registro de empregados

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Texto abordando o registro de empregados. Conteúdo para recursos humanos

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Registro de empregados

Registro de empregados

Isabel C. S. Vargas

O Ministrio do Trabalho, atravs da Portaria 41 de 28.03.2007, edita normas referentes ao registro de empregados e anotao da carteira profissional.

A Carteira de Trabalho fica em poder do empregado, sendo que o empregador tem o prazo de 48 horas a contar da admisso, para anotar dados como data da admisso, remunerao e condies especiais do registro, se elas existirem. (Art. 5da Portaria) As demais anotaes sero feitas na data base das alteraes salariais, a qualquer tempo por solicitao do empregado, em caso de resciso, ou para comprovao perante a Previdncia Social. (Art. 29 CLT) Tais anotaes podem ser feitas mo ou por meio eletrnico de impresso, por carimbo ou etiqueta, desde que com autorizao do empregador ou do seu representante legal. (Pargrafo 2 do Art. 5 da Portaria 41) .

O empregador poder adotar ficha de anotaes, exceto com relao admisso e demisso, que devero ser anotadas na carteira de trabalho do empregado, sendo que este poder solicitar o fornecimento dos dados constantes na ficha de anotaes. (Art. 6)As anotaes devem ser feitas de forma clara, sem abreviaturas, sendo que as emendas, entrelinhas, rasuras devem ser ressalvadas ao final de cada assentamento, de maneira a no gerar dvidas. (Art. 7 da Portaria).

Permanece a proibio de qualquer anotao que prejudique o trabalhador, ou possa causar danos sua imagem, tais como anotaes referentes a sexo ou sexualidade, origem, raa, cor, estado civil, situao familiar, idade, condio de autor em reclamatria trabalhista, sade, desempenho profissional ou comportamento. (Art.8)Continua proibida, por parte do empregador, para a contratao de funcionrio, a solicitao de exames, percia, laudo, atestado ou declarao relativo esterilizao ou estado de gravidez, assim como certido negativa de reclamatria trabalhista. (Art. 1 da Portaria).

O registro de empregados a que se refere o artigo 41 da CLT, pertence ao empregador e dever conter obrigatoriamente nome do empregado, data de nascimento, filiao, nacionalidade, naturalidade, nmero e srie da CTPS, nmero de identificao no PIS/PASEP, data de admisso, cargo e funo, remunerao, jornada de trabalho, frias, acidente do trabalho ou doenas profissionais quando houver.

O empregador pode adotar controle nico e centralizado na sede da empresa, desde que os trabalhadores portem carto de identificao contendo seu nome completo, numero de inscrio no PIS/PASEP, horrio de trabalho, cargo e funo.

Em caso de prestadores de servio, os registros podem permanecer na sede da contratada, desde que os empregados mantenham consigo tal identificao.A apresentao de documentos em caso de fiscalizao dever ser feita no prazo de 02 a 08 dias, a critrio do Auditor Fiscal.

facultado ao empregador efetuar o registro dos empregados em sistema informatizado, com garantia de segurana, inviolabilidade, manuteno e conservao das informaes, cumprindo tambm as exigncias de manter registro individual em relao a cada empregado, manter registro original individualizado por empregado, acrescentando-lhe as retificaes ou averbaes, quando for o caso e assegure o acesso da fiscalizao trabalhista s informaes dos ltimos 12 meses, por meio de tela, impresso de relatrio e meio magntico. As informaes e relatrios devero conter data e hora do lanamento, alm de rubrica e identificao do empregador ou representante legal. Informaes anteriores a 12 meses tero prazo de 02 a 08 dias, a critrio do auditor para serem apresentadas.

As anotaes so obrigatrias, tanto nos documentos do empregador quanto na carteira do empregado. Segundo o art. 456 da CLT, as anotaes na CTPS do empregado servem de prova do contrato de trabalho. Entretanto, segundo Enunciado 12 do TST estas anotaes geram presuno relativa e no absoluta.

Anteriormente s alteraes da Legislao Previdenciria, com relao solicitao de aposentadoria, a assinatura na CTPS comprovando o tempo de servio prestado pelo empregado era suficiente para a concesso do benefcio, desde que preenchido os demais requisitos de acordo com o tipo de aposentadoria solicitado.

A partir das alteraes, quando a aposentadoria passou a ser por tempo de contribuio e no de servio, a comprovao de tempo anotada na carteira de trabalho passou a no ser suficiente, pois necessria a prova do recolhimento das referidas contribuies.No pode o empregador se recusar a fazer as anotaes, cabendo reclamao autoridade administrativa, no M. Trabalho, e caso no seja sanado tal registro dever ser ajuizada reclamatria trabalhista.

Fonte: Portaria 41 de 2007-04-09C.L.T.

- CONTRATO DE TRABALHO1.1 - ANOTAES NA CARTEIRA DE TRABALHOQuando o empregado admitido - mesmo em contrato de experincia -, a empresa tem obrigatoriamente que fazer as anotaes na carteira de trabalho no prazo de 48 horas, a contar da admisso do empregado, sob pena deque ser aplicada pelo Ministrio do Trabalho.Na carteira de trabalho dever constar a funo para a qual foi contratado e o tipo de remunerao - se salrio fixo ou gratificao1. As anotaes na carteira de trabalho devero ser feitas por ocasio da data-base; quando solicitadas pelo trabalhador; no caso de resciso contratual; ou necessidade de comprovao perante a Previdncia Social. vedado ao empregador efetuar anotaes desabonadoras conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social (Art.29, pargrafo 4 da CLT).Trabalho sem registro em carteira contra a leiMuitas empresas contratam - menores inclusive - sem qualquer registro em carteira, alegando que assim podero pagar melhores salrios. No existe qualquer vantagem em trabalhar sem registro, embora as empresas digam o contrrio - at porque, com este tipo de contratao, elas deixam de contribuir com o INSS, FGTS etc., alm de pagar ao empregado somente as horas trabalhadas. Veja suas perdas sem o registro em carteira:no conta tempo de servio para aposentadoria;no recebe dcimo terceiro salrio e frias;no tem FGTS e nem PIS;no tem direito a benefcio do INSS quando estiver doente ou acidentado;no recebe o fim de semana remunerado e seus reflexos em outras verbas;no recebe seguro desemprego quando demitido.1.2 CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHODo ponto de vista jurdico, contrato um acordo de vontades. Sendo assim, pressupe-se que os interessados discutiram e aceitaram as condies nele existentes. Este no o caso do contrato individual de trabalho. Como no h qualquer discusso sobre o que nele est disposto - j que a relao entre as partes (empregado e empregador) no de igualdade - posto que o empregador detm o poder econmico -, resta apenas, e to somente, ao trabalhador a prerrogativa de aderir s condies estipuladas no contrato que lhe apresentado.Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio (art. 2 da CLT). Trabalho no eventual aquele que atende s necessidades da empresa. Assim, quando uma pessoa trabalha para um condomnio, efetuando limpeza, a natureza do trabalho no eventual. Mas, se a pessoa contratada por esta empresa para efetuar o conserto de uma bomba dgua, o trabalho eventual, porque no se trata de uma necessidade contnua do condomnio, ou seja, o trabalho no feito constantemente.O contrato de trabalho pode ser por escrito ou verbal. o que diz a CLT em seu art. 442, quando fala em acordo tcito ou expresso.Em geral, o contrato por prazo indeterminado. Por exceo, o contrato pode ser por prazo determinado.1.3 CONTRATO DE EXPERINCIAO contrato de experincia um tipo de contrato por tempo determinado. A CLT dispe que o contrato de experincia no poder exceder 90 dias2. Caso o contrato seja inferior a 90 dias e o empregador queira prorrog-lo, s poder faz-lo uma nica vez, sempre respeitando o anteriormente estipulado. Findo esse prazo, tal contrato passar a ser automaticamente por prazo indeterminado.1. Art. 29 da CLT.2 Art. 445, pargrafo nico da CLT.O empregador deve fornecer ao empregado, admitido a ttulo de experincia, uma via do contrato de trabalho e dos demais documentos que discriminam as bases do ajuste. Verifique antes de assinar se o documento est datado corretamente.Muitas empresas apresentam um termo de prorrogao para o trabalhador assinar junto com o contrato de experincia.Voc no deve assinar referido termo. A prorrogao s deve ser assinada no vencimento do contrato de experincia e s pode ser feita uma nica vez sem que o perodo total ultrapasse 90 dias. Encerrado o perodo previsto no contrato de experincia, caso no haja manifestao das partes - empregado ou empregador - e voc continuar trabalhando, o contrato se torna por tempo indeterminado.O tempo em que voc ficou afastado, recebendo pelo INSS, auxlio doena previdencirio e/ou acidentrio, no contado no contrato de experincia.O contrato de experincia vlido apenas nos seguintes casos1:a) servio cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminao do prazo (por exemplo, safra ou temporada);b) atividade empresarial de carter transitrio (trabalho em uma feira ou exposio);c) contrato de experincia.1.3.1 Contrato por tempo determinadoO contrato por tempo determinado no pode ser superior a dois anos. A distino entre contrato por tempo determinado e por tempo indeterminado reside no fato de que as implicaes econmicas da resciso contratual so bem distintas.Assim, ao trmino de um contrato por tempo determinado o empregado no tem direito a aviso prvio e a multa de 40% sobre o FGTS.Se a empresa ou o empregado resolver rescindir o contrato por tempo determinado antes do prazo, os direitos rescisrios dependero da previso ou no, no referido contrato, de clusula assegurando o direito recproco de resciso.Caso haja essa clusula, a resciso dever seguir os mesmos passos e assegurar os mesmos direitos previstos para contratos por tempo indeterminado.3 Quando o contrato no contm clusula assegurando o direito recproco de resciso e a empresa resolve faz-lo antes de expirar o prazo previsto, sem justa causa, dever pagar ao empregado uma indenizao equivalente a metade do prazo que falta para o trmino do contrato.4 Por exemplo, em um contrato de 90 dias, se o empregado trabalhou por 60 dias e foi demitido, o empregador ter que pagar-lhe 15 dias a ttulo de indenizao, que corresponde a metade do que falta para o trmino do contrato, alm do saldo de salrios, 13 e frias.Nesse caso, o empregado tambm no pode se desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuzos que desse fato resultarem.61.4 CONTRATO E JUSTIA DO TRABALHOQuando um direito assegurado por norma legal ou coletiva desrespeitado os trabalhadores devem se dirigir at o Sindicato, individual ou coletivamente, para se orientar sobre como exigir o cumprimento dos seus direitos. O Sindicato pode buscar a soluo do problema atravs da negociao e da presso sindical e tambm entrar com uma reclamao trabalhista na Justia do Trabalho.Muitos trabalhadores s procuram o Sindicato para ingressar com reclamao na Justia aps sua sada do emprego.Feita a resciso do contrato, o trabalhador tem dois anos para reclamar na Justia. Mas s ter direito a receber os ltimos cinco anos. Assim, um trabalhador que teve, por exemplo, seus direitos desrespeitados durante oito anos, se ingressar com ao na Justia apenas quando for demitido e sair vitorioso, s vai receber o equivalente aos ltimos cinco anos.Os direitos que constam na CLT so assegurados pelo Contrato Individual de Trabalho e, por isso, devem ser exigidos individualmente na Justia. Os direitos previstos nos acordos, convenes e dissdios so normas coletivas e, por isso, devem ser exigidos pelo Sindicato atravs de aes de cumprimento.Desrespeitando um direito comum a todos ou a parte dos trabalhadores, o Sindicato, sem procurao, pode acionar a empresa e cobrar esse direito, evitando que o trabalhador se exponha individualmente na Justia do Trabalho.As aes judiciais movidas, seja individualmente pelos trabalhadores ou coletivamente pelos Sindicatos, iniciam sua tramitao na Vara do Trabalho, onde se tenta a conciliao entre as partes. Caso no haja acordo, o processo julgado, cabendo ao perdedor o direito de recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho. Em alguns casos, o perdedor ainda pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho.A legislao assegura aos sindicatos o direito de substituio processual. Ou seja, o Sindicato pode entrar com a ao de cumprimento em nome de toda ou parte da categoria. Caso a ao seja vitoriosa sero beneficiados todos os trabalhadores atingidos pela ao.1.6 Alterao no contrato de trabalhoO artigo 468 da CLT estabelece que nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, ainda assim, desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregador, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia. Esta determinao legal muito importante para os trabalhadores. Qualquer alterao prejudicial em seu horrio ou local de trabalho, bem como no salrio e demais direitos, voc deve procurar imediatamente o Sindicato para verificar se no se configura em uma alterao unilateral do contrato de trabalho, proibida por lei.1.7 Normas coletivasSo vrios os instrumentos que asseguram os direitos coletivos dos trabalhadores. Dentre esses destacamos os seguintes:Conveno Coletiva de Trabalho Anualmente os sindicatos dos trabalhadores negociam com os sindicatos dos empregadores os ndices de correo salarial, o salrio normativo, o adicional de hora extra, dentre outras verbas salariais e direitos sociais e sindicais. Nossa data base historicamnete o primeiro de maio.Dissdio Coletivo Caso no tenha sucesso o processo de negociao entre os sindicatos de trabalhadores e empregadores, a deciso ser tomada pela Justia do Trabalho atravs de um dissdio coletivo de natureza econmica. Portanto, o dissdio no produto da negociao, mas resultado de uma deciso judicial, cuja sentena deve ser obedecida por todos.Acordo Coletivo produto de uma negociao entre o sindicato dos trabalhadores e a direo de uma empresa.

1. CONTRATO DE TRABALHO1.1 - ANOTAES NA CARTEIRA DE TRABALHOQuando o empregado admitido - mesmo em contrato de experincia -, a empresa tem obrigatoriamente que fazer as anotaes na carteira de trabalho no prazo de 48 horas, a contar da admisso do empregado, sob pena de multa que ser aplicada pelo Ministrio do Trabalho.Na carteira de trabalho dever constar a funo para a qual foi contratado e o tipo de remunerao - se salrio fixo ou gratificao1. As anotaes na carteira de trabalho devero ser feitas por ocasio da data-base; quando solicitadas pelo trabalhador; no caso de resciso contratual; ou necessidade de comprovao perante a Previdncia Social. vedado ao empregador efetuar anotaes desabonadoras conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social (Art.29, pargrafo 4 da CLT).Trabalho sem registro em carteira contra a leiMuitas empresas contratam - menores inclusive - sem qualquer registro em carteira, alegando que assim podero pagar melhores salrios. No existe qualquer vantagem em trabalhar sem registro, embora as empresas digam o contrrio - at porque, com este tipo de contratao, elas deixam de contribuir com o INSS, FGTS etc., alm de pagar ao empregado somente as horas trabalhadas. Veja suas perdas sem o registro em carteira:no conta tempo de servio para aposentadoria;no recebe dcimo terceiro salrio e frias;no tem FGTS e nem PIS;no tem direito a benefcio do INSS quando estiver doente ou acidentado;no recebe o fim de semana remunerado e seus reflexos em outras verbas;no recebe seguro desemprego quando demitido.1.2 CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHODo ponto de vista jurdico, contrato um acordo de vontades. Sendo assim, pressupe-se que os interessados discutiram e aceitaram as condies nele existentes. Este no o caso do contrato individual de trabalho. Como no h qualquer discusso sobre o que nele est disposto - j que a relao entre as partes (empregado e empregador) no de igualdade - posto que o empregador detm o poder econmico -, resta apenas, e to somente, ao trabalhador a prerrogativa de aderir s condies estipuladas no contrato que lhe apresentado.Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio (art. 2 da CLT). Trabalho no eventual aquele que atende s necessidades da empresa. Assim, quando uma pessoa trabalha para um condomnio, efetuando limpeza, a natureza do trabalho no eventual. Mas, se a pessoa contratada por esta empresa para efetuar o conserto de uma bomba dgua, o trabalho eventual, porque no se trata de uma necessidade contnua do condomnio, ou seja, o trabalho no feito constantemente.O contrato de trabalho pode ser por escrito ou verbal. o que diz a CLT em seu art. 442, quando fala em acordo tcito ou expresso.Em geral, o contrato por prazo indeterminado. Por exceo, o contrato pode ser por prazo determinado.1.3 CONTRATO DE EXPERINCIAO contrato de experincia um tipo de contrato por tempo determinado. A CLT dispe que o contrato de experincia no poder exceder 90 dias. Caso o contrato seja inferior a 90 dias e o empregador queira prorrog-lo, s poder faz-lo uma nica vez, sempre respeitando o anteriormente estipulado. Findo esse prazo, tal contrato passar a ser automaticamente por prazo indeterminado.1. Art. 29 da CLT.2 Art. 445, pargrafo nico da CLT.O empregador deve fornecer ao empregado, admitido a ttulo de experincia, uma via do contrato de trabalho e dos demais documentos que discriminam as bases do ajuste. Verifique antes de assinar se o documento est datado corretamente.Muitas empresas apresentam um termo de prorrogao para o trabalhador assinar junto com o contrato de experincia.Voc no deve assinar referido termo. A prorrogao s deve ser assinada no vencimento do contrato de experincia e s pode ser feita uma nica vez sem que o perodo total ultrapasse 90 dias. Encerrado o perodo previsto no contrato de experincia, caso no haja manifestao das partes - empregado ou empregador - e voc continuar trabalhando, o contrato se torna por tempo indeterminado.O tempo em que voc ficou afastado, recebendo pelo INSS, auxlio doena previdencirio e/ou acidentrio, no contado no contrato de experincia.O contrato de experincia vlido apenas nos seguintes casos1:a) servio cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminao do prazo (por exemplo, safra ou temporada);b) atividade empresarial de carter transitrio (trabalho em uma feira ou exposio);c) contrato de experincia.1.3.1 Contrato por tempo determinadoO contrato por tempo determinado no pode ser superior a dois anos. A distino entre contrato por tempo determinado e por tempo indeterminado reside no fato de que as implicaes econmicas da resciso contratual so bem distintas.Assim, ao trmino de um contrato por tempo determinado o empregado no tem direito a aviso prvio e a multa de 40% sobre o FGTS.Se a empresa ou o empregado resolver rescindir o contrato por tempo determinado antes do prazo, os direitos rescisrios dependero da previso ou no, no referido contrato, de clusula assegurando o direito recproco de resciso.Caso haja essa clusula, a resciso dever seguir os mesmos passos e assegurar os mesmos direitos previstos para contratos por tempo indeterminado.3 Quando o contrato no contm clusula assegurando o direito recproco de resciso e a empresa resolve faz-lo antes de expirar o prazo previsto, sem justa causa, dever pagar ao empregado uma indenizao equivalente a metade do prazo que falta para o trmino do contrato.4 Por exemplo, em um contrato de 90 dias, se o empregado trabalhou por 60 dias e foi demitido, o empregador ter que pagar-lhe 15 dias a ttulo de indenizao, que corresponde a metade do que falta para o trmino do contrato, alm do saldo de salrios, 13 e frias.Nesse caso, o empregado tambm no pode se desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuzos que desse fato resultarem.61.4 CONTRATO E JUSTIA DO TRABALHOQuando um direito assegurado por norma legal ou coletiva desrespeitado os trabalhadores devem se dirigir at o Sindicato, individual ou coletivamente, para se orientar sobre como exigir o cumprimento dos seus direitos. O Sindicato pode buscar a soluo do problema atravs da negociao e da presso sindical e tambm entrar com uma reclamao trabalhista na Justia do Trabalho.Muitos trabalhadores s procuram o Sindicato para ingressar com reclamao na Justia aps sua sada do emprego.Feita a resciso do contrato, o trabalhador tem dois anos para reclamar na Justia. Mas s ter direito a receber os ltimos cinco anos. Assim, um trabalhador que teve, por exemplo, seus direitos desrespeitados durante oito anos, se ingressar com ao na Justia apenas quando for demitido e sair vitorioso, s vai receber o equivalente aos ltimos cinco anos.Os direitos que constam na CLT so assegurados pelo Contrato Individual de Trabalho e, por isso, devem ser exigidos individualmente na Justia. Os direitos previstos nos acordos, convenes e dissdios so normas coletivas e, por isso, devem ser exigidos pelo Sindicato atravs de aes de cumprimento.Desrespeitando um direito comum a todos ou a parte dos trabalhadores, o Sindicato, sem procurao, pode acionar a empresa e cobrar esse direito, evitando que o trabalhador se exponha individualmente na Justia do Trabalho.As aes judiciais movidas, seja individualmente pelos trabalhadores ou coletivamente pelos Sindicatos, iniciam sua tramitao na Vara do Trabalho, onde se tenta a conciliao entre as partes. Caso no haja acordo, o processo julgado, cabendo ao perdedor o direito de recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho. Em alguns casos, o perdedor ainda pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho.A legislao assegura aos sindicatos o direito de substituio processual. Ou seja, o Sindicato pode entrar com a ao de cumprimento em nome de toda ou parte da categoria. Caso a ao seja vitoriosa sero beneficiados todos os trabalhadores atingidos pela ao.1.6 Alterao no contrato de trabalhoO artigo 468 da CLT estabelece que nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, ainda assim, desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregador, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia. Esta determinao legal muito importante para os trabalhadores. Qualquer alterao prejudicial em seu horrio ou local de trabalho, bem como no salrio e demais direitos, voc deve procurar imediatamente o Sindicato para verificar se no se configura em uma alterao unilateral do contrato de trabalho, proibida por lei.1.7 Normas coletivas

So vrios os instrumentos que asseguram os direitos coletivos dos trabalhadores. Dentre esses destacamos os seguintes:Conveno Coletiva de Trabalho Anualmente os sindicatos dos trabalhadores negociam com os sindicatos dos empregadores os ndices de correo salarial, o salrio normativo, o adicional de hora extra, dentre outras verbas salariais e direitos sociais e sindicais. Nossa data base historicamnete o primeiro de maio.Dissdio Coletivo Caso no tenha sucesso o processo de negociao entre os sindicatos de trabalhadores e empregadores, a deciso ser tomada pela Justia do Trabalho atravs de um dissdio coletivo de natureza econmica. Portanto, o dissdio no produto da negociao, mas resultado de uma deciso judicial, cuja sentena deve ser obedecida por todos.Acordo Coletivo produto de uma negociao entre o sindicato dos trabalhadores e a direo de uma empresa.

LEGALIZAO DO LIVRO OU FICHASDesde 20-6-2001, com base na Lei 10.243/2001, deixou de existir a obrigatoriedade da autenticao do livro ou fichas de registro de empregados, inclusive do livro ou fichasem continuao.Caberessaltar que enquanto no houver a contratao de empregados, a empresa no est obrigada a ter livro ou fichas de registro, bem como os fiscais no podem exigir que os mesmos sejam apresentadosem branco.

REQUISITOS MNIMOSO empregador pode adotar qualquer modelo para registro de empregados, em fichas ou livros, de qualquer dimenso, incluir informaes que desejar, desde que relevantes para o exerccio profissional e que no firam a privacidade e a intimidade do empregado, devendo constar os seguintes elementos mnimos indispensveis:a)nome do empregado;b) data de nascimento;c) filiao;d) nacionalidade e naturalidade;e) nmero e srie da CTPS Carteira de Trabalho e Previdncia Social;f) nmero de identificao do cadastro no PIS Programa de Integrao Social ou no PASEP Programa de Formao do Patrimnio do Servio Pblico;g) data de admisso;h) cargo e funo;i) remunerao;j) jornada de trabalho;l) frias; em) acidente do trabalho e doenas profissionais, quando houver.O registro do empregado deve estar atualizado e obedeceranumerao seqencialmente por estabelecimento.

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTEAs microempresas e as empresas de pequeno porteoptantespelo Simples Nacional esto obrigadas a cumprir todas as obrigaes concernentes ao registro de empregados.

DOCUMENTAO EXIGIDAA legislao no relaciona os documentos que o empregado deve apresentar quando de sua contratao.Assim, o nico documento que o empregado est obrigado a apresentar empresa para seu registro a CTPS.Entretanto, apesar de a legislao no obrigar, a empresa pode exigir a apresentao de outros documentos, que julgar necessrios vida funcional do empregado, como certides de casamento e nascimento dos filhos; certificado de reservista, CPF Cadastro de Pessoa Fsica, Registro Geral, Registro Profissional, dentre outros.A empresa no poder reter nenhum documento do empregado, devendo somente extrair as informaes necessrias.TRANSFERNCIA DO EMPREGADONo caso de transferncia do empregado, esta dever ser anotada na ficha originria do registro, efetuando-se novo registro no local de trabalho para onde o empregado foi transferido, no qual constar a data primitiva do incio do seu contrato de trabalho, observando-se, ainda, a data da transferncia.Nesse caso, aconselhvel que se anexe, ao novo registro, cpia autenticada da ficha ou folha originria do registro.

MUDANA DE SISTEMAA legislao no exige qualquer procedimento especial para a mudana de sistema de registro de empregados. Como a legislao no probe, no h impedimento para que o empregador altere o sistema de livro para ficha ou vice-versa, ou mesmo para sistema informatizado. Optando pela mudana, o empregador deve manter os registros iniciais arquivados, anotando na parte destinada a observaes que a continuao das anotaes passar a ser realizada no novo sistema.Os empregados contratados aps a mudana no sistema sero registrados no novo sistema, devendo este seguir sua numerao seqencial.

READMISSOA folha do livro ou a ficha de registro pode ser utilizada mais de uma vez para o mesmo empregado, nos casos de readmisso, desde que contenha espao prprio suficiente para o registro de cada novo contrato de trabalho, com todos os seus elementos indispensveis, notadamente a data de admisso, cargo ou funo, salrio, forma de pagamento, outras remuneraes e data da dispensa.Embora exista a possibilidade de utilizar-se a mesma folha do livro ou ficha, na prtica, na readmisso usa-se outra folha ou ficha, tendo em vista que os modelos de Registro de Empregados padronizados no comportam novo registro.

OBRIGATORIEDADE DE EXIBIOO registro de empregados deve ser, obrigatoriamente, exibido pelo empregador nos locais de trabalho aos encarregados da fiscalizao, quando solicitado.

LOCAL DE TRABALHOConsidera-se local de trabalho a matriz, agncia, filiais ou sucursais da organizao empregadora onde o empregado desempenhe efetivamente as suas atividades.

EXTRAVIOA DRT-RJ orienta que, no caso de extravio ou imprestabilidade do livro ou da ficha-mestra ou inicial do grupo anteriormente registrado, o novo registro de livro ou grupo de fichas deve ser obtido, mediante requerimento em duas vias e Termo de Responsabilidade no verso da primeira folha do livro ou da ficha, que constituir processo prprio e ser submetido apreciao do rgo.

GUARDA DE DOCUMENTOS aconselhvel que o registro de empregados seja conservado por prazo indeterminado, pois esse documento de incontestvel valor para efeito de comprovao de tempo de servio de empregados ou ex-empregados, para fins de obteno de benefcios previdencirios, principalmente aposentadoria por tempo de contribuio.

PENALIDADESA empresa com empregado no registrado ficar sujeita a multa de valor igual a R$402,53, por empregado no registrado. Em cada reincidncia, a multa ser acrescida de igual valor.As demais infraes concernentes ao registro de empregados sujeitaro o empregador multa, aplicada pela fiscalizao do trabalho, de valor igual a R$201,27, dobrada na reincidncia.

FUNDAMENTAO LEGAL:Lei Complementar 123, de 14-12-2006 (Portal COAD); Lei 5.553, de 6-12-68 (DO-U de 10-12-68); Lei 5.859, de 11-12-72 artigos 1 e 2 (DO-U de 12-12-72); Lei 6.019, de 3-1-74 (DO-U de 4-1-74); Lei 6.494, de 7-12-77 (DO-U de 9-12-77); Lei9.601, de 21-1-98 (Informativo 03/98); Lei 10.243, de 19-6-2001 (Informativo 25/2001); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 Consolidao das Leis do Trabalho (CLT) artigos 2, 3, 41, 47, 48, 62 e 135 (Portal COAD); Decreto 4.552, de 27-12-2002 artigos 9 e 18 (Informativo 53/2002); Decreto 73.626, de 12-2-74 artigo 4 (DO-U de 13-2-74); Portaria 41 MTE, de 28-3-2007 (Fascculo 14/2007); Portaria 290MTb, de 11-4-97 (Informativo 16/97); Portaria Interministerial 3.688MTb-MPAS, de 11-12-79 (DO-U de 12-12-79); Portaria 3.626 MTPS, de 13-11-91 (Informativo 46/91).Trabalhador autnomo apessoa fsicaque presta servios, em carter eventual, a uma ou mais empresas, semrelao de empregoe por conta prpria, assumindo os prprios riscos.

NoBrasil, a relao de emprego pressupe:

a) pessoalidade da contratao;b) no eventualidade da prestao de servios;c) subordinao hierrquica; ed) servio prestado mediante pagamento de salrio.

A relao de emprego fica ainda mais evidenciada quando o servio prestado pelo profissional contratado, mesmo queterceirizado, corresponder atividade fim da empresa contratante.

O trabalhador autnomo no subordinado, no tem patro, no tem horrio de trabalho fixo e, portanto, no tem direito a verbas trabalhistas (dcimo terceiro salrio, frias, folga semanal remunerada etc.) mas apenas adireitos previdencirios. O que diferencia este trabalhador doempregado, que protegido pelaCLT a subordinao qual o empregado est sujeito - pois recebe ordens doempregador-, enquanto que o trabalhador autnomo exerce a atividade por conta prpria. No caso do autnomo, os lucros e prejuzos so prprios; no caso do empregado, os riscos da atividade so de responsabilidade do empregador. Exemplos de trabalhadores autnomos: representantes comerciais autnomos, vendedores ambulantes que hoje esto protegidos pela Lei do Microempreendedor Individual (MEI),[1]faxineiras etc. Ressalte-se que estas profisses no so exclusivamente autnomas: se o trabalhador estiver subordinado a umempregadorou reunir os requisitos do vnculo empregatcio, ser considerado empregado.

O trabalhador autnomo no se confunde com o profissional liberal, ou seja, nem todo trabalhador autnomo profissional liberal e nem todo profissional liberal trabalhador autnomo. Oprofissional liberalexerce sua atividade com autonomia e independncia do ponto de vista tcnico-cientfico, possuindo ttulo de habilitao expedido legalmente.[2]Na origem, os profissionais liberais eram trabalhadores autnomos. Os servios prestados por advogado, mdicos, etc. no podiam ser objeto decontrato de trabalho, e esses profissionais recebiamhonorrioscomo contraprestao dos seus servios. Atualmente, porm, muitos profissionais liberais exercem sua atividade sob vnculo de emprego e so protegidos pelalegislao trabalhista. Mas a relao de emprego no desqualifica a condio de profissional liberal. O que diferencia o profissional liberal dos demais empregados a independncia tcnica na prestao dos servios.[3]Portanto, existem, basicamente, duas espcies de trabalhadores autnomos:

- prestadores de servios de profisses no regulamentadas, tais como encanador, pintor, faxineiro, pedreiro e assemelhados;- prestadores de servios de profisses regulamentadas, como, por exemplo, advogado, mdico, contabilista, engenheiro, nutricionista, psiclogo, e outros registrados nos seus respectivos conselhos regionais de fiscalizao profissional.

Com relao ao extravio do livro/ficha de registro, inexiste previso expressa na legislao quanto ao procedimento que deve ser adotado pela empresa.A DRT orientava que, ocorrendo a situao acima, deveria a empresa providenciar um Boletim de Ocorrncia e, solicitar a substituio desse livro/ficha de registro.Orientamos, que seja consultado o respectivo rgo do Ministrio do Trabalho e Emprego para verificar se este procedimento continua sendo adotado.Em face da revogao do art. 42 da CLT que determinava a obrigatoriedade da autenticao, pelo artigo 4 da Lei n 10.243, de 19/06/2001, publicada no DOU de 20/06/2001, os livros e fichas de registro de empregados no precisam mais ser autenticado pelas Delegacias Regionais do Trabalho. Quando a empresa iniciar sua atividade ou quando o seu livro ou lote de fichas de registro se esgotar e precisar abrir um novo, podero faz-lo sem autenticao da DRT ou do Auditor-fiscal do trabalho, quando da sua visita.