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COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.4198 84.261-400 – Telêmaco Borba – Paraná TECNOLOGIA EDUCACIONAL A presença inegável da tecnologia em nossa sociedade constitui a primeira base para que haja necessidade de sua presença na escola. A tecnologia é, como a escrita, na definição de Lévy (1993), uma tecnologia da inteligência, fruto do trabalho do homem em transformar o mundo, e é também ferramenta desta transformação. Apesar da produção das tecnologias estar a serviço dos interesses de lucro do sistema capitalista, a sua utilização ganha o mundo e acontece também de acordo com as necessidades, desejos e objetivos dos usuários. Apesar de ser introduzida com maior ênfase nos anos 60, com uma pedagogia tecnicista, foi nos anos 80 que a tecnologia educacional passou a ser compreendida como uma opção de se fazer educação contextualizada com as questões sociais e suas contradições, visando o desenvolvimento integral do homem e sua inserção crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilização de tecnologia, é necessário inovar em termos de prática pedagógica. A tecnologia educacional, portanto, ampliou seu significado constituindo-se no “estudo teórico-prático da utilização das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização crítica destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento e de interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade” (SAMPAIO & LEITE apud LEITE, 2003, p.12) O conceito de alfabetização tecnológica do professor envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor em lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo. (SAMPAIO & LEITE apud LEITE, 2003, p, 14) Queremos contribuir para a criação e para o processo de autoria do professor, deixando clara à parte das inúmeras possibilidades das tecnologias. As tecnologias serão apresentadas, nestes textos, como ferramentas de produção e meios de expressão de diferentes saberes para professores e alunos nas suas práticas Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 1

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COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.419884.261-400 – Telêmaco Borba – Paraná

TECNOLOGIA EDUCACIONAL

A presença inegável da tecnologia em nossa sociedade constitui a primeira base para que haja necessidade de sua presença na escola. A tecnologia é, como a escrita, na definição de Lévy (1993), uma tecnologia da inteligência, fruto do trabalho do homem em transformar o mundo, e é também ferramenta desta transformação. Apesar da produção das tecnologias estar a serviço dos interesses de lucro do sistema capitalista, a sua utilização ganha o mundo e acontece também de acordo com as necessidades, desejos e objetivos dos usuários.

Apesar de ser introduzida com maior ênfase nos anos 60, com uma pedagogia tecnicista, foi nos anos 80 que a tecnologia educacional passou a ser compreendida como uma opção de se fazer educação contextualizada com as questões sociais e suas contradições, visando o desenvolvimento integral do homem e sua inserção crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilização de tecnologia, é necessário inovar em termos de prática pedagógica. A tecnologia educacional, portanto, ampliou seu significado constituindo-se no “estudo teórico-prático da utilização das tecnologias, objetivando o conhecimento, a análise e a utilização crítica destas tecnologias, ela serve de instrumento aos profissionais e pesquisadores para realizar um trabalho pedagógico de construção do conhecimento e de interpretação e aplicação das tecnologias presentes na sociedade” (SAMPAIO & LEITE apud LEITE, 2003, p.12)

O conceito de alfabetização tecnológica do professor

envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor em lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo. (SAMPAIO & LEITE apud LEITE, 2003, p, 14)

Queremos contribuir para a criação e para o processo de autoria do professor, deixando clara à parte das inúmeras possibilidades das tecnologias. As tecnologias serão apresentadas, nestes textos, como ferramentas de produção e meios de expressão de diferentes saberes para professores e alunos nas suas práticas educativas.

Consideramos que as tecnologias merecem estar presentes no cotidiano escolar primeiramente porque estão presentes na vida, mas também para:

- diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento;- serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao conhecimento, já

que trazem embutidas em si mensagens e um papel social importante;- permitir aos alunos, através da utilização da diversidade de meios,

familiarizarem-se com a gama de tecnologias existentes na sociedade;- serem desmistificadas e democratizadas;- dinamizar o trabalho pedagógico;- desenvolver a leitura crítica;- ser parte integrante do processo que permite a expressão e troca dos diferentes

saberes.Para isso o professor deve ter clareza do papel das tecnologias como instrumentos

que ajudam a construir a forma de o aluno pensar, encarar o mundo e aprender a lidar com elas como ferramentas de trabalho e se posicionar na relação com elas e com o mundo.

O processo ensino-aprendizado se desenvolve em um lugar especializado ou ambiente que, além de suas dimensões de temperatura, iluminação, deve contar com outros recursos físicos e tecnológicos que apóiam, de modo restrito, o trabalho didático do

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professor.As tecnologias de ensino, especialmente os audiovisuais, podem ser classificados

em um critério de maior ou menor concretude ou, então, pela atividade sensorial que explora.

CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS – NÉLIO PARRA

Recursos visuais

Elementos ou códigos- códigos digitais escritos- códigos analógicos- cônicos- esquemáticos- abstrato-emocionais

Materiais ou veículos

Álbum de seriado, Cartazes,Diafilmes, Diagramas, Diapositivos, Espécimes,

Exposição, Filmes, Flanelógrafo, Fotografias, Gráficos, Gravuras, Imantógrafo, Mapas,

Modelos, Mural didático, Museus, Objetos, Quadro de giz, Quadros, Transparências

Recursos auditivos

Elementos ou códigos- códigos digitais orais- códigos analógicos orais

Materiais ou veículos

Aparelho de somDiscosFitas k7

CDsRádio

Recursos audiovisuais

Diapositivos e diafilmes com somCinema sonoro

TelevisãoVideocassete

Programas para computadores com som

A utilização de recursos didáticos impõe a recorrência a critérios para uma escolha mais eficiente, dos quais destacamos os seguintes, apresentados por HAYDT (1997):

a) adequação aos objetivos, ao conteúdo e ao grau de desenvolvimento dos alunos, aos seus interesses e necessidades;

b) adequação à função que se quer desenvolver (cognitiva, afetiva ou psicomotora);

c) simplicidade,: fácil manejo, baixo custo, manipulação acessível;d) qualidade e exatidão;e) atrativos: devem despertar interesse e curiosidade.

LEMBRETES

É importante lembrar que a primeira regra para a utilização de qualquer recurso didático é: se não estiver bem elaborado, construído, ou se você não souber utilizar, não use! Vá a busca desse conhecimento!

Os recursos didáticos não podem ser utilizados como se fossem as aulas em si. Isto é, se o professor utilizar um filme, deve interromper a projeção, fixar cenas, discutir com

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os alunos, fazer relatório...Outro aspecto importante na utilização de recursos didáticos diz respeito à

seleção. Eles precisam ser adequados aos objetivos propostos para a aprendizagem, devem apoiar as atividades, devem ser adequados aos conteúdos e à metodologia empregada.

Quando não dá certo a utilização do recurso didático, o que fazer?O professor deve já ter preparado outra atividade, caso isto aconteça.

Esporadicamente pode o professor deixar-se dominar pela inspiração, desde que domine o conteúdo com profundidade, certamente ele encontrará rapidamente uma alternativa.

A tecnologia de ensino deve auxiliar o trabalho do professor e não causar transtornos.

LISTA DE RECURSOS DIDÁTICOS (TECNOLOGIAS) MAIS CONHECIDOS

1. ÁLBUM SERIADO2. CARTAZES3. COMPUTADOR4. DATASHOW5. DESENHOS6. DIORAMA7. DISCOS8. EPISCÓPIO9. FILME10.FLANELÓGRAFO11.FOLDERS12.GRÁFICOS13.GRAVADOR

14.GRAVURAS15.HISTÓRIAS EM QUADRINHOS16. ILUSTRAÇÕES17.JORNAIS18.LETREIROS19.LIVROS20.MAPAS21.MAQUETE22.MIMEÓGRAFO23.MODELOS24.MURAL DIDÁTICO25.MUSEUS26.QUADRO MAGNÉTICO

27.QUADRO DE GIZ28.RÁDIO29.REÁLIAS30.RETROPROJETOR31.REVISTAS32.SLIDES33.TELEVISÃO34.TEXTOS35.TRANSPARÊNCIAS36.VARAL DIDÁTICO37.VIDEOCASSETE

MIMEÓGRAFOInstrumento de muita utilidade

na reprodução de material didático, grande auxiliar do ensino. Através dele podemos imprimir exercícios, textos, jornais escolares, tarefas, provas, roteiros de trabalho, instruções para pesquisa, esquemas para acompanhamento de aulas, sinopses, etc.

Para utilizarmos o mimeógrafo precisamos preparar um estêncil para reprodução das cópias.

QUADRO DE GIZ OU QUADRO DE ESCREVERCurso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental 3

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O quadro de escrever, também chamado de quadro de giz, quadro-negro ou lousa, é visto pela maioria dos professores como um equipamento de sala de aula, mas ele também pode ser encarado como um ótimo recurso visual.

O quadro de escrever não precisa ser necessariamente uma lousa, mas uma fina camada de cimento de superfície, uma placa de madeira pintada com uma cor fosca, um quadro de plástico fosco ou uma superfície de vidro ou metal. Em geral, usamos giz, mas hoje em dia se usa também pincéis próprios para escrever em placas de plástico, vidro ou metal, materiais esses que têm grande vantagem, pois não provocam pó, o qual costuma espalhar-se pela classe e naqueles que nela se encontram, provocando muitas vezes certas alergias.

A cor do quadro de escrever deve combinar com a cor da pintura da parede da sala, para evitar assim contrastes que venham a distrair os alunos. O tamanho da lousa deve estar coerente com o tamanho da sala e o número de alunos. Por exemplo: para 40 alunos, o quadro deve ter entre 5 a 6 metros de comprimento.

O quadro de escrever tem grandes vantagens:

É facilmente encontrado. Bastante utilizado para transmitir

mensagens. O professor não perde muito tempo e não

gasta muito para preparar os acessórios que nele serão utilizado.

Permite a pronta correção e alterações nos assuntos apresentados.

É versátil, pois é fácil nele adequar a mensagem que irá para determinado público.

Permite que a classe participe ativamente desse recurso.

Ao utilizar o quadro de escrever é importante que, antes da aula, seja feito um planejamento da mensagem e determinação ao público para a ele adequar as palavras e as ilustrações.

Durante o uso, é recomendável

observar as seguintes técnicas:

Apagar bem o quadro ao entrar na sala. Ficar ao lado do quadro quando o

estiver usando. Escrever com limpeza e ordem. Ao escrever, deve-se começar bem em

cima e da esquerda para a direita. Usar letra bem legível, de preferência a

letra cursiva, mas se o professor não tiver a letra legível, é preferível utilizar a letra de forma.

Usar desenhos simples e esquemáticos. Usar traçador para fazer linhas

paralelas.

Para fazer traços suaves, costuma-se afinar a ponta do giz com uma lixa e, para traços largos, usa-se o giz deitado.

Para traçar circunferências, usa-se um pedaço de barbante com uma tachinha numa das extremidades e o giz amarrado na outra. Fixa-se com uma das mãos a tachinha e, com a outra, gira-se o giz conservando o barbante bem esticado.

A seguir, apresentamos algumas recomendações no uso do quadro-negro:

Deve-se evitar fazer longas transcrições no quadro, para não tornar a aula monótona.

Evitar também falar enquanto estiver escrevendo no quadro; o professor, por outro lado, não deve ficar longo tempo em silêncio e sim se dirigir à classe de vez em quando.

Procurar dividir o quadro em várias partes, usando traços verticais e, ao escrever, não ultrapassar os limites marcados.

Sublinhar o que achar mais importante e usar cores diferentes quando quiser ressaltar palavras ou expressões ou mesmo alguma frase importante.

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CARTAZES

O cartaz é um meio de comunicação de massa de natureza visual cuja finalidade é anunciar os mais diversos tipos de mensagens – como, por exemplo: mensagens comerciais, políticas, religiosas, educativas, de utilidade pública, etc. A utilização do cartaz em sala de aula é muito limitada e tem como objetivo informar e motivar os alunos.

Os elementos de um cartaz são o texto e a mensagem. Temos a fórmula: texto + mensagem = a mensagem do cartaz. Ele deve conter um único tema, deve ser colorido e o texto não deve ultrapassar 10 ou 20 palavras. Deve ser feito para ser exposto à visão de todos.

É importante escolher a letra adequada, pois isso influi muito na qualidade visual do texto. A letra é a

roupa com eu vestimos o conteúdo da nossa mensagem.O letreiro poderá ser feito a mão, utilizando-se letras recortadas de jornais ou

revistas, ou então letras feitas com o auxílio do normógrafo ou ainda letras adesivas. O estilo da letra deve ser simples e fácil de ser lido. Usar um só tipo de letra.

Nunca misturar letras de diferentes estilos:Não faça letras

demasiadamente pequenas. O tamanho das letras deve ser proporcional à distância da qual o cartaz será lido. Também deve estar de acordo com a importância do assunto.

Letras grossas e baixas, bem como finas e altas, devem ser evitadas, pois causam confusão quando lidas à distância. As letras

cheias devem ser preferidas às vazadas.

Em geral, deve-se usar letras escuras em fundo claro, que facilitam a leitura.

Para fazer um bom letreiro, use sempre linhas guias:

ExtintorLetras como A, C, I, T podem ser colocadas juntas umas das outras, enquanto

letras de linhas retas – como N, I, M, H – requerem maior distância:

CAIXA CINEMAUtilize letras maiúsculas em títulos ou palavras isoladas e

minúsculas em frases longas para, assim, facilitar a leitura.A imagem, no cartaz pode assumir as mais diversas cores

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e formas.A natureza do tema precisa ser cuidadosamente analisada, pois é ela quem

determina a melhor escolha das formas e das cores que irão compor a imagem.Para criar uma imagem é preciso ter

em mente os seguintes fatores:a) a exata finalidade da mensagem;b) o nível do público a que se destina.

Num cartaz, o espaço livre é muito importante. Por isso, o layout, isto é, disposição dos elementos que compõem o cartaz deve ser bem equilibrada. Isso facilita a comunicação, dando mais impacto.

Ao fazer um cartaz, deve-se levar em conta: o texto, a ilustração (imagem), a cor e o layout. As cores quentes – vermelho, amarelo, laranja, etc. – devem ser usadas, porém não se deve exagerar no seu uso.

AS GRAVURAS E

SUA CONSERVAÇÃO

Gravuras são ilustrações que podem ser retiradas de jornais, revistas ou livros. As ilustrações favorecem a motivação dos alunos, ajudam no desenvolvimento da observação, complementam e

enriquecem aulas expositivas, dentre outras utilidades. Trata-se de um material didático pouco dispendioso, simples e acessível, que

desperta e mantém o interesse dos alunos, possibilitando o seu contato visual com a realidade.

Os alunos podem ajudar o professor procurando ilustrações para serem usadas em sala de aula de acordo com cada unidade de estudo do programa escolar.As gravuras devem ser de tamanho visível por toda a classe e selecionadas conforme o assunto, ou

seja, de acordo com os principais conceitos, fatos e idéias que serão desenvolvidos em aula. É importante usar gravuras sem muitos detalhes, para maior impacto na comunicação, mas que sejam de boa qualidade.

As ilustrações ou gravuras podem ser apresentadas usando um cavalete ou suporte que poderá também servir para a apresentação de cartazes quando o professor for enriquecer uma aula expositiva.

CARTAZ DE PREGAS

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O cartaz de pregas ou quadro de pregas é um recurso visual versátil, de fácil confecção, pouco dispendioso e útil para o professor. Serve como suporte de informações, apresentando-as de maneira progressiva e dinâmica. Pode ser usado em qualquer área de ensino, inclusive no ensino da leitura e da escrita.

A base é uma superfície retangular de cartão, cartolina (duas folhas grampeadas) ou madeira e sobre elas prende-se uma outra folha de papel pardo ou espelho pregueado no sentido horizontal. Para fazer pregas, marcar a folha de papel de 3,5 cm e 7 cm, 3,5 e 7 cm atéterminar o papel e dobrar fazendo pregas, depois prender as pregas nas extremidades usando um grampeador. Para arrematar, usar fita adesiva. As pregas podem ser colocadas na frente e também no verso, sendo ainda mais úteis.

As tarjetas que serão utilizadas no quadro ou cartaz de pregas podem ser feitas com pedaços de cartolina ou papel-cartão, devendo ter 3,5 cm a mis abaixo das letras ou ilustrações, para que se encaixem nas pregas. As tarjetas podem ser feitas colocando-se no verso palitos de sorvete que, depois, vão ser encaixados nas pregas do cartaz ou quadro de pregas.

Algumas sugestões que poderão ser usadas no quadro de pregas:

Para ensinar leitura e escrita: fichas com sílabas ou letras. O professor pode cortar as palavras que desejar em sílabas e letras, trabalhando com a classe: a formação de palavras conhecidas, de palavras novas e de palavras que comecem ou terminem com o mesmo som (ex.: lata - pata - mata).

Para ensinar leitura e escrita: fichas com palavras. Pedir aos alunos para colocar a sentença em ordem. Colocar no cartaz a mesma palavra que o professor escreveu na lousa.

Fichas para jogos (discriminação visual, auditiva, gravuras de histórias para ordenação temporal, desenhos diversos, etc.). Veja a figura 1, abaixo.

Fichas para tornar mais objetivos os conceitos matemáticos,: contagem, conjuntos, operações fundamentais, etc. Veja a figura 2, abaixo.

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ÁlBUM SERIADO

Trata-se de um interessante recurso visual, formado por páginas em seqüência lógica, desenvolvimento uma só mensagem em forma progressiva e lógica. São utilizadas para auxiliar em aulas, palestras, demonstrações, reuniões, etc.

O álbum seriado pode conter fotografias, mapas, gráficos, organogramas, cartazes, letreiros ou qualquer material útil na exposição de um tema. Para usá-lo da melhor maneira possível convém seguir as seguintes recomendações: Colocar o álbum seriado em lugar visível ao público. Virar as folhas na medida em que os tópicos vão

sendo desenvolvidos. Só virar as folhas quando os tópicos forem esgotados

em sua exposição, só deixando algo em suspense para a folha seguinte.

Não se ater somente ao que está representado, mas ir além, para fixar bem os pontos importantes.

Os alunos podem colaborar na confecção do álbum, coletando material e realizando pesquisas a respeito do assunto que será abordado. Quando o tema a ser estudado estiver definido, deve-se organizar os pontos principais, colocando-os no rascunho, página por página, conforme a seqüência desejada.

O álbum seriado se compõe basicamente de ilustração e texto. As ilustrações devem ser bem simples, atraentes, visíveis e que espelhem a realidade. Podem ser retiradas de livros, revistas ou desenhadas. Já o texto deve ser com vocabulário simples, acessível ao público-alvo, devendo conter orações simples e somente com os pontos-chaves do assunto tratado. É recomendável usar letras grandes nos títulos e menores nos subtítulos. O tamanho do álbum seriado pode ser de 50 x 70 cm. Não é necessário fazer capa quando se tem um tripé, especialmente feito para manter o álbum na posição conveniente.

Se não for possível ter um tripé, pode-se fazer um suporte para mesa, ou seja, uma capa de madeira compensada, eucatex ou papelão grosso. A capa frontal pode ser pintada de preto ou verde-escuro e servirá como lousa,

enquanto à parte de trás pode ser forrada com flanela ou feltro e, assim, pode ser usada como flanelógrafo ou ainda pode conter um quadro de pregas. Portanto, entre as duas capas, o professor terá as folhas de seu álbum seriado.

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FLANELÓGRAFOO flanelógrafo é um material didático

dos mais úteis em qualquer disciplina ou nível de ensino e para qualquer tipo de conteúdo. O flanelógrafo nada mais é que uma superfície rígida recoberta por flanela ou material semelhante; além disso, são usadas gravuras que possuem flanela ou lixa no verso, para serem afixadas ao flanelógrafo (chamamos a essas gravuras de flanelogravuras). A cor do flanelógrafo pode variar. Use cinza-claro ou escuro, verde-claro ou escuro, azul ou preto, que são as cores mais empregadas.

O flanelógrafo apresenta algumas vantagens:

É um material acessível em preço e dispensa aparelhagem complicada em sua utilização.

Favorece a concretização do ensino, tornando idéias e conceitos mais próximos da realidade.

É preciso planejar bem a utilização deste material, levando-se em conta:

Escolha da mensagem;

Análise do público ao qual o recurso se destina;

Preparar os pontos-chaves dos conteúdos da

apresentação de forma seqüencial; Utilizar o contraste entre o fundo e as figuras, usando

sempre cores mais fortes para as figuras; o fundo não deve chamar atenção, mas sim as cenas que se desenrolam;

Numerar as flanelogravuras para melhor segurança durante a exposição; depois, guardá-la num envelope;

Explorar cada ilustração ao máximo com perguntas e comentários, deixando os seus alunos manusearem as ilustrações;

Solicitar aos alunos que participem na confecção das flanelogravuras, pois além de os alunos se sentirem participantes, eles também podem desenvolver a sua criatividade.

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NORMÓGRAFOTrata-se de um

instrumento que serve para elaborar material visual a ser usado nas escolas. É uma peça extremamente simples,

fácil de ser fabricada e utilizada. Serve para criar letreiros em cartazes, quadro-mural, etc.

O normógrafo é feito em papelão, eucatex, radiografias já utilizadas ou outro material disponível. Recorta-se na parte externa e na interna de modo a constituir-se em uma espécie de forma para traçar letras.

Ao utilizar o normógrafo é preciso traçar uma linha base, para alinhar a letra, depois desenhar com ele os contornos da letra que se deseja escrever e, por fim, é preciso completar os traços que

ficam interrompidos com o auxílio de uma régua. Finalmente, arredonda-se o canto das letras a mão livre.

REÁLIAS E MODELOS

As reálias são objetos reais, modelos ou miniaturas. São amostras da vida prática e cotidiana que se destacam pela oportunidade de informação e formação que proporcionam. Trata-se de um recurso valioso na aprendizagem de várias disciplinas.

Podemos citar vários exemplos de reálias, que, conforme se observa, são amostras da vida prática: telefone, ferramentas, etc.; amostras de: sabão, creme dental,

macarrão, maisena, etc.; mostruário de lãs, couro, tecidos, fios,

etc.; matéria-prima de origem vegetal,

mineral, química, etc.; minérios: ferro, prata, ouro, etc.; pedras de diferentes tipos; plantas características de várias

regiões; lembranças de viagens (artesanato,

bonecas típicas, objetos

característicos de determinada região);

objetos e documentos antigos; moedas de diferentes países; selos de diferentes países; talões de pagamentos de impostos,

de depósitos bancários, de cheques; passagens aéreas, de trem ou de ônibus; títulos de eleitor, cédulas de identidade de brasileiros e de estrangeiros; certidão de nascimento; certidão de casamento; cartão do PIS ou PASEP, etc.

Todos esses materiais, enfim, servem de instrumentos para o professor tornar mais concretas as suas explicações dentro das atividades do currículo escolar. Elas podem ser vistas pelo aluno na sala de aula ou em seu ambiente próprio: em casas comerciais, bancos, museus, etc.

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AS TRANSPARÊNCIAS E O RETROPOJETOR

As transparências são materiais que podem ser usados em todas as matérias, servindo para introduzir, incentivar, recapitular, fixar ou verificar um a unidade de estudo e, também, para corrigir idéias erradas, facilitar a concentração da atenção, manter o interesse, ampliar a imagem, facilitando a transmissão da mensagem e permitindo que uma mesma imagem seja vista por um grande público ao mesmo tempo.

As transparências podem ser confeccionadas com papel vegetal, acetato, celofane, vidro ou plástico transparente. Pode-se também usar radiografias já usadas, as quais devem ser limpas com água sanitária e esponja, que retira todas as imagens, deixando esse material pronto para ser reutilizado. As transparências são projetadas através do retroprojetor.

Para desenhar ou escrever nas transparências podemos empregar nanquim preto ou colorido, pincel atômico ou canetas próprias para retroprojetor. Costuma-se também usar as letras transferíveis, que podem ser encontradas nas papelarias ou ainda, podem ser feitas em máquina copiadora.

Também se podem obter transparências usando-se o mimeógrafo a álcool. Além disso, elas podem ser preparadas em xerox, pois a máquina xerox possui filmes especiais para fazer transparências.

As transparências não devem ser deixadas por longo tempo sobre o retroprojetor, pois podem ser queimadas com o calor que emana do aparelho.

Quando o professor utiliza o retroprojetor, ele fica próximo ao aparelho, voltado para a classe e de costas para a projeção. A projeção pode ser feita numa tela branca apropriada e posta na frente da classe, a qual pode ser substituída por um lençol colocado na frente do quadro negro ou então, de improviso, usa-se uma parede branca, lisa. A sala não precisa ser escurecida e isto permite que os alunos façam as suas anotações durante a projeção e atentem às explicações do professor, anotando-as. Ë necessário ligar o botão do ventilador e a lâmpada, depois ajustar olhando a projeção da imagem na tela, procurando sempre focalizar bem o objeto.

Antes de usar o aparelho, procure verificar a voltagem de rede elétrica e do retroprojetor, normalmente de 110 ou 220 volts; se as voltagens não forem compatíveis, deve-se usar um transformador de voltagem.

Quando terminar de usar o aparelho, deve-se desligar o botão e esperar o ventilador também desligar, o que significa que o retroprojetor já está na temperatura ambiente.

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O MURAL DIDÁTICO: um espaço democrático

Os murais didáticos são quadros onde colocamos alguns textos e ilustrações, que serão utilizados em sala de aula para, entre outras coisas, despertar o interesse da turma, introduzir uma nova unidade de estudo, complementar aulas ou ainda para avaliar um tema estudado.

O mural é um material didático diferente do cartaz, enquanto o mural necessita de explicações, comparações e deve permanecer em sala de aula por tempo suficiente para a aprendizagem ser recebida, o cartaz transmite a mensagem de uma idéia de maneira mais rápida.O professor pode usar um mural didático sobre a metamorfose do sapo, o ciclo da água, as partes da planta, mapas com as produções de determinada região geográfica etc.

O mural didático pode ser do tipo fixo ou móvel; sua base pode ser de cortiça, madeira, papelão, eucatex, isopor, forrado com tecido, feltro, flanela, plástico etc. É aconselhada a forma retangular e a sua altura pode ser de 1 m, sendo o seu comprimento variável, podendo abranger a parede inteira.

Ao planejar a transmissão de uma mensagem utilizando o mural didático, é importante que o professor observe os seguintes aspectos:

A mensagem deve ser simples e direta. O título deve ser breve e chamar a atenção. Os materiais para ilustrar a mensagem podem ser

objetos, fotografias, gravuras, mapas, desenhos, gráficos, tabelas, linhas do tempo etc.

Os textos devem trazer maiores detalhes da mensagem que foi em partes transmitida pelas ilustrações.

Há algumas vantagens na utilização do mural: serve para despertar a tenção e o interesse; transmite informações e conhecimentos; estimula o trabalho de grupo; ajuda a formar opiniões e leva o

aluno a criticar o material apresentado em aula, entre outras coisas.

O mural pode ocupar várias posições na classe: ele pode estar próximo ao professor quando este for completar explicações em sala de aula, pode estar no fundo da sala servindo para consultas ou também pode ser elaborado pelos próprios alunos, quando servir para a culminância de uma unidade de experiência ou de trabalho. Deve ocupar sempre um lugar bem visível aos que entram em sala de aula, servindo assim como material de incentivo aos alunos quando o professor inicia um novo assunto para estudo.

O mural didático não deve ser confundido com o quadro de avisos, pois este último é um recurso que apresenta várias mensagens sobre diferentes assuntos.

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OS FILMES EDUCATIVOSO filme é uma série de fotografias tiradas em rápida sucessão, que, depois de

reveladas, são projetadas como fotografias fixas, mas que dão ao espectador a idéia de movimento.Podem ser mudos ou sonoros. Nos filmes mudos, o professor precisa fazer rápidos e discretos comentários, Neste caso, é aconselhável preparar pequenas listas-roteiro para acompanhar esses filmes, para serem melhor aproveitados pelos alunos. Já os filmes sonoros são mais autênticos, trazendo a linguagem já adequada à imagem.

Os filmes podem ser utilizados em todos os níveis escolares. Prendem a atenção devido ao movimento, facilitando a compreensão dos fenômenos naturais. Além disso, agradam às pessoas de todas as idades, apresentando fatos do presente e do passado em sala de aula, bem como fazem previsões para o futuro, aproximam locais distantes, levantam problemas e transmitem importantes informações. Trata-se de um recurso tão rico que, alguém já disse certa vez, uma imagem vale por mil palavras.

Cinema em aula: diversão e educação

Existem os aspectos didáticos dos filmes, os quais o professor precisa considerar, ou seja:

Seleção do melhor filme para certo assunto e para determinada faixa etária. O professor deve escolher o filme que realmente auxilie a compreensão da sua matéria. Para tanto, é necessário que ele assista ao filme antes de exibi-lo para os alunos. A escolha, evidentemente, deve recair sobre os filmes de curta duração, devendo o mesmo ser abrangente, para integrar as diferentes disciplinas do currículo escolar.

Preparar o projetor, escurecer adequadamente a sala de projeção, verificando se a tela está na posição certa para todos enxergarem bem a imagem.

Preparar os alunos para assistirem o filme, comentando o tema, verificando se os alunos sabem ou não algo a respeito do tema e avisar aqueles que depois deverão preparar um relatório sobre o filme assistido.

Comentar o filme logo após a projeção, para descobrir o que não foi compreendido, orientar leituras posteriores para completar a informações transmitidas pelo filme e também verificar se é necessário projetar o filme de novo.

Virtuais interesses que levem os alunos a aprofundar o tema do filme, a preparar exposições com cartazes, fotografias, modelos, visitas e entrevistas com pessoas que possam dar mais informações a respeito do tema abordado no filme.

Incluir nas provas escolares perguntas referentes aos filmes assistidos pelos alunos. Avaliação do filme, a qual serve para comprovar a eficácia do seu caráter educativo. É

preciso verificar se ele serviu para enriquecer a aula do professor. Depois, é interessante e proveitoso fazer com os alunos uma avaliação da película, observando se ela agradou ou não. Por fim, checar se a exibição serviu de motivação para novos estudos ou leituras.

Utilizar o guia para o filme: o professor deve saber manejar o projetor de filmes e procurar conserva-lo, limpando a objetiva, lubrificando com delicadeza o projetor e registrando esses cuidados numa ficha.

Cuidados com o filme: este deve ser tratado com extremo cuidado, para melhor conservá-lo. Quando uma película se quebrar durante a projeção, procure deixar as pontas sobrepostas no rolo e depois deve ser enviada para uma revisão. Nunca passe o filme se estiver quebrado, pois a tendência é ele quebrar-se mais ainda. A fita deve ser limpa com um líquido especial periodicamente, pois a sujeira e o pó, com o tempo, deixam-na imprestáveis.

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ENSINO POR FICHAS

Esta tecnologia consiste em um material impresso de auto-estudo, composto de fichas de diferentes tipos. As fichas são organizadas com o objetivo de apresentar de apresentar informações que pretendam levar o aluno a realizar operações mentais baseada nos diversos níveis do domínio cognitivo: informação, compreensão, a aplicação, análise, síntese e variação de conhecimentos. Existem sete tipos de fichas:

Instruções: apresenta orientações sobre a maneira de utilizar o conjunto de fichas de auto-estudo.

Objetivos: contém os objetivos propostos para o conjunto de fichas. Informação: apresenta informações novas para o aluno ou informações que

complementam aula. Podem ser ilustradas com gráficos e desenhos que facilitem seu estudo

Atividades: propõe em atividades de aplicação, análise e síntese do conteúdo estudado nas fichas de informação. Este tipo de ficha visa a produção do aluno, a formação de hábitos de estudo e o desenvolvimento do pensamento reflexivo.

Avaliação: contém a correção das atividades e possibilita a verificação do alcance e não dos objetivos.

Atividades alternativas: proporcionam novas formas de aprendizagem ao aluno que não atingiu os objetivos propostos..

Desenvolvimento: Fischer destinadas ao aluno que atingiu os objetivos do conjunto de fichas. Possibilita a ampliação do conhecimento adquirido.

Sua construção: Redação da ficha ou do conjunto de fichas. Pode-se utilizar textos de livros

didáticos ou revistas (recortados) Teste das fichas, pediu anual usá-los que leio e apresentem suas dúvidas

quanto a outros que não tenham ficado claros bem como suas sugestões. A opinião de outros professores também é importante.

Revisão e ampliação periódica do conjunto de fichas para atualiza-lo.Como utilizar: O trabalho do aluno se processa sob a supervisão do professor. As fichas podem ser dispostas em uma mesa, ele uma caixa ou em envelopes.

Referências bibliográficas:

BRITTO, Neyde Carneiro & MANATTA, Valdelice L. Bastos. Didática especial. São Paulo: Editora do Brasil, s.d.

FERREIRA, Oscar Manuel de Castro & SILVA JUNIOR, Plínio Dias da Silva. Recursos audiovisuais para o ensino. São Paulo: EPU, 1995.

IESDE BRASIL S/A. Curso normal. Curitiba: IESDE, 2002. (Módulo 2).

LEITE, Lígia Silva. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.

MARCOZZI, Alayde Madeira et all. Ensinando à criança. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1976.

NÉRICI, Imídeo. Introdução à Didática Geral. Rio de Janeiro: Ed. Científica, s.d.

PARRA, Nélio. Técnicas audiovisuais de educação. São Paulo: Pioneira, 1985.

ZÓBOLI, Graziella. Práticas de ensino: subsídios para a atividade docente. São Paulo, Ática, 1996.

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