redes sociais e reduÇÃo de danos maysa mazzon camargo
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REDES SOCIAIS E REDUÇÃO DE DANOSMaysa Mazzon Camargo
Características principais
I. O fenômeno das farmacodependencias é estrutural ao funcionamento da nossa sociedade.
II. Uma parte da situação de conflito e sofrimento está ligada as representações sociais que as pessoas produzem sobre a farmacodependencia.
III. Existem contextos de ação que a premissa não é prevenção e nem tratamento. Isto é, sem que a premissa única seja de que as pessoas deixem de ser farmacodependentes.
Redes• Uma maneira de definir a realidade das relações entre as
pessoas.
Nós Laços Rede
• Nós (pontos) = pessoas• Laços (fios) = relações
Rede Social Subjetiva ou Ego Rede
Todas as pessoas significativas na vida cotidiana declaradas pela própria pessoa.
É uma operação subjetiva e fica a critério da pessoa
delimita-la.
Se conecta com outras redes.
Rede Social Primária
Modelada a partir das relações de reciprocidade e
confiança.
Família, parentes, amigos, vizinhos,
trabalho.
Vizinhos
Trabalho, escola, etc.
Familiares
Amigos
Rede Subjetiva Comunitária
Se forma a partir das conexões entre
redes individuais
Rede de líderes
Se constrói através das relações entre
os líderes de opinião.
Serve como modelo das representações sociais e dinamicas
da comunidade.
Rede de Recursos Comunitários
Todos os recursos identificados que
podem ser acessados pelos membros da
comunidade
Por que trabalhar com as redes?
O sofrimento gerado pela farmacodependencia depende também do contexto de onde a pessoa vive
Realizar ações concretas que estejam dirigidas ao contexto e não a atores específicos
Rede e bem estar/sofrimento psíquico
A rede social pode ter efeitos patológicos sobre as pessoas.
As redes podem retratar a patologia ou sofrimento que uma pessoa está
vivendo.
Conhecer a rede
Conhecer
Atuar
Como trabalhar com a rede?
Conhecimento
Conhecer os nós (atores)Conhecer a rede
Números
Nós/atores Relações Densidade
Símbolos
Mitos/Ritos Regras de base Dinâmica
Articulação
O que nos interessa saber de cada rede?
Rede Subjetiva
Densidade das relações
Riqueza dos vínculos
Heterogeneidade dos sujeitos
Etc.
Rede Comunitária
Quais são as redes subjetivas?
Distribuição espacial
Cachos (clusters)
Rede de líderes de opinião
Conexões entre líderes
Estrutura formal ou informal
Análise da Rede Subjetiva
Densidade
Baixa Alta
AmplitudeBaixa Sit. A Sit. B
Alta Sit. C Sit. D
Situação A – Baixa Amplitude e Baixa Densidade
Conhece poucas pessoas que não
se relacionam entre si.
Situação de isolamento
Dificulta a construção da identidade, do pertencimento
Pouca ou nenhuma
sustentação
Situação B – Alta Amplitude e Baixa Densidade
Conhece poucas pessoas que tem estreitas relações
entre si.
Situação de clausura
Forte implicação
afetiva-emotiva
Controle social alto e opressivo com
poucas trocas com o exterior
Situação C – alta Amplitude e Baixa Densidade
Conhece muitas pessoas que não
se relacionam entre si.
Situação de anonimato
Os nós preservam sua autonomia,
sua independencia
Os nós evitam interferir um
com os outros
Situação D – Alta Amplitude e Alta Densidade
Muitas pessoas que se relacionam
entre si.
Situação de inclusão
Facilita a construção da identidade, do pertencimento
Boa sustentação
Fatos significativos
• Estudos detalhados revelam alguns fatos significativos:
Redes subjetivas de pessoas diagnosticadas com transtornos
psquiatricos tem aplitude menor do que as redes subjetivas de pessoas que não
tem transtorno psiquiatrico.
Fatos significativos
Redes subjetivas de pessoas diagnosticadas com esquizofrenia tem uma densidade menor do que pessoas
não esquizofrenicas.
Fatos significativos
Na população mundial, a rede subjetiva tem em média 20 a 50 pessoas,
enquanto que na dos neuróticos 10 a 12 pessoas e nos psicóticos 4 a 5.
Fatos significativos
Há uma relação estreita entre a capacidade individual de enfrentar
situações de estress e a homogeneidade das redes nas quais
está inserida.
Fatos significativos
Existe uma relação estreita entre exclusão de uma rede e a deterioração
das capacidades de uma pessoa manejar o estress.
Como trabalhar com a rede?
Conhecimento
Conhecer os nós (atores)Conhecer a rede
Números
Nós/atores Relações Densidade
Símbolos
Mitos/Ritos Regras de base Dinâmica
Articulação
Articulação
Identificar os nós
Convocar os nós
Tecer uma nova rede
Construção de novos vínculos
entre os nós livres
Por que articular?
Potencializar o trabalho, o exito que
cada nó está tendo de forma individual ou
isolada.
Otimizar recursos.
Ser um interlocutor com mais peso
político para incidir nas políticas públicas.
Se inserir nos espaços de tomada de decisões.
Bibliografia
• Redes Sociales y Farmacodependencias – aportes para la intevención – CONADIC Centro de Formación Farmacodependencias y Situaciones Críticas Asociadas A.C. – 2009.
• Tratamento Comunitário – Manual de Trabalho I – Efrem Milanese - 2012