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REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTO ! A MADEIRA DE MAIS PLANTADA DO MERCADO

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REFLORESTAMENTO DE EUCALIPTO !

A MADEIRA DE MAIS PLANTADA DO MERCADO

Plante Roots Viveiro Ambiental – BR 153 Km 8,5 Ap. de Goiânia – Go – Fone: (62) 3598-0878 2 www.viveiroambiental.com.br

EUCALIPTO

EUCALIPTO – A ÁRVORE MAIS PLANTADA NO MUNDO

O mundo se curva diante da competitividade do setor florestal brasileiro, fruto de nossas condições

climáticas e da tecnologia desenvolvida pelas empresas e instituições de pesquisa do País. Não se trata de

força de expressão. Os números apontam que o segmento é responsável por 3,5% do PIB, US$ 4,8 bilhões

em impostos e US$ 6,1 bilhões em exportações. Para movimentar essa máquina, o setor emprega 4,6

milhões de pessoas, quase 5% da população economicamente ativa do Brasil.

O eucalipto é uma árvore nativa da Austrália, do Timor e da Indonésia, sendo exótico em todas as

outras partes do mundo. Os primeiros plantios datam do início do século XVIII, na Europa, na Ásia e na

África. Já no século XIX, começou a ser plantado em países como Espanha, Índia, Brasil, Argentina e

Portugal.

Os eucaliptos são árvores maravilhosas. Imbatíveis em seu crescimento rápido, são fonte de matéria-

prima para uma série de produtos de primeira necessidade, presentes em todas as casas brasileiras. É uma

importante fonte de energia, suprindo tanto grandes indústrias siderúrgicas na produção de aço de alta

qualidade quanto ao homem do campo que o usa como lenha em seu fogão. Nos últimos anos, o eucalipto

vem adquirindo importância como matéria prima para a construção civil e movelaria, primeiro timidamente em

construções rurais e móveis rústicos, depois como componente de casas móveis sofisticados.

Plantá-lo é uma alternativa excelente de renda para produtores rurais, especialmente onde há

demanda para seus produtos, e ninguém sabe plantar melhor o eucalipto do que alguns brasileiros. Algumas

empresas nacionais conseguem produtividades de 80 m3/ha.ano de madeira.

As principais espécies cultivadas atualmente no Brasil incluem o Eucalyptus grandis, o Eucalyptus

camaldulensis, o Eucalyptus citriodora e o Eucalyptus urophylla, entre outras. Além disso, foram

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desenvolvidos cruzamentos entre as espécies, resultando em híbridos, como é o caso do Eucalyptus

urograndis (E. grandis X E. urophylla).

UTILIDADES DO EUCALIPTO

A madeira de eucalipto tem milhares de usos, o principal é na fabricação do papel e papelão, também

é a matéria prima básica do aglomerado e das placas de fibra tipo Duratex ou Eucatex, as placas de MDF

também são integralmente feitas de madeira de eucalipto. A madeira muito dura e que foi por algum tempo

difícil de lidar, já substituiu o pinho do paraná na fabricação de tábuas e caixotes e vem substituindo com

vantagem a peroba(que hoje está quase extinta) na fabricação de madeiramento para telhados, é também

muito usada na fabricação de cabos para ferramentas tipo pás, enxadas, marretas etc. devido à sua alta

resistência à quebra.

O seu óleo e resina é utilizado em alimentos, medicamentos, produtos de limpeza, tintas e produtos

químicos. O carvão de eucalipto substituiu o de arvores nativas em todas as churrasqueiras do país e

também nas forjarias e fornos siderúrgicos para a produção do aço.

As utilidades são variadas e se dividem assim:

Celulose

o Papéis diversos (impressão, cadernos, revistas)

o Absorvente íntimo

o Papel higiênico

o Guardanapo

o Viscose, tencel (roupas)

o Papel celofane

o Filamento (pneu)

o Acetato (filmes)

o Ésteres (tintas)

o Cápsulas para medicamentos

o Componentes eletrônicos

Óleos essenciais

o Fármacos

o Produtos de higiene

o Produtos de limpeza

Alimentos

o Produtos apícolas

o Mel

o Própolis

Madeira serrada

o Móveis

o Construção Civil

o Brinquedos

Postes e mourões

Laminados, MDF, HDF, chapa de fibra, compensados

Carvão e lenha

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MELHORAMENTO CONVENCIONAL NO EUCALIPTO

Com a evolução da eucaliptocultura no Brasil,

ficou clara a necessidade de desenvolvimento de árvores

mais adaptadas a diferentes solos e condições

climáticas, agregando características de interesse

econômico e social, como aumento de produtividade e

maior capacidade de adaptação, resistência a algumas

doenças e pragas e tolerância a condições de estresse.

Uma das grandes vantagens do eucalipto é a

facilidade que essa planta oferece para a obtenção de

cruzamentos entre diferentes espécies, processo

conhecido como hibridação. Resultante da combinação

entre o Eucalyptus grandis e o Eucalyptus urophylla, o

chamado Eucalyptus urograndis é um dos híbridos de

eucalipto mais conhecidos e usados no Brasil. Essa

mistura reúne as melhores características do E. grandis

(crescimento e qualidade da madeira) e do E. urophylla

(adaptação e resistência a doenças, particularmente ao

fungo causador do cancro do eucalipto).

Além de ter experimentado as vantagens da

hibridação, o setor florestal brasileiro foi igualmente

beneficiado pela possibilidade de propagação vegetativa, ou clonagem, das melhores árvores de eucalipto. A

clonagem de árvores “superiores”, provenientes de cruzamentos, e a utilização em larga escala dessa

tecnologia foram dois dos principais fatores que levaram o Brasil a alcançar reputação mundial na produção

de eucalipto de alta qualidade e de baixo custo. Esse processo trouxe os seguintes benefícios: Aumento da

produtividade total da floresta; Melhor qualidade da madeira (densidade, tipo de fibra, teor de lignina e

celulose) para aplicações industriais; Maior homogeneidade da matéria-prima para a indústria; Melhores

rendimentos de operação (florestais e industriais); Melhor aproveitamento de áreas de valor marginal (menos

produtivas); Melhor planejamento e prognóstico da produção e Redução significativa dos custos de produção

e do impacto ambiental do processo industrial.

SISTEMAS SILVIAGRÍCOLA, SOLVIPASTORIL E AGROSSOLVIPASTORIL

A combinação de árvores com pastagens (sistemas silvipastoris), com pastagens e a inclusão de

culturas agrícolas durante a fase inicial de desenvolvimento das espécies arbóreas (sistemas

agrossilvipastoris) e mesmo a associação de árvores com culturas agrícolas (sistemas silviagrícolas) são de

grande aplicabilidade.

Os reflorestamentos tradicionais de eucalipto são representados por densos maciços florestais,

plantados em espaçamentos regulares e normalmente com uma única espécie. Entretanto, nas propriedades

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rurais, além dessa possibilidade de plantio, as árvores também podem ser plantadas de forma integrada com

as atividades agrícola e pecuária ou, ainda, como prestadoras de serviços como quebra-ventos, cercas vivas,

proteção de animais, sem no entanto esquecer o seu potencial para gerar produtos econômicos. Para que se

tenha sucesso nesse empreendimento, precisa-se considerar o espaçamento da espécie florestal. Nesses

sistemas normalmente são usadas menores densidades de plantio e diferentes arranjos espaciais das

espécies florestais em campo.

Na produção de madeira de alta qualidade, para serraria, é necessário que os espaços entre as

plantas sejam superiores ao normal. Assim, o manejo florestal deve ser baseado em podas freqüentes e

rigorosas, de forma a alcançar um mercado com maiores preços mediante uma mercadoria de maior valor

agregado. Dessa forma, a implantação de povoamentos, assim manejados, é naturalmente uma excelente

alternativa para se integrar as atividades agrícola, florestal e pecuária em um sistema de produção misto.

FONTE DE RENDA NO LUGAR DE SEQUESTRO DE CARBONO

O carbono seqüestrado pela floresta de Mogno Africano está sendo vendido para empresas poluidoras da América do Norte e Europa, ao preço de US$ 20 a US$40.00/tonelada, a exemplo daquilo que é praticado atualmente na bolsa Climática de Chicago (EEUU).

A crescente pressão dos movimentos de preservação ambiental, as exigências por certificação ambiental por parte dos consumidores, o aumento da fiscalização por parte dos países produtores de madeira tropical e o esgotamento das florestas naturais passíveis de exploração comercial, aliadas as condições naturais do Brasil criaram excelentes condições para a implantação de florestas de madeira tropical destinadas aos mercados de madeira de luxo.

No Brasil o processo de comercialização de sequestro de carbono nas bolsas de valores de São Paulo e Rio de Janeiro encontram-se parcialmente regulamentado para entrar em operação, brevemente. Vale lembrar que o Brasil é um país tropical com elevado fotoperíodo anual, possui clima favorável ao cultivo de essências florestais, portanto com elevado potencial para a exploração comercial do seqüestro de carbono. As estimativas para este mercado são otimistas em todo o mundo, podendo movimentar cerca de 55 bilhões de dólares anuais nos próximos anos, sendo que o Brasil tem excelente potencial para responder por parte significativa desse mercado.

PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE A PRODUÇÃO DE EUCALIPTO

O eucalipto provoca a redução da biodiversidade?

Uma das principais preocupações do setor florestal é o equilíbrio ambiental entre áreas de produção

e reservas naturais para a preservação da flora e da fauna. As florestas plantadas são consorciadas com

reservas nativas, somando aproximadamente 3 milhões de hectares preservados. Esse consórcio permite

formar, em muitos casos, verdadeiros corredores ecológicos que promovem a variedade da flora e da fauna,

protegem a qualidade da água e asseguram a sustentabilidade das áreas cultivadas, constituindo-se num

recurso natural e renovável.

Um importante benefício da cultura do eucalipto, além de reduzir a necessidade de desmatamento

das florestas naturais, é colaborar para minimizar o aquecimento global. Isso porque as árvores plantadas

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são mais eficientes que muitas plantas nativas na retirada do gás carbônico (CO2) da atmosfera, o principal

responsável pelo efeito estufa.

As plantações de eucalipto secam o solo?

Comparações entre espécies de eucalipto e outras essências florestais mostram que, no Brasil, as

florestas plantadas consomem menos água que as matas nativas. Tal evidência é bastante consistente e se

baseia em inúmeros resultados experimentais. Em elação a outras culturas agrícolas, a eficiência do

eucalipto no aproveitamento da água garante maior produtividade a seu cultivo.

O consumo de água pelas

florestas plantadas aumenta na

época das chuvas, quando o

volume hídrico no solo é elevado e

suficiente para suprir os

mananciais. Contudo, nos períodos

em que o solo está mais seco, a

perda de água pela transpiração

das árvores diminui

consideravelmente.

A folhagem do eucalipto retém menos água das chuvas do que as árvores das matas tropicais, que

possuem copas mais amplas. Por isso, nas áreas plantadas, um volume pluviométrico maior vai direto para o

solo, ao passo que, na mata tropical nativa, a água retida nas copas evapora.

O eucalipto precisa de muita água para sobreviver?

Estudos científicos recentes têm mostrado que não

há muita diferença entre o consumo de água de diversas

espécies florestais e o eucalipto durante sua fase de

crescimento. Já em comparação com a agricultura, ele

apresenta consumo hídrico parecido com o do café e

inferior ao da cana de açúcar.

Em países com pouca água disponível, como

Espanha, Itália, Israel e Marrocos, grandes extensões vêm

sendo usadas, sem problemas, para o plantio de eucalipto.

Em Israel, aliás, o cultivo dessas espécies por cerca de 20 a

30 anos permitiu que áreas de deserto hoje sejam utilizadas

para a agricultura.

O eucalipto empobrece o solo?

Por ter um ciclo de aproximadamente sete anos, o eucalipto provoca menor perda do solo e o protege por mais tempo que a agricultura, cujos ciclos são anuais. Pesquisas independentes já mostraram os efeitos benéficos do eucalipto sobre diversas propriedades do solo, como estrutura, capacidade de armazenamento de água, drenagem e aeração, entre outras.

Quase tudo que tira do solo, o eucalipto devolve. Após a colheita, cascas, folhas e galhos, que concentram 70% dos nutrientes da árvore, permanecem no local e incorporam-se à terra como matéria orgânica. Além de contribuir para a reposição (ciclagem) de nutrientes, essa espessa camada de resíduo florestal ajuda a controlar a erosão.

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Custo e retorno financeiro de 1 há de Eucalipto

DESCRIÇÃO ANO

1 ANO 2 a 5

ANO 6 a 10

TOTAL

A – Custo de desembolso

1 – Operações mecanizadas 955,00 1.703,00 1.157,00 3.815,00

2 – Insumos: adubos, defensivos e mudas 1.552,00 538,00 0,00 2.090,00

3 – Mão de obra 1.236,00 1.009,00 943,00 3.188,00

4 – Colheita 0,00 1.920,00 1.920,00 3.840,00

5 – Assistência Técnica e Administração 148,00 720,00 583,00 1.451,00

SUB TOTAL – A 3.891,00 5.890,00 4.603,00 14.384,00

B – Custo de oportunidade: terra e capital (10%aa)* 5.972,58 5.972,58

C - Imposto (12%) 3.396,00 3.030,00 6.426,00

CUSTO TOTAL 19.149,58 7.633,00 26.782,58

RECEITA BRUTA 23.140,00 19.188,00 42.328,00

RECEITA LÍQUIDA -3.891,00 3.990,42 11.555,00 15.545,42

Usando-se a tecnologia adequada para plantio e condução florestal, em boas condições de

clima e solo, pode-se obter receita líquida acima de R$ 15.000,00/ha em 10 anos.

Quadro comparativo de Rentabilidade

Produto Produtividade / Há Preço Venda Faturamento

Bruto / Há Rendimento Líquido

Há / Ano

Acácia Mangium 669 m3 - 10 anos R$ 635,00 / m3 R$ 233.881,00 R$ 16.083,89

Mogno Africano 305 m3 - 20 anos R$ 1.491,00 / m3 R$ 521.544,59 R$ 20.579,95

Eucalipto 715 m3 - 10 anos R$ 59,20 / m3 R$ 42.328,00 R$ 1.554,54

Cana 90 T (média) R$ 54,00 / ton R$ 4.860,00 R$ 1.170,00

Soja 50 sc R$ 41,30 / sc R$ 2.065,00 R$ 711,00

Milho 160 sc R$ 23,00 / sc R$ 3.680,00 R$ 667,00