reestrutura curso metrologia ok

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA/RS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CÉSAR HENRIQUE MACHADO Projeto de Reestruturação da Formação de Agentes Metrológicos no Brasil PORTO ALEGRE 2010

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Page 1: Reestrutura Curso Metrologia Ok

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA/RS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CÉSAR HENRIQUE MACHADO

Projeto de Reestruturação da Formação de Agentes Metrológicos no Brasil

PORTO ALEGRE

2010

Page 2: Reestrutura Curso Metrologia Ok

CÉSAR HENRIQUE MACHADO

Projeto de Reestruturação da Formação de Agentes Metrológicos no Brasil

Orientadora: Prof. Dra. MÁRCIA PAUL WAQUIL

PORTO ALEGRE

2010

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao SENAC EAD/RS como

requisito parcial para a obtenção do

título de Especialista em Educação à

Distância

Page 3: Reestrutura Curso Metrologia Ok

CÉSAR HENRIQUE MACHADO

Aprovado em de julho de 2010.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________

Profª. Esp. Daiane Grassi

Professora da Pós-Graduação SENAC / EAD/RS

____________________________________________

Prof. Esp. Pedro Paulo Oliveira de Sá Peixoto

Professor da Pós-Graduação SENAC / EAD/RS

___________________________________________

Profª. Drª. Marcia Paul Waquil

Orientadora do Projeto – SENAC / EAD/RS

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao SENAC EAD/RS como

requisito parcial para a obtenção do

título de Especialista em Educação à

Distância

Page 4: Reestrutura Curso Metrologia Ok

DEDICO

À Carmen, porque teu amor

me dá fé e forças para ser e fazer o que quiser.

Para Carina, minha melhor produção, porque sua existência

me incentiva a ser e fazer sempre melhor.

AGRADEÇO

Ao SENAC, pelo espaço.

Aos colegas de curso, pela acolhedora, rica e inspiradora diversidade.

Aos colegas do Inmetro, pelo apoio incondicional.

Aos mestres, com carinho. À Márcia, em especial, pela confiança.

Page 5: Reestrutura Curso Metrologia Ok

RESUMO

Este projeto busca reestruturar o Curso de Formação de Agentes

Metrológicos, oferecido na modalidade à distância pelo Inmetro. Para tanto,

reflete sobre matrizes da cultura corporativa no meio metrológico e científico e

seu impacto sobre os programas de formação – particularmente em sua face

metodológica. Por outro lado, procura enumerar alternativas de atividades e

tecnologias interativas para consolidação de um novo modelo pedagógico, de

execução viável no triênio 2010-12, com foco na qualificação do programa atual.

Sobretudo, o projeto procura alinhar as atividades do Centro de Capacitação -

Cicma, na formação de profissionais melhor preparados para enfrentar os

desafios apontados para a metrologia num mundo em constante transformação.

Palavras-chave: Metrologia. Formação metrológica. Ensino à distância.

Interação. Inmetro.

Page 6: Reestrutura Curso Metrologia Ok

ABSTRACT

The goal of this work is to restructure the e-learning Metrological Agent

Formation Course offered by Inmetro. For such, it reflects over corporative

culture matrices on scientific and technological environments and their impact

over formation programs – particularly their metrological related features. By

the other hand, it lists alternatives of activities and interactive technologies to

cement a new pedagogical model, with viable execution on 2010-2012

triennium, focusing qualification of current program. Above all, this project

seeks to align the activities of Capacitation Center – Cicma, on the formation of

professionals better prepared to face the challenges pointed to metrology on a

world in constant change.

Key Word: Metrology. Metrology Formation. E-learning. Interaction.

Inmetro.

Page 7: Reestrutura Curso Metrologia Ok

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Pirâmide de Rastreabilidade 21  

Figura 2 - Vista Aérea do Inmetro Xerém-RJ 24  

Figura 3 - Estúdio Porto Alegre 30  

Figura 4 – Suíte/Sala de Transmissão Porto Alegre 31  

Figura 5 - Sala de Aula Porto Alegre 31  

Figura 6 – Tela do Ambiente Moodle – Curso-piloto 32  

Figura 7 - Tela Moodle, atual Curso de Formação de Agentes Metrológicos 33  

Figura 8 – Foto de aula inaugural do curso em 2010, Telesala Porto Alegre 33  

Figura 9 – Síntese sobre modelos educacionais 36  

Figura 10 - Estrutura básica do Módulo Introdutório 47  

Figura 11 – Aula 1 – História da Metrologia 49  

Figura 12 – Aula 2 – Grandezas e Unidades 50  

Figura 13 - Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica. 50  

Figura 14 – Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade. 51  

Figura 15 – Módulo II / Aula 1 – Sistemas de Medição. 52  

Figura 16 – Módulo II / Aula 2 – Instrumentos de Medição. 53  

Figura 17 – Módulo II / Aula 3 – Erros de Medição. 54  

Figura 18 – Módulo II / Aula 4 – Incerteza da Medição. 54  

Figura 19 – Módulo III / Aula 1 – Planilhas Eletrônicas. 55  

Figura 20 – Módulo III / Aula 2 – Aplicações Práticas. 56  

Figura 21 – Módulo IV / Aula 1 – Conceitos Técnicos, Legais e Administrativos. 57  

Figura 22 – Módulo IV / Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal. 58  

Figura 23 – Módulo V / Aula 1 – Taxímetros. 59  

Figura 24 – Módulo V / Aula 2 – Bombas. 60  

Page 8: Reestrutura Curso Metrologia Ok

Figura 25 – Módulo V / Aula 3 – IPNA. 61  

Figura 26 – Módulo V / Aula 4 – Pré-Medidas. 62  

Figura 27 – Projeção das salas remotas com perfil de mini-auditório. 70  

Figura 28 – Projeção das salas remotas com perfil de telesala. 71  

Figura 29 – Topologia de rede dos backbones da RNP. 75  

Figura 30 – AVA – Barra de funções. 78  

Figura 31 – AVA – Conteúdo. 79  

Figura 32 – AVA – Fórum 79  

Figura 33 – Adobe Connect. 80  

Figura 34 – Documento Interativo após produção no Adobe Presentation. 81  

Figura 35 – Suíte do IVA 81  

Page 9: Reestrutura Curso Metrologia Ok

LISTA DE SIGLAS

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

BIPM Bureau Internacional de Pesos e Medidas

Cicma Centro Integrado de Capacitação em Metrologia e Avaliação da

Conformidade do Inmetro.

CONMETRO Conselho Nacional de Metrologia. Conselho responsável pela

definições das políticas metrológicas no Brasil.

DIMEL Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro.

DIMCI Diretoria de Metrologia Científica do Inmetro.

DIQUAL Diretoria da Qualidade do Inmetro.

Inmetro Instituto Nacional de Metrologia e Avaliação da Conformidade.

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

OIML Órgão Internacional de Metrologia Legal.

Órgãos

Delegados

Autarquias públicas federais, estaduais ou municipais que se

integram à RBMLq.

PRAV Projetos de Áudio e Vídeo da UFRGS

RBMLq Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade.

RNP Rede Nacional de Pesquisa.

RTMs Regulamentos Técnicos Metrológicos.

SI Sistema Internacional de Medidas.

Sur RS Superintendência do Inmetro no Rio Grande do Sul.

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

VIM Vocabulário Internacional de Metrologia.

Page 10: Reestrutura Curso Metrologia Ok

SUMÁRIO

DEDICO................................................................................. IV  

AGRADEÇO ............................................................................ IV  

RESUMO................................................................................. V  

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .............................................................VII  

LISTA DE SIGLAS...................................................................... IX  

SUMÁRIO................................................................................ X  

1.   INTRODUÇÃO................................................................. 13  

2.   OBJETIVOS ................................................................... 14  

2.1. Objetivo Geral..................................................................14  

2.2. Objetivos Específicos .........................................................14  

3.   PÚBLICO ALVO............................................................... 16  

4.   JUSTIFICATIVA............................................................... 18  

5.   FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................... 19  

5.1. Metrologia e a lógica cartesiana ............................................19  

5.1.1. A eliminação de “erros” e “incertezas” ............................ 22  

5.2. Papel e desafios da metrologia brasileira ................................23  

5.2.1. Inmetro, órgãos delegados e agentes metrológicos............... 23  

5.2.2. Novos desafios metrológicos .......................................... 26  

5.2.3. Desafios da Formação Metrológica................................... 28  

5.2.4. Do presencial à Ead - Formação metrológica no Inmetro ........ 29  

6.   METODOLOGIA............................................................... 34  

6.2. Breve Contextualização ......................................................34  

6.2. Cultura Metrológica e seus reflexos na Formação Metrológica.......35  

6.3. Ead do Cicma – Uma leitura dos processos de interação ..............36  

6.4. Elementos para uma proposta pedagógica formadora. ................38  

6.5. Recursos atuais x Propostas de Melhoria. ................................38  

Page 11: Reestrutura Curso Metrologia Ok

6.3.1. Ambientação (Recurso Novo) ......................................... 39  

6.3.2. Diagnóstico e Nivelamento (Recursos Novos) ...................... 39  

6.3.3. Conteúdo On-line (Recurso Novo).................................... 40  

6.3.4. Aulas Gravadas em Vídeo (Reestruturado) ......................... 41  

6.3.5. Repositórios de Apoio e Hiperlinks (Recurso Novo) ............... 42  

6.3.6. Professores-conteúdistas e Tutores (Reestruturado) ............. 43  

6.3.7. Simuladores (Recurso Novo) .......................................... 43  

6.3.8. Recursos de Interação Assíncronos (Reestruturado) .............. 44  

6.3.9. Recursos de Videoconferência Síncronos (Recurso novo) ........ 44  

6.3.10. Formação Continuada (Recurso Novo) ............................. 45  

7.   MATRIZ DE DESIGN INSTRUCIONAL....................................... 46  

7.1.   Unidade 0: Recursos e Atividades Virtuais. ............................46  

7.2.   MÓDULO I – Metrologia Básica.............................................47  

Aula 1 - História da metrologia (realinhado). ............................ 48  

Aula 2 - Conceitos de Grandezas e Unidades. ........................... 49  

Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica. ....................... 50  

Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade. ... 51  

7.3.   MÓDULO 2 – Metrologia Básica – Medição ...............................52  

Aula 1 - Sistemas de Medição. .............................................. 52  

Aula 2 - Instrumentos de Medição.......................................... 52  

Aula 3 - Erros de Medição. ................................................... 53  

Aula 4 – Incerteza da Medição. ............................................. 54  

7.4.   MÓDULO 3 – Metrologia Básica – Metrologia Aplicada ................55  

Aula 1 – Planilhas Eletrônicas. .............................................. 55  

Aula 2 – Aplicações Práticas. ................................................ 55  

7.5.   MÓDULO 4 - Metrologia Legal – Fundamentos .........................56  

Aula 1 – Conceitos técnicos, legais e administrativos da Metrologia

Legal. ..................................................................................... 56  

Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal.................. 57  

7.6.   MÓDULO 5 – Parte II - Metrologia Legal – Verificação/Ensaios de

Instrumentos de Medição e Medidas Materializadas...................................58  

Page 12: Reestrutura Curso Metrologia Ok

Aula 1 – Medição de Comprimento e Força - Verificação de

Taxímetros............................................................................... 58  

Aula 2 – Medição de Fluidos - Verificação de Bombas Medidoras de

combustível líquido. ................................................................... 59  

Aula 3 – Verificação de Instrumentos de Medição e Medidas

Materializadas - Medição de Massa.................................................. 60  

Aula 4 – Controle Quantitativo de Produtos Pré-Medidos. ............ 61  

8.   CRONOGRAMA ............................................................... 63  

8.1. Cronograma de Atividades para 2010 .....................................63  

8.2. Cronograma de Atividades para 2011 .....................................64  

8.3. Cronograma de Atividades para 2012 .....................................65  

9.   RECURSOS .................................................................... 66  

9.1 Recursos Humanos .............................................................66  

9.1.1. Profissionais Envolvidos ............................................... 66  

9.2 Recursos Materiais/Tecnológicos ............................................69  

9.2.1. Ambientes de Trabalho ................................................ 69  

9.2.2. Telecentros.............................................................. 69  

9.2.3. Estúdios .................................................................. 71  

9.2.4. Auditórios................................................................ 73  

9.2.5. Ilhas de Edição, Pós-Produção e Softwares de Produção......... 74  

9.2.6. Infra-estrutura de TI ................................................... 75  

9.3. Recursos Didáticos: ...........................................................78  

9.3.1. Recursos de TICs........................................................ 78  

9.3.2. Materiais de Apoio...................................................... 83  

9.3 Recursos Financeiros ..........................................................83  

10.   ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO .......................................... 86  

11.   REFERÊNCIAS.............................................................. 88  

Page 13: Reestrutura Curso Metrologia Ok

13

1. INTRODUÇÃO

A metrologia legal se insere na combinação de saberes das ciências exatas

com um processo regulamentador, formalista, rígido. A linguagem é normatizada

num léxico próprio, adequado e desejável. Um ambiente que se estrutura sob a

hierarquia da especialização, da determinação vertical de padrões, que condena

os “erros”. Ainda assim, trata-se de uma área vital para a população e

economias de todo o mundo, que evita práticas comerciais e industriais espúrias

e caminha ao lado das tecnologias latentes, que ganham espaço nesse

“maravilhoso mundo novo”.

O ambiente é árduo para formação à distância, e é ainda mais para

processos colaborativos. Esse trabalho busca minar algumas barreiras da cultura

corporativa, na medida em que propõe a introdução gradativa de mecanismos

que busquem melhorias no uso dos recursos de comunicação e favoreçam a

elaboração coletiva do conhecimento em um curso já existente: O Curso de

Formação de Agentes Metrológicos. Para tanto, faz uma revisão nas

particularidades das demandas de formação, elenca as possibilidades

tecnológicas para atividades à distância, ajusta o formato da matriz de

conteúdos para o curso, propõe alternativas para a formação de um quadro de

conteudistas/docentes e revisa as possibilidades de interação no processo de

formação.

“Roladas as primeiras pedras, a avalanche é inevitável”.

Page 14: Reestrutura Curso Metrologia Ok

14

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Esse Plano traça uma proposta de mudanças no processo de formação à

distância de Agentes Metrológicos do Centro de Formação do Inmetro, num

processo de reestruturação implantável no triênio 2010/2013.

2.2. Objetivos Específicos

Ao promover uma revisão completa do modelo de formação de agentes

metrológicos no Brasil o projeto se propõe a:

• Realizar um levantamento do processo de formação em metrologia legal

existente, entender seus princípios, resultados e limitações, observando:

• As características do cenário da metrologia legal, reconhecendo as

demandas de formação;

• As características do conjunto de aptidões propostas, utilizados para o

desenvolvimento dos processos de formação existentes;

• O modelo de formação à distância utilizado, observando oportunidades

de melhoria;

• O modelo tecnológico empregado, levando em conta os resultados

obtidos com as ferramentas utilizadas;

• O modelo de produção de materiais (vídeos, apostilas), observando as

características de conteúdo, estéticas e eficiência pedagógica e de

comunicação;

• As dinâmicas de interações entre alunos, tutores e professores-

conteúdistas, e suas características;

Page 15: Reestrutura Curso Metrologia Ok

15

• Projetar possibilidades de mudança e/ou melhoria na formação metrológica

considerando variáveis capazes de:

• Aperfeiçoar o perfil do curso ao cenário atual e futuro, adequando as

suas características atuais e demandas futuras;

• Rever os processos de formação pelo conjunto de aptidões propostas,

realinhando o modelo de formação e suas as possibilidades de ações em

busca de melhores resultados;

• Avaliar as características dos recursos tecnológicos (disponíveis e em

desenvolvimento) para propor alternativas de uso que possam

potencializar ações síncronas e assíncronas à distância mais adequados

ao modelo de DI, cenário e características do objetivo de aprendizagem;

• Propor novos formatos “standard” para os objetos de aprendizagem e

estruturar novos modelos para sua produção, a fim de melhorar os

resultados pedagógicos, racionalizar recursos e ampliar eficiência na

produção;

• Propor novos modelos de interação, capazes de potencializar as

dinâmicas de troca de saber e construção coletiva da aprendizagem;

• Introduzir mecanismos de avaliação de resultados e melhoria, com foco em

realinhamentos possíveis durante a própria realização dos cursos e revisões

de conteúdo e do processo educacional para edições futuras;

Page 16: Reestrutura Curso Metrologia Ok

16

3. PÚBLICO ALVO

Como se trata de um projeto de reestruturação de um curso já existente,

com turmas em andamento, é preciso considerar o público alvo a partir de duas

matrizes. A primeira, mais evidente, compreende aluno (e potencial aluno) dos

Cursos de Formação de Agentes Metrológicos. O segundo, não menos importante,

se refere ao próprio grupo de trabalho que constrói o curso, já que qualquer

proposta deve passar por seu envolvimento na mudança.

Alunos

O público ao qual se destinam o curso tende a ser bem heterogêneo, com

perfis pessoais e de formação distintos. Considerando o perfil histórico do curso,

as peculiaridades da metrologia e as possibilidades para a área é preciso

considerar um universo de alunos composto de:

• Agentes metrológicos novos – Selecionados por concurso público para

atuação em vagas de agentes metrológicos nos órgãos delegados, devem

passar por programa de capacitação para atuar em áreas-fim do Inmetro ou

órgãos delegado, particularmente nas funções de controle. Perfil

predominante de jovens entre 18 e 25 anos, recém egressos de cursos

técnicos e/ou universitários. Embora alguns possam ser egressos de cursos

técnicos de perfil “aplicados” (mecatrônica, industriais, laboratoriais, etc...)

ou das engenharias, onde se espera alguma capacitação prática em medições,

a tendência é de “novos agentes” com boa base teórico-científica, mas

muitas vezes deficitária para a atuação na área metrológica, particularmente

nos seus processos aplicados como as de medição.

• Agentes metrológicos em atuação - formação formal de profissionais que,

por força dos processos de ocupação de cargos em órgãos delegados,

passaram a atuar em atividades metrológicas. Público de perfil diverso,

predominantemente formado por pessoas com mais de 30 anos, muitas vezes

sem formação técnico-científica preliminar, ou há muito tempo distantes de

processos de educação formal e que tende a constituir de grupos com

grandes diferenças de postura frente à busca de qualificação continuada, ao

Page 17: Reestrutura Curso Metrologia Ok

17

comprometimento com resultados, formas de atuação, experiência1 e acessos

aos recursos da informação, entre outros;

• Técnicos metrologistas para mercado – profissionais que buscam atender

demandas por técnicos metrologistas em empresas públicas2 ou privadas.

Público formado predominantemente por jovens entre 19 e 25 anos, recém

egressos de cursos técnicos de nível secundário. Também essa fração de

público é heterogênea, podendo ser composta de candidatos com excelente

base de conhecimentos combinada com outros com deficiências de formação

que, a rigor, seriam pré-requisitos.

Quadro Técnico-pedagógico

O segundo público a considerar envolve o próprio grupo de profissionais

que atualmente se dedicam ao curso, já que uma reestruturação demanda

realinhar processos de trabalho e competências e, portanto, os resultados

dependem diretamente de seu envolvimento na implementação.

Esse grupo é composto pelo corpo técnico-pedagógico (professores,

tutores regionais) por um grupo de gestão (coordenação, secretarias,

facilitadores regionais) e um quadro técnico de produção de conteúdo

(profissionais de vídeo, impressos e tecnologia da informação).

1 Mesmo o perfil da experiência deve ser considerado, pois muitas vezes reflete a cristalização de práticas metrológicas defasadas, inadequadas e/ou distorcidas.

2 Sobre esse perfil encontram-se também os potenciais técnicos que podem ser absorvidos na rede de órgãos delegados do Inmetro nos estados, através dos contratos de terceirização para as chamadas “atividades acessórias” - na realização de ensaios de verificação, por exemplo.

Page 18: Reestrutura Curso Metrologia Ok

18

4. JUSTIFICATIVA

Considerando-se que é preciso:

• Atender a carência de profissionais com qualificação em metrologia

legal, para atendimento das demandas da autarquia, dos seus órgãos

delegados e do mercado;

• Adequar o programa de formação em metrologia à distância existente

às realidades regionais, às características do público-alvo, ao

desenvolvimento de aptidões desejáveis, às novas possibilidades

tecnológicas, e aos desafios delineados para a metrologia no futuro

próximo;

• Melhorar os processos de trabalho para a produção de materiais de

apoio aos cursos de formação, particularmente na definição de

objetivos claros de aprendizagem e no uso de linguagem de

comunicação mais eficiente, além de melhorar a relação

esforço/resultado de cada material;

• Melhorar as dinâmicas de interação, ampliando possibilidades de troca

de saberes entre professores/tutores e alunos para favorecer o

desenvolvimento dos processos de aprendizagem;

• Favorecer a elaboração de materiais “cambiáveis” capazes de serem

aproveitados na difusão do conhecimento metrológico em parcelas

maiores da comunidade técnica e científica e/ou comunidade em geral

e/ou definir formas e estratégias específicas para esse fim;

Justifica-se o presente projeto.

Page 19: Reestrutura Curso Metrologia Ok

19

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos fatores que fundamentam o presente projeto é dado um destaque a

um apanhado amplo, ainda que superficial, de alguns elementos que compõem o

cenário da metrologia – de modo especial nas áreas de metrologia legal e

avaliação da conformidade no Brasil, pelo impacto que ela tem nas necessidades

determinadas aos técnicos em formação e nas formas e lógicas de reprodução do

conhecimento.

Em seguida buscamos confrontar esse cenário à luz das possibilidades do

fazer pedagógico, como propostas que buscam avanços sobre as práticas

pedagógicas atuais.

5.1. Metrologia e a lógica cartesiana

“Quando você pode medir um fenômeno e descrevê-lo com números então pode afirmar que sabe algo sobre ele. Quando não pode medi-lo e expressá-lo com números, seu conhecimento é de uma classe inferior e insatisfatória.”

Lord Kelvin, 18833

A frase acima é ilustrativa para entendermos a lógica intrínseca ao “saber

metrológico”. A metrologia é “a ciência das medições”, e como tal é parte e

produto de vários campos das ciências exatas, particularmente as que se

dedicam a entender profundamente os fenômenos científicos para estabelecer

padrões, parâmetros numéricos, variáveis controláveis e métodos e

procedimentos de medição com níveis de incerteza cada vez menores.

Nesses termos, é flagrante a aproximação da metrologia com os conceitos

de “objetivação” e “verdade”, e o alinhamento de sua matriz com as lógicas

3 Texto citado na apostila da aula 01 – Evolução da Metrologia do Curso de Capacitação

de agentes Metrológico. A rigor, pode-se dizer que é o fragmento de texto mais citado em publicações e/ou projetos voltados à metrologia.

Page 20: Reestrutura Curso Metrologia Ok

20

tecnicistas e empiristas do desenvolvimento industrial e seu aprofundamento

contemporâneo. De um lado, o desenvolvimento científico se alinha cada vez

mais com novas demandas e dinâmicas de mercado. De outro, a ciência segue se

afirmando no que pode ser observado – mensurado por um procedimento

reproduzível, com variáveis controláveis – ou o que se ajusta a modelos teóricos

consagrados pela academia.

Num mercado globalizado, cuja tendência dos processos de produção

aponta para a miniaturização exponencial dos componentes (e, portanto, dos

processos fabris) é natural que se acentuem as exigências sobre as bases do

conhecimento metrológico. Ou seja, não por acaso a construção de padrões

internacionais tem início no século XIX4 e se consolidam com o Sistema

Internacional de Unidades em 1960, num paralelo interessante com os avanços

na globalização comercial e industrial, que culmina com a diluição das fronteiras

comerciais e onde o modelo produtivo se internacionaliza. Assim como não é por

acaso que as novas fronteiras da metrologia (nanometrologia, metrologia

química e biológica) se alinhem tão perfeitamente às novas tendências

industriais. Ou seja: a metrologia, enquanto disciplina per si, tem lógica e

função aplicada aos processos científicos, industriais e/ou comerciais.

Graças à função globalizante, a metrologia ganha duas outras facetas na

sua fronteira aplicada: as definições de padrões e regulamentos que regem o

mercado; e a cristalização de status de “especialidade técnica”, com lógicas e

conhecimentos consolidados na condição de disciplina aplicada em escala

mundial.

Assim, cada unidade de medida se afirma relacionada a um universo de

conhecimentos necessários para a constituição e manutenção de um padrão de

medida internacionalmente aceito, ao qual se somam procedimentos e

regulamentações que possam construir cadeias de rastreabilidade5 das medições

em todo o mundo.

4 Convenção do Metro, em 1875 com a adesão de 17 estados nacionais (Brasil entre eles)

quando foi criado o Bureau International de Poids et Mesures (Bureau Internacionais de Pesos e Medidas).

5 É comum o uso industrial do conceito de rastreabilidade no controle de processos de produção, particularmente no controle de origem de matérias primas e componentes até a

Page 21: Reestrutura Curso Metrologia Ok

21

Figura 1 - Pirâmide de Rastreabilidade

No tocante ao conhecimento, apesar do caráter eminentemente

interdisciplinar6 da metrologia legal, ela começa a criar um escopo teórico

próprio em torno do núcleo regulamentador. Um exemplo típico é a criação, em

1984, do VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia, que padroniza a

terminologia que envolve as unidades de medida e suas conversões, os

procedimentos de medição, interpretação de resultados, instrumentos de

medição e padrões.

Tal como nos lembra Magalhães:

composição do produto final. Mas na metrologia, rastreabilidade possui lógica diferente, ao qual cabe entendê-la, mesmo que a grosso modo.

A cadeia de rastreabilidade das medições é comumente representada por uma pirâmide. No topo se encontra o padrão internacional para cada unidade de medida seguida, logo abaixo, pelos padrões nacionais. Todos os instrumentos de medição (incluindo as chamadas “medidas materializadas”) para aquela unidade de medida se encontram em alguma posição da pirâmide, utilizando como referência alguma medida “rastreada” acima de si, ao qual esse instrumento e/ou medida materializada é comparado periodicamente. A lógica dessa cadeia é:

• Subindo a pirâmide o grau de incerteza da medição deve diminuir, os procedimentos de medida são mais especializados, as condições mais controladas;

• Descendo a pirâmide a quantidade de medições ganha escala, mas o grau de incerteza aumenta, já que o rigor sobre as condições e procedimentos para a medição atenuam.

6 Combina várias especialidades científicas (como disciplinas do campo da física, química, biologia, matemática) ou de suas aplicações (engenharias) além de se articular perifericamente com conhecimentos do direito, da administração (gestão), entre outros.

Page 22: Reestrutura Curso Metrologia Ok

22

... Fixamo-nos à linguagem de nosso cantão social, profissional, e essa fixação tem valor neurótico: ela permite-nos uma relativa adaptação à fragmentação da nossa sociedade7”

Maria Isabel Santos Magalhães

Ou seja, tal o grupo desenvolve uma base terminológica que lhe é própria.

Mais do que isso, define-a como norma.

5.1.1. A eliminação de “erros” e “incertezas”

Um ambiente marcado pela especialização, regido pelas certezas

científicas, onde há até uma linguagem correta (padronizada) e com o desafio de

aprofundar continuamente a exatidão das medições, tende, naturalmente, a

pensar sua organização em cadeia, buscando o controle absoluto das variáveis.

Não é por acaso que as expressões “erro”, “incerteza” e “desvio” expressam

aquilo que deve ser preferencialmente controlado, abolido, e sistematicamente

eliminado, quando muito “tolerado” ou “admitido”, dentro de condições e/ou

níveis pré-determinados8.

Sobre esse viés, as bases do pensamento cartesiano impregnam não

apenas os referenciais do saber metrológico, mas também sua reprodução em

cadeia, expresso até mesmo na qualificação pessoal9. No presente projeto, o

impacto desse perfil de pensamento é considerado decisivo no momento da

metodologia pedagógica, como veremos.

7 Magalhães, 1996, p,94. 8 Todas expressões entre aspas são referências à vocábulos equivalentes no VIM, nos

regulamentos técnicos e procedimentos, sempre associados a distorções das medições. É sintomático e irônico, por exemplo, que a referência ao mito de Babel esteja presente, inclusive, no texto introdutório ao VIM.

9 É considerado qualificado para compor os quadros profissionais da metrologia legal aquele técnico que cumpre requisitos mínimos de formação metrológica, acadêmico-científica e/ou domine os procedimentos técnicos. Assim como ascende hierarquicamente (ou ao menos seu conceito entre os pares) aquele profissional que se especializou nessa base de conhecimento (incluído o uso adequado do jargão metrológico).

Page 23: Reestrutura Curso Metrologia Ok

23

5.2. Papel e desafios da metrologia brasileira

No Brasil, cresce a importância do papel da metrologia na medida em que

o pais insere-se no mercado global. Alem disso, a fiscalização e verificação

metrológica se estruturam gradualmente na segunda metade do século XX, tendo

como principal objetivo a regulação do mercado interno10.

5.2.1. Inmetro, órgãos delegados e agentes metrológicos

Definidas as principais políticas metrológicas nacionais, pela legislação ou

pelo CONMETRO, cabe ao Inmetro zelar pelos padrões e variáveis de uso da

metrologia – particularmente nas atividades que afetam as relações de consumo,

segurança e impactos ambientais11. Ou seja, entre uma série de atribuições,

cabe ao Inmetro gerar regulamentos metrológicos e de avaliação da

conformidade, implantar esses regulamentos em todo território nacional e

fiscalizar sua observância pela sociedade. A grosso modo, pode-se dizer que a

ação do Inmetro impacta em grande parte das relações de mercado e envolve

10 Esta estruturação reflete a adesão do país à organização mundial em torno da

padronização das unidades de medida, citando-se a criação da Organização Internacional de Metrologia Legal / OIML em 1956 e institucionalização do Sistema Internacional de Unidades – SI em 1960, e tem as seguintes datas/episódios significativos na sua estruturação nesse período:

• 1960 - Brasil participa da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) que cria o Sistema Internacional de Unidades.

• 1961 - Reestruturação do Ministério da Indústria e Comércio, determinada pela Lei nº 4.048/61, criando o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM), transferindo as atividades de cunho metrológico do INT para este novo órgão.

• 1962 - I Convenção Nacional de Órgãos Metrológicos realizada no Rio de Janeiro.

• ...

• 1967 - Primeira formulação de uma Política Nacional de Metrologia e a criação do Fundo de Metrologia, para financiar o aparelhamento, custeio e manutenção dos serviços metrológicos.

Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inmetro/datas.asp 11 Esse escopo envolve dentro do Inmetro três diretorias distintas, cada qual com um foco

de atividade bem determinado, mas inter-relacionáveis entre si: a DIMEL (Diretoria de Metrologia Legal), a DIMCI (Diretoria de Metrologia Científica) e a DIQUAL (Diretoria da Qualidade).

No presente trabalho não pretendemos avançar sobre as sutilezas das atribuições das diretorias e sua função na metrologia nacional. Assim sendo, em se tratando da ação dos agentes de metrologia legal, quando nos referimos ao Inmetro entenda-se que o foco pode estar restrito às atribuições no âmbito das atribuições da Diretoria de Metrologia Legal, já que é nesse campo que atuam os agentes de metrologia legal.

Page 24: Reestrutura Curso Metrologia Ok

24

fiscalização direta sobre dezenas de linhas de produtos regulamentados e sobre

um amplo percentual dos instrumentos de medida em uso no país.

Figura 2 - Vista Aérea do Inmetro Xerém-RJ

Mas essa atividade não é realizada de forma isolada, ou mesmo

integralmente pelo Inmetro. Diferentemente de maior parte das autarquias

federais com atribuições fiscalizadoras, o Inmetro se articula com a RBMLq, uma

rede que integra superintendências regionais do próprio Inmetro (em dois

estados da federação), institutos estaduais (compreendendo a maior parte dos

estados) e um órgão municipal. No âmbito dos estados, as atividades de

fiscalização e verificação de instrumentos, por exemplo, são realizadas por estes

órgãos delegados12 a partir de regulamentos técnicos definidos pelo Inmetro.

A escolha desse modelo certamente contribuiu para a descentralização

das atribuições do Inmetro no país, alinhadas com o intuito de acelerar sua

implementação e sua aceitação com os núcleos decisórios dos estados.

Mas ele não está livre de problemas, dentre eles:

12 As entidades estaduais e municipais se integram ao sistema metrológico nacional

através da delegação de atribuições, com recursos repassados sob o regime de convênios regidos por contratos de gestão. Do ponto de vista financeiro, o sistema é mantido basicamente pela aplicação de taxas metrológicas aos instrumentos de medição utilizados pelo mercado e pelas multas oriundas da sua atuação fiscalizadora. A definição genérica de “órgãos delegados”, portanto, abrange qualquer órgão que por delegação do Inmetro realize ações em seu nome, sejam eles instituições federais, estaduais ou municipal.

Page 25: Reestrutura Curso Metrologia Ok

25

• O quadro de gestores dos órgãos delegados está sujeito às contingências dos

processos políticos locais (dos estados e município ao qual o órgão delegado

responde). O que tende a:

Reduzir a capacidade de planejamentos e implantações de médio/longo

prazos;

Reduzir a capacidade fazer valer procedimentos padronizados

nacionalmente, tanto no que diz respeito a processos administrativos

quanto técnicos. Ou seja, sob a definição de “ajuste à realidade local” os

processos técnicos podem, eventualmente, ser adaptados, ignorados ou

subvertidos às conveniências políticas, corporativas, ou mesmo pessoais;

Produzir períodos de transição, onde a carência de liderança e decisão

pode imobilizar algumas atividades do órgão delegado nos períodos que

precedem ou sucedem cada troca de gestores;

• Os contratos de gestão por resultados, cujo objetivo é de agregar eficiência

nos órgãos delegados, pode induzir outros riscos de distorções. Na lógica dos

gestores regionais poder-se-ia, por exemplo, a partir da avaliação das tabelas

de taxas de serviços confrontada com sua própria planilha de despesas,

priorizar atividades rentáveis ao órgão delegado, relegando ao segundo plano

algumas atividades técnicas vitais à sociedade ou ao sistema metrológico;

• O processo de formação dos quadros técnicos dos órgãos delegados é

claramente deficiente e depende de iniciativas conjuntas com o Inmetro, que

até a pouco tempo eram isoladas e ocasionais.

Em muitos estados essa realidade se soma a uma dificuldade sistêmica,

correspondente ao impacto das condições educacionais do próprio meio.

Nos órgãos delegados somou-se o reflexo do formalismo da exigência de

contratação de quadros por concursos públicos, sem a correspondente

imposição de qualificação técnica ou metrológica13 prévia, ou políticas de

13 A rigor, apenas a superintendência do Rio Grande do Sul manteve um programa

contínuo de formação em metrologia, ofertando cursos presenciais, que, ainda assim não impactou na qualificação direta de seu quadro de servidores (cuja última seleção por concurso se deu a, pelo menos, 25 anos). O maior impacto dessa formação se observa na seleção de profissionais para atuar na verificação metrológica, terceirizada.

Page 26: Reestrutura Curso Metrologia Ok

26

formação constante posterior. Ou seja, dada a deficiência histórica de

formação, não é possível estabelecer padrões de formação uniformes, em

todos estados brasileiros, compatíveis com as demandas da metrologia;

Muitos órgãos delegados sofrem com a rotatividade de pessoal, incluindo o

quadro técnico capacitado em metrologia, o que se traduz em um

agravamento da sua deficiência de quadros técnicos qualificados;

Ou seja, a metrologia brasileira enfrenta, pelo menos, dois desafios:

uniformização da ação pela excelência das atividades dos agentes metrológicos

que atuam em todo o Brasil e a adequação a um cenário tecnológico que impõe

novos paradigmas de maneira cada vez mais rápida e especializada. A ambos se

impõe a manutenção de um programa de formação de agentes metrológicos para

dar conta das demandas atuais e futuras.

5.2.2. Novos desafios metrológicos

Tornou-se lugar comum nas instituições, privadas ou públicas, grifar sua

determinação em olhar para o futuro e sua sincronização com os desafios

tecnológicos atuais. No Inmetro, particularmente em sua Diretoria de Metrologia

Científica, “o futuro” é paradigma do cotidiano dos pesquisadores14.

No entanto, até o momento, quadro é diferente no que toca à metrologia

legal e avaliação da conformidade. Essas áreas dependem de um processo de

14 Alguns exemplos:

• Pesquisa-se o OLED, próxima geração de painéis de TV (a suceder a geração LED que chega ao mercado em 2010) com capacidade de apresentar telas transparentes, flexíveis, etc;

• Gera-se procedimentos de análise e padrões de óleos de referência vitais para o programa brasileiro de BioDiesel;

• Avaliam-se as vibrações estruturais nas aeronaves da EMBRAER;

• Desenvolvem-se padrões de medição para a monitoração de serviços de transmissão digital, incluindo da TV digital até serviços de internet wireless (GSM, 3G, ... )

• Desenvolvem-se tecnologias de medição de pressão para uso a 12.000 metros de profundidade no Programa Pré-Sal, da Petrobrás;

• Há diversas linhas de pesquisa e aplicações na nanotecnologia utilizando equipamentos de referência mundial;

• Entre outras tantas pesquisas “de ponta”.

Page 27: Reestrutura Curso Metrologia Ok

27

regulamentação longo, que exige a identificação de uma demanda social,

decisão política de agir, definição mecanismos de controle apropriados, criação

do regulamento técnico propriamente dito, submetê-lo às discussões setoriais e

consulta popular, afinar redação e aprová-lo, definir cronogramas de ajuste e

aguardar adequação do mercado, produção e testes para aprovação de modelos

de produtos dentro da nova especificação, capacitar os órgãos delegados para o

controle, aguardar o ciclo de adequação do mercado. Um processo dificilmente é

exeqüível num prazo inferior a quatro anos – com alguns se arrastando por

décadas, já que dependem de uma estrutura nacional dedicada à coordenação e

controle da aplicação da regulamentação.

O reflexo disso já se encontra em distorções de mercado – na existência

de produtos e serviços em áreas críticas sem controle estatal. Eles estão em

rotinas digitais de atualização de softwares de instrumentos de medição sem

previsão de rotinas de controle, na existência em mercado de instrumentos não

certificados15, nas dificuldades de fazer aplicar a regulamentação já existente,

entre outros.

Mesmo que consideremos como válida a lentidão atribuída ao estado

brasileiro e reconheçamos os reais desafios de implantar procedimentos

padronizados em um país de dimensões continentais e grandes discrepâncias de

realidades regionais, cabe reconhecer que a dificuldade de dar respostas à

sociedade frente a um mercado cada vez mais ágil não é um fenômeno isolado

ao Brasil16.

Está cada vez mais claro que esse descompasso deve ser atacado com

seriedade, sob risco de vermos comprometidas relações equilibradas de

mercado, ou mesmo a saúde, segurança e ambiente para a população.

15 Mesmo na área da saúde, como é o caso dos esfigmomanômetros digitais (medidores de

pressão arterial) ainda sem regulamentação e, portanto, sem controle. 16O processo de criação do mercado comum europeu, por exemplo, buscou

denominadores comuns entre longas e reconhecidas histórias de controle metrológico (caso alemão) com países onde inexistiam estruturas ou tradição de controle de mercado (como os pequenos países desmembrados do bloco soviético). A chamada “Nova Abordagem” aplicada ao sistema metrológico europeu buscou dar respostas mais ágeis ao mercado, mas sacrificou o controle sobre a qualidade dos produtos e a confiabilidade das suas medições, em favor de um modelo de “acreditação”. Hoje este modelo está sendo muito questionado e “em fase de revisão”.

Page 28: Reestrutura Curso Metrologia Ok

28

Independente do perfil das transformações na estrutura de

regulamentação e controle, está cada vez mais claro que, para implementá-las,

será preciso manter programas de formação metrológica cada vez mais amplos,

ágeis e profundos no âmbito do Estado, da cadeia produtiva, e da própria

sociedade.

5.2.3. Desafios da Formação Metrológica

Considerando as variáveis do cenário, quando falamos de um processo de

formação dos agentes metrológicos, pensando unicamente na sua função

instrumental, é preciso considerar:

Que há grande deficiência de formação básica em metrologia,

particularmente na metrologia legal, em todos os estados da federação. Essa

realidade sugere a manutenção de programas contínuos, com formação

constante de profissionais;

Que a profundidade da carência pela formação deste tipo de profissionais

sugere um programa de ação com escala nacional, capaz de associar

qualidade na formação com a quantidade de formandos;

Que a formação metrológica demanda uma base de conteúdos que envolve

conhecimentos científicos/técnicos que vão da estatística à física aplicada, o

que tende a representar um problema sério na definição de pré-requisitos

mínimos, particularmente quando há um grande número de candidatos onde

essa formação é deficitária;

Que a formação metrológica envolve uma substancial base de conhecimentos

teóricos, mas com um viés destinado para aplicações práticas. Isso implica

em prover recursos capazes de promover a aprendizagem aplicada,

particularmente na realização de ensaios metrológicos.

Que as mudanças nos rumos da metrologia, pelos avanços tecnológicos e/ou

mudanças de abordagens, sugerem que é preciso rever continuamente o

conteúdo da formação metrológica ou gerar espaços de formação continuada,

acessíveis a todos agentes metrológicos em atuação no Brasil;

Page 29: Reestrutura Curso Metrologia Ok

29

Que as aptidões associadas ao fazer metrológico não devem se restringir ao

universo direta ou indiretamente ligado ao controle estatal, já que

contemplam muitos saberes vitais a vários campos das ciências aplicadas.

Que o esforço pela formação primária de agentes metrológicos pode/deve ser

seguido de um processo de formação dos quadros ativos no Inmetro/órgãos

delegados. Mais do que mera reciclagem, isso permitiria reposicionar os

agentes na execução dos regulamentos técnicos, favorecendo a

uniformização de procedimentos no território nacional;

O atendimento de muitas dessas variáveis devem ser colocadas no tempo

futuro, em projetos paralelos sincronizáveis com este curso de formação. Ainda

assim, é preciso manter um olhar voltado para elas e manter as possibilidades de

um processo de formação mais amplo, como será visto adiante.

5.2.4. Do presencial à Ead - Formação metrológica no Inmetro

No Inmetro, a formação em metrologia legal se relaciona historicamente

às demandas internas. A oferta de cursos se combinou aos processos de admissão

de servidores e/ou a cursos esporádicos para atender demandas dos órgãos

delegados.

Mais recentemente, a representação gaúcha da autarquia manteve um

programa de formação constante (2005-2009) de perfil “aberto ao mercado”, o

que buscava promover o conhecimento metrológico na sociedade – para melhorar

a formação de mercado em áreas e mercados relacionados; e facilitar a

terceirização de ensaios metrológicos, capacitando técnicos que passam a ser

absorvidos na realização de ensaios em instrumentos, entre outros.

Nesse cenário é criado um centro de capacitação17 que passa a buscar

formas de potencializar os processos de formação metrológica. De imediato essa

área viu-se diante do desafio de pesquisar meios para resolver os problemas de

escala, custo, acesso e reprodutividade para todo o território nacional, inerentes

17 Centro Integrado de Capacitação em Metrologia e Avaliação da Conformidade

(chamado de CICMAC, à época).

Page 30: Reestrutura Curso Metrologia Ok

30

aos cursos presenciais. A opção pelo ensino à distância – em que pesem as

dificuldades iniciais, e custos de implementação – se mostram a solução mais

racional. Do ponto de vista da infra-estrutura e pessoal, foram articuladas duas

unidades de produção de conteúdo, uma em Porto Alegre - Rio Grande do Sul,

outra na sede do Inmetro em Xerém, no Rio de Janeiro.

Figura 3 - Estúdio Porto Alegre

A unidade gaúcha estruturou o primeiro curso-piloto em metrologia com o

uso de tecnologias da informação, dividindo o processo de formação em dois

eixos: metrologia geral, com ênfase nos conhecimentos científicos básicos

(particularmente da física e estatística); e metrologia legal, com conhecimento

mais dirigido à formação de agentes metrológicos.

Page 31: Reestrutura Curso Metrologia Ok

31

Figura 4 – Suíte/Sala de Transmissão Porto Alegre

Esse primeiro curso trabalhou experimentalmente com o conceito de “sala

de aula estendida”, privilegiando processos síncronos. O modelo partia de aulas

transmitidas com os professores em estúdio, com suporte de vídeos e animações,

e integravam apenas duas turmas, uma em Porto Alegre outra em Florianópolis

com a possibilidade de interação através de videoconferência.

Figura 5 - Sala de Aula Porto Alegre

Os processos assíncronos do curso-piloto incluíam um repositório com

vídeos das aulas transmitidas, apostilas, exercícios e trocas de mensagens

através do Moodle.

Page 32: Reestrutura Curso Metrologia Ok

32

Figura 6 – Tela do Ambiente Moodle – Curso-piloto

Com a implantação da segunda unidade do CICMA, a formação em

metrologia passou a ser gerada no Rio de Janeiro, com boa parte do conteúdo a

cargo de professores-conteúdistas dos quadros especializados da Diretoria de

Metrologia Legal do Inmetro, já com o desafio de dar escala e acessibilidade a

um processo de formação que deveria atender as demandas de todos órgãos

delegados.

Estas características impactaram na mudança do modelo de transmissão,

que eliminou as atividades síncronas e elevou o Moodle à condição de repositório

on-line das aulas gravadas em vídeo, apostilas e fóruns/mensagens para

interação. Ao papel do professor foram acrescidos tutores on-line e tutores

locais para auxílio da aprendizagem, em especial das práticas em instrumentos

de medição, realizadas presencialmente com o apoio de vídeos disponibilizados

no ambiente de aprendizagem.

Os órgãos delegados estão sendo integrados a essa infra-estrutura através

de uma rede de 70 telesalas (em instalação) com equipamentos de informática,

videoconferência e multimídia, distribuídas pelas suas sedes e regionais.

Page 33: Reestrutura Curso Metrologia Ok

33

Figura 7 - Tela Moodle, atual Curso de Formação de Agentes Metrológicos

Figura 8 – Foto de aula inaugural do curso em 2010, Telesala Porto Alegre

Page 34: Reestrutura Curso Metrologia Ok

34

6. METODOLOGIA

6.2. Breve Contextualização

Ao propor reflexões e alternativas para o processo de formação dirigido

para a Formação de Agentes Metrológicos é preciso posicioná-lo ante aos debates

pedagógicos, que por sua vez reflete discussões acerca do impacto e

transformações decorrentes da disseminação das tecnologias da informação na

sociedade.

Do ponto de vista pedagógico encontramos (à grosso modo) duas visões

aplicadas à Ead. De um lado, as noções de globalização, reprodutibilidade e

acessibilidade nos remetem a elementos da visão tecnicista da sociedade, da

cultura de massas e do próprio ensino à distância, em padrões que referenciam o

modelo fordista, tal como lembra Peters:

“Estudo à distância é um método racionalizado (envolvendo a definição de trabalho) de fornecer conhecimento que (tanto como resultado da aplicação de princípios de organização industrial, quanto pelo uso intensivo da tecnologia que facilita a reprodução da atividade objetiva de ensino em qualquer escala) permite aos estudos universitários a um grande número de estudantes independente de seu grau de residência e de ocupação” (1983: p.111)

De outro, refutam-se essas bases tecnicistas em busca de modelos

educacionais à distância que privilegiem a autonomia no aprendizado, processos

de interação com o conteúdo e pessoas (professores, tutores e colegas),

mecanismos de construção coletiva do conhecimento e de sua expansividade

exponencial proporcionadas pelos recursos de hiperlink. Tal como lembra Moran:

Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados18.

18 MORAN, José Manuel. Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD - Centro

de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dez de 1994, páginas 1-3.

Page 35: Reestrutura Curso Metrologia Ok

35

6.2. Cultura Metrológica e seus reflexos na Formação Metrológica

Transpondo esse debate à cultura corporativa19 do Inmetro e seus órgãos

delegados, é sintomático que os atuais processos de formação tenham uma

aproximação tão clara com processos pedagógicos tradicionais e/ou tecnicistas,

já que tende a:

• Exigir que os profissionais afirmem-se pela especialização de um

conhecimento “normalizado”. Diante disso é natural a opção pela

transmissão do conhecimento, tradicional, como eixo da formação;

• Transpor o formalismo regulamentador para o trato da informação e difusão

do conhecimento;

• Restringir a linguagem “aceitável” no processo pedagógico a partir de

conceitos definidos no vocabulário metrológico20;

• Descrever os processos técnicos a partir das lógicas formais presentes nos

regulamentos técnicos21;

• Definir o “CERTO” através da normatização, e considerar um único

procedimento reproduzível como processo desejável;

• Refutar o erro como elemento de aprendizado, já que os fatores que levam

ao erro devem sempre ser controlados e eliminados;

Se, tal como afirma Geertz (1973, p.28) a cultura deve ser entendida

como reflexo de um processo onde...

(...)um modelo transmitido historicamente de significados integrados em símbolos, um sistema de concepções herdadas expressadas em termos simbólicos pelas maneiras que os homens se comunicam, se perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e atitudes em relação à vida.

19 Aqui visto a partir do Inmetro e órgãos delegados, mas com características que podem

ser facilmente expandidas para amplas áreas da comunidade científica e áreas de ciência aplicada.

20 Ou seja, está-se longe de garantir o uso de uma linguagem laica, tal como sugere Levy (As Tecnologias da Inteligência.1993:p.???)

21 Estes por sua vez são escritos considerando meramente as variáveis procedimentais, tecnológicas, sem um exame da aplicabilidade em escala, por técnicos de campo.

Page 36: Reestrutura Curso Metrologia Ok

36

A cultura metrológica define a sua forma e lógica de reprodução. Limitada

ao modelo de transmissão, o processo de formação de agentes metrológicos

tende (refletindo o formalismo e cartesianismo do meio) limitar-se a difundir

informação, ao invés de proporcionar conhecimento; repassar habilidades, ao

invés de desenvolver competências.

Por tudo isso, ao olhar sobre o quadro abaixo, percebemos que o modelo

de simples capacitação, intrinsecamente conectado à cultura metrológica, tende

a se acomodar aos processos alinhados no lado esquerdo da ilustração, em

modelos tradicionais/tecnicistas.

Figura 9 – Síntese sobre modelos educacionais22

6.3. Ead do Cicma – Uma leitura dos processos de interação

Não por acaso que os processos de interação sejam tão pouco

22 Ilustração elaborada e apresentada como síntese das discussões ocorridas em um fórum

colaborativo megatendências educacionais, da 12ª Turma do Curso de Especialização de Ead do SENAC-RS.

Page 37: Reestrutura Curso Metrologia Ok

37

significativos nos processos de formação do Cicma.

Na experiência marcadamente síncrona (de “sala de aula expandida”)

adotada pela unidade gaúcha, era possível o aluno, a partir do ponto remoto,

interagir23 efetivamente com o professor. Foram evidentes os ganhos de fluidez

e de pessoalidade24 do processo, especialmente na efetividade garantida pela

pronta resposta do professor. Mas essa interação tende a replicar modelos de

relação de um ambiente de aula convencional, ancoradas numa relação ensino-

aprendizagem onde o professor explica e o aluno tira dúvidas25.

Já nos processos assíncronos, mesmo com as vantagens inerentes e sua

adequação natural a modelos colaborativos, também não foi possível construir

dinâmicas efetivas de interação. Basta uma leitura dos fóruns do AVA para

perceber que as mensagens raramente se relacionaram com os conteúdos

expostos. De fato, a grande maioria delas se dirigem ao gerenciamento e

organização do curso, não ao processo de aprendizagem.

Essas experiências, tanto síncronas quanto assíncronas, nos fazem

perceber não basta haver tecnologias ou espaços que permitam a participação

do aluno. É preciso repensar o processo educativo a partir da matriz de

conteúdos; de novos olhares, expressos na forma com que os conteúdos são

apresentados; e de dinâmicas onde a participação se processe de forma natural

e efetiva. Esse é, naturalmente, um processo mais longo que exige uma

“negociação” entre a cultura metrológica (tecnicista e tradicional), a adequação

das tecnologias empregadas e uma nova matriz pedagógica baseada na

colaboração. Mas, considerando os desafios colocados ao desenvolvimento

científico e industrial e seus reflexos na metrologia e no cotidiano da sociedade,

podemos partir da premissa de que mesmo avanços tímidos no uso de dinâmicas

23 Com o uso do IVA – Sistema Interativo de Áudio e Vídeo, em tempo real, com sinal de

vídeo e áudio de alta qualidade. 24 No sentido de que o professor tem sua presença notada de forma mais tangível, direta,

que em processos assíncronos. Esse fator era, inclusive, explorado por alguns professores através de uma postura mais irreverente.

25 Para os alunos, segundo manifestações ao fim do curso, o grande ganho no modelo estava em disponibilizar essas aulas em vídeo no repositório on-line, o que permitia consultas posteriores.

Page 38: Reestrutura Curso Metrologia Ok

38

interativas, que se aproximem das características da sociedade da informação,

podem representar resultados promissores para a construção de uma visão mais

ampla, na formação dos agentes, potencializados a partir de sua participação em

processos colaborativos.

6.4. Elementos para uma proposta pedagógica formadora.

Parte-se da premissa de que é possível um melhor aproveitamento dos

recursos, em favor de processos de comunicação mais eficientes e ação

educacional mais colaborativa.

Mas muitos destes processos e avanços não podem ser definidos à priori,

pois dependem de uma revisão do processo pedagógico, que passam por uma

mudança da perspectiva do corpo docente – notadamente formada por

especialistas que tem na cultura da regulamentação e controle a base de sua

formação e vivência cotidiana.

A proposta é de mudanças graduais, avançando sobre as possibilidades

apontadas por cada perfil de conteúdo e sua aplicação; na determinação de

objetivos específicos de capacitação (aptidões) exigidos em cada módulo de

curso e seu incremento com objetivos de formação mais amplos; e à luz das

possibilidades de melhorias nos recursos humanos, pedagógicos e tecnológicos.

6.5. Recursos atuais x Propostas de Melhoria.

Muito embora a reestruturação proposta nesse plano deva ser vista como

um processo global, é particularmente interessante perceber que há mudanças

possíveis, pontuais, em todas as facetas e dinâmicas atuais.

Assim, mesmo correndo o risco de apresentar redundâncias, elencamos

uma breve avaliação da forma como são utilizados os recursos atuais com sua

correspondente proposta de melhoria.

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39

6.3.1. Ambientação (Recurso Novo)

É importante estabelecer ações de ambientação aos ambientes de

aprendizagem para explorar os seus recursos e favorecer a integração dos alunos

nos ambientes de interação coletiva. Nesse ponto, apesar do ambiente virtual

ter uma boa usabilidade, percebe-se que há dificuldades na sua operação nos

estágios iniciais do curso.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA

Atualmente não há atividades destinadas especificamente para a exploração do ambiente virtual e seus recursos.

O acesso tende a acontecer naturalmente, mas com algum atraso, especialmente até o alinhamento do login e senha dos usuários.

Vencidas as primeiras dificuldades os alunos exploram livremente as opções disponíveis, como o preenchimento do perfil e respostas à mensagem de boas vindas do fórum.

Ambientação - Destinar uma semana de ambientação no ambiente virtual, com atividades de interação dirigidas como:

o Fórum de apresentação dos alunos onde pode-se sondar as expectativas com relação ao curso, perfil profissional e de formação, etc.

o Chats simulados em horários específicos com propostas de discussão com temas paralelos ao curso, favorecendo as interações e construção de identidade de grupo;

o Explorar, em horários determinados, o Connect como ferramenta de videoconferência com grupos pequenos, para familiarização com os recursos de interação, tal como devem encontrar em tutorias dirigidas e/ou nivelamento, reforços e eventuais revisões;

Repositório: Vídeo-tutorial (Camtasia) sobre o uso do ambiente virtual e das ferramentas disponíveis.

6.3.2. Diagnóstico e Nivelamento (Recursos Novos)

A realização de um curso para todo o território nacional tente a agregar

perfis muito distintos de pessoas, histórias de vida, vivências profissionais e

perfis de formação formal. Ou seja, gera-se um universo de alunos heterogêneo,

que na mesma medida em que pode constituir um grupo rico em discussões,

pode somar dificuldades na condução do curso, especialmente em processos de

discussão e/ou colaboração. Assim, cabe explorar a diversidade, desde que

alinhada com uma base de conhecimento (considerada mínima) comum a todos

do grupo de alunos.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA

Para permitir acesso ao curso é realizada uma prova de seleção, que faz uma “triagem” a partir de conteúdos considerados como mínimos, ou pré-requisitos para o Curso de Formação de Agentes Metrológicos.

A prova existente não é uma avaliação diagnóstica, já que seus não são considerados para reposicionamento do conteúdo ou avaliação dos resultados ao final do curso.

Prova de Seleção – Mantida como pré-requisito para ingresso ao curso.

Avaliação Diagnóstica – Adicionada no Módulo de Introdução do Curso, com as seguintes funções:

o Diagnóstico prévio dos Alunos;

o Encaminhamento de alunos para o “Nivelamento”, conforme necessidade.

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Não existe um escopo de conteúdo definido como “preparatório” ao curso.

Uma vez aprovado o ingresso no curso, não existem mecanismos de reforço ou de nivelamento de conteúdo para os alunos. Ou seja, as deficiências de formação não são tratadas e tendem a agravar, favorecendo à evasão ou gerando dificuldades de acompanhamento das disciplinas.

o Reposicionamentos futuros do conteúdo;

o Ambientação dos alunos com o modelo de avaliação on-line;

Módulos de Nivelamento

o Repositório de apoio - Reforços extracurriculares com fundamentos de ciências e estatística, de perfil aberto ao público, e não formal.

o Contêm tópicos considerados vitais, pré-requisitos ou relacionados para o entendimento dos conteúdos abordados no Curso de Formação de Agentes.

o Pode ser disponibilizado previamente para futuros candidatos ao curso como “conteúdo preparatório” para a seleção.

Recursos:

o Aulas em páginas On-line (com aprofundamento por hiperlinks) e replicadas em vídeo-aula de apoio;

o Apostilas de apoio com exercícios;

o Provas/exercícios simulados on-line;

o Tutoria virtual por mensagens e/ou videoconferências (Connect), com horários agendados;

o Aulas de reforço para grupos de alunos do curso, sob demanda, por vídeo-conferência (Connect);

Implementação - até dezembro de 2010.

6.3.3. Conteúdo On-line (Recurso Novo)

Dentre os principais benefícios citados para o uso dos conteúdos virtuais

encontram-se a possibilidade de interação com o conteúdo e a expansibilidade

da experiência, onde o aluno dita seu próprio ritmo e segue seus campos de

interesse utilizando a lógica de hipertexto. O uso de hiperlinks, vistos como nós

(nodos) em uma rede de conhecimento, amplia o horizonte de um processo de

formação, na medida em que permitem a exploração de informações adicionais,

seguindo o interesse dos alunos. É um dos recursos mais importantes da nova

lógica de multiplicação do conhecimento, já que o aluno pode se conectar a

qualquer base de conhecimento disponível na internet.

É preciso, no entanto, que os professores-conteúdistas se atentem para

estas possibilidades quando desenvolvemos o novo modelo de curso “on-line”.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA O conteúdo é armazenado de duas

formas no repositório disponibilizado aos alunos:

o Vídeos apresentam o conteúdo de forma linear (como veremos adiante);

o Apostilas em PDF completam o

Reformular os Vídeos (proposta adiante);

O conteúdo em PDF é mantido (redesenhado);

NOVO - uma versão on-line, com:

o Design. Ilustrações (otimizáveis para uso em vários suportes);

o Navegabilidade controlada pelo aluno;

o Recurso de hiperlinks para páginas externas, de aprofundamento do

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material de estudo e materiais de apoio, sem qualquer tipo de interação possível do aluno com o material.

Material carece de revisões e diagramação (ilustrações);

Faltam um programa mais amplo de exercícios de apoio.

Há possibilidades de melhoria na tutoria virtual;

P.S. Em 2010 iniciou-se o uso de provas realizáveis on-line.

conceito, etc... Esse recurso será particularmente útil em “laços” com o VIM, portarias e outros conteúdos do repositório;

o Ilustração e Animações pontuais, aproveitando recursos de ilustração;

o Fortalecimento de uma base de exercícios simulados on-line;

Suporte de tutoria na resolução de exercícios melhorado (estudar tutoria síncrona via Connect);

Implantação gradual:

o Revisão do conteúdo: dezembro 2010

o Design e projeto gráfico: dezembro 2010

o Conclusão da base de conteúdos: até Maio de 2011.

o Atualização e hiperlinks: até Dezembro de 2011.

6.3.4. Aulas Gravadas em Vídeo (Reestruturado)

Com a difusão de redes de alta velocidade, o uso de vídeos tem se torna

do cada vez mais comum na educação à distância. No âmbito do ensino

científico e/ou técnico esse uso pode ser ainda mais importante, na medida em

que pode incorporar simulações de fenômenos, reproduzir situações cotidianas e

processos laboratoriais, com todos os recursos que essa tecnologia permite:

aceleração/desaceleração de imagem; combinação de áudio e vídeo em

movimento, ponto de vista aproximado ou visão de contexto, entre outros,

constituindo uma tecnologia poderosa de ilustração.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA Todo conteúdo do Curso está

estruturado sob a forma de vídeo-aulas. Nelas, percebemos que:

o Tendem a manter uma proposta pedagógica tradicional, de repasse de informações e conteúdo;

o A linguagem tende ao formalismo, amparada sob conceitos VIM;

o Tendem a ser longos e enfadonhos;

o Não apresentam recursos de interação;

o São construídos para serem vistos de forma linear, contínua e integral;

o Não permitem aproveitamento em outras demandas de formação do Cicma;

o Pode-se ampliar o uso de imagens, animações e simulações com o efeito de ilustração;

Reestruturar gradualmente o conteúdo do curso em vídeo de forma que:

o Tenha uma estrutura temporal sob blocos e unidades intercambiáveis, com as seguintes características:

Blocos – Cada bloco é modelado sob um objetivo de aprendizagem.

Blocos (de vídeo) mais breves (15-20 min), agrupando vários “Drops”;

• Drops – são micro-unidades de informação (3-5 min), objetivas, diretas, independentes em si mesmas, que possam funcionar como objetos de informação isolados (repositório);

• Cada micro-unidade de vídeo pode ser seguida de uma tela interativa com questões de múltipla escolha (estilo Quiz) a fim de manter o interesse em um processo de interação constante (Connect Presenter);

• Os vídeos instrucionais passam a evitar o formato de “professor explicando”, em favor de uma linguagem que agrega recursos de imagens ilustrativas;

• Preferência por base em áudio direta e condensada, coberta com cenas, imagens, animações e simulações.

• Abordagens mais interessantes do conteúdo. Se possível, combinadas com as qualidades emotivas permitidas pelo de vídeo e áudio;

• Se possível, utilizar linguagem menos formal, com texto laico para elucidar o VIM;

Blocos estruturados para serem assistidos de forma linear, mas um menu interativo (Adobe Captivate) permite ver os drops individuais, rever, parar, retomar, etc.

O enxugamento e objetivação do tempo dedicado ao vídeo é aproveitado em atividades interativas;

Page 42: Reestrutura Curso Metrologia Ok

42

Cada bloco deve ser concluído com uma atividade interativa (exercício, quiz, fórum, chat, etc...)

A forma de validação de materiais deve ser reavaliada para minimizar os erros.

Implantação gradual:

o Bloco-Piloto (avaliação/ testes usabilidade): Dezembro 2010

o Revisão do conteúdo: julho 2011

o Design e projeto gráfico: julho 2011

o Conclusão dos vídeos até dezembro de 2011.

Integração com repositório (hiperlinks). Março 2012.

6.3.5. Repositórios de Apoio e Hiperlinks (Recurso Novo)

É natural que o Curso de Capacitação de Agentes Metrológicos seja um

campo limitado para suprir todo o conhecimento necessário para uma formação

continuada dos agentes metrológicos, servidores do Inmetro e/ou órgãos

delegados. É preciso pensar o escopo do curso como uma base, expansível com

outros conteúdos de apoio. Há várias possibilidades de materiais que podem ser

desenvolvidos como objetos de aprendizagem (ou mesmo como documentos de

referência), organizáveis em repositórios on-line, para consulta em paralelo à

formação básica proporcionada pelo curso, dentre elas:

• O VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia.

• O ISO GUM – Ou Guia para a Expressão da Incerteza da medição (Guide

to the Expression of Uncertainty in Measurement), pela sua

importância na metrologia de maneira geral.

• As regulamentações de metrologia legal, em especial as normas26 e

procedimentos de fiscalização/verificação com uso mais freqüentes.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA Não há repositórios de apoio

substanciais, relacionados ao curso;

O conteúdo do curso não se conecta com nenhuma base externa de conhecimento, recurso de ilustração, ou base de simuladores externos;

Não existem simuladores desenvolvidos ou indexados a partir do conteúdo do curso.

Ao rever a estrutura de conteúdo, favorecer as conexões com bases de conhecimento adicionais, complementares;

Os conteúdos adicionais, diretamente relacionados com a metrologia, que não existam fontes de consulta confiáveis em repositórios on-line, devem-se produzidos e disponibilizados em paralelo (exemplo VIM, ISO-GUM):

Implantação gradual:

o Revisão do conteúdo: julho 2011

o Produção de novos repositórios: gradual, até março 2013.

o Link com a estrutura do curso: gradual, até março 2013.

26 RTM - Regulamentos Técnicos Metrológicos.

Page 43: Reestrutura Curso Metrologia Ok

43

6.3.6. Professores-conteúdistas e Tutores (Reestruturado)

O quadro de pessoal dedicado à formação à distância é tão vital ao

processo de formação quanto o é em atividades presenciais. O fato de ser à

distância gera novas formas de apoio, o entendimento de sua especificidade

deve ser a tônica de um processo que permita apoiar constantemente os alunos

ao longo do curso.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA O acúmulo de atribuições do atual quadro de

professores27 dificulta o atendimento das demandas do curso, na produção do material-base das disciplinas e no suporte aos questionamentos dos alunos. Esse fato inibe a opção por um modelo onde a interação seja mais contínua e efetiva;

Há pouca exploração de recursos de interação no AVA para a melhoria do processo de aprendizagem.

As demandas sobre dúvidas quanto ao conteúdo dos alunos são atendidas por tutores não especialistas;

As atividades práticas são presenciais, orientadas por tutores locais a partir de vídeos de apoio.

Em muitos estados há dificuldade de criar um quadro de tutores com domínio pleno dessas atividades, que garanta qualidade e uniformidade nessa formação;

Definir formas de garantir um acompanhamento mais efetivo dos professores ao curso, disponibilizando condições para atendimento das demandas dos alunos;

De forma complementar e/ou alternativa, manter ao menos dois especialistas (um para os módulos de metrologia legal e um para o módulo de metrologia legal) acompanhando o processo de formação com tempo dedicado ao curso, complementando o trabalho realizado pelos tutores não especialistas;

Incrementar as dinâmicas de interação no ambiente virtual, a partir dessas melhorias, dando particular atenção ao estímulo da participação dos alunos no processo e na efetiva apresentação de retorno à sua interação;

Incrementar tecnologias de videoconferência síncrona, como forma de acompanhar/apoiar a ação dos tutores locais nas atividades práticas;

Cronograma:

o Reforço do Quadro Docente: setembro 2010;

o Melhoria das atividades de interação: contínua, a partir de dezembro de 2010;

o Implementação de estrutura assíncrona: julho 2011.

6.3.7. Simuladores (Recurso Novo)

Esse é um recurso tecnológico particularmente interessante em se

tratando de processos de formação científica, já que o uso de simuladores

poderia reproduzir virtualmente situações que permite “experimentar” os

efeitos de um determinado procedimento, sem que a situação real esteja de

fato ocorrendo.

É um campo de desenvolvimento novo para a capacitação metrológica, e

que exige um processo longo e complexo para viabilização. No Cicma há projetos

27 Todos desempenham atividades em outras diretorias do Inmetro, como a DIMEL (nas

aulas com conteúdos técnico-científicos).

Page 44: Reestrutura Curso Metrologia Ok

44

para exploração do recurso, mas ainda em fase embrionária, conceitual. Por isso

optou-se pela sua simples citação, supondo de que devam ser recursos

integrados gradualmente aos processos de formação on-line, na medida em que

oferecerem resultados efetivos na construção de objetos de aprendizagem.

6.3.8. Recursos de Interação Assíncronos (Reestruturado)

O ambiente Moodle fornece várias ferramentas de interação, como fóruns,

mensagens e chats. Mas as reais possibilidades dessas ferramentas ficam

evidentes quando inseridos em uma lógica de DI favorável.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA Há uma única área de mensagens (fórum) no Moodle

do Curso.

Nessa área se concentra a postagem de mensagens do ambiente, das dúvidas às notícias do curso;

As provocações para participação em debates no fórum são tímidas, e seus resultados pouco expressivos;

As poucas mensagens pertinentes ao conteúdo, quando apresentadas nos fóruns, tem um tempo de resposta alto. Raras recebem contribuições de colegas, como seria de se esperar de ambientes colaborativos;

Separar os fóruns por unidade (módulo/aula), aproximando-o do conteúdo;

Uso mais efetivo das discussões como parte do processo pedagógico, (incluindo-o na avaliação dos alunos);

Otimizar o tempo de resposta atual, com a adição de um tempo mais efetivo dos professores-conteúdistas, tutores especialistas, além dos tutores atuais;

Buscar papel mais ativo dos alunos no processo colaborativo, lançando bases para um “estar junto virtual”;

o Revisão do papel dos fóruns: dezembro 2010;

o Ajustes no AVA: dezembro 2010;

6.3.9. Recursos de Videoconferência Síncronos (Recurso novo)

Hoje a videoconferência, apesar de ser um recurso disponível, não é

utilizado. Considerando as características/demandas educacionais e

possibilidades de interação para Ead, o uso de videoconferência parece o mais

promissor para o Curso de Formação de Agentes Metrológicos. A previsão é de

utilizar em vários perfis/demandas de uso:

• Nos processos de formação de pré-requisitos, dando vazão ao entendimento

de conteúdos vitais ao processo de formação;

• No apoio à capacitação dos processos práticos, particularmente nos exames

de instrumentos metrológicos. O objetivo é de minimizar as dificuldades de

estabelecer especialistas em todos os órgãos delegados;

Page 45: Reestrutura Curso Metrologia Ok

45

• No suporte às disciplinas, particularmente no atendimento de dificuldades de

aprendizagem pontuais, reforço ou recuperação de conteúdos;

• No incremento das discussões ao longo da formação, aproveitando as

possibilidades de interação com áudio e vídeo em tempo real,

particularmente nas discussões sobre os rumos da metrologia e suas

abordagens;

• Na articulação de eventos paralelos/ complementares ao programa do curso,

articulados com demandas do Inmetro e seus órgãos delegados

6.3.10. Formação Continuada (Recurso Novo)

Hoje não existem objetos de aprendizagem e/ou ambientes acessíveis que

permitam o desenvolvimento de ações de formação continuada, que podem ser

vitais à capacitação dos agentes metrológicos em atuação em todo o país. A

criação de materiais modulados, tal como proposta, pode cumprir essa função,

desde que articulada com outros recursos, dentre eles:

• Ambientes virtuais acessíveis a todos servidores do Inmetro e dos órgãos

delegados (potencializam o uso dos repositórios on-line);

• Criação de comunidades virtuais de debate técnico, favorecendo a troca de

informações dos especialistas das mais diversas áreas do Inmetro com os

agentes em atuação nos órgãos delegados. Essa proposta acentua processos

de mão dupla, ou seja, na mesma medida em que favorece o deslocamento

de informações dos especialistas para os agentes metrológicos (base da

cadeia de controle) mantém os primeiros conectados com a aplicabilidade

dos regulamentos que desenvolvem;

• Elaboração de objetos de aprendizagem combinados com materiais

periódicos, em parceria com a Diretoria de Comunicação, para acelerar a

difusão de novos regulamentos técnicos e procedimentos na área da

metrologia.

Page 46: Reestrutura Curso Metrologia Ok

46

7. MATRIZ DE DESIGN INSTRUCIONAL

O Curso de Formação de Agentes metrológicos tem duração equivalente a

200 horas/aula (h/a), em dois módulos básicos com a seguinte composição:

Módulos Carga Horária

Metrologia Básica 60 h/a

Metrologia Legal 140 h/a

Total 200 h/a

A essa estrutura básica foi somada uma atividade extra, de ambientação

do aluno e experimentação das tecnologias envolvidas, como não compõem o

quadro de conteúdos ora previsto no processo de formação existente, recebeu o

nome de Unidade 0.

7.1. Unidade 0: Recursos e Atividades Virtuais.

Conteúdo: Apresentação do curso e seus recursos on-line. Atividades de

integração. Avaliação diagnóstica.

Descrição: Apresentação. Atividades dirigidas de exploração dos recursos

do ambiente com fórum onde são sondadas as expectativas dos alunos com

relação ao curso, perfil profissional e de formação, etc; Chats simulados com

propostas de discussão; Interações síncronas por videoconferência, para grupos

de interessem em horários determinados. Realização de avaliação diagnóstica

(encaminhamento de alunos com dificuldades em conteúdos vitais para revisão

de nivelamento).

Objetivos: Ambientação com o curso e com os recursos do ambiente,

tanto nas possibilidades assíncronas quanto síncrona. Realizar avaliação

diagnóstica para ambientar os alunos com a sistemática de avaliação on-line e

levantar as eventuais necessidades de reforço de “nivelamento”.

Page 47: Reestrutura Curso Metrologia Ok

47

Figura 10 - Estrutura básica do Módulo Introdutório

Atividades Extracurriculares

Ao pensar em um processo de formação “conectado” às transformações

em na Metrologia, é preciso manter um olhar atento às oportunidades de

integrar o Curso de Formação de Agentes Metrológicos às discussões e eventos

pertinentes. Essa proposta de conteúdo já se alinha nessa direção, no entanto, é

possível expandi-la integrando o curso a atividades adicionais, extracurriculares.

A recente discussão na CORED sobre as Novas Abordagens Metrológicas na União

Européia, por exemplo, sugerem que há espaço para a realização de um debate

via teleconferência, integrando os órgãos delegados e com acesso permitido aos

alunos do curso.

7.2. MÓDULO I – Metrologia Básica

O módulo de Metrologia básica foi definido como uma etapa preliminar à

formação de Metrologia Legal, com objetivo possibilitar uma visão da

importância e dos fundamentos científicos da metrologia. Nessa proposta

procurou-se realinhar o modelo para, mais do que reafirmar certezas, ter uma

Page 48: Reestrutura Curso Metrologia Ok

48

visão de possibilidades da metrologia, com vistas à formação de um agente

atento a um ambiente em transformação.

Em linhas gerais, o módulo se estrutura da seguinte forma:

Subunidade Carga horária

1. Grandezas e Unidades 20 h/a

2. Medição 20 h/a

3. Metrologia Aplicada 20 h/a

Total 60 h/a

Aula 1 - História da metrologia (realinhado).

Conteúdo: Importância da metrologia e a sua evolução. Novas

abordagens, conteúdo complementar (adicional): Importância da metrologia no

cotidiano (qual o seu alcance, onde falta metrologia?). Metrologia versus

desenvolvimento tecnológico. Novas abordagens da Metrologia Mundial; O futuro

da metrologia.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos da história

da metrologia (10 drops de 3-4 min), ênfase na ilustração. Vídeos (novos) sobre

as abordagens adicionais (4 drops de 3-4 min). Encaminhamento de fóruns com

discussões sobre o papel da metrologia na sociedade atual, os problemas da

regulamentação versus velocidade do mercado, os rumos da metrologia no

mundo, novas abordagens e novas tecnologias. Recursos de apresentação de

trabalhos em grupo pode ser considerados nessas discussões.

Objetivos: Traçar um histórico da metrologia. Desenvolver a percepção do

papel da metrologia na sociedade moderna. Dimensionar a importância e

limitações em um mercado com transformações rápidas e com tecnologias

especializadas, muito recentes, traçando ao aluno um painel mais amplo dos

desafios que deve encontrar no cotidiano e no futuro. Introduzir a dinâmica de

discussões como parte do processo de formação.

Fóruns: Tira dúvidas da unidade e Fórum de Debate, com ênfase na

discussão sobre o futuro do controle metrológico.

Page 49: Reestrutura Curso Metrologia Ok

49

Figura 11 – Aula 1 – História da Metrologia

Aula 2 - Conceitos de Grandezas e Unidades.

Conteúdo: Vocabulário de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia

(VIM). Definição de Garantia Metrológica e Qualidades Metrológicas de uma

Cadeia de Medição. Rastreabilidade. Calibração e Controle. Cadeias de

Calibração. Verificação. Erros de Medição e Cálculo de Erro. Conceito de

Incerteza de Medição. Importância e Determinação da Incerteza de Medição

através de Exemplos. Princípios de Mecânica dos Sólidos, Líquidos, Gases.

Termodinâmica. Eletricidade. Acústica. Outros Aplicáveis à Metrologia Legal.

Conceituação de Calibração e Verificação e suas Principais Diferenças. Erro

Máximo Admissível.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos sobre

conceitos de grandezas e unidades (7 drops de 3-4 min), ênfase na ilustração,

com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de

fixação (quis, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo. Fóruns para tirar dúvidas

sobre os conceitos apresentados.

Page 50: Reestrutura Curso Metrologia Ok

50

Objetivos: Além do domínio dos principais conceitos da metrologia, é

sugerido fazer uma reflexão sobre o VIM e sua aplicação nos aspectos mais

formais da prática metrológica. (Link com repositório adicional do VIM).

Fóruns: Fórum Tira dúvidas da unidade

Figura 12 – Aula 2 – Grandezas e Unidades

Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica.

Conteúdo: 1. Força: Força e aceleração; Aceleração e velocidade. 2.

Trabalho e energia. 3. Pressão 4. Som.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de

Grandezas Físicas na Mecânica Clássica (8 a 10 drops de 2-4 min), ênfase na

ilustração, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-

line de fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Fórum: Tira dúvidas da unidade

Figura 13 - Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica.

Page 51: Reestrutura Curso Metrologia Ok

51

Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade.

Conteúdo: 1. Temperatura, Dilatação 2. Eletricidade 3. Resistência 4.

Diferença de potencial 5. Circuitos elétricos.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de

Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade (8 a 10 drops de 2-4 min),

ênfase na ilustração, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos.

Exercícios on-line de fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Fórum: Tira dúvidas da unidade

Figura 14 – Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade.

Fórum de fim de módulo: Conceitos precisos, práticas adequadas?

Discute os aspectos mais importantes dos conceitos e das grandezas físicas, além

dos erros mais comuns na sua aplicação. Estimulam-se os alunos a contar casos

conhecidos, ou evidenciar flagrantes através de fotos, onde há evidentes

problemas no uso dos conceitos grandezas e unidades e sua conversão. Serve

como atividade de fixação, entendimento dos conceitos e sua aplicabilidade

cotidiana.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo

com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a

nota mínima;

Page 52: Reestrutura Curso Metrologia Ok

52

7.3. MÓDULO 2 – Metrologia Básica – Medição

Aula 1 - Sistemas de Medição.

Conteúdo: 1. Medições. Método de Medição. Amostra. Condições

Ambientais. Equipamento. Rastreabilidade. Operador. 2. Atividades de medição

Verificação. Calibração

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de

Sistemas de Medição (7 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração, com o uso de

Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação (Quiz, de

múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Figura 15 – Módulo II / Aula 1 – Sistemas de Medição.

Repositório (Adidional): VIM.

Fórum: Tira dúvidas da unidade

Aula 2 - Instrumentos de Medição.

Conteúdo: 1. Parâmetros característicos dos sistemas de medição. Faixa

de indicação. Exatidão de um instrumento de medição. Repetitividade (precisão)

Reprodutibilidade. Faixa de medição. Valor de uma divisão. Incremento digital.

Resolução. Sensibilidade. Padrões de medida.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de

Instrumentos de Medição (10 a 12 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração, com o

Page 53: Reestrutura Curso Metrologia Ok

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uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação

(Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Figura 16 – Módulo II / Aula 2 – Instrumentos de Medição.

Repositório (Adicional): VIM.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Aula 3 - Erros de Medição.

Conteúdo: 1. Calibração. 2. Erros de medição: Erro sistemático. Erro

aleatório. 3. Expressão dos erros: Erro sistemático, Erro aleatório. Erro de

histerese. Erro fiducial. Erro máximo admissível.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos

de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de

Medição (7 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração, com o uso de Quiz

interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação (Quiz, de

múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Repositório (Adicional): Vídeos e Apostilas. Algarismos Significativos.

Conversão de Unidades com Potência de 10. Arredondamento. ISO GUM.

Glossário.

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Figura 17 – Módulo II / Aula 3 – Erros de Medição.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Aula 4 – Incerteza da Medição.

Conteúdo: 1. Definições Conceitos Básicos: Medição. Erros, efeitos e

correções. 2. Incerteza da medição. Principais Fontes de Incerteza. Avaliação da

Incerteza Padrão. Como expressar o resultado das medidas.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

Incerteza na Medição (7 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração dos conceitos,

com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de

fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Repositório (Adicional): Vídeos e Apostilas. Algarismos Significativos.

Conversão de Unidades com Potência de 10. Arredondamento. ISO GUM.

Glossário.

Figura 18 – Módulo II / Aula 4 – Incerteza da Medição.

Page 55: Reestrutura Curso Metrologia Ok

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Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Fórum: Debate: Medição e fatores de Erros.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo

com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a

nota mínima;

7.4. MÓDULO 3 – Metrologia Básica – Metrologia Aplicada

Aula 1 – Planilhas Eletrônicas.

Conteúdo: 1. Aplicação de planilhas eletrônicas na metrologia.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, e com vídeos

de apoio produzidos com CAMTASIA sobre planilhas eletrônicas (5 drops de 3-4

min), ênfase na ilustração dos conceitos, com o uso de Quiz interativos

intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação (Quiz, de múltipla escolha)

ao fim do conteúdo, e atividades práticas dirigidas com o envio de arquivos para

o docente do curso.

Figura 19 – Módulo III / Aula 1 – Planilhas Eletrônicas.

Repositório (Adidional): Vídeocast de planilha eletrônica (Camtasia).

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Aula 2 – Aplicações Práticas.

Conteúdo: 1. Medidas de Comprimento. 2. Aceleração da Gravidade. 3.

Lei de resfriamento. 4. Medidas Elétricas.

Page 56: Reestrutura Curso Metrologia Ok

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Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre a aplicação prática em diversos tipos de medição (8 drops de 2-4

min), ênfase na ilustração dos conceitos, com o uso de Quiz interativos

intercalados aos vídeos. As atividades práticas são realizadas com o apoio dos

tutores locais, em grupos onde persistirem problemas de aprendizado será

estudada a viabilidade de apoio do grupo com o uso de ferramentas de

videoconferência.

Figura 20 – Módulo III / Aula 2 – Aplicações Práticas.

Exercícios on-line de fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do

conteúdo.

Repositório (Adicional): Regulamentações associados à aplicação prática

para comprimento, medidas elétricas, temperatura e massa.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo

com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a

nota mínima;

7.5. MÓDULO 4 - Metrologia Legal – Fundamentos

Aula 1 – Conceitos técnicos, legais e administrativos da Metrologia

Legal.

Conteúdo: 1. Sistema Metrológico Brasileiro. Características da Metrologia

Legal no Brasil. Infra-estrutura legal. Competência do Inmetro. Poder de polícia

Page 57: Reestrutura Curso Metrologia Ok

57

administrativa. Delegação das atividades de metrologia legal. 2. Infra-Estrutura

Técnica e Administrativa.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre a aplicação prática em diversos tipos de medição (7 drops de 4-5

min), ênfase na ilustração dos conceitos, com o uso de Quiz interativos

intercalados aos vídeos. Ao fim do módulo será disponibilizado material de

consulta e vídeos (estilo mesa redonda com 4 debatedores, duração de 30-45

min) para posterior debate em fórum que levantam discussões sobre o real papel

do Inmetro e órgãos delegados, efetividade do caráter meramente fiscalizador,

diferenças entre verificação x fiscalização e novas possibilidades de

terceirização das “atividades materiais acessórias”.

Figura 21 – Módulo IV / Aula 1 – Conceitos Técnicos, Legais e Administrativos.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Fórum de Debates: Controle ou Parceria? Qual o papel social dos agentes

metrológicos?

Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal.

Conteúdo: 1. Equipe Metrológica. 2. Documentos Utilizados. 3.

Comportamento Ético e Profissional. 4. Atividades de Metrologia Legal. 5.

Aplicação das Marcas de Verificação. 6. Auditorias Técnicas.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre o cotidiano operacional das equipes metrológicas (6 drops de 2-4

Page 58: Reestrutura Curso Metrologia Ok

58

min), ênfase na ilustração do comportamento das equipes em situações de

campo, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos.

Figura 22 – Módulo IV / Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal.

Fórum de debates: Aspectos mais importantes no comportamento da

equipe metrológica. (Discussão sobre aspectos da prática de campo)

Fórum Final do Módulo: Debate: Metrologia Legal, limites e

aplicabilidades.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo

com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a

nota mínima;

7.6. MÓDULO 5 – Parte II - Metrologia Legal – Verificação/Ensaios

de Instrumentos de Medição e Medidas Materializadas

Aula 1 – Medição de Comprimento e Força - Verificação de Taxímetros.

Conteúdo: 1. Importância. Histórico e atribuições. Definições

Fundamentais. Taxímetro: Funcionamento. O Cronotacógrafo. 2. Características

Técnicas e Metrológicas dos Taxímetros. 4. O Controle Legal. 5. Verificação

Inicial. 6. Verificação Periódica. 7. Verificação Após Reparos. 8. Inspeção

Metrológica

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre a verificação dos instrumentos Taxímetros e Cronotacógrafos (10

Page 59: Reestrutura Curso Metrologia Ok

59

drops de 2-4 min), ênfase na ilustração dos procedimentos de verificação,

preenchimento de formulários e cálculos, com o uso de Quiz interativos

intercalados aos vídeos. Os vídeos devem ser vistos em conjunto com os tutores

locais, e depois deve ser realizada atividade prática com os alunos, em

condições reais de verificação.

Figura 23 – Módulo V / Aula 1 – Taxímetros.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Da teoria à

prática, o que muda?

Aula 2 – Medição de Fluidos - Verificação de Bombas Medidoras de

combustível líquido.

Conteúdo: 1. Objetivo e campo de aplicação. 2. Definições 3.

Classificação das bombas medidoras. 4. Limites de utilização. 5. Construção. 6.

Inscrições obrigatórias 7. Aprovação de modelo. 8. Exame inicial. 9. Aferições

periódicas. 10. Aferições eventuais. 11. Tolerâncias admissíveis. 12. Selagem.

13. Condições de utilização. 14. Disposições gerais

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre a verificação de Bombas Medidoras (10 drops de 2-4 min), ênfase na

ilustração dos procedimentos de verificação, preenchimento de formulários e

cálculos, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Os vídeos devem

ser vistos em conjunto com os tutores locais, e depois deve ser realizada

atividade prática com os alunos, em condições reais de verificação, em grupos

onde persistirem problemas de aprendizado será estudada a viabilidade de apoio

do grupo com o uso de ferramentas de videoconferência.

Page 60: Reestrutura Curso Metrologia Ok

60

Figura 24 – Módulo V / Aula 2 – Bombas.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Da teoria à

prática, quais são as maiores dificuldades para verificação de bombas

medidoras?

Aula 3 – Verificação de Instrumentos de Medição e Medidas

Materializadas - Medição de Massa.

Conteúdo: Introdução. Documentação pertinente. Definições. Requisitos

referentes à IPNA. Tipos de instrumentos (236/94). Tipos de equilíbrio.

Prescrições metrológicas. Erro máximo admissível (ema). Informações em

portarias de aprovação de modelo. Documentos, equipamentos e materiais

Condições gerais de verificação. Ensaios de Desempenho: IPNA classe III e IIII.

Ensaios em vários tipos de instrumentos de pesagem : 1 – Exatidão do dispositivo

de retorno a zero 2 – Pesagem 3 – Excentricidade 4 – Mobilidade 5 – Fidelidade 6 –

Exatidão do dispositivo de tara 7 – Pesagem com tara 8 – Estabilidade de

equilíbrio

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre a verificação de IPNA (Balanças) (10 drops de 2-4 min), ênfase na

ilustração dos procedimentos de verificação, preenchimento de formulários e

cálculos, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Os vídeos devem

ser vistos em conjunto com os tutores locais, e depois deve ser realizada

atividade prática com os alunos, com balanças instaladas no próprio telecentro,

em grupos onde persistirem problemas de aprendizado será estudada a

viabilidade de apoio do grupo com o uso de ferramentas de videoconferência.

Page 61: Reestrutura Curso Metrologia Ok

61

Figura 25 – Módulo V / Aula 3 – IPNA.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Da teoria à

prática, qual a importância social do controle sobre balanças comerciais e da

saúde?

Aula 4 – Controle Quantitativo de Produtos Pré-Medidos.

Conteúdo: Introdução. 2. Conceitos e operações matemáticas aplicadas

aos pré – medidos. Média aritmética. Desvio padrão. Erro. Algarismo

significativo. Arredondamento. Massa específica. 3. Tipos de exames aplicados

no controle de pré-medidos. Pré-exame. Coleta. Exame formal. Exame

quantitativo. Medidas de Comprimento. Número de Unidades.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de

apoio sobre a verificação de Produtos Pré-medidos (10 drops de 2-4 min), ênfase

na ilustração dos procedimentos de verificação, preenchimento de formulários e

cálculos, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Os vídeos devem

ser vistos em conjunto com os tutores locais, e depois deve ser realizada

atividade prática com os alunos, de preferência nos laboratórios de pré-medidos

do órgão delegado, em grupos onde persistirem problemas de aprendizado será

estudada a viabilidade de apoio do grupo com o uso de ferramentas de

videoconferência.

Page 62: Reestrutura Curso Metrologia Ok

62

Figura 26 – Módulo V / Aula 4 – Pré-Medidas.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Qual o impacto do

controle de pré-medidos na sociedade moderna?

Page 63: Reestrutura Curso Metrologia Ok

63

8. CRONOGRAMA

8.1. Cronograma de Atividades para 2010

O restante do ano de 2010 é considerado base para arredondamento do

planejamento e reflexões sobre o perfil do curso, do corpo docente, objetivos e

limites e possibilidades da tecnologia e infraestrutura. Ao mesmo tempo,

propõe-se uma adequação do atual quadro de pessoal.

2010 Atividade JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Avaliação de recursos e DI

Reforço de Corpo Docente

Revisão de Conteúdos - Novo Modelo Elaboração de Base de Conteúdos

Criação de Conteúdo ON-LINE Melhoria dos Recursos de Interação Web-Design / Implementação Atualização e Hiperlinks

Vídeo - Elaboração de Piloto Revisão de conteúdos Elaboração dos Vídeos Curso Integração com Repositório

Novo Projeto Gráfico

Elaboração de novos materiais Atualização

Programa de Formação continuada Programa de Formação Preliminar - Nivelamento Programa de Atividades Extra-curriculares Elaboração de Repositórios de Apoio

Links com o Curso atual Teleconferências e Recursos Síncronos

Infraestrutura e Rede Desenvolvimento de Sistemas/Servidores Atividades Simuladas / Integração ao Curso

Simuladores - Projeto e Experimentos Elaboração de Núcleo Básico Expansão de Base de Objetos

Page 64: Reestrutura Curso Metrologia Ok

64

8.2. Cronograma de Atividades para 2011

2011 é o ano em que se afirmam as principais transformações no que diz

respeito ao conteúdo do curso, que passa por um realinhamento. É também ano

em que são realizados os primeiros materiais sob novo principio de interação,

permitindo avaliação prévia dos formatos propostos.

2011 Atividade JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Avaliação de recursos e DI

Reforço de Corpo Docente

Revisão de Conteúdos - Novo Modelo Elaboração de Base de Conteúdos

Criação de Conteúdo ON-LINE Melhoria dos Recursos de Interação Web-Design / Implementação Atualização e Hiperlinks

Vídeo - Elaboração de Piloto Revisão de conteúdos Elaboração dos Vídeos Curso Integração com Repositório

Novo Projeto Gráfico

Elaboração de novos materiais Atualização

Programa de Formação continuada Programa de Formação Preliminar - Nivelamento Programa de Atividades Extra-curriculares Elaboração de Repositórios de Apoio

Links com o Curso atual Teleconferências e Recursos Síncronos

Infraestrutura e Rede Desenvolvimento de Sistemas/Servidores Atividades Simuladas / Integração ao Curso

Simuladores - Projeto e Experimentos Elaboração de Núcleo Básico Expansão de Base de Objetos

Page 65: Reestrutura Curso Metrologia Ok

65

8.3. Cronograma de Atividades para 2012

2012 é o ano em que maior parte dos conteúdos já está consolidado no

novo formato do curso, e é quando está previsto o avanço mais substancial em

tecnologias de difícil implementação e nos repositórios adicionais.

2012 Atividade JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Avaliação de recursos e DI

Reforço de Corpo Docente

Revisão de Conteúdos - Novo Modelo Elaboração de Base de Conteúdos

Criação de Conteúdo ON-LINE Melhoria dos Recursos de Interação Web-Design / Implementação Atualização e Hiperlinks

Vídeo - Elaboração de Piloto Revisão de conteúdos Elaboração dos Vídeos Curso Integração com Repositório

Novo Projeto Gráfico

Elaboração de novos materiais Atualização

Programa de Formação continuada Programa de Formação Preliminar - Nivelamento Programa de Atividades Extra-curriculares Elaboração de Repositórios de Apoio

Links com o Curso atual Teleconferências e Recursos Síncronos

Infraestrutura e Rede Desenvolvimento de Sistemas/Servidores Atividades Simuladas / Integração ao Curso

Simuladores - Projeto e Experimentos Elaboração de Núcleo Básico Expansão de Base de Objetos

Page 66: Reestrutura Curso Metrologia Ok

66

9. RECURSOS

A atual proposta altera pouco o volume de recursos já disponibilizados

pelo Inmetro para seus programas de capacitação. De fato, muitas das atuais

propostas refletem a gradual adição de recursos novos, que tornam-se

disponíveis ao longo dos anos de 2010 e 2011. A ênfase é então a de melhorar o

aproveitamento dos recursos já locados e/ou prever como os recursos novos

possam ser melhor aproveitados.

9.1 Recursos Humanos

9.1.1. Profissionais Envolvidos

O desenvolvimento das atividades do Centro de Capacitação já conta com

um quadro de profissionais envolvidos diretamente na condução do setor, na

realização dos cursos de formação metrológica à distância; no suporte à

expansão da difusão da metrologia no setor industrial, em eventos e nas redes

de ensino técnico e superior; e na produção de materiais instrucionais

relacionados com as demandas de formação e difusão tecnológica da autarquia.

Ou seja, é uma equipe que se divide entre várias atribuições, dentre elas, o

Curso de Formação de Agentes Metrológicos.

É um quadro de pessoal que combina um quadro fixo de servidores

federais (em expansão) e profissionais terceirizados, contratado sob demanda

pela autarquia.

A eles foram adicionados alguns perfis de profissionais especializados em

TI e comunicação para avançar no desenvolvimento das ferramentas e recursos

desejados. Em linhas gerais, o quadro deve ser composto pelos seguintes

profissionais com suas respectivas atribuições28:

28 Muitas destas atribuições podem ser divididas, acumuladas, ou distribuídas entre vários

profissionais conforme o demanda do curso, disponibilidade e expansão de demandas em outros projetos do CICMA;

Page 67: Reestrutura Curso Metrologia Ok

67

• 1 Coordenação Geral (já existente). Responsável pela administração da área,

recursos e gestão da equipe, definição de política pedagógica e filosofia de

trabalho, aprovação final dos formatos-piloto e suas aplicações;

• 1 Coordenação de curso (já existente). Responsável pela administração e

gestão do curso, incluindo: calendários, políticas de curso, articulação com

os órgãos delegados, e gestão do Projeto Pedagógico;

• 1 Coordenação de conteúdo (já existente): Coordena os professores/tutores

das disciplinas e equipe multidisciplinar na elaboração do material didático

do curso, avalia material multimídia produzido, valida materiais multimídia

do curso.

• 2 Designers instrucionais (já existentes) ;

• 1 Coordenação de tecnologias (já existente);

• 8 professores especialistas, conteudistas/tutores (já existentes);

• 2 Tutores/assistentes de conteúdo (já existentes). Mediador e orientador das

atividades previstas na disciplina e acompanhamento do desenvolvimento de

cada aluno no uso dos recursos e instrumentos do Ambiente (Moodle).

• 25 tutores locais, nos órgãos delegados (já existentes);

• 25 facilitadores locais, nos órgãos delegados (já existentes);

• 70 operadores/suporte multimídia local, nos telecentros (a definir).

Responsável pela operação e manutenções nos telecentros distribuídos pelo

país. Auxiliam os tutores, facilitadores e alunos no uso dos equipamentos de

informática e multimídia nas atividades do curso. É responsável pelo suporte

local às ferramentas síncronas (Connect e IVA);

• 2 Coordenadores de núcleo (já existentes). Gerenciam os grupos de produção

multimídia (impresso, vídeo e virtuais) e estúdios das duas unidades de

produção (Xerém-RJ e Porto Alegre-RS);

• 2 Diretores/produtores de vídeo (já existentes). Dirigem a produção de

materiais em vídeo, áudio e ao vivo nas duas unidades de produção (Xerém-

RJ e Porto Alegre-RS);

Page 68: Reestrutura Curso Metrologia Ok

68

• 3 Editores de vídeo (já existentes). Responsáveis pela edição (montagem) das

produções realizadas em vídeo, áudio e animações e sua preparação para os

repositórios e ambientes virtuais;

• 2 Operadores de suíte (já existentes). Apoio à produção de conteúdo,

especialmente na coordenação de equipe e switch (mesa de corte de vídeo)

realizadas em estúdio e/ou “ao vivo” na operação dos sistemas de broadcast

e suíte de sistemas síncronos;

• 3 Operadores de câmera / Vídeo (já existentes). Operam as câmeras de vídeo

durante as produções e/ou nas operações ao vivo de situações síncronas;

• 2 Auxiliares de produção (já existentes). Suporte à produção de vídeo e áudio

nas produções e operações ao vivo de situações síncronas. Respondem ainda

pela organização de estúdio e materiais de broadcast nas duas unidades

(Xerém-RJ e Porto Alegre-RS);

• 1 Designer/animador (já existente). Realiza Design e animações 2d e 3d para

simulações destinadas à vídeo e se integram a grupo que se dedica à

produção de simuladores virtuais;

• 1 Designer gráfico (a contratar). Responsável pela programação visual dos

materiais produzidos pelo setor. Realiza a edição e finalização dos tutoriais e

impressos (incluindo PDFs) destinados ao curso;

• 1 Web Designer (a contratar). Responsável pela criação e desenho do

ambiente do curso, desenvolvendo interface atraente, organizada e com boa

usabilidade. É responsável pelo desenvolvimento das infra-estrutura e

interface das páginas de repositório de apoio, se soma ao grupo que discute e

desenvolve simuladores;

• 1 Suporte de Informática (a definir): Auxilia os tutores e alunos no uso

adequado das ferramentas; cadastra senhas e gerência do site; dá apoio na

manutenção dos recursos de WWW; divisão e organização de grupos, chats e

fóruns, conforme proposta do curso; dá suporte às operação e uso de

ferramentas síncronas (connect e IVA).

Page 69: Reestrutura Curso Metrologia Ok

69

• 1 Secretária de Curso (já existente) Auxilia a direção, coordenação e tutoria

nas atividades administrativas; encaminha registro acadêmico no ambiente

virtual, cadastramento e envio de materiais e certificados, etc.

9.2 Recursos Materiais/Tecnológicos

9.2.1. Ambientes de Trabalho

Os ambientes de trabalho da equipe de administração do curso, núcleo

pedagógico e núcleos de produção do Cicma estão distribuídos em duas unidades

do Inmetro, uma em seu campus de Xerém, no Rio de Janeiro e outra na

Superintendência do Inmetro do Rio Grande do Sul.

Na unidade de Xerém, conta-se com onze salas de trabalho

(desconsiderando-se estúdios, salas de treinamento e auditórios). No prédio nº 6,

anexo ao Auditório, encontra-se três salas que constituem a base da equipe de

produção e uma sala onde se encontra instalada a unidade de comando do

equipamento broadcast. Já no prédio 20, estão instaladas as ilhas de edição,

secretaria/coordenação, mais três ambientes onde se distribuem os profissionais

da área pedagógica e apoio administrativo do Curso.

Na unidade do Rio Grande do Sul, conta-se com três salas de trabalho

(desconsiderando-se estúdios, salas de treinamento e auditórios). Uma única

área de trabalho reúne a base dos profissionais que atuam na unidade, além de

duas salas de comando, numa encontra-se a unidade de comando do

equipamento broadcast e outra reúne as unidades de controle do equipamento

do auditório.

9.2.2. Telecentros

O Inmetro está instalando telecentros distribuídos nas sedes e regionais

dos órgãos delegados (lista em anexo), destinando mobiliário e equipamento

completo para integração à rede de formação do Cicma. É um investimento

substancial que inclui:

Page 70: Reestrutura Curso Metrologia Ok

70

Equipamentos Quantidade • Computadores monitor LCD 17¨para uso de aluno.

Processador de núcleo duplo de 2,3 GHz (Gigahertz); 1200

• Computadores e monitor 22¨ full HD para uso em teleconferência e multimídia. Com núcleo quádruplo (processador Intel i5), 2,5 GHz (+ overclock automático), placas de vídeo dedicada de 1Gbit e três saídas de vídeo, conexão firewire, rede gigabit .

70

• Impressora Laser P&B – A4 300 Dpi 70

• Roteador Wireless – 2,4 Ghz 70

• Nobreak 70

• Televisores LCD - 40¨ Full HD 70

• Home Theather - 300 W RMS 70

• Projetores Multimídia 2400 ANSI Lumens 70

• Tela de Projeção – 120¨ 70

• Câmera de Vídeo – USB 640x480 px, 30 FPS 70

• Microfones sem Fio – Cardióide, 2,4 Ghz 70

As Telesalas podem contar com duas configurações básicas, uma em

formato de mini-auditório; outra com o perfil de telesala com mesas dispostas

em U e computadores disponíveis para uso pelos alunos.

Figura 27 – Projeção das salas remotas com perfil de mini-auditório.

Page 71: Reestrutura Curso Metrologia Ok

71

Figura 28 – Projeção das salas remotas com perfil de telesala.

9.2.3. Estúdios

Nas duas unidades de produção do conteúdo há espaços especialmente

projetados para transmissão e produção de vídeo, com equipamentos com

padrão broadcast29.

Estúdio Porto Alegre – RS

Muito embora possa receber a adição de alguns equipamentos para

adequar aos sistemas de transmissão, é a infra-estrutura que está em estágio de

instalação mais completo, com espaços e equipamentos plenamente funcionais.

A estrutura básica do estúdio do RS contempla iluminação cênica com

controles digitais programáveis, sistema dedicado de refrigeração e

tratamento/isolamento acústico. O ambiente foi organizado para ser usado como

29 Broadcast – referem-se a equipamentos especialmente projetados para uso por

emissoras de televisão e/ou produtoras de vídeo. Ou seja, são equipamentos robustos, com capacidades de operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com alto padrão de qualidade de sinal. No Inmetro utilizaram-se equipamentos de marcas consagradas no meio televisivo, tais como Grass Valley, Thomson, Sony, Kraemer, entre outros.

Page 72: Reestrutura Curso Metrologia Ok

72

“ambiente do professor”, com diversos recursos pedagógicos e interativos à

disposição como:

o Laptops com Sypódium30,

o Câmera de documentos,

o Louza - Quadro branco,

o Monitores de vídeo 42¨ para visualização de apresentações,

animações, vídeos, e/ou o sinal de áudio/vídeo dos alunos em

pontos remotos;

o Ponto Eletrônico, que permite comunicação com a suíte de

controle;

o Teleprompter, que auxilia o professor na leitura de textos prontos;

Na infra-estrutura de broadcast, destaque para:

o Câmeras profissionais com sinal digital SD e apoio de monitores

telepromter, tripés móveis e tally;

o Câmeras Robotizadas (PTZ), com sinal composto;

o Suíte de corte de vídeo profissional, digital, instalada em sala de

controle à parte, que integra diversos sinais do estúdio e do

auditório, de fontes adicionais, servidores de vídeo,

microcomputadores, geradores de caracteres, entre outros;

o Servidores de vídeo M-Series, que substituem as funções de

vídeotapes, com possibilidade de múltiplas gravações e

reproduções simultâneas, incluindo reprodução de playlists de

vídeos prontos e gravação de arquivos digitais, com envio de por

streaming de rede.

o Conversores de sinal, geradores de pulso e analisadores de ondas;

o Gerador de caracteres, para adição de informações e/ou animações

em sinal de vídeo;

30 Permite que o professor desenhe na tela, em sua apresentação por exemplo, e tenha

esse sinal transmitido em tempo real para os alunos.

Page 73: Reestrutura Curso Metrologia Ok

73

o Além de microfones, sistemas de som e outros periféricos comuns

em estúdios de produção;

o Sistemas PET integrados aos ambientes de estúdio e Auditório;

o Computadores para integração aos sistemas de videoconferência;

A essa estrutura se soma, ainda, equipamentos para captação de cenas

em externas, constituindo-se de duas câmeras de perfil pro-consumer, com

câmeras mini-DV (Sony PD-170), além de tripés e outros acessórios para

produção.

Estúdio Xerém – RJ

A segunda unidade de produção, sediada em Xerém-RJ conta com a

mesma base de equipamentos broadcast que a unidade gaúcha, mas atualmente

se integra apenas ao Auditório do Inmetro de Xerém. A instalação do estúdio

está em fase de projeto e deve manter as mesmas características técnicas e de

funcionalidades.

9.2.4. Auditórios

O Inmetro mantém auditórios para eventos presenciais, tanto na sua sede

em Xerém quanto na unidade da Superintendência do Rio Grande do Sul. Na

articulação das infra-estruturas de ensino à distância buscou-se aproximar as

áreas de produção e transmissões a essa estrutura e adequá-las para permitir a

integração dos eventos presenciais aos futuros sistemas de teleconferência em

instalação no Cicma.

Auditório Porto Alegre – RS

O auditório gaúcho tem capacidade para receber 62 pessoas

presencialmente, além de ser adaptado com iluminação cênica e capacidade

para uso simultâneo de até três projetores multimídia, e câmeras robotizadas

PTZ. É uma estrutura que já se integra com as a suíte de produção, através do

deslocamento das câmeras broadcast e, por sua vez, às ferramentas de

videoconferência em uso pelo Inmetro.

Page 74: Reestrutura Curso Metrologia Ok

74

Auditório Xerém – RJ

O auditório carioca tem capacidade para receber 300 pessoas

presencialmente, está recebendo projeto para instalação de iluminação cênica e

revisão de seu sistema de projeção. Essa estrutura já se integra com as a suíte

de produção broadcast e no momento está em fase de integração com as

ferramentas de videoconferência do Inmetro.

9.2.5. Ilhas de Edição, Pós-Produção e Softwares de Produção

Uma vez captado os vídeos, sejam através das câmeras em unidades de

externa, sejam em formatos de arquivo, nos estúdios de produção, as cenas são

combinadas em “ilhas de edição”31 e/ou unidades de pós-produção.

O Inmetro conta atualmente com três unidades de edição (duas unidades

em Xerém-RJ e uma em Porto Alegre-RS) baseadas em plataformas Apple - Mac

Pro, utilizando suítes Final CUT Studio, que combinam softwares de edição de

vídeo, animação, edição de som, colorização e autoração de DVD.

Além disso, utilizam unidades baseadas em Windows, com softwares

específicos para produção como Sony Vegas Studio (edição), Sony DVD Architecht

(autoração em DVD), 3D Max (Animação em 3D), Adobe After Effects (Pós-

produção, colorização e Animação em 2D), Adobe Flash Studio (animação web),

além de softwares de ilustração e composição de imagem, como o Photoshop,

Illustrator, Corel Draw, entre outros. Para autoração em vídeos a partir de

desktop de tela é utilizado o Techsmith Camtasia e pode-se utilizar o módulo de

documentos Presenter do Adobe Connect.

31 Ilha de Edição – É a denominação usual dada à área que se destina à montagem dos

vídeos em estações de televisão e/ou produtoras de vídeo. O nome se deve ao fato de que essas unidades eram isoladas das demais áreas de produção para favorecer o controle absoluto dos resultados e concentravam em um só lugar todos equipamentos de áudio, vídeo e efeitos necessários para a realização dessas montagens.

Page 75: Reestrutura Curso Metrologia Ok

75

9.2.6. Infra-estrutura de TI

Conexões

As características do programa de capacitação do Inmetro/Cicma, de

pesquisa de novas tecnologias aplicadas à rede de computadores, permitiram a

integração de suas unidades (tanto as sedes do Inmetro, quanto de seus órgãos

delegados), à infra-estrutura de rede da RNP – Rede Nacional de Pesquisa, como

instituições de pesquisa secundárias.

Figura 29 – Topologia de rede dos backbones da RNP.

Page 76: Reestrutura Curso Metrologia Ok

76

Na prática, isso significa que todos os órgãos delegados podem ter acesso

a uma rede de dados de altíssimo desempenho, bastando resolver o fator “última

milha” de conectividade até os POPs regionais (que tem sede nas universidades

federais de cada estado).

Apesar dessa disponibilidade, apenas gradativamente os órgãos delegados

tem se integrado à rede da RNP. Uma parte dessas integrações está sendo

resolvda com a implantação gradual de anéis óticos metropolitanos nas capitais,

que aproximam a solução por fibra ótica das sedes dos órgãos delegados, em

outras foi preciso realizar a contratação de conexões junto à iniciativa privada.

Ou seja, gradualmente os telecentros se integram a uma estrutura capaz

não apenas de prover acesso à internet e aos recursos disponibilizados no

ambiente de aprendizagem, como também das ferramentas de videoconferência,

cujas características exigem conexões de melhor qualidade. Já as conexões com

as regionais no interior dos estados dependem de implantação de soluções

comerciais a cargo de cada órgão delegado. Atualmente o perfil dessas conexões

está sendo mapeado para permitir uma real avaliação da capacidade de

integração dos pontos remotos aos recursos que se pretende utilizar.

Além disso, a inauguração da rede de fibras da região metropolitana de

Porto Alegre deve desafogar as conexões à SUR-RS, hoje limitada a 8 Mbps. Essa

unidade concentra hoje todos servidores do Cicma (que veremos a seguir) além

dos servidores do SGI – Sistema de Gestão Integrada32, além das transmissões

experimentais do IVA33. Com a integração ao novo anel de fibra, essa integração

saltaria para 256 Mbps, eliminando os gargalos atuais.

A estrutura de rede desejável, considerando-se apenas as demandas do

CICMA34, deve ser constituída de:

32 Que controla a quase totalidade dos processos administrativos de maior parte dos

órgãos delegados 33 O IVA, sozinho, pode consumir de 1 a 2 Mbps (taxa de upstream) e 1 a 8 Mbps

(downstream), dependendo do perfil de qualidade e número de unidades remotas integradas ao sistema.

34 Se a conexão não for dedicada aos Telecentros, por exemplo, deve ser dimensionada a demanda de tráfego de dados de toda a unidade e adicionada aos valores propostos.

Page 77: Reestrutura Curso Metrologia Ok

77

• Ao menos 16 Mbps (simétrico), para unidades produtoras de conteúdo

e/ou servidoras de conteúdo e streaming;

• Ao menos 8 Mbps (simétrico), para sedes de órgãos delegados com rede de

regionais distribuídas pelo interior do seu estado;

• Ao menos 2 Mbps (simétrico), para unidades com telecentros a integrar

por videoconferência;

• Ao menos 1 Mbps (simétrico), para áreas de conectividade precária, com

expectativa de uso apenas dos recursos disponíveis no ambiente virtual;

É desejável que essa estrutura de rede, considerando os pontos remotos

(telecentros), incluindo conexões e roteadores, seja compatível com o tráfego

de streaming multicast35, para integração dos pontos por videoconferência

utilizando o IVA (conforme veremos).

Servidores

A infra-estrutura do CICMA inclui, atualmente, três servidores de

aplicações, que hospedam:

• A Plataforma Moodle – instalada em um servidor Hp Proliant DL 320, com

processador de núcleo duplo;

• Sistema e repositórios do Adobe Connect – instalado em um servidor

SuperMicro SuperWorkstation 7036 series;

• Servidor Flash Media Server, para hospedagem/streaming de vídeos, além

dos sites do Cicma e Cronotacógrafo – Estes três recursos compartilham

um servidor Hp Proliant DL 320, com processador de núcleo duplo;

A estrutura de servidores deve ser constantemente monitorada e

redimensionada na medida em que cresçam as demandas do setor e do Inmetro.

35 O Multicast permite que um mesmo fluxo de dados (no caso, de streaming de áudio e

vídeo) atenda vários pontos simultâneos, potencializando os recursos de rede. É uma lógica diferente do um-para-um que caracteriza as conexões Unicast, padrão do protocolo TCP-IP, que geram fluxos paralelos (somando exigência de banda) a cada requisição de um mesmo fluxo de dados.

Page 78: Reestrutura Curso Metrologia Ok

78

Essa infra-estrutura está instalada fisicamente junto à área de TI da do

Inmetro-RS, se integrando à sua estrutura de apoio de roteadores, no-breaks,

geradores de força auxiliar, etc.

9.3. Recursos Didáticos:

9.3.1. Recursos de TICs

Moodle

O Inmetro já possui um Ambiente Virtual de Aprendizagem consolidado e

funcional a mais de quatro anos, baseado sob a plataforma Moodle, customizado.

As principais áreas do ambiente são acessíveis através de uma barra de

navegação mantida na parte superior do ambiente.

Figura 30 – AVA – Barra de funções.

A área de conteúdo reúne os principais recursos de aprendizagem

disponíveis. Mas esse conteúdo é disponibilizado no ambiente de forma a reduzi-

lo à condição de repositório (ver figura abaixo). A proposta é modificar a

apresentação do ambiente de forma a integrar páginas com o conteúdo, on-line,

de forma a favorecer o uso de elementos de ilustração, animações e hiperlinks.

Page 79: Reestrutura Curso Metrologia Ok

79

Figura 31 – AVA – Conteúdo.

O fórum é a principal ferramenta de interação atualmente disponível no

curso. Mas ele está agrupado em uma área única, dispersa do conteúdo em

estudo, e pouco utilizado como recurso pedagógico, pois não expressa uma

estratégia de incorporação de discussões no aprendizado.

Figura 32 – AVA – Fórum

Page 80: Reestrutura Curso Metrologia Ok

80

Adobe Connect (+Presenter)

Atualmente a SUR RS conta com uma licença para até 16 conexões

simultâneas aos Adobe Connect. Trata-se de um sistema que integra vários

recursos, grande parte deles em processos síncronos.

Figura 33 – Adobe Connect.

Através do Connect é possível integrar vários usuários utilizando apenas

um navegador de internet padrão, realizar videoconferências (divididos em

vários apresentadores, se for o caso), manter conversações por chat,

disponibilizar apresentações e/ou PDF para discussão, com navegação

sincronizada, compartilhar área de trabalho do computador, repositórios para

download, links para acesso, entre outras ferramentas síncronas. Ver aplicações

em (6.3.9. Recursos de Videoconferência Síncronos).

As sessões do Connect podem ser gravadas e assistidas de forma

assíncrona. Um módulo de edição do Connect, o Presentation, permite editar

vídeos, apresentações e documentos, preparando objetos educacionais

acessíveis através do Flash Media Server. Nesse recurso reside uma das propostas

do projeto para a apresentação de vídeos, na medida em que permite integrar os

pequenos módulos de vídeo do curso (aqui chamados de Drops) em uma interface

navegável por um menu interativo, além de permitir a adição do recurso de

Page 81: Reestrutura Curso Metrologia Ok

81

Quiz, favorecendo a interatividade com o conteúdo e a rápida avaliação do

entendimento do conteúdo pelos alunos.

Figura 34 – Documento Interativo após produção no Adobe Presentation.

IVA

Dentre os recursos de videoconferência, conta-se com o IVA, um sistema

desenvolvido pelo grupo PRAV, da UFRGS36.

Figura 35 – Suíte do IVA

36 Em parceria com Inmetro, RNP e financiamentos da FINEP, CNPq e SEBRAE.

Page 82: Reestrutura Curso Metrologia Ok

82

O Sistema IVA é uma solução multimídia desenvolvida para palestras

virtuais, cursos à distância, videoconferências, além de dezenas de outras

aplicações possíveis. Nele, novos conceitos em tecnologias de difusão são

utilizados para superar as limitações da distância física, ajudando a construir

redes de conhecimento baseadas na interação efetiva de vários pontos remotos.

Foi desenvolvido para teleconferências onde há uma exigência superior em

qualidade de sinal, mantendo recursos de rede otimizados37.

Entre as características do sistema, destacam-se o uso de multicast para

transmissão a muitos participantes, permitindo a conexão de até 200 pontos

remotos; a Interatividade com mensagens, vídeo e áudio; qualidade SD

Broadcast, equiparável à qualidade de DVD (720x486 pixels a 30fps); baixa

latência com uso de codificadores MPEG4, permitindo uma taxa típica de 1,4

Mbps, para vídeo SD; gerenciamento e moderação e dos sinais; transmissão de

câmera e/ou da tela do micro com recurso de PIP (Picture in Picture);

Na nova versão, o IVA além do modo videoconferência, que permitia

alternar rapidamente entre seis sinais de vídeo e ter seus áudios combinados

para transmissão simultânea, ganhou o modo “telepresença”, que permite a

escolha e transmissão visualização simultânea de até seis sinais nos pontos

remotos, em monitores independentes.

O uso do IVA é particularmente interessante na realização de

teleconferências e no apoio às aulas práticas. Ver mais aplicações em (6.3.9.

Recursos de Videoconferência Síncronos).

O maior limitador uso sistemático do IVA se relaciona com a exigência de

multicast funcional nas redes integradas à sessão de videoconferência. A solução

deve se basear na mudança da topografia do sistema, num desenvolvimento já

especificado entre Cicma e PRAV que deve se estender por todo o segundo

semestre de 2010. Uma vez implementada, essa solução deve acrescentar

demandas de infra-estrutura, distribuindo até cinco decodificadores e servidores

para geração distribuída de fluxos unicast escalonáveis.

37 Uma transmissão típica, com qualidade SD (720x480 pixels, a 30fps) exige algo em

torno de 1,4 Mbps.

Page 83: Reestrutura Curso Metrologia Ok

83

9.3.2. Materiais de Apoio

Material Didático

Além dos materiais on-line, e dos manuais, vídeos e apostilas disponíveis

no ambiente virtual de aprendizagem, os alunos recebem uma pasta contendo

um DVD com o conteúdo completo do curso, apostilas sistematizadas das

disciplinas e o Manual do Aluno.

Espaço Físico

As telesalas são um espaço permanente para os alunos terem acesso ao

ambiente virtual. Nelas também são realizados os encontros presenciais,

realizadas as provas e onde são realizadas algumas das atividades práticas, com

suporte dos tutores locais. (Relação de equipamentos em 9.2.2. Telecentros)

Alguns ensaios e atividades de verificação de instrumentos, no entanto,

não realizadas em condições reais, em campo, aproximando os alunos das

condições encontram na atividade agentes metrológicos.

9.3 Recursos Financeiros

As atividades do Cicma são mantidas inteiramente com recursos próprios

do Inmetro. Mas qual o real impacto nas despesas correntes da Autarquia? Não

há resposta para esta pergunta. É difícil precisar as despesas da área com

instalações, custos fixos (como água, luz, telefone) pois não existem

ferramentas de controle de consumo individualizados por área. Outras despesas

são difíceis de levantar/estimar, como os custos e despesas decorrentes da

implantação e manutenção dos telecentros nos órgãos delegados, por exemplo.

As despesas de pessoal, por outro lado, permitem um levantamento mais

preciso, que no caso do Cicma combinam as despesas decorrentes da

manutenção de um quadro de servidores federais somado ao quadro técnico

terceirizado. Mas esse levantamento também não está livre de problemas. Tanto

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84

o corpo docente, quanto os quadros profissionais do próprio setor estão

diretamente envolvidos em outras atribuições.

Ainda assim, buscamos estimar alguns elementos de custos fixos e

variáveis, como forma de valorar os investimentos atuais no Curso de Formação

de Agentes Metrológicos. Consideramos o intervalo de um ano, a contar de

Agosto de 2010, como período de referência para estas projeções.

INVESTIMENTOS

Material permanente DESCRIÇÃO Qtde VALOR

UNIT Meses VALOR TOTAL

Desenvolvimento IVA Fase 1 1 7.600,00 6 45.600,00

Desenvolvimento IVA Fase 2 1 7.600,00 8 60.800,00

Implementação IVA Fase 3 - Manutenção 1 3.750,00 12 45.000,00

Recursos Financeiros

Implementação IVA Fase 4 - Cursos 4 5.000,00 4 20.000,00

Servidores IVA 5 7.000,00 35.000,00

Computadores+monitores 5 3.500,00 17.500,00

Licenças Atualizações de Software

10 5.000,00 50.000,00

Ilha de Edição 1 7.000,00 7.000,00

Periféricos 5 2.000,00 10.000,00

Recursos materiais

Depreciação/Manutenções 10 15.000,00 150.000,00

TOTAL DE INVESTIMENTOS 334.500,00

Custos

Centro de Custos DESCRIÇÃO Quantidade

de itens VALOR MENSAL

Nº de meses

VALOR TOTAL

Energia 2.500,00 12 30.000,00

Água 200,00 12 2.400,00

Internet - - -

Telefone 150,00 12 1.800,00

Custos Fixos

Salários e Encargos 230.000,00 12 2.760.000,00

Material de consumo 150,00 12 1.800,00

Passagens Aéreas 9.000,00 12 108.000,00

Impressos 100,00 12 1.200,00 Custos

Variáveis

Mídias 50,00 12 600,00

TOTAL DE CUSTOS 2.873.400,00

Projeção de Despesas (Anual) 3.207.900,00

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O presente projeto se insere em uma lógica de melhoria das atividades.

Projeta-se que sua viabilização representa a adição em custos na ordem de

aproximadamente 12%, somando a previsão de crescimento dos custos fixos e os

investimentos previstos.

Nota: Perceba-se, no quadro acima, que nessa projeção estão incluídos os

valores a serem destinados ao desenvolvimento do sistema IVA. Não se trata

propriamente de alocar recursos da autarquia, já que os recursos para este

desenvolvimento serão deslocados de verbas já destinadas pelo MCT à RNP,

redirigidos para manutenção do grupo de trabalho. A rigor, apenas os custos de

manutenção (fase 3) e Cursos (fase 4), são atividades dirigidas diretamente à

implementação no Inmetro. Assim, para efeito de ilustração, mostram-se as

despesas de desenvolvimento da fase 1 e 2, mas apenas as 3 e 4 foram

consideradas na soma geral.

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10. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

Ferramentas de avaliação podem ser utilizadas antes mesmo do início do

curso, na prova de seleção. Ou seja, ao tabular os resultados destas provas

podem ser construídos panoramas da formação prévia dos candidatos ao curso, e

os desafios apontados para iniciativas que busquem promover a assessabilidade.

Como resultados desse processo, podem ser preparados os materiais de

nivelamento do curso, que serão disponibilizados tanto para os alunos com

dificuldades em conteúdos considerados pré-requisitos, como para consulta

pública (como materiais preparatórios à seleção).

Logo no acesso ao curso esse processo de avaliação preliminar é

retomado, para subsidiar de forma mais precisa o encaminhamento dos alunos

com dificuldades aos módulos de conteúdo que necessita para acompanhar o

curso sem dificuldades adicionais, por conta de deficiências em sua formação.

A mudança de formato proposta aponta uma nova ferramenta para

avaliação de efetividade dos recursos de aprendizagem. Tratam-se dos pequenos

questionários (“Quiz”) que acompanham os mini-blocos de vídeo (aqui chamados

de Drops). O curso já mantinha o uso de vídeos como ferramentas de

aprendizagem como traço marcante. Ao reestruturá-lo com uma ferramenta de

avaliação igualmente modulada, é possível perceber de forma mais clara quais

destes apresentam os resultados alinhados com os objetivos de aprendizagem. A

fragmentação desses questionários pode ser também uma forma complementar

de fragmentação da avaliação dos alunos, atribuindo-lhes valor, mesmo que a

um peso pequeno.

A reestruturação do modelo de fóruns segue essa busca por novos

processos educacionais, a eles é dado um planejamento mais detido, com

objetivos de participação definidos, exigências claras ao que se espera dos

alunos, olhar mais atento aos resultados. Sobre os fóruns é possível perceber o

quanto foi possível avançar do modelo “capacitador” para o de “formação”, o

quanto a discussão revela e auxilia a formação com olhar mais amplo, o quanto é

Page 87: Reestrutura Curso Metrologia Ok

87

possível avançar em processos colaborativos. É natural que esses módulos,

quando existam, façam parte dos processos de avaliação dos alunos, mesmo que

com peso ponderado diante das avaliações convencionais.

O processo de avaliação formal segue sendo realizado através dos

processos on-line, ou presenciais diante dos tutores locais, no caso das

avaliações práticas. Mas seu confronto com os processos intermediários permitirá

perceber o quanto se avança na formação dos alunos. Mais, permitirá avaliar a

efetividade dos novos processos de interação, confrontado com os resultados

obtido pelo modelo atual, baseado em repositórios com baixíssima interação.

Para composição das notas das disciplinas de capacitação exclusivamente

on-line, utilizam-se os seguintes elementos:

Atividade Peso

Participação em Fóruns de Discussão (quando houver) 1

Realização dos Quiz (quando houverem) 1*

Participação em atividades extracurriculares (quando houverem) 1**

Avaliações formais por provas on-line. 5 * Permite a repetição da atividade e considera melhor desempenho entre as tentativas. ** Na forma de bônus por participação adicionado à nota média.

Para composição das notas das disciplinas de capacitação com perfil

“prático”, utilizam-se os seguintes elementos:

Atividade Peso

Participação em Fóruns de Discussão (quando houver) 1

Realização dos Quiz (quando houverem) 1*

Participação em atividades extracurriculares (quando houverem) 1**

Avaliações formais de atividades práticas, presenciais. 5

Avaliações formais por provas on-line (Parte Teórica). 5 * Permite a repetição da atividade e considera melhor desempenho entre as tentativas. ** Na forma de bônus por participação adicionado à nota média.

Considera-se aprovado o aluno que atingir média 7 (sete) na avaliação da

disciplina. Caso não atinja essa nota média o aluno poderá fazer uma prova de

substituição (para prova teórica e/ou prática, conforme disciplina) ou realizar

trabalhos, substituindo as avaliações das atividades complementares.

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11. REFERÊNCIAS

BERNARDES, Américo Tristão. Sistema Internacional de Unidades. Apostila do

Curso de Formação de Agentes Metrológicos, Aula 2. Rio de Janeiro: Cicma, sem

data.

__________. Grandezas Físicas na Mecânica Clássica. Apostila do Curso de

Formação de Agentes Metrológicos, Aula 3. Rio de Janeiro: Cicma, sem data.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.

SILVA, Pedro Paulo Almeida. Evolução da Metrologia. Apostila do Curso de

Formação de Agentes Metrológicos, Aula 1. Rio de Janeiro: Cicma, sem data.

LEVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

MAGALHÃES, Maria Izabel Santos (org.) As múltiplas faces da linguagem.

Brasília: UnB, 1996.

MORAN, José Manuel. Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD

- Centro de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dez de

1994, páginas 1-3.

PETERS, Otto. A educação a distância em transição: tendências e desafios.

Trad. Leila Ferreira de Souza Mendes. São Leopoldo, RS: Ed. Unisinos, 2004.