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Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Educação
Reflexão Individual das aprendizagens realizadas na Unidade
Curricular Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Unidade Curricular: Língua Portuguesa e Tecnologias da Informação e Comunicação
Docentes: Helena Camacho e Maria do Rosário Rodrigues
Ano Lectivo: 2009/2010
Curso: Licenciatura em Educação Básica
Ano: 3º ano
Turma: A
Discente:
Inês Graça, 070142065
17 de Janeiro de 2010
As novas tecnologias estão cada vez mais em voga. As mesmas estão representadas em
todos os sectores, quer sejam profissionais, quer sejam educacionais, passando pelas inúmeras
aplicações que têm na vida pessoal de cada cidadão. Hoje em dia falar em TIC é falar num vasto
conjunto de ferramentas que tornam a vida em sociedade mais fácil, permitindo-nos aproximar
de áreas que, até então, eram específicas e que estão, hoje, à disposição de qualquer indivíduo,
assim como nos permite a aproximação do mundo que nos rodeia e que foi em tempos
longínquo, estando hoje á distância de um clique.
Esta emancipação das TIC resultou em sociedades tecnológicas que por sua vez deram
origem a cidadãos tecnológicos, que cada vez dependem mais delas e das suas inúmeras
aplicações, como é o caso dos jovens e do uso e abuso do telemóvel.
Como consequência deste tipo de cidadãos penso que os métodos tradicionais utilizados em
sala de aula deixaram, por si só, de fazer sentido, face às necessidades e hábitos dos jovens.
Assim é necessário criar novos estímulos, que estejam coerentes com os novos estilos de vida
destes jovens, e novos desafios aquando as aprendizagens dos mesmos. No entanto, esta teoria
resulta melhor enquanto teoria, do que enquanto prática, uma vez que esta mudança exige
trabalho e formação, visto muitos professores continuarem presos às suas antigas metodologias
de trabalho, assim como aos seus matérias de dinamização do mesmo. Recorrer às novas
tecnologias, seria sem dúvida, tarefa árdua, uma vez que significa, praticamente, recomeçar do
zero.
Uma das grandes barreiras impostas, em relação ao uso das TIC na sala de aula, é relativa à
formação dada aos professores. Quero com isto dizer, que grande parte, senão a totalização,
das formações dadas em Portugal no domínio das TIC, limitam-se a ensinar os professores a
trabalhar nessas ferramentas sem darem importância ao tipo de materiais, e ao quão pertinentes
serão, para as aprendizagens das crianças e jovens. Denoto que os usos que hoje se fazem das
tecnologias em sala de aula direccionam-se à melhor apresentação dos materiais, em vez de se
dirigirem no sentido de proporcionar à criança novos incentivos e formas de realizarem as suas
aprendizagens. No fundo, e como pudemos abordar nesta UC, usam-se métodos antigos e
tradicionais com novo aspecto.
A meu ver, as utilizações que se fazem das TIC em contexto de aula não são as pretendidas
e objectivadas aquando a implementação e relevância destas ferramentas. Assim é
extremamente urgente que se orientem os profissionais da educação nesta tarefa, que se façam
formações de aplicação das TIC e não de utilização de uma determinada ferramenta.
Na sequência desta problemática existente, foi com muito agrado que recebi esta Unidade
Curricular, pois considero que não possuo as competências necessárias para fazer uma
aplicação correcta, pertinente e adequada das novas tecnologias em sala de aula. As
expectativas em relação à UC eram variadas e grandes, no entanto houve aspectos que
corresponderam e outros não. Em relação ao conhecimento de novos suportes úteis para o
nosso futuro sinto que abri grandes portas às minhas aprendizagens, principalmente na partilha
de ferramentas, tanto nas aulas, como nas imensas trocas que realizamos com o suporte Diigo,
que é sem dúvida alguma, uma mais-valia para qualquer pessoa. Também a realização do
Blogue permitiu realizar inúmeras novas aprendizagens, pois também nele podemos partilhar e
experienciar com outros cibernautas.
Um dos aspectos que considero menos conseguidos segue no sentido da problemática acima
falada, isto é, muitas das vezes senti-me perdida na realização de materiais, pois considero que
o número de horas disponíveis para a prática desta UC é insuficiente, para que consigamos
relacionar a teoria com a prática e criar materiais com a devida pertinência.
Relativamente ao Diigo e ao Blogue, considero que foram de extrema importância na minha
formação, pois “obrigou-nos” a ir mais além e a realizar partilha, o que muitas vezes não
acontece entre as estudantes cujo objectivo é ter melhor nota. O trabalho a pares desenvolvido
foi, igualmente, muito importante e interessante uma vez que pudemos discutir mais vezes as
nossas ideias e partilha-las de forma a conseguir um melhor resultado. Assim, considero que
este trabalho é possível fazer na sala de aula e ir mais além da Língua Portuguesa, pois a sua
realização veicula valores sociais e de vida em sociedade, permitindo assim uma aprendizagem
transversal. Face isto, posso afirmar que além das aprendizagens realizadas tendo em vista o
meu futuro enquanto profissional, pude crescer a nível pessoal, no sentido de fazer mais e
melhor e no sentido de partilhar, pois um profissional não pode estar apenas restrito ás suas
relações com as crianças mas também com todo o corpo docente, com todos os funcionários e
com toda a comunidade que o rodeia. No sentido académico, enriqueceu-nos deveras muitos
dos nossos trabalhos, uma vez que grande parte de nós já utilizou estas aprendizagens aquando
a realização de trabalhos para outras UC’s, assim como para a Carteira de Competências ou até
para actividades fora do âmbito escolar.
Em relação às temáticas abordadas considero que foram muito adequadas àquilo que
pretendia desta UC. Pois é extremamente importante, para mim, ter a noção e conhecimento do
mundo para além daquilo que se houve nas noticias e sem dúvida que esta UC me permitiu este
conhecimento, nomeadamente na área das TIC, os seus benefícios, os seus “males”, entre
outros. O facto de ser obrigada a pesquisar para realizar alguns trabalhos, abriu-me igualmente
muitas portas e permitiu-me inúmeras aprendizagens autónomas face a este tema.
Quase na finalização desta reflexão, permito-me fazer algumas sugestões para o futuro desta
UC, são elas: maior número de horas de contacto na prática, de modo a realizarmos uma
aprendizagem mais profunda de cada tema para poder explorar as ferramentas em todos os
seus domínios, pois muitas vezes apenas tivemos conhecimento da sua existência; apesar de
considerar as temáticas tratadas nas aulas teóricas da UC de extrema importância, penso que
será necessário haver uma maior ligação entre a prática e a teórica de modo a podermos aplicar
conhecimentos aquando a realização de materiais; como futuro trabalho para esta UC penso que
seria deveras interessante se pudéssemos ir para o terreno, de modo a percebermos e
tomarmos consciência daquilo que se faz com as TIC na aula e, quem sabe, também nós
poderíamos realizar alguns materiais, apresentá-los às crianças e ouvir as suas críticas em
relação aos mesmos.
Finalizo a minha reflexão fazendo um balanço muito positivo de todo o trabalho desenvolvido
ao longo da disciplina, pois, apesar de ter exigido muito de nós, permitiu-nos realizar inúmeras
aprendizagens, nos mais variados contextos. E, apesar da minha relutância inicial em relação ás
TIC, dou o braço a torcer, elas são, sem dúvida, uma enorme mais-valia que permite novos
métodos de trabalho e permite proporcionar às crianças um ambiente que desafia à
aprendizagem autónoma.