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Rede São Paulo de Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SEESP Ensino Fundamental II e Ensino Médio São Paulo 2011

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  • Rede So Paulo de

    Cursos de Especializao para o quadro do Magistrio da SEESP

    Ensino Fundamental II e Ensino Mdio

    So Paulo

    2011

  • UNESP Universidade Estadual PaulistaPr-Reitoria de Ps-GraduaoRua Quirino de Andrade, 215CEP 01049-010 So Paulo SPTel.: (11) 5627-0561www.unesp.br

    Governo do Estado de So Paulo Secretaria de Estado da EducaoCoordenadoria de Estudos e Normas PedaggicasGabinete da CoordenadoraPraa da Repblica, 53CEP 01045-903 Centro So Paulo SP

  • As fronteiras da frica

    fonte:http://yudizajn.netfirms.com

    /slike/nebo_i_zalasci/imagepages/im

    age29.htm

  • sumrio tema ficha

    SumrioVdeo da Semana ...................................................................... 3

    As fronteiras da frica ...................................................................3

    Um incio de conversa ................................................................................3

    Quadro 1 - A civilizao Songhai .............................................. 5

    4.1 Conflitos fronteirios .........................................................................7

    4.2 O Sudo do Sul .............................................................................10

    Referncias bibliogrficas ........................................................ 13

    Bibliografia ............................................................................ 13

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    Vdeo da Semana

    As fronteiras da fricaUm incio de conversa

    Com exceo dos limites fronteirios de Marrocos, Arglia e Tunsia, estabelecidos pelo Imprio Otomano, as fronteiras africanas tiveram a sua origem nos tratados firmados pelas potncias coloniais entre 1885 e 1926. Assim, as fronteiras coloniais precederam a formao dos Estados modernos na frica e, em muitas situaes, desconsideraram a distribuio das naes preexistentes. Esse fato tem provocado um grande debate relacionado partilha colo-nial da frica.

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    Segundo a ideia predominante, tais linhas de fronteira teriam sido desenhadas segundo os interesses externos, sem levar em considerao as diferenas e divergncias entre grupos tnicos existentes numa mesma unidade territorial. Da mesma forma, em funo do conheci-mento restrito do interior do continente, o traado das fronteiras coloniais teria sido definido geometricamente por meio de coordenadas geogrficas (paralelos e meridianos) que uniam alguns pontos mais conhecidos, como o divisor de guas entre bacias hidrogrficas, nascentes de rios e picos montanhosos. Esse procedimento seria a razo principal da artificialidade das fronteiras, que pouco representariam a realidade social e cultural do continente africano.

    O estudo mais aprofundado dos pases africanos revela que essas ideias dominantes no encontram respaldo na realidade e refletem muito mais uma viso estereotipada das questes fronteirias africanas.

    Toda fronteira , ao mesmo tempo, um limite que separa e uma zona de contato, que pro-picia o intercmbio e as trocas. O grau de porosidade das fronteiras depende das polticas de controle e vigilncia dos pases, podendo gerar diversos tipos de atividades legais e ilcitas.

    No caso africano, dos 80.000 km de fronteiras entre os pases, apenas 40% foram demarca-das no terreno. Em vista da extenso dos desertos e dos limites territoriais de difcil acesso, as fronteiras so muito mais faixas privilegiadas de contato e de atividades informais entre pases vizinhos. Esses intercmbios transfronteirios so ainda mais intensos quando mantidos por meio de redes tnicas que j existiam anteriormente. Assim, os limites fronteirios herdados do perodo colonial no representavam uma novidade para os povos que ali viviam, pois a a frica pr-colonial j era dividida por entidades polticas de tamanhos variados que agrupa-vam, frequentemente, grupos tnicos e lingusticos diferentes. Mesmo os grandes estados e imprios pr-coloniais nunca foram homogneos do ponto de vista cultural: Estados comuni-trios como de Songhai, na frica Ocidental, integravam diferentes tradies e representavam um sistema poltico que permitia a convivncia, conflituosa ou no, de diversos grupos tnicos. Leia mais sobre a organizao poltica e administrativa de Songhai no quadro 1.

    Por sua vez, em algumas regies africanas, a rea de extenso das naes so maiores do que os territrios dos estados nacionais, como ocorre com os iorubs. Identificados por traos lingusticos comuns, a nao iorub se estende do oeste da Nigria at Benin. Esse exemplo

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    mostra que na frica pr-colonial j existia a noo de fronteira e que esta poderia representar os limites das terras das famlias, chefias ou reinos.

    Enfim, os estudos fronteirios africanos so uma grande oportunidade para o aprendizado da Geografia. Em primeiro lugar, preciso tomar cuidado na anlise das diferentes realidades regionais, sob o risco de reforarmos uma viso preconceituosa a respeito de outras culturas menos conhecidas. As delimitaes fronteirias africanas tm sido muito mais estveis no de-correr da histria do que o mapa poltico de outros continentes, como o europeu.

    Um outro grande mito que precisa ser questionado o da artificialidade das fronteiras afri-canas. Necessariamente, as fronteiras entre os pases sempre uma construo social e, no caso da frica, no poderia ser diferente.

    Quadro 1 - A civilizao SonghaiO Imprio Songhai foi profundamente original quanto organizao poltica e adminis-

    trativa. A forte estruturao do poder, a centralizao sistemtica e o absolutismo real so caractersticas que atriburam uma colorao moderna monarquia de Gao, distinguindo-a do sistema tradicional de federao de reinos, vigente nos imprios de Gana e do Mali [...]

    Os Songhai adotaram dois sistemas de governo, de acordo com o territrio em questo. Um primeiro grupo compreendia as provncias conquistadas, governadas por chefes nomeados e demissveis a qualquer momento pelo askiya. Estes governadores, hierarquizados, exerciam o poder soberano exceto a justia, confiada aos cdis. [...] O imprio era dividido em duas grandes provncias: Kurmina a oeste e Dendi a sudeste. A funo do kurmina fari ou kanfari era exercida, com raras excees, por prncipes de sangue, muito frequentemente pelo prprio prncipe herdeiro.

    As cidades de comrcio, como Tombuctu, Djenn, Teghazza e Walata, gozavam de certa autonomia sob o governo de seus koy ou mondzo. As atividades comerciais e artesanais e a grande populao requeriam a presena de muitos funcionrios administrativos. Assim, em Tombuctu, alm do cdi encarregado da justia e do Tombuctu koy, chefe da cidade, havia ex-tenso quadro de funcionrios: o asara mondzo, espcie de comissrio responsvel pelo policia-mento dos mercados e pela execuo das sentenas do cdi, os inspetores de pesos e medidas,

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    os coletores de impostos dos mercados, os inspetores alfandegrios de Kabara, os mestres de diversas profisses, os chefes das diversas subdivises de etnias agrupadas por bairros e os comissrios das cabanas dos subrbios. Este pessoal formava o ncleo de uma administrao eficaz nas grandes cidades [...]

    A administrao indireta concernia aos pases vassalos ou tributrios. O chefe do territrio era nomeado segundo os costumes locais e reconhecido pelo askiya. Disputas entre os preten-dentes ou rebelies contra a autoridade imperial, no entanto, aconteciam. Neste caso, o askiya intervinha e impunha seu candidato. [...] Os Estados haussa Kano e Katsina , o reino de Agadez, o Imprio do Mali, a federao tuare- gue Kel Antessar (os Andassen de al-SadI), a de Magcharen (tuaregues de origem Sanhadja da regio de Tombuctu-Walata) agrupavam-se nessa categoria, sendo mais ou menos tributrios, de acordo com a orientao poltica de Gao. Seus soberanos deviam pagar tributos peridicos, enviar contingentes de guerreiros quando o imperador pedisse e manter boas relaes com Gao atravs de visitas, presentes e casamentos.

    Com estes vrios sistemas de administrao o central, o provincial e o indireto, o Imprio de Gao conseguiu organizar as populaes do Sudo nigeriano, manter pessoas e bens em segurana e alcanar grande desenvolvimento econmico.

    Figura 9 - Imprio Songhai - sculo XVI Fonte NIANE, 2010, p. 218-224.

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    4.1 Conflitos fronteiriosA formao dos atuais pases africanos manteve praticamente inalterada a diviso poltica

    do perodo colonial. Isso no quer dizer que a manuteno das fronteiras coloniais tenha sido um processo automtico e sem contestao. Particularmente, o perodo entre 1956 e 1963 foi marcado por diferentes tipos de resistncia manuteno da diviso poltica colonial.

    Foi neste contexto que surgiu, em 1963, a Organizao da Unidade Africana (OUA), an-tecessora da atual Unio Africana (UA). Seus pases-membro adotaram o princpio do direito internacional da intangibilidade das fronteiras coloniais, segundo o qual seus signatrios po-deriam reivindicar a recuperao de territrios perdidos em caso de guerras ou de contestaes dos vizinhos. Essa poltica foi fundamental para garantir o sucesso do processo de indepen-dncia, que ganhou novo impulso na dcada de 1960. Por outro lado, reforou ainda mais a tendncia de manter os limites correspondentes dos antigos territrios coloniais.

    As constituies nacionais dos jovens pases foram baseadas nos modelos europeus e, na maioria dos casos, redigidas por constitucionalistas das antigas metrpoles. Aos poucos, a realidade do exerccio do poder, baseado em alianas dos cls e nas redes de solidariedade tnicas vem promovendo uma africanizao do Estado. Vrios pases, por exemplo, procede-ram a uma descolonizao toponmica, abandonando os nomes impostos pelos europeus, seja fortalecendo a denominao do pas na lngua local ou evocando feitos histricos do processo de independncia. Assim, desde 1957, a Costa do Ouro passou a se chamar Ghana, por refe-rncia ao antigo Imprio Oeste-africano (que existiu naquele territrio entre o sc. VIII ao XI sc.). A Repblica do Congo, formado em 1960 do antigo Congo Belga, rebatizou a capital Lopoldville para Kinshasa e, em 1971, mudou o nome do pas para Zaire (o rio, na lngua Kikongi). Da mesma forma, Dahomey passou a se chamar Benin, em 1975; a Guin Portu-guesa, de Guin Bissau, em 1976; Haute-volta de Burkina Faso (pas dos homens ntegros), em 1984; dentre outros exemplos.

    A escolha da lngua oficial foi uma deciso mais complicada, uma vez que os pases afri-canos so compostos por numerosas comunidades lingusticas. A soluo predominante foi manter a lngua das antigas metrpoles: o portugus, o francs, o ingls. Em alguns pases foi adotado o sistema bilngue (em Camares, por exemplo, o ingls e o francs; em Madagascar, o malgache e o francs). No norte da frica, o rabe recuperou a primazia perdida durante a colonizao europeia. Veja o mapa:

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    Figura 10 Lnguas oficiais a partir da colonizao na frica, 2008.Fonte: http://cartographie.sciencespo.fr/cartotheque/BR_B05c_Langues_officielles_Afrique_2009.jpg

    http://cartographie.sciences-po.fr/cartotheque/BR_B05c_Langues_officielles_Afrique_2009.jpg
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    Levando em considerao a diversidade tnica e regional dos pases africanos, uma das so-lues encontradas para a gesto poltica do territrio nacional tem sido o federalismo, sistema poltico no qual as unidades federadas mantm autonomia entre si, como ocorreu na Nigria. Constituda em 1946 pela juno de trs regies colonizadas pelos britnicos, seu territrio tem sido sucessivamente subdividido para atender aos interesses tnicos e religiosos locais, garantindo a repartio da renda do petrleo entre diferentes grupos de interesse. Atualmente, a Nigria possui 36 unidades federadas, com relativa autonomia poltica.

    Considerando essas experincias polticas recentes dos Estados nacionais africanos, no existe fundamento para afirmar que as lnguas, as fronteiras herdadas das colnias ou as etnias seriam a principal base dos conflitos fronteirios no continente. Os conflitos armados entre grupos rebeldes ou entre foras governamentais e grupos rebeldes so abundantes na frica, mas a grande maioria deles resultado da violncia poltica cujo objeto de disputa o poder do Estado, seja pela ocorrncia de eleies fraudulentas, afirmao do poder pela fora e coero ou barreiras que impedem a alternncia do poder.

    Ainda que as contestaes da diviso territorial africana sejam pouco numerosas, cabe des-tacar a mudana do mapa poltico do continente com o processo de independncia da Eritria, que se separou da Etipia em 1993.

    Trata-se de um retorno situao existente at 1962, quando a antiga colnia italiana deixou de ser tutelada pelo Reino Unido e foi anexada pela Etipia. Desde ento, o governo etope nunca conseguiu eliminar o movimento separatista. Em 1991, um referendo popular decidiu, com ampla maioria, pela separao pacfica dos dois pases, ainda que o acordo entre as partes no tenha conseguido estabelecer a fronteira comum.

    Apesar da independncia da Eritria ter cumprido o cronograma, as divergncias fronteiri-as se acentuaram at a declarao de guerra da Etipia, aps a ocupao da regio de Badme pelas tropas da Eritria, em 1998 (MARIN, 2000).

    http://www.monde-diplomatique.fr/cartes/ethiopiemdv49
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    Figura 11 - Fronteira entre a Etipia e a Eritria (1998)

    Fonte: MARIN, 2000

    Os dois pases chegaram a um acordo de paz em dezembro de 2002, depois da perda de mais de 200 mil vidas. A situao ainda est indefinida, uma vez que a arbitragem interna-cional sob a coordenao da ONU decidiu que a cidade de Badme pertence a Eritria, o que encontra resistncia da Eitpia, que ainda ocupa a faixa de fronteira em litgio.

    Outra questo aberta no mapa poltico da frica a do Sahara Ocidental, territrio em disputa pelo Marrocos e uma Repblica sahariana apoiada pela Arglia. Com exceo desse caso e da Guerra das pedras, como ficou conhecido o conflito entre a Etipia e a Eritria, as fronteiras no representam a causa principal dos conflitos armados no continente africano.

    4.2 O Sudo do Sul

    O principio da intangibilidade das fronteiras definidas pela colonizao pautou o ciclo de independncia dos pases africanos, iniciado nos anos 1950 e finalizado em meados de 1970. Apesar da retrica da unidade africana, a OUA temia a exploso de conflitos violentos, que de fato ocorreram nas poucas ocasies em que grupos separatistas tentaram quebrar esse princ-pio: foi o que ocorreu em 1967, quando a tentativa frustrada de criao da Repblica de Biafra no oeste na Nigria resultou na morte de mais de um milho de pessoas.

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    Por isso mesmo, a vitria esmagadora dos separatistas no referendo realizado na poro meridional do Sudo em janeiro de 2011 pode ser considerando uma guinada fundamental no processo de formao territorial dos estados africanos. Cerca de 99% da populao se manifes-tou a favor da independncia, mesmo sem nunca ter sido objeto de uma delimitao colonial. O sucesso da criao do Sudo do Sul pode pavimentar o caminho de movimentos separatistas organizados em toda a frica Subsaariana, abrindo um novo ciclo de criao de Estados e redesenhando as fronteiras do continente.

    O Sudo um dos pases mais pobres do mundo, tornou-se independente do imprio brit-nico em 1956, j como um pas dividido do ponto de vista tnico e cultural. No norte do pas, onde est a capital, Cartum, a populao majoritariamente rabe e muulmana; grande parte da populao do sul permaneceu praticando as religies animistas ancestrais ou optou pela converso ao cristianismo durante o perodo colonial

    A histria recente do Sudo atravessada por tenses e conflitos entre o norte e o sul, ma-nifestados em duas guerras civis. A primeira, iniciada com a independncia, durou at 1972; quando o sul conquistou uma ampla autonomia em relao elite rabe do norte, que comanda-va o pas. No incio da dcada de 1980, porm, a companhia estadunidense Chevron descobriu imensas reservas de petrleo na poro meridional onde se localizam cerca de 75% das reservas sudaneses. Nesse contexto, o governo de Cartum tratou de revogar a autonomia, fechando o parlamento de Juba. A revolta do Sul explodiu em 1983, encabeada pelo recm surgido Exr-cito Popular de Libertao do Sudo (EPLS). O novo ciclo de guerra civil deixou um saldo de pelo menos dois milhes de mortos e quatro milhes de refugiados. O acordo de paz assinado em 2005 que encerrou essa segunda fase do conflito garantiu um elevado grau de autono-mia para o sul, alm de estabelecer a data para o referendo que teve lugar no incio de 2011. O opo pela independncia, manifestada pela esmagadora maioria da populao do sul, foi acatado pelas autoridades de Cartum. No entanto, a futura fronteira entre o norte e o sul ainda no foi definitivamente traada e as reas fronteirias reivindicadas por ambas as partes so ricas em petrleo, o que funciona como fator de instabilidade, visto que o sul dispe da maior parte das reservas, mas depende do norte para exportar o petrleo, j que no possui sadas martimas.

    Leia a matria publicada no Jornal o Estado de S. Paulo em 22 de maio de 2011.http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,sudao-do-sul-acusa-

    norte-de-ato-de-guerra,722546,0.htm

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    Alm disso, no est ainda claro como vai funcionar o regime de cidadania, especialmente para as populaes que praticam a transumncia, circulando do norte para o sul de acordo com a alternncia de estaes secas e chuvosas. Sugerimos que esse processo seja acompanhado e discutido com os alunos, inclusive em seus desdobramentos para alm das fronteiras sudanesas.

    Figura 12 O Sudo do Sul: fronteiras em definiesFonte: Desmichelle, 2011

    http://www.carto-presse.com/wp-content/uploads/2011/01/0302_Soudan_V3.jpg
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    Referncias bibliogrficas DESMICHELLE,Marguerite.RfrendumauSud-Soudan.Carto,n.3,2011.Dis-ponvelem:.Acessoem:15maio2011.

    MARIN,Ccile.Ethiopie-Erythre,uneblessuretoujoursouverte.2000.Disponvelem:. Acesso em: 15 maio 2011.

    NIANE, Djibril Tamsir. frica do sculo XII ao XVI. 2. ed. Braslia: UNESCO, 2010. (Histria geral da frica, v. 4).

    Bibliografia

    ALENCASTRO, L. F. de.Amrica. FolhadeS.Paulo, So Paulo, 12 out. 1991. Suple-mento Especial.

    ATKINS, G. P. AmricaLatinaenelsistemapoliticointernacional. Buenos Aires: Grupo Editorial Latinomericano, 1991.

    BARBOSA, R. A. OMercosuleaintegraoregional. So Paulo: Fundao Memorial da Amrica Latina; Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, 2010.

    BERNAND, C. Histriadonovomundo: da descoberta conquista, uma experincia europeia, 1492-1550. Traduo de Cristina Murachco. So Paulo: EDUSP, 1997.

    BRUNSCHWIG, H. ApartilhadafricaNegra. So Paulo: Perspectiva, 2006.

    CANDO, L. B. Adescolonizaodasiaedafrica. 10. ed. So Paulo: Atual, 1994.

    CASTRO, T. frica: geohistria, geopoltica e relaes internacionais. Rio de Janeiro: Bi-blioteca do Exrcito, 1981.

    DESMICHELLE, M. Le Soudan sur la voie de la partition? Carto, Paris, n. 03, p. 32-33, dez. 2010 jan. 2011.

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    DUBRESSON, A.; RAISON, J. P. LAfriquesubsaharienne: une gegraphie du change-ment. Paris: Armand Colin, 1998.

    FOUCHER, M. Frontsetfrontires: un tour du monde gopolitique. 2ed. Paris: Fayard, 1991.

    FOUCHER, M. LObsessiondesfrontires. Paris: Perrin, 2007.

    GALEANO, E. AsveiasabertasdaAmricaLatina. Traduo de Galeano de Freitas. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

    GENTELLE, P. (Coord.) Gopolitiquedumondecontemporain: tats, continentes, puissances. Paris: Nathan, 2008.

    HIGA, T. C. S. (Org.) Estudosregionaissul-americanos: sociocultural, economia e di-nmica territorial na rea central do continente. Cuiab: EdUFMT, 2008.

    JOLLY, J. LeschinoislaconqutedelAfrique.Paris: Pygmalion, 2011.

    LACOSTE, Y. Gopolitique: La longue histoire daujourdhui. Paris: Larousse, 2009.

    LAMBERT, J. M. HistriadafricaNegra. Goinia: Kelps, 2001.

    LEMOS, A. I. G. de; ROSS, J. L. S.; LUCHIARI, A. (Org.) Amricalatina: sociedade e meio ambiente. So Paulo: Expresso Popular, 2008.

    MBAYE, S. LAfriqueausecoursdelAfrique. Paris: Ouvrires, 2009.

    MCEVEDY, C. AtlasofAfricanHistory. 2. ed. Inglaterra: Penguin, 1995.

    MENDONA, M. G. Histriasdafrica. So Paulo: LCTE Editora, 2008.

    OGORMAN, E. AinvenodaAmrica: reflexo a respeito da estrutura histrica do novo Mundo e do sentido do seu devir. Traduo de Ana Maria Martinez Corra e Manoel Lelo Bellotto. So Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1992.

    OLIC, N. B. GeopolticadaAmricaLatina. So Paulo: Moderna, 1992.

    OLIVEIRA, M. P.; COELHO, M. C. N.; CORRA, A. M. (Org.). OBrasil,aAmrica

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    Latinaeomundo: espacialidades contemporneas (II). Rio de Janeiro; Lamparina: Faperj; Anpege, 2008.

    PREZ, M. A.; BLASCO, E. F.; BIRABENT, C. C. LAmriquelatinefacesonave-nir: Amrica Latina en el siglo XXI. Paris: Ellipses, 2009.

    POURTIER, R. (Org.) GopolitiquedelAfriqueetduMoyen-Orient. 2ed. Paris: Na-than, 2006.

    PRVT-SCHAPIRA, M. F. (Dir.). Amrique Latine: nouvelle gopolitique. Hrodo-te, Paris, n. 123, out./dez., 2006.

    REID, M. Ocontinenteesquecido: a batalha pela alma latino-americana. Traduo de Marcello Lino. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

    RESTREPO, J. M. CartadelaRepublicadeColombia. Paris: Libreria Americana, 1827. 1 mapa, color., 24 cm x 19 cm. Escala 1:5.500.000.

    RIBEIRO, D. Estudosdeantropologiadacivilizao:as Amricas e a civilizao, pro-cesso de formao e causas do desenvolvimento desigual dos povos americanos. 3ed. Petro-plis: Vozes, 1979.

    ROUQUI, A. Oextremo-ocidente: introduo Amrica Latina. So Paulo: Edusp, 1991.

    SADER, E.; JINKINGS, I.; NOBILE, R.; MARTINS, C. E. (Coord.). LatinoAmeri-cana: enciclopdia contempornea da Amrica Latina e do Caribe. Rio de Janeiro: Boitem-po Editorial, 2006.

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    SKIDMORE, T. E.; SMITH, P. H. HistriacontemporneadeAmricaLatina: Am-rica Latina en siglo XX. Traduo de Carmen Martnez Gimeno. Barcelona: Crtica, 1996.

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    THBAULT, V. (Coord.). Gopolitiquedesamriques. 2. ed. Paris: Nathan, 2009. 381 p.

    WEINTRAUB, S.; HESTER, A.; PRADO, V. R. (Org.). Cooperaoenergticanasam-ricas: entraves e benefcios. Traduo de Donaldson Garschagen. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

    WESSELING, H. L. Dividirparadominar: A partilha da frica, 1880-1914. Rio de Janei-ro: UFRJ; Revan, 1998.

  • sumrio tema ficha

    Regina Celia Correa de Araujo

    Raul Borges Guimares

    Ficha da Disciplina:

    Geografia Regional: Amrica Latina e frica

    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4248926Z6http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4767238D4
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    Ementa:Verifica-se no dia-adia da sala de aula a manuteno de leituras clssicas da regionalizao

    global, como a Teoria do Desenvolvimento e a dos Lugares Centrais. O resultado tem sido o descolamento da discusso com os alunos de contedos essenciais que valorizem a diversidade tnico-cultural, a cultura da paz e da solidariedade entre os povos. Por causa destas preocupa-es, o curso prope maior nfase nos estudos da Amrica Latina e frica, procurando olhar para o mundo de um ponto de vista menos europocntrico.

    Palavras chaves: Amrica Latina, frica, colonizao e descolonizao.

    Estrutura da Disciplina

    Geografia Regional: Amrica Latina e frica

    1. As invenes da Amrica

    1.1 O ideario hispoamericano

    1.2 A Inveno da Amrica Latina

    1.3 O Terceiro Mundo Americano

    2. A formao dos Estados americanos

    2.1 O territrio colonial hispano-americano

    2.2 Independncia e os novos estados nacionais

    3. frica: colonizao e descolonizao

    3.1 A partilha da frica3.2 A descolonizao

    4. A fronteiras africanas4.1 Conflitos fronteirios

    4.2 O Sudo do Sul

    5. Amrica e frica no mundo globalizado

    5.1 As organizaes regionais sul-americanas

    5.2 As organizaes regionais africanas

  • Pr-Reitora de Ps-graduaoMarilza Vieira Cunha Rudge

    Equipe CoordenadoraCludio Jos de Frana e Silva

    Rogrio Luiz BuccelliAna Maria da Costa Santos

    Coordenadores dos CursosArte: Rejane Galvo Coutinho (IA/Unesp)

    Filosofia: Lcio Loureno Prado (FFC/Marlia)Geografia: Raul Borges Guimares (FCT/Presidente Prudente)

    Antnio Cezar Leal (FCT/Presidente Prudente) - sub-coordenador Ingls: Mariangela Braga Norte (FFC/Marlia)

    Qumica: Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira (IQ Araraquara)

    Equipe Tcnica - Sistema de Controle AcadmicoAri Araldo Xavier de Camargo

    Valentim Aparecido ParisRosemar Rosa de Carvalho Brena

    SecretariaMrcio Antnio Teixeira de Carvalho

    NEaD Ncleo de Educao a Distncia(equipe Redefor)

    Klaus Schlnzen Junior Coordenador Geral

    Tecnologia e InfraestruturaPierre Archag Iskenderian

    Coordenador de Grupo

    Andr Lus Rodrigues FerreiraGuilherme de Andrade Lemeszenski

    Marcos Roberto GreinerPedro Cssio Bissetti

    Rodolfo Mac Kay Martinez Parente

    Produo, veiculao e Gesto de materialElisandra Andr Maranhe

    Joo Castro Barbosa de SouzaLia Tiemi Hiratomi

    Liliam Lungarezi de OliveiraMarcos Leonel de Souza

    Pamela GouveiaRafael Canoletti

    Valter Rodrigues da Silva

    Marcador 1Vdeo da SemanaAs fronteiras da fricaUm incio de conversaQuadro 1 - A civilizao Songhai4.1 Conflitos fronteirios4.2 O Sudo do Sul Referncias bibliogrficasBibliografiaBoto 2: Boto 3: Boto 6: Boto 7: Boto 68: Boto 69: Boto 38: Pgina 4: OffBoto 39: Pgina 4: OffBoto 44: Pgina 5: OffPgina 6: Pgina 7: Pgina 8: Pgina 9: Pgina 10: Pgina 11: Pgina 12: Pgina 13: Pgina 14: Pgina 15: Pgina 16: Pgina 17: Pgina 18: Boto 45: Pgina 5: OffPgina 6: Pgina 7: Pgina 8: Pgina 9: Pgina 10: Pgina 11: Pgina 12: Pgina 13: Pgina 14: Pgina 15: Pgina 16: Pgina 17: Pgina 18: Boto 36: Pgina 19: OffPgina 20: Boto 37: Pgina 19: OffPgina 20: Boto 4: