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Diretoria Geral do Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes Gerência da Criança e do Adolescente Página 1 de 15 OFICINA PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO - GOIÁS Recomendações para elaboração dos Planos Municipais de Atendimento Socioeducativo (2015-2024) 1 1 As recomendações contidas no presente documento têm referência nas orientações repassadas pela coordenação geral do SINASE, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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Recomendações para elaboração dos Planos Municipais de Atendimento

Socioeducativo (2015-2024)1

1 As recomendações contidas no presente documento têm referência nas orientações repassadas pela coordenação geral do

SINASE, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Secretaria de Direitos Humanos da

Presidência da República.

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Recomendações para a elaboração dos Planos Municipais

I) Considerações Iniciais

Este documento contém um conjunto de recomendações que visam contribuir com os estados,

Distrito Federal e municípios na redação dos Planos de Atendimento Socioeducativo (2015-2024). O

período guarda relação direta com a Resolução N.º 160/2013 do Conselho Nacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente (Conanda) e a Lei Federal Nº 12.594/2012, instituidoras do Sistema Nacional

de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A leitura articulada entre ambas aponta para a necessidade de

estados, Distrito Federal e municípios elaborarem e aprovarem, até novembro de 2014, seus respectivos

planos de atendimento socioeducativo.2

Primeiramente, será apresentado e comentado a estrutura do Plano Nacional de Atendimento

Socioeducativo: Diretrizes e Eixos Operativos para o SINASE. Em seguida, tendo presente o “Texto de

subsídios para os planos estaduais de atendimento socioeducativo” (Silva, José Fernando da. SDH/PR,

maio de 2014) adentrar-se-á em recomendações gerais e específicas.

Almeja-se que as recomendações e também os exemplos ilustrativos de metas forneçam aos

estados, Distrito Federal e municípios ferramentas à elaboração da redação dos planos. Destaca-se que

os exemplos ilustrativos estão referenciados, especialmente, nos diálogos já estabelecidos em 20

encontros estaduais realizados sobre o processo de elaboração dos planos. Contudo, são meros

exemplos, sendo de fundamental importância ter presente a realidade, com suas especificidades e os

dados coletados. Nesta perspectiva, a única pretensão das contribuições é alimentar, incentivar e facilitar

o processo local de elaboração dos planos.

Registra-se que são indispensáveis a leitura e o estudo do Plano Nacional e Estadual de

Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e Eixos Operativos para o SINASE, possibilitando uma

compreensão mais acurada do seu conteúdo e facilitando a redação do plano de atendimento

socioeducativo local. Também será importante a leitura e o estudo das Resoluções N.º 46/1996,

47/1996 e 119/2006 do Conanda, a Lei N.º 8.069/1990, a Lei N.º 12.594/2012 e Constituição Federal.

2 Importa assinalar que a Lei Federal, acima referida, traz um conflito quanto ao processo de elaboração dos planos estaduais

e municipais. Pela leitura do art. 7º, § 2º, os municípios devem elaborar seus planos no mesmo prazo (até 360 dias após o

Plano Nacional), o mesmo devendo ocorrer com os estados / Distrito Federal. Entretanto, o art.º 5º, inciso II, afirma que os

municípios devem elaborar seus planos com base nos planos nacional e estadual.

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II) Plano Nacional e Estadual de Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e Eixos Operativos para

o SINASE – uma breve apresentação

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aprovou, em 18 de

novembro de 2013, a Resolução N.º 160, com ações articuladas para uma década (2014-2023) nas áreas

de educação, saúde, assistência social, cultura, capacitação para o trabalho e esporte para os

adolescentes no atendimento socioeducativos.

O Plano é estruturado nos seguintes capítulos:

Apresentação

Introdução

1. Princípios e Diretrizes

2. Marco Situacional Geral

2.1. Sistemas de Justiça e Segurança

2.2. Atendimento Inicial Integrado

2.3. Atendimento em Meio Fechado

2.4. Atendimento em Meio Aberto

2.5. Recursos Humanos

2.6. Sistema de Informação

3. Modelo de Gestão do Sistema Socioeducativo, com instâncias de articulação e de controle

para o âmbito federal, estadual, Distrito Federal e municipal.

4. Eixos Operativos – Metas, Prazos e Responsáveis

Em consonância com Plano Nacional, o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo de

Goiás está estruturado da mesma forma. Recomenda-se que os Planos municipais também

sigam tal estrutura.

EIXOS, OBJETIVOS E METAS QUANTIFICADAS (PLANO ESTADUAL)

Eixos N.º de Objetivos N.º de Metas

EIXO 01: Gestão do Sinase 11 26

EIXO 02: Qualificação do Atendimento 18 44

EIXO 03: Participação e Autonomia dos/das Adolescentes 02 04

EIXO 04: Fortalecimento dos Sistemas de Justiça e

Segurança

01 03

Total 32 77

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Os objetivos do Plano Estadual se desdobram em metas a serem cumpridas em três períodos,

estabelecendo, assim, ações de curto, médio e longo prazo, distribuídos entre os anos de 2015 a 2024 em

conformidade com o ciclo orçamentário:

1º Período (2015): último ano do atual Plano Plurianual (PPA, 2012 – 2015) e respectivas Leis

de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Leis Orçamentárias Anuais (LOA). O ano de 2015 é essencial para

o Plano Decenal, uma vez que serão elaborados o PPA dos governos estaduais e Distrito Federal eleitos

em 2014.

2º Período (2016 – 2019): quatro anos, compreendendo o ciclo orçamentário relativo ao próximo

PPA e respectivas LDO e LOA.

3º Período (2020 – 2023): quatro anos, compreendendo os ciclos orçamentários;

4º Período (2024 – 2027): Para este período será necessário fazer os ajustes inerentes a um novo

plano.

III) Recomendações

Que os planos de atendimento socioeducativo (estados, Distrito Federal e municípios) sejam

elaborados dentro da perspectiva da Proteção Integral e não apenas da Proteção Especial. Nesta direção,

o conteúdo deve ser permeado pelos Direitos Humanos dos adolescentes no atendimento socioeducativo

(educação, saúde, assistência social, justiça, segurança, lazer, cultura, esporte, profissionalização,

convivência familiar e comunitária etc.).

É recomendável que o plano de atendimento socioeducativo, sempre que possível, preserve a

mesma estrutura/capítulos do Plano Nacional e Estadual. Esta recomendação visa facilitar a avaliação e

acompanhamento da Gestão do Sistema Socioeducativo, tendo presente os artigos 18 a 27 da Lei

Federal N.º 12.594/2012 no tocante a:

Avaliações periódicas dos Planos de Atendimento Socioeducativo em intervalos de três anos;

Avaliação da gestão (planejamento orçamentário, fluxo financeiro, articulação

interinstitucional e intersetorial das políticas);

Avaliação das entidades e dos programas;

Avaliação dos resultados da execução do atendimento socioeducativo.

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É necessário definir o órgão executivo e gestor do Sistema Estadual/DF e Municipal para

atender, respectivamente, os art. 4º/§3º e art. 5º/§4º da Lei Federal nº 12.594/2012.

Uma recomendação geral para os eixos refere-se ao ordenamento dos objetivos por macro

categorias. Por exemplo, no Eixo da Qualificação do Atendimento, que sejam ordenados por direitos:

educação, saúde, cultura, profissionalização, lazer, esporte, assistência social etc. No Eixo dos Sistemas

de Justiça e Segurança que sejam ordenados separadamente para Justiça e Segurança.

Com estas recomendações gerais, adentra-se nas específicas, sem a pretensão de esgotar o

assunto.

a) Utilizar os dados coletados para escrever a redação do Marco Situacional do Atendimento

Socioeducativo local (estado, Distrito Federal e município) e elaboração e definição de objetivos

e metas quantitativas e qualitativas a serem contempladas nos 04 eixos Operativos.

Eixo: Gestão do Sinase

Objetivos Metas Períodos Responsáveis

1º 2º 3º

Eixo: Qualificação do Atendimento

Objetivos Metas Períodos Responsáveis

1º 2º 3º

Eixo: Participação e Autonomia do Adolescente

Objetivos Metas Períodos

Responsáveis 1º 2º 3º

Eixo: Fortalecimento dos Sistemas de Justiça e Segurança

Objetivos Metas Períodos

Responsáveis 1º 2º 3º

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b) Buscar visualizar/compreender as tendências (estabilização, declínio ou aumento) no

atendimento do Sistema Socioeducativo, com olhares articulados para o atendimento em meio

fechado/privação da liberdade (atendimento inicial, internação provisória, semiliberdade e

internação), o meio aberto (advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviço à

comunidade e liberdade assistida) e a atenção aos egressos da internação.

c) Considerar também os relatórios de avaliação/acompanhamento do atendimento socioeducativo

disponíveis em níveis municipais e estaduais (Ex.: Conselhos Tutelares, Centros de Defesa,

Fórum DCA, Conselhos de Direitos, universidades) e nacionalmente (Ex.: Conanda, Conselho

Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional da Defensoria

Pública), como insumos para a escrita dos Planos.

d) Será importante analisar o perfil dos adolescentes no atendimento socioeducativo, com recorte de

gênero; cor/etnia; orientação sexual. Na ausência de dados quantitativos sobre as dimensões

humanas relacionadas, é recomendável que sejam realizadas reflexões/análises de como o

racismo institucional, as relações de gênero e o público LGBTT repercutem e/ou são

considerados dentro do atendimento socioeducativo. Também é recomendável que sejam

pesquisados junto às universidades e organizações da sociedade civil estudos de cunho mais

qualitativo sobre os três aspectos acima indicados.

e) Realizar oficinas sobre os dados levantados. Nestes momentos é imprescindível ter pessoas

responsáveis pela coordenação e outras pelo registro das principais conclusões.

Um lembrete: as ausências de determinados dados quantitativos devem ser

compreendidas/transformadas como uma informação importante para definições de objetivos e

metas a serem alcançadas.

Ou seja, caso não existam dados sobre orientação sexual dos adolescentes ou total de

adolescentes que receberam medidas socioeducativas de advertência, por exemplo, será

necessário definir objetivos, metas, prazos e responsáveis para que estes dados passem a ser

coletados permanentemente nos primeiros anos do plano.

f) Debater e refletir sobre os Princípios e as Diretrizes do Plano Nacional e Estadual identificar

quais são adequadas a realidade local, bem como elaborar outras que sejam necessárias e

adequadas a realidade local.

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g) Que os objetivos sejam redigidos com verbos no infinitivo e com força redacional que exprima o

que pretender alcançar (implementar, realizar, avaliar, desenvolver, garantir, promover, ofertar,

assegurar, definir etc.).

h) Distribuir os prazos da década de 2015 – 2024 em conformidade com o ciclo orçamentário

próprio:

Municípios:

1º Período (2015 - 2017): Três últimos anos do atual Plano Plurianual (PPA, 2014 – 2017) e

respectivas LDO e LOA.

2º Período (2018 – 2021): Relativo ao segundo PPA e respectivas LDO e LOA.

3º Período (2022 – 2024): Relativo a três anos do respectivo PPA.

i) Que as metas sejam qualitativas e também quantitativas3, por exemplo: Assegurar que 100% dos

adolescentes em PSC e LA sejam matriculados no Sistema de Ensino. Neste caso, é importante

considerar o percentual atual de matricula para definição do prazo a ser alcançada a meta

estabelecida.

j) Que o plano tem vida jurídica própria, o que é possível com a publicação de resolução no Diário

Oficial do Estado ou do Distrito Federal ou do município. Na ausência de Diário Oficial no

município é recomendável que a resolução seja publicada no estadual.

Instruções Gerais e Tabelas para a construção do Diagnóstico do Atendimento Socioeducativo nos

municípios

I) Considerações Iniciais: A elaboração e aprovação de uma política pública devem ser pensadas e

planejadas coletivamente. A primeira fase deve ser a do diagnóstico da situação ou da realidade a qual

se destinarão as ações. Nesta direção, a definição mais objetiva de diagnóstico é aquela que o estabelece

como um conjunto de dados e informações ou como a identificação e/ou o reconhecimento sobre

determinado assunto, situação ou realidade. Os dados e as informações devem embasar o conhecimento

e ambos devem ser utilizados para o saber mais amplo e completo possível sobre uma determinada

realidade.

3 As metas devem ser elaboradas, sempre que possível, tendo como parâmetro o diagnóstico realizado e a década de 2015-2024.

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Ressalta-se que as instruções gerais, assim como as tabelas propostas, são tão somente um guia

básico, cabendo aos estados e aos municípios incrementaram e/ou aperfeiçoarem conteúdos que

permitam obter um diagnóstico mais amplo possível, facilitando numa fase posterior a definição de

objetivos, metas, prazos, responsáveis e orçamento para cada eixo estratégico dos respectivos planos

municipais de atendimento socioeducativo.

Portanto, a realização do diagnóstico tem dupla finalidade: (i) conhecer a evolução do

atendimento socioeducativo e no momento seguinte definir os objetivos, metas qualitativas e

quantitativas, responsabilidades e o orçamento necessário a estruturação do Sistema Socioeducativo; (ii)

inserir dentro do próprio plano decenal um conjunto de dados que permitam uma avaliação futura do

planejado.

Não se pretende fazer o diagnóstico completo, perfeito. Pretende-se sim, obter o melhor e mais

amplo diagnóstico possível, pois sem ele, as demais fases de elaboração dos planos decenais serão

prejudicadas. O diagnóstico é uma corresponsabilidade de todos que estão recebendo o presente

documento. Com as tabelas do diagnóstico preenchidas, um capítulo do plano decenal estará bem

encaminhado, necessitando somente da redação analítica.

II) Recomendações Gerais: Como já informado, as tabelas são sugestões que visam facilitar a coleta de

dados e devem permitir uma ampla visão dos atendimentos socioeducativos realizados no âmbito

municipal (prefeitura ou organizações não governamentais) no tocante a prestação de serviço à

comunidade (PSC) e liberdade assistida (LA);

Contudo, o conjunto de tabelas apresentado não é rígido. Cada município deve

ampliar/aperfeiçoar ao máximo os dados a serem coletados. O mais importante é fazer o diagnóstico

amplo dentro da perspectiva de obter uma evolução histórica desde o advento da Resolução do Sinase

(2006) para no momento seguinte definir o que deve ser realizado no próximo decênio.

III) Dados do Atendimento Socioeducativo na Década de 2006 – 2013: As tabelas organizadas visam

possibilitar uma visão geral do atendimento socioeducativo nos períodos indicados. A organização por

partes é um recurso meramente de distribuição dos dados, cabendo aos municípios a melhor forma de

distribuição e apresentação em tabelas ou gráficos. Observem que no final de cada tabela estão indicadas

a fonte que deve ser a fornecedora dos dados. Contudo, cada esfera é livre para usar uma outra fonte que

disponha de dados mais consistentes.

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Evolução do Atendimento Socioeducativo

Total de Adolescentes em Prestação de Serviço à Comunidade no último dia do mês entre 2006 e

2013 por município

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Subtotal

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes em Liberdade Assistida no último dia do mês entre 2006 e 2013 por

município

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Subtotal

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Perfil dos Adolescentes no Sistema Socioeducativo

Faixa Etária nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade Assistida

Ano 12 – 14 anos 15 – 17 anos 18 – 21 anos Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Sexo nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade Assistida

Ano Masculino Feminino Subtotal

2006

2010

2013

Total

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Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Cor nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade Assistida

Ano Branco Pardo Negro Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Perfil Infracional nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade Assistida

Ano Roubo

%

Tráfico

%

Homicídio

%

Furto

%

Latrocínio

%

Outros

%

100%

2006

2010

2013

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Reincidência durante o cumprimento da Medida Socioeducativa

Ano PSC LA Semiliberdade Internação Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgãos Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Reincidência após o cumprimento da Medida Socioeducativa

Ano PSC LA Semiliberdade Internação Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgãos Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes Usuários de Drogas quando da aplicação da Medida Socioeducativa

Ano Total de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgãos Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Drogas mais usadas pelos Adolescentes em Prestação de Serviços à Comunidade

Ano Bebidas Maconha Cocaína Crack Outro4 Subtotal

4 Importante especificar, inclusive para as demais tabelas sobre uso de drogas.

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Alcoólicas

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Drogas mais usadas pelos Adolescentes em Liberdade Assistida

Ano Bebidas

Alcoólicas Maconha Cocaína

Crac

k Outro Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Rebeliões, Fugas, Feridos e Mortes

Feridos e Mortes durante o cumprimento de PSC e LA

Ano / Evento Feridos Mortos Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Direito à Educação, Assistência Social, Esporte, Profissionalização, Cultura, Lazer e Saúde

Escolarização nos Programas de Prestação de Serviço à Comunidade e de Liberdade Assistida.

Ano

Subtotal

de

Atendidos

Não

Alfabetizado

Ensino

Fundamental

Ensino

Médio Outro Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de atendidos, matriculados e frequentado a Escola nos Programas de Serviço à Comunidade

e de Liberdade Assistida.

Ano Subtotal de

Atendidos

Total de

Matriculados

Total de Frequentando a

Escola Subtotal

2006

2010

2013

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Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes com Famílias Atendidas no Programa Bolsa Família

Ano Subtotal de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgãos Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes Atendidos em Atividades Esportivas

Ano Subtotal de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes Atendidos em Atividades Profissionalizantes

Ano Subtotal de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes Atendidos em Atividades Culturais

Ano Subtotal de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Adolescentes Atendidos em Atividades de Lazer

Ano Subtotal de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

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Total de Adolescentes Atendidos em Serviços de Saúde5

Ano Subtotal de Atendidos PSC LA Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Recursos Humanos por Unidades/Programas de Atendimento Socioeducativo

Quadro de Pessoal por Relação de Trabalho em 2014

Unidades/

Programa

Serv. Público

(Concursado)

Serv. Público (Seleção

Simplificada/Temporário)

Terceirizad

o

Outros 6 Subtotal

PSC

LA

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Proposta Pedagógica e Plano Individual de Atendimento

Total de Adolescentes com Programa Individual de Atendimento elaborado após a Resolução de

N.º 116/2006 do Sinase

Ano PSC LA Subtotal

2010

2013

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Programas de Egressos elaborados após a Resolução de N.º 116/2006 do Sinase

Ano PSC LA Subtotal

2010

2013

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Comissões Intersetoriais do Sistema Socioeducativo 2014

Âmbito Ano da criação Funcionamento

Municipal

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Total de Programas usando plenamente o SIPIA Sinase Web por Medida Socioeducativa7

Ano PSC LA Subtotal

2006

2010

5 Importante criar uma relação dos serviços de saúde, a exemplo de odontologia, oftalmologia etc. 6 Especificar o que compõe o outro. 7 O Estado/DF e/ou município que usar outro sistema informatizado deve mencionar os motivos.

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Diretoria Geral do Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes

Gerência da Criança e do Adolescente

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OOFFIICCIINNAA PPAARRAA EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDOOSS PPLLAANNOOSS MMUUNNIICCIIPPAAIISS DDEE AATTEENNDDIIMMEENNTTOO SSOOCCIIOOEEDDUUCCAATTIIVVOO -- GGOOIIÁÁSS

2013

Fonte: Órgãos Estadual e Municipal de Atendimento Socioeducativo.

Órgãos do Sistema de Segurança e Justiça na Área do Adolescente em Conflito com a Lei

Comparação entre 2006, 2010 e 2013.

Ano

Vara

Especializada

em Atos

Infracionais

Delegacias

Especializadas

em Atos

Infracionais

Núcleo e/ou

similar de

Defensores

Públicos para

Atos Infracionais

Promotorias

Específicas

para Atos

Infracionais

Subtotal

2006

2010

2013

Total

Fonte: Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Secretarias Estaduais de

Segurança Pública.

Recursos Orçamentários do Tesouro Municipais Previstos e Aplicados nos Programas

Socioeducativos

Tabela 01: Programas de PSC e LA

Ano Previsto Aplicado Subtotal

2011

2012

2013

Total

Fonte: Órgão Municipal de Atendimento Socioeducativo.

SIPIA SINASE

O SIPIA Sinase - Sistema Nacional de Acompanhamento de Medidas Socioeducativas é um

Sistema de Informação em rede para registro e tratamento de dados referentes a adolescentes em

conflito com a lei em cumprimento de medidas socioeducativas. Tem abrangência nacional, constitui-se

em um banco de dados único disponível a todos os operadores de direitos, sendo ferramenta de

integração entre as instituições executoras e gestoras de medidas socioeducativas nos ambitos

municipal, estadual e federal, e varas da infância e juventude.

Esse sistema fundamenta-se legalmente no Estatuto da Criança e do (a) Adolescente – Lei

8.069/90 e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE - Lei 12.594/2012 e tem

como princípios:

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Diretoria Geral do Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes

Gerência da Criança e do Adolescente

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OOFFIICCIINNAA PPAARRAA EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDOOSS PPLLAANNOOSS MMUUNNIICCIIPPAAIISS DDEE AATTEENNDDIIMMEENNTTOO SSOOCCIIOOEEDDUUCCAATTIIVVOO -- GGOOIIÁÁSS

- Operacionalizar, na base, a política do Estatuto da Criança e do (a) Adolescente e do SINASE,

desde o primeiro atendimento, internação provisória, execução e acompanhamento das medidas

socioeducativas em meio aberto (liberdade assistida e prestação de serviços a comunidade) e fechado

(semiliberdade e internação) para adolescentes em conflito com a lei.

- Subsidiar com informações as instâncias das Instituições que executam medidas, Varas da

Infância e Juventude, Ministério Público e órgãos competentes nas três esferas de governo para a

formulação e gestão de políticas do SINASE.