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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 08 de Dezembro de 2011 | ed. 184 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB D.R. Alentejo com 818 casos de Sida Total acumulado desde 1983 representa menos de 3% dos casos a nível nacional. A incidência de novos casos de SIDA tem vindo a diminuir no Alentejo, tendo pas- sado de 47 novos casos diagnosticados em 2003 para apenas 9 no ano passado, indi- cam dados da Administração Regional de Saúde do Alentejo a que o Registo teve acesso. Em toda a área de intervenção da ARS Alentejo (distritos de Évora, Portalegre, Beja e área geográfica do Alentejo Litoral) registam-se taxas de incidência inferiores à média nacional. Nos últimos anos, o “pico” foi atingido em 2006 com 58 novos casos, número que baixou para 37 em 2007 e para 18 nos dois anos seguintes. O total acumu- lado é de 818 casos diagnosticados. Economia As 10 maiores do Alentejo Pág.08 Repsol Polímeros, Somincor e grupo Delta encabeçam a lista das 10 maiores empresas do Alentejo. To- das juntas, facturaram o ano passado cerca de 1,9 mil milhões de euros, ten- do igualmente apostado nas expor- tações. Para Neves Corvo anuncia-se um novo investimento por parte do grupo canadiano Lundin Mining. 03 03 D.R. Mora Investimentos de 4,5 milhões Pág.07 Duas empresas, uma no sec- tor da iluminação, outra no da saúde, anunciaram investimentos de 4,5 mi- lhões nas respectivas unidades em- presariais em Mora. Serão criados 22 postos de trabalho. D.R. Unesco Candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade vai ser entregue à Unesco no próximo dia 30 de Março. Cavaco Silva preside à comissão de honra da candidatura, cuja comissão científica é liderada pelo musicólogo Rui Vieira Nery, um dos responsáveis pela classificação do fado. Joaquim Soares, do Grupo de Cantares de Évora, está “confiante” no sucesso da iniciativa mas reconhece dificuldades. 05 Cante candidato a Património Mundial D.R.

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Edição 184 do Semanário Registo

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Page 1: Registo ed184

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 08 de Dezembro de 2011 | ed. 184 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

D.R

.

Alentejo com 818 casos de SidaTotal acumulado desde 1983 representa menos de 3% dos casos a nível nacional.A incidência de novos casos de SIDA tem vindo a diminuir no Alentejo, tendo pas-sado de 47 novos casos diagnosticados em 2003 para apenas 9 no ano passado, indi-cam dados da Administração Regional

de Saúde do Alentejo a que o Registo teve acesso. Em toda a área de intervenção da ARS Alentejo (distritos de Évora, Portalegre, Beja e área geográfica do Alentejo Litoral) registam-se taxas de incidência inferiores à

média nacional. Nos últimos anos, o “pico” foi atingido em 2006 com 58 novos casos, número que baixou para 37 em 2007 e para 18 nos dois anos seguintes. O total acumu-lado é de 818 casos diagnosticados.

EconomiaAs 10 maiores do AlentejoPág.08 Repsol Polímeros, Somincor e grupo Delta encabeçam a lista das 10 maiores empresas do Alentejo. To-das juntas, facturaram o ano passado cerca de 1,9 mil milhões de euros, ten-do igualmente apostado nas expor-tações. Para Neves Corvo anuncia-se um novo investimento por parte do grupo canadiano Lundin Mining.

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D.R

.MoraInvestimentos de 4,5 milhõesPág.07 Duas empresas, uma no sec-tor da iluminação, outra no da saúde, anunciaram investimentos de 4,5 mi-lhões nas respectivas unidades em-presariais em Mora. Serão criados 22 postos de trabalho.

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Unesco Candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade vai ser entregue à Unesco no próximo dia 30 de Março. Cavaco Silva preside à comissão de honra da candidatura, cuja comissão científica é liderada pelo musicólogo Rui Vieira Nery, um dos responsáveis pela classificação do fado. Joaquim Soares, do Grupo de Cantares de Évora, está “confiante” no sucesso da iniciativa mas reconhece dificuldades.

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Cante candidato a Património Mundial

D.R

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Page 2: Registo ed184

2 08 Dezembro ‘11

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Beber para esquecer”

A 12 de Dezembro de 1976 os portugueses foram pela primeira vez chamados a eleger os órgãos autárquicos.

Foram eleitos em todo o país homens e mulheres, escolhidos pelos seus concidadãos, para comporem câmaras e assembleias mu-nicipais, juntas e assembleias de freguesias.

Apesar das caricaturas fáceis, de al-guns maus exemplos de caciquismo e de poder unipessoal, o poder local nascido da revolução e inscrito na Constituição da República mudou a face do país.

Os que hoje de forma pedante e superficial fazem ironia com o excesso de rotundas, ou com o empolamento dado à construção de parques infantis e pavilhões gimnodesporti-vos, raramente se questionam que país tería-mos sem a intervenção do poder local.

Os que fazem contas ao dinheiro gasto pelas autarquias, não conseguem parar para contabilizar a diferença entre o que foi feito pelo poder local e o que foi feito pelo poder central em prol do bem-estar e da melhoria das condições de vida das populações.

Apesar de todos os esforços dos governos de tentar condicionar a autonomia do poder local, não poucas vezes pela via do estrangu-lamento financeiro através do incumprimen-to das diversas versões da lei das finanças locais, o poder local democrático tem resis-tido e continuado a mostrar as suas múltiplas potencialidades ao serviço do desenvolvim-ento de freguesias e concelhos.

Desde há 35 anos que são eleitas câmaras municipais onde estão representadas propor-cionalmente as candidaturas apresentadas ao eleitorado e onde a legitimidade democráti-

ca de intervenção é igual para todos.As maiorias são decididas pelo voto pop-

ular e a composição plural dos órgãos tem sido um garante de controlo democrático e de equilíbrio das decisões.

O sistema pode não ser perfeito, mas a experiência tem demonstrado que as suas virtualidades ultrapassam em muito as defi-ciências que lhe possam ser apontadas.

Ao comemorar a passagem de 35 anos sobre as primeiras eleições autárquicas não podemos ignorar as propostas contidas no famigerado “livro verde” que pretendem subverter uma das mais bem sucedidas con-quista de Abril.

Ao pretenderem impor como regra o poder unipessoal, a constituição artificial de ex-ecutivos mono partidários, a diminuição do número de eleitos e a extinção de freguesias, o PSD-CDS e PS parecem estar de facto a ajustar contas com a herança de Abril.

A participação popular, a vida política local participada e debatida parece ser um incómodo para os autores da contra reforma contida no “livro verde”.

As comemorações dos 35 anos de eleições autárquicas devem ser também um momento para reflectir que poder local teríamos se o governo e PS levassem a cabo as suas pro-postas. Menos democracia, menos represen-tatividade, menos participação, pior serviço prestado às populações, menos controlo democrático, menos autonomia.

Aceitarão as populações o regresso ao tempo dos regedores e dos presidentes de câmara controlados pelo governo, apesar de eleitos?

EscolhasEduardo Lucianoadvogado

Esse era o objectivo da direita neo- liber-al. Criar a crise, impor dívida, esvaziar de poder as instituições políticas, pô-las nas mãos do poder económico.

Conseguiram. Quem está no poder não são políticos, são tecnocratas que nas horas vagas se entretêm a fazer jogos políticos. Quando nos queixamos dos políticos no poder, lamentamo-nos por algo que já não existe. Quem aparentemente o detém é ap-enas serventuário de interesses económicos sem rosto identificável. O poder de decisão há muito saiu da esfera dos governos, ou dos parlamentos. Os países são províncias do capital financeiro, liderados por sátra-pas escolhidos a dedo nos gabinetes de Wall Street.

Não existe aqui nenhuma humanidade, apenas uma sociedade cujo modelo não poderia deixar de ser uma imensa linha de

montagem, constituída por robôs que vão sendo substituídos à medida que se vão ava-riando ou tornando obsoletos.

O medo é a sua fonte de energia, medo de perder o emprego, medo da doença, medo do conflito, medo de se mostrar o medo que se tem. Foi por medo que aqui chegamos, é por medo que aqui nos mantemos.

Durante vários séculos existiu na Europa uma figura jurídica denominada “contrato de escravatura”, consistia na cedência da autodeterminação em favor de alguém que se obrigava a sustentar em vida quem o fizesse. As pessoas transformavam-se em mercadoria por sua vontade. A liberdade em troca do sustento. Este é para mim o mais desconcertante exemplo da necessi-dade transmutada em medo.

Acreditamos que os tempos são outros, que hoje em dia tal não seria possível,

A democracia foi posta de ladoMiguEL SaMpaioLivreiro

mas… se atentarmos no que nos rodeia e quisermos definir com propriedade o que vemos, que nome poderemos dar às situa-ções de trabalho precário?

Onde está a rede securitária dos trabal-hadores precários? Será que são justamente pagos pelo seu trabalho? Terão direito, na prática, a recusar horários excessivos que lhes são impostos? Ou a recusar fun-

ções para as quais não foram contratados? Poderão protestar, fazer greve, sem que o inevitável despedimento seja a consequên-cia desse protesto?

O que mudou de então para cá foi apenas o modo como a exploração se expressa, não mudou a essência das coisas, não deixaram de existir exploradores, não cessou a hered-itariedade da condição de explorado.

Nada do que foi conseguido em termos de direitos de cidadania, nada do que foi con-seguido no sentido de melhores condições de vida, foi acordado. Tudo se conquistou. Tudo se vai perdendo até que nada reste do que foi o Estado Social, do que foi a igual-dade de direitos perante a lei, do que foi a própria lei, tudo se esfuma no medo.

Mas medo de quê? De perder o que se não tem?De perder o que nunca se teve?

“Quem está no poder não são políticos, são tecnocratas que nas horas vagas se en-tretêm a fazer jogos políticos”.

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Actualincidência de novos casos diminui de forma substancial. Em 2010 registou-se menos 50% de novos casos.

Alentejo soma 818 casos de infecção com Sida

A incidência de novos casos de SIDA tem vindo a diminuir no Alentejo, tendo pas-sado de 47 novos casos diagnosticados em 2003 para apenas 9 no ano passado, indi-cam dados da Administração Regional de Saúde do Alentejo a que o Registo teve acesso.

Em toda a área de intervenção da ARS Alentejo (distritos de Évora, Portalegre, Beja e área geográfica do Alentejo Litoral) registam-se taxas de incidência inferio-res à média nacional. Nos últimos anos, o “pico” foi atingido em 2006 com 58 no-vos casos, número que baixou para 37 em 2007 e para 18 nos dois anos seguintes.

Desde o ano de 1983 (data do primeiro caso VIH diagnosticado em Portugal), e até à data de 31 de Dezembro de 2010, a Região de Saúde do Alentejo conta com um total acumulado de 818 casos diag-nosticados nas várias fases da infecção, o que representa menos de 3% do total acu-mulado de casos a nível nacional.

A prevalência da infecção VIH/sida a 31 de Dezembro de 2010 no total da Re-gião Alentejo é de 13,5 casos por 100 mil habitantes, sendo o Alentejo Litoral a zona mais afectada.

Os hospitais da região que seguem do-entes infectados são o Hospital de Évora, Hospital de Beja e Hospital de Portalegre (este também com consulta descentrali-zada no Hospital de Elvas). Existem ain-da 2 Centros de Aconselhamento e De-tecção Precoce para a Infecção VIH/sida na Região Alentejo (CAD’s): CAD Évora – Hospital de Évora no edifício Patrocínio, gabinete 24 e CAD de Beja – Centro Saú-de de Beja 2, que são espaços anónimos, confidenciais e gratuitos onde qualquer pessoa se pode dirigir para fazer o teste rápido e obter aconselhamento na área.

Total acumulado desde 1983 representa menos de 3% do total nacional. prevalência é de 13,5 casos por 100 mil habitantes.

“É fundamental continuar-se a apos-tar na detecção precoce da infecção pelo VIH, pois é através da detecção precoce que também são prevenidos um conjunto de transmissões futuras”, refere fonte da ARS Alentejo.

Não existindo cura para a infecção, o VIH/sida é hoje uma doença para a qual existem tratamentos eficazes, com me-nos efeitos secundários dos existentes há anos atrás. No entanto, a não partilha de seringas e/ou outro material cortante que possa conter sangue infectado e a utili-zação consistente do preservativo são os comportamentos que melhor previnem a transmissão da doença.

O relatório das Nações Unidas de 2010, apresentado em Berlim no passado dia 21 de Novembro, vem de facto sublinhar uma vez mais que nos dias de hoje me-nos pessoas morrem de sida e mais acesso existe aos tratamentos. Isto faz com que a prevalência da infecção aumente (mais pessoas a viver infectadas) tendo o nú-

mero de seropositivos no mundo atingido um valor recorde: 34 milhões de pessoas. No entanto, a taxa de novas infecções tem vindo a diminuir: 15% menos do que há 10 anos.

Com uma taxa de novos diagnósticos e um aumento de pessoas em tratamento acima da média europeia (9.9 novos diag-nósticos/100 mil habitantes; 0.6% preva-lência entre os 15-49 anos, mais de 22 000 pessoas em tratamento), Portugal conti-nua a ser dos países da Europa onde a epi-demia tem atingido maiores proporções.

“Não obstante, é fundamental perceber a problemática da epidemia portuguesa contextualizadamente: perceber de onde partimos, como estamos, e para onde va-mos. À semelhança de outros países Por-tugal tem também conseguido diminuir as taxas de mortalidade relacionadas com sida, bem como melhorar os acessos ao tratamento para que todos possam be-neficiar dos melhores cuidados médicos”, acrescenta a mesma fonte.

Além se seguir doentes infectados, o Hospital de Évora dispõe de um centro de aconselhamento.

D.R.

“A Magia da Música”, do Hospital de Évora, é um 123 projectos oriundos de hospitais pediátricos, maternidades e outros organismos do Serviço Na-cional de Saúde candidatos a receber apoio da “Missão Sorriso”. A votação está a ser feita através da Internet e abrange iniciativas nas áreas da saúde materno-infantil e do envelhecimen-to activo.

No Serviço de Internamento de Pediatria do HESE são admitidas crianças de ambos os sexos, com ida-des compreendidas entre os 28 dias de vida e os 16 anos de idade, prevendo-se o seu alargamento faseado até aos 17 anos e 364 dias.

Por ser um Hospital Central, área de influência do serviço ultrapassa o distrito de Évora abrangendo também algumas franjas de distritos limítrofes nomeadamente de Beja, de Portalegre, de Santarém e de Setúbal.

O projecto visa promover a musi-coterapia, “uma vez que a mesma se tem mostrado eficaz na promoção da humanização em inúmeros estudos realizados”.

“Dado o serviço não dispor de equipamento que permita a aplica-ção da musicoterapia como forma de humanização considera-se urgente investir nesta área”, refere fonte hospitalar.

Pediatria na missão sorriso

Évora

O Serviço de Cardiologia do Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE (HESE-EPE) acaba de realizar a milésima implantação de ‘pacemaker’, um dispositivo médico cardíaco utili-zado no tratamento de doentes com bradi-arritmia sintomática, uma das principais causas de internamento hospitalar.

A primeira cirurgia foi realizada em 2004 – ano em que a unidade de ‘pacing’ foi inaugurada no Hospital do Espírito Santo – e desde essa altura já foram tratados mil doentes com arritmia cardíaca, oriundos da região do Alentejo.

De acordo com Pedro Dionísio, médico cardiologista do HESE-EPE, “ao longo destes 6 anos, o hospital tem apostado na aplicação de novas tecnologias na área cardíaca, como ‘pacemakers’ de segunda geração compatíveis com ressonância mag-nética”.

“Pretendemos continuar a fazer des-ta unidade um centro de referência no Alentejo, ao disponibilizar aos pa-cientes as técnicas mais avançadas no tratamento das arritmias cardíacas”, refere este especialista do Hospital de Évora.

Colocados mil ‘pacemakers’

Évora

Um novo método de monitorização car-díaca à distância, que permite uma ava-liação remota tanto do funcionamento de aparelhos cardíacos implantados como do estado clínico do doente, está agora disponível no Hospital de Beja.

O sistema denomina-se Latitude e pro-mete melhorar a vida dos doentes alente-janos com insuficiência cardíaca e facili-tar o trabalho dos especialistas médicos

Beja monitoriza insuficiência cardíacadesta região. Esta semana foi entregue a um doente de Odemira o primeiro apare-lho disponibilizado por aquele hospital.

O sistema permite que o doente se sinta mais tranquilo, pois sabe que o seu esta-do de saúde está a ser permanentemente acompanhado, o que se revela especial-mente importante para os doentes alen-tejanos das localidades mais afastadas das capitais de distrito, que muitas vezes precisam de deslocar-se aos hospitais dis-tritais para fazer os exames frequentes que a insuficiência cardíaca exige.

O programa é composto por uma unida-de domiciliar de fácil utilização (o comuni-

cador), que utiliza uma tecnologia sem fios para recolher os dados transmitidos pelo aparelho e de sensores externos: balança para avaliar o peso corporal e monitor de pressão, para avaliar a pressão arterial.

Luís Moura Duarte, médico cardiolo-gista no Hospital de Beja, sublinha que este novo método de monitorização vem trazer “inúmeras melhorias na forma de tratar a insuficiência cardíaca”. O espe-cialista afirma que o sistema “permite ao médico assistente avaliar o estado do doente à distância e intervir mais rapida-mente se necessário, o que nestes casos pode fazer toda a diferença”.

Estado do doente é avaliado de forma mais célere pelo médico assistente.

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Actual

propriedade integra dezenas de moradias, lagar, adega, igreja e até casino e hotéis das antigas termas.

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Luís Godinho | Testo

Nem a placa evocativa do “patriarca” da família Sequeira, dona da Herdade do Pe-reiro, escapa ao abandono e à destruição. A pedra, erguida pelos trabalhadores da exploração em homenagem a João Nunes Sequeira, falecido em 1968, encontra-se caída junto à antiga cantina escolar. A es-cola, a primeira escola primária da aldeia, ficava do outro da rua, frente à adega onde gerações de homens fizeram vinho e rodeada de casas nas quais residiam os trabalhadores da herdade – uma verda-deira aldeia formada por dezenas de ha-bitações e espaços colectivos.

Lá mais ao fundo, nas antigas termas da Fadagosa, uma vedação de arame im-pede a entrada nos edifícios onde funcio-naram tratamentos termais e hotéis – há 100 anos havia capacidade para alojar 150 banhistas em “quartos amplos, bem are-jados e inundados de luz, distribuídos por cinco edifícios independentes”.

Também a casa senhorial e a igreja estão em ruína. Na capela, por exemplo, sobram o altar e alguns bancos de madeira mas as paredes encontram-se despidas e há muito que imagens de santos e objectos de arte “voaram” para outras paragens.

“Quando o pai dos actuais proprietá-rios faleceu, há 15 anos, ainda por aí ha-via o cabreiro, o abegão e alguns traba-lhadores. Hoje não vive aí ninguém, nem há condições para isso”, diz uma vizinha. É a única pessoa nas proximidades dos 20 mil metros quadrados de área construída, o local que em tempos se chamou aldeia do Pereiro e que uma imobiliária de luxo, a Sotheby’s International Realty Por-tugal, colocou à venda por 7 milhões de euros.

“Aquilo ser vendido era o melhor que nos podia acontecer. A utilização daque-

Aldeia do Pereiro à venda por 7 milhões de eurosimobiliária diz que já há gente interessada em adqui-rir aldeia abandonada.

le espaço, onde até já houve um casino, para o turismo iria criar postos de traba-lho e trazer riqueza”, garante o presidente da Junta de Freguesia da Beirã, António Mimoso. “É uma tristeza ver todo aquele património abandonado”.

À medida que a Herdade do Pereiro per-dia importância e população, a povoação da Beirã crescia, “encostada” à linha de

caminho-de-ferro. “Primeiro mudou-se a Guarda Fiscal e com os guardas vieram as respectivas famílias, depois abriu a alfândega, foram-se aqui criando postos de trabalho e as pessoas começaram a mudar-se”. Por fim até a escola construída em 1964 no âmbito do “plano dos cente-nários” fechou portas no Pereiro. Já não havia crianças.

“O tempo não passa tão depressa quan-to parece”. A frase publicitária utilizada pela Sotheby’s para “vender” a Herdade do Pereiro não deixa de conter alguma ironia, ainda que involuntária: afinal, não foram precisos mais do que 15 ou 20 anos para que a aldeia ficasse em ruína.

Resta o “ambiente de paz de espírito e tranquilidade” do local e o potencial do espaço edificado, algo que hoje em

dia seria impossível de concretizar em virtude dos planos de salvaguarda ambiental. Além da casa senhorial, da capela e das dezenas de caças tipica-mente regionais, há diversas fontes, forno de pão, lagar, adega, celeiros e muitos outros espaços.

Nas antigas termas da Fadagosa, es-tão por restaurar os quartos dos antigos hotéis, o restaurante, o bar e o salão de jogos.

”Paz de espírito e tranquilidade“

Nem a antiga igreja, junto à casa senhorial, escapa à passagem dos anos e ao abandono.

Sofia Ascenso | Texto

Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro-ministro e presidente do grupo Impresa, esteve na Universidade de Évora onde foi o primeiro convidado da iniciativa “Gestão aulas abertas”. A Europa e o Mundo num cenário de crise económica, os desafios que se colocam aos media e o surgimento de novas or-ganizações mundiais foram alguns dos temas trazidos à mesa pelo empresário.

Na sua intervenção aos alunos e participantes da primeira aula aberta de Gestão, Francisco Pinto Balsemão afirmou que a “Europa está a arder e é preciso apagar e evitar os fogos” e que Portugal deve “arrumar a casa” e cum-prir aquilo com que se comprometeu.

À medida que forem dadas provas de cumprimento, “vale a pena tentar renegociar prazos e encontrar solu-ções para a nossa banca”. No entanto, o empresário considera que não havia outra solução para o país senão o acor-do com a troika.

Presidente e CEO do Grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão falou sobre como é ser empresário dos media em tempos de crise. O empresário referiu o decréscimo da circulação da imprensa no mundo ocidental e em particular das dificuldades do grupo Impresa que detém, entre outras, a Visão, a Exame e o Expresso.

Estas dificuldades prendem-se, entre outros motivos com a deslo-cação da publicidade para os novos “players”, ou seja os novos meios de comunicação, como as redes sociais, os iPad’s, que segundo Francisco Pinto Balsemão são “muito pouco regula-dos” e não passam de agregadores de conteúdos.

Falando para uma plateia consti-tuída essencialmente por alunos de Gestão, o empresário sublinhou algu-mas das missões do jornalismo, entre elas a independência, no entanto refere que para ser independente tem de se ganhar dinheiro, mas não estar obcecado com os custos.

“A Europa está a arder”

Francisco Pinto Balsemão

A divulgação das rotas portuguesas para Santiago de Compostela, a recuperação de um quadro roubado e a promoção da arte francesa em Portugal e da portu-guesa em França valeram a José An-tónio Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da diocese de Beja, uma distinção do Estado gaulês. A Medalha da Juventude e dos Desportos, atribuída a 14 de Julho, dia da República Francesa, foi entregue na representação diplomática gaulesa em Lisboa.

José António Falcão salienta o empe-nho do seu departamento para que “a região entre nas grandes rotas culturais e artísticas da Europa”, nomeadamente através do Caminho de Santiago, “clara-mente” o “primeiro itinerário cultural” do Velho Continente.

A medalha distingue também o “traba-

Condecorado em França

lho no campo da investigação e salva-guarda da arte francesa em Portugal”, bem como “a promoção da arte portu-guesa em França”, refere José António Falcão.

José António Falcão distinguido em França.

D.R.

D.R.

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Actual

dossiêr será entregue à unesco no próximo dia 30 de Março. depois do fado, portugal aposta no cante.

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Candidatura do cante a Património da Humanidade avança em Março

Pedro Galego | Texto Depois de o Fado ficar para sempre con-sagrado é a vez do Cante Alentejano unir forçar para ser considerado Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A candidatura deste género musical co-ral com origens ancestrais será entregue na sede da organização a 30 de Março de 2012 pela Confraria do Cante Alentejano, entidade promotora da candidatura, à qual se associaram a Casa do Alentejo e a Associação MODA, como co-promotoras.

A Câmara Municipal de Serpa e a Tu-rismo do Alentejo, Entidade Regional de Turismo são os patrocinadores da candi-datura que nasceu de um desafio lançado pelo embaixador Fernando Andresen Gui-marães, ex-Presidente da Comissão Nacio-nal da UNESCO, ao presidente da Câmara Municipal de Serpa, João Rocha, quando

cavaco Silva preside à co-missão de honra da candida-tura à unesco.

Processo de classificação inclui recolha do cancioneiro e inventário dos grupos corais.

da preparação da candidatura de Serpa à Rede de Cidades Criativas da UNESCO.

Rui Vieira Nery lidera a Comissão Científica da candidatura e a Comissão Executiva é presidida por Carlos Laranjo

Medeiros.A candidatura do Cante Alentejano a

Património Cultural Imaterial da Huma-nidade parte do envolvimento das comu-nidades, dos grupos e dos indivíduos na

salvaguarda do seu próprio património cultural imaterial.

As entidades envolvidas empenham-se agora para dinamizar o apoio e o en-volvimento de todos os municípios em que existem grupos de cante alentejano.

Pelo seu lado, a Casa do Alentejo está a recolher o apoio das Casas do Alentejo e outras associações de alentejanos exis-tentes no País e na diáspora e a Confra-ria do Cante Alentejano e a Associação MODA estão a dinamizar o apoio dos gru-pos corais.

No contexto da candidatura, serão rea-lizados diversos trabalhos como a recolha e estudo do cancioneiro e da discografia do Cante Alentejano, a inventariação e caracterização dos grupos corais e uma compilação ilustrada de histórias de vida de cantadores e de grupos corais.

O programa de promoção e divulgação da candidatura incluirá um filme docu-mental do realizador Sérgio Tréfaut, bem como exposições, conferências, concur-sos fotográficos, concertos e manifesta-ções de rua

Para Joaquim Soares, do Grupo Coral Cantares de Évora e membro da comissão executiva da candidatura, disse ao Regis-to que este processo será complicado, mas que deve gerar o empenho de todas as pessoas envolvidas.

“Se no caso do fado os principais intervenientes conseguem empenho a nível individual, no Cante é preciso gerir a vontade de várias personalidades e posturas perante a vida. Mas o certo é que esta expressão tem raízes muito mais antigas e é merecedora desta distinção”, referiu o responsável do grupo, que neste momento assume a presidência da Associação MODA – Associação do Cante Alentejano, para quem esta expressão

Cantares de Évora confiante mas reconhece dificuldades

é “património vivo” do Alentejo e uma expressão genuína da tradição vocal profundamente enraizada na alma do povo alentejano, determinante para a conservação da sua identidade cultural e que constitui simultaneamente uma referência fundamental da região.

Nos estatutos da Associação está latente que “o modo de cantar e o amor ao Cante estão intrinsecamente ligados à memória do tempo em que os cantadores tinham uma ligação profunda ao traba-lho e ao mundo rural. Mesmo com essa memória e esse tempo a desaparecer, o Cante mantém intactas as características da sua expressão vocal, a solenidade e a paixão na sua interpretação. Desse modo, o Cante dificilmente será cantado e interpretado fora do contexto em que nasceu, ou seja, no Alentejo e pelo povo alentejano.

Neste momento existem registados cerca de 120 grupos corais deste géne-ro, a maioria sedeada no Alentejo, mas também existem grupos corais noutros pontos do país e do mundo, nos locais onde a diáspora dos naturais desta região criou raízes.

Em 2006, a Praça da República em Beja foi palco de um evento em que o Cante tentou a inscrição nas páginas do “Guinness Book”, o famoso livro dos recordes. Ao romper da “bela aurora” do dia 20 de Maio daquele ano – instituído como o Dia do Cante – começou o desfile de 50 grupos corais alentejanos pelas ruas de Beja. O evento contou com centenas os repre-sentantes da diáspora alentejana.

Cante no Guinness

D.R.

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a autora contou a história infantil nas escolas de Viana do alentejo. os alunos fizeram as ilustrações.

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Cerca de 300 crianças dos jardins-de-infância e do 1º ciclo de Viana do Alentejo e Aguiar participam dia 15 de Dezembro na Festa de Natal promovida pelo Município de Viana do Alentejo.

O espectáculo intitulado “Ribe-bé-béu! Laréu-ao Léu” levado à cena pela Culartes, sob a direcção de cena de Diana Regal é baseado no conto com o mesmo nome de Joaninha de Cabeção que vai ser lançado dia 8 de Dezembro, no Cine-teatro Vianense. Palavras, imagens, música e muito mais será a receita para conhecer a história da “Velha Passa” que com os seus dois gatinhos parte em aventura para as terras do “Não-saber”.

O espectáculo tem a duração de 45 minutos e vai ser exibido em duas ses-sões, uma de manhã para os jardins-de-infância de Aguiar, Viana do Alentejo e Centro Imaculado Coração de Maria. Durante a tarde é a vez dos meninos do 1º ciclo assistirem à festa de Natal.

Para este ano, a Câmara Municipal de Viana do Alentejo em parceria com as juntas de freguesia do concelho e algumas entidades patrocinadoras da edição do conto vai oferecer um livro a todas as crianças.

Espectáculopara crianças

Viana do Alentejo

”Ribe-bé-beu“ chegou a livroprojecto considerado inova-dor a nível nacional é apre-sentado sábado.O Cine-teatro Vianense vai ser palco do lançamento do conto “Ribe-bé-béu! La-réu-ao-Léu” de Joaninha de Cabeção, dia 8 de Dezembro, às 15h00. A obra que tem ilustrações de Danuta Wojciechowska e de pequenos artistas do Concelho de Via-na do Alentejo será apresentada por Ana Paula Guimarães do IELT (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Fa-culdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e Carlos Augusto Ribeiro (artista plástico).

Em Maio do ano passado, a ilustrado-ra e pintora Danuta Wojciechowska di-namizou oficinas de ilustração para as crianças do 3º e 4º anos do Agrupamen-to de Escolas de Viana do Alentejo. Esta actividade desenvolveu-se no âmbito da

O Presépio de Rua com figuras em ta-manho real regressou à vila medieval de Monsaraz. São 43 figuras distribu-ídas pelas ruas da vila até ao Largo do Castelo, local onde foi colocado o conjunto principal com a Virgem, São José e o Menino.

Pelo décimo segundo ano conse-cutivo, o Município de Reguengos de Monsaraz apresenta esta iniciativa de promoção turística com méritos firma-dos e elevada criatividade no domínio da animação temática de conjuntos históricos.

O Presépio de Rua de Monsaraz, um projecto artístico da autoria de Teresa Martins, foi remodelado e restaurado no ano passado. A escultora man-teve os tons pastel nas figuras, mas acrescentou-lhes tons rosa velhos e lilases, alterando também as caras e as mãos, actualmente feitas em cerâmi-ca, ficando com forma e num sentido mais figurativo.

Outra das alterações foi a construção de uma choupana com a manjedoura onde fica a Sagrada Família.

Os milhares de turistas que se des-locam a Monsaraz durante esta época do ano podem fazer um percurso pelas ruas históricas “acompanha-dos” pelas figuras que representam a Natividade, como os Reis Magos, os guardas do castelo, o pastor, a lavadei-ra, a fiadeira e o almocreve. Em cada ano, as figuras são colocadas noutros locais da vila medieval, atribuindo-lhes um sentido diferente.

Presépio em Monsaraz

Natal

Semana da Ilustração subordinada ao tema “Oficina de fazer livros: como nasce um livro”, integrada no projecto Leituras à Lareira, uma parceria entre a BECRE do Agrupamento de Escolas de Viana do Alentejo, Colecção B, Associação Cultural e Oficina da Criança da Câmara Munici-

pal de Viana do Alentejo.A iniciativa tinha como objectivo sen-

sibilizar os mais novos para a importân-cia do livro, da leitura e da ilustração e, também para o processo de construção de um livro, desde a história até à sua edição.

Depois de escutarem o conto escrito por Joaninha Duarte dedicado às crianças do Concelho de Viana do Alentejo, os alunos puseram à prova a sua imaginação e cria-tividade nas pinturas que vão agora ilus-trar o livro.

A Editora Lupa Design e o estúdio de Carlos Menezes associaram-se a este pro-jecto, a primeira na produção do livro, o segundo na produção do CD. O projecto contou ainda com a colaboração de Sónia Mendes que compôs a música do CD.

Este projecto, considerado inovador e único no Pais, contou ainda com o apoio de diversas entidades públicas e privadas do Concelho e a nível nacional.

D.R.

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Exclusivoduas empresas reforçam projectos em Mora. uma no sector da iluminação. outra no da saúde.

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Investimento de 4,5 milhões em Mora

Pedro Galego | Texto

A duplicação da fábrica de iluminação Led da Arquiled e a expansão da uni-dade industrial da Medirm, empresa de dispositivos médicos, num investimento global de 4,5 milhões de euros, criando 22 empregos, estão a desenvolver a zona industrial do concelho de Mora. O conce-lho cria assim novas oportunidades para uma área que pretende ser cada vez mais atractiva, de forma a combater a crise.

No que toca à empresa que se dedica ao fabrico de iluminação, a Arquilled tem já concluída a expansão da sua unidade in-dustrial, reflectindo o aumento da procu-ra da iluminação LED, que se traduz em vantagens na poupança de energia que esta tecnologia detém e no crescente fe-edback bem como a procura do mercado internacional.

Expansão de unidades em-presariais cria 22 postos de trabalho.

Com um investimento de mais de um milhão e 900 mil euros, as obras estão nes-te momento concluídas e a nova unidade que nasceu junto à existente, encontra-se

dotada da mais avançada tecnologia. Quanto à Medirm, que desenvolve a

sua actividade comercial na produção e embalagem de dispositivos médicos não

activos, encontra-se actualmente em ex-pansão, tendo adquirido mais um pavi-lhão na Zona Industrial de Mora.

Num investimento de 2,5 milhões de euros, trata-se de da montagem de um centro e de um laboratório para esterili-zação de produtos médicos, numa aposta no aumento da mão-de-obra qualificada que a longo prazo resultará na abertura de sete novos postos de trabalho.

Para a autarquia, liderada por Luís Si-mão, “estes investimentos são o sinal de que, apesar da crise, ainda há quem apos-te na inovação e no desenvolvimento do nosso concelho”, reforçando o papel de duas empresas que se têm afirmado como âncoras daquele espaço industrial da vila alentejana.

A Medirm é uma empresa portugue-sa com sede na Zona Industrial de Mora criada em 2005 e que dispõe de instala-ções e equipamento moderno que garan-tem o melhor tratamento dos produtos.

De cariz familiar, a empresa é fabrican-te e exportadora de material médico para toda a Europa.

A Medirm é uma empresa familiar que exporta material médico para toda a Europa.

D.R.

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Exclusivo

Lista das 1000 maiores empresas do país inclui 10 alentejanas. Somincor é das que mais exporta. Já o

10 maiores empresas do Alentejo facturam 1,9 mil milhões

Luís Godinho | Texto

As 10 maiores empresas do Alentejo fac-turaram em 2010 quase 1,9 mil milhões de euros, um crescimento substancial face ao ano anterior muito por “culpa” da Repsol e da Somincor cujo volume de ne-gócios registou disparou: 91,3% no caso da química de Sines (que em 2009 havia co-locado 50% dos trabalhadores em lay off) e 24,7% na mineira de Neves Corvo.

Destaque, pela negativa, para a redu-ção de actividade da Empresa de Desen-volvimento e Infra-estruturas de Alque-va (EDIA), cujo volume de negócios caiu 48,5% em 2010, o que traduz o abranda-mento no sector das obras públicas. E para a chegada ao ‘ranking’ do sector empre-sarial da saúde, com a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano a posicionar-se como líder deste segmento.

Outros destaques: entre as 1000 maiores empresas nacionais, a Novadelta é a que regista um menor endividamento (cor-respondente a 26,3% do activo) e a Somin-cor coloca-se entre as maiores empresas exportadoras do país, tendo facturado em 2010 cerca de 418 milhões de euros.

O volume de exportações da região (in-cluindo os municípios da Lezíria do Tejo integrados na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo) cresceu o ano passado 23,5% atingindo 1,9 mil milhões de euros.

É na zona de Castro Verde que a Somin-cor – Sociedade Mineira de Neves Corvo, controlada desde 2006 pelo grupo cana-diano Lundin Mining, explora uma das maiores minas de cobre da Europa. O ja-zigo mineral (cobre, estanho e zinco) foi descoberto em 1977 e começou a ser ex-plorado cinco anos depois pela Somincor, à época detida pelo Estado em 51%. O gru-po francês Peñarroya + BRGM detinha os restantes 49%, posteriormente alienados ao grupo Rio Tinto.

Antes de chegar à Lundin Mining, em-presa cotada nas bolsas de Toronto e Es-tocolmo e que explora minas em vários pontos do mundo, a Somincor ainda pas-sou pelas mãos da Rio Tinto, outro “gigan-te” mundial do sector mineiro.

De Neves Corvo saem anualmente cer-

ca de 340 mil toneladas de concentrado de cobre, cuja cotação “disparou” nos mer-cados internacionais para um valor su-perior aos 400 cêntimos de dólar por libra de peso, e 2 mil toneladas de concentrado de estanho. A empresa dá trabalho a 1300 pessoas (trabalhos directos e indirectos), dos quais 90% são oriundos da região en-volvente.

As 10 maiores firma da região integram o “ranking” das 1000 maiores do país. A contabilização é feita de acordo com o município onde se localizam as respecti-vas sedes sociais, facto que leva algumas empresas a não constarem da lista apesar de realizarem no Alentejo uma parte sig-nificativa da sua actividade. Exemplos? A Corticeira Amorim (com um volume de negócios de 456,7 milhões de euros e que extrai cortiça em diversos pontos do Alentejo), a Nutrinvest, da família Mello, (que fechou 2010 com vendas de 850 mi-lhões de euros e explora o maior olival do mundo perto de Ferreira do Alentejo) ou o Grupo RAR, proprietário da Vitacress, em Odemira.

O grupo Delta – cujo administrador Rui Miguel Nabeiro foi na passada semana entrevistado pelo Registo – dá emprego a 1343 pessoas, tendo reforçado a aposta nos recursos humanos ao longo de um ano onde consolidou a aposta na Delta Q em resultado de uma parceria com a LN Moldes para a produção de 4,5 milhões de cápsulas de café por semana.

“A Delta Q foi lançada em 2007 quan-do sentimos internamente que o ciclo de inovação estava concluído e o produto estava pronto para chegar ao mercado”, explica Rui Miguel Nabeiro, consideran-do que a marca foi lançada “na altura cer-ta” e com a vantagem de utilizar a rede de distribuição montada pelo grupo. “O objectivo é consolidar a nossa posição no mercado português com uma constante aposta em inovação, como são exemplo os recentes lançamentos powercoffee e tisanas e prosseguir a nossa estratégia de internacionalização”.

Actualmente a Delta compra café pra-ticamente a todos os países produtores, entre os quais Brasil, Angola, Vietname e Costa Rica. As exportações representam

repsol polímeros (Sines), Somincor (castro Verde) e grupo delta (campo Maior) lideram lista das maiores empresas com sede social na região.

Empresa Volume de Negócios Variação 10/11repsol polimeros 713 335 91,3%Somincor 445 530 24,7%Manuel rui azinhais nabeiro 209 417 3,1%novadelta 110 068 1,1%

uL Saúde do norte alentejo 100 095 n/duL Saúde do Sul alentejo 89 926 -0,3%Edia 82 834 -48,5%Hospital do Espírito Santo 81 182 n/dartenius 39 028 0%amatoscar 25 845 0%

As 10 maiores

20% da facturação total, com Espanha à cabeça de uma lista onde se integram outros países como França, Luxemburgo, Brasil e Angola.

Nos últimos anos, a empresa tem procu-rado diversificar a sua oferta com a apos-ta em produtos como o vinho (a adega foi desenhada por Siza Vieira) e o azeite.

O porto de Sines é uma das “portas” de saída dos bens portugueses. O volume de exportações das empresas alentejanas cresceu o ano passado 23,5% comparativamente com 2009, atingindo os 1,9 mil milhões de euros.

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Exclusivo

grupo delta tem um reduzido endividamento bancário. Volume de negócios da Edia caiu 48,5%.

Canadianos estudam novo investimentoLuís Godinho | Texto

A empresa canadiana Lundin Mining, proprietária da Somincor, está a estudar um investimento de 160 milhões de euros na exploração de novas jazidas de cobre e zinco em Neves Corvo, Castro Verde. “A decisão final será tomada no próximo ano”, diz a porta-voz da em-presa, Lígia Várzea, confirmando que a cotação em alta destes metais deu novo impulso ao projecto a que foi atribuído o nome da localidade mais próxima da zona de expansão da mina, Lombador.

“É um jazigo muito grande mas encon-tra-se a uma grande profundidade [entre 700 e 1200 metros]. Para avançar com o investimento é necessário ter em conta não apenas a quantidade de minério existente mas também os custos que a sua extracção envolve”.

A AICEP Bruxelas, em colaboração com a Embraer e a representação permanente de Portugal junto da Co-missão Europeia, organizou um semi-nário sectorial visando dar a conhecer os projectos da Embraer para Évora a um conjunto de 25 empresas belgas do sector. A iniciativa contou com a pre-sença do presidente da Embraer para a Europa, Luiz Fernando Fusch.

Na parte da manhã realizou-se o seminário dirigido às empresas belgas, seguido de um Networking Lunch, tendo posteriormente sido realizadas um conjunto de reuniões bilaterais entre a Embraer e em grupo selecto de empresas belgas.

Na sequência deste evento, os pro-motores analisam agora a exequibi-lidade e a oportunidade de organizar em 2012 uma missão empresarial a Portugal.

Belgas atentos

Embraer

A Vitacress Portugal, visitada pelo Presidente da República, produz mais de 5 mil toneladas de saladas por ano, das quais cerca de 40% se destinam a exportação. Da sua produção de tomate em estufa – cerca de 2 mil toneladas/ano – exporta para o Rein Unido mais de 90%, onde é líder no segmento bioló-gico. No total, a empresa está a exportar mais de 50% da produção efectuada em cerca de 300 hectares de terrenos agrícolas no litoral alentejano.

Detida desde 2008 pelo grupo RAR – empresa 100% portuguesa com interesses no sector alimentar, embalagens, imobiliário e turismo – a Vitacress é um dos líderes europeus na produção e comercialização de produ-tos hortícolas como agrião, espinafre, ervas aromáticas e tomate fresco.

Exportações em alta

Odemira

Segundo Lígia Varzea, os estudos de viabilidade encomendados pela empre-

sa estão praticamente concluídos, pelo que a decisão final será “anunciada em breve”.

“O projecto Lombador é de valor estratégico para a Lundin Mining e é uma extensão natural da actual mina de Neves-Corvo”, diz o administrador Paul Conibear numa informação ao mercado onde assinala que os primeiros resulta-dos confirmam a viabilidade da extrac-ção de cobre e zinco.

A perspectiva é que a produção atinja 1,1 milhões de toneladas de minério de zinco por ano, o que tornaria Neves Cor-vo numa das maiores minas da Europa, e 500 mil toneladas de minério de cobre.

“Em combinação com a operação [mi-neira] já existente, o estudo aponta para um pico de 3,7 milhões de toneladas de cobre e minérios de zinco em 2019”, refere a Lundin Mining, acrescentando que o

investimento prolongaria o tempo de vida útil da mina pelo menos até 2026.

A expansão da mina poderá obrigar à construção de um novo poço de extrac-ção e de uma nova lavaria, estando prevista a criação de cerca de 300 postos de trabalho.

Apesar de a produção da Somincor ter sido afectada pela exploração de minério menos rico durante o primeiro semestre de 2011 em resultado de dificuldades operacionais entretanto superadas, o preço elevado do cobre nos mercados internacionais fez com que o volume de negócios da empresa atingisse 197,7 milhões de euros, o que traduz um cres-cimento de 60,9% em comparação com o período homólogo de 2010.

O resultado líquido (52,4 milhões de euros) é superior em 43,4% ao do ano passado.

A Somincor explora a mina de Neves Corvo

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O porto de Sines é uma das “portas” de saída dos bens portugueses. O volume de exportações das empresas alentejanas cresceu o ano passado 23,5% comparativamente com 2009, atingindo os 1,9 mil milhões de euros.

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Radarnatal clássico começa em Évora dia 8 de dezembro e inclui espectáculos de música, teatro e bailado.

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“Cante ao Menino” em época de Natalgrupos corais do ateneu Mourense e cantares de Évora iniciam programa.Aí está mais uma edição do Natal Clássi-co, cujo programa inclui espectáculos de música, teatro e bailado, a terem lugar entre os dias 8 e 28 de Dezembro. O pro-grama abre este ano com as actuações do Grupo Coral e Etnográfico do Ateneu Mourense e do Grupo Coral e Etnográfico “Cantares de Évora”, que fazem a apresen-tação do “Cante Ao Menino” na Igreja de Santo Antão, no próximo dia 8 de Dezem-bro, pelas 18 horas.

A Banda Filarmónica Liberalitas Julia actua no Palácio de D. Manuel, no dia 11 de Dezembro, pelas 16 horas. Mais tarde, pelas 18 horas, o Museu de Évora recebe o espectáculo “Cantar do Avesso”, pelo Gru-po Vocal Trítono, conduzido pelo Maestro Octávio Martins.

Entre os dias 13 e 18 Dezembro o Centro Dramático de Évora apresenta no Teatro Garcia de Resende, sempre às 18:30, uma

peça dos Bonecos de Santo Aleixo alusiva à quadra natalícia, intitulada “O Auto do Nascimento do Menino Jesus”.

No dia 16 de Dezembro, pelas 17:30, o Coral da Associação de Reformados, Pen-sionistas e Idosos de Évora (ARPIE) actua

O Coral Évora irá dar um concerto dia 17 de Dezembro na Igreja de Santo Antão.

na Igreja de S. Vicente, conduzido pelo Maestro José Sargaço. Dia 17 de Dezem-bro, pelas 18:30, será a vez do Coral Évora participar no Natal Clássico, num concer-to dirigido pelo Maestro Octávio Martins, na Igreja de Santo Antão.

A Catedral da Sé de Évora será palco de mais um concerto de Natal promovido pela Fundação Eugénio de Almeida, no 18 Dezembro, às 18:00. Segue-se, no dia seguinte, a Orquestra do Departamento de Música da Universidade de Évora na Igreja de S. Francisco.

No 21 de Dezembro, pelas 21:30, o Gar-cia de Resende recebe o bailado “Lago dos Cisnes”, numa apresentação do Russian Classical Ballet.

A música regressa a este espaço dia 23 com a ópera “Così Fan Tutte”, de W. A. Mo-zart, pelo Ensemble Contemporâneus; e no 28 de Dezembro, com música contem-porânea do Alentejo, num espectáculo de cante e piano, com a participação con-junta dos Cantares de Évora com Amílcar Vasques-Dias (piano), que encerra esta edição do Natal Clássico de Évora.

D.R.

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Radar

depois de “Heróis à Moda do alentejo”, Luís Miguel ricardo volta a escrever sobre herança cultural da região.

A passagem dos 25 anos da integração de Évora na “lista representativa do Patrimó-nio Mundial da Humanidade” impunha “naturalmente” que se realizassem os ri-tuais de comemoração.

E assim foi, num ambiente estranho de unanimidade, sublinhado pela rivalida-de entre os representantes da antiga edi-lidade comunista e a actual Câmara.

Os primeiros reivindicam a paternida-de da candidatura e pouco falta para que recusem à segunda a legitimidade para levar a cabo a comemoração. A actual Câmara (representante actual eleita da cidade), entendeu que devia comemorar o que é da cidade, não de uma vereação particular.

Mas essa desavença não esconde um acordo muito mais profundo: a patrimo-nialização do centro histórico de Évora terá sido positiva, “motivo de orgulho” e sobretudo factor de desenvolvimento, etc.

Os factos, sendo teimosos, mostram que a patrimonialização do centro histórico acelerou a desertificação, e o êxodo dos habitantes para as periferias e agravou a decadência do espaço habitado. A emigra-ção portuguesa de massa, nos anos 60 e inícios da década de 70, foi (correctamen-te) interpretada como um acto político: não podendo votar nas urnas e mudar o que tinha que ser mudado, os Portugue-ses “votavam com os pés”: iam-se embora.

O abandono que os Eborenses efectua-ram foi também um movimento de massa, cujo significado político permanece obscu-ro. O centro histórico perdeu população a um ritmo assustador: 1960-1970, -19%; 1971-1981, -15%; 1981-1991, -28%; 1991-2001, -28%; 2001-2011, -16%. Com algum abrandamento na década (71-81) que inclui a revolução de Abril, a perda dispara na década da patri-monialização (86) e na seguinte para um ritmo que é o dobro dos precedentes. A po-pulação do centro é, em 2011, pouco mais de metade do que era em 1980.

Mais uma vez, a unanimidade reina: não houve programa, plano, projecto, que não mencionasse o objectivo de “revita-lizar o centro histórico” e evitar o aban-dono, objectivo partilhado pelas sucessi-vas vereações. Insisto, porque a intenção, tudo leva crer, terá sido sempre genuína por parte de uns e de outros.

Alguma força superior agiu de modo constante, agravando o mal que se dese-java combater – a deserção dos habitantes do centro histórico e impondo-a como uma fatalidade. Tal é o “efeito patrimo-nialização”, que Évora, de resto, partilha com outros centros históricos patrimo-nializados. Como se impôs um resultado que ninguém queria?

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CI-

DEHUS, Universidade de Évora20 de Novembro de 2011.

[email protected]

Um olhar antropológico

Évora / Património: Bênção, ou Maldição?

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JoSÉ rodriguES doS SanToS*antropólogo

Redacção | Registo

O coordenador e autor do best seller “He-róis à Moda do Alentejo”, Luís Miguel Ri-cardo, propõe agora uma viagem à década de 80. “Verão 86” é o título do seu último romance, que agora chega às livrarias.

Para além do romance, o livro contém no final um suplemento a que se decidiu chamar “Cardeneta (também podendo ser chamada de catreneta – ambos ter-mos dos falares alentejanos) dos me-lhores cromos e postais do Alentejo dos anos 80”, ou seja, uma colecção de ícones da década de 80 que fazem parte do pa-trimónio cultural de um Alentejo rural que começa a diluir-se com o fenómeno da globalização.

Um grupo de rapazes na “idade da par-vidade” – Marmelo, Paulo Piolho, Zeca Gago, Burtoeja, Zé Inácio e Bufa Amare-la – é o cicerone dessa viagem no tempo proposta pelo autor. Com eles vivemos as emoções do futebol jogado em ambiente rural, onde as ruas de terra, os restolhos das searas ceifadas e os terrenos baldios são transformados, pela criatividade da época, em autênticos campos da bola, com balizas feitas de paus de eucaliptos e redes de sacas de batata.

Com eles recordamos a descoberta do sexo oposto: estratagemas bem e mal su-cedidos para arranjar na clandestinidade as publicações “pedagógicas” da época; e os esquemas de sedução aplicados junto das raparigas de Cova da Zorra (aldeia imaginária onde decorre a acção) e, sobre-tudo, junto das filhas dos emigrantes que regressam à terra no mês de Agosto;

“Com eles divertimo-nos com as faça-nhas tentadas e conseguidas, quer para ajustar contas antigas, como para solu-cionar um problema emergente, ou sim-plesmente para alimentar o ego de quem as idealiza”, resume Luís Miguel Ricardo, acrescentando que hábitos lúdicos de há 25 anos estão presentes na obra;: dos jogos de futebol de tabuleiro com bonecos às colecções de cromos do Mundial de Fute-bol passando por arcos e flechas feitos a partir de varetas de guarda-chuivas ou os “imitadores de motos que se colocavam nas pedaleiras em dias de afirmação”.

Pelo romance passam tradições locais, como as festas de Santa Maria, as feiras de Setembro ou o dia do “banho dos 9”, em que as famílias “rumavam em excursões para as bandas do mar (costa alentejana) para tomar o banho que valia por nove”.

“As mulheres apanhavam berbigões, os moços jogavam à bola e os homens es-preitavam as praias de nudismo”.

A caderneta é um guia com várias en-tradas referentes a ícones dos anos 80 que estão presentes no texto e que visa enqua-drar o leitor no contexto da obra e preser-var hábitos e tradições do Alentejo rural dos anos 80.

Livro recorda tradições dos anos 80 no Alentejoromance inclui “caderneta” com os “melhores cromos e postais” do alentejo de finais da década de 80.

D.R.

Sei o que fizeste...Enquanto no México se jogavam as decisões derradeiras do campeonato do mundo de futebol, em Cova da Zor-ra, em pleno coração de um Alentejo profundamente rural, a comunidade vivia as incidências próprias dos dias quentes e abafados da época.

Os rapazes desdobravam-se entre as jogatinas da bola nos campos de restolho agreste, as aventuras e desventuras de pedaleira ou a pé, os trabalhos sazonais e a descoberta do sexo.

As raparigas sonhavam com prín-cipes encantados que as resgatassem da monotonia da planície solitária. Os adultos prosseguiam com o fado da vida.

Tradições ruraisNo livro são registados falares e tradi-ções do Baixo Alentejo. Como o ritual do “apregoar” que era feito para ante-cipar a morte de alguém que está em sofrimento. De acordo com a tradição oral, as pessoas que comessem carne de grou (ave de envergadura seme-lhante à cegonha branca e que apare-ce, sobretudo, nas planícies de Castro Verde e Évora e nas zonas envolventes da barragem de Alqueva) teriam mui-ta dificuldade em morrer, por mais débil que estivesse a sua saúde.

Como forma de os ajudar “a partir” fazia-se um ritual que consistia no seguinte: duas pessoas ou mais, pre-ferencialmente à noite, colocavam-se nas esquinas das ruas e apregoavam alternadamente (simulando um diá-logo) «O senhor “João Cortes” comeu carne de grou. Queria acabar mas ainda não acabou.»

A arte de ‘bem-falar’Falsemente – a bem dizer …; consta por aí ….Estrampulida – barulho provocado por um veículo; barulho forte.Estrada velha – estrada térrea.Estrada nova – estrada de asfalto Quesila (ter quesila) – ter raiva; ter ódio. Rolindo (daqui para fora) – andando; desaparecendo; acto de expulsar.

A viagem do tempo, proposta pela autor, é conduzida por um grupo de rapazes.

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Fim-de-semana com “Efabulação” na igreja de São Vicente, e fotografias de Magda giebels nos ex-celeiros.

Radar

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Colecção B apresenta propostasiniciativas culturais para o fim-de-semana organizadas pela colecção B.

Os artistas Márcio-André, Ana Gesto e Nuno Nunes abrem as portas da Igreja de São Vicente. A Colecção B está de vol-ta ao palco da cidade. Nos dias 8, 9 e 10 de Dezembro, Nuno Nunes, desmonta e reflecte sobre a realidade que é capaz de aperceber e reproduzir, recorrendo-se de elementos aparentemente dissonantes que recupera da tradição do Conto Popu-lar e das Fábulas. É “Efabulação”.

Alternando entre a visão do mundo actual que o rodeia e a sua própria vida, entre as experiências que concebeu atra-vés dos outros e as que viveu realmente, e esbatendo a fronteira entre ficção e rea-lidade, ele põe a nu, actualizando, o sen-tido de palavras e imagens que, retiradas do universo fantástico de histórias intem-porais, legadas pela tradição, adquirem uma pujante força e verdade.

Nos antigos celeiros da EPAC, e até dia 10 de Dezembro, continua patente ao pú-blico “Journey to the end”, uma viagem pela memória num espaço de memórias com fotografias de Magda Giebels.

Resultado de um tempo de criação fo-tográfica analógica em slide que se esten-de ao longo de mais de quarenta anos, a instalação de Magda Giebels recorre a 10 projectores de slides para criar redes de intersecção, contaminaçao, sobreposição ou contraste entre as centenas de fotos da instalação, exibidas num espaço onde a

memória é uma constante. Assim, em estreito diálogo com a estru-

tura arquitectónica de arcos e abóbadas, marcada pela presença das janelas e colu-nas, as fotos de Magda Giebels expõem-se em torrentes de cor, sempre elaborando sobreposições alimentadas pela memó-ria de tempos e lugares.

Fotografia de Magda Giebels nos antigos celeiros da EPAC.

A Associação Eborae Mvsica promo-ve, no dia 10 de Dezembro, sábado, às 18h00, no Convento dos Remédios, em Évora, o Concerto de Natal pelo Coro Polifónico Eborae Mvsica, dirigido pelo Maestro Pedro Teixeira e integra-do no VII Ciclo de Concertos “Música no Inverno”. Serão interpretadas obras dos polifonistas eborenses dos séculos XVI e XVI Manuel Mendes e Estêvão Lopes-Morago e dos compositores con-temporâneos Fernando Lopes-Graça e Eurico Carrapatoso.

O programa inclui música da Sé de Évora, incluindo o despontar da polifo-nia sacra portuguesa – “Missa ferialis” de Manuel Mendes (c.1547-1605).

O Coro Polifónico Eboræ Musica é dirigido pelo maestro Pedro Teixeira. Fez em Setembro de 1987 a sua primei-ra apresentação pública, integrada no acontecimento cultural “Os Povos e as Artes”, tendo realizado diversas actuações ao longo da sua existência, interpretando não só a polifonia da Escola de Música da Sé de Évora (sécs. XVI e XVII), como também outras obras de diferentes épocas.

Concerto de Natal

Eborae Mvsica

D.R.

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14 08 Dezembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOTodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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Page 15: Registo ed184

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Sugestão de filme

Carta dominante: O Dependurado, que significa Sacrifício.amor: Irá manifestar-se em si uma forte sensualidade.saúde: Com disciplina e controlo melho-rará. dinheiro: Poderá ter tendência para gas-tar mais do que habitualmente.

Carta dominante: 10 de Espadas, que significa Dor, Depressão, Escuridão.amor: Esteja atento a tudo o que o rodeia.saúde: Não terá que se preocupar, está em plena forma.dinheiro: Algumas dificuldades avizi-nham-se.

Carta dominante: 5 de Copas, que signi-fica Derrota.amor: Caso esteja livre e descomprometi-do poderá surgir brevemente a pessoa que idealizou. saúde: Tenderá a sofrer de fadiga. Durma mais. O cansaço tomará conta de si, pro-cure o seu médico e tome umas vitaminas para revitalizar o seu corpo.dinheiro: Poderá voltar a surgir uma pro-posta que estava suspensa há algum tempo.

Carta dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Viagem longa, Partida Ines-perada.amor: Deixe o ciúme de lado e aproveite bem os momentos escaldantes. Que o fu-turo lhe seja risonho!saúde: Cuidado com os excessos alimen-tares.dinheiro: Período menos favorável para empréstimos.

Carta dominante: 8 de Copas, que signi-fica Concretização, Felicidade.amor: Poderá surgir um mal entendido, mas com calma tudo se resolve.saúde: Este será um período de paz, apro-veite para descansar. Seja o seu melhor amigo!dinheiro: Momento pouco favorável para grandes investimentos.

Carta dominante: Valete de Paus, que significa Amigo, Notícias Inesperadas.amor: Através do diálogo poderá clarificar algumas dúvidas com a sua cara-metade. A felicidade espera por si, aproveite-a!saúde: Cuidado com os vírus gripais.dinheiro: Reina a estabilidade neste campo.

Carta dominante: 2 de Espadas, que sig-nifica Afeição, Falsidade.amor: Entre em contacto com os seus familiares e amigos que estão distantes e verá como custará menos a suportar a saudade. Não se deixe dominar por maus presságios! saúde: Dê mais atenção aos seus ouvi-dos. dinheiro: Não espere grandes alterações neste campo da sua vida.

Carta dominante: 3 de Ouros, que signi-fica Poder.amor: Período bom para estar com o seu amor. Descubra a imensa força e coragem que traz dentro de si!saúde: Manter-se-á numa situação está-vel.dinheiro: A sua carreira está em alta.

Carta dominante: 10 de Ouros, que sig-nifica Prosperidade, Riqueza e Segurança.amor: Andará muito sentimental e por isso o seu relacionamento amoroso estará colorido e cheio de ternura. Olhe em fren-te e verá que existe uma luz ao fundo do túnel!saúde: Espera-o um período isento de preocupações.dinheiro: Fique atento e evite qualquer tipo de gasto supérfluo.

Carta dominante: O Papa, que significa Sabedoriaamor: Os ciúmes não nos levam a lado nenhum, tenha confiança na pessoa que tem a seu lado. saúde: Cuidado com a diabetes, não coma muitos doces.dinheiro: Momento propício para um investimento mais sério. Que o sucesso esteja sempre consigo!

Carta dominante: A Justiça, que signifi-ca Justiça.amor: Não tenha atitudes infantis rela-cionadas com ciúmes doentios. Aprenda a trazer para a luz o melhor do seu ser!saúde: Cuidado com a auto-medicação. dinheiro: Época favorável ao investimen-to em novos negócios.

Carta dominante: 7 de Paus, que signifi-ca Discussão, Negociação Difícil.amor: Procure estar mais tempo com os seus amigos e familiares. Tenha a ousadia de sonhar!saúde: Faça com maior regularidade aná-lises ao sangue.dinheiro: Os gastos desenfreados podem prejudicá-lo significativamente.

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mamíferos de Àgua doCePatente na exposição ficará um grande terrário que acolherá um casal de Musaranhos-de-água, um pequeno e interessante mamífero que ocorre no Norte e Centro do país e que depende dos cursos de água doce para sobreviver.Esta nova exposição temporária, responsabilidade do Fluviário de Mora, foi feita em colaboração com o Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com produção de conteúdos pelo Dou-tor Francisco Petrucci-Fonseca.

évora

Chartres en lumiÈresAté 31 de Março de 2012 | Átrio dos Paços do ConcelhoMostra fotográfica do evento “Char-tres en Lumières”, realizado na cida-de francesa de Chartres, geminada com Évora, e que reúne todos os anos, desde 2003, quase um milhão de pessoas para assistir à iluminação cénica multicolor dos principais mo-numentos da cidade, durante mais de 100 noites. No dia da inauguração terá lugar uma conferência sobre o Património em Chartres. Info: 266 777 000Email: [email protected] | Site: www.cm-evora.ptOrg.: Câmara Municipal de Évora | Câmara Municipal de ChartresNota: Evento integrado nas Come-morações dos 25 Anos de Évora Património Mundial

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natal ClássiCo8 Dez. | Quinta-feira| 18:00CANTE AO MENINOGrupo Coral e Etnográfico do Ate-neu Mourense; Grupo Coral e Etno-gráfico “Cantares de Évora”Local: Igreja de Santo AntãoInfo: 266 777 100Site: www.cm-evora.ptOrg.: Câmara Municipal de Évora/Divisão de Assuntos Culturais | ARPIE | Associação de Música Eborae Mvsica | Associação Filarmónica Liberalitas Ju-lia | Associação Cultural Trítono | CEN-DREV | Classic Stage | Contemporâ-neus, Associação para a Promoção da Arte | Coral Évora | Fundação Eugénio de Almeida | Grupo Cantares de Évora | Ministério da Cultura/Delegação Re-gional do Alentejo | Universidade de Évora/Departamento de MúsicaApoio: Cabido da Sé de Évora | Casa Cadaval | Museu de Évora | Paró-quia da Igreja de S. Pedro/Igreja de S. Francisco | Paróquia da Igreja de Santo Antão | Projecto “Teias”

évora

danças do mundo para CriançasSEGUNDAS-FEIRAS | Espaço CeleirosAulas regulares de danças do mun-do para crianças.Aulas a decorrer semanalmente no ano lectivo 2011/2012.Com a Prof. Ana Silvestre.Horário: 18:00-19:00Info: 266 732 504Email: [email protected] | Site: www.pede-xumbo.com

músiCamonsaraz

“sementes do uni-verso” – ateliê de pinturaAté 8 de Janeiro de 2012Ateliê de pintura que Alice Alves realiza na Vila Mediaval de Mon-saraz, trabalhando ao vivo. Alice Alves é uma pintora autodidacta que iniciou a sua actividade ar-tistica há mais de uma década. Desde 2005 participou em expo-sições individuais e colectivas em França, Alemanha, e Portugal. Actualmente deseja desenvolver a sua arte como método de terpia para crianças com dificuldades e deficiencias. Esta Mostra Integra o Ciclo de Exposições Monsaraz Museu Aberto.Horário: das 10h ás 13h e das 14h ás 18hLocal: Casa Monsaraz

aguiar

saladas tipográfiCas e outras BarBaridades afins Até Sábado 31 de Dezembro de 2011 | 17:30 | Teatro Bernardim RibeiroUma brincadeira gráfica, um jogo de escrita, uma construção de letras, estilos e imagens em combinações divertidas. É este o resultado do trabalho de Pedro Proença. A história da imprensa e da ilustração, assim como as van-guardas artísticas do princípio do século XX.

outros

Sugestão de livro

Capitão América - O Primeiro VingadorDirecção: Joe JohnstonSinópse:

nascido durante a grande depressão, Steve rogers cresceu como um garoto franzino em uma família pobre. Horrorizado por uma propaganda que mostrou a ascensão nazista na Europa, o jovem é inspirado a alistar-se no exército. no entanto, por conta de sua

tratamento com um corpo mais perfeito que um ser humano pode ter. rogers então é submetido a um in-tesivo programa de treinamento físico e tático. Três meses depois, ele recebe

a sua primeira missão como capitão américa. armado com seu escudo indestrutível ele combate o mal sozinho e como o líder dos Vingadores.

saúde frágil, ele é rejeitado. Mas ao escutar os apelos honestos do rapaz, o general chester phil-lips oferece a rogers a oportunidade de participar da opera-ção: renascimento.depois de semanas de testes ele recebe o soro do super-soldado e é bombardeado por “raios-vita”. Emerge do

O Deus das Pequenas CoisasDirecção: Arundhati RoySinópse:

o deus das pequenas coisas é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no Sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. uma história feita de muitas histórias. as histórias dos gémeos Estha e rahel, nascidos em 1962,

ex-mulher inglesa, Margaret, e da filha de ambos, Sophie Mol. a da sua tia-avó mais nova, Baby Kochamma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno pelo padre Mul-

ligan. Estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época contur-bada e de um país cuja essência parece eterna.

por entre notícias de uma guerra perdida. a de sua mãe ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de Velutha, o intocável deus das pequenas coisas. a da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guar-da cicatrizes da violência de pappachi. a do tio chacko, que anseia pela visita da

Page 16: Registo ed184

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

A vila de Alcáçovas recebe a par-tir de dia 9, e até domingo, dia 11, a XII Mostra de Doçaria que con-ta este ano com a presença do Chef Luís Baena que vai efectuar ao vivo uma demonstração de Sobremesas Gourmet com Do-çaria Conventual e Tradicional. Destaque ainda para o Laborató-rio do Doce para Crianças.

Abre as portas ao público dia 9, em Alcáçovas, a partir das 19h00, a décima segunda edição da Mostra de Doçaria, organiza-da pelo Município de Viana do Alentejo e pela Junta de Fregue-sia de Alcáçovas.

O certame que promete ado-çar a boca aos muitos visitantes esperados, conta este ano com a participação de 33 doceiros e do-ceiras oriundos de vários pontos do País, incluindo os Monges do Mosteiro de Oseira, em Espanha.

Conde de Alcáçovas, Sardi-

nhas Albardadas, Amores de Viana e Bolo Real são os cartões-de-visita do certame que há 12 anos recuperou receitas antigas que fazem parte da história e da identidade deste Concelho.

Nesta edição da Mostra o desta-que vai para uma demonstração de sobremesas Gourmet com Do-çaria Conventual e Tradicional, pelo Chef Luís Baena, dia 11, do-mingo, a partir das 15h30. Novi-dade este ano é a criação do Labo-ratório do Doce para crianças.

Três doceiras vão durante a tarde de sábado e domingo, con-feccionar doces com a ajuda de verdadeiros “mini-chefs”, que vão tomar conta da “cozinha” improvisada e pôr as mãos na massa. Sob o olhar atento das doceiras vão colocar à prova a sua imaginação na decoração de algumas iguarias.

Para além de terem a oportu-

nidade de provar doces varia-dos, os visitantes podem ainda apreciar um programa cultural que inclui a actuação a Banda da Sociedade União Alcaçoven-se, grupos corais do Concelho, o Grupo Coral “Vindimadores da Vidigueira”, o Grupo de Música Popular Flores do Campo, o Gru-po de Cantares Populares Sea-ra Nova e o Rancho Folclórico “As Mondadeiras” - Casa Branca (Sousel) e, ainda uma Noite de Dança com a Secção de Dança da Casa do Benfica em Viana do Alentejo, as Sevilhanas da As-sociação Cultural e Recreativa Alcaçovense e a Classe de Dança da Associação Equestre de Viana do Alentejo.

Incluído na programação da Mostra de Doçaria está o II Pas-seio BTT – Rota dos Doces Sabo-res organizado pela Associação de Jovens de Alcáçovas.

Livro

“Santo Lenho”A Fundação Eugénio de Almeida lançou o livro “O Santo Lenho da Sé de Évora: Arte, Esplendor e Devoção”, uma publicação que integra o projecto de Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora e que dá a conhecer a Cruz-Relicário do Santo Lenho, um dos mais emblemáticos tesouros da Sé de Évora.A edição inclui os textos “História e Devoção” da autoria de Artur Goulart, “A Exaltação Barroca do Cromatismo e o Re-licário do Santo Lenho da Sé de Évora”, de Gonçalo de Vasconce-los e Sousa e “Esplen-dor e Pedraria” de Rui Galopim de Carvalho.O tesouro da Sé de Évo-ra abriga peças de arte sacra, nos domínios da paramentaria, pintura, escultura e ourivesaria. A mais curiosa é uma Virgem do século XIII, de marfim cujo corpo se abre para se tornar num tríptico com minúsculas cenas esculpidas: a sua vida em nove episódios.

Alcáçovas organiza a feira mais doce do Alentejo

Este fim-de-semana

D.R.

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Mostra de doçaria com propostas variadas.

Alandroal vai receber no pró-ximo sábado o I Encontro Em-presarial de Alandroal – Asso-ciativismo, Empreendedorismo e Dinâmicas Empresariais, ini-ciativa promovida pela autar-quia local em colaboração com a Confederação da Industria Por-tuguesa, representada pelo seu presidente, António Saraiva, os principais agentes económicos do concelho e potenciais inves-tidores. A iniciativa, primeira do género realizada no concelho e aberta a todos os empresários e investidores, assenta na partilha de testemunhos dos empresários locais e contributos de empreen-dedores convidados.

“O momento actual é muito difícil, como todos sabemos. No entanto, não podemos ficar pa-rados e, muito pelo contrário, devemos, em conjunto, procurar as soluções que possibilitem o crescimento económico do con-celho”, diz o presidente da autar-quia, João Grilo.

A iniciativa visa promover o município como um “local ape-tecível” para os investidores pri-vados. Entre os vários factores de diferenciação, destaca-se Alque-va e a proximidade a Espanha.

Empresários debatem futuro

Alandroal