refrigeração - armazenamento gelo

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  • 8/17/2019 Refrigeração - Armazenamento Gelo

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - INSTITUTO DE TECNOLOGIA

    FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA - REFRIGERAÇÃO

    Diego Borges –  201202140023

    Fábio Barros –  201202140026

    Felipe Ferry - 201202140017

    Filipe Renan –  201202140012

    PROJETO DE UMA CÂMARA FRIGORÍFICA:

    ARMAZENAMENTO DE GELO

    Belém - 2016

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - INSTITUTO DE TECNOLOGIA

    FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA - REFRIGERAÇÃO

    Diego Borges –  201202140023

    Fábio Barros –  201202140026

    Filipe Renan –  201202140012

    Felipe Ferry - 201202140017

    PROJETO DE UMA CÂMARA FRIGORÍFICA:

    ARMAZENAMENTO DE GELO

    Belém –  2016

    Trabalho para obtenção da notareferente a terceira avaliação dacadeira de refrigeração

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    ROTEIRO DO PROJETO.

    1 –  Com base na quantidade do produto, calcular o Volume da câmara;

    2 –  Estipular as condições internas e externas de projeto (Tcam,Text,etc);

    3 –  Escolher e calcular a Espessura do isolamento;

    4 –  Calcular a Carga Térmica;

    5 –  Calcular as temperaturas de Condensação e Evaporação;

    6 –  Lançar o Diagrama P –  h, calcular as Entalpias, a vazão de refrigerante, Qo, Qc e Wc;

    7 –  Com base em Qo, Qc, Wc, mr e ΔP: Especificar os seguintes equipamentos: Evaporador,

    Condensador, Compressor e Dispositivo de Expansão.

    - Para isso devem ser usados os catálogos de fabricante indicados.

    - Os catálogos utilizados e a forma de seleção deverão ser descritos no texto do

    trabalho. Uma cópia do catálogo deve ser colocada no ANEXO do trabalho.

    8  –   Elaborar uma Planta Baixa da Instalação (Localizar os equipamentos para obter os

    comprimentos das tubulações);

    9 –  Calcular os Diâmetros das tubulações de Sucção, Descarga e Líquido,

    10 –  Conclusão;

    11 –  Bibliografia;12 –  ANEXOS (Plantas, Catálogos, Tabelas, etc.).

    1.  INTRODUÇÃO

    Câmaras frigorificas são utilizadas atualmente para armazenagem de produtos, tendosuas condições internas controladas através de um sistema de refrigeração. São refrigeradas,

    isoladas termicamente, e a manutenção dessas condições é realizada por uma unidade de

    refrigeração. O projeto das câmaras frigoríficas é especifico para as condições impostas, em

    que fatores como a carga térmica a ser retirada e o tempo necessário para esse processo são

    calculados.

    As câmaras frigoríficas devem manter em seu interior temperaturas inferiores à

    temperatura ambiente, essa variação influencia a seleção de equipamentos e demais itens de projeto, sendo necessária uma análise bem detalhada das condições de projeto.

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     Neste trabalho, é proposta a adaptação de um container em uma câmara frigorífica,

    onde será feito o armazenamento de gelo já embalado como produto final, até seu transporte,

    adequando assim os críterios para seleção de componentes, construção dos equipamentos, e

    quanto sua operação.

    2.  VOLUME DA CÂMARA DE ACORDO COM O PRODUTO (10 TON/Dia) 

    Para o cálculo do volume da câmara, foram utilizadas duas abordagens: através da

    quantidade total do produto que se deseja armazenar (gelo) e sua massa especcífica, e através

    do volume do produto final. Massa específica da água dada por ρ=1000kg/m³. Assim:

     

     

    Para o produto final foi considerado um saco de 5 Kg, com dimensões de 0,35 m *

    0,2m * 0,05 m. Assim:

    1 saco de 5kg = 35cm x 20cm x 5cm ; 2000 sacos = 10 TON

    Figura 1. Saco de 5kg; Fonte: Bon Gelo.

    Um saco de cinco quilos possui um volume de 0,0035 m³, e o volume correspondente

    a quantidade de dez toneladas ocupa 7 m³ (volume total ocupado). Para um postura mais

    consevadora de projeto, optou-se por adotar 10 m³ como o volume ocupado pelo produto. A

    câmara frigorifica será desenvolvida tendo como estrutura rígida um container e será projetado para estar em locais livres de intempéries, dentro do container será projetado a

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    câmara frigorifica, a qual possibilitará um diferencial em relação as demais câmaras

    frigoríficas, pois a mesma pode ser instada em diversos ambientes sem ter uma área fixa

    destinada a mesma, viabilizando o transporte e a locomoção da câmara para outros lugares,

    tanto na fábrica quanto fora da mesma. As portas a serem utilizadas serão as mesmas do

    container, porém com uma camada de isolante na parte interna da mesma, além da utilização

    de borrachas de vedação.

    O produto ocupa 10 m³, e considerando o espaço para circulação de pessoas e

    instalação dos equipamentos, foi selecionado um container de 20 pés, com volume interno

    total de 33 m³, e dentro do mesmo os sacos de gelo serão alocados em  palletes  para evitar

    contato direto com o solo. Os  palletes  são fabricados em aço galvanizado, Fig 2,

    aprensentando vantagens como: fácil assepsia; imunes à insetos e fungos, resistente a baixastemperaturas, e com grande durabilidade.

    Figura 2. Pallete de aço galvanizado com perfil de chapa de aço dobrado. Modelo PM-4 [3]

    O modelo padrão selecionado foi o PM-4 da fabricante “Longa”, com capacidade

    máxima de carga recomendada pelo fabricante de 1.500 Kg para carregamento estático, e

    dimensões padrão de 1m * 1,2m * 0,15m (compativel ao PBR), com acabamento por

    galvanização à fogo.

    Tabela 1. Dimensões Container 20 Pés. [1]

    Dimensões (m)

    Externa

    Comprimento 6,05

    Largura 2,43

    Altura 2,59

    Interna

    Comprimento 5,90

    Largura 2,35

    Altura 2,38

    PortaAltuta 2,34

    Largura 2,28

    Capacidade Cúbica m³

    Fonte: Delta Containers

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    3.  CONDIÇÕES EXTERNAS E INTERNAS DE PROJETO

    Considerando a norma NBR 16401-1/2008, que estabelece parâmetros básicos e requisitos

    mínimos para a climatização de ambientes construídos, as condições externas de projeto que

    serão adotadas são: temperatura de bulbo seco de 33°C, temperatura de bulbo úmido de 28°C

    e temperatura máxima de bulbo seco de 35,2°C. A Tabela 2 mostra as condições climáticas da

    cidade de Belém. A temperatura da câmara será mantida a uma temperatura de -8°C [4].

    Tabela 2. Condições climáticas para a cidade de Belém.

    PA Belém Latitude Longit. Altitude Pr.atm Período Extrem.anuais

    TBU TBSmx S TBSmn S31,2 35,2 1,6 20,9 1,3

    Mês>Qt Freq.

    anual

    Refriamento e desumidificação Baixa umidade Mês>FrFreq.

    anualAquec. Umidificação

    TBS TBUc TBU TBSc TPO w TBSc

    Fev

    TBS TPO w TBSc

    0,4% 33,1 26,1 28,0 30,3 27,2 23,0 29,5 99,6% 22,8 20,9 15,6 28,7

    ∆Tmd 1% 32,8 25,9 27,6 30,2 27,0 22,8 29,4 99% 22,8 21,8 16,4 27,7

    8,2 2% 32,1 25,8 27,2 30,1 26,6 22,2 29,0

    Fonte: NBR 16401-1/2008

    4. 

    CALCULO DA ESPESSURA DO ISOLAMENTO

    Foi realizado um cálculo aproximado para a espessura de isolamento, onde foi

    considerada apenas a resistência imposta pelo isolamento, desprezando as demais resistências

    térmicas (paredes de alvenaria, passagens para o ar, etc.), a equação 1 apresenta o cálculo da

    espessura do isolante.

    ⁄  (Eq 1)

    A tabela 3 mostra a classificação do isolamento em função do fluxo de calor por

    unidade de área que penetra na câmara. Para a câmara frigorífica em questão, adotou-se o

    máximo fluxo de calor interno  –   externo ̇  igual a 8,5 W/m², que caracteriza câmaras

    frigoríficas de boa qualidade.

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    Tabela 3. Classificação dos isolamentos térmicos de câmaras frigorificas.

    Classificação do isolamento Fluxo de calor (Kcal/h.m²)

    Excelente 8

    Bom 10

    Aceitável 12

    Regular 15

    Ruim >15

    Fonte: Costa, 1982

    A superfície da câmara não sofre com os efeitos da radiação solar direta, considerando

    apenas a temperatura externa e interna da câmaram para o cálculo da espessura. Deste modo,

    foi calculado o coeficiente global de transferência de calor através da equação 2.

     ̇

      (Eq 2)

    Utilizando a equação 1, foi calculada a espessura para três tipo de isolante:

    Poliestireno Expandido (EPS), Poliuretano (PU), e lã de rocha.

     ̇

     (EPS)

     ̇

     (PU)

     ̇

     (Lã de Rocha)

    O material para isolamento selecionado foi o FrigoPainel de poliuretano-PURfornecido no mercado pela Danica Corporation™. A partir do coeficiente global de

    transferência de calor, tem-se a espessura do isolamento a partir da Tabela 4 fornecida pelo

    fabricante. Adotou-se o isolamento de 150mm de espessura, que supre as necessidades

    mínimas do fluxo de calor interno-externo requerido com um coeficiente global de

    transmissão de calor imediatamente abaixo do estipulado.

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    Tabela 4. Informações Técnicas –  FrigoPainel –  PUR/PIR

    Fonte: Danica Co.™ 

    5.  CARGA TÉRMICA

    Para o cálculo da carga térmica na câmara, foi necessário estabelecer as condições

    climáticas do local e das condições internas da câmara, assim como sua utilização

    (armazenamento de produtos). A carga térmica foi dividida nas seguintes parcelas:

    5.1. Transmissão de calor pelas paredes, teto e piso:

    Para determinação da carga térmica, a fim de simplificação dos cálculos, foi considerado

    apenas o isolante térmico (único componente da parede da câmara) como resistência à troca

    de calor. Dessa forma, temos apenas troca de calor por condução. Utilizando a lei de Fourier

     para calcularmos o calor trocado, temos:

     ̇  =

    *24h (Eq. 3)

       =  +      = [4(5.9*2.386)] + [2*(5.9*2.352)]     =

    84,0632  

     ̇ =

    *24,  = 16219,25 Kcal/dia

    5.2. Infiltração de ar externo

    A carga térmica pela infiltração de ar externo se deve à entrada de ar quente e

    consequentemente à saída de ar frio da câmara fria. Tal entrada de ar aumenta a carga

    térmica, pois ele deverá ser resfriado. Para a determinação da carga térmica pela

    infiltração de ar externo na câmara, foi utilizada a equação 4. ̇   (Eq 4)

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    A tabela 4 indica o fator de troca de ar (FTA) para uma câmara de congelados e do

    volume da câmara frigorífica. Com esses dois dados, obtém-se o fator de troca de ar.

    Tabela 5. Fator de troca de ar de câmaras frigoríficas para conservação

    Câmaras para produtos congelados

    Volume

    [m³]

    FTA

    [trocas/dia]

    40 11,00

    50 10,00

    60 9,00

    Fonte: Pirani, 2006.

    Além do fator de trocar de ar e do volume da câmara, é necessária outra variável para

    o cálculo de carga térmica devido a infiltração de ar externo, o ∆H’ , que é o calor cedido por

    cada metro cúbico de ar externo ao entrar na câmara, dado pela tabela 6.

    Tabela 6. Calor cedido pelo ar externo ao entrar na câmara (∆H’, em kcal/m³). 

    Cond. Externas Temperatura na Câmara [°C]UR [%]   -40 -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5

    70 35 53,6 51,6 49,5 47,5 45,4 43,1 40,7 38,0 39,4 31,5

    Fonte: Pirani, 2006.

    Assim:

     ̇= *FTA*H’ (FTA para 40  e  

     ̇ = 33*15*40,7 = 20146,5 Kcal/dia

    5.3. Produtos

    A carga térmica devido aos produtos, comumente, corresponde a maior porcentagem da

    carga térmica, e se divide entre pré e pós-congelamento, e respiração (Frutas frescas e

    vegetais). Como não ocorre mudança no estado do produto, a parcela de calor latente pode ser

    desconsiderada, assim como a parcela de calor sensível antes do congelamento. Como o

     produto em questão é o gelo, a parcela da respiração por materiais orgânicos pode serdesconsiderada. A equação para a determinação da carga térmica devido ao produto é:

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     ̇ = [ ]

    ] (Eq 5)

    Assim:

     ̇ = *[*(-)]

     ̇ = 10000*[(0.550*(0 –  (-8)]

     ̇ = 44000 Kcal/dia

    5.4. CARGAS DIVERSAS

     No cálculo da carga térmica, equipamentos elétricos instalados no interior das câmaras

    frigorificas dissipam calor. Esses equipamentos podem ser: lâmpadas, motores (motor daempilhadeira e dos ventiladores do evaporador), entre outros. Além dos equipamentos, a

     presença de pessoas no interior da câmara também afeta a carga térmica, e essa alteração

    depende das atividades exercidas pelas pessoas, vestimenta e a temperatura da câmara. Para a

    iluminação, foram selecionadas lâmpadas industriais de LED (KLED-CF-60), que operam

    entre -35 e 70°C, e não geram calor, fazendo com que tal parcela possa ser desconsiderada.

    Para a movimentação de pessoas, a carga térmica foi estimada através da equação 6.

     ̇

      (Eq 6)

    Assim:

     ̇ = (272+6*)**n*0.86

     ̇ = (272+6*[-8])*8*2*0.86

     ̇ = 3082.24 Kcal/dia

     No interior das câmaras, foi considerado apenas o mortor dos ventiladores dos

    evaporadores que trabalharam de acordo com a necessidade da câmara. A estocagem dos

     produtos é realizada de forma manual, sem o uso de empilhadeiras. O cálculo da carga

    térmica devido aos motores elétricos das empilhadeiras é dado pela equação

     ̇

      (Eq 7)

    Para a câmara, foi estipulado que a potência do ventilador seria de 2.3 cv, com

    eficiência de 78%. O tempo de funcionamento será de 24 h/dia, já que a câmara irá armazenar

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    diariamente o produto parando apenas em manutenções. Substituindo os dados na equação 8,

    a carga térmica devido aos motores dos ventiladores da câmara de congelados é de:

     ̇ =

    *632*24(

    ) (Eq 8)

     ̇ = 44726.15 Kcal/dia

    A carga térmica total é o somatório de todas as outras cargas térmicas calculadas

    anteriormente e corresponde a quantidade de calor que deve se remover do ambiente

    diariamente, para que a temperatura interna seja adequada para o projeto. A capacidade

    frigorifica ou carga térmica total das câmaras será dada pela equação 8.

     ̇

     =  ̇

     ̇

     ̇

     ̇

     ̇

     ̇

      (Eq 9)

    Assim:

     ̇ = 128174.14 Kcal/dia

    Para a capacidade térmica em kcal/h divide-se o resultado pelo tempo de

    funcionamento que no caso será 24 h/dia. Logo:

     ̇ = (128174.14 Kcal/dia)/24 (h) = 5340,6 Kcal/h ou 6,21 KW

    6.  CÁLCULO DAS TEMPERATURAS DE CONDENSAÇÃO E EVAPORAÇÃO

    A temperatura de condensação deve ser fixada entre os valores de 11°C e 15°C maior que

    a temperatura de bulbo seco (PIRANI,2006), que entra no condensador. Sabendo que a

    temperatura de bulbo seco é de 33°C, foi adotado que a diferença entre a temperatura

    ambiente e a temperatura de condensação será 12°C maior que a temperatura ambiente.

    Portanto a temperatura de condensação estimada é de 45°C. A determinação da temperatura

    de vaporização, foi de acordo com recomendação dos fabricantes, que indicam uma

    temperatura 6°C menor que a temperatura de entrada de ar no evaporador para todos os tipos

    de evaporadores. A temperatura de entrada do ar no evaporador é considerada como a própria

    temperatura da câmara, sendo ela -8°C. Devido a isso, a temperatura de vaporização é de -

    14°C.

    6.1. Parâmetros do ciclo teórico de compressão de vapor 

     Neste tópico serão calculados alguns parâmetros do ciclo teórico de compressão de

    vapor, sendo eles: a apresentação do Diagrama P-h, as entalpias, a capacidade frigorífica, a

    vazão de refrigerante, a potência teórica de compressão, o calor rejeitado no condensador e o

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    coeficiente de performance do ciclo (COP). Para a determinação da entalpia, é necessário

    saber as temperaturas de vaporização e de condensação. Com essas temperaturas, pode-se

    fazer o Diagrama P-h para o fluído refrigerante R404A, de acordo com o ciclo teórico de

    compressão de vapor. O Diagrama do Anexo E, apresenta o Diagrama P-h requerido pelo

     projeto. Analisando o diagrama do Anexo E, tem-se as seguintes entalpias (h) para os pontos

    1, 2, 3 e 4, aproximadamente:

    Tabela 7. Entalpias para o ciclo de compressão de vapor.

    R-404A Entalpia (KJ/Kg) Pressão (Mpa)

    h1 360 2,004

    h2 395 0,3789

    h3 272 2,004

    h4 272 0,3789

    Fonte: autoria própria.

    A capacidade frigorífica  ̇ que será adotada é a de projeto, ou seja, 6.21 KW. Com as

    capacidades térmicas de projeto, as entalpias do ciclo teórico de compressão de vapor e a

    equação 9, pode-se determinar a vazão mássica de refrigerante na câmara.

     ̇ ̇   (Eq 10)

    Assim a massa de refrigerante:

    Massa de refrigerante:

     ̇ ̇ ̇

       

    Trabalho do compressor:

     ̇ ̇  ̇   (Eq 11)

    Carga no condensador:

     ̇ ̇  ̇   (Eq 12)

    Coeficiente de Performace (COP)

    O COP dependerá apenas das temperaturas de condensação e vaporização. Calculado

    utilizado a equação 2.12.

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     ̇

     ̇

      (Eq 13)

    COP = (360-272)/(395-360) = 2,51

    7.  ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS - SISTEMA PLUG-IN  

    Atualmente a utilização dos sistemas tipo plug-in, que funcionam de forma similar de um

    condicionado de janela, onde faz-se uma abertura na parede da câmara para comportar o

    sistema, com o evaporador interna à câmara, e o condensador na parte externa. Este tipo de

    equipamento, na maioria das vezes já vem automatizado, assim para sua especificação correta

    é muito importante a estimativa da carga térmica. Esse tipo de sistema combina evaporador e

    unidade condensadora em uma única unidade, dispensando o uso de casa de máquinas,

     proporcionando um menor tempo de instalação. Algumas vantagens do sistema são menor uso

    de refrigerante, fácil instalação, trabalham em temperaturas ambientes de até 45°C,

    compressores isolados acusticamente, manutenção reduzida.

    Figura 3. Sistema PLUG-IN .

    Pela especificidade de projeto, com a utilização de containers para câmaras frigorificas,

    esse sistema foi escolhido. O equipamento selecionado foi o modelo PI080l6 da fabricante

    BOHN com capacidade térmica de 6,7 KW à temperatura ambiente de 35°C. O dado técnico

    do evaporador em questão estará no Anexo F, Tabela F.A..

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    8.  CALCULAR OS DIÂMETROS DAS TUBULAÇÕES DE SUCÇÃO,

    DESCARGA E LÍQUIDO

     Nesse tópico, ocorre uma particularidade de projeto, com a utilização do sistema Plug-In

    todas os componentes com exceção do evaporador, que se encontra imediatamente interno a

    câmara, são combinandos em um único bloco, dai a nomeclatura “monobloco”. A figura 4,

    mostra o aspecto final da instalação do sistema.

    Figura 4. Sistema Plug-In instalado em container, Fonte: Klingecorp.

    Assim, o conjunto todo é selecionado de acordo com a exigência frigorifica do projeto,

    diferentemente de um sistema estácionário onde componentes como: compressor,condensador, evaporador, e válvulas de expansão possuem linhas de distribuição, e podem ser

    selecionados separadamente. Nesses casos é de grande importância a especificação correta

    das linhas de sucção, descarga e líquido.

    9.  CONCLUSÃO

    Para um correto dimensionamento de uma câmara frigorifica os parâmetros utilizados paraa execução do projeto devem ser estipulados de maneira que correspondam a realidade do

     projeto, parâmetros como: conhecimento das condições climáticas da região, isolantes

    térmicos disponiveis, e das caracteristicas do produto. A determinação de fatores construtivos

    como: espessura do isolamento, carga térmica total, volume da câmara adequado para a

    quantidade de produto, permitem a seleção adequada e precisa dos componentes do sistema

    de refrigeração. A utilização de containers para fabricação de câmaras se mostrou possivel e

    viavél, conseguindo atender parâmetros de condutibulidade térmica de forma excelente, além

    da possibilidade de mobilidade da câmara, sendo esse um importante fator operacional. Com

    o uso dos sistemas Plug-In, é possivel ter um maior ganho no tempo de instalação e uma

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    redução da manutenção requerida do mesmo, por condensar todos os sistemas em uma

    estrutura única “monobloco”. Caso haja uma mudança do  produto utilizado, ou das condições

    climáticas devido mudança de região, o sistema pode ser facilmente adaptado para suprir as

    novas necessidades de projeto.

    10. REFERÊNCIAS

    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Instalações de arcondicionado –  Sistemas centrais e unitários: projeto das instalações: NBR 16401 -1. Rio de Janeiro:[s.n], 2008.

    STOCKER, W. F.; JABARDO, J. M. Refrigeração Industrial. 2. ed. São Paulo: Edgar

    Blücher, 2002.

    TAKETA, R. S.R.; Dimensionamento De Um Entreposto Frigorífico Para Carne Bovina.,2016.

    VENTURINI, Osvaldo José ; PIRANI, M. J. . Eficiência Energética em Sistemas deRefrigeração Industrial e Comercial. 01. ed. Rio de janeiro: CENTRAIS ELÉTRICASBRASILEIRAS, FUPAI/EFFICIENTIA, 2005.

    http://lattes.cnpq.br/7690272078105697http://lattes.cnpq.br/7690272078105697

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    16/23

     

    ANEXOS

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    17/23

    ANEXO A: ESPECIFICAÇÔES TÉCNICAS MODELO PI080L6

     

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    18/23

     

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    19/23

     

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    20/23

    ANEXO B: DIAGRAMA P-H DO FLUÍDO REFRIGERANTE 404A.

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    21/23

    ANEXO C: LUMINÁRIA KLED-CF60

  • 8/17/2019 Refrigeração - Armazenamento Gelo

    22/23

     

  • 8/17/2019 Refrigeração - Armazenamento Gelo

    23/23

    ANEXO D: TABELA DE TEMPERATURA PARA CONSERVAÇÃO DEALIMENTOS

    ANEXO E: PLANTA BAIXA E DISPOSIÇÃO DOS PRODUTOS NA CÂMARA DEARMAZENAMENTO.