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Reforma do IRC 2013 ELIMINAÇÃO DA DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA MIGUEL PIMENTEL – 24 DE SETEMBRO DE 2013 ASSOCIAÇÃO FISCAL PORTUGUESA - PORTO

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Reforma do IRC 2013ELIMINAÇÃO DA DUPLA TRIBUTAÇÃO ECONÓMICA

MIGUEL PIMENTEL – 24 DE SETEMBRO DE 2013

ASSOCIAÇÃO FISCAL PORTUGUESA - PORTO

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Um novo léxico...Participation exemption

Dupla tributação económica internacional

Dupla tributação

Switch-over clause

Crédito de Imposto Indirecto

Princípio da territorialidadeNeutralidade

Importacão de capital

Detenção de capital

Anti-mismatch rule

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Uma preocupação unânime…

Portugal será dos poucos países da OCDE que, regra-geral, não elimina a dupla tributação económica internacional; por outras palavras…

… os lucros dos empresários portugueses gerados no estrangeiro sao tributados duas vezes!

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Ilustração do problema (i)Projeto de investimento na ChinaLucro gerado: 100Taxa de imposto na China: 25%Retenção na fonte sobre dividendos: 10%A totalidade dos lucros são distribuídos

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Ilustração do problema (ii)PT Espanha, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Áustria …

Tributação China = 100X25% + 75X10% = 32,5

Tributação Portugal = 75 X 31,5 % - 7,5 = 16,125

Tributação total = 48,63

Tributação China = 100X25% + 75X10% = 32,5

Tributação Estado do Investidor = 0

Tributação total = 32,5

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Ilustracao do problema (iii)PT

PT(SA)

RPC

Mais-valia tributada

SocInv.

RPC

Mais-valia isenta

Espanha, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Áustria …

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Reação ao problema…

I. Hiper-estruturação fiscalII. RedomicialiaçãoIII. Não Investimento

Ineficiência

Perda de Competitividade

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Conclusão e mais unanimidade…Vários fatores condicionam o investimento

mas……Hoje: o fator fiscal prejudica claramente o

retorno do investimento português no estrangeiro

O comentário geral à reforma tem refletido unanimidade em torno do método da isenção

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O que se propõe? (i) Isenção para lucros / reservas distribuídos e mais-valias Base territorial alargada [51.º n.º 1 d); 51.º-C, nº 1] Requisitos – Participação Participação minima 2% capital / direitos de voto [51.º, n.º 1 a) / 51.º-C n.º1] Nos 12 meses anteriores à distribuição / alienação[51.º, n.º 1 b) / 51.º-C n.º1] Requisitos – Participada Sujeita e não isenta [51.º n.º 1 d); 51.º-C, nº 1] imposto previsto na Direitiva M/F ou imposto natureza idêntica / similar IRC (taxa = > 10%) Exclusão dos Paraísos Fiscais (51.º, n.º 1 e) – NB: Nova definição legal! Prova e normas anti-abuso Prova plena v. Prova bastante [51.º - B); 51.º-C, nº 1] CFC & GAAR Anti-missmatch rule (51.º n.º 10)

Em alternativa(51.º, n.º 2; 51.º-C, n.º 1)

Teste à atividadeTeste ao património

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O que se propõe? (ii) Crédito para eliminação da dupla tributação económica internacional

Opcional quando o método da isenção não se aplica (51.º, n.º 9; 91.º-A, n.º 1) Condições simétricas ao artigo 51.º (2% / 1 ano) (91.º-A, n.º 3) Exclusão dos paraísos fiscais (91.º-A, n.º 4) Mecânica (68.º; 91.º-A, n.º 3)

Resultado da partilha / Liquidação Nova qualificação do resultado positivo (81.º n.º 2, a) e respetivo tratamento fiscal

(81.º, n.º 3 / 51.º-C) Regime de dedutibilidade do resultado negativo (81.º n.º 4) Limitação e norma anti-abuso (81.º n.º 6)

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O que se propõe? (iii) Isenção de lucros dos estabelecimentos estáveis exteriores (54.º-A)

Opção (n.º 1 / n.º 6 / n.º 8 / n.º 10) Conceito de estabelecimento estavel relevante (n.º 2) Requisitos de aplicação EE (n.º 1) Sujeito e não isento imposto previsto na Direitiva M/F ou imposto natureza idêntica / similar IRC (taxa = > 10%) Exclusão absoluta dos Paraísos Fiscais – NB: Nova definição legal!

Preços de transferência / desconsideração de gastos (n.º 3)

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O que se propõe? (iv) Isenção dos lucros dos estabelecimentos estáveis exteriores (54.º-A)

Desconsideração dos lucros para efeitos da isenção (n.º 4) Até ao montante dos prejuízos dos 15 períodos de tributação anteriores Incluindo os lucros decorrentes da alienação ou da afetação a outros fins

Regras aplicáveis à transformação do EE em sociedade (n.º 5) Regras aplicáveis ao retorno ao método do crédito (n.º 9)

Outros ajustamentos Coerência – Ex: retenção na fonte (14.º) / tratamento das menos-valias (45.º n.º 3) Redundância – Ex: SGPS (32.º EBF) e PALOPS (42.º EBF)

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Porque se propõe?I. Porquê o método da isenção?

I. Evidência (Devereux, 2008 / Correia, 2013 / outra)II. Bloco económico em que Portugal se integraIII.Simplicidade (Müller / Voget)

II. Porquê estender também a mais-valias?I. Ainda a dupla tributaçãoII. Neutralidade e efeito de substituição (Correia, 2013)

III.Como se justificam os restantes aspetos do regime?I. Neutralidade fiscal na forma de investimentoII. Consideração de especificidadesIII. Simetria

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Alguns motivos para apoiar a proposta… Proposta anula uma desvantagem estrutural do investimento português no

estrangeiroMenores custos de estruturação e transaçãoPromoção do investimento de Portugal e a partir de Portugal

Alinhamento com as tendências internacionais 27 em 28 Estados-Membros aplicam o método da isenção a dividendos21 em 28 Estados-Membros aplicam o método da isenção a mais-valiasA maioria dos Estados OCDE tem um regime mais favorável que PortugalEsse regime não é um benefício fiscalTrabalhos das organizações internacionais (OCDE, UN, CCCTB)

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…e ainda mais Equilíbrio estrutural

Simplicidade de aplicação e de escrutínioRequisitos de substância equilibrados internacionalmenteDiscriminação positiva dos países que trocam informações com PTNormas anti-abuso adequadas (CFC, CGAA)

Vanguardismo e combate à evasãoEm linha com recomendações mais recentes da CEAntecipação em mais de 1 ano de medidas do action plan do projeto BEPS

(Base Erosion Profit Shifting) da OCDE (Ex: anti-mismatch rule)

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Muito Obrigado!