regra de são bento trabalho (1)

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Gnese do Monaquismo Cristo Regra de So Bento

Trabalho elaborado no mbito curricular leccionado pela docente Paula Martins Ferreira de Historia e Cultura da Europa

Bragana Data: 15 de Dezembro 20111

Valentina-Alina Constantin, nr: 28131; Dbora Macedo Afonso, nr: 27054

Gnese do Monaquismo Cristo Regra de So Bento

Bragana

Data: 15 de Dezembro 2011

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ndiceContedo_______________________________________________________________Pginas 1. Introduo... 4 2. Monaquismo... 5 2.1 Introduo ao monaquismo..5 2.2 Monaquismo cristo.6 3. Regra de So Bento14 3.1 Vida de So Bento...14 3.2 Regra de So Bento ....18 3.3 Contribuio beneditina para o desenvolvimento econmica e cultural da Europa.20 4. Curiosidades .22 5. Concluso..24 6. Bibliografia ..25

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1. Introduo No mbito da disciplina de Historia e Cultura da Europa a professora da mesma props um trabalho de grupo a turma com os temas dados pela prpria. Este grupo composto por 2 elementos aborda aqui o tema: Gnese do Monaquismo Cristo e a Regra de So Bento. O objectivo do presente trabalho, que assenta no Monaquismo, demonstrar o desenvolvimento que este constitui como o grande alicerce para a expanso do Cristianismo escala mundial. O nosso propsito desenvolver este tema referindo as suas origens e os seus antecedentes, de forma a podermos compreender melhor como se chegou a um perodo to ureo na vida monstica medieval. Iniciaremos com a introduo ao monaquismo, que nasceu margem da Igreja oficial, pois esta tinha dificuldades em aceitar o valor e a utilidade que os mosteiros poderiam ter na expanso e afirmao do ideal Cristo. Alargamos o conhecimento com o aparecimento do monaquismo cristo, fundado pelo So Bento. Falaremos da vida de So Bento e dos seus feitos, dando grande importncia a constituio do livro Regra de So Bento. Ainda, em anlise pronunciaremos a contribuio beneditina para o desenvolvimento econmico e cultural da Europa.

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2. Monaquismo2.1 Introduo ao monaquismo

Monaquismo vem do grego e significa solitrio/isolado a esta associa-se uma outra: monge que significa s/ nico. uma prtica antiga que as pessoas escolhiam para deixar o mundo pela adopo de uma vida nova dedicada as oraes em conformidade com a evangelho buscado a unio com Deus. O propsito do monaquismo ter uma vida na qual se tenta chegar ao ideal espiritual. Em outras palavras, um monge ou uma freira uma pessoa que promete seguir s os mandamentos da igreja e os conslios evanglicos (juramentos monsticos de firmeza de castidade, pobreza e obedincia). Durante a segunda parte do sculo III aparece um movimento sem precedncia dentro a histria do cristianismo: repara-se que alguns cristos, cada vez em nmero maior, vo para o deserto deixando atrs as comunidades crists, para comear uma nova vida dedicada exclusivamente a ascetismo. Acha-se que o monaquismo aparece no Egipto uma vez com o Santo Antnio que no ano 270 retirou-se no deserto. De aqui comea a expandir-se no mundo cristo, encontramo-lo praticado no fim do sculo IV em Palestina, Sria, Mesopotmia, sia, Grcia, Itlia, etc., e um movimento de uma grande importncia, porque o ideal monstico marcou profundamente a espiritualidade e moralidade tradicional cristo, tanto no Oriente como no Ocidente. Fundado em Egipto e expandido no mdio oriente, depois na Europa, o monaquismo permaneceu uma das dimenses centrais da vida crist durante a idade mdia ocidental at ao perodo do imprio Bizantino. O primeiro lugar onde foi adoptado o monaquismo, menos aquele que foi relacionada de alguma forma com Roma, foi a Irlanda. Aqui o monaquismo tomou uma forma especfica muito relacionada com a estrutura do cl, de uma forma que depois se espalhou para as outras partes da Europa, principalmente em Frana. O monaquismo na Igreja no na origem um fenmeno exclusivo egipcaco. Hoje, temos muitos ndices que nos leva a pensar que o monaquismo aparece em vrios pontos da cristandade, independentemente uma das outras e quase simultaneamente. Com certeza o monaquismo mesopotmio tem origens autctones e no sofreu influencias ate ao sculo V. Hoje conhecemos melhor a pr-historia do monaquismo. Este, assim como se manifesta na Igreja no fim do sculo III, no um fenmeno to novo, elementos constitutivos essenciais existiam na Igreja no seu primeiro sculo. Em outras palavras antes da existncia do monaquismo havia o pr-monaquismo.

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2.2 Monaquismo cristo

A fonte principal do que chamamos monaquismo cristo encontra-se nos correntes ascticos fortes, que marcaram profundamente o cristianismo dos primeiros trs sculos. O monaquismo cristo desenvolve em 4 etapas: 1. O aparecimento dos anacoretas e dos cenobitas de Egipto e Sria, comunidades como a do Santo Agostinho, depois o aparecimento os primeiros mosteiros no sculo IV, baixo a ordem do Imperador Justiniano 2. Aparecimento dos mosteiros beneditino de Itlia a partir do sculo VI, o aparecimento de comunidades cristas em Grande Bretanha e Glia, baixa a conduo do Carol Grande, e depois aparecimento de ordens monsticos militares 3. Os monges itinerrios peditrios do sculo XIII vivem uma vida apostlica 4. A diversidade das 0rdens monsticas depois da Reforma (que rejeita o sistema monstico).

Ilustrao 1

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Na origem da vida monstica e o desejo de perfeio espiritual, em este sentido a perfeio crista significa o cumprimento de guardar e obedecer todos os mandamentos de Deus. Nos sculos primrios do cristianismo, o celibato representava a forma mais comum de ascetismo, para que gradativamente receberam as conotaes do martrio de Jesus, da morta para o mundo e de viver dentro e com Jesus. O sentido principal da pesquisa da perfeio monstica era viver mantidos em moderao, de desistncia da vida luxuosa e da riqueza, em virgindade e obedincia. No que se refere os primeiros exemplos da vida monstica crista sabe-se que, desde o sculo III, as virgens consagradas virgines consecratae apresentavam um voto em frente do bispo, recebendo nesta ocasio, como sinal distintivo, um vu para cobrir as suas cabeas. Santo Agostinho vai compor uma celebra regra monstica para as comunidades de virgens consagradas, chamada hoje regra agostiniana. Desde o inicio do quarto sculo, o monaquismo cristo j era uma instituio estabelecida, ganhando muitos seguidores, atravs da autoridade moral que a Igreja tinha.Ilustrao 2

Ilustrao 3

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Em Oriente, a vida monstica ter uma escala especial. Assim, muitos ascetas comeam formar pequenos grupos, liderados de um monge mais velho. E bem sabido que o principal organizador de este tipo de monaquismo foi Santo Antnio, para em seguida, Santo Pacmio, para organizar grandes grupos de monges, que formaram grandes mosteiros. Notamos que o monaquismo primitivo, que envolveu a vivencia em virgindade, em pobreza, em obedincia si na prtica do ascetismo, mesmo para ser protegido de uma sequncia de exageros ou de perigo, vem a ser organizado de uma forma mais de acordo com sua finalidade, de modo que aparecem as primeiras regras monsticas, as disposies constitucionais para organizar a vida monstica real, que comea a marcar a partir de agora um grande desenvolvimento do monaquismo cristo.

Ilustrao 4

Abadia de Saint Benot sur Loire. Esta uma das mais antigas abadias na Frana. Contm as relquias de So Bento de Nrsia (480-547).

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Mais ordens encontram-se no catolicismo, de qual referisse as mais importantes: A ordem beneditina - preocupados com os estudos teolgicos e histricos A ordem dominicana chega de ser, depois da Inquisio em 1232, uma espcie de polcia papal, mas virados mais para a parte do estudo e missionarismo A ordem franciscana e carmelita - que defende os interesses Papais.

Ilustrao 5

Mosteiro de Monte Cassino Itlia

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O momento asctico dos primeiros tempos baseava-se em alguns cristos deixarem a comunidade para viver sozinhos em lugares isolados, assim foram os anacoretas, e depois os eremitas a iniciarem este modo de vida, chamado monaquismo cristo. Rapidamente se expandiu por todo o lado, sobretudo na Sria e na Palestina. Pouco a pouco a vida eremita evoluiu para uma convivncia a lado de aprendizes, o que vem a ser uma vida cenobita. Um papel importante na consolidao e propagao do cenobitismo foi a So Baslio (fig.1), arcebispo de Cesria da Capadcia. No Ocidente nos primeiros tempos tambm existiram anacoretas, mas com o tempo por causa das condies climticas e a natureza pragmtica, foi preferida a forma de vida cenobita, tendo preocupao cultural em actividades sociais e filantrpicas. Aqui quem reformou e reorganizou a vida monstica foi o So Bento de Nursia, chamado Pai do cenobitismo ocidental.

Ilustrao 6

10 So Basilio

As primeiras regras monsticas comearam a aparecer na primeira metade do sculo IV, quando o So Pacmio (292-346) (fig. 2) fundou o primeiro ncleo da vida monstica no deserto egpcio. Pouco mais tarde, segui o seu exemplo o So Baslio o Grande (329-379), So Agostinho (354-430) e o So Bento de Nrsia (480-547). O Santo Pacmio retirou-se para o deserto primeiro para viver sozinho a vida monstica, depois foi rapidamente cercado por discpulos que pedi-lhe para viver em comunidade. Este escreveu para eles, umas regras praticas, ensinamentos bblicos inspirados, concebidos para a coexistncia harmoniosa entre os monges. So Baslio e So Bento inspiram-se nas regras deles, das evanglicas. As regras de so Bento a chamada que este faz aos monges de traduzir e incorporar em suas vidas dirias o esprito que trouxe a existncia terrena de Jesus.

Ilustrao 7

So Pacmio 11

Desde o inicio, deve-se dizer que a origem do monaquismo Ocidental esteve em estreito contacto com a magnitude que teve a vida asctica no Oriente, o que leva a concluso de que a linha que seguiram foi para o desenvolvimento do monaquismo ocidental, em sua fase primria foi de seguir a tradio monstica do Oriente, que ser imposta no Ocidente principalmente devido ao exemplo de virtude moral que distinguiam monges orientais. O primeiro contacto dos Ocidentais com a vida monstica do Oriente, que vai conduzir depois ao estabelecimento de mosteiros no Ocidente, ter lugar aps o Santo Atanasio, o biografo de Santo Antnio, o pai do monaquismo Oriental, vai se refugiar na Itlia, trazendo o exemplo de um monge vivendo uma alternativa real para a vida crista moral que desliza cada vez mais na alterao do Esprito Santo. Inversamente, uma grande importncia na fundao do monaquismo Ocidental foi o exlio do Eusbio bispo de Vercelli do ano 355 na Tebaida do Alto Egipto, onde vai conhecer o monaquismo Oriental, pois ento espalhou-se para o Ocidente, uma vez com o regresso no trono episcopal no ano 362.

Ilustrao 8

Santo Antnio

Deve-se notar que, embora o Ocidente conheceu uma serie de formas de monaquismo, em excelente exemplo sendo a existncia das virgens consagradas, o mdio cultural completamente diferente do Oriente no vai permitir um desenvolvimento autnomo de uma lnea monstica original, assim como se passou no Ocidente, facto para o qual o Ocidente vai chegar adoptar o modelo monstico oriental, para que a partir de agora esta posta numa lnea especfica em sua vida e cultura eclesistica. Mesmo que os ocidentais ficaram muito impressionados do modelo de virtude que os monges orientais tinham proposto, no entanto, foram muito poucas pessoas, em primeira fase que os seguiram. A relutncia inicial mostrada pelo Ocidente , em certo sentido, um resultado directo do facto que o monaquismo ocidental no conhecia ainda essas directrizes no qual se podem afirmar. Assim que, os mosteiros ainda no estavam fundamentados, as normas que deviam guiar na vida monstica no existiam, e alem disso, ainda na eram obvias aquelas figuras proeminentes de organizadores da vida monstica, o que indevidamente ira influenciar o desenvolvimento do monaquismo ocidental nos seguintes sculos.

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No entanto, recentemente, durante o sculo IV, aparecem os primeiros mosteiros grandes, estabelecidas directamente de vrios bispos, destes mosteiros podemos lembrar: Marmoutiers, Ligug, Rouen, Arles, Lrins, Vercelli, Milo ou Acvileea, de onde resulta, por um lado, o interesse crescente das autoridades eclesisticas para a criao de certos stios onde o monaquismo se pode realizar como deve de ser, mas tambm do desejo cada vez maior de seguir os exemplos dos monges orientais.

Ilustrao 9

Mosteiro de Arles

Dentro de estas linhas essenciais comeou a vida monstica ocidental, para que a partir de agora so organizadas uma serie de mosteiros, fundamentadas em diferentes regras de vida monstica, entre qual distinguem-se a mais importante regra, a do So Bento de Nrsia.

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3. Regra de So Bento

3.1 Vida de So Bento

Ilustrao 10

So Bento

So Bento de Nrsia e considerado, com razo, o principal organizador do monaquismo ocidental. Vive numa poca critica para Itlia, aps a queda do imprio romano do ocidente do ano 476, quando existiram vrias trocas polticas e econmicas. Estas originaram uma espcie de incerteza para a populao: pobreza, destruies, humilhaes e desgraas.

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E mesmo que a actividade dos seus precursores no pode ser ignorada, abrindo o caminho para a ordem monstica ocidental mais importante, So Bento foi quem, para a primeira vez, conseguiu uma sntese notvel entre a tradio asctica oriental e ocidental, colocando o monaquismo ocidental em uma linha prpria, determinado do contexto histrico e cultural em qual desenvolveu, A vida do So Bento, relativamente livre de muitas informaes confiveis histricos, consiste em grande parte em um serie de aces milagrosas, foi descrita por So Gregrio Magno, no segundo livro de Dilogos

Ilustrao 11

So Gregrio Magno

So Bento nasceu em 480 foi original de Nrsia em provncia Umbria, filho de uma famlia da alta nobreza daquela cidade. Mandado para Roma estudar direito e letras So Bento desiludiu-se da vida depravada desta cidade. No se deixa atrair como muitos dos seus colegas nas escadas de uma sociedade corrupta, em plena decadncia, seguindo o caminho que o leva a Deus renunciando os estudos. Tambm, considerou que a vida entre as pessoas no o vai ajudar a construir-se nem como ser humano nem como cristo. O caminho que vai escolher vai ser o dos monges, que se caracteriza pela quebra radical da vida anterior. Assim, refugiou-se num deserto longe da famlia e das convivncias, para converter-se em uma pessoa nova, para se conhecer a si prprio. Vai para Subiaco, onde nestes montes vai viver durante trs anos uma solido completa, tempo para realizao de uma maturidade espiritual, tempo no qual ganha virtudes de lutar contra os desejos prprios e contra o demnio. So Bento fica conhecido pelas pessoas que vo atrs dele, cheias de esperana: ele vai ser o abade de uns monges em Subiaco, depois vai fundar os seus prprios mosteiros. a poca na qual comea a sua misso de ensinador e supervisor no caminho para chegar Deus. Sendo dotado de poderes divinos demonstra ser um bom organizador e condutor, atrai a inveja de muitos. Para manter longe as comunidades do Subiaco, de persecuo, vai abandonar estes stios junto com outros discpulos. Monte Casino o lugar escolhido para refugiar-se, numa pequena fortaleza situada no topo do monte rodeado de bosques e templos pagos, que se vai converter num centro de f forte, de trabalho e orao. O tempo passado no monte muito produtivo para So Bento e para a sua obra, e tambm o lugar onde vai passar os ltimos anos da sua vida, abenoado com o dom de profecia dos melhores.15

Aqui escreve a celebre Regra Beneditina, um livro de princpios e normas de vida, que vai mudar no s a vida dos monges mas a vida de toda a Europa. Ao contrrio das outras regras monsticas orientais e ocidentais, a regra beneditina um trabalho completo com uma estrutura bem definida na qual o movimento asctico junta-se muito bem com a organizao constitucional. nesta norma sente-se que o legislador perto do esprito monstico como ensinador e pai. No uma regra estril, dura, mas uma em qual se l o cuidado, o amor, o devotamente paterno para com legislador. Na regra reflecte-se, antes de tudo toda a figura de So Bento, a sua forma de ser: descobrimo-lo como uma pessoa preocupada na adorao do Deus, na sua orao comunitria e pessoal, cumprindo feliz a sua vontade em humilhao e obedincia. Estas atitudes da vida dele quer a imprimirem nas almas dos seus monges e atravs deles o corao de cada cristo. Numa poca difcil de ponto de vista econmico, numa regio destabilizada de muitas mudanas polticas, consegue levantar um mosteiro e inspirar o esprito de trabalho e orao no encontradas ate aquele tempo em outras comunidades. De facto, esta a percepo dos beneditinos: ora et labora. So Bento une admiravelmente na sua vida o trabalho e a orao, a matria e o esprito. Aps vrias tentativas por parte de alguns monges invejosos em envenen-lo, So Bento morreu apenas a 21 de Maro de 547, com 67 anos, no Monte Cassino, pois encontrava-se doente e fraco. Nos ltimos dias da sua vida, 6 dias antes da sua morte mandou abrir a sepultura onde iria ser colocado quando a sua hora chegasse. Atacado por violentas febres que se agravavam dia aps dia, no sexto dia fez-se conduzir pelos discpulos ao oratrio fortalecendo-se para a sua morte: para a partida deste mundo recebendo o Corpo e o Sangue do Senhor, e apoiando seus enfraquecidos membros nos braos dos seus discpulos, permaneceu de p com as mos erguidas para o cu, e exalou o ltimo suspiro entre as palavras da orao.

Ilustrao 12

Medalha So Bento

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Porque no ano 581, Montecassino ser destruda pelos lombardos, os monges vo encontrar refgio em Roma, em Lateran, onde vo ser conhecidos de So Gregrio. Mais tarde se tornou em Papa, Gregrio no s ira tornar famoso a So Bento, em toda a cristandade por sua biografia introduzidas nos seus Dilogos, mas tambm enviara monges beneditinos como missionrios em Inglaterra.

Ilustrao 13

Estatua So Bento

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3.2 Regra de So Bento

Ilustrao 14

Mosteiro So Benedetto de Subiaco

A regra de So Bento um conjunto de princpios simples e profundos. A regra baseava-se em 3 votos beneditinos de obedincia, constncia e converso da vida. Esta regra assentava nos princpios da compreenso profunda da psicologia humana, juntamente a disciplina com a harmonia e o olhar na busca espiritual com Deus na felicidade de uma estrutura de vida normal. So Bento foi a pessoa que reorganizou o monaquismo ocidental cenbio e comps regras monsticas, inspirado dos escritos dos padres eremitas So Baslio, Santo Agostinho, Santo Joo Cassiano e o Santo Pacomio. Depois da morte dele, a ordem beneditino contribuiu muito para o desenvolvimento cultural e econmico da Europa do Tempo Mdio. No uma obra original, para a redaco das regras monsticas, So Bento no hesitou em inspirar-se na vida monstica. Para So Bento a fonte principal de inspirao foi a Regra Magistri, trazendo algumas modificaes das regras do S. Agostinho, Joo C. e Baslio. So Bento adopta o procedimento literal: pergunta resposta, o aprendiz pergunta o professor responde, as vezes muito detalhado.18

Os mosteiros tem que se situar em lugares refugiados e os monges vo por conduo o mais experimentado destes na vida espiritual e decremento espiritual do reconhecimento a quem vo entregar o destino da vida deles e os segredos deles. A admisso nos mosteiros s se fazem com o dos pais, os candidatos tem que ter a idade necessria para a compresso de um compromisso de vida. Para aqueles que entram nos mosteiros o direito a propriedade proibido, os monges s podem ter um vesturio e calado que usam e so precisas na vida quotidiana, outras coisas teis deve ser mantido num repositrio comum e distribudos de acordo com as necessidades de casa um. O amor mtuo tem que ser caracterstica dos monges, evitando amizades particulares, toda a vida consagrada a oraes e horas certas, como tambm particulares para refortalecer o lao espiritual com Deus. Cada monge tem que trabalhar para ganhar existncia o que os beneditinos resumem em uma frase: ora et labora (orao e trabalho). A alimentao tem que ser equilibrada e responder as necessidades fsicas do corpo, vinho s pode ser bebido se assim for preciso. O silncio a regra de ouro dos monges, pois Deus fala para com a alma. Os que manifestam atitudes no-conformistas ao estatuto de vida monstica, depois de serem avisados tem obrigatoriamente de abandonar o mosteiro. A regra feita, proposta e os monges obedecem-na par a vida. um meio para regrar e por ordem vida que tem prioridade. Uma regra monstica e vivel que s permite a promoo da vida. A vida que modifica a regra, sem alterar o esprito que faz referncia a experiencia espiritual fundadora. No caso de So Bento, as regras monsticas comeam por a incitao de ouvir: ouve filho os conselhos do professor, abre os ouvidos do teu corao, e acaba por a convico que cada monge capaz de viver o ideal evanglico traduzida na regra: com a ajuda de Deus, vais chegar ao pico mais alto dos ensinamentos e virtudes. A partir dos ensinamentos ate os cumprimentos destes na vida quotidiana, os monges de inspirao Benedita insistem na frase que resume as regras de So Bento, e que se torna o tema de vida beneditina ora et labora, No entanto esta frase no se encontra explicita na regra, a interpretao dela, pois o eco de todas as prescries da vida monstica propostas, da espiritualidade beneditinas por a alterao harmoniosa entre as oraes e o trabalho. A preguia o inimigo da alma, por isso em certas horas do dia, os monges tem que se dedicar ao trabalho manual, e outras horas ao lxico divino. O trabalho manual tem o propsito de permitir comunidade monstica a subsistncia: so verdadeiramente monges os que vivem do trabalho das mos deles, assim como os nossos pais so os apstolos (capitulo 48). O monaquismo um princpio de valor espiritual do trabalho, por isso os monges vivem do trabalho deles e tambm podem praticar actos de caridades. Mesmo assim, a orao guarda o primeiro lugar: ao primeiro sinal de ofcio litrgico, cada um deixa o trabalho. O So Bento nas regras monsticas (nr. 48) estabelece o horrio dirio do monge de uma forma equilibrada: 8h de oraes, 8h de trabalho e 8h de descanso. Na regra Benedita o assento pem-se no equilibro psicolgico, fsico e espiritual do monge, com o propsito da vivencia de uma vida harmonioso e equilibrada na perseguio de Jesus, o nico professor das almas dos monges.

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3.3 Contribuio beneditina para o desenvolvimento econmica e cultural da Europa

Os monges beneditinos transformaram largas regies do deserto em terrenos aurculos, contribuindo na construo de ruas, pois os mosteiros estavam situados em lugares muito isolados. Assim contriburam para o desenvolvimento econmico do lugar, explorando os recursos naturais, salvaram muitos tesouros de antiguidade, mas tambm tiveram um papel importante na educao das crianas, bem como no desenvolvimento econmico e cultural da Europa.

Ilustrao 15

Mosteiro de So Bento SP

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So Bento executou uma influncia fundamental na cultura e na civilizao Europeia. Muitas vezes foi chamado como patriarca dos monges ocidentais, e o Papa VI chamou-lhe como patro de Europa. Instrumentos polticos, econmicos e jurdicos so verdadeiramente importantes para criao de uma nova unidade e durvel mas deve se levantar a renovao tica e espiritual extrada das razes cristas do continente. A Europa no pode ser construda de outra forma. As obras de So Bento em particular as regras monsticas so verdadeiras fontes de espiritualidade que transforma a Europa durante os sculos. Sem orao no existe uma experiencia autentica com deus. A espiritualidade proposta pelo So Bento no esta fora da realidade da vida quotidiana. No meio das dificuldades especficas do seu tempo viveu permanente abaixo do olhar de Deus sem perder de vista os deveres da vida quotidiana e as necessidades das pessoas. Contemplando a Deus, So Bento percebeu a realidade humana e a sua misso. As regras monsticas so como um laboratrio da vida na qual as pessoas esto convidadas, antes de tudo a realizar o acto de ouvir-se a si prprio. Assim e que a regra comea, e depois de escutar traduz-se na vida quotidiana por factos concretos: Deus espera que lhe respondam todos os dias atravs de factos dos seus santos ensinos (nr.35). Procurando o verdadeiro progresso na vida humana e espiritual, a Europa tem muito interesse em descobrir os intuitos espirituais de So Bento para ensinar a viver o verdadeiro humanismo.

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4. Curiosidades

So Bento representado agarrando na mo esquerda o livro da Regra de So Bento e na outra, mo direita, a cruz.

Ilustrao 16

So Bento

O Mosteiro de So Bento de Sorocaba revela a influncia deste na cidade, pois foi atravs da sua existncia que se desenvolveu as ruas, as praas, os bairros. No monte Athos so guardados os crnios dos monges que morreram. (Fig.13)

Ilustrao 17

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As relquias de So Bento encontram-se Abadia de Saint Benot sur Loire, uma das mais antigas abadias na Frana.

Ilustrao 18

Abadia de Saint Benot

O Papa S. Gregrio Magno (+604) o autor da biografia de So Bento no II Livro dos Dilogos, afirma que So Bento foi o homem de Deus. S. Gregrio preocupa-se em mostrar em factos bblicos como So Bento foi o Patriarca do Monaquismo Ocidental.

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5. Concluso

Com este trabalho conclui-se que o monaquismo foi fundado pelo So Bento, chamado hoje o Patriarca do Monaquismo Cristo, com o objectivo de isolar as pessoas e faze-las reflectir, assim, em silncio comunicavam com Deus. Esta prtica antiga, tendo existido inicialmente nos desertos do Egipto e da Sria, 4 sculo DC, vindo mais tarde a expandir-se pela Europa. A Regra de So Bento escrita perto do fim da sua vida (redigida a partir de 530), So Bento inspirou-se utilizando uma regra anterior Regra do Mestre, deixando de ser o livro um total de regras originais. Este livro composto por regras que regem o bom funcionamento dos mosteiros, elas determinam o comportamento que o monge deve efectuar na escolha desta vida em exilo. importante referir que esta pratica de regras ainda se mantm em vigor por muitos mosteiros espalhado no mundo inteiro.

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6. Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Regra_de_S%C3%A3o_Bento http://www.sbento.pt/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_N%C3%BArsia http://parajesuscomics.blogspot.com/2011/07/sao-bento-santo-do-dia-1107.html http://parajesuscomics.blogspot.com/2011/07/sao-bento-santo-do-dia-1107.html http://portalcot.com/br/blog/vida-e-milagres-de-sao-bento/vida-e-milagres-de-sao-bento/ http://svmmvmbonvm.org/bento.pdf 6. DUROSELLE, JEAN BAPTISTE, MAYEUR, JEAN MARIE, Istoria catolicismului, traducere de Teodora Pavel, Bucureti, Editura tiinific, 1999. 3. BREHIER, LOUIS, AIGRAIN, R., San Gregorio Magno gli stati barbarici e la conquista araba (590 - 757), n col. Storia della Chiesa, dalle origini ai nostri giorni (vol. V), seconda editione italiana a cura di Paolo Delogu, Torino, Editrice S. A. I. E., 1971. 4. BROWN, PETER, ntemeierea cretinismului occidental - Triumf i diversitate, 200 1000 d. Cr., traducere de Hans Neumann, Iai, Editura Polirom, 2002.

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