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RED Trio
O RED Trio foi formado em 2007 e é constituído por Rodrigo Pinheiro no piano,
Hernâni Faustino no contrabaixo e Gabriel Ferrandini na bateria, todos eles
destacados elementos da nova geração de músicos da cena portuguesa de
improvisação livre. Partindo do clássico trio de piano, uma das formações mais
exploradas na história do Jazz, o RED Trio afasta-se deste paradigma colocando
no mesmo plano de importância sonora todos os instrumentos que o constituem,
todos eles tendo uma participação forte no som do grupo. É das intersecções,
confluência, perturbações e utilização de técnicas extensivas que surge o discurso
único do grupo: uma gama dinâmica que parte do quase silêncio até descargas de
energia sónica plenas de fisicalidade e emoção.
Foi precisamente este discurso único que contribuiu para a ascensão vertiginosa
do RED Trio no espaço de meros dois anos: o seu primeiro álbum, homónimo,
lançado em 2010, valeu-lhes de imediato um reconhecimento mundial esmagador,
com a atribuição de prémios para melhor registo de estreia pelo enciclopédico site
All About Jazz e uma tour pela Europa de Leste.
O ano de 2011 viu a edição do segundo trabalho, Empire, em colaboração com
uma das lendas vivas do jazz mundial, o britânico John Butcher. A recepção crítica
a este disco extravasou por completo todas as enormes expectativas deixadas
pelo registo de estreia: prémio de melhor álbum de jazz do ano para incontáveis
publicações da especialidade, concertos em Nova Iorque e Chicago, presença em
vários dos maiores festivais de Jazz europeus, actuações nas maiores salas de
Portugal (CCB, Serralves, Gulbenkian), e uma aclamação generalizada por parte
de público e crítica às suas inacreditáveis prestações ao vivo.
O RED Trio é hoje por hoje um verdadeiro acontecimento; ao vivo, e em disco,
constitui uma das maiores bandeiras do jazz no país, um símbolo inequívoco da
qualidade e criatividade do momento musical português, e um dos pontas de lança
da música nacional além-fronteirass.
Em Março de 2012 é editado pela Clean Feed o terceiro disco “Stem” com a
participação do trompetista Nate Wooley.
Esta colaboração remonta ao ano de 2010 quando se cruzam com o trompetista,
em Nova Iorque, num concerto que acabaria de revelar a química espontânea
entre o trio e o extraordinário trompetista norte americano, fazendo do
acontecimento um dos momentos inesquecíveis para o corpo crítico presente. A
relação parecia condenada a ser repetida, e em 2011, em Lisboa, RED trio e Nate
Wooley decidem trocar votos num estúdio para que um álbum testemunhasse
todos os predicados da comunhão.
“Rebento”, de 2013, assinala o regresso à formação base do trio, sem convidados,
e recebe uma merecida aclamação, de novo, um pouco por toda a imprensa
especializada nacional e internacional.
RED Trio
Rodrigo Pinheiro piano
Hernâni Faustino contrabaixo
Gabriel Ferrandini bateria
http://www.redtrio.info
Discografia RED Trio, “Live in Munich”, (2015, Astral Spirits) Mais informações: http://redtrio.info/Discography/Live-in-Munich RED Trio + Piotr Damasiewicz + Gerard Lebik, “Mineral”, (2014, Astral Spirits) Mais informações: http://redtrio.info/Discography/Mineral RED Trio + Matias Ståhl, “North And The Red Stream”, (2014, Nobusiness Records) Mais informações: http://redtrio.info/Discography/North-And-The-Red-Stream
RED Trio, “Rebento”, (2013, Nobusiness Records)
Mais informações: http://redtrio.info/Discography/Rebento
RED Trio + Nate Woolet, “Stem” (2013, Clean Feed)
Mais informações: http://redtrio.info/Discography/Stem
RED Trio + John Butcher, “Empire” (2011, Nobusiness Records)
Mais informações: http://redtrio.info/Discography/Empire
RED Trio, “RED Trio”, (2010, Clean Feed)
Mais informações: http://redtrio.info/Discography/RED-trio
Imprensa
“Após dois discos com convidados internacionais, o RED Trio regressa em força ao seu
formato de origem: o trio de piano.
Recuperado directamente das melhores edições do ano passado (foi um dos discos do ano,
aqui no Ípsilon), Rebento é o quarto registo de originais dos RED Trio, numa edição
exclusivamente em vinil. O disco de estreia, surgido em 2010, surpreendeu pela original
abordagem a um modelo hiperclássico, o trio de piano. A partir da instrumentação habitual —
piano, contrabaixo e bateria —, o trio português reinventou o formato. Trabalhando a partir de
improvisação absoluta, o método passa pela democratização dos instrumentos
(independentemente da sua paleta sonora, todos intervêm em igual medida) e pela criatividade
de soluções, que combinam o desenho de texturas rendilhadas com uma energia portentosa.
Mantendo a regularidade de um álbum por ano, o RED Trio editou entretanto dois discos, com
dois convidados internacionais: John Butcher (Empire, de 2011) e Nate Wooley (Stem, de
2012). Este novo Rebento representa o regresso à origem, ao formato de base. Nesta altura, o
trio já não precisa de exibir credenciais, a música emana com toda a naturalidade. A
experiência acumulada de tocar em conjunto e, sobretudo, nas colaborações com figuras de
grande peso internacional terá resultado na natural evolução da música (e dos músicos), das
suas técnicas e abordagens.
Em contraste com alguma eventual ingenuidade do primeiro registo, os músicos têm agora o
seu universo bem definido e trabalham com toda a segurança. Mas a música, essa, nunca é
segura nem previsível. No fundo, as premissas base são as mesmas desde aquele disco de
estreia: bateria, contrabaixo e piano num delicioso jogo de permanente invenção, comunicação,
ligação e fuga.
No primeiro tema de Rebento, reencontramos as características mais típicas da música do trio;
tensão e confronto, numa turbulência de alta intensidade. Estamos num território de
permanente pesquisa, numa procura em que as ideias são muitas e fugazes, e por vezes até
se atropelam. Ao segundo tema chega a bonança, com o trio a explorar texturas mais subtis,
que vão evoluindo para um crescendo à medida que se aproxima o final. Já ao terceiro tema,
que corresponde ao lado B do vinil, o trio atravessa diversos ambientes — ora lentos, ora
alvoroçados —, explanando numa só faixa a sua ampla diversidade criativa.
Do vendaval percussivo de Ferrandini, da versatilidade do contrabaixo de Faustino e da fluidez
do piano de Pinheiro emerge uma tumultuosa e vibrante massa colectiva: não interessa o peso
individual, os três indivíduos colaboram e funcionam verdadeiramente como um todo. De
regresso ao seu modelo original, este trio volta a rebentar com toda a força.”
Nuno Catarino, Ípsilon
“Surge inchado por esmero conceptual, este ‘Rebento’. Afinal, sucede na discografia de RED
Trio o seu sacramento a essoutro que se traduziria por ‘caule’ – ‘Stem’, lançado em 2012. Por
isso, à primeira vista, suspeitasse vir tratar de crescimento. Por outro lado, e apesar de alguma
ressonância verbal se incutir assim no título que os agrupa, já o batismo dos seus constituintes
contesta a presunção: ‘Carne’, ‘Para’, ‘Canhão’, nem mais nem menos, três temas deste modo
dispostos e designados, dois no lado A do LP, o último no lado B, ainda que à versão digital do
álbum, perturbando o hexassílabo, se acrescente ‘Mono’, sinóptico registo de uma actuação no
festival Jazz em Sines em que se exculpe exemplarmente o extenso vocabulário do grupo. Há
nisto uma cedência a modas – ou pelo menos uma premeditação – que, na realidade, não
compromete para lá da medida a experiência daquilo em que, também, não há nada de casual.
Não sendo formalmente invulgares, as dinâmicas nesta música possuem uma surpreendente
expressividade, e, amiúde, testemunho de uma intrigante inteligência rítmica que dispensa
esquematismos; revelam-se aqui pontos de convergência cuja narrativa é particularmente
sedutora. Dir-se-ia que Rodrigo (piano), Hernâni (contrabaixo) e Gabriel (bateria) – não
obstante privilegiarem gestos subtis – dramatizam continuamente as proporções do triângulo
em que se organizam. E, do claustrofóbico intimismo a uma profundidade tonal quase
sinfónica, embora invariavelmente nebulosa, instantes há em que se esfuma a categoria da
improvisação de que se socorrem ou, lá está, em que essas táticas servem apenas para que
venha o trio noutro sítio qualquer a crescer, o tal rebento a florescer.”
João Santos, Expresso
Videos
http://www.youtube.com/watch?v=qHqHtIXKPokhttps://www.youtube.com/watch?v=sxbr49bhV
Vkhttp://www.youtube.com/watch?v=Z5ETdYLCdeI&feature=relatedhttp://www.youtube.com/wa
tch?v=BfjzNhRomRc
Rodrigo Pinheiro
Nasceu em 1973 na Covilhã e começou a estudar música aos 5 anos no
Conservatório de Música da Covilhã e mais tarde no Conservatório Nacional de
Lisboa que frequentou até aos 19 anos. Aos dezoito mudous-e para Lisboa e
começou progressivamente a envolver-se com a cena de música improvisada
tendo colaborado com músicos como Rodrigo Amado, José Oliveira, Américo
Rodrigues, Luis Desirat, Bruno Parrinha, Ernesto Rodrigues, Hiroshi Kobayashi,
Cristin Wilboltz, Patrick Brennan, Nathan Fuhr, Blaise Siwula, Per Anders Nilsson,
Nobuyasu Furuya, Nate Wooley, John Butcher, Thomas Lehn, entre muitos outros.
Trabalhou e estudou com músicos como Carlos Zíngaro, Peter Kowald, Gunther
Muller e John Zorn. Juntamente com Hernâni Faustino e Gabriel Ferrandini, formou
o RED trio que tem sido nos últimos quatro anos o seu principal projecto, com
vários concertos em Portugal, EUA, Holanda, Alemanha, Áustria, Polónia, Russia e
Roménia em importantes festivais de Jazz e música improvisada. Integra também
os projectos “Clocks & Clouds” e “earNear”
Hernâni Faustino
Músico auto-didata. Em 1985 integrou os Aix la Chappelle e nos finais de 1986
forma os K4 Quadrado Azul que em 1988 vencem a 2ª edição do Concurso “Novos
Valores da Cultura”, organizado pelo Instituto Português da Juventude.
Colaborou com a companhia de teatro O Olho, criando a música para a peça “El –
Levando-os aos Ombros em Passo de Marcha Sincopada ao Quarto tempo", que
ganha uma menção honrosa do prémio Maria Helena Perdigão, ACARTE,
Fundação Calouste Gulbenkian em 1992.
A partir da década de 90 começa a tocar contrabaixo e dedica-se apenas à música
improvisada. No final de 2007 fundou o RED trio com o pianista Rodrigo Pinheiro e
o baterista Gabriel Ferrandini.
Actualmente faz também parte do trio do saxofonista japonês Nobuyasu Furuya
com o qual gravou "Bendowa" para a editora portuguesa Clean Feed, considerado
o debut de 2009 pelo jornal da especialidade, All About Jazz de Nova Iorque.
Fez parte de vários grupos e formações: Ernesto Rodrigues, Variable Geometry Orchestra, Rafael Toral, e Rodrigo Amado.
Em concerto já atuou ao lado dos músicos: John Butcher, Nate Wooley, Mats
Gustafsson, Carlos Zíngaro, Jason Stein, Robert Mazurek, Jon Irabagon, Daniel
Carter, Federico Ughi, Gail Brand, Jon Raskins, Wade Matthews, Chris Corsano,
Neil Davidson, Harris Eisenstadt, Dennis Gonzalez, Matt Bauder, Carl Ludwig
Hubsch, Heddy Boubaker, Nusch Werchowska, Taylor Ho Bynum, Mathieu
Wechowski, Katsura Yamauchi, Nikolaus Gerszewski entre outros.
Gabriel Ferrandini
Começou a tocar bateria aos 14 anos, iniciando os seus estudos musicais na
Crescendo de São João do Estoril. Aos 19 anos inicia estudos na escola do Hot
Clube onde esteve um ano e meio. Em 2006 entrou na Academia de Amadores de
Música onde estuda até aos dias de hoje, tendo como professor Alexandre Frazão.
Em 2007 realizou um workshop com o baterista Paal NilssenLove. Ao longo do
final do ano 2007 e até à data tem participado em vários concertos com múltiplos
projectos ao lado de: Nobuyasu Furuya Trio, Rodrigo Amado Motion Trio, Alípio C.
Neto, Carlos Zíngaro, DJ Ride, Variable Geometry Orchestra, Riot Trio, Luís Lopes
Duo, John Butcher, Jason Stein, Jon Irabagon, Septeto de Ernesto Rodrigues e o
Nikolaus Gerszewski Ensemble.