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Resumos Analíticos da Revista Em Aberto CASTRO, Cláudio de Moura. Secundário Profissionalizante: prêmio de consolação? Em Aberto,Brasília,v.1,n.1,11- 25.Novembro,1981. O artigo procura demonstrar que as estratégias adotadas para a transformação e expansão do ensino universitário, principalmente no setor privado, são incompatíveis com os objetivos de profissionalização do ensino de segundo grau. Através de análises qualitativas de custo-benefício, o autor aponta para as razões que têm tornado o curso superior tão atrativo para a grande maioria dos estudantes secundaristas: o vestibular classificatório; custos pequenos em relação aos benefícios adquiridos durante o curso universitário; acesso à alimentação, saúde, cultura e lazer a preços baixíssimos; status; cursos fáceis, horários noturnos e de fins de semana. Outras razões referem-se ao mercado de trabalho: a forte tendência de ocupação de postos de trabalho por universitários, que anteriormente eram ocupados por pessoal de nível secundário; legislação trabalhista caracteristicamente corporativista e favorável aos profissionais de nível superior. São observadas as várias dificuldades na organização e operação dos programas profissionalizantes a nível secundário que têm evidenciado uma rejeição ao caráter terminal do sistema secundário. O autor conclui que enquanto não se agir diretamente sobre os mecanismos que possibilitam o acúmulo de vantagens e benefícios para aqueles que cursam a universidade, não será possível ou viável fazer com que os cursos profissionalizantes sejam mais do que apenas um prêmio de consolação. GARDENAL, Lilia e PAIXÃO, Antônio Luiz.. Ciclo Básico na Universidade Brasileira: tema e problemas principais. Em Aberto,Brasília,v.1,n.2,1-4.Janeiro,1982. O artigo explicita algumas questões críticas sobre a temática do ciclo básico implantado pela Reforma

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Resumos Analíticos da Revista Em Aberto

CASTRO, Cláudio de Moura. Secundário Profissionalizante: prêmio de consolação? Em Aberto,Brasília,v.1,n.1,11-25.Novembro,1981.

O artigo procura demonstrar que as estratégias adotadas para a transformação e expansão do ensino universitário, principalmente no setor privado, são incompatíveis com os objetivos de profissionalização do ensino de segundo grau. Através de análises qualitativas de custo-benefício, o autor aponta para as razões que têm tornado o curso superior tão atrativo para a grande maioria dos estudantes secundaristas: o vestibular classificatório; custos pequenos em relação aos benefícios adquiridos durante o curso universitário; acesso à alimentação, saúde, cultura e lazer a preços baixíssimos; status; cursos fáceis, horários noturnos e de fins de semana. Outras razões referem-se ao mercado de trabalho: a forte tendência de ocupação de postos de trabalho por universitários, que anteriormente eram ocupados por pessoal de nível secundário; legislação trabalhista caracteristicamente corporativista e favorável aos profissionais de nível superior. São observadas as várias dificuldades na organização e operação dos programas profissionalizantes a nível secundário que têm evidenciado uma rejeição ao caráter terminal do sistema secundário. O autor conclui que enquanto não se agir diretamente sobre os mecanismos que possibilitam o acúmulo de vantagens e benefícios para aqueles que cursam a universidade, não será possível ou viável fazer com que os cursos profissionalizantes sejam mais do que apenas um prêmio de consolação.

GARDENAL, Lilia e PAIXÃO, Antônio Luiz.. Ciclo Básico na Universidade Brasileira: tema e problemas principais. Em Aberto,Brasília,v.1,n.2,1-4.Janeiro,1982.

O artigo explicita algumas questões críticas sobre a temática do ciclo básico implantado pela Reforma Universitária de 1968. Os autores discorrem sobre a concepção e os objetivos deste ciclo, relacionando-os ao pressuposto de integração orgânica que preside a organização da Universidade. Mostram que, na prática, estes objetivos eram ambíguos, apresentando distorções na transição do projeto para a realidade organizacional. A variedade de formas de estruturação dos estudos básicos evidenciou a capacidade das instituições acadêmicas de absorver, em seus próprios termos, as decisões centrais, afastando-se do conceito uniformizador previsto na legislação. Para os autores, a análise das reformas de organização acadêmica nas IES mostra que estas seriam mais competentemente descritas como "anarquias organizadas" devido ao caráter complexo, ambíguo e conflitivo de seus objetivos. Revelam uma realidade na qual ocorre uma clara disjunção entre estrutura formal e as atividades práticas ou técnicas, acompanhadas por uma "lógica de confiança", que perpassa todo o sistema organizacional da educação, o que lhe dá uma aparência de coerência e integração. O reconhecimento da organização universitária nesses moldes permite abarcar a dimensão política pouco explorada pelos analistas e que, ao lado das dimensões estruturais, ajudariam a explicar a diversidade dos modos de organização do ciclo básico.

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SOUSA, Marcondes Rosa de. 1o. Ciclo - signo do conflito entre a concepção liberal e a funcional de currículo na UFC. Em Aberto,Brasília,v.1,n.2,5-10.Janeiro,1982.

O artigo traz algumas reflexões sobre a história do 1o. Ciclo na UFCE, cuja trajetória foi marcada por conflitos e transformações bruscas, na maior parte delas, mais formais do que qualitativas. Tais conflitos acabaram por plasmar no ciclo básico daquela universidade uma identidade contraditória que guarda feições diversas, que às vezes apresentam dissonância entre os aspectos teóricos e práticos. Para o autor, a maioria dos estudos realizados sobre o ciclo básico na UFCE, durante sua primeira década de funcionamento, tinham como alvo a própria Reforma Universitária, que impôs à universidade brasileira as concepções liberal e funcionalista, e que atingiram frontalmente as estruturas de poder destas instituições. Apresenta um breve relato histórico, no qual o autor demonstra a existência de uma oscilação entre as tendências generalizante e especializante no 1o. Ciclo daquela instituição, revelando uma concepção linear do currículo de graduação e uma falta de integração entre o ciclo básico e o profissional. Aponta algumas perspectivas para este ciclo na UFCE e conclui que, para esta instituição, o 1o. Ciclo foi entendido como um signo da Reforma, que acabou por desencadear discussões sobre a formação dos profissionais em nível superior, a Universidade e o próprio sistema educacional.

BACK, Eurico. O Ciclo Básico na Universidade Federal do Paraná. Em Aberto,Brasília,v.1,n.2,11-16.Janei

O autor inicia o artigo afirmando que o ciclo básico na UFPr, conforme reza em seu estatuto, jamais foi implantado, devido às contradições entre as leis 5540/68 e a 5692/71. A UFPr entendeu que, com a promulgação da lei 5692/71, o conteúdo do 1o. Ciclo ficou esvaziado, e que desde então a instituição tem buscado solucionar os problemas surgidos no ciclo básico. O artigo apresenta as saídas encontradas pela instituição a fim de que se cumpram as três funções do ciclo básico. Traz as razões que levaram a UFPr a mudar a orientação do ciclo básico, as dificuldades e os resultados atingidos com tais modificações. Conclui afirmando que a UFPr conservou os pontos positivos da Reforma e mudou o que considerava aspectos que não contribuíram para a melhoria da qualidade de ensino. Tece críticas em relação à formação do docente de ensino superior, ao sistema de departamentos e à composição dos currículos, que deve estar ajustado aos objetivos do curso e não aos objetivos dos professores.

LODI, Lúcia Helena.. O Conservadorismo Pedagógico na Formação do Professor. Em Aberto,Brasília,v.1,n.8,31-34.Agosto,1982.

O texto resenha tese de mestrado defendida na PUC/SP, em 1981. O estudo investigou a formação do professor do antigo ensino médio, hoje ensino de 1o. Grau ( 5a. a 8a. Série) e 2o. Grau. O estudo é abordado nas perspectivas sócio-histórica e analítico-funcional dos cursos, considerando-os a partir do exame da legislação que lhe é pertinente e a partir de sua inserção no contexto social do qual recebe significação. O trabalho foi motivado pelo constante questionamento sobre a eficiência dos cursos de licenciatura, cujos currículos, desvinculados da realidade cotidiana, têm enfatizado a formação do especialista em detrimento da formação do educador. A autora conclui que apesar das transformações ocorridas na sociedade brasileira, os cursos sofreram pequenas alterações, e sugere uma construção coletiva dos cursos de licenciatura.

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SOARES, Magda Becker. A Utilização de testes de aptidão Acadêmica no Vestibular na UFMG. Em Aberto,Brasília,v.1,n.3,34-35.Fevereiro,1982.

O texto divulga uma pesquisa do tipo descritiva-relacional realizada na UFMG, com recursos do INEP, em 1980, e que buscou testar alternativas para o concurso do vestibular. A pesquisa analisou a aplicação de um teste de aptidão acadêmica no vestibular da UFMG, em 1979, que pressupõe ser possível medir a capacidade de raciocínio, de pensamento crítico, de análise, enfim, a aptidão para os estudos superiores. Os resultados do teste foram comparados com a origem sócio-econômica, o sexo dos candidatos e o seu desempenho nas diferentes provas do vestibular. A análise dos dados obtidos confirma que, qualquer que seja o instrumento de medida, a seleção beneficia sempre os mais favorecidos do ponto de vista sócio-econômico, e conclui que aquilo que se convencionou chamar de aptidão acadêmica nada mais é que um conjunto de habilidades consideradas importantes pelas e para as classes dominantes.

CUNHA, Luiz Antônio. O Vestibular: a volta do pêndulo. Em Aberto,Brasília,v.1,n.3,7-16.Fevereiro,1982.

O artigo inicia a partir de um breve relato histórico, no qual o autor descreve os processos brasileiros de abertura e fechamento em relação ao ingresso no ensino superior. O artigo tem a intenção de avaliar o "'ultimo ciclo "do movimento de expansão de vagas iniciado com a redemocratização em 1946, e o movimento de contenção que se iniciava à época da produção do texto. São feitas análises político-econômicas deste período, dividindo-o m três partes: a primeira, no período 1946/64, regido sob o signo do populismo; a segunda, no período de 1964/72 sob os ditames do autoritarismo, em que relata a expansão sofrida pelo ensino superior; e a terceira parte diz respeito ao movimento de contenção que se iniciara na década de 70. O artigo busca articular o contexto histórico, a expansão das escolas privadas, as leis que reformaram o ensino de 2o. Grau, e os diversos modelos de exames vestibulares adotados. O autor finaliza afirmando que o movimento pendular de expansão/contenção tem seu motor nas contradições existentes entre a função do sistema de ensino superior, a discriminação social, a sua imagem (ideológica) de mecanismo de ascensão social, e a redistribuição de renda.

CASTRO, Cláudio de Moura. Sua excelência, o Vestibular. Em Aberto,Brasília,v.1,n.3,17-30.Fevereiro,1982.

O artigo discute as possíveis influências do vestibular sobre os níveis anteriores, suas conseqüências sobre o ensino superior, as opções e as falsas opções existentes. Propõe discutir as funções do 2o. Grau: adestramento ou formação; o fracasso da profissionalização; currículo e o vestibular; métodos de avaliação. Discute também o ingresso na universidade, analisando o vestibular como instrumento de seleção dos melhores, origem dos selecionados; outras opções ao vestibular; aborda também as funções do ciclo básico, e o tratamento dado aos cursos de artes e música. Autor conclui que, através de tais questionamentos, pode-se chegar a avaliações que, efetivamente, conduzirão ao equilíbrio entre a validade técnica dos instrumentos e o papel mais amplo do vestibular.

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FIORI, Neide Almeida, coord.. Acesso ao Ensino Superior: articulação entre ensino superior e ensino de 2o. Grau. Em Aberto,Brasília,v.1,n.3,31-33.Fevereiro,1982.

O texto resenha livro publicado pela UFSC/INEP, Florianópolis, 1980, organizado em dois volumes. O trabalho foi desenvolvido tendo como objeto de estudo o aspecto da integração entre vários níveis de ensino, privilegiando a análise da articulação entre o ensino de 2o. Grau e o superior, onde é focalizado o concurso vestibular. O 1o. Volume traz uma revisão bibliográfica cuja finalidade foi a de fazer uma análise do problema numa perspectiva histórica. Em seguida, é enfocado o fenômeno da seletividade do sistema educacional no ensino de 1o. e 2o. Graus. O segundo volume cuida mais especificamente da análise da integração do ensino de 2o. e 3o. Graus e propõe alguns pressupostos para a observação e o estudo sobre o exame vestibular: distinção entre avaliação segundo "critérios" ou segundo "norma"; críticas da validação das questões dos exames; afastamento do ensino de 2o. Grau de suas finalidades próprias. Colocadas essas observações de caráter geral, a autora passa à análise específica do exame vestibular em Santa Catarina. Ao final, são apresentadas as oito hipóteses que nortearam a pesquisa e os resultados alcançados, confirmando ou não as mesmas.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. A Formação de Educadores: uma perspectiva multidimensional. Em Aberto,Brasília,v.1,n.8,19-21.Agosto,1982.

O artigo inicia apontando os vários fatores determinantes da crise pela qual passam os cursos de formação de educadores. A autora registra a necessidade urgente de uma redefinição destes cursos. Analisa alguns estudos feitos nos últimos anos, agrupados em quatro perspectivas: estudos centrados na norma, ou legislação e a adequação desta na realidade; centrados na dimensão técnica - organização e operacionalização do processo de ensino-aprendizagem; centrados na dimensão humana - estudos que enfatizam a relação interpessoal presente em todo o processo formativo; centrados no contexto, cujo foco principal refere-se à educação em conexão íntima com o sistema político-econômico vigente. O artigo finaliza reafirmando que todas estas dimensões estão presentes no fenômeno da educação e que traduzir a perspectiva multidimensional em currículos e dinâmica de formação constitui o grande desafio do momento.

REIS FILHO, Casemiro. Reforma Universitária e Ciclo Básico. Em Aberto,Brasília,v.1,n.2,17-18.Janeiro,1982.

O texto resenha artigo contido no livro Educação Brasileira Contemporânea: organização e funcionamento. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil; Rio de Janeiro, Mec/Fename, 1978. P. 195-224. O autor analisa a instituição universitária no mundo e no Brasil numa perspectiva histórica, desde as suas origens até os dias atuais. Traz reflexões a respeito do modelo de ciclo básico adotado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Dentre as diversas conceituações de ciclo básico encontradas nos seminários promovidos pelo CFE e pelo CRUB, a PUC/SP optou pela alternativa que coloca o curso básico como estudos humanísticos de caráter educativo ou formativo, introdutórios do aluno à universidade. Esta alternativa parte do pressuposto da nova concepção de universidade, cujas diretrizes filosóficas fundamentam-se na ação educativa voltada para a promoção do homem comprometido com a transformação de sua realidade sociocultural.

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RAMOS, Anita Guerra. O 1o. Ciclo na Universidade Brasileira: contribuição para o estudo de sua implantação e funcionamento. Em Aberto,Brasília,v.1,n.2,19-20.Janeiro,1982.

O texto resenha tese de mestrado defendida no IESAE/FGV, que estudou o processo de implantação e funcionamento do primeiro ciclo dos cursos da área de Ciências Humanas das universidades federais e católicas do Brasil. A partir de análises do sistema educacional e de sua adaptação às condições sócio-econômicas do pais, o estudo abrange duas partes: a primeira, bibliográfica, compreende a literatura referente à reforma universitária, dando destaque aos aspectos psicológicos implícitos e explícitos nos dispositivos legais que apresenta o ciclo básico; a segunda objetivou as análises das funções, das formas de implantação, do currículo, das modalidades de coordenação, da existência de serviços de orientação vocacional e aconselhamento pedagógico, etc, a partir de pesquisa realizada em dezessete universidades federais e nove católicas. O estudo conclui que em algumas instituições o ciclo básico é oferecido para cada um dos cursos isoladamente, destituído de todo caráter generalizante. Em outros, o 1o. Ciclo é mais dinâmico e eficiente, devido à presença prévia de uma organização acadêmica que conseguiu coordenar as atividades didáticas e administrativas, sobretudo naquelas instituições estruturadas em departamentos coordenados por um centro.

RIBEIRO, Sérgio Costa. O Vestibular.Em Aberto,Brasília,v.1,n.3,1-6.Fevereiro,1982.O artigo apresenta sucintamente algumas conclusões tiradas do projeto de pesquisa

"Vestibular: instrumento de diagnóstico do sistema escolar". Através de análises históricas e antropológicas, o estudo revela que o acesso ao ensino superior no Brasil está inserido num grande processo de seletividade social, que se inicia nas escolas de 1o. E 2o. Graus, e que se estende dentro do curso superior, através da evasão. Relata brevemente a história do exame vestibular desde sua introdução em 1911 até o modelo então vigente, articulado à demanda e à expansão de vagas no ensino superior. A seguir, demonstra que o vestibular mostra que os parâmetros sócio-econômicos e culturais determinam a escolha da carreira, e o fracasso ou o sucesso dos candidatos nos exames. Esta conclusão é feita a partir de análises da hierarquização das carreiras na estrutura político-social do país, da distribuição de candidatos por sexo, e da divisão dos classificados em dois grupos: aqueles que se destinam às escolas públicas e aqueles que se destinam às escolas particulares. Também são feitas considerações quanto ao aspecto técnico-pedagógico do vestibular e sua influência na prática pedagógica do segundo grau. Além de evidenciar a forte pré-seleção social na escolha de carreira, o projeto também apontou algumas tendências do vestibular: o modelo de vestibular único e classificatório começa a ser abandonado devido à expansão de vagas em escolas isoladas e da não implantação do primeiro ciclo geral nas universidades; volta ao caráter habilitatório; volta à especialização do vestibular por cursos, levando ao ressurgimento dos chamado "cursinhos", reforçando ainda mais, a perda de poder pela escola de 2o. Grau.

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MELLO, Guiomar Namo de, et.al. As atuais Condições de Formação do Professor de 1o. Grau: algumas reflexões e hipóteses de investigação. Em Aberto,Brasília,v.1,n.8,1-11.Agosto,1982.

O artigo afirma que o crescimento quantitativo da escola básica transformou muito as condições e as relações sociais de trabalho do professor. A burocratização do sistema muda a natureza da prática pedagógica exigindo que esta se torne racionalizada, ordenada e crítica. No entanto, os cursos de formação do magistério em geral, e em particular os das séries iniciais do primeiro grau, não estão conseguindo preparar adequadamente o professor para atuar na nova realidade da escola. As autoras se propuseram a estudar estes cursos a fim de fazer um diagnóstico para fornecer subsídios para o delineamento de novas alternativas de preparação do profissional do magistério. Na primeira parte do artigo, são trazidas considerações teóricas a respeito do papel da educação escolar, do mecanismo de repetência e exclusão, dos fatores extra-escolares que influenciam o fracasso escolar e das expectativas dos professores em relação aos seus alunos. A seguir, são feitas considerações históricas que focalizam desde a criação do curso de pedagogia em 1939, como parte da reforma do ensino superior, bem como a regulamentação dos cursos normais, até a promulgação da lei 5540 e suas recorrências no curso de Pedagogia. Baseadas na permanência dos altos índices de repetência e evasão nas séries iniciais do primeiro grau, as autoras levantam algumas hipóteses que explicam as tendências dos cursos de formação de professores primários, enfatizando o curso de Pedagogia: predominância de matérias teóricas sobre às práticas no currículo, o bacharelado, a busca do curso como possibilidade de ascensão social e não para a profissionalização, estágios que cumprem apenas uma função burocrática. Concluem alertando para a necessidade de se fazer estudos mais profundos sobre a formação dos professores, na medida em que são os profissionais responsáveis pela realidade das escolas brasileiras.

SAVIANI, Dermeval. Uma estratégia para a reformulação dos cursos de pedagogia e licenciatura: formar o especialista e o professor no educador.Em Aberto,Brasília,v.1,n.8,13-17.Agosto,1982.

O artigo propõe algumas alternativas para a formação do educador nos cursos de pedagogia e de licenciatura. Primeiramente são expostas a situação em que se encontram os cursos e suas insuficiências, dando destaque ao status inferior que a área de Educação tem no âmbito da universidade. O autor defende a formação do educador generalista, argumentando que a educação é um objeto específico do saber universitário, e que o ideal é formar o educador tanto no especialista como no professor. Compara a situação de outros cursos e afirma que um grande contigente de estudantes procura a universidade com um interesse genuíno pelo magistério. A seguir, propõe um currículo que serviria tanto para os cursos de pedagogia como para os de licenciatura.

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BRAGA, Ronald. Apontamentos em torno da polêmica ensino pago versus ensino gratuito. Em Aberto,Brasília,v.2,n.14,13-18.Abril,1983.

O artigo apresenta algumas reflexões a respeito do dilema ensino pago ou ensino gratuito, feitas a partir de leitura de matérias publicadas em jornais de circulação nacional, durante a administração do governo Figueiredo. A leitura desse acervo foi feita no sentido de anotar os principais pontos de consenso e divergência. Inicialmente, critica o modo truncado e superficial com que a polêmica é travada; isto se deve, segundo o autor, à falta de uma autêntica política educacional no Brasil, que há mais de cinqüenta anos vem construindo um sistema de ensino no qual as questões de financiamento se confundem com o problema da natureza da escola (pública ou particular). A adoção de dois pesos e duas medidas tem produzido um profundo desgaste ao sistema, especialmente para o nível superior. A seguir, descreve os pontos de consenso, sendo o principal a constatação de que a atual situação do sistema é incoerente e injusta. As divergências aparecem em relação às propostas de solução para esta situação. São apresentados argumentos favoráveis e contrários à gratuidade do ensino superior. As discussões se omitem em relação às questões de ordem pedagógica, e destaca o problema do curso noturno e a qualidade pretendida para o ensino superior, e as dificuldades que as famílias enfrentam para financiar os estudos de seus filhos adultos. Na conclusão, afirma que a polêmica do financiamento do ensino superior torna-se vazia porque questões mais profundas e anteriores a ela ainda não foram resolvidas, como as que dizem respeito às finalidades da educação e as funções da universidade na sociedade brasileira.

SCHMIDT, Isaura Belloni. Universidade: a busca de uma estratégia de transformação. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,1-9.Outubro,1982

O artigo tem por objetivo discutir algumas questões referentes à estrutura interna de poder e da autonomia vivenciadas pelas IES brasileiras, a fim de contribuir para o debate nacional em busca de estratégias para a sua transformação. Inicialmente, são enumerados os fatores exógenos e endógenos que antecederam a situação de crise vigente nas universidades: conjuntura econômica e políticas das últimas décadas; crise do ideal de democratização resultante da incompatibilização do princípio da igualdade de oportunidades de acesso à educação, e as características meritocráticas e seletivas do sistema educacional; a política de expansão; a organização interna do ensino superior e a relação das IES com o Ministério da Educação após a reforma de 1968. São feitos comentários sobre o projeto atual e o modo pelo qual os responsáveis pelo sistema universitário o vêm conduzindo, repetindo os tradicionais mecanismos de controle e de centralização. Finaliza propondo a realização de análises profundas e sistemáticas sobre as causas, e não apenas os sintomas, que perpassam a crise do sistema de ensino superior.

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GARCIA, Walter Esteves. A questão da relação Universidade/sociedade brasileira. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,11-15.Outubro,1982.

O autor, a partir da análise das idéias de universidade e de sociedade brasileira, chama a atenção para a dinâmica existente no processo social e na universidade, que comprova a impossibilidade de encerrá-los em normas e regimentos rígidos. Tece comentários sobre as relações entre universidade e sociedade brasileira, vistas através de grandes linhas de análise e interpretação das concepções de educação nas décadas de 60 a 80. Identifica três grandes visões neste período: a concepção otimista, que entrega à educação, e por extensão à universidade, um importante papel para a transformação societária; a tecnicista, vigente a partir de 64 e na qual se forjou a Reforma com forte contribuição de especialistas em educação; e a concepção realista, emergente com o esgotamento da concepção tecnicista e que envolve questionamentos em relação à autonomia universitária, descentralização e a regionalização. Observa que existem riscos quanto às propostas radicais em relação à regionalização, que pode redundar em isolacionismo. Um novo ciclo histórico está se abrindo, o que torna mais rico e condizente o papel que a universidade deve desempenhar numa sociedade pluralista e democrática. Este novo papel será fruto de uma reelaboração coletiva do saber, de caráter mais político do que técnico.

MORAES, Lafayette de e CARVALHO, Maria Lúcia R. D.. A universidade empresa e as concepções de Mary Parker Follet. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,17-27.Outubro,1982.

As autoras argumentam que, com a crescente valorização da educação nas sociedades contemporâneas, a administração educacional passa a ser um campo de conhecimento bastante complexo e que exige aprimoramento. As autoras propõem elucidar a teoria de organização de M. P. Follet aplicada aos problemas da educação universitária, por considerarem a melhor alternativa para a sustentação do modelo integrado adotado em nossas universidades. Apresentam um breve relato da trajetória profissional de Follet e discutem problemas da universidade brasileira: o problema dos fins; a desintegração da comunidade de scholars; o crescimento e a burocratização, e demonstram que, paradoxalmente, a falta de integração em todos os níveis, discente, docente e deliberativo da universidade, constitui a verdadeira raiz da crise universitária. Apresentam propostas para solucionar a crise: desenvolver uma forma democrática de administração, flexibilização da burocracia e aperfeiçoamento dos recursos humanos.VEIGA, Laura da.. Os projetos educativos como projetos de classe: estado e universidade no Brasil (1954-1964 ).Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,29-53.Outubro,1982. O artigo explora algumas múltiplas dimensões, através das quais o sistema educacional se vincula às divisões da sociedade em classe. Parte dos pressupostos de que a universidade é um aparato hegemônico e de que a inoperância relativa dos mecanismos ideológicos nas situações de crise torna propício o exame das implicações de classe das práticas de grupos vinculados à universidade brasileira. A partir daí, analisa três propostas de Reforma Universitária que emergiram no período de 1954-1964. Após uma reflexão sobre o contexto sócio-econômico e de suas implicações no aprofundamento da crise político-ideológica, examina os possíveis impactos de cada uma das propostas para a mediação ou aprofundamento dos conflitos entre frações de classe. Tenta distinguir o conteúdo de classe nas atividades e nos processos relativos à universidade, e aponta três grandes questões que estão envolvidas neste processo: a finalidade da universidade e o modelo de desenvolvimento adotado no Brasil; o acesso que as diversas frações de classe teriam ao treinamento universitário; e a

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responsabilidade e compromisso da universidade em relação às instâncias de poder e de organizações sociais. A autora conclui fazendo alguns comentários sobre a proposta vencedora, e afirmando que os principais componentes que possibilitaram a sua formulação e implementação foram a repressão e cooptação.

RIBEIRO, Darcy. A Universidade Necessária.Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,55-58.Outubro,1982. O texto resenha o livro "A Universidade Necessária", Rio de janeiro: Paz e Terra, 1975, 2o. Edição.

Apresenta a proposta de um modelo de universidade para a América Latina a partir do estudo das diferentes experiências de universidade na Europa e na América Inglesa. Em seguida, volta-se para a América latina e analisa as tentativas de reforma e renovação e os desafios cruciais diante do projeto de desenvolvimento autônomo da América Latina, para então traçar as diretrizes do modelo teórico da universidade necessária. O livro está organizado em seis partes que abordam as seguintes questões: os fatores causais da crise que atinge todas as universidades do mundo; os principais modelos estruturais de universidade do mundo moderno e da América Latina; o padrão tradicional de organização das universidades latino-americanas; as tentativas de renovação desse padrão. Apresenta alguns princípios que deveriam nortear uma nova reforma universitária. A quinta parte trata da proposta de um modelo teórico de estruturação universitária, baseada no projeto que foi implantado na UnB. Na última parte, faz uma reflexão sobre o caráter do saber acadêmico e afirma que o principal desafio posto às universidades americanas, ante a renovação social, é de acabar com a falta de adequação e autenticidade das atividades científicas, cujas orientações seguem uma ótica estrangeira. Em anexo, é apresentada a comunicação feita por Heron de Alencar à Assembléia Mundial de Educação, no México, em setembro de 1964, sobre a Universidade de Brasília.

CUNHA, Luiz Antônio C. R.. A Universidade Crítica; o ensino superior na República Populista. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,59-63.Outubro,1982.

O artigo faz uma resenha da tese de doutorado do autor, defendida na PUC/SP, em 1980. O estudo tem como principal objetivo analisar o processo de transformação do ensino superior no Brasil durante a República Populista, compreendendo o período de 1945-64. As análises feitas dizem respeito às mudanças geradas na organização do ensino superior no período, bem como à participação dos agentes envolvidos nesse processo, ou seja, o estado, os professores e os estudantes. O estudo investiga a história da universidade brasileira no período, tomando como ponto de partida a universidade pós-64, sua concepção e suas funções na sociedade capitalista. Verifica que desde o período populista, o processo de modernização do ensino superior orientou-se pelo paradigma norte americano de organização, produzindo muitos conflitos no interior das universidades, principalmente no que se refere à luta pela extinção da cátedra vitalícia e pela constituição de departamentos. Na conclusão, o autor faz uma análise global do processo de transformação do ensino superior na república populista, ressaltando as contradições desse processo.

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ROCCO, Maria Thereza Fraga.. Crise na Linguagem: a redação no vestibular. Em Aberto,Brasília,v.2,n.12,51-54.Janeiro,1983.

O artigo faz uma resenha de um estudo de natureza interdisciplinar, originalmente apresentado como tese de doutorado à Faculdade de Educação da USP, e públicado pela editora Mestre Jou, 1981, 284 págs. Preocupada com o nível de desempenho verbal dos indivíduos de idades e graus de escolaridade diversos, a autora indaga sobre a existência de una crise na linguagem e se propõe a estudá-la a partir de textos produzidos por vestibulandos da segunda fase de provas realizadas pela Fuvest em 1978. Para tal pesquisa, foram analisados uma amostra de 1500 textos, obtidos aleatoriamente do total de 33.636 candidatos. Utilizaram-se categorias da lingüística, da psicolíngüística e da lógica afim de caracterizar a linguagem e o discurso dos vestibulandos em suas redações, estabelecendo algumas relações entre esses textos e o nível de estruturação mental de seus produtores. As conclusões desta análise revelam que os bons textos aparecem como una exceção muito grande à regra geral. A maioria das redações increve-se na galeria dos textos mal estruturados, inadequados e altamente insatisfatórios e muito aquém das estruturas de pensamento que teoricamente os indivíduos produtores de tais textos deveriam ter desenvolvido. Segundo a autora, a pesquisa confirma o estado de crise da linguagem escrita. Feitas estas colocações, a autora passa a sumariar as características da linguagem dos vestibulandos, e prossegue com una série de reflexões sobre as possíveis causas dessa crise na linguagem.

GRACIANI, Maria Stella. O Ensino Superior no Brasil; a estrutura de poder da Universidade em questão. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,65-67.Outubro,1982.

O texto resenha o livro "O Ensino Superior no Brasil; a estrutura de poder em questão", Petropólis: Vozes, 1982, 164 p. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório sobre o fenômeno do poder na estrutura formal das universidades brasileiras a partir da reforma Universitária, e suas conseqüências político-ideológicas. O estudo analisa as funções ideológicas presentes nas instâncias normativas das IES e do sistema de ensino, destacando os critérios de distribuição do poder, a origem social dos representantes dos cargos mais importantes na hierarquia, e o tipo de relacionamento das instituições universitárias com o modelo educacional adotado após 1964. São estudados, ainda, o teor e a natureza do movimento estudantil que eclodiu em 1968, focalizado como um dos fatores que determinaram a reformulação do ensino superior. A autora conclui que as reivindicações do movimento estudantil, e atendidas pela lei 5540/68, não se realizaram totalmente, por ter a universidade uma estrutura autoritária, não flexível, centralizadora e que exclui os corpos docente e discente da maioria das deliberações fundamentais. Logo, houve um reforço do modelo burocrático que expressa a manutenção do sistema de dominação através dos critérios de distribuição do poder hierárquico, dos estatutos e regimentos, e da divisão horizontal e vertical do trabalho e da impessoalidade no recrutamento de pessoal operativo. Percebeu-se, também, que a estrutura organizacional da universidade brasileira está ajustada ao modelo político-econômico implantado pelo estado autoritário de 1964.

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DURAN, Álvaro Pacheco. Padrões de comunicação oral e compreensão da comunicação escrita na universidade: estudos no nordeste. Em Aberto,Brasília,v.2,n.12,55-57.Janeiro,1983.

O texto resenha pesquisa educacional publicada : Concurso Nacional de Pesquisa em Educação: os doze trabalhos premiados, Curitiba, FUNDEPAR, 1982. P. 55-139. O trabalho inicia com a afirmação de que a relativa ausência de comunicação entre professores e alunos é uma das características do insucesso da universidade brasileira. Aponta dois fatores para tal dificuldade: a expansão de vagas no ensino superior conduziu às universidades alunos despreparados; grande imobilismo por parte do corpo docente que não busca adequar a sua fala à nova clientela. Preocupado com a situação caótica da comunicação professor-aluno no ensino superior, o autor realizou dois trabalhos distintos. O primeiro, uma análise descritiva na qual buscou dados que evidenciaram as deficiências ou inadequações dos repertórios contidos na interação professor-aluno. O segundo trabalho buscou identificar variáveis cuja manipulação possibilitasse produzir resultados benéficos para o aumento do nível de compreensão dos textos pelos alunos. Com o estudo foi construído um sistema de categorias de comportamento verbal de professores e alunos, e demonstrada a ausência de flexibilidade por parte dos docentes, e o excesso de timidez e omissão da parte dos discentes. O autor encerra seu trabalho mostrando a necessidade de buscar uma solução de caráter técnico-científico para o ensino universitário. Demonstra que, surpreendentemente, tem encontrado obstáculos políticos para tal empreendimento, devido à falta do debate necessário para a construção das condições que permitiriam a aplicação desse conhecimento à prática educacional, em vários níveis e situações distintas.Não Consta. SESu promove estudos e debates sobre o curso de pedagogia..Em Aberto,Brasília,v.1,n.8,.Agosto,1982. O texto é uma nota informativa sobre debate promovido pela SESu - Secretaria de Educação Superior, que teve como tema a formação do educador brasileiro. A programação constou de sete seminários, que reuniram representantes de trezentos cursos de pedagogia e que tiveram por objetivos: apresentar propostas de reformulação do curso de pedagogia; destacar as dimensões humana, cultural, política e técnica na formação dos alunos; estabelecer políticas de ação que visem a conectar a pedagogia com as demais licenciaturas. Informa ainda, que as propostas formuladas nesse debate serão organizadas em una publicação da subsecretaria de desenvolvimento da educação superior, com a finalidade de fundamentar posicionamentos e reformulações do curso de pedagogia das instituições participantes dos seminários.

ANPED - BRASÍLIA. Em Aberto,Brasília,v.1,n.6,.Maio,1982.O texto é uma nota de divulgação dos novos membros da coordenação da seção de

Brasília da Anped - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação, eleitos no dia 15 de Abril de 1982

Cursos no Brasil. Em Aberto,Brasília,v.1,n.6,.Maio,1982.O texto divulga cursos de "Iniciação à pesquisa educacional" e "Noções Básicas de

Statistical Pack-Age for the social sciences - SPSS", promovidos pela Universidade Federal da Paraíba.

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Encontros. Em Aberto,Brasília,v.1,n.6,.Maio,1982.O texto é uma nota de divulgação do encontro I REUNIÃO LATINO

AMERICANA SOBRE UNIVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNÓLOGICO, evento patrocinado pela União das Universidades Latino-americanas - UDUAL.

TRAGTEMBERG, Maurício. Sobre Educação, Política e Sindicalismo. Em Aberto,Brasília,v.1,n.6,.Maio,1982.

O texto divulga o livro: "Sobre Educação, Política e Sindicalismo", de Maurício Tratemberg, S.Paulo, Autores Associados e Cortez Editora, 1982, 163p. O livro analisa a estrutura e a organização burocrática da instituição escolar, a questão da natureza política da universidade e as exigências para sua democratização, o movimento estudantil e a política da Pós-graduação.

O Inep apoia realização de encontros. Em Aberto,Brasília,v.1,n.9,.Setembro,1982.O texto divulga cinco encontros promovidos por universidades federais brasileiras, e

apoiadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacional - Inep. UFBA, USP, UFRJ e UFCE debateram temas referentes ao desenvolvimento da pesquisa educacional, aos rumos da universidade, à formação de educadores, ao ensino de deficientes, à televisão educativa, à divulgação científica e ao intercâmbio institucional. Os encontros foram realizados nos meses de Outubro e Novembro de 1982.

Para o Interior. Em Aberto,BrasíliaBrasília,v.1,n.9,.Setembro,1982.O texto é uma nota informativa do encaminhamento da exposição de motivos sobre

o programa de apoio à Administração municipal; da Educação básica do MEC, para a presidência da república. O programa, implementado em 1983, em ação conjunta com o Projeto Rodon e financiado pelo Finsocial, consiste no recrutamento de graduados e técnicos recém-graduados de nível médio e superior para estágio, voltados para atender as necessidades dos municípios do interior compreendidos nas áreas de influência dos "campi avançados". O projeto tem por objetivos a operacionalização do decreto no. 87.497, que prevê estágios reguladores dos dois níveis de ensino e a identificação de possibilidades de empregos.

BORDENAVE, Juan Díaz e PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de Ensino-Aprendizagem. Em Aberto,Brasília,v.1,n.9,.Setembro,1982.

O texto resenha o livro "Estratégias de Ensino-Aprendizagem", de Juan Díaz Bordenave e Adair Martins Pereira, Petropólis, Vozes, 1982. 315 p. A obra reúne extenso material de entrevistas realizadas com 500 professores universitários que participaram dos cursos de Metodologia do Ensino Superior, oferecidos pelo Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas, colocando problemas considerados prioritários, relativos à metodologia do ensino.

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Programa de Avaliação da Reforma Universitária.Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,.Outubro,1982.

O texto apresenta o "Programa de Avaliação da Reforma Universitária", uma iniciativa do Ministério da Educação e Cultura, através do Conselho Federal de Educação. Decorridos quinze anos de vigência da reforma universitária, é preciso fazer um amplo debate de avaliação que visa a revisão crítica do que foi realizado e a condução de propostas concretas de ajustamento e atualização. Estas propostas deverão resultar de um consenso básico das instituições mais representativas da área do ensino superior. Informa que o processo se iniciará em reunião especial, com a participação de membros do CFE e dirigentes de várias instituições, levantando várias questões que servirão de ponto de partida para o programa. Este deverá ser gradualmente desenvolvido, prolongando-se por vários anos e compreenderá numerosos eventos e iniciativas, como análises, estudos especiais, conferências, seminários, etc.

Pesquisas sobre Ensino Superior. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,.Outubro,1982.O texto informa acerca de pesquisas que recebem apoio do Inep. Como mediador

entre os órgãos do MEC e a comunidade de pesquisadores, afirma que os trabalhos apoiados visam subsidiar a política e o planejamento educacionais. Das várias pesquisas que estão sendo apoiadas, duas se referem à universidade. São elas: "Avaliação da Implantação do Ciclo Básico nas Universidades Brasileiras", da Fundação João Pinheiro, e "Origens e Aplicações de Recursos Financeiros no Ensino Superior ( 1960-1980 )", do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo - IDESP.

Universidade. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,.Outubro,1982.O texto consiste no editorial de apresentação da temática e dos assuntos abordados

neste número da revista. Afirma que a universidade é o centro propulsor do desenvolvimento científico e cultural do país, e que exerce e sofre influências de todo um contexto sócio-político, que por sua vez define a sua própria concepção. Considera que o momento é importante e oportuno para a retomada do debate sobre o ensino superior brasileiro, que demanda uma análise crítica das diretrizes definidas pela Reforma de 1968, e um repensar sobre o modelo e a organização universitária e suas relações com a sociedade.

Universidade Aberta. Em Aberto,Brasília,v.1,n.10,.Outubro,1982.O texto informa a respeito do "Serviço de Ensino à Distância", criado pela UnB, que

tem por objetivo estender o ensino e a pesquisa à comunidade em geral. Utilizando a metodologia da universidade aberta inglesa, os cursos tem duração de seis meses, assistência de um professor-tutor e têm como base de aprendizagem textos especialmente preparados e reunidos em fascículos que formam unidades didáticas. Os alunos são aprovados após a apresentação de dois trabalhos sobre temas indicados, e recém certificados de extensão. Traz a relação dos cursos oferecidos em 1982 e 1983 e endereço para inscrições.

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Pós-Graduação em Administração Escolar. Em Aberto,Brasília,v.2,n.12,.Janeiro,1983O texto informa sobre inscrições para o curso intensivo de Pós-Graduação em

Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas. Traz algumas informações sobre o ciclo básico e o ciclo de eletivas do curso e endereços da FGV para inscrições no Rio de Janeiro e em Brasília.

Conferência Latino-Americana de Escolas e Faculdades de Arquitetura.Em Aberto,Brasília,v.2,n.12,.Janeiro,1983.

O texto informa sobre a "X Conferência latino-americana de Escolas de Arquitetura", promovido pela União de Universidades da América Latina, e realizado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. A X CLEFA também promove um concurso de projetos de arquitetura para os estudantes e participantes com o tema "O assentamento humano adequado ao local, aos meios técnicos disponíveis, à situação sócio-econômica, e que atenda às necessidades básicas de uma comunidade".

Curso de Extensão. Em Aberto,Brasília,v.2,n.12,.Janeiro,1983.O texto informa a respeito de curso de extensão oferecido pela Fundação de

Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do rio Grande do Sul - FIDENE. São cursos de extensão Universitária na área de Agropecuária.

Informática e Avaliação. Em Aberto,Brasília,v.2,n.17,.Julho,1983.O texto informa sobre o desenvolvimento de práticas em ensino e avaliação

formativa com o auxílio do computador na UFRGS, UFRJ e na UNICAMP. São experiências realizadas há três anos, em disciplinas dos cursos de Processamento de Dados. Descreve o funcionamento, as vantagens e dificuldades de dois sistemas que vêm sendo desenvolvidos na UFRGS e conclui que o uso de micros na educação tem se mostrado economicamente vantajoso, além de mais adequado às necessidades dos usuários.

REZENDE, Antônio Muniz de. O saber e o poder na universidade: dominação em serviço? Em Aberto,Brasília,v.2,n.17,.Julho,1983.

O texto resenha o livro "O Saber e o Poder na Universidade: dominação em serviço?" de Antônio Muniz de Rezende. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1982, 88p. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo). A obra reúne textos que discutem questões referentes às dimensões pedagógicas, administrativas, culturais e políticas da universidade em relação ao momento histórico por qual passa o país.

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SOUZA, Helton Gurgulino. Informática na Educação e Ensino de Informática: algumas questões.Em Aberto,Brasília,v.2,n.17,1 - 8.Julho,1983.

O artigo apresenta reflexões a respeito do acelerado e crescente processo mundial de informatização da sociedade, e suas repercussões na educação em todos os níveis de ensino. Relata o surgimento e a consolidação de vários grupos de universidades brasileiras que vêm se dedicando aos estudos sobre o papel e o impacto do computador no processo educacional, além de suas eventuais aplicações na solução de alguns dos problemas básicos que afligem nosso sistema de ensino. Diante dos novos desafios e perspectivas que despontam com a introdução de informática na educação e nos vários setores da sociedade, cresce a demanda pôr cursos de formação de recursos humanos para a área de informática. A partir disso, o autor traz informações sobre os processos de regulação e de estruturação dos cursos de bacharelado de Computação de Processamento de Dados, em várias universidades brasileiras, incluindo suas cargas horárias e currículos mínimos. Finaliza o texto trazendo conclusões dos estudos efetuados pela Comissão especial de Educação da Secretária Especial de Informática - SEI/MEC, em 1982, que aborda aspectos quantitativos e qualitativos do ensino de informática no país.

Seminário de Pesquisa.Em Aberto,Brasília,v.2,n.17,.Julho,1983. O texto divulga o Seminário de Pesquisa, patrocinado pelo IBICT, pelo IPEN e a FAPESP.

O seminário é dirigido especialmente aos bibliotecários de academias, universidades e bibliotecas especializadas. O objetivo do encontro é demonstrar a utilidade de alguns conceitos e métodos de pesquisas, a fim de facilitar o auxílio prestado aos usuários destas bibliotecas.

. Encontro de Educação Física.Em Aberto,Brasília,v.2,n.17,.Julho,1983.O texto divulga o II Encontro Nacional de Educação Física, promovido pela Secretaria da Educação Física e Desporto - SEED - do Mec. O objetivo do evento é discutir novas propostas que visam a melhoria dos cursos e escolas de Educação Física. O encontro é destinado aos diretores, chefes de departamento e presidentes dos diretórios acadêmicos destas escolas.

Guia das Agências Financiadoras de Pesquisa.Em Aberto,Brasília,v.2,n.18,.Agosto,1883.O texto divulga a publicação do Guia para obtenção de Recursos para Pesquisa.

Editado pelo Conselho de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais ( UFMG ), o guia oferece informações detalhadas sobre normas e prazos para a obtenção de bolsas e auxílios para pesquisas junto aos principais órgãos financiadores e, ainda, traz um roteiro para a elaboração de projetos, relatórios, carta consulta, indicação bibliográfica e um calendário dos principais eventos na área.

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CUNHA, Luíz Antônio. A Universidade Crítica. O Ensino Superior na República Populista.Em Aberto,Brasília,v.2,n.18,.Agosto,1983.

O texto resenha o livro "A Universidade Crítica, o ensino superior na República Populista", de Luíz Antônio Cunha. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1983, 260 p. ( Coleção Educação em Questão ). Estuda o processo de transformação do ensino superior no Brasil no período 1945/1964. Explicita a expansão e modernização ocorridas no ensino superior nesse período, e a participação do estado, professores e estudantes nesse processo.

Educação e Saúde. Em Aberto,Brasília,v.2,n.13,.Fevereiro,1983..O texto traz divulgação, feita pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em

Saúde Coletiva ( ABRASCO ), sobre curso dirigido a docentes da área de saúde coletiva, para atualizar e aperfeiçoar as práticas educativas desenvolvidas nos cursos de saúde pública e em residências em medicina social. A nota explicita que as trinta vagas do curso serão preferencialmente cedidas aos docentes e residentes das regiões norte, nordeste e centro-oeste. Temas que serão abordados: o papel do estado na formulação e implementação de política e programas de saúde nas sociedades capitalistas; prática educativa em saúde; propostas participativas; e o papel do ensino das ciências sociais em saúde coletiva.Fórum da Universidade Paulista.Em Aberto,Brasília,v.2,n.13,.Fevereiro,1983.

O texto informa sobre a criação do Fórum da Universidade Paulista, cujo objetivo maior é o questionamento e a busca de soluções para os problemas que afligem a instituição universitária. Participam deste fórum representantes da USP, da UNICAMP e da UNESP.

Norte e Centro-Oeste debatem Pesquisa Educacional. Em Aberto,Brasília,v.2,n.18,.Agosto,1983.

O texto informa sobre a realização do "Seminário sobre Pesquisa Educacional nas regiões Norte e Centro-Oeste: trajetória e perspectivas", em Mato Grosso. Promovido pelo INEP, órgão do Mec responsável pela pesquisa educacional no país, o encontro objetivou o conhecimento da evolução e atuais condições de pesquisa nessas regiões, a fim de identificar formas de apoio aos grupos de pesquisa. Participaram do seminário grupos de pesquisadores de diversas universidades das regiões norte e centro-oeste. As análises feitas durante o seminário concluíram ser preciso: uma definição clara de uma política de apoio à formação e consolidação de grupos de pesquisa; a criação de mecanismos mais ágeis para a divulgação de resultados; criação de programas de intercâmbio regional e nacional, de consultoria e assessoria de bolsas de pesquisa; apoio à formação pós-graduada dos pesquisadores; dotação às instituições de bibliotecas básicas de educação

VII Reunião da ANPED. Em Aberto,Brasília,v.3,n.19,.Março,1984.O texto divulga a VII Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Educação - ANPED, realizada na Faculdade de Educação da UnB, tendo por temática: o doutorado em educação no Brasil, situação atual e perspectivas. A nota informa que, além dos painéis, mesas-redondas e comunicações, foi reservado um espaço para encontros livres de grupos interessados na área, reunião plenária e assembléia da ANPED.

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FÁVERO, Osmar. A Universidade e o Ensino Supletivo.Em Aberto,Brasília,v.2,n.16,17 -23.Junho,1983.

O artigo traz análises dos resultados de pesquisas sobre o ensino supletivo, realizadas na PUC/RJ e na UnB, coordenadas por Claúdio de Moura Castro e Jacques Rocha Velloso. Este estudo pretendeu analisar, criticamente, as origens, características, funções concretas e o desempenho do ensino supletivo, bem como propor correções alternativas necessárias para a melhoria dessa modalidade de ensino. O autor faz algumas análises dos relatórios formulados pelo grupo de trabalho que fixou a política do ensino supletivo presente na lei no. 5692/71. Também são feitas algumas incursões no Sistema Nacional de Mão-de-obra do Ministério do Trabalho, considerado importante por existir de modo paralelo ao ensino supletivo e por trazer uma concepção desviante do que originalmente se elaborou para este ensino. Compara os dois programas, apresentando algumas implicações quanto aos resultados pedagógicos e sociológicos que alcançaram. Finaliza afirmando que a universidade deve assumir a responsabilidade da realização de estudos sistemáticos em relação ao ensino supletivo, do mesmo modo que vem fazendo em relação às outras modalidades de ensino.

CASTRO, Norma W. S. Pereira de. Seminário Internacional de Educação e Trabalho. Em Aberto,Brasília,v.3,n.19,49 - 51.Março,1984.

O texto resenha o livro Seminário Internacional de Educação e Trabalho. Rio de Janeiro: Instituto Evaldo Lodi, ago. 1981, que traz uma coletânea de conferências proferidas por ocasião daquele seminário, de âmbito internacional, patrocinado pela Confederação Nacional do Trabalho e apoiado pela UNESCO. A partir de vários enfoques, inclusive estrangeiros, a coletânea oferece textos que buscam propostas de um melhor entrosamento entre universidade e empresas, no que se refere à profissionalização; qual é o papel da universidade e das empresas na educação profissional de executivos; política científica e as relações universidade empresas; as orientações e resultados da política governamental nos últimos 15 anos referente à formação superior para o trabalho; a busca das empresas por um modelo de educação que visa a formação de administradores, etc. São apresentadas propostas de formas de entrosamento entre empresa e universidade, e gráficos e quadros estatísticos desenvolvidos pela OIT e UNESCO, que comprovam mudanças na filosofia do ensino profissionalizante e o crescimento deste setor.

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TEDESCO, Juan Carlos. Os paradigmas da Pesquisa Educacional na América Latina. Em Aberto,Brasília,v.3,n.20,1 - 11.Abril,1984.

O artigo traz reflexões sobre o problema da pesquisa educacional, quanto a eficiência e a eficácia de seus resultados para a prática educativa sistemática. O momento de redimensionamento das funções sociais da educação, decorrentes das transformações da sociedade e do comportamento dos agentes envolvidos na realidade educacional, indicam o esgotamento dos principais paradigmas teóricos que até então estão orientando a pesquisa sócio-educacional: o paradigma da teoria educacional liberal, o paradigma economicista e o paradigma dos enfoques crítico-reprodutivista. Descritas as suas abordagens e contextualizados os momentos históricos em que cada um destes paradigmas dominaram a pesquisa educacional, o autor aponta outra dificuldade: a dissociação existente entre as análises da educação como fenômeno e objeto de polítícas sociais, de um lado, e como fenômeno individual e atividade de aprendizagem por outro. Indicam-se os grandes eixos problemáticos da educação latino-americana, que podem definir-se na construção de um novo paradigma educacional. Dentre os problemas indicados, destaca o comportamento dos diferentes agentes sociais que participam nas tomadas de decisões educacionais: estado, setores dominantes, professores, pais e alunos. Perguntar, portanto, a quem servem os resultados da pesquisa educacional, define o problema da vinculação entre a prática teórica e a prática sócio-política, na medida em que seja revalorizado o papel desse conjunto dos agentes envolvidos no processo educacional.

FREITAG, Bárbar. Política Sociale Educação. Em Aberto,Brasília,v.4,n.27,1-15.Julho,1985.

O artigo objetiva caracterizar a política educacional brasileira, inserida no projeto mais abrangente de política social executada nos últimos vinte anos pelo regime militar. Após definir o que é política social e sua evolução no estado moderno capitalista, e de situar o caso brasileiro num contexto de capitalismo dependente e carcterizado por um "ecletismo de estruturas", a autora analisa três eixos temáticos da política educacional brasileira: a privatização do ensino superior, o ensino profissionalizante no 2o. Grau e o atendimento ao menor carente escolarizado. O forte intervencionismo e autoritarismo que caracterizaram as políticas voltadas para as universidades públicas, bem como o alto grau de permissividade em relação ao credenciamento de novos cursos e faculdades, sem qualquer controle efetivo de qualidade do ensino, possibilitou uma inversão nos setores privados e públicos. A universidades públicas e diurnas se elitizaram e concentraram seus investimentos em cursos de ciências exatas e de alta tecnologia, e as escolas superiores privadas e noturmas se proletarizaram, oferecendo os cursos da área de humanidades. Às classes trabalhadoras fica a "sobra": cursos noturnos, pagos, de má qualidade. Assim, a política educacional brasileira demonstrou ser uma das mais eficazes políticas sociais do estado capitalista, na medida em que contribuiu para a manutenção das bases de funcionamento do sistema de acumulação.

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Extensão Universitária: comunicação ou domesticação? Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,.Abril,1986.

O texto resenha o livro Extensão Universitária: comunicação ou domesticação?, de Roberto Mauro Gurgel, São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1986, 182 p. (Coleção Educação Contemporânea). Destinado a estudantes vinculados a programas de História da Educação Brasileira e de Pedagogia em geral, o livro faz uma reconstituição da trajetória das diferentes concepções de extensão universitária. O estudo é realizado com base na lei 5.540/68, a partir da qual redefiniu-se o perfil da universidade brasileira. Apresenta ainda, sob o referencial teórico da proposta de Gramsci, uma análise sobre o papel desempenhado pela extensão universitária, no que diz respeito ao relacionamento universidade/sociedade.

Pesquisa em Educação. Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,.Abril,1986.O texto resenha o livro Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas, de Menga

Lüdke e Marli E. D. ª André. São Paulo, E.P.U., 1986. 99p. A obra é destinada a estudantes e professores dos cursos de graduação em Pedagogia e de Licenciatura, que buscam subsídios para o desenvolvimento de recursos metodológicos da pesquisa em educação na perspectiva das abordagens qualitativas. Focaliza a pesquisa etnográfica e o estudo de caso, abordando os principais aspectos que caracterizam cada um deles e também os métodos de coleta de dados, além de incluir exemplos específicos de cada um dos métodos.

Educação Tecnológica é avaliada. Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,.Abril,1986.O texto informa sobre a instituição de um grupo de trabalho encarregado de avaliar

o sistema de educação tecnológica de nível superior em relação ao setor produtivo. Instituído pela Secretaria da Educação Superior, o grupo tem como objetivo apresentar subsídios e sugestões para o estabelecimento de uma política de recursos humanos compatíveis com as necessidades do desenvolvimento tecnológico do país.

Encontro focaliza pesquisa em educação. Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,.Abril,1986.O texto informa sobre o VI Encontro de Pesquisa em Educação do Nordeste,

promovido pelos programas de pós-graduação em Educação do Nordeste, Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal da Bahia. O encontro objetivou promover o intercâmbio de informações e o debate acerca de pesquisas educacionais, visando propiciar aos pesquisadores um aprofundamento teórico-metodológico e contribuir para o aperfeiçoamento da pesquisa em educação. Como conclusão do evento, foi elaborado um documento sobre educação do Nordeste, com a finalidade de oferecer subsídios à Assembléia Nacional Constituinte.

Educação e Constituinte.Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,.Abril,1986.O texto informa sobre a realização da IV Conferência Brasileira de Educação ( IV

CBE ), que tem como objetivo oportunizar um encontro de educadores brasileiros de todos os níveis, a fim de que possam analisar criticamente a política nacional , e apresentar propostas que sirvam como subsídios para uma política nacional de educação a serem incorporados na nova constituição. O evento é uma promoção conjunta da Associação Nacional de Educação ( ANDE ), da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação ( ANPED ) e do Centro de Estudos de Educação e Sociedade ( CEDES ). O tema central da conferência é "Educação e Constituinte", e serão abordados vários subtemas, dentre eles "A função sócio-política da Universidade hoje".

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BELLONI, Isaura. Educação Superior Pública: um compromisso com a ciência e a justiça social.Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,29 - 31.Abril,1986.

O artigo, partindo do princípio da educação como um direito individual e social, inalienável da cidadania, oferece argumentos que defendem o ensino público. Especificamente no ensino superior, o caráter público de sua oferta torna-se ainda mais acentuado, pois este é responsável pela formação dos recursos humanos mais qualificados de uma nação, portanto, não pode estar submetido às leis do mercado. Ao contrário, deve estar comprometido com a melhoria das condições de vida da população e com o avanço científico e tecnológico. As instituições privadas de ensino superior não têm condições de desenvolver a pesquisa, e nem de formar pesquisadores, pois tais empreendimentos demandam grandes investimentos financeiros e de recursos humanos a médio e a longo prazo. Além do mais, a educação em nível superior também é um direito do cidadão. Assim, é obrigação do estado ampliar a sua oferta e a acessibilidade para os setores excluídos da população. Cabe também ao estado a responsabilidade de introduzir e preservar padrões de qualidade do ensino e da pesquisa.

SPOSITO, Marília Pontes. O curso superior noturno: nada de novo na Nova República.Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,33 - 36.Abril,1986.

O artigo apresenta vários argumentos em defesa da expansão dos cursos noturnos no ensino superior público, com a ressalva de que não pode ser possível repetir a mesma política expansionista que privilegiou a iniciativa privada, e que permitiu a oferta de cursos precários e decorrentes exclusivamente do aparato produtivo. Considera que um governo democrático deve atender às reivindicações de grupos sociais mais amplos, e que aspiram a uma participação maior da produção do conhecimento e na democratização dos produtos da cultura. A educação superior pública, portanto, deve ter como finalidade o atendimento de setores mais diversificados da sociedade brasileira, e a escola noturna apresenta-se como uma das possíveis opções para essa expansão. Para que tal objetivo seja alcançado, é preciso fazer pesquisas sobre o curso superior noturno, para que se abram perspectivas que conduzam à melhoria de seu desempenho, em seus aspectos pedagógicos e políticos. É necessário avaliar densa, sistemática e objetivamente, as práticas e as representações de professores e alunos destes cursos; e ainda, criar mecanismos e diretrizes que possibilitem uma real fiscalização dos estabelecimentos superiores particulares que, atualmente, detêm grande parte das matrículas de estudantes em cursos noturnos.

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NOGUEIRA, Maria Thereza Leandro. escola pública, escola particular e democratização do ensino.Em Aberto,Brasília,v.5,n.30,53 - 59.Abril,1986.

O artigo resenha o livro "Escola pública, escola particular e a democratização do ensino", por Luiz Antônio Cunha, São Paulo, Cortez, Autores Associados, 1985. 160 p. A obra é uma coletânea de textos apresentados em simpósio da III Conferência Brasileira de Educação. A linha orientadora que permeia os textos é o da afirmação da escola pública como exigência da democratização do ensino. Quatro textos de Luiz Cunha encerram a coletânea, e destes, três são referentes ao ensino Superior. Em "O lugar da escola superior particular: contribuição para o debate", Cunha registra as mudanças ocorridas na organização da sociedade civil que definiram o papel da escola superior particular como uma escola supletiva à escola pública, cuja existência está condicionada à insuficiência quantitativa e qualitativa da escola superior pública. O texto "Verbas públicas para a universidade pública" relata a expansão do setor privado de ensino e a retração das escolas públicas, nos primeiros dez anos que sucederam à implantação da ditadura militar. Reafirma a concepção de que o ensino público só pode ser estatal e que a universidade pública deve ser a única destinatária das verbas públicas. O último texto, intitulado: "ensino superior: a gratuidade necessária", trata da questão da gratuidade do ensino, manifestando seu repúdio à campanha deflagrada pelos privatistas. Cunha contra-argumenta sublinhando a arbitrariedade contida no ato da cobrança ao estudante.

FURTADO, Roberto Cossich. Universidade, escola e formação de professores.Em Aberto,Brasília,v.6,n.34,41-46.Abril,1987.

O artigo resenha o livro "Universidade, Escola e Formação de Professores" de Denise Bárbara et alli (0rgs), São Paulo, Brasiliense, 1987, 199p. Trata de uma coletânea de textos apresentados no "Seminário Itinerante: Dependência Econômica e Cultural, Desenvolvimento Nacional e Formação de Professores", realizado na USP em 1985, que discutiu vários aspectos da relação do diálogo da universidade brasileira com a produção do conhecimento à nível internacional, e suas implicações na formação dos educadores de todos os níveis de ensino. Na primeira parte são trazidas contribuições de diversos autores, sobre a temática central do questionamento da educação a partir de uma perspectiva histórica e social. A segunda parte discute problemas e propostas específicas, relativas à prática pedagógica do professor e sua formação na Universidade.

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GATTI, Bernadete.. Sobre a formação de professores para o 1o. E 2o. Graus.Em Aberto,Brasília,v.6,n.34,11-15.Abril,1987.

O artigo discute a formação de professores para o 1o. e 2o. Graus nos cursos de magistério do ensino médio e nos cursos de Pedagogia e Licenciatura. Pesquisas têm evidenciado que, na habilitação magistério de 1o. e 2o. Gruas, as disciplinas oferecidas, tanto em sua estrutura como em seu conteúdo, estão distantes dos problemas do exercício da função docente, faltando instrumentação específica para a atuação nas escolas. As faculdades particulares isoladas, que são a maioria da formação do profissional de ensino, também apresentam várias precariedades que vão desde o cumprimento das horas-aulas à qualidade do seu corpo docente. A autora sugere: reformular o currículo e as estruturas institucionais e conjunturais dos cursos de pedagogia e licenciatura; buscar uma maior articulação dos conteúdos específicos entre as disciplinas e com a realidade do ensino de 1o. e 2o. Graus. Conclui que apesar da crescente preocupação a respeito da formação do professor, algumas questões ainda não foram enfrentadas, sendo preciso criar alternativas para a formação contínua e apoiar a auto-capacitação no cotidiano escolar.

Simpósio discute Ensino de Física.Em Aberto,Brasília,v.6,n.33,.Janeiro,1987.O texto informa sobre a realização do 7o. Simpósio Nacional de Ensino de Física,

ocorrido no Instituto de Física da Universidade de São Paulo ( USP ). O objetivo do evento foi o de discutir a formação dos professores de 1o. e 2o. Graus nas áreas de Física e Astronomia. Ao final do evento, foi sugerido que os currículos de licenciatura precisam desmistificar a própria física, partindo da realidade do aluno.

Simpósio discute Ensino de Física.Em Aberto,Brasília,v.6,n.33,.Janeiro,1987.O texto apresenta conclusões do relatório elaborado pelo grupo de trabalho

instituído pela Secretaria de Educação Superior, cujas finalidades foram promover a avaliação do sistema de educação tecnológica de nível superior em relação ao setor produtivo, e oferecer subsídios para o estabelecimento de uma política de formação de recursos humanos que acompanhem o desenvolvimento tecnológico do país. Dentre as várias recomendações apresentadas pelo grupo, destacam-se: necessidade de instituições sérias e equipadas que atendam exclusivamente a este tipo de ensino; criação junto à Sesu/MEC de uma Coordenação Nacional de Educação Tecnológica ( CONETEC ) como unidade técnica e administrativa de assessoria e apoio ao ensino tecnológico; inserção da categoria funcional de tecnólogo no grupo de cargos de nível superior do governo federal; estabelecimento de um currículo mínimo para os cursos superiores de tecnologia.

MARFAN, Marilda ª. Refletindo a Pesquisa Participante.Em Aberto,Brasília,v.5,n.31,49-52.Julho,1986.

O artigo resenha o livro "Refletindo a Pesquisa Participante", de Maria Ozamira da Silva e Silva. São Paulo, Cortez, 10986, 168p. Discute a pesquisa participante, que desde 1980 tem aumentado o número de trabalhos. Dividido em três capítulos, o livro discute e critica o modelo positivista da ciência e os fundamentos que norteiam o crescimento dos estilos participativos de pesquisa; discorre sobre o posicionamento de diversos autores; os aspectos centrais da pesquisa participante e suas diferentes modalidades; sua fundamentação teórica; e propostas metodológicas e análise da participação enquanto característica central dos modelos participativos de pesquisa.

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MARFAN, Marilda ª. A pesquisa em Educação: abordagens qualitativas.Em Aberto,Brasília,v.5,n.31,43-48.Julho,1986.

O artigo analisa o livro "Pesquisa em Educação: uma abordagem qualitativa", de Menga Ludke e Marli E. D. André. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária, 1986, 99p. A obra traz reflexões e exemplos de pesquisa educacional: métodos específicos para a área da educação, seus principais obstáculos e soluções. Os exemplos são o relato de duas dissertações de mestrado do Departamento de Educação da PUC/RJ. A primeira delas tem como foco principal o problema do fracasso escolar das escolas públicas. A segunda refere-se ao problema das concepções e práticas de avaliação nas escolas de 1o. Grau e seu papel no alto índice de abandono escolar verificado nesse nível de ensino.

DAMASCENO, Maria Nobre. Questões teóricas e práticas da pesquisa social e educacional.Em Aberto,Brasília,v.5,n.31,31-41.Julho,1986.

O artigo traz reflexões sobre métodos, processos de produção do conhecimento e finalidades das ciências sociais e educacionais na sociedade. Parte do pressuposto de que o trabalho do cientista possui conotação de classe, carregado de significado e compromisso político e do reconhecimento de que o saber popular é uma importante fonte do processo de investigação. A investigação social é visualizada como atividade de reflexão teórica-metodológica e como prática política, e que requer uma abordagem de natureza crítico-dialética. Traz algumas contribuições das sociologias fenomenológico e críticas sobre questões relacionadas ao modo de obtenção das informações e sua validade científica.

GOERGEN, Pedro. A pesquisa educacional no Brasil: dificuldades, avanços e perspectivas.Em Aberto,Brasília,v.5,n.31,1-18.Julho,1986.

O artigo reúne várias observações sobre pesquisa educacional no Brasil, colhidas em livros, textos, relatórios de pesquisa e na experiência do autor na orientação de dissertações e teses. A primeira parte discute questões epistemológicas e traz alguns apontamentos sobre a pesquisa qualitativa e quantitativa, que dividem a área da pesquisa educacional, e o relacionamento da investigação educacional com as chamadas ciências auxiliares. A segunda parte traça a evolução histórica da pesquisa educacional no Brasil, mostrando os principais enfoques temáticos e metodológicos por ela assumidos, desde que foi organizada institucionalmente, por volta dos anos 40. A terceira parte discute alguns aspectos da pesquisa educacional na década de 80, agrupando os vários tópicos mencionados em aspectos positivos e em dificuldades existentes e desafios que se colocam. O artigo conclui reafirmando a necessidade de se estabelecer o relacionamento entre teoria e prática, e a importância de a pesquisa educacional estar a serviço do professor de 1o. e 2o. Graus.

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KUENZER, Acácia Zeneida. A pesquisa em educação no Brasil: algumas considerações.Em Aberto,Brasília,v.5,n.31,19-23.Julho,1986.

O artigo aponta dificuldades de diferentes naturezas que persistem no processo de produção do conhecimento em educação no Brasil. Destaca o caráter de descontinuidade e dispersão que tem marcado o desenvolvimento da pesquisa educacional; a indefinição das áreas de concentração dos cursos de pós-graduação; a falta de financiamento à pesquisa e de apoio institucional para a criação e consolidação de grupos de pesquisa; a baixa qualificação dos recursos humanos egressos dos cursos de pós-graduação comprometendo a qualidade da produção da pesquisa educacional. Tece algumas considerações sobre a dicotomia entre teoria e prática. Finaliza afirmando que para a produção de um conhecimento sobre educação, é primordial que se considere a realidade como objeto de interpretação e também como ação do pesquisador, tendo em vista a transformação da sociedade.

BRANDÃO, Zaia. A pesquisa em educação e o impacto do crescimento da pós-graduação no Brasil.Em Aberto,Brasília,v.5,n.31,25-30.Julho,1986.

O artigo traz algumas hipóteses da autora sobre a questão da pesquisa em educação, analisada a partir da expansão da pós-graduação no Brasil. Por um lado, a expansão da pós-graduação teve um impacto quantitativo no total da produção, mas por outro reflete a incompetência da maioria dos cursos em habilitar sua clientela nos requisitos mínimos de metodologia de pesquisa, que venham a garantir a qualidade necessária às dissertações de mestrado. A trajetória da pós-graduação em educação e em outros cursos tem caminhado numa rota essencialmente credencialista, imposta por uma política educacional dependente e de interesses espúrios à área, descomprometida com a qualidade do trabalho acadêmico. A ambigüidade dos critérios para a abertura de novos cursos e a expansão das matrículas desproporcional ao número dos mestrandos que conseguem se titular, comprovam o descompromisso inerente à política educacional em vigor. Outros problemas são destacados: relação entre perda do poder aquisitivo das bolsas de estudos e a qualidade e quantidade das produções da pós-graduação; divisão social do trabalho dentro do mundo acadêmico que quebra o princípio da indissociabilidade da pesquisa e ensino.

Pesquisa Universitária e Sociedade.Em Aberto,Brasília,v.6,n.35,.Julho,1987.O texto informa sobre Seminário realizado na Universidade de Santa Maria, Rio

Grande do Sul, destinado a professores universitários e ex-bolsistas em Administração Científica da República Federal da Alemanha. Os expositores do evento são autoridades da CAPES, CNPq, embaixada da RFA, UFRGS, FAPERGS, entre outras. Os principais temas abordados são: Sociedade e Pesquisa Universitária, Estudo e Pesquisa Universitária, e Estado e Pesquisa Universitária.

I Seminário de Pesquisa em Educação no Estado do Pará.Em Aberto,Brasília,v.6,n.36,.Outubro,1987.

O texto informa sobre a realização do I Seminário de Pesquisa em Educação, no estado do Pará, promovido pelo Centro de Educação da Universidade Federal do Pará e pelo Serviço de Planificação e Pesquisa em educação. O evento teve por objetivos promover a articulação e troca de experiências, entre profissionais da educação vinculados a instituições que realizam pesquisas e experiências na área de educação, naquele estado, e debater sobre as correntes teóricas na pesquisa educacional no país.

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Ensino Superior é Avaliado.Em Aberto,Brasília,v.6,n.35,.Julho,1987.O texto informa sobre a realização do Encontro Internacional sobre avaliação do

Ensino Superior, promovido pela Secretaria de Educação Superior do MEC, com apoio da Organização dos Estados Americanos. Reunindo participantes de países latino-americanos, o encontro discutiu modelos de IES implantados no Japão, Canadá, França e Inglaterra e os seguintes temas: avaliação de sistemas de educação superior, avaliação de desempenho de instituições de ensino superior, avaliação da qualidade do ensino ( cursos/carreiras ) e conseqüências e impacto da avaliação.

II Seminário Anglo-Brasileiro.Em Aberto,Brasília,v.6,n.35,.Julho,1987.O texto informa sobre a realização do II Seminário Anglo-Brasileiro sobre Ciência,

Tecnologia e Educação, promovido pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais/MEC. Realizado na UnB, o seminário teve por objetivo discutir as relações entre ciência, tecnologia e educação na formação de recursos humanos para o sistema produtivo e estimular a cooperação entre o Brasil e a Grã-Bretanha naquelas áreas. Entre diversos temas, foram discutidas as relações entre universidade, pesquisa e indústria.

Bolsistas tem Seminário de Avaliação.Em Aberto,Brasília,v.6,n.36,.Outubro,1987.O texto informa sobre a realização do Seminário sobre avaliação dos bolsistas no

exterior, promovido pelos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, com o objetivo de avaliar o processo de acompanhamento dos bolsistas no exterior, desenvolvido por agências nacionais e internacionais. Teve também como objetivos, propor medidas que visam à melhoria do processo utilizado pelas agências nacionais para o acompanhamento dos bolsistas no exterior e traçar estratégias para o estabelecimento de uma sistemática de acompanhamento pós-treinamento no exterior.

MADEIRA, Vicente de Paulo Carvalho. Administração da Educação, hoje: o desafio da transição a nível de Ensino Superior.Em Aberto,Brasília,v.6,n.36,9 - 13.Outubro,1988.

O artigo traz reflexões sobre os desafios e perspectivas da administração educacional no nível superior, à época da transição democrática da sociedade brasileira. O autor situa o objeto da administração educacional inserido em estruturas parciais e globais da sociedade, e nas relações dialéticas que se estabelecem entre estas estruturas. Em seguida, faz uma síntese histórica da expansão e do processo de democratização do ensino superior brasileiro, afirmando que o administrador educacional, hoje, é herdeiro de uma complexa situação, fruto de um aparente caos, mas que de fato procede de uma direção muito clara e nítida, profundamente coerente com a política global da sociedade - a democratização. Tece considerações a respeito da eleição direta dos administradores de IES, ressaltando que tal procedimento traz legitimidade à administração e comprometimento de toda comunidade institucional. Chama a atenção para o risco do processo eleitoral se reduzir às disputas partidárias e sindicais, e para a importância da participação em colegiados, assembléias, conselhos, etc. A recriação de tais bases participativas, porém, exige um longo aprendizado democrático de todos os envolvidos, não apenas de ordem administrativa e política, mas também psicossocial e até psico-analítica. Na conclusão afirma ser preciso que a universidade recupere sua identidade, sua função na sociedade e que se fortaleça como organização complexa, numa globalidade.

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ANPEd promove debate sobre as novas diretrizes e bases da educação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.37,.Janeiro,1988.

O texto divulga a realização da XI Reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação ( ANPED ). O objetivo principal do evento é o debate acerca das novas diretrizes e bases da educação. Destaca as palestras proferidas pelos dirigentes das principais agências financiadoras de pesquisa em educação e a análise de relatórios de avaliação da CAPES. Traz também os temas abordados nas mesas-redondas.

Encontro sobre a pesquisa e a pós-graduação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.37,.Janeiro,1988.O texto informa a realização do IV Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e

Pós-Graduação, em Gramado, RS. O objetivo do evento é o de discutir temas relacionados às várias questões das atividades-fim e das atividades-meio das áreas de pesquisa e pós-graduação nas universidades. A participação do encontro foi aberta aos pró-reitores de pesquisa e de pós-graduação das universidades brasileiras e representantes das agências de fomento à pesquisa e pós-graduação, bem como especialistas nos temas em pauta.

Encontro sobre a pesquisa e a pós-graduação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.37,.Janeiro,1988.O texto divulga a realização do II Encontro Internacional de Universidades da

América Latina, cujo tema central é o desenvolvimento institucional da universidade. O evento terá a participação de 22 instituições de nível superior latino-americanas e 5 européias. Destacam-se os seguintes temas: ausência de recursos financeiros, aperfeiçoamento de professores, pesquisa científica e qualificação docente. Outro objetivo é a ampliação do intercâmbio entre as instituições, visando a busca de soluções para problemas técnicos e sociais de cada participante.

Encontro Estadual sobre Currículo de Ensino Superior.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,.Abril,1988.

O texto divulga a realização do Encontro Estadual sobre Currículo do Ensino Superior de 3o. Grau em Recife, Pernambuco. O encontro é coordenado pela assessoria de assuntos universitários da Secretaria de Educação de Pernambuco e apoiado pelo INEP. O evento pretende promover uma reflexão ampla sobre currículo do ensino de 3o. Grau, identificando-o como instrumento básico para a formação da cidadania, na perspectiva de articulação da cultura popular com o saber universal, de forma a construir um saber instrumental útil que atenda aos interesses da maioria da população. Vinte e cinco instituições de ensino superior participam do evento.

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Lei de Diretrizes e Bases da Educação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,.Abril,1988.O texto apresentao volume 7, no. 38 do periódico "Em Aberto", cuja temática é a

elaboração da nova Lei de diretrizes e Bases da educação, e na qual busca-se contribuir para o aprofundamento e ampliação da discussão a respeito das definições que a nova legislação deverá assumir. Os artigos abordam temas relativos à educação e legislação ordinária, ensino fundamental, a escola de 2o. Grau e o processo de trabalho, educação infantil, o ensino superior e a pós-graduação. Anuncia a transcrição de documentos que trazem o posicionamento da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPEd - e do Conselho Nacional de Secretários de Educação - CONSEd. Na seção resenha são apresentadas as obras que tratam sobre a compreensão do significado político das leis do ensino brasileiro e sobre o papel dos atores que fizeram parte da elaboração da lei 5540/68, que trata especificamente da Reforma Universitária.

MIRANDA, Glaura Vasques de. A Educação de 3o. Grau na Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,51 - 55.Abril,1988.

O artigo objetiva focalizar questões relativas à organização da educação superior a fim de trazer elementos para o debate da nova L.D.B. Os princípios que deverão nortear a reorganização da universidade brasileira são formulados pelo CRUB, além de outros sugeridos por Saviani. O novo texto legal deve distinguir entre objetivos e funções das instituições de ensino superior. A indissociabilidade das funções de ensino, pesquisa e extensão deve ser reafirmada e construída no nível institucional, e não apenas como iniciativas individuais como vem ocorrendo na prática. Faz algumas críticas à estrutura departamental como forma única de organização do trabalho docente, a fim de possibilitar a interdisciplinaridade necessária para o cumprimento dos objetivos do ensino superior. Devem ser pensados modelos alternativos de organização, capazes de servir às diferentes situações, áreas de conhecimento e regiões das IES. Para tanto, a autonomia para a organização da atividade acadêmica é fundamental. Por último, aborda o papel do Conselho Federal de Educação, criticado como instrumento de uniformização de políticas educacionais e castrador da criatividade, sugerindo que, em relação às universidades públicas, ele deve ter apenas a função de aprovação dos seus estatutos.

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CURY, Carlos Alberto Jamil. A pós-graduação e a nova lei de diretrizes e bases.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,57 - 59.Abril,1988.

O artigo focaliza a universidade como o lugar da produção do conhecimento original vital para a autonomia material e espiritual das sociedades, um dos principais fins da instituição universitária que só pode ser realizado na pós-graduação, devido à limitação trazida pela formação profissional inerente à graduação. Neste nível é que o estudante poderá dominar uma área específica da produção do saber. Como momento específico e aprofundado da produção do conhecimento, a nova LDB deve formalizar a pesquisa universitária, principalmente nas instituições públicas, como prioritariamente pesquisa básica, crítica e produtora de alternativas, e ter garantias de condições que não sufoquem seu dinamismo e valor. Para garantir a realização de tal objetivo, a lei deve reconhecer a necessária presença da comunidade científica nos órgãos de fomento e nas decisões maiores, e também legitimar a presença da figura das bolsas de estudo, inclusive para o exterior, e de pesquisa como meios institucionalizados de viabilização das condições necessária a uma produção séria, competente e compromissada. A capacidade de avaliação coerente e crítica é condição para a conquista da autonomia universitária que, por sua vez, não pode ser descolada do conjunto da sociedade. Por isso, o princípio da avaliação deve ser introduzido na nova lei, desde que se constitua em princípio democrático.

Por novas Bases e Diretrizes da Educação Nacional.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,61 - 61.Abril,1988.

O texto apresenta o documento final da XI Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação ( ANPEd ), realizada em Abril de 1988, em Porto Alegre. O texto faz menção às finalidades da educação, à democratização ao acesso nos diferentes níveis ou graus de ensino, e ao controle democrático sobre os recursos públicos, por entidades representativas da sociedade civil. Em relação ao ensino superior, o documento propõe: parâmetros para a concessão de verbas públicas para as IES comunitárias, filantrópicas ou confessionais; gestão democrática; objetivos para o ensino superior; funções da universidade; autonomia econômica, financeira, patrimonial, pedagógica e científica; definição para processo de avaliação institucional; mecanismos e normas que assegurem a presença da comunidade científica nas decisões de fomento à pesquisa.

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SILVA, Samuel ª. Política e Educação no Brasil - o papel do Congresso Nacional na Legislação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,71 - 74.Abril,1988.

O artigo resenha o livro Políticas e Educação no Brasil - o papel do Congresso Nacional na legislação, de Dermeval Saviani, São Paulo, Cortez, 1987, 158 p. O livro apresenta o resultado de pesquisas realizadas no Congresso Nacional sobre Legislação do Ensino, sobretudo quando foram analisadas as Leis n. 4024/61 ( LDBN ), n. 5540/68 ( Lei da Reforma Universitária ) e n.5692/71 ( LDB do ensino de 1o. E 2o. Graus ).Com referência à Lei 5540/68, o autor observa que o projeto foi elaborado por uma comissão colonialista e de caráter autoritário, cuja reforma universitária era calcada em um modelo norte-americano. Relata a forma como ocorreu a tramitação desse projeto no Congresso e o significado político do texto aprovado. Neste aspecto Saviani observa o caráter desnacionalizante e desmobilizador do modelo de modernização adotado pelo regime implantado no Brasil em 1964 e suas conseqüências no campo educacional. Caracteriza a reforma Universitária como produto de uma democracia excludente.FURTADO, Roberto Cossich. A Caminha da Lei 5540/68 - a participação de diferentes atores na definição da reforma universitária.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,75 - 78.Abril,1988.

O texto resenha a tese de mestrado de Maria Auxiliadora Nicolato, Belo Horizonte, UFMG, 1988. 519p., 2 v. Neste trabalho, a a autora buscou descrever o papel dos atores situados na esfera de ação dos órgãos governamentais, na realização da reforma Universitária. A pesquisa refere-se ao período compreendido entre o I Seminário Nacional de Reforma Universitária, realizado pela UNE, em 1961, e a promulgação da Lei n. 5540/68. Além do movimento estudantil, a pesquisa descreve a atuação do Fórum Universitário, CRUB, CFE, e analisa a contribuição que tiveram para a Reforma os relatórios de Rudolph Atcon, MEC-USAID e Meira Mattos, bem como a CPI do Ensino Superior. Afirma que o executivo promoveu e impôs a Reforma, a fim de conter o movimento estudantil e para ter o controle das universidades. Ao final, ressalta que o estabelecimento das condições em que se deu a implantação da Reforma é tão importante quanto a compreensão dos rumos assumidos pelo ensino superior a partir de 1968.

SILVA, Samuel ª da. Ciência e Libertação.Em Aberto,Brasília,v.7,n.40,65 - 67.Outubro,1988.

O artigo resenha o livro "Ciência e Libertação", de J.Leite Lopes, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978. 244p. A obra é composta por um conjunto de artigos nos quais o autor discute questões relacionadas à organização das universidades e da pesquisa científica no Brasil, e analisa alguns problemas ligados ao subdesenvolvimento dos países latino-americanos. Dentre os vários artigos, destacam-se aqules que abordam a universidade na América Latina e a postura da juventude brasileira perante o desafio do subdesenvolvimento, sobre a organização da produção cientïfica e dos institutos de pesquisa científica e o papel das questões financeiras postas pela política científica e tecnológica. Tece considerações a respeito da constituição das universidades brsilieras e de instituições de pesquisa, que têm se caracteizado pelo "congelamento de vagas"no quadro científico. Também analisa a fundação da Universidade de Brasília e suas finalidades. O objetivo da obra é defender a necessidade do desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico próprio como condição para que os países da América Latina deixem de ser dependentes das nações desenvolvidas, inclusive na área de educação.

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CUNHA, Luiz Antônio. A Universidade Brasileira nos Anos Oitenta: sintomas de regressão instsitucional.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,3 - 9.Julho,1989.

O artigo apresenta algumas reflexões sobre a crise de identidade da universidade brasileira. Inicialmente faz uma breve retrospectiva sobre as origens das instituições universitárias até a promulgação da lei n. 5540/68. Nesse período as IES eram basicamente voltadas para o ensino, e a pesquisa científica era feita fora das universidades. Uma nova identidade para a universidade começa a se definir a partir da segunda metade da década de 60, e os principais pontos responsáveis pela transformação das universidades são: o princípio da indissociabilidade entre ensino e pesquisa, a extinção do regime de cátedra, a incorporação da legislação da pós-graduação, e o plano de carreira docente. Destaca-se ainda, o importante papel das agências governamentais de fomento à pesquisa e aos programas de pós-graduação. Demonstra que nos anos 80 vários fatores ocorreram no engendrar da crise de identidade das instituições universitárias: o decreto Ludwig (85.487/80 ); a instituição de quotas de bolsas de pós-graduação para as universidades, bem como a redução destas; a transferência das disputas pelo poder nas universidades da esfera da competência acadêmica, acarretando uma supervalorização das atividades-meio da universidade; as críticas que os privatistas fazem contra o que chamam de desperdício de recursos nas universidades, e cujos argumentos se referem unicamente à função do ensino; e concepções equivocadas de extensão, são os pontos analisados e considerados como sintomas de enfraquecimento da nova concepção de universide afirmada nos anos 80.

DURHAM, Eunice Ribeiro. A Educação depois da Nova Constituição: a universidade e a lei de diretrizes e bases da educção nacional.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,11 - 17.Julho,1989.

O artigo tem por objetivo discutir alguns problemas do ensino superior, a fim de subsidiar a formulação de propostas para a nova lei de diretrizes e bases da educação nacional. A primeira questão abordada é o aumento da demanda por ensino superior, e sem negar o setor privado, a autora propõe a ampliação do número de estabelecimentos públicos, porém com uma diversificação dos tipos de estabelecimentos de ensino, sem que isto signifique a restrição da pesquisa à universidade, pois o desenvolvimento da pesquisa e o aprimoramento do ensino não podem, hoje em dia, ficar na dependência de uma única instituição. Em meio à diversificação de estabelecimentos de ensino superior, considera que só deverá ter reconhecimento ou credenciamento de universidade, aquela instituição que satisfaça um mínimo de condições em termos de: pluralidade das áreas de conhecimento; produção científica comprovada; qualificação do corpo docente e sua dedicação exclusiva; infra-estrutura adequada. Considera também que a questão da autonomia deve ser analisada dentro deste quadro de diversificação das IES, e demandará uma nova identidade jurídica para as universidades e a diferenciação do corpo docente do funcionalismo público. Além disso, a concepção moderna de autonomia exige mecanismos de avaliação internos e externos, que permitem verificar o desempenho das universidades e não as formas de organização. Finaliza aprofundando as concepções de democratização da educação superior e de integração entre o ensino superior e os outros níveis de ensino.

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MACEDO, Horácio Cintra de Magalhães.. a Universidade num país periférico.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,19 - 23.Julho,1989.

O artigo tece algumas considerações sobre os papéis assumidos pelas universidades ao longo da história, evidenciando uma estreita relação entre elas e o sistema produtivo. Faz um breve relato histórico da implantação da universidade no Brasil, destacando o papel subordinado da instituição em suas origens, e que perpetuou-se até a tomada de consciência dos setores dirigentes do sistema produtivo em meados da década de cinqüenta, quando o parque industrial expandia-se no processo de internacionalização. Os governos autoritários instalados em 64 efetivaram a concepção de que as universidades deveriam ser órgãos do sistema produtivo, com funções bem determinadas e com tarefas e metas a cumprir dentro deste sistema. Em 20 anos, este modelo predominantemente tecnicista esgotou-se devido à incompatibilidade do plano de modernização e as estruturas arcaicas de dominação que predominam na sociedade brasileira, e devido à rápida expansão do conhecimento científico e tecnológico em nível internacional. A tentativa de orientar o desenvolvimento das universidades mediante o financiamento paralelo da pesquisa, é outro aspecto questionado pelo autor, desde que na prática há uma diminuição sistemática dos recursos alocados e o crescimento do processo de empresariamento das universidades. Porém, a universidade pode seguir um modelo menos pragmático e mais socializado. Conclui observando que é preciso fazer um esforço orientado para uma política estabelecida pelos órgãos representativos da sociedade e voltada para a melhoria das condições de vida da população. É necessário que ela seja pública e gratuita e que o entrelaçamento com o sistema produtivo fique subordinado aos objetivos da universidade.

SOUZA, Paulo Renato. Os Riscos do Corporativismo na Educação.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,25 -28.Julho,1989.

O artigo apresenta propostas para a nova legislação da educação, a fim de buscar soluções para os problemas existentes na organização do sistema de ensino, nas relações entre universidade e sociedade e na ausência de vinculação entre educação, estado e sociedade. Aponta como distorção o fato de que os alunos vindos das escolas públicas somente tenham acesso às escolas de terceiro grau privadas e de qualidade inferior. As soluções estariam na melhoria da escola pública de 1o. e 2o. Graus e na definição de um sistema de ensino superior que contemple numa estrutura matricial vários tipos de instituições e vários níveis de especialização para cada uma delas. O projeto de autonomia universitária deve ser associado a um permanente processo de avaliação, com participação de instâncias externas, processo este que deverá ser a base dos mecanismos de credenciamento e recredenciamento periódico das IES. Também em relação à autonomia na escolha dos dirigentes, a legislação deve contemplar e consolidar o processo de indicação dos dirigentes, e que o corpo docente tenha um peso maior que os demais segmentos da comunidade, a fim de reforçar a hierarquia universitária. Destaca também os desperdícios que fazem com que os poucos recursos que a educação recebe sejam ainda menos aproveitados. Aponta como desperdício a pequena carga horária dos docentes em sala de aula, a aposentadoria especial e a permanência de alunos relapsos. Portanto, a nova legislação deve detalhar não apenas os direitos da educação, mas também os deveres da educação e os direitos da sociedade a serem atendidos pela educação.

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RIBEIRO, Sérgio Costa. Universidade Pública: soberania a e outros bichos.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,29 - 32.Julho,1989.

O artigo focaliza a discussão sobre a autonomia das universidades públicas brasileiras como um imperativo ao bom funcionamento do modelo preconizado na Lei 5540/68, no qual o ensino, pesquisa e extensão são funções indissociáveis. O autor apresenta questões que no seu entendimento permitem entender o porquê deste modelo ser tão defendido pela comunidade acadêmica, sendo uma delas a disputa de caráter ideológico que existe dentro e fora da universidade, disputa esta que procura definir a verdadeira função da educação universitária. Acrescenta que duas outras questões precisam ser analisadas com mais rigor: a presença majoritária de alunos pertencentes aos estratos mais privilegiados da sociedade nas universidades públicas, e a internacionalização do capital mais a exportação e importação de tecnologia. Questiona as propostas que defendem o fim do vestibular unificado e o fechamento de cursos de formação de docentes dos graus anteriores de ensino quando as vagas destes cursos, em sua maioria, ficam ociosas. Observa que, quanto a escolha de dirigentes das IFES, as propostas apresentadas confundem comunidade universitária e sociedade civil, pois a bandeira do igualitarismo é incompatível com a natureza da universidade, que é uma comunidade meritocrática. Sobre o controle dos recursos, observa que a gestão de recursos públicos sem nenhum controle do Estado pode configurar-se num privilégio cartorial que nada tem a ver com a idéia de estado democrático. Portanto, na nova legislação educacional há que prevalecer a participação do estado na escolha dos dirigentes, o império da meritocracia e uma democratização interna da gestão universitária, onde o mérito seja a mais importante fonte de poder do que o sindicato corporativo.

FÁVERO, Maria de Lurdes Albuquerque. Ensino Superior, universidade e a nova LDB.Em Aberto,Brasília,v.7,n.38,45 - 50.Julho,1989.

O artigo aborda algumas questões referentes à concepção e à reestruturação das IES, a fim de apontar propostas para a elaboração da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Defende o princípio da educação como direito do cidadão e dever do Estado, e a necessidade de viabilizar a ampliação e o fortalecimento da rede pública em todos os níveis. Especificamente em relação ao ensino superior, destaca as seguintes questões para debate: condições que viabilizem nas instituições universitárias as funções de ensino, pesquisa e extensão; formas atuais e futuras de organização das IES; democratização das instituições universitárias, em termos de acesso e gestão; autonomia universitária; integração entre instituições universitárias, sistemas de ensino e a escola de 1o. e 2o. Graus; avaliação. A concepção de universidade a ser postulada pela nova lei deve levar em conta suas responsabilidades e finalidades em relação à realidade histórico-sócio-cultural brasileira, caracterizada por constantes mudanças e crises. Isso implica num estreitamento das relações entre ensino, pesquisa e extensão nos mais variados campos , e eximi-la de tal papel é contribuir para a deterioração do ensino superior no país.

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BRAGA, Ronald. As Universidades Federais e a Constituição de 88.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,33 - 37.Julho,1989.

O autor inicia focalizando o Artigo 39 da seção II - "Dos Servidores Públicos Civis"- ressaltando alguns aspectos que atingem, de modo direto ou indireto, as universidades federais. Tal artigo contém implicações para a Lei da Isonomia e para aposentadoria integral de docentes e técnicos administrativos. Mostra que no capítulo referente à educação e cultura, a adoção de regime jurídico único por todas as instituições de ensino mantidas pela união poderá configurar uma certa incompatibilidade com o art. 207 que trata da autonomia das universidades. A Constituição estabelece também em "Sistema Federal de Ensino" e, no art. 2214, atribui outras tarefas à Universidade pública vinculadas aos outros níveis de ensino. E o autor alerta para as propostas que estão sendo feitas por grupos organizados que mais parecem com maquiagens das velhas leis 554/68 e 5692/71, ou, pior ainda, panfletos corporativistas com reivindicações do tipo o céu é o limite. Os debates sobre a nova LDB, até o momento, têm sido marcados pela ausência de um projeto político da Educação que seja capaz de transformá-la em instrumento de outras mudanças substanciais no país. Apresenta, também, algumas reflexões sobre o campo de possibilidades que o conceito de autonomia constitucional abre para as universidades, e propõe que elas comecem pela autonomia didático-científica, com o objetivo exclusivo de buscar a melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão.

SOBRAL, Fernanda ª da Fonseca. Universidade e Pesquisa na Nova Instituição.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,39 - 42.Julho,1989.

O artigo pretende mostrar como foi considerado na Constituição o papel da universidade no desenvolvimento da pesquisa científica e a sua importância para a autonomia nacional. Para isso, são analisadas propostas elaboradas pelo aparelho estatal e pela sociedade civil na fase das subcomissões, verificando como elas são incorporadas ou alteradas nos textos constitucionais, a partir da ação de determinadas forças políticas. Analisa as propostas do MEC feitas à subcomissão de Família, Educação e Cultura e Esportes, que sugerem a retirada da indissociabilidade entre ensino e pesquisa da definição de universidade brasileira e, por outro lado, declaram que 85% da pesquisa do país se realiza na Universidade Pública, e que a pós-graduação é o sistema educacional mais autônomo cientifica e tecnologicamente. A seguir, analisa as propostas formuladas pelo Fórum Nacional de Educação na Constituinte em Defesa do Ensino Público e Gratuito, que defende a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e extensão e a autonomia científica do país. Destaca as plataformas da SBPC, da ANDES e da UNE, ambas reforçando a responsabilidade do Estado para com o incentivo da pesquisa científica e tecnológica e seu papel na soberania do país. Apresenta as propostas do Movimento de Ciência e Tecnologia na Constituinte para o desenvolvimento social, do qual participaram a ABNDES e a SBPC, e que afirmam a responsabilidade do Estado com a pesquisa básica e a formação de cientistas e tecnológos. Conclui observando que no texto final da Constituição não ficou expressa claramente a garantia de autonomia para a pesquisa básica financiada pelo poder público, refletindo o conflito entre financiamento público e autonomia científica, e a tentativa de conciliar as tendências estatizantes e privatistas, restando , na elaboração da legislação ordinária, a mobilização política das comunidades científica e universitária para assegurar que suas propostas sejam contempladas.

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PEIXOTO, Maria do Carmo de Lacerda. Ensino Superior e Assembléia Nacional Constituinte: o público e o privado mais uma vez em questão.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,43 - 49.Julho,1989.

O artigo analisa o movimento dos diferentes agentes sociais que atuaram na Assembléia Constituinte visando a definição das bases da distribuição dos recursos públicos da educação, especificamente no campo do ensino superior. Inicia trazendo as principais conclusões do relatório final da Comissão Nacional para a Reformulação da Educação Superior, instituída pelo ministro da Educação em 1985, com a finalidade de oferecer subsídios para a formulação de nova política para a educação superior . A análise deste relatório evidencia a presença significativa das forças privatistas, mostradas pelas diversas propostas de financiamento que apresentaram. As propostas da ANDES e do Fórum Nacional de Educação na Constituinte em Defesa do Ensino Público e Gratuito defendem o compromisso do Estado para com o ensino púbico e gratuito e a desprivatização gradativa do ensino, proposta utópica pois desconsidera os parâmetros sócio-histórico-políticos que constituíram o grau de privatização existente no ensino superior brasileiro, ao mesmo tempo que propõem a concessão de subsídios para o ensino superior particular. Ao final, é relatado o embate entre as forças publicistas e privatistas na Assembléia Nacional Constituinte, cujo resultado foi a derrota das forças sociais liadas aos interesses populares.

SILVA, Samuel Aureliano da Silva. Ensino Superior Brasileiro; transformações e perspectivas.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,51 - 54.Julho,1989.

O artigo resenha o livro "Ensino Superior Brasileiro; transformações e perspectiva", organizado por Carlos Benedito Martins, São Paulo. Brasiliense, 1989. 155p. O livro reúne seis trabalhos , cujos temas tiveram por objetivo aprofundar a reflexão sobre o ensino superior e apresentar propostas de mudanças para a nova universidade brasileira. O primeiro ensaio analisa a expansão do ensino particular como um dos elementos do conjunto de estratégias de desmobilização dos movimentos estudantis, que o governo militar impôs no período de 1964 -1980. O segundo tema aprofunda a questão da departamentalização como um passo fundamental no processo de democratização interna da universidade, em relação à cátedra, e discute as diferentes formas de organização adotadas pelas diversas IES baseadas neste sistema. O terceiro tema procura analisar os interesses sociais que se refletem nos planos e leis governamentais a respeito de política universitária, política científica e tecnológica vigentes no período de transição. Dentro dessa mesma perspectiva, o quarto tema discute a universidade e os cursos de pós-graduação e seus significados nas sociedades. O quinto tema aborda a questão da avaliação e da modernização da universidade brasileira no contexto da Nova República. O último trabalho tenta resgatar, com base em alguns documentos, o debate em torno dos princípios orientadores da nova reforma do ensino superior.

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SILVA, Samuel Aureliano da. Qual Universidade?.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,55 - 57.Julho,1989.

O artigo faz uma resenha do livro "Qual Universidade?", de Luiz Antônio Cunha, São Paulo, Cortez, 1989. 87p. O livro reúne três textos que objetivaram difundir algumas propostas para o estudo e debate sobre o ensino superior e a estruturação de uma nova universidade pública e democrática no Brasil. Na primeira parte da obra, Cunha faz um relato histórico sobre o surgimento das IES na época colonial, sobre o Estatuto das universidades brasileiras elaborado em 1931, o conceito de autonomia na lei orgânica do ensino superior de 1911 e seus desdobramentos nos períodos do Estado Novo e do regime autoritário. Na segunda parte, o autor analisa a expansão do ensino superior a partir de 1808 e o processo de privatização. Na última parte, o autor aborda a política de ensino superior no Brasil, cujas discussões devem partir dos seguintes pontos: aspectos problemáticos da Reforma Universitária em relação às instituições isoladas, vestibular, currículo, cursos de curta duração e fundações, e a urgência de se elaborar um novo modelo de ensino superior a partir da nova LDB. Assim, propõe alguns elementos para uma nova política educacional, especialmente para a universidade pública.

SILVA, Samuel Aureliano da. A Questão da Universidade.Em Aberto,Brasília,v.8,n.43,59 -61.Julho,1989.

O texto faz uma resenha do livro "A Questão da Universidade", de Álvaro Vieira Pinto, São Paulo, Cortez, 1986. 102 p. A obra aborda a função social da universidade. Através do resgate das lutas históricas em torno da universidade, repõe de forma rigorosa o problema das relações entre universidade e sociedade, consequentemente, a responsabilidade e compromisso com os interesses da população trabalhadora. Inicialmente tenta dar um visão histórica das condições em que se apresenta o problema da Reforma Universitária, que não tem primordialmente finalidade pedagógica , mas visa antes de tudo a sua finalidade política. Considera que cabe aos estudantes o principal papel na transformação da universidade, evidenciando o caráter progressista do movimento estudantil e o conservadorismo da maioria dos docentes. Partindo do pressuposto de que a reforma de 1968 dizia mais respeito aos alunos que puderam ingressar na universidade, o autor conclui que o problema fundamental que se apresenta no momento de reestruturação, é de saber para quem e que universidades se deve instituir. Propõe que é preciso passar o comando ideológico da universidade para as mãos da classe trabalhadora, porque a universidade tem de ser do povo e não das elites. Finaliza apontando algumas perspectivas imediatas de ação. Como por exemplo: o co-governo; a supressão da trincheira do vestibular; a universidade do povo; a luta contra a vitaliciedade da cátedra e o entrosamento das instituições do ensino superior com outros centros sociais de produção.

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SOUZA, Maria Inez Salgado de. Política Educacional e ajuda externa.Em Aberto,Brasília,v.10,n.50/51,43 - 50.Abril,1991.

O artigo tece algumas considerações sobre as influências externas, em todos os níveis, da política educacional do Brasil. Os estudos que tratam dessas influências nos sistemas educacionais dos países do terceiro mundo possuem duas vertentes: a primeira considera que a ajuda externa significa apenas uma transferência de modelos pedagógicos. Numa segunda perspectiva, estas influências constituem-se em ações deliberadas de determinados governos, cujos parâmetros estão relacionados a modelos dependentes de desenvolvimento econômico. Especificamente em relação à educação superior, as agências e os programas bilaterais de ajuda que atuaram nas décadas de 60 e 70, não apenas difundiram idéias e doutrinas, mas também auxiliaram a sua implantação. É demonstrado o papel protagonista do Banco Mundial que, de mero financiador de projetos, passa a estimular programas e a fazer diagnósticos. Dentre as principais preocupações do Banco Mundial, está o financiamento do ensino superior.

BORDIGNON, Genuíno.. A Formação Profissional da Educação.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,95 - 99.Abril,1992.

O artigo apresenta uma resenha do livro "A Formação Profissional da Educação", Mário Osório Marques, Ijuí: Unijuí, 1992. 221 p. O eixo temático do livro é a natureza epistêmica da pedagogia como ciência do coletivo dos educadores, cujos saberes são permanentemente recriados no exercício da profissão. A proposta de formação do educador passa pela reconstrução dos cursos a ela direcionados e pela formação continuada. O primeiro capítulo apresenta uma resenha sucinta dos movimentos no processo de organização do corpo educacional e leis voltadas para a formação de educadores no Brasil. O segundo capítulo explicita a concepção da identidade e as dimensões da profissão de educador e sua formação, enfatizando essa formação centrada na indissociabilidade entre teoria e prática. No terceiro capítulo, o autor fundamenta as bases da proposta de reconstrução dos cursos de formação de educação. O capítulo quarto contém uma proposta de reconstrução dos curso de formação de educadores centrada na pedagogia como eixo articulador de todo o sistema formativo e núcleo fundante da conexão dos temas, dos enfoques das disciplinas específicas e das metodologias que compõem os currículos respectivos.

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UHLE, Águeda Bernardes. Formação de Professores: pensar e fazer.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,87 - 89.Abril,1992.

O texto resenha o livro "Formação de Professores: pensar e fazer", organizado por Nilda Alves. São Paulo: Cortez, 1992. Os cinco artigos que compõem esta coletânea envolvem reflexões teóricas sobre: os desdobramentos propostos pela sociedade contemporânea, no que diz respeito à nova organização do trabalho, ou novo padrão de exploração da classe trabalhadora; a construção coletiva de conhecimento, currículo flexível e interdisciplinar orientado pela pesquisa e prática pedagógica do curso de professores da UFF; e os aspectos internos à escola, imbricados com a prática pedagógica, seja na universidade seja na escola pública de primeiro e segundo graus, tais como, a dinâmica dos cursos noturnos de magistério, o etnocentrismo dos currículo, o uso da linguagem e a dicotomia expressa nos currículos de formação de professores que separa as formações específicas e a pedagógica.

BRZEZINSKI, Iria. Trajetória do Movimento para as Reformulações curriculares dos cursos de formação de Profissionais da Educação: do comitê ( 1980 ) à ANFOPE ( 1992 ).Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,75 - 86.Abril,1992.

O artigo reconstitui a trajetória do movimento de formulação dos cursos de formação dos profissionais de educação, desde a sua origem no final da década de 70, até a formulação da "base comum nacional", proposta de solução para as questões relativas à formação dos profissionais da educação brasileira, elaborada durante um período de doze anos. Enfatiza que a operacionalização desta base deve respeitar as experiências locais e regionais, e as especificidade de cada instância formadora: escola normal ( ensino médio ), licenciatura e curso de Pedagogia. Ressalta que a nova concepção de cursos de formação do educador é resultante da produção coletiva de conhecimentos dos educadores brasileiros, e aponta as seguintes diretrizes e princípio: uma concepção de educador crítico e com sólida formação científica, técnica e política; um conhecimento básico identificador desse profissional, abrangendo a ética, a competência pedagógica e a política; e uma proposta de eixos curriculares que possibilite a execução teórico-prática-teórica da base comum nacional. O texto conclui reafirmando que a Base Comum Nacional permitirá a continuidade da mobilização dos educadores e a consolidação da ANFOPE, bem como a consecução de um projeto que valorize o homem como ser humano, ao mesmo tempo premissa e produto da história.

RIBEIRO, Marlene. Formação do Profissional de ensino: uma proposta da Faculdade de Educação da Universidade do Amazonas.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,65 - 73.Abril,1992.

O texto é uma síntese de discussões feitas pela "Comissão de Reformulação d o Curso de Pedagogia" da Faculdade de Educação da Universidade do Amazonas, fundamentadas na idéia de que a formação básica do curso de Pedagogia deve ser direcionada para o magistério das séries iniciais de primeiro grau. Inicia fazendo uma breve retrospectiva histórica das origens da escola pública. A seguir, apresenta o debate entre a escola diferenciada segundo aptidões e a escola única do trabalho. Em outra parte, são apresentadas as várias propostas que surgiram para os cursos de pedagogia desde os anos 30, e a autora mostra que a formação do professor de primeira à quarta série no curso superior de Pedagogia é uma reivindicação histórica dos trabalhadores. Ao final, relaciona alguns argumentos de caráter psicológico, econômico-social e político, que justificam a proposta da Faculdade de Educação da UAM.

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WEBER, Silke. A Universidade e a qualidade da Educação Pública.Em Aberto,Brasília,v.11,n.53,64 - 72.Janeiro,1992.

O texto contém reflexões a respeito da especificidade da ação universitária e a sua contribuição na busca de soluções para os problemas brasileiros. Enfatiza o ensino fundamental, percebido como instância de formação e exercício de cidadania. Isto é feito a partir da apresentação das diferentes formas como as instituições universitárias de Pernambuco, especialmente as públicas, se associaram ao esforço de construção da qualidade da escola pública, empreendido pela Secretaria Estadual de Educação, no período do Governo Arraes (1987-1990 ). Relata o debate social e acadêmico sobre política educacional que antecedeu a formulação do "Plano Estadual de Educação: 1988 - 1991", e no qual novas relações entre educação pública e universidade foram estabelecidas. O plano priorizou a alfabetização nas séries iniciais e a formação e capacitação dos professores ficou a cargo da universidade, que empreendeu vários cursos de diferentes formatos e nas diversas áreas de conhecimento. Os objetivos principais consistiam em promover a reflexão crítica da prática pedagógica, a troca de experiências e a busca, conjunta ou não, de novas formas de ensino. Esta assessoria, além de mudar qualitativamente o teor do debate educacional em Pernambuco, também suscitou novos problemas de pesquisa e proposições de experiências pedagógicas inovadoras nos âmbitos das redes estadual e municipal pernambucana.

Diretrizes Gerais para a Capacitação de Professores.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,0.Abril,1992.

O texto transcreve documento emitido pela Secretaria de Educação Fundamental/MEC, 1993. Sob a perspectiva da universalização da escola pública de qualidade, como condição básica para a modernização da sociedade brasileira, o texto traz dados referentes ao percentual de professores do ensino fundamental titulados no segundo grau e no ensino superior, e regiões em que atuam. Afirma que a titulação deixou de ser equivalente à qualificação e que os programas que têm sido implementados, em sua maioria, não produziram impacto efetivo na melhoria do desempenho do profissional de educação. Dentre as linhas de ação que são sugeridas para superar tais problemas, destacam-se: o fortalecimento de instituições de reconhecida competência na formação para o magistério, através do aperfeiçoamento de seus docentes na pós-graduação; a criação de experiência-piloto de formação de professores de nível superior destinado a docentes em exercício; investimento na formação dos formadores em nível superior e de pós-graduação. A forma de operacionalização das linhas de ação dar-se-á mediante programas e projetos de iniciativa do MEC em parceria com as universidades, CRUB e sistemas de ensino estaduais e municipais.

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FREITAS, Luiz Carlos. Em direção a uma política para a formação de professores.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,3 - 22.Abril,1992.

O artigo traz algumas idéias geradas no interior do movimento pela reformulação dos cursos de formação de professores, acrescidas de comentários do autor. Partindo do suposto de que problemas relativos à formação do educador no Brasil não dependem apenas de grandes formulações teóricas, e da falta de vontade política, o autor demonstra a complexidade da questão, ao analisar alguns aspectos implicados no problema: a formação social brasileira e suas conexões internacionais; a luta político-ideológica; a delimitação do profissional da educação; a organização das agências formadoras (escolas normais e universidades) e das agências contratantes (secretarias de educação e MEC). Enfatiza a situação da universidade como principal agência de formação de profissionais da educação e aponta o desgaste de suas estruturas departamental e curricular, desgaste este que diz respeito à universidade como um todo e não especificamente às faculdades de educação. Enumera algumas diretrizes curriculares, formuladas pela Associação Nacional dos Profissionais da Educação, e destaca que estas diretrizes têm por norte uma direção política que privilegia o compromisso social e a democratização da escola. Analisa e propõe soluções para a questão da desarticulação existente entre as escolas normais, a licenciatura de pedagogia e as licenciaturas específicas, dentre elas a parceria entre os institutos e a faculdade de educação. Propõe ainda o fim das habilitações específicas da área de Pedagogia. A especialização seria dada como continuidade de estudo ou pós-graduação.

DEMO, Pedro. Formação de Formadores Básicos.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,23 - 42.Abril,1992.

O artigo discute a relevância da profissão de formadores básicos, partindo do pressuposto de que estes profissionais ocupam uma posição estratégica no processo de desenvolvimento da sociedade e da economia brasileira. Para tal desenvolvimento, faz-se necessária a modernização da concepção da educação escolar, que implica a competência de consolidar e sempre renovar a noção de propriedade do conhecimento como instrumento mais eficaz da emancipação das pessoas e da sociedade. Isto exige um novo perfil do profissional da educação; ele deve ser pesquisador, crítico, criativo, desenvolver a capacidade de teorizar sua prática, e buscar permanentemente sua atualização. Destaca a participação da universidade para a formação profissional e continuada, e afirma que sobre ela recai a responsabilidade de prover a construção da moderna didática para todos os níveis de ensino. No entanto, a universidade, e mais especificamente, os cursos de Pedagogia e de Licenciatura, não estão assumindo os típicos desafios da modernidade, como a tecnologia educacional, o vínculo entre educação e tecnologia e a articulação entre qualificação formal e política. Os cursos possuem currículos arcaicos, e fracos, principalmente os noturnos oferecidos pelas escolas particulares. Os cursos de Pedagogia devem levar a modernidade para dentro do ambiente universitário, no que se refere ao manejo e produção de conhecimento.

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MARQUES, Mário Osório. A Reconstrução dos Cursos de Formação do Profissional da Educação.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,43 - 50.Abril,1992.

O artigo sintetiza estudos sobre a formação dos professores nos cursos de Pedagogia e Licenciatura. Enfoca o debate nacional, ocorrido na década de 80, conduzido pelo "Movimento Nacional Pró-Formação do Educador", e os pressupostos teóricos-metodológicos da reconstrução dos cursos de formação, elaborados pela Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da educação ( ANFOPE ). Apresenta os delineamentos de uma proposta construída pelo departamento de Pedagogia da Universidade de Ijuí - a semestralização dos estudos, cuja dinâmica curricular se caracteriza pelo encadeamento da tematização de questões-problemas e sua conceituação, ou construção do referencial teórico. As linhas curriculares se definem na programação do curso e se redefinem continuamente pela reflexão e ação vigilante do colegiado curso.

MARQUES, Mário Osório. A Reconstrução dos Cursos de Formação do Profissional da Educação.Em Aberto,Brasília,v.12,n.54,43 - 50.Abril,1992.

O artigo discute algumas questões referentes aos cursos de Licenciatura, tais como: a função social desses cursos nas universidade públicas; a eficiência e a qualidade dos cursos, e o nível dos professores que os ministram. A análise desses problemas é feita sob as perspectivas sociológica e pedagógica. Do ponto de vista sociológico, discute a diferença entre o número de alunos matriculados nos cursos de licenciatura em faculdades públicas e particulares, sua origem social e a desvalorização da profissão de professor. No aspecto pedagógico, faz avaliações quanto ao currículo, ao formato das aulas e às metodologias de ensino propostas nesses cursos, que não levam em conta a precariedade das escolas brasileiras. Propõe uma mudança de paradigma no desenvolvimento dos cursos de formação de professores, considerando três enfoques: o papel e a qualidade do conteúdo específico; o papel da didática especial e da prática de ensino; e as diversas conotações que a relação teoria/prática/teoria tomam num curso de licenciatura.

Bolsas de Estudo para Desenvolvimento de Base.Em Aberto,Brasília,v.9,n.46,0.Abril,1990.O texto divulga programas de concessão de bolsas de pesquisas da Fundação

Interamericana, criada com o objetivo de promover o desenvolvimento sócio-econômico às pessoas carentes da América Latina e Caribe. O programa oferece três "bolsas Interamericanas" para líderes políticos e/ou comunitários, quinze para estudos de pós-graduação, quinze bolsas de pesquisa prática para doutorado e outras quinze para mestrado. Para as duas últimas bolsas, os interessados devem estar matriculados em universidades norte-americanas, ter proficiência escrita e oral no idioma local e serem filiados formalmente a uma instituição local pertinente.

Subprograma de educação para a Ciência.Em Aberto,Brasília,v.12,n.55,0.Julho,1992.O texto apresenta o subprograma de educação para a ciência (SPEC), criado pela

CAPES/MEC, e integrado ao programa de apoio ao desenvolvimento cientifico e tecnológico - PADCT - do CNPq e FINEP, financiado também com recursos do Banco Mundial. O Programa objetiva promover a melhoria da qualidade do ensino de ciências e de matemática e formar nos alunos uma consciência crítica em relação à problemática ambiental. Dentre as atividades do SPEC, são destacadas o apoio às pesquisas através de bolsas e auxílios, e a capacitação em serviço de professores de ciências, matemática e educação ambiental que participam de programas de pós-graduação.

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Workshop Informática e Educação.Em Aberto,Brasília,v.12,n.57,0.Janeiro,1993.O texto anuncia a realização de um wokshop sobre informática e educação,

patrocinado pela UNESCO, MEC e SUCESU. O objetivo do evento é informar e discutir a relação entre a informática e a educação, no tocante às políticas, às pesquisas, às aplicações e à difusão dos conhecimentos atuais. O workshop é destinado aos professores dos três níveis de ensino, da educação especial, pesquisadores e técnicos, administradores escolares, dirigentes e comunidades em geral.

MORAES, Maria Cândida. Informática Educativa no Brasil: um pouco de história.Em Aberto,Brasília,v.12,n.57,17 - 26.Janeiro,1993.

O artigo faz um breve relato das origens históricas da Informática Educativa no Brasil. Demonstra que suas raízes históricas foram plantadas na década de 70, em um seminário que discutiu o uso de computadores no ensino de Física da Universidade de São Carlos. Nessa mesma época, o Brasil inicia a busca de sua autonomia tecnológica em informática, e cria órgãos que têm por objetivos fomentar e estimular a pesquisa e a indústria nessa área. Faz uma síntese das pesquisas precursoras do uso de computadores na educação, realizadas na UFRJ, UNICAMP e UFRGS, e dos primeiros seminários promovidos para a elaboração de uma proposta nacional para o uso de computadores na educação, culminando no projeto EDUCOM. Esse projeto propõe um trabalho interdisciplinar voltado para a implantação experimental de centros-pilotos universitários, cujo objetivo é o de capacitar recursos humanos e contribuir para uma política nacional para o setor. Descreve outros programas do MEC em parceria com diversas universidades, que objetivam levar a informática para as escolas de primeiro e segundo graus, através de importantes trabalhos nos quais se articularam a extensão e a pesquisa na capacitação de professores. Em 1989 foi criado o Programa Nacional de Informática na Educação - PRONIFE, que apoiou o desenvolvimento e a utilização da informática no ensino de todos os níveis de ensino e na educação especial. Tal programa destacou a necessidade de se criar um forte programa de formação de professores, possibilitando a institucionalização de núcleos e coordenadorias dentro de cada universidade que acolhe o projeto EDUCOM.

Efeitos da Simulação Computadorizada no Ensino da Atividade de Visita Domiciliar.Em Aberto,Brasília,v.12,n.57,0.Janeiro,1993.

O texto resume pesquisa que investiga a exploração da utilização de simulações computadorizadas no ensino de enfermagem, estudando alunos do oitavo semestre do curso de graduação. Os resultados mostram que a simulação computadorizada não proporcionou aos estudantes domínio cognitivo, desempenho e atitude superior quando comparada à instrução tradicional.

Integração Universidade/ Educação Especial.Em Aberto,Brasília,v.12,n.60,0.Outubro,1993.O texto divulga a parceria entre a Secretaria de Educação Especial e a Secretaria de

Educação Superior do MEC., com o objetivo de produzir um programa de formação e/ou especialização de recursos humanos na área de Educação especial. Informa também que outras ações estão sendo desenvolvidas, como o encaminhamento às universidades de expediente relativo ao tratamento especial aos candidatos portadores de deficiências, nos cursos vestibulares.

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CAPDEVILLE, Guy. Os Sistemas Escolares Alemão, Inglês e Francês e a Formação de seus Professores..Em Aberto,Brasília,v.14,n.64,43 - 60.Outubro,1994.

O artigo apresenta os sistemas escolares da Alemanha, Reino Unido e França, seu funcionamento e opções que oferecem para a formação de seu pessoal docente de nível superior, com o objetivo exclusivo de descrevê-los.

NOGUEIRA, Sônia Martins de Almeida. Educação Comparada e o Pensamento Educacional Criador - o essencial de uma relação fertilizadora. Em Aberto,Brasília,v.14,n.64,35 - 42.Outubro,1994.

O artigo aborda a temática da educação comparada, seu status na comunidade acadêmica e a sua relevância nos cursos de formação do professor. Inicialmente, descreve o potencial analítico e crítico que a perspectiva da comparação traz à pesquisa educacional. A seguir, levanta-se a questão do uso social dos resultados dos estudos comparativos. Esta modalidade de investigação tem a possibilidade de assumir uma função de mediação política exercida através do intercâmbio que ocorre de forma institucionalizada nos planos nacional e internacional, constituindo-se uma base instrumental definitiva para a adoção de políticas e práticas educacionais nacionais. Traz uma pesquisa sobre a disciplina Educação Comparada em cursos de Pedagogia no Brasil, sua inserção nos currículos, docentes que atuam na área, e produção científica. Tece algumas considerações sobre este campo de estudos na proposta curricular de formação de professores nos níveis de graduação e de pós-graduação.

POPOV, Nicholay e TAULOWA, Rumjana. Bulgária: As recentes Mudanças do país e da Educação.Em Aberto,Brasília,v.14,n.64,95 - 101.Outubro,1994.O artigo traduzido por Luis Guerreiro faz a descrição do sistema escolar da Bulgária, o seu contexto sócio-político e econômico, bem como as tendências de mudanças frente o processo de democratização em marcha nesse país.

Laboratório do Imaginário Social e Educação ( LISE ).Em Aberto,Brasília,v.14,n.61,0.Janeiro,1994.

O texto divulga o LISE, espaço acadêmico destinado à realização de estudos e pesquisas no campo do imaginário social e educação, com o objetivo de articular ensino e pesquisa como forma de produzir um novo projeto para a formação do professor. É organizado em forma de núcleos de estudo teórico e temático de pesquisa na Faculdade de Educação e outras unidades da UFRJ.

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BALZAN, Newton César. Sete princípios inaceitáveis sobre a Educação em Países desenvolvidos.Em Aberto,Brasília,v.14,n.64,19 - 34.Outubro,1994.

O artigo critica algumas idéias que se firmaram na área educacional, constituindo-se em princípios que norteiam atividades de planejamento, pesquisa e sala de aula. O primeiro princípio discutido refere-se à idéia de que somente a educação deve resolver as grandes questões educacionais. O segundo princípio é relativo ao uso da tecnologia na sala de aula e a desvalorização do modelo pedagógico tradicional. A concepção de que somente na pós-graduação se constrói conhecimento cabendo aos outros níveis de ensino apenas uma educação informativa e de memorização de conteúdos, é o terceiro ponto criticado. O quarto princípio é o que a formação de professores deve ser baseada no preparo técnico-instrucional, desvalorizando as capacidades de contextualizar, relacionar ensino-pesquisa, incentivar a autonomia dos alunos e o respeito. O quinto princípio é relativo ao crescente descrédito, por parte dos professores, em relação ao planejamento, concebido como instrumento burocrático e não como parte de um processo de ação-reflexão-ação da prática docente. Neste aspecto, são destacadas as conseqüências desta concepção nos cursos de graduação. O sexto princípio é a crença de que os dados quantitativos são suficientes para a validação de cursos, instituições e sistemas educacionais, enfatizando estes processos nas IES brasileiras e estrangeiras. E o último princípio diz respeito à consideração da pesquisa educacional em suas modalidades qualitativas e quantitativas como excludentes entre si.

GOMES, Cândido Alberto. Ensino Superior no Brasil: uma nova resposta a velhos desafios.Em Aberto,Brasília,v.14,n.64,0.Outubro,1994.

O textoinforma sobre a fundação da Universidade Estadual do Norte Fluminense em 1993, em Campos de Goytacazes, estado do Rio de Janeiro. Descreve sua filosofia básica, a saber, desenvolver a pesquisa aplicada para a região e o país. Indica que a nova universidade está organizada em centros integrados de ensino e pesquisa.

MOROSINI, Marília e NEVES, Clarissa Eckert Baeta. Cooperação Universitária no Mercosul.Em Aberto,Brasília,v.15,n.68,16 - 35.Outubro,1995.

O artigo apresenta algumas análises comparativas dos sistemas de educação superior dos países membros do Mercosul, e aponta algumas etapas e perspectivas para a efetivação do Tratado de Cooperação Universitária da região. Inicialmente, aponta duas etapas necessária à eficácia do projeto: ruptura da orientação tradicional das instituições universitárias em direção à Europa e aos Estados Unidos, e análise das perspectivas de cooperação a partir do ponto de vista das universidades e dos órgãos governamentais e/ou internacionais. Neste contexto, faz breve relato histórico das universidades dos quatro países. A seguir, explicita os três planos em que se desdobra a Cooperação Universitária: a) cooperação esporádica e espontânea; b) acordos interinstitucionais bilaterais; c) acordos interinstitucionais. e ao mercado de trabalho em recessão, mais a falta ou a precariedade da autonomia das instituições universitárias; a integração entre pesquisadores já está em pleno processo; as universidades estão criando estruturas organizacionais para promoverem a cooperação, bem como as agências financiadoras estão realizando acordos. Tais ações têm como marca a construção de redes de conhecimento que visam a superação das barreiras burocráticas impostas pelos estados nacionais, indicando a consolidação da integração.

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SOUZA, Paulo Renato. A Educação no Mercosul.Em Aberto,Brasília,v.15,n.68,3 - 5.Outubro,1995.

O artigo focaliza as estratégias formuladas no campo da educação, que objetivam a estruturação e consolidação do Mercosul, e o conseqüente aumento da competitividade da região no mercado global. A partir de 1991, dentre os programas estabelecidos, foram considerados prioritários: formação de consciência favorável ao processo de integração; capacitação de recursos humanos e compatibilização e harmonização dos sistemas educacionais. Foram ainda consideradas prioritárias a definição de programas de transformação dos sistemas de formação técnico-profissional e de melhoria da qualidade da educação em geral, e a definição de políticas e estratégias para a formação de recursos humanos de alto nível. Neste contexto, foi ratificado o compromisso de integração educacional, no qual há reconhecimento de estudos dos níveis de ensino fundamental e médio, e o reconhecimento de diplomas de nível superior para fins exclusivos de ingresso em cursos de pós-graduação, e ainda, o estabelecimento de programas e cursos no nível de pós-graduação. As prioridades para o período 1997-2000 abrangem cinco áreas: inovação educacional, avaliação educacional, cooperação universitária, sistema de informações e educação e trabalho.

DENIGRES, Regina Helena Zerbini. Algumas Considerações sobre a Proposta de Vestibular da PUC-SP.Em Aberto,Brasília,v.15,n.66,53 -54.Abril,1995.

O artigo descreve alguns aspectos que foram considerados significativos na elaboração do projeto de vestibular que vem sendo desenvolvido, nos últimos dois anos, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Enfatiza que este projeto teve como elemento norteador a valorização da formação geral e humanística dos alunos de segundo grau. Foram igualmente valorizadas todas as disciplinas do núcleo comum que contribuem para a formação geral. Foram utilizadas como critérios: eliminação de pesos por disciplina; elaboração de questões mais complexas e abrangentes, a fim de detectar habilidades intelectuais significativas; uso de dois tipos de questões - a múltipla escolha e as questões abertas; uma questão aberta por disciplina. Destaca que as questões abertas são submetidas a múltiplas correções para atender aos diversos critérios referenciais explicitados nos enunciados. Informa a nova organização dos cursos, que rompeu com o tradicional agrupamento por carreiras ou áreas afins. Finaliza reafirmando o papel do vestibular como paradigma norteador para o ensino de primeiro e segundo graus.

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DEMO, Pedro, BRANDÃO, Carlos Rodrigues e CAMPOS, Maria Malta. Quais as questões básicas, hoje, para um debate sobre pesquisa participante?.Em Aberto,Brasília,v.3,n.20,13 - 23.Abril,1984.

O artigo traz a transcrição das exposições de três intelectuais em seminário sobre a Pesquisa Participante. O primeiro expositor, Pedro Demo, critica a postura da universidade, e principalmente do cientista social, por não estarem cumprindo a função de contribuir para um projeto de sociedade. Considera que a pesquisa participante pode ser um dos meios para que tal descompromisso diminua. Discute ainda o conceito de participação. Carlos Brandão busca articular as dimensões política e epistemológicas implicadas na pesquisa participante. Questiona a idéia de que tal tipo de pesquisa venha a contribuir à constituição de uma teoria. Maria Malta Campos relata uma experiência de pesquisa participante, e uma pesquisa sobre os resultados efetivos que a pesquisa anterior exerceu na comunidade pesquisada. A autora aprofundou suas reflexões na questão do pesquisador, suscitando vários questionamentos quanto ao papel das ciências sociais na e para a sociedade.

EZPELETA, Justa. Notas sobre pesquisa participante e construção teórica.Em Aberto,Brasília,v.3,n.20,37 - 45.Abril,1984.

O texto de Ezpeleta é todo voltado para a dimensão epistemológica da pesquisa participante. Aponta falhas e limitações apresentadas por esta modalidade de pesquisa e diz que estas se devem ao pouco tempo de prática e à característica do próprio objeto de pesquisa. Porém, a autora considera que esta é uma modalidade que atende em muitos aspectos à função social da pesquisa.

WANDERLEY, Luiz Eduardo. Pesquisa Participante: aspecto educativo e sócio-político.Em Aberto,Brasília,v.3,n.20,47 - 57.Abril,1984.

O artigo discute a pesquisa participante, enfocando a dimensão política como eixo predominante. O conceito de política é baseado na concepção de participação, tanto a nível de construção do saber, como na busca de soluções, política quando propõe uma nova relação entre pesquisador e pesquisado; é também político, quando se detêm na explicitação da conjuntura histórica do país. Faz breves apontamentos sobre condições institucionais para a pesquisa e sobre aspectos epistemológicos da pesquisa participante.

SÁ, Nicanor Palhares. Discutindo a pesquisa participante.Em Aberto,Brasília,v.3,n.20,25 - 35.Abril,1984.

O artigo focaliza a relação entre a pesquisa e extensão, no que diz respeito à contribuição que a pesquisa pode dar às diferentes formas de organização social. Entretanto, aponta a necessidade de maior originalidade da pesquisa participante, a fim de que esta modalidade alcance com eficiência seus objetivos e um amadurecimento epistemológico.

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CRUZ, Teresinha Rosa UnB. A universidade e o desafio da arte na educação.Em Aberto,Brasília,v.2,n.15,1 - 6.Maio,1983.

A autora afirma que, apesar da obrigatoriedade da educação artística instituída na Lei 5692/71, a situação real em que se encontra a arte-educação nas escolas brasileiras indica o desprestígio da disciplina e o despreparo dos professores desta área. A autora alerta para o papel da universidade, que deve liderar e possibilitar a formação de arte-educadores. Descreve o quadro anterior à lei de formação destes especialistas e o atual, e aponta as várias omissões que, até a então, a universidade tem tido para o cumprimento deste objetivo: a falta de integração com os níveis de ensino do primeiro e segundo graus; oposição dos professores-artistas à filosofia da arte-educação, mantendo uma mentalidade elitista; currículo dos cursos de licenciatura em educação artística esvaziado dos conteúdos de formação e marcadamente acadêmicos; falta de pesquisa por esta área não ser considerada prioritária em matéria de concessão de recursos. São apresentadas algumas soluções para tal problemática, a começar pela preparação dos professores universitários, responsáveis pela formação dos professores do primeiro e segundo graus. Como conclusão, a autora afirma que às universidades cabe o papel principal na criação das principais condições para a efetivação dos propósitos da arte-educação, porque é ela que possui as condições necessárias, através do ensino, pesquisa e extensão, de fomentar a produção de conhecimentos com a qualidade que a realidade educacional e cultural está a exigir em matéria de arte.

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REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS

AMORIM, Frederico. Graduação em Economia: estudo do currículo. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.53, n.118, p. 312-322, abr./jun. 1970.

O artigo procura mostrar que o currículo mínimo de Economia, estabelecido em 1962 pelo Conselho Federal de Educação como primeiro passo para a reforma dos currículos, resultou apenas na modificação dos nomes das disciplinas. A elaboração de novo currículo deve basear-se em três princípios: liberdade de o estudante determinar os rumos de sua própria formação profissional; coincidência entre o maior número possível de disciplinas obrigatórias e aquelas que são comuns a estudantes de diferentes áreas de interesse no campo da Economia; reconhecimento do curso de graduação como curso de formação básica, teórico-profissional, e não como curso de especialização, objeto de cursos de extensão ou pós-graduação. A limitação de recursos e a necessidade de iniciação imediata e operacional recomenda três linhas de ação: técnico-operativa, métodos quantitativos e teoria econômica. O projeto de currículo apresentado estabelece a seriação das disciplinas e a distribuição de créditos e carga horária.

ANDRADE, Luis A.G. de, PINTO, Ana Maria de R., GUSTIN, Miracy B. de Sousa. Mudança e estagnação na universidade brasileira: o impacto do Programa MEC/BID II. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.67, n.156, p.320-350, mai./ago. 1986.

O artigo analisa o impacto do Programa MEC/BID II em quatro universidades federais brasileiras, localizadas nos seguintes estados: Bahia, Paraíba, Sergipe e Pará. Eram objetivos do Programa: consolidar a implantação da reforma universitária, fortalecer o ensino e a pesquisa e ampliar a capacidade das universidades participantes. A implementação do Programa provocou dois padrões básicos de impacto: em duas das universidades houve mudanças, nas outras tendeu-se ao imobilismo. O artigo examina os fatores que aparentemente determinaram esses resultados e mostra que ocorreu mudança onde existiam lideranças institucionais ou acadêmicas fortes, capazes de tirar partido da situação.

CAMPOS, Maria Aparecida Pourchet. Política de Pós-Graduação no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.58, n.112, p.232-240, out./dez. 1972.

O artigo situa a pós-graduação no Brasil como exigência do desenvolvimento sócio-econômico, integrada no planejamento do Estado. Admitindo que o progresso se faz pela ciência, o Poder Público criaria efetivos altamente diferenciados, representando todas as áreas da cultura humana. Em etapa inicial, seria dada ênfase à formação de contingentes dedicados à docência em cursos superiores. Mais que oferecer informações sobre técnicas avançadas e novas conquistas nas ciências, letras e artes, o alvo da pós-graduação consiste em criar atitude científica, capacitando os alunos a desenvolverem pensamento autônomo, independência crítica e poder criador no campo da especialidade, com a perspectiva do quadro humano em que se acha inserido. Para esse objetivo, a pesquisa é o instrumento adequado a fim de exercitar a capacidade de pensar e criar, estimulando o raciocínio e levando-o a projetar-se no campo das realizações.

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CHAGAS FILHO, Carlos. Atualidade e perspectivas de pós-graduação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.58, n.128, p. 241-248, out./dez. 1972.

O autor distingue duas funções da Universidade: promover o saber desinteressado e prover o Estado dos recursos humanos necessários ao desenvolvimento. Nesse contexto, diferencia a pós-graduação acadêmica, que associa a pesquisa ao ensino, da pós-graduação profissional, que visa à formação de quadros superiores, com reciclagem de métodos. Ressalta a necessidade de que sejam levadas em conta a formação prévia do aluno, sua capacidade de aprender conceitos, a adequabilidade do curso, a utilização de novas técnicas, bem como a relação ecológico-social da atividade profissional e acadêmica, de que é expressão o mercado de trabalho. Destaca a conveniência de os cursos de mestrado serem precedidos de cursos de especialização. Para a avaliação dos Cursos de Mestrado, recomenda a tese como trabalho de pesquisa original; para o Doutorado, a tese esgotaria o assunto em nível mais profundo e abrangente. Condiciona a pós-graduação no exterior ao desenvolvimento da pesquisa no País, de modo a garantir ao pesquisador, quando regressar, perspectivas de trabalho que favoreçam o desdobramento de sua personalidade intelectual.

CODES, F.J. Maximus. Abordagem de sistemas: avaliação para o ensino superior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.60, n.135, p.330-342, jul./set. 1974.

O artigo propõe uma metodologia não matemática para avaliação de projetos, em especial de projeto de pesquisa, nos estabelecimentos de ensino superior do Brasil. Anaolisa os objetivos, estruturas e atividades da universidade e recomenda a aplicação da análise de sistemas à avaliação de projetos. Inclui tabelas, gráficos e bibliografia.CUNHA, Nádia Franco. A crise da educação escolar e as tarefas da Universidade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.53, n.118, p.258-273, abr./jun. 1970.

O artigo apresenta um estudo sobre a crise universitária mundial. A autora afirma que mesmo que essa crise seja comum aos mundos desenvolvido e subdesenvolvido, sua manifestação e suas causas diferenciam-se fundamentalmente. As universidades do mundo desenvolvido são fruto de uma sequência histórica da qual não foram ponto de partida, já as universidades do terceiro mundo são réplicas daquelas do mundo desenvolvido. Por isso mesmo, considera que as universidades do terceiro mundo devem assumir o desafio de atuarem como propulsoras de valores e de técnicas prevalecentes na sociedade a que servem, refazendo, em termos nacionais, o desenvolvimento cultural que não é o de importar o saber pronto e acabado. O problema estará então na opção de uma mudança planejada e não meramente aleatória da universidade. Afirma que só a partir desse caminho consciente haverá uma remodelação estrutural da universidade brasileira.

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DÉLEON, Acher. Conceito atual de educação permanente e seu planejamento. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, V.51, n.113, p.19-31, jan./mar. 1969.

O autor examina os elementos da revolução educacional em seu conjunto. Afirma que o tema poderia ser assim definido: como e em que perspectivas repensar, redefinir e reconstruir a educação no mundo atual?. Destaca que, em todos os países, quaisquer que sejam suas estruturas política, social e econômica, necessita-se de uma orientação de conjunto e estabelecer um quadro comum para o desenvolvimento das diferentes atividades. No entanto, a política educacional deve ser estabelecida em níveis geográficos diferentes, ou seja, não deve tratar-se de uma política educacional estabelecida em nível local, regional e departamental, pois, como foi dito inicialmente, a principal questão é a educacão permanente e essa só poderá consistir numa reestruturação global do sistema educacional.

GÓIS, Paulo de. Aspectos Administrativos da Educação Pós-Graduação no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, V.58, n.128, p.224-231, out./dez. 1972.

O artigo trata da evolução do ensino pós-graduado no Brasil, a partir da Reforma Francisco Campos, passando em revista as modificações introduzidas na legislação posterior - Reforma Universitária, Estatutos de Universidade, diretrizes e jurisprudência do Conselho Federal de Educação. Destaca a criação de órgãos - CAPES, CNPq e Comissão Nacional de Pós-Graduação, tendo em vista a formação de pessoal qualificado para atender às necessidades do ensino e da pesquisa. Reporta-se ao modelo americano de pós-graduação, estruturado em cursos de Mestrado e Doutorado, que inspirou a experiência brasileira. Descreve a organização administrativa desses cursos no Brasil, desde a definição de sua política a cargo do MEC, ao credenciamento dos cursos pelo CFE e ao financiamento por agências federais e órgãos universitários. Ilustra com a experiência da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

MACIEL,Carlos Frederico. Análise sensitiva da perspectiva financeira educacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.54, n.119, p.85-96, jul./set. 1970.

O artigo apresenta uma prospectiva da expansão do ensino primário, médio e superior, em função dos recursos financeiros disponíveis na esfera federal, estadual e municipal, tomando por base o ano 1980. Quadros demonstrativos dos vários ângulos focalizados são apresentados, como: população escolar/ matrículas/ índices de escolarização/ custos do aluno-ano/ despesas gerais com a educação 1970/ produto interno bruto/ taxas de crescimento das despesas gerais com a educação/ hipóteses/ despesas com a educação em 1980. Em apêndice, a justificativa dos preços de aluno-ano sugeridos.

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MENDES, Durmerval Trigueiro. Indicações para uma política de pesquisa da educação no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.60, n.136, p.481-495, out./dez. 1974.

O autor afirma que a pesquisa educacional no Brasil desenvolveu-se no âmbito da administração pública (Ministério da Educação, basicamente) e na Universidade; não obstante, ela não tem servido de base para a política educacional, quer pela inadequação dos temas selecionados, quer por não situar a educação dentro do quadro mais amplo da estrutura social. Sugere alguns temas de pesquisas educacionais no Brasil: a) processo intelectual da educação brasileira; b) as formas heterodoxas da educação e da formação profissional; c) o planejamento educacional brasileiro; d) a administração da educação; e) formação de planejadores educacionais; f) educação geral e ensino técnico; g) educação e desenvolvimento; h) assistência técnica na educação; i) expansão do ensino superior; j) a universidade brasileira; l) a Faculdade de Educação.

NOVAES, Paulo. Um modelo econômico para planejamento da educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.49, n.110, p.229-246, abr./jun. 1968.

O autor mostra que, na metodologia corrente, o planejamento consiste no cálculo do montante de recursos destinados ao sistema escolar, ou seja, o cálculo da população por classe de idade nos anos seguintes, o dos contingentes escolares futuros num esquema preestabelecido, fixadas as disponibilidades financeiras futuras, o cálculo de sua distribuição pelas diferentes modalidades de ensino a fim de obter maior rentabilidade. Requisitos básicos: consciência da herança cultural, aceitação da mudança e ideal a atingir. Do ponto de vista econômico, visa-se valorizar o educando, aumentando seu valor monetário no mercado. Se produtiva, a educação será boa. Na metodologia em estudo, o planejamento deve levar em conta os problemas de comportamento da comunidade. Em se tratando do planejamento do sistema educacional, o critério consiste em examinar a demanda social da educação a atender, ampliar as oportunidades para estudo e criação, tendo em vista nível cultural mais elevado, abrangendo a exportação e importação de ensino e análise dos recursos humanos. No planejamento de entidades como, por exemplo, a universidade, deve-se considerar em princípio a demanda social, isto é, status, e a demanda econômica: oportunidades de trabalho.

PLANK, David N. Os interesses público e privado na educação brasileira: males crônicos, soluções longíquas. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.170, p.31-44, jan./abr. 1991.

O autor comenta que o contínuo fracasso das políticas educacionais tem sido visto como problema de implementação ou de falta de vontade política, mas pode ser visto também como resultado de sucesso no alcance de outros objetivos. Tomando como base esta última perspectiva, o trabalho considera que os dirigentes do sistema educacional buscam seus verdadeiros objetivos ao subverter os interesses públicos da educação em favor de interesses privados, através do clientelismo e outras práticas, incluindo o desvio dos recursos públicos para as escolas privadas e a regulamentação das mensalidades. Com o desprezo dos objetivos públicos e a promoção dos interesses privados, os grupos sociais mais numerosos e mais carentes são prejudicados.

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POIGNANT, Raymond. Financiamento das Despesas Educacionais. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.55, n.121, p.69-79, jan./mar. 1971.

O artigo mostra que, nos últimos dez anos, as despesas com educação aumentaram mais que o produto nacional e o orçamento do estado, na maioria dos países. A introdução de novas técnicas de ensino (rádio, TV, ensino programado) impõe-se como condição imediata para melhorar sua qualidade e ao mesmo tempo reduzir os custos unitários. Tanto a curto prazo como a longo da próxima década, a expansão do financiamento continuará sendo uma das exigências primordiais à realização das metas educativas dos planos governamentais. Os países em desenvolvimento têm o máximo interesse em diversificar suas fontes e modos de financiamento a fim de ampliar o montante dos recursos e escolher as estratégias mais adequadas para elevar a rentabilidade dos sistemas educativos.

RICOEUR, Paul. Reforma e Revolução na Universidade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.111, p.9-20, jul./set. 1968.

O autor afirma que a revolução cultural que se desenvolve no Ocidente questiona sua visão do mundo, o conceito de vida subjacente ao fato econômico, político e ao conjunto das relações humanas. Ela contesta o capitalismo por fracassar quanto à justiça social e a burocracia por sua inoperância, tornando o homem escravo das estruturas. Propõe instituições leves, abertas a um processo interno de revisão e externo de contestação. Na relação do ensino, esse movimento se reflete por uma inversão de método na vida universitária: ontem as decisões eram exclusivas da administração central, hoje os estudantes terão que participar delas, através da co-gestão. Por outro lado, a pedagogia do ensino superior carecia de uma reordenação através de formas experimentais variadas, e o caminho seria o de um reformismo ousado, constestando-se a relação de dominação que renasce a todo instante no ato de ensinar. Um dos eixos da reforma universitária na França é a criação das universidades paritárias básicas constituídas pelos departamentos, formando-se um colegiado integrado pelos professores, assistentes e estudantes. A reforma pressupõe um debate vertical entre as faculdades e demais forças nacionais. Tornando-se a Universidade um campo de análise e exame da cultura em processo e da sociedade global, o desafio que se põe diante dela é este: como ser reformista ousado para permanecer revolucionário?

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TOURAINE, Alain. Educação Permanente e Sociedade Industrial. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.51, n.113, p.32-40, jan./mar. 1969.

O autor procura mostrar que, na sociedade industrial de hoje, os problemas da cultura consistem em saber como utilizar globalmente o crescimento econômico. E, quando as classes dominantes organizam o futuro econômico em função das exigências do crescimento, a questão principal é saber qual o princípio de resistência aos padrões da mudança. Em vez de classes dominante e dominada, temos agora, de um lado, o movimento de racionalização da sociedade que responde pelo próprio crescimento e seu futuro, e de outro, a multiplicidade das defesas dos particularismos. Hoje o problema é menos de distribuição de lucro que de conhecimento. E como criar, diante da tecnocracia, um movimento de cultura popular para aquisição coletiva de conhecimento? É em torno dos locais de ensino, escolas de adultos, centros culturais que essa aquisição deve ser organizada. E seriam os profissionais universitários, os quadros intelectuais, os agentes privilegiados dessa reivindicação cultural, propiciando pela ação cultural a criação de modelos sócio-culturais para transformação da sociedade. O problema está em reformular o que chamamos de cultura de massa como elemento de dinâmica social e refazer os problemas educacionias.

OLIVEIRA JÚNIOR, Ernesto Luís de. A mudança da estrutura social e a universidade. Revista Brasleira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v. 53, n.118, p.274-279, abr./jun. 1970.

O autor afirma que o progresso social é conseqüência direta do progresso tecnológico. Se a tecnologia do trabalho é rotineira, não há progresso social. Para realizá-lo, duas soluções têm sido tentadas: a solução histórica, adotada pelas nações capitalistas e que consiste em deixar que as forças da economia (capital e trabalho) joguem sem peias, movidas pela ambição do lucro, através da livre empresa; a segunda, adotada pelas nações socialistas, elimina pela violência a camada superior da estrutura tradicional da sociedade para comprimir ao máximo o consumo, assegurando recursos necessários à criação de escolas voltadas para o trabalho, à agricultura eficiente e à indústria pesada. Sendo essas duas soluções inaceitáveis para as nações subdesenvolvidas, restaria tentar uma terceira. O problema imediato a considerar é saber até que ponto o sistema escolar está apto a educar os trabalhadores preparando a mão-de-obra exigida pelo desenvolvimento. A grande dificuldade é adaptar as universidades às novas exigências sociais, concentrando disciplinas análogas em departamentos, reforçando o ensino e a pesquisa, diversificando as especialidades em que os tecnologistas possam graduar-se, adotando o sistema de crédito e elevando o nível de estudos de certas disciplinas em cursos de pós-graduação.

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SUCUPIRA, Newton. Reestruturação das Universidades Federais. Revista Brasileria de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.111, p.83-95, jul./set. 1969.

O autor procura mostrar que o problema da reforma universitária, entre nós, sendo ao mesmo tempo um problema político, técnico e científico, pressupõe que a universidade a ser instaurada crie estruturas orgânicas, de modo a torná-la uma empresa capaz de produzir ciência, técnica e cultura geral. Os decretos 53/66 e 252/67, que fixaram normas para a reestruturação, adotaram o conceito de áreas básicas, impondo o sistema departamental e reduzindo a autonomia da cátedra. Os princípios da reforma inspiraram-se no plano da Universidade de Brasília, tendo como objetivos a flexibilidade e diferenciação das universidades, atendendo às seguintes finalidades: a) formação básica e geral; b) treinamento profissional das carreiras curtas e longas; c) preparação de tecnólogos de alto nível; d) desenvolvimento da pesquisa pura e aplicada; e) aplicação do saber em cooperação com as forças produtivas do País; f) interpretação e elaboração da cultura para integrar o homem brasileiro em seu momento histórico, no processo cultural.

TRIGUEIRO, Durmeval. Um novo mundo, uma nova educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.51, n.113, p.9-18, jan./mar. 1969.

O autor afirma que, na sociedade moderna, uma política educacional pressupõe que a consciência de cada integrante da comunidade esteja em desenvolvimento paralelo ao da própria comunidade. Com os avanços da tecnologia, torna-se cada vez mais patente o princípio da conversibilidade relativa dos mecanismos e estruturas sociais, no sentido de que cada um pode adaptar-se aos fins dos outros; assim, a fábrica e a escola funcionam ora como produtor, ora como utilizador. O homo sapiens e o homo faber agem nesse processo simultaneamente, daí a educação geral e a educação técnica ontem consideradas antinômicas serem hoje confluentes. A educação permanente, sendo uma extensão ao plano sociológico da teoria funcionalista da educação no plano psicológico, é bipolar, isto é, integrando escola e sociedade no mesmo processo, ao mesmo tempo que visa ao desenvolvimento de cada ser humano, estimula a auto-educação da sociedade. Nessa tarefa surgem múltiplas soluções, valendo citar a reciclagem nas fábricas, a abertura da indústria à pesquisa, a participação de setores produtivos na gestão da universidade, o sistema aberto de cursos, a extensão universitária, os cursos por correspondência e a participação das várias agências sociais (igrejas, sindicatos, repartições públicas, associações etc) no grande esforço da educação de toda a sociedade.

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CHAGAS, Valnir. A seleção e o vestibular na reforma universitária. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.53, n.118, p.292-311, abr./jun. 1970.

O autor mostra que a seleção é um processo que não se inicia no ensino médio nem se conclui na Universidade, havendo uma relação imediata, que se realiza em duas etapas: a) para estudos superiores, através sobretudo do vestibular; b) para uma carreira determinada, já no contexto universitário. Não sendo possível implantar um vestibular de todo unificado e baseado inteiramente em aptidões, numa primeira etapa poder-se-á efetuar a seleção por meio de provas calcadas em conhecimentos que envolvam aptidões, até que, numa segunda fase, os processos mentais seriam diretamente focalizados. Através da unificação do vestibular, pode-se chegar ao vestibular regional, sendo pouco viável o nacional devido às disparidades econômicas e culturais do País. Qualquer que seja o grau alcançado na integração, deverá ser criado um Serviço Central, de caráter permanente, que unifique os meios e assegure um teor cada vez maior de eficiência e precisão nos trabalhos do vestibular.

GOMES, Candido Alberto. Os quatro anos da Emenda Calmon: qual o seu impacto?. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.69, n.162, p.237-255. mai./ago. 1988.

O artigo examina dados financeiros da União e dos estados, referentes ao período 1977-1986, visando a analisar os efeitos da Emenda Calmon sobre os recursos públicos para a educação, concluindo que a Emenda proporcionou siginificativo aumento real de recursos e provocou uma tendência no sentido de alcançar uma base de recursos menos sensível à conjuntura econômica, no nível federal. O ensino superior captou parte apreciável desse incremento de recursos. O autor apresenta, ainda, dados relativos ao provável impacto da nova Constituição sobre o financiamento do setor educacional.

SUCUPIRA, Newton. Da Faculdade de Filosofia à Faculdade de Educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.51, n.114, p.260-276, abr./jun. 1969.

O autor afirma ser comum afirmar-se hoje que as faculdades de filosofia, no Brasil, falharam em seus múltiplos propósitos. Não crê ele, todavia, que tenham sido uma experiência sem proveito em nosso ensino superior. Julga ele que a faculdade de filosofia, apesar de suas deficiências e deturpações, longe de constituir um fracasso total, representa um momento significativo na evolução do ensino superior brasileiro e de nossa cultura; ela proporcionou formação especializada, dentro de nossas possibilidades, para o exercício sistemático de atividades culturais e científicas que, anteriormente, eram fruto de manifestações esporádicas e isoladas. Mas, se considerarmos as faculdades de filosofia em sua função de preparar docentes para a escola média e formar especialistas em educação, a verdade é que elas falharam em sua missão pedagógica, falharam em sua tarefa de preparar professores para a moderna escola secundária, falharam quanto à formação de educadores especializados capazes de planejar o sistema escolar de uma sociedade que se transforma e elaborar novos métodos que possibilitem a renovação didática de uma escola média e primária que se expande desordenadamente. Daí a oportunidade da criação da faculdade de educação.

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TEIXEIRA, Anísio. Uma perspectiva da educação superior no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.111, p.21-82, jul./set. 1969.

O autor afirma que a Universidade surgiu na Idade Média como instrumento para unificação da cultura ocidental, ou seja, do pensamento intelectual dos séculos 11 a 14. Manteve-se à margem da renovação trazida pelo Renascimento e pela Reforma, só evoluindo do estágio especulativo para o estágio científico e experimental a partir do século 19, com a Universidade pioneira de Humboldt, até à feição da multiversidade de hoje, complexa e extremamente diversificada em seu universo de especializações. A Universidade chegou ao Brasil com atraso de séculos, à moda ibérica. A norma predominante foi a da criação das escolas profissionais utilitárias - Medicina, Engenharia e Direito; no entanto, preocupadas mais com o saber ornamental da cultura greco-latina transplantada da Europa, do que com a vida e as coisas do Brasil. Foi em nossos cursos médicos que aos poucos se introduziu o espírito científico e experimental. Só a partir de 1920 é que apareceu entre nós a universidade com a simples aglomeração dessas escolas profissionais. A fim de atingir o grande objetivo da educação que é formar a consciência nacional, a implantação da verdadeira universidade no Brasil pressupõe a criação de uma cultura real brasileira, tornando-se a universidade, ao mesmo tempo, uma empresa para produção do conhecimento, para treinamento profissional e para a pesquisa. Não obstante, vislumbra-se hoje um novo estado de espírito no ensino superior brasileiro, com os planos de reforma e reestruturação das universidades. Corre-se, no entanto, o risco da sublimação verbal, ficando-se mais no nível das afirmações eloqüentes que na efetiva mudança do saber, dos conteúdos, dos programas, dos métodos, sua execução e aplicação com vistas ao desenvolvimento nacional.

OTT, Margot Bertoluci., MORAES. Vera Regina P. Metodologia e Prática para a Formação de Docentes: 1o. e 2o. graus. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.62, n.142, p. 145-156, mai./ago. 1978.

O artigo se refere à pesquisa: "Investigação sobre a Metodologia e a Prática de Ensino Desenvolvidas para a Formação de Docentes para o Ensino de 1o. e 2o. graus", cujo objetivo é um estudo aprofundado sobre a qualificação de professores para o ensino de 1o. e 2o. graus e a importância de uma boa formação para a prática docente, já que a eficácia no ensino é uma meta constante dos sistemas educacionais. As autoras apresentam a necessidade de se levar em consideração duas dimensões fundamentais em se tratando de modelo de formação de professor: realidade brasileira e processo de mudança.

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TRIGUEIRO, Durmeval. A Universidade e sua Utopia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.112, p.219-227, out./dez. 1968.

O autor afirma que a irrupção dos jovens reclama hoje uma estrutura inédita na universidade. E a multiplicidade dos saberes, caracterizada na multiversidade americana, segundo a expressão de Clark Kerr, dá margem a que se examine as possibilidades de conciliação entre o saber literário e o tecnológico, o humanístico e o profissional, o saber do passado e o do futuro. A crise da universidade requer um novo aparelho institucional, com nova metodologia de ação que se traduziria pela Educação Permanente. É a crítica, o instrumento adequado para tratar dessa crise, como investigação da realidade, como saber radical e reinstaurador na ordem objetiva. Sendo a educação a consciência que a sociedade tem de sua praxis, não será a educação do conformismo que produzirá indivíduos criadores. O método pedagógico seria a conversão, a pesquisa, o aprender criando. A busca de um novo cogito, a redução fenomenológica das ideologias, sem fechar-se nelas ou ignorá-las, são desafios lançados à universidade em seu serviço pela verdade e pela ciência.

PAIVA, Vanilda. Extensão Universitária no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.155, p.135-151, jan./abr. 1986.

A autora se refere às atividades de extensão universitária, fazendo um breve histórico sobre o surgimento dessas atividades na Inglaterra, nas universidades norte-americanas e na Europa. Define a extensão universitária como um conjunto de atividades de iniciativa da Universidade, difundindo a cultura e oferecendo oportunidades de educação continuada a uma grande parte da população, bem como procurando atender às necessidades específicas de determinados setores através da promoção de cursos breves e de outras atividades. Já na América Latina, a extensão universitária desenvolverá não somente a definição acima como também organizará programas de educação básica para as massas e o desenvolvimento de comunidades rurais, incluindo atividades assistenciais. O artigo, portanto, trata especificamente dos movimentos de extensão universitária de âmbito nacional, cuja principal preocupação é de caráter político-pedagógico; estudando as caracteríticas desses movimentos que nasceram integrados na estratégia educacional do governo posterior a 1964, abordando os CRUTAC (Centros Rurais Universitários de Treinamento e Ação Comunitária) e o Projeto Rondon.

BUARQUE, Cristovam. Universidade: crise como criação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.154, p.497-501, set./dez. 1985.

O autor destaca o papel da Universidade diante da crise vivida pela sociedade; que a Universidade pode reagir de duas formas, seja afirmando um papel dinâmico e participativo na solução, seja induzindo a própria crise, para depois colaborar para a solução. Este papel ativo da Universidade pode ser resultado da atividade política dos quadros universitários quanto da formulação teórica de novas idéias, padrões e conceitos que poderiam colaborar na formulação de uma nova proposta. O artigo caracteriza a Universidade no final da Ditadura Vargas, no final dos anos 50 e anos 60 e na década de 70, traçando o perfil político e a relação existente com a sociedade que passava por um processo de modernização. Para adaptar a Universidade ao período de transição pelo qual passava a sociedade, o autor aponta três linhas de ação: um comportamento acadêmico crítico, uma administração democrática e um processo de integração na sociedade.

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COELHO, Pedro Rabelo. O Movimento Sindical na Universidade Pública Brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.178, p.555-580, set./dez. 1993.

O autor busca compreender as transformações do modo de produção capitalista neste final de século, tanto no plano da conjuntura internacional quanto da nacional, buscando explicar a crise da universidade pública brasileira e reconhecer os desafios que se apresentam aos que lutam na perspectiva de integrar o trabalho acadêmico ao processo político de construção de uma sociedade democrática. O artigo está organizado em duas partes. A primeira aborda a “nova ordem econômica internacional” (NOEI), destacando principalmente o aparecimento e a atuação da elite orgânica internacional e a revolução científico-tecnológica com suas conseqüências para a divisão do trabalho e a organização coletiva dos trabalhadores. A segunda parte discute a problemática dos docentes universitários enquanto trabalhadores e seu envolvimento nas lutas político-sindicais, apontando, ao final, o desafio com que se depara o movimento docente para a construção de uma verdadeira universidade pública.

CASTRO, Cláudio de Moura. Experiência da CAPES. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.63, n.145, p.213-216, set./dez. 1979.

O autor relata todo o processo de avaliação de pesquisas financiadas pela CAPES, que funciona como órgão de coordenação da pós-graduação, tendo como objetivo avaliar o conjunto desses programas. As bolsas concedidas pela CAPES levam em conta a nota obtida pelo curso . O autor faz ainda um exame do processo de avaliação feito pela CAPES, argumentando ainda que há muito a ser feito para melhorar o tipo de avaliação aplicado pela CAPES no momento.

LEITE, Denise B., MOROSINI, Marília Costa. Universidade no Brasil: a idéia e a prática. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.73, n.174, p.242-254, mai./ago. 1992.

As autoras, vinte e cinco anos após a Reforma Universitária que propunha o desenvolvimento de um conceito "moderno"de universidade, arguem a existência desta idéia diante da diversidade do sistema de ensino superior brasileiro. Com apoio em Anísio Teixeira e Habermas, confrontam a idéia de universidade por eles proposta com a realidade concreta - a sua prática. Na crise paradigmática contemporânea e, diante da constatação da dissonância entre a idéia e a prática, propõem um repensar da universidade em termos do que foi e do que é a sua idéia no contexto social.

RAMA, Germán W. Transición Estructural y Calidad de la Educación Superior en América Latina. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.69, n.163, p.563-597, set./dez. 1988

O artigo pretende analisar, num primeiro momento, os efeitos das mudanças estruturais nos sistemas educacionais em geral, depois considerar a segmentação do sistema universitário e, finalmente, os problemas de qualidade da educação superior. Isto se fará na perspectiva da necessária inovação de conhecimentos e de formas sociais, que se criam como desafio ante o esgotamento do estilo de desenvolvimento predominante na região e a incerteza frente às modificações no sistema de poder internacional, assim como as transformações das sociedades desenvolvidas nos âmbitos científico, econômico, tecnológico e organizacional.

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UNIVERSIDADE Agora e no Futuro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.153, p.295-299, mai./ago. 1985.O artigo destaca a universidade brasileira no final do autoritarismo e início do período democrático. Dentre as instituições sociais mais atingidas pelo autoritarismo está a universidade, que fora colocada de lado pelo governo, marginalizada, mas potencializando o fortalecimento dos movimentos docente e estudantil. Segundo o artigo, cabe nesse processo de transição do autoritarismo para a democracia uma reforma na Universidade, de maneira a se colocar a questão da democracia interna à Universidade.

WANDERLEY, Luiz Eduardo W. A falácia da competência. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.154, p.507-510, set./dez. 1985. O artigo trata da problemática da competência dentro da universidade, e acentua ser preciso questionar o saber universitário a partir de reflexões sobre os conteúdos desse saber; as formas pelos quais ele é elaborado e a serviço de quem ele existe. Para trabalhar essas questões, o autor aponta alguns elementos que nortearão a sequência do artigo: a) a complexa relação entre competência e compromisso; b) educação como fator de mudança social; c) democratização e suas conseqüências.

ALMEIDA, Jaime G. de., FARRET, Ricardo L., KOOSAH, Muhdi. A morfologia do campus universitário brasileiro: as questões fundamentais para a sua avaliação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.70, n.166, p.371-390, set./dez. 1989.

Os autores comentam que os estudos referentes à educação superior têm, via de regra, negligenciado o papel do espaço físico, visto como um cenário para o desenvolvimento das atividades acadêmicas e tendo, portanto, um papel passivo. Este estudo trata de uma das dimensões espaciais do território universitário, a sua morfologia urbanística, identificando as transformações pelas quais ela vem passando ao longo da história da universidade brasileira, associada a parâmetros de natureza institucional, econômico-social e ideológicos. Aponta, ainda, novas vertentes de investigação nesta área.

BARROS, Marli Nilza Ferrari e SANTOS, Romilda Ap. Cordioll. O Envolvimento de Universitários em Movimentos Religiosos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.178. p.723-727, set./dez. 1993.

O artigo trata de uma pesquisa desenvolvida pelo departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) em relação ao envolvimento de universitários daquela universidade em Movimentos Religiosos, causando distúrbios de comportamento e levando alguns ao suicídio. O objetivo da pesquisa é verificar os motivos ou as razões da participação dos estudantes nestes movimentos, bem como analisar os efeitos que essa prática pode exercer sobre o comportamento, pautando-se a análise dos dados obtidos em dois conceitos básicos de psicologia social: identidade e representação social, tendo como pressupposto teórico o materialismo histórico e a lógica dialética. O artigo relata os resultados da pesquisa apontando o papel da universidade em relação ao problema apresentado.

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BAUZER, Riva. Vestibular, Educação e Trabalho. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.59, n.129, p.105-123, jan./mar. 1973.

O artigo situa o vestibular como ponto de articulação intercurricular e não zona de engarrafamento do sistema educacional. Destaca a aptidão acadêmica, a motivação para aprender, a sede de saber como critérios de um recrutamento democrático de candidatos à Universidade. Observa que o problema mais grave do subdesenvolvimento prende-se à subutilização ou inaproveitamento de talentos desperdiçados, cabendo aproveitá-los de maneira produtiva. Por outro lado, salienta que as oportunidades oferecidas pelo sistema educacional ainda estão longe de corresponder às necessidades do mercado de trabalho. A orientação educacional pode ajudar os jovens e as comunidades a encontrarem o ajustamento reclamado pelas exigências sociais.

CORRÊA, Arlindo Lopes. Aplicabilidade de tecnologia educacional no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.56, n.123, p.87-95, jul./set. 1971.

O autor afirma que não existe ação mais decisiva e duradoura para acelerar a mobilidade social do que a democratização das oportunidades de acesso à educação. Todavia, a educação em todo o mundo apresenta baixos índices de produtividade, daí a relutância em se elevar radicalmente o esforço financeiro neste setor. Todos querem mais educação, de boa qualidade, com eficiência econômica. É fundamental que, em vez da preocupação exagerada com recursos financeiros, os formuladores da política econômica focalizem suas atenções para os recursos humanos. Numa perspectiva para a década de 70, a educação, saindo da fase artesanal - em analogia com o mundo produtivo - deve passar por uma revolução semelhante à revolução industrial, a fim de expandir sua produção, baixar seus custos unitários, beneficiar um número crescente de consumidores e melhorar seus padrões qualitativos. A revolução tecnológica permitirá que os professores se dediquem às tarefas nobres do magistério, dispensando-os das repetitivas e possibilitará ao estudante uma educação mais individualizada, de acordo com o ritmo pessoal. No quadro da realidade brasileira, impõe-se a mudança com a implantação das tecnologias educacionais em condições de estender a educação a todas as camadas sociais e criar um sistema de educação permanente.

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CUNHA, Nádia Franco da. Os Sistemas de Ensino no Brasil como Instrumento de Discriminação Econômica e Estratificação Social. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.54, n.119, p.61-71, jul./set. 1970.

O artigo procura mostrar que a falta de oportunidade de educação vem decorrendo de fatores vários, entre os quais o caráter acentuadamente seletivo dos sistemas escolares. Os candidatos aos exames vestibulares pertencem em maioria às classes alta e média alta (cerca de 56% em 1965); 37% à classe média e apenas 7,5% à classe baixa. O mecanismo de seleção econômica se manifesta já na matrícula do ensino médio, pois 70% dos candidatos ao vestibular são provenientes da escola particular. Não tem sido levada em conta, na maioria das vezes, a necessidade social e econômica da educação de jovens, tampouco a capacidade do aluno; as metas tem se restringido à capacidade das escolas. Esse é um fenômeno histórico que somente após a II Grande Guerra começou a sofrer modificações ditadas por melhor entendimento do que são os direitos individuais à educação. Mesmo agora nos E.U.A. do pós-guerra é a renda do pai, mais do que a inteligência do filho a razão preponderante na seleção dos que devem frequentar o college. O filho de um profissional liberal conta com 50% das chances. No Brasil a situação do ensino superior não lhe é peculiar. O mesmo ocorre com o ensino de nível médio, graças à incoerência interna e externa do sistema. A desarticulação entre os níveis e a inadequação de currículos e programas ao contexto sócio-econômico a que deveriam servir funcionam como instrumentos de discriminação social e econômica. A cultura oferecida nas escolas não considera interesses e objetivos das classes inferiores, marginalizando-as. O mesmo fenômeno se repete, no ensino primário, com implicações mais desastrosas, quer pelo maior número de alunos atingidos, quer pelos óbices às mudanças sociais mais abruptamente sentidos em nível de ensino destinado a todos. Como mantenedor de classes e status, o sistema de ensino vem gerando conflitos e desajustes de conseqüências as mais antidemocráticas e antieconômicas.

CUNHA, Luiz Antônio. Universidade e Sociedade: Uma Nova Dependência. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.74, n.176, p.103-110, jan./mar. 1993.

O autor discute o papel que os governantes, através de seus discursos, tentam impôr às universidades e outras instituições de ensino superior convidando-as a participarem de uma posição de vanguarda no combate à pobreza e à injustiça, e ainda que aumentem sua inserção no sistema produtivo, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico. Na verdade, este plano seria para responsabilizar, principalmente as universidades, pelo não cumprimento dos papéis sociais que lhes seriam inerentes. Estas questões são também abordadas no contexto da universidade na América Latina.

FERNANDES, Florestan. Reforma Universitária e Mudança Social. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.73, n.175, p.523-546, set./dez. 1992.

O artigo trata de duas questões centrais. A comparação do atraso da reforma universitária no Brasil em relação às outras sociedades nacionais latino-americanas, e a vivência deste processo em relação aos seus similares na América Latina. A longo prazo, os alvos e os objetivos que foram propostos são estabelecidos pelo autor no que eles significam em três níveis distintos: 1) da universidade, considerada como núcleo institucional das mudanças previstas e desejadas; 2) da sociedade, encarada como o locus das ações reformistas e, portanto, como o princípio e o fim daquelas mudanças; 3) das relações estruturais e dinâmicas da universidade com a sociedade.

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GIANNOTTI, José Arthur. O Mérito do Poder e o Poder do mérito. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.154, p.502-506, set./dez. 1985.O autor questiona o papel exercido pela universidade e a competência da produção acadêmica por parte do pesquisador. Argumenta que dentro da Universidade brasileira seria importante e necessário a criação de um sistema de avaliação que envolvesse o todo. O objetivo central do artigo é a formação desse sistema de avaliação que contribua para o crescimento acadêmico e científico da Universidade.

GOUVEIA, Aparecida Joly. Algumas Reflexões Sobre a Pesquisa Educacional no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.60, n.136, p.496-500, out./dez. 1974.

A autora reflete sobre a situação da pesquisa educacional no Brasil, analisa a conveniência de instalação de banco de dados e de computador a serviço da pesquisa e defende a preparação de pesquisador em nível de pós-graduação, participando de todas as etapas na realização de um projeto de pesquisa.

MEDEIROS, Gertrudes Knihs de. (coord) et. al. Formação Profissional versus Mercado de Trabalho no Vale do Itajaí: um estudo avaliatório. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.73, n.174, p.361-368, mai./ago. 1992. O artigo aponta uma pesquisa desenvolvida em três Instituições de Ensino Superior do Vale do Itajaí, em relação aos cursos de ciências sociais, para verificar, de um lado, a formação profissional adquirida na universidade e, de outro, o mercado de trabalho. Este último composto por três variáveis explicativas: desempenho profissional, adequação ao mercado de trabalho e satisfação profissional.

NOGUEIRA, Sonia Martins de Almeida. Valores e Objetivos da Educação Brasileira: a Questão da Relação entre Filosofia da Educação e Política Educacional, a partir de 1930. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.171, p.145-174, mai./ago. 1991.

O artigo pretende explorar duas questões que se levantam a partir da análise da relação escola-sociedade-cultura. Essas questões se referem ao papel da filosofia da educação e à intervenção da Estado na educação, via legislação do ensino. Assim, é desenvolvida uma breve reflexão sobre a filosofia da educação, considerada uma íntima relação entre educação e axiologia, e são analisadas as exposições de motivos e os relatórios de grupos de trabalho, elaborados para a apresentação e justificativa dos documentos das reformas de ensino de 1931, 1941, 1964, 1968 e 1971, buscando-se elementos que favoreçam a identificação de valores subjacentes, possíveis reveladores de uma efetiva intenção política de ruptura do sistema de ensino com os objetivos e valores da filosofia educacional.

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POIGNANT, Raymond. Determinação dos objetivos quantitativos do plano educacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.56, n.123, p.96-110, jul./set. 1971.

O autor afirma que a fixação dos objetivos de um plano educacional é geralmente condicionada a dois fatores: demanda social e necessidades de mão-de-obra, devendo-se considerar simultaneamente esses dois fatores, de modo a adptá-los um ao outro. Nos países em desenvolvimento, seria indicado conceder prioridade aos ramos de ensino capazes de favorecer ao máximo o desenvolvimento econômico. O risco que se corre aqui está nas distorções possíveis entre as necessidades da economia e a escolha das famílias, destacando-se a expansão do ensino secundário e o desenvolvimento pletórico do ensino superior, em detrimento da formação qualificada e de técnicos de nível médio. Analisando as experiências francesa e soviética, é possível concluir que qualquer sistema, flexível ou autoritário, destinado a canalizar a demanda social, pressupõe o aconselhamento de maneira que se possa contar com previsões satisfatórias sobre a evolução do mercado de trabalho.

SUCUPIRA, Newton. A Universidade e a Reforma de Ensino de 1o. e 2o. graus. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.59, n.129, p.11-25, jan./mar. 1973.

O artigo examina o papel da universidade na reforma do ensino brasileiro como sujeito e objeto dessa reforma, tanto no plano da teoria como da praxis. Esse papel, atribuído particularmente à Faculdade de Educação, como instrumento para implantação do ensino de 1o. e 2o. graus, consiste na formação de mestres, planejadores, administradores escolares, orientadores educacionais, programadores didáticos, no desenvolvimento da pesquisa educacional e na elaboração do pensamento pedagógico. Integrando o ensino superior na problemática geral da educação, cabe à Universidade elaborar a filosofia da formação do homem brasileiro em sua situação no mundo moderno.

UNIVERSIDADE em debate. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.153, p. 300-303, mai./ago. 1985.

O texto é um documento elaborado pela diretoria da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES), em resposta ao manifesto assinado por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), intitulado - Universidade agora e no futuro. Este documento levanta algumas questões que foram tratadas no manifesto, tais como: a defesa da escola pública, a pesquisa científica, a valorização do trabalho docente e a vida acadêmica. Em contrapartida, discordam de outras opiniões que foram expressas, como por exemplo, que trata do movimento docente - objetivo central do artigo.

TORRES, Carlos Alberto. El mundo de Talcott Parsons y la educación (II) - el pensamiento sociológico funcionalista y la educación superior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.70, n.166, p.428-434, set./dez. 1989.

O artigo se refere inicialmente à obra de Parsons e Platt, que, sob o enfoque funcionalista, define universidade como um complexo cognitivo, explicita as funções das instituições de ensino superior e atribui a insatisfação e o protesto estudantis às tensões do processo de socialização. Depois, numa abordagem crítica, questiona a fundamentação empírica do trabalho, o caráter a-histórico da argumentação, a possível aplicabilidade dos conceitos à problemática da educação superior e o caráter unidimensional da análise funcionalista.

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CAVALCANTI, Zaida Maria Costa. Ensino de pesquisa em cursos de graduação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.63, n.146, p.377-382, jan./abr. 1980.

A autora apresenta relato de uma pesquisa realizada na Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde foi feita uma experiência de ensino programado, individualizado, de pesquisa para alunos dos cursos de graduação em Medicina, Veterinária, Zootecnia e Licenciatura em Estudos Sociais, cujos cursos não têm por objetivo a formação de pesquisadores. A discussão presente na pesquisa baseia-se no fato de que a Universidade, em geral, embora tenha sofrido modificações, não relaciona o conteúdo dos cursos de graduação com a realidade em que o aluno graduado exercerá sua profissão, pois uma minoria dos cursos de graduação estão voltadas para a pesquisa.

GOES FILHO, Joaquim Faria.Treinamento de pessoal brasileiro no exterior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.58, n.128, p.314-320, out./dez. 1972.

O artigo informa sobre treinamento de pessoal brasileiro no exterior, com base em levantamento efetuado pelo Centro de Recursos Humanos da Fundação Getúlio Vargas, abrangendo instituições nacionais, estrangeiras e internacionais, serviços diplomáticos, bem como empresas industriais e de serviços sediados no País, totalizando 60 entidades que concederam 13.406 bolsas a 11.539 candidatos, durante o quinquênio 1965-70. O instrumento do survey compreendeu os itens: 1) exigências para a concessão de bolsas; 2) financiamento; 3) acompanhamento do bolsista durante sua permanência no estrangeiro e após seu regresso; 4) dados ocupacionais ao serem concedidas as bolsas; 5) antecedentes educacionais do candidato e organização a que estava ligado; 6) estudos e estágios realizados no exterior. O levantamento identificou maior concentração de bolsas nas áreas de engenharia, economia, administração de empresas, medicina, pesquisa em ciências físicas, geociências, ciências sociais, saúde, agricultura e educação. Apenas 2.417 bolsistas informaram haver obtido graus de mestrado e doutorado no estrangeiro.

CASTRO, Cláudio de Moura. A mão-de-obra universitária: metodologias de planejamento e controvérsias. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.61, n.137, p.23-39, jan./mar. 1976.

O artigo analisa técnicas empregadas para prever a necessidade de mão-de-obra de pessoal do ensino superior. Conclui que essas técnicas devem ser vistas como possibilidades e examinadas em confronto com situações em que tenham atuado mecanismos de ajustamento e reajustamento do mercado de trabalho.

COSTA, Diva de Moura Diniz. A CEAE e a formação de recursos humanos para a educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.62, n.142, p.119-125. mai./ago. 1978.

O artigo se refere à formação de profissionais competentes para todas as áreas relacionadas com o desenvolvimento nacional. Em relação à área da Educação, a formação de recursos humanos é um sério problema a ser enfrentado pelas instituições formadoras desses profissonais. Na tentativa de solucionar este problema, foi criado a CEAE - Comissão de Ensino da Área da Educação, cuja finalidade básica passaria a ser a avaliação do desempenho dos cursos destinados à formação de professores para o ensino de 1o. e 2o. graus e o controle da qualidade do ensino. A CEAE funcionaria junto ao Departamento de Assuntos Universitários, colaborando com o MEC e com Conselho Federal de Educação.

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LINHARES, Célia Frazão Soares (coord) et. alli. A Autonomia Universitária e a Formação de Docentes para trabalhadores Pesquisadores. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.170, p.79-84, jan./abr. 1991.

O texto informa sobre pesquisa cujo objetivo é compreender a dinâmica da escola destinada atualmente ao trabalhador, para subsidiar discussões e intervenções nos cursos de formação de professores. O campo de trabalho escolhido destina-se às escolas públicas noturnas localizadas no centro de Niterói, Rio de Janeiro e São Gonçalo. A escolha se justifica por estas facilitarem a frequência dos trabalhadores. Neste campo, pretende-se, além de entender e intervir na realidade pedagógica, trabalhar a questão da privação dos alunos da escola noturna de alguns benefícios sociais e sua integração com a sociedade.

SANTOS, Lucíola Licínio de C. P. Problemas e Alternativas no Campo da Formação de Professores.Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.172, p.3l8-334, set./dez. 1991.

O artigo analisa a educação do professor e a relação entre teoria e prática como questão fundamental na estruturação dos cursos de formação de docentes. Inicialmente, é analisada a concepção tradicional do treinamento de profissionais baseada no modelo da racionalidade técnica. Partindo da visão de que o professor é um intelectual crítico, a última parte levanta problemas na área de formação de docentes e sugere alternativas para a reformulação dos cursos de formação de professores.

BARBOSA, Anna Mae Tavares Bastos. O papel do artista no ensino de arte nos Estados Unidos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.59, n.130, p.277-292, abr./jun. 1973.

O texto apresenta um panorama do ensino de arte nos Estados Unidos, a partir do Romantismo no século passado. Analisa o "Industrial Drawing Act" de 1870, que tornava obrigatório o ensino do desenho nas escolas públicas. Examina a posição do artista, o currículo da universidade e a atuação das escolas de arte, destacando a influência da arte moderna, através do "Armony Show" de 1913 e a contribuição da Nova Bauhaus (American School of Design). Registra tendências do ensino de arte na década de 50.

MENDES, Durmeval Trigueiro. Pesquisa e ensino no Mestrado de Educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.58, n.128, p.249-264, out./dez. 1972.

O texto propõe as bases filosóficas, a estratégia e a articulação com o ensino para a programação das pesquisas do curso de Mestrado do Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. A filosofia da pesquisa repousaria em três postulados: desenvolver-se em função da política educacional e do progresso das ciências da educação no País; compreender, além da pesquisa empírica, a obra de pensamento caracterizada pela reflexão filosófica em busca das raízes de inteligibilidade da educação; explicar estruturas e sistemas e seu funcionamento de acordo com as necessidades do desenvolvimento. Quanto à estratégia, a pesquisa seria centrada nas áreas de Filosofia da Administração Educacional (no sentido macro-estrutural) e Psicologia da Educação.Quanto à articulação com o ensino, haveria duas linhas de trabalho: uma orientada para as necessidades educacionais do País, atendendo-se a encomendas de entidades; outra voltada para os programas de ensino.

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COSTA, L. F. Macedo. Tendências da universidade na América. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.53, n.118, p. 280-291, abr./jun. 1970.

O autor afirma que a universidade latino-americana que começa a surgir apresenta tendências típicas quanto à evolução de suas estruturas. A sucessão de cursos tende a ser substituída por uma sistematização racional de ciclos e programas, combinados em diversos níveis, incluindo estudos gerais, básicos e propedêuticos, profissionais e de pós-graduação. Mantendo suas linhas gerais, a universidade norte-americana atravessa fase estudantil, crescente conflito entre docência e investigação, impossibilidade de auto-financiamento e ilimitada diversificação de objetivos. As diferenças principais entre a educação superior no Brasil e nos Estados Unidos estão condicionadas às origens e situação sócio-econômica de cada um desses países. Nos E.U.A. o crescimento da universidade decorreu do processo histórico de seu desenvolvimento; no Brasil, ala surgiu tardiamente com o intuito de impulsionar o progresso da Nação. Em linhas gerais, a reforma brasileira inspira-se nos moldes norte-americanos, mas seu êxito requer modificação da estrutura acadêmica, preparo de pessoal docente necessário à realidade e pecularidades nacionais.

GOMES, Candino. SEGENREICH, Stella Cecília Duarte., NEVES, Maria Apparecida Campos Memede. Do 1o. ciclo de graduação ao núcleo básico: a experiência da Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.154, p.476-496, set./dez. 1985.

O artigo focaliza estudo de caso sobre o 1o. ciclo de graduação do Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro entre 1967 1984, com base nos enfoques da sociologia e filosofia da educação. As conclusões mostram que, na Universidade, ao centripetismo do conhecimento universal opõem-se as forças dispersoras das diferenças de prestígio de ocupações, cursos e departamentos. Da experiência emergiu recentemente uma nova proposta - o núcleo que busca atender às demandas da unidade, quanto da diversidade da PUC/RJ.

HOULI, Jacques. Aspectos atuais do ensino médico americano. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.112, p.246-258, out./dez. 1968.

O artigo registra uma tendência no ensino médico americano no sentido de incrementar estudos de problemas sociológicos da Medicina, realçando-lhe o caráter preventivo. A Fundação Milbank, nos Estados Unidos, patrocina esses estudos, estimulando a criação de centros médicos dirigidos pela escola médica local, com a presença do sociólogo na equipe e a participação dos estudantes desde o início de sua formação. O objetivo é tornar a Medicina uma ciência a serviço do homem no seu status social. Nessa perspectiva, o ensino integrado, interdisciplinar, supera a estrutura departamental das escolas e os planos integrados de saúde reúnem a contribuição dos sociólogos, psicólogos e higienistas.

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JAMATI, Viviane Isambert. Para onde vai a sociologia da educação na França. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.157, p.538-551, set./dez. 1986.

A autora resenha analiticamente a sociologia da educação na França, sob perspectiva histórica, apontando reflexivamente para influências estrangeiras. Começando com Durkheim, a exposição prossegue com a polêmica marxista sobre a escola única; mostra a influência norte-americana; analisa a contribuição dos estudos sobre a estrutura sócio-econômica e o sistema de ensino; cita os subsídios da demografia e dos movimentos sociais para a educação e finaliza abordando a estrutura social e a educação profissional, para chegar a uma visão global da educação, reforçando o potencial humano.

PAIVA, César. (trad). Humboldt e a Universidade hoje, Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.156, p.411-437. mai/ago. 1986.

O artigo é uma transcrição de um Simpósio promovido pelo Ministério da Educação e Ciência da República Federal da Alemanha, realizado em 17 de Abril de 1985, no Centro de Ciência em Bonn, e que foi editado originalmente pelo Departamento de Relações Públicas do referido Ministério e traduzido para esta Revista pelo Prof. César Paiva. As questões presentes neste Simpósio foram: as idéias de Humboldt estavam somente implícitas ou elas serviram conscientemente de orientação para as reformas do ensino superior, desde 1945?; de que maneira as idéias de Humboldt podem, ainda hoje, ter validade para a política universitária, especialmente nas relações Estado-Universidade, pesquisa-ensino e estudos universitários-profissão?

PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio como Práxis na Formação do Professor: Um estudo sobre o Estágio nos Cursos de Magistério de 2o. Grau, desenvolvidos nos Centros de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM). Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.176, p.185-190, jan./abr. 1993.

O artigo se refere a uma pesquisa em andamento cujo objetivo é buscar alternativas para uma redefinição do estágio como componente curricular de formação de professores. As práticas de estágio serão analisadas em cursos nos CEFAMs. Essa redefinição contribuiria para proporcionar ao estagiário, futuro professor, um contato com a realidade com a qual trabalhará futuramente, contribuindo assim para uma melhoria na formação do professor.

SANTOS FILHO, José Camilo dos. SEGENREICH, Stella Cecília Duarte. Os modelos de instituições de ensino superior de graduação reduzida: desenvolvimento, avaliação e confronto com a experiência internacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.63, n.146, p.335-348, jan./abr. 1980.

Os autores analisam a experiência brasileira relacionada com a posição das instituições de ciclo curto dentro do sistema de ensino superior. Para esta análise, os autores subdividem este artigo em quatro partes: 1) retrospectiva histórica do desenvolvimento dos cursos de curta duração; 2) avaliação desta inovação implementada; 3) caracterização das estruturas emergentes de ensino superior, segundo a prespectiva internacional e 4) confronto da experiência brasileira com as tendências internacionais. Os autores apresentam ainda um modelo de instituição que atenda ao objetivo de cursos de curta duração.

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SERAFINI, Oscar. Uma alternativa para avaliação de pesquisa educacional. (Tradução - Odette Pires Branco Massano Adário). Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.63, n.145, p.179-186, set./dez. 1979.

O autor, considerando que o Sistema de Avaliação de Projetos do Programa Regional de Desenvolvimento Educativo (PREDE) tem como objetivo principal proporcionar, aos responsáveis pelo programa, informação segura e objetiva, útil para recomendar alternativas de decisão, apresenta neste artigo um modelo dos instrumentos para a avaliação de projetos em etapa inicial, que serve de base para a elaboração das Opiniões da Secretaria, que o Departamento de Assuntos Educativos apresenta ao Conselho Interamericano de Educação da OEA.

SUASSUNA, Ítalo. Ensino de ciências básicas na faculdade de medicina e a formação profissional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.111, p.96-116, jul./set. 1968.

O autor afirma que a solução de muitos dos problemas que angustiam o ensino médico no Brasil tem sido retardada pelas tentativas de transposição cultural e por medidas governamentais que impõem modelos distanciados de nossa realidade, sem levar em conta o condicionamento do meio e sem garantir sua exeqüibilidade. A integração entre o ensino pré-clínico e o aprendizado clínico, levando a Medicina clínica a voltar-se para o conhecimento das ciências básicas, reconhecendo-lhe o valor, seria um passo para a eliminação do hiato existente entre esses dois campos.

SUCUPIRA, Newton. A universidade aberta. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.59, n.131, p.431-453, jul./set. 1973.

O autor faz um relatório, apresentado ao MEC, sobre a experiência de Universidade Aberta na Inglaterra, iniciada em 1972. Trata-se da aplicação sistemática e institucionalizada dos meios de comunicação de massa combinados com os mais variados processos de instrução (rádio, TV, correspondência, classes tutorais, serviços de aconselhamento aos alunos nos centros locais de estudos e "escola de verão"), visando a formação universitária regular de grande contingente da população, maior de 21 anos, independente do certificado de escolarização anterior. Focaliza a organização, o funcionamento, os cursos e o sistema de ensino, apresentando indicações sobre a possibilidade de realizar experiência semelhante em nosso País.

SUPPES, Patrick. O lugar da teoria na pesquisa educacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.60, n.136, p.467-480, out./dez. 1974.

O autor afirma que a pesquisa fundamental é responsável pelo desenvolvimento de algumas das mais importantes mudanças tecnológicas do nosso tempo. Em educação é muito recente, entretanto, a substituição da pesquisa empírica pela pesquisa educacional sistemática solidamente baseada na teoria. Algumas das mais importantes fontes de teorias para a educação são: os modelos estatísticos; a teoria dos testes; a teoria da aprendizagem; a teoria do ensino; as teorias da ciência econômica que têm servido de base para os estudos da economia da educação.

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YOUNG, Michael. A propósito de uma sociologia crítica de educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.157, p.532-537, set./dez. 1986.

O artigo resenha as diferentes orientações que a Sociologia da Educação como crítica da sociedade assumiu na Inglaterra a partir do pós-guerra. Destaca-se, nesta trajetória, a mudança de paradigma: a educação, concebida como fator de produção e crescimento econômico, passou a ser vista como inibidora destes processos e bloqueadora da mudança social. Cada uma das posições assumidas apresenta deficiências, denunciadas por outros teóricos críticos. Por isto, é sugerida a retomada, sob outro ângulo, da discussão sobre a forma e os conteúdos curriculares, de acordo com a perspectiva de Gramsci.

CASTRO, Amélia Domingues. Redifinição da Didática. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 59, n.129, p.41-56, jan./mar. 1973.

A autora visualiza a situação didática para chegar a uma disciplina que enfrenta o fato didático. Propõe um modelo desenvolvido em três planos: o humano, o técnico e o cultural, diretamente vinculados às bases educacionais, sócio-antropológicas, político-econômicas, filosófico-pedagógicas. Nesses três planos distingue três etapas: a da previsão, a da execução e a da avaliação. Problemas levantados: 1) Haverá necessidade de campo específico para estudar, investigar e experimentar as situações didáticas? 2) Sua função seria constatar o que se passa ou orientar o processo numa direção determinada? 3) A que pessoas ou grupos beneficia?

GOUVEIA, Aparecida Joly. Democratização do ensino superior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.50, n.112, p.228-240, out./dez. 1968.

O artigo trata de pesquisa, realizada pelo curso de Teoria e Prática de Pesquisa, da cadeira de Sociologia II, da Faculdade de Filosofia da USP, sobre o tema: “Origem e aspirações do primeiranista universitário”. A amostra da pesquisa abrangeu 1825 primeiranistas que, em 1967, cursavam a Universidade Mackenzie, a PUC e a USP, representando 25% da categoria, na capital paulista. A esses alunos foi aplicado um questionário, em que se considerava a origem social dos alunos das escolas superiores, a equidade nas oportunidades de acesso aos vários níveis de ensino e grupos da população, e também a compreensão das condições e mecanismos que levam à seletividade social. O estudo dos dados revelou que os primeiranistas de São Paulo são predominantemente oriundos dos estratos médios da população, havendo por outro lado uma super-representação das duas categorias mais elevadas na pirâmide social. Revelou ainda: que o grupo que ingressa no ensino superior é mais selecionado que o que chega à série do ensino médio; que a seleção intelectual provavelmente resulta em seleção social; que o número de moças que ingressa nos cursos superiores é na proporção de 1 para 2 em relação aos rapazes; que melhorou um pouco a proporção de estudantes universitários oriundos de famílias mais modestas; o caráter seleto dos cursos de Engenharia, Medicina, Arquitetura, Psicologia, Comunicações; o caráter intermediário dos cursos de Direito, Ciências Sociais, Jornalismo, Letras, Odontologia, Veterinária, Física e Geologia; o caráter popular dos cursos de Pedagogia, Química, Filosofia, Economia, Geografia, História, Matemática e Farmácia; que as desigualdades no ensino superior persistirão enquanto forem mantidas as desigualdades verificadas nos níveis primário e médio.

GOUVEIA, Aparecida Joly. A pesquisa educacional no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.55, n.122, p.209-241, abr./jun. 1971.

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A autora mostra que estudos divulgados e informações obtidas através de questionários indicam os temas preferidos pelas instituições de pesquisa: características, em geral sócio-econômicas, do discente ou docente; aspirações educacionais e profissionais dos estudantes; caracterização de escolas ou redes escolares (número de alunos, qualificação de professores, matéria dos programas). Operam na área seis centros que integram a rede do INEP, centros de Secretarias Estaduais, Institutos de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) do Ministério do Planejamento, núcleos de pesquisa de entidades particulares que mantêm programas de educação (SENAC, SESI, Fundação Getúlio Vargas, Fundação Carlos Chagas) e institutos de pesquisa econômica e ou social de algumas universidades. Urge especificar o papel da pesquisa na formulação da política educacional em linhas mais amplas, e sua influência sobre o processo educativo, além de examinar o problema do background do pesquisador e da formação de equipe interdisciplinar.

SOBRAL, Fernanda Antônia da Fonseca. A produção e a apropriação social da pesquisa científica e tecnológica - uma discussão no capitalismo dependente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.156, p.287-305, mai./ago. 1986.

O artigo se propõe discutir idéias levantadas por autores marxistas contemporâneos sobre a ciência e a tecnologia como força produtiva, como dominação política e como ideologia no contexto do capitalismo dependente, tendo como ponto de referência um estudo empírico sobre a produção e apropriação social da pesquisa biomédica na UFRJ e FIOCRUZ e da pesquisa agronômica na UnB, UFRJ e EMBRAPA. Esse estudo procurou esclarecer os determinantes sociais (de ordem econômica, política e ideológica) das atividades de pesquisa, verificando os interesses de classes ou de segmentos da sociedade civil incorporados na definição de prioridades de pesquisas. Por outro lado, buscou constatar as possíveis conseqüências sociais acarretadas pelas pesquisas desenvolvidas, observando também quais as classes e/ou segmentos sociais que mais têm se beneficiado do conhecimento produzido, bem como os fatores intervenientes para que determinados resultados de pesquisa não sejam divulgados e/ou aplicados. A partir da análise das entrevistas realizadas com os pesquisadores nas áreas e instituições referidas, e dadas as especificidades de relacionamento entre estrutura produtiva, classes sociais e Estado, no Brasil, as abordagens dadas à ciência e à tecnologia são reinterpretadas à luz das características do capitalismo dependente.

NUNES, Clarice. Guia preliminar de fontes para a história da educação brasileira: reconstituição de uma experiência. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.71, n.167, p.7-31, jan./abr. 1990.

O texto relata experiência-piloto no Rio de Janeiro, que pretendeu favorecer a expansão do conhecimento das fontes de história da educação e, consequentemente, forçar o crescimento da historiografia. Apresenta o mapeamento horizontal dos acervos de 41 instituições, incluindo arquivos públicos e privados, núcleos e centros de documentação, museus e bibliotecas e faz uma apreciação sobre os acervos documentais privados de trinta escolas. Comenta a metodologia utilizada na elaboração do Guia Preliminar de Fontes para a História da Educação Brasileira.

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CAPDEVILLE, Guy. O Ensino Superior Agrícola no Brasil.Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.172, p.229-261, set./dez. 1991.

O artigo historia o surgimento e a evolução do ensino superior agrícola no Brasil. Em 15 de fevereiro de 1877 instalava-se, no Brasil, o primeiro curso superior da área de ciências agrárias - o Curso de Agronomia da Imperial Escola Agrícola da Bahia. Dessa data até 1910 - ano em que se faz a primeira regulamentação oficial desse tipo de ensino - funcionaram, no Brasil, oito cursos de Agronomia. Embora os estatutos da Imperial Escola Agrícola da Bahia (1875) previssem, no seu Art. 5º, além do curso de Agronomia, os cursos superiores de Engenharia Agrícola, Silvicultura e Veterinária, o primeiro curso de Medicina Veterinária só foi inaugurado em 1913, no Rio de Janeiro. Em 1960, criou-se o primeiro curso de Engenharia Florestal (Viçosa - MG); em 1966, o primeiro de Zootecnia (Uruguaiana - RS) e, em 1973, o primeiro de Engenharia Agrícola (Pelotas - RS). Em janeiro de 1990, eram 72 os cursos de Agronomia; os de Veterinária, 43; os de Engenharia Florestal 14, os de Zootecnia, 16; e os de Engenharia Agrícola, 8. Em março de 1961, foi inaugurado, na então Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, hoje Universidade Federal de Viçosa, o primeiro curso de pós-graduação, no Brasil, no modelo norte-americano do Master of Science ou Magister Scientiae. Em janeiro de 1990, havia 108 cursos de mestrado e 28 de doutorado.

MORAES, Euzi Rodrigues. A Questão da Alfabetização: uma década de estudos e pesquisas. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.73, n.175, p.468-496, set./dez. 1992.

O artigo registra o trabalho realizado por um grupo de professoras e pesquisadoras ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória-ES, durante um período de dez anos. Inicialmente, o grupo era formado por três alunas do mestrado em Educação, sob orientação da autora, e seu interesse se centrava na aquisição da escrita por crianças, jovens e adultos. Com o passar do tempo, o núcleo original transformou-se em um grupo de estudos e pesquisas que incorporava alunos da pós-graduação e professoras, e que atuava dentro e fora da universidade. Esta breve história introduz os principais aspectos do trabalho, aponta e analisa seu caráter científico e seus resultados práticos, e oferece uma lista de trabalhos publicados e inéditos com o objetivo de dar substância ao relato e facilitar o acesso do leitor às idéias do grupo.

FERNANDES, Florestan. Mal de Crescimento. Nossa crise universitária é uma doença infantil e também um impasse moral. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.69. n.162, p.351-353, mai./ago. 1988.

O autor diferencia e aponta a crise enfrentada pela Universidade em países socialistas e capitalistas. Acrescenta que o Brasil enfrenta a crise pelo lado mais superficial, com a carência de recursos materiais e humanos. No capitalismo, a indústria cultural de massa e as instituições mercantis de pesquisa apropriam-se do saber, abalando a natureza das universidades. Discute ainda o problema da adesão da universidade à internacionalização econômica; o papel do Estado frente à aplicação dos recursos disponíveis e à formação intelectual do universitário.

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LAUWEYS, J. Instalação e Desenvolvimento das Faculdades de Educação no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.51, n.114, p.305-339, abr./jun. 1969.

A convite do Governo brasileiro, esteve no País, de 15/8 a 22/9/68, uma Missão Consultiva da Unesco, com o objetivo de estudar o problema da criação das faculdades de educação, entrando em contato com a administração pública, com universidades, escolas, professores, examinando a documentação pertinente à matéria e visitando os estabelecimentos. A Missão, em seu informe, destaca as seguintes recomendações: dotar as faculdades de educação com equipamento, material e pessoal qualificado; proporcionar boa preparação metodológica e aperfeiçoamento de professores para os diversos ramos de nível médio, preparação distribuida em duas etapas: 1a. - formação especializada na matéria para professores de ginásio durante dois anos e de 3 para demais; 2a. - formação didática de um ano completo; cursos pedagógicos com maior número de exercícios práticos, introduzindo-se o tutorial system inglês; pesquisa integrada no ensino universitário; horário obrigatório para professores e alunos. Havendo exceção, o aluno terá de cumprir o total de pontos exigidos para os que fazem horário integral; realizar, em condições excelentes, cursos de especialização, técnicos e de aperfeiçoamento; programar cuidadosamente os cursos de pós-graduação; colocar livros de referência, a preços acessíveis e de boa qualidade, à disposição dos estudantes; concentrar os recursos internos e externos numa faculdade de educação interuniversitária que realizaria cursos de pós-graduação e serviria de modelo às outras escolas; concentrar e dar continuidade aos esforços da Unesco e de organismos internacionais.

SCHWARTZMAN, Simon. Gustavo Capanema e a educação brasileira: uma interpretação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.153, p.265-272, mai./ago. 1985.

O autor lembra que Gustavo Capanema, Ministro da Educação de 1937 a 1945, foi responsável por uma série de projetos importantes de reorganização do ensino no País, assim como pela organização do Ministério da Educação em moldes semelhantes aos que ainda é hoje. O apoio dado por Capanema a grupos intelectuais e, mais especialmente, a arquitetos e artistas plásticos de orientação moderna, contribuiu para cercar sua gestão de uma imagem de modernização na esfera educacional que ainda não havia sido examinada em mais detalhe. Este artigo, baseado em evidências constantes de livro recentemente publicado, mostra como a característica principal de sua gestão, na área educacional, foi sua vinculação com os setores mais conservadores da Igreja Católica no Brasil. Em conseqüência desta vinculação, a Igreja cessou, durante o Estado Novo, seu ataque tradicional à interferência do Estado nas atividades educacionais, e o Estado, por sua vez, tratou de adotar os preceitos doutrinários e educacionais da Igreja no ensino público que ora se implantava. O artigo examina esta aliança e suas conseqüências.

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TEIXEIRA, Anísio. Escolas de Educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.51, n.114, p.239-259, abr./jun. 1969.

O autor afirma que as escolas de educação, à semelhança das faculdades de medicina, seriam escolas de ciência aplicada e prática profissional com escolas anexas experimentais, de demonstração e treinamento para formação de professores, dotadas de laboratórios de psicologia aplicada, tecnologia do ensino e biblioteca especializada. Essas escolas, além da preparação ao magistério, formariam especialistas em educação, supervisores, conselheiros e administradores. Sua estrutura abrangeria os seguintes departamentos: fundamentos filosóficos e sociais da educação comparada; psicologia educacional; currículos, sílabos, programas e metodologias; systems analysis para acompanhar toda a processualística escolar, localizar as variáveis, perceber o jogo de sua interação e avaliar os resultados.

VALENTIM, Lúcia Alencastro. Centro experimental de arte na educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.59, n.132, p.593-607, out./dez. 1973.

O artigo historia o movimento de educação através da arte e sua repercussão no Brasil com a criação das Escolinhas de Arte. Caracteriza educação criadora como formação do homem para o desenvolvimento máximo de suas potencialidades, habilitando-o a viver criativamente, a perceber, sentir, imaginar, selecionar e expressar o melhor, de modo a contribuir para o progresso social. Relata a criação, define os objetivos do Centro Experimental de Arte na Educação, da Universidade de Brasília, analisa sua estrutura, constante dos setores: cursos, infanto-juvenil, estudos e pesquisas, divulgação e intercâmbio, relatando suas atividades.

GASTALDO, Denise Maria., MEYER, Dagmar Estermann., BORDAS, Mérion Campos. Ensino Integrado: uma revisão histórico-crítica do modelo implantado no ensino superior da área da saúde no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.170, p.45-60, jan./abr. 1991.

O artigo apresenta uma revisão da trajetória de implantação, desenvolvimento e declínio de um modelo de ensino integrado, utilizado em universidades brasileiras no período 1964-1978. Tal modelo voltou-se especialmente para o ensino na área da saúde. O artigo analisa, de forma crítica, seu relacionamento com a tecnologia educacional, a uniformização do ensino como fator de controle e produtividade e o papel fundamental dos orientadores pedagógicos no controle e manutenção do modelo.

RIBEIRO, Sérgio Costa. et alli. Programa de Avaliação da Reforma Universitária. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.154, p.541-544, set./dez. 1985.

O artigo refere-se à pesquisa intitulada: "Programa de Avaliação da Reforma Univeristária", executada pelo MEC sob a coordenação da CAPES e tem como principal objetivo o conhecimento da realidade das atividades de produção e disseminação do conhecimento dentro do ensino superior; fazendo uma avaliação do sistema de educação superior em seu conjunto, incluindo as universidades e instituições isoladas, públicas e privadas. Os eixos iniciais da pesquisa basearam-se em duas áreas temáticas: Gestão das IES e Produção e Disseminação do Conhecimento.

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ROCHA, Lúcia Maria da Franca., et. al. A Relação Pesquisa/Ensino nas Instituições de Ensino Superior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.155, p.5-51, jan./abr. 1986.

O artigo analisa a proposta da relação pesquisa/ensino (Lei nº 5.540), bem como o contexto interno e externo às instituições de ensino superior. Discute, ao nível teórico, as diferentes concepções sobre a relação pesquisa/ensino e se volta para o desenvolvimento da prática desta relação em diferentes tipos de instituições, a partir dos dados preliminares colhidos pelo Programa de Avaliação da Reforma Universitária. Optou-se por um caminho metodológico que privilegia a pesquisa como ponto de observação, a partir do qual se procura apreender a natureza da relação pesquisa/ensino. São abordados os principais fatores intervenientes da relação pesquisa/ensino: proposta legal, carreira docente, regime de trabalho e qualificação, financiamento, especificidade histórica institucional. Identificam-se nas evidências históricas e empíricas paradigmas polarizados entre os que consideram a pesquisa e o ensino atividades indissociadas e os que vêem como sendo incompatíveis. O trabalho aprofunda a discussão da relação pesquisa/ensino, enfatizando a necessidade de se considerar o caráter histórico dessa relação. Ao nível empírico, aponta tendências sobre a diferenciação entre as instituições, a vinculação entre existência de pesquisa e regime de trabalho, a qualificação docente e a pós-graduação. Aponta também para a necessidade de institucionalização da pesquisa, o que contribuiria para a consolidação de um ethos institucional voltado para o caráter multifuncional da educação superior.

SUCUPIRA, Newton. Ensino Superior: expansão, reforma e pós-graduação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.58, n.128, p.216-223, out./dez. 1972.

O autor afirma que o ensino superior brasileiro vem atravessando, nesta década, período de expansão, não apenas em termos de matrícula, mas também quanto à diversificação dos cursos. Fato marcante desse período, a Reforma Universitária tem como um de seus principais objetivos a racionalização da universidade, a fim de lhe dar maior rendimento e integrá-la de forma significativa no processo do desenvolvimento nacional, o que se fará através da intensificação da pesquisa científica, da criação e difusão da cultura e numa variada preparação técnico-profissional. A Reforma também prevê a instituição dos Centros Regionais de Pós-Graduação, com os cursos de Mestrado e Doutorado, a introdução do regime de tempo integral para professores universitários e adoção de novos critérios para os exames vestibulares.

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CORREA, Arlindo Lopes. Pesquisa e planejamento educacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.52, n.115, p.14-21, jul./set. 1969.

O autor afirma que a educação brasileira, desvinculada do contexto sócio-político-econômico, não tem aproveitado as conquistas científicas e tecnológicas. A pesquisa e o planejamento seriam o antídoto para enfrentar esta situação defasada. Como investigação científica, a pesquisa é uma atividade sistemática que visa aumentar a capacidade do homem para compreender, predizer e controlar os acontecimentos; enquanto o planejamento, apoiado na compreensão e predição dos acontecimentos, submete-os a objetivos preestabelecidos, através de prioridades de ação. Dentre as falhas mais notadas na pesquisa educacional em nosso País, destacam-se a ausência de tratamento multidisciplinar, a desvinculação entre a pesquisa e a política, falta de pessoal qualificado, de rigor científico nas amostragens e de mecanismos de informação entre os centros que as realizam. Sendo a educação obra de engenharia social predeterminada, caberia a um plano de pesquisa testar a validade dos objetivos do modelo de sociedade que se pretendesse construir. Para tanto seria indispensável uma estrutura institucional que servisse de suporte à pesquisa.

MORAES, Maria Célia Marcondes de. Educação e Política nos Anos 30: a Presença de Francisco Campos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.73, n.174, p.291-321, mai./ago. 1992.

O artigo discute a presença de Francisco Campos na educação brasileira, nos anos 30, procurando demonstrar de que forma o campo educacional se constituiu em mediação privilegiada para sua estratégia política mais ampla de construção, no País, de um Estado Nacional forte, centralizador e intervencionista. Sua atuação no Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública (1930-1932), as reformas educacionais que implantou, as alianças que estabeleceu (em Minas Gerais e no âmbito do Executivo federal), estiveram sempre a serviço dessa estratégia. Nesse sentido, ele transformou o campo educacional em palco para a explicitação de seu projeto político e ideológico.

PINHEIRO, Lúcia Marques. Formação de magistério. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.53, n.117, p.51-63, jan./mar. 1970.

A autora argumenta que, sendo o magistério a peça mais importante para a obra educativa, dele depende o aumento da produtividade da escola e a implantação de qualquer reforma. Para tanto, tornam-se prioritárias as seguintes tarefas: habilitação do pessoal despreparado em exercício - 43% no atual nível primário e 64% no ensino médio; instituição de incentivos que atraiam para o ensino o pessoal titulado disponível; criação de condições para o exercício da profissão que propiciem a melhoria dos padrões de educação; planejamento da formação do magistério em bases adequadas. A formação do magistério para a educação funamental, além de realizar-se em escolas normais e institutos de educação, deverá ser ampliada e desenvolvida através das escolas normais superiores, centros experimentais de educação, faculdades, institutos e escolas especializadas de formação do magistério em nível superior.

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BORDIGNON, Genuíno. Uma Agenda para a Educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.70, n.164, p.65-85, jan./abr. 1989.

O artigo procura mostrar que os recentes aumentos nos orçamentos educacionais, limitados pelos pesados encargos da dívida externa e do déficit público, não têm sido suficientes para superar o atraso escolar e eleger a educação como efetiva prioridade nacional. Os países desenvolvidos, na crise pós-guerra, conseguiram o salto qualitativo investindo massivamente em educação, com estratégias e políticas definidas, por estarem legitimados numa forte vontade nacional. Essa vontade nacional não se faz sentir no Brasil, resultando na limitação dos recursos, aliada à inércia e ineficiência das burocracias e à desarticulação das diferentes esferas de governo. O resultado é o atraso educacional, ao nível dos países menos desenvolvidos na América, expresso em índices de analfabetismo, déficit e baixa eficiência escolar. O salto qualitativo requer uma nova agenda educacional, fundada na vontade política e tornada efetiva num projeto nacional de educação, que adote como estratégia a descentralização das ações, entendida não como transferência de poder de um executivo para outro, mas como ato político que gera compromisso e participação, via mobilização da sociedade organizada. Para isso é fundamental a definição de papéis próprios e a articulação entre as diferentes esferas de governo. A nova agenda, para tornar efetiva a prioridade para a educação, deve contemplar em uma nova legislação responsabilidades das esferas de governo, critérios de alocação de recursos e gestão democrática da escola; um plano nacional de educação que promova a melhoria e a eqüidade da oferta de educação; novos papéis para o MEC; mecanismos de avaliação; e maior espaço para a educação, nos meios de comunicação.

CAMPOS, Tânia M. Mendonça (coord.), AMBRÓSIO, Beatriz D. PROEM - Programa de Estudos e Pesquisas no Ensino da Matemática - O Papel da Pesquisa na Formação do Futuro Professor. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.71, n.167, p.93-97, jan./abr. 1990.

O artigo trata de pesquisa em andamento, que tem por objetivo analisar a possibilidade de inserir no programa de formação de professores atividades que modifiquem suas concepções em relação ao processo ensino-aprendizagem, partindo do pressuposto que a aprendizagem se dá através da construção de conhecimento. Os objetivos propostos nesta pesquisa baseiam-se em um paradigma construtivista.

GOMES, Candido Alberto. A sociologia da educação em perspectiva internacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.157, p.517-520, set./dez. 1986.

O texto apresenta uma introdução aos artigos referentes à Sociologia da Educação, três dos quais apresentados no Seminário Internacional de Sociologia da Educação (Pontícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 1984). O autor tece considerações sobre o desenrolar de tal matéria no Brasil.

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LEITE, Raimundo Hélio., BARRETO, J. A. Esmeraldo. Agências formadoras de pessoal docente e não-docente de 1o. e 2o. graus e o respectivo sistema de absorção. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.62, n.142, p.173-185, mai./ago. 1978.

O artigo refere-se à síntese de relatório final de uma pesquisa financiada pelo INEP e executada por uma equipe interdisciplinar dos Departamentos de Educação e Teoria Econômica da Universidade Federal do Ceará, cujo principal objetivo baseava-se no diagnóstico da integração existente entre as agências formadoras de pessoal docente de 1o. e 2o. graus e o sistema que os absorve, além da tentativa de verificar a relação de alguns problemas apresentados com a integração institucional.

GOERGEN, Pedro. A divulgação da pesquisa educacional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.66, n.153, p.201-214, mai./ago. 1985.

O artigo examina a questão da divulgação da pesquisa educacional, sobretudo daquela realizada nos programas de pós-graduação das universidades. Seu objetivo é apontar algumas dificuldades e deficiências, partindo do pressuposto compromisso social da universidade. Na tentativa de identificar algumas razões da não divulgação da maioria das pesquisas, são levantadas algumas questões como a qualidade das investigações, o compromisso social dos pesquisadores e a precariedade dos meios de divulgação. Aprimoramento na área dos dois primeiros é assunto complexo que deve ser encaminhado através de um debate mais amplo da universidade, de seus cursos de pós-graduação e da pesquisa neles realizada. Com relação ao último aspecto, são indicados alguns caminhos alternativos.

COLLET, Heloisa Gouvêa., WELLER, Liliana Hochman. Formação do Profissional da Escola: avaliação de um processo interinstitucional. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.72, n.170, p.94-95, jan./abr. 1991.

O artigo trata da experiência e da criação do PROINED (Programa Interinstitucional em Educação) cujo objetivo é o intercâmbio entre as universidades conveniadas visando uma melhoria da formação do educador, e da articulação entre os três graus de ensino. Apresenta os resultados obtidos através da pesquisa realizada e a análise da contribuição do PROINED para a melhoria da qualidade dos cursos de licenciatura nas IFES participantes da pesquisa.BIANCHETTI, Lucídio, JANTSCH, Ari Paulo. Universidade e Interdisciplinaridade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.176, p.25-34, jan./abr. 1993.

O artigo busca situar a interdisciplinaridade como princípio da diversidade e da criatividade. Para tal, leva em conta: 1. a totalidade histórica; 2. a natureza dos objetivos e/ou problemas; 3. a negação do voluntarismo; 4. a não exclusão do genérico e do específico. Como conseqüência, afirma a necessária transformação da Universidade. Por fim, o estudo apresenta algumas teses e um exemplo concreto.

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DENIGRIS, Regina Helena Zerbini. O Papel do Estágio na Formação do Professor: um estudo da prática educativa. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.67, n.155, p.207-210, jan./abr. 1986.

O artigo trata de uma pesquisa cujo objetivo é analisar o papel dos estágios supervisionados na formação do professor em nível de 2o. grau (Habilitação para o Magistério) e a nível de 3o. grau (Cursos de Pedagogia). A pesquisa focalizará: a) uma escola da periferia de São Paulo, onde se encontra uma população de baixa renda; b) uma escola com população de média renda; c) uma escola de tradição na formação de professores; d) uma escola que esteja desenvolvendo um trabalho na área e em relação ao 3o. grau, a Universidade de São Paulo, em específico, o curso de Pedagogia.

MAZZOTTI, Tarso Bonilha. Formação de Professores: Racionalidades em Disputa. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.177, p.279-308, mai./ago. 1993.

O autor afirma que os debates sobre a formação de professores apresentam dois conjuntos de atores sociais que se apóiam em racionalidades antagônicas: um deles é composto por profissionais voltados para a educação de pesquisadores e, outro, pelos formadores de professores. Ambos apresentam boas razões teleológica, disposicional, posicional e instrumental para afirmar ou que basta formar o bom pesquisador para se ter o bom professor, ou que a formação pedagógica é imprescindível. Um terceiro grupo de interlocutores propõe a síntese entre ambas as posições. Examinando-se essas argumentações e o proposto nas normas para a formação do professor, chega-se a perceber que esta deveria ser centrada no exercício prévio dos atos próprios da profissão. Nesse caso, a formação do professor poderia deslizar para o “tecnicismo” tão justamente criticado. No entanto, esta trajetória não é necessária, pois é possível efetivar o exercício da racionalidade crítica a partir da ação realizada, desde que se esclareça o estatuto da Pedagogia, condição reflexiva da prática educativa.

PUENTE, Miguel de La. É possível uma Didática não Diretiva?. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.56, n.124, p.336-345, out./dez. 1971.

O autor mostra que, em sua abordagem sobre filosofia da educação, Rogers distingue duas perspectivas: a autoritária, que supõe o educando incapaz de controle sobre si mesmo, devendo ser guiado pelos poucos que sabem melhor o que lhe convém; e a democrática, que visa criar condições que facilitem a aprendizagem do estudante, liberando suas capacidades de auto-aprendizagem para alcançar o desenvolvimento intelectual e emocional. Seu objetivo é assistir o estudante para que se torne capaz de iniciativa, autodeterminação, discernimento e assumir responsabilidades. A pedagogia rogeriana parte da hipótese central de que não se pode ensinar outra pessoa diretamente. Só o próprio estudante pode diferenciar sua experiência e efetuar uma simbolização correta que se expressa através do comportamento. Em sua concepção de ensino centrado no estudante, a praxis educativa deve atender a estas pré-condições: autenticidade do professor, aceitação e compreensão do estudante tal como é, provisão do material de aprendizagem. Para levar adiante a transformação do indivíduo, torna-se imprescindível ação mais ampla no nível das instituições sociais e da estrutura da própria sociedade.

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SOARES, Carmen Lúcia. Fundamentos da Educação Física Escolar. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.71, n.167, p.51-68, jan./abr. 1990.

O artigo, tendo o propósito de fornecer subsídios que permitam uma reelaboração conceitual da educação física no conjunto das matérias que constituem os currículos escolares de 1º e 2º graus, evidencia o caráter instrumental da educação física escolar, construído ao longo de sua história, e expresso, sobretudo, pelas leis que a regulamentam. Assumindo tarefas, no interior da escola, que caberiam ao conjunto do corpo docente, e que se caracterizam nitidamente como atividades extracurriculares, tem a educação física no ensino escolar se mostrado vazia de conteúdo, vazia de saber, ficando mais próxima do papel de animadora do que de veiculadora de um corpo específico de conhecimentos a ser transmitido, enquanto parte constitutiva da totalidade de conhecimentos que compõem o currículo escolar. Identifica algumas tentativas de superar esta visão, colocando como núcleo central de preocupação a necessidade de conferir à educação física escolar o estatuto de disciplina pedagógica.

SANTOS FILHO, José Camilo dos. O Ciclo Curto, Alternativas de Ensino superior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.61, n.137, p.79-86, jan./mar. 1976.

O artigo analisa os modelos de estabelecimentos de ensino superior de curso de curta duração, funções básicas dessas entidades, justificativas para o desenvolvimento e/ou reforma do sistema que integram.

ALBUQUERQUE, Martha. A Criatividade na Formação do Educador. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.60, n.133, p.64-69, jan./mar. 1974.

O artigo trabalha a questão da criatividade na formação do educador, colocando-a como um desafio ao educador, já que há no magistério há dificuldade de reconhecer essa necessidade, bem como de possuir meios de estimulá-la.

BASTOS, Lília da Rocha. ZAIDE, Malvina Cohen. Grau de adaptação dos cursos de licenciatura às exigências da Lei nº 5.692/71. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.62, n.142, p.131-143, mai./ago. 1978.

O artigo se refere à um estudo cujo objetivo seria avaliar o grau de adaptação dos cursos de licenciatura aos critérios estabelecidos pela Lei 5.692/71, procurando resposta à seguinte questão: até que ponto os cursos de licenciatura estão demonstrando adaptação à reforma de ensino de 1º e 2º graus, de 1971, no que se refere a: níveis de formação do magistério de 1º e 2º graus; progressividade dos estudos; título das licenciaturas e das habilitações específicas; aproveitamento de estudos; duração dos cursos e do estágio supervisionado; conteúdos estudados; abordagem metodológica do conteúdo; estágio supervisionado.

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CAMPOS, Paulo de Almeida. Faculdade de Educação na Atual Estrutura Universitária Brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.53, n.118, p.323-353, abr./jun. 1970.

O artigo é um estudo apresentado pelo autor no IV Simpósio Brasileiro de Administração Escolar, realizado em Manaus de 22 a 26 de julho de 1969, no qual discute a implantação da Faculdade de Educação.O autor divide o artigo em cinco ítens: 1) a idéia de Universidade; 2) primeiras imagens das Faculdades de Educação e das Faculdades de Filosofia; 3) o ciclo das Faculdades de Filosofia: tentativa de análise generalizada; 4) a nova Estrutura universitária e a viabilidade da Faculdade de Educação; 5) da Estrutura e Implantação das Faculdades de Educação.

CASTRO, Célia Lúcia Monteiro de. Mestrando. Doutorando. Quem?. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.63, n.146, p.313-326, jan./abr. 1980.

O artigo é parte do projeto de pesquisa "Valores reais e valores proclamados da educação brasileira - o caso da pós-graduação", realizado sob convênio entre o Instituto de Estudos Avançados em Educação (Fundação Getúlio Vargas) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais ( Ministério da Educação e Cultura). Trabalha historicamente a criação do ensino superior, limitando sua análise à cátedra e à formação docente.

FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque. Relações de poder e democratização da universidade. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.64, n.148, p.295-300, set./dez. 1983.

O artigo transcreve uma comunicação apresentada no painel "A Universidade: autonomia e estrutura interna de poder", na II Conferência Brasileira de Educação, em Belo Horizonte - MG, no dia 11 de junho de 1982". Nessa comunicação, a autora referiu-se à questão das relações de poder no interior da instituição universitária, analisando como se processam dentro da universidade e até que ponto a universidade se mostra um espaço mais ou menos democrático.

GOIS SOBRINHO, José de Faria. Sentido e Objeto das Faculdades de Educação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.51, n.114, p.277-298, abr./jun. 1969.

O autor trata da formação das Faculdades de Educação no Brasil e a experiência com as faculdades de filosofia. Ressalta a importância e a necessidade da contratação de profissionais de superior gabarito, contribuindo com isso para que a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro possa cumprir com sua missão.

HABERMAS, Jürgen. A Idéia da Universidade: Processos de Aprendizagem. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.176, p.111-130, jan./abr. 1993.

O artigo transcreve uma conferência proferida no Instituto Alemão, no dia 30-03-87, em Lisboa, tratando da questão de uma Idéia de Universidade, trabalhando os conceitos de Humboldt e Schleiermacher. Analisa também as funções que desempenha perante a sociedade e os processos de aprendizagem.

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McCARTHY, Michael John. A Criação do Ministério da Tecnologia no Reino Unido. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.49, n.110, p.313-317, abr./jun. 1968.

O autor trabalha a questão da Criação do Ministério da Tecnologia no Reino Unido, afirmando que o atraso do Reino Unido na segunda metade do século XIX se deve à falta de um sistema organizado para a educação tecnológica, já que achavam dispensável o ensino da ciência pura, em detrimento da ciência aplicada nos programas universitários. Segundo o autor, somente no último século os governos da Europa continental compreenderam mais depressa a importância da ajuda oficial à pesquisa e educação técnica.

MENDES, Durmeval Trigueiro. A universidade e sua utopia. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.69, n.163, p.599-608, set./dez. 1988.

O autor trata da questão da crise universitária, colocando o problema da idéia de universidade. Para o autor, a crise é uma questão de objetivos, de funções e de métodos e o único instrumento para tratá-la é a Crítica, enquanto investigação fundamental da realidade; acrescenta ainda que a universidade contemporânea tem vivido de ideologias e o que ela precisa construir é a sua utopia.

PINO, Ivany Rodrigues. GADOTTI, Moacir. A redifinição do Curso de Pedagogia: idéias diretrizes. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.63, n.144, p.59-66, mai./ago. 1979.

O artigo apresenta alguns aspectos de uma pesquisa realizada pelo Departamento de Sociologia da Educação da Faculdade de Educação da Unicamp em convênio com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), com o título: "Análise de Currículo e Conteúdo Programático dos Cursos de Pedagogia com vistas a propostas alternativas de reformulação", trabalhando basicamente a questão dos cursos de Pedagogia.

POLÍTICAS da pesquisa em educação na Europa - 1973. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.60, n.136, p.461-629, out./dez. 1974.

O artigo transcreve um relatório expedido em janeiro de 1974 pelo Comité sur la Recherche em Matière d' Éducation do Conseil da la Coorperation Culturelle, órgão do Conselho da Europa, tratando da políticas da pesquisa em educação na Europa, examinando as transformações e reformas ocorridas nos últimos 20 anos.

RODRIGUES JÚNIOr, José Florêncio. FLEITH, Denise de Souza. ALVES, Kleide Márcia Barbosa. A dissertação de mestrado; um Estudo sobre as Interações entre o Orientador e o Orientando com Base em Incidentes Críticos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.74, n.177, p.460-463, mai./ago. 1993.

O artigo se refere à uma pesquisa sobre a importância da dissertação, como um requisito decisivo na obtenção do grau de mestrado, dentro da pós-graduação no Brasil bem como a questão da relação entre o orientador e orientando. A pesquisa tentou responder as questões: É possível identificar categorias nas referidas interações? Caso afirmativo, que categorias de interações propiciam o sucesso da dissertação? E que categorias de interações a estorvam ou inibem?

Page 81: REF - INEPdownload.inep.gov.br/download/comped/educacao_superior... · Web viewPara o autor, a maioria dos estudos realizados sobre o ciclo básico na UFCE, durante sua primeira década

TEIXEIRA, Anísio. A Escola brasileira e a estabilidade social. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.65, n.150, p.384-405, mai./ago. 1984.

O artigo transcreve Conferência pronunciada no Clube de Engenharia e publicada originalmente na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.28, n.67, jul./set. 1957, p.3-29. Nesta Conferência, o autor descreve a situação educacional brasileira em cada um dos seus níveis primário, médio e superior, indicando os principais aspectos que mostram como e quanto ela é pouco satisfatória.

FERRAZ, Esther de Figueiredo. Debates e Propostas- Universidade Brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.64, n.148, p.269-294, set./dez. 1983.

O artigo é uma transcrição parcial do depoimento prestado pela Sra. Ministra da Educação e Cultura - Esther de Figueiredo Ferraz, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em 08/06/83, destacando-se questões relacionadas à universidade brasileira.

DEMOCRATIZAÇÃO da gestão universitária (mesa-redonda). Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v.68, n.158, p.165-194, jan./abr. 1987.

O texto informa que, com o objetivo de aprofundar a reflexão sobre a práxis da gestão universitária e visando delinear com maior clareza a política de democratização no ensino superior, o INEP reuniu em Mesa-redonda, em 18 de novembro último, especialistas da área, professores universitários e técnicos do Ministério da Educação, do Conselho Federal de Educação, do Instituto de Planejamento Econômico e Social e de outros órgãos.

DOCUMENTOS da Educação Brasileira - Reforma Francisco Campos: Ensino Superior. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v.61. n.137, p.118-171, jan./mar. 1976.

O texto informa que este número da revista transcreve a segunda parte da Reforma Francisco Campos relativa ao ensino superior, dando assim sequência à divulgação regressiva das reformas do ensino no Brasil, iniciada com a Reforma Capanema (n. 134).