regime simplificado de execuções fiscais

16
Quinta-feira,9 de Junho de 2011 I Serie - N." 108 I I DIA 10DA E U LICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Preco deste n iimero - Kz: 190,00 Toda a correspondencia , quer Uf'CHII. quer Ano - End. Tclcg.: «lrnprcnsa» As Ires series. A I." serie . A 2." serie . A 3." serie . relauva a anuncro e assinaruras do «Diorio do Re p ubl ica», dcve se r d i r i g id a a lmprcnsa Nacional - E. P.,em Luanda, Caixa Postal 1306 ASSINATURAS o pre~o de cada linha publicada nos Dtarios do Republica I .' e 2." series c de Kz: 75 ,on e para a 3.' serie Kz: 95,00, acresc.do do respecuvo imposio do selu, dependendo a publicacao da 3.' serie de deposito previo a efeciuar na Tesouruna da Imprensa Nacional - E. P. Kz: 440 375,00 Kz: 260 250,00 Kz: 135 850,00 Kz:IOS 700.00 SUMARIO Presidente da Republica Decreto Legislative Presidencial n." 2/11: Apro va 0 Regime Sirnplificado de Execucoes Fiscais. - Revoga 0 C6digo das Execucoes Fiscais, aprovado pelo arugo I." do Decreto n." 38088, de 1:2 de Dczernbro de 1950, bcrn como as alicracoes posteriorrnerue introduzidas. PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Legislative Presidencial n." 2/11 de 9 de Junhu Considerando que 0 curnprimenio das norrnas tributaries e urna exigencia fundamental dos mais rnodernos sistemas tributaries; Considerando a receita fiscal uma das principals forrnas de financiamenio dos Estados modernos, torna-se essencial garantir que a sua arrecadacao nao e deixada na disponibili- dade dos comribuintes, dotando-se 0 Esiado, e em particular a Administracao Fiscal, de mecanisrnos adequados de impo- Siy30 das suas norrnas sobre os contribuinies que tentern furtar-se ao pagarnento de irnposios: Reconhecendo a inoperancia e os constrangimeruos daf resultantes , do actual C6digo de Execucoes Fiscais aprovaelo pelo artigo 1U do Decreto n." 38 .088, de 12 ele Dezembro ele 1950, foi iniciado 0 processo de revisao do sistema de cobranca coerciva de dfvidas fiscais vigente em Angola, estando em fase de finalizacao a elaboracao de 1I1ll novo Codigo das Exe- cucoes Fiscais adaptado as novas exigencias fiscais, sociais, econornicas e constitucionais; Tendo em conta a compiexidade que encerra a criacao de urn novo sistema de cobrancas coerci vas e as necessidades de adapiacao dos intervenientes nos procedimeutos tribu- tarios , foi decidido prorrogar a entrada em vigor daquele diploma para que 0 mesrno possa ser devidamente imple- mentado e integrado no panorama juridico-fiscal angolano: Considerando a conjugacao dos factores acima descritos decorre a necessidade de elaboracao de urn Regime Simpli- ficado de Execucoes Fiscais , destinado a regular 0 sistema de cobranca coerciva de dfvidas fiscais de forma provis6ria ate a efectiva entrada em vigor do novo C6digo das Ex e- cucoes Fiscais: o Presidente da Republica decreta. no uso da autorizacao legislativa concedida pelo artigo I" da Lei n."2I11I, de 8 de Junho e nos terrnos dos artigos 102,", n l> I, 125 '', 165'", allnea 0), 170." e 171.0 da Constituicao da Republica de Angola,o seguinie: ARTIGO I" (Aprovacao) E aprovado 0 Regime Simplificado de Execucoes Fiscais, que se publica em anexo ao presente diploma e que dele e pane in iegra n te. ARTIGO 2." (Duvidas e omissoes) As duvidas e omissoes suscitadas ria imerpreiacao e apli- cacao do preserue Decreto Le g isl at i vo Presidencial sao rcsolvidas pelo Prexidente da Republica

Upload: joao-manuel-juvandes

Post on 04-Jul-2015

1.683 views

Category:

Economy & Finance


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Regime simplificado de execuções fiscais

Quinta-feira,9 de Junho de 2011 I Serie - N." 108

I I

DIA 10 DA E U LICAORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA

Preco deste n iimero - Kz: 190,00

Toda a correspondencia , quer Uf'CHII. quer

Ano

- End. Tclcg.: «lrnprcnsa»

As Ires series.

A I." serie .

A 2." serie .

A 3." serie .

relauva a anuncro e assinaruras do «Diorio do

Re p ubl ica», dcve se r d i r ig id a a lmprcnsa

Nacional - E. P., em Luanda, Caixa Postal 1306

ASSINATURAS o pre~o de cada linha publicada nos Dtarios

do Republica I .' e 2." series c de Kz: 75 ,on e para a

3.' serie Kz: 95,00, acresc.do do respecuvo

imposio do selu, dependendo a publicacao da

3.' serie de deposito previo a efeciuar na Tesouruna

da Imprensa Nacional - E. P.

Kz: 440 375,00

Kz: 260 250,00

Kz: 135 850,00

Kz:IOS 700.00

SUMARIO

Presidente da RepublicaDecreto Legislative Presidencial n." 2/11:

Apro va 0 Regime Sirnplificado de Execucoes Fiscais. - Revoga 0

C6digo das Execucoes Fiscais, aprovado pelo arugo I." do Decreton." 38088, de 1:2 de Dczernbro de 1950, bcrn como as alicracoesposteriorrnerue introduzidas.

PRESIDENTE DA REPUBLICA

Decreto Legislative Presidencial n." 2/11de 9 de Junhu

Considerando que 0 curnprimenio das norrnas tributaries

e urna exigencia fundamental dos mais rnodernos sistemas

tributaries;

Considerando a receita fiscal uma das principals forrnas

de financiamenio dos Estados modernos, torna-se essencial

garantir que a sua arrecadacao nao e deixada na disponibili-dade dos comribuintes, dotando-se 0 Esiado, e em particular

a Administracao Fiscal, de mecanisrnos adequados de impo-

Siy30 das suas norrnas sobre os contribuinies que tenternfurtar-se ao pagarnento de irnposios:

Reconhecendo a inoperancia e os constrangimeruos dafresultantes , do actual C6digo de Execucoes Fiscais aprovaelo

pelo artigo 1U do Decreto n." 38 .088, de 12 eleDezembro ele 1950,foi iniciado 0 processo de revisao do sistema de cobrancacoerciva de dfvidas fiscais vigente em Angola, estando em

fase de finalizacao a elaboracao de 1I1ll novo Codigo das Exe-

cucoes Fiscais adaptado as novas exigencias fiscais, sociais,

econornicas e constitucionais;

Tendo em conta a compiexidade que encerra a criacao deurn novo sistema de cobrancas coerci vas e as necessidadesde adapiacao dos intervenientes nos procedimeutos tribu-tarios , foi decidido prorrogar a entrada em vigor daquelediploma para que 0 mesrno possa ser devidamente imple-mentado e integrado no panorama juridico-fiscal angolano:

Considerando a conjugacao dos factores acima descritosdecorre a necessidade de elaboracao de urn Regime Simpli-

ficado de Execucoes Fiscais , destinado a regular 0 sistemade cobranca coerciva de dfvidas fiscais de forma provis6ria

ate a efectiva entrada em vigor do novo C6digo das Ex e-cucoes Fiscais:

o Presidente da Republica decreta. no uso da autorizacaolegislativa concedida pelo artigo I" da Lei n ." 2 I11 I , de8 de Junho e nos terrnos dos artigos 102,", n l> I, 125 '', 165'",allnea 0), 170." e 171.0 da Constituicao da Republica deAngola,o seguinie:

ARTIGO I"

(Aprovacao)

E aprovado 0 Regime Simplificado de Execucoes Fiscais,que se publica em anexo ao presente diploma e que dele epane in iegra n te.

ARTIGO 2."

(Duvidas e omissoes)

As duvidas e omissoes suscitadas ria imerpreiacao e apli-cacao do preserue Decreto Le g isl at ivo Presidencial saorcsolvidas pelo Prexidente da Republica

Page 2: Regime simplificado de execuções fiscais

3134

ARTIGO 3."

DlAR 10 DA REPUB LlCA

(Disposiciio trunsiroria)

o Regime Simplificado de Execucoes Piscais publicado

em anexo e aplicavel aos process os pendentes e aos que se

venham a instaurar apos a sua entrada em vigor.

ARTIGO 4."

(Norma rcvogatoria)

I. Com a entrada em vigor do Regime Simplificado de

Execucoes Fiscais publicado em ancx o fica revogado 0

C6digo das Execucoes Fiscais, aprovado pelo artigo 1.0 do

Decreto n ." 38 088, de 12 de Dezernbro de 1950, bem como

as alteracoes posteriorrnente introduzidas.

2. As rerniss6es feitas para os preceitos revogados consi-

deram-se efectuadas para as correspondentes norrnas do

Regime Sirnplificado de Execucoes Fiscais publicado em

anexo.

3. Ficam igualmente revogadas todas as nonnas avulsas

que perrnitam a cobranca, atraves do processo de execucaofiscal, das dividas a outros entes publicos ou exercendo fun-

coes publ icas , constituidas no ambito de relacoes juridicas

de direito publico sem prejufzo da sua aplicacao aos process os

pendentes no momenta da entrada em vigor deste diploma,

ate if sua extincao.

ARTIGO 5."

(Reducao das multas pur pagamento fora de prazo)

1. Findo 0 prazo para pagarnento voluntario do irnposto

devido , pode a contribuinie aprescntar-se a pagar 0 impasto

nos cinco dias seguintes, beneficiando da reductio autorna-

tica da multa a pagar, sendo esta fixada em 6,25% do valor

do irnposto devido.

2. Caso 0 contri buinte se apresente a pagar 0 irnposto nos

30 dias seguintes ao terrno do prazo para pagamento volun-

tario. mas ap6s 0 prazo referido no rnimero anterior, benefi-

cia da reducao autornatica da rnulta a pagar, sendo esta fixada

em 25% do valor do imposto devido.

3. Case 0 contribuinte se apresente a pagar 0 imposto nos

cinco dias seguintes ao termo do prazo referido no ruimero

anterior, beneficia da reducao autornatica da multa a pagar,

sendo esta fixada ern 31,25% do valor clo irnposto devido

4. Findo 0 prazo referido no ruirnero anterior, a rnulta a

pagar e fixada em 50% do imposto devido

5. Curnulat ivamente com a ciisposto nos nurneros ante-

riores, e reduzida para metade a multa a que haja lugar rela-ti vame ntc aos pagamentos de imposto em talta que sejarn

feitos nos 90 dias seguintes a entrada em vigor do RegimeSirnplificado de Execucces Fiscais.

ARTIGO 6."

(Entrada em vigor)

Sem prejufzo do disposto no artigo 3 ,Q, 0 Regime Sirn-

plificado de Execucoes Fiscais entra em vigor no dia seguinte

ao da sua publicacao

Apreciado em Conselho de Ministros, em Lu aud a ,

aos 30 de Marco de 2011.

Publique-se

Luanda, aos 8 de Junho de 2011.

o Presidente da Republica, JOSE EDUARDO DOS SANTOS.

REGIME SIMPLIFICADO DE EXECU<;OESFISCAIS

TiTULO JDisposicoes Gerais

ARTIGO I."

(Objecto, ambito e natureza)

1. 0 presente diploma regula 0 processo de execucaofiscal.

2. 0 processo de execucao fiscal visa a cobranca coer-

civa, com base em urn titulo executive pelo qual se deter-

mina 0 direito do exequente , de urna quantia certa, lfquida e

exigfvel decorrente de obrigacoes tributarias. bern como jurose custas respectivas que sejarn devidas ao Estado no ambito

de relacoes juridicas de direito publico.

3.0 processo de execucao fiscal tern natureza judicial,

sern prejufzo da cornpetencia do chefe da Reparticao Fiscal

para, no referido processo , praticar. sob controlo do juiz,

actos materialrnente administrativos.

ARTIGO 2.°

(Legisla~ao complemental' c integra~iio de iaClIIlHS)

I. SaO subsidiariarnente aplicaveis ao processo de e.xe-

cucao fiscal:

a) 0 C6ciigo Geral Triburario:

b) Lei do Sistema Unificado de Just ica;

Page 3: Regime simplificado de execuções fiscais

SERlE - nu 108 - DE 9 DE JUNT-IO DE 20 II 3135

c) 0 C6digo de Processo Civil e legislacao cornple-

rnentar.

ARTIGO :1"

(Partes t sua legitimidade)

Podern ser panes no processo de execucao fiscal iodas as

cntidades a quem a lei confira personalidade tribuiaria.

ARTIGO 4."

(Competenciu material da Reparticao Fiscal)

I. Cabe a Reparticao Fiscal territorialrnente competente

a direccao e gesiao do processo de execucao fiscal.

2. A direccao e gestae do processo de execucao fiscal impli-

earn 0 direiio da escolha e a realizacao de todas as diligencias

necessarias a satisfacao dos direitos do exequente que nao

estejarn legalrnente reservadas ao Tribunal.

3. A Reparticao Fiscal actua ainda como orgao auxiliar

do Tribunal relativarnente a execucao das decisces para

que este seja competente no processo de execucao fiscal.

ARTIGO 5."

(Competencia material do Tribunal)

I.Compete 30 Tribunal, em especial, decidir sobre:

a) A oposicao a execucao fiscal, quando deduzida por

ernbargos do execuiado, incluindo quando recaia

sobre os pressuposios da responsabilidade soli-

daria ou subsidiaria;

b) A oposicao a penhora:

c) As reclarnacoes dos actos praticados pela Reparti-

r;ao Fiscal, no exercfcio dos seus poderes legais

de direccao e gestae do processo;

d) As accocs subordinadas de verificacao e graduacao

cle creditos;

e) As accoes subordinadas de anulacao cia venda;

j) As reclarnacoes cia conta de custas;

g) Os demais actos que por lei recaiarn sabre a sua

cornpeiencia.

ARTIGO 6."

(Cempetencia territorial da Rcparucao Fiscal)

I. E cornpetente para CIdireccao e gestae cia processo cle

execucao fiscal:

a) A Reparticao Fiscal cia area do domicflio au esta-

belecimento do execurado:

b) A Reparticao Fiscal da localizacao dos bens im6-

veis , quando a dfvida excquenda for re lativa a

tributo snore a proprieclade irnobiliaria

') Quando 0 executado n ao estiver habitualmeme dorni-

ciliado ou estabelecido no ierritorio angolano, e territorial-

mente cornpetente para a direccao e gestao do processo de

e xecucao fiscal a Reparticao Fiscal on de se situern as bens

penhoraveis de rnaior valor au, no caso de impossibilidade de

de te rrn in acan dos bcns pe n horave is de maior valor, a

I."Repanicao Fiscal cle LUCInda.

ARTIGO 7."

(Competencia territorial do Tribunal)

E competente para 0 exerc Icio das cornpetencias referidas

no artigo 5." a Sala do Contencioso Fiscal e Aduaneiro do

Tribunal Provincial cia area cia Reparticao Fiscal a que

couber a direccao e gestae do processo ou a Sala do Cfvel

e Administrative quando aquela nao exista.

ARTf 00 8."

(Titulos executives que servern de base a execucao)

1. S6 podern servir de base a execucao fiscal os seguin-

tes titulos executives:

a) Certidoes de dividas tributarias;

b) Certidoes de decisoes exequfveis de aplicacao de

multas em processo de transgressao fiscal;

c) Quaisquer outros titulos a que lei especialrnente

atribua forca ex ecutiva

2. Os utulos executives a que se refere 0 ruirnero anterior

clevem ser sernpre assinados e autenticados e canter a rnencao

da entidade ernissora, da data da emissac, do nome e domi-

cflio Oil residencia dos devedores e cia natureza e provenien-

cia da dfvida, bern como a indicacao por extenso do seu

rnontante e da data a partir da qual SaG devidos juros de mora

e da irnportancia sobre que incidem.

3. Caso os utulos executives emitidos por outras ernidades

nao preencharn as requisites previstos no n ." 2, sao devol-

viclos ao funcionario competente para que proceda ao sell

aperfeicoarnento Oil substituicao.

ARTIGO 9°

(Certidoes de dfvidas tributarias)

. A Repariicao Fiscal ou Dutro cJrgao legalmente cornpe-terue para 0 exercicio de funcoes de Administracao Tributariaprocede a extraccao de certidao da divida tributaria, no terrno

do prazo do pagamenlO voluntario da presiacao tribuiaria

Page 4: Regime simplificado de execuções fiscais

3136 DlARtO D/\ REPUBLlCA

autoliquidada ou oficiosamenie liquidada pela Adrnirnstracao

Tributaria, com base nos elementos ao sell dispor.

2. A certidao de divida tributaria, alcrn dos referidos no

n." 2 do artigo anterior, deve conter os seguintes elementos:

a) 0 mirnero de contribuinte do devedor e, no casu cle

dfvidas de responsabilidade cornurn do casal, do

sell conjuge bem como dos responsaveis solida-rios, quando dernandados conjuntamente com 0

devedor:h) Quando 0 tributo incidir sabre predios ou rendi-

mentes de prcdios , a descricao sucinta, descri-

coes e artigos mauiciais que originararn acolecta;

c) 0 estabelecimento , local e objecto da actividade

tributada;

d) A identificacao do tributo em dfvida e do ano a que

respeita;e) A identificacao da autoliquidacao ou da liquidacao

oficiosa da divida tributaria cuja falta de paga-

mente originou a dfvida exequenda;

j) Em casu de garanria pessoal presrada anteriorrnente

a crnissao do titulo executive, a identificacao do

garante e do tipo e montante da garantia prestada;

g) Em caso de garantia real, a identificacao des bens

abrangidos pela garantia e dos ierceiros a quem

tais bens tiverern sido transrnitidos.

ARTIGO Ill.O

(Nulidades)

1. Sem prejuizo do aproveitamento dos term as subse-

quentes do processo que delas absolutarnente nao dependam,

sao nulidades insanaveis:

a) A falta de citacao, quando possa prejudicar os direi-

tos do executado, conjuge , responsaveis solida-

rios ou subsidiaries. garantes e seus sucessores.

bem como as titulares dos direitos rea is de garan-

tia sobre os bens penhorados e 0 devedor dos ere-ditos do cxecutado objecto de penhora;

h) A falta de requisites essenciais do tftulo executive

que nfio possa ser suprida ou nao tenha sido

suprida no prazo fix ado pela Reparticao Fiscal

ou pelo Tribunal;

c) Nos incidentes e nas accoes subordinadas de veri-

ficacao e graduacao de creditos e anulacao cia

venda, a inaptidao da peticao.

2. Para os efeitos do mimero anterior, considera-se apcnashaver falta de citacao 0 seguinte:

a) Quando 0 acto liver sido cornpletarnente omitido;

h) Quando tenha havido erro sobre a identiclade do

ciiado;

c) Quando se tenha empregado indevidarnente a cita-yao edital;

d) Quancio nao tenha sido citada a pessoa designacia

pOI' lei, nos casos em que a citacao devesse ter

side feita em pessoa diversa do executado;

e) Quando, nos casos em que a citacao devesse ter sido

efectuada em pes so a diversa do executado. este

nao ti ver assinado a certidao do acto e 0 acto nao

liver sido testernunhado nos terrnos da lei.

3. Se 0 executado , que nao foi previamente citado, vier a

intervir no processo sern desde logo reclamar contra a falta de

citacao , considera-se sanada a nulidade resultante da falta de

citacao

4. Para efeitos da alinea a) do n." 1, a falta de citacao des

credores com garantia real apenas constitui causa de nulidade

quando arguida apos 0 termo do prazo legal de reclarnacao de

creditos.

.5. As nulidades pre vistas no presente artigo sao do conhe-

cimento oficioso pela Reparticao Fiscal ou pelo Tribunal e

podem ser arguidas respectivamente ate a extincao do pro-

cesso ou ao transire ern julgado do recurso ordinario ou

extraordinario cia decisao judicial.

ARTIGO I \.0

(Carantia)

1. Caso, no prazo de oposicao ou posteriorrnente, 0 exe-cutado informe sobre a pendencia de reclarnacao adrninis-

trativa au impugnacao judicial da liquidacao da dfvida

exequenda, de acto administrative do qual dependa a liqui-dacao da dfvida exequenda au do acto administrative que

tenha declarado ou orden ado 0 pagarnento cla divida exe-

quenda,ou a Adrninistracao Tributaria vier a tomar conheci-

mento de tal pendencia, e notificado pela Reparticao Fiscal

para presiar garantia idonea, no prazo de 15 (quinze) dias.

2. Caso a garantia nao seja prestada dentro desse prazo ,procede-se de irnediato a penhora, ficando a execucao sus-

pensa se a penhora abranger os bens de valor suficiente para

o pagarnenio da dfvida exequencla e acrescido.

3. A garantia e prestada pelo valor da divida exequcnda,

rnultas , juros cle mora ate ao termo do limite do prazo

de pagarnento de 5 (cinco) anos e custas e dernais despesas

do processo.

Page 5: Regime simplificado de execuções fiscais

SERlE - N." lOR - DE 9 DE JUNHO DE 2011 3137

4. A garanua pode ser excepc ionalme nte dispen sada

mediante requerirnento do exccutado a deduzir nos IS (quinze)

dias posreriores [I deducao da reclamacao adrninistrativa ou

impugnacao judicial referida no n." I quando da sua presta-

yiio resul tarern graves dificuldades econornicas para o exe-

cutado e a dispensa da garantia constituir 0 unico meio de 0

execuiado obter condicoes para futurarnente gerar os meios

financeiros necessaries 30 pagamento cia dfvida exequenda

5. A cornpetencia para a dispense de garantia referida no

nurnero anterior e do Director Nacional de Impostos.

6. Uma vez voluntariarnente presiada, a garantia apenas

pode ser substituida por outra de igual Oll rnaior valor.

7. A garantia da penhora, quando nao tenha sido prestada

por iniciativa do executado , pode scr substituida por qual-

quer outre tipo de garantia admissivel nos terrnos do presente

diploma, desde que 0 reclarnante , impugnante ou oponente 0

requeirarn nos] 5 (quinze) dias posteriores ao conhecimento

da prirncira penhora.

8.0 efeito suspensivo da execucao fiscal cessa ern caso

de superveniente extincao ou insuficiencia da garantia para 0

pagarnento da dfvida exequenda e acrescido.

9. No caso previsto no rnirnero anterior, 0 executado eobrigado a proceder Ii substituicao ou ao reforco da garantia

no prazo de 15 (quinze) dias apos a notificacao para 0 efeito

pelo chefe da Reparticao Fiscal, sob pena de prosseguirnento

da execucao.

10. A garantia pode ser reduzida, a rcquerirnento do cx e-

cutado, em caso de anulacao au pagamento parcial da divida

exequenda.

II .Se 0 levantamento da garantia for requerido por suces-

sor do executado, deve aquele provar que tern a qualidade de

sucessor e que esia pago ou assegurado 0 imposto devido

pela transmissao da quaruia ou val ores a levantar, que haviarn

sido dado, em garantia.

ARTIGO 12'"

(Valor do proccsso)

I. Os valores actualizados atendiveis para efeitos de custas

em processo de execucao fiscal SaG:

a) Na execucao fiscal, ainda quando prossiga por

requerimcnio do suh-rogado , 0 rnoniante da ou

das dividas exequendas reduz.ido das anulacoesparciais que tiverern lido lugar:

b) Na oposicao de executado, meiade da divicla ou

parte da divida exequenda contestada;

c) Na oposicao <1penhora, meiade clo valor dos hens

penhorados abrangidos na oposicao;d) No levaruarnento da penhora, metade clo valor dos

bens penhorados;

c) No concurso de credores , conforme os casas,

meiade da soma dos creditos graduados, exceptoos exequendos, do produio des bens liquidados,

quando inferior, Oll da soma dos crediios recla-

rnados, sernpre que 0 reclarnante liver ficadovencido;

f) Na anulacao da venda, quando rejeitada, rnetade do

produto clos bens vendidos,

2. Nos rcstanies casos, incluindo todas as circunstancias

estranhas ao desenvolvirnento normal do processo que devarn

ser julgadas segundo os principios que regem a condenacao

das custas, 0 valor que serve de base a liquidacao das custas

C fix ado pelo juiz, tendo em conla a cornplex idade do pro-

cess ado e a situacao econornica do demandante , mas esse

valor nao pode ser em caso algurn superior ao referido no n." 2

do artigo 15.0 do Regulamenro do Processo Contencioso

Administrative

TiTULO IIInstancia

CAPITULO IDisposicoes Gerais

ARTJGO 13."

(Instauracao da execucao)

1. Apos verificacao da legalidade e correccao das even-

iuais insuficiencias apresentadas, quando possarn ser supridas,

ou a substituicao do titulo executivo inicialrnente apresen-

tado, quando tais insuficiencias nao possarn ser supridas, a

execucao e instaurada mediante simples despacho do chete

da Rcpariicao Fiscal a lavrar no au nos respectivos utulos

executives ou relacao destes, no prazo de 5 (cinco) dias apes

a emissao Oll 0 recebirnenro.

2. Nos 5 (cinco) clias postcriores ao despacho de inslau-racao da execucao fiscal, deve 0 chefe da Reparticfio Fiscal

prornover 0 respectivo registo.

ARTJGO 14.0

(Suspensao da execucao)

. A execucao apenas se suspende em caso de:

0) Presiacao de garantia idonea , ern virtude de recla-

macao adrni nisuat iva , ill1pllgnilqiio judicia] clel

liquidacao cia dfvida exequenda DU do acto

Page 6: Regime simplificado de execuções fiscais

mARIO DA REPUBLlCA

adrninistrati vo de que essa liquidacao dependa,irnpugnacao Judicial do acto adrninistrativodeclarando Oll cleterminanclo 0 pagamento cia

divida exequenda e oposicao do execurado por

requerimento ou por ernbargos, podendo ser con-

siderada garantia idonea a garantia bancaria em

que a instituicao de credito garante se obrigue

como principal pagadora, a caucao, 0 seguro-cau-cao, a hipoteca, 0 penhor e a penhora na execucao

fiscal de bens de valor suficiente para assegurar

o pagarnento da dfvida exequenda e acrescido;

b) Citacao do conjuge clo executado, apos a penhorados bens comuns do casal em execucao por divida

n ao cornunicavel , para requerer a separacao

judicial de bens no prazo de 15 (quinze) dias,

sern prejuizo de a execucao poder prosseguir em

bens proprios do devedor;c) Citacao do outro membra da uniao de facto legal-

mente reconhecida, quando seja penhorado 0

direi to a metade indivisa da casa de habitacao de

que seja cornproprietario corn 0 executado , para

requerer a divisao no prazo de IS (quinze) dias;d) Oposicao a penhora;

e) Pcdido de pagamento em prestacoes da divida cxe-

quenda e acrescido;./) Accao subordinada de verificacao e graduacao de

creditos;g) Accao subordinada de anulacao da venda;

h) Palencia ou insolvencia do executado, devendo para

o efeito 0 adrninistr ador da massa falida ou

i nsol vente req uerer ao Director N acional de

Impostos, no prazo de 10 (dez) dias apos a sua

designacao, a avocacao de todos os pracessos de

execucao fiscal que se encontrem pendentes nasReparticoes Fiscais contra os falidos ou insol-ventes cujas massas adrninistrern;

i) Pender accao judicial sobre a propriedade ou posse

dos bens penhorados, sern prejuizo de a execucao

continual' noutros bens do devedor.

2. A autorizacao do pagamento a presracoes requerido no

prazo de pagamenlo voluntario nao prejudica , quando a

garantia oferecida pelo devedor for a penhora de bens de

valor suficiente para 0 pagamento cia clivicla ex equenda e

acrescido , a instauracao e prosseguirnento do processo de

execucao fiscal ate a realizacao da diligencia.

3.0 disposto no nurnero anterior e aplicavel nos rnesrnos

tcrrnos ao prosseguimento d a execucao fiscal quando 0

pagamento a prestacoes tiver sido requerido no prazo de opo-

si~iio a execucao.

4. A accao subordiriada ele verificacao e graduacao dos

crediros apenas tern cfeito suspensive apos a venda des bens.

5. Vale como reclarnacao no processo de falencia a avo-

cacao dos processes pelo administrador da massa falida ou

insolvenie a que se ref ere a alinea h) do n ." I do presenie

artigo.

ARTIGO 15 n

(Cessacao da suspensao)

. A suspensao da execucao cessa em caso de:

a) Transite em julgado da impugnacao judicial da

liquidacao. do acto adrninistrativo de que a liqui-dacao dependa ou do acto administrative decla-

rando ou determinando 0 pagamento da divida

exequenda e cia decisao judicial sobre a oposicaode executado;

b) Ce ssac ao ou insuficiencia supervenientes da

garantia presta cia nos termos do artigo J I.", sem

que 0 executado a tenha substituido ou reforcado;c) Termo do prazo de 15 (quinze) dias para 0 conjuge

do executado ou 0 mernbro da uniao de facto

legalmente reconhecida requerem respectiva-mente a separacao e a divisao des bens comuns;

d) Paragem do processo de separacao ou indi visao 3

que se refere a aline.a anterior durante mais de

30 (trinta) dias por mercia ou negligencia do

requerente;

e) Partilha dos bens ern processo de separacao judi-

cial de bens ou divisao da coisa comum;

.I) Transite em julgado da decisao sobre a oposicao apenhora total ou parcialrnente desfavoravel ao

executado;

g) Indeferirnenro do pedido cia concessao de presra-

coes ou incumprimento do dever de pagamento

das prestacoes par perfodo superior a tres mesesconsecutivos ou alternados, quando 0 executadonao proceda a regularizacao do pagarnento ern

falta 110S 15 (quinze) dias posteriores a sua noti-ficacao para 0 efeito pela Reparticao Fiscal C0111-

petente;h) Transito em julgado cia accao subordinada de veri-

ficacao e graduacao de crediios ;i) Transite em julgado da accao subordinada de anu-

lacao da venda;

j) Devolucao dos processes de execucao fiscal a efec-tuar obrigatoriarnente pelo tribunal nos 15 (quinze)

dias posieriores ao transito em julgado da decisaoda exrincao do processo de falencia;

Ie) Transite em julgado da accao judicial que tenha parobjecto a propriedade ou a posse dos bens penbo-rados;

Page 7: Regime simplificado de execuções fiscais

SERlE - N." 108 - DE I) DE JUNHO DE 20 II 3139

I) Trfinsito em julgado da decisao sobre oposicao parembargos quando desfa voravcl ao contribuinte ,

2.0 indeferimento da reclarnacao adrninistrat i va sodeterrnina a cessacao do efeito suspensive resulrante da pres-tayao da gararuia ainda nao extima se nao For judicialmenteimpugnaclo no prazo legal.

CAPITULO IlChamamen!o it Execucao

ARTIGO 16.0

(Charuamento il execucao)

J. Conquanto tal seja necessario para prosseguimenio daexecucao , sao chamados a execucao os seguinies inieres-

sados:

a) C6njuge clo executado. relativamente a bens comuns;b) Terceiro adquirente dos bens;c) Possuidores dos bens sabre que incida a penhora;

d) Sucessores do cxccutado.

ARTIGO 17.0

(Ambito da reversao)

o processo de execucao fiscal pode reverter:

a) Contra os responsaveis solidarios que nao tiveremsido dernandados simultaneamente com 0 deve-dor originario;

b) Contra os responsaveis subsidiaries a partir daconstituicao dos pressupostos da responsabili-dade subsidiaria;

c) Contra os garantes pessoais da dfvida exequenda:d) Contra os funcionarios que dolosamenle forern res-

ponsaveis pela impossibilidade de cobranca dadivida exequenda.

ARTIGO 18.0

(Elementos cia cita(;f'o)

I. A citacao, juutarnente com 0 teor do titulo executi vo ,atraves da rernessa de sua c6pia, cornunica ao executado:

a) Que pode opor-sc il exccucao , por rcquerimento ouernbargos, no prazo de 30 (trinta) dias;

b) Que, dentro desse prazo, pode , em alternat iva ,requerer 0 pagarnento a prestacoes nos terrnos doartigo 23." do prescnte diploma, salvo se 0 ja ti verIeiio no prazo de pagarnento voluntario;

c) Que 0 direiio de escolha des bens penhoraveis esempre do exequente mas 0 executado pode , no

prazo de oposicao, indicar outros bens penhora-veis;

d) Que cleve indicar, deruro desse prazo ou posterior-mente, a existencia de reclamacao adrninistrauvaou irnpugnacao judicial da divida ex equendaOll de acto de que a sua liquidacao legalmente

dependa, sob pena de Iicar responsavel pelo paga-mento das custas da execucao a que a nao cornu-nicacao vier a dar causa.

2. Quando 0 citanclo for responsavel subsidiario , da cita-<;:i'iodeve consiar a possibilidade de reclarnar adrninistrauva-mente ou impugnar judicialrnente a liquidacao da dfvidaexequenda nos terrnos c fundamentos previsios no CodigoGeral Tributario ou em outra lei aplicavel

ARTIGO 19."

(Requisitos da citacao anterior a penhora)

. Salvo quando a divida excquenda ultrapassar 25 000 UCF,

caso em que a citacao tern lugar apenas ap6s a penhora, a ci-

tacao e efectuada por carta registada a rerneter para 0

domicflio ou residencia fiscal do executado.

2. Se a carta registada nao vier devol vida no prazo de30 (trinta) dias e 0 execuiado nao se opuser nem requerer 0

pagamento em prestacoes no prazo af mencionado, nernindicar bens a penhora, a ciracao postal fica sern efeito, sendo° executado cirado pessoalrnente apenas apes a penhora

3. Se a carta registada vier a ser devol vida com a indica-yao de 0 cxccutado nao estar domiciliado ou residir no localem que esteja fiscalrnente registado e dos elementos ;;0 dis-

por na Reparticao Fiscal nao figurar 0 local do seu domicilioou residencia efectiva, a Reparticao Fiscal procura, junto doultimo domicflio ou residenci a conhecidos do executado ,

inforrnar-se sabre 0 seu novo clamicflio au residencia.

4. Case a averiguacao sum aria ef ectuada nos term os dontirnero anterior nao resulte 0 novo domicflio ou residenciado execuiado, 0 executado e citado pessoalmente apenas apos

a penhora.

5. Caso a averi guacfio e Iectuada no nurnero anteriorresulie 0 conhecimento do novo domicflio ou residencia do

sujeito passive, 0 chefe da Reparticao Fiscal procede ao

envio de segunda carta para 0 novo domicflio.

6. Caso a nova carta nfio vier devol vida e 0 requerenienao se opuser ncrn requcrcr 0 pagamcnto ern presiacoes noprazo legal, a citacao postal fica sern efeito , lomando 0 exe-cutado a ser citado pesscalmente apes a penhora

Page 8: Regime simplificado de execuções fiscais

3]40 DlAR10 DA REPUBLiCA

ARTJGO nn7. Caso a segunda carta vier devol vida com a indicacao de

que 0 executado n~1Oreside nern esU; dorniciliacJo ria morada

indicada ou nao vier de volvida no prazo de 30 (trinta) dias ,o execurado e citado apenas apes a penhora.

ARTJGO 20."(Requisites da citacao pessoal posterior ;, penhora)

1. A citacao pessoal posterior 8 penhora efectua-se pOI'

carta regisiada com aviso de recepcao enviada para 0 dorni-

cflio ou residencia fiscal do executado sempre que 0 mon-

tante da dfvida exequenda nao ultrapasse I OOOUCF

2. A citacao pessoai por carta registada com aviso de

recepcao considera-se feita quando 0 contribuinte Oll alguerna sell rogo river assinado 0 aviso

3: Quando 0 aviso de recepcao nao tiver sido levantado,

nos terrnos do regularnento dos services postais. a ciiacao

presume-se feita no terceiro dia util posterior ao do registo Oll

no dia util seguinte se esse dia nao for util , cabendo ao noti-ficando, nos terrnos das n01111aS regularnentares aplicaveis

aos services postais, a prova de que nao the foi irnputavel 0

nao levantamento do aviso

4. Apos a de volucao da carta enviada sob registo com

aviso de recepcao com a indicacao do seu nao levantamento

ou 0 termo do prazo referido no mimero anterior, a Reparti-

c,:aoFiscal comunica ao contribuinte, em carta sob registo que

deve canter copia do acto notificado, a presuncao da notifi-

cacao nos termos do ruirnero anterior, a qual s6 pode ser

ilidida casu 0 executado alegue e prove que 0 desconheci-

mento do acto lhe nao foi imputavel ,

5. Se a carta nao vier devol vida no prazo de 30 (trinta)

dias, a citacao e efectuada editalmente.

ARTIGO 21"(Citacao pessoaJ por contaclo directo com 0 executado)

Fora dos casas previstos no n." I do artigo anterior, acitacao pessoal efectua-se por contacto directo com 0 citando

nos termos do C6digo de Processo Civil.

ART1GO 22."(Citacan das pessoas colectivas)

. As pes so as colectivas , sociedades OU enies fiscalrnente

equiparados SaD ciradas na pessoa de urn dos seus adrninis-tradores, gerentes ou representantes, na sua sede , ua residen-

cia destes ou em qualquer local em que se encontrem.

2..As pessoas coiectivas, sociedades ou entes fiscalmente

equiparados consideram-se ainda pessoalrnente citadas napes so a de qualquer empregado que se encontre na sede oulocal em que funcione norrnalrnente a adrninistracao , capaz

de transmitir os terrnos do acto.

(Pagamento " prestacoes requerido apos a citacao)

I . a pedido de pagamento a prestacoes e apresentado

junto do chefe da Reparticao Fiscal do domicfIio ou residen-cia do devedor, que, salvo quando ja tiver sido requerido no

prazo de pagamento voluntario , 0 concede quando verifique

que 0 executado nao pode solver de uma s6 vez, em virtudede graves dificuJdades econ6rnicas, a divida exequenda

2. a pagarnento a prestacoes depende de prestacao degaranria , nos terrnos da alfnea a) do n ." I do artigo 14.~, a

efectuar no prazo de 15 (quinze) dias apos a notificacao para

o efei to pelo chefe cie Repart ir;:ao Fisca I competen le.

3. A falta de pagarnento das prestacoes por um periodosuperior a tres rneses consecut ivos ou seis rneses al ternadosimpiica 0 irnediato vencirnento de todas as restantes, caso a

irregularidade njio seja suprida no prazo de 15 (quinze) diasap6s a notificacao para 0 efeito pelo chefe de ReparticaoFiscal.

CAPITULO IIIIncidentes

SECt;:AO IOpOSi~~1Oa Execucao

ARTIGO 24.0

(Meios de oposicao a execucao)

. A oposicao pode ser deduzida por requerimento ou por

ernbargos , nao podendo utilizar-se simultaneamente os dois

meios de oposicao , ainda quando os fundarnentos nao sejam

identicos.

2. Caso 0 executado deduza posteriormente 8 oposicao

por requerimento, oposicao por ernbargos com 0 rnesmofundamento, a oposicao por requerimento e arquivada pelo

chefe da Reparticao Fiscal.

3. A oposicao por requerimento visa a revisao da decisaode instauracao do processo de execucao fiscal, ainda que com

fundarnentos supervenientes, peJa entidade que a deterrni-nou .

4. A oposicao por ernbargos visa a anulacao total au par-

cial da decisao de instauracao do processo de execucao fiscal,ainda que com fundarnentos supervenientes, pelo Tribunal.

ARTIGO 25."

(Prazo)

.A oposicao pode ser deduzida ate ao terrno dos 30 (trinta)

dias posteriorcs:

Page 9: Regime simplificado de execuções fiscais

SERLE - N° 108 - DE 9 DE JUNHO DE 2011 3141

0) A ci tnr,:ao do execuiado;b) Ao conhecimento pe lo execuiado de docurneruo

supervenierue que possa servir cle fundamento aoposicao.

2. Para eleitos da alinea b) do nurnero anterior, considers--se supervenierue nao so 0 facto que liver ocorrido posie-riorrnente ao terrno clo prazo da OPOSir,:30.mas ainda aqueleque , ernbora ocorrido antes, s6 posteriormenie venha aoconhecimento do executado e 0 conhecimento anterior nao

seja da sua responsabilidade

3. Cabe ao oponente provar a superveniencia do funda-menlo da oposicao nos termos do nurnero anterior.

4. Para 0 efcito da alinca b) do n." I, considera-se super-veniente 0 docurnenlo apresentado ou junto ao processo pos-ieriormente ao terrno do prazo de oposicao cuja genuinidadeo oponente pretenda impugnar.

S. Havendo varies executados, os prazos correm inde-pendentemente para cada urn deJes.

ART)(I0 26.·

(Requisites da peti~iio da oposi~iio por requerimento)

. A peticao, a apresentar na Reparticac Fiscal em quecorrer a execucao, e apresentada em triplicado.juntando logoo executado toda a documentacao necessaria.

2. A peticao nao carece de ser articulada, podendo serassinada pelo executado ou seu rnandatario legalmente cons-tituido.

3. Quando a citacao for efectuada com fundarnento emcarta precaioria, a oposicao por requerimento e deduzida naReparticao Fiscal deprecada, devolvendo-se a carta depoisde coniada para seguimeruo da oposicao a Reparticao Fis-cal deprecante.

4. Mediante prestacao de garantia idonea, a que se referea alfnea a) do n." J clo artigo 14.°, a peticao tern efeito sus-pensive cia execucao , ale a decisao do requerirnento.

ARTJGO 27.0

(Prnva)

A prova oferecida na oposicao por requerimento s6 podeser documental.

ARTIGO 28."

(Dccisao da opusiciiu por requer imento)

1. Exarninada a prova, 0 chefe da Repanicao Fiscal iornaa decisao , par despacho fundarnentado, e prornove a suanoli fi cacao ao exccu tado.

2. A decisao deve ser emi tida no prazo maximo de 15 (qui nze)dias coruados da data de reccpcao do requerirnento.

ARTIGO 29."

(Oposicao par cmbargos)

. A oposicao pOI' ernbargos obrigatoriamcnie articulada

e dirigida 3 Sala do Coniencioso Fiscal e Aduaneiro do Tri-bunal Provincial. sendo, no entanto , aprese ntada junto ciaReparticao Fiscal onde correr a execucao fiscal.

2. Se a chefe da Reparticao Fiscal julgar a oposicao por

requerimenio total ou parcial mente irnprocedente pede 0

executado ainda deduzir ernbargos junto da Sala do Conren-

cioso Fiscal e Aduaneiro do Tribunal Provincial da area ciaRepartican Fiscal, no prazo de 10 (dez) dias apos a noii fica-~ao do indeferimento.

3. Neste caso , podern os embargos versar sobre materiadiferente da que liver fundarncntado a oposicao por simplesrequerirnento.

ARTIGO 30."

(Prova)

. A prova, a apresentar CHI a indicar ria peticao de oposi-rrao por ernbargos, pode ser documental ou testernunhal ,devendo neste caso as testernunhas ser apresentadas no Ttri-bunal pelo embargante.

2. Nao podem ser oferecidas testernunhas que tiveremde ser ouvidas por carta precatoria, nem oferecidas mais deIres por cad a urn dos factos alegados, ale ao maximo de dez.

3. S6 e admissivel prova testernunhal relativarnente aosIacros que nao puderern ser provados documentalrnente.

ARTIGO 31."

(Prestacan de guraruia)

Os ernbargos s6 prosseguem apos a penhora dos benssuficierues para 0 pagamenio cia divida exequenda e acres-cido, a prestacao de outra garantia id6nea a que se refere a ali-nea (l) do n." 1 do artigo 14.° ou , no caso de 0 valor dos benspenhorados ser insuficienie para 0 pagarnento da divida exe-quenda , depois da extraccao de certidao cornprovativa dessainsuficiencia.

SEo;.:AO )J

Oposicao it Penhora

ARTJGO 32."

(Legitimidade)

. A oposicao ~ penhora pode ser deduzida peio executado

ou por terceiro cuja posse liver sido ofendida pcla diJigcllcia.

Page 10: Regime simplificado de execuções fiscais

3]42 DlARla DA REPUBLICA

2. a proprietario dos bens penhorados que nao seja seu

possuidor nao tern legitimidade para se opor a penhora.

3. Para efeitos do disposto no presente anigo, quando 0

bem irnovel penhorado estiver arrendado ou locado . consi-dera-se possuidor 0 senhorio ou locador.

ARTIGO 33."

(Fundamentos)

. A oposicao a penhora pode ser deduzida corn base 1I0S

seguintes fundarnentos:

a) lnadmissibilidade da penhora dos bens concreta-

mente apreendidos, par serem absoluta au rclati-

varnente irnpenhoraveis;

b) Violacao do principio da proporcionalidade d a

penhora;

c) Incidencia da pcnhora sobre bens que apcnas sub-

sidiariarnente poderiarn responder pela dfvida

exequenda ou que legalmente nao podiam res-

ponder pel a dfvida exequenda;

d) Deterrninacao indevida da prestacao de garantia ou

da prestacao de garantia superior a dfvida;

e) Ofensa da posse de boa-fe, real e efectiva de ter-

ceiro.

2.0 disposto na alinea a) do n." I e inaplicavel quando,

sendo os bens apenas relativarnente irnpenhoraveis , 0 exe-

cutado os tiver indicado para a penhora no prazo de oposicao.

3. Na oposicao a penh ora deduzida por tercciro nao po de

ser discutida a propriedade dos bens.

4. A genuinidade do document.o em que se base ou a

penhora pode ser irnpugnada no pr azo de 10 (dcz) dias, a par-

tir da apresentacao Oll juncao do docurnento.

ARTIGO 34."

(Pram)

1 . a prazo de oposicao 11 penhora do executado e de 10 (dez)

dias ap6s a notificacao ou efectivo conhecimento da penhora,

n50 podendo, no entanto, a oposicao ser deduzida ap6s a

venda dos bcns.

2. Em caso de citacao posterior a pri meira penh ora, 0

prazo para 0 executado se opor it penhora e 0 prazo de opo-

sicao por requerimento.

3. a prazo de oposicao a penhora de terceiro, a deduzi r

exclusivarnente com 0 fundarnento da alfnea e) do n.' I do artigoanterior, e de 30 (trinta) dias ap6s a penhora ou 0 conheci-mento pelo terceiro da rnesrna, nao podendo, no entanto. aoposicao ser deduzida apos a venda dos bens.

4. Nao se considera terceiro em qualquer caso 0 executado

ern processo de execucao fiscal ou ouira entidacJe que, a qual-

quer titulo, liver iniervido no processo.

ARTIGO 35.0

(Efeito suspensivo)

. A oposicao a penhora suspende os tennos do processo

de execucao fiscal posteriores il diligencia apenas relativa-

mente aos bens a que respeita .

2. A oposicao it penhora deduzida por terceiro suspende-

-se , ate ao respective transito ern julgado, em casu de ler sido

proposta em tribunal accao sobre a propriedade des bcns

penhorados.

ARTIGO 36."

(Deducao da oposicao)

1. A oposicao 11 penhora, independentemente de esta ter

sido efectuada par carta precatoria, e sempre deduzida na

Reparticao Fiscal da execucao.

2. Autuada a peticao e caso entenda improcedentes os

fundarnentos da oposicao, a Reparticao Fiscal envia 0 tras-lado do processo a Sala do Contencioso Fiscal e Aduaneiro

do Tri bunal Provincial competente para decisao do incidente ,

conjuntamente com a posicao do representante processual doexequent.e sobre a oposicao.

ARTIGO 37.0

(Cumpetencia)

E cornpetente para a decisao da oposicao a penhora a Sala

do Contencioso Fiscal e Aduaneiro do Tribunal Provincial da

area da execucao

CAPITULO IV

Penhora

SEC~AO I

Disposiciies Cerals

ARTIGO 38.0

(Cornpetencia para a penhora e notificacao da diligencta)

I. A cornpetencia para ordenar a penh ora e do chefe daReparticao Fiscal.

2. A penhora e sernpre determinada por despacho

J. Para efeitos do cumprimento do despacho de penhora ,a Reparticao Fiscal cia execucao passa mandaclo cle penhora,que deve ser curnprido pelo funcionario da Reparticao Fiscal

110 prazo de IS (quinze) elias, se n30 tiver sido fixado outro.

Page 11: Regime simplificado de execuções fiscais

SERlE -- N° I()~ - DE 9 DE .IUNHO DE 2011 3143

SEC~:A() II4. Nos cases em que tenha sido realizada sern a sua pre-scnt;a. ~ pcnhora Cobngatoriarncnte notificada ao ex ecutadoapos a SLl8 realizacao pela Reparticao Fiscal. para que aque lepossa deduzir oposicao it penhora

ARTIGO 39n

(Mundudo para a penhor a)

1. Quando nao liver sido feita anreriorrnente , findo 0

prazo referido na citacao sern que tenha sido requerido 0

pagarnento a prestacoes e sern precedencia de qualquer termode identificacao dos bens, 0 chefe da Reparucao Fiscal or-dena par despacho a penhora.

2. No caso de ter sido requerido Oll autorizado 0 raga-rnento a presiacoes, a penhora e irnediatarnente ordenaclaap6s a indeferirneruo do pedido, a falta de prestacao d agarantia no prazo adrninistrativarnente fixado ou a cessacaoda autorizacao dessa forma de pagarneruo.

ART1GO 40."

(Inexistencia de bens penhoraveis)

Se 0 execuiado nao river bcns ou , iendo-os, estes naosejarn penhoraveis nos terrnos da legislacao processual civil,lavra-se 0 auto de diligencia perante duas testernunhas. cujaidoneidade nesse UlHO se reconhece e que certifica a facto.

ART1GO 41"

(Prosseguimenlo da execucao fiscal apes a penhora)

Ap6s a penhora, a execucao fiscal apenas pode prosse-guir, quanto aos bens penhorados, ap6s () Lerma do prazo dededucao do inciclente da oposicao it penhora all do transitoem julgado da decisao do incidente

ARTIGO 42."

(Levantarnento da pcnhora)

I. 0 lcvantamento da penhora e ordenado pelo chefe daReparticao Fiscal Ollpelo Tribunal e notificaclo ao executadoe depositario

2. Quando do levantarncnto de caucao se veri Iicar quecorrern can Ira 0 mesrno executado outros processes deexecucao fiscal em que nao liver sido deduzida oposicno deexecutado ou, tenclo sido deduzida oposicao de executado .jaIoi resolvida desfavoravclrncnte I'm decisao transiiada emjulgado , ao montanie a levaruar e c1eduzida a clfvida exe-quenda e acrescido.

3. Quando 0 processo esiiver parade par mais de seis mesesem virrude de ne gf igencia cia e xeque nte au clo terce irosub-rogado , a penhora pocle ser levantada por requerirnentodo executado au cle qualquer credor,

ARTIGO 43"

(Penh ora de imoveis)

I. No despacho que ordenar a penhora de bens irnoveis,a chefe da reparticao discrimina os bens objecto da penhora ,

com rnencao 11 situacao, confromacoes , mimero de inscricao

rnatricial e descricao do registo predial, scrnpre que possfvel ,e simultanearnente ordena , conforme os cases, a ciiacao ou anotificacao do executado de que, sabre os referidos predios ,foi deterrninada a penhora.

2. A citacao all notificacao , a prornover pela RcpariicaoFiscal cia execucao, efectua-se preferenternente auaves decontacio direcio com 0 executado, que cleve assinar 0 auto ,

sendo a recusa de assinarura, quando 0 execuiado estiverpresente , rnencionada no rnesrno , aplicando-se , em case deimpossibilidade ou opos icao clo executado ao coruactodirecto com a funcionario, 0 disposto no artigo 21.° do pre-sente diploma

3. Os bens penhorados sao entregues a urn depositarioescolhido, sob sua responsabilidade , pelo funcionario queefectuar a penhora, podendo a escolha recair no executadoou , no caso de bens indivisos, preferencialmenle no adrni-nistrador dos bens.

4. Do auto de penhora constam, alern dos elementos refe-rides no n." '1 , 0 valor da execucao, a natureza nistica, urbanaou rnista do predio penhorado , 0 mimero da sua inscricaomairicial e da descricao predial, sempre que posslve I, areaaprox imada, coberta e livre, e a situacao , confrontacoes ,mirnero de poJicia e denorninacao , havendo-os

5. Constituindo a bem im6veJ penhorado a local da resi-dencia do executado , rnenciona-se tambern esse facto.

6. Havenclo varios predios a penhorar, lavra-se urn autopar cada predio.

7.0 auto e assinado pelo depositario au por duas teste-rnunhas, quando este nao souber ou puder assinar, sendo-Iltesernpre eruregue urna relacao dos bens penhorados.

8.0 re gisto da penhora e requerido ao conservador dore.gisto predial cornpetente pelo chefe cia Reparticao Fiscal,que igualmente requer que clo certificaclo desse regisio cons-tern as encargos que onerem as bens penhorados.

9.0 conservador efectua 0 regisio no prazo de "18 (qua-renta e oito horas) ou devolve a certidao da penhora com notade que 0 predio nao esia c1escrito.

Page 12: Regime simplificado de execuções fiscais

3]44 DlARIO DA REP(lBLiCA

I(). A provisoriedade do registo nao impede 0 prossegui-

mento da execucao salvo quando 0 chefe da repanicao , faceaos fundarnentos da provisoriedade, ernenda que a execucaodever ser suspensa

I I . 0 re gisto e cancelado a requerirnento do executado

com base ern certidao da senrenca lransitada em julgado ou

despacho que declarou finda a execucao ou substituiu a

penhora por outro meio de garantia da dfvida exequenda.

ARTIGO 44.·

(Penhora de dinheiro ou outros valores depositados

em contas hancarras)

1. A penhora de dinheiro ou outros valores deposiiados

em contas bancarias , bem como de objectos guard ados ern

instituicoes de credito, e precedida de inforrnacao do funcio-

nario competente sobre a identidade do depositario. a quan-

ria ou objecto depositados, sell presurnfvel valor e, se for 0

case, nurnero da conta

2. Caso nao sejam identificadas as contas bancarias a

penhorar, a Reparticao Fiscal ordena a penhora dos saldosexistentes em todas as instituicoes de credito que entenda

notificar para efeitos do fornecimento desses elementos.

3. Para efeitos da realizacao da penhora. devem as insti-

tuicoes de credito notificadas comunicar a conta clo devedor

eo respective saldo no memento da penhora.

4. A penhora e sernpre notificada a entidade depositante

por carta registada com aviso de recepcao, ficando a partir

da data de recepcao da carta 0 saldo credor da conta band-

ria ate ao valor da penhora ou 0 objecto penhorado colocados

em situacao de indisponibilidade.

5. A comunicacao da penhora deve identificar, alern do

executado e do processo executive no ambito do qual se rea-

Iiza a penhora, 0 montante ou objecto a penhorar, procedendo

igualmente it indicacao que, salvo nos cases previstos na lei,

as quantias depositadas nas contas e os bens guardados ficam

indispornveis a partir da data da penhora.

6. A insutuicao de credito deposiiaria e obrigada a cornu-

nicar 11 Reparticao Fiscal, sernpre que solicitada. todas as

movimentacoes da conta bancaria penhorada efectuadas ale

a extincao do processo de execucao fiscal.

7. Feita a penhora , a entidade depositante c.omunica ao

chefe da Reparticao Fiscal a saldo da conta ou contas objectoda penhora na data em que esta foi efectuada ou a inexisten-cia de saldo susceptivel cle peuhora , indicacao que e aC0111-

panhada, sernpre que a Reparticao Fiscal 0 solicite , de urn

e xuacto de onde constcrn todas as opeiacoes que tivcre rn

afectado os depositos penhorados apos a realizacao da dili-gencia.

8. A realizacao da penhora e, apos a noiificacao efectuada

nos terrnos do rnirncro anterior. notificada pelo chefc da

Reparucao Fiscal ao executado.

9. Caso posteriormente a penhora OCOITamnovas entradas

de que resultem saldo credor a favor do depositante , deve a

instituicao de credito cornunicar de imediato esse facto ao

chefe da Reparticao Fiscal para que este ordene de imediato

a penhora ou inforrne de sua desnecessidade.

10. 0 saldo refcrido no numero anterior fica disponivcl

quando 0 chefe da Reparticao Fiscal nao proceder 3 penhora

nem nada disser nos 15 (quinze) dias posteriores a cornuni-

cacao das novas en tradas.

CAPITULO V

Venda dos Bens Penhorados

SEC~AO IRegimes de Venda

ARTIGO 45."(Modalidades admitidas)

A venda pode efecruar-se par:

a) Proposta em carta fechada;h) Negociacao particular, apes 0 esgotarnento das pos-

sibilidades legais de os bens serem vendidos por

proposta em carta fechada.

ARTIGO 46."(Aquisicao pelo Estado)

l . 0 Estado e qualquer dos seus entes territoriais pode ,

em caso de bens de elevaclo interesse historico e cultural Oll

aptos a imediata instalacao de services piiblicos. exercer 0

direito de preferencia, mediante 0 pagarnento do preco por

que 0 bem a vender liver sido propos to pelo licitante que liver

apresentado proposta de maior valor.

2. A aquisicao a que se refere 0 mirnero anterior depencle

do Estado rnanifestar essa iniencao ate ao momenta da aber-

Iura das propostas e de previa concordancia da Direccao

Nacional do Patrirnonio do Estado.

SEc<;:iiO 11Disposicoes Comuns

ARTIGO 47."(Suspensao da venda)

Caso 0 valor reclarnado pelos credores tirulares degarantia real que deva preferir sobre as garantias dos credi-

Page 13: Regime simplificado de execuções fiscais

SERlE - N.u IDS -- DE 9 DE JUNHO DE 20 I I 3145

tos do exequenie se rnosrre rnanifesramente superior ao ciadfvicla exequenda e acrescido, pode a Reparticao Fiscal sus-

pender a realizacao da venda. prosseguindo eruao a cx e-CllC;:~O em outros bens.

ARTIGO 48.0

(Exerclcio do direito de rcmissao)

0" direitos de rernissao e preferencia sao exercidos nosterrnos do C6digo de Processo Civil.

ARTIGO '19."

(Incornpati bilida des)

Nao podern ser proponentes, por si ou por outra pcssoa ,os rnagistrados judiciais , as funcionarios da Direccao Nacio-nal de Irnpostos ou da Direccao Nacional das Alfandegas,q uaisquer outras pessoas que prestern trabalho subordinado 11

entidade exequente e seus familiares directos.

ARTIGO 50.0

(Formalidades da venda)

I. A venda dos bens irnoveis efectua-se por auto no pro-prio processo de execucao fiscal.

2. Lavra-se um auto por cada predio.

3. Feita a venda, a Repanicao Fiscal procede a ernissao dotitulo de cobranca para pagamento do preco.

ARTIGO 51."

(Deposito do preco)

I. 0 preco da venda deve ser depositado pelo adquirenteno prazo de 30 (trinta) dias apos 0 auto.

2. 0 Estado e dernais entes publicos nao estao sujeiios aobrigacao do deposito do preco enquanto tal nao for neces-saria para 0 pagarnento de credores rnais graduados no pro-cesso de reclarnacao de creditos.

3. Pago integralmente 0 preco e as imposios de transrnis-sac eventualrnente devidos, 0 bern e adjudicado ao propo-

nente

ARTIGO 52'"

(Consequencias da Ialta de pagarnento do preco)

I. Case 0 preco nao seja deposiiado IIOS 30 (trinla) dias

posteriores il realizacao da venda , 0 processo de execucaofiscal prossegue com a penhora de bens do proponente oupreferente suficientes para () pagarneruo cia divida e xequendae acrescido.

2. Case 0 proponente nao disponha de bens suficieniespara 0 pagarnenio da divida e xequenda e acrescido , rica avenda sem efeito , sern preju Izo das sancoes aplicave is nosterrnos do Codigo de Processo Civil.

ARTIGO 53."

(Insuficiencia da impurta ncia ur recaduda na venda)

J. Sernpre que a irnportancia arrecadada na venda nao

seja suficiente para 0 pagamento da divida exequenda eacrescido,o processo continua os seus ierrnos para penhora

de novos bens ou, se 0 patrimonio do devedor e responsaveissolidar ios ja tiver sido executados. reverte contra os respon-saveis subsidiaries.

2. Os montantes arrecadados sao sucessivarnente aplica-

dos nas cusias do processo, no capital da divida , comecando-

-se pela arnortizacao da dfvida mais antiga e no pagarneniodos juros de mora.

3. Os juros de mora sao dcvidos relativarnente it parte quefor paga ale ao mes, inclusive, em que se realizou a vendados bens e, se a penhora liver sido de dinheiro, ale ao mesem que esta se efectuou.

ARTIGO 54°

(Onus ou encargos)

1. Os bens sac sempre vendidos Jivres de 6nus all encar-gas, caducando todos os que ineidem sabre 0 bem vendido

aquando da celebracao da venda.

2. Cabc obrigatoriamenle a Reparticao Fiscal da execu-

r,:ao,nos 15 (quinze) dias subsequentes a realizacao da venda,promover 0 cancclamento dos rcgistos que tiverern eaducadocom a realizacao da venda, salvo quando 0 adquirente 0 jatenha Ieito.

CAPITULO Vl

Accoes Especiais

ARTIGO 55.0

(Ac~ao subortlinada de anulacao da venda)

.0 prazo de anulacao da venda no processo de execucao

e de:

a) Um ano , no caso de a anulaciio da vcnda se Iundar

na ex istencia de onus que 1l~IO renha sido tornadoem consideracao au haja caducado. que excedaos lirnites normais inerentes aos direitos da

Page 14: Regime simplificado de execuções fiscais

3]46 DlARIO DA REPUBLlCA

mesilla categoria, hem como erro sobre 0 objectotransrni tido ou sobre as suas qual idades por com-paracao COIll0 que foi anunciado;

b) 30 (tri nt a ) dias nos restantes casos previstos noC6digo do Processo Civil.

2. 0 fundamento da anulabilidade previsto na alfnea b)

do ruimero anterior abrange toda e qualquer causa de nuli-dade da venda, incluindo os seus actos preparatorios, cujaprocedencia apenas seja declarada em agravo da decisao

deduzido anteriormente a venda, mas decidido apenas peste-

riormen te .

3. 0 prazo conta-se da data da venda ou daquela em queo requerente tome conhecimento do facto que servir de fun-damento da anulacao, cabendo-lhe provar a data de sse conhe-cimento.

4. A declaracao de ineficacia da venda com 0 fundamentoda coisa vendida nao pertencer ao executado, sern prejufzo dousucapiao , nao esta sujeita a prazo.

ARTIGO 56."

(Efeitos de anulacao da venda)

Em caso de anulacao ou declaracao de ineficacia davenda,o adquirenre tem direito a restituicao pelo exequentedo preco e das demais despesas com a venda, incluindo desirnpostos sobre a transmissao que sobre ela recairarn, salvose , no momento da vcnda , esiiver registada accao de pro-priedade da coisa vendida intentada pelo proprietario com 0

fundamento desta nao pertencer ao executado.

ARTIGO 57."

(Verificaciio e graduucao de crcditos)

I. Os crcdores com garanria real podern reclamar juntoda Reparticao Fiscal da execucao os respectivos creditos nos30 (trinta) dias posteriores a ciracao pessoal OU, no caso denao terern sido pessoalmente citados , ate a realizacao dapenhora.

2.0 disposto no mimero anterior njio prejudica 0 direitode os credores que nao tiverem sido pessoalrnente citados ateit realizacao da penhora dernandarem 0 exequenie com fun-damento nos danos sofridos.

3. Os credores ausentes ou desconhecidos podern recla-mar os creditos ate J5 (quinze) dias antes da realizacao da

peuhora.

4.0 credito do cx equente nao tern de ser reclarnado .

CApfTULO VI]Extincao da Instancia

ARTIGO 58"

(Extincao da execucao)

1.0 processo de execucao fiscal extingue-se. conformeos casos , por:

0) Pagamento da dfvida exequenda;

b) Anulacao da liquidacac Oll declaracao de nulidadeou inex isteucia da divida exequenda;

c) Anulacao total do processado , em virtude de nuli-dadc insanavel;

d) Procedencia da oposicao , salvo quando 0 seu fun-

damento for mera causa de suspensao da exe-cucao:

e) Declaracao de prescricao da divida cxequcnda:

.f) Declaracao em falhas, sem prejufzo da possibilidadeda sua renovacao nos tennos do presente diploma.

2. Nas execucoes por rnultas , () processo de execucao fis-cal extingue-se igualmente por:

0) Morte do infractor;b) Dissolucao da pessoa colecti va, sem prejufzo dos

casos de responsabilidade extracoruratual dosadministradores ou gerentes por culpa na falta depagamento d as mu l tas aplicadas a p es s o acolectiva;

c) Amnistia;d) Anulacao da decisao eondenat6ria;e) Prescricao da rnulta.

ARTIGO 59."

(Declaracfio em falhas)

1. E declarada em falhas a dfvida exequenda quando emauto de di Iigencia se verifique:

a) Inex istirern bens penhoraveis do executado , seus

sucessores, responsaveis sol idarios ou subsidia-

rios ou garantes pessoais, quando existarn;b) Ser desconhecido 0 executado e. no caso de tribu-

tos sobre a propriedade imobiliaria , nao ser pos-

sivel identificar 0 predio;c) Estar 0 devedor do credito penhorado ausente em

parte incerta e nao dispor a executado de outros

bens penhora vcis.

2. A declaracao em falhas pode ser parcial, caso 0 pro-duro da venda dos bens penhorados 30 executado se mostreinsuficicrue para 0 pagarnento da dfvida e xcqucuda e acres-cido.

Page 15: Regime simplificado de execuções fiscais

J SERlE - N." IOS - DE 9 DE JUNHO DE 20 II

ARTIGO 60."

3147

(Hcno"a~ii(J da execucao declarud a ern Falhas)

Logo que haja conhecimento de 110VOS bens do ex e-cutado , sells sucessores, responsaveis solidarios ou subsidia-rios e garantes pessoais, salvo se ja tiver decorrido 0 prazo deprescricao , a execucao fiscal declarada em Ialhas e renovada ,sem necessidade de nova citacao.

TiTULO lTJReclarnacoes e Recursos

CAPITULO 1Reclarnaciies

ARTIGO 61."

(Reclarnacoes)

as actos praticados pel a Reparticao Fiscal que nao sejamde mero expediente ou nao sejarn efectuados no exercicio depoderes di scricionarios SaD suscepnveis de reclarnacao , adeduzir pelo executado ou por terceiros directa e efectiva-mente prejudicados, no prazo de 10 (dez) dias apos a notifi-cacao ou efectivo conhecimento da decisao pelos reclamantesjunto cia Sala do Contencioso Fiscal e Aduaneiro do TribunalProvincial competenre.

ARTIGO 62."

(Apresentacao de reclarnacao)

A reclarnacao deve conter fundamentos e conclusoes eser apresentada na Reparticao Fiscal reclarnada que, nopram de 10 (dez) dias , caso emends njio deferir a recla-rnacao , remete 0 processo para 0 Tribunal, juntarnente coma posicao processual do exequente.

ARTIGO 63."

(Efeilo suspensivo)

1. Sem prejuizo das sancces aplicaveis a litigancia clema-fe , a reclamacao suspencle a execucao quando 0 recla-manic invoque causa legal de suspensao da execucao fiscal.

2. Nos restantes casos, a reclamacao apenas e apreciada,quando, apes a realizacao da iotalidade das diligencias cloprocesso , este for remetido a final a Tribunal.

CAPITULO 11Recnrsos

ARTIGO 64."

(Ambitu do recurso ordinario)

I. Sao suscepuveis de recurso ordinario para a Camaraclo Civel e Administrative do Tribunal Supremo a interpor,processar e julgar, no que nao estiver previsto no presente

diploma. nos rerrnos cia recurso de: agravo em processo civil,w, seguirues decisoes da Sala do Contencioso Fiscal c Adua-

neiro ell' Tribunal Provincial sobre:

OJ lncidentes de oposicao por ernbargos e oposicao IIpenhora;

b) Accoes subordinadas de verificacao e graduacao decreditos e anulacao da venda;

c) Reclarnacoes dos acres administrutivos da Reparti-c;:aoFiscal;

d) Reclarnacoes cia conia de CUSLas;e) Despachos interlocutorios:.() Despachos que, nao conhecendo do merito da causa,

ponharn terrno ao processo;g) As decisoes de declaracao de incornpetencia male-

rial ou hierarquica do Tribunal.

2. Nao SaD passiveis de recurso as decisoes das causascujo valor nao ultrapasse meiade da alcada do Tribunal Pro-vincial.

ARTIGO 65.0

(Legitimidade)

o recurso ordinario pode ser dcduzido pela parte ou qual-quer outro interveniente processuaJ que no processo tenhaficado vencido, considerando-se vencido 0 interveniente pro-cessuaJ que nao obteve a satisfacao integral dos seus interes-ses na causa, au, ainda, pclo Ministerio Publico, sernpre quedisponha de legitimidade.

ARTIGO 66."

(Prazo)

J. 0 recurso ordinario e apresentado no Tribunal recor-ride no prazo de 15 (quinze) dias apes a noiificacao da deci-sao recorrida , deven do a parte recorrente alegar dentro dessepraw.

2. Caso as alegacoes nao sejarn entregues ate ao Lerma doprazo cia recur so ordinario, este fica deserto.

3. a relator a quem for clistribuiclo 0 process a pode con-vidar 0 recorrente a corrigir as alegacoes no prazo de 15 dias ,quando nao contenharn conCIUS(lCS ou as conclusoes njio

desenvolverern a argurnentacao das alegacoes ou se mostremdeficientes, cornplexas ou obscuras

4. Nao e adrniticla a prova testernunhal,

ARTIGO 67."

(Eleitu devolutivu)

I . a recurso cia sentence cle verificucno e graduacfio decreditos rem eieito suspensive.

Page 16: Regime simplificado de execuções fiscais

3]48 DlARIO DA REPlJBLlCA

2. Nos restantes cases. 0 recurso nao tem efei 10 suspen-

siva, salvo nos casas em que a decisao recorrida liver side

desfavoravel ao execurado e este tiver presrado garantia nos

termos do artigo II." do presente diploma.

ARTICIO 6R."

(Subida do recurso)

. Apenas sobern imecliatamente as decisoes que conhe-«am do merito da causa, entendendo-se como tais as que

recaiam sabre as accoes, incidentes au reclarnacoes que, nao

conhecendo do rnerito da causa, ponham terrno ao processo,

declarern 0 Tribunal absolutamente incompeteute ou con he-

«am de qualquer impedimento oposto pelos participantes pro-

cessuais IlOS termos da legislacao processual civil aplicavel.

2. Sobem tarnbern imecliatamente os recursos dos actosinterl ocu torios cu ja retcncao os iomasse absolutarnen te

inuteis.

:3. Os recursos dos actos interlocutorios que nao devamsubir imediatamente sob em apenas com 0 recurso cia decisaoque puser termo ao processo, ficando sern efeito se cia deci-sao que puser terrno ao processo nao houver rccurso.

4.0 recurso so be ao Tribunal recorrido mecliante simples

despacho do juiz, que, se entender. pocle sustentar a decisaorecorricla.

TiTULO IVDisposicoes Finais

ARTIGO 69."

(Medidus punitivas adicionais)

I. A Adrninistracao Tributaria pode clivulgar, tendo em

conta 0 interesse publico cia prevencao da evasao fiscal e com

respeito pela legislacao aplicavel a proteccao de dados pes-

soais, a lista dos devedores cuja situacao tributaria nao esti-

ver regularizada.

2. A publicacao so podc.xer ef ectuada sernpre que ()

devedor reclarnar ou irnpugnar a d iv ida ex equenda Oll 0 acto

adminisirauvo de que a sua liquidacao dependa, Oll se opusera execucao fiscal, quando, apos 0 terrno do respective prazo

legal, 0 execuiado nao liver prestado gararuia, nem obtido a

sua dispensa

3. A lista dos c1evedores e orden ada hierarquizadarnente

em funcao cia montante da divida .

4. 0 contribuinie visado em processo de execucao fiscal

nao suspenso fica ainda sujeito as seguintes meclidas:

a) proibicao do acesso a concursos publicos e conces-

sac cle services piiblicos ;

b) retencao pelo Estado de pagamentos do preco

devidos por services prestados por esses contri-buintes;

c) retencao dos financiarnentos de medic e longo pra-

zos que nao sejarn destinados a aquisicao de

habitacao propria e permanente.

ART1GO 70.0

(Organizacao das reparticoes)

Compete ao Director Nacional dos Irnpostos deterrninar,

em funcao dos recursos clisponfveis e das necessidades iden-

tificadas, a organizacao das Reparticoes Fiscais para a pratica

de actos rnateriais de penhora, bem como a possfvel criacaode org aos centrais de cobranca coerciva que abarquern a

jurisdicao de uma ou varias Reparticces Fiscais.

ARTIGD 7t.O

(Acompanhamcnto periodicu da actividade das reparticoes)

o orgao auxiliar do Titular do Poder Executivo respon-

savel pela rCf0J111a tributaria prornove uma avaliacao da ex e-

cucao e eficacia das rnedidas previstas neste diploma seis

meses apos a sua entrada em vigor.

o Prcsidente da Republica, JOSE EOUAROO DOS SANTOS.

o E. 332 - 61108 - Ison ex. - 1. N.-E. P. - 2011