redação jurídica

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www.cers.com.br OAB XIII EXAME 2º FASE Português Jurídico Rodrigo Bezerra 1 Cuidado com a sua grafia Fique atento às margens (paragrafação) Evite afastamento excessivo na abertura do parágrafo.

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Dicas de português para estudantes de direito.

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Page 1: Redação jurídica

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OAB XIII EXAME – 2º FASE Português Jurídico

Rodrigo Bezerra

1

Cuidado com a sua grafia

Fique atento às margens (paragrafação)

Evite afastamento excessivo na abertura do

parágrafo.

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OAB XIII EXAME – 2º FASE Português Jurídico

Rodrigo Bezerra

2

Escreva corretamente

Em caso de dúvida, substitua, troque o

vocábulo

Cuidado com o emprego dos pronomes

relativos

Fique atento ao fluxo do pensamento.

Cuidado com a flexão dos verbos.

Cuidado as estruturas sintáticas do texto.

Cuidado com o emprego dos conectivos.

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Rodrigo Bezerra

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Evite o emprego do “gerundismo”.

Cuidado com o emprego inadequado do

pronome “mesmo(a)”.

Cuidado com o emprego dos sinais de

pontuação!!!!!!!

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4

Procure efetuar a concordância verbal e a

nominal de acordo com a norma padrão.

Cuide da regência de seu texto (emprego

correto das preposições, emprego correto

dos pronomes relativos e emprego correto

do acento grave.

Procure usar elementos de coesão para a

articulação entre as ideias.

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Procure usar elementos de transição entre

os parágrafos.

Frases de transição discursiva para a área

jurídica:

Cumpre observar preliminarmente que... Como se depreende... Convém notar, outrossim, que... Verdade seja, esta é... Em virtude dessas considerações... Depois das noções preliminares em breve

trecho, podemos...

Frases de transição discursiva para a área

jurídica:

Consoante noção cediça... Não quer isso dizer, entretanto, que... Impende observar que... É sobremodo importante assinalar

que...

À guisa de exemplo podemos citar...

Frases de transição discursiva para a área

jurídica:

No dizer sempre expressivo de... A nosso pensar... Convém ponderar que... É bem verdade que... Mister se faz ressaltar...

Frases de transição discursiva para a área

jurídica:

Oportuno se torna dizer... É de opinião unívoca... Tenha-se presente que... Posta assim a questão, é de se dizer

que... Inadequado seria esquecer também

que... Tenho criticado vários atos e segmentos do Judiciário, cujo controle externo defendo. Recentemente escrevi que se os juízes tiverem vontade de trabalhar - expressão com a qual sintetizei aspectos das deficiências judiciais - resolverão muitos dos problemas sociais que enfrentamos na atualidade. Assim sendo, sinto-me à vontade para negar que cabe ao Judiciário a maior culpa pela crise. Em primeiro lugar, tenha-se presente que grande número dos processos civis, fiscais e trabalhistas tem origem em ilegalidades praticadas por administradores públicos,... Eles se esquecem da sabedoria de Vicente Matheus quando trata das facas de dois legumes, pois o Judiciário eficiente tanto permitirá as cobranças reclamadas, quanto forçará o poder público a parar com seus calotes e impedirá as ilegalidades cometidas. Em segundo lugar, acentuo as omissões no cumprimento do dever legal dos outros poderes. Exemplo mais gritante é do próprio Legislativo, que não aprovou as leis suplementares da Carta de 1988.

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O Executivo, por seu lado, baixa instruções, decretos, portarias e toda sorte de medidas administrativas, muitas das quais são flagrantemente ilegais. Forçam os contribuintes a se defenderem em juízo. Agravam o congestionamento judicial. Nenhuma lesão ou ameaça de lesão ao direito individual pode ser excluída de apreciação pelo Poder Judiciário na verdadeira democracia. Se o Executivo quiser que as pessoas diminuam a corrida aos tribunais deve parar com as ilegalidades. Assinalo, ainda, a distância numérica entre o aparato judiciário brasileiro e o universo ao qual ele deve atender. Seja objetivo (conciso) em suas respostas.

QUESTÃO 1

De acordo com o Código de Proteção e Defesa

do Consumidor (Lei no 8.078/90), responda

fundamentadamente qual a diferença entre

publicidade enganosa e publicidade abusiva.

Publicidade enganosa “é a que contém

falsa informação ou comunicação hábil a

induzir em erro o consumidor,

independentemente de seu grau de instrução”,

conforme lição do professor Jorge Alberto de

Quadros Carvalho Silva, em sua obra “Código

de Defesa do Consumidor Anotado”. A

publicidade pode ser enganosa por omissão,

quando omite informação sobre elemento

essencial do produto ou do serviço que poderia

afetar a liberdade de escolha do consumidor,

como a “falta de esclarecimentos das

características relevantes do produto”.

Já a publicidade abusiva é aquela “cujo

conteúdo lesa os valores socialmente aceitos”.

É a que está em desconformidade com os

padrões mercadológicos de boa conduta em

relação ao consumidor, que ofende a ordem

pública, que não é ética, que é opressiva e

inescrupulosa, que causa dano substancial aos

consumidores. A violação da proibição da

publicidade enganosa ou abusiva acarreta

sanções administrativas, civis e penais.

QUESTÃO 2

Augusto, no recinto de uma festa junina, pisou

involuntariamente no pé de Plauto, pessoa

extremamente forte e musculosa. Houve breve

discussão. Na saída, Plauto aproximou-se de

Augusto e o agrediu a socos e pontapés,

causando-lhe ferimentos leves. Apesar de

ferido, Augusto fugiu do local. No caminho,

encontrou-se com Tércio que, tomando

conhecimento do ocorrido e da intenção de

Augusto de vingar-se de Plauto, forneceu-lhe

um revólver calibre 38 de sua propriedade.

Augusto retornou ao local, aproximou-se de

Plauto pelas costas e o alvejou com quatro

tiros a queima-roupa, causando-lhe ferimentos

que foram a causa de sua morte.

Justifique a adequada capitulação do delito

pelo qual Augusto responderá.

RESPOSTA

Augusto responderá por homicídio qualificado

(CP, art. 121, §2o, IV). Em sede de homicídio,

a agressão pelas costas caracteriza a

qualificadora do emprego de recurso que

impossibilitou a defesa do ofendido.

Tércio responderá pelo crime cometido por

Augusto? Justifique.

RESPOSTA

Tércio forneceu um revólver a Augusto,

sabendo da intenção deste de vingar-se de

Plauto. Assim, houve nexo objetivo e subjetivo

ligando a sua conduta à ação delituosa. Tércio

responderá pelo delito cometido por Augusto

(homicídio qualificado), na forma do art. 29 do

CP, na condição de partícipe.

QUESTÃO

De acordo com a Lei no 9.605/98, que dispõe

sobre os crimes contra o meio ambiente, em

quais situações o abate de animal silvestre

NÃO é considerado crime contra a fauna?

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De acordo com a Lei no 9.605/98, art. 37, o

abate de animal não é considerado crime

contra a fauna quando realizado:

I. em estado de necessidade, para saciar a

fome do agente ou de sua família;

II. para proteger lavouras, pomares e rebanhos

da ação predatória ou destruidora de animais,

desde que legal e expressamente autorizado

pela autoridade competente;

III. por ser nocivo o animal, desde que assim

caracterizado pelo órgão competente.

“A problemática da tutela antecipatória requer

seja posto em evidência o seu eixo central: o

tempo. Se o tempo é a dimensão fundamental

na vida humana, no processo ele desempenha

idêntico papel, pois o processo também é vida.

O tempo do processo angustia os litigantes;

todos conhecem os males que a pendência da

lide pode produzir. (...) Mas o tempo não pode

servir de empecilho à realização do direito. (...)

O cidadão comum, assim, tem o direito, e não

somente um direito abstrato de ação. O

princípio da inafastabilidade não garante

apenas uma resposta jurisdicional, mas a tutela

que seja capaz de realizar, efetivamente, o

direito afirmado pelo autor, pois o processo, por

constituir a contrapartida do Estado oferece ao

cidadão diante da proibição da autotutela, deve

chegar a resultados equivalentes aos que

seriam obtidos se espontaneamente

observados os preceitos legais”.

Algumas regras para a argumentação:

1. Procure distinguir as premissas das

conclusões. É preciso saber, antes de

começar, aonde você quer chegar.

2. Apresente suas ideias em uma ordem

natural. Se o caso for simples, deixe suas

conclusões para o final.

3. Seja concreto e conciso.

4. Evite linguagem agressiva. Não tente

melhorar a sua argumentação distorcendo,

menosprezando ou ridicularizando o argumento

da parte contrária.

5. Use termos consistentes.