registo ed208

16
www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 24 de Maio de 2012 | ed. 208 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Balonismo Com base na experiência acumulada na organização do Festival Internacional em Balões de Ar Quente, que se organiza desde o ano de 1997, foi o Alentejo sem Fronteiras – Clube de Balonismo, convidado pela Real Federação Aeronautica Espanhola, e Federação Portuguesa de Aeronautica a organizar os Campeonatos Nacionais de Portugal e Espanha e a IV edição da Taça Ibérica. 03 03 D.R. Grande medalha de ouro para Monsaraz premium O vinho tinto Monsaraz Premium 2008, da Car- mim, a maior empresa produtora de vinhos do Alentejo, foi galardoado com a Grande Meda- lha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2012, que este ano decorreu em Guimarães, de 4 a 6 de Maio. A edição deste ano do concurso apreciou mais de 8.397 vinhos de mais de 52 países produto- res, o que transforma esta competição num dos maiores eventos mundiais da área. Desde 2006 que o Concours Mondial de Bruxelles visita vá- rias regiões produtoras da Europa, tendo já pas- sado por Lisboa, Maastricht, Bordéus, Valência, Palermo e Luxemburgo. Recorde-se que falam de um vinho já anteriormente premiado. Este vinho tinha merecido o Primeiro Prémio na edição de 2011 do Concurso de Vinhos Engarra- fados do Alentejo. Balões de volta aos céus de Alter e Fronteira Rui Rosado em entrevista Pág.08 Presidente da Associação Chão dos Meninos, Rui Rosado, médico e cirurgião pediátrico, fala das crianças e jovens em risco e da realização da sé- tima edição da Semana de Prevenção dos Maus-Tratos infantis que se realiza ao longo desta semana, por todo o dis- trito de Évora, com inumeras manifes- tações de arte, cultura, desporto, expo- sições, workshops e um seminário que ocorre amanhã intitulado “Coisas desse Género: do Risco á Protecção”. D.R. 10 10 D.R. Escrita na Paisagem 2012 Pág.11 O Festival Escrita na Paisa- gem regressa ao Alentejo, nos meses quentes de Verão, para a sua 9ª edição. Sempre de olhos postos na paisagem e em novas formas de pensar o terri- tório, enquanto espaço cultural e ar- tístico. D.R.

Upload: semanario-registo

Post on 09-Mar-2016

240 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição 208 do Semanário Registo

TRANSCRIPT

Page 1: Registo ed208

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 24 de Maio de 2012 | ed. 208 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

Balonismo Com base na experiência acumulada na organização do Festival Internacional em Balões de Ar Quente, que se organiza desde o ano de 1997, foi o Alentejo sem Fronteiras – Clube de Balonismo, convidado pela Real Federação Aeronautica Espanhola, e Federação Portuguesa de Aeronautica a organizar os Campeonatos Nacionais de Portugal e Espanha e a IV edição da Taça Ibérica.

0303

D.R

.

Grande medalha de ouro para Monsaraz premiumO vinho tinto Monsaraz Premium 2008, da Car-mim, a maior empresa produtora de vinhos do Alentejo, foi galardoado com a Grande Meda-lha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2012, que este ano decorreu em Guimarães, de 4 a 6 de Maio.

A edição deste ano do concurso apreciou mais de 8.397 vinhos de mais de 52 países produto-res, o que transforma esta competição num dos maiores eventos mundiais da área. Desde 2006 que o Concours Mondial de Bruxelles visita vá-rias regiões produtoras da Europa, tendo já pas-

sado por Lisboa, Maastricht, Bordéus, Valência, Palermo e Luxemburgo. Recorde-se que falam de um vinho já anteriormente premiado. Este vinho tinha merecido o Primeiro Prémio na edição de 2011 do Concurso de Vinhos Engarra-fados do Alentejo.

Balões de volta aos céus de Alter e Fronteira

Rui Rosado em entrevistaPág.08 Presidente da Associação Chão dos Meninos, Rui Rosado, médico e cirurgião pediátrico, fala das crianças e jovens em risco e da realização da sé-tima edição da Semana de Prevenção dos Maus-Tratos infantis que se realiza ao longo desta semana, por todo o dis-trito de Évora, com inumeras manifes-tações de arte, cultura, desporto, expo-sições, workshops e um seminário que ocorre amanhã intitulado “Coisas desse Género: do Risco á Protecção”.

D.R

.

1010

D.R

.

Escrita na Paisagem 2012Pág.11 O Festival Escrita na Paisa-gem regressa ao Alentejo, nos meses quentes de Verão, para a sua 9ª edição. Sempre de olhos postos na paisagem e em novas formas de pensar o terri-tório, enquanto espaço cultural e ar-tístico.

D.R

.

Page 2: Registo ed208

2 24 Maio ‘12

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição

Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Processos sem fim...”

A análise dos fenómenos desportivos do ponto de vista sociológico permite-nos compreender o significado social do des-porto, os problemas que este coloca ou até mesmo o campo de ação que oferece para a exploração de áreas da estrutura social e do comportamento as quais, em alguns casos, são relegadas para um plano secundário nas teorias sociais.

A prática desportiva nas sociedades con-temporâneas ocupa uma centralidade no la-zer das pessoas e comunidades, permitindo momentos de satisfação e de alguma excita-ção face ao fenómeno desportivo. Na essên-cia desta prática, estão valores nucleares. A construção de “bons” cidadãos, espírito de equipa e solidariedade, respeito pelos outros e, fundamentalmente, a influência para esti-los de vida saudáveis são, inequivocamente, os principais ganhos da prática desportiva.

Hoje, o olhar recai sobretudo para o me-diatismo do desporto profissional, princi-palmente para as lógicas de atuação que es-tão por detrás do futebol de alta competição. Aqui, a essência será outra!

Feito este preâmbulo, quero hoje aqui enaltecer o papel e o mérito duma coletivi-dade local. Muitas vezes, o anonimato torna obscuro mérito de muitos que trabalham em prol da verdadeira essência do desporto. Fa-zem-no sem milhões, sem mediatismo, mas com um amadorismo nuclear na contamina-ção de valores fundamentais para muitos jo-vens. Estou certo que muitas coletividades serão merecedoras deste louvor. Porém, não

posso deixar de enaltecer a ação do Évora Andebol Clube junto dos jovens em geral, e de uns em particular.

Este fim-de-semana, os miúdos Évo-ra foram a Lisboa vencer o Sport Lisboa e Benfica (sim…Benfica) em sua casa por 24-26, conquistando uma liderança que lhe garantiu uma passagem à fase final do Cam-peonato Nacional de Infantis masculinos que irá decorrer em Braga. Tão importante como o feito é a dinâmica que está por de-trás da conquista.

Este exemplo de dedicação de dirigentes, treinadores e pais constitui um case study em como é possível formar jovens para estilos de vida saudáveis, fomentando a união e chegando a patamares bastante elevados de conquista.

Hoje, mais do que nunca, faz todo o sen-tido priorizar apoios públicos para a susten-tação destas coletividades. A sua proximi-dade com os atores sociais, o envolvimento desprovido de intenções dúbias e o conheci-mento das necessidades, são trunfos resul-tam em sucesso. Em tempos de austeridade em que a toada do discurso dominante é a restrição, não se podem deixar ruir os pila-res nucleares da sociedade. Se o investimen-to público não for para estes exemplos de mérito, mal estará uma sociedade que não valoriza aqueles que trabalham com os jo-vens, mal estará uma sociedade que não in-veste hoje, naquilo que vai colher amanhã.

Ao Évora Andebol Clube aqui fica o re-conhecimento público por alimentarem a essência do desporto!

O desporto na sua pura essência

Joaquim FialhoProfessor universitário

Mantendo firme o propósito de responder ao ex-ministro António Serrano, procu-rando ter algum cuidado para não faltar à verdade ou cometer inexactidões, preocu-pações que, manifestamente, não perpassa-ram pelo espírito do senhor quando escre-veu o seu artigo, que chega a ser mentiroso, relapso e contumaz.

Em primeiro lugar quero recordar-lhe que antes de “chefiar” o Ministério da Agricultura, foi nomeado pelo tristemente célebre Jaime Silva Director do Gabinete de Planeamento e Políticas, vindo mais tarde a substitui-lo, e gozar da enorme vantagem de vir a seguir a um dos Ministros da Agri-cultura mais odiados por todos os agentes do sector.

Apresentou-se desde o início como a sua antítese: enquanto o primeiro espalhou a sua arrogância, intransigência e antipatia, o segundo transmitiu humildade, compre-ensão e simpatia, prometendo tudo a todos. Por isso ainda encontro mais estranho o tí-tulo do seu artigo “Imagem e Demagogia em Política”; poucos devem ter tido tanta preocupação com a imagem e abusado da demagogia como V. Ex.ª. Senão vejamos o que aconteceu em 6 anos de desgoverno socialista:

- Revisão do Parcelário? Nada, a não ser multas para Portugal e penalizações para os Agricultores.- Reforma dos seguros? Ficamos a dever quase 100 milhões de euros.- Bolsa de Terras? É melhor não, que dá muita celeuma.- Rever a legislação f lorestal, simplifi-cando-a e tornando-a um instrumento do desenvolvimento da Floresta? Nem pen-sar.- Rever a lei dos Baldios em beneficio dos compartes e do país? Cuidado para não ser impopular.- Financiamento das medidas de sanidade animal? Quem vier atrás que pague.- Conclusão do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva? Dívida, promes-sas e mais dívida.

Por tudo isto já se vê a oportunidade do ar-tigo atrás citado. Pensará que fomos assal-tados por uma amnésia colectiva? Como se diz em Baleizão: “Quem viu morrer Cata-rina não perdoa a quem matou!” e o senhor fartou-se de matar Catarinas, ou seja a es-perança de muitos portugueses.

No que diz respeito a uma análise mais pormenorizada do seu escrito, detectamos várias imprecisões, erros grosseiros ou simplesmente alguma ignorância, senão ve-jamos:

- Nunca a Senhora Ministra disse que se tratava das “últimas terras da reforma agrária”, muito menos que se tratava de um leilão, apenas afirmou que iam ser abertos concursos para cerca de 600 ha de terras que estavam na posse do Estado. Ao contrário do que afirma, a terra onde ocorreu a entrevista à televisão era uma terra que fazia parte do lote objecto de

concurso.- Nos termos do Código Civil, a proprie-dade abandonada pertence ao Estado. Aquilo que a proposta de Lei do Governo faz é dar 10 anos, após o reconhecimento do abandono, para que eventuais proprie-tários possam reclamar as propriedades em questão. - Foram de facto anunciadas ajudas no âmbito, não do combate à seca, mas sim no âmbito da minimização dos efeitos da seca para os agricultores. Algumas das medidas são de âmbito estritamente na-cional, e outras careceram de autorização comunitária. As primeiras são, de facto, no valor aproximado de 40 Milhões de Euros. Mas o ex-Ministro Serrano devia saber (e sabe, daí estar a ser intelectual-mente pouco honesto) que algumas delas não se traduzem em acréscimo de despe-sa, mas sim em isenções (diminuição de custos para os agricultores). É o caso da isenção da taxa de recursos hídricos e é o caso da segurança social, entre outras. Todas as outras estão já em funciona-mento, com agricultores inscritos e con-venientemente dotadas do ponto de vista orçamental.- No que diz respeito às Medidas de Sa-nidade Animal, os produtores e a indús-tria já suportam um custo significativo, apenas a distribuição em nada contribuía para o seu financiamento. A não ser que o Sr. Deputado Serrano seja daqueles que defendem que a distribuição em Portugal não consegue encaixar o valor desta Taxa (e não imposto). Acontecimentos recentes desmentem esta fragilidade da distribui-ção. Existiria, claro, uma alternativa: era a de ficar a dever mais uns milhões de euros todos os anos aos operadores que executam estas medidas sanitárias. Esta seria a maneira socialista, certamente de-fendida pelo actual tribuno Serrano.

Por tudo o que fica aqui exposto considero que o maior prejudicado pelo artigo será, em primeiro lugar, o Povo Português, que se viu submetido a tamanho desvario, e em segundo lugar V. Ex.ª, por me fazer recor-dá-lo. Como sei que quem se mete com o PS leva, ofereço desde já o corpo, e principal-mente o intelecto, à pancada…

”Sabemos o que fizeram nos governos passados“…

luís Dargentengenheiro agrónomo

“No que diz respeito a uma análise mais pormenorizada do seu escrito, detectamos várias imprecisões, erros grosseiros ou simplesmente alguma ignorância.”

Page 3: Registo ed208

3

Actualos céus alentejanos vão colorir-se com o evento de Balonismo organizado pela Publibalão, este fim de semana.

No âmbito da candidatura para a “Regene-ração Urbana no Centro Histórico de Avis”, aprovado no Quadro de Referência Estra-tégico Nacional – QREN, o Município de Avis levou a efeito a realização da 1ª Fase das Obras de Conservação da Casa do Prior-Mor/Hospedarias, antigas dependências do Convento de S. Bento de Avis.

As obras, nesta etapa, visam a libertação

Casa do Prior-Mor/Hospedarias do Convento de S. Bento em conclusão avis aposta no património edificado dando qualidade ao seu valor histórico

Integrado nas comemorações do 19.º aniversário da elevação de Vendas Novas a cidade e no seguimento das diversas ações que o Município de Vendas Novas tem vindo a desen-volver junto dos diferentes agentes económicos do concelho, terá lugar de 25 a 27 de Maio de 2012 o 1.º Festival do petisco de Vendas Novas com mostra de artesanato. Esta iniciativa, que tem lugar no centro sociocultural, junta tasquinhas com artesanato e produtores locais.

A animação está a cargo da Tertúlia Fadista de Vendas Novas, que atua na sexta-feira pelas 22h00, de José Liaça e Carlos Coincas que trazem música por-tuguesa no sábado pelas 22h00, e de Telmo Faria com o seu órgão e música de baile no domingo pelas 17h00. A abertura está marcada para as 18h00 de dia 25.

Festival do petisco

Vendas Novas

Com base na experiência acumulada na organização do Festival Internacional em Balões de Ar Quente, que se organiza desde o ano de 1997, foi o Alentejo sem Fronteiras – Clube de Balonismo, convi-dado pela Real Federação Aeronautica Espanhola, e Federação Portuguesa de Aeronautica a organizar os Campeona-tos Nacionais de Portugal e Espanha e a IV edição da Taça Ibérica.

“Considerando as excepcionais condi-ções para a prática do balonismo em que a área geográfica dos concelhos de Alter do Chão e Fronteira se inserem, permi-tindo efectuar voos de competição com um elevado índice técnico, o que esta-mos certos, irá potenciar os campeonatos e em simultâneo a região como destino de eleição para os praticantes do balonis-mo”, referiu Aníbal Soares.

“Com a organização dos campeonatos pretende o Alentejo sem Fronteiras Clu-be de Balonismo, adquirir “ know How” a nível de eventos desportivos, o que nos permitirá, a curto prazo, efectuar a can-didatura para a realização do Campeo-nato Europeu da modalidade.”

Participantes:Equipas de Competição:- 14 Equipas de competição ( Portugal e Espanha), num total de 45 participan-tes

Juizes:- Sendo uma prova FAI, requer a presen-ça1 de juizes internacionais, num total de 8/10 elementos;

Balonismo em Fronteira e Alter do Chão 2º Campeonato nacional de Balonismo, 4º taça ibérica de Balonismo, e 34º Campeonato de espanha de Balonismo

de algumas estruturas estranhas adossa-das a este imóvel, situado a nascente da Vila, junto às muralhas do Castelo de Avis, a substituição dos vãos exteriores, o me-lhoramento da cobertura e a conservação de rebocos e restantes acabamentos exte-riores, de modo a impedir o agravamento do estado de deterioração em que o mesmo se encontra, em razão da ação do tempo e dos danos causados por intrusos.

O processo de recuperação, já iniciado, procurando aliar a conservação física a uma possível e futura reabilitação fun-cional do imóvel, contempla ainda as

demolições dos anexos desqualificados, construídos sobre o adarve e no interior da muralha e a colocação de duas instala-ções sanitárias públicas para ambos os se-xos que incluem também uma área afeta a pessoas com mobilidade reduzida.

No exterior, a proposta de intervenção prevê a remoção da cabelagem fixada nas paredes e o seu enterramento no subso-lo. Para além desta, previsto está ainda a limpeza do recinto, que deverá ser de-vidamente murado, assim como a ma-nutenção dos taludes e das plataformas revestidas com saibro.

Organização:- 10 elementos

Total de Participantes:- 75 participantes.

- Competição:

Irão ser efectuados 02 voos diários de competição, cada um deles com seis pro-vas diferentes .- Precisão,- Longa distãncia:- Curta distância,- Perseguição

Grândola apresenta uma Rota pelos melhores e mais genuínos sabores do Alentejo.

“Cachola de Porco”, “galinha em molho”, ”orelha de porco de coentra-da” “migas de tomate com peixe frito”, “cozido de feijão-verde com chícharos” “caldo verde com chouriço caseiro”, os tradicionais” miolos com carne de vinha d’alhos ou “feijoada de lebre” convidam a momentos de degustação que nos guiam os sentidos por uma viagem aos sabores da melhor cozinha alentejana.

A Rota das Tabernas está de regresso a 2 de Junho, e passa por oito Tabernas do Concelho de Grândola, onde cada petisco para descobrir e saborear é acompanhado por um “menu cultu-ral” surpresa, que pode incluir poetas populares, cante alentejano, fado e mú-sica popular. O “menu” inclui também vinhos de produtores do Concelho. Recuperar e revitalizar estes “locais de culto”, é o grande objetivo do Municí-pio de Grândola, com esta iniciativa, que já vai na 18ª edição.

A Rota começa dia 2 na “Taberna do Agostinho” (Santa Margarida da Serra) e segue dia 9 para a “Taberna dos Mos-queirões”. Dia 16 leva-nos até ao “Café Triunfo” (Santa Margarida da Serra) e no dia 23 à “Taberna Típica Alentejana” (Grândola). A Rota passa por “A Taber-na” (Sobreiras Altas) a 29, pela “Tasqui-nha do Zé de Moura” (Grândola) a 30, e pela “Casa Dimas” (Santa Margarida da Serra) a 7 de Julho. A Rota das Tabernas termina dia 14 de Julho, na Taberna o Justense, na Aldeia da Justa.

Todas as tabernas aceitam reservas, que são da exclusiva responsabilidade dos proprietários.

Rota dos Sabores

Grândola

D.R.

Page 4: Registo ed208

4 24 Maio ‘12

Actual

reguengos e salvatierra de los Barros juntos, mais uma vez, na Festa ibérica da olaria e do Barro.

PUB

Os dois maiores centros oleiros da Penín-sula Ibérica, S. Pedro do Corval, no con-celho de Reguengos de Monsaraz, e Sal-vatierra de los Barros, na Extremadura espanhola, juntam-se mais uma vez na Festa Ibérica da Olaria e do Barro.

A décima oitava edição deste certa-me vai decorrer entre os dias 25 e 27 de maio em Salvatierra de los Barros, uma organização da Asociación de Al-fareros de Salvatierra de los Barros em conjunto com o Município de Reguen-gos de Monsaraz e a Junta de Freguesia de Corval.

A Festa Ibérica da Olaria e do Barro é um evento transfronteiriço de promo-ção cultural e turística de uma impor-tante manifestação artística e artesanal: a olaria. Organizada em anos alterna-dos em cada município, com esta ini-ciativa pretende-se valorizar a olaria, chamar a atenção para o seu valor ar-tesanal e artístico e apontar estratégias para o seu desenvolvimento económico e profissional.

Nesta edição da Festa Ibérica da Ola-ria e do Barro vão participar 58 olarias. O Centro Oleiro de S. Pedro do Corval vai estar representado com 19 olarias e Salva-tierra de los Barros terá 17 participantes no certame. Oriundos de Portugal vão es-tar também presentes oleiros e ceramis-tas de Reguengos de Monsaraz, Mourão e Queluz, enquanto de Espanha haverá igualmente participantes de Almeria, Ciudad Real, Cantabria, Badajoz, Toledo, Murcia, Zamora, Salamanca, Cordoba e Valencia.

A Festa Ibérica da Olaria e do Barro é inaugurada no dia 25 de maio, às 11h, seguindo-se uma hora mais tarde a apresentação de uma talha com quatro metros de altura, produto do trabalho de 16 artesãos durante dois meses, que utilizaram técnicas inovadoras nesta peça que ficará colocada na entrada de Salvatierra de los Barros como símbolo da industria oleira desta vila espanho-

Festa Ibérica da Olaria e do BarroDécima oitava edição decorre de 25 e 27 de maio em salvatierra de los Barros

la. O programa do certame integra ain-da demonstrações ao vivo de produção de peças de olaria, espetáculos musicais do Grupo de Sevilhanas de Salvatierra de los Barros e da Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense, mas também conferências sobre a temá-tica da olaria.

A Festa Ibérica da Olaria e do Barro sur-giu em 1995 na sequência de um protoco-lo estabelecido entre o Município de Re-guengos de Monsaraz e o Ayuntamiento de Salvatierra de los Barros. Em cada edição do certame participam muitas dezenas de olarias de Portugal e de Espa-nha, num verdadeiro encontro ibérico de povos, de culturas e de cooperação trans-fronteiriça.

Sobre o Centro Oleirode S. Pedro do CorvalO Centro Oleiro de S. Pedro do Corval é considerado o maior de Portugal com 22 olarias em atividade que continuam a pintar os motivos típicos do Alentejo, como por exemplo o pastor, a apanha da azeitona e a vindima. A olaria de S. Pe-dro do Corval data a sua existência, ao menos, do período da dominação árabe, conforme o atesta o teor do Foral Afonsi-no outorgado a Monsaraz em 1276, mas também, a linguagem e a terminologia muito próprias ainda em uso.

Em S. Pedro do Corval podem ser en-contradas as mais belas e formosas pe-ças de barro, trabalhadas por habilidosos artesãos que assim continuam uma tra-

dição multissecular de fabrico de louça tosca, vidrada e decorativa, de extraordi-nário valor estético e etnográfico.

Constituindo um autêntico espelho da vida rural e dos costumes ancestrais, a ola-ria de S. Pedro do Corval, o seu espírito mui-to próprio e as suas excecionais qualidades são os genuínos responsáveis pela criação de peças de grande utilidade, efeito decora-tivo ímpar, impondo-se naturalmente pelo conjunto das suas tonalidades e pela beleza campestre das suas composições.

A olaria de S. Pedro do Corval é uma marca registada pois o Município de Reguengos de Monsaraz registou em 2008 no Instituto Na-cional da Propriedade Industrial as marcas nacionais “Olaria de São Pedro do Corval”, “Rota da Olaria”, “Rota dos Oleiros” e “Olaria”

D.R.

Page 5: Registo ed208

5 PUB

Page 6: Registo ed208

6 24 Maio ‘12

Actual

À inauguração, em sevilha, assistirá o Presidente da Câmara municipal de Vila Viçosa, eng. luís Caldeirinha roma.

PUB

Para Joaquín Bérchez, as pedreiras da bonita cidade de Vila Viçosa -“capital do Mármore” no singular território alente-jano e núcleo metafórico da paisagem portuguesa - parecem ter sido uma re-velação, da qual nos torna partícipes através das suas fotografias. Vicente Lleó Cañal, no catálogo da exposição, avisa-nos que “perante essas fotografias, não sabemos se estamos perante um cenário expressionista ou perante os círculos in-fernais de Dante; não compreendemos a magnitude do espaço até que nos aper-cebemos de que aquilo que parecia uma grão de pó ou um filamento de erva são, na realidade, homens ou máquinas; pai-sagens desoladas duma geometria abs-tracta que, no entanto, nos deslumbram pela sua beleza.

Joaquín Bérchez é, na sua essência, historiador de arte, mas ao contrário da maioria dos seus colegas, possui, além da erudição, uma fina sensibilidade e um olho exercitado no prazer das formas, um prazer que a máquina fotográfica lhe permite comunicar aos outros, ensi-

Sevilha exposição fotográficaVila Viçosa mostra-se em sevilha, de 22 a 29 maio

nando-nos a ver com olhos novos umas realidades mágicas, ocultas sob a capa do quotidiano”.

Em PEDREIRAS, CARNE DE DEUSES, as fotografias de Joaquín Bérchez fazem-nos penetrar nesse imenso ventre da nature-za, repleto de jóias, que são as profunde-zas das pedreiras. Contagia-nos a emoção dos seus brilhos ancestrais, esse brilho

que levou os gregos a designar esta pedra ensimesmada de beleza com a palavra marmâiro. Com a sua máquina fotográ-fica percorre pedreiras vivas em plena extracção, ou abandonadas, utilizando enormes planos picados e panorâmicas abertas para as titânicas frentes verticais. Os primeiros planos de fragmentos reve-ladores de veios e humidades, de fios de

água, sobre solos e pés enlameados, ilu-minam, em resumo, prazeres pressenti-dos. E, como escrevem Silvia Escamilla Amarillo e Victoria Domínguez Ruiz, o acto fotográfico turva o nosso olhar, “ar-ranha essa matéria natural e inerte - o mármore das pedreiras - mostrando-nos a sua vocação latente. Extrai a natureza escondida no bloco de pedra, e revela-no-la de modo autónomo com o fulgor foto-gráfico da obra de arte”.

A obra fotográfica de Joaquín Bérchez foi exposta em diversas cidades espa-nholas (Valência, Múrcia, Granada, Sala-manca, Barcelona), bem como em Itália (Roma, Vicenza, Spoleto, Palermo), em Portugal (Vila Viçosa, Lisboa) ou nos Esta-dos Unidos (Nova Iorque): Espacios com-primidos, Valência, 2003;

Desde la Plaza, Salamanca 2005; Ca-sualidades geográficas, Valência, 2006; Historiejas americanas, Castellón, 2005; Otro Barroco, Palermo, Granada, 2005; Proposiciones arquitectónicas, Valência, Alicante, Vicenza, Múrcia, 2006/2009; Sui-te Valenciana, Valência, 2008; Traer a la memoria, Castellón, 2009; Tolsá, Valência, Nova Iorque, 2008/2009; Arquitectura, placer de la mirada, Valência/Barcelona, 2009; Vila Viçosa, 2011, Lisboa, 2012).

D.R.

Page 7: Registo ed208

7

ExclusivoÉ, de novo, a velha história do “bom aluno da europa” ,do cavaquismo, que nos trouxe até ao desastre actual.

PUB

Passou um ano. É verdade, o tempo voa mes-mo. Há um ano atrás, PS, PSD e CDS sen-taram-se a uma mesa para assinar um pacto com o FMI, a EU e o BCE.

Este pacto que para alguns é referencia-do como “memorando de entendimento” ou ainda “memorando para a ajuda externa” e para outros é classificado como um pacto de agressão, tem sido o guia e a desculpa para a mais feroz ofensiva contra direitos sociais que tínhamos como garantidos.

No espaço de um ano, sempre com o aplau-so dos “beneméritos” que nos emprestaram dinheiro, a vida da maioria dos portugueses piorou significativamente. Há mais desem-pregados, menos protecção social, salários mais baixos, maior desregulação do mercado laboral, mais gente sem casa, o número de insolvências de pequenas e médias empresas a disparar, descaracterização do serviço na-cional de saúde, enfim… tudo parece recuar décadas no nosso país.

Dizem-nos que só assim pomos a casa em or-dem, que temos que empobrecer para voltar a crescer, que não há alternativa, que temos que trabalhar mais e receber menos para sermos competitivos e juram a pés juntos que o futuro vai ser radioso para os que sobreviverem.

Os fiscais dos ocupantes, nas suas visitas periódicas, não se cansam de elogiar o esfor-ço do governo para aplicar o programa que PS, PSD e CDS assumiram.

É, de novo, a velha história do “bom aluno da Europa” dos tempos de cavaquismo e que nos trouxe até ao desastre actual.

Alguns se lembrarão que enquanto Cavaco Siva se entretinha a destruir a estrutura pro-dutiva nacional, tornando o país num mero “produtor” de serviços e exportador de Sol, choviam os elogios dos mandantes da “euro-pa” sobre o caminho que se estava a percorrer.

Agora a moda parece ser diabolizar os gre-gos (os mal comportados que votaram segun-do as suas convicções) e bater com a mão no

Um ano de ocupação e colaboraçãoeDuarDo luCianoadvogado

“A frenética actividade legislativa vai sempre no mesmo sentido, sujeitar o poder político ao controlo do poder económico e financeiro.”

peito afirmando que por cá somos fiéis cum-pridores das ordens deixadas, ainda que esta fidelidade canina atire para o desemprego um milhão de duzentos mil portugueses, que deixe um rasto de miséria e fome em muitas famílias.

No fim deste caminho, que as forças da colaboração com o ocupante apontam, deve-remos mais, seremos mais pobres, teremos mais desempregados e acima de tudo arris-camo-nos a ser um simulacro de democracia.

A frenética actividade legislativa vai sempre

no mesmo sentido, sujeitar o poder político ao controlo do poder económico e financeiro.

Claro exemplo do que afirmo são as medi-das tomadas em relação ao poder local, em que através de mecanismos de controlo finan-ceiro se pretende transformar os executivos municipais eleitos em meros executantes da política definida no Ministério das Finanças.

Um outro exemplo é o aumento da pressão sobre a comunicação social, com utilização de meios que fazem lembrar os utilizados pelo crime organizado.

A história está repleta de maus exemplos, com as crises do sistema capitalista a serem “resolvidas” com a criação de condições para a implantação de ditaduras e em situação ex-trema com a destruição das forças produtivas.

Resistir e lutar para construir a alternativa continua a ser o caminho. Se os cemitérios estão cheios de imprescindíveis, o caixote do lixo da história do capitalismo está repleto de inevitabilidades.

Page 8: Registo ed208

8 24 Maio ‘12

sabemos hoje que muitos destes problemas estão ligados à violência doméstica, área a que a

Exclusivo

Luís Godinho Qual o objectivo desta iniciativa?

É a sétima edição da Semana de Pre-venção dos Maus-Tratos Infantis levada a efeito pela Associação Chão-dos-Meni-nos e que mobiliza os parceiros de toda a comunidade do distrito de Évora, insti-tuições públicas e privadas, autarquias, Segurança Social, escolas … durante esta semana, que vai acabar a 27, esta-mos a falar dos maus-tratos infantis nos seus diversos aspectos.

E que se materializa de que forma?

Articulamos iniciativas locais com os diversos parceiros … cada um na sua comunidade mobiliza-se para procurar

fazer a prevenção dos maus-tratos infantis. Temos um lema co-

mum que vem desde

a primeira edição e que é “Cidadão que cuida, Comunidade que faz crescer”. É um apelo para que toda a comunidade tenha atenção aos direitos da criança.

A Associação Chão-dos-Meninos está à beira de assinalar 20 anos de existência …

… serão feitos em Março do ano que vem.

Em 20 anos mudou muito a percep-ção que a comunidade tem destas questões?

Absolutamente, mudou bastante. As respostas qualificaram-se muito, a aten-ção das pessoas, dos serviços desde as creches à saúde e à justiça melhorou mui-to. Hoje em dia os direitos da criança são muito mais observados apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer em matéria de efectivação dos direitos.

Designadamente em que áreas?

Em diversas, nomeadamente nos ado-lescentes, uma área em que temos vindo a trabalhar e que é muito complexa, em que é necessário puxar muitos recursos da comunidade em ordem a que se con-siga chegar aos adolescentes [que se en-contram] numa fase mais tardia. Quan-do se começa a atacar estes assuntos logo desde pequeninos, numa fase em que as crianças têm menos idade, as coisas são encaminhadas e vão sendo dirigidas. É um pouco à semelhança das árvores, quando são pequenas dá-se um jeitinho e a árvores cresce direito. Hoje em dia confrontamo-nos na sociedade portu-guesa com problemas entre os jovens, adolescentes em fuga, em perigo, em delinquência, que têm percursos gravís-simos nas suas vidas.

E nessas idades é mais difícil encontrar respostas?

Muito mais difícil. É uma área que a Associação Chão-dos-Meninos começou a trabalhar por desafio feito pela própria Segurança Social de Évora. Pegámos num centro de acolhimento para rapari-gas no Convento Novo e criámos um apartamento para autonomização das meninas com mais idade, para apren-derem a viver sozinhas. É uma área que tem sido bastante trabalhosa, que exige muita atenção da comunidade, parce-rias, enfim, é um desafio novo.

Em todo o caso, quando se fala de maus-tratos infantis as pessoas estão sobretudo a pensar nos casos de abuso sexual, violência extrema … continua a ser um problema em aberto?

Continuam a aparecer esses casos e isso é inerente à condição humana. É a mes-

”Precariedade socioeconómica das famílias é factor de risco para as crianças“Presidente da associação Chão dos meninos, rui rosado, médico e cirurgião pediátrico, fala das crianças e jovens em risco e da realização da sétima edição da semana de Prevenção dos maus-tratos infantis que se realiza ao longo desta semana, por todo o distrito de Évora, com inumeras manifestações de arte, cultura, desporto, exposições, workshops e um seminário que ocorre ama-nhã intitulado “Coisas desse género: do risco á Protecção”

D.R

.

Page 9: Registo ed208

9

sociedade portuguesa está cada vez mais atenta. Pugnamos pelos direitos da criança e respeito pela família.

Exclusivo

”Precariedade socioeconómica das famílias é factor de risco para as crianças“Presidente da associação Chão dos meninos, rui rosado, médico e cirurgião pediátrico, fala das crianças e jovens em risco e da realização da sétima edição da semana de Prevenção dos maus-tratos infantis que se realiza ao longo desta semana, por todo o distrito de Évora, com inumeras manifestações de arte, cultura, desporto, exposições, workshops e um seminário que ocorre ama-nhã intitulado “Coisas desse género: do risco á Protecção”

Qual a resposta social que a Associa-ção Chão-dos-Meninos tem no terreno?

Vinte anos depois temos no terreno serviços de acolhimento temporário até aos 12 anos, acolhimento dos 12 aos 21 anos, temos um apartamento para au-tonomização de meninas adolescentes, serviços de apoio aos adolescentes e um

serviço especializado para acompanha-mento de situações de abuso sexual. Isto além de um gabinete de apoio familiar e aconselhamento parental. É um de-senho de respostas técnicas complexas mas que permitem que a associação acompanhe o espectro largo desta prob-lemática da criança em risco.

Respostas sociais

ma coisa que pensarmos que o crime vai desaparecer, que a violência vai acabar … é inerente à condição humana. Temos é de ter muita atenção a estas questões e às outras que vão surgindo. A Semana da Prevenção deste ano, por exemplo, vai ter um seminário no dia 25, no auditório da Direcção Regional de Educação do Alen-tejo, para se debruçar sobre as questões da igualdade de género. Ou seja, a igualdade entre homens e mulheres, as questões da maternidade e da paternidade, igual-dade de direitos e de obrigações. Sabe-mos hoje que muitos destes problemas estão ligados à violência doméstica, área a que a sociedade portuguesa está cada vez mais atenta. Iremos também abordar os problemas decorrentes da alienação parental, ou seja, dos direitos e deveres que os pais têm para com as crianças de forma a salvaguardar a parentalidade quando os casais se separam, quando acaba a conju-galidade. Pais e mães são para toda a vida e os direitos e deveres são equitativos.

Mas muitas vezes, uma vez que na maioria dos casos as crianças acabam entregues às mães, os pais vêem-se afastados dos fil-hos, às vezes até pela própria escola. Outras vezes, as crianças são usadas como arma de arremesso num casal em separação. Isso é outra forma de maus-tratos?

É verdade e percebemo-lo com alguma frequência. É por isso que vamos abordar esta síndroma da alienação parental … os casos em que a criança passa a ser um joguete entre o pai e a mãe porque a con-jugalidade terminou.

Isso tem consequências terríveis para as crianças.

É absolutamente nefasto. E o que é im-

portante nesta matéria é haver mediação familiar, acompanhamento destes casais. Quando um casal se separa, e esse é um direito das pessoas quando acaba a rela-ção de afecto, pais e mães devem ter a dignidade de reconhecer que a parentali-dade é para toda a vida. Pai e mãe devem conservar um tratamento precioso de for-ma a que as crianças que geraram sejam a jóia da coroa. É muito perverso utilizar as crianças para fazer doer ao pai ou à mãe. É uma matéria nova na sociedade portu-guesa. O desenvolvimento equilibrado de uma criança faz-se com a participação do pai e com a participação da mãe.

Neste período de crise as crianças estão mais vulneráveis? Este clima que se vive em Portugal pode aumentar os casos de negligência das crianças?

Somos realistas, acho que sim. Quando a família está bem, quan-do a casa está bem, as coisas tendem a correr sobre rodas. Quando a família já tem alguns factores de risco, como a precariedade socio-económica ou a falta de condições de maturi-dade, qualquer factor mínimo é uma centel-ha que pode provocar uma explosão. Acres-centar aos factores de sofrimento individual questões como a pecha do desemprego, a po-breza entendida como a dificuldade da pes-soa em gerir os poucos

recursos que têm, é uma centelha que pode originar problemas. É nas situa-ções adversas que o carácter vem ao de cima mas quando já há factores de risco –posso acrescentar as dependências ou consumo de drogas ou de álcool – a crise pode ser um factor agravante para os maus tratos.

Tem notado isso na Associação Chão-dos-Meninos?

Não posso dizer que estatisticamente seja relevante mas é um factor a ter em atenção. E mais, nós pugnamos pelos direitos da criança e pelo respeito pela família. É muito importante que as famí-lias portuguesas tenham condições para viver tranquilamente, com recur-sos para uma vida digna e para que os seus filhos possam crescer numa família equilibrada, para que possa haver mais natalidade. Estes são desafios da socie-dade portuguesa, não podemos acres-

centar factores de stress que são gerador-es de disfuncionalidades.

Precisamente o que tem acontecido nos últimos anos.

E, infelizmente, a natalidade desce, os maus-tratos aparecem, a violência do-méstica cresce … a sociedade toda está convocada para um olhar atento, de pro-tecção, de coesão social, ao bem-estar das famílias. Sem isso vamos dar passos para trás.

“Articulamos iniciativas locais com os diversos parceiros … cada um na sua comunidade mobiliza-se para procurar fazer a prevenção dos maus-tratos infantis”.

Page 10: Registo ed208

10 24 Maio ‘12

Fundada em 1971, a Carmim lidera o segmento de vinhos de qualidade no mercado nacional.

Exclusivo

PUB

O vinho tinto Monsaraz Premium 2008, da Carmim, a maior empresa produto-ra de vinhos do Alentejo, foi galardoado com a Grande Medalha de Ouro no Con-cours Mondial de Bruxelles 2012, que este ano decorreu em Guimarães, de 4 a 6 de Maio.

A edição deste ano do concurso apre-ciou mais de 8.397 vinhos de mais de 52 países produtores, o que transforma esta competição num dos maiores eventos mundiais da área. Desde 2006 que o Con-cours Mondial de Bruxelles visita várias regiões produtoras da Europa, tendo já passado por Lisboa, Maastricht, Bordéus, Valência, Palermo e Luxemburgo.

Recorde-se que falamos de um vinho já anteriormente premiado. Este vinho tinha merecido o Primeiro Prémio na edição de 2011 do Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo, tendo antes obtido a medalha de ouro no concurso internacional ‘Monde Selection’, um dos

Concours Mondial de Bruxelles: Grande medalha de ouro para Monsaraz premiumo garrafeira dos sócios 2004 foi, também, premiado com a medalha de ouro

mais emblemáticos concursos de vinhos da Europa, que teve lugar em Bruxelas no Verão de 2010. Foi também eleito ‘Vi-nho do Mês’ (Relação Preço/Qualidade) pela Associação de Escanções de Portugal (AEP).

O Monsaraz Premium Tinto (um Ali-cante Bouschet complementado com outras castas DOC Reguengos) é uma das mais recentes apostas da Carmim, assu-mindo-se como o novo topo de gama da empresa, com uma quantidade limitada de 15.000 garrafas.

O Garrafeira dos Sócios 2004 esteve igualmente em destaque, ao ser premiado com a Medalha de Ouro nesta competi-ção. Com estas medalhas, a Carmim con-quista os seus primeiros prémios de 2012, depois de ter registado nove galardões no ano anterior.

O Garrafeira de Sócios (Castelão, Trin-cadeira e Aragonês) foi Primeiro Prémio na edição de 2011 do Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo, foi galardoa-do com a medalha de prata no concurso Wine Masters Challenge 2010, e antes dis-so venceu o troféu Citadelles (equivalen-te à medalha de ouro) no âmbito do Con-

curso Internacional de Vinhos “Les Citadelles du Vin 2009”.

Referência ainda para as três me-dalhas de prata também asseguradas pela Carmim, para os vinhos tintos Monsaraz 2010, Reguengos Reserva 2008 e Alente 2010 (marca da Enofo-rum, para o mercado externo).

Todos estes vinhos estão disponí-veis nas lojas «Castas & Castiços» em Reguengos de Monsaraz, Arraiolos e Monsaraz, bem como no Carmim Shop e na loja on-line da Carmim em www.carmim.eu .

Fundada em 1971, a Carmim lidera o segmento de vinhos de qualidade no mercado nacional, para além de estar presente em 29 países. Entre as suas marcas destacam-se o Monsaraz Premium, Monsaraz Millennium, Es-pumante Monsaraz, Garrafeira dos Só-cios, Bom Juiz, Régia Colheita e Terras d’el Rei. Contando com 900 associados, a produção da empresa inclui 24 re-ferências de vinhos, brancos e tintos, jovens e reservas, licorosos, rosés e es-pumantes, para além de aguardente e azeite de reconhecida qualidade.

D.R

.

Page 11: Registo ed208

11

RadarÉvora abre amanhã, sexta-feira, pelas 18 horas, mais uma edição da Feira do livro - Praça do giraldo.

O Festival Escrita na Paisagem regressa ao Alentejo, nos meses quentes de Verão, para a sua 9ª edição. Sempre de olhos pos-tos na paisagem e em novas formas de pensar o território, enquanto espaço cul-tural e artístico, mas também carregado de tradições e testemunhos, o Festival Es-crita na Paisagem abre assim, mais uma vez, as portas do Alentejo às artes e lin-guagens contemporâneas, subordinadas ao tema global cosmopolíticas.

Que significa cosmopolítica? No con-texto actual, a palavra remete desde logo para a afirmação de uma dimensão glo-bal através da qual se propõe o contacto com a circunstância multi-cultural e plu-ral das comunidades, com a diversidade das escalas de pertença e de identidade dos sujeitos (entre o local e o global, entre o ‘aqui e agora’ e as mobilizações globais), em busca dos cruzamentos de influências que nas linguagens da arte e da cultura tão fortemente encontram expressão.

Atento ao apelo ético, político e cultural do tempo presente, o palco que o festival configura não pode, pois, deixar de ser cosmopolítico, trazendo uma programa-ção que explora e acolhe o diverso, o estra-nho, o emigrante, o marginal, o profano, o subalterno e tantas outras figuras da tensão, da assimetria, enfim, da política. Na diversidade de expressões que nele tem lugar, a programação do festival pro-cura, assim, dar o seu contributo para o caminho deste tempo — alentejano, por-tuguês, europeu — em direcção, talvez, ao projecto de uma «Europa cosmopolita […], a última utopia política efectiva» (Da-niel Innerarity em O Novo Espaço Públi-co (Lisboa, Teorema, 2006).

Divina Comédia, um projecto de criação teatral de âmbito europeu, é o destaque de abertura da programação de 2012. Vai estrear em Portugal, de 4 a 7 de Julho, e ocupa um palco extraordinário na paisa-gem alentejana, uma pedreira de mármo-re desactivada, situada em Vila Viçosa.

Este projecto, que resulta de um traba-lho com início já em 2010, é uma co-pro-dução da Colecção B / Festival Escrita na Paisagem com a companhia finlandesa Myllyteatteri, um grupo internacional de teatro estabelecido em Helsínquia desde 2003. Conta com o financiamento do Programa Cultura e envolve artistas provenientes de Portugal, Grécia, Japão e Finlândia.

Concebida pela encenadora finlande-sa Miira Sippola, directora artística do Myllyteatteri, a peça Divina Comédia nasce com base no clássico escrito por Dante no século XIV e aborda o tema

Escrita na Paisagem festival de performance e artes da terra 2012Julho e agosto | alentejoColecção B

intemporal do confronto de um homem consigo próprio, uma viagem pela crise interior e a constante tentativa de fuga. Mas é a partir do trabalho visual de forte inspiração estética em autores vanguar-distas como Tadeusz Kantor que o traba-lho de Miira Sippola ganha forma e atin-ge o seu devir, transformar o poema épico em arte de palco, recriando o eterno palco da mente humana.

Com inspiração na história do pensa-mento ocidental e forte tradição teatral, a companhia Myllyteatteri concebe, neste espectáculo, um novo espaço para o pro-cesso artístico, a partir da criação de no-

vas linguagens interpretativas, de novas estéticas de palco com o uso de objectos, música, sons e luzes que se apropriam do próprio espaço de actuação. Mais do que apenas o discurso ou a música, é a sinfo-nia dos elementos artísticos que constitui a grande aposta da Divina Comédia, uma exigente combinação de visualidade, dança e teatro a marcar o trabalho dos ac-tores do grupo Myllyteatteri, no cenário deslumbrante da Pedreira da Gradinha (Vila Viçosa).

Em breve toda a programação do festi-val Escrita na Paisagem em www.escrita-napaisagem.net.

De 31 de maio a 4 de junho vai de-correr mais uma edição da Feira do Livro em Estremoz, na Esplanada dos Congregados, com o seguinte pro-grama:31 maio:- 9:30H - “Histórias a brincar”, por Jerónimo Gingão;- 10:30H - “Uma história vou contar…”, por Dora Amaro;- 11:30H - “Histórias a brincar”, por Jerónimo Gingão;- 14:00H - “Histó-rias a brincar”, por Jerónimo Gingão;- 15:00H - “Uma história vou contar…”, por Dora Amaro;- 16:00H - “Histórias a brincar”, por Jerónimo Gingão;- 17:00H - “Uma história vou contar…”, por Dora Amaro;- 18:00H - Apresentação do livro “Do tamanho das nossas vidas”, com a presença do autor Filipe Chinita, na Biblioteca Municipal, pela Prof.ª Maria do Céu Pires. Leitura de poemas: Francisca de Matos e Francisco Costa.1 junho - 10:00H às 12:30H e 14:30H às 17:00H Atividades lúdico-desportivas no espaço coberto junto ao Mercado Abastecedor e em frente à Feira do Livro. Responsáveis: Profªs. Andreia Peixe e Alda Silva.18:00H - “Uma his-tória vou contar…”, por Dora Amaro2 junho - 18:00H Concerto de música de Câmara pelo Ensemble Contempora-neus, que interpreta obras de ANTO-NÍN DVORÁK, na Biblioteca Munici-pal.3 junho - 18:00H - Grupo de Teatro Amador de Arcos, Patuá, apresenta “O café da claridade” no recinto da feira.4 junho - 9:30H - 11:30H - 14:00H - 15:00H- “Uma história vou contar…”, por Dora Amaro;- “Histórias a brincar” e “Uma história vou contar…” destinam-se a crianças do ensino pré-escolar e 1º ciclo, mediante marcação prévia na Biblioteca Municipal ou pelo telef: 268 339 225.Esta iniciativa é uma organiza-ção da Câmara Municipal de Estremoz através da sua Biblioteca Municipal.

XII Feira do Livro

Estremoz

A Câmara Municipal de Évora abre, amanhã, sexta-feira, pelas 18 horas, mais uma edição da Feira. Esta é a 12ª edição da Feira do Livro de Évora, que decorrerá até ao dia 3 de junho, e que conta com presença de 8 livreiros que vão representar cerca de 60 editoras, da Livraria Municipal, da Livraria do INATEL e ainda a participação da Biblioteca Pública de Évora e do Atelier Barahona. Como sempre, as editoras irão aplicar nos livros preços mais bai-xos do que aqueles que são praticados o restante período do ano.

Este ano a Feira do Livro está asso-ciada ao Oralidades, que é um projeto em rede, assente numa parceria inter-nacional entre os municípios de Évora, Idanha-a-Nova e Mértola (Portugal), Ourense (Espanha), Ravenna (Itália), Birgu (Malta) e Sliven (Bulgária).

12ª Edição da Feira do Livro

Évora

D.R.

Page 12: Registo ed208

12 24 Maio ‘12

o município só tem a agradecer a todas as entidades, que colaboraram com a Câmara e com a CPCJP.

Radar

Para quem acompanha com alguma inquietação o sucesso crescente das cor-rentes políticas xenófobas e racistas na Europa, o aspecto mais saliente dessa situação é a ansiedade sentida pelas po-pulações europeias face à presença de comunidades de religião muçulmana cada vez mais numerosas.

Numa Europa em que a religião do-minante foi, durante séculos, o cris-tianismo, não é apenas a recusa da di-versidade que se exprime, mas sim o reavivar de medos, incompreensões e antagonismos antigos.

Talvez essas reacções fossem menos violentas, se o mundo em que vivemos não estivesse marcado por conflitos que se exprimem em termos de oposições radicais entre comunidades de religião diferente, sobretudo desde a II guerra mundial.

A partição da Índia que deu origem em 1947 ao Paquistão foi uma cisão religiosa: os Muçulmanos da União Indiana queriam o seu próprio Estado independente, e obtiveram-no contra os Hindus.

Em 1948 a criação do Estado de Israel mais não foi do que uma partição polí-tica segundo um critério religioso entre Judeus e Muçulmanos, reclamando os primeiros um Estado próprio.

As revoltas dos “Moros”, muçulmanos das Filipinas, contra o Estado domina-do pelos cristãos, duram há mais dum século.

A guerra civil ameaçou dividir a Cos-ta do Marfim (2010) em duas entidades, o Norte maioritariamente muçulmano e o sul cristão e animista.

Recentemente, no Mali, opõem-se as populações mais islamizadas ao resto do país, segundo a mesma polarização (Norte muçulmano, Sul cristão e ani-mista) que conduziu à secessão sudane-sa em 2011 ameaça a Nigéria.

Um olhar de conjunto permite ver a unidade do esquema de conflito: a Nor-te de todos estes países, a zona de influ-ência árabe e muçulmana, que domina uma larga parte da África subsaariana.

As zonas sul destes mesmos países, com populações africanas negras cris-tianizadas são as regiões que se revol-tam contra um Islão conquistador.

É difícil ignorar esse contexto, tratan-do-se do lugar do Islão na Europa: con-vivência, ou conquista?

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora21 de Maio 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

Guerras de religião: 1. Fracturas, separações, partilhas

75

JosÉ roDrigues Dos santos*antropólogo

A Câmara Municipal de Portalegre e a Comissão de Protecção de Crianças e Jo-vens de Portalegre (CPCJ), em colaboração com as Associações Desportivas da cida-de (Sport Clube Estrela, Ginásio Andebol de Portalegre, Clube de Rugby União de Portalegre, Clube de Praticantes de Kara-té de Portalegre, Clube Desportivo Porta-legrense 1925, Club e ATP – Academia de Ténis de Portalegre, Atletismo Clube de Portalegre e o Clube de Natação de Por-talegre) assinam o Protocolo “Desporto INTEGRA”, dia 28 de Maio, pelas 11h00, no Centro de Artes do Espectáculo de Por-talegre. A assinatura deste protocolo está inserida na Semana “Uma Criança, Um Sorriso – Semana pela Protecção e Direi-tos da Criança” que decorrerá entre 28 de Maio e 1 de Junho em Portalegre.

Este Protocolo visa integrar pré-adoles-centes e adolescentes sinalizados na CPCJ de Portalegre em situação de perigo, em actividades desportivas, de forma a pro-mover um nível de integração social ade-quado às respectivas idades.

O projecto Desporto INTEGRA envol-ve Instituições, Associações Desportivas e Instituições de Solidariedade Social do Concelho em sessões semanais, com práti-ca de diferentes modalidades desportivas, como o futebol, o tenis e o karaté, entre outras, tendo em vista a integração e o en-riquecimento pessoal dos jovens e a pro-moção dos valores de respeito, igualdade, trabalho de equipe e responsabilidade.

”Desporto INTEGRA“ jovens actividades Desportivas ajudam a integrar pré-ado-lescentes e adolescentes na sociedade

Para Adelaide Teixeira, Presidente da Câmara Municipal de Portalegre “Esta é uma iniciativa de louvar, e o Município só tem a agradecer a todas as entidades, que em colaboração com a Câmara e com a CPCJP acreditaram neste projecto e que juntos iremos levar a cabo da melhor for-ma possível, pois desejamos que todas as crianças e jovens tenham uma vida nor-mal e saudável e que se sintam integra-das na cidade onde vivem e na sociedade em geral.”

Para Fátima Ramalho, Presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jo-vens de Portalegre “Este projecto é uma

forma de contribuir para o desenvolvi-mento pessoal e social dos jovens da cida-de e do Concelho.

Este protocolo pretende contribuir para a valorização das crianças e jovens sinali-zados na CPCJ, incentivando-os a ocupar-se de forma adequada aos seus tempos livres, na prática dos seus desportos favo-ritos.

O protocolo “Desporto INTEGRA” tem logrado alcançar progressos na “normali-zação” da vida dos jovens que nele parti-cipam, pretendendo-se que o número de crianças e jovens possa aumentar pro-gressivamente.”

Pode dizer-se que Chengdu, e Évora vão estar ligadas por um fio de sensibilida-de… ou por formas animadas, durante a próxima semana.

Chengdu é uma cidade do sudoeste da China, com cerca de 4 600 000 habitan-tes. Desta cidade antiga há notícias desde o século V a.C. Actualmente afirma-se como centro económico e cultural.

Évora é a cidade portuguesa onde nas-ceu e vive o TRULÉ - projeto de Investi-gações de Formas Animadas. Daqui sai, hoje, rumo a Chengdu, o marionetista Manuel Dias. Vai acompanhado de dois outros elementos do TRULÉ, bem como dos “artistas” que fazem o espectáculo “Amores e Humores da Bonecada”. O seu objectivo é participar no 21º UNIMA Con-gress and World Puppetry Festival que se realizará entre 27 de Maio e 3 de Junho de 2012.

São cerca de cem os grupos de marione-tas de todo o mundo que participam nes-te prestigiado Festival.

O TRULÉ participa, em média, três a

TRULÉ vai à Chinao trulÉ participa três a quatro vezes por ano em Festivais internacionais de marionetas

quatro vezes por ano em Festivais In-ternacionais de Marionetas organiza-dos em vários pontos do planeta. Nesta sexagésima sexta participação do TRULÉ em Festivais Internacionais a sua deslo-cação é apoiada pelas seguintes entida-des: Instituto Camões através da Secção Cultural da Embaixada de Portugal em Pequim; Fundação Oriente; Fundação Stanley Ho.

UNIMA é a “casa” dos marionetistas de todo o mundo

UNIMA (Union Internationale de la Marionnette – International Associa-tion Puppetry) é uma organização não-governamental filiada na UNESCO, que foi fundada em 1929 em Praga-República Checa. São 75 os países membros. A sede está localizada em Charleville-Mézières, França.

O Congresso da UNIMA realiza-se de quatro em quatro anos, sob a forma de um Festival Mundial da Marionetas. Realizou-se com sucesso por 20 vezes em países, como Washington DC (EUA), Munique (Alemanha), Moscou (antiga União Soviética), Tóquio e Osaka (Japão), Charleville-Mézières (França), Ljubljana (Eslovénia), Budapeste (Hungria), Magde-burg (Alemanha), Rijeka (Croácia), Perth (Austrália) entre outros.

D.R.

Page 13: Registo ed208

13

eborae promove no Domingo, às 18h30, no Convento dos remédios o Concerto “de ouvido e coração”.

Radar

A Associação Eborae Mvsica promove no dia 27 de Maio, domingo, às 18h30, no Convento dos Remédios o Concerto José Afonso: “de ouvido e coração” com Amí-lcar Vasques Dias, piano, Luís Pacheco Cunha, violino, Esther Merino, “cantao-ra” e com os músicos convidados: Natasa Sibalic, cantora e Joaquim Soares, “canta-dor” de Cantares de Évora.

“De ouvido e coração”, a criação musi-cal de José Afonso impõe-se como patri-mónio rico de invenção e desafio. Um concerto nas fronteiras da música erudi-ta, do jazz, do flamenco e das músicas tra-dicionais.

ProgramaCoro da Primavera; Vejam bem; Venham mais cinco; Nana del caballo grande (Federico Garcia Lorca), Esther Merino; Ó que janela tão alta; A Mulher da erva; Que amor não me engana; Canção de embalar, Esther Merino; Menino d’oiro, Joaquim Soares; Cantigas do Maio; Ba-lada do Outono, Natasa Sibalic; Cantar alentejano “Catarina Eufémia”, Esther Merino.

Amílcar Vasques-DiasA sua produção engloba música de câ-mara instrumental e vocal, ou electroa-cústica, orquestra sinfónica, orquestra de metais, coro a cappella ou acompanhado, obras multimédia, e música para filme e teatro. Tem recebido encomendas de vá-rias instituições públicas e privadas ho-landesas e portuguesas. Paralelamente à sua actividade de compositor, mantém actualmente projectos de fusão do piano “erudito” com músicas tradicionais, como o cante alentejano, o baile e o cante fla-mencos. Desde 1975, dedica-se ao estudo e recriação da música de José Afonso.

Luís Pacheco Cunha (violino)Actua como recitalista, músico de câmara e solista na maioria das cidades portugue-sas, em Espanha, França, Suiça, Alemanha. Realizou tournées de concertos na Bélgi-ca, Holanda, Inglaterra, Escócia, Irlanda, URSS/CEI e em Angola e gravou para a RDP, RTP, TVI e GOSSTELERADIO (Rússia). É professor de Violino e de Música de Câma-ra na Escola de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa e dirige a classe de Orquestra do Conservatório Metropolitano. Leccionou Didáctica e História do Violino na Universidade de Évora e fundou, em 2008, os Cursos de Música do Pendão.

José Afonso ”de ouvido e coração“Concerto de homenagem nos 25 anos da sua morte

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, conhecido por Zeca Afonso, nome com o qual assinava seus discos

Luís Pacheco Cunha (violino) Esther MerinoAmílcar Vasques-Dias

Esther Merino“Cantaora paya”, nasceu em Gévora (Ba-dajoz), Extremadura, em 1984. Encon-tra as suas principais referências em Antonio Mairena, La Paquera de Jerez, Fosforito, Chano Lobato... Possuidora de uma voz brilhante, vigorosa e rica em matizes, o que Esther Merino ofere-ce nas actuações é um fraseado muito flamenco e um extraordinário conhe-

cimento das canções que interpreta, sempre de acordo com a linha mais pura e com uma notável honestidade. Tem actuado em numerosos festivais em Espanha, percorrendo numerosas “peñas”, como as de Sevilha, Madrid e Barcelona, em conjunto com grandes fi-guras do flamenco. Gravou o disco “Pa-sión por el flamenco”, volume 2, editado pela Diputación Provincial de Badajoz

em 2006. Actualmente é professora de cante flamenco na “Escuela Itinerante” de la Federación Regional de Peñas Fla-mencas de Extremadura.

A Associação Eborae Mvsica é uma estru-tura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura (Direcção Regional da Cultura do Alentejo e Direcção Geral das Artes) e pela Câmara Municipal de Évora.

PUB

D.R.

Page 14: Registo ed208

14 24 Maio ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-se

aluga-se Espaço comercial em Aguiar com 90m2 com ou s/ equipamento de Hotelaria ou qualquer outro ramo. ContaCto: 969265011

alugo sotão - Em Vivenda no Granito c/quarto sala E kitchenet totalmente equipado. ContaCto: 927313525

trespassa-se Café restauran-te, com 40 lugares sentados, remod-elado recentemente, a funcionar com refeições e petiscos variados, Bom preço, ContaCto 915188755

trespassa-se ou CeDe-se EX-PLORAÇÃO DE CAFETARIA EM ZONA IMPLEMÁTICA DE EVORA oferta por e-maIl: [email protected]

trespassa-se EXPLORAÇÃO DE CAFETARIA CENTRO HISTÓRICO OFER-TAS POR E-MAIL [email protected] PARA MAIS INFORMA-ÇÕES CONTACTE O E-MAIL

alugo quarto Duplo – a estu-dante em vivenda no Bacelo, 250€ com despesas incluídas. ContaCto: 960041500

alugo sotão 80m2 – vivenda no Bacelo com 1 quarto,1 sala, casa de banho e serventia de cozinha. Con-taCto: 960041500

arrenDa-se – Armazéns com áreas a partir de 80m2 até 300m2

com escritórios, wc’s e vestuários.

Estrada do Bacelo para os Canaviais ContaCto: 964052871

aluga-se armazém no centro histórico, 50 m2 em rua c/ circula-ção automovel. A 100 m da Praça do Giraldo, e Mercado 1º de Maio. Con-taCto: 965805596

alugo 2 quartos individuais, mo-bilados, com serventia de cozinha equipada, manutenção de limpeza a cargo de empregada uma vez por Mês, zona com estacionamento E sossegada. Rua Herois do Ultramar, 37, 1º Direito. Bairro Garcia de Re-sende ContaCto: 919852204 a/c Ana estilita

VenDe-se t2 horta das figueiras, Cozinha equipada com gás natu-ral, sala com recuperador de calor, AC, quartos amplos corticite, perto Supermercados, Hospital, Praça do Giraldo, Escola Primária, Creche. ContaCto 963689494

reguengos: arrenDo espaço para Loja , Comercio ou escritório , 50 m2, 2 divisões e WC, no centro de Reguengos de Monsaraz. 275 EU/mes. mais informações tm 96 01 222 66 ou e-maIl: [email protected]

emprego

senhora Aceita roupa para pas-sar a ferro,0,50€ a peça. Faz recolha e entrega ao domicilio. Arranjos de costura preço a combinar. ContaC-to: 961069671

explICações de Ciências da Na-tureza e Matemática até ao 9º ano.

Preço acessível. Professora licen-ciada. tm: 967339918

téCnICo De farmáCIa – com carteira profissional,procura Farmá-cia no distrito de Évora ContaCto: 966168555

joVem lICenCIaDa em anIma-ção soCIoCultural procura trabalho nesta ou noutras áreas em regime part ou full - time no distrito de Évora. Disponibilidade imediata. ContaCto: 926 584 815

outros

geometrIa DesCrItIVa Explica-ções e preparação para exame Con-taCto: 967291937

perfumes YoDeYma, toda a gama a preços reduzidos ContaCto: 969044693

passagem a ferro 1 cesto por se-mana = 20€; 4 cestos por Mês = 75€; 5 cestos por Mês = 90€; (O.b.s. não condiciona nº peças) ContaCto: 968144647

explICações Professora licenciada prepara alunos para exame de Bio-logia e Geologia 10 º e 11º ano. (Aceitam-se alunos externos para preparação de exame) ContaCto: 963444914

traDuções/traDuções técnicas/Traduções comerciais de Inglês para Português [email protected]

Venda de Produtos Mesosystem emagrecimento e celulite Ampolas celludiet - AlcachofraAmpolas Celldiet L-CarnitinaCreme CafeinaCreme TempleCreme Anti-estrias

Massagens TerapêuticasMassoterapeuta Cassilda Pereira

- Reduz problemas de tensão ansiedade, depressão- Prevenção de espasmos e contra-turas musculares- Reduz edemas das extremidades (pernas e pés inchados) através do método DLM- Reduz sintomas do síndrome da fadiga crónica

- Reduz sintomas do síndrome de fibromialgia - Prevenção de Artrites e Artroses- Patologias da coluna vertebral (lombalgias, cervicalgias, dorsal-gias)- Ajuda no Sistema Respiratório e na Circulação geral e local do sangue e da linfa.

Atendimento ao domicíloTlm: 918 731 138/934 866 418 | e-mail: [email protected]

http://massoterapia-cassilda.blogspot.com

Na compra de tratamentos corporais ou facias no valor igual ou superior a 200€ - oferta de certificado de Férias valido para 4 pessoas no Dom Pedro Hotels

Novidade DermorolerTIC - Técnicas de inducao de colagenioCicatrizante ACNEEstrias

Rejuvenescimento e FlacidezManicure PedicureManicure gel e gelinhoConsultas de Nutriçâo

PUB

Page 15: Registo ed208

15 PUB

Page 16: Registo ed208

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Reúne na cidade de Évora seis companhias de teatro: A Escola da Noite, de Coimbra; o Teatro das Beiras, da Covilhã; o Teatro da Serra do Montemuro; a ACTA - A Companhia de Teatro do Al-garve, de Faro; a companhia de Teatro de Braga e a companhia anfitriã que decidiram, há cerca de oito anos, criar uma platafor-ma que se traduz num espaço de trabalho envolvendo estas seis companhias, que desenvolvem regularmente as suas activi-dades em cidades de média di-mensão e noutros locais do inte-rior do país.

Estas estruturas teatrais, ainda que com projectos diferencia-dos, partilham um conjunto de problemas que decidiram equa-cionar em conjunto na perspec-tiva de melhor contribuir para a sua resolução. Daí a criação desta plataforma que se traduz na re-

flexão e tomada de posição sobre diferentes aspectos da actividade teatral, na regular circulação dos espectáculos de cada companhia nos espaços dos parceiros, na ed-ição de um jornal e na organiza-ção do Festival das Companhias que decorreu já em Faro, Braga, Montemuro e Coimbra. Esta ed-ição, que é organizada pelo Cen-tro Dramático de Évora - Cendrev, apresenta os seguintes espectácu-los: “Jardim” de Alexej Schipenko; “Provavelmente uma Pessoa” de Abel Neves; “O Abajur Lilás” de Plínio Marcos; “De Ulisses… Nunca Digas Tolices – A Guerra de Tróia” de Alexandre Honrado; “Cavalo Manco não Trota” de Luis del Val; “Laço de Sangue” de Athol Fugard e “Louco na Serra” de Peter Cann e Steve Jonhstone. Para além da apresentação dos espectáculos, decorrerá também a realização de dois momentos de

debate: um Plenário das Compan-hias para reflectir sobre os proces-sos de trabalho e as condições que temos para os concretizar, que reúne todas as equipas envolvi-das e uma mesa-redonda, aberta ao público, subordinada ao tema O Teatro em tempo de crise, para a qual foram convidados represent-antes de várias instituições locais, regionais e nacionais com respon-sabilidades no estabelecimento das políticas culturais e na sua incidência na vida das cidades e das regiões. A abertura do Festival será também o momento para a distribuição da próxima edição do “Jornal das Companhias”.

Este evento está integrado na rede CULTURBE, um projecto de programação em rede acolhido positivamente no âmbito do QREN através de um financia-mento estabelecido pelas CCDR do Norte, Centro e Alentejo.

EX-SCUT

Corte de 30% nas rendasO Governo fez «uma proposta de corte de 30% nos pagamentos» contratados com as concessionárias das ex-Scut, o que permitirá poupar «mais de 4 000 milhões de euros duran-te a vida dos contratos», afirmou o Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, no Porto, na inauguração do terminal de carga de uma empresa de logística.Sérgio Monteiro afirmou que «isto é muitíssimo dinheiro, é dinheiro que os portugueses não vão ter de pagar dos seus impostos por conta de investimentos que nem sempre tiveram o racio-nal económico».O Governo aguarda uma resposta das empresas concessionárias até ao final do mês, mas o Secretário de Estado afirmou-se «muito oti-mista», pela possibilida-de de realização dessa poupança».

Cendrev acolhe no Teatro Garcia de Resende Festival das Companhias

Teatro

D.R.

Decorre de 5 a 9 de Junho a 5ª edição deste Festival

Carlos Zorrinho manifestou-se satisfeito por ter sido possível aprovar a resolução que defende uma adenda ao Tratado Orça-mental, proposta pelo PS.

Zorrinho falava antes da vo-tação da resolução apresentada pelo Partido Socialista, que propõe que seja criada uma ad-enda ao Tratado Orçamental, que defenda uma aposta no cresci-mento económico e emprego.

“Será importante para que a crise em Portugal e na Europa comece a ser resolvida”, realçan-do que, na reunião de hoje do Conselho Europeu, “Portugal es-tará com uma posição reforçada, tendo o primeiro-Ministro um consenso politico alargado”.

O Partido Socialista voltou a apresentar a proposta de res-olução, e “ao longo dos últimos dias, temos esclarecido a maioria, que se aproximou daquilo que é essencial na nossa proposta”.

Nas palavras do líder parla-mentar do PS, a aprovação de-sta resolução terá ”marcado uma viragem muito importante e é muito importante que tenha sido liderada pelo PS”.

“O que aconteceu foi uma cedência da maioria” concluiu Carlos Zorrinho.

PS aprova Adenda

Tratado Orçamental

PUB