registo ed171

16
www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 08 de Setembro de 2011 | ed. 171 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB JOAQUIM PÁSCOA Em entrevista ao Registo, o presidente do Sindicato dos Professores da Zona diz que as dificuldades das escolas se vão agravar este Ano Lectivo com a redução do número de professores e com o aumento do número de alunos por turma. Quanto à extinção das direcções regionais de Educação, anunciada pelo Governo, Joaquim Páscoa é claro: “Não vejo nenhum inconveniente”. 09 09 D.R. Preço do pão vai (de novo) aumentar Baixa produtividade e aumento de 76% no preço dos cereais resultam em subida de preço. A má campanha de cereais, cuja produtivida- de em 2011 é das mais baixas de sempre em Portugal, acompanhada da subida de preço nos mercados internacionais deverá conduzir a um aumento do preço do pão. “Se os preços [dos cereais] persistirem, é pos- sível que haja um impacto” no custo do pão, admite o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, recordando que o preço dos cereais disparou 76% depois de uma forte seca ter levado a Rússia a suspender a ex- portação de cereais retirando mais de 21 mi- lhões de toneladas do mercado. Em Portugal, além do mau ano agrícola, a área cultivada com cereais é cada vez menor. “Escolas vão ter mais dificuldades” Vendas Novas Vigílias para manter SAP Pág.07 Sucedem-se as vigílias da população de Vendas Novas contra o possível encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde durante a noite. Os utentes dizem não ter condições para se deslocar a Montemor-o-Novo ou Évora durante o período previsto para o encerramento das urgências. Luís Pardal | Arquivo Registo 08 08 D.R. Comboios Encontro ibérico Pág.06 Campo Maior foi palco de um encontro entre o presidente da Junta da Extremadura e o primeiro- ministro português. Monago e Passos Coelho estão de acordo em avançar com a ligação de Sines à Europa numa linha ferroviária de mercadorias.

Upload: semanario-registo

Post on 19-Mar-2016

253 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição 171 do Semanário Registo

TRANSCRIPT

Page 1: Registo ed171

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 08 de Setembro de 2011 | ed. 171 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

JOAQUIM PÁSCOA Em entrevista ao Registo, o presidente do Sindicato dos Professores da Zona diz que as dificuldades das escolas se vão agravar este Ano Lectivo com a redução do número de professores e com o aumento do número de alunos por turma. Quanto à extinção das direcções regionais de Educação, anunciada pelo Governo, Joaquim Páscoa é claro: “Não vejo nenhum inconveniente”.

0909

D.R

.

Preço do pão vai (de novo) aumentarBaixa produtividade e aumento de 76% no preço dos cereais resultam em subida de preço.A má campanha de cereais, cuja produtivida-de em 2011 é das mais baixas de sempre em Portugal, acompanhada da subida de preço nos mercados internacionais deverá conduzir a um aumento do preço do pão.

“Se os preços [dos cereais] persistirem, é pos-sível que haja um impacto” no custo do pão, admite o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, recordando que o preço dos cereais disparou 76% depois de uma

forte seca ter levado a Rússia a suspender a ex-portação de cereais retirando mais de 21 mi-lhões de toneladas do mercado. Em Portugal, além do mau ano agrícola, a área cultivada com cereais é cada vez menor.

“Escolas vão ter mais dificuldades”

Vendas Novas Vigílias para manter SAPPág.07 Sucedem-se as vigílias da população de Vendas Novas contra o possível encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde durante a noite. Os utentes dizem não ter condições para se deslocar a Montemor-o-Novo ou Évora durante o período previsto para o encerramento das urgências.

Luís Pardal | Arquivo Registo

0808

D.R

.

ComboiosEncontro ibéricoPág.06 Campo Maior foi palco de um encontro entre o presidente da Junta da Extremadura e o primeiro-ministro português. Monago e Passos Coelho estão de acordo em avançar com a ligação de Sines à Europa numa linha ferroviária de mercadorias.

Page 2: Registo ed171

2 08 Setembro ‘11

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“O buraco da Madeira” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Este Governo quis ignorar esta realidade e agora vive o choque da realidade e actua de cabeça perdida, numa esquizofrenia tributária, sem perspectiva, sem capacidade para nos apontar um caminho”.

Existe uma forte expectativa e uma grande esperança que o actual Governo consiga re-solver a grave crise económica e financeira que atravessamos.

Efectivamente tem sido necessário recorrer a mais receita fiscal para resolver alguns dos pro-blemas emergentes. Na verdade, algumas difi-culdades têm surgido neste percurso inicial do Governo. Mas também é verdade que o Governo tem sido corajoso e competente para as resolver.

Têm sido questionadas as opções do Se-nhor Ministro de Estado e das Finanças por recorrer a mais receita fiscal para cumprir algumas das metas apresentadas no memo-rando. Um Governo que mal tomou posse, e tem que cumprir metas extremamente difíceis e rigorosas, pergunta-se se teria outro tipo de alternativa? Parece-me extremamente difícil.

Como é evidente, sabemos que o esforço terá que ir no sentido da redução das chama-das “gorduras” do estado. E é isso precisamen-te que o Governo pretende fazer. Para já, todas as soluções encontradas procuraram resolver problemas de curto prazo. Doutra forma, seria totalmente impossível cumprir as metas exis-tentes. Recorrer ao imposto extraordinário e ao acréscimo de imposto sobre as famílias melhor remuneradas e empresas altamente lucrativas, pretende dar esse tipo de resposta. Um destes impostos tem aplicação apenas no final deste ano e o outro durante cerca de 2 anos. Por isso, o seu efeito extraordinário para um período muito especial.

O Governo sabe que os problemas estruturais só se resolvem com medidas de fundo. Por isso mesmo, está previsto até ao final do ano serem

apresentadas medidas de redução dos custos desnecessários, assim como, uma forte aposta na reestruturação e reorganização do estado.

A extinção de serviços e instituições, a fu-são de organismos diversos, são medidas que pretendem dar resposta a esse tipo de questões. Em Outubro o Governo vai apresentar um plano muito claro sobre estas matérias.

É também reconhecido que existem muitos outros custos que são verdadeiros desperdícios do estado. Muitos deles funcionam como inibi-dores ao desenvolvimento económico. Atacar por aí vai ser uma das grandes prioridades do Governo.

Sendo reconhecido por todos a situação crítica em que o país se encontra, são estra-nhas algumas das posições apresentadas pela oposição. Muito mais se estranha, quando es-sas críticas vêm do principal partido da opo-sição, grande responsável pela situação com que nos defrontamos.

E necessário tempo para se tomarem medi-das de fundo, mas na realidade estamos a falar dum Governo que está em pleno das suas fun-ções há pouco mais do que dois meses. Com as obrigações e metas existentes (sobretudo as de curtíssimo prazo) parece-me que muito já tem sido apresentado.

È fundamental haver tempo para imple-mentar medidas estruturantes. Muito mais tempo é necessário para se tomarem medidas com impacto relevante na actividade econó-mica. O Governo está a preparar conveniente-mente essas medidas.

Há que dar tempo ao tempo. Só depois se deve avaliar.

Esperança num futuro melhor

António CostA dA silvAEconomista

Como é possível que antes de 100 dias de Governo Pedro Passos Coelho e a sua equi-pa já tenham desbaratado todo o capital de esperança que a maioria dos Portugueses depositou no PSD que veio a coligar-se com o CDS? Veio a confirmar-se a impreparação de Pedro Passos Coelho e da sua equipa.

Mesmo participando nas negociações com a Troika demonstrou um total desconheci-mento do estado real das finanças públicas portuguesas e do estado real da economia europeia e internacional.

Só esse desconhecimento justifica as con-tradições entre o discurso de Pedro Passos Coelho antes de 5 de Junho e sua actuação enquanto Primeiro-ministro. Tem feito tudo ao contrário do que prometeu! Enganou todos os que nele votaram, tal como teste-munharam recentemente Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite, os Deputados do CDS e alguns do PSD na Assembleia da Re-pública.

Uma enorme desilusão para quem se ilu-diu mas uma confirmação para todos os que denunciaram a enorme incompetência e des-conhecimento da realidade dos que agora nos governam.

Sou dos que desejaram pessoalmente a este Governo os maiores sucessos no mo-mento da sua tomada de posse, sessão onde participei, mas que rapidamente verifiquei que as dúvidas iniciais se confirmavam. Forte voluntarismo mas uma ausência de ex-periência misturado de incompetência para lidar com a complexidade dos problemas que nos afectam a todos.

Tudo era fácil para Pedro Passos Coelho antes de 5 de Junho. Mas e agora? Três con-ferências do Ministro das Finanças e três anúncios de aumento de impostos a par dos aumentos da electricidade e do gás.

E não fica por aqui! Em Outubro chegará novo aumento de impostos! Os tais cortes na Despesa, lembram-se dos consumos inter-médios, das gorduras, das Fundações, dos Institutos, de tanta despesa que de um dia para o outro se eliminava? Pois é, passados 100 dias não vimos nada! Fomos ludibria-dos! Aldrabados! Tudo o que valia antes de 5 de Junho já não vale! Tudo ao contrário, co-locando os mesmos a suportar o sufoco das decisões políticas!

Uma visão errada, de alpaca, sem hori-zonte estratégico, confinados à receita da Troika, do FMI, de Merkel, de Sarkozy, sem perspectiva económica e social, sem rasgo, conformada, asfixiante, castrante, destrui-dora de capital humano e que no final, nas previsões do Governo, em 2015: o mesmo nível de desemprego, o mesmo nível de endi-vidamento, o défice orçamental controlado, mas sem economia, sem vida, sem ânimo, sem alma, sem força para lutar, capitulando perante os ditames de uma estrutura domi-nante que revela incapacidade, vulgaridade, irresponsabilidade colectiva e ausência de sensibilidade social e capacidade de leitu-

Fim do Estado de graça! Já? Infelizmente já!

António sErrAnodeputado

ra das necessidades reais de uma economia globalizada.

Portugal enfrenta um período de grande provação para o qual os nossos políticos não estão preparados. As suas receitas esgota-ram-se e a paciência do povo vai rapidamen-te esgotar-se. Gostaria de vos transmitir uma visão optimista, mas não seria sério se o fi-zesse. Aquilo que nos espera é um conjunto de mais dificuldades e um Governo incapaz, numa Europa em processo de autofagia ace-lerado.

Bem podemos lamentar o passado e os er-ros dos Governos sucessivos, bem podemos lamentar o facilitismo no acesso ao crédito, a integração europeia, a destruição do tecido produtivo, a globalização, enfim…. Os ou-tros! Mas no final todos temos sido cúmpli-ces, em Portugal, na Europa, no mundo mais desenvolvido de uma estratégia suicida.

Este Governo quis ignorar esta realidade e agora vive o choque da realidade e actua de cabeça perdida, numa esquizofrenia tributá-ria, sem perspectiva, sem capacidade para nos apontar um caminho.

Aquilo que prometeu em eleições, aqui-lo que apresentou no Parlamento durante a apresentação do Programa de Governo já se esfumou! Decepcionante! Aterrador! Nem os “laranjinhas” (no dizer de Marques Men-des) nem os jovens Centristas estão a enten-der o que se está a passar e reconhecem que estão a viver um pesadelo para o qual não estavam preparados. Nem nós!

É lamentável, mas esta é a crua realidade e não vale a pena culpar outros. Compete aos que Governam encontrar as soluções para os problemas que nos afectam! O problema é mesmo Governar! Na oposição tudo é mais fácil! Só é pena que quem nos Governa hoje não tenha percebido tal evidência e que a so-freguidão de poder nos tenha trazido até este impasse! No fim perdemos todos e o fim do estado de graça é o princípio do fim, sem graça nenhuma!

Page 3: Registo ed171

3

ActualAssunção Cristas diz que faltam 30 milhões de euros para assegurar comparticipações do ProdEr.

Ministra da Agricultura anuncia corte na despesa

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, diz serem necessários “mais de 30 milhões de euros”, até final do ano, para a compartição nacional do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), verba que o ministério está a procurar assegu-rar através de cortes na despesa.

Segundo Assunção Cristas, a devolu-ção de apoios comunitários do PRODER a Bruxelas não se coloca, sendo sim pre-ocupação do Ministério da Agricultura “arranjar o dinheiro” da componente na-cional para o programa.

“Eu diria que, nos tempos idos, o proble-ma foi ‘vamos devolver dinheiro a Bruxe-las’. Neste momento, o problema é ‘temos que encontrar dinheiro nacional para pôr em todos os projectos” do PRODER que estão comprometidos, disse.

A ministra da Agricultura falava aos jornalistas na Universidade de Évora, de-pois de presidir à sessão de abertura do VI Congresso Ibérico de Agro-Engenharia.

Realizado pela primeira vez em Évora, o congresso surge, segundo a ministra, num “momento oportuno e de grande importância, pelo desafio que o país atra-vessa no que diz respeito à agricultura e ao ambiente, que passa por uma ligação estreita às universidades”.

Assunção Cristas considera necessário haver capacidade para aproveitar a in-vestigação e o conhecimento produzidos nas universidades para encontrar solu-ções que coloquem Portugal “na linha da frente” da produção e da competitividade.

Governante presidiu na Uni-versidade de Évora à ceri-mónia de abertura do vi Congresso ibérico de Agro-Engenharia.

A ministra da Agricultura garantiu que Portugal não irá devolver verbas a Bruxelas.

“O Ministério (da Agricultura) está mui-to empenhado em aprofundar um diálo-go com o meio académico, nomeadamen-te aqui no Alentejo, para que se responda positivamente aos desafios na área do regadio, que queremos que seja um belís-simo regadio a produzir bem e de forma competitiva, e isso é preciso fazer com a ajuda da Universidade”.

Durante o congresso, que reuniu várias dezenas de especialistas portugueses, espanhóis e brasileiros, foram debatidos temas que abrangem todas as áreas da agro-engenharia associadas à produção agro-pecuária que possibilitem melho-rar a produtividade de modo sustentável e amigo do ambiente, contribuindo para o desenvolvimento do meio rural (solo e água, mecanização agrícola, construções

rurais, energia, tecnologia da produção animal, tecnologia de estufas, tecnologia pós-colheita e processos agro-industriais, tecnologias emergentes e projectos, meio ambiente e território).

Presente na cerimónia de abertura, o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, aproveitou a oportu-nidade para realçar a importância da realização de eventos nesta natureza na cidade de Évora. Sobre a temática do con-gresso, realçou a necessidade de se voltar a apostar na agricultura, pois o Alentejo tem todas as condições para ser uma das maiores regiões agrícolas do país. Face ao actual cenário económico a agricultura pode e deve ser uma das alavancas do país e nesse aspecto o Alentejo tem um papel preponderante”.

O Movimento de Cidadãos Indepen-dentes em Defesa das Urgências em Vendas Novas realizou vigílias junto ao Centro de Saúde em defesa do funcionamento do Serviço de Aten-dimento Permanente (SAP) durante 24 horas e da prestação de melhores cuidados de saúde à população.

As vigílias foram marcadas depois do anúncio de cortes na despesa do Governo em várias áreas, nomeada-mente na área da Saúde. “Tivemos co-nhecimento da dívida existente entre o Ministério da Saúde e a empresa que assegura a colocação de médicos nos SAP’s, incluindo o de Vendas Novas, o que de momento está a impossibilitar a colocação de médicos neste serviço”, refere o movimento, segundo o qual o Governo tenciona encerrar o SAP entre as 20h00 e as 8h00 da manhã.

“Esta informação não foi confirma-da por nenhuma entidade oficial Não compreendemos porque os respon-sáveis do Ministério da Saúde, ARS Alentejo e ACES Central 2 escondem até à última hora tal decisão da popu-lação, sabendo que são as mesmas que irão sofrer as consequências de tais actos”.

Por isso, o movimento solicitou reuniões de urgência ao Governo e responsáveis da ARS do Alentejo, ga-rantindo que a população local “não aceita nem irá aceitar” o encerramen-to do SAP.

Movimento defende SAP

Vendas Novas

O “top ten” dos primeiros sete meses do ano - onde se apresenta o volume de dormidas dos mercados emissores para a amostra recolhida pelo Moni-tor de Turismo do Alentejo -, confirma a consolidação dos seis principais mercados emissores, com o natural destaque do mercado português. A Bélgica subiu de 10º para 7º lugar do ranking, trocando de posições com a Finlândia.

No que respeita às taxas de ocu-pação verifica-se um melhor desem-penho deste indicador em TER (de 25,80% para 39,33%), significativa percentagem de ocupação registada nos hotéis/apartamento (76,13%) e a estabilidade deste indicador em pou-sadas, com uma variação marginal desde Março até Julho.

A quota dos portugueses nos par-ques de campismo ultrapassou os 50%, indicando a preferência por este tipo de alojamento no período estival.

Já o mix comercial por categoria de alojamento, regista este mês uma distribuição mais homogénea.

Turismo registacrescimento

Economia

D.R

.

O início de Outubro é em Beja sinónimo de Vinipax, este ano com a particularida-de de ao evento de vinhos estar associada uma programação complementar com gastronomia, tauromaquia e animação para crianças.

Nos dias 7, 8 e 9 de Outubro, o certame volta a apresentar no Parque de Feiras e Exposições de Beja os vinhos de referên-cia das regiões do Alentejo, Algarve, Pe-nínsula de Setúbal e Tejo. De realçar ain-da a participação de jornalistas e líderes de opinião especializados em vinhos que

ViniPax regressa em Outubroiniciativa decorre em Beja de 7 a 9 de outubro mos-trando os melhores vinhos produzidos no Alentejo.

irão eleger os melhores exemplares repre-sentados no evento e, sobretudo, aprofun-dar o conhecimento sobre os vinhos do Sul de Portugal.

“São dezenas de reputados jornalistas nacionais e estrangeiros, mais de uma centena de produtores (só do Sul de Portu-gal) e milhares de visitantes que nos dão força para continuarmos, nesta conjuntu-ra difícil, a dar passos certeiros em prol do desenvolvimento dos sectores agrícola, económico, turístico e cultural”, diz Mi-guel Góis, vereador da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Beja, a entidade organizadora do evento.

Em paralelo com a VINIPAX decor-rem novas edições da mostra de azeites Olivipax e da Beja Gourmet. Se no pri-meiro caso os visitantes poderão provar e adquirir o “ouro líquido” mediterrânico,

que tem uma expressão muito própria no Alentejo, no segundo poderão apreciar iguarias que traduzem as melhores tradi-ções gastronómicas da região.

Este ano, a VINIPAX abraça três outras iniciativas que são realizadas pela pri-meira vez em Beja: a segunda edição do “Alentejo das Gastronomias Mediterrâ-nicas”, numa organização do Turismo do Alentejo, com conferências, debates e de-monstrações de cozinha ao vivo; a “Beja Brava” e a “Beja Kids”, com espaços de ani-mação e lazer dirigidos aos mais novos.

“Serão momentos significativos para Beja, capazes de envolver a população local e da região e de atrair muitos visi-tantes e massa crítica relacionada com as temáticas do vinho, da gastronomia, da tauromaquia e do turismo”, garante Mi-guel Góis.

Page 4: Registo ed171

4 08 Setembro ‘11

Actual

secretaria de Estado da Cultura não se compromete com calendarização de obras prometidas desde 2005.

Convento da Saudação continua a degradar-se

O secretário de Estado da Cultura não se compromete com prazos para a recu-peração do Convento da Saudação, em Montemor-o-Novo, monumento que se encontra bastante degradado. Fonte do gabinete de Francisco José Viegas diz que o Governo está a “analisar o modelo financeiro a apresentar” para o projecto, “consciente do enquadramento actual e da sua importância local”.

Em 2007, a então ministra da Cultu-ra, Isabel Pires de Lima, visitou o local e considerou uma “prioridade” a recu-peração patrimonial daquele espaço, onde se encontra instalado um centro de artes transdisciplinares liderado pelo coreógrafo Rui Horta. Já dois anos antes, o Instituto Português do Património Ar-quitectónico (IPPAR) havia anunciado a recuperação do imóvel na sequência de um investimento de 10 milhões de euros.

As obras não passaram de promessas. Trata-se de um projecto “sucessivamente adiado por falta de vontade política de sucessivos governos que insistem em não assumir as responsabilidades que resul-tam do acordo estabelecido com a Câma-ra Municipal há já vários anos”, defende o deputado comunista João Oliveira.

“Após a intervenção urgente assumida então pelo Governo e pela Câmara Muni-cipal, nenhum Governo tomou medidas no sentido de concretizar o plano de re-cuperação e requalificação do Convento

Gabinete de Francisco José viegas diz que o Governo está a “analisar o modelo financeiro a apresentar”para o restauro do monumento.

numa perspectiva de apoio à actividade de criação artística e de disponibilização do espaço para utilização pelos artistas e pela população do concelho”.

Lamentando o “quadro de indefinição” relativamente a este projecto, João Oli-veira questionou o gabinete de Francisco José Viegas sobre a intenção do Governo em avançar com a obra. Mas a resposta não incluiu compromissos quanto a data: “A Secretaria de Estado da Cultura está a acompanhar a requalificação deste mo-numento nacional, nomeadamente, no que diz respeito ao cronograma estabele-cido”.

Situado dentro da cerca medieval de Montemor-o-Novo, o Convento da Sau-dação foi fundado em 1502 por D. Mécia de Moura, viúva do fidalgo D. Nuno de Castro, para albergar uma congregação de mulheres da vila que viviam em recolhi-mento. Seria no entanto o rei D. Manuel a estabelecer que o convento fosse en-tregue à ordem dominicana, na posse da qual se manteve durante vários séculos.

O conjunto incluí o templo, o claustro e ainda a sala do capítulo, tendo sido con-cebido como uma “fortaleza” fechada ao exterior, num modelo típico dos conven-tos femininos de clausura.

A Câmara Municipal de Viana do Alente-jo anunciou o início das obras de constru-ção do novo centro escolar da vila, envol-vendo um investimento de 2,9 milhões de euros.

Segundo a autarquia, o projecto é co-financiado pelo Feder através do INA-LENTEJO no âmbito da subvenção global contratualizada com a CIMAC – Comuni-dade Intermunicipal do Alentejo Central, que corresponde a uma taxa de 80% face ao investimento elegível de 1,9 milhões de euros e deverá estar concluída dentro de um ano.

O projecto consiste na construção de um complexo que vai agrupar o ensino pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico de Viana do Alentejo, dentro do perímetro da EB 2/3 Dr. Isidoro de Sousa.

O futuro centro escolar irá permitir “melhorar as condições de aprendizagem das crianças da freguesia”, estando prepa-

Viana do Alentejo vai ter centro escolarProjecto de 2,9 milhões de euros a inaugurar em 2012.

rado para receber cerca de 150 alunos, 30 do jardim-de-infância e 120 das escolas básicas do 1º ciclo distribuídos por dois edifícios – Escadinhas e S. João.

É constituído por oito salas de aula des-tinadas ao 1º ciclo e 3 para a educação pré-escolar. Estas salas vão ter espaços comuns como o refeitório, polivalente e biblioteca, além de espaços

personalizados como gabinete médico/isolamento, sala de atendimento e com-plemento de apoio à família e ainda gabi-netes de trabalho.

O centro irá acolher também a Oficina da Criança, um serviço de apoio às activi-dades lectivas e de tempos livres que fun-ciona sob a tutela da autarquia.

Monumento Nacional encontra-se em progressivo estado de degradação, desde há vários anos.

D.R.

D.R

.

Um homem de 23 anos foi detido domingo à noite pela GNR de Mon-temor-o-Novo por suspeita de se-questrar e ameaçar duas jovens num apartamento da cidade.

O homem conseguiu retirar as chaves do apartamento de uma amiga da ex-namorada, trancando-se na habitação com as duas jovens e ameaçando-as de morte caso chamas-sem as autoridades.

Segundo fonte da GNR, as vítimas conseguiram refugiar-se numa das divisões da casa e avisaram uma ou-tra amiga do sucedido através de uma mensagem de telemóvel, tendo sido esta a dar o alerta para as autoridades.

Depois, as duas jovens atiraram pela janela uma chave da porta do apartamento e a GNR acabou por en-trar na casa, consumando a detenção, sem que o suspeito oferecesse resis-tência.

As raparigas, que sofreram algumas agressões físicas, foram conduzidas ao hospital para receberem assistência médica. Presente a tribunal, o homem foi constituído arguido, ficando sujeito a Termo de Identidade e Residência.

Sequestro em Montemor

Crime

O grupo Electricidade Industrial Portuguesa (EIP) vai investir cinco milhões de euros na construção de uma fábrica de metalomecânica em Montemor-o-Novo, que poderá criar até 70 postos de trabalho.

Carlos Pinto de Sá, presidente da câmara de Montemor-o-Novo, revelou esta semana que a EIP, empresa ligada ao sector energético, “já adquiriu um terreno” na zona industrial da Adúa, na periferia da cidade, devendo avan-çar “dentro de poucos meses” com o projecto.

Carlos Pinto de Sá explicou que a EIP já possui uma unidade indus-trial em Montemor-o-Novo, onde são construídas torres para electricidade e outros componentes eléctricos, dando emprego actualmente a 50 trabalha-dores.

Com o novo investimento, segundo o presidente do município, a empresa poderá aumentar o número total de postos de trabalho até 120.

“Nos últimos anos, saíram daqui torres eléctricas que foram instaladas, por exemplo, na Venezuela, o que sig-nifica, também desse ponto de vista, um contributo para que Portugal pos-sa exportar mais”, destacou o autarca, citado pelo Oje.

A nova fábrica da EIP vai permitir ainda “resolver um dos problemas que mais afectava a qualidade ambien-tal” da zona industrial da cidade, ao instalar-se nos terrenos que são ocu-pados por uma antiga suinicultura, acrescentou.

Investimento cria empregos

Montemor-o-Novo

Page 5: Registo ed171

5

Actual

sociedade Portuguesa de oftalmologia alerta para a importância da detecção precoce dos problemas visuais.

PUB

Cerca de 20% das crianças em idade es-colar têm algum défice da função visual capaz de interferir com o rendimento es-colar. Agora que se aproxima o início do ano lectivo, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância da detecção precoce dos problemas visu-ais das crianças através de rastreios que devem ser feitos, pelo menos, a partir dos três ou quatro anos.

Augusto Magalhães, membro da SPO, afirma que “as doenças dos olhos que mais afectam as crianças são os erros refravtivos (miopia, hipermetropia e as-tigmatismo), a ambliopia e o estrabismo. Estima-se que cerca de 20% das crianças em idade escolar tenham algum défice de função visual provocado por uma destas patologias (ou outras menos frequentes) ”.

Um dos sinais mais habituais de pro-blemas na visão, é, segundo Augusto Ma-galhães, “a dificuldade na leitura. Embo-ra algumas crianças se queixem da sua

dificuldade, muitas não o fazem, pelo que deve ser o educador (pais ou professor) a estar atento”.

“A lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual, o fechar ou tapar um dos olhos e os erros a copiar do qua-

Problemas visuais afectam 20% das crianças e comprometem rendimento escolardificuldade de leitura é sinal de alarme para problemas visuais.

dro são sinais de alerta. Dores de cabeça, náuseas, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, são sintomas que não po-dem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmologista”.

A forma como a utilização de compu-tadores e outros dispositivos electróni-cos podem influenciar a função visual é uma questão que preocupa muitos pais. Mas Augusto Magalhães desmistifica esta ideia e explica que “não existem es-tudos científicos que comprovem a ideia de que os computadores provocam e/ou aumentam a miopia”. “O único prejuízo é o cansaço visual sentido após o uso pro-longado e ininterrupto destes dispositi-vos electrónicos, pelo que se recomenda que a sua utilização seja alternada com períodos de descanso”.

Para promover a saúde visual, o es-pecialista em oftalmologia pediátrica recomenda que os pais e educadores “providenciem a iluminação, cadeira e secretária adequadas para tarefas de lei-tura, corrigindo posições erradas (como ler deitado de barriga para baixo) e certi-ficando-se de que a distância de leitura é de 30 a 40 centímetros”.

Especialista diz não existirem estudos sobre problemas resultantes da utilização de computadores.

D.R

.

Page 6: Registo ed171

6 08 Setembro ‘11

Actual

Primeiro-ministro e presidente do governo regional da Extremadura reafirmam aposta nas mercadorias.

Passos e Monago acertam eixo ferroviário em Campo Maior

O presidente do governo regional da Extremadura, José António Monago, reuniu-se com o primeiro-ministro por-tuguês, Pedro Passos Coelho, no dia de encerramento das Festas do Povo, em Campo Maior. Um encontro formal para conhecer as intenções de Lisboa em rela-ção ao projecto de alta velocidade ferro-viária Lisboa/Caia e à linha internacio-nal de transporte de mercadorias (Sines/Algeciras/Madrid) conhecida como eixo prioritário (EP) 16.

Fonte da Junta da Extremadura avan-çou ao Registo que os dois responsá-veis políticos estão de acordo quanto à importância de o EP 16 ser considerado como “prioritário” pela União Europeia para os dois territórios. Esta proposta vai ao encontro do acordo estabelecido entre os governos dos dois países na ci-meira luso-espanhola realizada na Fi-gueira da Foz.

Durante o encontro, realizado no edi-fício dos Paços do Concelho de Campo Maior, e ao qual não terá assistido ne-nhum representante da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Alentejo (CCDRA), Pedro Passos Coelho reforçou as recentes declarações do ministro da Economia considerando “necessária e prioritária a execução” deste projecto que permitirá ligar o porto de Si-nes à Europa numa linha ferroviária com bitola ibérica.

A mesma fonte acrescenta que o pri-meiro-ministro manifestou a José An-

o denominado eixo prioritá-rio 16 vai assegurar a ligação ferroviária do porto de sines à Europa numa linha com bitola ibérica.

tónio Monago a intenção de Lisboa em manter “mais encontros entre os dois go-vernos” para falar sobre este projecto.

“O encontro em Campo Maior constitui mais um passo na ronda de contactos que o presidente da Junta da Extremadura iniciou em defesa do EP 16”, sublinha a Junta da Extremadura. Contactos entre os quais se insere uma outra reunião,

também em Campo Maior, desta vez com o Presidente da República, Cavaco Silva, momentos antes da cerimónia de inau-guração das Festas do Povo.

Dias antes, em Lisboa, Monago encon-trou-se com Álvaro Santos Pereira no Ministério da Economia, tendo obtido ga-rantias de que Portugal continua aposta-do na construção desta linha ferroviária

de mercadorias.Por sua vez, o chefe do Executivo extre-

menho assinalou que o futuro do sector agro-alimentar e agro-industrial da re-gião passa pela construção deste eixo fer-roviária que permitirá aumentar a “com-petitividade” das economias regionais “com o resto dos mercados, a um preço muito mais competitivo”.

Além do encontro com Passos Coelho, Monago reuniu-se igualmente com o Presidente da República e com o ministro da Economia.

Em 2009, Portugal importou produtos agrí-colas e alimentares no valor de 7481 milhões € (14,6% do total das importações). O nosso défice comercial (saldo entre as exportações e as importações de alimentos) aumentou 23,7 por cento entre 1999 e 2009, totalizando 3,3 mil milhões de euros (INE).

Os portugueses estão cada vez mais depen-dentes do estrangeiro para comer e, por isso, cada vez mais vulneráveis a uma escalada dos preços das matérias-primas alimentares como a que está a acontecer agora… A es-calada dos preços já fez aumentar os custos na importação de alguns produtos como é o caso dos cereais que, só em Outubro de 2010, dispararam 76,9 por cento, para os 71 milhões de euros. Entretanto os gastos com compra de carne no exterior também subiram 1,4 por cento.

Portugal está dependente da importação de cereais em cerca de 70%. Assim, perante a produção mundial de cereais a contrair cer-ca 2% em 2011 (está prevista uma contracção dos stocks de 35% para a cevada, 12% para o milho e 10% para o trigo, devendo apenas o arroz subir 6%) a subida dos preços dos cere-ais, usados na alimentação, encarece também a produção nacional, para além da internacio-nal.

Os efeitos desta conjuntura já se sentiram, com os custos da produção a aumentar cerca de 30% em 2010 e a reflectirem-se também no preço do pão. Apesar das exportações terem crescido mais de 100 por cento nesse período, as importações também subiram mais de 50 por cento e continuam a representar quase o dobro dos produtos que exportamos.

Assim, apesar de todos aqueles que defen-

dem que a «salvação» do país passa exclu-sivamente pelo aumento das exportações, parece evidente que há importações que po-deriam ser evitadas com a produção nacional. Será pois importante reactivar o nosso tecido produtivo até pelos efeitos positivos a nível de criação de emprego e de redução da de-pendência externa, que é fundamental para o país poder controlar e reduzir a dívida ex-terna cujo elevado valor e crescimento será o problema mais grave que Portugal enfrenta…

A agricultura, nomeadamente no que res-peita também à produção de cereais, é uma actividade através da qual é possível aumen-tar a produção nacional e contribuir para um maior grau de auto-suficiência alimentar, di-minuindo o nosso défice com o exterior nesta área, o que na actual conjuntura económica só por si já se revela muito importante.

Entretanto, a agricultura não é uma acti-vidade através da qual apenas se obtêm ali-mentos. A actividade agrícola, feita de forma sustentada agronómica, ambiental e econo-micamente, pode também ser importante ao nível da ocupação e ordenamento do territó-rio e é fundamental para os outros sectores económicos sobretudo ao nível das econo-mias rurais nas quais, a agricultura dinamiza indústrias e serviços, a montante e a jusante da actividade.

Em zonas nas quais a taxa de desemprego e os riscos de desertificação são elevados, a agricultura será portanto uma actividade a apoiar, fundamental para a ocupação do ter-ritório e para a retenção da população, rea-nimando o Mundo Rural e criando também condições para a existência de uma maior co-esão territorial.

A agricultura, o ambiente e o territórioriCArdo FrEixiAlProfessor universitário

D.R.

Page 7: Registo ed171

7

ExclusivoCentenas de pessoas manifestam-se à porta do Centro de saúde para defender manutenção do sAP.

Vigílias em Vendas Novas para defender urgências

Pedro Galego | Texto

As vigílias contra encerramento do Ser-viço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Vendas Novas no período nocturno sucedem-se.

O Agrupamento de Centros de Saúde e a Administração Regional de Saúde (ARS) – Alentejo têm arranjado soluções tempo-rárias, com um médico a assegura o horá-rio das 20h00 às 08h00, mas a população daquela cidade quer respostas definitivas e promete uma marcha lenta pela EN4 para breve, caso os seus anseios não se-jam satisfeitos.

Estas decisões vêm no sentido das últi-mas notícias que dão conta dos cortes na despesa do Governo em várias áreas, no-meadamente na área da Saúde. “Tivemos conhecimento da dívida existente entre o Ministério da Saúde e a empresa que as-segura a colocação de Médicos nos SAP’s, incluindo o de Vendas Novas, o que de momento está a impossibilitar a coloca-ção de médicos neste serviço”, justifica o Movimento de Utentes as mais recentes acções de luta.

As vigilas de segunda e terça-feira jun-taram várias centenas de pessoas à porta daquela unidade de saúde, cujo caso já chegou à Assembleia da República pelo deputado do PCP João Oliveira.

“Esta informação [do fim do atendimen-to nocturno em Vendas Novas] não foi confirmada por nenhuma entidade ofi-cial o que deixa uma vez mais indignado o Movimento de Cidadãos Independen-tes em Defesa das Urgências no Centro de Saúde de Vendas Novas (MCIVN). Não compreendemos porque os responsáveis do Ministério da Saúde, ARS Alentejo e ACES Central escondem até à última hora tal decisão da população, sabendo que são as mesmas que irão sofrer as consequên-cias de tais actos”, diz um comunicado.

“É urgente que sejamos esclarecidos, pelo que solicitamos a todos os respon-sáveis (Primeiro Ministro, Presidente da República, Ministério da Saúde, ARS Alentejo e Agrupamento de Centros de Saúde Alentejo Central II), reuniões com carácter de urgência, referindo mais uma vez as reivindicações do Movimento e de toda a População, pois não aceitamos nem iremos aceitar o encerramento do SAP, porque até ao momento não foi cria-da nenhuma alternativa que nos assegu-re o serviço de urgência no período de 24 horas”.

“Essa alternativa passa, a nosso ver, pela criação de um Serviço de Urgência

Cidadãos e autarquia acu-sam o Ministério da saúde de pretender encerrar o atendimento permanente durante a noite.

Básico no concelho que nós sempre rei-vindicamos e vamos continuar a reivin-dicar”, acrescenta o mesmo documento enviado pelo MCIVN às redacções antes das primeiras jornadas de protesto.

Também a autarquia local ao tomar co-nhecimento do anúncio de encerramento do Serviço de Atendimento Permanente/Urgências levou os seus responsáveis a

solicitar uma reunião de urgência ao Mi-nistro da Saúde

“Na sequência das tomadas de posi-ção que o Município tem assumido des-de 2007 e que têm permitido manter este serviço tão essencial às populações apesar das já várias ameaças de encer-ramento por parte do Governo anterior, a Câmara Municipal de Vendas Novas

continuará a exigir ao Ministério da Saú-de a criação de um Serviço de Urgências Básico (SUB), assim como a manutenção do SAP/”Urgências” enquanto o primeiro não for criado”, diz a autarquia liderada por José Figueira (CDU).

“Neste contexto, o Município de Ven-das Novas alerta a população para que se mantenha atenta a todos os desenvolvi-mentos desta situação e apela para que a mesma continue a defender a manuten-ção dos serviços públicos no concelho, e em particular, o serviço de urgências 24 horas”.

Os utentes da cidade, em especial a po-pulação idosa, dizem que não têm condi-ções para se deslocar a Montemor-o-Novo (20 quilómetros) caso tenham necessida-de de cuidados de saúde durante o perío-do previsto para o encerramento do aten-dimento.

Os responsáveis da autarquia local ar-gumentam ainda com as estatísticas que dão conta do concelho estar a crescer (contrariando a tendência geral da re-gião), o facto de ser atravessado pela EN4 e pela A6, duas das principais vias de li-gação entre o Alentejo e a zona da Grande Lisboa.

Até ao fecho desta edição, a ARS-Alen-tejo ainda não tinha emitido nenhuma posição oficial desde o início dos protestos da população de Vendas Novas.

População retoma protestos contra encerramento do SAP e ameaça realizar uma marcha lenta através da Estrada Nacional 4.

Arquivo | Registo

D.R.

Page 8: Registo ed171

8 08 Setembro ‘11

Exclusivo

Consumo ronda 4 milhões de toneladas/ano. A produção nacional de cereais ficará abaixo de 1 milhão.

As notícias têm traído aquela ideia de que Se-tembro é o mês dos recomeços. Como já era previsível, a ofensiva para o aprofundamento do agravamento das condições de vida dos portugueses não foi de férias e parece mesmo ter escolhido este período para dar passos se-guros no mesmo sentido.

Cem dias bastaram para se perceber que as promessas eleitorais e as juras de não agrava-mento da carga fiscal eram apenas a constru-ção de um logro que haveria de levar ao poder aqueles que os representantes do capital en-tendiam serem mais capazes de defender os seus interesses, esgotada que estava a via que, na prossecução dos mesmos interesses, o PS vinha seguindo.

A estratégia orçamental para 2011-2015, apresentada pelo ministro das finanças com uma frieza digna dos melhores exercícios de cinismo, deveria ter sido apresentada aos por-tugueses durante a campanha eleitoral como o verdadeiro programa de PSD e CDS.

Os partidos que assinaram o acordo com a “troika” esconderam dos portugueses todas as consequências que daí adviriam para vida dos portugueses, rendendo-se a um verdadei-ro pacto de agressão e submissão.

A estratégia vai no sentido de completar a obra iniciada pelo governo PS com cortes, ce-gos e sem sentido, na despesa pública que põe em causa as funções sociais do Estado, nome-

adamente as relacionadas com as prestações de cuidados de saúde, com a educação e com a protecção social.

Os nossos governantes, com a conivência de um PS comprometido com as mesmas po-líticas, declararam guerra aos rendimentos do trabalho, às pensões, a direitos humanos básicos que julgávamos fora da lógica mer-cantilista da sociedade capitalista.

Reconhecendo o óbvio, o primeiro minis-tro vem dizer que as assimetrias sociais em Portugal são as mais graves da União Euro-peia para, logo de seguida, dizer que nada vai fazer para contrariar esta realidade através da imposição do agravamento da carga fiscal sobre o capital, não vão os nossos patrióticos ricos por o seu dinheiro ao fresco num qual-quer paraíso fiscal.

Já o aumento de impostos sobre o rendi-mento do trabalho não tem qualquer tipo de riscos, o pessoal que vive do trabalho não vai a lado nenhum e pode perfeitamente aguentar com tudo o que lhe põem às costas.

Este caminho vai levar a mais recessão económica, ao empobrecimento generalizado da população e a níveis de desemprego insu-portáveis.

E os nossos governantes insistem, hoje como noutros momentos históricos, que este sacrifício é para salvar o País embora saibam bem que o que pretendem salvar é o modo

O incendiário que ameaça não deixar incendiarEdUArdo lUCiAnoAdvogado

de vida das classes dominantes colocando o trabalho a pagar as despesas da economia de casino.

Claro que sabem bem que quando os limi-tes do suportável são atingidos a revolta e a convulsão social são inevitáveis e por isso vão instalando uma estratégia que permite aliviar a pressão, dividindo a sociedade em fatias cada vez mais finas.

Enquanto os que ganham quinhentos euros protestarem contra o vizinho que ganha mil ou os que trabalham doze horas por dia pro-testarem contra os que trabalham oito, podem aqueles que vivem da especulação financeira e da agiotagem ficar tranquilos porque todos lhes irão pagar as despesas da crise.

O medo é que a consciência se eleve e que

os protestos e as acções de resistência se vi-rem contra os verdadeiros privilegiados. E o medo é tanto que o primeiro ministro já faz ameaças tentando condicionar o direito à gre-ve e de manifestação.

Não deixa de ser curioso que um governo que incendeia a vida dos portugueses e pro-move saque contínuo aos rendimentos do tra-balho, venha dizer que não permitirá que se incendeiem as ruas.

Sempre que foi necessário os trabalhadores souberam vir para a rua, em manifestações de dimensão diversa, com determinação e alegria, dando conta da sua indignação.

Sempre que foi necessário usaram os seus direitos constitucionalmente consagrados sem medo das ameaças do poder instalado.

Não será agora que irá ser diferente. Não será agora que se irão render a um poder que anda de calças na mão, de Paris para Berlim e de Berlim para Paris, a garantir que os agiotas podem ficar tranquilos porque irão espremer os portugueses até ao último cêntimo para que nenhum rendimento do capital fique em dívida.

Leu a minha prima Zulmira, já não sei bem onde, que as revolução acontecem quando os de cima já não podem e os de baixo já não querem.

Os de cima ainda podem, mas os debaixo começam a chegar ao limite do suportável.

“Cem dias bastaram para se perceber que as promessas eleitorais e as juras de não agravamento da carga fiscal eram apenas a construção de um logro”.

Luís Godinho | Texto

A má campanha de cereais, cuja produti-vidade em 2011 é das mais baixas de sem-pre em Portugal, acompanhada da subi-da de preço nos mercados internacionais deverá conduzir a um aumento do preço do pão. “Se os preços [dos cereais] persistirem, é possível que haja um impacto” no custo do pão, admite o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, recordando que o preço dos cereais dispa-rou 76% depois de uma forte seca ter leva-do a Rússia a suspender a exportação de cereais retirando mais de 21 milhões de toneladas do mercado.

A Rússia – quarto maior exportador mundial – retomou as exportações em Julho. Mas as necessidades nacionais são agora maiores uma vez que as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Esta-tística (INE) indicam que a campanha de 2011 será a de mais baixa produtividade dos últimos 5 anos, com uma quebra de 10% comparativamente com 2010 que já havia sido um ano mau.

É um “azar tremendo” para muitos agri-

Pão mais caro devido ao preço dos cereais e à baixa produtividadePreço dos cereais nos mer-cados externos subiu 76% no último ano. Consequên-cia: o pão vai ficar mais caro.

cultores tendo em conta que o preço dos cereais continua elevado, na ordem dos 190 euros por tonelada (em Fevereiro de 2009 estava cotado a 115 euros/tonelada). “Como se dizia antigamente, o que por aí houve foi trigo chocho, apenas a palha”, diz Joaquim Manuel Lopes, engenhei-ro técnico agrário, exemplificando com um caso concreto o mau ano de cereais: “Numa seara em que uma espiga de tri-

go deveria ter à volta de 40 grãos, este ano não teve mais de 18. A produção é muito pequena no pouco terreno que se semeou”.

As previsões do INE apontam para uma produtividade média de 1,3 tonela-das de trigo por hectare, metade da obtida em 2006. Para um consumo que ronda 4 milhões de toneladas por ano, a produção nacional deverá ficar claramente abaixo

de 1 milhão de toneladas, perspectiva Bernardo Albino, presidente da Associa-ção Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC).

A valorização do preço a nível interna-cional, em resultado da quebra da oferta provocada por inundações na Austrália e incêndios na Rússia, fazia prever uma forte recuperação das áreas de cereais em 2011 face a 2010. No entanto, as elevadas precipitações registadas até meados de Ja-neiro impediram a realização de muitas sementeiras e fizeram com que o cultivo de trigo não fosse além dos 37 mil hecta-res, uma das piores campanhas cerealífe-ras das últimas décadas.

“Tivemos dois invernos infernais que não nos deixaram semear. É um grande azar mas não há nada a fazer contra as condições adversas”, sintetiza Bernardo Albino, recordando que um país com pro-dutividades baixas como Portugal fica “especialmente exposto à volatilidade dos mercados”.

Arquivo | Registo

A crise e a “inevitável” subida do preço do pão poderão originar uma redução do consumo.

Page 9: Registo ed171

9

Luís Godinho | Texto

O Ano Lectivo começa com o anúncio da extinção das direcções regionais de Educação. Esta decisão apanhou de surpresa o sindicato?

De certa forma não pois nós prevíamos uma alteração no aparelho administrati-vo do Ministério da Educação. Por outro lado sabe-se que, de acordo com as im-posições da troika, o Governo quer cortar muitos milhões de euros na Educação. Basta um cálculo muito simples para sa-ber que não se conseguem atingir esses montantes sem cortes nos vencimentos e sem o despedimento de professores.

Mas é positiva a extinção das direc-ções regionais?

Pode ser positivo. As direcções regionais de Educação, nesta fase, estavam mais a atrasar do que a facilitar a vida às escolas, era mais um elemento de conflito com as escolas do que um organismo para resol-ver problemas. Nós, por exemplo, colocá-mos diversas questões à Direcção Regio-nal de Educação do Alentejo que nunca foram resolvidas, aquilo servia mais para atrapalhar, não resolvia nada.

Com muita gestão política à mistura?Sim, mas sobretudo atrapalhavam. A

gente enviava assuntos para a Direcção Regional e eles para Lisboa ou respon-dia-nos com cópia integral da lei. Para isso não precisávamos das direcções re-gionais. Já não faziam sentido nenhum. Dantes existiam outras estruturas, os CAE’s [centros de área educativa] e nós dissemos sempre que não tinham uma única função que não pudesse ser desem-penhada pelo Ministério ou pelas esco-las. Neste momento passa-se o mesmo com as direcções regionais. O problema coloca-se a nível da gestão das escolas que passa muito ao lado dos professores, pais e auxiliares, está tudo demasiado centra-lizado no director da escola.

Mas o fim das direcções regionais le-vanta pelo menos a questão de saber o que sucederá aos professores que lá se encontram.

Esse é o grande problema mas não sa-bemos ainda se as direcções regionais são mesmo extintas ou se continuarão [com outro nome] com funções mais reduzidas. Esta directora regional foi colocada para ir concretizar esta mudança. Quanto aos professores, o mais provável é voltarem às escolas como já sucedeu este ano.

Estando isso salvaguardado …Não vejo nenhum inconveniente na

extinção das direcções regionais de Edu-cação.

”Não vejo nenhum inconveniente no fim das direcções regionais“sindicato dos Professores da Zona sul diz que a direcção regional de Educação do Alentejo apenas servia “para atrapalhar”.

Como vai ser o arranque do Ano Lectivo?As escolas vão abrir como sempre, ao

longo da semana. Mas há dificuldades que se vão agravar, as turmas serão maio-res, há menos professores … não temos ainda ideia se haverá muita falta de professores, sendo certo que alguns ainda estão por colocar.

E com menos 37 mil professores contrata-dos.

Com menos uns largos milhares de professores que ficam no desempre-go. São normalmente os mais novos que ficam nessa situação embora também saibamos de ca-sos de professores com 20 e tal anos de carreira que estavam contratados e vão agora para o desem-prego.

Estavam a mais?Não, não estavam a

mais. O que vai suceder é que as escolas vão funcionar mal, as turmas serão maiores e até surgiu um despacho do Ministério para alargar para 26 o número de alunos por turma. No pré-escolar também haverá aumento o número de crianças por sala. As coisas irão funcionar pior e tudo isto, de certa

forma, põe em causa a qualidade do ensi-no. Por outro lado, só depois de as escolas estarem a funcionar é que saberemos se o número de alunos com necessidades edu-

cativas especiais por tur-ma corresponde ao que está estabelecido e se os técnicos de apoio são em número suficiente.

Também aí se perspec-tivam cortes?

É provável que ocor-ram mais cortes. Não será possível um ensino com um mínimo de qualidade com poucos professores e com poucos técnicos.

Sobre a mesa continua a avaliação dos profes-sores. Para sexta-feira está agendada uma nova ronda negocial entre sindicatos e Mi-nistério da Educação. Haverá acordo?

Não sei se haverá acor-do. Não nos revemos nes-te modelo de avaliação

proposto pela Maria de Lurdes Rodrigues [ex-ministra da Educação] e retomado pelo actual ministro, com algumas alte-rações de pormenor. O sistema proposto por nós era melhor para as escolas, de-vendo a nota máxima ser atribuída me-diante uma avaliação externa.

Presidente do Sindicato dos Professores da Zona Sul, Joaquim Páscoa, diz que os docentes se irão juntar ao protesto da CGTP marcado para dia 16.

Luís Pardal | Registo

O que tem vindo a público é a existên-cia de uma aproximação entre as posi-ções do ministério e dos sindicatos.

Há, de facto. Tínhamos duas alternati-vas quando nos foi apresentada esta pro-posta: ou apresentávamos a nossa propos-ta e ficávamos afastados deste modelo ou íamos às reuniões apresentar propostas no sentido de o melhorar. Foi o que fize-mos, em diversas reuniões. Estamos hoje [dia 6] à espera que o Ministério da Educa-ção nos envie a proposta final.

Tem sido mais fácil o diálogo com o ac-tual ministro?

Tivemos duas reuniões com o actual ministro. Creio que é capaz de conhecer um pouco melhor os problemas da Edu-cação do que as anteriores equipas. No caso da Maria de Lurdes Rodrigues, por exemplo, era fácil chegarmos a acordo com ela desde que fosse como ela queria. Quando surgiu a questão dos concursos, por exemplo, foi-nos dito pelo secretário de Estado da altura que o ministério reti-rava uma proposta concreta se nós levan-tássemos uma greve que estava marcada por outros motivos.

A CgTP marcou protestos para dia 16 em todas as capitais de distrito. Os pro-fessores vão lá estar?

Vamos realizar uma acção própria, ainda não sei exactamente como, depois iremos convergir com as acções da CGTP. É um protesto contra o desemprego, a pre-cariedade. É esse o grande problema.

“As escolas vão fun-cionar mal, as tur-mas serão maiores e até surgiu um des-pacho do Ministério para alargar para 26 o número de alu-nos por turma. No pré-escolar também haverá aumento o número de crianças por sala”.

Exclusivo

Em entrevista ao registo, Joaquim Páscoa concorda com a extinção das direcções regionais de Educação.

Page 10: Registo ed171

10 08 Setembro ‘11

Exclusivo

Universidade de verão do Psd termina em Castelo de vide com pré-anúncio do “início do fim” da crise.

Muitos dos que não acompanham a vida po-lítica com proximidade terão ficado surpre-endidos com o painel de personalidades que, durante uma semana, passaram pela Univer-sidade de Verão do PSD, aqui bem perto, em Castelo de Vide. Da prata da casa (ministros como Nuno Crato, Miguel Relvas e Vítor Gaspar) até ao inesperado Mário Soares, do consagrado António Barreto até políticos in-ternacionais como Mariano Rajoy, provável futuro primeiro-ministro de Espanha.

O evento já vai na 9ª edição (tive o pri-vilégio de frequentar a primeira edição em 2003) mas penso que nunca como este ano o seu mediatismo foi tão forte. E, de facto, é surpreendente uma iniciativa de formação partidária ter este impacto. Na minha óptica, tal é merecido e assenta num modelo muito próprio com o qual o nosso sistema (excessi-vamente) formal de educação poderia apren-der e retirar boas ideias.

Primeiro, é uma formação intensiva, aces-

sível pelo mérito individual. Cerca de 100 jovens, de elevado potencial, são selecciona-dos entre centenas de candidaturas e pagam para abdicar de uma semana de férias em prol de aprendizagens transversais, em áreas como a economia, administração pública, política internacional, educação ou ambien-te. Em regime de internato, trabalham de manhã à noite: são duas aulas de três horas e uma conferência por dia.

Avaliam-se os oradores, trabalha-se em grupo, preparam-se apresentações. Treina-se a capacidade de síntese e argumentação. Os instrumentos são muitos e variados: in-tranet, circuito interno de televisão, clipping de notícias, jornal diário. E eles próprios, formandos, são avaliados no final. Toda uma cultura de rigor e excelência está visível, co-meçando no cumprimento de horários, ter-minando nos resultados apresentados.

Das várias centenas de alunos já forma-dos, uns são já deputados, outros presidentes

de câmara, outros gestores ou dirigentes de instituições diversas. Outros prosseguiram a sua vida longe da política, mas as aprendi-zagens e os contactos desenvolvidos ficam para toda a vida.

Duas lições podem ser retiradas daqui. Primeiro, a imagem que os partidos têm de serem meras escolas de aparelhismo, cliente-lismo e gestão de ambições é profundamente falsa, e como todas a generalizações, injus-ta. Depois, é possível com determinação, ca-pacidade de liderança, trabalho e inovação, desenvolver projectos formativos criativos, que conciliando a dimensão cognitiva (co-nhecimento) com as vivências e partilhas em grupo (cooperação, comunicação, orien-tação para prioridades e resultados), prepa-rem jovens para uma cidadania e uma par-ticipação cívica saudáveis. Aqui, estão a ser formados os futuros líderes que a sociedade portuguesa tanto necessita. Um exemplo que muitos outros poderão (e deverão) seguir!

Universidade de Verão, Universidade para toda a vida...

CArlos sEZõEs Gestor/Consultor

Pedro Galego | Texto

A Universidade de Verão do PSD, que anualmente tem lugar em Castelo de Vide e serve de formação a jovens políti-cos fica sempre marcada em termos medi-áticos, além das lições de alguns notáveis sociais-democratas e até socialistas, pelo discurso do líder “laranja” na reentre po-lítica, mas este ano, por força da posição governativa ocupada por Pedro Passos Coelho, o discurso do passado domingo foi muito mais de primeiro-ministro.

Passos aproveitou o encerramento do evento para deixar ao país um série de mensagens, nenhuma delas especial-mente tranquilizante no que respeita à conjuntura, depois de vários dias a ser atacado, inclusivamente por ex-líderes do PSD, acusando-o de ir longe demais em matéria de impostos.

O chefe do Governo respondeu a todos os críticos, apontando 2012 como o início do fim da “emergência nacional”, mas na mesma intervenção admitiu que o Gover-no prevê manter o nível fiscal que está previsto no memorando da ‘troika’ e que não serão necessários mais aumentos de impostos, excepto se tal for imposto por “condicionantes externas”.

“Nós esperamos que se mantenha a re-ceita fiscal que estava prevista, quer dizer não precisamos de a aumentar mais, a não ser que haja algum evento que não decorra das nossas acções, que seja im-posto por condicionantes externas, mas a receita fiscal deverá manter-se ao mesmo nível durante todo o período de vigência do programa de assistência financeira”, afirmou.

Assegurando que o Governo “tudo fará para que o esforço essencial seja feito do lado da despesa e não do lado do aumento dos impostos”, Passos Coelho enfatizou a redução que está prevista do lado da des-pesa.

“A despesa em percentagem do PIB irá diminuir todos os anos, até passar de 50,6 por cento em 2010 para 43,5 em 2015”. “A nossa margem para cortar despesa está a ser atacada, manteremos o nível fiscal tal como está previsto no memorando de en-tendimento, não esperamos que da nossa acção resultem mais desvios, como aque-les que herdámos e iremos reduzir o gasto e a despesa pública de modo a não sobre-carregarmos os cidadãos”, insistiu.

Recorde-se que o Estado português ne-gociou com a troika internacional, cons-tituída pelo Fundo Monetário Internacio-nal, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, uma ajuda externa ao país no valor de 78 mil milhões de euros.

“Escolhemos fazer do ano de 2012 o ano do princípio do fim da emergência nacio-

Passos decreta fim da emergência nacional para 2012Primeiro-ministro diz que Portugal “não falhará” no equilí-brio das contas públicas mas não se compromete quanto a novos aumentos de impostos.

nal”, mas será um “um ano duro, repleto de desafios e de obstáculos”, acrescentou, retomando uma ideia que já vem dos tempos da campanha eleitoral, de que “Portugal não falhará”.

Num discurso mais “terreno”, no dia anterior, sábado dia 3, o ministro das fi-nanças, que voltou a colocar-se “debaixo do chapéu de professor”, deu aos alunos da Universidade de Verão uma aula sobre a origem e as possíveis soluções para a cri-se. Contundente, Gaspar reconheceu que não existirem dúvidas de que Portugal irá superar a crise, mas avisou que “milagres não são possíveis” e que o esforço de ajus-tamento será prolongado e exigirá o sacri-fício de todos.

Aprender a ser político

Durante uma semana, cem jovens, quase todos com ligação à JSD e ao movimento associativo estiveram em autêntica for-mação política e cívica na Universida-de de Verão do PSD. Esta que foi a nona edição do evento, sempre com lugar em Castelo de Vide, entre outros, os pupilos “laranjas” tiveram oportunidade de deba-ter ideias e receber lições de nomes como Miguel Relvas, ministro-adjunto, Assun-ção Esteve, presidente da Assembleia da República, o sociólogo António Barreto,

o seleccionador nacional de rugby, Tomaz Morais e até do histórico socialista Mário Soares, que participou num dos jantares conferência da Universidade de Verão. No final, antes do discurso de Passos Coe-lho, os alunos que este ano tiveram o pri-

vilégio de frequentar o “curso de político” com o partido no poder homenagearem o deputado europeu Carlos Coelho, grande mentor e impulsionador da iniciativa, que organiza em parceria com a Funda-ção Francisco Sá Carneiro e a JSD.

Antes de Castelo de Vide, Pedro Passos Coelho visitou as Festas do Povo em Campo Maior.

Page 11: Registo ed171

11

RadarA Fonte da vila foi inaugurada com música e danças, “a que chamavam a folia, a cativa e a gitana”.

Quando em 1622 ”se deitou a primeira água à fonte“

o Aqueduto da Amoreira resolveu o abastecimento de água a Elvas no século xvii. A inauguração da Fonte da vila foi motivo para “muitos regozijos”.

Luís Godinho | Texto

Localizada no Largo da Mise-ricórdia, a Fonte da Vila é um dos mais notáveis monumen-tos de Elvas, sobretudo quando associada a outra construção histórica da cidade: o Aqueduto da Amoreira, cujos sete quiló-metros de extensão resolveram durante séculos as dificuldades de abastecimento público aos moradores da urbe.

Já na “Chronica dos Ermitas da Serra d’Ossa”, frei Henrique de Santo António escreve: “por aquele tão notável aqueduto chegam tantas e tão abundan-tes águas a esta ilustre e sempre invencível corte militar, que re-partidas nela por várias fontes, e por todos os seus mosteiros reli-giosos, fazem maior a sua gran-deza”.

A mais distinta destas fontes é, precisamente, a da Vila, traçada pelo arquitecto Pero Vaz Pereira que, conjuntamente com Afonso Álvares e Diogo Marques, foram os mestres responsáveis pela

obra do aqueduto, cuja constru-ção, iniciada em 1498, se prolon-gou por quase 125 anos.

A água do Aqueduto da Amo-reira correu pela primeira vez na Fonte da Vila corria o dia 23 de Junho de 1622. A data é-nos recordada por uma lápide que ainda hoje se encontra no local e por um manuscrito datado de 1733 e citado por Victorino de Al-meida em “Elementos para um Dicionário de Geografia e His-tória Portuguesa” (Elvas, 1889): “Na véspera de S. João do ano de 1622, que se pôs em uma pedra da fonte da Misericórdia, se dei-tou a primeira água à fonte, e foi festejada com muitos regozijos, porque foi a primeira dentro da cidade”.

A inauguração do aqueduto e da fonte foi, portanto, assina-lada com grandiosos festejos, incluindo jogos a cavalo, nos quais participaram os fidalgos da terra vestindo trajes de gala, e corridas de touros realizadas na praça principal e às quais o povo assistia das janelas e em palan-

ques que contornavam todo o recinto.

“Tudo se executava ao som de música chamando-se então charamelas aos grupos de exe-cutantes, que tangiam apenas três espécies de instrumentos: as trombetas, os pífaros e os timba-los. Era ainda ao som de música viva e alegre que se representa-vam na praça as diferentes dan-ças, a que chamavam a folia, a cativa e a gitana”, assegura Vic-torino de Almeida.

Na fonte, ao centro, ergue-se uma elegante estátua de D. Sancho II, montado a cavalo e empunhando as armas de Por-tugal.

A escolha deste monarca para embelezar o local não resultou de um simples circunstancialis-mo tendo os construtores que-rido perpetuar a ligação de D. Sancho II a Elvas, cidade por ele conquistada aos mouros logo no arranque da campanha militar no Alentejo.

A água jorra através de seis golfinhos de pedra.

Caiada de branco e com um friso azul, cores bem caracte-rísticas da paisagem urbana do Alentejo, a Fonte Santa do Torrão, localizada junto ao cemi-tério desta vila do concelho de Alcácer do Sal, tem profundas raízes históricas. Embora se desconheça a data da sua cons-trução, apontando-se a título meramente conjectural o século XVII, sabe-se Ter sido edificada num local onde há registos da presença de árabes e romanos.

Nas “Memórias Paroquiais de 1758”, o pior do Torrão aponta para a possível origem árabe desta fonte: “não sei que haja fonte ou lago célebre; sim um chafariz chamado fonte santa com grande fábrica de canos e altos que se anda em pé por eles; e dizem ser obra dos mouros; o que não duvido porque ainda a terra cheira muito a eles, e se vê que a maior parte das gentes é

preta”.Esta versão das origens da

fonte não teve o acolhimento de José Leite de Vasconcelos, um dos precursores do estudo da ar-queologia em Portugal, que em Dezembro de 1895, durante uma excursão arqueológica ao Sul do reino, teve oportunidade de se deslocar ao Torrão, terra natal do escritor Bernardim Ribeiro, e apreciar a construção.

Diz-nos Leite de Vasconcelos: “Num arrabalde da vila encon-trei uma pequena construção romana, feita de opus Signi-num, e que talvez fosse depó-sito de água; em volta muitos fragmentos de tégulas. O sítio chama-se Fonte Santa; há lá realmente uma fonte, mas tão caiada e modernizada que já nada revela hoje da importân-cia cultural que por certo teve em tempos pagãos”.

Mais de cem anos depois deste

relato, a fonte permanece “caia-da e modernizada” na tipologia barroca dada pelo “impulso ver-ticalizante do frontão, pelo risco quebrado e sinuoso do moldu-ramento, pelo jogo de curvas e contracurvas, e espiralados. O venacular encontra-se na mol-dação com faixas coloridas e na alvenaria caiada.

Na região existem outras fon-tes dignas de visita. Ainda em Torrão encontramos a do Mata-douro, construção neobarroca do século XIX com uns curiosos poiais para suporte das vasilhas de água.

Em Alcácer do Sal, a Fonte Santa da Serrinha de Nossa Senhora do Carmo, datada do século XVIII, e as duas carran-cas e a caravela da Fonte do Passeio, edificada em 1851, são outras duas construções de que se pode orgulhar o património arquitectónico local.

Obra de mouros em Torrão

Page 12: Registo ed171

12 08 Setembro ‘11

Radar

Prova de Btt integrada no programa “setembro é desporto”, organizado pela Câmara de Portel.

Diversos autores têm contribuído para dar uma resposta à questão “o que é o capitalismo?”. Para estes autores como o historiador F. Braudel, o sociólogo H. Mendras e o filósofo Ph. Nemo, o “capita-lismo” nas suas diversas formas identi-fica-se com a construção do “Ocidente” e assenta em três pilares: o indivíduo, o mercado, a propriedade.

Ao que os autores acrescentam dois ad-jectivos: “livre” e “privada”. O “Indivíduo” tal como o conhecemos actualmente, é decerto produto duma longa elaboração histórica. Mas a noção (e a realidade) do indivíduo moderno assentam numa descoberta fundamental: a capacidade universal de todos os seres humanos para decidirem racionalmente sobre os seus interesses (o que não quer dizer que nunca se enganem), donde decorre a igualdade de dignidade de todos os seres humanos, e a exigência de liberdade (de decidir).

Quanto ao mercado, sugere Braudel se-guindo os antropólogos, que ele terá sido a forma elementar da socialidade alarga-da: lidar com outros grupos que o seu foi sinónimo, desde muito cedo de “trocar” num espaço de negociação pacífica entre as preferências dos parceiros. O mercado é pois o segundo pilar do sistema.

Quanto à propriedade privada, toma forma jurídica com o direito romano que em grande parte se consagra a garanti-la. E para H. Mendras, o que prepara a revo-lução cultural, politica e económica do “Ocidente” é a constituição duma classe camponesa proprietária das suas terras, que depois servirá de base à eclosão das cidades europeias: cidades livres, cidades comerciantes, berço da reinvenção democrática após mais de mil anos de esquecimento.

A noção de indivíduo livre, sujeito de direitos, detentor de bens próprios sobre os quais exerce um direito “directo, abso-luto e exclusivo”, bens que pode consu-mir, dar, vender ou transmitir aos seus descendentes, completa a santíssima trindade do capitalismo.

Desde as formas comerciais rudimen-tares às formas elaboradas (comércio a distância com crédito, cheques, emprés-timos, etc.), como as que emergem na Europa do Noroeste (do actual Benelux ao Norte da Alemanha) já nos séculos XII e XIII, ainda em plena Idade Média e depois ao capitalismo industrial, são estes os três pilares que sustentam a evolução, o crescimento e a difusão do sistema capitalista: do “Ocidente”, escre-ve Nemo.

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

[email protected]

Um olhar antropológico

Elogio do capitalis-mo. 2. A santíssima trindade

39

JosÉ rodriGUEs dos sAntos*Antropólogo

Agora que regressamos de férias, somos como se previa, confrontados com mais me-didas recessivas, a tornarem cada vez mais difícil para uns e virtualmente impossível para outros, a subsistência com um mínimo de dignidade.

Dos tão propalados cortes na despesa pú-blica ainda não se viu nada, entende-se, os clientelismos não são apanágio do PS, con-vém no entanto recordar as palavras do actual primeiro-ministro, quando ainda na oposição criticava José Sócrates pelo constante agra-vamento de impostos: “Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa.”

Pelos vistos o homem que afirmava: “Va-mos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos.” Que defendia que: “Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos.” Que garantia: “Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas.”

Esse mesmo homem, depois de eleito, fez tábua rasa de tudo o que antes defendeu e op-tou, como se nada fosse, pela mesma via que tão fortemente criticou.

Só admito duas hipóteses, ou é tão incom-petente que não tinha a mínima noção do que fazer e criticava, disparando contra tudo o que mexia, coisa grave, porque apesar disso

conseguiu chegar à liderança de um grande partido e depois ganhar eleições legislativas, sem ter lido o memorando com a Troika, que pelos vistos assinou de cruz, ele, mais os que formam a sua entourage; ou então sabia que as suas propostas não seriam concretizáveis e apesar de tudo fê-las e com isso enganou os portugueses, ou seja, mentiu. Ele que tempos antes tinha questionado: “Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?”

Neste momento, até mesmo alguns dentro do seu próprio partido, questionam aberta-mente o sentido, ou falta dele, das medidas erráticas tomadas por este governo de coli-gação, e, o pior dos sinais, até o próprio pre-sidente da República vai abandonando o seu estrondoso autismo, para tecer umas críticas aqui e acolá.

De facto, quando se prepara para mexer no IVA, Passos Coelho esquece que disse: “A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento.” Ou quando aumenta despudoradamente a taxa-ção sobre o trabalho, ignora que nem há um ano defendeu: “Se vier a ser necessário al-gum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pes-soas.” Ou ainda a indignação que manifestou quando disse: “Se formos Governo, posso ga-rantir que não será necessário despedir pes-soas nem cortar mais salários para sanear o sistema português.”

Quando os partidos de esquerda, olimpi-camente ignorados pelos portugueses, defen-diam ser o acordo com a troika um desastre, que só iria criar recessão, desemprego, ins-tabilidade, acabar com os ténues vestígios de soberania que ainda nos restavam, os três partidos subscritores do manifesto batiam no peito, acusavam a esquerda de irresponsável, de desestabilizadora, ignoravam as suas pro-postas.

Agora que o descontentamento é generali-zado, que as pessoas começam por fim a to-mar consciência do logro em que caíram, vem o primeiro-ministro afirmar com ar seráfico, que não tolerará tumultos neste jardim à bei-ra mar plantado, grande sinal de fraqueza, de pouca fé nas suas capacidades, dado pelo ho-mem que ainda há bem pouco tempo dizia: “A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos.”

Talvez por não se sentir assim tão forte ig-nore o seu lema:

“Não aceitaremos chantagens de estabi-lidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota”

Enfim, faço minha a pergunta, “Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?” E repito-a porque nuca é demais lembrar.

(frases retiradas da conta @passoscoelho no twiter, com a devida vénia a Fernanda Câncio, que me despertou a atenção para…)

O que hoje é verdade...MiGUEl sAMPAiolivreiro

Com o “Setembro é Desporto” a decorrer com diversas iniciativas pelo concelho de Portel, eis mais uma prova desportiva dedicada às duas rodas.

Com organização do Clube BTT Trigo “Os Gasparinhos” o concelho portelen-se prepara-se para receber já no próximo dia 11 de Setembro, mais uma prova de BTT. Trata-se da segunda edição do Raid Aldeias do Montado a realizar já no pró-ximo domingo.

A prova tem início precisamente na aldeia de Monte do Trigo, e tem percurso definido de modo a contemplar todas as freguesias do concelho, terminando no-vamente na aldeia ribeirinha, anfitriã do evento.

O percurso escolhido pela organização passa pela divulgação de cada uma das freguesias do concelho, nomeadamente para aqueles que pela primeira vez visi-tam a área da prova.

Para além disso, esta prova tem a parti-cularidade de associar o desporto às duas grandes riquezas da região - o Montado Alentejano e o Grande Lago de Alqueva, juntando assim todos os ingredientes para mais um dia de verdadeiro BTT. Para

Pela aldeias do MontadoProva de Btt tem início em Monte do trigo e associa a planície alentejana às terras do grande lago de Alqueva.

os participantes, para além de um dia cheio de adrenalina, tudo foi preparado ao pormenor, e nem mesmo o serviço de massagens para os mais extenuados no final da prova foi esquecido pela organi-zação.

Para os apaixonados da modalidade, fica feito o convite para uma visita ao

concelho de Portel, e se precisarem de mais informações poderão consultar o blog da organização: btttrigo.blogspot.com.

“Setembro é Desporto” é uma iniciati-va da Câmara Municipal de Portel que engloba várias actividades desportivas a realizar aos fins-de-semana.

Raid Aldeias do Montado vai realizar-se no próximo domingo, organizado pelo clube BTT Trigo

Page 13: Registo ed171

13

Radar

Festival de arte contemporânea entra no último mês de performance com música e cinema.

PUB

O Festival Escrita na Paisagem está no seu último mês de performance. Dentro do universo musical português, amanhã Ana Deus e Alexandre Soares, com o pro-jecto Osso Vaidoso, passam pelo palco do festival (Igreja de S. Vicente, 22h00). Estes dois músicos trabalham essencialmente textos de Regina Guimarães, Alberto Pi-menta e Valter Hugo Mãe. Ana Deus fez parte dos Ban, Alexandre Soares fundou os GNR e ambos fizeram parte dos Três Tristes Tigres.

Seguindo o lema “vá para fora cá den-tro”: Graw Boeckler são Ursula Boeckler & Georg Graw. Eles criam filmes e fotogra-fia. Além disso, gerem o projecto Raum für Projektion – um espaço temporário de projecção e uma editora de DVD. Vivem em Berlim.

Em Évora, no âmbito do Festival Escrita na Paisagem, apresentam um programa bi-partido. Dia 10 de Setembro, Sábado, es-treiam o filme Non narrative three (2011), um filme integrando três filmes de estru-tura não narrativa: Porteños de Verano, Graw Böckler´s Knot e Forbbiden images.

O filme questiona problemáticas no símbolo da publicidade. Constatando o facto de, não apenas os produtos comer-ciais mas também os conceitos e as ideias, necessitarem de publicidade, este pro-jecto é sobre “fazer publicidade para um conceito”.

O que é um conceito? Respondamos com um exemplo: “Eu sugiro: Friesen-pool” é uma publicidade que promove a abertura de uma piscina de ar livre em vez de mais um edifício de escritórios no centro da cidade. A ideia era melhorar a

Projecto Osso Vaidoso pelo palco do Escrita na Paisagemigreja de são vicente acolhe espectáculos de música em setembro.

qualidade de vida e criar um novo sím-bolo para o centro urbano. Um conceito é tudo menos um produto, parece! Mas não é exactamente assim. A publicidade para um produto que não existe é a “publici-dade para um conceito” também. Temos necessidade de novos conceitos e ideias para as nossas vidas pessoais ou públicas.

Miguel Sá e Jari Marjamaki passam pelo Festival. No dia 11, haverá um en-contro com os artistas pelas 18h00 (inte-grando o ciclo “Os Meus Mitos”) e, pelas 22h00, a exibição de dois filmes: “Com-mercials for a concept” e “Unauthorized

commercials”. Trata-se de uma revisita-ção da problemática do mito na cultura contemporânea, a partir da publicidade, essa máquina de mitos, associada ao mito da Europa que o primeiro filme proble-matiza e questiona.

A exposição Mytho-Graphyas, de José d’ Almeida continua em viagem. Esta se-mana, Estremoz recebe esta exposição de fotografia, onde estão patentes mitos da sociedade contemporânea e consequen-temente as problemáticas envolventes. Estará patente ao público até 30 de Outu-bro.

No ciclo “A Música Portuguesa a Gostar dela Própria”, teremos “Memória de Peixe” (14 de Setembro) e Diamond Gloss, uma semana depois, na Igreja de São Vicente.

Memória de Peixe é o projecto a solo do guitarrista Miguel Nicolau (Nikko). Foi durante bastante tempo que se associou a memoria de peixe a poucos segundos de memória. Apesar de nos dias que correm já existirem outras teses, o seu significado perdurou.

Nikko usa os pedais para memorizar loops de curta duração com uma só gui-tarra, criando canções em tempo real.

Numa exploração de ambiências e ima-ginários que vivem muito da improvisa-ção, as repetições vestem novas roupagens melódicas, harmónicas e rítmicas, fazendo com que a repetição se esqueça e se trans-forme constantemente. E tal e qual como um peixe, que vai vivendo seu próprio esquecimento, sem linhas temporais.

“Memória de Peixe”

Ana Deus e Alexandre Soares trazem o espectáculo Osso Vaidoso a Évora.

A Câmara Municipal de Évora oferece ainda aos jovens do concelho, no âmbito do programa municipal Férias de Verão 2011, um conjunto de actividades de ocu-pação de tempos livres bastante diver-sificadas, que se prolongam até meados do mês de Setembro, devendo todos os interessados em participar, começar a efectuar já as suas inscrições.

Estas podem ser feitas on-line, por telefone e no Ponto Jovem - espaço mu-nicipal da juventude, na Rua do Menino Jesus.

Os ateliês destinam-se a jovens entre os 14 e 30 anos a viver no concelho e as inscrições são gratuitas, integrando um apreciável conjunto de actividades, nomeadamente nas áreas da cultura e do desporto.

Tempos Livres em Évora até dia 16Maquilhagem, que tem lugar entre as 17 e as 19 horas, na Carpe Diem (Praça do Giraldo, 81), produzido por esta asso-ciação. Língua Gestual Portuguesa é a proposta para o dia 13, das 18 às 20 horas, na Associação de Surdos de Évora (Bairro da Casinha), ateliê que é organizado por Sónia Serras, da ASE.

De 14 a 16 de Setembro, decorre a Pós Produção de Vídeo, entre as 18 e as 20 horas, no Ponto Jovem, dinamizada pela Comunidade de Artistas Livres.

Um ateliê de Art Nails está previsto para o dia 15, das 18 às 20 horas, no Ponto Jovem, organizado pela Carpe Diem, associação que também dinamiza nesse mesmo dia as Tatuagens Temporárias na Praça do Giraldo, 81.

No dia 16, haverá licores econservas, entre as 18 e as 20 horas, na Carpe Diem, promovido pela referida instituição e, entre as 18 e as 21 horas, tem lugar o ate-liê de DJ – Vinil, na Sociedade Harmonia Eborense

Programa de actividades de verão dirigido a jovens entre os 14 e os 30 anos.

Hoje, entre as 17h00 e as 19h30 horas tem lugar Expressão Corporal Livre – O Movimento e a Música, no Ponto Jovem, pela Comunidade de Artistas Livres; e entre as 18 e as 20 horas, o ateliê Cozi-nha do Mundo, dinamizado pela Carpe Diem. No Ponto Jovem, realiza-se o de Hip Hop, entre as 19:30 e as 21 horas, organizado por Geny; e a Fotografia Digital, entre as 17 e as 20 horas, que será promovida por Mário Velez.

Nos dias 12 e 13 haverá um ateliê de Sketchup 2D, entre as 17 e as 20 horas, no Ponto Jovem, dinamizado por Miguel Gonçalves

Uma Oficina de Desenho realiza-se de 12 a 14 de Setembro, das 18 às 20 horas, no Ponto Jovem, estando a cargo da Comunidade de Artistas Livres.

O ateliê de Primeiros Socorros decorre no dia 13, entre as 15 e as 17 horas, na Delegação de Évora da Cruz Vermelha, organizado por esta instituição; e nesse dia está também agendado um ateliê de

Page 14: Registo ed171

14 08 Setembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-sealugo quarto duplo –  a  estudante  em vivenda no Bacelo, 250€ com despesas incluí-das. ContaCto: 960041500

arrendo –  armazéns  com  áreas  desde  de 100m² até 400m², com escritórios, vestuários e  WC`s.Na  estrada  do  Bacêlo  para  os  Cana-viais, Évora. ContaCto: 96 9064291

alugo sotão 80m2 –  vivenda  no  Bacelo com 1 quarto,1 sala, casa de banho e serventia de cozinha. ContaCto: 960041500

aluga-se quarto –  com  WC  privativo a  rapaz  estudante  bem  localizado.  Frigorif-ico,  TV,  água  e  luz  incluído.  ContaCto: 969708873

aluga-se quarto –  com casa de banho e pequena  cozinha  totalmente  independente. ContaCto: 968888848

Cede-se posição –  Bar no centro histórico em Évora. 200m2 - Muito potencial ContaC-to: 966228739

Vendo –  casa  T3  a  três  km  de  Reguengos  de  Monsaraz,  com  quintal,  por  50  mil  euros. ContaCto: 925256563 das 9 ao meio dia

Vende-se ou aluga-se –  Armazém na  estação  N.Sra  Macahede.  ContaCto: 266706982 ou 963059977

AVONQuer ganhar dinheiro?

Faça como eu, seja uma revendedora Avon sem investimento, lucros de 20% a 53% + prémios + Kit

grátis + oferta de 45€ em produtos nas primeiras encomendas.

Ligue já: 932 605 893 | [email protected]

alugam-se quartos –  Na cidade de Évo-ra, a raparigas estudantes universitárias, com serventia  de  cozinha,  sala  e  restantes  áreas comuns. Excelente localização, muito perto do Polo Univ. L. Verney. ContaCto: 927419277

alugo esCritório –  Com 30 m2 no centro de Évora. Mobilado ContaCto: 914857898

empregosenhora uCraniana - Procura  trabalho; Qualquer  tipo  de  trabalho;  (Limpeza;  Passar Ferro;  Restaurante;  Hotelaria)  ContaCto: 965685335

téCniCo de FarmáCia –  com  carteira profissional,procura  Farmácia  no  distrito  de Évora ContaCto: 966168555

BaBYsitter Queridos  pais,  cuido  de  bebés e  crianças  até  10  anos.  Asseguro  dedicação, responsabilidade  e  carinho.  Dou  referências.ContaCto: 968405080

petsitting Apoio  domiciliário  a  animais de  companhia.  Serviço  profissional,  respon-sável  e  dedicado.  Garanto  que  serão  bem tratados durante a sua ausência. ContaCto: 968405080

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza  no periodo da manhã (ligar só de manhã) Con-taCto: 965759113  

oFereCe-se –  Senhora  responsável, procu-ra trabalho de limpeza, passar a ferro, cuidar de idosos e crianças ContaCto: 969703102

reparação Computadores - Fazemos todo  o  tipo  de  reparações  de  PC/Portáteis, Formatação,  Backup’s,  Instalações  Software. Ao domicilio na cidade de Évora. Orçamentos Grátis. ContaCto 963733672

senhora Aceita  roupa  para  passar  a  fer-ro,0,50€ a peça. Faz recolha e entrega ao do-micilio. Arranjos de costura preço a combinar. ContaCto: 961069671

Contrata-se Colaboradoras  para  Wine  Bar no  centro  histórico  de  Évora,  em  part-time. ContaCto: 965 110 496

enControu-seCadela adulta –  cor  amarela,  raça  in-definida,  na  zona  industrial.  Está  à  guarda do  Cantinho  dos  Animais. ContaCto: 964648988

Cão JoVem preto –  cruzado  de  Labra-dor,  junto  à  escola  da  Malagueira.  Está  à guarda do Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

enControu-se Cão sénior,  porte pequeno,  pelo  longo,  castanho.  Zona  Portas da  Lagoa/  Estrada  de  Arraiolos.  Está  ao  cui-dado  do  Cantinho  dos  Animais. ContaCto: 964648988

Cão JoVem –  côr  creme,  porte  médio/pequeno, perto da C.C.R.A. Tem coleira. Entra-se  à  guarda  do  Cantinho  dos  Animais.  Con-taCto: 964648988

gatinhos –  encontram-se  para  adopção gatinhos  com  cerca  de  2  meses.  ContaCto: 964648988

CaChorra –  côr  preta,  porte  médio/pequeno,  no  Rossio  de  S.  Braz.  Coleira  com guizo. Encontra-se à guarda do Cantinho dos Animais. ContaCto: 964648988

Cadela JoVem –  côr  amarelo  mel,  porte médio,  perto  do  Hospital  Veterinário  da  Mu-ralha  de  Évora.  Tem  microchip.  ContaCto: 965371990 (só para este assunto)

duas CaChorrinhas –  Bia  e  a  Matilde, muito  sociáveis,  com  pessoas  e  animais, brincalhonas  como  é  natural  na  idade  e  es-pertas.  com  cerca  de  8  meses.    ContaCto: 937014592 (só para este assunto)

outrosCréditos –  Pessoal, Habitação, Automóvel e  Consolidação  com  ou  sem  incidentes.  Não cobramos  despesas  de  Consultoria.  Con-taCto: 915914699 | 935454555 (marCio CahanoViCh) SERVIFINANÇA  -  ÉVORA  - MALAQUEIRA  |  HOME-  SOLUTIONS  -  IMOBIL-IÁRIO

salamandra - compra-se  salamandra  em segunda mão (perfeito estado) até 100 Euros. Entrega em Évora. 966248240

Vende-se –  Agapornis  Fishers  e  Rosicollis. ContaCto: 937099715

preCisa aJuda –  Necessita  bens  alimen-tares; pessoa obesa; necessita de ajuda Con-taCto: 266104458

Centro de apoio ao estudo Évora  Tem filhos  a  frequentar  o  1º  e  2º  Ciclos?  A  sua disponibilidade  nem  sempre  lhe  permite apoia-los nos trabalhos escolares… Por vezes ir busca-los à escola é complicado! Contacte-nos  estamos  prontos  a  ajudar!  ContaCtos: 266732533; 967626057; 965779201

PUB

Assistência TécnicaMáquinas de cápsulas

Máquinas de venda automáticabebidas frias | bebidas quentes | snacks

A l e n t e j oTlm. 962 689 434 | Email: v.marques@netvisão.pt

pretende-se –  Parceiro(a)  para  explora-ção de Wine Bar no centro histórico de Évora, equipado  e  pronto  a  funcionar. ContaCto: 965110496

dão-se expliCações  de  Geometria Descritiva,com  apoio  a  métodos  informáti-cos.  Dão-se  cursos  de  Autocad ContaCto 960348972

Senhora  bem  formada,  c.  condução,  conh.  in-formática, inglês, espanhol, sabe cozinhar, cui-dar crianças e idosos, procura parte casa ou casa renda barata. Disponibilidade para vindimas no mês de Setembro. ContaCto: 969032478

oFereCe-se –  Senhora  para  limpeza para  algumas  horas  por  dia.  ContaCto: 961148236

senhora proCura –  trabalho em serviços domésticos,  passar  a  ferro  e  tomar  conta  de idosos. ContaCto: 933227209

Page 15: Registo ed171

15

Manfast

Sugestão de filme

Direcção: Tara JudelleSinópse:

Quatro amigas, jovens e lindas que adoram farrear, lutam para pagar uma dívida de 20 mil dólares. desesperadas, as amigas aceitam a proposta de Jéssica, uma pesquisadora que está estudando o com-portamento de mulheres em situações extremas e

Carta dominante: 7 de Copas, que signi-fica Sonhos Premonitórios.amor: Estará muito sensível. Levará a mal certas coisas que lhe digam. saúde: Imponha um pouco mais de disci-plina alimentar a si próprio.dinheiro:  Tendência  para  gastos  exces-sivos. números da sorte: 4, 17, 25, 33, 2, 23

Carta dominante:  O  Mágico,  que  signi-fica Habilidade.amor: Momento em que estará confiante e, por isso, encontrará um clima de equilí-brio nas suas relações.saúde:  Possíveis  problemas  no  sistema nervoso poderão surgir.dinheiro:  Aposte  na  projecção  profissio-nal e poderá alcançar os seus objectivos.números da sorte: 9, 14, 20, 33, 39, 49. 

Carta dominante:  O  Sol,  que  significa Glória, Honra.amor: Este  é  um  bom  período  para  con-quistas, use e abuse do seu charme.saúde: Andará com o aparelho respirató-rio fragilizado, seja prudente. dinheiro: Poderá  sofrer  uma  mudança repentina no seu trabalho, esteja atento.números da sorte: 1, 6, 11, 19, 22, 30

Carta dominante: A  Temperança,  que significa Equilíbrio.amor:  Não  sofra  por  antecipação!  O  que tiver de ser, será!saúde: Descanse, olhe pela sua saúde.dinheiro: Não gaste mais do que pode.números da sorte: 11, 25, 27, 33, 45, 46.

Carta dominante: A Força, que significa Força, Domínio.amor: Não se deixe influenciar por tercei-ros, poderá sair prejudicado.saúde: Cuidado com os seus ouvidos.dinheiro: Não  se  precipite  e  pense  bem antes de investir as suas economias.números da sorte: 9, 16, 22, 27, 33, 45

Carta dominante: 9 de Copas, que signi-fica Vitória.amor: Não  desespere,  porque  quando menos se espera surgirá o romance na sua vida.saúde: Está neste momento a passar um período de bem-estar físico e espiritual.dinheiro:  Nem  sempre  a  vida  nos  corre bem, esteja atento.números da sorte: 20, 30, 40, 47, 48, 49.

Carta dominante: O Diabo, que significa Energias Negativas.amor: O  ambiente  familiar  encontra-se bom,  aproveite  a  boa  disposição  que  vos rodeia.   saúde:  Andará  um  pouco  em  baixo,  faça ginástica.dinheiro: Se pretende comprar casa, esta é uma boa altura.números da sorte: 2, 14, 17, 39, 42, 48.

Carta dominante:  9  de  Espadas,  que significa Mau Pressentimento, Angústia.  amor: Para  os  que  não  tiverem  par,  há  a possibilidade de se apaixonarem.saúde: Cuidado com a alimentação dese-quilibrada e os esforços excessivos.dinheiro: Será ajudado na sua profissão. números da sorte: 2, 5, 22, 27, 29, 38.

Carta dominante:  Rainha  de  Espadas, que significa Melancolia, Separação.amor: A amizade dos seus amigos estará agora muito evidenciada.saúde: Possíveis problemas de intestinos. dinheiro:  Não  seja  pessimista  e  lute  por atingir todos os seus objectivos.números da sorte: 7, 19, 25, 27, 39, 41.

Carta dominante: 8 de Ouros, que signi-fica Esforço Pessoal.amor: Uma relação passada e que julgava já  estar  esquecida  poderá  novamente  in-vadir o seu coração.saúde: Seja mais selectivo com a sua ali-mentação.dinheiro: Período favorável.números da sorte: 8, 17, 22, 39, 44, 48.

Carta dominante: 10 de Copas, que sig-nifica Felicidade.amor:  Não  dê  demasiada  confiança  a quem não conhece.saúde: O cansaço e o stress não são nada benéficos para a sua saúde física e mental.dinheiro: Tudo estará equilibrado.números da sorte: 1, 4, 6, 17, 22, 29.

Carta dominante: 6 de Paus, que signi-fica Ganho.amor: Notará um afastamento da pessoa amada, mas não é nada alarmante.saúde: Muito favorável, aproveite e prati-que exercício físico.dinheiro: O seu esforço a nível de traba-lho será recompensado.números da sorte: 3, 7, 11, 15, 29, 47

CarneiroLigue já! 760 10 77 31

Horóscopo semanal telefone: 21 318 25 91 e-mail: [email protected]

As coisas se com-plicam quando um milionário oferece em cadeia nacional um prêmio de 1 milhão de dólares ao primeiro homem que conseguir que-brar o jejum. Uma multidão de

homens chega à cidade em busca do prêmio e elas acabam sendo o centro de uma grande e hilariante confusão.

PUB

Radar

touroLigue já! 760 10 77 32

gémeosLigue já! 760 10 77 33

CarangueJoLigue já! 760 10 77 34

leãoLigue já! 760 10 77 35

VirgemLigue já! 760 10 77 36

BalançaLigue já! 760 10 77 37

esCorpiãoLigue já! 760 10 77 38

sagitárioLigue já! 760 10 77 39

CapriCórnioLigue já! 760 10 77 40

aquarioLigue já! 760 10 77 41

peixesLigue já! 760 10 77 42

incomuns. E a estudiosa cria uma bem extrema para as quatro: elas devem ficar 100 dias sem contato com homens! se con-seguirem receberão 25 mil dólares. logo a notícia se esp-alha pelo país e as amigas se tornam celebridades, atraindo jornalistas, fotógra-fos, curiosos e até mesmo apostadores.

Um Homem Imoral

Sugestão de livro

Direcção: Emma WildesSinópse:

Apesar da sua beleza, lady Amelia Patton viveu uma vida protegida entre os seus livros. Quando, de repente, se apercebe que é consid-erada a beldade do ton, não fica muito satisfeita. o pai, lorde Hathaway, deseja casá-la, mas a última pessoa que escolheria para marido

no quarto, usando apenas uma camisa de renda... desde o primeiro encontro entre ambos que Alexander deixa Amelia sem fôlego - será de medo ou de excitação? Fasci-nado com a beleza

dela e encantado com a sua inteligência, ignora os mexericos escandalosos, à medida que parte à sedução da mulher dos seus sonhos...

dela é o filho do seu pior inimigo...Alexander st. James é um ladrão de corações, mas não é nenhum assaltante. no entanto, tem de recuperar um ob-jecto que pertence à sua família para evi-tar um escândalo e, por isso, entra furtivamente em casa de lorde Hathaway, não estando à espera de deparar com a sedutora lady Amelia

évora

alCáCer do sal nos Últimos três milé-nios – a ConFluênCia de CulturasAté 24 de SetembroExposição  que  inclui  espólio  pro-veniente do castelo e outros locais do  concelho  de  Alcácer  do  Sal, abrangendo  cronologicamente  o período  que  vai  desde  a  Idade  do Ferro até à Época Contemporânea. Encontram-se  expostos  materiais cerâmicos  de  uso  quotidiano,  en-tre  outros,  bem  como,  diversos metais.

estremoz

“Contemporaneidade”Após  a  exposição  de  fotografia brasileira  da  Colecção  da  Cura-dora  Rosely  Nakagawa,  na  Sala de  Exposições  Temporárias  do Museu  Municipal  de  Estremoz Prof.  Joaquim  Vermelho,  inau-gurou  a  exposição  de  fotografia de Nuno Calvet – “Contempora-neidade”.A  exposição  conta  com  o  apoio do  Centro  Português  de  Foto-grafia  e  da  Sociedade  Agrícola “Monte da Caldeira” e estará pa-tente até 18 de Setembro, sendo a  entrada  gratuita.  Organização da  Câmara  Municipal,  através do  Museu  Municipal  de  Estre-moz Prof. Joaquim Vermelho.vas sobre  um  mesmo  objecto  e  as mitologias  nele  contidas,  entre o artesanato tradicional e a cria-ção contemporânea.

exposiçãoVila Viçosa

Festas dos CapuChos 2011 De 9 a 12 de SetembroPrograma detalhado em www.cm-vilavicosa.pt

arraiolos

Festa da JuVentude 2011O Município de Arraiolos promove nos  próximos  dias  9,  10  e  11  de Setembro  a  Festa  da  Juventu-de/2011.

mora

expomoraA vila de Mora vai receber a Expo-Mora  2011.  Rita  Guerra,  Aurea  e Deolinda são os cabeças de cartaz do  certame.  A  feira  anual  realiza-se  entre  9  e  11  de  Setembro  e  a entrada  é  gratuita.  Agendados para  as  22H30,  os  concertos  rea-lizam-se  dia  9  de  Setembro,  com Rita  Guerra,  dia  10,  com  Aurea,  e dia  11,  a  encerrar  o  certame,  com os Deolinda.

Viana do alentejo

Feira d’aires 2011Entre os dias 23 e 26 de Setembro, Viana do Alentejo acolhe mais uma edição da Feira D’Aires. Para além da  mostra  de  actividades  econó-micas, os espectáculos musicais, o cante coral, o folclore e o desporto marcam  esta  edição  do  certame organizado pelo Município de Via-na do Alentejo em parceria com a Junta de Freguesia local.

Festas e Feiras Borba

animação Cultural nas noites de Verão em BorBaOs  meses  de  Julho,  Agosto  e  Se-tembro, irão contar com bastante animação e actividade cultural no concelho de Borba, que convidam a  momentos  de  lazer  e  convívio ao  ar  livre.  As  actividades  terão a  organização  do  Município  de Borba,  juntas de  freguesia, asso-ciações  e  comissões  de  festas  do concelho.

arraiolos

500 anos do Foral manuelino de arraiolosAté 30 de OutubroDentro da Reforma de actualização dos forais medievais – o de Arraio-los data de 1290 – a 29 de Março de 1511, D. Manuel outorga o chamado “Foral Novo” de Arraiolos.E,  com  início  em  29  de  Março  de 2011,  assinalamos  estes  cinco séculos  de  história,  procurando conhecer mais sobre a nossa terra e  as  suas  gentes,  projectando  um futuro melhor ainda que sobre um presente demasiado sombrio.Assim foi quando a reabilitação ur-bana do Centro Histórico de Arraio-los revelou novos “achados” para a história  dos  nossos  Tapetes  –  pa-trimónio  cultural  mundialmente conhecido;  assim  foi  aquando  da descoberta recente de inscrições e grafitos nas muralhas da “Praça de Armas” do Castelo.

outros

Page 16: Registo ed171

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

O município de Reguengos de Monsaraz está a promover até ao dia 15 de Setembro a iniciativa “Bombeiros por um dia”, integra-da no projecto “Bombeiros (de) Todos Nós”, da responsabilidade do Governo Civil de Évora com a colaboração da Autoridade Na-cional de Protecção Civil, que visa proporcionar a todos um contacto o mais directo possível com a realidade diária e expe-riencial dos “soldados da paz”.

Esta ocupação inter-geracio-nal de tempos livres destina-se a jovens e adultos com idades compreendidas entre os 12 e os 35 anos de idade e idosos com autonomia física e mental resi-dentes no concelho.

Todos os interessados podem passar entre dois a quatro dias na corporação de bombeiros de Reguengos de Monsaraz, de-vendo para isso inscrever-se na

junta de freguesia da sua área de residência.

Desta forma, pretende-se au-mentar o grau de conhecimento da população na área da Protec-ção Civil, melhorar a sua percep-ção relativamente aos principais riscos naturais, tecnológicos e individuais diagnosticados na região e potenciar a capacidade de resposta voluntária da corpo-ração de bombeiros.

Os participantes na iniciativa “Bombeiros por um dia” terão como aprendizagem básica o SBV – Suporte Básico de Vida, so-corrismo, medidas de auto-pro-tecção (o que fazer e como fazer em situações de risco).

As áreas temáticas vão inci-dir nos incêndios florestais, ur-banos e domésticos, acidentes rodoviários, acidentes tecnoló-gicos, sismos, afogamentos e de-saparecimentos.

Nesta iniciativa, os partici-pantes vão contactar com o dia-a-dia da corporação de bombei-ros e ter um conhecimento do enquadramento legal da activi-dade dos bombeiros e da Protec-ção Civil, mas também desempe-nhar as tarefas concretas da vida do quartel.

Esta iniciativa surge numa altura em que se agravam as dificuldades das corporações de bombeiros em todo o país, tendo o presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses dito esta se-mana que existem dirigentes de associações de bombeiros que pedem empréstimos à banca e dão bens pessoais em garantia para pagar salários.

Duarte Caldeira denuncia esta situação, que diz surgir na se-quência das dificuldades finan-ceiras que se vivem nas associa-ções devido a dívidas do Estado.

Após a apresentação de ‘ÉMLIE E VOLTAIRE’, cujo êxito vai propor-cionar uma nova série de repre-sentações, a ‘a bruxa TEATRO’ deu início aos ensaios da que será a sua terceira produção de 2011: ‘MAL ME QUERES’ de João Santos Lopes.

Sob o tema escolhido para o biénio – ‘Paixão e Política’ – este texto relata-nos a vivência de cinco personagens em que, cada um à sua maneira, e num meio onde predomina a mentira e a sedução, a manipulação, o aban-dono e a revolta, procura colma-tar ao ausência de afectos que a sociedade – e a família – de algu-ma forma, lhe impôs.

‘MAL ME QUERES’ foi 2º clas-sificado em 2000 no concurso Inatel/Teatro-Novos Textos 2000.

O espectáculo com estreia pre-vista para 3 de Novembro, no Espaço abT, aos ex-celeiros da epac, e tem encenação de Figuei-ra CID, cenografia e figurinos de GABRIELA Pratas e interpreta-ção de ANA Leitão, ANTÓNIO Abernú, CAROLINA Parreira, FIGUEIRA Cid e MIRRÓ Pereira.

Oferta de bilhete com a apresentação do Recorte desta

informação

Palácio D. Manuel

Ex-votos em exposiçãoA Câmara Municipal de Évora inaugurou no Palácio de D. Manuel uma exposição de arte contemporânea intitu-lada “What Remains - Ex-Votos”, que consiste num projecto artístico colectivo, sob a curado-ria de Rita Vargas.O projecto iniciou-se com um desafio apresentado a três artistas visuais finlan-desas - Maija Holma, Minja Revonkorpi e Päivi Hintsanen – para numa visita a Portugal pudessem fazer a sua interpretação a repre-sentação de Ex-Votos que se encontram em diversas Igrejas do concelho de Évora.Neste projecto as artistas procuraram construir pontes cul-turais e estreitar laços de amizade entre o norte e o sul da Europa, assim como reviver e relembrar histórias e tradições num ambiente onde o mistério e a fé, fazem parte da alquimia mágica da criação artís-tica contemporânea.

‘a bruxa TEATRO’ de regresso...

Bombeiros de Reguengosabrem quartel para receber cidadãos

Cultura Iniciativa

D.R.

PUB

O desafio é ser bombeiro por um dia.