reflexao 1 carta de joao (1) cap. 1.1-6

5
REFLEXÕES NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO CAPÍTULO 1 (v.1) O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida 1. João nos leva à lembrança os primeiros versículos do evangelho que leva o seu nome como autor: “No princípio era o Verbo” (v.1). Aqui temos a afirmação que o Verbo, conhecido historicamente como Jesus, já estava antes de todas as coisas. 2. O escritor elenca as prerrogativas do apostolado (Atos 1.21-22): “O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam”. 3. “O Verbo da vida”. Nele todas as coisas foram criadas (João 1.3; Col. 1.16). O Verbo que se manifesta em carne, é o mesmo que dá vida e faz com que todas as coisas passem a existir. (v.2) (pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada); 1

Upload: pr-eli-rocha-silva

Post on 25-Jul-2015

177 views

Category:

Education


7 download

TRANSCRIPT

Page 1: Reflexao 1 Carta de Joao (1) Cap. 1.1-6

REFLEXÕES NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

CAPÍTULO 1

(v.1) O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos

olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do

Verbo da vida

1. João nos leva à lembrança os primeiros versículos do evangelho que

leva o seu nome como autor: “No princípio era o Verbo” (v.1). Aqui

temos a afirmação que o Verbo, conhecido historicamente como Jesus,

já estava antes de todas as coisas.

2. O escritor elenca as prerrogativas do apostolado (Atos 1.21-22): “O

que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e

as nossas mãos apalparam”.

3. “O Verbo da vida”. Nele todas as coisas foram criadas (João 1.3; Col.

1.16). O Verbo que se manifesta em carne, é o mesmo que dá vida e faz

com que todas as coisas passem a existir.

(v.2) (pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e

vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi

manifestada);

1. “A vida foi manifestada”. Stott em seu comentário escreve: “O Eterno

penetrou no tempo e foi manifestado aos homens” (pg.52).

2. Tendo vivido bastante (cerca de 100 anos), João passa a testemunhar do

que ele mesmo viu a outro plenário, outra geração, outros novos

discípulos, por volta dos anos ‘85 e 100 d.C’ (NIBB).

3. A proclamação evangélica de João tinha a força do testemunho de quem

esteve com o Verbo manifestado em carne (João viu, sentiu, apalpou e

1

Page 2: Reflexao 1 Carta de Joao (1) Cap. 1.1-6

esteve ao pé da cruz). O centro da sua anunciação era a vida eterna

disponibilizada pelo Pai.

(v.3) sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós

também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e

com seu Filho Jesus Cristo.

1. Os anunciadores precisam ser fiéis quando da transmissão do

evangelho: “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos”. Não

podemos mudar uma vírgula da mensagem evangélica que deve

pregada.

2. O propósito da pregação evangélica: “Para que vós também tenhais

comunhão conosco”. A mensagem evangélica não é exclusivista, mas

inclusivista. A mensagem é para pessoas de todas as épocas; a

mensagem traz para a comunhão aqueles que estavam fora.

3. A comunhão que João propõe aos seus leitores não se reflete apenas em

encontros de confraternização e de mesas abastecidas, que rapidamente

caem no esquecimento, mas de participação nas coisas relacionadas ao

Pai e ao Filho, tais como arrependimento, fé, salvação e posse da vida

eterna.

(v.4) Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo seja completo.

1. As informações anteriores, e as que virão, têm um fim a ser alcançado:

“Para que o nosso (vosso) gozo seja completo”. Não era do feitio de

João escrever como alguém que praticava um hobby, um passatempo,

mas sim, com um fim almejado: a comunicação da vida eterna e a

comunhão.

2

Page 3: Reflexao 1 Carta de Joao (1) Cap. 1.1-6

2. O conhecimento de Cristo através do evangelho traz aos seus ouvintes

alegria plena. Isso é o resultado da comunhão que passamos a desfrutar

com o Pai e o Filho, na iluminação do Espírito Santo.

3. A alegria plena não é resultado das coisas que conseguimos na vida.

Alguém pode perder tudo, mas não perder a alegria que é fruto do

Espírito (1 Ts 1.6).

4. O gozo, ao qual João se refere, é fruto de uma vida dedicada a Deus,

pois não foi sem sofrimento que os crentes de sua época vivenciaram a

fé. O próprio João se viu privado da comunhão dos crentes quando

preso na ilha de Patmos.

(v.5) E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é

luz, e nele não há trevas nenhumas.

1. O apóstolo não formulou uma mensagem propriamente sua, mas se

reservou a transmitir o que havia ouvido.

2. A mensagem que anunciou foi a que Deus é luz. João fala acerca de

algo essencial de Deus; uma expressão de Si mesmo. Sendo luz, de

Deus emana luz, não pode vir Dele algo diferente da luz: “Nele não há

trevas nenhumas”.

3. Ao escrever o Evangelho, João descreve Jesus como a luz que veio

iluminar a todo homem (1.6-9).

4. O próprio Jesus diz de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo; quem me

segue não andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João

8.12).

PR. Eli da Rocha Silva

IBJH 15/04/2009

3