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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 03 de Maio de 2012 | ed. 205 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB D.R. ACDE promoveu encontro de empresários Pág.08 Realizou-se o 4º Encontro/Al- moço Transfronteiriço, promovido pela Casa de Espanha, que desta vez con- tou com a organização da Associação Comercial do Distrito de Évora. O en- contro teve como objetivos principais dar a conhecer o parque aeronáutico de Évora por um lado, e por outro os di- versos apoios a empresas em vigor, no- meadamente no âmbito da exportação. Luís Pardal | Arquivo Registo Colecção B lança campanha Pág.11 À conversa com o professor José Alberto Ferreira, diretor e produ- tor do Festival Escrita na Paisagem desde 2004, conhecemos a realidade financeira dos agentes culturais, este ano com um corte de 38%, e possiveis soluções para ultrapassar dificulda- des. O Festival Escrita na Paisagem tem este ano a sua nona edição e foi conquistando algum espaço na região. Agricultura Devido à situação económica e financeira do país, os investimentos “não puderam ocorrer como planeado” e o Governo teve que “fazer a reprogramação do investimento do Alqueva” e, “por essa razão, em vez de o próximo ano ser o ano de referência para a conclusão das obras, esse ano está referenciado para 2015”, disse Pedro Passos Coelho. 03 Alqueva é para concluir em 2015 D.R.

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Edição 205 do Semanário Registo

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Page 1: Registo ed205

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 03 de Maio de 2012 | ed. 205 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

D.R

.

ACDE promoveuencontro de empresáriosPág.08 Realizou-se o 4º Encontro/Al-moço Transfronteiriço, promovido pela Casa de Espanha, que desta vez con-tou com a organização da Associação Comercial do Distrito de Évora. O en-contro teve como objetivos principais dar a conhecer o parque aeronáutico de Évora por um lado, e por outro os di-versos apoios a empresas em vigor, no-meadamente no âmbito da exportação.

Luís Pardal | Arquivo Registo

Colecção B lança campanhaPág.11 À conversa com o professor José Alberto Ferreira, diretor e produ-tor do Festival Escrita na Paisagem desde 2004, conhecemos a realidade financeira dos agentes culturais, este ano com um corte de 38%, e possiveis soluções para ultrapassar dificulda-des. O Festival Escrita na Paisagem tem este ano a sua nona edição e foi conquistando algum espaço na região.

Agricultura Devido à situação económica e financeira do país, os investimentos “não puderam ocorrer como planeado” e o Governo teve que “fazer a reprogramação do investimento do Alqueva” e, “por essa razão, em vez de o próximo ano ser o ano de referência para a conclusão das obras, esse ano está referenciado para 2015”, disse Pedro Passos Coelho.

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Alqueva é para concluir em 2015

D.R.

Page 2: Registo ed205

2 03 Maio ‘12 3

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição

Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

Actual“a afectação dos recursos necessários, quer por via do POVT, quer por via do PRODER, estão assegurados”.

“Dragão de barriga cheia”

Nas recentes audições parlamentares sobre o trabalho da empresa Parque Escolar, ficou para a memória dos portugueses o testemu-nho da ex-ministra Maria de Lurdes Rodri-gues. “Foi uma festa” consta que foi dito e reafirmado. Tal foi, seguramente, mais um lapso e um fait-diver do que algo com subs-tância.

Mas mostra, de forma evidente, alguma ligeireza como se abordam as questões da educação em Portugal. Como em muitos ou-tros casos, atirou-se dinheiro para cima dos problemas na esperança que eles se resolvam. Neste caso, basta investir 3 minutos para ler o sumário executivo do relatório do Tribunal de Contas para perceber que isto não é ques-tão de sensibilidade com a questão do inves-timento em educação mas um caso de gestão negligente e danosa!

Como é possível passar de um patamar de 940 milhões para modernizar 332 escolas para uma fasquia de 3.168 milhões e abran-ger apenas 205 escolas? Algo que deve ser analisado e desta avaliação devem-se extrair responsabilidades.

Mas olhemos para a educação de uma for-ma mais abrangente e mais objectiva. Creio, e provavelmente não serei o único, que os problemas da educação não se resolvem es-sencialmente com edifícios e infra-estruturas de apoio.

Mais do que a parte “física”, importa a componente intangível, pedagógica – pro-fessores competentes e motivados, conteú-

dos adaptados aos desafios do mundo ac-tual e metodologias centradas na eficácia das aprendizagens. Alguém tem ouvido debate sobre estes temas? Provavelmente, não.

Nas últimas décadas, sacrificou-se a qua-lidade à quantidade, o que até posso tentar compreender em função da necessidade de escolarizar toda a população.

Mas, infelizmente, na última meia dúzia de anos sacrificou-se também a exigência, pare-cendo que estamos mais preocupados com as estatísticas das “aprovações” do que com os resultados concretos.

Em vez de garantir a igualdade de opor-tunidades, e deixar que a educação seja um factor de mobilidade social, baseado no méri-to, procurou-se que todos, crianças e jovens, saiam “iguais” do sistema educativo, nivelan-do claramente por baixo.

É necessário que, sem “revoluções” cons-tantes e desnecessárias, a educação seja ba-lizada nas questões fundamentais – domínio da língua, da sua expressão, de uma cultura matemática e científica e, se possível, crie as bases para a criatividade, a inovação e o es-pírito crítico.

Promova-se a exigência, o mérito, a parti-cipação activa da comunidade e a excelência pedagógica dos professores. Sem “festas”, sem polémicas artificiais, mas com orien-tação aos resultados que todos esperamos: aprendizagens que conduzam aos conheci-mentos e às competências essenciais.

Educação: da ”festa“ aos resultados

cARLOS SEZÕESGestor

Ao fim de 10 meses de Governo PSD/CDS temos a confirmação de uma atitude demagó-gica do CDS no âmbito da coligação governa-mental. Perante tudo o que é menos positivo o CDS protege-se para não se compremeter de-masiado, deixando o ónus das medidas mais difícieis para o PSD.

No meio das dificuldades os ministros do CDS lá vão anunciando aqui e acolá medidas simpáticas mas que não têm qualquer grau de execução ou qualquer espécie de viabilidade. O que conta para estes Ministros é “passar” uma imagem positiva nas televisões venden-do “banha da cobra” aos mais incautos. Veja-mos os casos de Pedro Mota Soares, Ministro do Trabalho e Segurança Social e de Assun-ção Critas, Ministra da Agricultura e assun-tos diversos. No primeiro caso, apregoa-se o aumento de lugares em creches para as nossas crianças e dos lugares nos lares para os ido-sos.

Pois bem, o problema é que a lotação au-menta mas as condições físicas e humanas

são as mesmas, levando a que no caso dos Lares os idosos, agora “amontoados” tenham menos cuidados de enfermagem ou de cui-dados médicos sendo encaminhados para as urgências hospitalares em situação muito de-bilitada e mais difíceis de recuperar.

Este Ministro anunciou ainda, em 5 de Agosto, a criação de um Banco de Medica-mentos para distribuição gratuita aos mais carenciados. Ora até hoje nunca mais nin-guém ouviu falar do assunto! Entretanto o Ministro vai saltando de anuncio em anuncio até se meter em trabalhos mais complexos como foi a decisão de suspender as reformas antecipadas ou a da sua intenção de plafonar as reformas rompendo um contrato que cada um de nós fez com o Estado.

No caso de Cristas, a coisa ainda é mais grave. Anuncia um Leilão das últimas terras da Reforma Agrária e vem a Évora partici-par de tão importante evento, ignorando que as terras da Reforma agrária são ainda qua-se 15.000 hectares, que estão arrendadas ao

abrigo de Lei própria, que estes 600 Hecta-res correspondem a diversas parcelas cujos contratos de arrendamento cessaram e que o que vai ser feito é um concurso para novo arrendamento, que a terra onde deu a entre-vista para as televisões era justamente uma terra que não fazia parte do lote a ser objecto de novo contrato, que o concurso apressado apresentava erros no caderno de encargos, etc.

Mas o que não faz esta Ministra para uns minutos de TV? Em simultâneo apresenta na Assembleia da Republica a Lei sobre o Ban-co de Terras que inclui uma norma que prevê que uma propriedade abandonada (mas com dono), ao fim de 10 anos, possa ser vendida pelo Estado!!

O Partido Comunista ou o Bloco de Es-querda não fariam melhor! Recentemente apresentou as medidas para ajuda aos Agri-cultores no âmbito do combate à seca, anun-ciando 40 milhões de ajuda, para alimentação animal.

Só que o Orçamento de Estado e o Orça-mento Rectificativo aprovado este mês de Abril na Assembleia não incluem um cêntimo para estas ajudas!!! Mas o povo acreditou e os Agricultores são mais uma vez usados.

Mas quer num caso como noutro a dema-gogia tem efeitos positivos de curto prazo e o véu começa a cair. Esta semana foi o caso do novo imposto que Cristas lançou pondo todos os consumidores e produtores a pagar uma TAXA de segurança Alimentar, revelando de facto ao que este Governo vem.

Infelizmente para os Portugueses, as coisas estão a correr muito mal e não há assessores de imprensa que nos valham, porque a dura realidade se sobrepõe diariamente aos “bone-cos” montados para espectador ver.

O que nós todos merecíamos era um pou-co mais de respeito e que estes Governantes esquecessem por algum tempo a imagem e passassem de uma atitude demagógica para uma atitude comprometida com a resolução efectiva dos problemas reais da população.

Imagem e Demagogia em Política AnTóniO SERRAnODeputado

Devido à situação económica e financei-ra do país, os investimentos “não pude-ram ocorrer como planeado” e o Governo teve que “fazer a reprogramação do inves-timento do Alqueva” e, “por essa razão, em vez de o próximo ano ser o ano de re-ferência para a conclusão das obras, esse ano está referenciado para 2015”, disse Pe-dro Passos Coelho.

O chefe do Governo falava aos jornalis-tas em Beja, durante uma visita à Ovibeja, onde, entre beijos e apertos de mão a visi-tantes da feira, provou vinhos, azeites e pre-sunto da região e ouviu modas alentejanas, tendo, inclusive, cantado uma delas.

Questionado pelos jornalistas sobre se a conclusão do projecto global do Alqueva em 2015 é um compromisso do Governo, Pedro Passos Coelho respondeu: “Foi o compromisso que nós assumimos, não é verdade?”.

Segundo Pedro Passos Coelho, “a afec-tação dos recursos necessários, quer por via do POVT [Programa Operacional Va-lorização do Território], quer por via do PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural], estão assegurados”.

Por isso, “independentemente” de o Go-verno conseguir ou não “encontrar forma de os fundos de coesão poderem vir ser dre-nados para esta obra tão importante, a ver-dade é que ela está assegurada”, garantiu.

“E, portanto, conseguiremos levar a água do Alqueva a mais utilizadores, em particular através da extensão da sua rede secundária e também através de contratos de abastecimento com outras entidades que garantam também receitas próprias que possam ser reinvestidas no projecto”, disse.

Pedro Passos Coelho disse que o Gover-no está “convencido” de que o Alqueva “será bem-sucedido e é determinante” para que as culturas de regadio possam “progredir, como tem vindo a conhecer”, mas também possam ter “uma expansão ainda mais favorável”.

“O Alqueva não tem nenhum atraso em termos de obras”, as quais “estão a decorrer como o normal”, garantiu, insistindo na necessidade que o Governo teve de repro-

Alqueva é para concluir em 2015Passos coelho e Assunção cristas garantiram que Al-queva se conclui em 2015

António José Seguro, secretário-geral do Partido Socialista acusou o Primeiro-ministro de ficar de “braços cruzados” perante o aumento do número de desem-pregados e questionou porque não aceita a proposta do PS para criação de emprego e crescimento económico.

O líder do PS lamentou ter ouvido hoje o Passos Coelho dizer, “de uma forma completamente insensível, que o país tinha que se preparar para níveis de de-semprego como nunca tinha conhecido na sua história”.

António José Seguro perguntou: “Ainda mais senhor primeiro-ministro? Ainda mais desemprego? E o senhor fica de bra-ços cruzados sem fazer nada, dizendo que é a realidade que se impõe?”

“Porque é que chumbou a proposta (do PS) com as doze medidas para relançar a economia e o emprego na zona euro e também em Portugal”.

O secretário-geral do PS desafiou o Pri-meiro-ministro a juntar-se ao PS e “a ou-tras vozes no interior da União Europeia, e agora também algumas vozes da sua

família política, no sentido de dotar a UE de instrumentos e de políticas para dina-mizar a economia e apoiar as pequenas e médias empresas”, que criam postos de trabalho e riqueza.

“Quando nos dizem que é impossível acrescentar uma adenda ao Tratado Eu-ropeu, eu respondo-lhes: o que é impossí-vel é os portugueses continuarem com o nível de desemprego a que estamos a as-sistir. O que é impossível é os portugueses continuarem a aguentar tantos sacrifícios sem verem um sentido para os sacrifícios

que estão a fazer”Mas António José Seguro garante que

“há alternativa àquilo que o Governo tem vindo a fazer”, que “está a sair muito caro e a custar muitos sacrifícios” aos portu-gueses.

Para o PS “Os Governos existem para resolver os problemas das pessoas. Eu sei que passamos tempos difíceis, que o caminho é estreito, mas há um caminho alternativo”, acrescentou.

O Partido Socialista tem outro cami-nho, já o mostrou ao Governo.

Seguro acusa Passos de estar de ”braços cruzados“

gramar “um conjunto de futuras” emprei-tadas, que estavam previstas terminar em 2013, porque “não há recursos financeiros para as concluir dentro desse prazo”.

Durante a visita à Ovibeja, Pedro Passos Coelho também assistiu a uma actuação

da Tuna Académica da Escola Superior de Saúde de Beja na altura em que alunos de Enfermagem cantavam uma música, cujo refrão dizia: “Vou-me embora, vou partir, mas tenho esperança”.

Após ouvir a música, o primeiro-minis-

tro dirigiu-se a alguns dos alunos e disse: “Há um espaço grande para progressão profissional nesta área, de maneira que só vos posso desejar muito sucesso (...), porque em todo o mundo ainda há um défice” de profissionais de enfermagem.

Também a Ministra da Agricultura, As-sunção Cristas assegurou que Alqueva vai ficar concluído em 2015. “Está feito o plano de investimento. Foi aprovado pelo governo.

O mais importante agora é que, a par-tir deste momento, possam ser lançados os concursos para que não haja interrup-ção das obras”, disse. Manuel de Castro e Brito, presidente da ACOS – Agricultores do Sul, entidade organizadora da Ovibe-

ja, regozija-se com o compromisso deixa-do pelo Governo, nomeadamente pelo Primeiro-Ministro, para conclusão das obras de Alqueva até 2015.

E frisou que este compromisso “resul-ta de muito trabalho desenvolvido pela ACOS, pelos agricultores e também pela sociedade civil. O compromisso assumi-do pelo Primeiro-Ministro em relação a Alqueva representa a maior realização da 29ª edição da Ovibeja”, disse. A 29ª

edição da Ovibeja, que terminou terça-feira, teve sempre casa cheia: contou com mais expositores e com mais visi-tantes, apesar da chuva.

Para Castro e Brito, o sucesso da Ovi-beja é um fenómeno que se relaciona com a participação das pessoas, tanto expositores, como visitantes, como go-vernantes, num espaço que consideram seu e que valoriza o seu trabalho, os seus projectos.

Castro e Brito satisfeito

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Actual

“A partir de agora, sempre que se abaterem sobreiros, abate-se um símbolo da nação”.

Era feriado, dia do trabalhador. Se não fosse uma efeméride tão significante, diria que o mundo iria acabar. Assim pensei, quando vi rumaria de automóveis a uma cadeia de hi-permercados. Pensei, o mundo está a acabar e o comum dos mortais, tal como o carreiro de formigas, caminha para abastecer o seu lar e assim assegurar a sua sobrevivência face à catástrofe. Empurrões pelos corredores, bri-gas em prol dos carrinhos de transporte dos bens de consumo, prateleiras em estado ca-ótico, horas na fila de espera, amontoados de compras nos comuns e nos inimagináveis meios de transporte de compras. No meio de tudo isto, trabalhadores incansáveis da cadeia procuravam, dentro dos seus limites de espa-

ço e de paciência, dar resposta à loucura do consumismo no dia do trabalhador.

Num ápice pensei! Mas este não é o país da austeridade? Das famílias endividadas? Do crédito malparado? Em que se vive acima das possibilidades? Face ao que via, talvez fosse um equívoco meu! Ou seria um dia terapêuti-co para fazermos catarse dos tempos consu-mistas do passado?

No meio do bulício ainda almejei ouvir uma referência aos valores do 1 de Maio. In-glório desejo. Transformou-se o simbolismo no expoente máximo do consumismo. Não condeno a iniciativa. É certa, e ajuda em tem-pos austeridade. Mas porquê neste dia? Não resultaria de igual forma num dia de fim-de-

semana? Parece-me bem que sim.Num contexto social em que muito se

apela aos valores da solidariedade, respeito pelo outro, entreajuda, e fundamentalmente, à dignidade no trabalho, não compreendo a usurpação desta efeméride. Os valores do sindicalismo, progresso económico e social deveriam estar presentes neste dia, sustenta-dos pelo respeito, e pela dignidade de quem se viu privado do feriado. Não é um feriado qualquer. Não é mais um dia de descanso. É um dia que deve ser reforçado e evocado.

Se hoje somos animais de consumo, de-vemo-lo à nossa incapacidade de travar os estímulos consumistas que nos atacam no quotidiano. É com facilidade que o acesso

às iniciativas consumistas nos subverte. Nos torna impotentes face ao condicionalismo das iniciativas. Hipermercados, Bancos e outras entidades de crédito, Centros Comerciais, são alguns dos “lança-estímulos” consumis-tas. Se é certo que o país viveu durante muito tempo acima das suas possibilidades e que os portugueses não conseguiram dizer não faci-litismo no acesso a bens e serviços, dias como este remetem-nos para um simples exercício. Será que já aprendemos alguma coisa com os erros do passado? Será que já mudámos os nossos hábitos de consumo. Creio que o ca-minho ainda é longo!

Afinal, 1 de Maio foi dia do Trabalhador, e nós mudámos ainda tão pouco!

Pingo de consumismo em tempo de austeridadeJOAquim FiALhOProfessor universitário

Redação | Registo As vozes unem-se, em Grândola, para a salvaguarda de um bem colectivo do maior significado ambiental, económico e social, o sobreiro. No âmbito do progra-ma de preservação ambiental desenvol-vido pelo Festival Terras Sem Sombra, a manhã do dia 6 será dedicada a uma ac-ção de sensibilização para a defesa desta árvore e do seu ecossistema.

A iniciativa começa às 10h30, na Herda-de das Barradas da Serra, e é realizada em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o mu-nicípio grandolense, o WWF-World Wide Fund For Nature e duas ONG que promo-veram a pioneira classificação do sobrei-ro como símbolo nacional – as associa-ções Árvores de Portugal e Transumância e Natureza.

Com o envolvimento da Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e dos alu-nos da Eco-Escola das Ameiras de Grândo-la, artistas e comunidade local, a colocação nos sobreiros de ninhos construídos com canudos de cortiça virgem, a verificação das caixas-ninho colocadas no ano pas-sado pelos artistas do Terras Sem Sombra, a realização de uma tiragem de cortiça e outras actividades exploratórias da biodi-versidade do montado (flora e fauna) são algumas das acções agendadas.

Como expressa José António Falcão, director-geral, tomando as palavras do deputado Miguel Freitas: “A partir de ago-ra, sempre que se abaterem sobreiros, não se abate apenas uma espécie protegida, abate-se um símbolo da nação”.

Na véspera, às 21h30, Grândola, vila de grandes tradições musicais, abre as portas ao Festival Terras Sem Sombra, que apre-senta o seu terceiro concerto desta 8ª edição pela voz do Ensemble Odhecaton. Na igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, Pa-

Músicos e espectadores de festival de música unem-se para defender sobreiroA árvore “maior” da floresta nacional é Domingo home-nageada em Grândola

olo da Col irá convidar os ouvintes a viajar do “Instante ao Infinito”, percorrendo as partituras dos compositores Arvo Pärt, Wol-fang Rihm, Salvatore Sciarrino e Gesualdo da Venosa, onde as dissonâncias, os croma-tismos e as melodias tortuosas ilustrarão os tormentos da Paixão de Cristo.

Paolo Pinamonti, o responsável artís-tico do Terras sem Sombra, é conhecido pela inteligência com que põe em diálo-go, de modo sensível, grandes composi-tores do passado e do presente. Propõem assim, com este concerto, uma longa via-gem entre um mestre genial da polifonia renascentista e algumas das mais belas páginas da criação contemporânea.

Tenebræ, trevas em latim, é o nome da

cerimónia litúrgica celebrada nas últi-mas três noites da Semana Santa. Nesta celebração, a igreja encontrava-se apenas iluminada por velas, que iam sendo apa-gadas após cada leitura, até ao mergulho total nas trevas, símbolo da ignorância e momento de introspecção. Serão as notas do Príncipe de Venosa, Gesualdo da Ve-nosa, compositor do séc. XVI, que irão dar vida a esta encenação, numa obra escrita em 1611, composta por 9 responsórios.

Passados quatro séculos, este tema per-manece, nas Sieben Passions-Texte, peças compostas entre 2001 e 2006 por Wolfgang Rihm [1952-], um dos mais importantes compositores alemães da actualidade. Te-nebræ factæ sunt e Tristis est anima mea

descrevem, de modo sensorial, os últimos momentos de Cristo na cruz.

O agrupamento de vozes italiano, in-terpretará ainda o Responsorio delle te-nebre, escrita em 2001 pelo compositor Salvatore Sciarrino [1947-], peça onde “a perfeição imaculada (cantochão) é afec-tada pela imperfeição humana (música abstracta)”, como descreve o maestro Fili-pe Carvalheiro.

Da Estónia até ao Alentejo viaja ainda a música do compositor Arvo Pärt (1935-), com a apresentação do De Profundis (1980) e a Summa (1977), que na verdade é um Credo ao qual o compositor mudou o nome para evitar problemas com o regi-me soviético.

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O projeto “Educ Agro” será desenvolvido em Espanha (Los Santos de maimona, cáceres) e Portugal (Portalegre).

ExclusivoO município de Reguengos de monsaraz pretende mostrar alguns acontecimentos da história de monsaraz.

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A exposição “Monsaraz na História” vai abrir as comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino de Monsaraz. Esta mos-tra foi inaugurada na terça-feira, dia 1 de maio, pelas 17h, e poderá ser apreciada até 13 de julho das 10h às 12h30 e das 14h às 17h30 na Igreja de Santiago, na vila medieval de Monsaraz.

Com esta exposição, o Município de Re-guengos de Monsaraz pretende mostrar alguns acontecimentos da história de Monsaraz que permaneceram desconhe-cidos. Ao longo de cinco séculos, desde a Idade Média até meados do século XIX, factos como a instituição da Misericórdia, o Celeiro Comum, a lenda dos dotes de ca-samento, o texto da aclamação de D. João IV, entre outros, serão apresentados ao pú-blico através de documentos, ilustrações, fotografias e textos explicativos.

Por exemplo relativamente à aclama-ção de D. João IV, o documento que será apresentado marca o momento em que o secretário régio, António Paes Viegas, en-via para as várias câmaras do país, entre as quais a de Monsaraz, a “alegre nova” e solicita a todos os municípios que iniciem “(…) as alegrias e demonstrações que se usam (…)” no reino para aclamação do novo monarca português.

Em 1804, D. João VI em Carta Régia en-viada à Câmara de Monsaraz, determina que: “Hey por bem que nessa Villa de Monsaraz e seu termo se não possa ven-der vinho de fora, debaixo das penas de contrabando, enquanto houver vinho bom da produção do mesmo terreno, e se fizer a venda com sujeição à Almotaçaria e Posturas dessa Câmara, e por taxa jus-ta sem lezão dos compradores”. Apesar da relativa importância que o plantio da vinha possuía no início do século XIX, o monarca não se coibiu de legislar no sen-tido de proteger não só a produção mas principalmente os produtores locais.

Outro episódio relata que a 17 de abril de 1838, a Rainha D. Maria II fez publicar no Diário do Governo uma Carta de Lei pela qual a Aldeia de Reguengos era ele-vada a sede de concelho, que até aí estive-ra secularmente em Monsaraz.

As razões para esta súbita alteração são diversas, mas as mais preponderantes na decisão da rainha foram as repetidas provas de fidelidade prestadas pelos ha-bitantes das aldeias de Reguengos a favor do trono português e da causa da liberda-de, contrapondo à lealdade da população de Monsaraz aos ideais miguelistas, der-rotados em 1834, após seis anos de guerra civil.

Por Carta de Lei de 25 de fevereiro de 1840 a posição da Aldeia de Reguengos era novamente reforçada em relação a Monsaraz com a elevação da povoação à categoria administrativa de vila e com a nova denominação de Vila Nova dos Reguengos. Até 1851, data em que a sede de concelho é definitivamente fixada em Vila Nova dos Reguengos, o centro admi-

Monsaraz celebra 500 anos de Foralmonsaraz celebra 500 anos do seu Foral com vastas ini-ciativas populares e culturais

nistrativo foi várias vezes transferido de Reguengos para Monsaraz e vice-versa devido principalmente a pressões que os partidários das duas vilas promoviam junto do poder central e regional.

Relativamente à lenda dos dotes de ca-samento, em Monsaraz, em 11 de abril de 1587, na sala do tabelião público e judicial, que então era Gonçalo Correia, lavrava-se uma escritura de doação de uns animais

que o vaqueiro Manuel Gonçalves entre-gava a Nossa Senhora da Orada. A razão de tal oferta prendia-se com a veneração que o “bom vaqueiro” nutria por Nossa Senhora da Orada, “por dela ter recebido muitas mercês”. Mas a escritura estipu-lava ainda outra premissa, ou seja, que o rendimento do gado vacum entregue aos Frades Agostinhos Descalços da Orada deveria ser empregue na constituição de

No dia 1 de junho de 2012 assinalam-se 500 anos desde que o rei D. Manuel I outorgou um novo foral à vila de Monsaraz para substituir o antigo foral afonsino atribuído em 1276 por D. Afon-so III, redigido em latim bárbaro e já à época em mau estado de conservação e de difícil leitura e interpretação pelos oficiais da Câmara.

Este movimento reformista iniciou-se em Maio de 1496, quando o monarca nomeou uma comissão que, durante as duas décadas seguintes, procedeu à re-colha de toda a documentação existente no Reino – privilégios e antigos forais – reformulando-a segundo uma certa sis-tematização nos chamados “Forais No-

vos” (ou Manuelinos). Com esta reforma, gigantesca para a época, pretendia o rei conseguir dois objetivos: por um lado, normalizar, tanto quanto possível, os direitos e deveres de senhorios e foreiros de terras e, por outro, corrigir os abusos e as adulterações com que os senhorios administravam os seus domínios.

O Foral de Monsaraz (possivelmente uma cópia elaborada no século XVII) é um documento em pergaminho (pele de animal) e manuscrito com tinta escura, encadernado com uma capa de madeira forrada a couro, ladeada pelas esferas armilares que centram o brasão das armas reais. Sabe-se que eram feitas três cópias dos forais deste género

e assim, uma delas era a da Torre do Tombo (livro de registo), outra a do donatário (neste caso, a Casa de Bragan-ça) e a terceira a da respetiva Câmara Municipal.

O exemplar que atualmente existe no Museu de Arte Sacra, em Monsaraz, foi adquirido em junho de 1927 pelo presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Braz Garcia da Costa, que o comprou por 1.500 escudos a um particular que residia em Évora. Posteriormente, em fevereiro de 1949, o então presidente da autarquia, José Gar-cia da Costa, doou-o definitivamente ao Museu Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Lagoa.

Sobre o Foral de Monsaraz

“No quadro das intervenções de cariz preventivo na comunidade que o CRI, através da Equipa de Prevenção, vem desenvolvendo, realizou-se nos dias 26 e 27 de Abril uma Oficina intitu-lada “Gestão de Comportamentos de Risco”. O encontro, dirigido aos técni-cos de IPSS’s e ONG’s , 27 elementos, que dinamizam intervenções junto de Adolescentes e Jovens em Risco, teve como finalidade desenvolver e aper-feiçoar competências na área da pre-venção/gestão e redução de compor-tamentos de risco, na perspetiva da aquisição de competências e conheci-mentos que permitam contextualizar e compreender a área da prevenção e redução de comportamentos de risco, fornecer aos formandos sugestões prá-ticas de abordagem ao tema e explo-ração de técnicas relativas à condução de grupos.

A adesão dos técnicos foi de tal modo significativa que levou ao agendamento de uma segunda edição a realizar no dia 26 de Junho (Dia In-ternacional Contra o Uso e Abuso de Substâncias Ilícitas). É intenção deste serviço a capacitação, com recursos preventivos e de redução de riscos, dos principais agentes estratégicos que di-namizam programas e ações junto de populações em risco. Através destas dinâmicas, asseguramos a qualifica-ção da comunidade, e despoletamos e potenciamos os recursos que nela estão disponíveis.

Iniciativas como, a Tertúlia: “Cantigas de Prevenção e Alguns Dizeres”, programas de formação em toxicodependências, de promoção de competência pessoais e sociais, sessões de sensibilização, intervenção em contextos de diversão noturna, de acompanhamento de trabalhos de investigação, além dos recursos na área do tratamento e reinserção, cons-tituem instrumentos privilegiados de

Oficinas para técnicos de IPSS`s e ONG`s

CRI promove

dotes de casamento para as raparigas ór-fãs do termo de Monsaraz. No século XX, a Câmara do concelho de Reguengos de Monsaraz ainda inscrevia nos seus orça-mentos para os anos de 1937 e 1938 uma verba que se destinava para os dotes de casamento das donzelas de Monsaraz. O dinheiro, esse, já não vinha da venda do gado como estipulara Manuel Gonçalves quatro séculos antes, mas do cofre muni-cipal e dos contribuintes.

Comemoração dos 500 anos do Foral Ma-nuelino de Monsaraz No dia 1 de junho passam precisamente 500 anos desde que o rei D. Manuel I outorgou em Lisboa um novo foral à vila de Monsaraz para subs-tituir o antigo Foral Afonsino (atribuído por D. Afonso III em 1276). Nesta data será recriada a entrega do foral ao Alcaide, de-correrá o lançamento da edição fac-símile do Foral Manuelino e haverá um concerto comemorativo da efeméride.

Para além da exposição “Monsaraz na História”, proceder-se-á no dia 13 de ju-lho à abertura do Museu do Fresco, onde se pode apreciar o Fresco do Bom e Mau Juiz, pintura dos finais do século XV e descoberta em 1958 que representa a ale-goria da justiça terrena, em que o bom e o mau juiz são os elementos principais e que evidenciam as fórmulas tradicionais de isenção e corrupção humanas.

Também nesta data será apresentado o projeto de recuperação do Jogo Alquer-que, que era jogado no antigo Egito há mais de 3 mil anos e foi introduzido na Europa no século VIII pelos muçulma-nos. Este jogo, antepassado do atual jogo de Damas, está representado em várias la-jes dispersas pela vila medieval de Mon-saraz e a autarquia pretende produzir ré-plicas e organizar um torneio durante o verão.

O programa comemorativo do Foral Manuelino de Monsaraz inclui ainda no mês de julho uma sessão de observação noturna de astronomia sobre a evolução do mapa celeste nos últimos 500 anos e no dia 6 de outubro será apresentado ao pú-blico o Centro Interpretativo Multimédia de Monsaraz, que vai funcionar na Casa da Inquisição.

O Projecto FENIX RIEP (Rede Transfron-teiriça de Inovação Económica centrada nas Pessoas), inserido no Programa de Co-operação Transfronteiriça Espanha - Por-tugal, iniciou a actividade Nº 2 dos seus Projectos Temáticos.

Depois de “Doble Vuelta” (V2) é agora a vez de Educ Agro, apoiado pelo CEFOEX Innovacion, S.L. cujos eixos principais são a promoção e os usos pecuários, agrí-colas e florestais sustentáveis e a fomen-tação das Energias Renováveis e da Pou-pança Energética. Além disso, criar um ambiente que ajude, desenvolva ideias e forme em todos os aspectos necessários para a criação e gestão de empresas de base ecológica é o terceiro pilar deste pro-jecto inovador.

Este projecto é uma das actividade dos Projectos Temáticos inserido no Progra-ma Cooperação Transfronteiriça Espanha - Portugal e em concreto para o “Projec-to Fénix-Riep”, (Rede Transfronteiriça de Inovação Económica Centrada nas Pes-soas), do Ayuntamiento de Los Santos de Maimona.

Um dos elementos fundamentais de articulação dos Espaços Sociais de Inova-ção será a presença de projectos origina-dos nas empresas e redes das zonas de in-fluência. Estas zonas são normalmente a própria zona e área que se encontra perto (Província de Cáceres, Província de Bada-joz, e Alto Alentejo).

Segundo Juan Jose Castro Gonzalez, do CEFOEX Innovacion, S.L. “Educ Agro é direcionado para empresários do ramo da agricultura e pecuária, mas também a todas as pessoas quer se encontrem ocu-padas ou desempregadas, cooperativas agroalimentares e profissionais do sec-tor, que tenham dúvidas na formação, na criação e gestão de empresas.

Além disso o Educ Agro está orientado para a promoção dos usos sustentáveis na

Educ Agro e Meio Ambiente constituem 2a fase do FENIX RIEPPortugal e Espanha em de-fesa da agricultura de base sustentavél

agricultura e na pecuária e para o fomen-to das energias renováveis e da eficiência energética.

Pretendemos conseguir através de jor-nadas, seminários e cursos específicos dirigidos a estes destinatários e também através da implementação de um ponto de informação para consultas referentes a Agricultura, Pecuária, Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, na área geográfica do projeto. Para isso é fun-damental colocar os recursos humanos e materiais que possam viabilizar a criação e gestão de empresas de base ecológica e ambientalmente sustentáveis.”

O projeto “Educ Agro” será desenvolvi-do em Espanha (Los Santos de Maimona, Cáceres) e Portugal (Portalegre) entre os meses de Abril e Novembro de 2012 e im-plica um investimento de 33.538,00€

Para além do “Educ Agro” estão em cur-so os projetos “Mujer Innova_Lab”, “La Huella de La Memoria”, um “Programa de incremento de la competitividad y ca-lidad del pequeño comercio en el entorno rural”, “Educ Empleo” e “Doble Vuelta”.

Segundo Don Manuel Lavado Barroso, Alcalde do Ayuntamiento de Los Santos de Maimona “Com estes projectos conti-nuamos a ser conhecidos como uma Ci-dade da Inovação, título que obtivemos recentemente, e continuamos a construir pontes com outras cidades, em Espanha e Portugal, através do Projecto Fénix RIEP. O Educ Agro assume-se como um projec-to de particular relevo para nós devido às características dos nossos tecidos econó-micos locais e também às preocupações com o Meio Ambiente e com as práticas sustentáveis nestas áreas. “

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O encontro teve como objetivo principal dar a conhecer o parque aeronáutico de Évora.

Exclusivo

“O mundo oculto dos cogumelos” reunirá especialistas que abordarão diversos temas de micologia”.

Exclusivo

A Micologia é uma das áreas menos co-nhecidas e divulgadas, mas nem por isso menos importante para conserva-ção e manutenção dos ecossistemas. Paralelamente tem crescido o interesse pela exploração dos recursos micológi-cos e são múltiplos os apelos à execução de palestras e espaços de discussão des-ta temática.

A conferência “O mundo oculto dos cogumelos” reunirá um leque de espe-cialistas que abordarão diversos temas de Micologia (divulgação, associativis-mo, conservação, exploração, gestão e regulamentação) de forma apelativa com o objectivo de atingir, sensibilizar e informar os participantes sobre esta temática.

Os cogumelos gozam de um lugar ca-tivo no imaginário colectivo das socie-dades, desde as histórias de fadas até à gastronomia gourmet, constituindo por isso a micologia um tópico aliciante quer para profissionais, quer para ama-dores.

Tal como os frutos produzidos pelas plantas, os cogumelos são estruturas reprodutoras produzidas por fungos, durante uma fase do seu ciclo de vida,

O Mundo Oculto dos Cogumelos

conferência internacionalpromovida pela universidade de Évora decorre a 11 de maio

09h30 - Recepção dos Partici-pantes10h00 - Sessão de Abertura10h25 - “O Mundo Oculto dos cogumelos” - Celeste Santos e Silva, ICAAM - Departamento de Biologia da Universidade de Évora10h50 - “Gume – Grupo Uni-versitário de Micologia de Évora” - Paulo de Oliveira, CIBIO - Departamento de Biologia da Universidade de Évora11h15 - Pausa para café11h30 – “Las sociedades mico-lógicas” - Rafael Rey Expósito, Sociedad Micológica Extremeña12h10 - “Perspectivas de desar-rollo micológico en la Península Ibérica” - Francisco de Diego de Calonge, CSIC - Real Jardim Botânico de Madrid13h00 - Almoço14h30 - “Conservação dos recursos micológicos” - Rogério Louro, Instituto das Ciências Agrárias e Ambientais Mediter-rânicas14h55 – “Micosylva – A Integra-ção dos Recursos Micológicos na Gestão Florestal” - Helena Machado, INRB – Ministério da Agricultura, do Desenvolvimen-to Rural e das Pescas

15h20 – “Regulamentação sobre os recursos micológicos” - He-lena Paula Vicente, Autoridade Florestal Nacional15h45 - Pausa para café16h15 - “Exploração de recursos micológicos” - Alfredo Cunhal Sendim, Herdade do Freixo do Meio16h40 – “Conservação e preser-vação de cogumelos silvestres: Efeitos da radiação nas proprie-dades físico-químicas e nutricio-nais de cogumelos” - Anabela Martins, Instituto Politécnico de Bragança 17h05 – “Os cogumelos num contexto empresarial” - Sandra Ferrador, BioInVitro17h30 - Conclusões e encerra-mento dos trabalhos

InscriçõesAs inscrições para participação na conferência são gratuitas e obrigatórias, podendo ser efectuadas até ao dia 10 de Maio através do registo online em: https://sge.uevora.pt Para efec-tuar o registo deve começar por “Efectuar o registo no sistema”.

Comissão OrganizadoraCeleste Santos e Silva (ICAAM - Departamento de Biologia da Universidade de Évora)Rogério Louro (ICAAM)Rui Borralho (Naturlink)Silvino Alhinho (Semanário REGISTO)

Programa

Realizou-se na passada sexta-feira, 27 de Abril, no hotel Mar de Ar Muralhas, em Évora, o 4º Encontro/Almoço Transfron-teiriço, promovido pela Casa de Espanha no corrente ano, que desta vez contou com a organização da ACDE-Associação Comercial do Distrito de Évora.

Estes encontros que se realizam al-ternadamente em cidades portuguesas e espanholas, com uma periodicidade mensal, têm como objetivo não só esti-mular novos contactos entre empresas portuguesas e espanholas, como também consolidar relações de cooperação entre as empresas de ambas as regiões.

O encontro teve como objetivos princi-pais dar a conhecer o parque aeronáuti-co de Évora por um lado, e por outro os diversos apoios a empresas em vigor, no-meadamente no âmbito da exportação.

Composto por dois painéis de oradores, ambos moderados pelo Presidente da Di-reção da ACDE, Joaquim Peixeiro Simões, contou num primeiro painel com as pre-senças, do Presidente da Câmara de Évora, José Ernesto de Oliveira, do representante da Embraer, João Pedro Taborda, e com os representantes da CCDRAlentejo, nas pes-soas do Vice-Presidente, Roberto Grilo, do Vice Presidente do InAlentejo, António Costa da Silva, e do responsável do Euroa-ce, Paulo Silva.

O segundo painel de oradores foi com-posto, pela Diretora do Centro de Emprego do IEFP de Évora, Manuela Duarte, pelo representante do IAPMEI, Reis Malta, pela representante do AICEP, delegação de Badajoz, Teresa Salazar, pelo Presiden-te da Associação de Empresas Familiares da Estremadura, e pela sócia gerente da empresa Boa Boca, lda, Inês Varejão.

ACDE promoveu encontro de empresáriosEstes encontros realizam-se altern-adamente em cidades portuguesas e espanholas, mensalmente

Estiveram presentes mais de cinquen-ta empresários, entre portugueses e espa-nhóis, que ouviram falar de como está a decorrer o processo de instalação da fábrica da Embraer, em Évora. E, foram informados dos diversos incentivos às empresas dispo-

níveis pelos organismos oficiais presentes, para além de ouvirem falar na primeira pessoa, da experiência de uma pequena empresa na exportação de produtos.

As apresentações foram seguidas de al-moço, durante o qual os convidados e em-

presários puderam travar conhecimento e falar das suas experiências.

O encontro terminou com a visita guia-da pelo seu Diretor , Luís Silva ao Polo de Formação Aeronáutica do Centro de For-mação do IEFP, de Évora.

A Delegação Regional do IEFP Alentejo apresentou, ontem, em Évora, no auditó-rio do NERE, a Medida Estímulo 2102.

A sessão teve o contributo de vários técnicos de sectores e entidades diversas, industria, turismo, entre outros, e contou na sessão de encerramento com a presen-ça e intervenção do Delegado Regional do Alentejo, José Palma Rita.

A Medida Estímulo 2012 procede à criação de um apoio à contratação de de-sempregados de média e longa duração, ao mesmo tempo que contribui para o aumento da sua futura empregabilidade mediante a concessão de formação profis-sional.Esta medida deve obedecer às seguintes linhas de implementação:

Estímulo 2012 apresentado ontem em ÉvoraA medida Estímulo 2012 visa a criação de apoios à contratação de desempregados

- Concessão de um apoio financeiro às empresas que procedam à celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito em Centro de Emprego há pelo menos seis meses consecutivos, assumin-do a obrigação de lhe proporcionar for-mação profissional durante o período de duração do apoio;- A entidade empregadora que celebre contrato de trabalho ao abrigo do Estímu-lo 2012 tem direito a um apoio financei-ro correspondente a 50% da retribuição mensal do trabalhador.- A percentagem referida no número an-terior é majorada em 10% nos seguintes casos:a) Celebração de contrato de trabalho sem termo;b) Celebração de contrato de trabalho com desempregado que se encontre numa das seguintes situações:i) Beneficiário do rendimento social de inserção;

ii) Idade igual ou inferior a 25 anos;iii) Pessoa com deficiência, doença cróni-ca ou capacidade de trabalho reduzida;iv) Trabalhadora com um nível de habili-tações inferior ao 3.º ciclo do ensino bási-co;v) Inscrição no centro de emprego há pelo menos 12 meses consecutivos.- O apoio não pode ultrapassar o mon-tante de um indexante dos apoios sociais (IAS) por mês, durante o período máximo de seis meses.- A aplicação da medida deve ser condi-cionada à criação líquida de emprego, avaliada quer no momento de apresenta-ção da candidatura, quer durante a con-cessão do apoio financeiro;- A formação profissional deve ser propor-cionada ao trabalhador durante o período normal de trabalho e revelar-se adequa-da ao aumento da sua empregabilidade.- A entidade empregadora deve restituir a totalidade do apoio financeiro respei-

tante ao trabalhador em relação ao qual se verifique uma das seguintes situações:a) Despedimento colectivo, por extinção do posto de trabalho ou por inadaptação, bem como despedimento por facto impu-tável ao trabalhador que seja declarado ilícito, efetuado durante o período de apli-cação do Estímulo 2012;b) Incumprimento das obrigações previs-tas no artigo 4.º.A entidade empregadora deve ainda res-tituir parcialmente o apoio financeiro re-cebido nas seguintes situações:a) Incumprimento do requisito de criação líquida de emprego em dois meses, segui-dos ou interpolados;b) Cessação do contrato de trabalho por iniciativa do trabalhador durante a atri-buição do apoio financeiro.- O apoio financeiro previsto na porta-ria pode ser cumulado com a isenção ou redução do pagamento de contribuições para o regime de segurança social.

e que representam a única parte visível destes mesmos seres vivos. Mas nem todos os fungos possuem estruturas re-produtoras macroscópicas (ou visíveis a olho nu) e como tal o termo cogume-lo frequentemente aplica-se apenas às estruturas reprodutoras formadas du-rante a reprodução sexuada em alguns grupos de fungos, nomeadamente nos Basidiomycota e Ascomycota.

Estimativas recentes apontam para a existência de aproximadamente 1,5 mi-lhões de espécies de fungos em todo o mundo, das quais cerca de 55000 são pro-dutoras de cogumelos (macrofungos).

Esta enorme diversidade faz do reino Fungi um dos maiores grupos de orga-nismos conhecidos, podendo ser encon-trados praticamente em todos os habi-tats naturais e semi-naturais, desde as florestas tropicais às planícies geladas da Antárctida. Contudo é nos ecossis-temas florestais onde estes encontram o seu óptimo ecológico, ou seja, as con-dições ideais para se instalarem. Estas condições diferem de espécie para espé-cie e estão relacionadas, principalmen-te, com o seu modo de nutrição.

À semelhança dos animais e con-trariamente às plantas, os fungos, não possuem clorofila e são por essa razão incapazes de produzir o seu próprio ali-mento, dependendo de outros seres vi-vos ou de matéria orgânica para obter a

energia e os nutrientes de que necessi-tam.

No entanto, os fungos não possuem os sistemas nem os órgãos especializados característicos da maioria dos animais e não partilham da sua mobilidade estando geralmente confinados num substrato (p. ex. no solo, em troncos, res-tos vegetais e animais).

Como resultado adoptaram diversas estratégias nutricionais podendo: ali-mentar-se dos nutrientes que extraem da decomposição dos substratos que colonizam (fungos sapróbios), parasitar animais e ou plantas para conseguirem retirar os nutrientes essenciais para o seu metabolismo (fungos parasitas) ou estabelecer relações de simbiose com a maioria das plantas, facilitando a absor-ção de água e nutrientes para a planta e recebendo em troca os nutrientes de que necessitam (fungos micorrízicos).

A evolução das plantas está tão pro-fundamente relacionada com a dos fungos, que de certa forma pode-se di-zer que os estes grupos evoluíram em conjunto.

Por este motivo, algumas espécies de fungos podem ser exclusivas de de-terminado habitat e/ou associarem-se apenas a uma espécie vegetal, enquan-to outros podem ser menos exigentes quanto a requisitos de habitat ou espé-cies hospedeiras.

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Fotografia: António L. Campos

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Radar“o projecto leva-nos a procurar outras formas de fazer que ajudam a colmatar custos”.

Também eu, perante as imagens, chamei tudo e mais alguma coisa aos que entupiram os supermercados.

Exclusivo

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À conversa com o professor José Alberto Ferreira, diretor e produtor do Festival Escrita na Paisagem desde 2004, conhe-cemos a realidade financeira dos agen-tes culturais, este ano com um corte de 38%, e possiveis soluções para ultrapas-sar dificuldades.

O trabalho da Colecção B, Associação Cultural é já conhecido pela realização do Festival Escrita na Paisagem, nos meses de Verão. Mas este ano a Colecção B tem marcado presença todos os meses na vida cultural da cidade de Évora.

O Festival Escrita na Paisagem tem este ano a sua nona edição e foi con-quistando algum espaço na região, con-tribuindo para uma programação de Verão de características internacionais e de grande qualidade. Assim em 2011, na sequência da cedência da Igreja de São Vicente por parte da Câmara para o festival, os Ciclos de São Vicente passa-ram a representar o desafio de apresen-tação de uma actividade regular num espaço central da cidade, mantendo uma orientação experimental, transdis-ciplinar e simultaneamente formadora.

Os Ciclos de São Vicente inscrevem agora a Igreja de São Vicente e o seu palco nos circuitos culturais da cidade, com um calendário mensal que inclui o cinema, a música, a performance, a dança, o teatro, as artes visuais, a lite-ratura, os encontros de formação e de leitura, etc..

Como sabemos os fundos destinados ao apoio à cultura têm vindo a ser redu-zidos. A Colecção B pretende continuar a apresentar uma programação mensal no espaço da Igreja de São Vicente?

O financiamento maior da Colecção B é da Direcção-Geral das Artes. Como é público, esse apoio foi reduzido em 38%, uma decisão que, apesar de contes-tada por muitos sectores da sociedade portuguesa, se concretizou. Também os apoios dos municípios parceiros, além de Évora, têm vindo a decrescer, o que nos deixa numa situação particular-mente difícil este ano. No entanto, en-tendemos que o projecto que procura-mos concretizar nos merece o esforço de continuar, procurando outras formas de fazer ou estabelecendo parcerias que ajudam a colmatar custos.

Há ainda um público amplo e varia-do que responde às iniciativas da Co-lecção B, na Igreja de São Vicente como noutros espaços, a quem queremos con-tinuar a oferecer o nosso projecto. Por isso dimensionámos as actividades a uma escala temporal concretizável pela pequena, mas empenhada equipa em funções. E introduzimos uma novidade

Colecção B lança Campanha de Financiamento de ProximidadeO trabalho da colecção B, é conhecido pela realização do Festival Escrita na Paisagem

com a bilheteira em algumas iniciati-vas. Não se trata de fazer o espectador pagar o custo da iniciativa, porque na verdade o apoio do Estado garante a promotores, agentes e criadores condi-ções de apresentação do seu trabalho aos públicos que o acolhem. Portanto, é apenas uma forma de contribuir para o esforço comum, partilhando também com o cidadão a responsabilidade de fa-zer parte do processo cultural e artístico em que se involve e de que beneficia.

A Colecção B lançou este mês a Campa-nha de Financiamento de Proximidade, enquadrada na Lei do Mecenato. Como surge esta ideia e como proceder para ser um financiador de proximidade?

Na sequencia do que disse antes, a campanha de financiamento de pro-ximidade visa alargar o espaço de par-ticipação do cidadão, garantindo-lhe algumas vantagens. Procurámos subli-nhar o conceito de proximidade, isto é, o espaço de pertença e de comunidade, mais do que o de mecenato. É certo que, pedido o ‘reconhecimento do interesse cultural’ da programação que desenvol-vemos em São Vicente, qualquer doador fica habilitado a um benefício fiscal, ao abrigo da Lei do Mecenato. Mas querí-amos que as razões para co-financiar

fossem de outra ordem, resultassem da proximidade, do contacto, da pertença.

O procedimento a ter é muito simples e pode ser realizado em qualquer cai-xa multibanco, ou serviço netbanco. Procede-se como num pagamento de serviços, introduzindo o código e a re-ferência da Colecção B. Depois, os dados devem ser-nos enviados por qualquer via (mail, correio, até telefone). Depois de verificados, emite-se o recibo, que deverá ser entregue no próximo aquan-do do preenchimento da declaração de IRS. Não há limites para as contribui-ções, qualquer valor é útil.

Considera que o destino das associa-ções culturais sem fins lucrativos está à mercê de apoios de proximidade?

Bom, não se trata de estar à mercê. Nas expectativas do cidadão, o Estado garante as várias valências da vida em comum, da educação à saúde, da segu-rança social à cultura. Imagina-se mal um país em que o Estado não proceda ao financiamento da criação cinematográ-fica, teatral, coreográfica, etc. E, embora em Portugal estejamos muito perto de não precisar de imaginar nada disto, pois é já uma realidade, permanecem as expectativas do direito à cultura (como à saúde, segurança social ou educação).

E batermo-nos por isso em todos os qua-drantes faz parte do que faremos sem cessar! Isto não invalida o papel de par-ticipação que qualquer cidadão.

Vigorou durante muito tempo a prática das actividades culturais gratuitas, mas essa gratuitidade foi sem sempre suporta-da pelos municípios ou outras entidades. Se o Estado não financiar, não haverá es-truturas de criação, programação e difu-são capazes de sobreviver numa base em-presarial. É neste cenário que o cidadão pode ter um papel fundamental, partici-pativo e responsável.

Depois de lançarmos, em 2009, um debate sobre ‘curadoria partilhada’, no qual quisemos que os municípios do Alentejo encontrassem uma modali-dade de cooperação nos processos de decisão, pretendemos abrir esse espaço e experiência precisamente ao cidadão. Ouvir os cidadãos, ampliar processos de formação e de permuta de informação, associados ao fundamento das decisões de curadoria.

Essa etapa afigura-se-nos análoga à do co-financiamento: alicerça as deci-sões, contribuindo para a sustentabili-dade dos projectos. Nos próximos me-ses, Évora será a capital da curadoria de vizinhança! E, esperamos, do financia-mento de proximidade!

Uma cadeia de supermercados decidiu este ano, à semelhança do que aconteceu nou-tros anos, ignorar um direito dos seus tra-balhadores e impor a abertura das suas lo-jas e obrigando ao cumprimento do horário normal de trabalho.

Nestas situações, como também é habitu-al, aquela entidade patronal usa de todos os meios para garantir que os seus trabalhado-res compareçam ao trabalho apesar de esta-rem abrangidos por um pré-aviso de greve.

Quando digo todos os meios, refiro-me a situações da mais básica coacção psicoló-gica até à ameaça de despedimento ou de represálias diversas. Este tipo de pressão é normalmente exercida por trabalhadores que se encontram numa posição hierárqui-ca superior, contra os seus colegas de tra-balho. Nunca ninguém verá o “homem da cadeira” telefonar a uma operadora de caixa para lhe dizer “se não fores trabalhar no 1.º de Maio, no próximo mês tens menos horas de trabalho ou mudas para um serviço mais pesado”.

Para os que ingenuamente acreditam que esta coisa da luta de classes e das ideolo-gias é coisa morta, este 1.º de Maio deveria

ter sido esclarecedor. A importância que o capital dá às datas simbólicas para a luta dos trabalhadores é de tal ordem, que não hesitaram na afronta mais abjecta.

Abriram as portas e lançaram um apelo ao consumo através de uma campanha que garantia cinquenta porcento de desconto em compras superiores a cem euros.

O resultado foi uma corrida sem prece-dentes a essas lojas, com gente a comprar o que necessitava e não necessitava para usufruir do tal desconto, sendo o dia me-diático marcado por imagens televisivas com supermercados cheios e consumidores a prestarem declarações reveladoras de um nível de alienação quase inacreditável.

Para os muitos que se manifestavam por esse país fora em luta por direitos amea-çados e contra esta ofensiva que remete o trabalho para o nível “competitivo” da es-cravatura, aquelas imagens deram azo a muitos e diversificados impropérios.

Percebo que assim seja. Não é fácil su-portar a ideia de que os explorados não te-nham consciência de que o são e que se dei-xem vender por um desconto, sem perceber que ao fazê-lo estão de facto a descontar

num capital que deveria ser inalienável… a dignidade humana.

Também eu, perante as imagens de gente às compras com apertada vigilância poli-cial, chamei tudo e mais alguma coisa aos que entupiram os supermercados num dia em que deveriam ter contribuído para entu-pir as ruas em jornadas de luta.

No entanto, insistir em bater na albarda para castigar o burro não me parece uma opção muito racional. Então não sabemos todos que o sistema garante, através de uma comunicação social engajada, os diversos tipos de ópio com que se alienam os explo-rados? Não é o que acontece quando uma massa imensa de gente que nada tem a ver com benefícios, privilégios ou propriedade vota alternadamente no PS ou no PSD para em seu nome exercerem o poder em prol dos que os ofendem e humilham?

Entendo a indignação inicial e até a von-tade impulsiva de dizer “esta gente tem o que merece”, mas já não entendo que após esse momento não tenhamos a capacidade de perceber que será exactamente com essa gente que terá que ser construída outra so-ciedade onde a liberdade de comerciar não

se sobreponha à Liberdade.Ou isso, ou mandar fazer outra gente,

numa qualquer olaria em S. Pedro do Cor-val, perfeitinha e já com as condições sub-jectivas incorporadas para deixar de estar de joelhos e afrontar o inimigo.

Baixar os braços? Achar que não vale pena lutar? Dizer que “a carneirada” segui-rá sempre o seu rumo em direcção ao tos-quiador (a empurrar um carrinho de com-pras)? Não me parece.

Dizem-me que estas coisas nos livros pa-recem mais fáceis. Devem ter lido os livros errados, ou então ficaram-se pelos resumos.

Este 1.º de Maio demonstra duas coisas: a primeira é que o medo de quem explora é tão grande que não hesita em utilizar ar-tilharia pesada contra uma data simbólica que pretende desvalorizar; a segunda é que, quando mais se agudiza a luta mais os ver-sos da canção do Zeca fazem sentido: A ve-lha história ainda mal começa / Agora esta voltando ao que era dantes / Mas se há um camarada à tua espera / Não faltes ao en-contro sê constante.

Resistência, resiliência e… constância. Porque a luta, essa vai continuar.

Bater no burro ou na albarda?EDuARDO LuciAnOAdvogado

Luís Pardal | Arquivo Registo

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12 03 Maio ‘12 13

no dia 8, o Vii Encontro de Professores da AFi conta também com a participação do escritor mia couto.

Radar

A carmim volta a introduzir no mercado aquela que já é uma referência de bom gosto, o monsaraz Rosé.

Radar

Há um século atrás, apenas a “alta cul-tura” (ou cultura erudita) merecia o nome de “cultura” e era portanto sinó-nimo de “verdadeira cultura”, sentido restrito que data desse século XVIII que dá ao mundo as “Luzes”, as “Nações” e os estados-nação no sentido contemporâ-neo.

A viragem para o século XIX marca o fim do Antigo Regime e inaugura a dominação económica e política duma nova classe: a burguesia.

Onde a aristocracia cultivava as artes e as humanidades e até as ciências en-quanto atributo “natural” duma classe superior por essência e como enfeite do ócio da nobreza, a burguesia teve, pelo contrário, que afirmar a legitimidade dos seu poder recentemente adquirido nos planos económico e político, e foi a “Cul-tura” que lhe serviu de instrumento.

Na maior parte das grandes mani-festações artísticas que servem ainda hoje de referência, na “música clássica”, na ópera, no teatro, na literatura, o ro-mantismo é o modo como a burguesia do século XIX se projecta no passado (“romantismo” é exaltação de “Roma Antiga”) e se inventa uma genealogia “cultural” que faz função de genealogia nobiliária.

Mas essa cultura nasce com uma con-tradição interna. Por um lado, é uma cultura “de classe”, como escreveriam Marx e um século mais tarde, os soció-logos: é a cultura própria da burguesia e tem por função legitimá-la enquanto classe dominante. Por outro, visa a uni-versalidade e pretende impor-se como a verdadeira, a única “cultura”.

Os sociólogos analisaram esta pre-tensão como “etnocentrismo de classe”: a ilusão da superioridade duma classe em relação às outras, como o “etnocen-trismo” é a ilusão da superioridade dum povo (o “nosso”).

Todas as culturas “eruditas” que co-nhecemos (chinesa, indiana, árabe, etc.) padecem do mesmo “pecado original”: produtos de classes dominantes, são os seus instrumentos de legitimação.

Mas o facto é que os detentores dos meios materiais são também detento-res dos meios de elaboração simbólica e ambos são necessários para a produção de obras complexas, nas quais a escrita e o cálculo apoiam o desenvolvimen-to de técnicas sofisticadas: as grandes obras.

A cultura dominante é então, de novo, a cultura da classe dominante.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora30 de Abril 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

Avatares da “alta cultura”

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JOSÉ RODRiGuES DOS SAnTOS*Antropólogo

Na história, a condição da marginalidade decorre da evidência da ordem. Marginal é o desordenado, descentrado, ameaçador, periférico, diferente. Nas práticas sociais, nas formas artísticas ou nos projectos políticos, ser marginal (ou estar nas mar-gens) traduz uma posição negativa, por oposição ao que se apresenta como cen-tral, dotado de força e de exemplaridade.

A negociação entre sistema e margem, radicalizada talvez pela evidência do que Foucault afirma sobre o século vinte, o ser humano ‘pensar o impensável’, carac-teriza muito do que significa, presente-mente, ser ou estar nas margens.

O que aí reside parece dotado de um grande poder de atracção, potenciando outros regimes de significação, abrindo portas a novos paradigmas e afirmando pontos de vista informados por realida-des e conceitos plurais, mesmo quando radicalmente distintos.

É de tudo isto um pouco que o ciclo su-bordinado ao tema ‘marginalidades’ se faz. Margens deslizantes, centros ambi-valentes, cruzamentos e transgressões.

Na programação destacamos um belís-

Maio é mês de Marginalidades!marginal é o desordenado, descentrado, ameaçador, periférico, diferente

simo espectáculo de teatro de marionetas centrado em Prometeu, figura mítica da transgressão.

Uma exposição, de Andrea Inocêncio, dedicada à figura feminina e à busca de uma sua concepção heróica, isto é, liber-ta e libertária, que a apresenta à prova de fogo e de bala. E mais uma etapa do ciclo

de cinema dedicado às Sexualidades, des-ta vez com filmes que nos confrontam com as muitas faces da marginalidade naquele domínio.

Mas há mais cinemas, pois regressam os filmes no largo e, claro, o convite para virem até São Vicente! Os ciclos são para si, apareça!

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A Carmim, maior produtora de vinhos do Alentejo, volta a introduzir no mercado aquela que já é uma referência de bom gosto, o Monsaraz Rosé, proveniente da equilibrada junção das castas Trincadei-ra, Aragonês e Castelão.

Esta aposta surge na sequência do su-cesso registado em anos anteriores, na-quela que é a quinta colheita deste vinho já premiado. Recorde-se que esta marca de vinho foi considerada “Boa Compra 2010” pela ‘Revista de Vinhos’, e em 2009 foi galardoada com a medalha de prata no prestigiado concurso Le Mondial du Rosé, que decorreu em Paris, um reco-nhecimento do compromisso da Carmim com a qualidade.

Vinho de aspeto cristalino, cor rosada, intenso aroma de fruta e elegante ao na-riz. Na boca é fresco, equilibrado e persis-tente, sendo ideal para acompanhar sa-ladas, mariscos, pratos de peixe e carnes brancas, o Monsaraz Rosé pode também ser servido como aperitivo, tornando-o um companheiro perfeito para as longas tardes de Verão.

Este vinho deverá ser consumido jo-vem, no entanto, se preferir, poderá dei-xá-lo repousar durante um ano, e bebido à temperatura recomendada de 10ºC.

O Monsaraz Rosé está à venda nas lojas da Carmim “Castas & Castiços” e “Carmim Shop”, no portal on-line www.carmim.eu , e através dos vendedores da Monsaraz

Carmim lança Monsaraz Rosé 2011Vinho de aspecto cristalino, cor rosada, intenso aroma de fruta e elegante ao nariz

Vinhos.Fundada em 1971, a Carmim lidera o

segmento de vinhos de qualidade no mercado nacional, para além de estar pre-sente em 29 países. Entre as suas marcas destacam-se o Monsaraz Premium, Mon-saraz Millennium, Espumante Monsa-

raz, Garrafeira dos Sócios, Bom Juiz, Régia Colheita e Terras d’el Rei. Contando com 900 associados, a produção da empresa inclui 24 referências de vinhos, brancos e tintos, jovens e reservas, licorosos, rosés e espumantes, para além de aguardente e azeite de reconhecida qualidade.

Nos próximos dias 7, 8, e 9 de maio, o audi-tório do Centro Cultural de Redondo será palco do VII Encontro de Professores AFI – Aprendizagem em Ambiente Formal e Informal. A iniciativa visa reunir pro-fessores, de todos os ciclos de ensino, in-vestigadores e inúmeras personalidades ligadas à educação e à ciência tendo como princípio a partilha do conhecimento.

Tendo já passado por Braga, Fundão, Região Autónoma da Madeira, Chaves e Aveiro o VII Encontro de Professores AFI que, pela primeira vez, se realiza em Re-dondo pretende ainda promover o debate acerca da importância dos recursos edu-cativos digitais no desenvolvimento das aprendizagens.

No dia 8, o VII Encontro de Professores da AFI conta também com a participação do escritor Mia Couto com uma inter-venção subordinada ao tema Aprender a não saber, entre as 16h30 e as 18h00. De seguida, a encerrar os trabalhos do dia, o escritor fará também a presentação da sua mais recente obra “A confissão da Leoa”, no âmbito da XXV Feira do Livro de Re-dondo, a decorrer no Pavilhão de Exposi-ções de 5 a 13 de Maio.

O VII Encontro de Professores AFI in-tegra-se Projeto PmatE da Universidade de Aveiro em conjunto com o Grupo de Investigação Ciberdidact da Universida-

VII Encontro de Professores AFI decorre em Redondocentro cultural de Redondo será palco do Vii Encontro de Professores AFi

de de Extremadura (Espanha) e o Centro de Competência TIC da Universidade de

Évora, contando com o apoio da Câmara Municipal de Redondo.

Ao Banco Alimentar Contra a Fome de Évora chegaram nos primeiros meses da Campanha 30 toneladas de papel, a entregar à empresa Quima, e que se virão a traduzir em 3000 euros em produtos alimentares básicos. Es-tes alimentos enriquecerão os cabazes mensais que o BACF distribui a pes-soas carenciadas. Graças à adesão de várias entidades, de particulares e ao trabalho esforçado de alguns voluntá-rios foi possível atingir estes valores.

”Papel por alimentos“

Campanha BACF - Évora

Apesar da chuva que caiu nos últimos dias, continuam a existir dificuldades na alimentação para o gado. O alerta partiu do presidente da Associação de Criadores de Ovinos da Região de Estremoz (ACORE), João Tavares.

“Este ano tem sido muito mau, em ter-mos climatéricos, para o setor. Começou a chover há alguns dias, mas a chuva veio atrasada”, disse o responsável. Com a chuva dos últimos dias, segundo João Tavares, “pode vir a crescer alguma erva para pastagem dos animais, mas vai faltar palha, feno e cereais”.

A ACORE tem cerca de 1.300 sócios, sobretudo dos concelhos de Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Sousel, Alandroal e Redondo.

Acore preocupada com seca

Estremoz

D.R.

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Page 8: Registo ed205

14 03 Maio ‘12 15 Anuncie no seu jornal REGISTOTodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Amor, Estúpido e Louco

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Direcção: Glenn Ficarra, John RequaSinópse:

cal (Steve carell) chegou aos 40 anos com tudo aquilo com que sonhou: uma boa situação económica, uma esposa dedicada e dois fil-hos que não dão preocupa-ções. Porém, tudo se esfuma quando, subitamente, Emily (Julianne moore), a mulher, lhe pede o divórcio. Depois

Carta Dominante: Ás de Ouros, que sig-nifica Harmonia e Prosperidade.amor: Tente conviver mais com os seus amigos e faça esforços para travar novos conhecimentos.saúde: Período propício a uma consulta de oftalmologia. Não descure a sua visão.Dinheiro: Evite faltar a reuniões de tra-balho. Está preparado para realizar os pro-jectos a que se propõe, e para chegar onde está já superou muitas provas.

Carta Dominante: Rainha de Paus, que signi-fica Poder Material e pode ser Amorosa ou Fria.amor: Confie mais na pessoa que tem a seu lado. A confiança e o respeito são es-senciais numa relação.saúde: Tendência para apanhar uma grande constipação. Agasalhe-se bem.Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área da sua vida. Analise as suas poupanças. Pense bem no que é melhor para si.

Carta Dominante: A Torre, que significa Convicções Erradas, Colapso.amor: Cuidado para não magoar os senti-mentos de uma pessoa que lhe é querida. Meça as suas palavras. Dance, vá ao cinema, aproveite aquilo que a vida tem para lhe dar.saúde: Tendência para andar um pouco descontrolado. Tente relaxar.Dinheiro: O seu esforço no trabalho po-derá vir a ser recompensado. Acredite mais nas suas potencialidades.

Carta Dominante: O Eremita, que signifi-ca Procura, Solidão.amor: O encontro com um desconhecido e uma insinuante troca de olhares podem ser o ponto de partida para algo muito promete-dor. A felicidade e a paixão poderão marcar a sua semana. Aproveite muito bem esta fase.saúde: Cuidado com as correntes de ar; durante esta semana poderá constipar-se facilmente.Dinheiro: Poderá precisar da ajuda de um colega para finalizar uma tarefa importante.

Carta Dominante: A Lua, que significa Falsas Ilusões.amor: Poderá ter de enfrentar um desen-tendimento com um amigo muito espe-cial. Mantenha a calma! saúde: Controle as suas emoções e procure ser racional. Não se preocupe tanto com aquele problema que o tem vindo a afectar. Vai perce-ber que afinal não era nada assim tão grave.Dinheiro: O seu orçamento poderá sofrer um acréscimo significativo.

Carta Dominante: A Justiça, que significa Justiça.amor: Poderá encontrar um amigo que já não via há muito tempo. Coloque a conversa em dia.saúde: Procure não abusar em refeições muito condimentadas.Dinheiro: Não influencie as ideias dos ou-tros. Permita que cada um pondere por si. Aceite críticas construtivas feitas por alguém que tem mais experiência.

Carta Dominante: 5 de Paus, que significa Fracasso.amor: Modere as suas palavras pois pode magoar a pessoa amada. Seja mais cuida-doso.saúde: Procure não exagerar no exercício físico, pois poderá magoar os seus músculos.Dinheiro: É possível que durante esta se-mana se sinta um pouco desmotivado. Trace objectivos para o seu trabalho, vai ver que conseguirá obter melhores resultados.

Carta Dominante: A Justiça, que signifi-ca Justiça.amor: Poderá encontrar um amigo que já não via há muito tempo. Coloque a conver-sa em dia.saúde: Procure não abusar em refeições muito condimentadas.Dinheiro: Não influencie as ideias dos outros. Permita que cada um pondere por si. Aceite críticas construtivas feitas por alguém que tem mais experiência.

Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.amor: Lute pelo seu verdadeiro amor, não se deixe influenciar por terceiros. Não se deixe do-minar pela insegurança. Converse mais com o seu companheiro e tenha mais confiança nele.saúde: Vigie a sua tensão arterial e con-trole muito bem a sua alimentação.Dinheiro: Procure não ser muito impul-sivo nas suas compras, pois poderá gastar mais do que as suas possibilidades.

Carta Dominante: 9 de Espadas, que sig-nifica Mau Pressentimento. amor: Esteja alerta, o amor poderá surgir em qualquer lugar. Deixe-se ser amado.saúde: Pratique uma actividade física que lhe dê bastante prazer.Dinheiro: A sua vida profissional tende a melhorar significativamente. Continue a demonstrar o seu dinamismo. Não adie de-cisões importantes e urgentes. Seja firme.

Carta Dominante: Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento.amor: Seja mais carinhoso com a sua cara-metade. Os actos de ternura são im-portantes para revigorar a relação.saúde: Evite enervar-se em excesso. As preocupações podem trazer sérios pro-blemas ao nível cardiovascular. Poderá sentir-se mais cansado do que o habitual. Dinheiro: Cuidado com os gastos supér-fluos.

Carta Dominante: O Imperador, que signi-fica Concretização.amor: Período favorável à conquista. Encha-se de coragem e diga aquilo que sente. Siga em frente e lute para alcançar os seus objec-tivos.saúde: Cuidado com alergias, pois o seu sis-tema respiratório poderá estar muito frágil.Dinheiro: Seja ousado e não hesite em reve-lar as suas ideias criativas. Poderá ser útil para o seu desenvolvimento profissional.

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transforma num autêntico íman de sedução. Porém, por muitas voltas que dê ao seu coração, há coisas que cal não consegue alterar...

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de algum tempo de total apatia e autocomiseração, cal decide que está na hora de seguir a sua vida e voltar ao “activo”. Porém, cedo percebe que as suas técnicas de sedução, eficazes no passado, se tornaram obsoletas. É

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«Rafe Khatchadorian já tem problemas suficientes em casa sem ter de meter a es-cola ao barulho. Felizmente, ele tem um plano perfeito para ter o melhor ano de sempre, isto é, se o con-seguir levar para a frente. Vai tentar quebrar todas as regras do código de conduta

pre a evitar.James Patterson detém o record de bestsellers do new York Times com 63 títulos, tendo já vendido mais de 220 milhões de livros no mundo. Feitas as contas, os livros do

escritor já renderam 3 mil milhões de dólares. um valor superior aos lucros de Avatar, um dos filmes mais lucrativos na história do cinema.

da sua escola.mas quando o jogo começa a perder a piada, ele terá de decidir se ganhar é o mais importante, ou se está finalmente pronto para aceitar as regras, lidar com os provocadores e com as verdades que ele está sem-

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Page 9: Registo ed205

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

Depois de em 2011 ter integrado o programa do Ano de Portugal na China e as Comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses ao Extremo Oriente, num périplo por Banguecoque, Jacarta e Macau a exposição chega agora a Vila Viçosa.

“O Património Histórico de Origem Portuguesa no Mundo e a Fundação Calouste Gulben-kian” revela as intervenções realizadas em diversos monu-mentos situados nos quatro con-tinentes e “resulta do particular empenho e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian à preser-vação do património históri-co”, como afirma o Presidente daquela instituição, Emídio Rui Vilar.

A exposição é constituída por vários exemplos de reabilitação de património edificado – arqui-tectura militar, religiosa e civil

- em países como Holanda, Mal-ta, Brasil, Uruguai, Marrocos, Benim, Tanzânia, Quénia, Irão, Índia, Bangladesh, Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia.

Também o trabalho desen-volvido no âmbito da preserva-ção de objectos de arte, do trata-mento e restauro de património documental é revelado nesta mostra que tem como principal objectivo sensibilizar o público para a protecção do património e nos relembra o percurso marí-timo percorrido pelos portugue-ses que deu novos mundos ao Mundo.

O Presidente da autarquia calipolense, Luís Caldeirinha Roma, garante que “pela temáti-ca em questão, a passagem desta exposição por Vila Viçosa era in-evitável, tanto pela riqueza pat-rimonial que a vila detém como pelos excelentes exemplos de

preservação do património edi-ficado, dos quais podemos desta-car o Paço Ducal, recentemente intervencionado”.

Ao trazer para Vila Viçosa, e para o Alentejo, uma exposição de cariz internacional o Mu-nicípio de Vila Viçosa contribui, de forma inequívoca, para a descentralização da cultura, as-segurando uma oportunidade única de conhecer o Património Histórico de Origem Portuguesa no Mundo.

“O Património Histórico de Origem Portuguesa no Mundo e a Fundação Calouste Gulbenki-an” estará patente no Seminário Menor de São José (situado no Terreiro do Paço, em Vila Viçosa) até dia 25 de Maio e poderá ser visitada de Segunda a Sexta-fei-ra entre as 10H30 - 13H e as 15H - 19H e ao fim-de-semana das 10H30 às 19H.

Exposição

“Portalegre a Carvão” na Biblioteca MunicipalN A Biblioteca Municipal de Portalegre acolhe a Exposição “Portalegre a Carvão”, de Sara Coe-lho, até ao final do mês de Maio.Esta Exposição conta com 15 quadros intima-mente relacionados com a Cidade de Portalegre e por isso, o material iconográfico que apre-senta corresponde a representações a carvão da cidade.Sara Coelho é Pro-fessora do 1ºCiclo e licenciou-se na Escola Superior de Educa-ção de Portalegre em 2009, criando estes quadros para “simboli-zar a importância que Portalegre tem na sua vida, as memórias e as experiências, que dela guarda, as Histórias que foram construídas com carinho em cada rua e é seu desejo voltar a fazer parte de uma cidade que considera nunca ter abandonado”.

“O Património Histórico de Origem Portuguesa no Mundo”

Vila Viçosa

Luís Pardal | Arquivo Registo

“a passagem desta exposição por Vila Viçosa era inevitável”

A “solução Portela+1 passando por Beja” é defendida por nove instituições do Alentejo. Defen-dem que o Governo deve con-siderar o aeroporto de Beja como complemento ao de Lisboa.

A solução é defendida e funda-mentada numa carta, que já foi entregue ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, segundo um comunicado da Associação de Mu-nicípios do Baixo Alentejo e Alen-tejo Litoral, uma das nove institu-ições subscritoras do documento.

Na carta, as instituições sub-scritoras explicam que o aero-porto de Beja “reúne as condições necessárias para complemen-tar o aeroporto de Lisboa” e “é a hipótese que apresenta mais vantagens para o país, sobretudo no atual contexto de escassez de recursos financeiros”.

Segundo a AMBAAL, entre os fatores que “aconselham a es-colha” do aeroporto de Beja, as instituições subscritoras indi-cam a localização geográfica e as acessibilidades, os reduzidos in-vestimentos complementares a realizar, a capacidade instalada e a atratividade do destino e o potencial de contribuição para o desenvolvimento da região em termos de turismo.

Deve apoiar Portela

Aeroporto de Beja

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