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Reforma da Previdência PEC 287

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Reforma da PrevidênciaPEC 287

Ab

ran

gên

cia

Aposentadorias

Pensões

Benefícios de Prestação Continuada

Servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada

Trabalhadores urbanos e rurais

Exclui apenas militares:Militares das forças armadas

Policiais militares Bombeiros

A Previdência Social é parteintegrante do conceito deSeguridade Social, nos termos doartigo 194 da Constituição Federal.

...fazendo jus aos recursosprovenientes dos orçamentos daUnião, dos estados, do DistritoFederal e dos municípios, e dascontribuições sociais deempregados e empregadores(art.195 CF)

PRINCÍPIOS BÁSICOS

Financiada por toda a

sociedade!

É e sempre foi superavitária

Regime de Repartição Regime de Capitalização

Quem está trabalhando paga os benefícios dos

aposentados e pensionistas

Cada pessoa forma um fundo em que são

investidos pecúlios, destinados exclusivamente

a aposentadoria

Previdência Social Brasileira = déficit 85 bilhões

Desonerações de Receitas da Seguridade Social = 142 bilhões

Despesas com benefícios previdenciários = 7,4% do PIB

Despesas com assistência (do BPC/LOAS) = 0,7% do PIB

Pagamento de juros = 8,5% do PIB

DESONERAÇÕES

Contrib. p/

Previdência SocialCOFINS CSLL PIS/PASEP

2007 102.673 3,95 n.d. 13.351 2.958 2.377 18.686 0,81

2008 114.755 3,78 n.d. 20.058 4.525 3.732 28.315 1,03

2009 116.098 3,65 17.905 29.418 6.087 5.651 59.061 1,85

2010 113.861 3,60 18.183 33.883 8.333 6.955 67.354 2,02

2011 152.406 3,68 21.156 34.618 5.830 6.542 68.146 1,75

2012 182.410 4,15 24.412 41.376 6.976 8.145 80.909 1,78

2013 225.630 4,66 33.743 46.142 8.788 9.060 97.733 1,97

2014 253.902 4,92 57.012 58.510 9.301 11.639 136.462 2,60

2015 282.437 4,93 62.519 70.538 10.490 14.100 157.647 2,75

2016 271.006 4,33 54.349 64.558 11.171 12.887 142.965 2,29

(*) Dados de 2007 a 2014, Bases Efetivas. Dados de 2015 e 2016, dados estimados, PLOA-projeções.

% do PIB

Desonerações ou Gastos Tributários Federais Em R$ milhões

Fonte: Receita Federal, Ministério da Fazenda. Demonstrativo dos Gastos Tributários. PLOA (projeções) e Relatório de Bases Efetivas. Elaboração própria.

Desonerações de Contribuições Sociais

Desoneração

Total*

% do

PIB*Ano

Total das

Desonerações de

Receitas da

Seguridade Social

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Déficit?

O que é Previdência Social

Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção,

por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e

reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.

Parágrafo único. A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:

a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição;

b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho

do segurado, não inferior ao do salário mínimo;

c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente;

d) preservação do valor real dos benefícios;

e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional.

Aspectos da transição demográfica

Demografia é “filtrada” pelas dimensões econômicas e sociais

Demografia é mais do que só envelhecimento.

Envelhecimento afeta todas as políticas públicas.

O discurso do envelhecimento tem servido de álibi para mudanças das regras previdenciárias, mas não tem justificado mudanças nas políticas de saúde e assistência.

Falta de legitimidade em ambiente de profunda desigualdade.

Aspectos da transição demográfica

O Brasil possuía cerca de 202.768.562 de habitantes em 2014 (estimativa do IBGE)

.Entre 2000 e 2050 ainda deverão ser somados a ela cerca de 54 milhões de pessoas.

O IBGE estima que, em menos de 5 décadas, ter-se-á um idoso para cada três brasileiros, e

que a expectativa de vida passará de 74,8 para 81,2 anos em 2060.

ATUAL PROPOSTA

Tipo de aposentadoriaTempo de contribuição - Fator Previdenciário com alternativa da Regra 85/95 Idade

Idade

Idade mínimaIdade - 60 anos para as mulheres e 65 anos para os homens

65 anos para homens e mulheres, aumentando conforme a expectativa de

vida

Tempo de contribuiçãoTempo de contribuição - 30 anos para as mulheres e 35 anos para os homens mínimo de 25 anosIdade: mínimo de 15 anos

Cálculo da aposentadoria

Tempo de contribuição - Fator: média multiplicada pelo fator previdenciário e Regra 85/95: 100% da média

51% acrescido de 1% por ano de contribuição

Idade - 70% acrescido de 1% por ano de contribuição

Cálculo da média 80% maiores valores de contribuição desde jul/1994todos os valores de contribuição desde

jul/1994Valor mínimo Salário mínimo Salário mínimo

Valor máximo teto do INSS (R$ 5.189,00)teto do INSS (R$ 5.189,00), com a

inclusão dos magistrados, membros do MP e TCU

ATUAL PROPOSTA

Pensão 100% do benefício calculado

mínimo de 50% acrescido de 10% por dependente, com o limite máximo de 100% da aposentadoria, reduzindo ao longo do tempo

pela redução dos dependentes

Valor mínimo é o salário mínimoValor mínimo pode ser inferior ao salário

mínimo

Benefício Assistencial do Idoso

Idade - 65 anos homens e mulheres Idade: 70 anos homens e mulheres

Valor mínimo é o salário mínimoValor mínimo pode ser inferior ao salário

mínimo

Aposentadoria rural55 anos (mulheres) e 60 (homens) precisa comprovar

15 anos de trabalho no campo

passarão a contribuir para o INSS e se aposentam a partir dos 65 anos, com 25 anos de

contribuição

Servidores público Há um regime próprio e separado da previdência Fim das diferenças entre público e privado

Aposentadoria por invalidez

Todas as aposentadorias por incapacidade empregam pagam 100% da média das remunerações

Apenas as configuradas como acidente de trabalho

Aposentadorias especiais

Regra de transiçãoPara os homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos, terão que cumprir pedágio de

mais 50% sobre o tempo de contribuição que falta para adquirir o direito na forma atual.

A demografia da desigualdade•Quanto maior o número de desempregados, maior será o redutor das receitas previdenciárias

•Quanto mais setores econômicos estimulam, contratam, assalariados sem carteira de trabalho eautônomos (no formato que isenta o empregador da contribuição patronal), haverá um ônus para aassistência social.

•Produtores rurais (se pessoa jurídica) pagam contribuição sobre o faturamento, mas são isentos daparte que é exportada. Ou seja, o agronegócio está isento de financiar a seguridade social.

•Os contratados como ‘PJs’ pelas empresas, que normalmente estão nos cargos com os altos salários,deixam se recolher a cota patronal do INSS, e, portanto, burlando o sistema.

•A Instabilidade ocupacional fragiliza, uma vez que o trabalhador, ora é inativo, ora empregado, oraé desempregado, isso faz com que as contas da seguridade piorem em tempos de recessão emelhorarem diante do crescimento econômico.

•A concentração de renda prejudica o sistema, porque boa parte do rendimento (dos mais ricos) nãoé tributada.

• as desonerações que retiram dinheiro do fundo, sem contrapartidas.

MEDIDAS SUGERIDAS PELAS CENTRAIS

Revisão ou fim das desonerações das contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento

das empresas;

Revisão das isenções previdenciárias para entidades filantrópicas (11 bi);

Alienação de imóveis da Previdência Social e de outros patrimônios em desuso, por

meio de leilão;

Fim da aplicação da DRU - Desvinculação de Receitas da União - sobre o orçamento da

Seguridade Social (61 bi);

Criação de Refis para a cobrança dos R$ 236 bilhões de dívidas ativas recuperáveis com a

Previdência Social;

Melhoria da fiscalização da Previdência Social, por meio do aumento do número de fiscais em

atividade e aperfeiçoamento da gestão e dos processos de fiscalização (23 bi);

Revisão das alíquotas de contribuição para a Previdência Social do setor do agronegócio (5,3 bi);

Destinação à Seguridade e/ou à Previdência das receitas fiscais oriundas da regulamentação

dos bingos e jogos de azar, em discussão no Congresso Nacional (15 bi);

Recriação do Ministério da Previdência Social.

Determinantes da capacidade de financiamento de longo prazo do sistema previdenciário

1. Nível de emprego

2. Taxa de participação da população em idade ativa

3. Produtividade do trabalho

4. Patamar dos salários

5. Tributos arrecadados para fins previdenciários

6. Valor real das aposentadorias

7. Idade da aposentadoria

Governos progressistas e

democráticos optam pelo manejo das

variáveis 1,2,3 e 4

http://www.dieese.org.br

[email protected]

Proposta das Centrais Sindicais para a reforma da Previdência Social

Mais informações, acesse no site do DIEESE:

Anelise Manganelli