reforma penal de 1 julho de 1867

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 1 de julho 1867 269 Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte: Artigo 1.° É auctorisada a verba de 2:o8i 000 réis, alem da despeza prevista no orçamento do estado, para o serviço, policia e conservação do edificio da camara dos dignos pares. Art. 2.° Fica revogada, para este effeito somente, a legislação em contrario. Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como ríella se contém. O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, em 1 de julho del867  = E L -REr, com rubrica e guarda. =A nto nio Maria de Fontes Pereira de Mello.= Logar do sêllo grande das armas reaes. Carta de lei pela qual Yossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes de 25 de junho ultimo, que auctorisa a verba de 2:584$000 réis alem da despeza prevista no orçamento do estado para o ser- viço, policia e conservação do edificio da camara dos dignos pares, manda cumprir e guardar o mesm o d e- creto como ríelle se contém, pela fórma supra d eclarada.— Par a Vossa Magestade ve r. =Manuel Antonio Roberto dos Santos  a fez.  D .  de l. n.°  149 de  8  do juiho. Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos subditos que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte: 1  Artigo 1.° É concedido á camara municipal de Villa Viçosa o edificio em ruina s, a igreja e a cerca do ex- tincto convento de S. Paulo. Art. 2.° As ruinas do edificio poderão ser aproveitadas na construcção de casas para as aulas de instruc- ção primaria, e para as repartições publicas, ou em obras de vantagem municipal. § 1.° A igreja será conservada e reparada pela camara municipal. I 2.° Na cerca se construirá o cemiterio concelhio, e reverterá para a fazenda no caso de se lhe dar di- versa applicação. Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrario. Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteiramente como ríeíla se contém. O ministro e secretario d'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e correr. Dada no paço da Ajuda, em 1 de julho d e 1867. =  E L -R  com rubrica e guarda.  = Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello. =  Logar do sêllo grande das armas reaes. Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes de 18 de junho ultimo, que auctorisa o governo a conceder á camara municipal de Villa Viçosa o edificio em ruinas, a igreja e a cerca do extincto convento de S. Paulo da quella villa, manda cum prir e guardar o mesm o decreto como ríelle se contém, pela fórma retr ò dec lara da.— Par a Yossa Magestade ver.  =José Luiz Vieira de Sá Júnior a fez. D. (le L, n.° 149, dc 8 do julh o. MINISTERIO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS  E  DE JUSTIÇA ó DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS DE JUSTIÇA 2.* REPARTIÇÃO om  Luiz, por  graça  de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos subditos, que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte: Artigo 1.° É approvada a reforma penal e de prisões, que vae junta a esta lei, e que ríella faz parte. Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario. Mandámos portanto a todas as auctoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei perten- cer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteiramente como ríella se contém. O ministro e secretario d'estado dos negocios ecclesiasticos e de justiça a faça imprimir, publicar e cor- rer. Dada no paço da Ajuda, em 1 de julho de 1867. = E L -R EI , com rubrica e guarda. —Augusto Cesar Bar jona de Freitas. —  Logar do sêllo grande das armas reaes. Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes de 26 de junho proximo preterito, que approva a reforma penal e de prisões, a qual faz parte d'esta lei, manda cumprir e guardar o mesmo decreto pela fórma acima declarada.—Para Vossa Magestade ver .=Joaquim Pedro de Sea bra Júnior  a fez. Reforma penal  e  de prisões que faz parte da presente lei dc  i  de jullio de 1867 TITULO I Da abolição da pena de morte e de trabalhos publicos, e da substituição de uma e outra d'estas pena nos crimes civis Artigo 1 F i c a abolida a pena de morte. Art. 2.° F ica tambem abolida a pena de trabalhos publicos. Art. 3.° Aos crimes a que pelo codigo penal era applicavel a pena de morte, será applicada a pena de prisão cellular perpetua. 69

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1 de julho 1 8 6 7 2 6 9

Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossossubditos , que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:

Art igo 1.° É auctorisada a verba de 2:o8i#000 réis , alem da despeza prevista no orçamento do estado,para o serviço, pol icia e conservação do edificio da camara dos dignos pares .

Art . 2 .° Fica revogada, para este effei to somente, a legis lação em contrario.Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer,

que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como ríel la se contém.O ministro e secretario d 'e stado dos negocios da fazenda a faça imprimir, publicar e correr. Dada no paço

da Ajuda , em 1 de ju lho de l867 . = E L -R Er , com rubr i ca e gua rda . =A nto nio Maria de Fontes Pereira deMello.=Logar do sêl lo grande das armas reaes.

Carta de lei pela qual Yossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes de 25 de junhoult imo, que auctorisa a verba de 2:584$000 réis alem da despeza prevista no orçamento do estado para o ser-viço, pol icia e conservação do edificio da camara dos dignos pares , manda cum prir e guardar o mesm o d e-creto como ríelle se contém, pela fórma supra d ecl ara da.— Par a Vossa Magestade ve r. =Manuel Anton ioRoberto dos Santos a fez. D . d e l . n . ° 149, de 8 d o j u i h o .

Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossos

subditos que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:1 Artigo 1.° É concedido á camara municipal de Villa Viçosa o edificio em ruinas, a igreja e a cerca do ex-t incto convento de S. Paulo.

Art . 2 .° As ruinas do edificio poderão ser aprovei tadas na construcção de casas para as aulas de instruc-ção primaria, e para as repart ições publicas , ou em obras de vantagem municipal .

§ 1.° A igreja será conservada e reparada pela camara municipal .I 2.° Na cerca se construirá o cemiterio concelhio, e reverterá para a fazenda no caso de se lhe dar di-

versa applicação.Art . 3 .° Fica revogada a legis lação em contrario.Mandámos portanto a todas as auctoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer,

que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteiramente como ríeí la se contém.O ministro e secretario d 'estado dos negocios da fazenda a faça imprimir, p ublicar e correr. Dada no paço

da Ajuda, em 1 de julho d e 1867. = EL-REI, com rubrica e guarda. = Antonio Maria de Fontes Pereira deMello. = Logar do sêl lo grande das armas reaes.

Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes de 18 de junhoultimo, que auctorisa o governo a conceder á camara municipal de Villa Viçosa o edificio em ruinas, a igreja ea cerca do ext incto convento de S. Paulo da quel la vi l la, manda cum prir e guard ar o mesm o decreto comoríelle se contém, pela fórma retr ò dec lara da.— Par a Yossa Magestade ver. =José Luiz V ieira de Sá Júniora f e z . D . ( l e L , n . ° 1 4 9 , d c 8 d o j u l h o .

M I N I S T E R I O D O S N E G O C I O S E C C L E S I A S T IC O S E D E J U S T I Ç Aó

D I R E C Ç Ã O G E R A L D O S N E G O C I O S D E J U S T I Ç A

2.* REPARTIÇÃO

Dom Luiz, por graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Fazemos saber a todos os nossossubditos , que as côrtes geraes decretaram e nós queremos a lei seguinte:

Art igo 1.° É approvada a reforma penal e de prisões, que vae junta a esta lei , e que ríel la faz parte.Art . 2 .° Fica revogada a legislação em contrario.Mandámos portanto a todas as auctoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei perten-

cer, que a cumpram e guardem e façam cumprir e guardar tão inteiramente como ríel la se contém.O ministro e secretario d 'estado dos negocios ecclesiast icos e de just iça a faça imprimir, publicar e cor-

rer. Dada no paço da Ajuda, em 1 de julho de 1867. = EL-REI, com rubr i ca e guarda .—Augusto Cesar Bar-jona de Freitas. — Logar do sêl lo grande das armas reaes.

Carta de lei pela qual Vossa Magestade, tendo sanccionado o decreto das côrtes geraes de 26 de junhoproximo preteri to, que approva a reforma penal e de prisões, a qual faz parte d 'esta lei , manda cumprir eguardar o mesmo decreto pela fórma acima declarada.—Para Vossa Magestade ver .=Joaquim Pedro de Sea-

bra Júnior a fez.

R e f o r m a p e n a l e d e p r i s õ e s , q u e f a z p a r t e d a p r e s e n t e l e i d c i d e j u l l io d e 1 8 6 7

TITULO IDa abolição da pena de morte e de t rabalhos publicos, e da subst i tuição de uma e outra d 'estas pena

nos crimes civis

Ar t igo 1 F i c a abo lida a pena de mor t e .Art . 2 .° F ica tambem abolida a pena de t rabalhos publicos.Art . 3 .° Aos crimes a que pelo codigo penal era applicavel a pena de morte, será applicada a pena de

prisão cel lular perpetua.69

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2 7 0 1 8 6 7 26 de junho

Art . .4.° Aos crimes a que pelo mesm o codigo era applicavel a pena de trabalho s pub licos p erpe tuo s seráigualm ente applicada a pena de oito annos de prisão maio r cellular, seguida d e degredo em Africa por temp ode doze annos.

| unico. O governo distribuirá por classes, em regulam ento esp ecial, as differentes posses sões em q ueha de ser cumprida a ultima das referidas penas, devendo na sentença condem natoria declarar-se tão somen tea classe para o indicado íim.

Art . 5.° Aos crimes a que pela legislação anterio r era applicavel a pena de trabalhos publicos tem porá -rios será applicada a pena de prisão maior cellular por tres annos, seg uida de degred o em Africa por temp ode tres até dez annos, nos termos do | unico do artigo antecedente.

TITULO II

Das penas de pr isão maior e de degredo, e da appl icação das mesmas penas

Art. 6.° A pena de prisão mai or perpetu a fica abolida.

Art. 7.° Aos crimes a que pelo codigo penal era applicavel a pena de prisão maior perp etua será appli-cada a pena de prisão maior cellular por seis annos, seguida de clez de degredo , nos termo s do § unico do ar-tigo 4.° _

Art. 8.° Aos crimes a que pelo codigo penal era applicavel a pena de prisão m aior tem poraria, será applicada

a pena de dois a oito annos de prisão maior cellular.§ unico. A mesma pena será applicada aos crimes a qu e pelo dito codigo era applicavel a pena de de-

gredo temporár io .

Art. 9.° Aos crimes a que pelo codigo penal era applicavel a pena de degredo pe rpet uo, será applicadaa de deg redo por oito annos, precedida da pena de prisão maior cellular por q uatro .

Ar t . 10.° A pena de degredo, imposta nos termos do artigo anterior, é applicavel o que se acha determi-nado no § unico do artigo 4.°

TITULO II

Da appl icação das penas de pr isão maior ce l lula r e de degredo, nos casos em que concor re remc i r c um s ta nc i a s a gg r a va n te s ou a t t e nua n te s

Art. 11 .° Se nos casos em cjue forem applicaveis as penas de que tratam os artigos 4.°, 7.° e 9.° concor-rerem circumstancias aggravantes ou attenuantes, nos termos dos artigos 77.° e 80.° do codigo penal, a ag-gravação ou attenuação só terá logar quanto á duração da prisão maior ce llular, que pod erá ser augmen tadacom mais dois ou reduz ida a menos dois annos.

Art. 12.° Se nos crim es a que pelo artigo 5.° é applicavel a pena de pris ão maior cellular po r tres an-nos, seguida de degredo por tempo de tres até dez annos, concorrerem as circumstancias aggravantes ou at-tenu antes ind icadas no artigo antecedente, a pena de prisão maior cellular será, no primeiro caso, agg ravadaquanto á duração , que não pod erá comtu do ser augmentada com mais de ou tro anno, e no segund o caso at-

tenuada tambem quanto á duração, que todavia não poderá se r reduz ida a menos de dois annos.Art. 13.° A pena estabelecida no artigo 8.° e § unico será aggravad a e attenua da dentro do máximo em in im o .

§ unico. Poderã o todavia os juizes, consid erando o num ero e importancia das circum stancias attenu an-tes , r eduz ir a um anno a menc ionada pena .

Art. 14.° No caso de reincidência, nos termo s do artigo 85.° do codigo penal, se a pena corresp ond entefor qua lquer das de pr isão seguida de degredo, se rá aggravada , sof f rendo o condemnado metade do tempode degredo em pr isão no logar d 'es te .

Art. 1 5.° Se a pena applicavel for de prisão maior cellular de dois a oito annos, pela prime ira reincid ên-cia a condemnação nunca descerá abaixo de dois terços da pena, e pela segund a será necessariam ente appli-cado o máximo da mesma.

Ar t . 16.° No caso de c r ime f rustrado observar - se -hão as seguintes regras:Se a pena applicavel, s upp ond o-se consum mado o crime, fosse a do artigo 3.°, será applicada a do ar-

tigo 4.°

Se a do artigo 4.°, a do artigo 7.°Se a do artigo 7.°, a do artigo 9.°Se a do artigo 9.°, a do artigo 5.°Se a do artigo 5.°, será applicada a mesma pena, variando o degredo entre tres e seis annos.Se a do artigo 8.° e §, será applicada a mesma, nunca excedente a quatro annos.Art. 17.°Aos auctores de tentativa será applicada a mesma pena que caberia aos auctores do crime frus-

trado , se n'elle tivessem intervindo circumstancias att enua ntes.

Art. 18.° A pena dos cúmplices de crime consumm ado será a mesm a que caberia aos auctores do crim ef r us t r a do .

A dos cúmplices de crime frustrado a mesma que caberia aos auctores da tentativa d'esse crime.A dos cúmplices de tentativa a mesma que, red uzida ao minimo, caberia aos auctores daq uell a.Art. 19 .° No caso de accumulação de infracções applicar-se-ha a pena mais grave, a ggravando -se segundo

as regras geraes, em attenção á accumulação dos "crimes.§ unico. A pena de prisão maior cellular perpetu a não é susceptível de aggravação .Art. 20.° A pena de prisão maior cellular será cumprid a com absoluta e completa separação de dia e

de noite en tre os condemnados, sem communicação de especie alguma e ntre elles, e com trabalho obriga toriona cella para todos os que não forem comp etentem ente declarados incapazes de trabalh ar, e m attenção á suaidade ou estado de doença.

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í de julho 1867 2 7 1

Art. 21.° Os presos terão todas as necessarias e devidas communicações com os empregados da cadeia,e pode rão alem d'isso s er visitados por seu s parentes e amigos, me mb ros de associações e outra s pessoasdedicadas á sua instrucção mora e lisação, sempre p orém de modo e com taes cautelas e restricções, que essasvisitas concorram p ara apressar e consolidar a sua reforma mo ral, e nunca para mais os corro mp er, tudo nafórma que for es tabe lec ida nos respec t ivos regulamentos .

| unico. A visita de pesso as qu e não forem os empregad os de cada um a d'estas prisões, ou as pessoa sencarreg adas,d a instrucção e moralisação dos conde mnad os, só será permitt ida como excepção e principal-mente como premio do bom compor tamento dos presos .

Art. 22.° Os pres os terão, quanto possivel, exercicios quotid ianos ao ar livre nos pateos ou depen den-cias da cadeia, mas comtanto que entre elles não haja com municação algu ma nem possam recipro camen teconhecer - se .

Art. 23 .° O prod ucto do trabalho de cada pres o será dividido em quatro partes iguaes, uma para o estado,outra para a indemnisação, a haver logar, da parte offendida, outra para soccorro da mulher e f ilhos dopreso se o prec isa rem, e a quar ta , f ina lmente , pa ra um fundo de rese rva que lhe será entregue quando forposto em l iberdade .

| un ico. Quando o preso não tiver nem mulher nem filhos, ou nem aquella nem estes precisare m, nemhou ver logar a indemnisação, ou o conde mnad o tiver bens po r onde a mesma possa ser satisfeita, a partereservada a qualquer d'estas applicações pertencerá ao estado.

Art. 24.° Os presos qu e não soub erem algum a arte ou officio, recebe rão na cadeia a instrucção ne-cessaria e relativa ao trabalho e preparação dos meios de existencia honesta depois da soltura, tendo emconta a sua posição social anterior ao crime.

§ unico. E nsinar-se-ha lambem a instrucção primaria áqu elles q ue a não soub erem, e se for possivel asnoções scientif icas mais nece ssarias e uteis ao uso do seu officio ou profiss ão.

Art. 25.° Todos os pres os receberão na cadeia a necessaria educação e instrucção m oral e religiosa, queincum birá aos capellães e profe ssore s respectivo s, c ás pessoas caridosa s dedicadas a essa missão de bene-ficencia.

Art. 26.° As disposições especiaes sobre a separação, o trabalho, o descanso, a instrucção tanto pro -fissional como intellectrral, m oral e religiosa, e a alimentação dos presos, e sob re a salubrida de, limpeza eaceio das prisões, serão estabelecidas e desenvolvidas nos regulam entos do governo, e bem assim nos mes-mos regulamentos se rão de te rminados os premios e as penas disc ipl inares dos sobredi tos preso s .

| unico. Nunca serão empregad os como penas disciplinares os açoites, algemas, privações do indispen-savel alimento e toda e qualquer especie de tort ura.

Art. 27.° A pena de prisão m aior cellular será cu mprid a em cadeias geraes penitenciaria s construídaspara esse fim.

TITULO VI

Das cade ias peni tenc ia r ias

Art. 28.° Haverá no reino tres cadeias geraes penitenciarias , uma no districto da relação de Lisboa e ou-tra no da relação do Porto , para condem nados do sexo masculino, e a terceira, qu e será tamb em no districtod 'es ta ul t ima re lação, para condemnado s do sexo feminino.

§ unico. Estas cadeias serão edificadas em logar apropriado fóra d'aquellas duas cidades, e até quanto sejapossivel de qualquer outra povoação.

Art. 29.° Cada um dos primeiro s dois estabelecim entos terá quinh entas cellas, e o terceiro duze ntas,para outro s tantos con demna dos definitivamente á pena de prisão m aior cellular, alem de um a capella paraa celebração dos actos religiosos, dos aposentos necessarios para os respectivos emp regad os, de casas paraescripturação, archivo, botica, banhos e provisões, e de terrenos adjacentes convenientemente dispostos parapasseio e exercicio dos presos.

| unico. Cada um d est es t res estabelecimentos será cercado por um muro de altura sufficiente paralhes dar segurança e impedir a vista de peneirar da parte exterior no pateo e mais dependencias da prisão.

Art. 30.° Toda a despeza extraordinaria da construcção d'estas cadeias como a ordinaria do seu cus-teamento annual, f icam a cargo do estado.

Art. 31.° No orçamen to do m inisterio cios negocios ecclesiasticos e de justiça ir-se-hão successivam enteconsignando em cada um dos futuros annos economicos, e em harmonia com as c i rcumstanc ias do thesouro,as verbas necessarias para a execução dos artigos 28 .° e 29.° d'esta lei, f icando o governo obrigado a darannualmente conta ás côrtes do estado das obras e das sommas n'ellas despendidas.

TITULO VII

Dos empregados nas cade ias peni tenc ia r ias

Art. 32 .° O quad ro dos emp rega dos das cadeias penitenciarias, g eraes, dis tr ictaes e comarcãs será fixadopor lei especial.

TITULO VIII

Da pr isão cor recc iona l e da appl icação e execução da mesma pena

_ Art. 33.° A pena de prisão correccio nal continuará a sei ' applicada aos crimes a que é applicavel pelocodigo penal, mas não poderá exceder a dois annos.

I unico. A pena de prisão maio r cellular de dois a oito annos será considerad a immediatam ente supe-rior á de prisão correccional nos casos em que a lei decretar sem m ais declaração a pena imm ediatamen te su-per ior ou infe r ior .

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2 7 2 1 8 6 7

I ile julhoArt . 34.° O condemnado defini t ivamente á pena de prisão correccional será encerrado em um quarto ou

cel la, com absoluta e completa separação de quaesquer outros presos, com os quaes não poderá ter commu-nicação alguma.

"§ 1.° É applicavel ao cumprimento d 'esta pena o que fica determinado nos art igos 21.° e 22.° da pre-sente lei .

§ 2.° Para os condemnados porém defini t ivamente á pena dè prisão correccional , a vis i ta de parentese amigos será pelos regulamentos auctorisada como regra nos casos epelo modo nos mesmos indicados, esó poderá ser prohibida em cast igo do mau comportam ento do preso na cadeia, ou por outro justo funda-m e n t o .

Art . 35.° A pena de prisão correccional não obriga a t rabalho o preso que, alem da quantia devida peloquarto ou cel la respect iva, pagar tamb em a despeza fei ta na cadeia com a sua sustentação, ou que se susten-tar á sua custa.

i unico. P ara tal preso o t rabalho é m erame nte facul tativo, mas dar-se-lhe-ha logoque o pedir, e parael le será o producto do mesmo trabalho.

Art. 36 .° Para o pre so qu e não estiver no caso" do artigo anteced ente, é obriga torio o trabalho, e o seuproducto será dividido em duas partes iguaes, uma para as despezas da cadeia e outra para o preso.

Art . 37 .° O trabalho, qu er facul tat ivo, quer obrigatorio, será sempr e na própria cel la ou quarto, e nuncaem commum com os ou t ros p resos .

Art . 38.° É applicavel aos presos condemnados á pena de prisão correccional o que para os conde-mnados á de prisão maior cel lular se determina nos art igos 25.° e 26.° da presente lei .

Art . 39.° E igu almente applicavel aos presos conde mnados a mais de um anno de prisão correccionalo qu e no art igo 24.° da mesma lei se applica aos condemna dos a prisão m aior cel lular.

Art . 40.° A pena de prisão correccional por mais cie t res mezes será cumprida em cadeias dis trictaes[construídas de novo, ou adaptadas para esse fim.

TITULO IXDas cadeias d i s t r i c t aes

Art . 41.° Haverá em cada dis tricto do reino e i lhas adjacentes uma cadeia chamada dis trictal para o fimindicado no art igo antecedente.

§ unico. Estas cadeias , nos dis trictos em que as actuaes se não podérem adapta r com vantagem ao syste-ma de separação, serão edificadas em logar apropriado fóra da capi tal do dis tricto, mas nas suas proximida-des se for possivel .

Art . 42.° Cada uma d as referida s cadeias terá uma capel la para a celebração dos actos rel igiosos, os apo-sentos necessarios para os empregados respect ivos, casas para escripturação, archivo, banhos e provisões, eos terrenos adjacentes convenientemente dispostos para passeio e exercicio dos presos.

Art . 43.° Em cada uma das cadeias dis trictaes haverá o numero de cel las que se mostrar sulficiente,

segundo o movimento dos presos condemnados nos ul t imos t res annos a prisão correccional de mais de t resm e z e s .

§ unico. Do mesmo modo se calculará o numero de cel las que em cada uma das di tas cadeias se devereservar para os presos do sexo feminino, não podendo tal numero ser inferior á oi tava parte da total idade dasmesmas cel las .

Art . 44.° A parte da cadeia para os presos do sexo feminino estará absolutamente separada do resto damesma cadeia, não havendo communicação alguma interior.

• Art . 45.° A capel la terá uma parte dis t incta para os preso s clo referido sexo.Art . 46.° As cadeias dis trictaes , nos dis trictos em que as actualmente exis tentes não podérem accommo-

dar-se ao systema de separação e prisão individual , serão construídas de novo á custa dos respect ivos dis-t rictos .

11 .° Na despeza da construcção considera-se incluida a da acquisição do terreno necessário para el la.§ 2.° Nos dis trictos em que as cadeias actuaes se podérem accommodar vantajosamente ao sobredi to sys-

tema, a despeza com as obras necessarias para esse fim será tambem fei ta pelos mesmos dis trictos .Art . 47 .° As obras, tanto para a nova construcção cfestas cadeias , como para as accomm odar ao mencio-

nado systema, não poderão começar sem que o plano respect ivo e o numero de cel las que devem ter seja ap-provado pelo ministerio dos negocios ecclesiast icos e de just iça.

Art . 48.° Alem da despeza extraordinaria de que t rata o art igo 46.° fica tambem a cargo dos dis trictosa despeza ordinaria das respect ivas cadeias , a qual comp rehend e:

1.° Reparações do edificio:2.° Sustentação, vestuario e curat ivo dos presos;3.° Mobil ia e utensi l ios , instrumentos e materias primas para o t rabalho dos presos;4.° Vencimento de todos os empregados superiores e subal ternos da cadeia.Art . 49.° A recei ta das cadeias dis trictaes será composta: .1 .° Das quantias pagas pelos presos, nos termos clo art igo 35.°;2.° Da metade clo producto clo t rabalho dos presos, nos termos do art igo 36.°;3.° Do producto de quaesque r donat ivos ou quantias que, em virtude de disposição testamentaria ou inter

vivos, forem dadas para esse fim;4.° Do producto da venda das cadeias actuaes, em harmonia com o que se acha disposto no art igo 62.°;5.° De uma contribuição paga pelo dis tricto para preenc her o que fal tar.§ unico. Esta contribuição será votada annualmente pelas juntas geraes dos dis trictos , e cobrada con-

juncta men te com os impostos geraes do estado, sob a denominação de imposto p ara a cadeia dis trictal e

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1 de ju lho 1867 2 7 3

locro arrecadada nos cofres geraes dos dis trictos , ficando al i á ordem das respect ivas commissões administra-tivas.

TITULO X

Da admin i s t ração das cadeias d i s t r i c t aes

Art.. 50.° Em cada uma das capitaes dos districtos do reino e ilhas adjacentes é creada uma commissãoadministradora da cadeia dis trictal .

| unico. Esta commissão será composta:•1.° Do governador c ivi l do dist r ic to, que será o presidente;2.° Do presidente da camara municipal ;3 . ° Do p rove dor da mi se r i c ord i a ;4.° Do parocho da freguezia mais populosa da capi tal do dis tricto;5.° Do medico de part ido da camara, e em Lisboa, Porto, Coimbra e Funchal de um medicoelei to pela

faculd ade ou pela respec tiva escola me dico-c irurgic a; . _.„6." De tres cidadãos nomeados de dois em dois annos pela camara municipal de entre os quarenta maio-

res contribuintes .Art . ÍH.° Á commissão administradora cla cadeia dis trictal incumbe:

* 1." Propor ao governo, depois de haver obt ido os esclarecimentos e informações necessarias , na confor-midade do art igo 43.°, qual o numero de cel las que deve ter a cadeia dis trictal ;2.° Promover o estabelecimento da nova cadeia, escolhendo, em harmonia com o que fica disposto no

| unico do artigo 41.°, o local mais proprio para esse fim, se a cadeia actual não se podér accommodar comvantagem ao systema de prisão individual e de separação entre os presos;

3.° Promover, em logar do estabelecimento da nova cadeia, que a já exis tente seja accommodada do m odomais cabal , e com a maior promptidão possivel áquel le systema, se tal accommodação se podér real isar comvan tagem;

4.° Presidir á construcção d os edificios , que devem ser fei tos segundo o plano apresentad o pela com-missão e approvado pelo governo;

5.° Zelar o custo clo terreno, dos materiaes e da mão de obra, attendendo á solidez do edificio e á maisp ruden te economia;

6.° Administrar os fundos pertencentes á cadeia;7.° Pagar os vencimentos ao director e mais empregados superiores e subal ternos da mesma;8.° Subministrar os mantimentos e utensí l ios , vestuario e mais objectos necessarios , e, de accordo com

o director, as materias primas para t rabalho dos presos.9.° Procurar t rabalho para os presos e prom over a melhor venda dos productos d 'esse t rab alho;10.° Fiscal isar a economia interna da cadeia em todos os seus ramos, inform ando de tudo a auctoridade

competen te ;'1 1P ro m ov e r a inst i tuição de associações de protecção para os individuos que acabarem de cumprir

a pena;12.° Pro por ao governo as reform as e providencias que julgar necessarias ou convenientes para o me-

lhor desempenho das suas at t ribuições.| unico. As funcções d 'esta commissão são gratui tas .Art . 52.° A pena de prisão correccional até t res mezes será cum prida nas cadeias comarcãs, c onstruídas

de novo ou adaptadas para esse fim.

TITULO XI

Das cadeias comarcãs

Haverá na cabeça de cada comarca uma cadeia para o fim indicado no art igo antecedente.| 1.° A despeza nec essaria para a ccom moda r a cadeia já existente ao systema de prisão individual e de

separação entre os presos, ou para construir outra de novo accommodada a esse systema, será fei ta á custados concelhos de que se compozer a respect iva comarca.

§ 2.° Poderá por del iberação das juntas geraes respect ivas dispensar-se a construcção de cadeia especialnas comarcas que forem tambem capitaes de dis tricto, devendo ríeste caso os réus da comarca cumprir a penanas cadeias dis trictaes , para cuja despeza extraordinaria e ordinaria contribuirão os concelhos que const i tui-rem a s menc ionadas com arcas, na proporç ão do num ero de cellas que ríaquellas cade ias lhes for especial-mente dest inado.

Art. 54.° O calculo e design ação definitiva clo num ero de cellas que deve ter cad a uma das cadeiascomarcãs regular-se-ha pelo que, na parte applicavel, se acha disposto nos artigos 43.°, 51.° e n.° 1.° comrespeito ás cadeias districtaes e artigo 58.°

§ 1.° Haverá em todas as cadeias comarcãs, que tiverem mais de trinta cellas, uma capella para cele-bração dos actos religiosos.

1 2.° Nas que t iverem menor num ero de cel las deverá igualmente have-la se mpre que a sua construcção esustentação se não tornem excessivamente onerosas em at tenção aos poucos recursos dos respect ivos con-celhos.

Art. 55.° A despeza ord inaria da s cadeias comarcãs será feita á custa dos respectivo s municipios, e é-lheapplicavel o que com respeito á das cadeias districtaes fica determinado no artigo 48.° d'esta lei.

i unico. O que se acha disposto nos quatro primeiros núm eros clo art igo 49.° é lambem applicavel á re-cei ta das cadeias com arcãs, sendo o que fal tar preenchido po r uma contribuição paga p elos concelhos que com-

, pozerem a comarca.69

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Art. 56.° É extensivo ás cadeias comarcas o que fica disposto para as dis trictaes nos art igos 43.°, 44.°e 45.°

Art . 57.° Na capi tal de cada comarca é creada uma commissão administradora da cadeia comarcã.| 1 .° Esta commissão será composta:•1.° Do presidente da camara municipal , que será o presidente da commissão;2.° Do administrador do concelho;3.° Do provedor da misericordia, havendo-a ;4.° Do parocho da freguezia mais populosa da cabeça do concelho;5.° Do medico do part ido da cam ara, ou nãò o tendo esta de outro medico que a mesma camara nom ear,

residente na cabeça do concelho;G.° De dois cidadãos nomeados de dois em dois annos pela camara municipal de entre os quarenta maio-

res contribuintes .§ 2.° Nas capi taes de comarca que forem tambem capitaes de dis tricto, em logar do presidente da ca-

mafâ sârá ò 'vice-presidente que fará parte da commissão e a presidirá; em logar do provedor da misericordiaserá nomeado pela camara mais um cidadão d 'entre os quarenta maiores contribuintes; e em logar do paro-cho dá fregueziaíaais populosa fará parte da commissão o parocho da que for segunda em população.

§ 3.° Nas comarcas de Lisboa e Po rto fará parte da commissão só o administrador do bairro mais po-pu loso .

Ar t . S8 .q É extensivo ás commissões administradoras das cadeias comarcãs, em tudo que lhes for. appli-cavel, o que fica disposto no artigo 51. 0 para as commissões administradoras das cadeias dis trictaes .

TITULO XIII

Da pr i são p reven t iva; Art. 59.° A prisão preventiva, que r seja retenção de réu s indiciados, q uer seja de sentenciados, mas não

defini t ivamente, será tambem nas cadeias comarcãs, e com absoluta e completa separação entre os presos.§ 1.° É applicavel a estes presos o disposto no | 2 .° do art igo 3i .°, excepto quando,outra cousa for or-

denada pelo juiz competente antes da sentença condemnatoria.| 2 .° Esta prisão não obriga a t rabalho, m as se o preso o pedir, ser-lhe-ha p romp tamen te faci l i tado, o

para el le será todo o producto do seu t rabalho.TITULO XIV

Da inspecção e governo das cadeias

Art . 60.° A inspecção e governo de todas as cadeias pertence ao ministerio dos negocios ecclesiast icos ede jus ti ça , aqué m compete :

1.° Approvar os planos para a edificação e reparação de qualquer cadeia, ou para a sua apropriação aosystema de prisão individual- e de separação entre os presos, bem como designar defini t ivamente qual o nu-

mero de cel las que deve ter cada uma das cadeias dis trictaes e comarcãs.2.° Decretar todos os regulamentos necessarios para a execução da presente lei , e modifica-los ou sub-st i tui-los quando for necessário.

TITULO XV

Disposições geraes

Art . 6 1 F i c a auctorisado o governo a vender com as solemnidades legaes os edificios das cadeias quèforem do estado, logoque se tenham construido as cadeias peni tenciarias .

Art . 62.° Ficam igualmente auctorisados os dis trictos e concelhos a vender do mesmo modo os edificiosdas cadeias que forem da propr iedade dos mesm os dis trictos ou concelhos, e que se não t iverem podido accom-modar ao novo systema de prisão, logoque se tenham construido as novas cadeias dis trictaes e comarcãs, naconformidade d 'esta lei .

, Art . Nas cabeças dos concelhos, que não forem séde da comarca, haverá uma cadeia de s imples de-ténção pol icial è t ransi to de presos. Estas cadeias serão as actualmente exis tentes ou outras dest inadas para omesmo fim pelgs camaras municipaes respect ivas, ás quaes incumbe a despeza com as mencionadas cadeias .

, TITULO XVI

Disposições t rans i tó r i a s

Art . 64.° Depois da publicação da presente lei , e emquanto não for competentemente declarado em in-teira execução o systema de prisão cel lular n 'el la estabelecido, serão applicadas aos réus nas respect ivas sen-tenças condem natorias as penas estabelecidas na mesma lei ; mas nas di tas sentenças serão tambem conde-mnados em al ternat iva os mesmos réus nas penas que pelo codigo penal forem applicaveis a esses crimes.

§ unico. Quando ao crime corresp onder a pena de mo rte pelo codigo penal , nunca esta será impo sta,mas a do art igo 3.° d 'esta lei , e na al ternat iva a de t rabalhos publicos perpetuos.

Paço, em 1 de julho de 1 8 6 7 . — Augusto Cesar Barjona de Freitas. d . de l . n. ° 153, de 13 d » j u i h o .