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FACULDADE TECSOMA Curso de Administração RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS NO HOTEL PRESIDENTE PARACATU - MG: estudo de caso Leandro Melo Batista. Paracatu MG Dezembro, 2011

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FACULDADE TECSOMA Curso de Administração

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS NO HOTEL PRESIDENTE PARACATU - MG: estudo de caso

Leandro Melo Batista.

Paracatu – MG Dezembro, 2011

Leandro Melo Batista

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS NO HOTEL PRESIDENTE PARACATU - MG: estudo de caso

Monografia apresentada a Faculdade TECSOMA, como pré-requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração.

Orientador: Fernando Antonio Antunes

Paracatu – MG Dezembro, 2011

Melo, Leandro Batista Proposta de RECRUTAMENTO E SELEÇÃO como fator indispensável para a gestão da empresa: Tecnologia no Recrutamento e Seleção de pessoas no Hotel Presidente: Estudo de Caso / Leandro Melo Batista. - Paracatu: Faculdade Tecsoma – FATEC, 2011

93 p.

Monografia de conclusão de curso de graduação em Administração da FATEC – Recrutamento e Seleção. 1. Gestão de Pessoas. 2. Recrutamento. 3. Seleção. 4. Motivacional. 5. Moderna. 6. Evolução.

CDU 658.3

Leandro Melo Batista Recrutamento e Seleção de Pessoas no Hotel Presidente Paracatu - MG: Um

estudo de caso.

________________________________________________________________

Fernando Antunes (Orientador e Coordenador do curso de Administração)

________________________________________________________________ Geraldo Benedito Batista de Oliveira (Orientador Metodológico)

________________________________________________________________ Professor convidado

Paracatu, Dezembro de 2011

Monografia apresentada a Faculdade TECSOMA, como pré-requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração.

Dedico esta monografia aos meus pais que sempre me incentivaram aos estudos.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente, a minha família que é à base da minha vida,

a minha namorada, aos meus professores, aos meus verdadeiros amigos que

sempre estiveram do meu lado nas horas boas e ruins e as pessoas que acharam

que não seria capaz de chegar aonde cheguei.

RESUMO

A necessidade de busca de profissionais cada vez mais hábeis e com qualificações

diferenciadas aquece o mercado de trabalho de todas as áreas, nos mais variados

tipos e tamanhos de organizações, a fim de gerar altos padrões de qualidade e

melhoria contínua do serviço oferecido. O gestor contemporâneo não quer mais

apenas funcionários capazes de desenvolver as atividades propostas pelo cargo, ele

quer funcionários que vão além, que sejam criativos, proativos, que quando

estimulados vão promover o crescimento da empresa. Por isto a importância do

processo de recrutamento e seleção de novos membros. O objetivo deste trabalho

foi demonstrar mudanças em um dos processos de gestão do Hotel Presidente,

tornando possíveis melhorias através do Recrutamento e Seleção de Pessoal.

Inicialmente foi detectado o problema com base nas descrições de cargos da

organização e a partir da criação de um novo modelo utilizado juntamente com

técnicas de avaliação que cumprem etapas sistemáticas de processo seletivo

individualizado para cada função, foi possível elaborar novo processo de

Recrutamento e Seleção que atendesse a cada setor da organização, auxiliando

assim o trabalho do gestor, podendo desta forma obter resultados positivos perante

os procedimentos.

Palavras-chave: Gestão de Pessoas. Recrutamento. Seleção. Motivacional.

Moderna. Evolução.

ABSTRACT

The need to search for increasingly skilled professionals and with different

qualifications heats the labor market in all areas, in various types and sizes of

organizations in order to generate high quality standards and continuous

improvement of service offered. The modern manager does not want to just

employees able to develop the activities proposed for the post, he wants employees

who go beyond, to be creative, proactive, which when stimulated will promote the

growth of the company. Hence the importance of the recruitment process and

selection of new members. The objective of this study was to demonstrate a change

in management processes of the Hotel Presidente, making possible improvements

through the Recruitment and Selection of Personnel. Initially the problem was

detected on the basis of job descriptions and organization from creating a new

model used along with techniques for assessing systematic steps that meet the

individualized selection process for each function, it was possible to develop new

recruitment and selection process that meets every sector of the organization, thus

assisting the manager's work, thus being able to achieve positive results before the

procedures.

Key-words: People Management. Recruitment. Selection. Motivational. Modern.

Evolution.

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Cronograma ........................................................................................... 18 Quadro 2: Recursos Humanos ............................................................................... 18 Quadro 3: Recursos Materiais ................................................................................ 19 Quadro 4: Recursos Financeiros ........................................................................... 19 Quadro 5: Total Geral dos Recursos ..................................................................... 19 Quadro 6: Fatores motivadores, segundo Maslow .............................................. 29 Quadro 7: Fatores higiênicos, segundo Herzberg ............................................... 32 Quadro 8: Fatores motivacionais, segundo Herzberg ......................................... 33 Quadro 9: Diferentes pressupostos da teoria X Y, segundo McGregor ............. 35 Quadro 10: Perfil dos gerentes da Teoria X e Y, segundo McGregor ................. 36 Quadro 11: Os quatro sistemas administrativos, segundo Likert ...................... 38 Quadro 12: Campos de análise e seleção ............................................................. 46

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: A hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow...............28 Figura 2: Modelo de diagnóstico de RH.................................................................40 Figura 3: RP previamente aprovada em budget....................................................42 Figura 4: Fluxo de RP não previsto em budget.....................................................43

LISTA DE SIGLAS

EPP – Empresa de Pequeno Porte TQM – Total Quality Management RH – Recursos Humanos RP – Requisição de Pessoal

SUMÁRIO

1 DADOS DA EMPRESA ...................................................................................... 12 1.1. Razão Social ..................................................................................................... 12 1.2 Nome Fantasia ................................................................................................... 12 1.3 CNPJ/MF ............................................................................................................. 12 1.4 Inscrição Estadual ............................................................................................. 12 1.5 Cidade e Estado ................................................................................................ 12 1.6 Endereço ............................................................................................................ 12 1.7 Quadro Societário ............................................................................................. 12 1.8 Organograma ..................................................................................................... 13 1.9 Objetivos Sociais da Empresa ......................................................................... 13 1.10 Missão da Empresa ......................................................................................... 13 1.11 Publico Alvo da Empresa ............................................................................... 14

2. INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO ................................................................. 15 2.1 Coordenador do Estágio .................................................................................. 15 2.2 Professor Orientador ....................................................................................... 15 2.3 Supervisor do Estagio na Empresa ................................................................ 15 2.4 Área do Conhecimento do Estágio ................................................................. 15

3 PROJETO MONOGRÁFICO ................................................................................. 16 3.1 Título................................................................................................................... 16 3.2 Tema ................................................................................................................... 16 3.3 Justificativa ........................................................................................................ 16 3.4 Problematização ................................................................................................ 17 3.5 Hipóteses ........................................................................................................... 17 3.6 Objetivo Geral .................................................................................................... 17 3.7 Objetivos Específicos ....................................................................................... 17 3.8 Resultados Esperados ...................................................................................... 18 3.9 Metodologia ....................................................................................................... 18 3.10 Cronograma ..................................................................................................... 19 3.11 Recursos .......................................................................................................... 19 3.11.1 Recursos Humanos ...................................................................................... 19 3.11.2 Recursos Materiais....................................................................................... 20 3.11.3 Recursos Financeiros .................................................................................. 20 3.11.4 Total Geral dos Recursos ............................................................................ 20

4 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 21

5 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 22 5.1 Revisão Histórica .............................................................................................. 22 5.1.1 Evolução da Gestão de Pessoas .................................................................. 22 5.1.2 Moderna Gestão de Pessoas ......................................................................... 25 5.2 Teorias Motivacionais ....................................................................................... 29 5.2.1 Teoria de Maslow ........................................................................................... 29 5.2.2 Teoria de Herzberg ......................................................................................... 32 5.2.3 Teoria de McGregor........................................................................................ 35

5.2.4 Teoria de Likert ............................................................................................... 38 5.3 Processos da Gestão de Pessoas ................................................................... 40 5.3.1 Agregar Pessoas ............................................................................................ 42 5.3.1.1 Recrutamento .............................................................................................. 43 5.3.1.1.1 Recrutamento interno .............................................................................. 45 5.3.1.2 Seleção ......................................................................................................... 46 5.3.1.2.1 Técnicas utilizadas na seleção de pessoal ............................................ 47 5.3.1.2.1.1 Análise dos Currículos ......................................................................... 48 5.3.1.2.1.2 Testes Escritos ...................................................................................... 49 5.3.1.2.1.3 Testes Práticos ...................................................................................... 50 5.3.1.2.1.6 Dinâmica de Grupo ................................................................................ 52 5.3.2 Processos de Aplicar Pessoas ..................................................................... 53 5.3.3 Processo de Recompensar Pessoas ............................................................ 54 5.3.4 Processo de Desenvolver Pessoas .............................................................. 54 5.3.5 Processo Manter Pessoas ............................................................................. 55 5.3.6 Processo de Monitorar Pessoas ................................................................... 55

6 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 57 6.1 Histórico da Empresa........................................................................................ 57 6.2 Processos da Gestão de Pessoas no Hotel Presidente ................................. 58 6.2.1 Processo de Agregar Pessoas ...................................................................... 58 6.2.2 Processo de Aplicar Pessoas ....................................................................... 58 6.2.3 Processo de Recompensar Pessoas ............................................................ 59 6.2.4 Processo de Desenvolver Pessoas .............................................................. 59 6.2.5 Processo de Manter Pessoas ........................................................................ 60 6.2.6 Processo de Monitorar Pessoas ................................................................... 60

7 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS ..................................................................... 61 7.1 Projeto ................................................................................................................ 63 7.1.1 Descrição de Cargos e Funções ................................................................... 63 7.1.2 Processo de Recrutamento e Seleção.......................................................... 77

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 91

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1 DADOS DA EMPRESA 1.1. Razão Social

Hotel Costa e Batista Ltda EPP.

1.2 Nome Fantasia

Hotel Presidente.

1.3 CNPJ/MF

N.° 05132424/0001-23.

1.4 Inscrição Estadual

Isento.

1.5 Cidade e Estado

Paracatu-MG.

1.6 Endereço

Av. Olegário Maciel, 581 – 2° andar. Bairro: Centro. CEP: 38600-000.

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1.7 Quadro Societário

Helena Costa Batista e Paulo Batista Filho.

1.8 Organograma

Figura 1 - Organograma Hotel Presidente. FONTE: Fornecida pelo Hotel Presidente.

1.9 Objetivos Sociais da Empresa

O Hotel Presidente Promove todo ano uma campanha interna de doação

de brinquedos, junto aos colaboradores do hotel, objetivando beneficiar crianças

carentes no dia das crianças e a d e doação de agasalhos objetivando beneficiar

pessoas carentes durante o inverno

1.10 Missão da Empresa

Oferecer aos seus hóspedes serviços e atendimento customizado, com a

máxima qualidade e alto grau de excelência nos serviços prestados.

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1.11 Publico Alvo da Empresa

Público classe B e C.

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2. INFORMAÇÕES SOBRE O ESTÁGIO 2.1 Coordenador do Estágio

Fernando Antonio Antunes.

2.2 Professor Orientador

Fernando Antonio Antunes.

2.3 Supervisor do Estagio na Empresa

Paulo Batista Filho.

2.4 Área do Conhecimento do Estágio

Gestão de Pessoas com ênfase em Recrutamento e Seleção.

16

3 PROJETO MONOGRÁFICO 3.1 Título

Recrutamento e Seleção de Pessoas no Hotel Presidente: Estudo de Caso.

3.2 Tema

Recrutamento e Seleção de Pessoas.

3.3 Justificativa

Segundo CHIAVENATO (2005, p. 99), “o processo de agregar pessoas é um

meio de servir as necessidades organizacionais a longo prazo. [...] O modelo é

incremental pelo fato de buscar a melhoria contínua do capital intelectual e agregar

novos valores aos ativos intangíveis da organização”.

Estas necessidades organizacionais podem ser atendidas através da

adequação de modificações no desenho organizacional das empresas, almejando

modelos mais eficientes, com propósito de atender às obrigações e anseios das

partes interessadas.

O capital intelectual vai sugerir as convergências, oportunidades (ou

ameaças), habilidade de inovação e desenvolvimento de uma empresa - ou carreira,

pois ele é a fonte de riqueza principal tanto das organizações quanto dos indivíduos.

Estas exposições explicam a opção do tema, pois serão demonstradas neste

trabalho quais as etapas fazem parte do processo de recrutamento e seleção e

quais as vantagens e desvantagens estabelecidas no processo.

Introduzir um programa de recrutamento e seleção de funcionários

proporcionará ao Hotel Presidente, benfeitorias como agilidade, viabilidade,

competência, eficiência e eficácia.

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3.4 Problematização

O problema é que a empresa não possui uma descrição de cargos definida e

não utiliza um processo de recrutamento e seleção de pessoas.

3.5 Hipóteses

As hipóteses levantadas seriam: a criação da descrição de cargos e salários

para cada setor da empresa; a elaboração e proposta de um processo seletivo para

cada cargo da empresa; a aplicação correta do recrutamento e seleção, a fim de

selecionar um novo funcionário para a área de atuação; a proposta de terceirização

que trate a parte psicológica do processo seletivo.

3.6 Objetivo Geral

Elaborar um projeto sobre recrutamento e seleção de pessoas no Hotel

Presidente.

3.7 Objetivos Específicos

Identificar o processo atual utilizado pelo gestor para recrutamento e

seleção de pessoal;

identificar se os funcionários atuais sabiam descrever corretamente

quais eram suas funções;

elaboração de um novo processo de recrutamento e seleção.

18

3.8 Resultados Esperados

Com uma nova proposta de reestruturação do sistema de recrutamento e

seleção da empresa, almeja-se que os resultados sejam positivos, principalmente

visando formar uma equipe mais homogênea e competitiva no mercado.

Espera-se que a cultura atual seja abandonada e que a diretoria invista neste

setor para que a empresa alcance um patamar que a diferencie frente às empresas

que não adotam o sistema de recrutamento e seleção.

3.9 Metodologia

A metodologia utilizada será através de pesquisas bibliográficas, artigos

conceituados, internet, livros, revistas e de campo na empresa. Através do estágio

de 160 horas no Hotel Presidente foi possível identificar juntamente com o gestor a

melhor maneira de se implantar um novo processo de recrutamento e seleção de

pessoas. Primeiramente foram identificadas todas as funções do cargo por meio de

entrevista feita com cada funcionário, assim determinando suas atividades a serem

executadas na empresa e posteriormente a elaboração da descrição de cargo e

funções para cada setor da empresa e por último foi feito o processo seletivo,

propondo o melhor método a ser empregado na empresa, enquadrando todos os

requisitos necessários para a elaboração do processo de recrutamento e seleção

para cada cargo do Hotel Presidente.

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3.10 Cronograma

Atividade/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Análise da política de recrutamento e seleção de pessoas na organização.

x x x

Analisar estrutura Organizacional.

x x

Colher banco de dados com informações relativas ao RH.

x x x

Todo embasamento teórico.

x x

Estudo de Caso e Projeto.

x x

Revisão do projeto e apresentação da monografia a banca.

x X

Quadro 1: Cronograma Fonte: Leandro Melo Batista.

NOTA: Elaboração do cronograma para traçar atividades e tempo do projeto.

3.11 Recursos 3.11.1 Recursos Humanos

Ação Responsável Tempo/Quantidade Valor Unitário

Valor Total

Serviço de orientação do TCC.

Fernando Antunes

Todas as etapas do projeto, período de 10 meses.

R$ 0,00 R$ 0,00

Revisão Ortográfica.

Paola de Castro Cunha

Dez dias

R$ 0,00 R$ 0,00

Serviço de RH através de orientação na empresa.

Paulo Batista Filho

Todo o estágio, período de 180 hrs.

R$ 0,00 R$ 0,00

Revisão da formatação do projeto.

Geraldo Benedito

Todas as etapas do projeto, 10 meses.

R$ 0,00 R$ 0,00

Metodologia do estágio.

Geraldo Benedito

Período de 10 meses. R$ 0,00 R$ 0,00

Total R$ 0,00

Quadro 2: Recursos Humanos Fonte: Leandro Melo Batista

NOTA: Quadro elaborado para levantamento de recursos humanos utilizados na elaboração do projeto.

20

3.11.2 Recursos Materiais

Produto Quantidade Valor Unitário Valor Total Papel A4 2 resmas R$ 9,50 R$ 19,00

Canetas 2 R$ 2,00 R$ 4,00

Cartucho 2 R$ 50,00 R$ 100,00

Impressora HP 1 R$ 200,00 R$ 200,00

Notebook 1 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00

Molden 1 R$ 250,00 R$ 250,00

Pen drive 1 R$ 35,00 R$ 35,00

Caderno para fichamento

1 R$ 3,00 R$ 3,00

Pasta Suspensa 1 R$ 1,50 R$ 1,50

Total R$ 2.112,50

Quadro 3: Recursos Materiais FONTE: Leandro Melo Batista

NOTA: Quadro elaborado para levantamento de recursos materiais utilizados na elaboração do projeto.

3.11.3 Recursos Financeiros

Produto / Ação Quantidade Valor Unitário Valor Total Comunicação e telefone

1 R$ 100,00 R$ 100,00

Internet 10 meses R$ 130,00 R$ 1300,00

Recarga de cartucho 4 R$ 8,00 R$ 32,00

Total R$ 1432,00

Quadro 4: Recursos Financeiros FONTE: Leandro Melo Batista

NOTA: Quadro elaborada para levantamento de recursos financeiros utilizados na elaboração do projeto.

3.11.4 Total Geral dos Recursos

Recursos humanos R$ 200,00

Recursos materiais R$ 2112,50

Recursos financeiros R$ 1432,00

Total geral R$ 3544,50

Quadro 5: Total Geral dos Recursos FONTE: Leandro Melo Batista

NOTA: Quadro elaborado para levantamento de recursos totais utilizados na elaboração do projeto.

21

4 INTRODUÇÃO

Ter uma equipe de profissionais competente é a etapa inicial e primordial para

a empresa oferecer os melhores produtos, serviços e atendimento ao cliente no

universo empresarial atual.

O amplo desenvolvimento tecnológico e as mudanças econômicas incididas

no mercado, aliados ao ambiente empresarial, estão marcados pela sucessiva

competitividade tendo como objetivo a sobrevivência e crescimento das empresas.

Isto fez surgir organizações que privilegiam a capacidade de aprendizado e

qualificação, tão indispensável para a adequação à situação que se expõe. É

necessária que a área que aborda gestão de pessoas na empresa permaneça

alinhada à estratégia empresarial, assim esta área está obtendo cada vez mais

espaço para proporcionar condições adequadas ao desenvolvimento da força de

trabalho.

Dentro de uma política mais ampla e contemporânea, onde se busca utilizar

técnicas que se identifique, principalmente, a capacidade de aprendizado, liderança,

habilidade em trabalhar em equipe, além de um movimento individual contínuo rumo

à conquista de novas habilidades e disposições. Este Trabalho tem por objetivo

apresentar as atividades principais do recrutamento e seleção de pessoal a partir

destes critérios.

Identificar o perfil requisitado e preencher o cargo com o candidato que

possibilitar maiores resultados para a empresa a partir do processo de recrutamento

e seleção é essencial, por isso a necessidade de uma ligação mais estreita entre

gestão de Recursos Humanos e o negócio da organização.

Portanto, proporcionar as conclusões do seguinte Trabalho é confrontar os

aspectos teóricos apanhados e a parte prática realizada na Empresa Hotel

Presidente.

22

5 REVISÃO DA LITERATURA 5.1 Revisão Histórica 5.1.1 Evolução da Gestão de Pessoas

No inicio dos tempos a figura do homem trabalhador era aquele que fazia

seus produtos com suas próprias mãos, ou seja, produtos manufaturados, logo estes

produtos serviriam para o artesão como um tipo de moeda de troca, já que o artesão

necessitava de outros produtos, como alimentos para sua própria sobrevivência.

Através desta necessidade veio a idéia dos grandes produtores de armazenar a

matéria prima e quando estivesse uma escassez da matéria prima para o artesão,

estes poderiam trabalhar como seus empregados e ao invés de fabricarem seu

próprio produto eles receberiam por aquele dia de trabalho. Posteriormente este

fator subjetivou e potencializou os trabalhadores rurais para os grandes centros

metropolitanos onde estavam sendo instituídas as indústrias.

Uma vez que os grandes centros simplesmente não comportavam o número de pessoas que lá chegava quase que diariamente, necessidades básicas do ser humano não eram atendidas tais como saneamento, água potável e até mesmo comida para todos. Neste cenário, homens rumavam para seu trabalho juntamente com mulher e quantos filhos pudessem trabalhar para ganhar o sustento do dia. Estas condições precárias eram seguidas de conseqüências imediatas como a baixíssima expectativa de vida, elevado índice de mortalidade infantil e pestes pandêmicas que se disseminavam com uma velocidade espantosa. O modelo predominante na época era o do “homem econômico” tendo então como resposta a demandas da época a administração científica (regida por leis como as ciências naturais impulsionas pela física e a química) como proposta por Taylor. (CHERNS, 1982, p.79).

Como as indústrias estavam ganhando forte expansão e aumentando seu

poder pela função do aumento de seu capital, a pressão foi posta aos trabalhadores,

onde eles passariam a ter uma jornada de trabalho maior considerada

desumanizante e logo eles não ganhariam mais pelo seu trabalho excessivo. A

saúde dos trabalhadores era precária uma vez que as indústrias não se

preocupavam com o “ser humano‟, já que para eles o trabalhador seria uma peça

onde se estava doente e não poderia trabalhar este peça seria substituída por outra,

ou seja, outro trabalhador que possuísse saúde e tivesse disposição para estar

ocupando o lugar do que estava doente. Mas somente isto não foi o necessário o

numero de empregados que chegaram a óbito aumentou bastante pelo desgaste em

23

função das atividades e excesso de horas desempenhadas por tais, então visaram

que seria necessária a remodelagem desta carga horária exuberante ao trabalhador.

Entre 1880 e 1920 algumas mudanças significativas ocorrem, tais como o início da troca dos motores a vapor para a energia eletromecânica. Em decorrência da falta de experiência o que ocorre é uma inconsistência oscilatória de produção entre altos e baixo devido à constante quebra de maquinário falta de peças e demais problemas relacionados a esta nova tecnologia. Tal cenário incentivou a transformação na estrutura ocupacional a medida que foram sendo requisitados cada vez mais trabalhadores “especializados” nas máquinas assim como em sua manutenção. (MALVEZZI, 2010, p.112).

Assim o trabalhador deixaria de ser designado como “homem-máquina” para

ser designado “homem-funcional” (exerce com exatidão sua função), uma vez que

as indústrias necessitariam de profissionais que obtivessem especializações para

manusear determinadas máquinas, coisa rara de se obter, pois na época não existia

treinamentos e o melhor que puderam fazer foi testes psicotécnico, onde eles

analisariam se aquelas pessoas possuiriam condições de controlar tal máquina com

destreza.

Após a primeira guerra mundial pode se encontrar indústrias inteiras

desorganizadas e sem matéria prima para a produção, com isto os funcionários se

vira no direito de unirem e formarem sindicatos onde resultaria no final o primeiro

partido político dos trabalhadores, onde então estes poderiam se reivindicar por

melhores mudanças para as suas condições de trabalhos, criando desde então

períodos de conflitos sociais e políticos.

Com o intuito de manter as indústrias na atividade foram aplicados os

princípios da administração cientifica, que conforme Taylor seria procurar uma forma

de elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais

em menos tempo sem elevar os custos de produção, mas era tarde e os resultados

não foram como esperados, então visaram a trabalhar também com o lado social do

trabalhador. Contando com os pesquisadores Elton Mayo e Munsterberg

conseguiram montar um lado formal e o lado informal que dizia tudo a respeito do

que o trabalhador estava sujeito a fazer e o que não estava.

Em meados de 1940 surgem mudanças no mercado onde muitas

organizações expandem seus limites passando a ser internacionais. Assim há uma

nova visão de organização e de seus trabalhadores como recursos humanos. O

modelo muda e passa pela criação de procedimentos e normas como recrutamento

e seleção de pessoas, treinamentos, descrição de cargos e salários, etc.

24

Já em 1954 a gestão de pessoas e todas as outras áreas passam por um dos maiores impactos, senão o maior deles, que foi a inserção dos computadores no mundo do trabalho. Neste período é notória a disfunção existente entre a organização e a tecnologia decorrente da “tirania” da máquina computador apontando mais uma vez para as diferenças entre o mundo mecânico e o mundo social. Em função desta discrepância, nasce uma nova abordagem determinada de sócio-técnica com raízes nos estudos do Instituto Tavistock de Londres enfatizando as relações entre o sistema social (indivíduos, relações sociais, cultura, etc) e o sistema técnico (tecnologia, máquina, equipamentos, etc.). (MATOS e PIRES, 2006, p. 508).

Com a nova era da inclusão dos computadores, existiram mudanças imensas

para os trabalhadores, muitos acreditaram que os computadores tomariam mais

espaço e muitos deles seriam dispensados de suas áreas. Com este pensamento as

indústrias tiveram preocupação na adequação entre sistemas técnico e social,

mostrando para os trabalhadores que a inclusão dos computadores na organização

teria muita eficácia e dependia deles para que este processo fosse favorável tanto

para a organização quanto para o trabalhador.

Entre 1948 a 1980, a comunicação foi o fator predominante na gestão de

pessoas, onde através de jornais e do radio a sociedade ficava cada vez mais

informada, com isto começaram a ter mais atenção tanto no recrutamento de

pessoas, quanto para informações de benefícios e vantagens de se trabalhar

naquela determinada empresa. Assim houve uma maior preocupação de se manter

o profissional da empresa com maiores benfeitorias e motivado para continuar

trabalhando na empresa e não pensar em mudar para seu concorrente.

No final dos anos 80 e inicio dos anos 90, a uma melhoria tecnológica onde

as máquinas estariam cada vez mais eficientes e menores. O problema foi que

aconteceu uma grande falta de empregos como jamais havia acontecido, este fator

ocorreu pelo simples fato de sobrevivência econômica. O foco mudou pelo fato de os

japoneses começarem a desenvolver produtos de qualidades e a preços mais baixos

assim começaram a adotar as “re-engenharias” e o TQM (Total Quality

Management) passando a pensar a não favorecer politicamente, mas sim para

qualidade nos produtos e satisfação do cliente final.

Outro fator que predominou no início dos anos 90 foi o surgimento da internet,

com esta ferramenta as organizações teriam uma maior flexibilidade para novas

possibilidades de trabalho, forçando os trabalhadores a buscarem a se especializar

cada vez mais já que não haveria mais limites para se buscar um profissional para

atuar naquela determinada área, proporcionando muitas vezes o trabalho a distância

25

onde teria uma maior viabilidade tanto para a organização quanto para o

empregado.

A gestão de pessoas precisou passar por diversas fases para se chegar a um

conceito que o seu colaborador é a sua principal ferramenta, onde saber gestar vem

alem de saber liderar pessoas, é também saber entender suas necessidades e

aplicar motivações para que estes possam atribuir um desempenho melhor, a fim de

contribuir com melhorias para sua organização.

5.1.2 Moderna Gestão de Pessoas

Numa visão geral, pode-se contextualizar Gestão de Pessoas como sendo

uma formação de pessoas e organizações. Uma relação de mútua dependência na

qual há benefícios recíprocos, ou seja, as organizações são formadas de pessoas e

dependem delas para alcançar seus alvos e cumprir as suas obrigações. Para as

pessoas, as organizações constituem o meio pelo qual elas podem conseguir vários

objetivos pessoais com o mínimo de tempo, esforço e conflito.

Atualmente a área que trata de gestão de pessoas foi deixando de ser um

centro independente na organização e começou a ser parte complementar de um

todo, que para ter sucesso em seu funcionamento, necessitava estar bem

desenvolvida. Então, passou a ser mais estimada na organização, já que as pessoas

são fundamentais para os efeitos esperados por esta e assim sendo, merecem

atenção.

A década de 90 levou à disposição decisiva das políticas de gestão de

recursos humanos às táticas empresariais com seus desafios de aumento na

concorrência e globalização das atividades. Mas para isso enfatiza que se adicionou

à técnica organizacional o conceito de competência como fundamento do modelo

para se gerenciar pessoas.

A gestão de pessoas baseada em competências envolve mudanças: no modo de selecionar pessoas para trabalhar na organização e/ou para exercer funções diferenciadas na mesma organização (seleção interna); nas ações de treinamento, de desenvolvimento e de educação voltadas para o aprimoramento profissional dos empregados; assim como nas formas de remuneração diferenciadas que valorizem as diferentes contribuições dos empregados. (BRUNO-FARIA, 2006, p.17).

26

Segundo Brandão e Bahry (2005), quando falam em combinação sinérgica de

conhecimentos, habilidades e atitudes expressas no desempenho, sinalizam que é a

partir do desempenho no trabalho que os profissionais demonstram as

competências. As organizações buscam identificar os conhecimentos que são

essenciais, os existentes em seu ambiente e as competências dos indivíduos e da

organização como forma de obter vantagem competitiva. Além das ações

organizacionais destinadas à apreensão de novos conhecimentos pelos

profissionais, as empresas muitas vezes optam por contratar pessoas externas à

organização para suprir alguma carência de conhecimento ou realizam parcerias ou

alianças estratégicas com empresas, universidades ou instituições externas.

As normas de mercado não estabelecem que o desempenho do empregado

se limite ao que é previsto e determinado hoje em dia. Por outro lado, a procura

ininterrupta pela aprovação do cliente e a inclusão em um mercado cheio de dúvidas

fizeram com que se procurassem empregados empreendedores e pró-ativos, o que

provocou transformações na cultura das organizações e o aparecimento de novas

formas de pagamento. Um dos tipos de remuneração que passou a existir,

característico das organizações contemporâneas é a remuneração baseada em

competência. Aparece em uma situação altamente competitiva, em que se

procuram altos níveis de atuação no trabalho. Na remuneração por competência o

foco é no indivíduo e em suas entregas, competências e habilidades. Por isso, a

ênfase é dada a profissionais que ofereçam as competências essenciais para esse

contexto.

Pode-se observar como impacto nas políticas da moderna gestão de pessoas

que as organizações passaram a desejar aproximar profissionais mais criativos e

proativos. Enquanto os profissionais buscam organizações em que se sintam

realizados, valorizados e reconhecidos por sua atuação.

Assim, a Gestão de Pessoas se baseia em três aspectos fundamentais: 1) As pessoas como seres humanos: dotados de personalidade própria, profundamente diferentes entre si, como uma história particular e diferenciada [...]. Pessoas como pessoas e não como meros recursos da organização. 2) As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais: como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e aprendizados indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo de mudanças e desafios. [...]. 3) As pessoas como parceiros da organização: capazes de conduzi-la à excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na organização – como esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos etc. – NE expectativa de colher retornos desses investimentos – como salários, incentivos financeiros, crescimento

27

profissional, carreira, etc. Qualquer investimento somente se justifica quando traz um retorno razoável. (CHIAVENATO, 2005, p.32).

As pessoas entendem ou restringem os pontos fortes e fracos de uma

organização, dependendo da maneira como elas são abordadas, pois constituem o

principal ativo da organização. Para os fins da Gestão de Pessoas serem obtidos é

indispensável que os gerentes tratem as pessoas como subsídios fundamentais para

a eficácia organizacional. A partir disto surge a obrigação de tornar as organizações

mais conscientes e cuidadosas com seus funcionários.

Atualmente, os indivíduos podem ser notados na organização como

ativadores inteligentes. A inteligência que leva a decisões coerentes e transmite o

significado rumo aos objetivos totais. Assim, as pessoas compõem o capital

intelectual da organização. As organizações prósperas tiveram esta visão e

consideram seus funcionários como parceiros do negócio e não mais como simples

empregados contratados.

As organizações estão expandindo a sua visão e ação estratégica. O

processo produtivo de uma forma geral, apenas se alcança com a participação

conjugada de vários parceiros contribuindo com algum recurso cada um a seu modo.

Os empregados oferecem seus conhecimentos, capacidades e habilidades,

proporcionando decisões e atos que contribuem para a dinâmica da organização.

Cada um dos parceiros da organização coopera com alguma coisa na perspectiva

de conseguir um retorno pela sua contribuição.

O conceito básico de que administrar pessoas é uma responsabilidade de linha e uma função de staff é fundamental. Acontece que as empresas sempre se defrontam com o problema do relativo grau de centralização/descentralização de suas áreas de atividade, e na área de ARH sempre predominou uma forte tendência para a centralização e concentração na prestação de serviços para demais áreas empresariais. [...] A atividade prestadora de serviços do staff prevalecia fortemente sobre a responsabilidade de linha dos gerentes da empresa, de modo que o staff é quem tomava as decisões peculiares da linha. A centralização preponderava sobre a descentralização. (CHIAVENATO, 1999, p. 45).

Esse julgamento vem sendo praticado em empresas prósperas com grande

energia e a inclinação está sendo voltada ligeiramente para a descentralização e da

desmonopolização das decisões e ações com relação às pessoas. Gradativamente

a área de ARH (Administração de Recursos Humanos) está abandonando a

prestação de serviços especializados de recursos humanos, extinguindo suas

intervenções burocráticas e se convertendo gradativamente em uma área de

28

consultoria interna para organizar e encaminhar os gerentes de nível médio para

uma realidade inovadora. Estes se tornam os novos gestores de pessoal nas

empresas, o que expressa que as determinações e atuações referentes às pessoas

passam a ser da competência dos gerentes e não mais apenas do campo de ARH.

A estrutura linear se fez precária para acomodar eficiência e eficácia com o

aumento e complexidade das ocupações das empresas. As unidades e posições de

linha passaram a se centralizar no contorno dos principais alvos da empresa e a

ordenar autoridade sobre ofícios particularizados e atribuições secundárias a outras

unidades e posições da empresa. Desta forma, as unidades e posições de linha

deixaram uma série de atividades e tarefas para se votarem unicamente aos

objetivos fundamentais da empresa, como produzir, vender, entre outros. As outras

unidades e arranjos da empresa que adquiriram aqueles encargos denominaram-se

assessoria (staff), cabendo-lhes a prestação de serviços especializados e de

consultoria técnica, influenciando indiretamente o trabalho dos órgãos de linha por

meio de sugestões, recomendações, consultoria, prestação de serviços como

planejamento, controle, levantamentos, relatórios etc. Então, os instrumentos de

staff auxiliam os órgãos de linha por meio de sua especialização técnica. Enquanto

os conhecedores de staff se envolvem em um campo de atividades específico, os

gerentes de linha tornam-se os possuidores da hierarquia da organização.

Com o sistema de idéias da responsabilidade de linha e a função de staff

como aspectos, ou seja; administrar pessoas é uma responsabilidade de cada

gerente (responsabilidade linear), que por sua vez deve receber orientação do staff

em relação às políticas e métodos seguidos pela organização (função de staff); é

preciso descentralizar a gestão das pessoas no plano das gerências de linha,

enquanto se mantém a função de assessoria e consultoria internas por meio do

instrumento de RH. Cada um cumprindo seu papel para desempenhar o máximo em

termos de orientação das pessoas rumo aos alvos da organização.

O dinamismo das mudanças nas tendências em gestão de pessoas é tão

grande que aquilo que se considera uma tendência, daqui a pouco tempo podem

passar a serem práticas não mais usadas na realidade do trabalho.

29

5.2 Teorias Motivacionais 5.2.1 Teoria de Maslow

O homem é estimulado ou motivado através de necessidades internas ou

externas que podem ser de nível fisiológico ou psicológico. Motivação, ou

comportamento motivado, são basicamente atividades nas quais se empenha a fim

de atingir um objetivo. Grande parte dos impulsos, da motivação, refere-se ao

sistema biológico e dá origem a um comportamento gerado para garantir a

sobrevivência de um conforto físico, são apontadas como necessidades básicas ou

primárias: necessidades de satisfazer a fome, a sede, o sexo, o sono, a proteção do

corpo contra o calor e frio, etc. Mas estes motivos, numa sociedade industrializada,

não compõem objeto de muito interesse ou estudo para quem analisa o trabalhador,

constituindo-se na verdade uma premissa básica. Tem-se então, a partir daí, um

segundo plano de necessidades ou motivos: são as chamadas necessidades

secundárias, necessidades de fundo social ou psicológico, ou de origem

psicossocial. Antigas idéias ainda guiam estas teorias motivacionais modernas

através de hipóteses como o ganho material, o reconhecimento social e a realização

pessoal, sendo estes os motivos primordiais que motivam a natureza do homem.

Segundo Minicucci (1995), o psicólogo Maslow criou uma teoria sobre o

desenvolvimento das necessidades. Para ele as necessidades se desenvolvem em

função da ocorrência da satisfação da carência pelo indivíduo.

Figura 1: A hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow. Fonte: MINICUCCI, 1995, p. 220.

Nota: Elaborado pelo autor.

Auto-realização

Liderança (estima)

Agrupamento (social)

Segurança

Fisiológica

30

Tipo de necessidade O que ele representa

Fisiológica São necessidades físicas como: sexo, bebida, comida, sono etc.

Segurança

Contrapartida da insegurança natural das pessoas: estabilidade, proteção, livre do perigo; um abrigo, uma estrutura, uma ordem etc.

Social A necessidade endógena de amar e ser amado, ter amizades, vínculos familiares, intimidade etc.

Estima

O sentimento das pessoas de sentirem-se valorizadas pelos que as rodeiam; sua auto-estima; o desejo de sentir-se importante, competente e valorizado.

Auto-Realização

O desejo dos indivíduos de renovar e reciclar seu potencial; tornar-se cada vez mais o que cada um seria capaz de ser.

Quadro 6: Fatores motivadores, segundo Maslow. Fonte: MARRAS, 2005, p. 34. Nota: Elaborado pelo autor.

Necessidades fisiológicas - São as básicas para a sobrevivência, como fome, sede, sono, etc., já citadas e que constituem a base dos nossos desejos. Somente com estas necessidades satisfeitas nos é possível perceber outros estímulos, preocuparmos com assuntos secundários e supérfluos. Numa sociedade industrializada, geralmente bem ou mal, estas necessidades se encontram satisfeitas, o que permite que o indivíduo passe a se preocupar com o nível seguinte, que de certa forma ainda é ligado a fatores biológicos. (GADE, 1980, p.25).

Para se manter um funcionário motivado em seu ambiente de trabalho

precisa-se dar a ele um local de trabalho que esteja com mínimas condições para

que se possa exercer suas atividades com maior rendimento. Um local inapropriado

em alta temperatura, por exemplo, pode trazer ao empregado um grande desgaste

de sua parte física, acarretando uma perda na concentração diante do trabalho,

entre diversos outros problemas. Esta é uma das premissas básicas da pirâmide das

necessidades e desejos segundo a Teoria de Maslow da Motivação, de acordo com

as prioridades de sobrevivência do individuo e com a preservação da espécie.

Necessidades de segurança – aqui temos a segurança física, a qual como a anterior, caso não seja satisfeita, não permitira que o indivíduo pense em outra coisa.(...) Temos neste nível também a necessidade de segurança psíquica, que nos faz temer o desconhecido, o novo, o não familiar, a mudança, a instabilidade, e faz com que o individuo procure se proteger de todas as maneiras possíveis. (GADE, 1980, p. 25).

As Necessidades de Segurança constituem o segundo nível das premissas

básicas, ou das necessidades primárias da pirâmide da Teoria de Maslow. Estas

31

necessidades se caracterizam pela estabilidade do empregado na empresa em que

atua. Um empregado que trabalha em uma empresa sob a pressão da incerteza

quanto a sua permanência no emprego traz uma instabilidade no seu

comportamento, assegurando sua própria proteção, pois o empregado precisa

manter condições para seu sustento familiar. Portanto, se a empresa não fornece

esta estabilidade necessária pode gerar um fator de insegurança em todos os seus

níveis hierárquicos.

Necessidades Sociais. Surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) encontram se relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais esta a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e de amor. Quando as necessidades sociais não estão suficientemente satisfeitas, o individuo torna-se resistente, antagônico e hostil em relação às pessoas que o cercam. Em nossa sociedade, a frustração das necessidades de amor e de afeição conduz á falta de adaptação social, ao isolamento e à solidão. Dar e receber afeto são importantes forças motivadoras do comportamento humano. (CHIAVENATO, 2003, p. 330).

Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades sociais dentro da pirâmide da

hierarquia das necessidades, se encontram no nível das necessidades secundárias.

O empregado que não se relaciona bem com seus colegas de trabalho

provavelmente terá uma deficiência em desenvolver trabalhos em equipe, por

exemplo, ou ate mesmo em desenvolver seu próprio trabalho num ambiente onde há

contato com outros funcionários da empresa. É importante ressaltar que esta

necessidade só se cumprirá após a satisfação de todas as necessidades primárias

fisiológicas e de segurança.

Necessidades de Estima. São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o individuo se vê ou se avalia. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e a de respeito, de status, de prestígio e de consideração. Inclui ainda o desejo de força de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de autoconfiança, de valor, de força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. A sua frustração pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo que, por sua vez, podem levar ao desânimo ou as atividades compensatórias. (CHIAVENATO, 2003, p. 330).

Segundo Gil (2008), uma vez satisfeitas às necessidades sociais, as pessoas

passam a desejar mais do que simplesmente participar de um grupo. Passam a

querer estima, tanto em termos de amor próprio quanto de reconhecimento pelos

outros.

32

Ocupando um nível anterior ao topo, as necessidades de estima também

compõem as necessidades de fundo social e psicológico, ou seja, necessidades

secundárias. Estas necessidades se caracterizam pelo fato do empregado possuir

certo poder dentro da empresa ou organização, lhe garantindo desta forma,

determinado status e respeito. Neste nível da pirâmide pode-se dizer que este

funcionário já conquistou a admiração dos colegas de trabalho pelo seu progresso,

gerando assim um desejo entre os funcionários de chegar aonde ele chegou ou

além do que eles um dia poderiam achar que chegariam, ocasionando um grau de

satisfação muito grande em trabalhar na organização, a busca pelo reconhecimento

e a demonstração do orgulho de se trabalhar em um local onde é possível alcançar

a satisfação do próprio ego.

Necessidades de Realização – a necessidade de realização é o desejo de desenvolver suas potencialidades que o individuo sente quando já esta com todos os outros níveis satisfeitos. É quando procurará ser e compreender, estudar, sistematizar, organizar, filosofar. É a procura do autoconhecimento, do auto-desenvolvimento, agora não mais ligados a necessidades de sobrevivência ou de afeto e prestígio, mas sim ao crescimento do homem como tal. É o nível mais difícil de ser alcançado e satisfeito. (GADE, 1980, p.26).

No topo da pirâmide da Teoria de Maslow encontram-se as necessidades de

auto-realização, que serão alcançadas apenas após a realização pelo menos parcial

de todas as necessidades anteriores, pois existem alguns motivos que nunca

estarão sempre satisfeitos. Segundo Chiavenato, essa tendência se expressa por

meio do impulso que a pessoa tem de tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser

tudo o que pode ser.

Segundo Bergamini (1997), a teoria da hierarquia das necessidades de

Maslow teve irrestrita aceitação, embora, paradoxalmente, tenha sido apoiada em

evidências muito restritas da pesquisa empírica.

5.2.2 Teoria de Herzberg

Frederick Herzberg através da Teoria dos Dois Fatores conseguiu explicar

este comportamento em sua situação de trabalho. Os fatores culpados pela

satisfação profissional das pessoas são integralmente desprendidos e distintos dos

33

fatores responsáveis pela insatisfação profissional. Os fatores da teoria de Herzberg,

higiênicos e motivacionais, são separados e independentes entre si. Os Fatores

Higiênicos de Herzberg (quadro 8) relacionam-se com as Necessidades Primárias de

Maslow, enquanto os Fatores Motivacionais (quadro 9) relacionam-se com as

Necessidades Secundárias.

Fatores Higiênicos Determinantes

Supervisão A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados.

Políticas empresariais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia.

Condições ambientais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho.

Relações interpessoais Transações pessoais e de trabalho com os pares, os subordinados e os superiores.

Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais.

Remuneração O valor da contrapartida da prestação de serviço.

Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal.

Quadro 7: Fatores higiênicos, segundo Herzberg. Fonte: MARRAS, 2005, p. 36. Nota: Elaborado pelo autor.

Fatores Higiênicos – ou fatores extrínsecos – pois estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas condições são administradas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores higiênicos estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores higiênicos são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas de diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos etc. (...) Herzberg chama-os de fatores higiênicos, pois são essencialmente profiláticos e preventivos: eles apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a satisfação.(...) Por estarem mais relacionados com a insatisfação, Herzberg também os chama de fatores insatisfacientes. (CHIAVENATO, 2003, p. 333).

Os fatores higiênicos de Herzberg preocupam-se apenas com a não-

insatisfação do funcionário, pouco importando neste caso, a sua satisfação, por isso

são fatores que se encontram no ambiente externo, que cerca o indivíduo. Estes

fatores se referem à como o empregado se sente em relação à sua empresa, visa

benefícios recebidos, salários ou melhores condições através do seu trabalho.

Muitas empresas adotam como fatores higiênicos, além do salário pré-estabelecido,

uma comissão referente ao seu rendimento durante o mês, geralmente equivalente a

34

uma porcentagem produzida pelo funcionário, este benefício pode ser considerado

um tipo de fator higiênico entre inúmeros outros que podem ser utilizados como

artifício de condições de trabalho dentro da empresa.

Dentro do grupo de benefícios que a organização dispõe para seus membros,

está o sistema de recompensas, além dos mecanismos e procedimentos que

distribuem estes benefícios. De acordo com este sistema de recompensas existem

as relacionadas com objetivos de realização empresarial, que seriam as

recompensas perante a contribuição anual ou semestral da empresa para o

funcionário com os resultados de lucros. Outros tipos de recompensas vinculadas ao

tempo de serviço do funcionário estão ligadas a um intervalo de tempo maior, onde a

empresa já possui um parâmetro de que o desempenho de seu funcionário foi bom,

estável e duradouro, conseguindo recompensá-lo por isto e ao mesmo tempo

mantê-lo na organização. O aumento pela eficiência de resultados obtidos se perfaz

nas recompensas relacionadas com o desempenho claramente excepcional em que

o funcionário conseguirá aumentar seu salário por próprio merecimento, de acordo

com grandes feitos dentro da empresa. Já o reconhecimento do grupo ou equipe

que conseguiu bater à meta no seu departamento está vinculado às recompensas

relacionadas com os resultados departamentais, divisionais ou mesmo global.

Fatores motivadores Determinantes

Realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho.

Reconhecimento pela realização

O recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem feito ou um resultado conseguido.

O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação.

Responsabilidade Proveniente da realização do próprio trabalho ou do trabalho de outros.

Desenvolvimento pessoal Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social.

Possibilidade de crescimento

Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade.

Quadro 8: Fatores motivacionais, segundo Herzberg. Fonte: MARRAS, 2005, p. 36. Nota: Elaborado pelo autor.

Fatores motivacionais, ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoas executa. Os fatores motivacionais estão sobre o controle do individuo, pois estão

35

relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Tradicionalmente, as tarefas e cargos eram arranjados e definidos com a preocupação de atender aos princípios de eficiência e economia, eliminando o desafio e a criatividade individual. Com isso perdiam o significado psicológico para o indivíduo que os executava e criavam um efeito de “desmotivação”, provocando a apatia, desinteresse e falta de sentido psicológico. Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas. Porem, quando são precários, eles evitam a satisfação. Por estarem relacionados com a satisfação dos indivíduos, Herzberg também os chama de fatores satisfacientes. (CHIAVENATO, 2003, p. 334).

O trabalhador passa um terço de sua vida dentro das organizações,

atualmente sabe-se que desempenhar atividades e tarefas que lhe mantenha

motivado é muito importante, assim o trabalhador consegue obter um crescimento

profissional e individual que lhe fará ser uma pessoa realizada trazendo uma

satisfação que todo ser humano precisa ter em sua jornada de trabalho. Os fatores

motivacionais, diferente dos fatores higiênicos, estão relacionados com a satisfação

do funcionário, como ele se sente em relação a seu cargo, suas responsabilidades

advêm não de benefícios ou bonificações, mas do reconhecimento e progresso

profissional, através destes fatores o empregado se sente realizado.

5.2.3 Teoria de McGregor

A teoria motivacional desenvolvida pelo autor Douglas McGregor relata dois

tipos de conceitos opostos sobre o comportamento humano e sua forma de

administrar chamados de Teoria X e Teoria Y. A Teoria X baseia-se em

pressuposições errôneas de que os funcionários não conseguem ter prazer ao

desempenhar o seu trabalho ou adquirir responsabilidades, por isso, necessitam

receber ordens para que possam produzir. A Teoria Y parte da hipótese de que

através de condições para seu desenvolvimento pessoal oferecido pela empresa, o

funcionário é motivado a relacionar-se com seu trabalho de forma criativa e

competente, ele visualiza o trabalho como sendo tão natural como o lazer e o

repouso.

36

Pressuposições da Teoria X Pressuposições da Teoria Y

Os seres humanos não gostam do trabalho e o evitarão, sempre que isso esteja ao seu alcance.

O ser humano, em geral, prefere ser dirigido a dirigir.

O ser humano médio tem relativamente pouca ambição.

As pessoas preocupam-se acima de tudo, com a própria segurança.

As pessoas são ingênuas e sem iniciativa.

O trabalho pode ser uma fonte de satisfação ou de sofrimento, dependendo de certas condições controláveis.

As pessoas podem aprender a aceitar e assumir responsabilidades e desafios.

As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas

A potencialidade intelectual do ser humano médio está longe de ser totalmente utilizada. Uma utilização muito maior pode ser conseguida.

Quadro 9: Diferentes pressupostos da teoria X Y, segundo McGregor. Fonte: CHIAVENATO, 1995, p. 93.

Nota: Elaborado pelo autor.

A Teoria X representa o típico estilo de administração da Administração Cientifica de Taylor, da Teoria Classica de Fayol e da Teoria da Burocracia de Weber em diferentes estágios da teoria adminstrativa: bitolamento da iniciativa individual, aprisionamento da criatividade, estreitamento da atividade profissional por meio do método e da rotina de trabalho. A Teoria X força as pessoas a fazerem exatamente aquilo que a organização pretende que elas façam, independentemente de suas opiniões ou objetivos pessoais. Quando um administrador impõe arbitrariamente e de cima para baixo um esquema de trabalho e passa a controlar o comportamento do subordinados, ele estará fazendo Teoria X. O fato de ele impor autocrática ou suavemente não faz diferença: ambas são maneiras diferentes de se fazer Teoria X. A própria Teoria das Relações Humanas, em seu caráter demagógico e manipulativo, também é uma forma suave, nascia e enganosa de se fazer Teoria X. (CHIAVENATO, 2003, p. 338).

As pessoas de acordo com a Teoria X de McGregor são apáticas e

preguiçosas, não fazem nada além do que é função delas a não ser que elas

tenham alguma gratificação, como incentivos econômicos, por exemplo, usados

como meio de recompensa ou punição pelo seu desempenho. Falta-lhes ambição,

ou seja, preferem ser esquivar de responsabilidades e serem coordenadas e

controladas por outras pessoas que controlem suas ações. Resistem a mudanças,

preferem seguir uma rotina à aprender algo novo e correr o risco de sair da sua zona

de segurança. São incapazes de ter autocontrole e autodisciplina, pois aguardam

que o seu superior designe e fiscalize quaisquer funções desempenhadas por elas.

A administração da na Teoria X dirige os esforços das pessoas, devem controlar

suas ações e mudar o seu comportamento para atender as necessidades da

empresa.

A Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e baseado nos valores humanos e sociais. Enquanto a Teoria X é a administração por meio de controles externos impostos às pessoas, a Teoria Y é a administração

37

por objetivos que realçam a iniciativa individual. As duas teorias são opostas entre si. Em oposição a Teoria X, Mcgregor aponta a Teoria Y segundo a qual administrar é um processo de criar oportunidades e liberar potenciais rumo ao autodesenvolvimento das pessoas. No longo período de predomínio da Teoria X, as pessoas acostumaram-se a ser dirigidas, controladas e manipuladas pelas empresas e a encontrar fora do trabalho a satisfações para suas necessidades pessoais de auto-realização. A Teoria Y é aplicada nas empresas através de um estilo de direção baseado em medidas inovadoras e humanistas. (CHIAVENATO, 2003, p. 339).

Em relação à Teoria Y, as pessoas encontram prazer intrínseco ao trabalho,

elas podem encontrar satisfação no emprego de empenho físico ou mental durante

seu expediente naturalmente. São ativas perante as necessidades da empresa, elas

agem tomando atitudes diante dos problemas propostos, trazendo diferentes formas

de solução ou busca de recursos. As pessoas são criativas diante dos problemas da

empresa, elas se utilizam de suas potencialidades intelectuais para obter resultados

positivos junto à equipe de trabalho. Não só aceitam como procuraram

responsabilidades, elas possuem potencial de desenvolvimento e capacidade de

assumir os riscos de responsabilidades no ambiente do trabalho. São automotivadas

e autodirigidas, elas utilizam-se de proatividade à fim de alcançar os objetivos que

lhe são confiados dentro da empresa. É função da administração da empresa

oferecer condições para que as pessoas encontrem e desenvolvam as

características citadas acima por si mesmas, pois tais fatores estão presentes no

indivíduo e não podem ser criados pela administração.

Teoria X Teoria Y

O gerente admite que: O gerente admite que:

Se não controla diretamente a equipe não produz,

Às vezes é preciso repreender ou mesmo demitir um funcionário para ensinar os demais;

Para manter o comando é preciso distanciar-se um pouco da equipe;

A maioria dos empregados não tem ambição e precisa de empurrão;

As decisões mais importantes devem ser tomadas por ele, sem a participação dos empregados.

Qualquer pessoas pode ser criativa, desde que devidamente estimulada;

De modo geral, os empregados são merecedores de uma confiança;

Em algumas ocasiões, seus subordinados podem conduzir as reuniões;

Seus empregados são capazes de se autocontrolarem;

Sob condições favoráveis, as pessoas gostam de trabalhar.

Quadro 10: Perfil dos gerentes da Teoria X e Y, segundo McGregor. Fonte: GIL, 2008, p. 207.

Nota: Elaborado pelo autor.

Douglas McGregor inventou teorias que apresentam diversas formas de

motivar o indivíduo como sendo resultados de acontecimentos históricos, culturais,

38

econômicos, tecnológicos e sociais que ocorreram em determinado período. Novas

teorias foram desenvolvidas, diversos estudos foram feitos, mas até os dias atuais é

notável a utilização das teorias designadas por McGregor em inúmeras

organizações espalhadas pelo mundo.

5.2.4 Teoria de Likert

Um estudioso da Teoria Comportamental, Likert, afirma não existir regras e

princípios gerais válidos em todas as situações dentro da Administração, pois cada

organização possui características internas e externas individuais, estas condições

fazem com que sua administração de uma organização seja diferente das demais,

ou seja, a Administração é um processo relativo. Com isso, Likert propôs os

Sistemas de Administração para classificar perfis organizacionais. Quatro variáveis

diferentes caracterizam estes perfis, são elas: processo decisorial, sistema de

comunicação, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas e punições. O

quadro abaixo relaciona os quatro sistemas propostos por Likert e as quatro

variáveis avaliadas em cada um dos sistemas.

39

SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO

Variáveis Principais

1 2 3 4

Autoritário-Coercitivo

Autoritário-Benevolente

Consultivo Participativo

Processo Decisorial

Totalmente centralizado na cúpula da organização.

Centralizado na cúpula, mas permite alguma delegação, de caráter rotineiro

Consulta aos níveis interiores, permitindo participação e delegação.

Totalmente descentralizado. A cúpula define políticas e controla os resultados.

Sistema de comunicações

Muito precário. Somente comunicações verticais e descendentes carregando ordens.

Relativamente precário, prevalecendo comunicações descendentes sobre as ascendentes.

A cúpula procura facilitar o fluxo no sentido vertical (descendente e ascendente) e horizontal.

Sistemas de comunicação eficientes são fundamentais para o sucesso da empresa.

Relações Interpessoais

Provocam desconfiança. Organização informal é vedada e considerada prejudicial. Cargos confinam as pessoas.

São toleradas, com condescendência. Organização informal é incipiente e considerada uma ameaça à empresa.

Certa confiança nas pessoas e nas relações. A cúpula facilita a organização informal sadia.

Trabalho em equipes. Formação de grupos importante. Confiança mútua, participação e envolvimento grupal intensos.

Sistema de Recompensas

e Punições

Utilização de punições e medidas disciplinares. Obediência estrita aos regulamentos internos. Raras recompensas (estritamente salariais)

Utilização de punições e medidas disciplinares, mas com menor arbitrariedade. Recompensas salariais e raras recompensas sociais.

Utilização de recompensas materiais (principalmente salários). Recompensas sociais ocasionais. Raras punições ou castigos.

Utilização de recompensas sociais e recompensas materiais e salariais. Punições são raras e, quando ocorrem, são definidas pelas equipes.

Quadro 11: Os quatro sistemas administrativos, segundo Likert. Fonte: CHIAVENATO, 2003, p. 342.

Nota: Elaborado pelo autor.

A avaliação das características organizacionais de uma empresa foi feita

através de um questionário elaborado por Likert com o propósito de definir qual seria

o sistema administrativo que uma empresa se enquadra. Este questionário coloca a

empresa em função do estilo de administração predominante, pois os quatro

sistemas não possuem limites definidos entre si, podendo assim uma empresa estar

situada entre um Sistema e outro, além de poder se situar dentro de um sistema em

determinada unidade da organização enquanto em outra unidade predomina-se

outro sistema, desta forma define-se o “Perfil Organizacional de Likert”. Quanto mais

o caráter administrativo da empresa se aproximar do Sistema 4, maior a expectativa

de alta produtividade, boas relações no trabalho e elevada rentabilidade. Em

40

contrapartida, à medida que se aproxima do Sistema 1, maior a chance de

ineficiência, péssimas relações no trabalho e repetidas crises financeiras.

5.3 Processos da Gestão de Pessoas

O sistema de gestão de pessoas é um processo influenciado por forças

externas e internas, por isso, não há apenas uma maneira de gerir pessoas com

êxito. A percepção de que profissionais competentes e comprometidos são

fundamentais para a sobrevivência e o crescimento das organizações faz com que a

procura e a manutenção de pessoas habilidosas e motivadas seja um desafio

constante. A partir deste pensamento verifica-se a importância que assume o

sistema ou processos de gestão de pessoas atualmente, pois a qualidade dos

indivíduos que fazem parte da empresa pode ser o único fator que diferencia uma

organização de seus concorrentes. Segundo Bitencourt (2010, p.81) A gestão de

pessoas é uma responsabilidade compartilhada e distribuída ao longo da estrutura

organizacional. Ainda que na organização haja um setor de RH formalmente

estabelecido, a gestão de pessoas não será uma atribuição exclusiva desta área,

será dividida por todos os gestores, que também serão gestores de pessoas na

medida em que devem ser responsáveis por selecionar pessoas para trabalhar em

sua área, motivar essas pessoas, desenvolvê-las, avaliar seu desempenho,

aconselhá-las e recompensá-las, a fim de promover um clima organizacional

propício ao desenvolvimento do potencial de seus subordinados.

As questões sobre gestão de pessoas são extremamente importantes. O fato de toda a organização estar baseada em pessoas mostra o quanto é importante à área de recursos humanos. São as pessoas que definem metas de vendas, planejam e vendem produtos, e a forma de administrar essas pessoas influencia de total maneira no desempenho geral da organização. O grande desafio das empresas de hoje é administrar bem seus recursos humanos, pois são as pessoas que obtém e mantêm vantagens competitivas, é preciso saber como selecionar e desenvolver líderes, como atender melhor os clientes, como recompensar o bom desempenho, como controlar os custos de mão de obra e ao mesmo tempo manter um tratamento justo aos empregados. Ainda destaca que deve ser feito um bom diagnóstico sobre gestão de pessoas na organização. Um levantamento das condições organizacionais que são enfrentadas; planejar os objetivos na área de gestão de pessoas juntamente com os objetivos da organização; avaliar os resultados constantemente. (UNIVERSIA, 2011).

41

Para Chiavenato (2004), as atividades de gestão de pessoas podem ser

geridas por meio dos processos descritos na Figura 2.

Figura 2: Modelo de diagnóstico de RH. Fonte: CHIAVENATO, 2004, p. 15.

Nota: Elaborado pelo autor.

Planejamento de recursos humanos segundo Robbins (2005, p. 233), “é o

processo pelo qual a administração certifica-se de que tem o número correto de

tipos de pessoas no lugar certo e na hora certa, que são capazes de concluir com

eficácia e eficiência as tarefas que ajudarão a organização a alcançar seus objetivos

gerais.” O planejamento de recursos humanos, por conseguinte, demonstra os

objetivos da organização na quantidade e na combinação de trabalhadores

necessários a alcançar esses objetivos. Se este número e a qualificação de

Influências ambientais externas

Influências organizacionais internas

Leis e regulamentos legais

Sindicatos

Condições econômicas

Competitividade

Condições sociais e culturais

Missão organizacional

Visão, objetivos e estratégia

Cultura organizacional

Natureza das tarefas

Estilo de liderança

Processos de RH

Processo de

agregar

pessoas

Processo de

aplicar

pessoas

Processos de

recompen-

sar pessoas

Processo de desenvol-

ver pessoas

Processo de

manter

pessoas

Processo de

monitorar

pessoas

Recruta-mento

Seleção

Desenhos de cargos

Avaliação de desempe-nho.

Remunera-

ção

Benefícios

e serviços

Treinamen-to

Mudanças

Comunica-ções

Disciplina

Higene, segurança e qualidade de vida

Relações com sindicatos

Banco de dados

Sistemas de informa-ções gerenci-ais

Resultados finais desejáveis

Práticas, éticas e socialmente

responsáveis

Produtos e serviços competitivos e de alta

qualidade

Qualidade de vida no trabalho

42

trabalhadores não forem suficientes, a empresa utiliza-se dos processos de gestão

de pessoas para procurar e promover o desenvolvimento e estabelecimento destes

na empresa da melhor forma possível.

5.3.1 Agregar Pessoas

Segundo Chiavenato (2004), são processos utilizados para incluir novas

pessoas na empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de

suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas.

O processo de recrutamento e seleção de pessoal constitui atividades das mais importantes em recursos humanos é algo indiscutível. Todavia, nem sempre as pessoas incumbidas dessas tarefas dispõem dos conhecimentos e da experiência necessários. Sobretudo porque com uma freqüência cada vez maior, as atividades referentes à seleção de pessoal vêm sendo confiadas não a um órgão específico, mas as próprias chefias imediatas. Não se quer dizer que esta nova postura em relação à seleção dos recursos humanos seja equivocada. A descentralização é inerente ao próprio processo de maturação do sistema. O que cabe considerar, entretanto, é que, num sistema descentralizado, todas as gerências e chefias passam a ter atribuições referentes à seleção, deverá haver como contrapartida a competência técnica nesta área (GIL, 1994, p.45).

Comumente em empresas em que gerentes e chefes assumem as novas

responsabilidades de recrutamento e seleção, sem a capacitação necessária, seja

cometido erro na contratação de funcionários. É possível observar que nem sempre

eles utilizam de maneira adequada as fontes de recrutamento, o que acaba por

diminuir a quantidade de candidatos. Diversas vezes escolhem exclusivamente com

base no currículo, eliminando candidatos com boa potencialidade, ou então, utilizam

a entrevista de maneira incorreta, deixando de alcançar informações fundamentais.

Em decorrência disto, muitas pessoas contratadas não exercem adequadamente as

tarefas que lhe são incumbidas, gerando em alguns setores uma rotatividade de

pessoal com níveis muito elevados. As oposições na performance dos empregados

dependem de vários fatores, a seleção é apenas um deles, contudo assume uma

importância essencial, pois é através dela que os indivíduos conseguem ingressar

na empresa. A interferência em outros setores terá insuficiente eficácia se deixar de

ser estimado o processo de recrutamento e seleção.

43

5.3.1.1 Recrutamento

Segundo Lodi (1967), recrutamento é a fase inicial do preenchimento de uma

vaga em aberto. A organização precisa de um novo funcionário, porque necessitou

fazer uma mudança, renovação ou precisou abrir nova vaga por não estar

conseguindo atingir toda demanda do mercado. Se os gerentes descobrem que

estão com escassez de pessoal, precisam começar a procurar candidatos

capacitados para preencher as vagas. Para Robbins (2005, p.234), “Recrutamento é

o processo de localizar, identificar e atrair candidatos qualificados.” Segundo Marras

(2002), essa necessidade que, como vimos, origina-se por motivos diversos, é

expressa ou emitida formalmente, pelo „requisitante‟ da área, através de um

documento denominado requisição de pessoal (RP). Por exemplo:

a) RP por motivo de substituição ou aumento de quadro previsto em budget

(Figura 2).

Figura 3: RP previamente aprovada em budget. Fonte: MARRAS, 2002, p. 69. Nota: Elaborado pelo autor.

Emissão da

RP pelo

requisitante

Aprovação

chefe imediato

Análise ARH

Início do processo

44

b) RP por aumento de quadro não previsto em budget (Figura 3).

Figura 4: Fluxo de RP não previsto em budget. Fonte: MARRAS, 2002, p. 69. Nota: Elaborado pelo autor.

De acordo com Santos (2007, p.206), “nem sempre na fase de recrutamento

existe uma correta e detalhada descrição de cargos e funções.” Entretanto, isso é

aconselhável, tanto para evitar futuras decepções por parte do novo funcionário,

quanto para encontrar as pessoas mais adequadas. A descrição de cargos e

funções estabelece que houve uma captura de certos dados referentes a estes

cargos e aos seus ocupantes, o recolhimento destes dados pode ser feito tanto por

uma simples análise do funcionário que realiza as tarefas, quanto pelo

preenchimento de um questionário através de uma entrevista com o funcionário do

cargo. Então, as atribuições devem ser conhecidas, as obrigações e as

responsabilidades da função, bem como seus riscos e deveres. Seus obstáculos

também precisam ser divulgados.

Podemos analisar duas possibilidades para recrutamento de pessoal para

ingressar ou promoção de um novo funcionário na vaga em aberto, uma das

possibilidades seria abrir a vaga somente para pessoal externo a empresa, ou seja,

os candidatos para a vaga não podem ser funcionários efetivados na empresa; a

outra possibilidade seria no recrutamento interno, somente os funcionários

efetivados na empresa poderão participar ou promover a vaga em aberto.

Emissão da

RP pelo

requisitante

Aprovação

chefe imediato

Aprovação

chefe superior

(diretoria)

Análise/

Aprovação

ARH

Início do

processo

45

5.3.1.1.1 Recrutamento interno

O recrutamento interno tem como perspectiva a especialização do funcionário

ou por méritos a conquista de um novo cargo dentro da empresa. A organização que

não oferece possibilidades internas acaba desestimulando ou desmotivando o seu

funcionário fazendo com este trabalhe sem prazer, sem querer produzir, ou seja,

sem se empenhar totalmente, pois não encontra perspectiva de desenvolvimento

profissional e pessoal dentro da organização. Portanto, o recrutamento interno pode

ser visto como um fator motivador para a retenção de talento humano,

especialmente de jovens que têm como prioridade a sua formação profissional.

Bitencourt (2010, p.83) “afirma que no recrutamento interno, os funcionários atuais

da organização são os candidatos preferidos.” A utilização bem-sucedida desta fonte

cobra um plano de carreira e critérios bem-definidos para a promoção e

transferência e dados sobre o comportamento pregresso dos funcionários.

Aconselha-se também que possua registros da avaliação do potencial dos

funcionários.

Segundo Limongi-frança e Arellano (2002), as principais vantagens do

recrutamento interno são:

menor custo direto;

conhecimento prévio do perfil de desempenho do “candidato”;

estímulo à preparação para a promoção, proporcionando medidas especiais de treinamento e criando um clima sadio de progresso profissional;

melhora a moral interna;

demonstração de valorização do pessoal que já compõe a empresa. (LIMONGI-FRANÇA e ARELLANO, 2002, p. 72)

Então, o recurso que a administração utiliza para procurar candidatos

potenciais entre os funcionários atuais tem como vantagem o custo baixo, a

elevação da moral dos funcionários, a familiarização dos candidatos com a

organização, entre outras. Geralmente é um recurso muito utilizado em grandes

organizações, principalmente como forma de motivação dos funcionários.

46

5.3.1.1.2 Recrutamento Externo

O recrutamento externo abrange as atividades envolvidas com a contratação

externa de pessoas necessárias para o funcionamento da organização. Seu bom

desempenho demanda critérios bem-definidos para a efetivação do recrutamento e

seleção. Para um recrutamento eficaz, deve-se haver a máxima divulgação possível,

obtendo assim a capacidade de maior seleção. Esta divulgação pode ser feita por

meio de anúncios em jornais, indicações de outros funcionários, divulgação interna

para promoções, contato com escolas, agências de empregos, placas, etc.

Especialmente para recrutamento de mão-de-obra qualificada, o sucesso do processo de recrutamento externo está cada vez mais vinculado à imagem que a organização desfruta no mercado e à perspectiva do desenvolvimento da carreira que ela oferece. Por isso, os profissionais de RH, devem ter a preocupação de trabalhar o conceito de sua organização no mercado de trabalho, pois cada vez mais os talentos escolhem onde querem trabalhar de acordo com sua identificação com os valores e políticas da organização e com o alinhamento com seus interesses. (BITENCOURT, 2010, p.84).

Visando o recrutamento externo, a organização pode até mesmo desenvolver

o nome e o respeito da empresa utilizando marketing, pois o status de trabalhar em

uma empresa positivamente reconhecida atualmente pode contar mais para um

profissional qualificado do que a própria remuneração por ela oferecida, O respeito

que a organização impõe ao mercado é extremamente motivador para o funcionário

e as pessoas que almejam um cargo dentro dela.

5.3.1.2 Seleção

De acordo com Santos (2007, p.206), “a seleção consiste no conjunto de

procedimentos pelos quais se procuram avaliar as condições de um indivíduo para

ocupar um determinado cargo.” Na verdade, trata-se de um conjunto de esquemas

de apreciação. A seleção sugere, necessariamente, que exista maior número de

candidatos do que de vagas. As regras a serem seguidas devem ser claras, de

preferência que os candidatos tenham conhecimento destas normas. Vários critérios

serão levados em conta, como currículo, experiência anterior, referências,

47

recomendações e entrevistas. A avaliação final e a escolha devem resultar do

somatório de todos os elementos citados, de acordo com os critérios da

organização. Segundo Bitencourt (2010, p.85), “pode-se afirmar que o critério de

seleção consiste na comparação de duas variáveis: características da organização e

características do candidato.” Em tese, o melhor candidato será aquele cujas

características pessoais melhor se ajustem às características da organização.

Segundo Marras (2002, p. 79), “todo processo de seleção de pessoal baseia-

se fundamentalmente na análise comparativa de dois campos”:

Exigências do cargo Características do candidato

São as características que o cargo exige do profissional em termos de conhecimento, habilidades e atitudes para o bom desempenho das funções.

É o conjunto de conhecimentos habilidades e atitudes que cada candidato possui para desempenhar as suas tarefas.

Quadro 12: Campos de análise e seleção. Fonte: MARRAS, 2002, p. 79. Nota: Elaborado pelo autor

A seleção é um estágio de previsão. Ela procura antecipar quais candidatos

serão produtivos se contratados. O sucesso, nesse caso, quer dizer exercer bem

sua função segundo o juízo crítico que a administração emprega para avaliar seu

funcionário.

5.3.1.2.1 Técnicas utilizadas na seleção de pessoal

De acordo com Robbins (2005):

O que os formulários de admissão, as entrevistas, os testes para emprego, as verificações de históricos e as cartas pessoais de recomendação tem em comum é que todos são instrumentos com os quais se obtêm informações sobre um candidato a emprego, e que podem ajudar a organização a determinar se o indivíduo possui habilidades, os conhecimentos e as capacidades apropriadas para o trabalho em questão. (ROBBINS, 2005, p.398).

Os problemas acontecem quando se comete erros ao recusar candidatos que

posteriormente teriam exercido o cargo com êxito, este erro é chamado de erro de

rejeição; ou ao aceitar aqueles que depois realizam mal suas funções, chamados de

48

erro de aceitação. As técnicas de seleção que tem como conseqüências erros de

rejeição, podem deixar a organização sujeita a acusações de discriminação. Em

contrapartida, os erros de aceitação implicam altos custos para a organização, entre

os quais o custo de treinamento, despesas provocadas ou lucros perdidos devido à

inabilidade do funcionário, e o custo de demissão e de um novo recrutamento e

seleção. O propósito central de toda atividade de seleção, deste modo, é a redução

da possibilidade de cometer erros de rejeição e aceitação e, ao mesmo tempo, de

acrescer a chance de adotar decisões corretas. Por este motivo, os gerentes podem

utilizar diversos dispositivos de seleção para diminuir a expectativa de erros.

5.3.1.2.1.1 Análise dos Currículos

Dados bibliográficos determinados e relevantes que podem ser conferidos

têm provado serem medidas válidas de atuação para alguns cargos. Além disso,

quando os itens do currículo do candidato foram devidamente analisados para

refletir conformação ao cargo, o método tem confirmado ser uma referência válida

para funções diversas. Porém, geralmente apenas uns dois itens no currículo

comprovam serem indicadores válidos e, mesmo assim, apenas para um cargo

específico. O uso de currículos analisados para fim de seleção é complexo e caro,

porque as importâncias das informações precisam ser autenticadas para cada cargo

específico e devem ser periodicamente revistas e modernizadas para expor

mudanças nos pesos da organização com o passar dos anos.

Para Gil (1994, p.49), “os currículos são instrumentos úteis para a obtenção

de informação. Porém, na maioria dos casos, são insuficientes para proporcionar

uma visão real do candidato.” Por isso, convém combinar seu uso com o de outras

técnicas, como a entrevista, por exemplo.

49

5.3.1.2.1.2 Testes Escritos

De acordo com Robbins (2005):

Os testes escritos mais típicos incluem os de inteligência, aptidão, habilidade, interesse e integridade. Instrumentos de seleção muito populares durante longo tempo, os testes escritos tiveram sua utilização reduzida a partir do final da década de 1960, especialmente nos Estados Unidos. O motivo é que eles eram freqüentemente caracterizados como discriminatórios, e muitas organizações não os validaram, ou não puderam validá-los, por não considerá-los relacionados com o trabalho. Nos últimos vinte anos, contudo, verifica-se uma retomada desse instrumento. Estima-se que a maioria das empresas listadas na Fortune 1000, bem como mais de 60 por cento de todas as organizações norte-americanas, faça uso deste tipo de teste de seleção. Os executivos reconheceram que existem testes confiáveis disponíveis e que eles podem prever quem vai se sair bem no serviço (ROBBINS, 2005, p.399).

Os testes típicos com lápis e papel, ou atualmente também podem ser

digitalizados, abrangem os testes de inteligência, personalidade, aptidões,

capacidade, interesse e integridade. Três tipos de testes têm chamado maior

atenção ultimamente – os de integridade, personalidade e inteligência.

Os testes de integridade avaliam fatores como confiabilidade, atenção,

responsabilidade e honestidade. Pesquisas decisivas consideraram que tais testes

são excelentes na previsão da atuação no cargo e condutas negativas como

indisciplina e furto.

Os testes de personalidade são considerados problemáticos. Ajuizamentos

gerais de personalidade podem ser baixos indicadores da posterior atuação de um

candidato no cargo quando os testes são utilizados para uma ampla quantidade de

funções. Estudos da personalidade do indivíduo podem prever seu comportamento

no cargo, mas precisam ser empregadas seletivamente para cargos específicos.

A inteligência certamente não é o fator exclusivo que interfere na execução do

cargo, mas normalmente é o mais importante. Os empregos, de uma forma geral,

exigem o uso da inteligência e de habilidades de percepção, devido ao raciocínio e a

tomada de decisões. É um melhor indicador do desempenho no cargo do que uma

entrevista de emprego, verificações de referências ou registros escolares.

Os Testes Escritos, descritos por Robbins são diferentes dos descritos por

Gil, que aproximas a descrição acima aos Testes Psicológicos, não abordados nas

obras de Robbins pesquisadas. Para Gil (1994, p.50), “os testes escritos podem

50

assumir diferentes modalidades, como: dissertações, testes com perguntas abertas,

testes com perguntas fechadas etc.” indica-se o uso de testes escritos para o

preenchimento de cargos nos quais são necessários conhecimentos específicos,

além de determinadas habilidades, como por exemplo, a de redação. A preferência

da modalidade de teste e a definição de seu conteúdo, deve levar em consideração

o perfil do cargo.

5.3.1.2.1.3 Testes Práticos

Segundo Marras (2002, p. 85), “é utilizado, em geral, para avaliar um

determinado conhecimento ou prática de trabalho.” Embora utilizado mais em

pessoal horista (torneiros, soldadores, ferramenteiros etc.), muitas empresas o

adotam também para aferir pessoal mensalista (de escritório) em tarefas como

digitação, atendimento, registros contábeis etc.

Para Gil (1994, p.51), “os testes práticos são adequados para a avaliação das

habilidades dos candidatos. São muito importantes para os cargos de natureza

operacional ou relacionados à produção, onde se confere ênfase especial aos

aspectos psicomotores.”

Os testes práticos precisam ser organizados e seguidos pelo gestor ou por

profissional por ele encarregado, que tenha qualificação satisfatória para o trabalho.

Dificilmente este teste será aplicado corretamente por profissional do setor de

seleção de pessoas.

Em pesquisas mais atuais para técnicas de seleção em testes práticos,

chamados de Testes de Simulação de Desempenho, Robbins (2005, p.238) “afirma

que os dois testes mais conhecidos de simulação de desempenho são o da Amostra

de Trabalho – adequado aos cargos rotineiros – e o do Centro de Avaliação –

indicado para a seleção de pessoal gerencial.”

Os testes de Amostragem de Trabalho são simulações de elementos do

trabalho ou até mesmo do trabalho como um todo, que serão realizadas pelos

candidatos. Ao desenvolver amostras de trabalho fundamentadas em serviços

característicos do cargo, a gerência define as informações, as capacidades e as

aptidões indispensáveis para cada função. Portanto, cada amostra de trabalho é

51

relacionada com uma parte de atuação correspondente. Esse tipo de teste é muito

empregado para a seleção de mão-de-obra especializada.

Os Centros de Avaliação comportam conduzir um conjunto mais elaborado de

testes de simulação de desempenho, criados exclusivamente para analisar as

habilidades gerenciais de um candidato. Nos Centros de Avaliação, gestores,

supervisores ou psicólogos treinados avaliam candidatos que passam cerca de dois

a quatro dias de exercícios que simulam problemas reais que os profissionais

poderiam encontrar no cargo.

5.3.1.2.1.5 Entrevista

Em relação a todas as técnicas de seleção utilizadas pelas empresas para

caracterizar candidatos, a entrevista continua sendo a utilizada com mais freqüência.

Dados sugerem que as entrevistas têm validade maior para avaliar a inteligência de

um candidato, seu grau de motivação e aptidão para a comunicação interpessoal.

Segundo Robbins (2005, p.240), “a entrevista é constituída de quatro etapas:

preparação, abertura, um período de questionamento e discussão e uma conclusão.”

Antes de reunir com o candidato, o profissional responsável pela aplicação da

entrevista deve se organizar, analisando sua ficha de inscrição, currículo, além da

descrição e especificações do cargo para a vaga que o concorrente está sendo

entrevistado. Em seguida, é preciso estabelecer um roteiro para a entrevista, isto é,

usar um questionário uniformizado que foi entregue ou preparado pelo próprio

aplicador.

No período da Abertura a organização deve conseguir observações corretas

sobre como o candidato é verdadeiramente, deverá deixá-lo à vontade, então o

aplicador deve apresentar-se e ser agradável, acolhedor e sorridente. A partir do

momento em que o candidato passar a impressão de relativamente relaxado, Uma

breve orientação deverá ser conduzida a ele. Uma noção sobre os assuntos que

serão discutidos, qual o tempo estimado para a duração da entrevista, o porquê do

aplicador estar fazendo diversas anotações no decorrer da entrevista. É interessante

incentivá-lo a fazer perguntas.

A etapa de Questionamento e Discussão utilizará como mapa geral de

orientação, o questionário elaborado durante a etapa de preparação. O aplicador

52

tem que cuidar para que todas as perguntas sejam feitas. Outras perguntas devem

aparecer das respostas às questões padronizadas. Perguntas de explicação que

surjam espontaneamente das respostas dadas e que analisem melhor aquilo que o

candidato diz devem ser usadas.

O momento da conclusão chegará quando não houver mais perguntas e

discussão, então será o encerramento da entrevista. Esse momento será informado

ao candidato com uma afirmação e também serão avisadas as próximas etapas do

processo de seleção. Depois da saída do candidato, o aplicador deve trabalhar

algum tempo em avaliar as respostas que o candidato apresentou.

5.3.1.2.1.6 Dinâmica de Grupo

O método da Dinâmica de Grupo consiste fundamentalmente em dispor os

candidatos agrupados perante situações em que terão que demonstrar sua forma de

reação sob diversos aspectos.

Segundo Gil (1994), a dinâmica de grupo mostra-se bastante adequada para

a avaliação de muitas características dos candidatos, tais como:

liderança;

sociabilidade;

iniciativa;

comunicabilidade;

criatividade;

espontaneidade;

capacidade de análise;

capacidade de julgamento;

capacidade de argumentação;

capacidade de atuar sob pressão;

controle das tensões e da ansiedade;

tomada de decisões;

habilidades para lidar com situações de conflito;

etc. (GIL, 1994, p. 59)

No emprego de técnicas de dinâmica de grupo em seleção é necessário

inicialmente ter certeza que todos os candidatos ofereçam as condições mínimas

para ingressar no cargo. Ou seja, só deverá ser empregada a dinâmica de grupo

depois que, através da utilização de outras técnicas, tenham sido obtidas

informações básicas a respeito dos candidatos.

53

5.3.2 Processos de Aplicar Pessoas

De acordo com Chiavenato (2004):

São processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos, orientação das pessoas e avaliação do desempenho. (CHIAVENATO, 2004, p. 14)

A administração comumente inicia por realizar uma análise de cargos, um

processo que tem como objetivo determinar os cargos no centro da organização e

as condutas indispensáveis para desempenhá-los. O recolhimento de dados através

da análise de cargos permite à administração registrar tanto uma descrição do cargo

como uma especificação do cargo. A Descrição de Cargos é uma declaração

redigida do que o ocupante do cargo faz como o seu trabalho é desempenhado e

porque é realizado desta forma. A Especificação do Cargo estabelece a menor

quantidade de qualificações aceitáveis que o ocupante do cargo precisa ter para

exercê-lo com êxito. A descrição e a especificação do cargo são informações

importantes quando os gerentes iniciam o processo de recrutamento e seleção de

pessoas.

Um dos encargos mais importantes de um gerente é analisar a atuação de

seus empregados. A avaliação do desempenho é muito importante porque ela

atende a várias finalidades decisivas. Os exames são usados para tomar decisões

essenciais referentes aos funcionários como promoções, transferências e rescisões;

para observar necessidades de treinamento; para dar feedback aos funcionários

sobre como a empresa vê o seu desempenho e normalmente, como embasamento

para reajustes salariais.

5.3.3 Processo de Recompensar Pessoas

Segundo Chiavenato (2004), são os processos utilizados para incentivar as

pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. Incluem

recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais. Para Robbins (2005,

54

p.179), “as recompensas devem estar de acordo com o desempenho e os

funcionários precisam perceber isto claramente, se os funcionários não perceberem

esta ligação, os resultados serão desempenho fraco, diminuição da satisfação com o

trabalho e aumento das taxas de rotatividade e absenteísmo.”

5.3.4 Processo de Desenvolver Pessoas

De acordo com Chiavenato (2004):

São os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas. Incluem seu treinamento e desenvolvimento, gestão do conhecimento e gestão de competências, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicações e consonância. (CHIAVENATO, 2004, p. 15).

O melhor seria que funcionários e gerentes fossem treinados constantemente

para conservar suas habilidades em dia. Mas na verdade, raras empresas têm

adotado um compromisso em oferecer desenvolvimento contínuo a todos os

funcionários, e muito menos os funcionários tomam a iniciativa de buscar

oportunidades de treinamento. Na maior parte das organizações, o treinamento é

ministrado de acordo com o fundamento “conforme necessário”, e é

responsabilidade de cada gerente decidir quando aparece essa necessidade. Os

gerentes devem também estar preparados para avaliar as mudanças conferidas

após o acontecimento de ações ou treinamentos voltados ao desenvolvimento de

recursos humanos. A eficácia do processo dependerá do feedback prático e certo da

gerencia. É responsabilidade do órgão central de desenvolvimento dos recursos

humanos auxiliarem o sistema gerencial em relação às táticas mais apropriadas

para o diagnóstico, planejamento, execução e avaliação de treinamentos, mudanças

e comunicações aos funcionários da organização. Segundo Gil (1994, p.64), “o

papel do órgão central será mais o de facilitador do progresso de desenvolvimento

de recursos humanos do que o de programador e executor de cursos.”

55

5.3.5 Processo Manter Pessoas

De acordo com Chiavenato (2004):

São os processos utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações sindicais. (CHIAVENATO, 2004, p. 15).

Quando o funcionário se encontra em uma organização em que se sente

seguro, ou seja, tem estabilidade em relação ao seu emprego; possui um ambiente

de trabalho agradável e saudável, onde sente prazer em estar e realizar suas

funções; tem um bom relacionamento com outros funcionários e com o sindicato que

rege o seu grupo; possui uma cultura de constante busca de crescimento e

desenvolvimento na empresa, entre outros motivos que o fazem querer permanecer

na empresa. Esta situação torna-se favorável não só para o funcionário, mas sem

dúvidas é de extrema importância para a evolução da empresa que terá como

vantagem no mínimo uma baixa taxa de rotatividade e absenteísmo, entre diversos

outros fatores favoráveis para seu desenvolvimento.

5.3.6 Processo de Monitorar Pessoas

Segundo Chiavenato (2004), são os processos utilizados para acompanhar e

controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e

sistemas de informações gerenciais.

A avaliação do desempenho serve a diversos propósitos dentro das organizações. Os executivos utilizam as avaliações para diversas decisões de recursos humanos. As avaliações oferecem informações para decisões importantes, como promoções, transferências e demissões. As avaliações identificam necessidades de treinamento e desenvolvimento: identificam as habilidades e competências dos funcionários que se encontram inadequadas e para as quais podem ser desenvolvidos programas de melhoria. As avaliações de desempenho podem ser usadas como critérios de validação de programas de seleção e desenvolvimento. Os funcionários recém-contratados que não estejam apresentando bom desempenho podem ser identificados pela avaliação. Além disso, são usadas como base para a alocação de recompensas. Decisões sobre quem receberá aumento de remuneração por mérito e outras recompensas desse tipo costumam ser

56

tomadas com base nas avaliações de desempenho. (ROBBINS, 2005, p. 404).

Cada uma das funções do processo de avaliar o desempenho ou de monitorar

pessoas é do mesmo modo importante. Porém, sua importância em relação a um

referencial, depende do ponto de vista em que são consideradas. Com certeza

várias delas são relevantes para as decisões da área de recursos humanos. A

importância aqui, porém, está no acompanhamento organizacional. Logo, se destaca

o processo de monitorar pessoas como o mecanismo de obtenção de feedback e

como determinante da alocação de recompensas.

57

6 ESTUDO DE CASO 6.1 Histórico da Empresa

O Hotel Presidente, situado na Avenida Olegário Maciel n° 581 – Centro

Paracatu – MG, foi fundado no ano de 1954, mesmo ano da inauguração do Hospital

Municipal de Paracatu, pelos irmãos Saul Botelho e Valdemar Botelho.

O funcionamento do Hotel Presidente, com a administração dos irmãos

Botelho foi breve, pois os sócios não sentiram segurança em manter uma empresa

em que o mercado não era satisfatório. Paracatu, sendo uma cidade de pequeno

porte e de pouca movimentação, não atendia a expectativa de clientes esperada

pela organização, composta por 28 apartamentos.

Então, os irmãos que não eram naturais da cidade de Paracatu, decidiram

abrir mão do negócio e retornar a seus locais de origem, vendendo o Hotel

Presidente para o empresário Walter Neiva, que o administrou por um período de

aproximadamente 8 anos.

Certo dia, conversando com Walter Neiva, o produtor rural Paulo Batista

Campos, recebeu uma proposta de compra do Hotel Presidente e através de

negociação, o Hotel foi vendido a Paulo em troca de parte de uma de suas fazendas,

no ano de 1965.

Até o período atual, a administração do Hotel Presidente permanece nas

mãos da família de Paulo Batista Campos, iniciada com a gestão do seu filho Dalton

Costa Batista, seguida pelo filho Ronie Costa Batista e atualmente por Paulo Batista

Filho.

Em 2000, após o falecimento de Paulo Batista Campos e a distribuição da

herança, foi acordado entre os irmãos e esposa Helena Costa Batista, a venda do

lote ao lado do Hotel, que até então era utilizado na função de garagem para os

clientes, a fim de aplicar os recursos da venda em reforma do prédio do Hotel

Presidente, que determinou melhorias na infra-estrutura da organização que

permanecem até os dias atuais.

Atualmente o Hotel Presidente conta com uma equipe de 10 funcionários e

devido a continua expansão da cidade, através do turismo, grandes empresas e

faculdades, o Hotel conta com uma clientela assídua e fiel.

58

6.2 Processos da Gestão de Pessoas no Hotel Presidente

Atualmente o Hotel Presidente realiza o seu Processo de Gestão de Pessoas

de forma rudimentar. Conforme estudo feito através de pesquisas com os

funcionários e com o proprietário da empresa foi possível analisar aspectos

referentes a cada etapa dos processos de agregar, aplicar, remunerar, desenvolver,

manter e monitorar pessoas dentro da própria empresa. Nos próximos tópicos serão

esclarecidos cada processo individualmente aplicado na empresa Hotel Presidente,

a fim de facilitar a posterior detecção do diagnóstico para a elaboração de proposta

de melhorias à organização.

6.2.1 Processo de Agregar Pessoas

Segundo Boog (2002, p.22) “o principal desafio do recrutamento e seleção no

mercado de hoje é a capacidade de atrair e reter talentos.” O processo de agregar

pessoas consiste em uma série de atividades que tem por objetivo aproximar

pessoas que se interessem pelo cargo oferecido pela organização e a escolha do

candidato com qualificações que melhor se adéqüem à ocupação do cargo.

A empresa Hotel Presidente possui como forma de recrutamento e seleção de

pessoas apenas o processo de indicação feita por funcionários efetivados, clientes

ou conhecidos da organização, seguido de uma entrevista simples entre o próprio

proprietário e o candidato ao cargo a ser preenchido.

A entrevista feita durante o processo de seleção não utiliza nenhuma forma

padronizada de roteiro ou questionário elaborado com antecedência, as perguntas

são feitas de acordo com o que o proprietário julga necessário saber para o

preenchimento da vaga.

6.2.2 Processo de Aplicar Pessoas

O processo de Aplicar Pessoas, de acordo com Shinyashiki (2002, p.166) “é

essencial que o administrador compreenda como essa cultura é transmitida ou

59

aprendida pelos participantes da organização, o que possibilita seu gerenciamento.”

É inerente à integração do funcionário à empresa. Todas as funções do cargo a ser

ocupado pelo novo funcionário, geralmente propostas na descrição de cargo, serão

apresentadas no Hotel Presidente, através de orientação feita pelo funcionário que

ocupava o cargo anteriormente ou por um gestor da organização.

6.2.3 Processo de Recompensar Pessoas

Recompensar pessoas está relacionado com remuneração e benefícios

adquiridos pelo funcionário através do seu trabalho. Segundo Hipólito (2002, p.92),

“a estruturação de um sistema de recompensas deve considerar dentre inúmeras

possibilidades de composição, as formas mais alinhadas à „filosofia‟ de gestão da

organização e ao que se quer de fato valorizar e estimular.”

O processo de Recompensar Pessoas utilizado no Hotel Presidente é

determinado apenas pelo salário base destinado a cada cargo específico e o

pagamento de horas extras regulares.

6.2.4 Processo de Desenvolver Pessoas

Desenvolver Pessoas é o processo de capacitação e qualificação dos

funcionários efetivados através de treinamento e desenvolvimento contínuo,

periódico ou de acordo com a necessidade da organização. Para Minicucci (1995,

p.182), “o treinamento pode ser considerado um esforço planejado, organizado,

especialmente projetado para auxiliar os indivíduos a desenvolver as suas

capacidades.”

No Hotel Presidente não se aplica nenhum tipo de treinamento contínuo,

utilizando-o apenas quando se faz necessário, por exemplo, no ingresso de um novo

funcionário ou utilização de novo equipamento na empresa.

60

6.2.5 Processo de Manter Pessoas

Segundo Tópicos de Fundamentação Teórica Manter Pessoas está

relacionado com a criação de um ambiente de trabalho seguro e confortável para

seus funcionários, isto é, que ofereça estabilidade e qualidade de vida para os

membros da organização, afim de que os funcionários busquem a permanência na

empresa. De acordo com Limongi França (2002, p.296), “qualidade de vida no

trabalho é o conjunto das ações de uma empresa no sentido de implantar melhorias

e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho.”

Não há no Hotel Presidente nenhum método determinado que assegure

estabilidade ao funcionário. A qualidade, segundo o gestor, está relacionada com o

pagamento sempre pontual e o oferecimento de subsídios para que os funcionários

realizem suas funções.

6.2.6 Processo de Monitorar Pessoas

O processo de Monitorar Pessoas refere-se a acompanhar e avaliar o

desempenho dos funcionários e o retorno desta avaliação para que os funcionários

estejam conscientes do que deve ser melhorado em sua atuação dentro da

empresa, a fim de buscar os resultados esperados.

No Hotel Presidente o processo de Monitorar Pessoas, assim como o de

agregar pessoas, é informal. A avaliação dos funcionários é feita através da

observação do proprietário e eventuais comentários positivos ou negativos feitos por

clientes do próprio estabelecimento. Não há nenhum tipo de feedback para que os

funcionários tenham ciência desta avaliação.

61

7 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS

As organizações, assim como tudo no mundo, estão acompanhando

mudanças em suas estruturas que antes não pareciam importantes, mas que hoje

são fundamentais para que consigam algum espaço no mercado competitivo.

Todos os setores de uma empresa, seja ela de grande ou pequeno porte,

devem ter seu trabalho valorizado, mas o grande diferencial em qualquer uma delas

é o trabalho de uma mão-de-obra qualificada, que desempenhe bem seu papel

desde a visão da gerência, até a mais simples clientela.

O Hotel Presidente está no mercado à cerca de 60 anos trabalhando no setor

hoteleiro da cidade de Paracatu de forma tradicional, porém, buscando novas

alternativas para melhoria na qualidade dos seus serviços através de modernos

processos de gestão que possam ser englobados em sua rotina.

Diante disto, foi organizada uma sugestão de estudo no setor de

Recrutamento e Seleção da organização, pois é de extrema importância para a

competitividade da empresa, o trabalho de funcionários competentes e qualificados

para todos os cargos.

Portanto, através de novas formas de Recrutamento e Seleção será possível

satisfazer melhor os clientes, reduzir custos e maximizar lucros com profissionais

proativos, funcionários que foram cuidadosamente escolhidos para desempenhar a

função da melhor maneira possível.

O primeiro objetivo deste trabalho foi identificar o processo atual utilizado pelo

gestor para recrutamento e seleção de pessoal, sendo possível analisar que o

método é bem rudimentar, fundamentado apenas em indicações e breve entrevista

ao aspirante do cargo, sem nenhuma forma de comprovação das habilidades

afirmadas pelo candidato e necessárias ao cargo.

O segundo objetivo foi identificar se os funcionários atuais sabiam descrever

corretamente quais eram suas funções e posteriormente, elaboração de nova

descrições para todos os cargos da empresa, deixando discriminado de forma clara

e objetiva todas as funções, específicas e gerais de cada cargo.

O terceiro objetivo foi à elaboração de um novo processo de recrutamento e

seleção, baseado em análise curricular, testes de conhecimentos específicos,

dinâmicas de grupo e entrevista individual, buscando analisar características

individuais importantes para cada cargo.

62

É importante salientar que também foi levado em consideração além da

eficiência dos testes, que visa contratação de bons funcionários e a melhoria

contínua do projeto; também o baixo custo para a organização, que não precisará

lançar mão de grandes investimentos para aplicar o novo processo de gestão.

De acordo com todas as etapas de elaboração do estudo, o alcance de

resultados positivos da pesquisa, tornou-se possível devido à colaboração e

empenho de todos os funcionários e envolvidos direta e/ou indiretamente à empresa

Hotel Presidente.

Sendo assim, um processo relativamente simples de ser implantado na

organização, pode gerar diversos benefícios e vantagens diante do mercado.

Determinando satisfação aos funcionários que trabalham na empresa, melhor

atendimento ao cliente, rentabilidade no trabalho da organização e competitividade

no mercado que cresce.

63

7.1 Projeto 7.1.1 Descrição de Cargos e Funções

DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES

Cargo: Gerente

Cargo de Reporte: Não há

POSIÇÃO DO CARGO NA HIERARQUIA

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Gerenciam e promovem produtos e serviços em empresas de turismo, de

hospedagem e de alimentação. Coordenam áreas operacionais de alojamento,

alimentação, recreação e lazer em hotéis, pousadas, pensões, restaurantes e bares.

Administram recursos humanos e financeiros, executam rotinas administrativas e

prestam assessoria.

64

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

Manter as pastas dos funcionários em conformidade com a lei.

Organizar horários de trabalho dos funcionários.

Responder perguntas gerais sobre o Hotel.

Recrutar e selecionar novos funcionários.

Estar atento a qualidade e ao desempenho das atividades dos funcionários.

Sanar falhas reportadas pelos setores da empresa assim como estar atento

a manutenção geral da empresa.

Conhecer os cargos da empresa e suas responsabilidades.

Responsável pelo estágio supervisionado.

Supervisionar as atividades de contas a pagar, visando assegurar o

cumprimento de todas as obrigações financeiras da empresa.

Supervisionar as atividades de contas a receber, visando assegurar que

todos os créditos da empresa sejam recebidos em tempo hábil.

Preparar previsões de caixa, visando detectar necessidades de captação

ou aplicação de recursos.

Verificar a exatidão de toda a documentação relativa a pagamentos,

conforme as normas e procedimentos estabelecidos.

Preparar o fluxo de caixa diário e semanal.

Manter a estrutura física do Hotel organizada.

Conhecer os aspectos legais da profissão.

Atuar com ética no exercício da função: imagem profissional, imagem da

empresa, sigilo profissional, relacionamento com colegas e superiores.

Manter em ordem e limpo o ambiente de trabalho e cuidar para o visual.

Registrar entradas e saídas no ponto.

Sanar quaisquer duvidas que obtenham com o respectivo setor

responsável.

Conhecer todas as normas e regras da empresa.

65

PERFIL DO PROFISSIONAL

Instrução Formal: Superior em Administração de Empresas, desejável pós

graduação na área de administração;

Experiência Profissional Necessária: mínimo de três anos em gestão empresarial;

Atributos Profissionais Necessários: conhecimento de contabilidade, rotinas

administrativas, finanças, marketing e recursos humanos;

Iniciativa / Complexidade: o cargo exige que o profissional seja experimentado em

liderança de equipes e solução de problemas. Alto nível de complexidade;

Características Pessoais Desejáveis: dinâmico, proativo, criativo, com senso de

organização, habilidade interpessoal e bom raciocínio lógico;

Concentração Mental / Visual: atividade exige alto grau de concentração mental e

visual;

Responsabilidade por Máquinas e Equipamentos: é responsável por todos os

equipamentos da empresa, inclusive máquinas, computadores e veículos;

Responsabilidade por Valores: responsável por informações financeiras, cuidado

com o caixa e movimentação de valores;

Responsabilidade por Supervisão: gerencia e supervisiona toda a equipe;

Responsabilidade por Assuntos Confidenciais: tem acesso a todas as

informações da empresa;

Esforço Físico: baixo;

Risco de Acidentes: baixo;

Ambiente de Trabalho: considerado favorável para realização de suas funções.

66

DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES

Cargo: Recepcionista

Cargo de Reporte: Gerente

POSIÇÃO DO CARGO NA HIERARQUIA

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Recepcionam e prestam serviços de apoio a clientes, pacientes, hóspedes,

visitantes e passageiros; prestam atendimento telefônico e fornecem informações

em escritórios, consultórios, hotéis, hospitais, bancos, aeroportos e outros

estabelecimentos; marcam entrevistas ou consultas e recebem clientes ou visitantes;

averiguam suas necessidades e dirigem ao lugar ou a pessoa procurados; agendam

serviços, reservam (hotéis e passagens) e indicam acomodações em hotéis e

estabelecimentos similares; observam normas internas de segurança, conferindo

documentos e idoneidade dos clientes e notificando seguranças sobre presenças

estranhas; fecham contas e estadas de clientes. Organizam informações e planejam

o trabalho do cotidiano.

67

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

Responder perguntas gerais sobre o Hotel.

Registrar informações importantes.

Utilizar o computador e impressora de forma racional exclusivamente para

o trabalho.

Receber pagamento dos clientes.

Retirada de carros da garagem.

Atendimento aos clientes.

Informar a tabela de preços do hotel.

Informar horário que será cobrada nova diária.

Manter a estrutura física do Hotel organizada.

Conhecer os aspectos legais da profissão.

Atuar com ética no exercício da função: imagem profissional, imagem da

empresa, sigilo profissional, relacionamento com colegas e superiores.

Manter em ordem e limpo o ambiente de trabalho e cuidar para o visual.

Registrar entradas e saídas no ponto.

Sanar quaisquer duvidas que obtenham com o respectivo setor

responsável.

Conhecer todas as normas e regras da empresa.

PERFIL DO PROFISSIONAL

Instrução Formal: 2° grau completo com desejável curso na área de atendimento

aos clientes.

Experiência Profissional Necessária: mínimo de um ano;

Atributos Profissionais Necessários: conhecimento básico em informática e

matemática financeira;

Iniciativa / Complexidade: Baixo nível de complexidade;

Características Pessoais Desejáveis: dinâmico, proativo, senso de organização,

carisma, boa comunicação;

68

Concentração Mental / Visual: atividade exige médio grau de concentração mental

e visual;

Responsabilidade por Máquinas e Equipamentos: é responsável pelo telefone,

computador e impressora da recepção;

Responsabilidade por Valores: responsável por informações financeiras e cuidado

com o caixa;

Responsabilidade por Supervisão: não há;

Responsabilidade por Assuntos Confidenciais: tem acesso a todas as

informações da recepção;

Esforço Físico: moderado;

Risco de Acidentes: baixo;

Ambiente de Trabalho: considerado favorável para realização de suas funções.

69

DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES

Cargo: Camareira

Cargo de Reporte: Gerente

POSIÇÃO DO CARGO NA HIERARQUIA

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Limpam, arrumam, organizam, vistoriam e abastecem apartamentos,

camarotes, camarins, quartos e banheiros, em hotéis, teatros, estúdios de televisão

e cinema, navios e estabelecimentos similares, mantêm em ordem, conservam

classificam e organizam os figurinos e vestuários de clientes e atores, identificando e

controlando as saídas, devoluções e substituições das roupas e acessórios,

atendem e auxiliam os hóspedes e atores em suas solicitações e necessidades

pessoais e profissionais.

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

Trocar a roupa de cama e banho.

70

Levar a roupa de cama e banho para a lavanderia.

Repor frigobar.

Limpar os quartos e higienizar os banheiros.

Manter a estrutura física do Hotel organizada.

Conhecer os aspectos legais da profissão.

Atuar com ética no exercício da função: imagem profissional, imagem da

empresa, sigilo profissional, relacionamento com colegas e superiores.

Manter em ordem e limpo o ambiente de trabalho e cuidar para o visual.

Registrar entradas e saídas no ponto.

Sanar quaisquer duvidas que obtenham com o respectivo setor

responsável.

Conhecer todas as normas e regras da empresa.

PERFIL DO PROFISSIONAL

Instrução Formal: 2° grau completo com desejável curso na área de camareira.

Experiência Profissional Necessária: mínimo de um ano;

Atributos Profissionais Necessários: conhecimento básico em materiais de

limpeza e organização de ambientes;

Iniciativa / Complexidade: Baixo nível de complexidade;

Características Pessoais Desejáveis: dinâmico, proativo, senso de organização e

limpeza, carisma, boa comunicação;

Concentração Mental / Visual: atividade exige baixo grau de concentração mental

e visual;

Responsabilidade por Máquinas e Equipamentos: é responsável pelos materiais

de limpeza;

Responsabilidade por Valores: responsável pela preservação dos objetos

presentes nos apartamentos sendo estes do Hotel e dos clientes;

Responsabilidade por Supervisão: não há;

Responsabilidade por Assuntos Confidenciais: não há;

Esforço Físico: alto;

Risco de Acidentes: moderado;

71

Ambiente de Trabalho: considerado favorável para realização de suas funções.

72

DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES

Cargo: Auxiliar de Lavanderia

Cargo de Reporte: Gerente

POSIÇÃO DO CARGO NA HIERARQUIA

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Executam serviços de lavanderia, tingimento e passadoria para pessoas,

empresas comerciais e industriais, hospitais e diversos tipos de entidades, usando

equipamentos e máquinas. Recepcionam, classificam e testam roupas e artefatos

para lavar a seco ou com água. Tiram manchas, tingem e dão acabamento em

artigos do vestuário, sofás e tapeçarias de tecido e couro; passam roupas.

Inspecionam o serviço, embalam e expedem roupas e artefatos.

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

Lavar roupas de cama, mesa e banho.

Passar roupas de cama, mesa e banho.

73

Manter a estrutura física do Hotel organizada.

Conhecer os aspectos legais da profissão.

Atuar com ética no exercício da função: imagem profissional, imagem da

empresa, sigilo profissional, relacionamento com colegas e superiores.

Manter em ordem e limpo o ambiente de trabalho e cuidar para o visual.

Registrar entradas e saídas no ponto.

Sanar quaisquer duvidas que obtenham com o respectivo setor

responsável.

Conhecer todas as normas e regras da empresa.

PERFIL DO PROFISSIONAL

Instrução Formal: ensino fundamental, desejável 2° grau completo.

Experiência Profissional Necessária: mínimo de um ano;

Atributos Profissionais Necessários: conhecimento básico em materiais e

maquinas de limpeza;

Iniciativa / Complexidade: Baixo nível de complexidade;

Características Pessoais Desejáveis: dinâmico, proativo, senso de organização e

limpeza;

Concentração Mental / Visual: atividade exige baixo grau de concentração mental

e visual;

Responsabilidade por Máquinas e Equipamentos: é responsável pelos materiais

de limpeza, maquinas de lavar roupa e ferros elétricos;

Responsabilidade por Valores: responsável pela preservação das roupas, objetos,

materiais e máquinas presentes na lavanderia;

Responsabilidade por Supervisão: não há;

Responsabilidade por Assuntos Confidenciais: não há;

Esforço Físico: alto;

Risco de Acidentes: moderado;

Ambiente de Trabalho: considerado favorável para realização de suas funções.

74

DESCRIÇÃO DE CARGOS E FUNÇÕES

Cargo: Copeira

Cargo de Reporte: Gerente

POSIÇÃO DO CARGO NA HIERARQUIA

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Atendem os clientes, recepcionando-os e servindo refeições e bebidas em

restaurantes, bares, clubes, cantinas, hotéis, eventos e hospitais; organizam,

conferem e controlam materiais de trabalho, bebidas e alimentos, listas de espera, a

limpeza e higiene e a segurança do local de trabalho; preparam alimentos e bebidas,

realizando também serviços de vinhos.

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

Organizar o ambiente em que será servido o café da manhã

Preparar e organizar os alimentos que serão consumidos no período de

café.

75

Retirar o café da manhã do salão após o período previsto.

Limpar o ambiente em que o café foi servido.

Limpar a cozinha.

Limpar a recepção.

Limpar os corredores do térreo do Hotel.

Lavar todas as louças utilizadas no café da manhã.

Manter a estrutura física do Hotel organizada.

Conhecer os aspectos legais da profissão.

Atuar com ética no exercício da função: imagem profissional, imagem da

empresa, sigilo profissional, relacionamento com colegas e superiores.

Manter em ordem e limpo o ambiente de trabalho e cuidar para o visual.

Registrar entradas e saídas no ponto.

Sanar quaisquer duvidas que obtenham com o respectivo setor

responsável.

Conhecer todas as normas e regras da empresa.

PERFIL DO PROFISSIONAL

Instrução Formal: ensino fundamental, com desejável 2° grau e curso de culinária.

Experiência Profissional Necessária: mínimo de um ano;

Atributos Profissionais Necessários: conhecimento básico em culinária e

organização de ambientes;

Iniciativa / Complexidade: Baixo nível de complexidade;

Características Pessoais Desejáveis: dinâmico, proativo, senso de organização e

limpeza, carisma, boa comunicação;

Concentração Mental / Visual: atividade exige médio grau de concentração mental

e visual;

Responsabilidade por Máquinas e Equipamentos: é responsável pelos alimentos,

objetos de copa e materiais de limpeza;

Responsabilidade por Valores: responsável pela preservação dos objetos

presentes na copa e na cozinha;

Responsabilidade por Supervisão: não há;

76

Responsabilidade por Assuntos Confidenciais: não há;

Esforço Físico: médio;

Risco de Acidentes: moderado;

Ambiente de Trabalho: considerado favorável para realização de suas funções.

77

7.1.2 Processo de Recrutamento e Seleção

PROCESSO SELETIVO

Vaga: Gerente.

Salário Inicial: 1.635,00.

Cargo de Reporte: não há.

1ª ETAPA

Analise Curricular: Escolaridade requerida e experiência comprovada

nas respectivas funções. Todas as informações deverão constar no

currículo seguido dos comprovantes.

2ª ETAPA

Início: 09h00m

Aplicar testes de conhecimentos em português, informática e finanças

para cada candidato.

Tempo estimado: 50 minutos para cada candidato.

Tempo total: 01h40 minutos.

Selecionar até 6 (seis) candidatos.

3ª ETAPA

Início: 10h40m

Dinâmica de grupo – A Escolha de um Astronauta.

Tempo Estimado: 20 minutos dinâmica / 5 minutos apresentação de

justificativas.

Discussão facilitadora (sozinhos): 5 minutos.

Selecionar 3 candidatos.

78

4ª ETAPA

Início: 11h05m

Entrevista Individual com os candidatos selecionados em etapa

anterior.

Tempo estimado: 15 minutos com cada candidato.

Tempo total: 45 minutos.

5 minutos para discussão dos facilitadores.

ROTEIRO

PERGUNTAS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOMES DOS CANDIDATOS:

Cite 1 qualidade e 1 defeito?

Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que você mais odeia e porque?

O que você faz no seu tempo livre?

Dê-nos um motivo para escolhermos em vez dos outros candidatos?

Quantas vezes o homem pisou na lua?

Quantas listras têm em uma zebra?

Teste com IMAGENS

IMAGENS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOME DOS CANDIDATOS:

Margareth Tacher

Bill Gates

Steve Jobs

Jack Welch

Águia

Gato

Tigre

Cachorro

79

Sugestão: Propor que seja feito uma análise psicológica em todos os candidatos

selecionados para entrevista individual.

5ª ETAPA

Avisar o candidato aprovado e informá-lo que deverá se apresentar a

empresa com os documentos obrigatórios para sua contratação.

Término do processo será aproximadamente em 12h:00m.

80

PROCESSO SELETIVO

Vaga: Recepcionista.

Salário Inicial: 745,00.

Cargo de Reporte: Gerente.

1ª ETAPA

Analise Curricular: Escolaridade requerida e experiência comprovada

nas respectivas funções. Todas as informações deverão constar no

currículo seguido dos comprovantes.

2ª ETAPA

Início: 09h00m

Aplicar testes de conhecimentos em português e informática para cada

candidato.

Tempo estimado: 50 minutos para cada candidato.

Tempo total: 01h30 minutos.

Selecionar até 6 (seis) candidatos.

3ª ETAPA

Início: 10h30m

Dinâmica de grupo – A Escolha de um Astronauta.

Tempo Estimado: 20 minutos dinâmica / 5 minutos apresentação de

justificativas.

Discussão facilitadora (sozinhos): 5 minutos.

Selecionar 3 candidatos.

81

4ª ETAPA (Terceiro dia)

Início: 11h00m

Entrevista Individual com os candidatos selecionados em etapa

anterior.

Tempo estimado: 15 minutos com cada candidato.

Tempo total: 45 minutos.

5 minutos para discussão dos facilitadores.

ROTEIRO

PERGUNTAS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOMES DOS CANDIDATOS:

Cite 1 qualidade e 1 defeito?

Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que você mais odeia e porque?

O que você faz no seu tempo livre?

Dê-nos um motivo para escolhermos em vez dos outros candidatos?

Quantas vezes o homem pisou na lua?

Quantas listras têm em uma zebra?

Teste com IMAGENS

IMAGENS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOME DOS CANDIDATOS:

Margareth Tacher

Bill Gates

Madre Tereza Caucuta

Chêguevara

Águia

Cachorro

Gato

Leopardo

82

Sugestão: Propor que seja feito uma análise psicológica em todos os candidatos

selecionados para entrevista individual.

5ª ETAPA

Avisar o candidato aprovado e informá-lo que deverá se apresentar a

empresa com os documentos obrigatórios para sua contratação.

Término do processo será aproximadamente em 11h:30m.

83

PROCESSO SELETIVO

Vaga: Camareira.

Salário Inicial: 545,00.

Cargo de Reporte: Gerente.

1ª ETAPA

Analise Curricular: Escolaridade requerida e experiência comprovada

nas respectivas funções. Todas as informações deverão constar no

currículo seguido dos comprovantes.

2ª ETAPA

Início: 09h00m

Aplicar testes de conhecimentos específicos.

Tempo estimado: 30 minutos para cada candidato.

Tempo total: 01h00 minutos.

Selecionar até 6 (seis) candidatos.

3ª ETAPA

Início: 10h00m

Dinâmica de grupo – A Troca de um Segredo

Tempo Estimado: 5 minutos dinâmica / 10 minutos apresentação de

justificativas

Selecionar 3 candidatos

84

4ª ETAPA

Início: 10h35m

Entrevista Individual com os candidatos selecionados em etapa

anterior.

Tempo estimado: 15 minutos com cada candidato.

Tempo total: 45 minutos.

5 minutos para discussão dos facilitadores.

ROTEIRO

PERGUNTAS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOMES DOS CANDIDATOS:

Cite 1 qualidade e 1 defeito?

Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que você mais odeia e porque?

O que você faz no seu tempo livre?

Dê-nos um motivo para escolhermos em vez dos outros candidatos?

Sugestão: Propor que seja feito uma análise psicológica em todos os candidatos

selecionados para entrevista individual.

5ª ETAPA

Avisar o candidato aprovado e informá-lo que deverá se apresentar a

empresa com os documentos obrigatórios para sua contratação.

Término do processo será aproximadamente em 11h:30m.

85

PROCESSO SELETIVO

Vaga: Auxiliar de Lavanderia.

Salário Inicial: 545,00.

Cargo de Reporte: Gerente.

1ª ETAPA

Analise Curricular: Escolaridade requerida e experiência comprovada

nas respectivas funções. Todas as informações deverão constar no

currículo seguido dos comprovantes.

2ª ETAPA

Início: 09h00m

Aplicar testes de conhecimentos específicos.

Tempo estimado: 30 minutos para cada candidato.

Tempo total: 01h00 minutos.

Selecionar até 6 (seis) candidatos.

O teste será elaborado com questões que se enquadram nos critérios adotados

abaixo:

Auxiliar de Lavanderia - Noções básicas de processamento da roupa; manipulação,

coleta e transporte, pesagem e separação, lavagem, descontaminação e

acabamento, secagem e passagem em calandra. Conhecimentos Gerais para o

Controle de Infecções Hospitalares; Importância da Utilização de EPIs; Noções de

Segurança do Trabalho; Ética profissional.

86

3ª ETAPA

Início: 10h00m

Dinâmica de grupo – A Troca de um Segredo.

Tempo Estimado: 5 minutos dinâmica / 10 minutos apresentação de

justificativas.

Selecionar 3 candidatos.

4ª ETAPA

Início: 10h35m

Teste Psicológico e entrevista Individual com os candidatos

selecionados em etapa anterior.

Tempo estimado: 15 minutos com cada candidato

Tempo total: 45 minutos.

5 minutos para discussão dos facilitadores.

ROTEIRO

PERGUNTAS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOMES DOS CANDIDATOS:

Cite 1 qualidade e 1 defeito?

Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que você mais odeia e porque?

O que você faz no seu tempo livre?

Dê-nos um motivo para escolhermos em vez dos outros candidatos?

Sugestão: Propor que seja feito uma análise psicológica em todos os candidatos

selecionados para entrevista individual.

87

5ª ETAPA

Avisar o candidato aprovado e informá-lo que deverá se apresentar a

empresa com os documentos obrigatórios para sua contratação.

Término do processo será aproximadamente em 11h:30m.

88

PROCESSO SELETIVO

Vaga: Copeira.

Salário Inicial: 545,00.

Cargo de Reporte: Gerente.

1ª ETAPA

Analise Curricular: Escolaridade requerida e experiência comprovada

nas respectivas funções. Todas as informações deverão constar no

currículo seguido dos comprovantes.

2ª ETAPA

Início: 09h00m

Aplicar testes de conhecimentos específicos.

Tempo estimado: 30 minutos para cada candidato.

Tempo total: 01h00 minutos.

Selecionar até 6 (seis) candidatos.

O teste será elaborado com questões que se enquadram nos critérios adotados

abaixo:

Cozinheira/Copeira: Os alimentos; Proteção dos alimentos; Cuidados pessoais no

trabalho - Segurança no trabalho; Preparação dos alimentos; O gás de cozinha;

Utilização e manuseio dos eletrodomésticos; Elaboração dos pratos; Estocagem dos

alimentos; Controle de estoque; Melhor aproveitamento de alimentos; Conservação

e validade dos alimentos; Relacionamento interpessoal; Conservação de alimentos e

manipulação de carnes; Conservação e higiene; Conceitos básicos de alimentação,

nutrição, nutrientes e alimentos; Relação entre saúde e alimento; A classificação dos

alimentos; Os nutrientes e sua atuação no organismo; Seleção, conservação e

condições inadequadas ao consumo dos alimentos.

89

3ª ETAPA

Início: 10h00m

Dinâmica de grupo – A Troca de um Segredo.

Tempo Estimado: 5 minutos dinâmica / 10 minutos apresentação de

justificativas.

Selecionar 3 candidatos.

4ª ETAPA

Início: 10h35m

Entrevista Individual com os candidatos selecionados em etapa

anterior.

Tempo estimado: 15 minutos com cada candidato.

Tempo total: 45 minutos.

5 minutos para discussão dos facilitadores.

ROTEIRO

PERGUNTAS

STATUS (Marcar + para satisfatório e – para

insatisfatório)

NOMES DOS CANDIDATOS:

Cite 1 qualidade e 1 defeito?

Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que você mais odeia e porque?

O que você faz no seu tempo livre?

Dê-nos um motivo para escolhermos em vez dos outros candidatos?

Sugestão: Propor que seja feito uma análise psicológica em todos os candidatos

selecionados para entrevista individual.

90

5ª ETAPA

Avisar o candidato aprovado e informá-lo que deverá se apresentar a

empresa com os documentos obrigatórios para sua contratação.

Término do processo será aproximadamente em 11h:30m.

91

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANTES, Nélio. Sistemas de Gestão Empresarial: Conceitos Permanentes da Administração de Empresas. São Paulo: Atlas, 1994.

BAHRY, Carla Patrícia; BRANDÃO, Hugo Pena. Gestão por Competências: métodos e técnicas para mapeamento de competências. Revista do serviço Público, v.56, n.2, abr./jun., 2005. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 1997. BITENCOURT, Claudia. Gestão Contemporânea de Pessoas: Novas práticas, conceitos tradicionais. São Paulo: Artmed S.A., 2010. BOOG, Gustavo. Manual de Gestão de Pessoas e Equipes. São Paulo: Gente, 2002. BRUNO-FARIA, Maria de Fátima.Gestão de Pessoas. Universidade de Brasília. Brasília, 2006. CHERNS, A. La evolución de La gestión de recursos humanos. Psychology: Theory and Practice, 1982. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1995. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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CHURCHMAN, C. W. Introdução à Teoria dos Sistemas. 2ª Ed., Petrópolis: Vozes, 1972. FLEURY, A; FLEURY, Maria Tereza Leme. Estratégias Empresariais e Formação de Competências: um quebra cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. GADE, Christiane. Psicologia do Consumidor. São Paulo: Editora EPU, 1980. GIL, Antonio Carlos. Administração de Recursos Humanos: Um Enfoque Profissional. São Paulo: Atlas S.A., 1994. GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2008. LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina; ARELLANO, Eliete Bernal. Os processos de recrutamento e seleção. In: LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina (org.). As pessoas na organização. 3ª Ed.. São Paulo: Gente, 2002. LODI, João Bosco. Recrutamento de Pessoal. São Paulo: 3ª Ed. Pioneira, 1967. MALVEZZI, S. Evolução da administração industrial. Aulas proferidas na universidade de São Paulo (USP) no programa de Pós Graduação Stricto Sensu, São Paulo, 2010. MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: Do operacional ao estratégico. 6ª Ed. São Paulo: Futura, 2002. MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: Do operacional ao estratégico. 11ª Ed. São Paulo: Futura, 2005. MATOS e PIRES, D. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influencias no setor da saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enfermagem. V. 15, n. 3, 2006. MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. 5ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1995. ROBBINS, Stephen P.. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.

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SANTOS, Rubens da Costa. Manual de Gestão Empresarial: Conceitos e Aplicações nas Empresas Brasileiras. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2007. SHINYASHIKI, Gilberto. O Processo de Socialização Organizacional. São Paulo: Gente, 2002. MINISTERIO DO TRABALHO. Classificação Brasileira de Ocupações. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/downloads.jsf>. Acesso em: 10 de novembro de 2011. UNIVERSIA. Profissionalização e Gestão de Pessoas. Disponível em:

<http://www.universia.com.br/html/materia/materia_igee.html> Acesso em: 05 de

outubro de 2011.

ANEXO A – TESTE DE PORTUGUÊS

Nome:_________________________________________________Data: __/__/__

PORTUGUÊS

O texto a seguir é referência para as questões 1 a 3.

Reduzir a poluição causada pelos aerossóis – partículas em suspensão na

atmosfera, compostas principalmente por fuligem e enxofre – pode virar um enorme

tiro pela culatra. Estudo de pesquisadores britânicos e alemães revelou que os

aerossóis, na verdade, seguravam o aquecimento global. Isso porque eles rebatem

a luz solar para o espaço, estimulando a formação de nuvens (que também

funcionam como barreiras para a energia do sol). Ainda é difícil quantificar a

influência exata dos aerossóis nesse processo todo, mas as estimativas mais

otimistas indicam que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4 ºC até 2100 –

as pessimistas falam em um aumento de até 10º, o que nos colocaria “dentro” de

uma churrasqueira. Como os aerossóis podem causar doenças respiratórias, o único

jeito de lutar contra a alta dos termômetros é diminuir as emissões de gás carbônico,

o verdadeiro vilão da história. (Superinteressante, dez. 2005, p. 16.)

1. Assinale a alternativa cujo sentido NÃO está de acordo com o sentido que a

expressão “pode virar um enorme tiro pela culatra” apresenta no texto.

a) Pode ter o efeito contrário do que se pretende.

b) Pode aumentar ainda mais o problema que se quer combater.

c) Pode fazer com que o aquecimento global aumente.

d) Pode provocar diminuição na formação de nuvens.

e) Pode aumentar a ocorrência de doenças respiratórias.

2. Assinale a alternativa cuja afirmativa mantém relações lógicas de acordo

com o texto.

a) Os aerossóis seguram o aquecimento global porém estimulam a formação de

nuvens.

b) Os aerossóis seguram o aquecimento global mas estimulam a formação de

nuvens.

c) Os aerossóis seguram o aquecimento global pois estimulam a formação de

nuvens.

d) Os aerossóis seguram o aquecimento global e estimulam a formação de nuvens.

e) Os aerossóis seguram o aquecimento global entretanto estimulam a formação de

nuvens.

3. Segundo o texto, “o verdadeiro vilão da história” é(são):

a) o aquecimento global.

b) as emissões de gás carbônico.

c) a formação de nuvens.

d) as doenças respiratórias.

e) as barreiras para a energia do sol.

04. “Você só precisa comprar a pipoca. O DVD é grátis.”

Assinale a alternativa que apresenta a forma correta para juntar os dois períodos da

propaganda acima num só.

a) Você só precisa comprar a pipoca, entretanto o DVD é grátis.

b) Você só precisa comprar a pipoca, já que o DVD é grátis.

c) Você só precisa comprar a pipoca, inclusive o DVD é grátis.

d) Você só precisa comprar a pipoca e o DVD é grátis.

e) Você só precisa comprar a pipoca, cujo DVD é grátis.

05. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO está de acordo com a

norma culta.

a) Foi ele quem comprou o carro.

b) Alguns de nós seremos vitoriosos.

c) A maior parte das pessoas faltou ao encontro.

d) Os Estados Unidos importa muitos produtos brasileiros.

e) Cada um de nós fez o que pôde.

ANEXO B – TESTE DE INFORMÁTICA

Nome:_________________________________________________Data: __/__/__

INFORMÁTICA

Windows XP

Para criar uma nova pasta e copiarmos um arquivo de outro local para a nova

pasta criada devemos:

I. Clicar no menu editar – novo – pasta – colar.

II. Selecionar – editar – copiar – nova pasta – colar.

III. Menu abrir – nova pasta – renomear.

IV. Menu inserir – copiar arquivo – mover arquivo – colar.

V. Arquivo – novo – pasta.

( ) I, II, IV

( ) II, III, I

( ) V, II

( ) I, IV

Word 2007

Digite o texto abaixo e faça a seguinte formatação, sabendo que seu tempo

será marcado.

Fonte do tema: Arial;

Tamanho: 12;

Titulo do texto: Centralizado e negrito;

Alinhamento do texto: Justificado;

Parágrafo: 1,25;

Tempo: ___________ min.

Livros desprezados

Grave problema presente no Brasil é o baixo nível cultural da população

devido à falta de leitura de boa qualidade. Segundo o Pisa (Programa internacional

de avaliação de alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32

países envolvidos na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a última colocação. Um

dos fatores que provocam a falta de domínio da leitura na avaliação brasileira é a

escassez de livrarias: apenas uma para cada 84,4 mil habitantes. Porém, essa não é

a única razão: o brasileiro prefere ler futilidades que pouco ou nada acrescentam ao

seu intelecto a se dedicar aos grandes nomes da literatura.

Os políticos tentam suavizar a situação do semi-analfabetismo gerada pela

falta de leitura com o discurso de que é perfeitamente normal que algumas pessoas

alcancem o final do ensino médio sem saber expressar suas idéias por meio da

escrita. Obviamente, é “perfeitamente norma”, visto que o sistema de repetência foi

indevidamente abolido nas escolas públicas.

É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e

que o sistema de ensino sofra uma revisão. Nossa nação não pode aspirar ao

desenvolvimento tendo tão deficiente capital humano.

Excel 2007

Quando fazemos um calculo e ao confirmarmos, aparece o seguinte resultado

“##############”... O que devemos fazer?

( ) Devemos mudar o alinhamento.

( ) Devemos alterar a fonte.

( ) Devemos alterar o tamanho da coluna.

( ) Devemos alterar o tamanho da linha.

ANEXO C – TESTE DE FINANÇAS

Nome:_________________________________________________Data: __/__/__

FINANÇAS

As questões seguintes visam avaliar seu conhecimento prático de finanças:

1. Qual o capital que aplicado a juros simples à taxa de 2,4% ao mês rende R$ 1608,00 em 100 dias?

a) R$ 20.000,00 b) R$ 20.100,00 c) R$ 20.420,00 d) R$ 22.000,00 e) R$ 21.400,00

2. Uma pessoa tem que pagar dez parcelas no valor de R$ 1.000,00 cada que vencem todo dia 5 dos próximos meses. Todavia ela combina com o credor um pagamento único equivalente no dia 5 do décimo mês para quitar a divida. Calcule este pagamento considerando juros simples de 4% ao mês.

a) R$ 11.800,00 b) R$ 12.006,00 c) R$ 12.200,00 d) R$ 12.800,00 e) R$ 13.486,00

3. Obtenha o capital inicial que, aplicando a juros compostos durante 12 meses, à taxa de 4% ao mês, atinge o montante de R$ 1.000,00 (aproxime o resultado para reais)

a) R$ 625,00 b) R$ 630,00 c) R$ 636,00 d) R$ 650,00 e) R$ 676,00

ANEXO D – DINÂMICA DO ASTRONAUTA

Nome:_________________________________________________Data: __/__/__

A ESCOLHA DE UM ASTRONAUTA

Este teste foi adaptado de um teste utilizado pela NASA para avaliar a

capacidade de superação de seus potenciais candidatos a astronautas em situações

difíceis e inusitadas.

“Você esta em um vôo de aproximadamente de 5 horas de duração. Sai do

ponto de partida as 9:00 h da manhã. No meio do caminho o piloto anuncia que

desviou da rota aproximadamente 150 Km e que está em sérias dificuldades.

Em seguida o avião cai em um deserto e todos os tripulantes morrem.

Somente os cem passageiros sobrevivem. Ao olhar-se do alto o avião se confunde

com a areia do deserto.

Sua missão é salvar todos os passageiros. No avião, todo quebrado, você

encontra os seguintes utensílios:

- 3 bússolas

- 100 garrafas de água

- 100 óculos escuros

- 100 pacotes de sal

- 30 canivetes suíços

- 1 grande lona cor da areia

- 50 cobertores

- 1 espelho de maquiagem

- 2 mapas da região

- 100 latas de comida

Descreva em poucas palavras a sua estratégia de ação para salvar a todos.

Enumere em ordem decrescente de prioridade os objetos acima relatados que serão

utilizados nesta missão de salvamento, sento o n.º 1 o mais importante e o n.º 10 o

menos importante.

ANEXO E – DINAMICA TROCA DE UM SEGREDO

Nome:__________________________________________________Data: __/__/__

A TROCA DE UM SEGREGO

Objetivos:

Fornecer o espírito de amizade entre os membros do grupo

Material: Lápis e papel para os integrantes.

Como Fazer:

1. O coordenador distribui um pedaço de papel e um lápis para cada integrante

que deverá escrever algum problema, angustia ou dificuldade por que está

passando e não consegue expressar oralmente.

2. Deve-se recomendar que os papeis não sejam identificados a não ser que o

integrante assim desejar.

3. Os papeis devem ser dobrados de modo semelhante e colocados em um

recipiente no centro do grupo.

4. O coordenador distribui os papeis aleatoriamente entre os integrantes.

5. Neste ponto, cada integrante deve analisar o problema recebido como se

fosse seu e procurar definir qual seria a sua solução para o mesmo.

6. Após certo intervalo de tempo, definido pelo coordenador, cada integrante

deve explicar para o grupo em primeira pessoa o problema recebido e

solução que seria utilizada para o mesmo.

7. Esta etapa deve ser realizada com bastante seriedade não sendo admitidos

quaisquer comentários ou perguntas.

8. Em seguida é aberto o debate com relação aos problemas colocados e as

soluções apresentadas.

Possíveis questionamentos:

1. Como você se sentiu ao descrever o problema?

2. Como se sentiu ao explicar o problema de um outro?

3. Como se sentiu quando o seu problema foi relatado por outro?

4. No seu entender, o outro compreendeu seu problema?

5. Conseguiu pôr-se na sua situação?

6. Você sentiu que compreendeu o problema da outra pessoa?

7. Como você se sentiu em relação aos outros membros do grupo?

8. Mudaram seus sentimentos em relação aos outros, como conseqüência da

dinâmica?