.3 Caberá ao armador ou seu preposto agente marítimo requisitar os
rebocadores necessários as manobras a serem efetuadas. Por ocasião da
manobra o comandante da embarcação decidirá o dispositivo para o
reboque, o número de rebocadores e seus posicionamentos para formarem
o necessário binário de força, sendo recomendável ouvir a sugestão do
prático se o serviço de praticagem estiver sendo utilizado.
11.6.4 Para situações que envolvam maior risco às manobras, deverá ser
feito um planejamento prévio com as entidades envolvidas, Autoridade
Portuária, Autoridade Marítima, Praticagem e Empresa de Rebocadores
responsável pela manobra, visando o correto delineamento das ações para
reduzir tais riscos.
11.6.5 Abaixo quadro que define a quantidade de rebocadores necessários,
considerando a tração estática (bollard pull) e o tipo do rebocador, porte do
navio, instalação de acostagem a ser usada pelo navio e tipo de manobra.
Instalação de
acostagem
Manobra Porte do navio (t)
Tração estática (t)
Número de rebocadores
Tipo de rebocadores
Cais Comercial
Atracação Até 30.000 40 2 Convencional/ azimutal
Cais Comercial
Atracação De 30.001 a 50.000
70 3 Convencional/ azimutal
Cais Comercial
Atracação Acima de 50.000
90 3 Convencional/ azimutal
Cais Comercial
Desatracação Até 30.000 40 2 Convencional/ azimutal
Cais Desatracação De 30.001 40 2 Convencional/
62
Comercial a 50.000 azimutal Cais
Comercial Desatracação Acima de
50.000 60 2 Convencional/
azimutal Píer
Petroleiro Atracação Até 30.000 40 2 Convencional/
azimutal Píer
Petroleiro Atracação De 30.001
a 50.000 70 3 Convencional/
azimutal Píer
Petroleiro Atracação Acima de
50.000 85 3 Convencional/
azimutal Píer
Petroleiro Desatracação Até 30.000 40 2 Convencional/
azimutal Píer
Petroleiro Desatracação De 30.001
a 50.000 40 2 Convencional/
azimutal Píer
Petroleiro Desatracação Acima de
50.000 60 2 Convencional/
azimutal
11.7 Sistema de sinalização náutica
11.7.1 a manutenção da sinalização náutica do balizamento do canal de
acesso e bacia de evolução do Porto de Fortaleza está sob responsabilidade
da Companhia Docas do Ceará
11.7.2 Os sinais náuticos mantidos pela Autoridade Portuário são
apresentados na tabela a seguir;
NOME COORDENADAS DESCRIÇÂO Bóia de luz
Mucuripe nº 1 Latitude 03º 40,541’ S
Longitude 38° 29,299’ W Encarnada
Bóia de luz Mucuripe nº 2
Latitude 03º 40,537’ S Longitude 38° 29,205’ W
Verde
Bóia de luz Mucuripe nº 3
Latitude 03º 41,059’ S Longitude 38° 29,281’ W
Encarnada
Bóia de luz Mucuripe nº 4
Latitude 03º 41,074’ S Longitude 38° 29,12’ W
Verde
Bóia de luz Mucuripe nº 5
Latitude 03º 41,575’ S Longitude 38° 29,269’ W
Encarnada
Bóia de luz Mucuripe nº 6
Latitude 03º 41,537’ S Longitude 38° 29,198’ W
Verde
Bóia de luz Mucuripe nº 7
Latitude 03º 42,030’ S Longitude 38° 29,290’ W
Encarnada
Bóia de luz Mucuripe nº 8
Latitude 03º 42,010’ S Longitude 38° 29,190’ W
Verde
Bóia de luz Mucuripe nº 9
Latitude 03º 42,520’ S Longitude 38° 29,210’ W
Encarnada
Bóia de luz Latitude 03º 42,340’ S Verde
63
Mucuripe nº 10 Longitude 38° 28,920’ W Bóia de luz Terminal
Latitude 03º 42,680’ S Longitude 38° 292,146’ W
Preta com uma larga faixa horizontal amarela
Bóia de luz Titan Latitude 03º 42,327’ S Longitude 38° 28,669’ W
Amarela sobre preto
11.8 Prioridade de atracação
Os critérios de prioridade de atracação estão descritos no item 8.3.2.2 e
regulamentados no item 8.3.2.3 deste regulamento.
12 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE USO PÚB LICO
12.1 O Porto dispõe de 2 balanças para uso público, sendo uma balança
rodoviária com capacidade de 80 toneladas e outra rodoferroviária com
capacidade de 100 toneladas.
12.2 As balanças são operadas por trabalhadores portuários avulsos,
requisitados pelos operadores portuários, diretamente ao Órgão Gestor de
mão de Obra, cabendo a Autoridade Portuária cobrar desses operadores a
utilização, conforme movimentação registrado no Sistema de Gerenciamento
de Operações Portuárias – SIGEP.
13 OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
13.1 Operações características do porto
13.1.1 Disposições gerais
13.1.1.1 A operação portuária consiste na realização dos serviços por
operadores portuários, devidamente qualificados junto a CDC, na área do
porto, relativo a:
a. Movimentação de mercadorias destinadas ao transporte
aquaviário ou dele proveniente;
b. Armazenagem de mercadorias destinadas ao transporte
aquaviário ou dele proveniente.
64
13.1.1.2 O transporte interno compreende o transporte de mercadorias com
a utilização dos equipamentos adequados a sua natureza e espécie, desde
o seu ponto de descarga no cais, junto à embarcação atracada até o local de
depósito na instalação de armazenagem, designado pelo depositário ou
vice-versa.
13.1.2 Movimentação de Carga Geral e Granéis Sólido s
13.1.2.1 A movimentação de mercadorias de embarcações atracadas ao
berço de acostagem para o cais ou vice-versa, realizada por operador
portuário, compreende as atividades de estiva, capatazia, conferência de
carga e, eventualmente, em casos de requisição específica, conserto de
carga e vigilância.
13.1.2.2 A movimentação de mercadorias deverá se realizar,
preferencialmente, com a embarcação atracada em berço de acostagem,
tanto para a operação de carregamento como para a de descarga.
13.1.2.3 A movimentação de mercadorias para embarcação atracada em
berço de acostagem para outra a contra bordo, ou de embarcação ao largo
para outra a contrabordo só será autorizada pela Administração Portuária,
mediante prévia autorização da Autoridade Aduaneira, quando for o caso.
13.1.2.4 As operações de transbordo de mercadorias importadas ou
exportadas, a contrabordo de embarcação atracada ou fundeada, por
intermédio de navegação de cabotagem ou longo curso e embarcações
auxiliares, poderá ser autorizada pela Administração Portuária, com prévia
anuência de Autoridade Aduaneira, quando for o caso.
13.1.2.5 O Operador Portuário ou o agente de navio deverá comunicar e
fornecer os seguintes elementos informativos à Administração Portuária, no
mínimo com 24 (Vinte e quatro) horas de antecedência ao início da
correspondente operação:
a) Nome da embarcação;
65
b) Natureza, espécie e respectiva quantidade de mercadoria a
movimentar, informar, por dono ou consignatário das mercadorias
ou cargas;
b.1) em operação de e para instalação de armazém ou pátio do
porto;
b.2) em operação de carga ou descarga direta;
b.3) em operação de baldeação.
c) número de ternos e porões com que irá operar;
d) tempo previsto para a operação portuária;
e) aparelhamento ou equipamento portuário da Administração
Portuária que pretende requisitar; e
f) serviços conexos ou acessórios portuário da Administração
Portuária que pretende requisitar.
13.1.2.6 Quando se tratar de mercadorias perigosas, sua movimentação
somente poderá ser autorizada pela Administração portuária a vista das
seguintes informações a serem apresentadas pelo operador portuário, no
mínimo com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência a sua operação
portuária:
a) as solicitadas no item 11.2.1.4;
b) responsável técnico pela coordenação e direção dos serviços
de movimentação;
c) plano de trabalho e as medidas de segurança que irá adotar
para a movimentação das mercadorias.
13.1.2.7 Os volumes das mercadorias que apresentarem sinais ou indícios
de avaria, estando às embalagens danificadas ou inadequadas:
a) quando destinadas ao embarque, serão adotadas, pelo
Operador Portuário, as medidas mais adequadas às
circunstâncias;
66
b) quando provenientes de embarque de produtos avariados,
quebrados, repregados, com diferença de peso ou que tiverem
qualquer indício de violação, deverão ser lavrados termos com
ressalva, no mesmo dia da descarga, em que se mencionarão as
características de cada volume, a natureza de avaria ou a
irregularidade verificada, sendo ainda lacrados e cintados para os
efeitos da vistoria, nos termos da legislação vigente.
13.1.2.8 As mercadorias descarregadas, quer de longo curso ou de
cabotagem, serão registradas em documento próprio pela entidade
recebedora, que constituirá, juntamente com os demais previstos na
legislação em vigor e, quando for o caso, com o recibo de carga, a
documentação definitiva para todas as questões suscitadas sobre as
responsabilidades das entidades recebedoras e entregadoras.
13.1.2.9 Ao entrarem nos armazéns e nos pátios os volumes devem ser
pesados, sempre que possível, tendo bem legíveis a marca, a contramarca e
o número da atracação, bem como a simbologia de mercadorias perigosas
ou especiais, quando for o caso.
13.1.2.10 A carga ou a descarga de explosivos (classe 1), gases (classe 2),
inflamáveis líquidos (classe 3) e de sólidos inflamáveis (classe 4.1, 4.2 e
4.3), devem ser realizados de modo que não permaneçam no local das
operações.
13.1.2.11 A movimentação de mercadoria explosiva só poderá ser
autorizada pela Administração Portuária a vista de autorização do Ministério
do Exército, obtida pelo usuário.
13.1.2.12 A movimentação de mercadoria radioativa só poderá ser
autorizada pela Administração Portuária quando a mesma for assistida e
orientada por representante da Comissão Nacional de Energia Nuclear -
CNEN.
67
13.1.3 Movimentação de Graneis Líquidos
13.1.3.1 A movimentação de granéis líquidos fica regida por este
Regulamento e pelos “Procedimentos de Operação, Segurança e
Manutenção das Instalações e Equipamentos do Píer Petroleiro do Porto de
Fortaleza”, da CDC.
13.1.3.2 As operações com granéis líquidos mencionadas ficam restritas às
áreas do píer petroleiro, ponte de acesso e o trecho de dutos até o limite da
área portuária, fisicamente caracterizado pelo muro do porto.
13.1.3.3 As Agências de Navegação deverão informar à CDC com
antecedência de 3 (três) dias a programação de navios, bem como, solicitar
a atracação para os mesmos com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência,
através da entrega, dos documentos de requisição de serviços portuários
(RSP).
13.1.3.4 As agências de navegação deverão tomar providências cabíveis de
suspensão da operação ou desatracação, em função de determinações do
Comandante do navio ou da CDC, face às condições meteorológicas
desfavoráveis.
13.1.3.5 A CDC incluirá a atracação do navio na programação, tão logo
receba o Pedido de Atracação, da agência de navegação, determinando os
procedimentos necessários à operação.
13.1.3.6 Fica ainda a cargo da CDC a manutenção das instalações elétricas,
estruturas de concreto armado e metálicas, defensas, cabeços de
amarração, escadas, guarda corpos, instalações prediais e sinalização de
segurança no píer.
13.1.3.7 As empresas operadoras ficam incumbidas de executar as
operações propriamente ditas, de descarga e carregamento, nas quais se
incluem:
– conexão, desconexão e aterramento dos mangotes;
– verificação do alinhamento e abertura e fechamento
das válvulas das linhas de descarga dos tanques de
recebimento;
68
– medições e testes que se tornarem necessários;
– limpeza e guarda nos locais indicados, dos materiais,
ferramentas e aparelhamentos utilizados;
– limpeza e remoção dos resíduos de graneis líquidos
que ficarem na plataforma após as operações;
– preenchimento dos formulários e confecção dos
relatórios exigidos em cada caso.
13.2 Operador portuário
13.2.1 Operador Portuário é a pessoa jurídica qualificada pela Administração
Portuária para a realização de operação de movimentação de cargas e/ou
passageiros dos navios atracados, armazenagem, estiva, capatazia ao
costado, capatazia em recinto alfandegado ou não, na área do porto
organizado de Fortaleza.
13.2.2 Procedimentos a serem observados pela Administração Portuária
para a pré-qualificação de operadores portuários no Porto de Fortaleza.
13.2.2.1 O presente item tem por objeto estabelecer os procedimentos para
analisar e julgar os pedido de pré-qualificação de Operador Portuário na
área do Porto Organizado de Fortaleza nos termos da Portaria SEP/PR nº
111, de 07 de agosto de 2013 e Inciso III do § 1º do Art.17 da Lei 12.815 de
05 de Junho de 2013.
13.2.2.2 Compete a Administração Portuária.
13.2.2.2.1 Constituir e extinguir anualmente, ou a qualquer tempo que julgar
necessário, uma Comissão Especial para Análise e pré-qualificação d e
Operador Portuário - CEAOP , para análise de documentos de pré-
qualificação de Operador Portuário e dos pedidos de cancelamento do
Certificado de Qualificação de Operador Portuário, segundo os
procedimentos e critérios estabelecidos nesta Resolução e na legislação
pertinente:
69
13.2.2.2.2 A comissão deverá ser composta por três membros efetivos e
seus respectivos suplentes, dentre os empregados da Administração
portuária para compor a Comissão Especial, com mandatos não
coincidentes de no máximo 03 (três) anos e renovável por uma única vez;
13.2.2.2.2 Os mandatos dos primeiros membros da Comissão nomeada a
partir da aprovação desta Norma serão de 01 (hum), 02 (dois) e 03 (três)
anos, a serem estabelecidos na Portaria de designação;
13.2.2.2.3 A presidência da Comissão será preferencialmente exercida pelo
membro efetivo com maior tempo de participação, exceto nos dois primeiros
anos, quando o Presidente será escolhido a critério e indicação da
Administração do Porto.
13.2.2.3 Dos procedimentos para pré-qualificação
13.2.2.3.1 A pré-qualificação poderá ser solicitada a qualquer momento pelo
interessado junto à CDC, que através de análise realizada pela CEAOP,
emitirá parecer favorável ou não ao pedido. No caso de parecer favorável o
pedido poderá ser homologado ou não pelo Diretor-Presidente da CDC.
13.2.2.3.2 O pedido deverá ser realizado através da entrega do
“Requerimento de Qualificação e Declaração de Responsabilidade”
disponível no site da CDC, devidamente preenchido e entregue no setor de
Protocolo da CDC, juntamente com toda a documentação exigida pela
Portaria SEP/PR n° 111/13, devendo ser endereçado à CEAOP.
13.2.2.3.3 O setor de Protocolo deverá receber a documentação original ou
cópia autenticada e abrir um processo administrativo que deverá ser
encaminhado à CEAOP no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis.
13.2.2.3.4 Caberá à CEAOP analisar a documentação apresentada e emitir
parecer atestando se o requerente cumpriu ou não as exigências contidas na
Portaria SEP/PR nº 111/13.
70
13.2.2.3.5 Sempre que necessário a CEAOP poderá solicitar o apoio técnico
dos demais setores da companhia para a análise dos documentos
apresentados.
13.2.2.3.6 Os setores demandados deverão emitir parecer em um prazo
máximo de 02 (dois) dias úteis.
13.2.2.3.7 Caso haja necessidade, a CEAOP solicitará ao requerente
documentação complementar através de ofício que será enviado através de
Carta Registrada ou retirado junto à CEAOP, ou através de mensagem
eletrônica com confirmação de recebimento.
13.2.2.3.8 O ofício poderá ser retirado junto à CEAOP por um representante
legal, ou outro preposto da empresa desde que esse esteja portando
procuração específica para este fim.
13.2.2.3.9 Em caso de parecer favorável por parte da CEAOP, esta
confeccionará e encaminhará junto ao processo de expediente (PE),
devidamente instruído e em tempo hábil, de forma a atender o prazo de 30
(trinta) dias estabelecido pelo Art. 11º da Portaria SEP/PR n° 111/13, o
Certificado de Qualificação de Operador Portuário para a apreciação do
Diretor-Presidente.
13.2.2.3.10 O Diretor-Presidente, considerando as instruções da CEAOP,
optará pela homologação ou indeferimento do pedido.
13.2.2.3.11 No caso de homologação do pedido, o Certificado somente será
emitido e entregue após a comprovação do pagamento do valor referente
aos custos administrativos, conforme determinado no Art. 4°, Inciso VI, da
Portaria SEP/PR n° 111/13.
13.2.2.3.12 No caso do indeferimento do pedido, a decisão deverá ser
comunicada ao requerente por meio de oficio, a ser enviado via Correios
através de Carta Registrada, ou ser retirado junto à CEAOP, por um
71
representante legal, ou outro preposto da empresa desde que esse esteja
portando procuração específica para este fim.
13.2.2.3.14 A Certificação de Pré-qualificação terá validade de 05 (cinco
anos) a partir da data de sua aprovação.
13.2.2.3.15 O Certificado terá prazo de vigência de 12 meses, após a sua
emissão, devendo ser revalidado, conforme Art. 16 da Portaria SEP/PR nº
111/13.
13.2.2.3.16 Após a assinatura do Diretor-Presidente o PE deverá ser
encaminhado para o Cadastrador Regional do sistema Porto Sem Papel
para inclusão e habilitação no referido sistema.
13.2.2.3.17 A retirada do Certificado de Qualificação de Operador Portuário
deverá ser realizada junto à CEAOP mediante a apresentação e entrega de
comprovante de contratação da apólice de seguro (contendo o nº da apólice,
data de vigência, valor contratado e cláusulas de cobertura), das
autorizações específicas, conforme Alínea “c”, do Art. 15 da Portaria SEP/PR
nº 111/13.
13.2.2.3.18 Em caso do parcelamento do prêmio do seguro, o Operador
Portuário Qualificado deverá entregar à CEAOP os comprovantes de
quitação das parcelas no prazo máximo de 10 dias de cada quitação, sob
pena de suspensão do certificado.
13.2.2.3.19 O pagamento a que se refere o item 13.2.2.3.11 deste
regulamento deverá ser realizado através de deposito identificado a ser
realizado na conta da CDC a ser indicada pelo setor de faturamento (e-mail:
13.2.2.3.20 O valor a ser pago é de R$ 500,00 (quinhentos reais), valor
referência para o ano de 2013, devendo este valor ser reajustado
anualmente pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
72
(INPC), acumulado dos últimos 12 (doze) meses, tendo por referência o mês
de Agosto, conforme Art. 4°, Inciso VI, da Portaria SEP/PR n° 111/13.
13.2.2.3.21 O setor de faturamento (CODFIN) será responsável por
identificar o pagamento e emitir o comprovante de quitação, o qual deverá
ser retirado pelo requisitante junto ao mesmo.
13.2.2.3.22 Cópia do comprovante de quitação deverá ser entregue à
CEAOP no ato da retirada do Certificado de Operador Portuário.
13.2.2.4 Manutenção do certificado de operador portuário.
Conforme a Portaria SEP/PR n° 111/13 apesar da validade de 05 (cinco), o
certificado deverá ser revalidado a cada 12 (doze) meses pela
Administração.
13.2.2.4.1 Os documentos citados nos Arts. 16 e 25 da Portaria SEP/PR n°
111/13, originais ou cópia autenticada, referentes à manutenção de sua
qualificação, deverão ser entregues no setor de Protocolo da CDC, sendo
destinados à CEAOP.
13.2.2.4.2 O comprovante de renovação da apólice de seguro deverá ser
apresentado em até 10 (dez) dias após o término da data de vigência do
período anterior.
13.2.2.4.3 A CEAOP, de posse dos documentos apresentados pelo
Operador Portuário, em caso de parecer favorável, confeccionará e
encaminhará junto ao processo de expediente (PE) , devidamente instruído
Certificado de Qualificação com nova data de vigência para a assinatura do
Diretor-Presidente.
13.2.2.4.4 No caso do indeferimento do pedido de manutenção, a decisão
deverá ser comunicada ao requerente por meio de oficio, a ser enviado via
Correios através de Carta Registrada, ou ser retirado junto à CEAOP, por
um representante legal, ou outro preposto da empresa desde que esse
esteja portando procuração específica para este fim.
73
13.2.2.5 Renovação do certificado
13.2.2.5.1 O operador portuário interessado na renovação do certificado de
operador Portuário deverá apresentar solicitação a Administração do Porto,
com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias da data do vencimento do
Certificado a cada período de 12 (doze) meses da data de sua pré-
qualificação, e até dez dias após o término desse período, os documentos
exigidos na Portaria 111/2013 da SEP/PR comprobatórios de situação fiscal
regular e de idoneidade financeira, bem como relatório estatístico de
movimentação ou operações portuárias nos últimos 12 (doze) meses, sob
pena de cancelamento do certificado.
13.2.2.5.2 A documentação e procedimentos a serem utilizados para
renovação da certificação de Operador Portuário serão os mesmos adotados
e descritos nesta Resolução para a Pré-qualificação.
13.2.2.6 Suspensão ou cancelamento do certificado de operador portuário
13.2.2.6.1 A suspensão ou cancelamento do Certificado de Operador
Portuário poderá ser solicitado a qualquer momento pelo próprio Operador
Portuário ou por um terceiro interessado ou pela Administração do Porto
(nos casos previsto no Art. 21 da Portaria SEP/PR nº 111/13), ou por
decisão administrativa da ANTAQ. Recursos aos pedidos de cancelamento
deverão ser dirigidos à SEP/PR, conforme disposições da legislação vigente.
13.2.2.6.2 A CDC cancelará o certificado do operador portuário que não
tenha realizado operação portuária por mais de 12 (doze) meses
consecutivos, cuja verificação será realizada pela análise de registro de
programação de operações.
13.2.2.6.3 O operador portuário deverá realizar no mínimo 01 (uma)
operação em cada trimestre. Caso não atinja este desempenho o Certificado
de Operador Portuário será suspenso pela CDC até sua movimentação.
74
13.2.2.6.4 Em caso de suspensão ou cancelamento do certificado, conforme
disposições da Portaria SEP/PR nº 111/13, Lei 12.815/13 e demais normas
e legislações vigentes, a CEAOP deverá inabilitar o Operador Portuário no
Sistema de Gestão Portuária – SGP/CDC ONLINE, e solicitar a inabilitação
no sistema Porto Sem Papel ao Cadastrador Regional, bem como enviar
notificação à Receita Federal do Brasil – RFB.
13.2.2.6.5 No caso de suspensão ou cancelamento do certificado, a decisão
deverá ser comunicada ao Operador Portuário por meio de oficio, a ser
enviado via Correios através de Carta Registrada, ou ser retirado junto à
CEAOP, por um representante legal, ou outro preposto da empresa desde
que esse esteja portando procuração específica para este fim.
13.2.2.6.6 Os recursos deverão ser entregues no setor de Protocolo da
CDC, dirigidos ao Ministro de Estado da SEP/PR, por intermédio e para
conhecimento da CEAOP e do Diretor-Presidente.
13.3 Movimentação de passageiros
13.3.1 As operações relativas ao trânsito de passageiros, oriundos ou
destinados aos navios em cruzeiros marítimos na área dos porto de
Fortaleza são realizado pelo operador portuário.
13.3.2 Além do operador portuário, outros agentes atuam no processo de
operação com passageiros, tais como, agencia de navio, fiscalização
aduaneira e fitossanitária, polícia marítima e federal, entre outros.
13.4 Armazenagem nas instalações de uso público
13.4.1 Descrição, condições específicas, forma de utilização, restrições,
forma de requisição para utilização das instalações de armazenagem de uso
publico estão estabelecidas no item 8.4 deste regulamento.
75
13.5 Transporte de mercadorias nos recintos portuár ios
13.5.1 As vias de serviço interno, destinadas ao trânsito de veículos serão
claramente demarcadas e sinalizadas, observadas no que couber as
disposições normativas do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.
13.5.2 Os veículos regularmente credenciados a ingressar e transitar no
interior do Porto deverão obedecer aos seguintes requisitos:
13.5.2.1 Exibir de modo ostensivo a autorização da CDC - ADESIVO DE
IDENTIFICAÇÂO ou CARTÃO;
13.5.2.2 Manter em funcionamento, quando em trânsito à noite, os faroletes
e o farol rotativo ou luz pisca-pisca;
13.5.2.3 Transitar com velocidade reduzida, não podendo ultrapassar em
nenhuma hipótese a velocidade máxima de 30 (trinta) km/h;
13.5.2.4 Estar acompanhados de documentação da CDC que os autorize a
entregar ou retirar mercadorias do porto;
13.5.2.5 Quando estiverem transportando cargas perigosas ou explosivas,
seguirem as instruções determinadas pela GUAPOR relativas ao
Regulamento do Transporte de Mercadorias Perigosas, e permanecerem
apenas o tempo suficiente para a operação de embarque e/ou desembarque
das mesmas.
13.5.3 Para os veículos de carga devidamente credenciados serão
fornecidos pela GUAPOR, instruções precisas quanto ao local, itinerário,
velocidade de deslocamento e outras medidas, ficando os veículos sujeitos à
inspeção sistemática ao entrarem e saírem do Porto. Todo e qualquer
material não incluído na documentação apresentada pelo motorista, ficará
retido na GUAPOR, que lhe dará destino previsto pelas normas fiscais.
13.5.4 O acesso e permanência de veículos nas áreas internas e de
estacionamento serão autorizados preferencialmente, àqueles com
mercadorias a entregar ou receber para armazenamento ou embarque.
13.5.5 Na ocorrência de derramamento de combustível, óleo, graxa ou outro
material que seja prejudicial ao pavimento, às instalações ou à segurança
76
das operações, deverá ser imediatamente providenciada à limpeza do local,
sendo a sua execução e os custos decorrentes de responsabilidade do
proprietário ou explorador do veículo, devendo a ocorrência ser objeto de
registro pela GUAPOR para fins de cobrança pela área operacional.
13.5.6 No caso de colisão ou acidente com veículos credenciados nas áreas
internas do Porto, os proprietários dos mesmos deverão imediatamente,
adotar as medidas para liberação da área, assim como assumirem a
responsabilidade pelos danos físicos causados. No caso de haver impasse
na solução da ocorrência, os responsáveis envolvidos deverão providenciar
a perícia do DETRAN.
13.5.7 Durante as situações de emergência terão prioridade para transitar
nas áreas internas do Porto, os veículos e equipamentos destinados às
operações de assistência e resgate de pessoas e de combate a sinistros,
podendo ser ordenada a paralisação do trânsito de todos os outros veículos,
se necessário.
13.5.8 Excepcionalmente e mediante autorização da Receita Federal e da
Polícia Federal, a CDC poderá autorizar o ingresso de outros veículos ao
costado das embarcações, para atender ao transporte de doentes, valores e
cargas em situações especiais, cabendo à GUAPOR, nesses casos,
restringir e orientar o trânsito desses veículos às áreas específicas ao
atendimento.
13.5.9 O acesso e a circulação de veículos podem ser suspensos a qualquer
momento, a critério da CDC, e em razão de medidas de segurança,
preservação da ordem, ordenamento de circulação, de congestionamento e
outros motivos de força maior.
13.6 Trabalho portuário
13.6.1 O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga,
conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações nos portos
organizados será realizado de acordo com a Lei nº 12.815, de 05 de junho
de 2013 e por trabalhadores portuários com vínculo empregatício a prazo
indeterminado e por trabalhadores avulsos.
77
13.6.2 A contratação de trabalhadores portuários de estiva, conferência de
carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo
empregatício a prazo indeterminado será feita, exclusivamente, dentre os
trabalhadores portuários avulsos registrados.
13.6.3 A seleção e o registro do trabalhador portuário avulso serão feitos
pelo órgão de gestão de mão-de-obra avulsa, de acordo com as normas que
forem estabelecidas em contrato, convenção ou acordo de trabalho.
13.6.4 A remuneração, a definição das funções, a composição dos termos e
as demais condições do trabalho portuário avulso serão objeto de
negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários
avulsos e dos operadores portuários.
13.6.5 Os contratos, as convenções e os acordos coletivos de trabalho
deverão estabelecer os processos de implantação progressiva da
multifuncionalidade do trabalho portuário de que trata o caput deste artigo.
13.6.6 Para os efeitos do disposto neste artigo a multifuncionalidade deve
abranger as atividades de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto
de carga, vigilância de embarcações e bloco.
13.6.7 O trabalhador portuário avulso deverá ingressar nas instalações
portuárias munidos dos Equipamentos de Proteção Individual e/ou coletivo
necessários as suas atividades, além de estarem identificados por crachá,
especificando a função e nome com matrícula, se for o caso.
13.6.8 O Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) deverá promover
treinamentos e/ou reciclagem periodicamente, pelo menos uma vez por ano,
para os trabalhadores sob sua responsabilidade, os quais tenham trabalhado
no mínimo um período de seis meses em sua atividade, devendo apresentar
à Administração Portuária, a documentação comprobatória da realização do
disposto nesse item.
13.7 Tarifa portuária
13.7.1 As tarifas portuárias vigentes no Porto de Fortaleza, devidamente
aprovadas pela ANTAQ e Ministério da Fazenda encontram-se disponíveis
78
no sitio eletrônico da Companhia Docas do Ceará,
www.docasdoceara.com.br.
13.7.2 Quando necessário, os serviços e fornecimentos eventuais, não
previstos na Tarifa Portuária, serão estabelecidos pela Administração
Portuária para aplicação geral, por meio de Deliberação, para inclusão como
taxas convencionadas.
13.8 preços dos serviços dos operadores portuários, rebocadores e
praticagem
Preços estabelecidos pelas próprias empresas.
14 SERVIÇOS NÃO PORTUÁRIOS
14.1 Trânsito de mercadorias nas vias de uso públic o
14.1.1 O transito nas vias de uso público, fora das instalações portuárias,
está sujeito à aplicação de Código de Trânsito Brasileiro, dentro das
instalações portuárias aplica-se a NR-29, além das já citadas legislações,
devem ser cumpridas as normas estabelecidas pela Administração Portuária
e demais órgãos reguladores.
14.1.2 É exigida a estanqueidade de todos os veículos de movimentação de
produtos, bem como o enlonamento (caçambas, carretas, bitrens) que
movimentam graneis sólidos.
14.1.3 Os veículos de movimentação de carga deverão estar equipados com
sinalizadores luminosos e sonoros.
.14.1..4 A fiscalização das vias de uso público é realizada pelas autoridades
competentes, no caso as Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, bem
como, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania –
AMC.
79
14.2 Carregamento de bagagem .
O serviço de carregamento de bagagem para atendimento aos navios de
passageiros na área do Porto de Fortaleza é realizado por transportadores
portuários avulsos, requisitados junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra do
Porto Organizado de Fortaleza, pelos operadores portuários, conforme faina
especifica para esse tipo de trabalho.
14.3 Amarração de navios
14.3.1 São serviços executados durante as manobras de
atracação/desatracação de embarcações, com pessoal para tomada dos
cabos de amarração e sua fixação nos cabeços, de acordo com as
instruções do supervisor de operações da Administração Portuária, do
prático e do comandante do navio.
14.3.2 Os serviços são prestados pela Administração Portuária, através de
mão de obra própria e/ou requisitada ao OGMO.
14.4 Fornecimento de material de estiva
O suprimento de material de estiva necessários a realização das operações
portuárias é realizado pelo OGMO e operadores portuários.
14.5 Outros serviços acessórios ou conexos
14.5.1 Os serviços diversos, acessórios ou conexos à operação portuária se
caracterizam como serviços de natureza específica, eventual,
complementares à movimentação e/ou a armazenagem de mercadorias ou
carga.
14.5.2 As empresas prestadoras de serviços de retirada de resíduos de
embarcações deverão ser credenciadas pela Autoridade Portuária, devendo
atender aos seguintes procedimentos:
14.5.2.1 Apresentar à Coordenadoria de Meio Ambiente da CDC, os
seguintes documentos para realizar o seu credenciamento:
80
- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
- Cópia do Seguro Ambiental;
- Cópia da logomarca a ser utilizada nas portas laterais nos
veículos operacionais, nas dimensões padronizadas em 15 x 30
cm.;
- Cópia do Licenciamento Ambiental Válido;
- Cópia da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE)
válido;
- Cópia da Licença Ambiental da empresa de destinação final;
- Descrição dos procedimentos de retirada informando cada etapa
das atividades a serem desempenhadas neste credenciamento;
- Cópia da Autorização da ANTAQ para a retirada de resíduos com
emprego de embarcação, a qual deverá estar devidamente
homologada e inspecionada pela Autoridade Marítima;
- Cópia de Autorização da Agência Nacional de Petróleo - ANP
para a retirada de óleo lubrificante usado de embarcação;
- Procedimentos a serem adotados em situações de emergência;
- Formulário (A 1) de credenciamento preenchido.
14.5.2 Manter seus dados cadastrais e procedimentos relacionados ao
processo credenciado sempre atualizados. Qualquer alteração importante
deve ser comunicada mediante entrega dos documentos julgados
pertinentes na Coordenadoria de Meio Ambiente da CDC;
14.5.2.3 Informar, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, após a
notificação de chegada, as previsões de início e término da retirada de
81
resíduos. A informação deverá ser fornecida ao Supervisor de Operação do
Porto de Fortaleza;
14.5.2.4 Assumir a co-responsabilidade pelo recebimento indevido de
resíduo diferente daquele discriminado e cuja coleta tenha sido autorizada;
14.5.2.5 Preencher e emitir a quantidade de vias do Certificado de Retirada
de Resíduos (A 2) disponibilizado pela CDC.
14.5.2.6 Encaminhar cópia do Certificado de Retirada de Resíduos e do
Manifesto de Transporte de Resíduos, devidamente assinado nos campos
dos responsáveis.
14.5.2.7 Arquivar os Certificados de Retirada de Resíduos por um período
de 5 (cinco) anos para fiscalização.
14.5.2.8 Acionar o atendimento a emergências envolvendo a retirado de
resíduo, se necessário, contatar imediatamente com empresa prestadora
para emergências dentro do Porto, autorizando a prestação do serviço, até a
eliminação total do dano, que será concluído com a emissão de parecer por
parte da CDC.
14.5.2.9 Encaminhar ao Supervisor de Operação da CDC, as vias do
Certificado de Retirada de Resíduos e do Manifesto de Transporte de
Resíduos, devidamente assinados pelos respectivos responsáveis no
processo, conforme descrito em cada formulário.
14.5.2.10 Os procedimentos para transbordo ou desembarque dos resíduos
de embarcações deverão ser acompanhados de equipamentos para
contenção de vazamentos, derramamentos e precipitações acidentais de
resíduos na água, compatíveis com os resíduos manuseados, bem como de
equipamentos de proteção individual que se fizerem necessários,
observadas a legislação e regulamentação vigentes.
14.5.2.11 Comunicar a CDC (Supervisor de Operação ou Guarda Portuária)
qualquer incidente ou acidente relacionado às suas atividades, e a adotar
imediatamente os procedimentos em situação de emergência, em
consonância com o processo credenciado. O gerador de resíduos é o
82
responsável pelas informações prestadas e por quaisquer danos ou atrasos
no desembarque provocados pela interrupção da retirada dos resíduos.
14.5.3 São serviços diversos:
14.5.3.1 Suprimento de água potável, energia elétrica, meios de
comunicação à embarcação atracada em berço de acostagem ou quando o
consumidor for uma instalação dentro dos limites das áreas dos portos
organizados, ao usufruir dessas facilidades.
14.5.3.2 Ocupação de linhas férreas por vagões de terceiros, vazios ou
carregados, antes ou após o período da efetiva operação.
14.5.3.3 Estacionamento de viatura, vazia ou carregada, na área da
instalação portuária, antes ou após o período da efetiva operação.
14.5.3.4 Outros serviços não especificados.
14.5.4 Constituem serviços acessórios ou conexos à movimentação:
14.5.4.1Conserto de carga;
14.5.4.2 Carga ou descarga de mercadorias de viaturas ou vagões
ferroviários, não contidas nos serviços de utilização portuária de uso público;
14.5.4.3 Transferência de mercadorias, dentro da instalação portuária, por
conveniência do requisitante, ou em cumprimento às disposições deste
Regulamento, ou por imposição da natureza operacional;
14.5.4.4 Remoção de mercadorias, não embarcadas ou descarregadas e
não retiradas, dos cais;
14.5.4.5 Remoção de mercadorias da plataforma de armazenagem, para
pátios ou armazéns, em cumprimento às disposições deste Regulamento;
14.5.4.6 Pesagem de mercadorias carregadas em vagões ferroviários ou
outros veículos;
14.5.4.7 Outros serviços não especificados.
14.5.5 São serviços acessórios ou conexos à armazenagem.
14.5.5.1 A verificação de peso de mercadorias, quando requisitado pelo
usuário;
83
14.5.5.2 A movimentação e abertura de volumes, para vistoria;
14.5.5.3 A transferência de mercadorias de uma instalação de armazenagem
para outra, em razão da modificação de sua condição inicial de regime de
armazenagem;
14.5.5.4 A unificação de cargas, consolidação ou desconsolidação de cargas
de contêiner, dentro da instalação portuária;
14.5.5.5 Expedição de certidões e outros documentos relativos à
armazenagem de mercadorias, quando requeridos pelo interessado;
14.5.5.6 Outros serviços não especificados.
14.5.6. Serviços acessórios ou conexos à administração portuária e/ou
manutenção
São serviços relacionadas a administração portuária de empresas que
operam no Porto de Fortaleza realizando atividades acessórias ou conexas à
operação portuária, caracterizam como serviços de natureza específica,
eventual, complementares à administração portuária e/ou de manutenção
preventiva em equipamentos portuários.
14.5.6.1. As empresas prestadoras de serviços de portuários que
necessitarem utilizar de contêineres nas instalações portuárias deverão ser
credenciadas pela Autoridade Portuária, devendo atender aos seguintes
procedimentos:
a) apresentar à Coordenadoria de Gestão Portuária, os seguintes
documentos para realizar o seu credenciamento:
- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
- Cópia do Seguro Ambiental;
- Cópia da Logomarca a ser utilizada nas portas laterais nos veículos
operacionais, nas dimensões padronizadas em 15 x 30 cm.
84
- Descrição dos procedimentos a serem realizados no local (especificar se
administração portuária, manutenção preventiva, prestação de serviço de
atendimento à emergências ou outros não especificado) informando cada
etapa das atividades a serem desempenhadas neste credenciamento;
- Formulário (anexo 3) de credenciamento preenchido.
b) Manter seus dados cadastrais e procedimentos relacionados ao processo
credenciado sempre atualizados. Qualquer alteração importante deve ser
comunicada mediante entrega dos documentos julgados pertinentes na
Coordenadoria de Gestão Portuária da CDC;
c) Assumir a responsabilidade pelo destino dos resíduos gerados na
atividade, obedecendo o regulamento do porto, e utilizando empresas
credenciadas para esta atividadae;
d) Comunicar à CDC (Supervisor de Operação ou Guarda Portuária)
qualquer incidente ou acidente relacionado às suas atividades, e a adotar
imediatamente os procedimentos em situação de emergência, em
consonância com o processo credenciado.
e) No credenciamento a empresa deverá informar as características do
contêiner a ser utilizado, devendo o mesmo, apresentar condições de
habitabilidade compatíveis com a utilização. Caso seja identificada a má
conservação do container, a empresa deverá providenciar a substituição em
prazo não superior a 10(dez) dias após a notificação.
f) O local de permissão para a instalação do container será indicado pela
CODGEP, conforme disponibilidade dos espaços definidos para este
procedimento. A permanência do container no local não implica na isenção
de eventuais taxas portuárias definidas pela Autoridade Portuária.
g) A empresa requerente assumirá todos os custos pela instalação do
container, incluindo, destinação dos resíduos sólidos e efluentes domésticos
gerados, devendo requisitar a instalação desde o ponto de fornecimento até
85
o ponto de uso das necessidades do pelo funcionamento do container
(energia elétrica, instalação hidrosanitária, telefonia).
h) Para o container de manutenção preventiva, a empresa requerente
deverá obedecer as normas de segurança do trabalho do MTE, evitando
acidentes do trabalho.
i) Não será permitida a realização de manutenção corretiva pesada na área
autorização, incluindo a área de apoio portuário, a qual destina-se
exclusivamente ao estacionamento e limpeza leve dos equipamentos
portuários.
j) Constatada a necessidade de manutenção corretiva pesada, (entendida
como substituição de componentes que impedirão a movimentação do
equipamento por longo período no local), a empresa deverá providenciar, a
suas custas, a retirada de todo o equipamento para local fora do porto).
A3. Formulário de Cadastro de Empresa de serviços acessórios.
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CADASTRO DE EMPRESA DE SERVIÇOS ACESSÓRIOS
15 MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PO RTUÁRIO
15.1 Segurança na operação portuária
15.1.1 Conforme prevê a Lei nº 12.815, os portos devem manter um órgão
gestor de mão de obra do trabalho portuário, constituído pelos operadores
portuários, o qual deve possuir na sua estrutura um Serviço Especializado
em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário – SESSTP. Este deve ser
dimensionado conforme determina a NR 29 do MTE:
15.1.1.1 média aritmética obtida pela divisão do número de trabalhadores
avulsos tomados no ano civil anterior e pelo número de dias efetivamente
trabalhados;
Nome da empresa:
CNPJ:
Responsável técnico:
Serviço:
Descrição das atividades:
Período do serviço:
Identificação do
container:
Dimensão:
Necessidades de
instalação:
Empresa responsável pela
retirada dos resíduos
(sólidos e/ou efluentes
líquidos):
Assinatura do requerente:
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15.1.1.2 média do número de empregados com vínculo empregatício do ano
civil anterior.
15.1.2 Cada Arrendatário e/ou Operador Portuário deve possuir uma equipe
interna e integrada, ou seja, uma gestão única nas áreas de Segurança,
Meio Ambiente e Saúde - SMS, cabendo aos Arrendatários/Operadores
Portuários cumprir as atribuições previstas em leis e normas, assim como
manter e adotar os recursos e programas necessários para execução e
manutenção dos seus serviços, tais como:
Planos de Emergência;
Programas e práticas a fim de atender as normas e legislações
aplicáveis e na sua ausência ou omissão as normas internacionais;
Recursos adequados para respostas às emergências, EPI, EPC e
equipamentos fixos e moveis para controle ou mitigação de
eventos indesejáveis;
Estruturas dotadas de dispositivos e sinalizações de segurança
nos equipamentos ou vias de acesso;
Treinamentos e simulados contínuos, integrado com a
comunidade, atendendo as normas e legislações vigentes a fim de
capacitar a população fixa e flutuante nas situações indesejáveis;
Contrato com empresas especializadas para atendimento em
situações emergenciais;
Brigada integrada de emergência.
15.1.3 O Porto de Fortaleza é dotado de uma Comissão de Prevenção de
Acidentes do Trabalho Portuário - CPATP integrada entre trabalhadores
portuários com vínculo empregatício por tempo indeterminado e avulso e por
representantes dos operadores portuários, empregadores e/ou OGMO e
88
com prazo de mandato limitado, dimensionado, conforme Quadro II da NR-
29-MTE.
Os operadores portuários devem eleger internamente seus
representantes (representante do empregador) para comporem o
quadro mínimo de membros para o mandato da CPATP.
Os Operadores/Arrendatários devem disponibilizar os
colaboradores, para participarem da comissão, dando liberdade
nas inscrições, inclusive, para exercer suas atribuições na
comissão, sendo para aqueles eleitos, vedada, a transferência
para outro estabelecimento sem a sua anuência.
A CPATP do Porto de Fortaleza atua como agente multiplicador
cumprindo as atribuições citadas em normas, em especial, a NR-
29 e NR-5 - MTE.
15.2 Plano de Ação de Emergências – PAE
Tem por finalidade definir claramente as atribuições e responsabilidades dos
envolvidos, prevendo os recursos humanos e materiais compatíveis com os
possíveis acidentes a serem atendidos, além dos procedimentos de
acionamento, fluxograma de comunicação aos órgãos públicos e rotinas de
resposta às emergências, de acordo com a tipologia dos cenários acidentais.
O PAE deverá prever a execução imediata das ações de respostas para
atendimento aos acidentes, nos cenários identificados, com emprego de
recursos humanos e materiais, que poderão ser próprios, próprios
complementados com recursos adicionais de terceiros, ou totalmente
terceirizado.
15.3 Plano de Controle de Emergência – PCE
Tem por finalidade definir a estrutura operacional que possa fazer frente às
situações de emergência que ameacem o homem, o meio ambiente e as
instalações portuárias, como situações de incêndio e explosão, segurança
89
nas operações portuárias, derramamento ou vazamento de produtos
perigosos, poluição ou acidentes ambientais e socorro a acidentados.
15.4 Plano de Ajuda Mútua – PAM
É um plano de ação conjunta de emergência e tem por objetivo atender às
legislações de segurança no trabalho e meio ambiente, em especial à NR-29
do Ministério do Trabalho e Emprego, no que se refere ao controle e
combate às emergências. Visa atender a todo Porto Organizado de
Fortaleza, considerando o envolvimento de todas as empresas,
comunidades situadas na área do porto e no seu entorno.
15.5 Plano de Contingências para Emergências em Saú de Pública
Este Plano constitui-se em estratégias para o enfrentamento em
emergências em Saúde Publica de interesse internacional no Porto de
Fortaleza. Caracteriza-se pela capacidade de resposta rápida quando
acionado, exigindo-se dos envolvidos, comunicação eficaz e efetiva.
15.5 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupaciona l – PCMSO
O PCMSO visa atender ao previsto na NR-7 do Ministério do Trabalho, que
tem o objetivo de instituir instrumentos que possibilitem o efetivo controle da
Saúde Ocupacional da Empresa, servindo em cada unidade portuária para
identificar, prevenir e neutralizar os riscos indicados pelo PPRA da NR-9.
15.6 Plano de Emergência Individual (PEI) e Plano d e Área
Este plano tem o objetivo de prevenir e minimizar os impactos provocados
por acidentes com vazamentos de óleo no mar relacionado às atividades do
porto,considerando o envolvimento e a integração de todas as empresas que
atuam no Porto, comunidades situadas nas proximidades e áreas da
vizinhança, para auxiliar na utilização de recursos disponíveis em cada
empresa participante do grupo, orientar as equipes em ações de
emergências em terra e no mar e o pronto atendimento às populações
existentes no entorno do Porto, quando necessário.
90
15.7 Plano de Gestão de Resíduos Sólidos - PGRS.
O PGRS descreve as ações propostas com o objetivo de minimizar os
impactos ambientais das atividades de operação do Porto, alinhadas ao
princípio da não geração e da minimização da geração de resíduos,
buscando a conformidade com a legislação vigente.
Esse programa contempla os aspectos referentes à minimização na
geração, segregação, condicionamento, identificação, coleta e transporte
interno, armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento
externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposição final
dos resíduos sólidos produzidos pela Companhia Docas do Ceará e
fiscalização dos Arrendatários, outras empresas/órgãos instalados no Porto,
nos PGRS específicos de cada empresa.
16 RELAÇÕES PORTO-CIDADE
Os programas de integração porto-cidade estão consubstanciados em
diversas atividades de apoio a entidades governamentais nas áreas de
assistência social, turismo, infraestrutura e outras.
17 VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PORTUÁRIA
17.1Disposições Gerais
17.1.1 Vigilância e Segurança Portuária serão todas as ações e
procedimentos necessários ao desenvolvimento adequado das atividades
portuárias, destinadas a prevenir e evitar atos danosos que afetem à
integridade física das pessoas, mercadorias ou instalações e equipamentos
portuários ou embarcações.
17.1.2 A vigilância do porto compreende:
a) Vigilância das embarcações;
b) Vigilância e a segurança portuária nas instalações portuárias
terrestres;
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c) Ações visando minimizar os efeitos de incêndio, colisão de
navios, derramamento de produtos nocivos e outros efeitos da
natureza similar que possam causar danos as instalações,
equipamentos portuários, mercadorias e pessoas.
17.2 Vigilância e segurança de embarcações
17.2.1 O comandante da embarcação é o responsável pela vigilância e
segurança da embarcação na área do porto, e além das ações especificadas
neste Regulamento e nas Normas de Tráfego e de Praticagem, deverá
atender às seguintes prescrições:
a) manter obrigatoriamente a bordo pessoal
qualificado e em número suficiente para
efetuar qualquer manobra de emergência;
b) não movimentar propulsores sem prévia
autorização da Administração Portuária;
c) Dar ciência, à Administração Portuária,
antes da atracação, dos reparos que
pretenda executar e que impossibilitem a
manobra da embarcação por meios próprios;
d) Fornecer à Administração Portuária, com
antecedência, a relação das pessoas
envolvidas ou não com o trabalho a bordo,
autorizadas por ele para ir a bordo da
embarcação, visando o controle nos termos
das disposições do capítulo XIII deste
Regulamento.
17.2.2 A vigilância das embarcações é a atividade de fiscalização da entrada
e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao
largo, bem como a movimentação de mercadorias nos portalós, rampas,
porões, conveses, plataformas e em outros locais na embarcação.
17.2.3 A vigilância será realizada de acordo com as instruções do
comandante ou seu preposto.
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17.2.4 A concessão do passe não significa ou implica na assunção, pela
Administração Portuária, de qualquer responsabilidade em relação às
pessoas em causa, bem como em relação à vigilância da embarcação ou
embarcações;
17.2.5 A segurança portuária relativamente às embarcações compreende as
ações de:
a) segurança de navegação, de
conformidade com as normas de tráfego
baixadas pela Capitania dos Portos do
Estado do Ceará e com as normas da
Administração Portuária.
b) estabelecimento e manutenção, pela
Administração Portuária sob a coordenação
da Autoridade Marítima, do balizamento e da
profundidade das áreas de fundeio, do canal
e acesso da bacia de evolução e dos berços
de acostagem.
c) policiamento marítimo
17.2 Vigilância e segurança portuária na área terrestre do porto
17.3.1 A vigilância e segurança portuária, na área do porto, é de
responsabilidade da Administração Portuária, que além das ações
especificadas neste Regulamento, deverá atender às seguintes prescrições:
a)fiscalização de entradas e saída de pessoas e mercadorias,
viaturas e vagões pelos portões ou em outros locais da área do
porto;
b) combate a incêndio e sinistros;
c) prestação de primeiros socorros.
17.3.2 A vigilância e a segurança das instalações portuárias terrestres será
exercida na forma da lei.
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17.3.3 A organização do serviço, as atribuições, o recrutamento e o
treinamento do pessoal de vigilância competirão à própria Administração
Portuária.
18 INFRAÇÕES, PROIBIÇÕES E PENALIDADES
O novo marco regulatório do subsetor portuário no Brasil trouxe
modificações significativas no que se refere à aplicação das penalidades por
cometimento de infrações e violação de proibições no Porto Organizado,
atividade que agora cabe exclusivamente à ANTAQ – Agência Nacional de
Transportes Aquaviários.
As infrações e proibições aplicáveis à atividade portuária estão
disseminadas na legislação específica.
As penalidades aplicáveis a essas infrações estão estabelecidas em
diversas resoluções da ANTAQ mas, em especial, na Resolução nº
3.274/2014, que APROVA A NORMA QUE DISPÕESOBRE A
FISCALIZAÇÃO DAPRESTAÇÃO DOS SERVIÇOSPORTUÁRIOS E
ESTABELECEINFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS.
À Companhia Docas ceará cabe apenas a fiscalização suplementar à da
ANTAQ no relacionamento com Operadores Portuários e Arrendatários, e a
informação de infrações àquela Agência.
Infrações e Penalidades
A caracterização das infrações e respectivas penalidades estão
estabelecidas no Capítulo VII da Lei 12.815, de 5 de junho de 2013.
19 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
O Regulamento de Exploração do Porto de Fortaleza, uma vez aprovado
pela Diretoria Executiva, será remetido aos Conselho de Autoridade
Portuária bem como estará disponível à comunidade portuária, no portal da