rede de informação para o planejamento energético da amazônia

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REDE DE INFORMAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NA AMAZÔNIA * Marcos Vinicius Miranda da Silva (Doutor em Energia pelo PIPGE/USP) [email protected] Rejane de Barros de Araújo (Bolsista do CNPq / CT-UFPA) Resumo O planejamento energético pode contribuir para solucionar a problemática energética amazônica. Porém, há a necessidade de uma gama de informações objetivas e consistentes, visando a efetivação desse processo. Neste trabalho, delimita-se uma rede de informação para subsidiar as análises e reduzir custos dos planejamentos energéticos que se implementem na Amazônia. A importância da informação para o planejamento energético A Amazônia é uma região abundante em recursos energéticos, onde se destacam o gás natural, cujas reservas provadas eram de 54,06 bilhões de m 3 cúbicos em 1997 1 , e a energia hidráulica, que apresenta potencial total de 133 GW 2 , que corresponde a 51,22% de todo potencial hidrelétrico brasileiro. Paradoxalmente, a Amazônia apresenta um baixo consumo de fontes comerciais de energia. Como exemplo, cita-se o caso do consumo médio residencial de energia elétrica, que, em 1995, não chegava a 2 MWh nos estados da região (tabela 1). Tabela 1: Consumo médio residencial de energia elétrica em 1995. Acre Pará Amazonas Amapá Maranhão Mato Grosso Rondônia Roraima Tocantins Consumo (kwh/ano) 1117 958 1535 1449 624 1575 1244 1675 810 Os baixos índices de acesso aos serviços energéticos, observados na região Amazônica, são conseqüência de um contexto complexo, determinado por fatores como: modelos de atendimento que negligenciam as peculiaridades locais, a pouca importância dada à problemática energética regional, economia pouco desenvolvida e com injustiças na distribuição de renda, características geográficas que tornam dispendiosa a distribuição de energia, endividamento do Estado, falta de vontade política. Com os atuais debates envolvendo desenvolvimento e meio ambiente, algumas diretrizes estão sendo propostas para promover o desenvolvimento da região e solucionar a problemática energética amazônica. NORGAARD (1981) apud REDCLIFT (1994) sugere uma “co-evolução” entre o sistema ecológico e os sistemas cultural e social regionais. FREITAS et al (1996) afirmam que o processo de desenvolvimento da Amazônia deve incorporar a preservação da cobertura florestal, a * Este artigo deve ser citado da seguinte forma: SILVA, Marcos Vinicius Miranda da ; ARAÚJO, R. B. . Rede de informação para o planejamento energético na Amazônia. In: I Encontro de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, 1999, Belém. Anais do I Encontro de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, 1999. 1 Informação cedida pela Petrobras em 1998. 2 Informação obtida junto à Eletrobras, referente a 1996.

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Este artigo apresenta uma estrutura de uma rede de informação para dar suporte as atividades de planejamento dos sistemas energéticos na Amazônia.

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Page 1: Rede de informação para o planejamento energético da Amazônia

REDE DE INFORMAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NA AMAZÔNIA∗∗∗∗

Marcos Vinicius Miranda da Silva (Doutor em Energia pelo PIPGE/USP)

[email protected]

Rejane de Barros de Araújo (Bolsista do CNPq / CT-UFPA)

Resumo O planejamento energético pode contribuir para solucionar a problemática energética amazônica. Porém, há a necessidade de uma gama de informações objetivas e consistentes, visando a efetivação desse processo. Neste trabalho, delimita-se uma rede de informação para subsidiar as análises e reduzir custos dos planejamentos energéticos que se implementem na Amazônia. A importância da informação para o planejamento energético A Amazônia é uma região abundante em recursos energéticos, onde se destacam o gás natural, cujas reservas provadas eram de 54,06 bilhões de m3 cúbicos em 19971, e a energia hidráulica, que apresenta potencial total de 133 GW2, que corresponde a 51,22% de todo potencial hidrelétrico brasileiro. Paradoxalmente, a Amazônia apresenta um baixo consumo de fontes comerciais de energia. Como exemplo, cita-se o caso do consumo médio residencial de energia elétrica, que, em 1995, não chegava a 2 MWh nos estados da região (tabela 1). Tabela 1: Consumo médio residencial de energia elétrica em 1995. Acre Pará Amazonas Amapá Maranhão Mato Grosso Rondônia Roraima Tocantins Consumo (kwh/ano) 1117 958 1535 1449 624 1575 1244 1675 810

Os baixos índices de acesso aos serviços energéticos, observados na região Amazônica, são conseqüência de um contexto complexo, determinado por fatores como: modelos de atendimento que negligenciam as peculiaridades locais, a pouca importância dada à problemática energética regional, economia pouco desenvolvida e com injustiças na distribuição de renda, características geográficas que tornam dispendiosa a distribuição de energia, endividamento do Estado, falta de vontade política. Com os atuais debates envolvendo desenvolvimento e meio ambiente, algumas diretrizes estão sendo propostas para promover o desenvolvimento da região e solucionar a problemática energética amazônica. NORGAARD (1981) apud REDCLIFT (1994) sugere uma “co-evolução” entre o sistema ecológico e os sistemas cultural e social regionais. FREITAS et al (1996) afirmam que o processo de desenvolvimento da Amazônia deve incorporar a preservação da cobertura florestal, a

∗ Este artigo deve ser citado da seguinte forma: SILVA, Marcos Vinicius Miranda da ; ARAÚJO, R. B. . Rede de informação para o planejamento energético na Amazônia. In: I Encontro de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, 1999, Belém. Anais do I Encontro de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, 1999. 1 Informação cedida pela Petrobras em 1998. 2 Informação obtida junto à Eletrobras, referente a 1996.

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geração de empregos e o aumento do fluxo monetário para o bem-estar da população amazônica, onde a biomassa e os sistemas descentralizados de produção de energia podem ter contribuição relevante. Não há dúvidas de que o advento da filosofia do desenvolvimento sustentável tem contribuído positivamente para a elaboração de propostas, que visem equacionar os problemas de desenvolvimento e da carência de atendimento energético existentes na Amazônia. Entretanto, qualquer tomada de decisão nesse sentido, deve ser respaldada por um estudo aprofundado, que analise a viabilidade das potencialidades energéticas, a evolução sócio-econômica e suas tendência futuras, o comportamento das demandas, a escolha adequada dos sistemas de oferta de energia, como forma de evitar desperdício dos escassos recursos financeiros e degradação ambiental no atendimento das necessidades energéticas da população amazônica. Para FOELL (1984), o planejamento energético, parte integrante do planejamento do desenvolvimento, constitui-se no único mecanismo capaz de definir as alternativas energéticas, que possuem custos efetivos e gerenciamento ambiental aceitáveis. Ele também afirma que a falta de objetividade no levantamento e coleta de informações pode abortar as ações e análises do planejamento. ARAÚJO (1988) afirma que é através do conhecimento do funcionamento da realidade, que é possível reduzir as influências das incertezas no processo de planejamento. BRINKMANN (1985), ao analisar uma tentativa chinesa de implementar um modelo de planejamento energético mais descentralizado, sugere que os tomadores de decisão devem desenvolver uma base de informação, que seja completa, acessível e realizável, visando dar mais autonomia ao planejamento energético. Há um consenso na literatura de que o planejamento energético necessita de bases de informações objetivas e confiáveis, com a finalidade de tornar esse processo mais efetivo, no que diz respeito à otimização econômica e ambiental do aproveitamento das fontes de energia, visando o atendimento das demandas energéticas. Nesse sentido, um banco de dados que agregue, armazene, gerencie e dissemine as informações necessárias ao planejamento energético, torna-se uma ferramenta indispensável, pois reduzirá os custos envolvidos nas fases de levantamento, coleta e organização dos dados, que têm os maiores custos (FOELL, 1984), além de economizar tempo, o que torna o planejamento energético mais ágil. A energia e os sistemas de informação na Amazônia Os primeiros passos no sentido de estruturar sistemas de informação, gerenciados a nível regional, e que fossem capazes de subsidiar as estratégias de desenvolvimento para a Amazônia, foram concretizados na década de 80, quando as universidades da Amazônia Legal criaram o Sistema de Informação Científica e Tecnológica da Amazônia Brasileira (Informam) em 1984. Esse sistema, em operação até hoje, tem como objetivo central agregar, armazenar, gerenciar e disseminar informações científicas e tecnológicas sobre a Amazônia, estando estruturando em duas bases de dados bibliográfica e referencial. Desta forma, o Informam pode fornecer aos usuários listagens de bibliografias, incluindo localização, bem como informações sobre projetos de pesquisas e pesquisadores3. Em 1988, a Associação das Universidades Amazônicas (Unamaz) criou o Sistema de Informação da Amazônia (Siamaz), que em função de seus objetivos e de sua estrutura, bem como pelo produto 3 Informações colhidas na “home page” do Informam: www.informam.ufpa.br.

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que oferece, pode ser entendido como uma ampliação da área de abrangência do Informam para os países amazônicos. No que diz respeito a área energética e afins, mais especificamente ao planejamento energético regional, percebe-se que tanto o Informam quanto o Siamaz não estão estruturados de forma a subsidiar mais efetivamente o processo de planejamento energético, porque esses sistemas estão desprovidos de uma base de dados, que agregue, armazene e dissemine informação sobre indicadores específicos para o planejamento energético. No máximo eles fornecem a relação de bibliografia técnico-científica, onde esses indicadores podem ser encontrados, sendo essa a grande limitação desses sistemas. O espaço cada vez maior ocupado pela questão energética nos debates sobre desenvolvimento regional e a constatação da inexistência de uma ferramenta, capaz de subsidiar efetivamente o planejamento energético na Amazônia, levaram à aprovação, em 1995, do projeto “Banco de Dados de Fontes Energéticas da Amazônia (FEA)”, junto ao Programa do Trópico Úmido (PTU). O FEA tem como objetivos subsidiar as atividades de planejamento energético regional, através de indicadores energéticos e sócio-econômicos, bem como facilitar a localização de referências bibliográficas, projetos de pesquisa e especialistas relacionados à área energética e afins. Atualmente, o FEA possui três bases de dados: específica, bibliográfica e referencial. A base específica possui duas entradas de dados: energética e sócio-econômica. A primeira fornece aos usuários informações sobre potencialidades e reservas energéticas, produções e consumo de energia por setor, além de perdas, exportação, importação de energia. A segunda dissemina dados sobre demografia, mortalidade infantil, índice de desenvolvimento humano, taxa de alfabetização, emprego, PIB, renda familiar. Encontra-se em fase de desenvolvimento uma nova entrada de dados que levará aos usuários informações sobre as relações existentes entre os indicadores energéticos e sócio-econômicos: energia e PIB, energia e emprego, energia e demografia, energia e indicadores de qualidade de vida. As bases bibliográficas e referencial diferenciam-se das bases do Informam e Siamaz por serem específica à área energética e afins. Neles os usuários têm à disposição informação sobre bibliografias, com padronização pelo Energy Technology Data Exchange (ETDE), da Agência Internacional de Energia, projetos de pesquisa e especialistas, que atuam na Amazônia. Embora o FEA represente uma mudança na tendência dos sistemas de informação observada na década de 80, principalmente por ser um sistema de dados específicos, ele apresenta alguns problemas de ordem estrutural e gerencial, que o deixam distante de ser uma ferramenta ideal para o planejamento energético regional. Entre os quais, destacam-se: limitação da base de dados específicos, abordagem a nível de macro-escala, centralização do sistema e ausência de recursos financeiros para sua manutenção e gerenciamento. A limitação da base de dados específicos pode ser notada pela ausência de informações sobre tecnologias de produção de energia, infra-estrutura, legislação, políticas de desenvolvimento e meio ambiente, impactos ambientais da produção e consumo de energia. A estruturação do FEA a nível de macro-escala inviabiliza o planejamento energético mais descentralizado, ou seja, a nível municipal e local, por carência de informações nessas esferas.

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A centralização do sistema de informação, em relação a sua localização, dificulta a obtenção de determinados dados em outros Estados. Como exemplo, cita-se o caso da identificação, produção e consumo de energia de autoprodutores. Por fim, a falta de recursos financeiros próprios para manutenção e gerenciamento do FEA poderá levar a desatualização das bases e extinção desse sistema no curto prazo, caso esse problema não seja solucionado. Sistema de Informação Ideal Um sistema de informação ideal e eficiente para subsidiar o processo de planejamento energético deve agregar e armazenar dados, que permitam o desenvolvimento de análises consistentes, visando o atendimento das demandas energéticas ou modificações no padrão de produção e consumo de energia, com racionalidade econômica e ambiental. Para satisfazer a essa meta, o sistema de informação deve possuir 7 bases de dados principais: energética, sócio-econômica, tecnológica, fisiográfica, de impactos sócio-ambientais, de infra-estrutura e de políticas de desenvolvimento e meio ambiente. Como bases secundárias, esse sistema pode incluir a relação de pesquisadores atuantes na região e bibliografia especializada, além de trabalhos científicos (relatórios, artigos) sobre a questão energética regional e áreas afins (figura 1). Figura 1: Estrutura de um sistema de informação ideal. Abaixo, são especificadas as bases de dados principais, bem como as entradas de cada base e algumas informações que podem ser trabalhadas nesse sistema.

Bases Secundárias

Trabalhos Técnicos

Bibliográfica

Especialistas

Base Fisiográfica

Base Impactos Sócio-Ambientais

Base Política

Base Infra-Estrutura

Base Tecnológica

Base Sócio-Econômica

Base Energética

Bases Principais

Banco de Dados

Sites de Informações sobre Energia

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Base Energética • Potencial e reservas energéticas: renováveis e não-renováveis • Balanço energético: Produção, consumo setorial, importação, perdas de energia • Preço da energia: Tarifas, preço de derivados de petróleo Base Sócio-econômica • Demografia: População, domicílios, migração • Emprego: Setores de serviços, industrial, agropecuário • Indicadores de qualidade de vida: Alfabetização, expectativa de vida, mortalidade infantil • Produção: Industrial, agropecuária, extrativista • Produto Interno Bruto: Total, por setores da economia • Renda familiar: Por domicílio Nesta base devem ser incluídos índices que correlacionam indicadores sociais e econômicos, como: Índice de Desenvolvimento Humano - IDH Base Tecnológica • Equipamentos: Produção, transmissão, distribuição, conservação de energia, incluindo especificações técnicas, preço e fabricantes desses equipamentos. • Tecnologia de produção industrial: Utilizadas pelos setores produtivos e disponíveis no mercado, incluindo especificações técnicas, preço e fabricantes. • Técnicas de monitoramento e mitigação de impactos ambientais: Equipamentos para controle de emissão de poluentes, incluindo especificações técnicas, preço e fabricantes desses equipamentos, técnicas de reflorestamento, contento informações sobre capacidade de fixação de carbono e produtividade. Nesta base devem ser incluídos parâmetros que relacionem tecnologia e emprego. Base de Impactos Sócio-ambientais • Impactos provocados pelas atividades energéticas: emissões de CO2, degradação de florestas, impactos no solo, poluição e assoreamento de rios, remoção de comunidades, desestruturação sócio-produtiva. Base de Políticas de Desenvolvimento e Meio Ambiente • Legislação: Florestal, de uso múltiplo das águas, impostos verdes, tarifas de energia, concessão dos serviços energéticos. • Planos de desenvolvimento: Desenvolvimento de pólos agropecuários, industriais, extrativistas e turísticos, expansão do setor elétrico, planejamento familiar. Base de Infra-estrutura • Transportes: Frota de veículos, capacidade de transporte (carga e passageiro), malha de transporte. • Energia: Plantas de geração, redes de transmissão e distribuição de energia. • Pólos de Desenvolvimento: Localização, tipo Base Fisiográfica • Vegetação: Tipo, distribuição, áreas de tensão florestal, produtividade florestal • Relevo: Tipo, altitudes, distribuição espacial • Bacias Hidrográficas: Características dos rios, fauna aquática, rede hidrográfica • Clima: Temperatura, índice de precipitação pluviométrica, radiação global, nebulosidade • Solos: Tipo, distribuição espacial

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A estruturação do sistema de informação deve ser concebida de tal forma que seja possível a inclusão, tanto de novas bases quanto de novas entradas de dados, uma vez que o conhecimento está em constante evolução. Um bom exemplo da importância dessa flexibilidade diz respeito a questão ambiental, que foi incorporada ao planejamento energético a partir da década de 70. Hoje, “é portanto necessário incorporar aspectos de qualidade ambiental e desenvolvimento regional nas análises energéticas regionais” (HAFKAMP, 1986 apud NIJKAMP; VOLWAHSEN, 1990). A experiência proporcionada pelo FEA mostra que os sistemas de informação para serem completamente eficientes, devem agregar e armazenar informações que permitam o desenvolvimento de análise de planejamento energético, tanto de macro-escala (regional, estadual) quanto de micro-escala (local: comunidades rurais e indústrias). Neste sentido, é imperativo que essas informações sejam trabalhadas de forma descentralizadas. A descentralização da informação exige que cada estado da Amazônia Brasileira possua o seu sistema de informação, uma vez que isso favorece o levantamento e a coleta de informações mais pontuais, como exemplo: a identificação de autoprodutores e seus consumos de energia, grande barreira encontrada pelo FEA, no que diz respeito à coleta de informação em outros estados. Esses sistemas estaduais deverão estar interconectados a um sistema central, formando uma rede de informação regional sobre energia e áreas afins, que permitirá o desenvolvimento de planejamentos energéticos de macro-escala para a Amazônia. Conclusões A importância de um sistema de informação para o planejamento energético está na redução de custos e tempo, tanto no levantamento e coleta de informações quanto na conclusão das análises. No entanto, torna-se necessário que as informações disponibilizadas sejam objetivas e consistentes para que possam subsidiar efetivamente o planejamento energético. Uma rede de informação ideal para a Amazônia seria formada por sistemas localizados em cada estado, que trabalhariam os dados sobre energia e áreas fins, referentes ao estado, aos municípios e, se possível, a nível local. Esses sistemas deveriam estar conectados a um sistema central, capaz de agregar e armazenar as informações sobre a região. É imperativo que esses sistemas de informação possuam recursos financeiros próprios para gerenciamento e manutenção, caso contrário, há o risco de defasagem das informações. Referências Bibliográficas ARAÚJO, J.L.R.H. Modelos de energia para planejamento. Rio de Janeiro, 1988. p. 94 -127.

Tese (prof. titular) – COPPE / UFRJ. BRINKMANN, P. C. Towards descentralization: energy planning in Guangdong. Energy Policy, v.

13, n. 4, p. 204-214, jun.1985. FOELL, W. K. Energy planning in developing countries. Energy Policy, v.13, n.4, p.350-354,

aug. 1985. FREITAS, M. A.V.; DI LASCIO, M. A.; ROSA, L. P. Biomassa energética renovável para o

desenvolvimento sustentável da Amazônia. Revista Brasileira de Energia. SBPE, v.5, n.1, p. 71-97, prim. sem. de 1996.

NIJKAMP, P.; VOLWAHSEN, A. New directions in integrated regional energy planning. Energy Policy, v.18, n.8, oct. 1990.

REDCLIFT, M. Sustainable energy policies for the brazilian Amazon. Energy Policy. v.22, n.5, p. 427-431, may 1994.