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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 25 de Agosto de 2011 | ed. 169 | 0.50 PUB Escola Com a crise à porta, uma elevada taxa de desemprego (12,1%) e um conjunto de medidas de austeridade que visam equilibrar as contas públicas, a confiança dos portugueses está em baixa e a poupança é a principal preocupação. Mas o regresso às aulas traz despesas obrigatórias: livros e material escolar, vestuário, propinas. Feitas as contas: 500 euros, em média, por cada família. 09 09 D.R. A nova vida das escolas primárias Nem todos os edifícios encerrados ficam ao abandono. Em Évora há exemplos do contrário. O que acontece às escolas pri- márias fechadas por falta de alunos ou pela criação dos no- vos centros escolares? Algu- mas ficam entregues ao aban- dono, como sucede com três edifícios em Torre de Coelhei- ros. Mas outras ganham nova vida, continuando ao serviço da comunidade. Em Évora, por exemplo, há uma companhia de teatro profissional que fez de uma escola a sua sede. E uma associação ambiental en- controu espaço para realizar algumas das suas actividades. No Alentejo há outros casos: de restaurante a escola que é hoje sede de uma associação chamada Centro da Terra. Regresso às aulas: 500 euros por família Transportes José Figueira contra opções do Governo Pág.03 O presidente da Câmara de Vendas Novas, José Figueira, quer que as autarquias, especialistas em transportes e agentes económicos do Alentejo sejam ouvidos antes de o Governo se comprometer com uma decisão final relativamente ao TGV e à linha de mercadorias entre Sines e a fronteira do Caia. E critica as opções já anunciadas pelo Governo. Luís Pardal | Arquivo Registo 08 08 D.R. Guia de Festas Alentejo Pág.13 Touros, flores, música e petis- cos prometem um final de Agosto em festa por todo o Alentejo: de Barran- cos ao Crato, passando por Grândola e Campo Maior, sugestões não faltam para sair de casa. O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284

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Edição 169 do Semanário Registo

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www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 25 de Agosto de 2011 | ed. 169 | 0.50€

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Escola Com a crise à porta, uma elevada taxa de desemprego (12,1%) e um conjunto de medidas de austeridade que visam equilibrar as contas públicas, a confiança dos portugueses está em baixa e a poupança é a principal preocupação. Mas o regresso às aulas traz despesas obrigatórias: livros e material escolar, vestuário, propinas. Feitas as contas: 500 euros, em média, por cada família.

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D.R

.

A nova vida das escolas primáriasNem todos os edifícios encerrados ficam ao abandono. Em Évora há exemplos do contrário.O que acontece às escolas pri-márias fechadas por falta de alunos ou pela criação dos no-vos centros escolares? Algu-mas ficam entregues ao aban-

dono, como sucede com três edifícios em Torre de Coelhei-ros. Mas outras ganham nova vida, continuando ao serviço da comunidade. Em Évora, por

exemplo, há uma companhia de teatro profissional que fez de uma escola a sua sede. E uma associação ambiental en-controu espaço para realizar

algumas das suas actividades. No Alentejo há outros casos: de restaurante a escola que é hoje sede de uma associação chamada Centro da Terra.

Regresso às aulas: 500 euros por família

Transportes José Figueira contra opções do GovernoPág.03 O presidente da Câmara de Vendas Novas, José Figueira, quer que as autarquias, especialistas em transportes e agentes económicos do Alentejo sejam ouvidos antes de o Governo se comprometer com uma decisão final relativamente ao TGV e à linha de mercadorias entre Sines e a fronteira do Caia. E critica as opções já anunciadas pelo Governo.

Luís Pardal | Arquivo Registo

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D.R

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Guia de FestasAlentejoPág.13 Touros, flores, música e petis-cos prometem um final de Agosto em festa por todo o Alentejo: de Barran-cos ao Crato, passando por Grândola e Campo Maior, sugestões não faltam para sair de casa.

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

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2 25 Agosto ‘11

Passados dois meses de funções deste Go-verno de coligação PSD/CDS é já possível fazer um primeiro balanço. Um Governo que se colocou num labirinto ainda mais estreito do que o memorando da Troika, ao escolher ir para além da Troika.

Um Governo que escolheu um caminho de querer fazer dos pequenos cortes exem-plos para o país mas que rapidamente caiu em contradição com a nomeação de “espe-cialistas” com salários acima da média que havia sido objecto da sua crítica.

Um Governo que em dois meses apenas apresentou medidas do lado da receita com recurso a aumento de impostos. O corte das gorduras do Estado que alimentaram o combate político contra o último Governo, em que perante cada PEC apresentado no Parlamento PSD e CDS logo respondiam que não deviam ser exigidos mais sacrifí-cios aos Portugueses sem que primeiro se fizessem estes cortes, se eliminassem as empresas e os institutos.

Na TVI Marques Mendes nos seus co-mentários dizia o que deveria ser extin-to. Parecia que o trabalho estava feito. Os eleitores pensaram que sim. Afinal é mais complexo do que parece. Só quem não tem experiência pode pensar que um processo de fusão ou de extinção de entidades jurí-dicas é tarefa fácil. Só era fácil quando se estava na oposição.

Veja-se o exemplo da extinção da Parque Expo, apresentada em pomposa conferência de imprensa pela Ministra da Agricultura, que face às perguntas pertinentes dos Jor-nalistas não adiantou nada! Como se liqui-dam os passivos de 230 ME, como vão ser vendidos os activos? Quem paga as diver-sas indemnizações? A famosa Taxa Social Única (TSU) foi outra bandeira do PSD.

Teria que ser uma redução muito signifi-cativa para produzir efeitos na criação de emprego. O PS discordava, alegando que essa redução teria que ser feita com um au-mento brutal do IVA. Pois bem, agora no Governo, o PSD está perdido e não sabe bem como resolver este imbróglio. O que dizer do TGV? Outra matéria de grande disputa política nas eleições, com o PSD e o CDS a defenderem a sua suspensão, sem ter em conta as indemnizações, a perda de fun-dos comunitários, os compromissos com o Governo Espanhol.

Agora no Governo, o nosso amigo Álvaro (forma como o Ministro da Economia pre-fere ser tratado), após uma reunião com o seu homólogo espanhol vem remeter a deci-são final para Setembro. Então mas a deci-são não era a suspensão? Mais um assunto que vai criar problemas e para os quais o Prof. Marcelo já foi preparando o terreno no seu último comentário na TVI.

Na Educação, o Ministro Crato está a um passo de deixar 40.000 professores isentos de avaliação (1/3 do total), criando uma

estrutura de avaliação composta por 2000 professores que só farão avaliação e cuja formação vai custar 4 milhões de euros e em que o principal sindicato (a FNE) é be-neficiário enquanto entidade formadora.

Ou seja, estamos a um passo de criar uma versão leve da avaliação, apenas para os mais novos e com subsidiação indirecta de entidades formadoras de supervisores pe-dagógicos. Na Saúde sucedem-se os anún-cios de reavaliação de projectos incluindo o novo Hospital de Évora.

Devo dizer que neste caso, pelo conheci-mento profundo do dossier, o cancelamento será de elevado prejuízo para a população e para o Estado, dado que a sua constru-ção é financiada por Fundos comunitários, por venda de património, por capital social e ainda pela optimização de exploração da actividade hospitalar.

As actuais instalações, separadas por uma estrada nacional, representam um agravamento dos custos operacionais em cerca de 20% ano. Na Assembleia da Repu-blica, já questionei o Governo através de um requerimento subscrito em conjunto com o Deputado do PS eleito por Évora, sobre as suas intenções e respectivos fundamentos.

Um balanço de governo que demonstra muito voluntarismo mas um desconheci-mento profundo dos principais dossiers. Vamos aguardar pelo Orçamento de Estado para 2012.

Entretanto o Partido Socialista elegeu o novo Secretário-geral e vai eleger os seus órgãos políticos no Congresso de Setem-bro. Espera-se que o PS se reorganize ra-pidamente para poder fazer uma oposição eficaz.

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Pedro Gama; Carlos Moura; Capoulas Santos; Sónia Ramos Ferro; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

“O Leão Papão de João Ferreira” ww

w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

A União Europeia está a atravessar um dos seus piores momentos, ninguém tenha dúvidas disso. Em termos globais a U.E. encontra-se com enormes dificuldades em resolver os seus principais problemas.

Não há muito tempo atrás a U.E. era con-siderada como um espaço altamente apete-cível, onde todos queriam entrar. Muitos pa-íses fizeram tudo por tudo para entrar neste importante espaço económico e político. O modelo parecia inquebrável.

Hoje em dia, encontramos a economia europeia altamente debilitada, onde muitas das suas nações vivem momentos extrema-mente conturbados, com problemas de difícil resolução. Cada vez mais a U.E. tem fortes dificuldades para encontrar soluções para re-solver os seus problemas económicos. A via política tem sido claramente subestimada.

A U.E. tem hesitado fortemente em con-vergir politicamente. Basta lembrar os refe-rendos na Holanda e França sobre a cons-tituição europeia. A Europa tem medo em convergir politicamente, manifestando-se neste tema os seus velhos fantasmas, de que não se consegue libertar.

E o que temos agora? Países em situação crítica a necessitarem

de resgates financeiros para salvar as suas debilitadas economias.

E a Europa o que faz?Lá vai contribuindo com algumas ajudas,

mas apenas aos países que se encontram na zona Euro; Os países que se encontram em situação aflitiva, mas não estão dentro do

Euro, nem sequer se ouve falar deles. É esta a Europa solidária que nós temos!

E as lideranças europeias o que fazem?Aí reside o principal problema. A Europa

tem sido conduzida pelo eixo franco-ale-mão. Tem sido a Sra. Merkel e o Sr. Sarkozy quem tem tomado as principais iniciativas. Esta situação faz com que a U.E. se torne mais frágil e muito mais permissiva a ata-ques externos. Com estes dois países a “do-minar” a Europa, estamos de facto em risco de perda de soberania. A razão é simples: 2 a decidir por 27 (é o que está a acontecer na prática) é um grande risco para a Europa. Na minha perspectiva, pode ser o princípio do fim do modelo europeu.

Com os ingleses a ficarem de foram (bas-ta ver que apenas apoiaram financeiramente a República da Irlanda) e os outros países sem tomarem grandes iniciativas (a Grécia, República da Irlanda e Portugal pouco po-dem fazer neste momento), significa que a Europa serve apenas a dois países. Para ser mais correcto só a um: à Alemanha.

O risco é grande, ou a Europa procura convergir politicamente, tornando-se numa verdadeira “nação” Europeia, ou então vai naturalmente colapsar.

Ou entendemos que construir a Europa significa partilhar soberania (em vez de perder soberania), ou então é melhor mu-darmos de vida.

Continuo a acreditar no modelo europeu, mas não pode continuar como há 20 anos atrás. Tudo mudou e a Europa também.

Merk(el)antilização da Europa

António CostA dA silvAEconomista

“O corte das gorduras do Estado que alimenta-ram o combate político contra o último Gov-erno, em que perante cada PEC apresentado no Parlamento PSD e CDS logo respondiam que não deviam ser exigidos mais sacrifí-cios aos Portugueses sem que primeiro se fizessem estes cortes, se eliminassem as empre-sas e os institutos”.

Percepções de dois meses de Governo

António sErrAnodeputado

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ActualPolítica de transportes leva José Figueira a acusar o Governo de “pôr em causa” o crescimento económico.

Autarca de Vendas Novas contra opções do Governo

O presidente da Câmara de Vendas No-vas, José Figueira, quer que as autarquias, especialistas em transportes e agentes económicos do Alentejo sejam ouvidos antes de o Governo se comprometer com uma decisão final relativamente ao TGV e à linha de mercadorias entre Sines e a fronteira do Caia.

Segundo José Figueira, as últimas posi-ções assumidas pelo ministro da Econo-mia e do Emprego – primeiro em Madrid e, depois, numa visita a Sines – “colocam em causa” a execução do plano nacio-nal logístico, que engloba a plataforma logística do Poceirão, e a rede regional de parques empresariais e logísticos do Alentejo.

“Desse modo é colocado em causa o desenvolvimento das economias locais, o crescimento económico, gerador de riqueza e emprego, em particular o de-senvolvimento sustentado da logística, do turismo e da indústria e par de outras áreas económicas”.

Em causa está a proposta que aponta para a criação de uma linha ferroviária de mercadorias em bitola europeia entre Sines e Espanha, proposta que na óptica de José Figueira “consubstancia uma vi-são mercantilista do desenvolvimento

Presidente da Câmara de-fende articulação entre por-tos de sines e setúbal com ligação à linha ferroviária vendas novas/Évora.

José Figueira contra “visão mercantilista do desenvolvimento económico sustentado”.

económico sustentado”. A alternativa, refere, é a criação da ar-

ticulação do porto de águas profundas de Sines com o de Setúbal acrescido da cons-trução de uma nova linha electrificada que articule estes portos ligando, via Po-ceirão, à linha do Alentejo, recentemente inaugurada.

“Desse modo poder-se-á servir não só as mercadorias e a logística (com uma maior escala por via de sinergias entre os portos portugueses), como o turismo e as popu-lações deste vasto território”.

Quando à alta velocidade ferroviária, o presidente da Câmara de Vendas Novas insiste que se trata de um “projecto estru-turante para a região Alentejo, para o país e para a Península Ibérica”, apoiado pela União Europeia e suportado por uma “es-tratégia de desenvolvimento sustentada”, pelo que “não deve nem pode ser abando-nado, ainda que se possa desenvolver de forma faseada”.

Até final de Setembro o Governo com-prometeu-se a apresentar um plano estra-tégico para o sector dos transportes.

O início da produção das fábricas da Embraer em Évora poderá derrapar para o final de 2012, em vez de arran-car no primeiro semestre do próximo ano, como estava previsto.

Em causa está a necessidade de ins-talar a maquinaria necessária para a construção de componentes de aviões nas duas fábricas da construtora aero-náutica brasileira. “Os equipamentos já estão comprados, a empresas dos Estados Unidos, do Japão e do Canadá, e a montagem dessa parte será feita ao longo de 2012”, disse ao Diário Econó-mico o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto de Oliveira. “Durante 2012, provavelmente no final do ano, a fábrica estará em condições de come-çar a produzir”.

O calendário para início de activi-dade previa que as fábricas entrassem em laboração no primeiro semestre de 2012, como anunciou Frederico Fleury Curado, presidente executivo da fabricante, quando foi lançada a primeira pedra para a construção das duas unidades.

Embraer só em finais de 2012

Investimento

O presidente da Câmara de Ourique anunciou no Facebook que se vai candi-datar à liderança da Federação Distrital de Beja do PS: “Sabendo da impossibi-lidade estatutária da recandidatura de Luís Ameixa e sendo que nada me move contra ninguém nem contra proces-sos, decidi candidatar-me ao cargo de presidente da Federação, em eleições que ocorrerão em 2012”.

Segundo Pedro do Carmo, a decisão surge depois de uma “reflexão séria sobre a actual conjuntura política no Baixo Alentejo, procurando perceber onde o meu contributo poderia ser mais impor-tante para valorizar os ideais em que acredito”.

“Faço-o com a antecedência de quem deseja promover uma mudança tran-

Pedro do Carmo avança para a FederaçãoPS/Beja

quila, de estimular a participação de todos os militantes na construção de um projecto de futuro, vitorioso para o PS na região, e motivado pela necessidade de promover o crescimento do Partido Socialista e assim defender o progresso do Baixo Alentejo e a melhoria da qua-lidade de vida dos meus concidadãos”, acrescenta o autarca.

Fonte socialista avançou ao Registo que, até ao momento, apenas Pedro do Carmo anunciou a sua candidatura à su-cessão de Luís Pita Ameixa, sendo que “é provável” o surgimento de outros nomes.

Assegurando que o “caminho é exigen-te e que a sua recompensa não deva ser outra que não a satisfação de objectivos sérios e de verdade do PS, em nome de uma sociedade mais justa e solidária”, Pedro do Carmo garante que se for eleito irá “honrar” os “compromissos” com Ourique, “disponibilizando-me para con-tinuar esse trabalho num novo mandato à frente” da autarquia.

Candidatura à sucessão de luís Pita Ameixa lançada no Faceebok.

Pedro do Carmo quer “mudança tranquila”.

O Alto Alentejo é o protagonista de um projecto que visa fomentar uma iluminação pública mais eficiente e um ponto de equilíbrio entre os níveis de iluminação necessários e o máximo de economia. O ILUPub – Melhoria da Eficiência Energética na Iluminação Pública está a ser desen-volvido pela Comunidade Intermuni-cipal do Alto Alentejo (CIMAA) e pela AREANATejo.

Assim, e no âmbito do Plano Nacio-nal de Acção para a Eficiência Energé-tica, que inclui, entre outras medidas, a redução de 2% ao ano no consumo de energia da iluminação pública, o projecto irá fazer um levantamento e análise da facturação naquela região, caracterizando a rede, com o apoio da EDP Distribuição, e, posteriormente, reduzindo o consumo, através da ins-talação de luminárias mais eficientes e de equipamentos de optimização de consumos.

Uma das medidas actualmente em curso consiste na instalação de equipamentos com regulação do fluxo luminoso em 24 postos de transfor-mação. Através desta implementação conta-se atingir, anualmente, uma redução do consumo em 1,8%, muito perto da meta imposta no Plano Na-cional. Consequentemente, a factura energética anual será reduzida em 46 mil euros e menos 210 toneladas de CO2 chegarão à atmosfera

Iluminação eficiente

Energia

Arquivo | Registo

Arquivo | Registo

4 25 Agosto ‘11

O deputado do PSD por Évora, Pedro Lynce, apelou ao Governo para o lança-mento de uma campanha publicitária sobre as vantagens de consumir produ-tos agrícolas e alimentares produzidos em Portugal, constituindo uma marca própria à semelhança do que se vem fazendo para promover as exportações nacionais.

“Estimular e promover o consumo de produtos alimentares nacionais, dando o Estado o exemplo, através da aquisi-ção preferencial de alimentos produ-zidos em Portugal nas suas estruturas tanto a nível nacional como regional, salvaguardando as regras de concor-rência comunitárias”, é um dos desafios que consta de um projecto de resolução entregue no Parlamento por diversos deputados social-democratas, entre os quais Pedro Lynce.

Segundo os deputados, a crise em que o país se encontra “exige a tomada de medidas inovadoras que corporizem a aposta no crescimento económico nacional”.

Lynce quer campanha

Agricultura

Sílvia Ramos, presidente da distrital de Beja do CDS-PP pediu a demissão de todos os cargos que tinha no partido. Na base do pedido de demissão estão notícias sobre a colaboração de Sílvia Ramos com a Megafinance, empresa acusada na comunicação social de bur-la por diversos empresários.

Um consultor da Megafinance, Pedro Xavier Pereira, e o presidente do conse-lho de administração da empresa, Luís Valente, foram esta semana detidos pela Polícia Judiciária e ouvidos por um juiz. A Pedro Xavier Pereira foi de-cretada prisão preventiva. Luís Valente ficou obrigado a apresentações periódi-cas às autoridades.

Sílvia Ramos em entrevista à Voz da Planície afirmou que “alguém” de má fé pretendeu colar o CDS-PP às notícias que vieram a público e como não quer manchar a imagem do partido decidiu abandonar os cargos.

A ex-líder da distrital de Beja do CDS admitiu que entrou na Panifica-dora Central Eborense pelas mãos da Megafinance mas como não gostou de “certas coisas” acabou por sair passado mês e meio. Mais tarde decidiu voltar a convite da Panificadora.

A empresa foi visitada pelo próprio presidente do CDS, Paulo Portas, duran-te a última campanha para as eleições legislativas.

Já depois das eleições, Sílvia Ramos envolveu-se noutra polémica de natu-reza política ao exortar os militantes centristas a “correr atrás de lugares”. “Este é o momento”, assegurou a então presidente da distrital de Beja num artigo de opinião.

Sílvia Ramos demite-se

CDS

Actual

Ministra do Ambiente admitiu no Parlamento adiar a conclusão das obras para depois de 2013.

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Calendário de Alqueva preocupa deputados do PS

Os deputados socialistas querem saber se o Governo está em condições de viabili-zar o actual plano de obras do empreen-dimento de Alqueva, cuja calendarização aponta para a conclusão de toda a rede se-cundária de rega até 2013, ou se pretende adiar a obra.

A pergunta entregue por diversos de-putados do PS – entre os quais Carlos Zorrinho, eleito por Évora, e António Ser-rano, ex-titular da Agricultura – surge na sequência de declarações da ministra

socialistas querem saber se Governo viabiliza actual pla-no de obras ou se pretende “desviar” fundos comunitá-rios afectos a Alqueva.

Assunção Cristas que admitiu estar em cima da mesa o adiamento do projecto para pós-2013.

A ser assim, serão “goradas as expectati-vas dos investidores, rompendo com com-promissos” já assumidos.

“Pretende o Governo desviar fundos da comparticipação nacional do PRODER afecta a este empreendimento e prevista em PIDDAC, para viabilizar outros inves-timentos ou está disponível para conside-rar este projecto prioritário no âmbito de uma política agrícola nacional?”, interro-gam os deputados do PS.

Na pergunta é recordada a importân-cia de Alqueva para a competitividade da agricultura nacional e para o desen-volvimento regional do Alentejo, são só na vertente agrícola mas também como factor de desenvolvimento económico e social da maior importância.

“A decisão política de antecipar a con-clusão da irrigação agrícola de 2025 para 2013 mobilizou fortemente os investido-res na nossa agricultura e na agro-indús-tria na área de influência do Alqueva. A expectativa positiva que está criada junto dos agentes económicos não pode ser de-fraudada”, consideram.

Além das indefinições em torno da ca-lendarização de Alqueva, o Registo apu-rou junto de fontes socialistas que existe igualmente “preocupação” relativamente ao futuro da Empresa de Desenvolvimen-to e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), cujo conselho de administração termi-nou o mandato há vários meses.

Anterior Governo antecipou para 2013 a conclusão do empreendimento de Alqueva.

Arquivo | Registo

Arquivo | Registo

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Actual

Projecto de resolução sobre Hospital de Évora será debatido na Comissão Parlamentar de saúde.

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PCP considera ”inquestionável“ necessidade de novo hospital

O PCP considera que a necessidade de construção do novo hospital de Évora é “inquestionável” apesar da “grave situ-ação social, económica e financeira do País”. Os deputados comunistas apresen-taram na Assembleia da República um projectos de resolução sobre o novo hospi-tal, que será apreciado na Comissão Parla-mentar de Saúde.

No projecto é proposta a adopção de medidas que “garantam a construção” do novo hospital, designadamente a subscri-ção integral do capital estatutário do Hos-pital do Espírito Santo de Évora (HESE) e a adopção das medidas necessárias para acesso a financiamento comunitário.

“A proposta constitui uma solução de boa utilização de recursos públicos e sig-nifica um compromisso com a melhoria da qualidade de vida das populações e o desenvolvimento do Alentejo e do Sul do País, desígnios que devem mobilizar todas as forças políticas”, referem os de-putados comunistas, acrescentando que estas duas medidas visam ““garantir que o investimento se concretiza mantendo o carácter integralmente público do novo hospital”.

deputados comunistas di-zem que novo hospital con-tinua a fazer falta apesar da “grave situação” económica e social do País.

Sub-financiamento do hospital terá originado em 2010 défice de cerca de 10 milhões de euros.

Também as regras de financiamento do HESE são contestadas pela bancada do PCP num outro projecto de resolução, que irá igualmente ser debatido na Comissão Parlamentar de Saúde: “As regras de fi-nanciamento estabelecidas pelo Minis-tério da Saúde no contrato-programa para 2010 determinaram um défice de cerca de 10 milhões de euros nas contas da Insti-tuição, justificando que o respectivo con-selho de administração tivesse assinado o contrato sob protesto”.

Para este sub-financiamento, cuja “cor-recção” é proposta pelos deputados comu-

aos doentes do Serviço Nacional de Saú-de que foi previamente fixado num valor que obrigava à fixação de metas de pro-dução abaixo do real, nomeadamente na cirurgia de ambulatório e na radiotera-pia, determinando um resultado líquido negativo de cerca de 6,6 milhões de euros.

Por outro lado, o Ministério da Saúde não terá tido em conta que a entrada em funcionamento das unidades de radio-terapia e hemodinâmica “significou um acréscimo de custos para o HESE e uma redução de custos para outros Hospitais, não tendo havido a correspondente ade-quação das transferências financeiras en-tre instituições que se impunha”.

“Torna-se mesmo incompreensível a manutenção das actuais regras de sub-financiamento do HESE perante a evolu-ção que aquela instituição apresenta nos indicadores de prestação de cuidados de saúde, designadamente perante a evolu-ção concretizada na realização de cirur-gias de ambulatório”, adverte o texto do projecto de resolução.

A Câmara Municipal de Avis vai ins-talar o Centro Interpretativo da Ordem de Avis (CIOA) no antigo quartel dos bombeiros. A abertura está prevista para 2012, tendo o projecto resultado de um protocolo de colaboração recente-mente assinado entre o município e a Direcção-Geral de Arquivos.

Através deste protocolo, a Direcção-Geral de Arquivos irá disponibilizar ao Município de Avis o acesso à documen-tação, em formato digital, referente à Ordem de Avis e ao Convento de Avis que integra o acervo do Arquivo Na-cional da Torre do Tombo e do Arquivo Distrital de Portalegre.

O CIOA pretende constituir-se como um pólo de investigação, debate e pes-quisa sobre a Ordem de Avis destinado ao público em geral mas com enfoque para um público especializado, que pre-tenda aprofundar o estudo do patrimó-nio histórico-artístico afecto à Ordem de Avis e a outras ordens militares.

Além do espólio documental, o cen-tro conta também com a documentação que integra o acervo da Biblioteca Na-cional, da Câmara Municipal de Avis e da Santa Casa da Misericórdia local.

Antigo quartel acolhe centro

Cultura

nistas, contribuiu o valor da remuneração da produção contratada relativamente

A praça Khan Antoun Bey, em Beirute, vai ter alma nova e quem por lá passar vai pisar tapetes de Arraiolos, elo de ligação entre culturas, uma ideia de um gabinete de arquitectura português que ganhou um concurso internacional, revelou a edição online do semanário Expresso.

A praça fica no centro da capital do Líbano e é local de passagem para mui-tas pessoas.

Segundo um dos coordenadores do projecto e responsável pelo atelier de arquitectura paisagista PROAP, o grau de liberdade para a reabilitação da praça “era muito elevado”, assim como o grau de exigência: para a empresa libanesa promotora do projecto era fun-damental que “se conseguisse construir algo que pudesse ganhar um significa-do icónico para a cidade”.

Trata-se de mais uma iniciativa que permite divulgar internacionalmente o Tapete de Arraiolos, um dos mais ge-nuinos produtos artesanais do Alentejo. Recorde-se que, conforme noticiado pelo Registo, o Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos será instalado no antigo posto da GNR na vila.

De Arraiolos, para Beirute

Tapetes

Arquivo | Registo

6 25 Agosto ‘11

Actual

Ecocasa inclui simuladores online para avaliar consumos de água e electricidade e comparar tarifas.

Como contornar a subida do IVA na electricidade?

Numa altura em que o Governo anunciou a subida da taxa de IVA para a electricida-de e gás, a Quercus decidiu dar uma ajuda a reforçar o apoio às famílias portuguesas na poupança de energia, através do pro-jecto EcoCasa (www.ecocasa.pt).

Segundo a associação ambientalista, as famílias portuguesas têm um poten-cial de poupança de 8% na sua factura de electricidade, “se tivermos em conta que ainda há muito a fazer para conseguir-mos uma casa eficiente”. Esta redução equivale a cerca de 45,5 euros por ano.

Desligar o standby do televisor, trocar as lâmpadas por outras mais eficientes e escolher electrodomésticos de classe energética A ou superior, são conselhos da Quercus para uma redução da factura de electricidade.

Mas também é possível reduzir a fac-tura de gás sendo, também aqui, signifi-cativos os ganhos. Só por fechar a tornei-ra da água quente e não gastar mais de 10 minutos no duche será possível reduzir parte da factura, relativa ao aquecimen-to de água, em 4% e mais 17 euros por ano.

A este potencial de poupança deve ser somado os ganhos decorrentes da reabi-litação urbana, com a aposta no reforço do isolamento térmico e nas janelas efi-cientes, que podem proporcionar redu-ções significativas nas necessidades de aquecimento e arrefecimento das habi-tações.

A Comissão Europeia, no Plano de Efi-ciência Energética 2011, reforçou a im-portância da eficiência energética, afir-mando que esta pode ser o maior recurso energético da Europa. Os Estados-mem-bros têm planos de acção para a eficiência energética, em curso, mas segundo recen-tes estimativas da Comissão não devem atingir o objectivo de 20%, traçado em 2007.

A Quercus defende ainda uma “maior transparência do tarifário, para os consu-midores estarem informados sobre o que estão a pagar efectivamente na sua factu-ra de electricidade”.

O projecto EcoCasa centrou-se desde o início nos temas da eficiência energéti-ca e das alterações climáticas, tendo em vista sensibilizar as famílias portuguesas para uma melhor gestão do consumo de energia no sector doméstico.

“Esta tarefa continua hoje justifica-da pelo aumento, nos últimos anos, dos consumos energéticos a nível doméstico no nosso país e pelo consequente agrava-mento das emissões de gases com efeito de estufa que estão na origem do aqueci-mento global”, refere fonte da associação. Na página existem diversos simuladores que permitem avaliar consumos e com-parar tarifas.

Quercus divulga conselhos simples que podem ajudar a reduzir os gastos das famí-lias portuguesas com a água e a electricidade.

O processo de liberalização do mercado do gás e electricidade começou em 2010, mas o Conselho de Ministros estipulou agora o calendário, ao abrigo do acor-dado no memorando de entendimento com a troika.

A partir de Julho de 2012, começa esta extinção faseada: na primeira fase, extinguem-se as tarifas reguladas dos clientes finais de electricidade com potência contratada igual ou superior a 10,35kVA e clientes finais de gás natural com consumo anual igual ou inferior a 10 mil metros cúbicos.

A partir de 1 de Janeiro de 2013, todos os clientes finais de electricidade e gás natural deverão estar em condições de optar pelo regime de preços livre.

Até à escolha por cada cliente do seu comercializador de mercado, aplicar-se-ão as tarifas transitórias, a fixar e monitorizar pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

Em paralelo, está prevista a adopção de uma tarifa social de venda de gás natural aos consumidores economi-camente vulneráveis, à semelhança do definido para a electricidade, bem como a adopção de instrumentos de relacionamento comercial adoptados às necessidades desses mesmos consu-midores.

A liberalização foi uma das condi-ções impostas a Portugal no âmbito do acordo de ajuda externa assinado com o FMI, Banco Central Europeu e UE.

Fim das tarifas reguladasSegundo a Quercus, gestos simples permitem às famílias poupar 8% na conta da electricidade.

O total de depósitos aplicados por particulares subiu em Junho para os 124.514 milhões de euros, mais 2,265 mil milhões de euros do que no mês anterior, segundo o boletim estatístico mensal do Banco de Portugal.

A poupança das famílias beneficiou de taxas de juro mais atractivas, que voltaram a subir em Junho, passando dos 3,54 por cento registados em Maio para 3,63 por cento, o valor mais alto desde finais de 2008.

Mais poupança nas famílias

Depósitos

Uma loja de vestuário foi assaltada em Estremoz. Os assaltantes, persegui-dos pela PSP acabaram por abando-nar o veículo com a roupa furtada, a caminho de Évora.

Segundo fonte da PSP, os assaltantes entraram no estabelecimento de pron-to a vestir, através de arrombamento de uma montra.

Quando o assalto foi comunicado à polícia, os agentes dirigiram-se para o local e ainda avistaram um veículo em fuga, com três indivíduos tendo-se iniciado a perseguição.

Os assaltantes, que abandonaram o veículo, com o motor a trabalhar, na Estrada Nacional 4, antes do cruza-mento para Évora, meteram-se numa vinha, não voltando a ser detectados pela polícia.

Loja assaltada em Estremoz

Segurança

São pouco mais de 18 metros quadra-dos que servem para dar de comer a 60 famílias carenciadas de Évora. Este é o espaço ocupado pela cozinha e pela sala de refeições da Associação Pão e Paz, em Évora, que começa a ser apertado para tantas solicitações.

O presidente da assembleia-geral da associação considera prioritário melhorar as condições de acolhimen-to e de confecção de alimentos para garantir esta ajuda. Canha da Silva receia um aumento das solicitações, depois do Verão, altura em que termi-nam os trabalhos sazonais e em que se deverão fazer sentir mais os cortes nos apoios sociais.

“Gente amiga há sempre” diz o res-ponsável, que até agora contou com o apoio de “restaurantes, padarias, talhos e instituições locais”, para fazer o que considera “um milagre”, mas é necessário melhorar a resposta.

Ao todo são apenas 15 as pessoas que todas as semanas tornam pos-sível a oferta de refeições a famílias carenciadas. Alguns “sentem que têm de ajudar quem os ajuda e colaboram em alguns trabalhos”.

Pão e Paz mais procurada

Solidariedade

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Exclusivoimani Country House abriu portas em Guadalupe, dando uma nova vida a uma antiga casa agrícola.

Pedro Galego | Texto

Vizinha do mítico Cromeleque dos Alendres, a 10 minutos de Évora, a Quinta do Montemuro (Guadalupe) - onde do amor à primeira vista de Mariana Roxo e José Pedro Vasconcelos pelo espaço fez nascer uma das mais peculiares casas de campo do Alentejo - ganhou um nome que agora é sinónimo de qualidade: Imani

A palavra, estranha ao voca-bulário dos comuns, significa “acreditar” na língua swahili. E foi da vontade dos proprietários, que após um mergulho de ca-beça numa propriedade com 13 hectares quase votada ao aban-dono, há três anos atrás, acre-ditaram que era possível criar um espaço capaz de ombrear, e em muitos casos olhar de cima, a oferta turística do género no Alentejo e no país.

O local onde hoje está a a Ima-ni Country House foi, na sua gé-nese, um espaço marcadamente agrícola, construído numa coli-na dividida por socalcos, mura-da em grande parte da sua ex-tensão. Contam-nos que as suas origens são remotas.

A disposição física da proprie-dade obrigou à construção de um sistema ímpar de transporte de água em túneis escavados no saibro, na zona norte/poente, que vai alimentando os vários poços, minas e contra-minas a jusante, sistema com mais de quatrocentos metros de escava-ções na rocha, com salas subter-râneas em que o pé direito chega

Do ”acreditar“ se faz turismo a dois passos do cromelequeEm swahili, “imani” significa acreditar. E assim nasceu um ho-tel em Évora.

O recinto megalítico dos Almendres, um dos maiores monumentos públicos da hu-manidade, constitui o maior conjunto de menires estrutu-rados da Península Ibérica e é um dos mais importantes da Europa. Este monumento megalítico inicialmente era constituído por mais de uma centena de monólitos.

A sua escavação permitiu a detecção de várias fases construtivas ao longo do período Neolítico (V e IV milénios a. C.), até alcançar aspecto semelhante ao hoje apresentado. 92 menires com diferentes formas e dimen-sões, desde pequenos blocos rudemente afeiçoados, outros maiores que deram ao local o nome de Alto das Pedras Talhas.

Formaram dois recintos erguidos em épocas distin-tas, geminados e orientados segundo as direcções equino-ciais. Uma dezena de monó-litos está decorada exibindo relevos ou gravuras. Foi um monumento com funções religiosas e, provavelmente um primitivo observatório astronómico.

Descobrira ser superior a nove metros. No seu perfil laboral foram

introduzidos no inicio do sécu-lo XX intervenções de carácter recreativo: jardins, relvados, tanques de pedra, esculturas e a ligação a um bosque de cedros centenários que a tornam numa quinta com características úni-cas em todo o Alentejo.

Mas não é de topografia ou de técnicas agrícolas que quem en-tra naquele espaço quer saber. o edifício que alberga hoje o hotel é o antigo casario dos trabalha-dores que data de Setembro de 1909. Entre as décadas de 40 e 60 chegaram a lá viver mais de cinquenta pessoas. Foi dessa herança que tudo começou a ser planeado, desenhado e conse-guido.

Hoje, os sete quatros (dois du-plos e cinco suites), alguns com a possibilidade de serem comu-nicantes configurando uma so-lução ideal para famílias nume-rosas, regem-se pelo lema “rest, food, beauty & pleasure” (des-canso, comida, beleza e prazer), dando a sensação que o relógio e a rotina estancam assim que se cruzam os portões da Quinta do Montemuro.

Com detalhes na decoração que vão desde as típcas bicicle-tas pasteleiras a uma banheira vitoriana existente numa das suites, na Imani parece que nada foi deixado ao acaso e o hóspede é sempre considerado um amigo.

Prova disso é o ‘honest bar’, que fica por baixo de um dos al-pendres, onde o cliente se serve, tomando nota, se quiser, da sua despesa. O restaurante Imprová-vel não é “gourmet”, mas cuida a apresentação e capricha nos sabores alentejanos. Serve o que de melhor se faz na região e é ex-clusivo para hóspedes.

Muitas são as solicitações ex-ternas, mas a filosofia do espaço manda que assim seja: ‘guests only’. É esta a garantia de que quem frequenta a Imani parti-lha da vontade de relaxar, des-cansar e absorver a magia que parece emanar de cada um dos cantos da propriedade.

Duas piscinas, vários jardins e toda a envolvente natural são outros dos argumentos para uma visita e uma estadia. Pode

ainda encontrar dois burros e al-gumas ovelhas que compõem a fauna do local.

Paralelamente com a matriz hoteleira deste turismo sui ge-neris, crescem outros projectos, como a marca de vinho Impro-viso e a “wine school”, ambas com a assinatura do enólogo Paulo Laureano, a Imani parece ser mais um conceito que um es-paço, que há menos de três anos, quase não se descortinava de tão

envolto pelas silvas que estava. Mãos à obra, Mariana Roxo,

José Pedro Vasconcelos e um punhado de amigos limparam a cara à quinta e, pouco mais de três meses depois da inau-guração (a 6 de Maio de 2011), já obtém uma classificação de ‘9,9 Excepcional’ na crítica dos clien-tes no Booknig, um dos mais im-portantes sítios de reservas em hotéis. A experiência tem preços a partir dos 120 euros.

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8 25 Agosto ‘11

Exclusivo

Alguns edifícios foram abandonado. Mas outros foram reutilizados. Em Évora há vários exemplos.

Luís Godinho | Texto

Ao cruzar o portão de acesso à antiga escola primária de São Jordão, próximo de Torre de Co-elheiros, Évora, João Rodrigues não esconde o desânimo: “É uma tristeza ver tudo isto a degradar-se”. O actual presidente da Junta de Freguesia foi um dos primei-ros alunos desta escola, no tem-po em que todos os montes das redondezas se encontravam ha-bitados e o número de crianças justificava a existência do esta-belecimento de ensino.

Corria o ano de 1963 quando entrou pela primeira vez na es-cola, inaugurada poucos anos antes. “Por essa altura éramos cerca de 40 alunos”. Durante os intervalos eram os rapazes que tinham de percorrer algumas dezenas de metros para ir ao poço buscar água. Às raparigas ficava confiada a tarefa de lim-par o pavimento do espaço ex-terior, onde hoje crescem ervas. “É difícil imaginar que este pátio era limpo e esfregado todas as sextas-feiras”.

“Nessa parede estava a foto-grafia do Salazar”. João Rodri-gues recorda os tempos passados na escola, os mergulhos no pe-queno ribeiro que por ali passa, durante os meses de Verão, e la-menta que todo este património – o edificado e o das memórias históricas – se esteja a degradar de dia para dia.

Há muito que não há alunos na antiga escola de São Jordão e edifíciotem bem presentes as marcas do abandono: parte do tecto já se desmoronou, janelas e portas são recordações do pas-sado e até os azulejos das antigas

Antigas escolas entre o abandono e novos usoso que acontece às escolas que fecham?

casas-de-banho foram roubados.Ao gabinete do actual presi-

dente da junta já chegaram per-guntas sobre a disponibilidade da Câmara de Évora para vender o edifício. Mas o preço exigido – cerca de 67 mil euros – terá afas-tado os potenciais compradores. “Só as paredes têm recuperação, tudo o resto teria de ser recons-truído e o edifício não tem elec-tricidade nem água”. À falta de comprador e de projectos, o espa-ço continua ao abandono.

Sorte diferente teve a antiga escola de São Matias, na fregue-sia de Guadalupe, igualmen-te no concelho de Évora, onde hoje se encontra instalada uma estação ambiental gerida pelo

Centro de Estudos de Avifauna Ibérica e a partir da qual se rea-lizam acções em que as crianças das escolas são convidadas a des-cobrir várias espécies que vivem nas planícies do Alentejo.

Em Abela, Santiago do Cacém, a primária de Cova do Gato é agora sede da Centro da Terra, uma associação para estudo e difusão de formas tradicionais de construção em terra defen-dendo o “retorno efectivo e viá-vel de uma tradição que resiste a desaparecer”.

O espaço foi cedido gratui-tamente pela autarquia local. “É uma pena já não existirem alunos para justificar o funcio-namento desta escola mas esta-

mos muito satisfeitos com esta solução. Se não tivesse sido des-ta forma estaríamos certamente instalados em locais com uma maior centralidade”, diz o ar-quitecto Pedro Alves de Abreu, vice-presidente da associação, classificando a Cova do Gato como o local ideal para este tipo de projecto: “Não precisamos de andar muito para encontrar bons exemplos de construção tradicional”.

Como o espaço se encontra-va sem utilização, a chegada da associação acabou por “fazer todo o sentido”, sendo que a ou-tra das duas salas ali existentes está a servir como depósito de peças pertencentes ao espólio

do Museu do Trabalho Rural de Abela. “As coisas encaixaram-se. Há aqui uma componente de regresso à escola e de regresso ao passado em termos de tecnolo-gia. Muitos sócios estudaram em edifícios deste género”.

“Uma velha escola primária dos centenários tem uma silhue-ta datada no tempo e no estilo. Com o decréscimo de alunos, algumas foram abandonadas ou conhecem hoje uma utilização precária, vulgarmente usadas como depósitos, mergulhando assim no esquecimento. Outras, porém, mercê do interesse e in-vestimento das autarquias, re-novam a sua presença na vida das comunidades, fruto de uma refuncionalização que lhes dá novo uso e protagonismo no quotidiano das populações”, as-sinala o arquitecto Filipe Jorge.

Por todo o país multiplicam-se exemplos dessa “refuncionaliza-ção” de antigos espaços de ensi-no que tendo perdido a função para a qual foram construídos nem por isso deixaram de con-tinuar a ser úteis às comunida-des locais em sectores como, por exemplo, o turismo: em Alcácer do Sal, a antiga escola de Ca-chopos alberga desde há alguns anos um dos restaurantes de re-ferência da gastronomia alente-jana, tal como a primária de Col-meais, em Alfãndega da Fé, foi transformada numa unidade de turismo rural com dois quartos.

Já em Marrancos, Vila Verde, a ideia é promover o linho através da adaptação do edifício escolar a espaço museológico. Encerra-da desde 2007, a escola de Mos-teiro, Guimarães, é agora uma loja social onde é prestado apoio às famílias mais desfavorecidas através da distribuição de rou-pas e calçado e de um serviço de enfermagem gratuito.

E tudo começou com uma manifestação à porta da Câmara de Évora, já lá vão mais de 10 anos. “Foi a primeira vez que um agente cultural da cidade enfrentou a autarquia”, recor-da João Sérgio Palma, actor de encenador do Pim Teatro. O problema é que a companhia, profissional, não tinha sede onde instalar os serviços e realizar espectáculos. E todos os dias, ao longo de uma boa meia dúzia de anos, João Sérgio Palma e a directora artística Alexandra Espiridião passavam por uma antiga escola primária,

na estrada para o Alto de São Bento, em Évora, em progressivo estado degradação devido ao abandono.

“Depois dessa manifestação a autarquia que sempre tinha dito que essa solução era muito complicada deu-nos um saco com chaves e viemos para cá. A coisa deu-se”.

Foi preciso realizar pequenas obras no interior mas rapida-mente as duas antigas salas de aulas ganharam novos usos: uma funciona como sala de es-pectáculos/criação com capaci-dade para cerca de 50 pessoas e

“espectáculo que exijam pouco em termos de espaço e de acto-res”; na outra fazem-se costuras e trabalhos de carpintaria que servem de suporte aos espectá-culos do PIM, sendo também utilizada para ateliers de artes plásticas.

“Os espaços são muito poli-valentes e estão todos aprovei-tados, adaptando-se ao que faz falta”, diz João Sérgio Palma, referindo que o isolamento – a escola fica a cerca de 15 minutos a pé do centro histórico de Évora – acaba por expor o espaço a actos de vandalismo.

Uma companhia de teatro na escola

Há exemplos de “refuncionalização” dos antigos espaços de ensino em vários municípios do país.

João Sérgio Palma na sede no Pim Teatro, uma antiga escola recuperada.

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Exclusivo

Compra de livros e de material escolar, vestuário, calçado e propinas lideram gastos neste período.

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Este ano, as famílias portuguesas vão gastar em média 500 euros no regresso às aulas e os hipermercados serão o local preferido para a compra do material esco-lar, revela o estudo anual do Observatório Cetelem 2011.

Com a crise à porta, uma elevada taxa de desemprego (12,1%) e um conjunto de medidas de austeridade que visam equi-librar as contas públicas, a confiança dos portugueses está em baixa e a poupança é a sua principal preocupação.

Mas, com o início do ano escolar, a com-pra de manuais e de material escolar é incontornável. Segundo o estudo, o gasto médio das famílias será de 500 euros, em-bora a maior parte dos gastos (37,7%) se si-tue entre 250 e 500 euros. Já os agregados com dois estudantes têm um gasto médio de 547 euros.

No trabalho aferiu-se que a intenção de consumo dos portugueses para o re-gresso às aulas recai sobre a aquisição de

calçado e vestuário. 80% dos inquiridos afirma que pretendem comprar este tipo de produto ainda antes do início do pró-

ximo ano lectivo. Com a aproximação do regresso às aulas, os portugueses come-çam a pensar no que têm de comprar e

Famílias gastam em média 500 euros no regresso dos filhos às aulasCrise complica as contas mas a compra de material escolar é inevitável.

no dinheiro que terão de gastar. Perceber quais são as suas intenções de consumo foi o objectivo deste estudo.

Quando o Observador Cetelem questio-nou os portugueses sobre as suas inten-ções de compra para o regresso às aulas, 69% declarou que pretende adquirir equi-pamento desportivo; 62% irá certamente ter despesas com pagamento de mensali-dades de colégios e propinas e 57% tencio-na ter despesas com artigos de informáti-ca. Entre as intenções de compra menos citadas encontram-se o telemóvel (22%) e os computadores (19%).

Quando questionados se costumam comprar o material escolar num único momento ou repartir ao longo do ano lec-tivo, os inquiridos dividem-se. Os inquiri-dos com filhos em idade escolar preferem fazê-lo num momento único (53%).

“O objectivo em desenvolver uma aná-lise centrada nas intenções de consumo no regresso às aulas foi de perceber quais seriam as opções de compra dos consumi-dores num contexto económico bastante incerto”, diz Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem em Portugal.

A compra do material escolar constitui uma despesa acrescida para muitas as famílias.

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10 25 Agosto ‘11

Exclusivo

durante mais de 6 horas a circulação esteve interrompida na A2, complicando o regresso de férias.

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Choque entre camiões obrigou a corte da auto-estrada

O trânsito na auto-estrada do Sul (A2) es-teve segunda-feira interrompido durante mais de seis horas, próximo do nó de Cas-tro Verde, na sequência de uma colisão entre dois veículos pesados. O acidente ocorreu às 9h40, sendo a circulação par-cialmente retomada apenas numa das faixas pelas 16h15, dada a complexidade das operações de limpeza da via.

“Foi mais de uma hora de espera”, disse um dos automobilistas que ao regressar de férias no Algarve se viu “apanhado” numa fila de trânsito com mais de 5 quiló-metros de extensão. Todos os automóveis que circulavam no sentido Faro/Lisboa foram desviados para a estrada nacional na portagem de Castro Verde, congestio-nada ao longo de várias horas.

A colisão ocorreu depois de um camião que transportava oito automóveis ter en-costado numa das faixas laterais da auto-estrada para trocar um pneu que havia rebentado. Pouco depois, era violenta-mente atingido por outro veículo pesado de transporte de mercadorias.

“Escutei um estrondo e atirei-me para fora da auto-estrada”, contou uma teste-munha do acidente, Narcisco Lucas, que estava a mudar o pneu. “São coisas que acontecem a quem anda na estrada mas fui um susto muito grande”.

O condutor que provocou o embate so-freu diversos traumatismos, tendo sido transportado no helicóptero do INEM para o Hospital de Faro. “Estava conscien-te mas dizia que não se conseguia lem-brar de nada”, conta Narciso Lucas.

Fernando Guerreiro, segundo coman-

Filas de trânsito na zona de Castro verde chegaram a ter mais de 5 quilómetros de extensão. Acidente fez um ferido grave.

dante dos Bombeiros Voluntários de Ou-rique, diz que as operações de socorro en-volveram 5 elementos da corporação, não tendo sido necessário recorrer à viatura de desencarceramento. Segundo conta, a principal dificuldade foi chegar ao local do acidente: “Não foi fácil pois havia mui-tos automóveis parados na auto-estrada”,

O camião que encostou na faixa lateral seguia em direcção ao Porto, transportan-do automóveis avariados durante o perío-do de férias.

O número de mortos nas estradas do distrito de Évora “disparou” nos últimos meses, indicam dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária con-sultados pelo Registo. Entre 1 de Janei-ro e 15 de Agosto, os acidentes rodoviá-rios no distrito foram responsáveis pela morte de 17 pessoas, mais 7 do que em idêntico período do ano passado.

No distrito de Beja, as cifras da sinis-tralidade rodoviária são ainda mais ne-gras, com o número de vítimas mortais a passar de 9 para 25. E esta terça-feira, próximo de Casével, Castro Verde, ocor-reu mais um acidente mortal, quando um imigrante romeno foi atropelado por uma carrinha de mercadorias.

Apenas no distrito se regista uma evolução positiva, tendo o número de mortes na estrada diminuído de 12 para 7 nos primeiros oito meses do ano.

A nível nacional, os dados da ANSR revelam que os acidentes provocaram a morte de 413 pessoas nas estradas portuguesas, menos 29 vítimas do que em 2010, resultado em grande medida explicado pela redução da sinistralida-de no distrito de Aveiro onde o número de mortos baixou de 45 para 17.

Situação inversa ocorre em Évora e em Beja e em mais cinco distritos onde se regista um aumento do número de vítimas mortais: Castelo Branco, Coim-bra, Leiria, Vila Real e Viseu.

Mais mortes nas estradasDestroços na via tornaram necessárias mais de seis horas para GNR, Brisa e bombeiros conseguirem reabrir à circulação a A2.

O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) admitiu dispensar pes-soal devido ao corte de 8,5% no Orçamen-to de Estado (OE) para o Ensino Superior em 2012.

Com cerca de 2 milhões de euros de despesa com funcionários, a situação financeira do IPP é “difícil”, pelo que a instituição irá reduzir custos com a demissão de alguns dos 450 trabalhado-res, diz Joaquim Mourato, acrescentando que alguns contratos a termo “não serão renovados” e que a situação do pessoal

será “revista”.O Bloco de Esquerda mostrou-se en-

tretanto “muito preocupado” com esta possibilidade de redução do número de funcionários e de cursos, devido ao corte de 8,5 por cento no Orçamento de Estado para o Ensino Superior em 2012.

O coordenador distrital do BE, Paulo Cardoso, considerou em declarações à Rádio Portalegre que este corte vem acentuar o “interioricídio em curso, agra-vado com as medidas da troika”.

Cortes obrigam a dispensasPolitécnico

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Radarsegundo trabalho de um guia para descobrir fontes e chafarizes que contam histórias do Alentejo

Luís Godinho | Texto

Nos bancos de pedra, construídos, como todo o Chafariz das Portas de Moura em mármore branco, são bem visíveis as marcas deixadas ao longo dos séculos pe-las vasilhas ali colocadas para a recolha e transporte de água. Construído há 445 anos, é uma das imagens mais caracterís-ticas da cidade.

Classificado como Monumento Nacio-nal, o Chafariz das Portas de Moura é uma construção de meados do século XVI, ten-do sido edificado por ordem do Cardeal Infante Dom Henrique para distribuir publicamente a água que era transpor-tada até à cidade através do Aqueduto da Água da Prata. Foi solenemente inaugu-rado no dia 4 de Dezembro de 1556 tendo resultado da contribuição da Coroa mas também “dos moradores, e visinhos do dito sítio: e a Câmara deo 8$000 reis”.

O “Livro 6º dos Originais da Câmara” g u a r d a

Pelas fontes henriquinas de ÉvoraEntre o largo das Portas de Moura e a Praça do Giraldo, dois monumentos únicos erguidos no século Xvi.

uma carta enviada em 16 de Setembro de 1556 pelo Cardeal Infante ao juiz, ve-readores e procurador da cidade na qual determinava a construção da fonte: “Eu falei a El-Rey meu Senhor sobre a agua da prata hir a Porta de Moura; S. Alteza houve por bem fazer mercê a cidade da quantidade que vereis (...) e foy muy bom requerimento para a Cidade ficar melhor provida; de todalas partes podereis orde-nar de amandar fazer, porque he muy boa obra, e provetozza aprovo”.

O desenho e a concepção do monu-mento, construído em mármore branco, ficam a dever-se ao arquitecto Diogo de Torralva, apelidado por Túlio Espanca como “um dos mais brilhantes espíritos da Renascença em Portugal” que, à época, era conservador do aqueduto e mestre de obras da comarca e a quem se ficará igual-mente a dever o desenho do claustro e fa-chada da capela da Universidade.

Caetano da Câmara Manoel, em “Atra-vés da Cidade de Évora” (1900), coloca a possibilidade de se tratar de uma obra do reinado de D. João III: “o chafariz ou fon-te das Portas de Moura é também altiva e elegante; tem tanque de água para caval-gaduras. É fábrica de D. João III”.

Em 26 de Agosto de 1557, D. Catarina, regente na menoridade de D. Sebastião, concede ao duque de Bragança, D. Teodó-sio, os sobejos da água do chafariz para

irrigação dos seus pomares. O grande tanque, de planta

rectangular, desti-nava-se a dar

de be-

ber ao gado.Em 1963, aquando da construção do

novo tribunal da cidade, a câmara proce-deu ao arranjo urbanístico de toda a zona, obra conduzida sob a orientação técnica do arquitecto Raul Costa. “Por motivo de construção do Palácio da Justiça, está a ser restaurada pelo município eborense a monumental fonte das Portas de Moura, assim como todo o pavimento que a cir-cunda, que foi calcetado a paralelepípe-do”, assinala o “Notícias d’Évora” de 31 de Janeiro desse ano.

Contemporâneo deste chafariz, o da Praça do Geraldo é, nas palavras que Túlio Espanca deixou escritas, “a mais monu-mental e sumptuosa peça do seu género” na região. Construída em estilo barroco e rematada com uma coroa real de bronze, data de 1571 tendo sido desenhada pelo arquitecto Afonso Álvares, mestre de obras da comarca, que ali gastou mais de cinco mil cruzados.

Recentemente edificada a Igreja de San-to Antão, obra na qual o então arcebispo de Évora colocara um empenho especial, em 1570 o Cardeal Infante Dom Henrique interpela o município sugerindo-lhe que mandasse apear o arco do triunfo roma-no para ali construir uma fonte, em subs-tituição da que havia sido inaugurada no dia 28 de Março de 1537 por D. João III, quando começou a funcionar o Aquedu-to da Água da Prata.

O documento assinado pelo Cardeal en-contra-se arquivado no “Livro 6º dos Ori-ginais da Câmara”: “Afonso Álvares, ca-valeiro fidalgo de minha casa, vay a essa cidade de mandado del-Rey meu senhor

a dar ordem ao assento da fonte que tem mandado fazer no lugar da

praça (...) também pera mandar desfazer

o arco que

atravessa a Rua ancha, e o chafariz e por-tico onde agora corre agoa da prata atee o fundamento pera ficar terreiro diante da porta principal da igreja de sancto Antão”.

O conjunto formado pelo chafariz e pela fachada da Igreja de Santo Antão permitem-nos, hoje em dia, falar de uma Évora “henriquina” como forma de deno-minar a verdadeira revolução urbana e arquitectónica com que o Cardeal Infante Dom Henrique quis marcar a cidade.

Um conjunto heterogéneo de seis construções – as fontes do Largo de Avis, Nova e da Quinta do Arcediago e os chafarizes Del-Rei, das Bravas e do Rossio de São Brás – todas elas datadas entre os séculos XV e XVIII e tendo como denominador comum a necessidade de assegurar o abaste-cimento de água à cidade são igual-mente merecedoras de atenção numa visita a Évora.

Construídas em estilos e com mate-riais diversos, a primeira estrutura a ser edificada foi o Chafariz das Bravas, a mando do Senado Eborense, corria o último quartel do século XV, estando referenciado numa carta de D. João II ao município eborense, datada de 3 de Setembro de 1483. Pouco depois, em 1497, D. Manuel I encontrava-se em Évora com a Corte e ordena a constru-ção do Chafariz Del-Rei.

A Fonte da Quinta do Arcediago, que pertenceu a André de Resende, data, muito provavelmente, da segun-da metade do século XVI, tendo sido reparada nos finais do século XIX pelo Visconde da Esperança.

Em 1573 é construída em már-more branco de Estremoz

a Fonte do Largo de Avis.

Outras fontes e chafarizes

12 25 Agosto ‘11

Radar

“somos latinos e como tal valorizamos os sinais exteriores de poder e autoridade”, escreve Carlos sezões.

Um jovem Negro foi morto a tiro pela polícia em Tottenham. A reacção es-pontânea, imediata foi a revolta e esta estendeu-se rapidamente a cidades afastadas (entre as quais, Manchester, Liverpool, Brixton). Mais uma vez, um “pequeno” acontecimento, (se comparado com a repressão na Síria), deitou fogo à pólvora, como tinha acontecido nos anos 80 (Brixton, Liverpool, Londres) e em França (2005).

Os factos locais (em todos eles uma pessoa morta pela polícia), sentidos como o culminar dum estado de opressão espe-cialmente dirigido a certas populações, desencadeiam os protestos que alastram a uma velocidade inesperada: é o efeito “cavalos do lago Ladoga”. Não há “razões” políticas, nem objectivos, é um protesto moral. Reencontramos três temas que aqui abordei.

Como é que estes conceitos podem ajudar-nos a entender a explosão nas cidades inglesas? Primeiro, o conceito de METAESTABILIDADE que explica que certos sistemas, aparentemente estáveis, estão na realidade, longe do equilíbrio e podem evoluir subitamente para um estado de crise, que se propaga a grande velocidade.

O segundo é o parâmetro MORAL no surgimento e no devir dos novos mo-vimentos sociais (sendo os tradicionais factores económico, político, etc. menos decisivos que no passado): por mais “imorais” que sejam as pilhagens, o protesto é à raiz, moral. O terceiro é o das “novas fracturas” sociais, que em vez de serem como eram definidas em termos de classes, são fracturas entre GERAÇÕES.

A calma que reinou durante os últimos anos era só aparente: degradação das condições de vida e enorme desemprego dos jovens (entre 20 e 30%). Neste ponto, o mundo ocidental, “rico”, é atingido por um fenómeno comum aos países “em desenvolvimento”. Mas enquanto nestes a maioria da população é jovem, na Europa o envelhecimento é geral, as ge-rações jovens pouco numerosas. E ainda assim, de modo incompreensível para os jovens, o acesso ao mundo profissional está bloqueado.

Na Inglaterra, em França, são as camadas mais pobres que se revoltam. E são agora também os filhos da pequena burguesia que se “indignam”. Mas a frac-tura persiste. Socializar as novas gera-ções, motivá-las para uma vida comum de mútuo respeito, exige que lhes sejam dados horizontes aceitáveis.

Senão, as proletárias Liverpool, Man-chester, e tantas outras vão continuar em fogo e as capitais do velho continente vão continuar a ver os jovens “acampar”: por ora pacificamente, mas até quando?

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

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Um olhar antropológico

“Metaestabilidade”, Moral e novas fracturas sociais

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JosÉ rodriGuEs dos sAntos*Antropólogo

A discussão (bizarra e absurda) à volta do tratamento ao Ministro da Economia Álvaro Santos Pereira – que prefere ser apenas “Ál-varo” e dispensa os formalismos de Senhor Ministro, Excelência ou Doutor - trouxe de novo a evidência de um certo conservado-rismo que teima em reinar em Portugal. Um conservadorismo bacoco e vazio, que não acrescenta nada e serve apenas para marcar distâncias e sublinhar estatutos.

É verdade que somos latinos, e como tal valorizamos a hierarquia e os sinais exterio-res de poder e autoridade. Mas a cultura do “senhor doutor” e do “senhor engenheiro” é um anacronismo que em Portugal é leva-do ao limite do ridículo. Não é preciso ter passado pelo mundo anglo-saxónico como o Álvaro (passou pela Inglaterra e pelo Cana-dá) para perceber esta realidade. Quem lidar com espanhóis ou italianos (que, mesmo em contexto empresarial, rapidamente começam a tratar os interlocutores por “tu”) compreen-de facilmente esta especificidade portuguesa, que ocupa espaço escrito e tempo falado e es-gota a paciência de muitos de nós.

Mas estes são apenas sinais menores da cultura do status e da imagem, que conserva-

Conservadorismos...CArlos sEzõEsGestor/Consultor

mos. A mesma cultura que permite e valoriza as dezenas de assessores de cargos públicos, as brigadas de motoristas e as frotas automó-vel de alta cilindrada – afinal, quanto mais tiver, mais poderoso parecerá! Que fez com que muito boa gente, empresária no papel, acomodada na realidade, investisse mais em jipes e quintas com piscina do que em aumen-tar capacidade económica das suas empresas. Que permite que as coisas demorem a ser decididas e executadas, porque quem manda não pode ser incomodado. Que permite que certas profissões (ex. os juízes) tenham um

estatuto social que os imunizem de qualquer avaliação objectiva dos seus actos e de esta-rem sujeitos a uma efectiva cultura de mérito e resultados – prejudicando os bons e prote-gendo os maus. Acreditem que os chamados “direitos adquiridos” que estão em discussão de norte a sul de Portugal, em diversos con-textos, não são apenas dinheiro em jogo: são estatuto e poder. É a cultura do “Conservar”, não do “Realizar”.

Poder-se-á dizer que em Portugal ainda vinga o “diz-me o que tens e como és tratado, dir-te-ei quem és”. Bem, talvez tenhamos de mudar…Talvez o “ser” e o “fazer” tenham de ganhar protagonismo nas sempre inevitáveis percepções sociais. Talvez o que produzimos de valor para a sociedade – como indivídu-os, como profissionais, como gestores – deva ser encarado como a chave da consideração social que cada um merece (o respeito, esse deve ser sempre o mesmo).

Enfim, tudo isto parecerá secundário num país que vive um dia de cada vez para cum-prir o inevitável memorando da troika…mas talvez uma nova mentalidade, mais aberta e menos conservadora, ajude a que nunca mais precisemos de troikas impostas no futuro!

“Poder-se-á dizer que em Portugal ainda vinga o “diz-me o que tens e como és tratado, dir-te-ei quem és””.

Através de uma experimentação cons-tante, António Jorge produz máscaras a partir dos materiais mais variados como papel, ráfia, pasta de madeira, colas, fio de algodão e utensílios de cozinha, tra-balhando-os segundo um método sobre-tudo atento ao processo e à natureza dos materiais.

O resultados são objectos fantásticos, ca-pazes de interpelar a nossa imaginação; máscaras portadoras de mitos – estórias para os observadores mais atentos – ac-tivadas pelo olhar e fantasia de quem as observa.

Dividida em núcleos (ou “clãs”, como o criador lhes chama) a maravilhosa colecção de máscaras de António Jorge espalha-se pelo Alentejo, podendo ser visitada em Avis, Estremoz, Évora, Mon-temor-o-Novo e Moura.

António Jorge iniciou a sua activida-de teatral no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra – TEUC, em 1987. Integrou a organização da Bienal Universitária de Coimbra - BUC/90. An-tes da constituição d’A Escola da Noite, trabalhou com os encenadores António Augusto Barros, Rogério de Carvalho e Ricardo Pais, entre outros.

N’A Escola da Noite, de que é membro fundador e a qual integrou desde a funda-ção (1992) até 2010, desenvolveu trabalho nas áreas da actuação, concepção plástica de espectáculos (cenografia e adereços), direcção técnica e de montagem, forma-

Máscaras e canções de cordel no Escrita na PaisagemProssegue o festival de arte contemporânea.

ção e encenação. Fez parte da direcção da companhia em diversos períodos ao lon-go de dezoito anos. Desde 2003, integra Cena Lusófona - Associação para o Inter-câmbio Teatral. Hoje desenvolve trabalho a título individual.

Ontem, em Évora. Hoje, em Montemor-o-Novo (21h30, auditório do parque ur-bano), o festival convidou César Prata a trazer ao Alentejo o seu mais recente projecto musical, Canções de Cordel, atra-vés do qual mergulhamos na mitologia

e imaginário populares dos folhetos de cordel.

Histórias de “sangue, faca e alguidar”, como nos diz César Prata, numa (re)visi-tação a uma prática quase esquecida, que pertence a uma forma de representação colectiva, tradicional, cujo tempo se en-carregou de deslocar para um espaço da memória, mi(s)tificando-a.

Um espectáculo que oscila entre o trá-gico e o cómico e que fará, pelas músicas e letras, as delícias de miúdos e graúdos.

Projecto musical de César Prata esta noite no auditório do parque urbano em Montemor-o-Novo.

D.R.

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Radar

touros, flores, música e petiscos prometem um final de Agosto em festa por todo o Alentejo.

Pedro Galego | Texto

Os próximos dias prometem ser de festa nos quatro cantos do Alentejo, com even-tos para todos os gostos. Difícil será esco-lher o destino para a escapadinha, dada a diversidade da oferta. As tradicionais fes-tas em honra de Nossa Senhora da Con-ceição, em Barrancos, que vão chamar a atenção, sobretudo dos amantes da festa brava, a partir de domingo dia 28, até dia 31.

Espectáculos, animação, bailes, fla-menco, mas sobretudo as corridas com touros de morte (dias 29, 30 e 31) marcam o programa, em cujo destaque musical vai para a actuação do popular cantor Quim Barreiros, no dia 30 de Agosto.

Barrancos conta com um regime de ex-cepção desde 2002 que permite a realiza-ção de lides com touros de morte.

Longe da polémica de outros anos, no dia 29 de Agosto serão lidados dois toiros da ganadaria Couto de Fornilhos para o matador António João Ferreira e o novi-lheiro Gonçalo Montoya. Dia 30 estão em praça o matador de toiros Borja Jimenez e o novilheiro Tiago Santos, para no dia 31 ser a vez do matador de toiros Vítor Men-des lidar o único toiro da tarde. No final será lidada uma vaca pelos mais destemi-dos entre os populares.

Além das touradas, há espectáculos musicais, os bailes e petiscos aos quais não faltará a carne de touro com tomate, depois de os primeiros dois animais se-rem mortos na arena improvisada junto aos Paços do Concelho.

“Barrancos veste-se para a festa, com as casas caiadas, as colchas nas janelas, e as tascas, os cafés e restaurantes, bem como pequenos pontos de venda de bebidas e comidas improvisados, tomam medidas especiais para a invasão de clientes se-quiosos”, assinala Luís Capucha, investi-gador do Centro de Investigação e Estu-dos de Sociologia do ISCTE. “O quotidiano é o tempo da rotina, da ordem social, das regras, do trabalho, da vida familiar, das hierarquias e da segmentação dos papéis desempenhados por cada um na comu-nidade. A festa é o outro lado da vida, a diversão, a suspensão das regras que mar-cam o quotidiano, a inversão de estatutos, a excepção, o excesso, a transgressão”.

Além de Barrancos, o ritmo das festas “acelera” por todo o Alentejo. A decorrer desde ontem, e até sábado, o Festival do Crato, parte mais mediática da 27ª Feira de Gastronomia e Artesanato do conce-lho, leva até ao distrito de Portalegre no-mes como os Homens da Luta e Deolinda (hoje). Amanhã será a vez dos Clã e do ra-pper brasileiro Gabriel o Pensador, estan-do guardos para fim de festa, no sábado, os sons do português Legendary Tiger-man e do tango elctrónico dos Gotan Pro-ject. O certame, auto-denominado como

Barrancos monta palco para tradicional morte do touroAnimação igualmente pro-metida para Grândola, Crato e Campo Maior - a vila raia-na enche-se de flores.

Todos os anos, a população de Barrancos cumpre a tradição e mata o touro numa arena improvisada erguida nas ruas da vila.

D.R.

um “festival low cost”, tem preços a partir dos 8 euros para o bilhete diário, fican-do o passe para todos os dias a 18 euros. Campismo junto às piscinas municipais, longas noites de festa com DJ e o que de melhor se faz nos sabores e na arte com raízes locais são os outros pratos fortes. A organização espera atingir 35 mil visitas, num evento que ganha cada vez mais nome no Norte Alentejano.

No dia do fim da festa no Crato (sábado), também no distrito de Portalegre, come-çam as Festas do Povo de Campo Maior. As ruas floridas de papel já esgotaram a ocupação hoteleira para o período com-preendido entre o dia 27 de Agosto e 4 de

Setembro num raio de 100 quilómetros. São esperados mais de um milhão de vi-sitantes, entre os quais as mais altas figu-ras do Estado. Recorde-se que esta festa raiana têm a particularidade de não ter uma periodicidade fixa, sendo realizadas conforme a vontade das gentes de Campo Maior.

O objectivo é ter a rua mais bonita, en-tre as mais de cem artérias decoradas pe-los populares ao longo dos últimos meses com mais de 23 toneladas de papel para um evento tradicional único, e que já al-cançou uma notoriedade elevada a nível nacional e internacional.

A sua realização depende do volunta-

riado e da força de vontade dos campo-maiorenses. A preparação é feita rua a rua, sendo que o trabalho desenvolvido em cada uma delas fica em segredo, mes-mo para amigos e familiares dos mora-dores, e só é dado a conhecer na noite da “enramação”.

As últimas Festas do Povo tiveram lu-gar em 2004 e levaram a Campo Maior, de acordo com um estudo elaborado pela Universidade de Évora, cerca de 2 milhões de pessoas, vindas de todo o país, da vizi-nha Espanha, da comunidade emigrante e até mesmo de outros países europeus.

Já no litoral, em Grândola, mais de 100 mil visitantes vão passar até 29 de Agosto pelo Parque de Feiras e Exposições, para visitar a maior Feira Franca do Alentejo, uma das mais importantes e antigas do país, que remonta a 1642. Mais de 400 ex-positores, Artesanato, o Jardim das Asso-ciações e Produtos Regionais e a zona dos divertimentos são espaços de paragem obrigatória da Feira de Agosto, que come-çou ontem. No cartaz musical ainda há para ver Expensive Soul & Jaguar Band (hoje), Zeca Sempre (amanhã), The Gift (sábado), Festival de Folclore (domingo) e Tony Carreira (dia 29, segunda-feira).

Outros momentos altos da Feira de Agosto de Grândola, são também o 15º Festival Hípico (sábado)e a Corrida de Toi-ros à Portuguesa com Sónia Matias, Luís Rouxinol e Marcos Tenório Bastinhas (domingo). A Feira de Agosto, Turismo e Ambiente tem entrada livre.

D.R.

14 25 Agosto ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

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enControu-seCadela adulta –  cor amarela,  raça  in-definida, na zona  industrial. Está à guarda do  Cantinho  dos  Animais. ContaCto: 964648988

Cão JoVem preto –  cruzado  de  Lab-rador,  junto  à  escola  da  Malagueira.  Está à  guarda  do  Cantinho  dos  Animais.  Con-taCto: 964648988

Cão de raça CaniChe –  pêlo comprido, de cor branco, com cerca de 6 meses. Con-taCto: 965371990 (só para este assunto)

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Cowboys & Aliens

Sugestão de filme

Direcção: Jon FavreauSinópse:

1873. território do Arizona. um estranho sem memória do seu passado, encontra a cidade de Absolution, bem no coração do deserto. A úni-ca pista sobre a sua história é um misterioso grilhão que leva no pulso. rapidamente descobre que os habitantes de Absolution não gostam de

Carta dominante: 7 de Espadas, que sig-nifica Novos Planos, Interferências.amor: Sentir-se-á  liberto  para  expressar os  seus  sentimentos  e  amar  espontanea-mente. Que a juventude de espírito o faça ter o mais belo sorriso!saúde: Estará  melhor  do  que  habitual-mente.dinheiro: Boa  altura  para  pedir  aquele aumento ao seu chefe.

Carta dominante: Ás de Paus, que signi-fica Energia, Iniciativa.amor: Dê mais liberdade ao seu parceiro. Não ponha de parte aqueles que ama, cui-de deles com carinho.saúde: Cuide do seu sistema digestivo.dinheiro: Esteja  atento  às  novidades  no seu local de trabalho.

Carta dominante: O Eremita, que signi-fica Procura, Solidão.amor: Irá  sentir  necessidade  de  se  isolar para fazer uma análise à sua relação. Oiça o seu coração... descubra dentro de si o ca-minho para a felicidade.saúde: Tendência para se sentir um pouco febril e sem energia.dinheiro:  O  seu  rendimento  poderá  não ser tão bom quanto deseja.

Carta dominante: 10 de Paus, que signi-fica Sucessos Temporários, Ilusão.amor: O egoísmo é uma característica que deve  moderar.  Combata  a  sua  fraqueza  e fortaleça as suas virtudes.saúde: Procure  com  maior  frequência  o seu dentista.dinheiro: Tente conter-se um pouco mais nos seus gastos.

Carta dominante: 2 de Espadas, que sig-nifica Afeição, Falsidade.amor: Ignore  comentários  maldosos  de pessoas  indesejáveis.  Não  dê  ouvidos  a calúnias e intrigas!saúde: Poderá  sentir-se  debilitado  e  fe-bril.dinheiro: Procure  não  desistir  dos  seus objectivos.

Carta dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão.amor: Seja sincero com a sua cara-meta-de. Fale sobre o que é verdade, necessário e carinhoso.saúde: Momento  indicado  para  fazer  a introspecção que tanto necessita.dinheiro: Altura  de  maior  lucidez  sob  o ponto de vista financeiro.

Carta dominante: O 9 de Ouros, que sig-nifica Prudência.amor: Anda muito nervoso, o que poderá provocar algumas discussões com os seus familiares mais chegados. Reúna a sua fa-mília com o propósito de falarem sobre os problemas que vos preocupam.saúde: Sentir-se-á muito bem física e es-piritualmente.dinheiro:  Previna-se  contra  tempos  di-fíceis.

Carta dominante: Ás de Ouros, que sig-nifica Harmonia e Prosperidade.amor: Não deixe que a sua teimosia deixe marcas  numa  amizade.  O  seu  bem-estar depende  da  forma  como  encara  os  pro-blemas.saúde: Poderá  sentir  sintomas  que  de-nunciam uma gripe.dinheiro: O seu desempenho profissional e  agilidade  poderão  estar  a  ser  postos  à prova.

Carta dominante: 7 de Copas, que signi-fica Sonhos Premonitórios.amor: Ponha  em  prática  os  sonhos  e  as fantasias que tem tido. Nunca desista dos seus sonhos!saúde: Faça um exame à vista.dinheiro:  Poderá  receber  a  notícia  de uma promoção profissional.

Carta dominante: Ás  de  Espadas,  que significa Sucesso.amor:  Respeite  os  sentimentos  do  seu par,  não  seja  tão  narcisista.  Procure  in-tensamente  sentimentos  sólidos  e  dura-douros,  espalhando  em  seu  redor  alegria e bem-estar!saúde: Uma ligeira dor de cabeça poderá afectar o seu dia. dinheiro: Estabeleça as prioridades a que deseja dar seguimento.

Carta dominante: Os  Enamorados,  que significa Escolha.amor: Seja  mais  consciencioso  para  não criar mal-entendidos com o seu par. Preo-cupe-se em ser bom e justo pois será feliz!saúde: Proteja a sua pele.dinheiro:  Prevê-se  estabilidade  na  sua vida financeira.

Carta dominante: 6 de Copas, que signi-fica Nostalgia.amor: Evite  conflitos  familiares,  tente acalmar  a  situação.  Procure  ter  uma  vida de paz e amor.saúde: Ao  jantar  opte  por  comer  uma sopa.dinheiro: Vá trabalhar  tranquilamente e deixe o stress em casa. 

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safiam tudo aquilo que os habitantes da cidade alguma vez conheceram. Agora, o estranho que eles baniram é a única salvação. À medida que o pistoleiro começa, lentamente, a recu-

perar a memória, descobre que alberga um segredo que poderá dar à cidade, a derradeira possibilidade para enfrentar os extraterrestres.

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touroLigue já! 760 10 77 32

gémeosLigue já! 760 10 77 33

CarangueJoLigue já! 760 10 77 34

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estranhos e ninguém se atreve a por um pé nas ruas sem autor-ização do temível Coronel dolarhyde. É uma cidade mer-gulhada no medo. Mas Absolution está prestes a sentir o ter-ror, quando atacada por saqueadores vindos do céu. Caindo a pique a alta velocidade, com poderosas luzes que raptam os fracos um a um, estes monstros de-

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Direcção: Gordon LivingstonSinópse:

Gordon livinston formou-se na Academia de West Point e na Faculdade de Medicina da Johns Hopkins university, é psiquiatra desde 1967 e neste livro aborda trinta verdades fundamentais baseadas na sua experiência de vida. são verdades funda-mentais, mas que por vezes

mite confiança e esperança, criando sentimentos posi-tivos e a convicção de que nunca é demasiado tarde para recuperar o op-timismo e a alegria de viver. Publicada originalmente em

2008, é uma colecção de pensamentos profundos, analisados e reunidos pelo psiquiatra no decorrer da sua vida pessoal e profissional.

insistimos em não ver ou não somos ca-pazes de racionalizar. livingstone convida o leitor a investigar com ele, nestes trinta pequenos ensaios sobre temas que abordam áreas fundamen-tais da vida. Cuidadosa-mente pensado, imbuído de uma profunda humanidade e sabedoria, esta obra trans-

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Entre 10 e 11 de Setembro, a co-munidade com hemofilia de todo o país reúne-se em Évora para mais um Encontro de Fa-mílias da Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagu-lopatias Congénitas (APH).

O encontro será feito de sessões formativas e actividades lúdicas que pretendem não só formar e informar, mas sobretudo pro-mover a troca de conhecimento e experiências entre portadores de distúrbios hemorrágicos e fa-mílias.

No primeiro dia decorrem as sessões formativas sobre temas distintos com grande importân-cia para quem vive com esta patologia. O Dr. Rui Moreira fala sobre os cuidados específicos que as pessoas com Hemofilia de-vem ter na gestão da sua saúde oral. Pelas 16h45m é abordada a temática da fisioterapia numa formação do Dr. Francisco Silva

Mais tarde, os espaços envol-ventes ao hotel são o palco prin-cipal das actividades de lazer, onde as famílias participantes têm espaço para realizar um lo-gótipo humano e participar em jogos, passatempos de convívio e animação. O último dia será dedicado a um passeio por Al-queva.

Estão registadas em Portugal 720 pessoas diagnosticadas com hemofilia e com outros distúr-bios hemorrágicos. No entanto, a inexistência de um registo na-cional dificulta a quantificação exacta do número de doentes. Nesse sentido, a APH procura sensibilizar as entidades gover-namentais não só para este facto como também para a necessida-de de criação de Centros de Tra-tamento para a Hemofilia opera-cionais.

A hemofilia, a doença de von Willebrand e outras deficiências

dos factores da coagulação são distúrbios hemorrágicos cróni-cos que impedem que a coagu-lação do sangue se faça correc-tamente. Caracterizam-se pela ausência ou acentuada carência de um determinado factor da coagulação, uma proteína no sangue que controla as hemor-ragias.

A gravidade da doença de uma pessoa com um destes dis-túrbios hemorrágicos, depende da quantidade de factor da coa-gulação que está em falta ou que não funciona. Nas pessoas com hemofilia podem ocorrer hemor-ragias internas não controladas que podem resultar, aparente-mente, de uma pequena lesão.

As hemorragias nas articula-ções e músculos causam dor agu-da e incapacidade, enquanto as hemorragias em órgãos impor-tantes, como o cérebro, podem causar a morte.

Segundo os dados provisórios do Ministério da Agricultura, a cultura do milho ocupa actu-almente em Portugal uma área de 137.411 hectares. Desta área, 87.732 hectares destinam-se à produção de grão e 49.679 hecta-res à produção de silagem.

Tendo em conta a campanha agrícola passada verificou-se, ao longo deste ano de 2011, um au-mento de 6.158 hectares no caso do milho para grão e uma redu-ção de 1.235 hectares no caso do milho para silagem, a que não é alheia a crise vivida actualmen-te no sector leiteiro nacional.

No que diz respeito aos de-mais cereais, o milho continua a ser, de forma destacada, o princi-pal cereal semeado em Portugal, ocupando 41% da área nacional de cereais.

De realçar ainda, a área seme-ada com trigo que ocupa actual-mente 39.532 hectares, com arroz (31.191 hectares) e com cevada (forrageira e dística) que foi cul-tivada em 16.199 hectares.

Em relação a 2010 constata-se que a área nacional de cereais decresceu mais de 20 mil hecta-res, acentuando uma tendência de há vários anos.

Montemor

Cobra piton recolhida no Monte Uma cobra Piton Albina com cerca de 1,70 metros foi encontra-da em Alcabideche (Cascais), mas já se encontra protegida no Parque Animal Monte Selvagem, em Lavre – Montemor-o-Novo.O bizarro achado encontrava-se dentro de uma caixa abando-nada na via pública que foi descoberta por um popular que contactou imediatamente a linha SOS Ambiente.De imediato, foi mon-tada uma operação de resgate em articulação com o SEPNA - Serviço de Protecção da Na-tureza e do Ambiente, que procedeu à recolha do animal, transferindo-o para o parque natural Monte Selvagem.Esta espécie não é venenosa, matando as presas por asfixia, ali-mentando-se de ratos, coelhos e mamíferos de pequeno porte. Pode viver até aos 40 anos e atingir oito metros de comprimento.

Área de milho aumenta

Famílias com doentes hemofílicos encontram-se em Évora

Agricultura Saúde

D.R.

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