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CORREGEDORIA-GERAL
RECOMENDAÇÃO CGMP Nº 024, de 29 de outubro de 2019.
O CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, no uso das atribuições
conferidas pelos artigos 24 e 28, inciso X, alínea t, ambos da Lei Complementar nº 25,
de 6 de julho de 1998, e
CONSIDERANDO a positivação do princípio da solução pacífica dos
conflitos pelo art. 4º, VII, da Carta Republicana de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 117, inciso VIII da
Constituição do Estado de Goiás, entre as funções institucionais do Ministério Público
do Estado de Goiás enquadram-se outras funções que lhe forem conferidas, desde
que compatíveis com sua finalidade;
CONSIDERANDO a norma carreada pelo § 2º do artigo 3º do Código
de Processo Civil, aplicável subsidiariamente ao Processo Penal, que determina, ao
Estado, a promoção da solução consensual dos conflitos, sempre que possível;
CONSIDERANDO a política nacional de incentivo à autocomposição
instituída, no âmbito do Ministério Público, pelo artigo 1º da Resolução CNMP nº
118/2014 e instrumentalizada por meio da adoção de mecanismos processuais como
a negociação, mediação, conciliação, processo restaurativo e convenções
processuais;
CONSIDERANDO que, no âmbito criminal, a implementação da
política nacional de incentivo à autocomposição contribui decisivamente para a
Edição 2508 Publicação: 30/10/2019
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redução da litigiosidade, estimulando a cultura da pacificação e da solução consensual,
liberando a via judicial da persecução penal para os casos de maior gravidade;
CONSIDERANDO que, por meio da Resolução CNMP nº 181/2017
(com as modificações introduzidas pela Resolução CNMP nº 183/2018), ato
administrativo com eficácia normativa primária (ADC nº 12 MC, Rel. Carlos Brito,
Tribunal Pleno, DJ 01/09/2006), o Conselho Nacional do Ministério Público concebeu
a possibilidade da solução negocial de conflitos criminais de média gravidade, por
meio do chamado acordo de não-persecução penal;
CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 181/2017 adotou o
denominado “princípio da oportunidade regrada”, em que o Ministério Público somente
pode celebrar o acordo de não-persecução penal quando cumpridas determinadas
condições;
CONSIDERANDO que, enquanto não sobrevier decisão judicial em
contrário nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 5.790 e 5.793, a Resolução
CNMP nº 181/2017 encontra-se em pleno vigor;
CONSIDERANDO que o artigo 13, § 1º, da Resolução CNMP nº
181/2017 dispõe que cada unidade do Ministério Público manterá, para conhecimento
dos órgãos superiores, controle atualizado, preferencialmente por meio eletrônico, do
andamento de seus procedimentos investigatórios criminais, observado o nível de
sigilo e confidencialidade que a investigação exigir;
CONSIDERANDO que o artigo 33 da Resolução CPJ nº 07/2018 do
Colégio de Procuradores de Justiça expressamente referendou a implementação do
acordo de não-persecução penal no âmbito do Ministério Público do Estado de Goiás;
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CONSIDERANDO que a decisão de celebrar o acordo de não-
persecução penal, nos termos da Resolução CNMP nº 181/2017, está inserida no
âmbito da independência funcional dos membros do Ministério Público;
CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 181/2017 e a
Resolução CPJ nº 07/2018 vêm sendo aplicadas de forma heterogênea pelos órgãos
de execução do Ministério Público do Estado de Goiás, situação comprometedora da
unidade de atuação da Instituição e geradora de insegurança jurídica;
CONSIDERANDO recente deliberação do Comitê Estratégico de
Tecnologia da Informação - CETI do Ministério Público do Estado de Goiás tomada
no bojo dos autos administrativos nº 2019.0035.1860, acerca da forma de registro dos
acordos de não-persecução penal no Sistema Atena;
CONSIDERANDO, por fim, que é função precípua da Corregedoria-
Geral orientar, sem efeito vinculativo, respeitada a independência funcional e
observada a unidade institucional, os órgãos de execução do Ministério Público no
exercício de sua atividade finalística;
RECOMENDA aos membros do Ministério Público do Estado de
Goiás:
TÍTULO I
DO ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL.
Art. 1º - Encerrada a investigação criminal e não sendo o caso de arquivamento, antes
de oferecer denúncia, o órgão de execução ministerial, de ofício ou mediante
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provocação de quem tenha legítimo interesse para tanto, emitirá, nos próprios autos
da investigação criminal, manifestação sobre o cabimento, adequação e possibilidade
de celebração de acordo de não-persecução penal.
Parágrafo único. Para subsidiar a análise do cabimento do acordo de não-persecução
penal, o órgão de execução ministerial solicitará a juntada das certidões de
antecedentes criminais do investigado aos autos da investigação criminal.
Art. 2º - Concluindo, com apoio na investigação, tratar-se de crime cometido sem
violência ou grave ameaça à pessoa, cuja pena mínima cominada seja inferior a 4
(quatro) anos, o órgão de execução ministerial poderá propor, ao investigado que tiver
confessado formal e circunstanciadamente a sua prática, acordo de não-persecução
penal, observadas as seguintes condições, ajustadas cumulativa ou alternativamente:
I – reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II – renunciar voluntariamente a bens e direitos, indicados pelo Ministério Público
como instrumentos, produto ou proveito do crime;
III – prestar serviços à comunidade ou entidades públicas, por período correspondente
à pena mínima cominada ao delito, diminuída de um a dois terços, em local a ser
indicado pelo órgão de execução ministerial ou previamente cadastrado nos órgãos
judiciários de acompanhamento de penas alternativas;
IV – pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45, caput e
respectivo § 2º do Código Penal, podendo ser destinada à entidade pública ou de
interesse social indicada pelo Ministério Público, preferencialmente àquelas que
tenham, como função, a tutela de interesses jurídicos iguais ou semelhantes aos
lesados pelo delito, respeitando-se a prioridade do inciso I deste artigo;
V – cumprir outra condição estipulada pelo órgão de execução ministerial, desde que
proporcional e compatível com o crime apurado na investigação.
§ 1º - Para aferição da pena mínima cominada ao delito, a que se refere o caput deste
artigo, serão consideradas as causas de aumento e de diminuição, gerais ou especiais,
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aplicáveis ao caso concreto.
§ 2º - Enquanto não instituído fundo específico para destinação da prestação
pecuniária prevista no inciso IV deste artigo, fica vedado ao órgão de execução do
Ministério Público a gestão financeira dos respectivos valores ou bens.
§ 3º - A prestação de contas dos recursos eventualmente recebidos pela entidade
pública ou de interesse social mencionadas no inciso IV deste artigo, a partir da
criação do fundo mencionado no parágrafo anterior, será apresentada na forma
contábil, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos,
se houver.
Art. 3º - Não poderá ser celebrado o acordo de não-persecução penal nos casos em
que:
I – for cabível a transação penal;
II – o dano causado for superior a 20 (vinte) salários-mínimos;
III – o investigado incorrer em alguma das hipóteses previstas no art. 76, § 2°, da Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 995;
IV – o prazo estipulado para o cumprimento do acordo puder acarretar a prescrição
da pretensão punitiva;
V – o delito for hediondo ou equiparado e nos casos de incidência da Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006;
VI – a celebração do acordo não for suficiente para a reprovação e prevenção do crime.
TÍTULO II
DO TERMO DE ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL.
Art. 4º - O “TERMO DE ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL”, que será
formalizado e juntado aos autos da investigação criminal, conterá a qualificação
completa do investigado e estipulará, de modo claro e preciso, as suas cláusulas e
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condições, os eventuais valores a serem pagos/restituídos e as datas para
cumprimento, e será assinado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e
pelo seu defensor, constituído, público ou dativo.
§ 1º - Entre as cláusulas do acordo deverá constar, expressa e obrigatoriamente, o
dever de o investigado comunicar, nos autos, eventual mudança de endereço, número
de telefone ou e-mail e comprovar, mensalmente, o cumprimento das condições,
independentemente de notificação, intimação ou aviso, devendo ele, quando for o
caso, por iniciativa própria, apresentar, imediatamente e de forma documentada,
eventual justificativa para o seu não cumprimento.
§ 2º - Firmado o “TERMO DE ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL”, os autos
da investigação criminal serão imediatamente submetidos à apreciação judicial, para
fins de homologação, em conformidade com o § 5º do artigo 33 da Resolução CPJ nº
07/2018.
§ 3º - Ao encaminhar os autos ao Poder Judiciário, o Ministério Público solicitará sua
devolução, após a devida homologação, para implementação, acompanhamento e
fiscalização do cumprimento do acordo de não-persecução penal, nos moldes do
artigo 10 desta Recomendação.
§ 4º - Não homologado o acordo de não-persecução penal, o órgão de execução
ministerial providenciará, por aplicação analógica do art. 28 do Código de Processo
Penal, a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, para a adoção de uma
das seguintes providências, nos termos da Resolução CNMP nº 181/2017:
I – oferecer denúncia ou designar outro membro do Ministério Público para oferecê-la;
II – complementar as investigações ou designar outro membro do Ministério Público
para tal finalidade;
III – reformular a proposta de acordo de não-persecução penal, para apreciação do
investigado;
IV – manter o acordo de não-persecução penal, que vinculará toda a instituição
ministerial.
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§ 5º - Se o juiz divergir do órgão de execução ministerial e reputar preenchidas as
condições previstas no artigo 2º desta Recomendação, deverão os autos ser
remetidos ao Procurador-Geral de Justiça para deliberação, nos moldes do § 4º deste
artigo.
§ 6º - Descumpridas quaisquer das cláusulas ou condições estipuladas no “TERMO
DE ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL” ou não observados, pelo investigado,
os deveres descritos do parágrafo primeiro, no prazo e nas condições estabelecidas,
o Ministério Público deverá imediatamente solicitar os autos da investigação criminal
para oferecimento da denúncia, procedendo-se ao arquivamento do Procedimento
Administrativo de Acompanhamento de Acordos Penais, dispensada qualquer
intimação, notificação ou aviso.
§ 7º - O descumprimento do “TERMO DE ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL”
pelo investigado também poderá ser utilizado pelo membro do Ministério Público como
justificativa para, se for o caso, não oferecer a suspensão condicional do processo.
§ 8º - O órgão de execução do Ministério Público poderá repactuar com o investigado
as cláusulas do acordo apenas nos casos em que houver, na eventual justificativa
apresentada para o descumprimento, demonstração de alteração da situação fática
existente no momento de sua celebração, respeitado, em qualquer hipótese, o
disposto no art. 3º, IV, desta Recomendação.
§ 9º - Cumprido integralmente o acordo de não-persecução penal, o Ministério Público
promoverá o arquivamento da investigação, nos moldes previstos nos artigos 13, 14,
17 e 18 desta Recomendação, conforme o caso.
Art. 5º - As tratativas do acordo de não-persecução penal poderão ser realizadas por
ocasião da audiência de custódia, desde que:
I – o autuado/conduzido confesse a prática do crime no flagrante ou na apresentação
ao juízo responsável pela custódia;
II – a compreensão circunstanciada do fato, reunida no flagrante ou complementada
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na custódia, seja completa, dispensando a realização de novas diligências por meio
do regular procedimento investigatório;
III – seja possível verificar, de imediato, o atendimento das demais hipóteses e
requisitos que autorizam a sua celebração, inclusive quanto à identificação do
autuado/conduzido e sus antecedentes.
Art. 6º - As tratativas do acordo de não-persecução penal ocorrerão enquanto não
ofertada a denúncia.
Art. 7º - Salvo situação de força maior, a confissão detalhada e circunstanciada dos
fatos e as tratativas do acordo serão registradas por meios ou recursos de gravação
audiovisual, para maior fidelidade das informações, e o investigado deve estar sempre
acompanhado de seu defensor, vedada inclusive qualquer negociação sem
assistência jurídica.
Art. 8º - O acordo de não-persecução penal poderá ser celebrado com quaisquer dos
partícipes (art. 29 do Código Penal) e/ou coautores, desde que preenchidos os
requisitos previstos no artigo 2º desta Recomendação.
Art. 9º - Esta Recomendação não se aplica aos delitos cometidos por militares que
afetem a hierarquia e a disciplina (crimes militares próprios e propriamente militares).
TÍTULO III
DO ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL CELEBRADO NO PROCEDIMENTO DE
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL.
Art. 10 - Para acompanhamento e fiscalização do cumprimento do ajuste, o órgão de
execução ministerial deverá cadastrar, no Sistema Atena, mediante Portaria
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específica acompanhada de uma via do respectivo “TERMO DE ACORDO DE NÃO-
PERSECUÇÃO PENAL”, Procedimento Administrativo de Acompanhamento de
Acordos Penais, observada a seguinte classificação:
I. Natureza: Autos Extrajudiciais;
II. Classe: Procedimento Administrativo de Acompanhamento de Acordos
Penais;
III. Assunto: Acordo de Não-Persecução Penal;
IV. Movimento: Termo de Acordo de Não-Persecução Penal.
Art. 11 - No Sistema Atena, os autos do Procedimento Administrativo de
Acompanhamento de Acordos Penais deverão ser apensados aos autos do
Procedimento de Investigação Criminal - PIC.
Art. 12 - Na sequência, visando ao acompanhamento do cumprimento do acordo de
não-persecução penal, o Procedimento de Investigação Criminal - PIC deverá ser
sobrestado, por meio de despacho, da lavra do membro do Ministério Público, exarado
exclusivamente para esse fim.
Parágrafo único – A despeito do sobrestamento mencionado no caput deste artigo, o
órgão de execução ministerial, quando necessário, deverá adotar as providências
próprias para a prorrogação de prazo para a conclusão dos referidos autos
extrajudiciais.
Art. 13 - Cumprido o acordo de não-persecução penal, o Procedimento Administrativo
deverá ser arquivado, mediante decisão fundamentada, lançando-se o movimento
“[Cumprimento de Acordo de Não Persecução Penal] Extrajudiciais -> ATOS
FINALÍSTICOS -> Arquivamento -> Cumprimento de Acordo de Não Persecução
Penal”, juntando-se uma cópia da decisão de arquivamento no Procedimento de
Investigação Criminal – PIC.
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Parágrafo único - Em caso de descumprimento do acordo de não-persecução penal,
deverão ser observadas as disposições contidas nos §§ 6º e 7º do artigo 4º desta
Recomendação.
Art. 14 - Em seguida, o órgão ministerial deverá promover o arquivamento do
Procedimento de Investigação Criminal - PIC, registrando-se o movimento
“[Cumprimento de Acordo de Não Persecução Penal] Extrajudiciais -> ATOS
FINALÍSTICOS -> Arquivamento -> Com remessa ao Poder Judiciário -> Cumprimento
de Acordo de Não Persecução Penal”, com posterior remessa dos autos ao Juízo
competente, para homologação.
TÍTULO IV
DO ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO ACORDO DE NÃO-PERSECUÇÃO PENAL CELEBRADO EM INQUÉRITO POLICIAL.
Art. 15 - Caso o acordo de não-persecução penal seja celebrado no Inquérito Policial,
o Promotor de Justiça deverá lavrar o respectivo “TERMO DE ACORDO DE NÃO-
PERSECUÇÃO PENAL” e inseri-lo, no sistema Atena, em “Procedimento
Administrativo para Acompanhamento de Acordo Penais”, nos moldes do artigo 10
desta Recomendação.
Art. 16 - Na sequência, deverá requerer, ao Juízo competente, o sobrestamento do
Inquérito Policial, lançando, no sistema Atena, o movimento “Requerimento de
Sobrestamento de IP”.
Art. 17 - Cumprido o acordo, o Promotor de Justiça deverá arquivar o “Procedimento
Administrativo para Acompanhamento de Acordo Penais”, mediante decisão
fundamentada, lançando-se o movimento “Arquivamento – Cumprimento de Acordo
de não Persecução Penal”.
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Parágrafo único - Em caso de descumprimento do acordo de não-persecução penal,
deverão ser observadas as disposições contidas nos §§ 6º e 7º do artigo 4º desta
Recomendação.
Art. 18 - Em seguida, o órgão de execução ministerial promoverá o arquivamento do
Inquérito Policial perante o Juízo competente, lançando, no Sistema Atena, o
movimento “Arquivamento → Com remessa ao Poder Judiciário → Cumprimento de
Acordo de não Persecução Penal”.
Art. 19 - Esta Recomendação entrará em vigor na data de sua publicação, gerando
efeitos até que o procedimento aqui tratado seja regulado por lei federal ou, no âmbito
do Estado de Goiás, por Resolução Conjunta da Procuradoria-Geral de Justiça e desta
Corregedoria-Geral.
CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, em Goiânia, aos 29 de outubro de 2019.
Sergio Abinagem Serrano CORREGEDOR-GERAL
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