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Redação e dinâmica da Redação e dinâmica da produção científica: produção científica: dicas para publicar em revistas dicas para publicar em revistas internacionais Sidinei M. Thomaz Sidinei M. Thomaz Un. Estadual de Un. Estadual de Maringá, Maringá, Paraná Paraná

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Redação e dinâmica da Redação e dinâmica da produção científica:produção científica:

dicas para publicar em revistasdicas para publicar em revistas internacionais

Sidinei M. ThomazSidinei M. Thomaz

Un. Estadual de Un. Estadual de Maringá,Maringá,ParanáParaná

Page 2: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Vo

lpat

o (

2010

)

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Page 5: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

O que vamos abordar?

1) Porque os cientistas escrevem?

2) Antes de iniciar um artigo – o que fazer?

3) A importância de hipóteses e predições.

4) Organização de um artigo de pesquisa primária: título, abstract, introdução, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências.

Page 6: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

O que vamos abordar?

5) O processo de publicação: da submissão ao aceite final.

6) Qual revista escolher? Fatores de Impacto de revistas e autores.

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Page 9: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

A Ciência envolve várias atividades:

AdministraçãoEnsino

OrientaçãoExecução de processos industriais

Divulgação científicaPesquisa (publicação)

Page 10: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Religião x Artes x Ciência

Todas tentam convencer, mas de formas diferentes

A redação difere em cada forma de conhecimento humano, seguindo seus

objetivos específicos

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Razão baseada em testes de hipóteses e argumentos que podem

ser DESMORONADOS.Menos sujeita a subjetivismos.

Abordaremos a redação para expressar os

resultados dessa forma específica de conhecimento

humano

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A ciência é um processo constante de autocorreção; algo que hoje é considerado errado pode vir a ser correto amanhã!

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“In science, the creditgoes to the man who convinces the world,not the man to whomthe idea first occurs.”

Sir Francis Darwin (1848 - 1925)

The better you write, the more people will take notice

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“A naturalist's life would be a happy one if he had only to observe and never to write.”

Charles Darwin

Page 15: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Vo

lpat

o (

2010

)

Erros conceituais aparecem no texto

Epistemologia: também chamada de teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimento

Page 16: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

1) Porque os cientistas escrevem?

Page 17: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Porque escrever um artigo Porque escrever um artigo científico?científico?

““Publish or perish”Publish or perish”oror

““Publish and flourish”Publish and flourish”

Para conseguir empregoPara conseguir emprego Para manter o empregoPara manter o emprego Para conseguir um Para conseguir um

emprego melhor … e emprego melhor … e ganhar mais dinheiroganhar mais dinheiro

Para se tornar famosoPara se tornar famoso Para ganhar o Nobel!Para ganhar o Nobel!

Por razões científicasPor razões científicas

Para comunicar seus Para comunicar seus resultados: resultados: – Tornar suas descobertas Tornar suas descobertas

públicaspúblicas– Evitar pesquisas repetidasEvitar pesquisas repetidas– Para conseguir mais fundos Para conseguir mais fundos

para pesquisapara pesquisa– Para aprender a partir de Para aprender a partir de

outrosoutros

Page 18: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Que língua usar?Que língua usar?

Page 19: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Que língua usar?Que língua usar?

A linguagem científica internacional é o inglêsA linguagem científica internacional é o inglês Porque não utilizar espanhol, português?Porque não utilizar espanhol, português? Em termos democráticos, deveria ser o chinês (> Em termos democráticos, deveria ser o chinês (>

1 bilhão de pessoas!) 1 bilhão de pessoas!) – sorte nossa que é o inglês!

Page 20: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Alguém se habilita?

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A ciência fala inglês (Volpato, 2010, Dicas...)

- Isso não é subserviência!

- Quantos congressos internacionais em sua área não usam o inglês como idioma oficial?

- Se o texto todo não estiver em inglês, a pesquisa continua escondida por detrás de um idioma restrito.

- Nacionalismo é publicar em inglês, para mostrar ao mundo que na Argentina há ciência de boa qualidade!

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2) Antes de iniciar um artigo – o que fazer?

Page 23: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

ConteúdoConteúdo Um artigo começa a ser escrito na

concepção da pesquisa

Page 24: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Ou seja, tente traçar uma trajetória

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Page 26: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Em um projeto, testou-se a hipótese de que “uma espécie de planta exótica afetava negativamente a diversidade de

plantas nativas”.

Pelo menos duas predições foram geradas:

(i) As curvas cumulativas de espécies resultariam em menor riqueza em quadrados colonizadas pela exótica;

(ii) Haveria redução da S de espécies nativas com o aumento da biomassa da exótica.

Page 27: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Predição (i):

Quadrados

me

ro d

e e

spé

cie

s

Quadrados

me

ro d

e e

spé

cie

s

lagoas

me

ro d

e e

spé

cie

s

Locais invadidos

Locais não invadidos

Quadrados

As curvas cumulativas de espécies resultariam em menor riqueza em quadrados colonizadas pela exótica

Page 28: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Biomassa da espécie exótica

me

ro d

e e

spé

cie

s

Biomassa da espécie exótica

me

ro d

e e

spé

cie

s

Biomassa da espécie exótica

me

ro d

e e

spé

cie

s

Predição (ii): Haveria redução da S de

espécies nativas com o aumento da biomassa da exótica

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Page 30: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Antes de iniciar...Antes de iniciar...

É sempre bom lembrar: faça um bom planejamento amostral, pois NÃO HÁ REMÉDIO PARA ERROS FATAIS (“FATAL FLAWS”)!

Então, leve MUITO A SÉRIO seu planejamento experimental, de outra forma seu trabalho não será publicado em uma revista internacional.

Page 31: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

lesteentrada da estufa

oestefundo da estufa

Gradiente de temperatura

Exemplo real de um erro fatal: criação de gradiente de temperatura em uma casa de vegetação para testar efeito do

aquecimento global sobre o crescimento de plantas

Page 32: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Antes de iniciar...Antes de iniciar...

Faça um bom levantamento bibliográfico porque...HÁ UMA ENORME CHANCE DE QUE ALGUÉM JÁ

TENHA FEITO ALGO PARECIDO OU...

EXATAMENTE IGUAL AO QUE VOCÊ ACHA QUE SERÁ INÉDITO!

Page 33: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Cuidado na hora de escolher um projeto...

Page 34: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Escolha um problema importante, para a ciência ou para a sociedade.

“...um cientista de qualquer idade que quer fazer descobertas importantes, deve estudar problemas importantes.”

“Uma grande parte da arte do solúvel é a arte de propor hipóteses que possam ser testadas por experimentos praticáveis.”

Page 35: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

3) A importância de hipóteses e predições

Page 36: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

De uma maneira mais geral, os seguintes elementos aparecem no

método científico

(M. Shermer, 2011):

Indução: formulação de uma hipótese extraindo conclusões de dados existentes;

Dedução: fazer predições específicas com base nas hipóteses;

Observação: coletar dados a partir de hipóteses que nos dizem o que procurar na natureza;

Verificação: testar as predições confrontando-as com observações adicionais para confirmar ou invalidar as hipóteses iniciais.

Page 37: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Conteúdo: a importância das Conteúdo: a importância das hipóteseshipóteses

A hipótese direciona o estudo, determinando o que o pesquisador pretende buscar, dentro de um universo maior.

Page 38: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Algumas perguntas são mais facilmente respondidas com a formulação de uma hipótese (Volpato, 2010).

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Nem sempre a hipótese é a melhor estratégia da pesquisa (Volpato, 2010).

Pesquisa descritiva

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Conteúdo: a importância das Conteúdo: a importância das hipóteseshipóteses

HIPÓTESE: ideia pré-concebida acerca dos resultados que serão obtidos;

Uma pergunta que já contém a resposta;

Deve ser passível de rejeição.

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“A menos que uma hipótese restrinja o número de observações possíveis de eventos no universo, um experimento não produzirá nenhum efeito. Uma hipótese totalmente permissível diz nada.”

P. Medawar

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Reorganizando as ideias (segundo Farji-Brener, 2003 e Singer, 2007)

Conteúdo: a importância das Conteúdo: a importância das hipóteseshipóteses

A distinção entre hipóteses, predições e pressupostos (ou premissas) não é clara para a maioria dos pesquisadores.

Page 43: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Hipótese: suposição de uma coisa possível, da qual se extraem consequências (Larousse).

Predição: consequências das hipóteses (as predições são testadas).

O uso de uma predição como se fosse uma hipótese não permite ao leitor conhecer as IDEIAS que estão sendo

avaliadas pelo autor.

Page 44: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Exemplo:

Hipótese de trabalho:

“A complexidade estrutural de habitats afeta positivamente a diversidade de espécies.”

Stiling (2002)

Page 45: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Predições:

“Córregos com fundo pedregoso terão maior diversidade de invertebrados do que córregos com fundo arenoso.”

“A diversidade de invertebrados associados a macrófitas aumenta com a dimensão fractal (um indicador da complexidade).”

“Florestas com maior número de estratos suportam maior diversidade de insetos”.

“Florestas com maior número de estratos suportam maior diversidade de aves”.

Page 46: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

HIPÓTESE OU TEORIA: IDEIAS

GERAIS

Predição 1

Predição 2Predição 3

Prediçã

o 6Predição 4 Predição 5

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Pressupostos (premissas):

O que levou a formular a hipótese.

A maior complexidade estrutural dos habitats fornece abrigo e mais nichos (inclusive alimentar), o que eleva a

diversidade.

Stiling (2002)

Page 48: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Ex. duas espécies de Typha aparentemente colonizam profundidades diferentes.

Page 49: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Ex. duas espécies de Typha aparentemente colonizam profundidades diferentes.

Hipótese: a profundidade determina a distribuição dessas espécies.Predição 1: uma das espécies colonizará regiões mais profundas que a outra.

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Ex. duas espécies de Typha apresentam preferência por profundidades diferentes.

Hipótese: a profundidade determina a distribuição das espécies.

Predição 2: quando ambas crescem isoladamente, uma das espécies continuará colonizando locais mais profundos.

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Ou seja,

uma hipótese aceita pode ser refutada por um futuro experimento.

Exemplo anterior:

A zonação era aparentemente o fator determinante, mas a competição parece ser

mais importante

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Porém, os conceitos em ecologia são contingentes (dependem de cada caso) e

assim, uma hipótese mais geral normalmente não é rejeitada por um

único experimento.

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Conselho de P. Medawar (sobre hipóteses):

“Não posso oferecer a nenhum cientista de qualquer idade melhor conselho que esse: a intensidade da convicção de que uma hipótese é verdadeira não tem nenhuma influência sobre o fato de ela ser verdadeira ou não.”

Page 54: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Sugestões de leitura

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Tipos de trabalhos (Volpato, 2010):

Descritivos: descrevem fenômenos, medem e comparam resultados de variáveis etc.De associação: testam associação entre variáveis

De interferência: testam relação de interferência entre variáveis

As duas últimas envolvem testes de hipóteses

Page 56: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Volpato (2010)

Exemplo:

Durante as águas baixas em lagoas de planície, há um aumento da densidade de peixes e também do fitoplâncton.

Conclusão (errônea):

o fitoplâncton causou a elevação da densidade de peixes.

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Exemplos de trabalhos:

Descritivos: comparar a diversidade de duas áreas

De associação: testar a hipótese de que a complexidade de habitats encontra-se positivamente relacionada com a diversidadeDe interferência: testar uma hipótese acerca dos mecanismos envolvidos na relação entre complexidade de habitats e diversidade

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Não devemos fazer pesquisa descritiva?

Pelo contrário, elas são necessárias!

A crítica se justifica somente quando os cientistas nunca vão além da descrição. Os resultados mais importantes da ciência são as generalizações e teorias que derivam do material factual bruto.E. Mayr, 1997, p. 160.

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Revistas melhores:

Em geral, o mesmo trabalho deve mostrar a associação e os mecanismos envolvidos

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Page 61: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Caso você tenha feito um trabalho de associação, pode inferir sobre os mecanismos com base em dados da literatura Volpato (2010)

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Importante:

O conteúdo de um artigo científico (título, introdução, métodos, resultados e discussão) deve ser coerente com cada uma dessas formas de trabalho.

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4) Organização de um artigo de pesquisa

primária: título, abstract, introdução, métodos, resultados, discussão,

agradecimentos e referências

Page 64: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

ConteúdoConteúdo A estrutura de um artigo segue a sequência

de argumentos críticos:

– Apresenta-se uma pergunta (ou hipótese);

– Mostra-se evidências que suportam possíveis respostas para a questão;

– Tenta-se persuadir o leitor de que as respostas escolhidas são verdadeiras.

Page 65: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Regra 1Regra 1

Um artigo, Um artigo,

uma (es)história!!!uma (es)história!!!

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PORÉM, evite fazer“ciência salami”!

Quando todos os resultados juntos produzem uma mensagem única que pode ser apresentada em um artigo com tamanho normal, elas se completam e devem ficar juntas.

Page 67: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Regra 2Regra 2

SEJA SIMPLES!SEJA SIMPLES!Pratique a habilidade de síntese, pois ela é de extrema importância

para um cientista.

Page 68: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Regra 3Regra 3

USE A USE A LINGUAGEM LINGUAGEM

CORRETACORRETA

Page 69: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Organização de um artigo científico Organização de um artigo científico primárioprimário

Page 70: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

INTRODUÇÃO– O que você fez? Porque você fez essa pesquisa?

MATERIAIS E MÉTODOS– Como você fez sua pesquisa?

RESULTADOS – O que você encontrou?

DISCUSSÃO– Qual o significado dos seus resultados?

(CONCLUSÕES)

Organização de um artigo científico Organização de um artigo científico primário – IMRAD:primário – IMRAD:

Page 71: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Título Abstract Introdução Materiais e Métodos (Métodos) Resultados Discussão (Conclusões) Agradecimentos Referências Tabelas e Figuras, legendas (Apêndices)

Organização de um artigo científico primário

Page 72: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Sugestão de leitura:

Page 73: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

4) Organização de um artigo de pesquisa

primária: título, abstract, introdução, métodos, resultados, discussão,

agradecimentos e referências

Page 74: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

O artigo científico deve:

- priorizar teorias, conceitos ao invés dos dados e resultados;

- ou seja, MANTER O FOCO;

- ser coerente com as ideias gerais, hipóteses e objetivos do trabalho;

Page 75: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

-Aprenda com os artigos publicados em grandes revistas (Ecology, Nature, Science etc.)

Porque o artigo foi publicado nessa revista? Quais métodos empregou? etc...

Page 76: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher um título?Como escolher um título?

A primeira impressão é a que fica. Faça-a valer de fato!

Page 77: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher um título?Como escolher um título?

Não se esqueça: o título é a porta de entrada para seu trabalho! Títulos sugestivos levam o leitor para a segunda porta (o Abstract).

Page 78: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher um título?Como escolher um título?

Mas títulos ruins...

Page 79: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Ser correto e conciso:Ser correto e conciso:– ““Absence of allelic Absence of allelic

divergence shows that divergence shows that there is no Meselson there is no Meselson effect in an ancient effect in an ancient asexual ostracod”asexual ostracod”

Ser atraenteSer atraente– ““No slave to sex”No slave to sex”

Duas maneiras de atrair a atenção

Como escolher um título?Como escolher um título?

A primeira impressão é a que fica. A primeira impressão é a que fica. Faça-a valer de fato!Faça-a valer de fato!

Page 80: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Apesar de ser atraente, esse título não é muito informativo

Alguns de seus colegas não vão gostar desse título televisivo

Absence of allelic divergence in ostracod: no slave to sex

Page 81: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher um título?Como escolher um título?As conclusões podem ser colocadas no

título(tendência moderna nas grandes

revistas)

Page 82: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher um título?Como escolher um título?O problema pode ser colocado no título

Page 83: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher um título?Como escolher um título?

Em trabalhos ecológicos, evite colocar nomes de espécies e do local de estudos

no título

Page 84: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Títulos muito descritivos e pouco atraentes Títulos muito descritivos e pouco atraentes devem ser evitados:devem ser evitados:

““Studies Studies on….”on….” ““Characterisation Characterisation of ….”of ….” ““Observations Observations on….”on….” ““Investigations Investigations into….”into….”

Como escolher um título?Como escolher um título?

Page 85: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

1.1. Título atraente, mas não televisivo, como Título atraente, mas não televisivo, como em uma propaganda.em uma propaganda.

2.2. Não pode ser descritivo, mas relacionado Não pode ser descritivo, mas relacionado com hipóteses ecológicas/evolutivas com hipóteses ecológicas/evolutivas geraisgerais

3.3. KISS: Keep it simple and stupid KISS: Keep it simple and stupid

(or: keep it simple, stupid…)(or: keep it simple, stupid…)

Como escolher um título?Como escolher um título?ResumoResumo

Page 86: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Uma dica final: tente deixar o título curto.

Page 87: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Physical complexity provided by macrophytes reduce fish predation on

aquatic invertebrates

Um exemplo próprio de título mal formulado

Page 88: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Como escolher as palavras chaves?Como escolher as palavras chaves?

- Não repetir as palavras que já ocorrem no título

- Utilize palavras que não apareçam no abstract ou até mesmo no texto todo

Page 89: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Abstract (extremamente importante)Abstract (extremamente importante)

“Um abstract bem preparado capacita os leitores a identificar o conteúdo básico de um documento rapidamente e acuradamente, determinar sua relevância a seus interesses e, assim, determinar se ele VAI LER O DOCUMENTO INTEIRO OU NÃO.” (Am. Natl. St. Inst. 1979)

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AbstractAbstract

Assim como o título, essa é frequentemente a Assim como o título, essa é frequentemente a única parte do seu artigo que será lida por única parte do seu artigo que será lida por um público mais geral. um público mais geral.

“A good abstract offers the promise of being followed by a good paper. A bad abstract…...”Martin Welch

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• Curto (c 200-250 palavras)Curto (c 200-250 palavras)• Geralmente em um único parágrafo (há Geralmente em um único parágrafo (há exceções)exceções)• Escrito no passado (o trabalho já foi feito)Escrito no passado (o trabalho já foi feito)• Sem referências Sem referências • Sem abreviações (exceto DNA, pH,…)Sem abreviações (exceto DNA, pH,…)• Quando colocar abreviações, defina-as novamente no texto• Sem dados brutosSem dados brutos

Page 92: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Abstract

Deve POSSUIR conteúdo: NUNCA “esses resultados serão discutidos”

Deve se compreendido por um público mais amplo.

Page 93: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Abstract SUGESTÃO:

1. Contexto geral (não necessariamente), pergunta da pesquisa ou hipótese a ser testada 2. Principais métodos

3. Principais resultados (não apresentar dados brutos!)

4. Principal significância dos resultados (por exemplo: a hipótese foi rejeitada ou não)

Em algumas revistas, essas sessões são numeradas

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Introdução

“Aqui você deve validar a proposta de seu trabalho”

Volpato (2010 – Dicas para...)

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IntroduçãoIntrodução

Contexto e “histórico”: Não utilize literatura excessiva, apenas os artigos principais que ilustram o conflito.

Coloque em um contexto amplo (Coloque em um contexto amplo (paradigma) )

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Explore as lacunas (justificativa): porque você fez essa pesquisa?

IntroduçãoIntrodução

Mostre e valorize a novidade (“novelty”) de sua pesquisa

Repetições não são aceitas em revistas internacionais

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IMPORTANTE:

A falta de dados ou de estudos NÃO é jusfiticativa para a realização de um estudo!

Pense em uma justificativa teórica (quais lacunas serão

preenchidas?)

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Citações de artigos na Introdução (mas tb válido para discussão)

É desejável que ocorra um balanço entre clássicos e artigos

mais recentes (que sejam os mais importantes de seu campo).

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“The written introduction is not an exhaustive review of the literature, but a documentation of the critical supporting ideas and results of the study at hand.”

Schulte (2003)

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Introdução Introdução (mas tb válido para discussão)(mas tb válido para discussão)

Valorize a ciência nacional e latino-americana!

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IntroduçãoIntrodução

Que hipótese você testou? Quais são as predições de sua hipótese?

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Quantos detalhes devemos passar?

IntroductionIntroduction

A Introdução deve fornecer informação suficiente para permitir ao leitor entender e avaliar o presente estudo SEM se referir a publicações prévias sobre o tópico. (Instructions to authors, J. Bacteriol, 2001)

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IntroductionIntroduction

Sequência da Introdução:

Uma boa dica é seguir do GERAL (contexto amplo) para o ESPECÍFICO (o que seu trabalho vai testar)

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Exemplo: trabalho sobre efeito de uma espécie exótica sobre a biodiversidade

aquáticaIntroduções de espécies podem afetar as comunidades

Ambientes aquáticos sofrem danos mais severos de introduções e têm maiores taxas de extinção

Plantas aquáticas são importantes para a manutenção da diversidade aquática

Várias espécies de plantas aquáticas são invasoras e têm comprometido a diversidade

Um exemplo é XXX (estudada nesse

trabalho)

HIPÓTESE

PREDIÇÃO

CONCLUSÃO

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RESUMINDO:

Embora essas dicas possam ajudar, a Introdução pode ser

redigida com relativa liberdade, desde que capacite o leitor a compreender o histórico, as lacunas, a novidade de seu

trabalho, os pressupostos, e o que você estudou (a

hipótese/predição que você testou).

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Materiais e MétodosMateriais e Métodos Local de estudos: posição geográfica e uma curta posição geográfica e uma curta

descriçãodescrição Material: número de amostras, organismos, número de amostras, organismos,

deposição de material referência ou número de deposição de material referência ou número de entrada em bancos de dados públicos (ex. entrada em bancos de dados públicos (ex. Genbank)Genbank)

Protocolo das amostras e experimental: tipo de tipo de amostragem, tipo de equipamentos utilizados, amostragem, tipo de equipamentos utilizados, réplicas, frequência amostral ou de controles... réplicas, frequência amostral ou de controles... – Forneça detalhes suficientes para permitir a Forneça detalhes suficientes para permitir a

reprodutibilidade do estudoreprodutibilidade do estudo Análises estatísticas: quais tipos de análise, quais quais tipos de análise, quais

softwares, versões do software...softwares, versões do software...

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Importante:

descreva o objetivo de cada análise estatística

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Exemplo:

“A detrended correspondence analysis (DCA) was performed to summarize fish assemblage structure (composition and abundance). Then, sample scores of the ordination were generated and analyzed through a two-way ANOVA (time of the day and position as factors). We assumed that samples apart in the ordination presented distinct fish assemblage structure.”

Agostinho et al. (2007)

ANÁLISE

ANÁLISE

OBJETIVO

OBJETIVO

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ResultadosResultados Apresente apenas os resultados de sua pesquisa Apresente apenas os resultados de sua pesquisa

Não inclua todos os experimentos que você fez, Não inclua todos os experimentos que você fez, apenas aqueles relevantes para a questão apenas aqueles relevantes para a questão biológica (ex., o teste de suas hipóteses) biológica (ex., o teste de suas hipóteses)

Enfatize somente os resultados que o leitor Enfatize somente os resultados que o leitor deve olhar (aqueles necessários para suas deve olhar (aqueles necessários para suas conclusões)conclusões)

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ResultadosResultados Os resultados devem aparecer em uma Os resultados devem aparecer em uma

tabela ou figura, nunca em ambos.tabela ou figura, nunca em ambos.

Indique no seu manuscrito onde as tabelas Indique no seu manuscrito onde as tabelas e figuras devem ser posicionadas.e figuras devem ser posicionadas.

Não discuta os resultados, mas algumas Não discuta os resultados, mas algumas frases sucintas podem fazer seu manuscrito frases sucintas podem fazer seu manuscrito fluir melhor.fluir melhor.

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Exemplo:

“Species distribution patterns among positions (middle, border and open area) were strongly influenced by time of the day (6 h, 12 h and 18 h) (Fig. 2b), suggesting an intense fish movement in the area.”

Agostinho et al. (2007)

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DiscussãoDiscussão

Provavelmente é a sessão mais fácil de escrever, mas a sessão mais difícil de acertar...

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Tente começar a discussão com os resultados mais importantes do seu trabalho. Apresente a principal conclusão sem detalhá-la.

Depois discuta-os com mais detalhes.

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A DISCUSSÃO e as CONCLUSÕES visam a teoria, mas devem se embasar nos dados.

“Veja o concreto e fale do invisível.”

Volpato 2010 (Dicas para... Pag. 35-37)

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A discussão ilustra o significado dos resultados em um contexto mais amplo introduzido no início do artigo (na Introdução).

A discussão inicia com a interpretação dos resultados à luz dos objetivos e alarga esse contexto colocando o presente estudo dentro da teoria colocada na Introdução.

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DiscussãoDiscussão Não reitere todos os seus resultados,Não reitere todos os seus resultados,

– embora você possa lembrar o leitor em poucas embora você possa lembrar o leitor em poucas sentenças quais foram os principais resultados.sentenças quais foram os principais resultados.

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The high proportion of nonsignificant relationships indicates that peaked species diversity–disturbance relationships are actually not as prevalent as commonly believed. For two reasons, our data set probably underestimates the proportion of…

A alta proporção de relações não significantes indica que as relações entre diversidade de espécies e distúrbio não são realmente tão prevalentes quanto comumente se acreditava. Por duas razões, nossos dados provavelmente subestimaram a proporção de…

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Discuta TODOS os resultados que vc apresentou:

- Para isso, você deve ter apresentado somente os resultados necessários para sustentar suas conclusões.

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Discuta a relevância de Discuta a relevância de seusseus resultados resultados considerando as hipóteses citadas na Introdução.considerando as hipóteses citadas na Introdução.

DiscussãoDiscussão

Especulações/implicações/inferências: alguma especulação/implicaçao é desejável mas devem ser baseadas nos resultados...

Não é incomum encontrarmos discussões que ignoram os

objetivos/hipóteses/perguntas colocadas na Introdução!

O FOCO, NOVAMENTE O FOCO!

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“Esta figura é puramente diagramática. As duas cintas simbolizam as duas cadeias fosfato-açúcar e as hastes horizontais, os pares de bases que mantêm as cintas juntas.”

Ver San-Jensen (2007, Oikos)

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“Não nos escapou o fato de que o pareamento específico que postulamos sugere um possível mecanismo de cópia para o material genético.”

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A importância das especulações – algumas podem ser revolucionárias!

“Esta figura é puramente diagramática. As duas cintas simbolizam as duas cadeias fosfato-açúcar e as hastes horizontais, os pares de bases que mantêm as cintas juntas.”

“Não nos escapou o fato de que o pareamento específico que postulamos sugere um possível mecanismo de cópia para o material genético.”

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Nunca empregue a “chisme discusión” (“gossip discussion”)

“Neste estudo o peso médio foi de 53,7 kg. Fulano encontrou valores médios de 62,0 kg, Sicrano de 50,2 kg e beltrano de 56,6 kg. O ganho médio de peso foi de 1,2% ao dia. Fulano relata ganho de 2%, sicrano de 1,0% e sicrano de 1,8%.”

Volpato (2010, Dicas para...)

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ConclusõesConclusões- Devem ser breves;

- Sempre no presente;

- Sem citações (as conclusões são suas);

- NÃO COLOCAR RESULTADOS – conclusão é algo que você CONCLUI!

Exceção: quando seu objetivo é medir a intensidade de algum processo, tamanho de organismos, tamanha de algum efeito etc. (comum nas ciências agrárias)

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- Quais questões novas se apresentam como resultado do trabalho?

- Como você ou seu grupo seguirão essas questões?

- O que é necessário para resolver essas questões?

ConclusõesConclusões

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Although we do not know how the stability of other ecosystems depends on biodiversity, these results lend further urgency to pleas for conservation of the biodiversity.

Embora não saibamos de que forma a estabilidade de outros ecossistemas depende da biodiversidade, esses resultados apontam para a urgência de se fundamentar a conservação da biodiversidade.

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ConclusõesConclusões

As conclusões são o mais importante do seu trabalho; não tenha medo de repetí-las:

- No título;

- No abstract;

- No início da Discussão;

- No final de Discussão.

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Abstract

Último parágrafo da Discussão:

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AgradecimentosAgradecimentos

Agências financiadoras Agências financiadoras Todos que não são co-autores mas Todos que não são co-autores mas

contribuíram:contribuíram:– Ofereceram assistência técnicaOfereceram assistência técnica– Discutiram os resultados com vocêDiscutiram os resultados com você– Leram o manuscritos e ofereceram comentáriosLeram o manuscritos e ofereceram comentários– Corrigiram o inglêsCorrigiram o inglês

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ReferênciasReferências Estilo consistenteEstilo consistente

Problemas potenciais: Problemas potenciais: – URLs: não são necessariamente permanentes URLs: não são necessariamente permanentes – Melhor não usar “grey literature”Melhor não usar “grey literature”

Abstracts, teses, relatórios,…Abstracts, teses, relatórios,…

Liste apenas os artigos que estão Liste apenas os artigos que estão referenciados no texto e referencie apenas referenciados no texto e referencie apenas aqueles listados nas referênciasaqueles listados nas referências

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ReferênciasReferências Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in

a turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97-a turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97-109.109.

Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in a turbid windswept lake. J. freshwat. Ecol. 9: 97-109.a turbid windswept lake. J. freshwat. Ecol. 9: 97-109.

Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in Engel, S. & S. A. Nichols, 1994. Aquatic macrophytes growth in a turbid windswept lake. a turbid windswept lake. Journal of Freshwater EcologyJournal of Freshwater Ecology 9:9: 97- 97-109.109.

ENGEL, S. & S. A. NICHOLS, 1994. Aquatic macrophytes ENGEL, S. & S. A. NICHOLS, 1994. Aquatic macrophytes growth in a turbid windswept lake. growth in a turbid windswept lake. J. freshwat. EcolJ. freshwat. Ecol. . 99: 97-109.: 97-109.

Engel, S. & S. A. Nichols, 1994: Aquatic macrophytes growth in Engel, S. & S. A. Nichols, 1994: Aquatic macrophytes growth in a turbid windswept lake - Journal of Freshwater Ecology 9, 97-a turbid windswept lake - Journal of Freshwater Ecology 9, 97-109.109.

Engel S, Nichols SA (1994) Aquatic macrophytes growth in a Engel S, Nichols SA (1994) Aquatic macrophytes growth in a turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97-109.turbid windswept lake. Journal of Freshwater Ecology 9: 97-109.

Adapte o estilo para cada nova submissão

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DICA IMPORTANTE:

Nunca cite informações de um artigo o qual você não teve acesso (o famoso “apud”). Duvide sempre do autor, pois no processo de transcrição, erros podem ocorrer e você pode citar informações incorretas no seu trabalho.

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Exemplo de um artigo publicado na Biod & Conser:

“Unlike the Challenger discovery's fall into obscurity, the findings of Sanders et al. (1965) were immediately recognized to be a paradox of the plankton question (Hutchinson, 1959),…”

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Evite o Narcisismo: cite seus artigos na medida do necessário.

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O maior erro que um cientista pode cometer…

Plágio

Cuidado com o auto-plágio!

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5) O processo de

publicação: da submissão

ao aceite final

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O processo de publicaçãoO processo de publicação

SubmissãoSubmissão Revisão pelos editores Revisão pelos editores Revisão pelos paresRevisão pelos pares PublicaçãoPublicação

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SubmissãoSubmissão

O´Connor (1991)

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Cover letter: extremamente importante

Um primeiro parágrafo confirma a submissão

Em seguida, tente demonstrar porque você acredita que seu trabalho mereça ser publicado na revista

Seja breve e objetivo

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Dear Dr. Daniel Simberloff,

We would like to submit our manuscript “Associations between a highly invasive species and native macrophytes differ across spatial scales” to be considered as a contribution to Biological Invasions.

In this manuscript we addressed the patterns of co-occurrence between a highly invasive Poaceae (tropical signalgrass) and individual native species of macrophytes, common in Neotropical ecosystems.

Our results showed that (i) patterns of co-occurrences (and thus, the impact of this Poaceae) differed across scales and that (ii) invasion is not explained by phylogenetic relatedness between tropical signalgrass and other species of Poaceae (Darwin’s naturalization hypothesis). These approaches have been applied in terrestrial ecosystems, but have rarely been tested in aquatic habitats. It seems that the use of T-scores for pairs of species (differently of its common use in entire communities) opens new possibilities for ecologists like for example, the study of the ecology of invasions, as we did here.

We hope that our ms brings at least some novelty to deserve being sent out for revision.

Sincerely,

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SubmissãoSubmissão

Siga as “Siga as “Instructions to AuthorsInstructions to Authors””

Para onde submeterPara onde submeter

– ““Editorial office”Editorial office”

– Editor ChefeEditor Chefe

– Editor AssociadoEditor Associado

FormatosFormatos

– Papel Papel vs.vs. submissões eletrônicas submissões eletrônicas

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RevisãoRevisão

O(s) editor(es) pode(m) rejeitar antes mesmo de mandar para revisão

O editor pode pedir para que os autores façam uma revisão antes de mandar para os revisores

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Revisão por paresRevisão por pares

Editores mandam manuscrito para revisores (>= 2)Editores mandam manuscrito para revisores (>= 2)

Recomendação Recomendação para o editorpara o editor

““Peer review” Peer review” - revisão por - revisão por pares = seus colegas, que pares = seus colegas, que verificam se:verificam se:– Adequado para uma Adequado para uma

determinada revistadeterminada revista– Conteúdo científicoConteúdo científico– Qualidade técnica (inglês, Qualidade técnica (inglês,

lógica,…)lógica,…)

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RecomendaçãoRecomendação

Aceito sem revisão (quase impossível!)Aceito sem revisão (quase impossível!)

Aceito, “minor revisions” (ídem)Aceito, “minor revisions” (ídem)

Aceito, “major revision” (comum)Aceito, “major revision” (comum)

Rejeitado, mas encoraja ressubmissãoRejeitado, mas encoraja ressubmissão

RejeitadoRejeitado

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Revisão por pares anônimos

Implantado em 1665 pelo Journal des Sçavants

Assumido integralmente em 1750 pela Royal Society of London

Volpato (2010 – Dicas para...pag. 55)

Minimiza os erros de publicação e torna os resultados mais confiáveis

Para isso o anonimato é fundamental!

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Como responder às críticas, caso haja possibilidade de

resubmissão?

Parta do princípio de que os revisores e editores estão corretos!

Pense muito antes de responder; não responda com rancor.

Page 150: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Publicação: como responder?Publicação: como responder?

Responda a TODAS as críticas e enderece

TODAS as sugestões individualmente e

cuidadosamente.

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Publicação: como responder?Publicação: como responder?

MESMO QUE O Dr. X SEJA O GANHADOR DO NOBEL!!!!

- nunca responda que você seguiu um certo procedimento “because X also used”

- Caso você não concorde com alguma crítica, RESPONDA SEMPRE COM ARGUMENTAÇÃO CIENTÍFICA. É assim que funciona o processo de revisão.

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De preferência, responda à questão e mostre de que forma a mesma foi endereçada na NOVA VERSÃO DO MANUSCRITO

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Ex. Thomaz et al. (2009). Resposta aos editores da revista Acta Oecologica.

Query 2: Were your sampling points and procedures the same as those of Thomaz, et al (2003)?

Response: Yes, we used exactly the same protocol. We tried to clarify this point (lines 164-166):

“Even so, our fetch results can be considered a surrogate for wave disturbance caused by wind, as shown previously for the same sampling points by using the same protocol (Thomaz et al., 2003).”

Publicação: como responder?Publicação: como responder?Exemplo:Exemplo:

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Publicação: como responder?Publicação: como responder?

Para questões mais simples:

Ex.

Reviewer: use “conductivity” instead

of “electrical conductivity”

Response: Done.

Page 155: Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas Redação e dinâmica da produção científica: dicas para publicar em revistas internacionais

Publicação: como responder?Publicação: como responder?

Não tenha preguiça de trabalhar na nova versão (muitas vezes a correção é mais difícil do que escrever o manuscrito)

Se for preciso, seja ousado (RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÃO PODEM SER

MUDADOS DA PRIMEIRA PARA A SEGUNDA VERSÃO)

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RARAMENTE UM PAPER SERÁ REJEITADO COM BOAS RESPOSTAS, EXPOSTAS SEM PREGUIÇA, DE FORMA CLARA E MOSTRANDO RESPEITO

AOS EDITORES E REVISORES!

Nunca se esqueça: revisores e editores empenham tempo em revisão e ODEIAM ver que suas sugestões foram endereçadas de

forma displicente.