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03/07/2017 1 Usuários da Recuperação de Informação

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Page 1: Recuperação de Informação - UNESP: Câmpus de Marília · Por que na busca de informação uma pessoa pode atingir (ou não) os seus objetivos eficientemente. Modelo de Wilson

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Usuários da Recuperação de Informação

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Usuários da Recuperação de InformaçãoO usuário possui uma Necessidade de Informação Real (NIR)

Constrói suaNecessidade de Informação Percebida (NIP)

Percepção

Expressão

Conjecturas, questõesRequest

Formulação

Expressão de busca, consultaQuery

Mizzaro, 1998

Representação mental da NIRNão é, necessariamente, completa ou correta

Representação da NIP feita em uma linguagem humana, normalmente linguagem natural

Request convertida em query, utilizando a linguagem empregada pelo sistema de recuperação de informação.

A cada nível de representação ocorre uma perda e uma distorção em relação ao nível anterior

Usuários da Recuperação de Informação

� O usuário é o ponto focal de todo sistema de recuperação de informação, pois o propósito final de tais sistemas é a transferência e a disseminação da informação;

� As características e necessidades específicas dos usuários determinam:◦ a natureza da informação a ser coletada pelo sistema;

◦ A natureza e o nível de análise a ser realizada a fim armazenar a informação;

◦ e a natureza da interface a ser projetada tal que os usuários possam interagir facilmente com o sistema.

� Assim, um entendimento da natureza dos usuários, suas atividades, seu comportamento de busca irão ajudar o desenvolvimento apropriado de sistemas de recuperação de informação;

(CHOWDHURY, 2010, p.225)

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Usuário e sua natureza

� O tipo de usuário depende da natureza da informação: os usuários podem estar limitados pela instituição que trabalham, pela natureza de sua profissão, sua idade, sexo ou grupo social;

� No contexto da biblioteconomia, um usuário pode ser identificado pela natureza da biblioteca:◦ Bibliotecas universitárias: estudantes, professores,

pesquisadores, etc;

◦ Biblioteca pública: adultos, crianças, donas de casa, profissionais, artistas, etc.

Usuário e sua natureza

� Pao (1989) menciona que o termo “usuário” é ambíguo:◦ Usuários atuais: estão utilizando o serviço de informação em um

dado momento;

◦ Usuários potenciais: não estão sendo servidos pelo sistema;

◦ Usuários esperados: têm a intensão de utilizar o sistema;

◦ Usuários beneficiários: aqueles que já tiveram algum benefício em utilizar o sistema

� Atherton (1977) cita 3 grupos de usuário de um sistema de informação científica, de acordo com o tipo de atividade:◦ Pesquisadores em ciência puras ou aplicadas;

◦ Técnicos interessados no desenvolvimento ou atividades operacionais em vários campos da tecnologia;

◦ Gerentes e tomadores de decisão;

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Usuário e sua natureza

� Guinchat e Menou (1983) empregam dois critérios objetivos para definir os usuário:◦ Critério objetivo: tal como a categoria sócio-profissional, campo de

especialidade, natureza da atividade para a qual a informação é necessária;

◦ Critério social e psicológico: tal como atitudes e valores dos usuários no que diz respeito à informação em geral e sua relação com unidades de informação em particular, e seu comportamento social e profissional

� Baseado nesses dois critérios, os autores identificam as seguintes categorias de usuário:◦ Usuários que ainda não estão no mercado de trabalho, tal como

estudantes;

◦ Usuários com um trabalho e cuja necessidade de informação está relacionado à ele;

◦ Usuários comuns que necessitam informações genéricas para propósitos sociais.

Tipos de necessidade de informação

� Uma necessidade de informação pode surgir quando um indivíduo reconhece que seu nível atual de conhecimento é insuficiente para ligar com a tarefa que precisa resolver;

� Antes de identificar as necessidades de informação dos diferentes usuários, deve-se ter em mente os seguintes pontos:◦ é um conceito relativo que depende de vários fatores;

◦ muda com o tempo; com a recepção de alguma informação

◦ Varia de acordo com a pessoa, a profissão; a instituição;

◦ É dependente do ambiente;

◦ É difícil medir;

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Tipos de necessidade de informação

� Em nível macro, um entendimento da natureza dos usuários, suas necessidades de informação, seus padrões de busca por informação pode auxiliar um gestor de informação em diferentes níveis:◦ Decidir pela utilização ou não de um sistema de informação;

◦ Avaliar um sistema de recuperação de informação quando:� Iniciar um novo serviço;� Incrementar ou decrementar a ênfase dada em um ou mais

serviços;� Otimizar um determinado serviço;� Divulgar um determinado serviço;

Tipos de necessidade de informação

� Em nível micro, um entendimento dos usuários pode auxiliar um gestor de informação a:

◦ Determinar quem são os usuários de um sistema de informação existente ou potenciais;

◦ Determinar as necessidades de informação de cada categoria de usuário;

◦ Avaliar em que medida um sistema existente é capaz de atender as necessidades dos usuários;

◦ Identificar as fontes de informação necessárias em um sistema;

◦ Determinar requisitos de hardware e software; requisitos de comunicação (rede), padrões, protocolos, etc.

◦ Determinar a interface do usuário;

◦ Determinar estratégias de marketing;

◦ Determinar o nível de treinamento: dos funcionários; dos usuário;

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Necessidade de Informação em diferentes áreas

� Pesquisa Científica e Tecnológica◦ Familiarização com o problema;◦ Coletar conhecimento científico sobre um assunto;◦ Interpretar dados científicos;◦ Provar hipóteses◦ Formular conclusões e recomendações;◦ Descrever dos resultados de pesquisa.

� Negócios◦ Novos mercados potenciais; Competidores;

� Empresas◦ Formulação de objetivos, políticas e estratégias;◦ Preparar planos de longo-prazo;◦ Otimização de alocação de recursos;

Comportamento de busca dos usuários

� Alguns pontos que podem afetar o comportamento de busca de um usuário:◦ Nível de formação e profissão;

◦ O status ou posição sócio-profissional;

◦ Ambiente em que vive;

◦ O tempo disponível para pesquisar por informação;

◦ Quão amigável é o sistema de informação;

◦ Etc;

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Estudos de usuário

� Metodologias◦ Questionário

◦ Entrevista

◦ Observação

◦ Análise de logs;

Modelos de Centrados no Usuário

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Modelos Centrados no Usuário

� Genericamente, as pesquisas em recuperação de informação podem ser categorizadas em duas linhas:◦ Pesquisas centradas no sistema

� Algoritmos de recuperação, ranqueamento, indexação,� Projetos de interface, etc

◦ Pesquisas centradas no usuário� Comportamento informacional humano� Métodos centrados no usuário ou Modelos cognitivos

Modelos Centrados no Usuário

� Comportamento Informacional (Information

Behaviour)◦ Como os indivíduos obtêm e manipulam informação.

◦ Inclui a busca, a utilização, a modificação, o compartilhamento e o armazenamento da informação.

� De maneira geral, o comportamento informacional está relacionado aos métodos e modelos cognitivos de busca e recuperação de informação.

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Modelos Centrados no Usuário

� O Comportamento Informacional inclui “[...] comportamentos humanos relacionados com a busca, coleta, recuperação, organização e uso da informação” (SPINK; COLE, 2006, p. 25).

� Wilson (2000, p. 49): ◦ Comportamento informacional é a totalidade do comportamento

humano em relação às fontes e canais de informação, incluindo a busca de informação ativa e passiva, além do uso da informação. Ou seja, inclui a comunicação face to face com outras fontes e canais de informação, como também a recepção passiva de informação como, por exemplo, assistir a anúncios de televisão, sem qualquer intenção para agir na informação dada.

� Muitos pesquisadores têm proposto modelos interativos para a busca e recuperação de informação que colocam o usuário na função central de um sistema.

Modelo básico

Necessidade de informação

Formulação da expressão de busca

Submeter a expressão ao sistema

Receber resultados

Estudar/Avaliar os resultados

Necessidade de informação

satisfeita?

Fim

Sim

Não

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Modelo de Wilson

� WILSON, T. D. Information behaviour, an interdisciplinaryperspective. 1996.

◦ Por que algumas necessidades induzem a uma busca de informação mais do que outras;

◦ Por que algumas fontes de informação são mais usadas do que outras;

◦ Por que na busca de informação uma pessoa pode atingir (ou não) os seus objetivos eficientemente.

Modelo de Wilson

� Apresenta o ciclo de atividades de informação, desde a urgente necessidade de informação até o estágio em que a informação está sendo usada.

� O modelo inclui diversas variáveis interferentes que têm influências significantes no comportamento informacional, além dos mecanismos que o ativam.

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Modelo de Wilson

Modelo de Wilson

� Contexto da Necessidade de Informação

◦ As necessidades variam dependendo das mudanças no ambiente.

◦ As características dos papéis que uma pessoa tem na vida: pai, líder, gerente, etc.

◦ Pode-se levar em conta o macro-ambiente (sistema sócio-político e econômico de um país ou setor da indústria), o meso-ambiente (ambiente regional, comunidade local, uma cidade particular) ou o micro-ambiente de uma única organização.

� O ambiente condiciona a ocorrência de certas necessidades.◦ As necessidades diferem em períodos de mudanças políticas e

econômicas das necessidades apresentadas por um período de estabilidade.

◦ As características das fontes de informação formais e informais e as funções dos canais de todos os níveis podem influenciar (estimular ou impedir) a necessidade de informação e determinar o comportamento informacional.

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Modelo de Wilson

� Variáveis Interferentes

◦ Pessoais� Variáveis psicológicas

� perspectiva na vida� sistema de valores� orientação política� conhecimento� estilo de aprender

� Variáveis emocionais� aversão ao risco� atitudes para inovação� preferências� preconceitos� auto-percepção (de conhecimentos e habilidades)� Interesse e conhecimento do assunto, da tarefa ou do sistema de busca ou

de informação.

� Variáveis demográficas� sexo, idade, estado social e econômico, educação e experiência de

trabalho.

Modelo de Wilson

� Variáveis Interferentes

◦ Papel social/interpessoal

� O papel que uma pessoa exerce situa o indivíduo em um lugar particular, ou seja, em um sistema social e em uma organização.

� Também significa um lugar definido nas redes de comunicação tanto formais como informais.

� Isto cria certas oportunidades (e barreiras) no acesso à informação.� Exigências, Regulamentos e Limitações;� Padrões de comportamento estabelecidos (em uma categoria

profissional em particular);� O lugar que uma pessoa ocupa em uma organização ou em um

sistema de organizações; a hierarquia típica de valores; e o nível de responsabilidade.

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Modelo de Wilson

� Mecanismos de Ativação: ◦ Nem toda necessidade dá um incentivo para empreender

atividades que conduzam a buscar informação. Para descobrir o que estimula e motiva a busca de informação Wilson (1996) procura uma resposta principalmente na psicologia, mas também aponta para a necessidade de levar em consideração outras ciências.

◦ stress/esforço (stress/coping)� Stress: “uma relação, entre uma pessoa e o ambiente, a qual é

considerada por esta pessoa como cansativa ou que excede seus recursos, arriscando desta forma o seu bem-estar”

� Esforço: “as aplicações cognitivas e comportamentais para dominar, reduzir ou tolerar as demandas internas e externas que são criadas pelas situações de stress” .

Modelo de Wilson

� Wilson (1996) sugere que nem todas as necessidades de informação fazem uma pessoa buscar informação.◦ Um indivíduo não se empenha em atividades de busca se

ele está convencido de que o conhecimento que possui é suficiente para entender a situação e tomar uma decisão.

◦ Se lhe falta tal convicção, a tensão (stress) unida ao perigo de cometer um erro acontece, exigindo um esforço para a busca de informação e resolução do problema.

◦ Um grau elevado de stress é a maior motivação para buscar informação (até um certo ponto, pois, um grau muito elevado de stress pode, até mesmo, paralisar tais atividades).

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Modelo de Kuhlthau

� KUHLTHAU, Carol C. Information Search Process. 2005.

� O Modelo ISP – Information Search Process

◦ As pessoas têm uma capacidade limitada para assimilar nova informação, desta forma elas propositadamente constroem significados por seletividade assistida e os conectam ao que elas já conhecem. O processo ativo da formação de significado da informação é a tarefa do usuário no Processo de Busca de Informação (ISP).

◦ Assim, uma busca de informação é um processo de construção que envolve toda a experiência da pessoa, sentimentos, pensamentos e ações.

Modelo de Kuhlthau

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Modelo de Kuhlthau

� Iniciação

◦ Quando uma pessoa percebe uma falta de conhecimento, os sentimentos de incerteza e apreensão são comuns.

◦ Os pensamentos centram-se em contemplar o problema, compreendendo a tarefa, e relacionando o problema às experiências anteriores e ao conhecimento prévio.

◦ As ações frequentemente envolvem discussões de possíveis tópicos e abordagens.

Modelo de Kuhlthau

� Seleção

◦ Identificar e selecionar o tópico geral para ser investigado ou a abordagem a ser procurada.

◦ Sentimentos de incerteza frequentemente dão lugar para uma perspectiva mais otimista, depois que a seleção é feita, e há um estado de preparo para começar a busca.

◦ Os pensamentos centram-se em determinar os tópicos de perspectiva contraria aos critérios de interesse pessoal. O resultado de cada escolha possível é prognosticado e o tópico ou abordagem julgada de maior potencial para o sucesso é selecionada.

◦ Ações típicas são a(s) conferência(s) do(s) tópico(s) ou abordagem(ns) selecionada(s)

◦ Alguns podem fazer uma busca preliminar da informação disponível, e ‘passar os olhos’ e/ou escanear a informação encontrada para uma avaliação de tópicos alternativos. Quando, por qualquer razão, a seleção está atrasada ou é adiada, é provável que sentimentos de ansiedade se intensifiquem e afetem a escolha feita.

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Modelo de Kuhlthau

� Exploração

◦ caracterizada por sentimentos de confusão, incerteza, e dúvida os quais frequentemente aumentam no decorrer do tempo.

◦ A tarefa é investigar informação sobre o tópico geral para estender a compreensão pessoal. Os pensamentos se tornam orientados e suficientemente informados sobre o tópico para formar um foco ou um ponto de vista pessoal.

◦ Neste estágio uma inabilidade para expressar precisamente que informação é necessária faz a comunicação entre o usuário e o sistema ser desastrosa.

◦ As ações envolvem localizar a informação sobre o tópico geral, ler para se tornar informado, e relacionar a nova informação com o que já é conhecido..

Modelo de Kuhlthau

� Formulação

◦ Ponto decisivo do ISP quando sentimentos de incerteza diminuem e aumenta a confiança. A tarefa é formar um foco da informação encontrada.

◦ Os pensamentos envolvem identificar e selecionar ideias das informações encontradas para formar uma perspectiva focada no tópico. Um foco no processo de busca é comparável à hipótese no processo de construção. O tópico torna-se mais personalizado neste estágio se a construção estiver acontecendo. Enquanto o foco pode ser formado em um repentino momento de insight, é mais provável que o tópico surja gradualmente, na medida em que os constructos se tornam mais claros.

◦ Durante este tempo, uma mudança nos sentimentos é comumente notada, com indicações de aumento da confiança e um senso de clareza.

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Modelo de Kuhlthau

� Coleção

◦ Quando as interações entre o usuário e as funções do sistema de informação estão mais efetivas e eficientes. Neste momento, a tarefa é juntar a informação relacionada com o tópico focalizado. Os pensamentos centram na definição, desdobramento e suporte ao foco.

◦ As ações envolvem a seleção da informação relevante para a perspectiva do tópico e fazendo notas detalhadas que pertençam especificamente ao foco pois a informação geral sobre o tópico não é mais relevante depois da ‘formulação’.

◦ O usuário, com um senso de direção mais claro, pode especificar a necessidade por informação relevante, focalizando-a para intermediários e sistemas de informação, e assim, facilitando uma busca que abrange todos os recursos disponíveis.

◦ Sentimentos de confiança continuam a aumentar, assim como, os de incerteza diminuem com o interesse no aprofundamento do projeto.

Modelo de Kuhlthau

� Apresentação

◦ Sentimentos de ‘alívio’ são comuns com uma sensação de satisfação se a busca for bem sucedida ou decepção se ela não o for.

◦ A tarefa é completar a busca e preparar para apresentar ou, caso contrário, usar o que se encontrou.

◦ Os pensamentos se concentram em culminar a busca com uma síntese personalizada do tópico ou problema.

◦ As ações envolvem uma busca resumida na qual a relevância decrescente e a redundância crescente são notadas na informação encontrada.

◦ Estratégias de organização, tal como um esboço, são aplicadas para preparar a apresentação ou, caso contrário, para usar a informação.

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Modelo de Dervin

� DERVIN, B. An overview of sense-making research: concepts, methods and results to date. In: International Communications Association Annual Meeting. Dallas, Texas, 1983.

� Teoria Sense-Making

◦ A ‘realidade’ (os contextos) não é completa nem constante, ao contrário, é permeada de descontinuidades fundamentais e difusas, intituladas lacunas (gaps).

◦ Neste sentido, o ser humano é visto como um conjunto de ferramentas que, ao assumir uma suposta realidade, ‘faz/cria o sentido’ desta realidade ao mesmo tempo caótica e ordenada.

◦ Trata-se mais de um modelo de metodologia para o estudo e uso da informação e não pode ser vista simplesmente como um modelo de busca de informação.

◦ Porém a teoria Sense-Making reconhece os indivíduos com comportamentos diferentes na busca e uso da informação, mesmo que estejam inseridos dentro de um ambiente de trabalho comum, ou de um grupo de interesses comuns.

Modelo de Dervin

� Sense-Making é implementado em termos de quatro elementos constituintes: ◦ Uma situação no tempo e espaço, a qual define o contexto

em que os problemas de informação surgem;

◦ Uma lacuna que identifica a diferença entre a situação contextual e a situação desejada (ex: incerteza);

◦ Um resultado, que é a consequência do processo de Sense-Making;

◦ Uma ponte: são meios de fechar a lacuna entre a situação e o resultado.

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Modelo de Dervin

� O valor do modelo de Dervin está, em parte, em suas ‘consequências metodológicas’ em relação ao comportamento informacional, levando a um modo de questionamento que pode revelar a natureza da situação problemática (o próprio problema ou a incerteza), até ao ponto em que a informação servirá para atravessar a lacuna de incerteza, confusão, etc e chegar à natureza dos resultados com o uso da informação.

Modelo de Ellis

� ELLIS, David. Behavioural approach to information retrieval system design. Journal of Documentation, v. 45, n. 3, 1989, p. 171-212.

� Abordagem de análise que usa grupos pequenos, via observação ou entrevistas semi-estruturadas ao invés de grandes grupos via questionários ou entrevistas estruturadas para coleta de dados.

� Tentativa de gerar modelos de busca de informação a partir de padrões individuais ou de grupos.

� Padrão de comportamento de busca de informação que não se apresenta na forma de um modelo diagramático;

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Modelo de Ellis

� Características de busca:◦ Iniciação

� Configura-se como os meios empregados pelo usuário para começar a busca de informação.� identificação de registros que poderiam servir como ponto de partida

para o ciclo de pesquisa. � referências que foram usadas que poderão prover informações

pertinentes.� perguntas a colegas ou consultas a revisões de literatura, catálogos

online, índices e resumos, além de bases de dados, periódicos online, etc.

◦ Ligação

� Seguir através da rede de citações ou outras formas de conexão referencial entre os diversos materiais ou fontes identificadas durante as atividades de início.

Modelo de Ellis

� Navegação

◦ Procura casual por informação em áreas de interesse potencial.

� Diferenciação

◦ Uso de diferenças conhecidas entre as fontes encontradas (ex: o autor, tipo de periódico especializado ou a natureza e qualidade da informação) como um modo de filtrar a quantidade de informação obtida.

� Monitoramento

◦ Manter-se à frente dos desenvolvimentos de uma área regularmente seguindo certas fontes (ex: principais periódicos; jornais; conferências; revistas; livros; e catálogos).

� Extração

◦ Seleção de documentos e outros materiais identificados como relevantes.

� Verificação

◦ A checagem da precisão de informação.

� Finalização

◦ Busca final por informação.

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Modelo de Ellis

� Tais comportamentos não necessariamente acontecem em uma sucessão específica e podem ser iniciados em sucessões diferentes e em tempos diferentes no processo de busca global. Ou seja, a partir do ‘início’, pode-se partir para a ‘navegação’, ir para a ‘ligação’, voltar ao ‘início’, fazer o ‘monitoramento’, voltar a ‘ligação’, etc.

� Percebe-se que, o modelo de Ellis pretende funcionar em todos os diferentes níveis do processo de busca de informação.

Modelo Cognitivo de Ingwersen

INGWERSEN, P. Information retrieval interaction. London: Taylor Graham, 2002. 246 p. Disponível em: < http://pure.iva.dk/ws/files/31047349/Ingwersen_IRI.pdf >

� Concentra-se em identificar os processos de cognição que podem ocorrer em todos os elementos de processamento de informação envolvidos;

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Modelo Cognitivo de Ingwersen

� Segundo Ingwersen, a recuperação de informação concentra-se em 4 pontos principais:◦ Todo processo de comunicação interativa durante o processo de

recuperação de informação podem ser relacionados como um processo de cognição, que podem ocorrer em todos os componentes do processo informacional envolvidos;

◦ As pressuposições e intencionalidades subintendidas nas mensagens são vitais para a percepção e entendimento, mas são perdidas por qualquer sistema de transmissão entre o emissor e o receptor (humano ou máquina);

◦ Incertezas e imprevisibilidades são inerentes na recuperação de informação e estão associadas com todas as ações de interpretação executadas pelo emissor e receptor;

◦ A recuperação de informação real é possível somente por usuários individuais em um determinado contexto.

Modelo Cognitivo de Ingwersen

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Modelo Cognitivo de Ingwersen

� O modelo de Ingwersen propõe que a busca e recuperação de informação deve ser caracterizado por:◦ Um espaço cognitivo de um usuário individual que é

caracterizado pelo interesse do usuário, o seu estado cognitivo atual, um problema ou meta, incertezas e necessidades e comportamentos de informacionais;

◦ Um ambiente organizacional ou social que é caracterizado pelo domínio, estratégias ou metas e preferências.

Técnicas e Tecnologias

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Relevance Feedback

� Processo dialógico composto de interações sucessivas com o

sistema no qual, após submeter sua expressão de busca e obter um primeiro conjunto de documento, o usuário marca ou sinaliza, aqueles documentos que ele considera relevantes.

� Esse conjunto de documentos reconhecidamente relevantes é

então enviado ao sistema para que este possa refazer ou

recalcular seus critérios e apresentar um novo conjunto de resultados mais precisos, com maior número de documentos relevantes do que no conjunto de documentos anterior.

� Visa captar a real necessidade de informação do usuário por meio da avaliação da representação dos documentos declarados como relevantes pelo usuário. Esse processo interativo que se

estabelece com o sistema visa melhorar gradativamente os seus

resultados.

Relevance Feedback

� Sistemas de recuperação de imagens são bons exemplos da eficiência do mecanismo de Relevance Feedback. Nesse domínio, as dificuldades do usuário em formular sua primeira consulta são maiores, face à complexidade em traduzir em palavras as características e propriedades das imagens de interesse.

� Por outro lado, o usuário tem condições de rapidamente julgar a relevância das imagens apresentadas nos resultados, iniciando assim um processo de refinamento da busca.

� O processo de Relevance Feedback pode ser resumido nos seguintes passos (MANNING, RAGHAVAN; SCHÜTZE, 2008, p.178):

1. O usuário formula uma consulta [expressão de busca] e submete ao sistema;

2. O sistema retorna um conjunto inicial de documentos;

3. O usuário marca como relevante (ou não-relevante) alguns dos documentos recuperados e submete esses documentos juntamente com sua expressão de busca ao novamente ao sistema;

4. O sistema calcula uma melhor representação da necessidade de informação baseada no feedback do usuário.

5. O sistema apresenta um novo conjunto de documentos presumivelmente com um aumento da precisão dos resultados.

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Relevance Feedback

� O processo de Relevance Feedback consegue reconhecer de forma bastante precisa a real necessidade de informação do usuário no momento de sua busca. Se devidamente armazenadas, as informações resultantes dessa interação podem ser utilizadas para capturar os temas ou assuntos de interesses do usuário em um determinado período, e pode vir a integrar o seu perfil.

� Esse perfil do usuário pode ser utilizado na contextualização de futuras buscas, podendo vir a melhorar significativamente os resultados de um sistema de recuperação de informação.

Análise de Logs

� Um dos instrumentos mais utilizados para as avaliações do comportamento dos usuários de sistemas de recuperação de informação tem sido a análise dos logs das transações nesses sistemas.

� Esse método é geralmente utilizado para capturar características das interações dos usuários, sendo um método não intrusivo de coletar informações sobre as buscas.

(AIRES; ALUÍSIO, 2003).

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Análise de Logs

� Jansen e Pooch (2000) apresentam um resumo das características das pesquisas nessa área. Segundo esses autores, as análises de logs podem ser feitas em três níveis: sessões, consultas e termos das consultas.◦ As sessões compreendem o intervalo em que um determinado usuário esteve

utilizando um sistema de busca, considerando cada IP como um usuário. As análises no nível de sessão são úteis, por exemplo, para determinar quanto tempo em média um usuário leva em uma busca, quantas páginas este usuário visita durante este intervalo de tempo e quantas consultas um usuário faz por sessão.

◦ As consultas são constituídas de todos os caracteres como foram digitados por um usuário para realizar uma busca; incluem palavras e operadores que tenham sido utilizados. Neste nível de análise, são levantadas estatísticas sobre o número de usuários que utilizam operadores booleanos, quantos utilizam o recurso de frase exata, o número de termos por consulta, entre outras.

◦ Os termos das consultas são os termos de busca separados por algum delimitador. Análises neste nível podem ser utilizadas para gerar listas dos assuntos mais procurados e calcular o número médio de palavras por consulta, por exemplo.

Análise de Logs

� Estes níveis de análise são interpretados em separado ou em conjunto, e possibilitam, entre outras coisas, saber:◦ se os usuários repetem uma consulta. Existem formas

diversas de caracterizar uma consulta como diferente da anterior: pela ordem das palavras, pelo número de palavras, pelo tamanho da consulta, entre outras;◦ que funções de busca, busca avançada e operadores os

usuários utilizam. Isto permite saber o que colocar em evidência na página ou tela principal de um sistema de recuperação de informação◦ quais são os temas mais procurados, quais são as áreas de

interesse dos usuários. Os temas mais procurados podem dar origem a listas de páginas de maior interesse dos usuários ou qualquer outro recurso do sistema que abrevie o tempo necessário para o usuário recuperar a informação que necessite.

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Análise de Logs

� Continuação...◦ o número de páginas (telas) de resultados que os

usuários veem. Esse número é utilizado para justificar a importância de se ter um bom algoritmo de ordenação de resultados de busca ou uma interface que permita a visualização de mais ampla dos documentos resultantes de uma busca.◦ com que frequência os usuários modificam uma

consulta. Analisam também como as consultas foram alteradas, se acrescentando ou subtraindo termos ou se apenas trocando um termo por outro;◦ o número de documentos visualizados. Essa informação

pode ser utilizada para dar uma importância maior à criação de resumos sobre os documentos, caso se verifique que poucos documentos são acessados por sessão, o que sugere que os usuários só abrem documentos cujos títulos e resumos descrevem melhor o que eles procuram;

Personalização de Buscas

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Personalização de Buscas

� baseada em colaboração

◦ os usuários que apresentam interesses similares são suscetíveis a encontrar os mesmos documentos em buscas que possuem interesses semelhantes.

◦ Dieberger et al (2000) utilizam o termo Navegação Social para referir-se a softwares que fazem uso de “rastros” (comentários, votos, revisões e outros) de usuários deixados durante a navegação ou a construção de expressões de busca.

◦ O Eurekster é um exemplo de motor de busca que utiliza a colaboração. Nele os usuários podem construir e personalizar suas pesquisas, compartilhando sua opinião por meio de votos atribuídos aos resultados obtidos.

� baseada em conteúdo

◦ presente na maioria desses motores de busca da Web.

◦ Entretanto, para FURNAS et al (1987), essas técnicas apresentam dois problemas para a recuperação de informação: a polissemia e a sinonímia.

◦ Esses fenômenos provocam inadequações entre o espaço da busca e o espaço dos documentos nas buscas realizadas em um conjunto grande de documentos, pois normalmente são utilizados poucos termos na elaboração da expressão de busca, e o número de termos extraídos dos documentos geralmente é grande.

Personalização de Buscas

� A pesquisa contextual, proposta por RHODES (2000), é uma abordagem de pesquisa denominada Just-in-Time Information

Retrieval (JITIR), na qual o sistema monitora continuamente a interação do usuário com o sistema, identificando automaticamente quais são suas necessidades e recuperando documentos relevantes ás suas áreas de interesse.

� Um exemplo de sistema que utiliza a pesquisa contextual é o Google Desktop. Esta ferramenta (já descontinuado) possibilita pesquisar conteúdos no computador local e em documentos Web já visitados, organizando todos os documentos tais como arquivos, e-mails e websites favoritos.

� Após sua instalação, o Google Desktop indexa os arquivos, e-mails e histórico de navegação que estão armazenados no computador local e à medida que os documentos são alterados o sistema atualiza o seu índice.

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Personalização de Buscas

� histórico de buscas

◦ abordagem que permite personalizar a interação humano-computador de forma menos intrusiva. As buscas são baseadas em resultados de pedidos anteriores. Para isso faz-se uso de cookies, com a finalidade de identificar os usuários.

◦ Ela pode ser classificada em dois grupos, sendo que o primeiro emprega a abordagem off-line, na qual a exploração do histórico das navegações é realizada em etapas de pré-processamento distintas, analisando a relação das buscas e dos documentos visitados. O segundo grupo emprega a abordagem on-line, na qual os dados são capturados assim que eles estejam disponíveis, obtendo os resultados da última interação com o usuário para o fornecimento imediato de modelos personalizados.

Personalização de Buscas

� histórico de buscas

◦ O Google disponibiliza uma ferramenta de busca, nomeada de Search History, (https://history.google.com/history/) baseada no histórico de navegação do usuário. Para utilizar o Google Search History é necessário criar uma conta Google e, então, ativar o histórico Web.

◦ Após a ativação, todo o histórico de navegação ficará armazenado em servidores do Google, o que torna possível utilizar e gerenciar o histórico por qualquer computador. Esta ferramenta utiliza apenas o histórico da Web, ou seja, é possível recuperar documentos Web já visitados, o histórico da pesquisa fica armazenado no navegador, sendo que cada browser é responsável por armazenar e recuperar essas expressões de busca.

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Personalização de Buscas

� dados hipertextuais

◦ técnica que atua na criação de um ranking personalizado de paginas Web de acordo com o perfil dos utilizadores, construído automaticamente.

◦ Micarelli et al (2007) propõem um protótipo que utiliza os bookmarks dos usuários ou os conjuntos de páginas visitados frequentemente.

� modelos de usuários

◦ normalmente emprega frames e redes semânticas para representar os conceitos de um determinado domínio, modelando os relacionamentos entre eles.

◦ Micarelli et al (2007) apresenta três protótipos distintos que abordam esse tipo de personalização: o ifweb, o Wifs e o Infoweb.

Personalização de Buscas

� Clusterização

◦ aplicada a busca na Web, ao contrário da classificação, não requer categorias pré-definidas.

◦ Assim, o número e a organização dos clusters são gerados de acordo com a navegação do usuário, apresentando uma clusterização concisa e precisa, permitindo ao usuário encontrar o que lhe é util.

◦ Os mecanismos de busca que utilizam a clusterização para a realização de suas consultas organizam os resultados agrupando as páginas que apresentam os mesmos temas.

� O YIPPY (http://yippy.com/) é um exemplo de um motor de busca adaptado que organiza seus resultados em pastas e subpastas.

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Expansão de Consulta

� Um SRI é elemento mediador entre os usuários e um determinado acervo documental.◦ O usuário interage com o sistema a fim de comunicar a sua

necessidade de informação e obter documentos que possam satisfazer tal necessidade.

� Na maioria dos sistemas essa comunicação é feita por meio da especificação de termos que representam a necessidade do usuário.◦ Nesse processo comunicativo entre usuário e sistema é

fundamental a escolha criteriosa dos termos de busca para se recuperar documentos relevantes e ao mesmo tempo evitar itens não relevantes.

Expansão de Consulta

� A especificação da busca (consulta) é dependente do usuário, com toda a variabilidade inerente ao ser-humano;

� É difícil ao usuário predizer os termos que resultem em um conjunto de documentos que efetivamente atenderão à sua necessidade.

� Além disso, geralmente as buscas dos usuários são expressas por meio de um número reduzido de termos ou palavras, não permitindo uma interpretação exata e inequívoca da necessidade de informação do usuário;

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Expansão de Consulta

� Expansão de consulta é o termo utilizado para referenciar os métodos e processos que visam melhorar a eficiência da recuperação de informação baseados no pressuposto de que as consultas definidas pelos usuários muitas vezes não refletem suas reais necessidades de informação.

� O objetivo principal é adicionar novos termos à consulta inicialmente formulada pelo usuário a fim de melhorar os resultados obtidos.

� O conceito de expansão de consulta está relacionado ao conceito mais genérico de reformulação de consulta, que pode envolver também a exclusão de termos de uma consulta inicial.

Expansão de Consulta

� O funcionamento de um mecanismo de expansão de consulta é dependente do modelo utilizado pelo sistema de recuperação de informação.◦ No Modelo Booleano, por exemplo, os termos de expansão

são combinados com os termos da consulta original por meio de operadores booleanos. O operador OR pode ser utilizado para realizar buscas mais genéricas, com um potencial aumento na revocação (recall). O operador AND restringe o resultado da consulta inicial, permitindo uma maior precisão, com uma consequente redução da revocação.

◦ Nas abordagens baseadas no Modelo Vetorial, termos de expansão são adicionados à consulta original juntamente com seus respectivos pesos (ROCCHIO, 1971).

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Expansão de Consulta

� Spink et al (2001) realizaram estudos envolvendo mais de um milhão de consultas utilizando a ferramentas de busca Excite em um único dia: 16 de setembro de 1997.◦ Constatou-se que o número médio de termos utilizados em

uma consulta varia entre 2 e 3.

◦ Mais da metade dos usuários reformulam suas buscas pelo menos uma vez.

� Esta constatação torna clara que as consultas iniciais muitas vezes não resultam em um conjunto de documentos satisfatórios para as necessidades de informação dos usuários.

Expansão de Consulta

� Efthimiadis (1996) distingue três modos diferentes de expansão de consulta

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Expansão de Consulta

� Manual (ou intelectual): o próprio usuário altera a sua consulta inicial por meio da adição de novos termos;

� Automática: quando o sistema gera os termos de expansão e os adicionados à consulta original;

� Interativo: o usuário seleciona termos de expansão a partir de um conjunto de termos apresentados pelo sistema;

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Expansão de Consultabaseada nos resultados da busca

� Está relacionado ao processo de Relevance Feedback. Este processo parte da ideia de que embora seja difícil formular uma primeira consulta eficiente, é fácil julgar a relevância dos documentos recuperados.1. O usuário formula uma consulta e submete ao sistema;

2. O sistema retorna um conjunto inicial de documentos;

3. O usuário marca como relevante (ou não-relevante) alguns dos documentos recuperados e submete novamente ao sistema;

4. O sistema calcula uma melhor representação da necessidade de informação baseada no feedback do usuário.

5. O sistema apresenta um novo conjunto de documentos presumivelmente apresentado um aumento da precisão dos resultados.

� Essa interação com o sistema pode se repetir até que o usuário esteja satisfeito como o conjunto de documentos resultantes.

Expansão de Consultabaseada nos resultados da busca

� Segundo Ruthven e Lalmas (2003) existem dois tipos Relevance Feedback:◦ User Relevance Feedback: o usuário pode indicar (marcar) os

documentos resultantes de uma consulta como relevantes ou não-relevantes e submeter essa nova informação ao sistema, que a utiliza na modificação da consulta original, adicionando novos termos e/ou alterando os pesos dos termos da consulta inicial a fim melhorar a eficácia da consulta.

◦ Pseudo (ou Blind) Relevance Feedback: não confia na informação de relevância fornecida pelo usuário e utiliza os documentos mais bem ranqueados na lista de resultados para aperfeiçoar a consulta. Esta técnica depende fortemente da qualidade da consulta inicial e de sua aptidão em recuperar documentos relevantes.

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Expansão de Consultabaseada nos resultados da busca

� Relevance Feedback

◦ Eficazes para melhorar resultados da recuperação;

◦ Somente aplicável se a consulta original do usuário resultar em um conjunto com um número razoável de documentos;

◦ Não podem ser aplicados na formulação da consulta inicial, pois nenhuma está disponível.

� User Relevance Feedback são dependentes da voluntariedade dos usuários em fornecer o seu parecer sobre a relevância dos documentos recuperados.

� Segundo Spink et al (2000), na maioria das vezes os usuários são relutantes em fazer isso.◦ Os autores analisaram o comportamento de usuários de mecanismos de

busca do arquivo de log do buscador Excite.

◦ Essa ferramenta de busca possuía o recurso “More Like This” como uma opção de Relevance Feedback.

◦ Embora reconhecidamente útil, o mecanismo de Relevance Feedbackraramente era utilizada pelos usuários.

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Expansão de Consultabaseada em estruturas de conhecimento

� Os métodos baseados nos resultados da busca selecionam os termos de expansão a partir dos documentos resultantes da consulta inicial.

� Nesse caso, a eficácia da expansão da consulta depende fortemente da qualidade da consulta inicial.

� Essa dependência não existe nos modelos de expansão baseados em estruturas de conhecimento.

� Podem ser aplicados na formulação da consulta inicial.

� As estruturas de conhecimento podem ser dependentes do corpus ou independentes do corpus.

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Expansão de Consultabaseada em estruturas de conhecimento dependentes do corpus

� Analisam os documentos do acervo documental a fim de selecionar os termos que serão utilizados para a expansão da consulta;◦ Dependências estatísticas entre termos são calculadas por

meio da aplicação de cálculos de co-ocorrência.

◦ Uma forma simples de utilizar dados de co-ocorrência é identificar nos documentos termos de indexação que se assemelham aos termos de uma determinada consulta com o objetivo utilizá-los como termos de expansão.� agrupamento (clustering)� geração de matrizes de co-ocorrência� construção automática de tesauros

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Expansão de Consultabaseada em estruturas de conhecimento independentes do corpus

� Utilizam estruturas de conhecimento que não apresentam relação com os documentos.

� São exemplos dessas estruturas: léxicos, glossários, dicionários, tesauros, ontologias;

Referências

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