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Redação dissertativa
Estrutura de um parágrafo
O parágrafo é uma unidade de pensamento.
Assim, seu eu escrevo um primeiro período / ideia
“A educação brasileira vai mal”, não posso deixar o pensamento “solto no ar” sem um trabalho que lhe dê
consequência. É necessário apresentar uma segunda ideia para justificar o período anterior, sem repeti-lo, nem
distanciá-lo demais de sua afirmação: “A escassez de verbas destinadas a esse setor inviabiliza, cada vez mais,
a esperança de uma educação ao alcance de todos”. Logo depois: “Professores com a remuneração precária,
escolas destruídas definem o exato perfil do ensino em nosso país”. E, finalmente, “Assim, não se sabe até que
ponto irá o descaso oficial para uma questão de tal importância e urgência.”
Organizando as ideias em um só texto:
O ensino brasileiro vai mal. A escassez de verbas destinadas a esse setor inviabiliza, cada vez mais, a
esperança de uma educação ao alcance de todos. Professores com a remuneração precária, escolas
completamente destruídas definem o exato perfil do ensino em nosso país. Assim, não se sabe até que ponto
irá o descaso oficial para uma questão de tal importância e urgência.
Observar o trabalho de articulação de ideias:
1. O ensino brasileiro vai mal. (Afirmação)
2. A escassez de verbas destinadas a esse setor inviabiliza, cada vez mais, a esperança de uma educação ao
alcance de todos. (Justificativa)
3. Professores com a remuneração precária, prédios completamente destruídos definem o exato perfil do
ensino em nosso país. (Exemplificação)
4. Assim, não se sabe até que ponto irá o descaso oficial para uma questão de tal importância e urgência.
(Conclusão do parágrafo)
A introdução precisa:
* dizer ao leitor qual é o tema;
* que aspectos serão desenvolvidos sobre o tema;
* evitar rodeios, digressões.
- A introdução não deve exceder seis linhas.
ALGUNS TIPOS DE INTRODUÇÃO*:
A. Dados retrospectivos: As primeiras manifestações de comunicação humana, nas eras mais primitivas, foram
traduzidas por sons que expressavam sentimentos de dor, alegria ou espanto. Mais tarde...
B. Uma citação: O plebiscito pode ser analisado a partir da perspectiva de Maurice Battelli, quando o define
como a manifestação direta da vontade do povo que delibera sobre um determinado assunto.
C. Uma pergunta: Será a chamada música popular brasileira verdadeiramente popular e verdadeiramente
brasileira?
D. Dados estatísticos: Naquela cidade de 170 mil habitantes, cerca de 90% das crianças e jovens entre seis e
dezoito anos frequentam as salas escolares, o que atesta a preocupação das autoridades com o nível de
instrução dos seus moradores.
E. Narrativa de um ato: Em agosto de 1976, faleceu o ex-presidente Juscelino Kubitschek, em cuja gestão foi
construída a monumental capital brasileira.
F. Uma frase declarativa: O artista contemporâneo, diante de um mundo fundamentalmente complexo e
agitado, tem por missão traduzir, o mais fielmente possível, essa realidade.
G. Com ideias contrastantes: Enquanto os estádios de futebol exibem uma grande estrutura em decorrência da
Copa que ocorrerá no país, estradas em situação de precariedade colocam em risco a vida de brasileiros que
por elas passam.
* Com base no material de Redação da DCL.
Agora é com vocês.
Façam uma introdução conforme um dos modelos citados, em prosa dissertativa argumentativa, com o
seguinte tema: A JUVENTUDE BRASILEIRA E AS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA.
Texto 4
É crucial que os jovens participem da tomada de decisão em assuntos que digam respeito a sua vida e ao seu
futuro. Mas também é preciso investir para que os que detêm poder na sociedade reconheçam e valorizem os
temas trazidos por eles em seus diferentes segmentos. Assim como é necessário dar força aos inúmeros
mecanismos de participação que vêm sendo inventados pelos jovens e atualizados de formas criativas,
mobilizadoras e, muitas vezes, transgressoras. Têm sido criados novos espaços de interlocução e de
representação, como é o caso dos conselhos de juventude, redes e fóruns, que precisam ser ainda mais
ocupados e legitimados pelos gestores de políticas, educadores, movimentos e organizações sociais e pelos
próprios jovens.
Fonte: Boghossian, Cynthia Ozon e Minayo, Maria Cecília de Souza. “Revisão sistemática sobre juventude e participação nos últimos 10 anos” in
Saúde Soc. São Paulo, v.18, n.3, p.411-423, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ sausoc/v18n3/06.pdf. Acesso em 14 de fevereiro de
2010.