redacao correspondencia concurso

Upload: lais-rodrigues

Post on 09-Mar-2016

10 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Redacao Oficial para concursos

TRANSCRIPT

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    1

    O que Redao Oficial

    Em uma frase, pode-se dizer que redao oficial a maneira pela qual o Poder Pblico redige atos normativos e comunicaes. Interessa-nos trat-la do ponto de vista do Poder Executivo.

    A redao oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padro culto de linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade.

    Leia o texto abaixo para responder questo: A sub-chefia de assuntos jurdicos desse ministrio submeteu ao magnfico procurador-geral da repblica, Dr. Aristteles Scrates PIato, consulta sobre sua opinio pessoal a respeito de matria controversa que versa sobre os limites entre os direitos dos cidades e a esfera do poder pblico, no sentido de tornar clara, explcita e incontroversa a questo levantada pela prestigiosa comisso que investiga o recebimento de um excelente automvel zero quilmetro da marca Mercedez Benz pelo senhor chefe dos servios gerais do nosso ministrio para que seje investigado a fundo se o episdio pode ser considerado inflao do cdigo de tica recentemente promulgado pelo poder executivo.

    De acordo com o Manual de Redao da Presidncia da Repblica, a redao oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso de padro culto da linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade. Em face dessa caracterizao e do fragmento de texto oficial acima, julgue certo (C) ou errado (E) os itens que se seguem. a) Exceto pelo emprego de perodos sintticos longos, o fragmento respeita as normas de conciso e objetividade recomendadas pelo Manual de Redao da Presidncia da Repblica. ( ) b) No fragmento, para que a caracterstica de clareza seja observada, deve no apenas ser reformulado o nvel sinttico como tambm deve haver mais preciso na organizao das ideias. ( ) c) Embora os nveis grfico e lexical estejam corretos, o texto desrespeita as regras do padro culto da linguagem no nvel sinttico. ( ) d) O texto no obedece s caractersticas de formalidade e de impessoalidade que devem nortear toda correspondncia oficial para que esta adquira uniformidade. ( ) e) As formas de tratamento empregadas no texto revelam um carter de respeitosa formalidade e esto de acordo com as recomendaes para textos oficiais.( )

    Introduo

    A redao das comunicaes oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Captulo I, Aspectos Gerais da Redao Oficial. Alm disso, h caractersticas especficas de cada tipo de expediente, que sero tratadas em detalhe neste captulo. Antes de passarmos sua anlise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicao oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificao do signatrio.

    Concordncia com os Pronomes de Tratamento

    Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto concordncia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram segunda pessoa gramatical ( pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicao), levam a concordncia para a terceira pessoa.

    Sua / Vossa Senhoria ser homenageado (se for homem) por seus amigos.

    Sua / Vossa Senhoria ser homenageada (se for mulher) por seus amigos.

    Obs. : Vossa Santidade usado com quem se fala ou a quem se dirige a comunicao;

    Sua Santidade usado para a pessoa de quem se fala.

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    2

    Emprego dos Pronomes de Tratamento

    Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradio. So de uso consagrado:

    Vossa Excelncia, para as seguintes autoridades:

    a) do Poder Executivo;

    Presidente da Repblica;

    Vice-Presidente da Repblica; Ministros de Estado;

    Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;

    Oficiais-Generais das Foras Armadas;

    Embaixadores;

    Secretrios-Executivos de Ministrios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

    Secretrios de Estado dos Governos Estaduais;

    Prefeitos Municipais.

    b) do Poder Legislativo:

    Deputados Federais e Senadores;

    Ministros do Tribunal de Contas da Unio;

    Deputados Estaduais e Distritais;

    Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;

    Presidentes das Cmaras Legislativas Municipais.

    c) do Poder Judicirio:

    Ministros dos Tribunais Superiores;

    Membros de Tribunais;

    Juzes;

    Auditores da Justia Militar.

    O vocativo a ser empregado em comunicaes dirigidas aos Chefes de Poder Excelentssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

    Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica,

    Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

    Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    As demais autoridades sero tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

    Senhor Senador,

    Senhor Juiz,

    Senhor Ministro,

    Senhor Governador,

    Em comunicaes oficiais, est abolido o uso do tratamento dignssimo (DD), s autoridades arroladas na

    lista anterior. A dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo desnecessria sua repetida evocao.

    Vossa Senhoria empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado :

    Senhor Fulano de Tal, (...)

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    3

    Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustrssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

    Acrescente-se que doutor no forma de tratamento, e sim ttulo acadmico. Evite us-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicaes dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concludo curso universitrio de doutorado. costume designar por doutor os bacharis, especialmente os bacharis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade s comunicaes.

    Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificncia, empregada por fora da tradio, em comunicaes dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

    Magnfico Reitor, (...)

    Fechos para Comunicaes

    O fecho das comunicaes oficiais possui, alm da finalidade bvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatrio. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria n

    o 1 do Ministrio

    da Justia, de 1937, que estabelecia quinze padres. Com o fito de simplific-los e uniformiz-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicao oficial:

    a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repblica:

    Respeitosamente,

    b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

    Atenciosamente,

    Obs.: Ficam excludas da frmula acima as comunicaes dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradio prprios, devidamente disciplinados no Manual de Redao do Ministrio das Relaes Exteriores. (CESPE 2010 ANEEL Todos os cargos de Nvel Superior Errado) O fecho das comunicaes obrigatrio em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relao hierrquica existente entre o remetente e o destinatrio.

    Identificao do Signatrio

    Excludas as comunicaes assinadas pelo Presidente da Repblica, todas as demais comunicaes oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificao deve ser a seguinte:

    (espao para assinatura) NOME

    Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica

    O Padro Ofcio

    H trs tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofcio, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformiz-los, pode-se adotar uma diagramao nica, que siga o que chamamos de padro ofcio.

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    4

    Exemplo de Ofcio Ofcio um documento expedido para e por autoridades com a finalidade do tratamento de assuntos oficiais pelos rgos da Administrao Pblica entre si e tambm com particulares.

    (297 x 210mm)

    [Ministrio]

    [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]

    5 cm [Endereo para correspondncia].

    [Endereo - continuao]

    [Telefone e Endereo de Correio Eletrnico]

    Ofcio no 524/1991/SG-PR

    Braslia, 27 de maio de 1991.

    A Sua Excelncia o Senhor

    Deputado [Nome]

    Cmara dos Deputados

    70.160-900 Braslia DF

    Assunto: Demarcao de terras indgenas

    Senhor Deputado,

    2,5 cm

    1. Em complemento s observaes transmitidas pelo telegrama no 154, de 24

    de abril ltimo, informo Vossa Excelncia de que as medidas mencionadas em sua carta no

    6708, dirigida ao Senhor Presidente da Repblica, esto amparadas pelo procedimento

    administrativo de demarcao de terras indgenas institudo pelo Decreto no 22, de 4 de

    fevereiro de 1991 (cpia anexa).

    2. Em sua comunicao, Vossa Excelncia ressalva a necessidade de que na definio e demarcao das terras indgenas fossem levadas em considerao as caractersticas scio-econmicas regionais.

    3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcao de terras indgenas dever ser

    precedida de estudos e levantamentos tcnicos que atendam ao disposto no art. 231, 1o, da

    Constituio Federal. Os estudos devero incluir os aspectos etno-histricos, sociolgicos,

    cartogrficos e fundirios. O exame deste ltimo aspecto dever ser feito conjuntamente com

    o rgo federal ou estadual competente.

    4. Os rgos pblicos federais, estaduais e municipais devero encaminhar as

    informaes que julgarem pertinentes sobre a rea em estudo. igualmente assegurada a

    manifestao de entidades representativas da sociedade civil.

    5. Os estudos tcnicos elaborados pelo rgo federal de proteo ao ndio

    sero publicados juntamente com as informaes recebidas dos rgos pblicos e das

    entidades civis acima mencionadas.

    6. Como Vossa Excelncia pode verificar, o procedimento estabelecido

    assegura que a deciso a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justia sobre os limites e a

    demarcao de terras indgenas seja informada de todos os elementos necessrios, inclusive

    daqueles assinalados em sua carta, com a necessria transparncia e agilidade.

    Atenciosamente,

    [Assinatura]

    [Nome]

    [cargo]

    1,5

    cm

    3 cm

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    5

    Exemplo de Aviso Aviso expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia com a finalidade do tratamento de assuntos oficiais pelos rgos da Administrao Pblica entre si.

    5 cm

    Aviso no 45/SCT-PR

    Braslia, 27 de fevereiro de 1991.

    A Sua Excelncia o Senhor

    [Nome e cargo]

    Assunto: Seminrio sobre uso de energia no setor pblico.

    Senhor Ministro,

    2,5 cm

    Convido Vossa Excelncia a participar da sesso de abertura do Primeiro Seminrio Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Pblico, a ser realizado em 5

    de maro prximo, s 9 horas, no auditrio da Escola Nacional de Administrao Pblica ENAP, localizada no Setor de reas Isoladas Sul, nesta capital.

    O Seminrio mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional

    das Comisses Internas de Conservao de Energia em rgo Pblicos, institudo pelo

    Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990.

    Atenciosamente,

    [Assinatura]

    [nome do signatrio]

    [cargo do signatrio]

    3,0 cm

    1,5

    cm

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    6

    Exemplo de Memorando

    O Memorando a modalidade de comunicao entre unidades administrativas de um mesmo

    rgo, que podem estar hierarquicamente em mesmo nvel ou no.

    (297 x 210mm)

    5 cm

    Mem. 118/DJ

    Em 12 de abril de 1991

    Ao Sr. Chefe do Departamento de Administrao

    Assunto: Administrao. Instalao de microcomputadores

    1. Nos termos do Plano Geral de informatizao, solicito a Vossa Senhoria

    verificar a possibilidade de que sejam instalados trs microcomputadores neste

    Departamento.

    2 Sem descer a maiores detalhes tcnicos, acrescento, apenas, que o ideal

    seria que o equipamento fosse dotado de disco rgido e de monitor padro EGA. Quanto a

    programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador

    de banco de dados.

    3. O treinamento de pessoal para operao dos micros poderia ficar a cargo

    da Seo de Treinamento do Departamento de Modernizao, cuja chefia j manifestou seu

    acordo a respeito.

    4. Devo mencionar, por fim, que a informatizao dos trabalhos deste

    Departamento ensejar racional distribuio de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma

    melhoria na qualidade dos servios prestados.

    Atenciosamente,

    [Assinatura]

    [nome do signatrio]

    [cargo do signatrio]

    3 cm

    1,5

    cm

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    7

    Exemplo de Exposio de Motivos de carter informativo

    Esse o expediente dirigido ao Presidente da Repblica ou ao Vice- Presidente para: a) inform-lo de algo; b) propor alguma medida; ou c) submeter a sua considerao projeto de ato normativo.

    (297 x 210mm)

    5 cm

    EM no 00146/1991-MRE

    Braslia, 24 de maio de 1991.

    5 cm

    Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica.

    1,5 cm

    O Presidente George Bush anunciou, no ltimo dia 13, significativa

    mudana da posio norte-americana nas negociaes que se realizam na Conferncia do Desarmamento, em Genebra de uma conveno multilateral de proscrio total das armas qumicas. Ao renunciar manuteno de cerca de dois por cento de seu arsenal qumico at

    a adeso conveno de todos os pases em condies de produzir armas qumicas, os

    Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta pases participantes do

    processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado

    venha a ser concludo e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)

    1 cm

    Respeitosamente,

    2,5cm

    [Assinatura]

    [Nome]

    [cargo]

    3 cm

    1,5

    cm

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    8

    Exemplo de Mensagem

    o instrumento de comunicao oficial entre os Chefes dos Poderes Pblicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao do Legislativo para informar algo.

    (297 x 210mm)

    5 cm

    Mensagem no 118

    4 cm

    Excelentssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

    2 cm

    Comunico a Vossa Excelncia o recebimento das Mensagens SM no 106 a

    110, de 1991, nas quais informo a promulgao dos Decretos Legislativos nos

    93 a 97, de

    1991, relativos explorao de servios de radiodifuso.

    2 cm

    Braslia, 28 de maro de 1991.

    3 cm 1

    ,5 c

    m

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    9

    ATA

    Ata o resumo escrito dos fatos e decises de uma assemblia, sesso ou reunio para um determinado fim.

    Comrcio de Peas 24 horas Ltda.

    DATA/HORA E LOCAL - Aos vinte de abril de 2.002, s dez horas, na sede da sociedade, na rua Esmeralda n 280, Bairro Pedralina, em Pedra Azul, em (nome do Estado), CEP 30.220.060; PRESENA scios representando mais de do capital social; COMPOSIO DA MESA FULANO DE TAL, presidente e BELTRANO DE TAL, secretrio; PUBLICAES anncio de convocao, no (rgo oficial do Estado) e no (jornal de grande circulao), nas edies de 10, 11 e 12 do corrente ms, s fls ... e.., respectivamente; ORDEM DO DIA - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balano patrimonial e o de resultado econmico; DELIBERAES aps a leitura dos documentos mencionados na ordem do dia, que foram colocados disposio de todos os scios, trinta dias antes, conforme recibo, postos em discusso e votao, foram aprovados sem reservas e restries; ENCERRAMENTO E APROVAO DA ATA. Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestao, lavrou-se a presente ata que, lida, foi aprovada e

    assinada por todos os scios. Beltrano de Tal,Sicrano de Tal,

    Fulano de Tal,Malandro de Tal,Enrolando de Tal Filmando

    de tal,Orlando de Tal, Capistrano de Val,Coriolano deBial

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    10

    ATESTADO

    Atestado o documento firmado por uma pessoa favor de outra, atestando a verdade a respeito de determinado fato. O atestado difere da certido, porque, enquanto esta prova fatos permanentes, aquele se refere a fatos transitrios.

    Secretaria de Segurana Pblica

    ATESTADO DE BONS ANTECEDENTES

    Atestamos para os devidos fins que o Sr. Adelmiro

    Floresta, residente nesta cidade na Rua Fagundes Sobrinho, 123,

    Bairro Sobradinho, pessoa de bons antecedentes, nada constando

    em nossos arquivos, at a presente data, que venha a desabonar sua

    conduta.

    So Paulo, 9 de setembro de 2009

    Roberto Dagoberto Roberto Dagoberto

    Escrivo DE Polcia da 17 DP

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    11

    CIRCULAR

    Circular o meio de correspondncia pelo qual algum se dirige, ao mesmo tempo, a vrias reparties ou pessoas. E, portanto, correspondncia multidirecional Na circular, no consta destinatrio, pois ela no unidirecional e o endereamento vai no envelope.

    CIRCULAR GERAL N 58, Porto Alegre, 17 de dezembro de 1998.

    ASSUNTO: Obras no Estacionamento

    Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passar por

    obras de reforma estrutural, de modo a melhorar o servio prestado aos funcionrios. Durante

    este perodo o local estar interditado sendo liberado o uso do ptio dos fundos para guarda dos

    veculos.

    Atenciosamente,

    Fulano de Tal Fulano de Tal

    Diretor-Geral de Negcios

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    12

    DECLARAO

    Declarao um documento que se assemelha ao atestado, mas que no deve ser expedido por rgos pblicos.

    um documento em que se manifesta uma opinio, conceito, resoluo ou observao .

    DECLARAO

    Declaro, para os devidos fins, que Mulher Maravilha, brasileira, solteira, amazonense, natural do municpio de Itacoatiara, nascida em 28 de fevereiro de

    1986, filha de Batmam e de Super Girl , trabalhou na Liga da Justia no perodo de

    1999 a 2006, exercendo com correo, responsabilidade e competncia a funo de

    herona para a qual est devidamente qualificada, conforme currculo anexo.

    Manaus,20 de abril de 2007

    ClarkKent _____________________

    Super Homem

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    13

    REQUERIMENTOS

    Requerimentos so instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos de solicitaes s autoridades ou rgos pblicos. A seguir, apresentamos um modelo, que pode ser adaptado para os diferentes casos. Nele, podemos observar as seguintes partes:

    NOTA

    Necessariamente no obrigatria a assinatura do presidente nos requerimentos apresentados como modelo, podendo faz-lo os seus prepostos desde que, devidamente credenciados.

    EXCELENTSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO

    BRASIL.

    9 - 40/1

    A Com FOCO Virtual, representada pelo Sr. Crotalo Nefasto , Gerente

    Comercial, vem, mui respeitosamente, requerer a Vossa Excelncia que se

    digne declar-la de utilidade pblica federal, na conformidade da Lei n 91, de

    28 de agosto de 1935 e Decreto n 50.517, de 02 de maio de 1961, para o

    que, anexa ao presente, os documentos exigidos pela lei.

    Termos em que pede

    Deferimento.

    Braslia, 25 de setembro de 2006.

    Lalau Beobilau

    Assinatura do presidente.

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    14

    RELATRIO

    E a modalidade de comunicao pela qual se faz a narrao ou descrio, ordenada e mais ou menos minuciosa, daquilo que se viu, ouviu ou observou.

    RELATRIO DO CURSO DE INTELIGNCIA POLICIAL NO COMBATE AO NARCOTRFICO

    Senhor Superintendente Regional do Departamento de Polcia Federal do Distrito Federal SR/DPF/DF,

    No perodo de 6 a 10 de novembro de 2006 foi realizado o Curso de Inteligncia Policial no Combate ao Narcotrfico para policiais do MERCOSUL e pases Associados, oferecido pela Academia Nacional de Polcia (ANP), sob superviso do Centro de Coordenao de Capacitao Policial do MERCOSUL (CCCP).

    O evento ocorreu na Academia Nacional de Polcia em Braslia/Brasil, e contou com a participao de 22 alunos do MERCOSUL, sendo: (6) da Argentina; (1) do Chile; (1) do Uruguai; (2) da Venezuela e (12) do Brasil. Na cerimnia de abertura estiveram presentes autoridades da Polcia Federal, como: o diretor de Inteligncia Policial, DPF RENATO HALFEN DA PORCINCULA; o diretor da Academia Nacional de Polcia, DPF VALDINHO JACINTO CAETANO; o coordenador de Polcia Criminal Internacional, DPF ALBERTO LASSERRE KRATZ FILHO; alm desta signatria;

    Tambm estiveram presentes: o diretor do Centro de Coordenao de Capacitao Policial do Mercosul, Coronel Hugo Greca, da Argentina; o Sr. Hector Daniel Pujol, da Polcia Federal Argentina; Carlos Gabriel Heredia, da Polcia de Segurana Aeroporturia da Argentina; o representante da Venezuela, Nino Gonzalez Suarez, do Ministrio do Interior. E ainda, o Sr. Maikel Trento, da Assessoria Internacional do

    Ministrio da Justia do Brasil. Discursaram na cerimnia a oficial de ligao do Brasil junto ao CCCP, DPF Mirnjela M. B. Leite,

    que destacou as atividades a serem institudas pelo centro; tambm o Diretor do Centro, Cel. Hugo Greca; o diretor da ANP; e o diretor de Inteligncia Policial. Todos destacaram a importncia da integrao entre as foras de segurana pblica do MERCOSUL e pases associados, como fundamental para buscar a eficcia no combate a criminalidade em todos os pases. Logo aps a cerimnia de abertura do curso, o diretor da Diretoria de Combate ao Crime Organizado, Delegado de Polcia Federal, Getlio Bezerra dos Santos, proferiu palestra, de uma hora, abordando o tema: Crime Organizado no Mercosul.

    Na cerimnia de encerramento estiveram presentes, o diretor da Academia Nacional de Polcia, DPF Valdinho Jacinto Caetano; o representante da Argentina Omar Anbal Tabares; o oficial de ligao do Chile Armando Muoz Moreno; o representante da Venezuela, Nino Gonzalez Suarez; alm desta signatria. Nos discursos de encerramento, foi destacada a importncia de se fortalecer o Centro de Coordenao e Capacitao Policial do MERCOSUL, para que se realizem os eventos de capacitao

    continuada das foras de segurana e/ou policiais, enviando participantes, o que criar uma rede integrada

    de pessoas, o que certamente reforar o efetivo para o combate ao crime organizado nos nossos pases. Ao final foram entregues certificados a todos os participantes.

    Braslia, 3 de janeiro de 2007.

    Maringela Margarida da Nata Leite Maringela Margarida da Nata Leite

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    15

    PARECER

    a forma de comunicao pela qual um especialista emite uma opinio fundamentada sobre determinado assunto.

    Ref. Ao 001/1.01.0000000-0 Sr. Juiz,

    Nomeado Perito na ao nmero 001/1.01.0000000-0, em que so partes Engnio Da Silva

    Civil, como Autor, e Runaldo Culpaldo , como Ru, venho trazer aos autos o Laudo Pericial produzido.

    Introduo

    A Percia buscou identificar as caractersticas fsicas e o valor de locao para o imvel em

    questo, situado a Rua Xavante Xexeu, 999, no bairro Xaxambu, em Cidade Caxumba Paulista .

    Vistoria

    A vistoria ao imvel objeto desta ao foi realizada no dia 31 de maro, s 9h, na presena

    do Ru e dos procuradores das partes, Dr. Causdico Leal e Dr. Jurisprudncio Legal.

    Na ocasio foram examinadas as construes, avaliando-se o estado de conservao, e

    foram tomadas medidas para identificar as reas construdas com registro fotogrfico e croqui do imvel .

    O terreno tem dimenses de 12m x 32m e rea de 384m2. Verificou-se que existem duas

    construes (identificadas nesse Laudo como Casa A e Casa B). Pode-se dizer que so duas construes,

    pois so independentes, embora compartilhem parte de rea coberta (rea de servio). A construo

    principal (Casa A) tem 106,40 m2 no total, sendo 63,00m2 referentes ao projeto original (fls. 28 dos autos

    em apenso referentes ao nmero 1000000000-1), com acrscimos posteriores. A outra construo

    (Casa B) tem 31,20m2. A rea total construda de 137,60m2, aproximando-se da rea apontada pela

    Prefeitura Municipal a fls. 25 dos mesmos autos em apenso.

    Concluindo esse laudo pericial, ressalto as principais questes abordadas: (a) no terreno da

    matrcula MA 8875H (Anexo I) existe uma rea construda de 137,60m2 composta por duas casas, uma em

    madeira e outra em alvenaria (Fotografias 1 e 2, Tabela 1); e (b) o valor de locativo mensal adequado para

    essas construes de R$ 400,00 (quatrocentos reais).

    Respeitosamente,

    Cidade, 7 de abril de 2012.

    Engnio Da Silva Civil Profissional

    Engenheiro Civil

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    16

    TELEGRAMA

    A. Definio e Finalidade

    Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocrticos, passa a receber o ttulo de telegrama toda comunicao oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.

    Por tratar-se de forma de comunicao dispendiosa aos cofres pblicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas quelas situaes que no seja possvel o uso de correio eletrnico ou fax e que a urgncia justifique sua utilizao e, tambm em razo de seu custo elevado, esta forma de comunicao deve pautar-se pela conciso (v. 1.4. Conciso e Clareza).

    B. Forma e Estrutura

    No h padro rgido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulrios disponveis nas agncias dos Correios e em seu stio na Internet.

    ____________________________________________________________________________

    FAX

    A. Definio e Finalidade

    O fax (forma abreviada j consagrada de fac-simile) uma forma de comunicao que est sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. utilizado para a transmisso de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento h premncia, quando no h condies de envio do documento por meio eletrnico. Quando necessrio o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.

    Se necessrio o arquivamento, deve-se faz-lo com cpia xerox do fax e no com o prprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.

    B. Forma e Estrutura

    Os documentos enviados por fax mantm a forma e a estrutura que lhes so inerentes.

    conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. ., de pequeno formulrio com os dados de identificao da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:

    [rgo Expedidor]

    [setor do rgo expedidor]

    [endereo do rgo expedidor] _______________________________________________________________________________

    Destinatrio:_____________________________________________________________________

    No do fax de destino:_____________________________________________________ Data:_______/_______/____

    Remetente: _____________________________________________________________________

    Tel. p/ contato:_______________________

    Fax/correio eletrnico:_______________________________________

    No de pginas: esta +________________________No do documento:_______________________

    Observaes:_____________________________________________________________________

    _______________________________________________________________

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    17

    CORREIO ELETRNICO

    A. Definio e finalidade

    O correio eletrnico (e-mail), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicao para transmisso de documentos.

    B. Forma e Estrutura

    Um dos atrativos de comunicao por correio eletrnico sua flexibilidade. Assim, no interessa definir forma rgida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatvel com uma comunicao oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais).

    O campo assunto do formulrio de correio eletrnico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organizao documental tanto do destinatrio quanto do remetente.

    Para os arquivos anexados mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informaes mnimas sobre seu contedo..

    Sempre que disponvel, deve-se utilizar recurso de confirmao de leitura. Caso no seja disponvel, deve constar da mensagem pedido de confirmao de recebimento.

    C. Valor documental

    Nos termos da legislao em vigor, para que a mensagem de correio eletrnico tenha valor documental, i. , para que possa ser aceita como documento original, necessrio existir certificao digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

    QUESTES DE PROVA

    1. (CESPE ANTAQ) Acerca da redao de documentos oficiais, julgue os itens que se seguem.

    Desrespeitam-se as exigncias de clareza, objetividade e obedincia s regras gramaticais ao se apresentar o seguinte pargrafo no incio de um relatrio, em um rgo pblico.

    1. APRESENTAO Ao apresentar este relatrio, os resultados parciais da Ouvidoria realizada durante os meses de Outubro e Novembro de 2008, ano em que visamos a melhorias no atendimento dos usurios e na eficincia nos procedimentos internos graas s restries oramentrias oriundas de financiamento para as reas-fins.

  • MANUAL DE REDAO OFICIAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Prof Luciane Sartori e-mail : [email protected]

    18

    (CESPE_ PC_ Escrivo de Polcia e Perito) Considerando as normas de redao de textos oficiais, julgue os prximos itens. 2. Embaixadores, secretrios de estado dos governos estaduais e auditores da justia militar esto entre as autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelncia. 3. Os adjetivos referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gnero do interlocutor. 4. O fecho Atenciosamente deve ser empregado para saudar autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 5. O destinatrio do memorando apresentado ocupa cargo hierarquicamente superior (diretor) ao do emissor (chefe de ncleo). Em vista disso, o fecho correto para esse documento deveria ser: Respeitosamente. 6. (CESPE ANTAQ) Respeitam-se as normas relativas redao de documentos oficiais ao se finalizar um atestado ou uma declarao da maneira apresentada a seguir.

    Atenciosamente, (assinatura)

    Fulano de Tal Braslia, 15 de maro de 2009

    GABARITO

    1) Certo 2) Certo 3) Certo 4) Certo 5) Certo 6) Errado