recomendações técnicas para equipamentos sociais – creches

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RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA EQUIPAMENTOS SOCIAIS

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RECOMENDAÇÕES TÉCNICASPARA EQUIPAMENTOS SOCIAIS

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Agarantiadeacessocrescenteaserviçosdequalidadequepromovamasatisfaçãodasnecessidadesdoscidadãoséumcompromissoclaramenteassumidopelo

ProgramadoXVIIGovernoConstitucional.Nestesentido,oreforçodacoesãonacional,aigualdadedeoportunidades,obem-estareamelhoriadascondiçõesde

vida,sãofactoresdeterminantesparaaconstruçãodeumasociedademoderna,justa,cujaparticipaçãoeresponsabilidadedoscidadãossãofundamentaispara

oexercíciodeumacidadaniaplenaeactiva.

Énestecontextoqueapreocupaçãoaoníveldaqualificaçãodosequipamentossociaissurge,sendotempodeosajustaràsnovasexigências,aliandoasquestões

daequidadeeuniversalidadedassuasrespostas,nãosóàsquestõesdegestãoeficazeeficientedosrecursos,mastambémnoquerespeitaàgestãodaqualidade

esegurançadosseusedificados.

Garantiraexistênciadeumconjuntoderequisitosparaaconstruçãodenovosequipamentossociaiseparaaadaptaçãodosexistenteséoobjectivoqueagora

sepretendeconcretizar,atravésdasRecomendaçõesTécnicasparaEquipamentosSociaisdesenvolvidaspeloISS,I.P.queaquiseapresentam.

EstasRecomendaçõesTécnicasconstituem-secomouminstrumentodereferênciaedetrabalho,dotadodecritériosorientadoresemetodológicoseníveisde

exigênciamaiselevadosparaosedificadosdasrespostassociais.

Apartirdeagorapassaaestardisponíveluminstrumentoqueassegura,nãoapenasorespeitopelasdirectivascomunitáriasemmatériadeedificado,mas

tambémasuautilizaçãoúnica,paratodasasrespostassociais,respeitandoosprincípiosgeraisdegarantiadaqualidade.

PedroManuelDiasdeJesusMarques

SecretáriodeEstadodaSegurançaSocial

NotadeAbertura

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GENERALIDADES

Depósito Legal: 270795/08

Page 4: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

I GENERALIDADES 5

I.1 DEFINIÇÕESGERAIS 5

I.2 ÂMBITODEAPLICAÇÃODASRTES 5

I.3 ESTRUTURADOPRESENTEDOCUMENTO 5

I.4 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃO 6

II LOCALIZAÇÃOEINSERÇÃOURBANA 1

II.1 DISCIPLINAURBANÍSTICAEDEORDENAMENTODOTERRITÓRIO 1

II.2 CRITÉRIOSDELOCALIZAÇÃO 2

II.3 ACESSIBILIDADEEMOBILIDADE 4

II.4 OUTRASINFRA-ESTRUTURASESERVIÇOSURBANOS 7

II.5 SEGURANÇAECONFORTO 7

II.6 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃOEAPLICAÇÃO 10

II.7 ASPECTOSADMINISTRATIVOS 11

II.8 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA 13

III. PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL 1

III.1 OBJECTIVOSDEFUNCIONAMENTO 1

III.2 CAPACIDADEDOESTABELECIMENTO 2

III.3 CARACTERIZAÇÃODOEDIFICADO 4

III.4 ESPAÇOSECOMPARTIMENTOS 6

III.5 EQUIPAMENTOEMOBILIÁRIO 24

III.6 CRITÉRIOSDEDIMENSIONAMENTODOSESPAÇOSECOMPARTIMENTOS 37

III.7 ADAPTABILIDADEDOESPAÇO 52

III.8 ACESSIBILIDADEAPESSOASCOMMOBILIDADECONDICIONADA 54

III.9 CRECHEDEDIMENSÃOREDUZIDA 56

III.10 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA 59

IV. SEGURANÇA,SALUBRIDADEECONFORTO 1

IV.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE 1

IV.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO 4

IV.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO 11

IV.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO 15

IV.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA 25

IV.6 QUALIDADEDOARINTERIOR 29

Índice

Page 5: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

IV.7 CONFORTOHIGROTÉRMICOEEFICIÊNCIAENERGÉTICA 36

IV.8 CONFORTOACÚSTICO 44

IV.9 CONFORTOVISUAL 53

IV.10 ILUMINAÇÃOARTIFICIAL.EFICIÊNCIAENERGÉTICA 72

V. CONSTRUÇÃO 1

V.1 FUNDAÇÕES 1

V.2 ESTRUTURAS 3

V.3 PAREDESEXTERIORES 6

V.4 PAREDESINTERIORES 14

V.5 PAVIMENTOS 19

V.6 ESCADASERAMPAS 22

V.7 COBERTURAS 24

V.8 PREENCHIMENTODEVÃOS 27

V.9 GUARDASECORRIMÃOS 47

V.10 REVESTIMENTOSEXTERIORESEMPAREDESEXTERIORES 49

V.11 REVESTIMENTOSINTERIORESEMPAREDESETECTOS 62

V.12 REVESTIMENTOSEMPISOSERODAPÉS 73

V.13 REVESTIMENTOSEMESCADASERAMPAS 84

V.14 REVESTIMENTOSEMCOBERTURAS 88

VI. INSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS 1

VI.1 ABASTECIMENTOEDISTRIBUIÇÃODEÁGUA 1

VI.2 DRENAGEMDEÁGUASRESIDUAIS 9

VI.3 RECOLHADERESÍDUOSSÓLIDOS(RECOLHASELECTIVA) 17

VI.4 VENTILAÇÃOEEVACUAÇÃODEPRODUTOSDACOMBUSTÃO 25

VI.5 CLIMATIZAÇÃO 34

VII. ECONOMIA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO 1

ANEXO1

MANUALDEMANUTENÇÃOEUTILIZAÇÃOELEMENTOSPARAASUAELABORAÇÃO 1

ANEXO2

RECOMENDAÇÕESGERAISDESEGURANÇAAOINCÊNDIONOVOSESTABELECIMENTOS 1

ANEXO3

RECOMENDAÇÕESGERAISDESEGURANÇAAOINCÊNDIOESTABELECIMENTOSEXISTENTES 1

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I. GENERALIDADES

I.1 DEFINIÇÕESGERAIS

Noâmbitodopresentedocumentoaplicam-seasdefiniçõesseguintes:

- Estabelecimento/Equipamento–unidadedeapoiosocialondeseexercemasactividadesoperacionais,administrativaselogísticasquelhesãopróprias,abrangendo

osedifíciosedemaisinstalações,oslogradouroseasoutrasáreasdeterrenosituadasnointeriordoprédio,incluindooestacionamentoprivativo;

- Creche–respostasocial,desenvolvidaemequipamento,denaturezasocioeducativa,paraacolhercriançasatéaostrêsanosdeidade,duranteoperíodo

correspondenteaoimpedimentodospaisoudapessoaquetenhaasuaguardadefacto,vocacionadoparaoapoioàcriançaeàfamília[25];

- Criança–pessoacomidadeatéaos3anos;

- Cliente–pessoaouentidadequesolicitaosserviçosdeumaCreche.Nesteâmbito,oconceitodeclienteabrangeasseguintesentidades:criançaefamíliaou

representantelegal.

- Serviço–conjuntodeactividadesetarefasprestadaspelaCreche,levadasacabopelamesmaepostasàdisposiçãodosclientes.

I.2 ÂMBITODEAPLICAÇÃODASRTES

AsRecomendaçõesTécnicasaplicam-seanovosestabelecimentos(ainstalaremedifíciosconstruídosderaizouemedifíciosjáexistenteseaadaptarparao

efeito)eaestabelecimentosexistentes(emfuncionamentooucomlicenciamentoaprovadoàdatadepublicaçãodaspresentesRecomendações).AoInstitutoda

SegurançaSocial,I.P.competepromoveraaplicaçãodasRTES.

I.3 ESTRUTURADOPRESENTEDOCUMENTO

Opresentedocumentoestáestruturadoemsetepartesdistintaseanexos,asaber:

- ParteI-GENERALIDADES,ondeseapresentamasdefiniçõesgeraisnecessáriasàcompreensãododocumento,critériosdeinterpretaçãoeaestruturado

própriodocumento;estaparteincluitambéminformaçãosobreoâmbitodeaplicaçãodasrecomendações;

- ParteII-LOCALIZAÇÃOEINSERÇÃOURBANA,ondeseabordamaspectosdadisciplinaurbanísticaedoordenamentodoterritórioeseincluiinformação

sobreoscritériosdelocalizaçãodosestabelecimentos,exigênciasdeacessibilidadeemobilidade,desegurançaeconfortoedeoutrasinfra-estruturasurbanas,

assimcomocritériosdeinterpretaçãoeaplicaçãodasdisposiçõesapresentadaseaspectosadministrativosquelhesestãosubjacentes;

- ParteIII -PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL,ondesedefinemosobjectivosdefuncionamentodoestabelecimento,asuacapacidadeeosindicadoresde

pessoalnecessárioàprestaçãodosserviçospropostos,ese inclui informaçãosobreacaracterizaçãodoedificado,asfunçõeseactividadesadesenvolver

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e os respectivos espaços e compartimentos, as necessidades especificas de equipamento emobiliário e os critérios de dimensionamento dos espaços e

compartimentos,tendoemespecialatençãoaacessibilidadeapessoascommobilidadecondicionada;

- Parte IV-SEGURANÇA,SALUBRIDADEECONFORTO,ondese inclui informaçãosobresegurançaestrutural,ao incêndio,contra intrusãoenautilização

normal,assimcomoestanquidadeàágua,qualidadedoarinterioreconfortohigrotérmico,acústico,visual,táctilemecânico;

- ParteV-CONSTRUÇÃO,ondeseincluiinformaçãosobreoselementosprimáriosesecundáriosdaconstruçãoerespectivosrevestimentos;

- ParteVI-INSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS,ondeseincluiinformaçãosobreabastecimentoedistribuiçãodeágua,drenagemdeáguasresiduais,recolhade

resíduossólidos,ventilaçãoeevacuaçãodeprodutosdacombustão,instalaçõeseléctricas,comunicaçõeseclimatização;

- ParteVII–ECONOMIA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO,ondeseabordamprincípiosgeraissobreeconomia,durabilidade,manutençãoesustentabilidade.

- ANEXOS,ondeseincluemelementosparaaelaboraçãodeummanualdemanutençãoeutilização(Anexo1)erecomendaçõesgeraisdesegurançaaoincêndio

(Anexos2e3).

Aolongodotextosãoapresentadasreferênciasentreparêntesesrectos,queremetemparaabibliografiaquesurgeagrupadanofinaldasrespectivaspartes(caso

daspartesIIeIII)oudosrespectivoscapítulos(pertencenteàspartesIV,V,VIeVII).

I.4 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃO

Terminologiautilizada

AterminologiautilizadanaredacçãodasespecificaçõesdasRecomendaçõesTécnicastemoseguintesignificado:

a) “deve/devem”implicaasatisfaçãoobrigatóriadeumaespecificaçãoerefere-seacondiçãomínima;

b) “pode/podem”apresentaumaopçãooualternativaaceitável;

c) “érecomendável”introduzumaespecificaçãoaconselhável;

d) “caso/se”introduzumaespecificaçãoacumprirquandoseverificaumadeterminadacondição.

SobreaparteII-LocalizaçãoeInserçãoUrbana

Ocapítulodedicadoàlocalizaçãoeinserçãourbanadosequipamentossociaiscontémumconjuntoderecomendaçõestécnicasquedevemserentendidascomo

directrizesounormasorientadoras,ouseja,comonormasdestituídasdecaráctervinculativo.

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Ocarácterorientadordasrecomendaçõeshabilitaasentidadeschamadasaintervirnaescolhadeterrenosdestinadosaequipamentossociaiscomuminstrumento

técnicoquepermitefundamentartecnicamenteassuasdecisões–aspectorelevadopelovigentesistemadegestãoterritorial(1)–,sem,contudo,inviabilizar

liminarmentesoluçõesque,apesardemenosperfeitas,serevelamcomoasmaisadequadasàscircunstânciaslocaiseàeventualexiguidadedosmeiosdisponíveis

paraasuaconcretização.

Aflexibilidadenaaplicaçãodasrecomendaçõesurbanísticasaquipropostaséobviamentelimitadapeladisciplinaconsagradanaleigeral,nosregulamentos

especiaisdeâmbitonacionalouregionale,emparticular,nosregulamentosdosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritórioenosregulamentosmunicipais

deurbanizaçãoeedificação.

Sabidoqueosregulamentosmunicipaissãofrequentementeomissosemmatériadelocalizaçãoeinserçãourbanadosequipamentoscolectivos,asrecomendações

adianteformuladasperfilam-secomopossíveisnormasdecaráctersupletivo,capazesdesuperareventuaisomissõesderegulamentoslocais,designadamente

quandoestesserevelempoucoexigentesemmatériadeenquadramentourbanísticodasinstalaçõesdestinadasagrupossociaismaisoumenosvulneráveis.

Ahipótesedeconferiràsrecomendaçõesumcaráctermanifestamentevinculativo,nocasodaausênciaoudosilênciodosregulamentosmunicipaisaplicáveis,

temrazãodeser,masdeveráserequacionadaemtermosdefuturo,emfunçãododesenvolvimentoqueoGovernovieradaraoProgramaNacionaldaPolítica

deOrdenamentodoTerritório(PNPOT),oinstrumentodecúpuladosistemadegestãoterritorialrecentementeaprovadopelaAssembleiadaRepública(2).

Comefeito,éaoPNPOTquecompeteestabelecerasdirectrizesqueenquadramosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritório,quandoestessepropõem

definirosparâmetrosaobservarnodimensionamentodasáreasdestinadasàimplantaçãodeequipamentosdeutilizaçãocolectiva(3).

Nocasodosequipamentosdesegurançasocial,agénesedosparâmetrosparaoseudimensionamento,bemcomoafixaçãodeoutroscritériosparaasuaavaliação

emtermosqualitativos,certamenteresultarádapassagemàpráticadaseguintemedidaconsideradaprioritáriapeloPNPOT:“reforçarodesenvolvimentodas

RedesSociais,atravésdaconsolidaçãoealargamentodasparceriasanívellocaledoaprofundamentodaabordagemestratégica,articulando-as,nomeadamente,

comosinstrumentosdegestãoterritorial(2007-2013)”.(4)

(1)Veroregimejurídicodosinstrumentosdegestãoterritoriale,emespecial,asdisposiçõessobreofundamentotécnicodessesinstrumentos,contidasnoartigo7.ºdoDecreto-Lein.º380/98,de22deSetembro.

(2)VeraLein.º58/2007,de4deSetembro,queaprovaoProgramaNacionaldaPolíticadeOrdenamentodoTerritório,DiáriodaRepública,1.ªsérie,n.º170,de4deSetembrode2007,pp.6126-6181(veraindaasdeclaraçõesde

rectificaçãon.º80-A/2007,de7deSetembro,en.º103-A/2007,de2deNovembro),emespecialopontodedicadoàmedidaprioritária“4.4.–Dinamizarredesdeequipamentoscolectivoseprogramaspararespondercomeficácia

àsnecessidadesdosdiferentesgrupossociaisedasfamílias,promovendoaintegraçãodosgruposmaisvulneráveisfaceàpobrezaeàexclusãosocialegarantindoasegurançaatodososcidadãos”,p.6171.

(3)Veroregimejurídicodaurbanizaçãoedaedificaçãoe,emespecial,asdisposiçõessobreacedênciadeterrenosparaespaçosverdesedeutilizaçãocolectiva,infra-estruturaseequipamentos,contidasnosartigo42.º

e43.ºdoDecreto-Lein.º555/99,de16deDezembro.

(4)VerLein.º58/2007,de4deSetembro.

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As presentes recomendações urbanísticas constituem, por assimdizer, uma tentativa de antecipação das directrizes a que se refere o PNPOT, obviamente

destituídasdadignidadequesólhespoderáserconferidacomaplenaecabalintegraçãodessasmesmasrecomendaçõesnosistemadegestãoterritorial.

Composiçãodapáginaeapresentaçãodasespecificações

Apáginaestáorganizadaemduascolunas,umaparaapresentaçãodasespecificaçõesaplicáveisanovosestabelecimentos(colunaesquerda)eoutraparaapresentação

das especificações aplicáveis a estabelecimentos existentes (coluna direita). Para facilitar a leitura e permitir uma análise comparativa, evitou-se a repetição de

especificaçõesiguaisnasduascolunas.Nestecaso,asespecificaçõesemquestãosãoapenasapresentadasnacolunaesquerdaeasrespectivasmanchasdetextosão

marcadascomtraçosverticaisesetasaindicarqueseaplicamigualmenteaestabelecimentosexistentes(colunadireita).Todasasespecificaçõessãonumeradasà

esquerdadapágina.

Especificaçõescomunsaestabelecimentosnovoseexistentes

Especificaçõesdiferentesparaestabelecimentosnovoseexistentes

Especificaçãoaplicávelapenasaestabelecimentosexistentes

Especificaçãoaplicávelapenasanovosestabelecimentos

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LOCALIZAÇÃO E INSERÇÃOURBANA

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II. LOCALIZAÇÃOEINSERÇÃOURBANA

II.1 DISCIPLINAURBANÍSTICAEDEORDENAMENTODOTERRITÓRIO

II.1.1 A criação de estabelecimentos de apoio social da iniciativa de entidadespúblicas ou instituições particulares de solidariedade social, ao abrigo deacordos de cooperação comos serviços competentes da Segurança Social,deveserefectuadanostermosdodispostonoartigo37.ºdoDecreto-lein.º64/2007,de14deMarço.

II.1.2 A criação de estabelecimentos de apoio social da iniciativa de entidadesprivadasquevisamaprestaçãodeserviçosemcontextoexclusivodemercadonão é condicionada à correspondência em necessidades sociais locaispreviamente identificadas, mas deve ser acompanhada de uma descriçãosucinta das condições locais e dos reflexos da criação do estabelecimentosobreaofertaeaprocuralocaldosserviçosaqueoestabelecimentoirádarresposta

II.1.3 A instalação, o funcionamento e a manutenção dos estabelecimentos deapoiosocial,qualquerquesejaasuaentidadepromotoraougestora,devemaindaobservarosseguintescritériosgeraisdedisciplinaurbanística:

a) Conformidadecomaclassificaçãoeaqualificaçãodo soloestabelecidapelosPlanosMunicipaisdeOrdenamentodoTerritório(PMOT)emvigorparaaáreaterritorialemqueselocalizam;

b) Conformidade com os regulamentos municipais de urbanização e deedificaçãoemvigor;

c) Conformidadecomosparâmetrosdeusoeedificabilidadeestabelecidosemalvarádelicençadeloteamento,quandoaplicável.

Osestabelecimentosdeapoiosocialdeentidadespúblicasoudeinstituiçõesparticulares de solidariedade, quando geridos ao abrigo de acordos decooperaçãocomosserviçoscompetentesdaSegurançaSocial,devemrespeitaraorganizaçãodoterritórioesatisfazerasnecessidadessociaisidentificadasnosinstrumentosdegestãoterritorialenosprogramasdeacçãoterritorial.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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II.1.4 Os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio socialdevemteroseuestatutojurídico-administrativodefinidoeassuasestremasunivocamentematerializadas no terreno à data de emissão da licença ouautorizaçãodeutilização.

II.2 CRITÉRIOSDELOCALIZAÇÃO

II.2.1 Osprédiosdestinadosà instalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemestarlocalizadosemsoloqualificadoporPMOTparaqualquerdosseguintesusos:

a) Residencial;

b) Equipamentoscolectivos(públicosouprivados);

c) Administraçãoeserviços(públicosouprivados);

d) Mistos, compreende todos ou alguns dos usos referidos nas alíneasanteriores.

II.2.2 Nas áreas referidas no número anterior, são critérios preferenciais delocalização:

a) Acentralidaderelativamenteàáreade influência,àestruturaactivadoterritórioeaospercursosquotidianosdaspopulaçõesqueservem;

b) Aexistência,nasuazonadevizinhança,deoutrosestabelecimentosdeapoiosocialedesaúde,existentesouprevistos,susceptíveisdeproporcionarapartilha,aintegraçãooucomplementaridadesnarealizaçãodeactividadesedefunçõeslogísticasedeapoioespecializado;

c) Aexistência,nasuazonadevizinhança,deparquesurbanos,jardinspúblicoseoutrosespaçosurbanosounaturaissusceptíveisdeproporcionaráreasdepasseio,recreioelazeraoarlivreaosclientesdoestabelecimentodeapoiosocial;

Osprédiosocupadosporestabelecimentosdeapoiosocialdevemteroseuestatuto jurídico-administrativodefinidoeas suasestremasunivocamentematerializadasnoterreno.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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d) A existência, na sua zona de proximidade, de outras organizaçõescomunitárias, públicas ou privadas, que permitam a participação dosclientesdosestabelecimentosdeapoiosocialnassuasactividades;

e) Aexistência,nasuazonadeproximidade,depontosnodaiseinterfacesdetransportespúblicos;

f) A boa acessibilidade rodoviária geral, sem prejuízo do disposto nosnúmerosII.2.6eII.3.2destasRecomendações;

g) A proximidade de outros equipamentos urbanos de natureza cultural,desportivaecomercial.

II.2.3 A localizaçãoouapermanênciadeestabelecimentosdeapoiosocialnãoéadmissível emáreasqualificadasemPMOTparaouso industrial, salvonocasodecrechesedesdeque:

a) O regulamento do plano municipal expressamente preveja a exclusivainstalaçãodeactividadesindustriaisnãopoluentes;

b) Sejam devidamente asseguradas as condições de conforto acústicopara adequada utilização das instalações, designadamente mediante oisolamentoacústicodasfachadas.

II.2.4 Osprédiosdestinadosà instalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemrespeitarosafastamentosmínimosrelativamenteacemitérioseaestabelecimentosclassificadoscomoinsalubres,incómodos,tóxicosouperigososfixadosnosPMOT,osquais,emqualquercaso,nãodevemserinferioresa200m.

II.2.5 A localizaçãoouapermanênciadeestabelecimentosdeapoiosocialnãoéadmissívelemprédioscomlocalizaçãoadjacentea:

a) Linhas de água, permanentes ou temporárias, cujas margens não seencontremconsolidadas;

b) Linhas de água, permanentes ou temporárias, que transportem águasresiduaisnãotratadas;

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c) Terrenosalagadiçosoudenívelfreáticoelevado,favorecendoaformaçãodeneblinasenevoeirosecondiçõesdeelevadahumidadenosolo;

d) Terrenosqueevidenciemmáscondiçõesdeestabilidade,nomeadamente:

• Emrazãodasuaestruturageológicaoudasuanaturezageotécnica,bemcomodoescoamentodaságuassuperficiaisesubterrâneas;

• Em razão da ocorrência de declives muito acentuados ou taludes,naturais ou de escavação, susceptíveis de instabilização por causasnaturaisouporacçãohumana.

II.2.6 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocialnãopodemaindaterlocalização:

a) Adjacente a vias principais e vias rápidas urbanas, a vias das redesrodoviáriasnacionaleaviasdaredeferroviárianacional;

b) Queimpliqueoatravessamentodeníveldequalquerdestestiposdeviaspor parte dos clientes do estabelecimento, nos percursos pedonais queligamoacessoprincipaldoprédioàsáreasdeestacionamentoreservadonaviapúblicaaqueserefereonúmeroII.3.17.

II.3 ACESSIBILIDADEEMOBILIDADE

II.3.1 Os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio socialdevemsersempreservidosporviapública,aqualsedeveencontraremplenoe normal funcionamento à data de emissão da licença ou autorização deutilização.

II.3.2 A via pública a que se refere o número anterior deve ser uma via deacesso local ou uma via distribuidora local. Excepcionalmente, no caso depovoaçõesdedimensãoinferiora2500habitantes,podetambémserumaviadistribuidora.

A permanência de estabelecimentos de apoio social não é admissível emprédios situadosnavizinhançade locaiscomprovadamenteperigososparaa circulação rodoviária e pedonal, designadamente dos pontos negrosgeoreferenciadosnaBasedeDadosRodoviáriadoInstitutodasEstradasdePortugal.

Osprédiosocupadosporestabelecimentosdeapoiosocialdevemsersempreservidosporviapúblicaemadequadoenormalfuncionamento.

Aviapúblicaaqueserefereonúmeroanteriorpodeserumaviadeacessolocal,umaviadistribuidoralocalouumaviadistribuidora.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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II.3.3 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocialdevemser servidospor,pelomenos,umacarreira regularde transportespúblicoscomparagemsituadanasuazonadeproximidade,quando localizadosemáreaurbanadotadadessesserviços.

II.3.4 Quando os prédios destinados à instalação de estabelecimentos deapoio social, ou por estes ocupados, se localizarem emáreas urbanas nãodotadas de carreiras regulares de transportes públicos ou fora das áreasurbanas, a entidade promotora ou gestora deve demonstrar as condiçõesdeacessibilidadedosclientes,pelomenos,noperíododeinícioedefimdohoráriodefuncionamentodosestabelecimentos.

II.3.5 Noscasosemqueascondiçõesdeacessibilidadereferidasnonúmeroanteriorforemmanifestamenteinadequadas,asentidadespromotorasougestorasdosestabelecimentosdeapoiosocialdevemasseguraraexistênciadosmeiosdetransportenecessáriosaoregularfuncionamentodessesestabelecimentos.

II.3.6 AviapúblicareferidanonúmeroII.3.1devecompreenderáreasdestinadasàcirculaçãodeveículosmotorizadoseáreasdestinadasàcirculaçãopedonal,devidamente pavimentadas e dotadas de iluminaçãopública e das demaiscaracterísticas técnicas necessárias para assegurar, de forma permanente,a circulação de veículos e pessoas em boas condições de funcionalidadee segurança, atentas as intensidades de tráfego motorizado e pedonalocorrentesnolocal.

II.3.7 Ospasseiosecaminhospedonaissituadosnazonadevizinhançadosprédiosdestinados à instalação de estabelecimentos de apoio social, ou por estesocupados,devemobedeceràsnormastécnicasparamelhoriadaacessibilidadedaspessoascommobilidadecondicionada,constantesdoanexoaoDecreto-Lein.º163/2006,de8deAgosto.

II.3.8 Quandooacessoaointeriordosedifíciosondeseencontraminstaladososestabelecimentosdeapoiosocialforrealizadodirectamenteapartirdaviapública,devemaindaser satisfeitosos requisitosestabelecidosnonúmeroIII.8daspresentesrecomendações.

II.3.9 Asviaspúblicassituadasnazonadevizinhançadosprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemaindaserdotadas de características técnicas e dispositivos acrescidos de sinalização,confortoesegurança,activaepassiva,queprivilegiemasuautilizaçãopedonal,

Osprédiosocupadosporestabelecimentosdeapoiosocialdevemserservidospor,pelomenos,umacarreiraregulardetransportespúblicoscomparagemsituada na sua zona de proximidade, quando localizados em área urbanadotadadessesserviços.

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emparticularnoquerespeitaàiluminaçãopública,aoassinalamento,marcação,protecçãoecontrolodaspassagensdepeões,àlarguraeprotecçãoexteriordospasseios,àdrenagemerevestimentodospavimentoseàdotaçãodemobiliáriourbanopermitindopausaspararepousonospercursosapé.

II.3.10 Asviaspúblicasreferidasnonúmeroanterior,bemcomoosdispositivosdesinalização e segurança nelas instalados, devem ser objecto de cuidadosacrescidos de gestão, conservação e reparação por parte da autarquia darespectivajurisdição.

II.3.11 Alocalizaçãodosestabelecimentosdeapoiosocialdeveserindicadaatravésdesinaléticadeorientaçãourbanacolocadanasviaspúblicassituadasnasuazonadeproximidade.

II.3.12 A colocação da sinalética a que se refere o número anterior deve ter emconsideraçãoaestruturaactivadoterritórioeospercursosdominantesneleestabelecidos.

II.3.13 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemserdotadosdeestacionamentoprivativo,quecompreenderáumaáreaparaviaturasprópriaseumaáreaparacargasedescargas.

II.3.14 Odimensionamentodasáreasdeestacionamentoreferidasnonúmeroante-riordeveobservarodispostonosPMOTemvigorparaaáreadelocalizaçãodoprédio.

II.3.15 NaausênciadeespecificaçãodosparâmetrosdedimensionamentodasáreasdeestacionamentonosPMOTemvigor,aplicam-sesupletivamenteosvaloresmínimosindicadosnoquadroseguinte:

Viaturaspróprias Cargasedescargas1lugar 3lugares

NaausênciadeespecificaçãodosparâmetrosdedimensionamentodasáreasdeestacionamentonosPMOTemvigor,aplicam-sesupletivamenteosvaloresmínimosindicadosnoquadroseguinte:

Viaturaspróprias Cargasedescargas1lugar 1lugar

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

Nota–Dimensõeslinearesnominaisdolugardeestacionamento:5,0mx2,5m,acrescidodeumafaixadeacessolateral,comumalarguramínimanãoinferiora1metro.

Nota–Dimensõeslinearesnominaisdolugardeestacionamento:5,0mx2,5m,acrescidodeumafaixadeacessolateral,comumalarguramínimanãoinferiora1metro.

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II.3.16 Quando as necessidades de estacionamento, dimensionadas nostermos dos números II.3.14 e II.3.15, não puderem ser satisfeitas, notodoouemparte,nointeriordosprédiosdestinadosà instalaçãodosestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,essa funçãodeveserasseguradanasuazonaadjacente,atravésdaprevisãoexpressade lugaresdeestacionamentoreservadonaviapúblicaouemparquepúblico.

II.3.17 Cabeaomunicípiodajurisdiçãodoprédio,emcoordenaçãocomaentidadepromotoraougestoradoequipamentosocialecomosserviçoscompetentesda Segurança Social, executar ou mandar executar as obras e instalar osdispositivosemedidasaquesereferemosnúmerosanterioresecobrarparaoefeitoastaxasprevistasnalei.

II.4 OUTRASINFRA-ESTRUTURASESERVIÇOSURBANOS

II.1.1 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemserservidosporsistemaspúblicosdeabastecimentodeágua,dedrenagemdeáguasresiduais,derecolhaderesíduossólidosurbanose de comunicações telefónicas de rede fixa, os quais se devem encontraremfuncionamentonormalàdatadeemissãodalicençaouautorizaçãodeutilização.

II.1.2 No caso de não ser fundadamente possível cumprir adequadamente odispostononúmeroanterior,admite-seorecursoasoluçõesalternativas,desde que devidamente licenciadas e monitorizadas pelas entidadescompetentes.

II.1.3 Osespaçosprivadoseopercursopúblicodeacessoprincipalaoequipamentode apoio social devem encontrar-se completamente construídos eem funcionamento normal à data de entrada em funcionamento doestabelecimento.

II.5 SEGURANÇAECONFORTO

II.5.1 Os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio social érecomendável que cumpramos requisitos de distânciamáxima ao quartelde bombeiros e devem cumprir os requisitos de acessibilidade local dasviaturasdebombeirosedisponibilidadedeáguaparaextinçãodeincêndios,

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Cabeaomunicípiodajurisdiçãodoprédio,emcoordenaçãocomaentidadeproprietária do equipamento social e com os serviços competentes daSegurança Social, executar ou mandar executar as obras e instalar osdispositivosemedidasaquesereferemosnúmerosanterioresecobrarparaoefeitoastaxasprevistasnalei.

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estabelecidosrespectivamentenoRegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguaedeDrenagemdeÁguasResiduais,aprovadopeloDecretoRegulamentarn.º23/95,de23deAgosto.

II.5.2

II.5.3

II.5.4 Para efeitos de aplicação do disposto no Regulamento Geral do Ruído,aprovadopeloDecreto-Lein.º9/2007,de17deJaneiro,aszonasadjacentesa prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio social, oupor estes ocupados, é recomendável que sejam classificadas como “zonassensíveis”(5),salvomotivodevidamenteponderadoejustificadonoPMOTounomapaderuídoqueprocedeàreferidaclassificação.

II.5.5 Naproximidadedoestabelecimentodeapoiosocialdevemserobservadososvaloreslimiteeasmargensdetolerânciaparaasconcentraçõesdepoluentesnoarambiente,fixadosnostermosdoart.º3.ºdoDecreto-Lein.º111/2002,

Seoestabelecimentodeapoiosocialseencontrarintegradoemedifíciosouconjuntosedificadosdestinadosausosdistintosdoresidencial,nomeadamentecomercial,serviços,hospitalaroudeensino,sãocumulativamenteaplicáveisosrequisitosdedistânciamáximaaoquarteldebombeirosedeacessibilidadeaviaturasdebombeirosestabelecidosnosRegulamentosdeSegurançacontraIncêndioespecíficosdessesusos,aplicando-seocritériodoníveldeexigênciamaiselevado.

Se o prédio ocupado pelo estabelecimento de apoio social se encontrarlocalizadoemcentrourbanoantigo,sãoaindacumulativamenteaplicáveisasdisposiçõesrelativasàscondiçõesparaintervençãodosbombeirosprevistasnos art.º 21º a 25º dasMedidas Cautelares de SegurançaContra Risco deIncêndioemCentrosUrbanosAntigos,aprovadaspeloDecreto-Lein.º426/89,de26deDezembro.

(5)«Zonasensível»aáreadefinidaemplanomunicipaldeordenamentodoterritóriocomovocacionadaparausohabitacional,ouparaescolas,hospitaisousimilares,ouespaçosdelazer,existentesouprevistos,podendo

conterpequenasunidadesdecomércioedeserviçosdestinadasaservirapopulaçãolocal,taiscomocaféseoutrosestabelecimentosderestauração,papelariaseoutrosestabelecimentosdecomérciotradicional,sem

funcionamentonoperíodonocturno.

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de 16 de Abril, devendo o seu cumprimento ser demonstrado através daapresentaçãodevaloresdemediçãoactualizados,provenientesdasacçõesdeavaliaçãorealizadaspelaentidaderegionalcompetente,oudemediçõesrealizadas com essa finalidade específica por entidade certificada para oefeito,deacordocomoscritériosestabelecidosnos termosdoart.º7.ºdomesmodiploma.

II.5.6 Emzonasoulocalidadesemqueexistamestabelecimentosousedesenvolvamactividades que constituam fontes pontuais significativas de emissão depoluentes atmosféricos, como tal referenciadas no inventário regional aqueserefereoart.º8º/2doDecreto-Lein.º78/2004,de3deAbril,ousejamcausaidentificadademauscheiros,permanentesoutemporários,osprédiosdestinadosà instalaçãodosestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemaindasatisfazerosseguintescritériosdelocalização:

a) Nocasodefontesdeemissãodepoluentesatmosféricos,estaremdelasafastadosdeumadistânciasuperioràdistânciadediluiçãoestabelecidanaregulamentaçãoaplicávelparaostiposdepoluentesevaloresdeemissãoemcausa;

b) Nocasodefontescausadorasdemauscheiros,estaremsituadosforadoquadrantedoventodominante,determinadocombasenosdadosdoAtlasdoAmbiente,doInstitutodoAmbiente.

II.5.7 Os prédios destinados à instalação dos estabelecimentos de apoio social,ouporestesocupados,devemterorientaçãogeográficacompatívelcomasatisfaçãodosrequisitosdeexposiçãosolardosedifíciosedoslogradourosdestas Recomendações, tendo em consideração o seu declive médio, asobstruçõesexistentesnasuaenvolvente,bemcomoasobstruçõesquevirãoaocorrernessaenvolventeporforçadedireitosdeedificaçãoprevistosemPMOT em vigor ou já constituídos por alvará de loteamento ou alvará delicençadeconstruçãoválida.

II.5.8 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocialnãodevemestarsituados,notodoouemqualquerparte,sejaestaedificadaounão,soblinhasdetransportedeenergiaeléctricadealtaemédiatensãoousobre condutas de adução de água ou de transporte de líquidos ou gasescombustíveis,bemcomonointeriordasrespectivasáreasdeprotecção.

Os estabelecimentos de apoio social não devem permanecer instaladosemprédiossituados,no todoouemqualquerparte, sejaestaedificadaounão,soblinhasdetransportedeenergiaeléctricadealtaemédiatensãoousobre condutas de adução de água ou de transporte de líquidos ou gasescombustíveis,bemcomonointeriordasrespectivasáreasdeprotecção.

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II.5.9 Cabeàentidadepromotoraougestorafazerademonstraçãodequeolocaldeimplantaçãodoestabelecimentosatisfazasexigênciasestabelecidasnosnúmerosanterioresemmatériadesegurançacontraincêndio,exposiçãoaoruído,qualidadedoarexterioreexposiçãosolar.

II.6 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃOEAPLICAÇÃO

II.6.1 Paraefeitosdeinterpretaçãoeaplicaçãododispostonosnúmerosanteriores,deveentender-sepor:

a) Promotor (do estabelecimento/equipamento) – a pessoa, singular oucolectiva, pública ou privada, que pretende explorar, explora ou possuioestabelecimentodeapoiosocial,ouemquemtenhamsidodelegadospoderesdeterminantessobreofuncionamentodoestabelecimento,nostermosdalegislaçãoaplicável.

II.6.2 Paraefeitosdeinterpretaçãoeaplicaçãododispostonosnúmerosanteriores,deveentender-sepor:

b) Zonaadjacente–afracçãodeterritórioenvolventedoprédiodestinadoàinstalaçãodoequipamentosocial,atéumadistâncianãosuperiora50metros,medidaemlinharectaapartirdequalquerdoslimitesdoprédio;

c) Zonadevizinhança(ousimplesmentevizinhança)–afracçãodeterritórioenvolventedoprédiodestinadoà instalaçãodoequipamentosocial,atéumadistâncianãosuperiora200metros,medidaempercursoefectivonoterreno,apartirdopontodeacessoprincipalaoprédio;

d) Zona de proximidade (ou simplesmente proximidade) – a fracção deterritório envolvente do prédio destinado à instalação do equipamentosocial,atéumadistâncianãosuperiora400metros,medidaempercursoefectivonoterreno,apartirdopontodeacessoprincipalaoprédio.

II.6.3 Paraefeitosdeinterpretaçãoeaplicaçãododispostonosnúmerosanteriores,deveaindaentender-sepor:

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a) Usodo solo–aactividadeouactividadesque têmoupodemter lugarnumadadafracçãodelimitadadoterritório;

b) Prédio–umaunidadefundiária,materialejuridicamenteconstituída,queédestinadaporPMOTouporautorizaçãoadministrativaàedificaçãoeusourbanos.Quandoconstituídaatravésdeumaoperaçãodeloteamentourbanotemadesignaçãoparticulardelote;

c) Via principal – uma via estruturante do conjunto do aglomeradourbano,queligaváriasáreasurbanasentresie/oucanalizaotráfegodeatravessamento,querinterno,querdoexterior;

d) Viadistribuidora–viaestruturantedeumaáreaurbana,comfunçõesderepartiçãodotráfegoprovenientedasviasprincipais;

e) Viadistribuidoralocal–umaviaestruturantedasunidadesmorfológicasoufuncionaisemquesedivideotecidourbanonointeriordeumaáreaurbana,quearticulaváriasviasdeacessolocal;

f) Via de acesso local – a unidade básica da trama viária que organiza otecido urbano. Corresponde ao conceito de “rua” e serve directamenteosprédioseosedifícioseosespaçospúblicosderecreioe lazernasuavizinhança;

g) Funcionamento normal – a condição de utilização de uma infra-estrutura,serviçoouespaçourbano,deacordocomoscritériostécnicosque orientarama sua concepção e realização, excluídos os períodos demanutençãoereparaçãoquesejamnecessáriosaolongodasuavidaútil.

II.7 ASPECTOSADMINISTRATIVOS

II.7.1 A fundamentaçãoaque se refereonúmero II.1.1 ouadescrição sucinta aqueserefereonúmeroII.1.2édaresponsabilidadedaentidadepromotoraou gestora do estabelecimento, devendo constar do respectivo pedido delicenciamento,quandoforocaso.

II.7.2 AapreciaçãodocumprimentodoscritériosestabelecidosnosnúmerosII.1.1,II.2.1,II.2.3aII.3.3,II.3.5aII.3.8,II.3.12aII.3.15,II.4.2eII.5.8,seráobjectodepareceremitidopelosserviçostécnicosmunicipaisdaautarquiadajurisdiçãodoprédiodestinadoàinstalaçãodoestabelecimentodeapoiosocial.

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II.7.3 A apreciação do cumprimento dos critérios estabelecidos nonúmero II.4.1seráobjectodepareceresemitidospelaentidadegestoradecadaumadasinfra-estruturaseserviçosurbanosreferenciados.

II.7.4 A apreciação do cumprimento dos critérios estabelecidos nos númerosII.5.1 a II.5.5 será objecto de parecer emitido pelo serviço municipal deprotecçãocivildaautarquiada jurisdiçãodoprédiodestinadoà instalaçãodoestabelecimentodeapoiosocialoupeloServiçoNacionaldeBombeiroseProtecçãoCivil,consoantefordeterminadonaleiparaotipoesituaçãodoestabelecimento.

II.7.5 A localizaçãodosestabelecimentosdeapoiosocialnascondiçõesprevistasno número II.5.6 será objecto de parecer emitido pela entidade regionalresponsávelpelaobservânciadosvaloreslimitedepoluiçãodoarambiente.

II.7.6 AemissãodospareceresprevistosnosnúmerosanterioresdeterminaaindaaobrigaçãodeatempadacomunicaçãodosserviçoscompetentesdaSegurançaSocial, da ocorrência de qualquer alteração das condições urbanísticas eambientaisdolocal,emmoldesquesejamsusceptíveisdepôremcausa,deformatemporáriaoupermanente,ocumprimentodoscritériosobjectodecadaparecer.

II.7.7 AeventuallocalizaçãodoprédiodestinadoàinstalaçãodoestabelecimentodeapoiosocialemáreaclassificadaemPMOTparaousoindustrial,nascondiçõesprevistas no número II.2.3, terá carácter excepcional e a sua autorizaçãoadministrativa será sempre justificada e expressamente condicionadano alvará à verificação periódica da efectiva satisfação dos parâmetrosambientaisedesegurançaestabelecidosnaspresentesRecomendações.

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número

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II.8 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA

II.8.1 REFERÊNCIAS

[1] CAMPOS,V.–Normas Técnicas para Projecto de Urbanização. LNEC, Lisboa:1993.

[2] GONÇALVES,F.–Disposições Legais Aplicáveis ao Projecto e à Execução de Obra.LegislaçãodeUrbanismoeConstrução.(LUC)8,LNEC,Lisboa:2004.

[3] WHO–Air Quality Guidelines for Europe(2ndEdition).WorldHealthOrganiza-tion,WHORegionalPublications,EuropeanSeriesn.º91,Copenhagen:2000.

[4] DirecçãoGeraldaAcçãoSocial.NúcleodeDocumentaçãoTécnicaeDivulgação–Creches.GuiãoTécnico.Lisboa:DGAS,1996.20p.

LEGISLAÇÃODEREFERÊNCIA

[5] DECRETO-LEIn.º37.575,de8deOutubrode1949–Estabelece,paraprotecçãodeedifíciosescolares,umadistânciamínimadeafastamentoemrelaçãoacemitérios e estabelecimentos classificados como insalubres, incómodos,tóxicosouperigosos.

[6] DECRETO-LEIn.º 243/86, de20deAgosto–AprovaoRegulamentoGeraldeHigiene e Segurança doTrabalho nos EstabelecimentosComerciais, deEscritórioeServiços.

[7] DECRETO-LEIn.º426/89,de26deDezembro–AprovaMedidasCautelaresdeSegurançaContraRiscodeIncêndioemCentrosUrbanosAntigos.

[8] DECRETO-LEI n.º 64/90, de 21 de Fevereiro – Aprova o Regulamento deSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeHabitação.

[9] DECRETO REGULAMENTAR n.º 23/95, de 23 de Agosto – Aprova oRegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguasedeDrenagemdeÁguasResiduais.

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[10] LEIn.º48/98,de11deAgosto–Estabeleceasbasesdapolíticadeordenamentodoterritórioeurbanismo.

[11] DECRETO-LEIn.º276/99,de23deJulho–DefineaslinhasdeorientaçãodapolíticadegestãodaqualidadedoaretranspõeparaaordemjurídicainternaaDirectivan.º96/62/CE,doConselho,de27deSetembro,relativaàavaliaçãoegestãodaqualidadedoarambiente.

[12] DECRETO-LEIn.º380/99,de22deSetembroEstabeleceoregimejurídicodosinstrumentosdegestãoterritorial.

[13] DECRETO-LEI n.º 292/2000, de 14 deNovembro–Aprova oRegimeLegalsobreaPoluiçãoSonora.

[14] DECRETO-LEIn.º111/2002,de16deAbril–DáexecuçãoaoDecreto-Lein.º276/99,de23deJulho,estabelecendoosvaloreslimiteeoslimiaresdealertaparaasconcentraçõesdedeterminadospoluentesnoarambiente,bemcomoosmétodosecritériosdeavaliaçãodasrespectivasconcentraçõesenormassobreinformaçãoaopúblico.

[15] DECRETO-LEIn.º78/2004,de3deAbril–Estabeleceoregimedeprevençãoecontrolodasemissõesdepoluentesparaaatmosfera.

[16] DECRETO-LEI n.º 163/2006, de 8 de Agosto – Define as condições deacessibilidadeasatisfazernoprojectoenaconstruçãodeespaçospúblicos,equipamentoscolectivoseedifíciospúblicosehabitacionais.

[17] DECRETO-LEIn.º9/2007,de17deJaneiro–AprovaoRegulamentoGeraldoRuído.

[18] DECRETO-LEIn.º64/2007,de14deMarço–Defineoregimedelicenciamentoedefiscalizaçãodaprestaçãodeserviçosedosestabelecimentosdeapoiosocialemquesejamexercidasactividadeseserviçosdoâmbitodasegurançasocialrelativasacrianças,jovens,pessoasidosasoupessoascomdeficiência,bemcomoosdestinadosàprevençãoereparaçãodesituaçõesdecarência,dedisfunçãoedemarginalizaçãosocial.

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PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL

Depósito Legal: 270795/08

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III. PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL

III.1 OBJECTIVOSDEFUNCIONAMENTO

III.1.1 SãoobjectivosespecíficosdasCreches[25]:

a) proporcionarobem-estaredesenvolvimento integraldascriançasnumclimadesegurançaafectivaefísica,duranteoafastamentoparcialdoseumeiofamiliaratravésdeumatendimentoindividualizado;

b) colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados eresponsabilidadesemtodooprocessoevolutivodascrianças;

c) colaborardeformaeficaznodespisteprecocedequalquerinadaptaçãooudeficiênciaassegurandooseuencaminhamentoadequado;

d) prevenirecompensardéficessociaiseculturaisdomeiofamiliar.

III.1.2 A actividade principal das Creches é de carácter educativo, isto é, visa odesenvolvimento das crianças, estabelecendo-se como uma actividadeeminentementerelacionalepromotoradaautonomiaprópriadoserhumano.Estaactividadeéestruturadapelopessoaleducativoaolongodotempodepermanência das crianças, tendo em conta o seu ritmo e respondendo àsnecessidades,tantobásicascomosocioeducativas.

III.1.3 Uma Creche deve procurar a concretização plena dos seus objectivoseducativos,asatisfaçãodascrianças,asatisfaçãodopessoaleoenvolvimentodacomunidadeedospais.

III.1.4 Porrazõespedagógicas,éimportantequeumaCrechenãoexploreosupérfluo,massejaricaempossibilidadesdeinovação;umaconstruçãoparaainfânciadevepoderconteravastidãodasdescobertasaníveldodesenvolvimentodascriançaseaintensidadedorelacional,queéumfactorprimordial.

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III.2 CAPACIDADEDOESTABELECIMENTO

III.2.1 AsCrechesdevempossuirumacapacidadereduzidatendoemvistaaprestaçãode um atendimento correcto e individualizado, com as consequênciasbenéficasquedaíadvêmparaascrianças.

III.2.2 AcapacidadedasCrechesdeveserestabelecidaemfunção:

a) dasnecessidadesdapopulaçãoqueservem;

b) de factores económicos (custo construção, custo de apetrechamento,custodeexploração);

c) daqualidadedoserviçoproporcionadoàscrianças.

III.2.3 As Creches devem ter capacidade não inferior a 20 crianças. Os estabe-lecimentos com menos de 20 crianças são designados por Creches dedimensãoreduzida(verIII.9).

IIII.2.4 A capacidade recomendável das Creches é de 33 crianças. A capacidademáximarecomendáveldascrecheséde66crianças(duplicaçãodomódulode33crianças).

III.2.5 As criançasdevemserdistribuídasporgrupos, relativamentehomogéneossob o ponto de vista etário, de acordo com a lotação expressa no quadroseguinte,quedeveserajustadoàlegislaçãoemvigor.

Critériodeconstituiçãodegruposelotaçãomáximaporsala

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Grupos Lotaçãomáxima/salaAtéàaquisiçãodamarcha 8criançasAquisiçãodamarcha–24meses 10crianças24–36meses 15crianças

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III.2.6 Emboraocritériobaseparaaconstituiçãodosgruposdecriançassejaodaidade,devemserconsiderados,simultaneamente,outrosfactores,taiscomoodesenvolvimentomotor,oequilíbrioafectivo,aemotividade,asociabilidade,odesenvolvimentodelinguagem,ocomportamentoalimentareascondiçõesfísicasdoestabelecimento.

III.2.7

III.2.8 Devesempreficarsalvaguardadaaprogressãodascriançaspelosdiferentesescalõesetários,peloqueaCrechedeveter,nomínimo,umberçárioeduassalasdeactividadesedediferentesfaixasetárias.

III.2.9 Cada grupo deve ser uma unidade organizada, confiada a uma unidadetécnica,masnãoisoladadosoutrosgrupos.Ascriançasdosdiversosgruposdevemencontrar-sedemodoaqueascriançasmaispequenasaproveitemaexperiênciadasmaioreseestas,porsuavez,ajudemaquelas,desenvolvendo-se assim laços afectivos entre crianças de diversas idades. Este aspecto éparticularmenteimportanteparaaquelasquenãotêmirmãosedevemerecerespecialatençãonaorganização/localizaçãodoscorrespondentesespaçosdeactividadesinterioreseexteriores.

III.2.10 Ascaracterísticasmaisrelevantesdascriançasnosgruposetáriosaqueestesestabelecimentossedestinamsãoasindicadasnoquadroseguinte.

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Creches em funcionamento que não cumpram o estabelecido em III.2.5,devemadaptar-seàslotaçõesexigidasnumprazoaestabelecerpelosserviçoscompetentesdaSegurançaSocial,nãoaceitandomaiscriançasatéatingiremessaslotações.

4/6meses Permanecegrandepartedotempodeitada. Quandoapoiada,ficaalgunsmomentossentada.6/14meses Permanecemenostempodeitadaeadormir. Procuraeconseguesentar-sesozinha. Começaaficarempéquandoapoiada.14/24meses Gatinhaeadquireoandar.Brincaporpequenos períodos.Aprendeacomersozinha.24/36meses Aperfeiçoaoandar.Aprendeasubirescadas, atrepar,saltareacorrer.Passaamaiorpartedo tempoacordadaeemconstanteactividade.

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III.3 CARACTERIZAÇÃODOEDIFICADO

III.3.1 Aqualidadedosestabelecimentosdependenão sóda formaçãohumanaetécnicadorespectivopessoal,mastambémdascondiçõesdefuncionamentoedaqualidadedoambienteproporcionadopelocarácterlúdicodasocializaçãoqueneleéproporcionada,assimcomodacapacidadequeaarquitecturaeoespaçoapresentamemsedeixaremapropriarcomfacilidadeeprazerpelospelascriançasepelopessoal.

III.3.2 As Creches devem ser concebidas, construídas e exploradas de modo aassegurarcondiçõesdeacessibilidadeeutilizaçãoaomaiornúmeropossíveldepessoas,demodoautónomo,confortáveleseguro,independentementedasuaidade,estatura,graudemobilidadeoucapacidadedepercepção.

III.3.3 ÉrecomendávelqueaCrechefuncioneemedifício(s)autónomo(s),possuaumaáreanãoconstruídaenvolventeao(s)edifício(s)parapossibilitaroseuresguardoemrelaçãoàviapúblicaeespaçoexteriordevidamentetratadoparapermitirodesenvolvimentodeactividadespelascriançasepelopessoal.

III.3.4 Osacessosaoedifíciodevemserpavimentadosepermitiraaproximaçãodeveículos,nãopodendoexistirbarreirasarquitectónicas.

III.3.5 As Creches, quer em edifícios de uso exclusivamente educativo, quer emedifíciosdestinadosaoutrosfins,devemobedeceràsseguintescondições:

a) Teracessodirectoapartirdoexteriorepermitiraaproximaçãodeveículosao(s)edifício(s);

b) Tercontrolodeacessosdemodoacriarumambientedesegurançaenãoserpossívelalguémentrareacederaointeriordo(s)edifício(s)semservisto;

c) Nãoadoptarmedidasdesegurançaqueimpliquemlimitaçõesàliberdadedascrianças,restrinjamasuamobilidadeesociabilidadeelimitemasuanecessidade de brincar, de contactar com estímulos e de se comportarcomoumseremdesenvolvimento,emplenadescobertadomundo;

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d) Fomentararelaçãoentreointerioreoexteriordoedifícioepermitirqueascriançastenhamfrancavisibilidadeparaoexterior;

e) As zonas de circulação, quer sejam interiores ou exteriores, devempermitir umautilização fácil e segura; ospercursosdevem ser claros eosrevestimentodepisonaszonasdecirculaçãoedeusoquotidianodascriançasdevemterumtratamentoantiderrapanteparaevitar,namedidadopossível,aquedadosutilizadores;

f) A circulação entre os vários compartimentos do estabelecimento deverealizar-sesemprepelointeriordoedifício;

g) A Creche deve conter o mínimo indispensável de espaços univalentes,permitindoflexibilidadeeadaptabilidadeparafuturasalterações;

h) A Creche, nomeadamente os espaços destinados amaior permanênciadascrianças,devepossibilitar,sobopontodevistapedagógico,naturaisevoluçõesqualitativas;

i) Os espaços interiores frequentados por crianças não devem comunicarfisicamente coma viapública enãodeve serpossível, apartirdesta, avisualizaçãodosespaçosinterioresfrequentadosporcrianças;

j) TodooperímetrodaCrechedeveservedado,impossibilitandoaintrusãodeestranhoseaevasãodecrianças;

k) Todasasáreasdeserviçodevemserinacessíveisàscrianças;

l) Osespaçosdestinadosàestadiadecriançasdevemdesenvolver-senorés-do-chãodeformaaconseguir-seocontactodirectocomoespaçoexteriore a permitir a evacuação rápida das crianças em caso de perigo, semnecessidadederecursoàutilizaçãodeescadasouascensores;

m)Em casos especiais e devidamente justificados, os espaços referidos naalínea anterior podem situar-se no 1.º andar, desde que o edifício sejadotadodeboascondiçõesdeacessoesegurança,decomunicaçõesinternase de evacuação em caso de emergência, comprovadas pelas entidadescompetentes;

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n) Os espaços localizados em cave só podem ser destinados a actividades arealizarporcriançasouadultosseseencontrarememconformidadecomodispostonoartigo77.ºdoRegimeGeraldasEdificaçõesUrbanas(RGEU);

o) CasoaCrechepossuamaisdoqueumedifício,devemexistirpassagenscobertasefechadasaligarosedifíciosentresi.

III.3.6

III.3.7 CasoainstalaçãodaCrecheseverifiqueempartedoedifícioe/ouemedifíciodestinadoaoutrosfins:

a) DevesersalvaguardadaaindependênciadasáreasautilizarpelaCreche;

b) Devemseradoptadassoluçõesqueimpossibilitemaquedadeobjectosoudelixosobreosespaçosdeacessoedeestardascriançasnoexterior.

III.4 ESPAÇOSECOMPARTIMENTOS

III.4.1 ACrechedevesercompostaporÁreasFuncionaisqueconstituemaestruturaorgânica do edifício, entendendo-se por Área Funcional o conjunto deespaçosecompartimentosnecessáriosparadesempenharasfunçõesaque

Emcasosdevidamentejustificados,admite-seque:a) A ligação entre compartimentos do estabelecimento pode

realizar-se através de espaços exteriores cobertos, desdequeestesprotejamdevidamenteosutilizadorespelomenoscontraosefeitosdachuva;

b) Osespaçosdestinadosàestadiadecriançaspodemsituar-se no 2.º andar, desde que o edifício seja dotado de boascondiçõesdeacessoesegurança,decomunicaçõesinternasedeevacuaçãoemcasodeemergência,comprovadaspelasentidadescompetentes.

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sedestinam,devidamentearticuladasentresiporformaapossibilitaroseubomfuncionamento.

III.4.2 OsespaçosecompartimentosqueconstituemcadaÁreaFuncionaltêmumainterligaçãoforteentresieasualocalizaçãodeveterematençãooscritériosdefinidosnopresentecapítulo.

IIIII.4.3 Paraalémdodispostonopresente capítulo, os espaçose compartimentosdevemaindarespeitaroscritériosdedimensionamentoapresentadosemIII.6esatisfazerasexigênciasdesegurança,salubridadeeconfortodefinidasemIV.

III.4.4 A Creche deve compreender as seguintes áreas funcionais e respectivosespaçosecompartimentos:

a) ACESSOS(verIII.4.5);

b) DIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO(verIII.4.6);

c) BERÇÁRIO(verIII.4.7);

d) CONVÍVIOEACTIVIDADES(verIII.4.8);

e) REFEIÇÕES(verIII.4.9);

f) SERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA(verIII.4.10);

g) SERVIÇOSDESAÚDE(verIII.4.11);

h) SERVIÇOSDEAPOIO(verIII.4.12);

i) DESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL(verIII.4.13).

III.4.5 ÁREADEACESSOS

III.4.5.1 A Área de Acessos destina-se prioritariamente ao acolhimento / recepçãodos clientes e ao abastecimento do estabelecimento e deve satisfazer asespecificaçõesqueseseguem.

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III.4.5.2 Aáreadeveincluirosseguintesespaços:

a) AcessoPrincipal;

b) AcessodeServiço.

III.4.5.3 OAcessoPrincipal,queserveàscrianças,àsfamíliaseaopessoaltécnicoeadministrativo,devedispordezonasdestinadosarecepção/acolhimentoeesperaeaarrumodecarrosdebebésemcompartimentoautónomoouemarmáriofechadoquenãocolidacomacirculaçãodosutilizadores.

NoAcessoPrincipalpodeaindalocalizar-seazonadestinadaaodesenvolvi-mentodastarefasadministrativasedegestãocorrentedoestabelecimento,aquesefezreferênciaemIII.4.6.2.

III.4.5.4 Esteespaçoreveste-sedeextremaimportânciaparaospais,criançasepessoal.Deve seratractivo,alegre, luminosoecomsuficienteespaçodecirculaçãoparapermitirummovimentoseguroeofácilencaminhamentodascriançasparaointerioreoexteriordoedifício.

III.4.5.5 Nãodevehaverumalinhadirectaentreaportadoedifícioeoacessoàviapúblicajáqueascriançastêmatendênciadecorrerquandoaportaprincipalestáaberta.

III.4.5.6 As circulações até ao Acesso Principal e a partir deste até às áreas depermanência das crianças devem permitir uma utilização fácil e segura eincluir,nomínimo,umpercursoacessível(verIII.8).

III.4.5.7 Na proximidade da zona de recepção devem existir instalações sanitáriasseparadasporsexoeacessíveisapessoascommobilidadecondicionada[12].Estas instalações sanitárias podem ser asmesmas da Área da Direcção eServiçosTécnicoeAdministrativo(verIII.4.6.12).

Nãodevehaverumalinhadirectaentreaportadoedifícioeoacessoàviapúblicajáqueascriançastêmatendênciadecorrerquandoaportaprincipalestá aberta. No caso desta ser a situação da Creche, devem ser tomadasmedidas se segurança adequadas para assegurar que as crianças não têmacessoàportasozinhas.

Na proximidade da zona de recepção devem existir instalações sanitáriasseparadasporsexoeacessíveisapessoascommobilidadecondicionada.Estasinstalaçõespodemnãoseracessíveissepróximoexistirumainstalaçãosanitáriaespecífica para pessoas commobilidade condicionada, que neste caso podeservirambosossexos[12].Estasinstalaçõessanitáriaspodemserasmesmas

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III.4.5.8 Noexterior, juntoda(s)porta(s)doAcessoPrincipal,deveexistirumaáreacobertaparaprotecçãodosutilizadorescontraachuva.

III.4.5.9 O Acesso de Serviço, que serve ao pessoal em serviço na Cozinha e naLavandariaeaoabastecimentodaCreche,devepermitiroacessoaviaturasparacargasedescargaserecolhadelixo.

III.4.5.10 OAcessodeServiçodeveserinacessívelàscrianças.

III.4.6 ÁREADADIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO

III.4.6.1 AÁreadaDirecçãoeServiçosAdministrativosdestina-sealocaldetrabalhodadirecçãotécnicadoestabelecimento,aarquivoadministrativoeaexpedienterelacionadocomagestãofinanceiraedopessoaldaCrecheedevesatisfazeralegislaçãoemvigor,comdestaqueparaasprescriçõesmínimasdesegurançaesaúdenoslocaisdetrabalho[17],easespecificaçõesqueseseguem.

III.4.6.2 Estaáreadevelocalizar-senaproximidadedoAcessoPrincipaledeveincluirosseguintesespaços:

a) GabinetedaDirecção;

b) NúcleoAdministrativo;

c) Gabinete(s)Técnico(s);

d) InstalaçãoSanitária

III.4.6.3

III.4.6.4 Crechescomcapacidadeigualouinferiora33criançaspodemnãodispordeGabineteTécnico.

III.4.6.5 Paraalémdosespaçosreferidosnonúmeroanterior,emCrechescommais

daÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativo(verIII.4.6.12).

No exterior, junto da(s) porta(s) do Acesso Principal, é recomendável queexistaumaáreacobertaparaprotecçãodosutilizadorescontraachuva.

ÉrecomendávelqueoAcessodeServiço,queserveaopessoalemserviçonaCozinhaenaLavandariaeaoabastecimentodaCreches,permitaoacessoaviaturasparacargasedescargaserecolhadelixo.

Estaáreadevelocalizar-senaproximidadedoAcessoPrincipaledeveincluirosseguintesespaços:

a) GabinetedaDirecção;

b) NúcleoAdministrativo;

c) Gabinete(s)Técnico(s);

Recomenda-sequeaáreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativoincluaoseguinteespaço:

a) InstalaçãoSanitária

Crechescomcapacidadeigualouinferiora66criançaspodemnãodispordeGabineteTécnico.

Paraalémdosespaços referidosnonúmeroanterior, emCreches commais

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doque66criançasdeveexistirumespaçoautónomoparaa realizaçãodereuniões, sem prejuízo do espaço previsto para o efeito no Gabinete daDirecçãoeno(s)Gabinete(s)Técnico(s).

III.4.6.6 OGabinetedaDirecçãodevepreveraexistênciadeumazonadestinadaatrabalhoindividualdodirectortécnicoepodeincluirumazonaparareceber/reunir.

III.4.6.7 O Núcleo Administrativo deve dispor de uma zona para instalação do(s)posto(s)detrabalhonecessário(s)aodesempenhodastarefasadministrativasedegestãocorrentedoestabelecimentoedeumazonadestinadaaoarquivoadministrativo.

III.4.6.8 Em Creches com capacidade igual ou inferior a 33 crianças, o NúcleoAdministrativopodeserincluídonoGabinetedaDirecção.

III.4.6.9 O Gabinete da Direcção e ou o Núcleo Administrativo deve permitir avisibilidade para outros espaços, nomeadamente para o espaço de AcessoPrincipal.

III.4.6.10 OGabinete Técnico destina-se à realização de trabalho pelo pessoal e dereuniõescomosencarregadosdeeducação.

III.4.6.11 O Espaço para Reuniões é dedicado a receber/reunir e pode ser umcompartimentoouumazonaintegradanoGabinetedaDirecção.

III.4.6.12 A Área da Direcção e Serviços Técnico e Administrativo deve dispor, nomínimo,deumainstalaçãosanitária,semprejuízodasnecessidadesprevistasparaahigienedopessoal(verIII.4.13).CasoestasinstalaçõessirvamtambémaÁreadeAcessos(verIII.4.5.7),estasdevemestaremconformidadecomodispostononúmeroIII.4.5.7.

III.4.7 ÁREADOBERÇÁRIO

III.4.7.1 AÁreadoBerçáriodestina-seàpermanênciadascriançasatéàaquisiçãodamarcha.

doque66criançasrecomenda-seaexistênciadeumespaçoautónomoparaarealizaçãodereuniões.

EmCrechescomcapacidadeigualouinferiora66crianças,oNúcleoAdministra-tivopodeserincluídonoGabinetedaDirecçãoounoAcessoPrincipal.

ÉrecomendávelqueaÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativodisponhade instalaçõessanitáriasseparadasporsexoeacessíveisapessoascommobilidadecondicionada,semprejuízodasnecessidadesprevistasparaahigienedopessoal(verIII.4.13).

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III.4.7.2 Tendo em consideração que as crianças são transportadas ao colo, érecomendável que o Berçário tenha uma localização próxima do AcessoPrincipal.

III.4.7.3 Estaáreadeveincluirosseguintesespaços:

a) SaladeBerços;

b) SalaParque;

c) CopadeLeites;

d) SaladeHigienização;

e) Vestiário.

III.4.7.4 Os espaços e compartimentos que constituem a Área do Berçário devemserautónomosetercomunicaçãoentresipormeiodeportasoudivisóriascom transparência a uma altura acima de 1,10m, de forma a permitirsimultaneamenteaobservaçãopermanenteeaprivacidadedosbebésqueestãoadormir.

III.4.7.5 ASaladeBerçosdestina-seaorepousodascrianças,peloquedevelocalizar--senumazonasilenciosadoedifícioenãopodeservircomolocaldepassagemouatravessamento.

III.4.7.6 A Sala Parque destina-se aos tempos activos das crianças, sendo que érecomendável que possua franca ligação com o espaço de convívio eactividadesnoexterior–Recreio.Apermanênciadascriançasdestegrupoetárionoexteriorénormalmenterealizadaempequenosperíodosdetempoeemzonaspoucoruidosas,peloqueérecomendávelacriaçãodeumazonaexteriordetransição,comligaçãoàSalaParque.

III.4.7.7 Na Sala Parque é recomendável a existência de janelas baixas demodo apossibilitaràscriançasavisãoparaoexterior(verIV.4,IV.9eV.8).

III.4.7.8 Apermanênciadeumbebéemqualquerumdosespaçospressupõea suavigilânciapermanentenopróprioespaço.

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III.4.7.9 ACopadeLeitesdestina-seexclusivamenteàpreparaçãodebiberõesepapasedevepreverumazonadepreparação/distribuiçãoeumazonadelavagem.

III.4.7.10 ACopadeLeitesdevesercontíguaàSalaParqueetercomunicaçãovisualcomesta.

III.4.7.11 ASaladeHigienizaçãoéoespaçodestinadoàhigienepessoaldascriançasdoBerçárioedeveser independenteecontíguaàSalaParque,comacessodirectoevisualmenterelacionadacomesta.

III.4.7.12 OVestiáriodosbebésdevelocalizar-sejuntodaSaladeHigienizaçãoouemzonadecirculaçãopróxima.CasooVestiárioselocalizeemzonadecirculação,osrespectivoscabidesdevemserconcebidosdemodoapromoverasegurança,evitando acidentes na utilização normal e a obstrução dos caminhos deevacuaçãoemcasodeemergência(p.e.,atravésdasuainclusãoemarmários,emáreasmaisamplasdecirculaçãoouemreentrânciasnoscorredores);oVestiárionãopodereduziralarguraútildasviasdeevacuação.

III.4.7.13 OBerçáriodeveproporcionarasseguintescondiçõesambientais:possibilidadede obscurecimento parcial e total; ambiente calmo, com cores suaves;isolamentoacústico;ventilaçãonatural;aquecimento.

III.4.7.14 A interpretação das actuais leis de protecção à mãe trabalhadora, quepossibilitamasuasaídadotrabalhoparaamamentarobebé,deveencontrarsoluçõesnaCreche.Destemodo,deveexistirumlocalresguardado,pertodoBerçário,ondeamãepossaamamentarobebé.

III.4.8 ÁREADECONVÍVIOEACTIVIDADES

III.4.8.1 AÁreadeConvívioeActividadesdestina-seaoconvívio,lazererealizaçãodeactividadesadesenvolverpelascriançasapartirdaaquisiçãodamarchaatéaos36mesesedevesatisfazerasespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintes.

Recomenda-se que a Copa de Leites seja contígua à Sala Parque e tenhacomunicaçãovisualcomesta.ACopadeLeitespodeserintegradanaCozinha,desdequesegarantaoenunciadoemIII.4.7.9.

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III.4.8.2 ÉrecomendávelqueestaáreaselocalizenaproximidadedoAcessoPrincipal,outerumaarticulaçãofácilcomeste,edeveincluirosseguintesespaços:

a) SalasdeActividades;

b) SalaPolivalente;

c) Sala(s)deRepouso;

d) Recreio–EspaçoExterior;

e) InstalaçõesSanitárias;

f) Vestiário.

III.4.8.4 As Salas de Actividades são os espaços destinados ao desenvolvimento deactividadeslúdicasepedagógicasedevemserdistribuídasdoseguintemodo:

a) Uma sala própria para cada grupo de crianças de idades compreendidasentreaaquisiçãodamarchaeos24meses(grupode10crianças,verIII.2.5);

b) Umasalaprópriaparacadagrupodecriançasdeidadescompreendidasentreos24eos36meses(grupode15crianças,verIII.2.5).

III.4.8.5 AsSalasdeActividadesdevemserorganizadasporzonastemáticas(cantodebonecas,cantodoslivros,cantodemercearia,etc.)paraqueascriançaspercorramasactividadessemseaglomeraremnummesmoespaço.Devemaindaexistirzonasdestinadasatrabalhosmanuais.

III.4.8.6 ÉrecomendávelqueasSalasdeActividadessejamcontíguasentresi,demodoapromoverocontactocomoutrascriançasdamesmaidadeoudeidadesdiferentes.

ÉrecomendávelqueestaáreaselocalizenaproximidadedoAcessoPrincipal,outenhaumaarticulaçãofácilcomele,edeveincluirosseguintesespaços:

a) Sala(s)deActividades;

b) InstalaçõesSanitárias;

c) Vestiário.

Érecomendávelqueestaáreaincluatambémosseguintesespaços:

a) SalaPolivalente;

b) Sala(s)deRepouso;

c) Recreio–EspaçoExterior.

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III.4.8.7 AsSalasdeActividadesdevemaindaterumacomunicaçãofácilepróximacomasInstalaçõesSanitáriasdascrianças(verIII.4.8.29),demodoafacilitaramanutençãodasupervisãodascrianças.

III.4.8.8 ÉrecomendávelquecadaSaladeActividadesseprolongueparaoexterior,atravésdeespaçosdetransiçãoentreexterioreinterior,detalformaqueessaáreaadjacentepasseafazerpartedaprópriasala.Estesespaçosdevemsercobertos,permitindoacriaçãodesombraeoabrigodachuva,semcontudoreduzirailuminaçãonaturalnointeriordassalas.

III.4.8.9 Os espaços de transição referidos no número anterior devem permitir asupervisãoeatotalsegurançadascriançasapartirdointeriordasrespectivasSalasdeActividades.Aexistênciadestesespaçospermiteascriançasoptaremlivremente,esemhoráriosrígidos,porestarnoexteriorounointerior.

III.4.8.10 NasSalasdeActividadesé recomendável a existênciade janelasbaixasdemodoapossibilitaràscriançasavisãoparaoexterior(verIV.4,IV.9eV.8).

III.4.8.11 AsSalasdeActividadesasseguintescondiçõesambientais:possibilidadedeobscurecimentoparcialetotal;ambientecalmo,comcoressuaves;isolamentoacústico;ventilaçãonatural;aquecimento.

III.4.8.12 A Creche com capacidade superior a 33 crianças deve dispor, nomínimo,deumaSaladeRepouso,demodoapossibilitarque,pelomenos,umaSaladeActividadesfique livre,permitindoapermanênciadascriançasquenãoquerem ou não precisam de dormir. Deverá ter-se em consideração quepelomenos50%dascriançasdeidadescompreendidasentreaaquisiçãodamarchaeos36mesesnecessitamdedormir.

III.4.8.13 É recomendável que a Sala(s) de Repouso seja(m) adjacente(s) às Sala deActividades.

III.4.8.14 Casonãoexista(m)Sala(s)deRepousopara todasas crianças e as SalasdeActividadessejamutilizadasparaesteefeito,alocalizaçãodasSalasdeActividades devepermitir o sono semperturbações e o seudimensiona-

Recomenda-sequeaCrechecomcapacidadesuperiora33criançasdisponha,nomínimo,deumaSaladeRepouso,demodoapossibilitarque,pelomenos,umaSaladeActividadesfiquelivre,permitindoapermanênciadascriançasquenãoqueremounãoprecisamdedormir.Deveráter-seemconsideraçãoquepelomenos50%dascriançasdeidadescompreendidasentreaaquisiçãodamarchaeos36mesesnecessitamdedormir.

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mentodeveterematençãooequipamentoautilizareasuadisposição(verIII.6.6).

III.4.8.15 AutilizaçãodasSalasdeActividadescomoespaçoderepousodascriançasnãopodesermotivoparaprivilegiaroespaçolivre(prevendoacolocaçãodoscatres), emdetrimentodosespaços temáticosde interesseparaa criança.Contudo, a organização do espaço deve ter em conta as possibilidades decolocaçãodoscatres,sendoqueestesnãopodemestaratrásdeportas,sobjanelasouequipamentosdeclimatização.

III.4.8.16 A(s) Sala(s) de Repouso e as Salas de Actividades com repouso devemincorporarsistemasdeobscurecimento.

III.4.8.17 ASalaPolivalentedeveexistircomoespaçoautónomoedestina-seadiversosfins, taiscomoreuniões, festase recreioquandoascondiçõesclimatéricasnão permitam o uso dos espaços exteriores. Caso este espaço funcioneautonomamente, isto é, não tenha a função de Sala de Refeições, poderáacumularasfunçõesdeSaladeRepouso.

III.4.8.18 ÉrecomendávelqueaSalaPolivalentesejaadjacenteà(s)Sala(s)deRefeições(ver III.4.9.3) e possibilite a junção fácil com estas, permitindo assim criaráreasmaisflexíveiseadaptáveis.

III.4.8.19 ASalaPolivalentepodeincluirespaçopararefeições,reservandoumapartedoespaçoparaoefeitoepermitindoautilizaçãodiáriadaoutrapartecomactividadesdiversas.Nestecaso,emsituaçõesexcepcionais,taiscomofestasoureuniões,omobiliáriodoespaçoderefeiçõespodeserretiradoparalibertaratotalidadedoespaço.

III.4.8.20 A(s)Sala(s)deRepousodestina(m)-seàscriançasdesdeaaquisiçãodamarchaatéaos36meses.

III.4.8.21 UmaSaladeRepousopodeserutilizadapor,nomáximo,duasSalasdeActividades,preferencialmentedecriançasdamesmaidade.Érecomendávelquetodasascriançastenhamespaçoderepousoautónomodoespaçodebrincar.

III.4.8.22 ORecreio–EspaçoExterior éparte indissociáveldoequipamentoCreche.Este espaço é complementar dos espaços interiores e deve ser facilmenteacessívelesupervisionado.

Recomenda-seaexistênciadeumSalaPolivalentequesedestinaadiversosfins, tais comoreuniões, festase recreioquandoascondiçõesclimatéricasnãopermitamousodosespaçosexteriores.

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III.4.8.23 ACrechedevedispordeespaçodeRecreionoexteriorparaodesenvolvimentodeactividadesaoarlivre,essencialaocrescimentosaudáveldacriançaeaoseudesenvolvimento.EsteespaçoconstituiumEspaçode JogoeRecreioeestáabrangidoporlegislaçãoespecífica[6].

III.4.8.24 ORecreio– Espaço Exterior deve ser uma área vedada e conter zonas deinteresseparaascrianças,nomeadamenterelvadosezonascomrevestimentodepisoquepermitaautilizaçãodebrinquedoscomrodas.Érecomendávelqueestaszonassejamarborizadas.

III.4.8.25 ORecreio–EspaçoExteriordeveserprotegidodosquadrantesdondeprovêmas chuvaseos ventosdominantes,deve teraorientaçãomais soalheira, epossuir áreas em sombra, que podem ser conseguidas através de árvores,pérgulas,etc.CasoaCrecheseencontrejuntodeviascomtráfegorodoviário,devemseradoptadassoluçõesdemurosevedaçõesquepermitamreduziroruídoeapropagaçãodosgasesdeescape(comsebes,porexemplo).

III.4.8.26 É recomendável que seja equacionada a necessidade de separar o recreiodebebésdodascriançasmaisvelhas,demodoa impedir“atropelos”,masmantendoentresicontactovisualecomunicaçãosalvaguardandoenunciadoemIII.2.9.

III.4.8.27 Devem existir espaços exteriores cobertos, demodo a permitir uma curtapermanênciadascriançasnoexterioremdiasdechuva.

III.4.8.28 É recomandável a existência de instalações sanitárias de apoio ao Recreio– Espaço Exterior. Estas instalações sanitárias podem ser as locaizadas nointeriordoedifício,desdequefaxcilmenteacessíveisapartirdoespaçoderecreio.

III.4.8.29 Osportõeseportasexterioresdevemtersistemasdeaberturanãoacessíveisàscrianças.

ÉrecomendávelqueaCrechedisponhadeespaçodeRecreionoexteriorparaodesenvolvimentodeactividadesaoarlivre,essencialaocrescimentosaudávelda criança e ao seu desenvolvimento. Este espaço constitui umEspaço deJogoeRecreioeestáabrangidoporlegislaçãoespecífica[6].AnãoexistênciadeRecreionoexteriorpressupõeaexistênciadeumespaçoforadorecintodaCreche,desdequeadeslocaçãodascriançasserealizedemodoseguro,semnecessidadedetransporteescolar.

Recomenda-seaexistênciadeEspaçosExteriorescobertos,demodoapermitirumacurtapermanênciadascriançasnoexterioremdiasdechuva.

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III.4.8.30 Elementos com acumulação de água, tais como tanques, poços, lagos episcinas,devemservedadosporformaaimpediroacessoàscrianças.

III.4.8.31 AsInstalaçõesSanitáriasdestinam-seexclusivamenteahigienepessoaldascriançasedevemsatisfazerasespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintes.

III.4.8.32 Asinstalaçõessanitáriasdevemlocalizar-sepróximodassalasdeactividades,permitindofácilcomunicaçãovisualcomasmesmas,demodoapermitiramanutençãodasupervisãodascrianças.

III.4.8.33 Érecomendávelqueumainstalaçãosanitáriasejacomuma,nomáximo,duassalasdeactividades.

III.4.8.34 AsInstalaçõesSanitáriasdevemincluirzonaspara“estarnosbacios”.

III.4.8.35 OVestiárioéazonadearrumodeagasalhosemcabidesidentificadosparacada uma das crianças. Pode localizar-se em zona de circulação (p.e., noscorredores),depreferência,juntoàsSalasdeActividades.

III.4.8.36 Os cabides do Vestiário devem ser concebidos de modo a promover asegurança, evitando acidentes na utilização normal e a obstrução doscaminhosdeevacuaçãoemcasodeemergência(p.e.,atravésdasuainclusãoemarmários, emáreasmaisamplasdecirculaçãoouemreentrânciasnoscorredores);oVestiárionãopodereduziralarguraútildasviasdeevacuação.CasooVestiário se localizenasSalasdeActividades,deve ser incluídoemarmário.

III.4.9 ÁREADEREFEIÇÕES

III.4.9.1 AÁreadeRefeiçõesdestina-seàtomadaderefeiçõescorrentespelascriançasedevesatisfazerasespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintes.

III.4.9.2 ÉrecomendávelqueestaáreaselocalizenaproximidadedaCozinhaeincluirosseguintesespaços:

a) Sala(s)deRefeições;

b) InstalaçõesSanitárias.

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III.4.9.3 A(s)Sala(s)deRefeiçõesdestina(m)-seàtomadaderefeiçõespelascriançasdesdeaaquisiçãodamarcha;nãopode(m)serlocaldepassagemparaoutrosespaçosedeve(m)possuirboascondiçõesacústicas(verIV.8)efrancaligaçãovisualcomoexterior.

III.4.9.4 Érecomendávelquea(s)Sala(s)deRefeiçõessejamdimensionadasparagrupospequenosdecrianças.A(s)Sala(s)deRefeiçõesdegrandesdimensõesdevemserorganizadasdemodoaproporcionarzonasacolhedorasediversificadas.

III.4.9.5 Devemexistir Instalações Sanitárias juntoda(s) Sala(s) deRefeições. EstasInstalações Sanitárias podemnão ser deuso exclusivo da(s) Sala(s) deRe-feições,desdequehajaproximidadeentrea(s)Sala(s)deRefeiçõeseoutronúcleodeInstalaçõesSanitáriasparacrianças.

III.4.9.6 A(s) Sala(s) de Refeições podem ser dispensadas se existir espaço previstopararefeiçõesnaSalaPolivalente,ocupandoumapartedestasala.

III.4.10 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAELAVANDARIA

III.4.10.1 A Área de Serviços de Cozinha e Lavandaria destina-se a preparação derefeiçõesetratamentoderoupaedevesatisfazeralegislaçãoemvigor,comdestaqueparaoRegulamentodaHigienedosGénerosAlimentícios[13][16],easespecificaçõesqueseseguem.Osdiferentesespaçosqueconstituemestaáreadeverãoencontrar-seagrupadosedevemserinacessíveisàscrianças.

III.4.10.2 EstaáreadeveserservidapeloAcessodeServiçoeincluirosseguintesespaços:

a) Cozinha;

b) Lavandaria.

III.4.10.3 ACozinhadevelocalizar-sejuntoaoAcessodeServiçoeincluirosseguintesespaços:

a) Umespaçoprincipal,organizadoemtrêszonas:-ZonadeHigienizaçãodosmanipuladoresdealimentos;

Recomenda-se a existência de Instalações Sanitárias junto da(s) Sala(s) deRefeições.

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-ZonadePreparaçãodealimentos;-ZonadeConfecçãodealimentos;

b)EspaçocomplementardaCozinha,integradonoespaçoprincipaloucomcomunicaçãodirectacomeste,organizadoemduasoutraszonas:

- Zona(s) de Lavagem de loiça e de utensílios de cozinha (tambémdesignada por Copa(s) suja(s)). Esta zona deve possuir uma ligaçãofácilcomoCompartimentodoLixo.

-Zona(s)deDistribuiçãodas refeições (tambémdesignadaporCopa(s)limpa(s)).

c)Espaçosanexos,compostospor:-DespesadeDia;-CompartimentodeFrio;-CompartimentodoLixo.

III.4.10.4 Não sendo obrigatório efectuar uma separação rígida entre as zonasreferidas na alínea a) do número anterior, é recomendável haver algumaindividualizaçãoentreelas.

III.4.10.5 Quandoa(s)Sala(s)deRefeiçõesnãoselocaliza(m)juntodaCozinha,juntodaprimeiradeveexistirumaZonadeLavagemde loiçaedeutensíliosdecozinha(Copasuja)cujadimensãodeveráteremconsideraçãoastarefasqueaíserãodesenvolvidas:

-Sealoiçaforlavadanestazona,juntoda(s)Sala(s)deRefeições,estadeveficarequipadacombancadadeapoioàrecepçãodeloiçasujaerecipientepararesíduosaccionadoporpedal,cuba(s)delavagemdeloiçaemáquinadelavarloiça;

-Sealoiçanãoforlavadanestazona,juntoda(s)Sala(s)deRefeições,serátransportada (pormeios adequados) através de zonas de circulação deserviçoou“montapratos”paraaZonadeLavagemdeloiçaedeutensíliosdecozinha (Copasuja) localizada juntodaCozinha.Nestepressuposto,aZonadeLavagemdeloiçaedeutensíliosdecozinha(Copasuja)juntodaSaladeRefeiçõesdeveráficarequipadacomumabancadadeapoioàrecepçãodeloiçasujaepossuirespaçoparaposicionamentodomeiodetransportedaloiçasuja.

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III.4.10.6 Quando a(s) Sala(s) de Refeições não se localiza(m) junto da Cozinha, a(s)Zona(s)deDistribuiçãodasrefeições(Copalimpa)deve(m)ficarjuntodaSaladeRefeições(comcomunicaçãodirecta)eopercursoaefectuarpelosalimentos,entreaCozinhaeesta(s)zona(s),deveprocessar-seatravésdezonasdeserviço,quenãosejamacessíveisaosclientes,ouatravésde“montapratos”.

III.4.10.7 Se a(s) Sala(s) de Refeições se localiza(m) junto da Cozinha, a(s) Zona(s)de Distribuição das refeições (Copa limpa) pode(m) ficar integrada(s) nocompartimento da cozinha ou como espaço(s) complementar(es) comcomunicaçãodirecta.

III.4.10.8 CasoaCrecherecorraàconfecçãodealimentosnoexterior,aCozinhapodesersimplificada,devendocontudoexistirosespaçosnecessáriosparaproceder,emcondiçõesdehigieneedebomfuncionamento,àrecepçãoearmazenamentodasrefeiçõeseaoseuaquecimentoerespectivadistribuição.

Nestecaso,acozinhadeixarádepossuira“ZonadePreparaçãodealimentos”ea“ZonadeConfecçãodealimentos”epoderáterdimensõesmaisreduzidas(oequipamentoautilizarnestazonapoderápossuiradimensãodosequipamentosdomésticos)namedidaemquesóserãoaíconfeccionadaspequenasrefeições(tipolanches).AszonasdeLavagemdeloiçaedeutensíliosdecozinha/CopasujaeDistribuiçãodasrefeições/Copalimpamantêm-se,bemcomoosespaçosanexos(DespesadeDia;CompartimentodeFrioeCompartimentodoLixo).

III.4.10.9 As zonasdePreparação,Confecção e Lavagemdevem ser delimitadasporcaleirascomgrelhadedrenagemeorespectivorevestimentodepisodeveserlaváveleantiderrapante(verV.12).

III.4.10.10 A Despensa de Dia é um compartimento destinado à recepção earmazenamento dos produtos alimentares frescos destinados ao consumodiário;érecomendávelquetenhaacessodirectoàCozinha,selocalizepróximodaZonadePreparaçãodealimentosepossualigaçãofácilaoexterior(AcessodeServiço)paraefeitosdeabastecimento.

III.4.10.11 OCompartimentodeFriodestina-seaoarmazenamento,emequipamentospróprios, de produtos alimentares refrigerados e congelados; deve ser

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facilmenteacessívelapartirdaCozinhaedeveseradequadamenteventiladodevidoaoselevadosíndicescaloríficosproduzidos.

III.4.10.12 OCompartimentodoLixodevepossuircapacidadeadequadaàperiodicidadederecolhaprevista,facilitarasoperaçõesdemudançadecontentoreseteracessodirectopeloexterior(verVI.3).

III.4.10.13 ACozinha,incluindooscompartimentosanexos,devepossuirboascondiçõesdehigiene,ventilaçãoerenovaçãodoar(verVI.4).

III.4.10.14 A Lavandaria destina-se ao tratamento da roupa e deve ser facilmenteacessívelapartirdoAcessodeServiço.

III.4.10.15 A Lavandaria deve ser composta, no mínimo, por seis zonas distintas,perfeitamenteseparadas:

a) ZonadeExpediente

b) ZonadeLavagem;

c) ZonadeSecagem;

d) ZonadeCostura;

e) Engomadoria;

f) ZonadeArmazenamento.

III.4.10.16

III.4.10.17 Paraalémdaszonasreferidasnonúmeroanterior,érecomendávelaexistênciadeumEstendalnoexterior,comacessofácilapartirdaZonadeLavagem.

III.4.10.18 ALavandariadevepossuirboascondiçõesdehigiene,ventilaçãoerenovaçãodoar(verVI.4).

ALavandariadevesercomposta,nomínimo,porseiszonasdistintas:

a) ZonadeExpediente

b) ZonadeLavagem;

c) ZonadeSecagem;

d) ZonadeCostura;

e) Engomadoria;

f) ZonadeArmazenamento.

Não sendo obrigatório efectuar uma separação rígida entre todas as zonasreferidas no número anterior, a zona de Lavagem deve ser perfeitamenteseparadaeérecomendávelhaveralgumaindividualizaçãoentreasrestanteszonas,demodoafacilitarotrabalho.

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III.4.10.19 AZonadeLavagemdeveserdelimitadaporcaleirascomgrelhadedrenagemparadelimitaçãodazonahúmidaeorespectivorevestimentodepisodeveserlaváveleantiderrapante(verV.12).

III.4.10.20 Caso aCreche recorra ao tratamentoda roupano exterior, a Lavandariapodenãosercompleta,devendocontudoexistirosespaçosnecessáriosparaproceder,emcondiçõesdehigieneedebomfuncionamento,aoenvioeàrecepçãoda roupa e respectivodepósito e separação.Neste caso, devemexistir duas zonas distintas, respectivamente para o armazenamentode roupa suja e de roupa limpa (estas zonas podem ser constituídas porarmários).

III.4.11 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE

III.4.11.1 AÁreadeServiçosdeSaúdedestina-seprioritariamenteaoisolamentoda(s)criança(s) que adoeça(m) subitamente no estabelecimento, como medidadeprevençãodepossíveiscontágios,eaorepousoeprestaçãodecuidadosbásicos.

III.4.11.2 Estaáreadeveserconstituídaporumespaçoautónomo,comiluminaçãoeventilaçãonaturalquepermitaavisibilidadeapartirdeoutrosespaços.

III.4.12 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO

III.4.12.1 A Área de Serviços de Apoio destina-se à arrumação e armazenagem deequipamento,mobiliário,materiaiseprodutosnecessáriosaofuncionamentodaCrecheedevesatisfazerasespecificaçõesqueseseguem.

III.4.12.2 Devem ser previstos, no mínimo, três tipos de compartimentos dearrecadação,semprejuízodeoutros,conformeadimensãoeasnecessidadesdefuncionamentodoestabelecimento:

Érecomendávelqueestaáreasejaconstituídaporumespaçoautónomo,comiluminaçãoeventilaçãonaturalquepermitaavisibilidadeapartirdeoutrosespaços.Casonãosejapossível,aexistênciadeespaçoautónomo,deveexistirparaoefeitoumespaço integradonasaladoPessoalounosGabinetes.

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a) Arrecadaçõesgerais;

b) Arrecadaçõesdegénerosalimentícios;

c) Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza.

III.4.12.3 AsArrecadaçõesdevem:

a) Poderserfechadasàchave;

b) Permitirumadequadocontrolodosmateriaisinflamáveisouperigosos;

c) Assegurarafacilidadedelimpezaearenovaçãodoar,naturale/ouforçada.

III.4.12.4 AsArrecadaçõesgeraispodemnãoconstituirumespaçoúnico,masvárioscompartimentosdistribuídospeloslocaismaisconvenientes.

III.4.12.5 Osespaçosdearrecadaçãodevemserinacessíveisàscrianças.

III.4.13 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL

III.4.13.1 AÁreadeDescansoeHigienedoPessoaldestina-seaproporcionarlocaisdedescanso,estarehigienedopessoalaoserviçodaCrecheedevesatisfazeralegislaçãoemvigor,comdestaqueparaasprescriçõesmínimasdesegurançaesaúdenoslocaisdetrabalho[17],easespecificaçõesqueseseguem.

III.4.13.2 Alocalizaçãodestaáreadeveassegurarofácilacessopelopessoaleincluir,nomínimo,osseguintesespaços:

a) Saladopessoal;

b) InstalaçõesSanitárias.

III.4.13.3 EmCrechescomcapacidadesuperiora33crianças,devemexistirinstalaçõesparaopessoaladjacentesàÁreadeServiçosdeCozinhaedeLavandaria,comutilizaçãopreferencialpelopessoalaíaexercerfunções,nomínimocomosseguintesespaços:

a) Vestiários;

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b) InstalaçõesSanitáriascomduche.

III.4.13.4 ASaladoPessoaléprincipalmenteumlocaldedescansoedeestar.CasonãoexistamVestiáriosnasuaproximidade,deveincluirumazonaparaarrumaçãoderoupaeobjectosdeusopessoal.

Caso se trate de Creche com capacidade inferior a 33 crianças, a Sala dePessoaldevelocalizar-sejuntodaÁreadeServiçosdecozinhaedelavandaria.Estasaladevepossuirinstalaçãosanitáriaanexaedispor,nomínimo,debasededuche,lavatórioesanita.

III.4.13.5 OsVestiáriosdevemserseparadosporsexoedispordebalneários,comzonasdechuveirosedelavatórios.

III.4.13.6 As Instalações Sanitárias devem ser separadas por sexo e, quando hajaproximidade entre as instalações para o pessoal previstas em III.4.13.2 eIII.4.13.3,podemconstituirumúniconúcleo.

III.4.13.7 Asáreasdedescansoehigienedopessoaldevemserinacessíveisàscrianças.

III.5 EQUIPAMENTOEMOBILIÁRIO

III.5.1 A Creche deve dispor de todo o equipamento e mobiliário necessáriospara poder prestar adequadamente os serviços previstos. O mobiliário eequipamentodevetercaracterísticasadequadasàsnecessidadesdeconfortoeestimulaçãododesenvolvimentodascrianças,deacordocoma sua faseevolutiva.

III.5.2 Omobiliárioautilizarpelascriançasdevesatisfazerasnormasdesegurançaaplicáveiseaumconjuntoderequisitosdequalidade,nomeadamente:

a) Seradequadoàidade,facilitandoumacorrectaposturafísica;

b) Serestável,cómodoeseguro;

c) Sersimplesesemarestasagressivas;

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d) Utilizarmateriaisnaturais,evitandomateriaissintéticos;

e) Serdefácillimpeza,garantindocondiçõesdehigiene;

f) Terresistênciamecânicaadequada;

g) Serestimulanteeagradávelàvistaeaotacto;

h) Permitirumamultiplicidadedeutilizações;

i) Todososmóveis,estantesouprateleirasdevemestarbemfixosàparededeformaanãotombaremsobreacriançaseestaseapoiarnelesoutentartrepar;

j) Nãodevemexistirmóveisdevidroetamposdemesassoltos;

k) As mesas e cadeiras devem permitir o empilhamento para facilitar odesenvolvimentodeoutrasactividadesnomesmoespaço(p.e.repousoouginástica);

l) Osarmárioseasportasdevemestarprotegidoscomtravõesoufechadurasparaqueascriançasnãolhesacedamfacilmente,entalandoosdedosoumanuseando,semvigilância,materialcompotencialrisco;

m)Nas paredes, não devem ser colocados quadros pesados com vidro ououtros objectos que possam cair sobre a criança enquanto dorme oubrinca;

n) Todoomaterialdidácticoutilizadodevesernãotóxico.

III.5.3 O mobiliário e equipamento a utilizar pelos adultos, mas localizado emespaçosutilizadospelascrianças(ouondeelaspodemaceder),devesatisfazerumconjuntoderequisitosdequalidade,nomeadamente:

a) Omobiliáriodeveteremcontaasnecessidadesdosadultos,mastambémasdascrianças;

b) Osarmáriosguarda-loiça,prateleirasearmáriosdevemestarbemfixosàparede;

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c) Asgavetasquetêmmaterialperigoso (facas,canivetes,etc.)devemserfechadas à chave ou ter dispositivos que impeçam a sua abertura porcrianças;

d) Asgavetasdevemtertravõesqueprevinamasuaeventualquedasobreascrianças.

III.5.4 O estadode conservaçãodomobiliário e equipamentodeve ser verificadoregularmente,paraimpedirqueasuadegradaçãocauseacidentes.

III.5.5 Nas zonasde circulação comacessoa escadas, varandasegaleriasdevemexistir dispositivos de segurança como guardas e corrimãos adequados àidadedosutilizadores(verV.9).

III.5.6 Oacessoaescadasdeveserrestringidoatravésdebarreirasoucancelasparaescadassegundoanormaemvigor[22].Osistemadeaberturaefechodestasbarreirasdeveserdificilmentemanejávelporumacriançaeoseufuncionamentodeve serperiodicamente verificado.Asbarreirasdevemestarfixas correcta esolidamente,quernoacessosuperiorquernoacessoinferioràescada.

III.5.7 As barreiras referidas no número anterior também podem ser utilizadascomométodoparaimpedirasentradasesaídasdealgumasáreas(p.e.,saídadaSaladeActividades).

III.5.8 Nas áreas utilizadas pelas crianças todas as portas e janelas devem serdesenhadasdemodoamanterasegurança(verV.8).Acolocaçãodepainéistransparentesnasportas,àalturadascriançasedosadultos,permiteevitaracidentes,paraalémdepromoverumambientedetransparênciaeabertura.

III.5.9 ÁREADEACESSOS

III.5.9.1 NaÁreadeAcessos,érecomendávelqueaszonasderecepção/acolhimento/esperasejamomaishumanizadaspossível,possuamomobiliárioeequipamentoadequadosedisponhamdecâmarasdevigilância,paraapoiarnocontrolodeentradaesaídadepessoaseajudaramanterasegurançadasinstalações.

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III.5.9.2 Na área deAcesso Principal deve ser contemplada uma zona de recepçãoparaospaisqueentregame recebemascrianças, com lugares sentadosepequenasmesas,espaçoparacasacosearrumosdascrianças(quandonãocontempladonoutrolocal)equadros/expositoresnasparedesparacolocaçãodeavisos.Nestazonadeveserprevistaainstalaçãodeumtelefone.

III.5.9.3 Deveser instaladoporteiroeléctricoesimplescampainhadechamadanasportasPrincipaisedoAcessodeServiço.

III.5.9.4 As Instalações Sanitárias previstas para o Acesso Principal devem ter, nomínimo,1lavatório,comespelhoe1sanita.

III.5.10 ÁREADADIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO

III.5.10.1 OsGabinetes e Espaço de Reuniões devem incluirmobiliário que permitaa realização de trabalho administrativo e/ou pedagógico, recepção eatendimentodecriançasefamiliaresearrumaçãodearquivos.Destemodo,deve incluirmesas/secretárias, cadeiras/sofás,mesas de apoio e armários/arquivos.

III.5.10.2 OequipamentofixoemóvelnaZonaAdministrativa,quandoquandoesteesteja contidonoAcessoPrincipal (ver III.4.5.3), nãodeveapresentar riscoparaascriançasquetransitemnesseespaço.

III.5.10.3 TodososgabinetesdevemterpontodeacessoàInternetetelefoneligadoàredefixa.

III.5.11 ÁREADOBERÇÁRIO

III.5.11.1 ASaladeBerçosdevetercamasdegradesouberçosindividuaisparaosbebésedispordesistemadeobscurecimento.

III.5.11.2 Aescolhaeousodascamasdegradesouberçosdeveobedeceràsnormasportuguesaseeuropeiasvigentes[20][21]eaosseguintescritérios,paraquesepreserveasegurançaeoconfortodascrianças.Assim,acamaouberçodeveterasseguintescaracterísticas:

a) Serelevadodochãodeumaalturatalquepermitaàcriança,naposiçãodepé,ficaraproximadamenteaoníveldoadulto;

É recomendável que todos os gabinetes disponham de ponto de acesso àInternetetelefoneligadoàredefixa.

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b) Terrodasparaserfacilmentedeslocado,comtravõesempelomenosemduasdelas;

c) O respectivo colchão deve ser àmedida do berço e a altura/espessurarecomendáveldocolchãoéade0,10m;

d) Deve situar-se afastado de tomadas e aparelhos eléctricos, de janelas,de unidades terminais de aquecimento ambiente ou outras superfíciesquentesoufriasedeparedesondeexistamobjectospendurados;

e) Asgradesdeprotecçãodevemter,nomínimo,0,60mdealtura(recomenda-seentre0,70me0,80m)eoespaçoentreelasdeveserentre0,045me0,065m;asgradespodemseramovíveisoureguláveisemaltura,tendoematençãoquearegulaçãodevenecessitardedoismovimentoscoordenadospara que seja possível a sua abertura, impedindo que uma criança arealize.

III.5.11.3 ASalaParquedevedisporde:

a) Brinquedosadaptadosàidadedacriançaequesejamadequadosàssuasnecessidadeslúdicasededesenvolvimento;osbrinquedosdevemrespeitarasnormasdesegurançaportuguesasemvigor[8][9];

b) Espaçosacolchoadosedevidamenteprotegidosparaosbebés;

c) Cadeirasderepouso;

d) Espelhoinquebrável;

e) Pavimentoamortecedorefacilmentelavável.

III.5.11.4 NaCopadeLeites– zonadepreparação/distribuiçãodealimentosdevemexistirbancada(s)detrabalho,frigorífico,fogãoeléctricoeesterilizadordebiberões.Éaindanecessáriodispordeumcarrinhoparatransportedepratos/tigelasebiberões

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III.5.11.5 NaCopadeLeites–zonadelavagemdevemexistirbancada(s)elava-loiça.

III.5.11.6 ASaladeHigienizaçãodeveincluir:

a) Umabancadafixaparamudaderoupaefraldas(mínimode1,20mx0,70m),a0,9mdochão,equipadacom:dois tamposacolchoadoscomrebordoselevados,empelomenostrêslados,quecumpramasnormasdesegurançaeuropeias [22]; e uma banheira incorporada e chuveiro com comandomanualdeáguacorrente,quenteefria;

b) Espaço para arrumação de produtos de higiene, fora do alcance dosbebés;

c) Prateleirasougavetasparamudasderoupasefraldas;

d) Lavatórioadjacenteàbancadaedeusoexclusivodopessoal;

e) Recipienteherméticoparafraldassujas(foradoalcancedascrianças).

III.5.11.7 NaÁreadoBerçário,devemaindaexistir:

a) Lugaressentadosparaadultos,cadeirasconfortáveisparaopessoaldardecomeraosbebés;

b) Bancadadeapoio;

c) Arrumoparabrinquedos;

d) Nos tectos, deve prever-se um sistema que possibilite a suspensão deobjectossemriscoparaosbebés;

e) A iluminaçãodeve ser indirecta, tendoemcontaaposiçãodeitadadosbebés;

III.5.12 ÁREADECONVÍVIOEACTIVIDADES

III.5.12.1 AsSalasdeActividadesdevemserbemequipadas,queraoníveldomobiliário,que deve ser adequado à faixa etária a que se destina, quer ao nível domaterialdidáctico,quedevesatisfazerasnecessidadeslúdicasepedagógicasdascrianças.

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III.5.12.2 Estassalasdevempermitirumagrandediversidadedeactividadesatravésdeumambienteflexível.Ascriançasdevemteracessodirectoaumaquantidaderazoáveldebrinquedos,livroseoutrosequipamentos,permitindo-lhestomardecisõesdeformaindependente.

III.5.12.3 AsSalasdeActividadesdevempossuiroseguinteequipamento:

a) Lugaressentadosemesasparacrianças(nasalade24a36meses,esteslugaressentadosdevemsernomesmonúmerodascrianças);

b) Lugaressentadosparaadultos;

c) Arrumosparabrinquedos,taiscomoarmários,estanteseprateleiras.Parao conveniente arrumo dematerial pedagógico, os armários devem serconstituídosporumapartefechadaeoutracomprateleirasacessíveisàscrianças;

d) Espelhoinquebrável;

e) Equipamentoquepermitaescalada(subiredescer);

f) Brinquedosadaptadosàidadedacriançaequesejamadequadosàssuasnecessidades lúdicas e de desenvolvimento, contemplando os variadosgostosecaracterísticasdascrianças.Osbrinquedosdevemrespeitarasnormasde segurançaportuguesas emvigor [8][9] e ser inspeccionadosregularmenteesubstituídossemprequepartidosoudanificados;

g) Superfícieshorizontaiseverticaisparatrabalhar,colocarobjectos,etc.;

h) Bancada com ponto de água acessível pelas crianças e equipada comprateleiraseoutrosespaçosdearrumosdemateriaisde trabalhoparaarealizaçãodeactividadesdeexpressãoplásticacomágua,tintas,barro,etc.

i) Nas paredes, deve prever-se a colocação de painéis que possibilitem adecoração/execução/afixaçãodedesenhos,semriscoparaascrianças;

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j) Nos tectos, deve prever-se um sistema que possibilite a suspensão deobjectos,semriscoparaascrianças;

k) Espaçolivredepisorevestidocommaterialmacio,lavávelequenteparao desenvolvimento de actividades físicas, como dançar e correr, e paraconstruçõesdegrandesdimensões.

III.5.12.4 No caso de Sala(s) de Actividades utilizadas também para o repouso dascrianças, acrescemasexigênciasdeequipamentoconsideradasnonúmeroseguinteearmáriosespecíficosparaaarrumaçãodoscatres.

A dimensão dos armários para arrumação dos catres deverá ter emconsideraçãoasuadimensãoassimcomoofactodeestesseremempilháveisatéumaalturamáximade1,5m.

III.5.12.5 A(s)Sala(s)deRepousodeve(m)dispordeequipamentoparaascriançassedeitarem, sendo cada criança deve ter o seu próprio equipamento: catre,lençolemanta.Na(s)Sala(s)deRepousodeveexistir:

a) Catres em número suficiente para as respectivas crianças (dimensãoaproximadadeumcatre:1,3mdecomprimentopor0,65mdelargurapor0,15mdealtura);

b) Armáriosespecíficos,ventilados,paraaarrumaçãodelençóisemantas;

c) Sistemadeobscurecimentototaleparcial.

III.5.12.6 As Instalações Sanitárias de apoio à(s) Sala(s) de Actividade(s) devem serequipadascom:

a) Espaço para arrumação de produtos de higiene, fora do alcance dascrianças;

b) Prateleirasougavetaspararoupasdemuda;

c) Pia de despejos (Vidoir) com grelha, fluxómetro e ponto de água, paradespejoelavagemdebacios,localizadajuntodazonadearrumaçãodosmesmos;

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d) Bancadademudacomtampoalmofadadoerebordoselevados,empelomenos três lados, a cerca de 0,9m do chão, que cumpra as normas desegurançaeuropeias[23],localizadajuntodabasedechuveiro;

e) Lavatórioadjacenteàbancadademudaedeusoexclusivodopessoal;

f) Recipienteherméticoparafraldassujas(foradoalcancedascrianças);

g) Basedechuveirocomofundoa0,4mdochãoechuveiromanual;

h) Lavatórioscolocadosaumaalturaaproximadade0,54m(alturadopisoaobordosuperiordolavatório)enaproporçãodeumlavatórioparacadagrupodesetecrianças;

i) Espelhosinquebráveis(umespelhoporlavatório);

j) Sanitasdetamanhoadequadoàfaixaetáriaaquesedestinam.Aalturadopisoaobordosuperiordoassentodasanitadeveserde0,29m,admitindo-seatolerânciade+-0,01m.Sanitasnaproporçãodeumasanitaparacadagrupodecincocrianças;

k) Zonadebacioselocalparaasuaarrumação;

l) Dispensadoresdeparedeparaopapeldemãoseparaosabonetelíquido,instaladosaumaalturacompreendidaentre0,59e0,61m,medidaentreopavimentoeoeixodesuporte;

m)Suportes para o papel higiénico instalados a umaaltura compreendidaentre0,33me0,35m,medidaentreopavimentoeoeixodesuporte.

III.5.12.7 O Vestiário das crianças deve incluir cabides individuais, preferencialmentecombaiasaoalcancedascriançasefacilmente identificáveisporestas,pra-teleirasparasacoseoutrosobjectosebancoscorridos.Érecomendávelqueoscabidessejaminseridosnointeriordearmáriosabertos,porformaaevitarcabidessalientes,colocadosàalturadascrianças,ondeelaspossamembater.

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III.5.12.8 ORecreio–Espaçoexteriordeveserpensadonãoapenascomolocalondeascriançasbrincam,mastambémcomolocalondeexercemoutrasactividades(cuidar da horta, do jardim, etc.). O Recreio deve contemplar o seguinteequipamento,tendoemcontaasidadesaquesedestina:

a) Equipamentodiverso,talcomopás,baldes,pneus,bolas,arcos,regadores,formas,triciclos,trotinetas;

b) Estruturas fixas oumóveismultifunções, que permitam subir, trepar eescorregar;

c) Bebedouros;

d) Bancosparaadultos;

e) Bancosemesasparacrianças;

f) Recipientespararecolhaselectivadelixo;

g) Iluminação.

III.5.12.9 NoRecreio,osequipamentosfixos(escorregas,estruturasdetrepar,baloiços,etc.) e as respectivas superfícies de impacte não devem pôr em perigoa segurança das crianças aquando da sua normal utilização. Para tal, aescolha dos equipamentos, a sua concepção e organização deve obedeceraosrequisitosconstantesnalegislação,ondeseestabelecemascondiçõesdesegurançaaobservarnalocalização,implantação,concepçãoeorganizaçãofuncionaldosespaçosdejogoerecreio,respectivoequipamentoesuperfíciesdeimpacte,assimcomoànormaportuguesavigente[5][19].

III.5.12.10 No Recreio, os equipamentos móveis (casas, escorregas, comboios, etc.),devem cumprir a legislação portuguesa [8][9][18], tendo especial atençãoà sua robustez e estabilidade, visto tratar-se de brinquedos nem semprepreparadosparausocolectivo.

III.5.12.11 A escolhade equipamentosfixos e/oumóveis deveprivilegiar aqueles quesãopoucoelevadosdochão.Osequipamentoscommovimentodevemserlocalizadosnaperiferiadoespaçoderecreio.

Érecomendávelqueorecreio,casoexista,incluaoseguinteequipamento:

a) Equipamento diverso, tal como pás, baldes, pneus, bolas,arcos,regadores,formas,triciclos,trotinetas;

b) Estruturasfixasoumóveismultifunções,quepermitamsubir,trepareescorregar;

c) Bebedouros;

d) Bancosparaadultos;

e) Bancosemesasparacrianças;

f) Recipientespararecolhaselectivadelixo;

g) Iluminação.

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III.5.12.12 Os equipamentos a incluir no Recreio devem ser seleccionados tendo ematençãoque:a) As dimensões, o grau de dificuldade e a atractibilidade devem ser

adequadosàidadedosutilizadores;

b) As junções e as partesmóveis não devem ter aberturas que permitamprenderpartesdovestuáriooudocorpo;

c) Os adultos devem poder aceder, sem dificuldade, a todas as partes doequipamento.

III.5.12.13 Asaídadosequipamentosdeveefectuar-seatravésdesuperfíciesdeimpactecomcapacidadeamortecedora.Estassuperfíciespodemseremrelva,areia,cascasdeárvores,materialsintéticoououtrocomasmesmascapacidades(ver V.12.3.13). As superfícies de impacte devem manter a altura previstaparaoamortecimentoconstantenalegislaçãoeomaterialutilizadodevesersubstituídoperiodicamente.

III.5.12.14 As zonas de exterior devem ser arborizadas e incluir áreas relvadas. AsplantasexistentesnoRecreionãodevempôremperigoaintegridadefísicadascriançasemcasodeingestãooucontacto.Paraseconseguiremáreasemsombrapode-seutilizararvoredo,pérgulas,etc.Esseselementos,juntamentecomoutros,comotoldosoutelheiros,permitemqueoespaçoexteriorsejautilizadopelascriançasemdiasdechuva.

III.5.12.15 Devem existir corredores de circulação interna pedonal, livres de quaisquer obstáculos, bem identificados, que facilitem a circulação de todosos utilizadores, designadamente daqueles que apresentem mobilidadecondicionada. Não deve haver rebordos salientes no pavimento queconstituamobstáculossobreosquaisumacriançapossacair.

III.5.12.16 Aentidaderesponsávelpeloespaçodejogoerecreiodeveassegurarumamanu-tençãoregulareperiódicadetodaaáreaocupada,bemcomodetodooequipa-mentoesuperfíciesdeimpacte,demodoaquesejampermanentementeobser-vadasascondiçõesdesegurançaedehigieneesanidadeprevistasnalegislação.

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III.5.13 ÁREADEREFEIÇÕES

III.5.14 A(s)Sala(s)deRefeiçõesdeve(m)estarequipada(s)com:

a) Lugaressentadosemesascomlugaresparatodasascriançasapartirdaaquisiçãodamarcha;

b) Bancadas auxiliares para poisar louça, talheres, e outros objectos,devidamenteprotegidasdoacessodascrianças;

c) Nas paredes, deve prever-se a colocação de painéis que possibilitem adecoração/execução/afixaçãodedesenhos,semriscoparaascrianças;

d) Nos tectos, deve prever-se um sistema que possibilite a suspensão deobjectos,semriscoparaascrianças.

III.5.15 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAELAVANDARIA

III.5.15.1 A Cozinha deve comportar o equipamento necessário para permitir asua utilização de forma funcional e adequada ao número de refeições aconfeccionar.

III.5.15.2 ACozinhadeveincluir:

a) Umlavatório,localizadojuntoàentradadoespaçoprincipaldaCozinha,comáguacorrenteetorneiradecomandonãomanual;

b) Bancadasecubasdelavagemdosalimentos,distintasparacarne,peixeelegumes(ZonadePreparação);

c) Bancada de apoio e equipamentos de confecção, localizados sob oequipamentodeexaustão(ZonadeConfecção);

d) Bancada para recepção de loiça suja, recipiente para resíduos, cuba(s)de lavagem de loiça e utensílios e máquina de lavar loiça (Zona deLavagem);

e) Bancada,comprateleirasegavetas,paraaprédistribuiçãodospratos;

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f) Mobiliário (armários, prateleiras, gavetas) e equipamento de frio(frigorífico e arca congeladora) para armazenagem e conservação degénerosalimentícios;

g) Armários para arrumação separada de utensílios, aparelhos e produtosutilizadosnahigieneelimpezadacozinha.

III.5.15.3 ALavandariadevecomportaroequipamentonecessárioparapermitirasuautilizaçãodeformafuncionaleadequadaaotratamentodaroupa,deformamanualeautomática.

III.5.15.4 ALavandariadeveincluir:

a) Depósitospararecepçãoderoupasuja;

b) Máquinasdelavaredesecarroupa;

c) Depósitos,armárioseprateleirasparaguardararoupalavada;

d) Mesadecosturaebancadaparapassararoupaaferro.

III.5.15.5 EmCrechescomcapacidadesuperiora33crianças,aCozinhaeaLavandariadevemserobjectodeprojectoespecíficoparaainstalaçãodosequipamentos,fixosemóveis,bemcomodasmáquinaseaparelhosnecessários.

III.5.16 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE

III.5.16.1 NoEspaçodeapoioàcriançadoentedeveserinstaladoumlavatório,umacama,umarmáriodeprimeiros socorros, devidamente fechadopor formaaqueascriançasnãolhepossamaceder,esistemadeobscurecimentoparafacilitarapenumbra.

III.5.17 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO

III.5.17.1 Todas as arrecadações devem dispor de estantes, armários e sistemas de

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armazenamentodiversos,adequadosaosmateriais,produtos,equipamentos,etc.,nelasarmazenados.

III.5.18 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL

III.5.18.1 ASaladoPessoaldevedispor,nomínimo,demesae cadeiras emnúmerosuficienteparaaspessoasqueautilizamemsimultâneo.Érecomendávelaexistênciadearmáriosindividuaiscomfechadura,quandonãoexistaVestiárioautónomoedeumpontodeacessoàInternet.

III.5.18.2 OsVestiáriosdevemdispordearmáriosindividuaiscomfechaduraebancosem número suficiente para os seus utilizadores; os balneários devem terchuveiroselavatórios.

III.5.18.3 OequipamentodasInstalaçõesSanitáriasparaopessoaldevesercompostoporlavatóriosesanitas.

III.6 CRITÉRIOSDEDIMENSIONAMENTODOSESPAÇOSECOMPARTIMENTOS

III.6.1 DEFINIÇÃODEÁREAÚTIL

III.6.1.1 Para efeitos de interpretação do presente capítulo, considera-se áreaútil de um espaço/compartimento a área de pavimento desse espaço /compartimento,calculadadeacordocomasregrasdemediçãoindicadasnonúmeroseguinte.

III.6.1.2 Namediçãodasáreasúteisdosespaços/compartimentosdevemser:

a) incluídasasáreas:- delimitadaspeloperímetrointeriordasparedesdocompartimento;- sobvãosdeportaoudejaneladesacadacujopé-direitonãosejainferior

a2,00m;- ocupadasporarmáriosfixos;- ocupadas por aparelhos fixos (p.e., aquecimento) que se projectam

paraforadoplanodaparede.

b) excluídasasáreas:- ocupadas por pilares, condutas ou outros elementos construídos

destacadosdoperímetrodocompartimento;- compé-direitoinferioraomínimoregulamentar;

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- ocupadasporcorredores(espaçoscomlargurainferiorouiguala1,5m)nointeriordoscompartimentos.

III.6.1.3 Na base do cálculo das áreas úteis estiveram os seguintes indicadores depessoal,tendocomoreferênciaumacrechecomcapacidadepara33crianças:

• Umdirectortécnico• Umeducadordeinfânciaafectoacadagrupodecriançasreferidosem

III.2.5• Umelementoauxiliardepessoaltécnicoparacadagrupode10crianças

durantetodoohoráriodefuncionamento• Umcozinheiroeajudantesdecozinhadeacordocomadimensãodo

estabelecimento• Empregadosauxiliaresdeacordocomadimensãodoestabelecimento

eonúmerodehorasdefuncionamento.

III.6.2 CIRCULAÇÕES

III.6.2.1 Asáreasúteisdosespaçosdecirculaçãoecomunicaçãointernasãodefinidoscasoacaso,emfunçãodasopçõesdoprojecto.Contudo,oscorredoresdevemterumalarguranãoinferiora1,20meospercursosacessíveisdevemsatisfazeralegislaçãoemvigor[12]easdisposiçõesmaisexigentesdefinidasemIII.8.

III.6.3 ÁREADEACESSOS

III.6.3.1 AdimensãodoespaçodeAcessoPrincipaldependedirectamentedadimensãodoedifícioenãopodeterumaáreaútilinferiora12m2,excluindooespaçodearru-mosdoscarrosdebebéseexcluindoasinstalaçõessanitáriasreferidasemIII.4.5.7.

III.6.3.2 No dimensionamento do Acesso de Serviço devem ser consideradas asdimensõesdascaixas/pacotes/carrinhosquefazemoabastecimento.

III.6.3.3 Asinstalaçõessanitáriasdestazonadevemserseparadasporsexoeacessíveisa pessoas com mobilidade condicionada [12] e em conformidade com alegislaçãoespecíficaemvigor.

AdimensãodoespaçodeAcessoPrincipaldependedirectamentedadimensãodoedifícioenãopodeterumaáreaútilinferiora9m2,excluindooespaçodearrumosdoscarrosdebebés.

Asinstalaçõessanitáriasdestazonadevemserseparadasporsexoeacessíveisa pessoas com mobilidade condicionada ou em alternativa, se existir umainstalaçãosanitáriaespecíficaparapessoascommobilidadecondicionada,estapodeservirparaosexomasculinoeparaosexofemininoedeveestarintegradaoupróximadasrestantesinstalaçõessanitárias[12]

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III.6.4 ÁREADADIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO

III.6.4.1 NaÁreadeDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativo,osespaçosprevistoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:

a) GabinetedaDirecção–12m2;

b) NúcleoAdministrativo–9m2quando compartimentoautónomoe áreaútilmínimaporpostodetrabalhode2m2;

c) GabineteTécnico–12m2,comumaáreaútilmínimaporpostodetrabalhode2m2;

d) EspaçoparaReuniões–14m2;

e) InstalaçõesSanitárias–5,44m2.

III.6.5 ÁREADEBERÇÁRIO

III.6.5.1 Os espaços e respectivas áreas úteis mínimas por unidade de Berçário(conjuntopara8crianças)devemser:

a) SaladeBerços–16m²(mínimo2m²porcriança);

b) SalaParque–16m²(mínimo2m²porcriança);

c) CopadeLeites–4m2;recomendável:6m2porcada8crianças;

d) SaladeHigienização–4m2porcada8crianças

III.6.5.2 NaSaladeBerços,oespaçolivreentreascamasouberçosdeveteralarguramínimade0,7m,parafacilitaradeslocaçãodopessoalnaassistênciaàscriançaseparaevitarqueascriançasalcancemosberçosvizinhos,comriscodequedas.

III.6.5.3 NaCopadeLeites,adistânciamínimaentreabancadaeaparedeopostadeveserde1,20m.

NaÁreadeDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativo,osespaçosprevistoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:

a) GabinetedaDirecção–10m2;

b) Núcleo Administrativo – 9m2 quando compartimentoautónomoeáreaútilmínimaporpostodetrabalhode2m2;

c) GabineteTécnico–10m2;

d) EspaçoparaReuniões–10m2;

e) InstalaçõesSanitárias–5,44m2.

Osespaçoserespectivasáreasúteismínimasporunidadedeberçário(conjuntopara8crianças)devemser:

a) SaladeBerços–9m²(mínimo2m²porcriança);

b) SalaParque–9m²;(mínimo2m²porcriança);

c) CopadeLeites–3m2porcada8crianças;

d) SaladeHigienização–4m2porcada8crianças.

É recomendável que na Sala de Berços o espaço livre entre as camas ouberçostenhaalarguramínimade0,6m,parafacilitaradeslocaçãodopessoalresponsávelnaassistênciaàscriançaseparaevitarqueascriançasalcancemosberçosvizinhos,comriscodequedas.NocasodaSalaBerçosnãocomportarestetipodedisposiçãodosberços,admite-sequetodososberçostenhamnomínimoumacessolateralcom0,6mdelarguramínima.

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III.6.6 ÁREADECONVÍVIOEACTIVIDADES

III.6.6.1 Osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:

a) SaladeActividades(aquisiçãodemarchaa24meses)–20m²,2,0m²porcriança.Seintegrarafunçãoderepouso,aáreaútilmínimaéde2,5m²porcriança;

b) SaladeActividades (24a 36meses)–37,5m², 2,5m²por criança. Se asaladeactividadesintegrarafunçãoderepouso,aáreaútilmínimaporcriançaéde3,0m²porcriança;

c) Recreio–EspaçoExterior–75m²;recomendável5,0m²porcriança;

d) SaladeRepouso–20m²mínimo,2m²porcriança;

e) Sala Polivalente – 40m². Se incluir espaço para refeições, deve ter nomínimo2,2m²porcriança (apartirdaaquisiçãodamarchaatéaos36meses);

f) InstalaçõesSanitárias–12m²paraduassalasdeactividades.

III.6.6.2 As áreas úteismínimas indicadas em III.6.6.1 a) e b) não incluemas áreasocupadasporroupeirosfixos.

III.6.6.3 NoRecreio,aáreaocupadaporequipamentosfixos–escorregas,baloiços,etc.,deveterdimensãosuficienteparaevitarcolisõesentreascriançasouentreestaseosequipamentos.

III.6.7 ÁREADEREFEIÇÕES

III.6.7.1 SaladeRefeições–25m²(1m²porcadacriançaemsimultâneo).

III.6.7.2 Assala(s)deRefeiçõesdegrandesdimensõesdevemserorganizadasdemodoaproporcionarzonasacolhedorasediversificadas.ÉrecomendávelquecadaSala

Osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:

a) SaladeActividades(aquisiçãodemarchaa24meses)–2m²porcriança;

b) SaladeActividades(24a36meses)–2m²porcriança;

c) Instalações Sanitárias –mínimo 10m² para duas salas deactividades.

ASaladeRefeiçõesdeveteraáreaútilmínimade9m²e0,7m²porcadacriançaemsimultâneo.

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deRefeiçõessejadimensionadaparagruposde25criançasemsimultâneoe,emcasodenecessidade,utilizarasala,nomáximo,por2turnos.

III.6.7.3 Noespaçoderefeiçõesdeveter-seematençãoqueaáreadecirculaçãoentremesasdeveteralarguramínimade0,90m.

III.6.8 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA

III.6.8.1 ACozinhadeveserdimensionadaparaonúmeroderefeiçõesaprepararemsimultâneo;asáreasúteismínimasdevemser:

a) Cozinha(espaçoprincipal)–20m2(até25refeiçõesouconfecçãoexterna)e30m2(superiora25refeições);

b) DespensadeDia–4m²(estaáreapodesersubdividida);

c) CompartimentodeFrio–4m²;

d) CompartimentodoLixo–1,5m².

III.6.8.2 O dimensionamento do Compartimento do Lixo deve atender ao tipo derecipientesderecolha,aosistemadedescargaparaosrecipientes,aosistemaeperiodicidadedemudançadosrecipientes,aosistemaeperiodicidadederecolhaeaovolumeprováveldelixosaproduzir(verVI.3).

III.6.8.3 A Lavandaria deve possuir área suficiente para comportar o equipamentonecessárioaoseufuncionamento;deveteraáreaútilmínimade10m2e,paracapacidadessuperioresa33crianças,acresce0,3m²porcriançaamais.

III.6.8.4 CasoaCrecherecorraaotratamentodaroupanoexterior,oespaçodestinadoaapoiodeenvioerecepçãodaroupadeveternomínimo4m².

III.6.9 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE

III.6.9.1 Aáreaútilmínimadoespaçoparaapoiodecriançadoentedeveser6m². A área útil mínima do espaço para apoio de criança doente, quando emcompartimentoautónomo,deveser6m².Esteespaço,quandointegradonaSaladoPessoalouemGabinetes,deveteraáreaútilmínimade2m²(acrescidaàáreadareferidaSalaouGabinete).

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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III.6.10 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO

III.6.10.1 AsáreasúteismínimasdosespaçosdestaÁreadevemser:

a) Arrecadaçõesgerais–10m²;

b) Arrecadaçõesdegénerosalimentícios–4m²;

c) Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza–4m².

III.6.10.2 A Arrecadação de jardim pode ser em armário, no exterior, inacessível àscrianças.

III.6.11 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL

III.6.11.1 Osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdasdiversasinstalaçõesparaopessoaldevemser:

a) Sala(s)doPessoal–10m²;2m²porpessoapresenteemsimultâneo;

b) Vestiário(s)–6m²;0,80m²porpessoa;

c) InstalaçãoSanitária–3m²;

d) InstalaçãoSanitáriacomduche–3,50m².

AsáreasúteismínimasdosespaçosdestaÁreadevemser:

a) Arrecadaçõesgerais–4m²;

b) Arrecadaçõesdegénerosalimentícios–3m²;

c) Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza–2m².

III.6.12 CRITÉRIOSSUBJACENTESAOCÁLCULODAÁREAMÍNIMADEACORDOCOMASRTES

Pretende-sedeterminarasáreasmínimas(útilebruta)queseencontramafectasaoequipamentodeCrecherecorrendoaoscritériosestipuladospelasRTESparanovosestabelecimentoseparaestabelecimentosexistentes.

Paraesteefeitoforamconsideradasascombinaçõesdecompartimentosdasquaisresultaumaáreamaisreduzidae,nassituaçõesemquenãoseencontraestipuladaumaáreamínima,adimensãoadequadaparagarantirafuncionalidadeeasegurançadosutilizadores,deacordocomoscritériosapresentadosnosnúmerosseguintes.

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III.6.12.1 ÁREADEACESSOS

III.6.12.1.1 ÁtriodeEntradaPrincipal

ÁreamínimadefinidaemIII.6.3.1. AsinstalaçõessanitáriasprevistasemIII.4.5.7coincidemcomasinstalações

sanitáriasdeapoioàÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativoprevistasemIII.4.6.12.

Oacessodeserviçoprocessa-sedirectamenteparaumcanaldecirculação.

Arrumos (carros de bebés) O espaço está previsto [III.4.5.3] mas não se encontra quantificado.

Considerou-sequeoarmáriodevepossuirumadimensãocompatívelcoma área ocupada por cada carro de bebé, aproximadamente 1,2m×0,7m,e comportar umnúmeromínimo de carros igual a 9%da capacidade doestabelecimento.

III.6.12.2 ÁREADADIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO

III.6.12.2.1 GabinetedaDirecção ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.

Suplemento área para núcleo administrativo DeacordocomIII.4.6.8paracrechescom33criançasonúcleoadministrativo

podefuncionarnogabinetedadirecção,sendoacrescidoàáreamínimadestegabinete3,0m².Estesuplementodeárea,resultadosomatóriodaáreaútilmínimaparaumpostodetrabalho(2,0m²)comaáreaocupadaporumamesadetrabalho(1,0m²).

III.6.12.2.2 NúcleoAdministrativo ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.paracrechescom66criançasoumais.

III.6.12.2.3 GabineteTécnico

ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.paracrechescom66criançasoumais.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.3.1

As instalações sanitáriasprevistas em III.4.5.7 coincidemcomas instalaçõessanitárias de apoio à Área daDirecção e Serviços Técnico e AdministrativoconformeprevistoemIII.4.6.12.

Oacessodeserviçoprocessa-sedirectamenteparaumcanaldecirculação.

Arrumos (carros de bebés)Oespaçoestáprevisto[III.4.5.3]masnãoseencontraquantificado.Considerou--sequeoarmáriodevepossuirumadimensãocompatívelcomaáreaocupadaporcadacarrodebebé,aproximadamente1,2m×0,7m,ecomportarumnúmeromínimodecarrosiguala9%dacapacidadedoestabelecimento.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.

Suplemento área para núcleo administrativoDe acordo com III.4.6.8 para creches com capacidade igual ou inferior a 66crianças o núcleo administrativo pode funcionar no gabinete da direcção,sendoacrescidoàáreamínimadestegabinete3,0m².Estesuplementodeárea,resultadosomatóriodaáreaútilmínimaparaumpostodetrabalho(2,0m²)comaáreaocupadaporumamesadetrabalho(1,0m²).

DeacordocomIII.4.6.4ascrechescomcapacidadeigualouinferiora66criançaspodemnãodispordegabinetetécnico.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

III.6.12.2.4 EspaçoparaReuniões DeacordocomIII.4.6.5,oespaçoautónomoparareuniõessóéobrigatório

paracrechescommaisde66crianças.

III.6.12.2.5 InstalaçõesSanitárias AsinstalaçõessanitáriasprevistasemIII.4.6.12coincidemcomasinstalações

sanitáriasdeapoioàÁreadeAcessoprevistasemIII.4.5.7.

III.6.12.3 ÁREADEBERÇÁRIO

III.6.12.3.1 SaladeBerços ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

III.6.12.3.2 SalaParque ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

III.6.12.3.3 CopadeLeites ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

III.6.12.3.4 SaladeHigienização ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

OarmáriovestiárioestáintegradonaSaladeHigienização.

III.6.12.4 ÁREADECONVÍVIOEDEACTIVIDADES

III.6.12.4.1 SaladeActividades(aquisiçãomarchaa24meses) ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.

DeacordocomaorganizaçãodefinidaemIII.4.8,aconjugaçãodeespaçosdaqualresultaumaáreamaisreduzidaseráaseguinte:

- A sala de actividades da aquisição da marcha aos 24 meses funcionacumulativamentecomoespaçoderepouso.Porestemotivonecessitadeumarmárioparaaarrumaçãodoscatres.

DeacordocomIII.4.6.5,oespaçoautónomoparareuniõesérecomendávelparacrechescommaisde66crianças.

AsinstalaçõessanitáriasprevistasemIII.4.6.12coincidemcomasinstalaçõessanitáriasdeapoioàÁreadeAcessoprevistasemIII.4.5.7.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.

OarmáriovestiárioestáintegradonaSaladeHigienização.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.

Nocasodacrechecom66criançasumadassalasdeactividadesdaaquisiçãodamarchaaos24mesesfuncionacumulativamentecomoespaçoderepousoeporestemotivonecessitadeumarmárioparaaarrumaçãodoscatres.

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Nocasodacrechecom66criançasasalapolivalenteteráumsuplementodeáreaparafuncionarcomoespaçoderepousodeduassalasdeactividades.

OespaçoparaaarrumaçãodecatresestáprevistoemIII.5.12.4masnãoseencontraquantificado.

Aáreaprevistaparaoarrumodecatresteveemconsideraçãoadimensãoaproximadadesteequipamento.Consideramosadimensãode130×54×12cmdoscatresempilháveis,comumafolgade5cmparacadalado.

III.6.12.4.2 SaladeActividades(24a36meses) ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.

DeacordocomaorganizaçãodefinidaemIII.4.8,aconjugaçãodeespaçosdaqualresultaumaáreamaisreduzidaseráaseguinte: -Oespaçoderepousodasaladeactividadesdos24aos36mesesserána

salapolivalentequeacumulará tambémesta função.Porestemotivoasalapolivalentetemquepossuirumarmárioparaarrumaçãodecatres(estearmárionapartesuperiorpodeservirparaaarrumaçãoderoupasdecama).

Nocasodacrechecom66criançasasalapolivalenteteráumsuplementodeáreaparafuncionarcomoespaçoderepousodeduassalasdeactividades.

OespaçoparaaarrumaçãodecatresestáprevistoemIII.5.12.4masnãoseencontraquantificado.

Aáreaprevistaparaoarrumodecatresteveemconsideraçãoadimensãoaproximadadesteequipamento.Considerou-seadimensãode130×54×12cmdoscatresempilháveis,comumafolgade5cmparacadalado.

III.6.12.4.3 Instalaçõessanitárias ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.

III.6.12.4.4 Vestiários O espaço para vestiário está previsto em III.4.8.2 e III.5.12.7, mas não se

encontra quantificado. Consideramos uma área com 20×35 cm por cadacriançaapartirdaaquisiçãodamarcha.

Oespaçoparaaarrumaçãodecatresestáprevistoem[III.5.12.4]masnãoseencontraquantificado.

A área prevista para o arrumo de catres teve em consideração a dimensãoaproximadadesteequipamento.Consideramosadimensãode130×54×12cmdoscatresempilháveis,comumafolgade5cmparacadalado.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.

DeacordocomaorganizaçãodefinidaemIII.4.8,aconjugaçãodeespaçosdaqualresultaumaáreamaisreduzidaseráaseguinte:

- Asaladeactividadesdos24aos36mesesfuncionacumulati-vamentecomoespaçoderepouso.Porestemotivonecessitadeumarmárioparaaarrumaçãodoscatres.

Oespaçoparaaarrumaçãodecatresestáprevistoem III.5.12.4masnãoseencontraquantificado.

A área prevista para o arrumo de catres teve em consideração a dimensãoaproximadadesteequipamento.Consideramosadimensãode130×54×12cmdoscatresempilháveis,comumafolgade5cmparacadalado.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.

OespaçoparavestiárioestáprevistoemIII.4.8.2eIII.5.12.7,masnãoseencontraquantificado.Consideramosumaáreacom20×35cmporcadacriançaapartirdaaquisiçãodamarcha.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

III.6.12.5 ÁREADEREFEIÇÕES

III.6.12.5.1 Sala(s)deRefeições ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.

DeacordocomapossibilidadeprevistaemIII.4.9.5considerou-sequeasaladerefeiçõesestálocalizadanaproximidadedonúcleodeinstalaçõessanitáriasdaÁreadeConvívioedeActividades.

Considerou-sequeas refeiçõessãoservidasemdois turnosde25criançascadaum,conformeprevistoemIII.6.7.2.

III.6.12.6 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA

III.6.12.6.1 Cozinha ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

III.6.12.6.2 Despensadedia ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

III.6.12.6.3 CompartimentodeFrio ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

III.6.12.6.4 CompartimentodoLixo ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

III.6.12.6.5 Lavandaria Considerou-se que o serviço de lavandaria será assegurado por empresa da

especialidade no exterior. Trata-se de uma situação comum e perfeitamenteajustadaaovolumederoupaproduzidoporumacreche.

III.6.12.7 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE

III.6.12.7.1 Espaçodeapoioparacriançadoente ÁreamínimadefinidaemIII.6.9.1(emcompartimentoautónomo).

ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.

Considerou-sequeasrefeiçõessãoservidasemdoisturnosde25criançascadaum,conformeprevistoemIII.6.7.2.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.

Consideramos que o serviço de lavandaria será assegurado por empresa daespecialidadenoexterior.Trata-sedeumasituaçãocomumeperfeitamenteajustadaaovolumederoupaproduzidoporumacreche.

ConformeprevistoemIII.6.9.1considerou-sequeoespaçodeapoioàcriançadoenteestáintegradoemgabinete.

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III.6.12.8 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO

III.6.12.8.1 ArrecadaçõesGerais ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.

III.6.12.8.2 Arrecadaçõesdegénerosalimentícios ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.

III.6.12.8.3 Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.

III.6.12.9 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL

III.6.12.9.1 Saladepessoal ÁreamínimadefinidaemIII.6.11.1.

III.6.12.9.2 Vestiários DeacordocomIII.4.13.3,osvestiárioseainstalaçãosanitáriajuntodacozinha

sóserãoobrigatóriosnascrechescom66criançasoumais.Nascrechescom33crianças,aáreadedescansoehigienedopessoaléconstituídapelasaladopessoaleporumainstalaçãosanitáriacomduche.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.

ÁreamínimadefinidaemIII.6.11.1.

DeacordocomIII.4.13.3,osvestiárioseainstalaçãosanitáriajuntodacozinhasóserãoobrigatóriosnascrechescom66criançasoumais.Nascrechescom33crianças,aáreadedescansoehigienedopessoaléconstituídapelasaladopessoaleporumainstalaçãosanitáriacomduche.

Page 73: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

II.6.13 QUADROCOMPARATIVO

ÁreasFuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)

NovosEstabelecimentos EstabelecimentosExistentes

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

ÁreadeAcessos

ÁtriodeEntradaPrincipal 12,00 12,00 6,00 9,00 9,00 6,00

Arrumos(carrosdebebés) 2,50 5,00 0,80 2,50 5,00 0,80

TotalParcial: 14,50 17,00 6,80 11,50 14,00 6,80

ÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativo

GabinetedaDirecção 12,00 12,00 10,00 10,00 10,00 10,00

Suplementoáreaparanúcleoadministrativo 3,00 3,00 3,00

NúcleoAdministrativo 9,00

GabineteTécnico 12,00

EspaçoparaReuniões

InstalaçõesSanitárias 5,44 5,44 5,44 5,44

TotalParcial: 20,44 38,44 10,00 18,44 18,44 10,00

ÁreadeBerçário

SaladeBerços 16,00 32,00 10,00 16,00 32,00 10,00

SalaParque 16,00 32,00 10,00 16,00 32,00 10,00

CopadeLeites 4,00 8,00 4,00 3,00 6,00 3,00

SaladeHigienização 4,00 8,00 4,00 4,00 8,00 4,00

TotalParcial: 40,00 80,00 28,00 39,00 78,00 27,00

Page 74: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

ÁreasFuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)

NovosEstabelecimentos EstabelecimentosExistentes

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

ÁreadeConvívioeActividades

SalaActividades(aquisiçãomarchaa24meses) 20,00 40,00 20,00 40,00

Suplementoáreapararepouso 5,00

Arrumos(catres) 0,90 0,90

SalaActividades(24a36meses) 30,00 60,00 30,00 60,00

Suplementoáreapararepouso

Arrumos(catres) 0,90 1,80

SalaActividades(aquisiçãomarchaaos36meses) 20,00 20,00

Arrumos(catres) 0,90 0,90

SaladeRepouso

SalaPolivalente 40,00 40,00

Suplementoáreapararepouso 20,00

Suplementoáreapararefeições 15,00

Arrumos(catres) 0,90 1,80

InstalaçõesSanitárias 12,00 24,00 12,00 12,00 24,00 12,00

Vestiários 1,80 3,50 0,50 1,80 3,50 0,40

TotalParcial: 125,60 189,30 33,30 64,70 130,20 33,30

ÁreadeRefeições

SaladeRefeições 25,00 12,00 17,50 17,50 12,00

TotalParcial: 25,00 12,00 17,50 17,50 12,00

Page 75: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

ÁreasFuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)

NovosEstabelecimentos EstabelecimentosExistentes

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

ÁreadeServiçosdeCozinhaedeLavandaria

Cozinha 20,00 30,00 12,00 20,00 30,00 12,00

DespensadeDia 4,00 4,00 0,50 4,00 4,00 0,50

CompartimentodeFrio 4,00 4,00 4,00 4,00

CompartimentodoLixo 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50

Lavandaria

ServiçodetratamentodeRoupanoexterior 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

TotalParcial: 33,50 43,50 18,00 33,50 43,50 18,00

ÁreadeServiçosdeSaúde

Espaçodeapoioparacriançadoente

Emcompartimentoautónomo 6,00 6,00

Complementodeáreaemgabinete 2,00 2,00 2,00 2,00

TotalParcial: 6,00 6,00 2,00 2,00 2,00 2,00

ÁreadeServiçosdeApoio

ArrecadaçõesGerais 10,00 10,00 5,00 4,00 4,00 4,00

Arrecadaçõesdegénerosalimentícios 4,00 4,00 2,50 3,00 3,00 2,50

Arrecadaçõesprodutos/equipamentosdelimpeza 4,00 4,00 2,50 2,00 2,00 2,00

TotalParcial: 18,00 18,00 10,00 9,00 9,00 8,50

Page 76: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

ÁreasFuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)

NovosEstabelecimentos EstabelecimentosExistentes

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

ÁreadeDescansoeHigienedoPessoal

SaladoPessoal 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00

Vestiários 6,00

Instalaçãosanitária 3,00

Instalaçãosanitáriacomduche 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50

TotalParcial: 13,50 22,50 13,50 13,50 22,50 13,50

Somatóriodaáreaútildoscompartimentos: 271,54 439,74 133,60 209,14 335,14 131,10

Áreaútiltotal,incluindoacréscimoparacirculações: 298,69 483,71 146,96 230,05 368,65 144,21

Conversãodaáreaútilemáreabruta:(Ab/Au=1,25) 373,37m2 604,64m2 183,70m2 287,57m2 460,82m2 180,26m2

Áreadeconstruçãoporcliente 11,3m2/criança 9,2m2/criança 8,7m2/criança 7,0m2/criança

ÁreasFuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)

NovosEstabelecimentos EstabelecimentosExistentes

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

33crianças 66crianças Crechededimensãoreduzida

ÁreadeDescansoeHigienedoPessoal

SaladoPessoal 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00 10,00

Vestiários 6,00 6,00

Instalaçãosanitária 3,00 3,00

Instalaçãosanitáriacomduche 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50

TotalParcial: 13,50 22,50 13,50 13,50 22,50 13,50

Somatóriodaáreaútildoscompartimentos: 271,54 439,74 133,60 209,14 335,14 131,10

Áreaútiltotal,incluindoacréscimoparacirculações: 298,69 483,71 146,96 230,05 368,65 144,21

Conversãodaáreaútilemáreabruta:(Ab/Au=1,25) 373,37m2 604,64m2 183,70m2 287,57m2 460,82m2 180,26m2

Áreadeconstruçãoporcliente 11,3m2/criança 9,2m2/criança 8,7m2/criança 7,0m2/criança

Page 77: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

II.7 ADAPTABILIDADEDOESPAÇO

III.7.1 Osequipamentossociaisdevemserconcebidosdemodoaseadequaremàrealidadenacionalearesponderemdeumaformaeficazàsnecessidadeseaspirações das famílias. Essas necessidades e aspirações têm um carácterdinâmico e sugeremum conhecimentomínimo da evolução da sociedade,sobretudoatendendoàfortedinâmicademudançasocial.

III.7.2 Osestabelecimentosdevemserconcebidosdeformaapotenciarapolivalênciadeusoseaspossibilidadesdeposterioralteraçãodascaracterísticasfísicasdosespaçosqueosconstituemduranteoseuciclodevidaútil(períododeuso),nosentidodeosadequaradiferentescapacidades,atransformaçõesdosistemafuncionalouanovosusos.

III.7.3 Paraprosseguiroobjectivodefinidononúmeroanterior,podemseradoptadas,porexemplo,asseguintesestratégias:

a) Flexibilizaçãodasinfra-estruturas;

b) Criaçãodeespaçosneutros(adaptáveis);

c) Concepçãoestruturalneutra;

d) Concepçãodefachadamodular;

e) Circulaçãoalternativa.

III.7.4 Aflexibilizaçãodasinfra-estruturaspodeserconcretizadaatravésdesoluçõesquepossibilitemalteraçõesdelocalizaçãodospontosdeacessoetipodeuso,comoporexemplo,infra-estruturassobpavimentoflutuanteousobretectosfalsos.

III.7.5 Acriaçãodeespaçosneutrospodeserconcretizadaatravésdautilizaçãodepoucasdivisóriasrígidasoumesmopelatotaldescompartimentaçãodecertasáreasfuncionais,sendoaorganizaçãodoespaçoconferida,porexemplo,pelacolocaçãodemobiliárioeequipamento.

Os equipamentos sociais devem ser alterados ou ampliados de modo a seadequaràrealidadenacionalearesponderdeumaformaeficazàsnecessidadese aspirações dos clientes. Essas necessidades e aspirações têm um carácterdinâmico e sugerem um conhecimento mínimo da evolução da sociedade,sobretudoatendendoàfortedinâmicademudançasocial.

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III.7.6 Aconcepçãoestruturalneutrapode,porexemplo,serconcretizadaatravésdaminimizaçãodaestrutura,utilizando-sevãosgrandeseonúmeromínimopossível de pontos de apoio, estrategicamente colocados, de forma a nãoobrigaraumarepartiçãorígidadoespaçointerior.

III.7.7 Aconcepçãodefachadamodularpode,porexemplo,serconcretizadaatravésde vãos simétricos e equidistantes de modo a não condicionar possíveisalteraçõesdacompartimentaçãointeriordo(s)edifício(s).

III.7.8 Acirculaçãoalternativapode,porexemplo,serconcretizadaatravésdacriaçãodepercursosalternativos,comligaçõesduplasoumúltiplas,permitindoisolarzonasoualteraroníveldeprivacidadedecertosespaçosecompartimentos,semprequetalsetornenecessário.

III.7.9

III.7.10

III.7.11

III.7.12 É recomendável que a adopção de estratégias de adaptabilidade prevejaprioritariamentepossíveisalteraçõesnaorganizaçãoespacialdasseguintesáreasfuncionais:

a) ÁreasdeConvívioeActividades;

b) ÁreasdeRefeições.

III.7.13 A implantação da Creche no respectivo lote deve ser pensada demodo agarantirasestratégiasacimaenunciadas,nomeadamente,arelaçãoentreoedifícioeorestanteespaçoexteriordolote(logradouro).

Paraalémdasestratégiasreferidasnospontosanteriores,podeaindarecorrer--se,porexemplo,àsseguintesestratégias:

a) Alteraçãodacompartimentação;

b) Construção de novos espaços por expansão vertical e/ouhorizontal.

Aalteraçãodacompartimentaçãointeriorpode,porexemplo,serconcretizadaatravésdacolocaçãoe/ouremoçãodemobiliário,construçãoe/oudemoliçãodeparedes“leves”econstruçãoe/oudemoliçãodeparedes“convencionais”.

Aconstruçãodenovosespaçosporexpansãoverticale/ouhorizontalpode,porexemplo,serconcretizadaatravésdaconstruçãodenovoscorposaoedifício.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

III.7.14 Osprojectistasdevemrealizarumaanálisedoprogramaespacio-funcionalconstante das presentes Recomendações, sendo recomendável a discussão(evalidação)da(s)solução(ões)proposta(s)comosserviçoscompetentesdaSegurança Social. É recomendável que os projectistas apresentem estudosesquemáticosquemostremaspossibilidadesdeevoluçãoda(s)solução(ões).

III.8 ACESSIBILIDADEAPESSOASCOMMOBILIDADECONDICIONADA

III.8.1 As Creches devem ser concebidas e construídas de modo a assegurarcondiçõesdeacessibilidadeeutilização,demodoautónomo,confortáveleseguro, aomaior número possível de pessoas, independentemente da suaidade,estatura,graudemobilidadeoucapacidadedepercepção.

III.8.2 Ascaracterísticasdospercursosedosespaçosacessíveisdevemsatisfazeraodefinidonalegislaçãoemvigor[12]eàsdisposiçõesmaisexigentesdefinidasnosnúmerosseguintes.

III.8.3 NologradourodaCreche,todosospercursospedonaisdevemseracessíveisapessoascommobilidadecondicionada;podemnãoseracessíveisos:

a) Percursossituadosemespaçosexterioresrecreativos,emqueseadmitequeapenasospercursosprincipaissejamacessíveisdesdequeexistaumpercursoacessívelatodasasinfra-estruturas;

b) Percursos utilizados exclusivamente por pessoal de manutenção ereparação.

c) Percursosdeacessoaespaçosnãoutilizáveis.

No logradouro da Creche deve existir pelo menos um percurso acessível apessoas commobilidade condicionada entre a via pública, todosos espaçosexterioresetodososedifíciosqueoconstituem;podemnãoteracessoatravésdeumpercursoacessívelos:

a) Espaços em que se desenvolvem funções que podemser realizadas em outros locais sem prejuízo do bomfuncionamentodaCreche;

b) Espaços para os quais existem alternativas acessíveisadjacentesecomcondiçõesidênticas;

c) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoereparação;

d) Espaçosutilizadosexclusivamentepessoaldeserviço;

e) Espaçosnãoutilizáveis.

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III.8.4 No interior do(s) edifício(s), todos os percursos devem ser acessíveis, comexcepçãodosquedãoacessoexclusivamentea:

a) Espaçosparaos quais existemalternativas acessíveis adjacentes e comcondiçõesidênticas;

b) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoerepara-ção;

c) Espaçosnãoutilizáveis.

III.8.5 NaconcepçãodasCrechesdevemserconsideradasasdiversaslimitaçõesdemobilidadeeasdiferençasdeantropometriadosclientes.

III.8.6 Naconcepçãodospercursosedosespaçosacessíveisdeveserdadaespecialatençãoaosseguintesaspectos:

a) Zonasdemanobra

b) Pisoseseusrevestimentos

c) Ressaltosnopiso

d) Larguraealturalivres

e) Alcance

f) Objectossalientes

g) Comandosecontrolos

h) Portas

i) Corrimãosebarrasdeapoio

Nointeriordo(s)edifício(s),deveexistirpelomenosumpercursoacessívelentreoAcessoPrincipaletodososespaçosinterioreseexterioresqueosconstituem;podemnãoseracessíveisospercursosquedãoacessoexclusivamentea:

a) Espaços em que se desenvolvem funções que podem serrealizadasemoutroslocaissemprejuízodobomfuncionamentodaCreche;

b) Espaços para os quais existem alternativas acessíveisadjacentesecomcondiçõesidênticas;

c) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoereparação;

d) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldeserviço;

e) Espaçosnãoutilizáveis.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

III.8.7 PERCURSOACESSÍVEL

III.8.7.1 NasCreches,todososespaçosecompartimentosqueosconstituemdevemteracessoporpercursoacessível.Apenaspodemnãoteracessoporpercursoacessívelosseguintesespaços:

a) EspaçosqueconstituemosServiçosdeApoio;

b) Espaçosquesejamutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoereparação;

c) Espaçosnãoutilizáveis.

III.8.7.2 Noexterior,juntodaportadoAcessoPrincipaldo(s)edifício(s),deveexistirumaáreacobertacomprofundidadeelarguranãoinferioresa1,50m.

III.8.7.3 Érecomendávelquenãoexistamescadas,masquandoumamudançadenívelforinevitável,podemexistirescadasseforemcomplementadasporrampas,ascensoresouplataformaselevatórias.

III.8.7.4 Osdispositivosdeoperaçãodasportasdevemserdemuleta,comcontornofinal.

III.8.7.9 INSTALAÇÕESSANITÁRIAS

III.8.7.10 Asinstalaçõessanitáriasdestinadasàscriançasdevempossibilitarainscriçãodeumazonademanobra,nãoafectadapelomovimentodeaberturadaportadeacesso,nempelosaparelhossanitários,quepermitaarotaçãode360°deumapessoaemcadeiraderodas.

III.9 CRECHEDEDIMENSÃOREDUZIDA

III.9.1 ACrechededimensãoreduzidaépordefiniçãoumacreche,tendoosmesmosobjectivosdoqueestaeinserindo-se,domesmomodo,numplanoderespostaàsnecessidadesdeacolhimentodiurnodecrianças.Adiferençaentreambasresidenonúmerodecriançasqueacolhee,consequentemente,nonúmerodeunidadesdepessoal.

NasCrechesdevemteracessoporpercursoacessível,pelomenos,osespaçoseoscompartimentosdoAcessoPrincipal,oBerçário,a(s)Sala(s)deConvívioeActividade(s),a(s)Sala(s)deRefeiçõeseasInstalaçõesSanitáriasacessíveis.

Noexterior,juntodaportadoAcessoPrincipaldo(s)edifício(s),érecomendávelqueexistaumaáreacobertacomprofundidadeelarguranãoinferioresa1,50m.

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III.9.2 Estetipodeequipamento,dadasassuasdimensões,temcaracterísticasmaisfamiliaresetorna-semaisflexíveldoqueaCreche,podendoassimresponderfavoravelmenteaníveldobairro.

III.9.3 Podemexistircrechesdedimensãoreduzidaemzonasruraisquandonãohajanalocalidadeoutroestabelecimentopúblicoouprivadocomvagase que não se justifique a existência de um estabelecimento completo.Estetipodecrechepodeaindalocalizar-seemzonasurbanas,emáreascujas características sociodemográficas exijam uma atenção educativaespecial.

III.9.4 Crechesdedimensãoreduzidasãoestabelecimentoscomcapacidadeentre5e19criançasequenãoatinjamacapacidademáximadecadagrupoetárioestabe-lecidanalegislação,comummáximode3grupos(esalas)decrianças(verIII.2).

III.9.5 Estesgrupospodemjuntarcriançasdediferentesgruposetários,semprequeonúmerodecriançasojustifique.

III.9.6 Osgruposdediferentesfaixasetáriassódevemserconstituídoscomcriançasapartirdaaquisiçãodamarcha,sendoquenestecasoacapacidademáximadogrupoéde12crianças.

III.9.7 Devesempreficarsalvaguardadaaprogressãodascriançaspelosdiferentesescalõesetários,peloqueaCrechededimensãoreduzidadeveter,nomínimo,umBerçárioeumaSaladeActividades.

III.9.8 Estesequipamentosdevemcontar,nomínimo,comasseguintesinstalações:

a) AcessoPrincipalcomáreaútilmínimade6m²;

b) UmGabineteparaaáreadaDirecção,NúcleoAdministrativoeEquipaTécnica,comáreaútilmínimade10m²;

c) ÁreadeDescansoeHigienedoPessoal;o Sala(s)doPessoal–10m²;2m²porpessoapresenteemsimultâneo;o Vestiário(s)–6m²;0,80m²porpessoa;o InstalaçãoSanitária–3m²;o InstalaçãoSanitáriacomduche–3,50m².

Estesequipamentosdevemcontar,nomínimo,comasseguintesinstalações:

a) AcessoPrincipalcomáreaútilmínimade6m2;

b) UmGabineteparaaáreadaDirecção,NúcleoAdministrativoeEquipaTécnica,comáreaútilmínimade10m2;

c) ÁreadeDescansoeHigienedoPessoal;o Sala(s) do Pessoal – 10m2, 2m2 por pessoa presente em

simultâneo;o Vestiário(s)–6m²;0,80m²porpessoa;o InstalaçãoSanitária–3m²;o InstalaçãoSanitáriacomduche–3,50m².

Page 83: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

d) Dois espaços (Sala de Berços e Sala Parque) por cada unidade até àaquisiçãodamarcha,comumasuperfíciede2m²porcriança(áreaútilmínimade10m²paracadaespaço);

e) UmaSaladeActividadesporcadaunidadedaaquisiçãodamarchaa36meses,comáreade2,5m²porcriança(áreaútilmínimade20m²);

f) UmaSaladeRefeiçõescomáreaútilmínimade12m²e1m²porcriança;

g) Um espaço exterior de recreio de dimensões adequadas ao número decrianças. Este espaço pode estar fora do recinto da creche desde quea deslocação das crianças se realize de modo seguro, por passeios, emcondiçõesdesegurançaadequadas,passadeirascomregulaçãoluminosaeaumadistânciacompatívelcomaidadedestascrianças;

h) Assalasquetenhamcriançasatéàaquisiçãodamarchadevemdispordeumaáreadiferenciadaparaahigiene;

i) InstalaçõessanitáriasparacriançasdesdeaaquisiçãodamarchaemnúmeroadequadoàdimensãodoequipamentoeconformedescritasnarespostasocialCreche(verIII.4;III.5;III.6);

j) VestiáriosparaascriançasconformedescritosparaaCreche(verIII.4;III.5;III.6);

k) Cozinha(áreamínima12m2)eumespaçodiferenciadoparaapreparaçãodealimentosinfantis(copadeleites).Acopadeleitesdevelocalizar-sejuntodoBerçário;

l) Compartimentoparaolixo,acessodeserviço(recomendável)eespaçosdearrecadaçãoconformedescritosnaCreche(ArrecadaçãoGeral–5m2;Arre-cadaçãodegénerosalimentares–2,5m2;Arrecadaçãodeprodutoseequi-pamentosdelimpeza–2,5m2)(paraoutroscompartimentoseespaçosverIII.4;III.5;III.6).

d) Doisespaços(SaladeBerçoseSalaParque)porcadaunidadeatéàaquisiçãodamarcha,comumasuperfíciede2m²porcriança(áreaútilmínimade10m²paracadaespaço);

e) Uma Sala deActividades por cada unidade da aquisição damarchaa36meses,comáreade2,5m²porcriança(áreaútilmínimade20m²);

f) UmaSaladeRefeiçõescomáreaútilmínimade12m²e1m²porcriança;

g) Umespaçoexteriorderecreiodedimensõesadequadasaonúmerodecrianças.Esteespaçopodeestarforadorecintoda creche desde que a deslocação das crianças se realizedemodoseguro,porpasseios,emcondiçõesdesegurançaadequadas, passadeiras com regulação luminosa e a umadistânciacompatívelcomaidadedestascrianças;

h) Assalasquetenhamcriançasatéàaquisiçãodamarchadevemdispordeumaáreadiferenciadaparaahigiene;

i) InstalaçõessanitáriasparacriançasdesdeaaquisiçãodamarchaemnúmeroadequadoàdimensãodoequipamentoeconformedescritasnarespostasocialCreche(verIII.4;III.5;III.6);

j) VestiáriosparaascriançasconformedescritosparaaCreche(verIII.4;III.5;III.6);

k) Cozinha(áreamínima12m2)eumespaçodiferenciadoparaapreparaçãodealimentosinfantis(copadeleites).Acopadeleitesdevelocalizar-sejuntodoBerçário;

l) Compartimento para o lixo, acesso de serviço (recomendável)e espaços de arrecadação conforme descritos na Creche(ArrecadaçãoGeral–4m2;Arrecadaçãodegénerosalimentares–

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III.9.9 É recomendável a existência de uma Sala Polivalente com ummínimo de30m²deáreaútil,quepodetambémserutilizadocomoespaçoderefeições.

III.10 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA

[1] DESPACHO NORMATIVO n.º 99/89, de 27 de Outubro – Normas Reguladorasdas Condições de Instalação e Funcionamento das Creches com fins lucrativos,nomeadamentereferentesàlocalização,aoscompartimentoseespaçosnecessáriose respectivas dimensões, equipamento e material pedagógico, procedimentos deacolhimentodascrianças,alimentaçãoehigiene.

[2] DESPACHOCONJUNTOn.º268/97,de25deAgosto.–Caracterizaçãodoslocaisdefuncionamentodosestabelecimentosdeeducaçãopré-escolar.

[3] DESPACHO CONJUNTO n.º 258/97, de 21 de Agosto – Princípios pedagógicos,organizacionaisemedidasdesegurançaaquedeveobedeceroequipamentoutilizadonosdiversosestabelecimentosdeeducaçãopré-escolar.

[4] DECRETO-LEI n.º 147/97, de 11 de Junho – Estabelece o ordenamento jurídico dodesenvolvimento e expansão da rede nacional de educação pré-escolar e define orespectivosistemadeorganizaçãoefinanciamento.

[5] DECRETO-LEI n.º 64/2007, de 14 deMarço –Define o regime de licenciamento e defiscalização da prestação de serviços e dos estabelecimentos de apoio social em quesejamexercidasactividadeseserviçosdoâmbitodasegurançasocialrelativasacrianças,jovens,pessoasidosasoupessoascomdeficiência,bemcomoosdestinadosàprevençãoereparaçãodesituaçõesdecarência,dedisfunçãoedemarginalizaçãosocial.

[6] DECRETO-LEIn.º379/97,de27deDezembro–RegulamentoqueestabeleceasCondiçõesdeSegurançaaObservarnaLocalização,Implantação,ConcepçãoeOrganizaçãoFuncio-naldosEspaçosdeJogoeRecreio,respectivoequipamentoesuperfíciesdeimpacte.

[7] PORTARIAn.º506/98,de10deAgosto–Defineoorganismocomcompetênciaparaemitircertificadosdeconformidade,noâmbitodoDecreto-Lein.º379/97,de27deDezembro,queestabeleceuoregulamentodascondiçõesdesegurançaaobservarnosespaçosdejogoerecreio.

[8] DECRETO-LEIn.º237/92,de27deOutubro,AlteradopeloDECRETO-LEIn.º139/95,de14deJunho–Regimedesegurançadosbrinquedos,entendendo-secomobrinquedoqualquerprodutoconcebidooumanifestamentedestinadoaserutilizadocomfinslúdicosporcriançascommenosde14anos.

[9] PORTARIAn.º104/96,de6deAbril–RegimeegrafismodamarcaçãoCEaaplicarnofabricoecomercializaçãodosbrinquedos.

2,5m2;Arrecadaçãodeprodutoseequipamentosdelimpeza–2m2)(paraoutroscompartimentoseespaçosverIII.4;III.5;III.6).

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

[10] DECRETO-LEI n.º 414/98, de 31 deDezembro–Regulamentode Segurança contraIncêndioemEdifíciosEscolares.

[11] PORTARIAn.º1444/2002,de7deNovembro–Normasdesegurançacontraincêndioaobservarnaexploraçãodeestabelecimentosescolares,estabelecendoafiguradoresponsável pela segurança contra incêndio de cada estabelecimento escolar nodecursodasuaexploração.

[12] DECRETO-LEIn.º 163/2006,de8deAgosto–Regimedeacessibilidadeaosedifícioseestabelecimentosquerecebempúblico,viapúblicaeedifícioshabitacionais.

[13] DECRETO-LEIn.º243/86,de20deAgosto–AprovaoRegulamentoGeraldeHigieneeSegurançadoTrabalhonosEstabelecimentosComerciais,deEscritórioeServiços.

[14] DECRETO-LEIn.º243/86,de20deAgosto–RegulamentoGeraldeHigieneeSegurançadoTrabalhonosEstabelecimentosComerciais,deEscritórioeServiços.

[15] DECRETO-LEI n.º 425/99, de 21 de Outubro – Altera o Regulamento da Higiene dosGénerosAlimentícios,aprovadopeloDecreto-Lein.º67/98,de18deMarço.

[16] DECRETO-LEI n.º 67/98, de 18 deMarço – Aprova o Regulamento daHigiene dosGénerosAlimentícios (transposiçãoparaaordemjurídicanacionaldaDirectivan.º93/43/CE,doConselho,de14deJunho).

[17] PORTARIAn.º987/93,de6deOutubro–Aprovaasprescriçõesmínimasdesegurançaesaúdenoslocaisdetrabalho(transposiçãoparaaordemjurídicanacionaldaDirectivan.º89/654/CEE,doConselho,de30deNovembro).

[18] NPEN71-1.2000–Segurança de brinquedos. Parte 1: Propriedades mecânicas e físicas.MontedaCaparica:InstitutoPortuguêsdaQualidade,2000.

[19] NPEN1176-1.1998–Equipamentos para espaços de jogo e recreio. Parte 1: Requisitos gerais de segurança e métodos de ensaio.InstitutoPortuguêsdaQualidade,1998.(emendas1176-1:1998/A1:20002;NPEN1176-1:1998/A2:2004,errataNPEN1176-1:1998ErrataAbr.2004)

[20] EN 1130-1. 1996 – Furniture – Cribs and cradles for domestic use – Part 1: Safety requirements.Brussels:CEN,1996.

[21] EN716-1.1995–Furniture – Children’s cots and folding cots for domestic use – Part 1: Safety requirements.Brussels:CEN,1995.

[22] EN 1930. 2000 –Child care articles – Safety barriers – Safety requirements and test methods.Brussels:CEN,2000.(EN1930:2000/A1)

[23] EN12221-1.1999–Changing units for domestic use – Part 1. Safety requirements.Brussels:CEN,1999.

Page 86: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

[24] DirecçãoGeral daAcção Social.Núcleo deDocumentaçãoTécnica eDivulgação–Creches.GuiãoTécnico.Lisboa:DGAS,1996.20p.

[25] DGSSFC – Respostas Sociais – Nomenclaturas / conceitos. Lisboa: Direcção-Geral daSegurançaSocial,daFamíliaedaCriança,Janeiro2006.

[26] SantaCasadaMisericórdiadeLisboa–Instruções para projectos. Equipamentos Colectivos 1ª e 2ª infância. Creches e Jardins de Infância.Lisboa:SCML,Junho1981

[27] SantaCasadaMisericórdiadeLisboa–Programa Funcional – Equipamentos de 1ª e 2ª infância.Lisboa:SCML,Junho1983

[28] Documentação diversa (escrita e entrevista) cedida pela ASSOCIAÇÃO PARA APROMOÇÃODASEGURANÇAINFANTIL–APSI(http://www.apsi.org.pt/index.html).

[29] Factor Segurança Infantil – Manual Multimédia de Segurança Infantil. Creches e Estabelecimentos de Ensino Pré-escolar.Dezembro2003.CD,ISBN:972-99020-0-3.

[30] LaboratórioNacionaldeEngenhariaCivil–Exigências Funcionais e Construtivas para Edifícios Escolares. Documento 1.Relatório76/93–NPC.Lisboa:LNEC,Abril1993.

[31] MinistériodaSegurançaSocialedoTrabalho,DepartamentodeEstudos,ProspectivaePlaneamento–Carta Social. Rede de serviços e equipamentos. Relatório 2001. [em linha], 2001.DisponívelemWWW:<URL:http://www.dgeep.mtss.gov.pt/estudos/cartasocial/csocial2001.pdf>

[32] CountyChildcareCommittees–We Like This Place. Guidelines for Best Pratice in the Design of Childcare Facilities.[emlinha],Irlanda,[s.d.].DisponívelemWWW:<URL:http://www.adm.ie/Pages/cHILDCARE/pages2/publicpage/publication.htm>

[33] MinistériodosAssuntosSociais,ComissãodeEquipamentosColectivosdaSecretariadeEstadodaSegurançaSocial–Processo de concurso de concepção--construção de 12 infantários.1976.

[34] SecretariadeEstadodaSegurançaSocial,comissãodeEquipamentosColectivos(CEC)–Equipamento Electro-mecânico em estruturas para a 1ª e 2ª infância. Estudo de soluções tipo para: Cozinhas, Lavandarias/rouparias, Copa de leites.Lisboa,Junhode1977.

[35] Ministério das Finanças e do Plano, Secretaria de Estado do Planeamento – A Programação de Equipamentos Colectivos.CEP–EstudosUrbanoseRegionais.CentrodeEstudosdePlaneamento,Agosto1981.

[36] DirecçãoGeraldaSolidariedadeeSegurançaSocial–Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Colectivos. Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social.Dezembro2001.

[37] MinistériodasFinançasedoPlano,SecretariadeEstadodoPlaneamento–Equipamentos Colectivos. Volume IV – Saúde, Segurança Social. Normas para programação de equipamentos co-lectivos. Recolha dos critérios existentes.Dezembro1978

Page 87: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

[38] DirecçãoGeraldaSolidariedadeeSegurançaSocial–Orientação técnica, Circular n.º11 de 24-06-2004. Modelos de Acordo de Cooperação: Creche, Lar para idosos.2004.

[39] Ministério da Educação, Secretaria Geral do Ministério da Educação – Manual deUtilização,ManutençãoeSegurançanasEscolas.Setembro2003.ISBN972-729-060-4

[40] Instituto da Segurança Social –Gestão da Qualidade das Respostas Sociais – Creche.Lisboa:2005.

[41] HOHMANN,Mary;WEIKART,DavidP.–Educar a Criança.2ªedição.Lisboa:ServiçodeEducaçãoeBolsas,FundaçãoCalousteGulbenkian,2003.ISBN972-31-0797-X

[42] Memorial. JournalOfficiel duGrand-Duché de Luxembourg. Recueil de Legislation–Gestionnaires de structures d’accueil sans hebergement pour enfants.[emlinha].Journal.A-N.º7,8février1999.10p,pdf.DisponívelemWWW:<URL:http://www.legilux.public.lu/leg/a/archives/1999/0070802/0070802.pdf#page=2>

[43] StatuaryInstrument1999No.2,The Educational (School Premises) Regulations 1999.[emlinha],DisponívelWWW:<URL:<http://www.opsi.gov.uk/si/si1999/19990002.htm>

[44] Standards for School Premises.[emlinha],DisponívelemWWW:<URLhttp://www.opsi.gov.uk/si>

[45] SchoolsBuildingandDesignUnit(DfES)– Key Design Guidance for Schools: access to information for school design. [em linha], Abril 2003, actualizaçãoAbril 2004. (30p.,pdf).DisponívelemWWW:<URLhttp://www.teachernet.gov.uk/>

[46] Building Bulletin 99: Briefing Framework for Primary School Projects. Incorporation primary school revisions to BB82: Area Guidelines for schools. (FirstDraft). (50p.,pdf).[emlinha].DisponívelemWWW:<URL:http://www.teachernet.gov.uk/>

[47] BuildingBulletin 90:Lighting Design for Schools. Architects and Building Branch. [emlinha],London:TheStationaryOffice,1999.(81p.,pdf).DisponívelemWWW:<URL:http://www.teachernet.gov.uk/>

[48] BuildingBulletin93:Acousticdesignforschools.(19p.,pdf).[emlinha].DisponívelemWWW:<URL:http://www.teachernet.gov.uk>

[49] Surestart–Building for Sure Start: a client guide. Integrated provision for under-fives.[emlinha],UnitedKingdom:March,2004. (59p.,pdf).DisponívelemURL:<http://www.surestart.gov.uk/publications/?Document=839>

[50] Surestart– Building for Sure Start: a design guide. Integrated provision for under-fives.[emlinha],UnitedKingdom.(53p.,pdf).DisponívelemWWW:<URL:http://www.surestart.gov.uk/publications/?Document=839>

Page 88: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

[51] Surestart–Full Day care. National standards for under 8s day care and childminding.[emlinha], UnitedKingdom: 2003. (30p., pdf). Disponível emWWW: <URL:http://www.surestart.gov.uk/_doc/0-ACA52E.PDF>

[52] Surestart–Out of school care. National standards for under 8s day care and childminding.[em linha],UnitedKingdom.DisponívelemWWW:<URL:http://www.surestart.gov.uk/_doc/P0000412.PDF>

[53] Surestart–Room data sheet.UnitedKingdom:Julho2004.(12p.,pdf)[emlinha].

[54] CommunityPlaythings–Creating Places. For birth to threes. Room layout and equipment.[emlinha],UK.DisponívelemWWW:<URL:http://www.communityplaythings.co.uk/c/ResourcesUK/birthtothrees/index.htm>

[55] REALDECRETOn.º1004/1991–Por el que se establecen los requisitos mínimos de los centros que imparten enseñanzas de régimen general no universitaria.

[56] DECRETOn.º111/1992,de26deMaio–Regula las condiciones mínimas que han de reunir los servicios y establecimientos sociales especializados.DiputaciónGeneraldeAragón.

[57] ORDENn.º16Novembro1994–Por el que se establecen los requisitos mínimos de los Centros que impartan enseñanzas de Régimen General no universitarias.

[58] ORDENde6deAbril2004–Plan de Subvenciones a Entidades Públicas y Privadas sin ánimo de lucro, para llevar a cabo actuaciones socioeducativas de Atención a la Primera Infancia (0-3anos).

[59] REALDECRETO828/2003de27deJunho–Estabelece os aspectos educativos básicos da Educação Pré-escolar.

[60] REALDECRETO 829/2003 de 27 de Junho– Establece las enseñanzas comunes de la Educação Infantil.

[61] ORDENECD/3387/2003,de27deNoviembre–Modifica y amplía la Orden de 29 de junio de 1994, por la que se aprueban las Instrucciones que regulan la Organización y Funcionamiento de las Escuelas de Educación Infantil y de los Colegios de Educación Primaria, modificada por la Orden de 29 de febrero de 1996.

[62] REALDECRETO 1537/2003, de5deDiciembre–Establece los requisitos mínimos de los centros que impartan enseñanzas escolares de régimen general.

[63] REALDECRETO113/2004,de23deEnero–Se desarrollan los aspectos educativos básicos y la organización de las enseñanzas de la Educación Preescolar, y se determinan las condiciones que habrán de reunir los centros de esta etapa.

[64] REALDECRETO114/2004,de23deEnero–Establece el currículo de la Educación Infantil.

[65] Projecto para o Decreto do Governo de Aragón onde se regulamenta o regime jurídico e a tipologia dos centros educativos-assistenciais para crianças dos 0 aos 3 anos.[emlinha].

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[66] REALDECRETO1318/2004,de28deMayo–Se modifica el Real Decreto 827/2003, de 27 de junio, por el que se establece el calendario de aplicación de la nueva ordenación del sistema educativo, establecida por la Ley Orgánica 10/2002, de 23 de diciembre, de Calidad de la Educación.

[67] ORDEN2879/2004,de23de julio,ComunidaddeMadrid,ConsejeríadeEducación–Establece los requisitos mínimos de los centros que impartan el primer ciclo de Educación Infantil.

[68] DECRETO215/2004,de16denoviembre,ComunidaddelPaísVasco–Establecen los requisitos mínimos de las Escuelas Infantiles para niños y niñas de 0 a 3 años, y se mantiene la vigencia de determinados artículos del Decreto por el que se regulan las Escuelas Infantiles para niños y niñas de cero a tres años en la Comunidad Autónoma del País Vasco durante los cursos 2002-2003 y 2003-2004.

[69] ORDENde25deagostode2005,ComunidaddeAragón–Establece los requisitos mínimos e instrucciones técnicas de los centros que impartan el primer ciclo de la educación infantil en la Comunidad Autónoma de Aragón.

[70] AsociaciónMundialdeEducadoresInfantiles(AMEIWAECE)–La creacion de un nuevo centro. [em linha], Disponível em WWW: <URL: http://www.waece.org/legislacion/creacciondeuncentro.php>

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SEGURANÇA, SALUBRIDADEE CONFORTO

Depósito Legal: 270795/08

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IV. SEGURANÇA,SALUBRIDADEECONFORTO

IV.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

IV.1.1 PRINCÍPIOSGERAIS

IV.1.1.1 Os edifíciosno seu conjunto, assim comoasdiversaspartes constituintes,devem apresentar estabilidade e resistência mecânica aos esforços quepodemocorrerduranteotempodevidaútildoedifício.

IV.1.1.2 As estruturas dos edifícios devem poder desempenhar com segurança afunção a que se destinam, devendo a segurança ser entendida e avaliadaem conformidade com o disposto na regulamentação nacional e noutrosdocumentosnormativosaplicáveis.

IV.1.2 MODODEEXPRESSÃO

IV.1.2.1 As exigências relativas à resistênciamecânica e à estabilidade devem serexpressasconsiderandooníveldesegurançadaestabilidadeedaresistênciaestrutural do edifício e das suas partes constituintes em relação aosestadoslimitesúltimosedeutilizaçãoparaascombinaçõesdeacçõesmaisdesfavoráveis.

IV.1.3 QUANTIFICAÇÃO

IV.1.3.1 Os critérios a utilizar na verificação da segurança das estruturas são, emgeral,ospreconizadosnodocumento[2].

IV.1.4 RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES

IV.1.4.1 Demodo a permitir a adaptabilidade de, pelomenos, alguns espaços dosedifíciosaalteraçõesprogramáticasefuncionais,recomenda-seque:

a) Oselementosestruturaisresistentesverticais,emespaçosdevidamenteidentificados,nãodificultemposterioresalteraçõesdacompartimentaçãointernadasconstruções;

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b) Oselementosestruturaishorizontaisdisponhamdesuficientecapacidaderesistenteparadiferentesutilizaçõesquepossamviraseratribuídasaospisoselevados.

IV.1.4.2 Quandoseprevejaqueaosedifíciospossamseratribuídasfunçõesespeciaisnoâmbitodeplanosdeemergênciaemsituaçõesdecatástrofe,particularmentedecatástrofesísmica,recomenda-sequeasestruturassejamdimensionadasde forma a garantirem a operacionalidade dos edifícios e dos respectivosespaçosemtaiscondições.

IV.1.5 REFERÊNCIASGeral

[1]DECRETO-LEIn.º38382,de7deAgostode1951,eposterioresalterações–Regulamento Geral das Edificações Urbanas(RGEU).

[2]DECRETO-LEI n.º 235/83, de 31 deMaio – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes(RSA).

[3]EN1990:2002–Eurocode: Basis of structural design.Brussels:CEN.

[4]EN1991:2002–Eurocode 1: Actions on structures.Brussels:CEN.

[5]EN1998-1:2004–Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buildings. Brussels :CEN.

Fundações[6]ESPECIFICAÇÃO LNEC E 217: 1968 – Fundações directas correntes.

Recomendações.Lisboa:LNEC.

[7]ESPECIFICAÇÃO LNEC E 218: 1968 – Prospecção geotécnica de terrenos. Colheita de amostras.Lisboa:LNEC.

[8]EN1997-1:2004–Eurocode 7: Geotechnical design – Part 1: General rules.Brussels:CEN.

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Estruturasdebetãoarmadoepré-esforçado[9]DECRETO-LEIn.º349-C/83,de30deJulho–Regulamento de Estruturas de

Betão Armado e Pré-esforçado(REBAP).

[10]DECRETO-LEIn.º330/95,de14deDezembro–Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da NP ENV 206:1993 – Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade.

[11]NPEN206-1:2000–Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade. Lisboa:IPQ.

[12]EN 1992-1-1: 2004–Eurocode 2: Design of concrete structures. – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

[13]Documentos de Homologação (DH) LNEC relativos a soluções estruturais não tradicionais de construção.ListadosDHdisponívelnaInternet:www.lnec.pt/qpe

Estruturasmetálicas[14]DECRETO-LEIn.º21/86,de31deJulho–Regulamento de Estruturas de Aço

para Edifícios(REAE).

[15]EN1993-1-1:2005–Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

Estruturasmistasaço-betão[16]EN 1994-1-1: 2004 – Eurocode 4: Design of composite steel and concrete

structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

Estruturasdemadeira[17]EN 1995-1-1: 2004 – Eurocode 5: Design of timber structures. – Part 1-1:

General – Common rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

Estruturasdealvenaria[18]EN1996-1-1:2005–Eurocode 6: Design of masonry structures. – Part 1-1:

General rules for reinforced and unreinforced masonry structures. Brussels:CEN.

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IV.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

AsexigênciasdeâmbitogeralaplicáveisaosedifíciosintegralmenteocupadosporCentrosdeDiaestãodefinidasnoAnexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.EmIV.2.3apenasseincluemosaspectosespecíficosrelativosaosCentrosdeDia.

IV.2.1 PRINCÍPIOSGERAIS

IV.2.1.1 Os edifícios devem proporcionar condições de segurança ao incêndiosatisfatórias,asquaisdevemconcretizar-seemexigênciascomosseguintesobjectivos:

a) Reduziraprobabilidadedeocorrênciadoincêndio;

b) Limitarodesenvolvimentodoincêndio;

c) Facilitaraevacuaçãodoedifício;

d) Permitiraintervençãodosbombeiros;

e) Definir as condições de exploração dos edifícios na perspectiva dasegurançaaoincêndio.

IV.2.1.2 Demodoareduziraprobabilidadedeocorrênciado incêndio,osprodutosdeconstruçãodevemapresentarumaadequadaqualificaçãodereacçãoaofogo.Poroutrolado,asinstalaçõeseosequipamentosdevemapresentarumestadodeconservaçãoquenãoaumenteoriscodedeflagraçãodoincêndio.

IV.2.1.3 De modo a limitar o desenvolvimento do incêndio, devem ser utilizadosmateriaiscomumaadequadaqualificaçãodereacçãoaofogoeosedifíciosdevem dispor de compartimentação corta-fogo, exigências que, emdeterminadoscasos,sãocomplementadascomainstalaçãodemeiosactivosdeprotecção.

AsexigênciasdeâmbitogeralaplicáveisaosedifíciosintegralmenteocupadosporCentrosdeDiaestãodefinidasnoAnexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.EmIV.2.3apenasseincluemosaspectosespecíficosrelativosaosCentrosdeDia.

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IV.2.1.4 Demodoafacilitaraevacuaçãodosedifícios,osespaçosinteriores,asviasde evacuação, a compartimentação corta-fogo e os meios de controlo defumodevemseradequadamentedimensionadose,emdeterminadoscasos,os edifícios devem ser providos de sistemas automáticos de detecção deincêndio.

IV.2.1.5 Demodoafacilitaraintervençãodosbombeiros,devemexistirviasdeacessoquepermitamumaadequadaaproximaçãoaoedifíciodasviaturasutilizadasnasoperaçõesdecombateesalvamento,edevemexistirmeiosdecombateaoincêndioadequadosacadasituaçãoemconcreto.

IV.2.1.6 Com o objectivo de reduzir o risco de incêndio, garantir a segurança dosutilizadores e facilitar a intervenção dos bombeiros, devem ser adoptadosprocedimentos apropriados no que se refere à exploração dos edifícios dopontodevistadasegurançaaoincêndio.

IV.2.2 MODODEEXPRESSÃO

IV.2.2.1 As exigências relativas à segurança ao incêndio devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactoresfundamentais:

a) Risco de incêndio dos edifícios: atribuição de categorias de risco aosedifícios (1.ª, 2.ªou3.ª categoriade riscodoedifício),deacordocomodefinidonas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”incluídasemanexoaopresentedocumento;

b) Locaisderiscodosedifícios:classificaçãodoslocais(locaisderiscoA,B,C,DeE),deacordocomodefinidonas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”incluídasemanexoaopresentedocumento;

c) Comportamentoaofogodosmateriaiseprodutosdeconstrução:classesdereacçãoaofogo,deacordocomasespecificaçõesLNEC(M0,M1,M2,M3,M4)[1a6],oudeacordocomanormalizaçãoeuropeia(A1,A2,B,C,D,EeF),paraosmateriaisemgeral,excluindoosrevestimentosdepisoeosprodutoslinearesdeisolamentotérmicodetubos:A1FL,A2FL,BFL,CFL,DFL,EFLeFFLparaosrevestimentosdepiso;eA1L,A2L,BL,CL,DL,ELeFLparaosprodutoslinearesdeisolamentotérmicodetubos)[7a14].

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IV.2.2.2 Comportamentoaofogodoselementosdeconstrução:classesderesistênciaaofogo,deacordocomasespecificaçõesLNEC(EF,CFePC)[15]oudeacordocomanormalizaçãoeuropeia (R,E,EI,REeREI) [16, 17].Relativamenteàsportaseseusdispositivosderetençãoefecho,bemcomooutroselementosqueguarneçamvãos,condutaseseusregistoscorta-fogo,paraosquaissejaexigidaresistênciaaofogopadrão,devempossuirelementosdeidentificaçãoperenes, onde deve constar o número do certificado ou documento dehomologação,onomedofabricanteeaqualificaçãoderesistênciaaofogo.

IV.2.2.3 Classificaçãodeaparelhosdeaquecimentoautónomo:tiposdeaparelhosdeaquecimentoautónomosdeacordocomaNP4415(apenasseadmitindoosdotipoC).

IV.2.3 QUANTIFICAÇÃO

IV.2.3.1 Classificação dos locais e dos edifícios sob o ponto de vista de risco deincêndio

IV.2.3.1.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.1.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:

- OslocaisderiscoDdevemsituar-senopisodesaídaparaoexteriordoedifício.

IV.2.3.2 Acessibilidade aos edifícios e disponibilidade de água para combate aoincêndio

IV.2.3.2.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.3 Limitaçõesàpropagaçãodoincêndiopeloexteriordosedifícios

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

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IV.2.3.3.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.4 Condiçõesgeraisdecomportamentoaofogo,isolamentoeprotecção

IV.2.3.4.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.4.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:

- Omobiliário, os elementos em relevo ou suspensos e os elementos dedecoração temporária devem respeitar as exigências feitas sobre estamatérianoRSCIETH(Artigos42.º,43.ºe44.º)[18].

IV.2.3.5 Condiçõesgeraisdeevacuação

IV.2.3.5.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.5.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:

- O efectivo de pessoas acamadas, ou limitadas na mobilidade ou nascapacidades de percepção e reacção a um alarme, deve ser corrigido pelofactor1,5paraefeitodedimensionamentodeviasdeevacuaçãoesaídas.

IV.2.3.6 Instalaçõestécnicas

IV.2.3.6.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.7 Sinalizaçãoeiluminaçãodesegurança

IV.2.3.7.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.8 Meiosdedetecção,alarmeealerta

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Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Page 98: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

IV.2.3.8.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.8.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:

a) OsmeiosdedifusãodoalarmeemcasodeincêndioafectosaoslocaisderiscoDdevemserconcebidosdemodoanãocausarempânico,sódevendoserreconhecíveispelosfuncionários,trabalhadoreseagentesdesegurançaquepermaneçam,vigiemoutenhamqueintervirnesseslocais;

b) Nos locais de risco D existentes nos edifícios da 2.ª categoria de riscoousuperior,deveexistirumpostonãoacessívelaopúblicoquepermitaacomunicaçãooralcomopostodesegurança,noqualtambémdevemexistirmeiosdedifusãodoalarmecomas características referidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”incluídasemanexoaopresentedocumento.

IV.2.3.9 Meiosdeextinção

IV.2.3.9.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.10 Controlodapoluiçãodoar

IV.2.3.10.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.11 Meiosdecontrolodefumo

IV.2.3.11.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.12 Organizaçãoegestãodasegurança

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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IV.2.3.12.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.

IV.2.3.12.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:

a) Edifíciosda1.ªcategoriaderisco:- Onúmeromínimodeelementosafectoàequipadesegurançadeveser

igual2;- Asmedidasdeauto-protecçãoaadoptardevemserasseguintes:- Procedimentosemcasodeemergência;- Planodeprevenção;- Formaçãoemsegurançacontraincêndio.

b) Edifíciosda2.ªcategoriaderisco:- Onúmeromínimodeelementosafectoàequipadesegurançadeveser

igual4;- Asmedidasdeauto-protecçãoaadoptardevemserasseguintes:- Procedimentosemcasodeemergência;- Planodeprevenção;- Formaçãoemsegurançacontraincêndio.

c) Edifíciosda3.ªcategoriaderisco:- Onúmeromínimodeelementosafectoàequipadesegurançadeveser

igual5;- Asmedidasdeauto-protecçãoaadoptardevemserasseguintes:- Procedimentosemcasodeemergência;- Planodeprevenção;- Formaçãoemsegurançacontraincêndio.

IV.2.3.12.3 NoscasosemqueexistemlocaisderiscoDcompessoaspermanentementeacamadas,empisosdistintosdodasaídaparaoexteriordoedifício,deve-se agravardeumaunidadeonúmerode elementos afectos às equipasdesegurança.

IV.2.4 REFERÊNCIAS [1] ESPECIFICAÇÃOLNECE365: 1990–Segurança contra incêndio. Reacção ao

fogo dos materiais de construção. Critérios de classificação.Lisboa:LNEC.

Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.

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[2] ESPECIFICAÇÃOLNECE366: 1990–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio no queimador eléctrico.Lisboa:LNEC.

[3] ESPECIFICAÇÃOLNECE 367: 1991– Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio na cabina de radiação.Lisboa:LNEC.

[4] ESPECIFICAÇÃOLNECE 368: 1991–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaios no Bico de Bunsen.Lisboa:LNEC.

[5] ESPECIFICAÇÃOLNECE 369: 1991–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio no epirradiador.Lisboa:LNEC.

[6] ESPECIFICAÇÃOLNECE 370: 1991–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio no painel radiante.Lisboa:LNEC.

[7] EUROPEANCOMMISSION (EC) –The European classification system for the reaction to fire performance of construction products.Brussels:TheCommission,December1999.(GuidancePaperG).

[8] EN 13501-1: 2002 – Fire classification of construction products and building elements – Part 1: Classification using test data from reaction to fire test.Brussels:CEN.

[9] EN 13238: 2001 –Reaction to fire tests for building products – Conditioning procedures and general rules for selection of substrates.Brussels:CEN.

[10] ENISO11925-2:2002.–Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test.Brussels:CEN.

[11] EN13823:2002.–Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item.Brussels:CEN.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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[12] ENISO1182:2002–Reaction to fire test for building products – Non-combustibility.Brussels:CEN.

[13] ENISO1716:2002–Reaction to fire tests for building products – Determination of the heat of combustion.Brussels:CEN.

[14] ENISO9239-1:2002.–Reaction to fire tests for floorings – Part 1: Determination of the burning behaviour using a radiant heat source.Brussels:CEN.

[15] ESPECIFICAÇÃOLNECE364:1990–Segurança contra Incêndio. Resistência ao fogo de elementos da construção. Métodos de ensaio e critérios de classificação.Lisboa:LNEC.

[16] COMISSÃOEUROPEIA(CE)– Decisão da Comissão de 3 de Maio de 2000 que aplica a Directiva 89/106/CEE do Conselho no que respeita à classificação do desempenho dos produtos de construção, das obras e das partes das obras de construção em termos da sua resistência ao fogo (2000/367/CE) e sua rectificação.JornalOficialdasComunidadesEuropeias(JOCE),L133,2000-06-06,p.26-32;L219,2001-08-14,(p.30).

[17] EN 13501-2: 2000 – Fire classification of construction products and building elements. Part 2: Classification using data from fire resistance tests, excluding ventilation services.Brussels:CEN.

[18] DECRETO-LEI n.º 414/98, de 31 de Dezembro –Regulamento de Segurança Contra Incêndio em Edifícios Escolares.

IV.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

IV.3.1 INTRUSÃOHUMANAEVANDALISMO

IV.3.1.1 Princípiosgerais

IV.3.1.1.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedosedifíciosdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosutilizadoreseaosbenscontraaintrusãoindesejáveldepessoaseactosdevandalismo.

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IV.3.1.1.2 Osedifícios,consoanteasuadimensãoeoriscodeocorrênciadeacçõesdeintrusãoedevandalismo,devemserprovidosdedispositivosquepermitamdificultaressasacçõesedesistemasdedetecçãoealertaadequados.

IV.3.1.1.3

IV.3.1.2 Mododeexpressão

IV.3.1.2.1 As exigências relativas à segurança contra intrusão humana e vandalismodevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Níveldedificuldadedeabertura,desmontagemoucortedoselementosda envolvente dos edifícios nomeadamente, paredes, portas, janelas eclarabóiasquesejamacessíveispeloexterior;

b) Níveldeeficáciadosdispositivoscontraintrusão;

c) Níveldeeficáciadossistemasdedetecçãoealerta.

IV.3.1.3 Quantificação

IV.3.1.3.1 Aspartesopacasdasparedesexterioresdosedifíciosdirectamenteacessíveispeloexteriordevemapresentarresistênciasatisfatóriaàacçãodeobjectoscortantesouperfurantesdeusocorrentee,nocasodeseremconstituídasporpainéisprefabricados,nãodevemserfacilmentedesmontáveis.

IV.3.1.3.2 Asportasexterioresdosedifíciosdevemapresentarcaracterísticasadequadasde protecção contra a intrusão de pessoas, mediante designadamente aconsideraçãodosseguintesaspectos:

a) Dimensõeslivresdeeventuaissuperfíciesenvidraçadasnelasexistentes;

b) Resistênciamecânicadosrespectivosvidros;

Nosestabelecimentosexistentessujeitosa intervençõesdeadaptaçãoe/ourequalificação,deve ser sempre realizadaumaavaliação inicialde formaaverificaraviabilidadedeseremcumpridasasexigênciasbásicasdesegurançacontraintrusão.

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c) Resistênciamecânicadasferragensefechaduras. VerV.8(Preenchimentodevãos)

IV.3.1.3.3 As janelas directamente acessíveis pelo exterior devem apresentarcaracterísticas adequadas de segurança contra a intrusão de pessoas,mediantedesignadamenteaconsideraçãodosseguintesaspectos:

a) Resistênciamecânicadoscaixilhos;

b) Resistênciamecânicadasferragensefechos;

c) Característicasdosfechosqueimpeçamasuaaberturapeloexterior. VerV.8(Preenchimentodevãos)

IV.3.1.3.4 Asgradesdeprotecçãoeventualmenteexistentesemvãosdeportasexterioresedejanelasdirectamenteacessíveispeloexteriordevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaenãoserfacilmentedesmontáveis.

IV.3.1.3.5 O sistema de alarme contra intrusão, quando exista, deve apresentarcaracterísticassatisfatóriasdefiabilidade.

IV.3.1.4 Recomendaçõescomplementares

IV.3.1.4.1 Recomenda-sequeosestabelecimentossejamdelimitadosporvedaçãoquegarantacondiçõessatisfatóriasde:

a) Segurança,tendoemcontaascondiçõesgeraisdesegurançadolocaldeimplantação;

b) Qualidadevisual;

c) Economiaedurabilidade.

IV.3.1.4.2 Sempre que o terreno disponível seja excessivo para as necessidades doestabelecimento,recomenda-sequeavedaçãoindicadanonúmeroanteriorconfineapenasaáreaapropriadadeterrenoquepermitasatisfazeraessasnecessidades,independentementedeoutrasvedaçõesquedelimitemaárearestantedoterreno.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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IV.3.1.4.3 Recomenda-se que o acesso dos utilizadores e do público em geral aoestabelecimentosefaça,semprequepossível,atravésdeumaúnicaentradaprincipaldotadadeportariaoudebalcãoderecepçãoeobedecendoaindaàsseguintescondições:

a) Entrada claramente visível da recepção de forma a monitorizar aspessoas;

b) Existênciademeiosdeintercomunicaçãoentreaportariaeadirecçãodoestabelecimento.

IV.3.1.4.4 Duranteanoitedeveserdeixadaligadaailuminaçãoexterioreosportõesdeentradadevemserfechadosàchave.

IV.3.1.4.5 Recomenda-se que as medidas adoptadas contra a intrusão humana e ovandalismosejamdevidamentecompatibilizadascomasrelativasàsegurançaaoincêndio,nomeadamentenanãoinviabilizaçãodecaminhosesaídasdeevacuação.

IV.3.2 INTRUSÃODEANIMAIS

IV.3.2.1 Princípiosgerais

IV.3.2.1.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedosedifíciosdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosutilizadoreseaosbenscontraaintrusãoindesejáveldeanimais.

IV.3.2.2 Mododeexpressão

IV.3.2.2.1 As exigências relativas à segurança contra intrusão de animais devem serexpressasconsiderandooseguintefactor:− Nível de eficácia dos dispositivos contra a intrusão de animais pelas

aberturasdeventilação,pelossistemasdedrenagemdeáguasresiduaisouporoutrasaberturas.

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IV.3.2.3 Quantificação

IV.3.2.3.1 Asaberturasdeventilaçãodas caixasdeardospavimentosedosdesvãosdascoberturas,bemcomooutrasaberturasexistentesparaoexterior,devemserconvenientementeprotegidascontraapenetraçãodeanimaiseobjectos,nomeadamentepelorecursoaredesdeprotecçãoouaoutrosmateriaiscomresistênciamecânicasatisfatóriaeadequadosaofimemvista.

IV.3.2.4 Recomendaçõescomplementares

IV.3.2.4.1 Recomenda-se que os locais destinados a armazenagem e preparação dealimentossejamparticularmentecuidadosemrelaçãoàprotecçãocontraaintrusãodeanimais.

IV.3.2.4.2 Recomenda-se que os locais destinados ao armazenamento dos resíduossólidos sejam particularmente cuidados em relação à protecção contra aintrusãodeanimais.VerVI.3[Recolhaderesíduossólidos(recolhaselectiva)]

IV.3.3 REFERÊNCIAS

[1] CONSELHOSUPERIORDEOBRASPÚBLICASECOMUNICAÇÕES(CSOPT)–Projecto de Regulamento Geral das Edificações.Lisboa:CSOPT,Janeirode2007.

[2] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Exigências funcionais e construtivas para edifícios escolares. Documento 1.Lisboa :LNEC,Abril1993.(Relatório76/93–NPC).

IV.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

IV.4.1 SEGURANÇANACIRCULAÇÃO

IV.4.1.1 Princípiosgerais

IV.4.1.1.1 Os acessos e circulações, quer nos espaços exteriores, quer no interiordos edifícios, devem ser concebidos de modo a evitar a ocorrência deacidentes pessoais decorrentes do uso normal, nomeadamente devidos aescorregamento,tropeçamento,obstruçãoedesamparo.

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IV.4.1.1.2

IV.4.1.1.3

IV.4.1.2 Mododeexpressão

IV.4.1.2.1 As exigências relativas à segurança na circulação devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Escorregamento–Coeficientedeatritodosrevestimentosdepiso;

b) Obstrução–Dimensãoegeometriadosespaçosdecirculação;

c) Tropeçamento – Desvios de planeza geral e local dos revestimentosde piso; ausência ou indicação da existência de obstáculos (elementosverticaistransparentes,degrausisolados);

d) Desamparo–Inclinaçãodeescadasederampasdeacesso;existênciadecorrimãos.

IV.4.1.3 Quantificação

IV.4.1.3.1 Os revestimentos de piso não devem ser escorregadios, devendo para talapresentarvaloresdecoeficientesdeatritoquesatisfaçamaoespecificadoemV.12(Revestimentosempisoserodapés)eV.13(Revestimentosemescadaserampas).

IV.4.1.3.2 A verificação da resistência ao escorregamento dos revestimentos de pisoa utilizar em comunicações horizontais, átrios de entrada e locais húmidos,nomeadamentecozinhas,instalaçõessanitáriasoubalneários,deveserefectuadanascondiçõesmaisdesfavoráveis,ouseja,comasuperfíciemolhada.

Emedifícios existentes deve ser realizadaumaavaliaçãodas condiçõesdesegurançanacirculaçãodeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.

Emqualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.1.3.

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VerV.12(Revestimentosempisoserodapés)eV.13(Revestimentosemescadaserampas)

IV.4.1.3.3 Ascirculaçõeshorizontaiseverticaisdevemter,emtodooseudesenvolvimento,umaalturalivredeobstruçõesquepermitaoacessoepermanênciadepessoassemexistiroriscodecolisão,devendoparatalsatisfazeraoespecificadonoDecreto-Lein.º163/2006,de8deAgosto(Secção4.5).

IV.4.1.3.4 A larguradosespaçosdecirculaçãodeveser talquenãohajaobstruçãoàlivrepassagemdosutilizadores,nãodevendo,emcondiçõesdeusonormal,essesespaçosserocupadospormobiliárioououtroequipamento.

IV.4.1.3.5 OsrevestimentosdepisonãodevemultrapassarosdesviosdeplanezageralelocalespecificadosemV.12(Revestimentosempisoserodapés).

IV.4.1.3.6 Demodoareduziroriscodetropeçamentodosutilizadores,osespaçosdecomunicaçãoecirculaçãodevemobservarasseguintescondições:

a) Nãodevemexistirobstáculosnopavimento,taiscomosaliênciaslocaisoudegrausisolados,comexcepçãodassoleirasdeporta;

b) Nãodevemexistirelementosverticaisquesepossamquebrardumaformaperigosasobaacçãodechoques(ex.:elementosdevidro);

c) Nãodevemexistirelementosverticaistransparentesquepossamnãoservistosecomosquaissepossacolidir.

VerV.12(Revestimentosempisoserodapés)

IV.4.1.3.7 Osespaçosdecirculaçãodevemdispordeumníveldeiluminaçãosuficiente,bemcomodeiluminaçãodeemergênciaedesinalizaçãodesaídas.VerIV.9(Confortovisual)eAnexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”

IV.4.1.3.8 AscaracterísticasdasescadasedasrampasdevemsatisfazeraoespecificadonoDecreto-Lein.º163/2006,de8deAgosto(secções2.4e2.5)eàsexigênciasespecíficas constantes de III.8 – Acessibilidade a pessoas commobilidadecondicionada.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

IV.4.2 SEGURANÇANOCONTACTO

IV.4.2.1 Princípiosgerais

IV.4.2.1.1 Oselementosdeconstruçãodevemserconcebidoserealizadosdeformaanãoapresentarem,naszonasacessíveis,rugosidadeexcessiva,arestascortantesou saliências perigosas e temperaturas superficiais capazes de provocarlesõesouferimentosnosutilizadores;nãodevemaindacontersubstânciasperigosas capazes de provocar danos à saúde, caso sejammanuseados ouingeridos.

IV.4.2.1.2

IV.4.2.1.3

IV.4.2.2 Mododeexpressão

IV.4.2.2.1 As exigências relativas à segurança no contacto devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Nívelderiscosprovenientesdesuperfíciesrugosas,dearestascortantesoudesaliênciasperigosas;

b) Temperaturasuperficialdaspartesacessíveisdoselementosdeconstruçãosusceptíveisdeficaremquentesàsuperfície;

c) Substânciasperigosascontidasnosprodutosdeconstruçãoouporeleslibertadas.

IV.4.2.3 Quantificação

Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançanocontactodeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.

Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.2.3.

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IV.4.2.3.1 Os paramentos acessíveis não devem ser cortantes ou ter esquinas comângulos vivos ou saliências perigosas, nem apresentar rugosidade queprejudiqueobem-estarouaintegridadefísica,causandolesõesouferimentosnosutilizadoresqueascontactem.

VerV.10(Revestimentosexterioresemparedesexteriores)e V.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos)

IV.4.2.3.2 Os elementos salientes, nomeadamente em zonas de circulação e locaisde utilização comum, não devem propiciar situações perigosas para osutilizadores.

IV.4.2.3.3 Atemperaturasuperficialdaspartesquentesacessíveisdeveser,emgeral,inferiora45°C,salvoseasuaaparênciaexteriorassinalardemodoevidentequeexisteperigodequeimadura.

VerVI.1(Abastecimentoedistribuiçãodeágua)

IV.4.2.3.4 Osprodutosutilizados em revestimentosdeparedes edepisonãodevemcontersubstânciasperigosascapazesdeprovocardanosàsaúdecasosejammanuseadosouingeridos.

VerV.10(Revestimentosexterioresemparedesexteriores)e V.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos)

IV.4.3 SEGURANÇADOSDISPOSITIVOSDEPROTECÇÃOCONTRAQUEDAS

IV.4.3.1 Princípiosgerais

IV.4.3.1.1 Osdispositivosdeprotecção,taiscomoguardas,vedaçõeseoutros,utilizadosnomeadamenteemjanelas,varandas,galerias,escadasecoberturas,devemser concebidos e localizados de forma a evitar a ocorrência de acidentesdevidosaquedasdepessoasoudeobjectos,emsituaçõesdeusonormal,deexecuçãodeoperaçõestécnicaseaindadecirculaçãonoexterior.

IV.4.3.1.2

IV.4.3.1.3

Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançadosdispositivosdeprotecçãocontraquedasdeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.

Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.3.3.

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IV.4.3.2 Mododeexpressão

IV.4.3.2.1 As exigências relativas à segurança dos dispositivos de protecção contraquedasdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Alturadeprotecçãodasguardas;

b) Afastamentoentreoselementosconstituintesdasguardasabertas;

c) Facilidadedeescalamento.

IV.4.3.3 Quantificação

IV.4.3.3.1 Paraaquantificaçãodasexigênciasdesegurançadosdispositivosdeprotecçãocontra quedas com base nos factores referidos no número anterior, deveatender-seàsdisposiçõesconstantesde:

a) Acessibilidadedepessoascommobilidadecondicionada(III.8);

b) Guardasecorrimãos(V.9).

IV.4.4 SEGURANÇAAACÇÕESDECHOQUE

IV.4.4.1 Princípiosgerais

IV.4.4.1.1 Os elementos de construção e os respectivos dispositivos de ligação emontagemdevemserconcebidoserealizadosdeformaaevitaraocorrênciadeacidentespessoaisdevidosaacçõesdechoqueresultantesdaquedaoudaprojecçãodepessoasoudeobjectossobreesseselementos,emsituaçõesdeusonormal.

IV.4.4.1.2 Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançaaacçõesdechoquedeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.

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IV.4.4.1.3

IV.4.4.2 Mododeexpressão

IV.4.4.2.1 Asexigênciasrelativasàsegurançaaacçõesdechoquedevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Resistênciaachoquesdecorpomole;

b) Resistênciaachoquesdecorpoduro.

IV.4.4.3 Quantificação

IV.4.4.3.1 Paraaquantificaçãodasexigênciasàsegurançaaacçõesdechoquecombasenos factores referidos no número anterior, deve atender-se às disposiçõesconstantesde:

a) Paredesexteriores(V.3);

b) Paredesinteriores(V.4);

c) Preenchimentodevãos(V.8).

IV.4.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃODEINSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS

IV.4.5.1 Princípiosgerais

IV.4.5.1.1 As instalações e os equipamentos dos edifícios devem ser concebidos,localizados e estabelecidos de modo a evitar a ocorrência de acidentespessoaisdecorrentesdousonormal,nomeadamentedevidosaelectrocussão,asfixia,intoxicação,explosão,queimadurasououtrascausasprevisíveis.

I.1.4.1.2

Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.4.3.

Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançanautilizaçãodeinstalaçõeseequipamentosdeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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I.1.4.1.3

I.1.4.2 Mododeexpressão

I.1.4.2.1 Asexigênciasrelativasàsegurançanautilizaçãodeequipamentosdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Electrocussão:- Acessibilidadedepartesdainstalaçãoeléctricasobtensão;- Característicasdaligaçãoàterradainstalaçãoeléctrica;- Característicasdosistemadeprotecçãocontraoraio.

b) Asfixiaeintoxicação:- Estanquidadedarededegás;- Fiabilidadedosaparelhosdecombustão;- Característicasdosistemadeventilaçãoedascondutasdeexaustão.

c) Explosão:- Estanquidade de reservatórios e canalizações de gás e de líquidos

inflamáveis;- Fiabilidadedosaparelhosdecombustão;- Característicasdosistemadeventilaçãoedascondutasdeexaustão.

d) Queimaduras:- Temperaturasuperficialdecomponentesacessíveis;- Temperaturadefluidosdeaquecimento(ar,vapor,líquidos).

IV.4.5.3 Quantificação

IV.4.5.3.1 A quantificação das exigências relativas à segurança na utilização deequipamentosdevefazer-sedeacordocomalegislaçãonacionalecomunitáriaaplicável.

Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.5.3.

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IV.4.5.4 Recomendaçõescomplementares[11]

IV.4.5.4.1 Osquadroseléctricosdevem-seencontrarsemprefechados,inacessíveisaosutilizadoresedesimpedidos.

IV.4.5.4.2 Todasasmassasmetálicasdevemestarligadasàterra.

IV.4.5.4.3 Osaparelhosdeiluminaçãoerestantesequipamentoseléctricos,localizadosnoexterior,incluindogaleriasexterioresealpendres,devemserestanques.

IV.4.5.4.4 Asinstalaçõeseosequipamentoseléctricosdevemestarprotegidoscontracontactosdirectos,demodoaprotegeraspessoasdosriscosdecontactocompeçasemtensão.

IV.4.5.4.5 Todososequipamentoseléctricosdevemestarprotegidoscomdispositivossensíveisacorrentesdiferenciais/residuais,osquaisdevemserperiodicamentetestados.

IV.4.6 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º163/2006,de8deAgosto–Regime de acessibilidade aos edifícios, e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais.

[2] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Exigências funcionais e construtivas para edifícios escolares.Documento1.Lisboa:LNEC,Abrilde1993.(Relatório76/93-NPC).

[3] DESPACHO41/MES/85de1985-02-05–Recomendações Técnicas para Habitação Social.Lisboa:ImprensaNacional-CasadaMoeda,1988.

[4] FUNDODEFOMENTODAHABITAÇÃO(FFH)– Instruções para Projectos de Habitação Promovida pelo Estado.Lisboa:FFH,1978.

[5] Comunicação da Comissão a propósito dos Documentos Interpretativos da Directiva 89/106/CEE do Conselho. JornalOficialdasComunidadesEuropeias,C62de1994-02-28.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

[6] CONSELHOSUPERIORDEOBRASPÚBLICASECOMUNICAÇÕES(CSOPT)–Projecto de Regulamento Geral das Edificações.Lisboa:CSOPT,Janeirode2007.

[7] ESPECIFICAÇÃOLNECE470:2005–Guardas: Características dimensionais e métodos de ensaio.Lisboa:LNEC.

[8] VIEGAS, JoãoCarlos–Componentes de edifícios. Selecção de caixilharia e seu dimensionamento mecânico.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE51).

[9] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Determination of impact resistance of panels and panel assemblies. Brussels:EOTA,2003.(TechnicalReportTR001).

[10] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as non-load bearing walls.Brussels:EOTA,1998.(ETAG003).

[11] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA-GERAL DO MINISTÉRIO DAEDUCAÇÃO–Manual de utilização, manutenção e segurança nas escolas.Lisboa:MinistériodaEducação,2003.

[12] INSTITUTONACIONALDEHABITAÇÃO (INH); LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia técnico de reabilitação habitacional. 2 Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.(NãoSeriadosNS108).

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IV.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA

IV.5.1 PRINCÍPIOSGERAIS

IV.5.1.1 A envolvente dos edifícios deve ser concebida, dimensionada e realizadademodoque, tendoemcontaasdeformaçõesprevisíveisda construçãoeasvariaçõesdimensionaisdosseuselementosconstituintes,nãopermitaapenetração,atravésdela,daáguadachuvaincidenteoudaneve,eapresenteaindasuficientecapacidadedeevacuação.

IV.5.1.2

IV.5.1.3 Aparteenterradadaenvolventedosedifíciosdeveserconcebida,dimensionadaerealizadademodoquenãoseverifiqueapenetração,atravésdela,daáguaprovenientedosolo.

IV.5.1.4

IV.5.1.5 Nos locaishúmidose,dummodogeral,emtodosaquelesondeapresençadaáguapossa terumcarácterpermanenteoupelomenosprolongado,oselementosdeconstruçãoquepossamestarsujeitosaessapresença,assimcomoas respectivas ligações–emparticular,a ligaçãoentreospisoseosparamentosdasparedes–,devemserestanquesàágua.

IV.5.1.6

IV.5.1.7 As redes de distribuição de água e de drenagem de águas residuais, oselementosdeequipamentonelasintegradoseosaparelhossanitáriosdevemassegurarestanquidadeàáguaemcondiçõesnormaisdeuso.

Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentesdeveserverificadooestadode fendilhaçãodos seus elementos construtivos, nomeadamentedosseusrevestimentos,demodoaavaliaranecessidadedeintervençãolocalizadaougeneralizada.

Para efeito do número anterior, em edifícios existentes deve verificar-se aexistênciadevestígiosdehumidadenosparamentos interioresdeparedesepavimentos(oudetectos,sesobcoberturasajardinadas),demodoaavaliaranecessidadedeintervençãolocalizadaougeneralizada.

Para efeito do número anterior, em edifícios existentes deve verificar-se aexistência de vestígios de humidade nos tectos do piso subjacente e nosparamentosdasparedesconfinantesdesselocalhúmido,doladodosespaçosaeleadjacentes,demodoaavaliaranecessidadedeintervençãolocalizadaougeneralizadana impermeabilizaçãodopavimentoedosrespectivosrematescomasparedesconfinantes.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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IV.5.1.8

IV.5.2 MODODEEXPRESSÃO

IV.5.2.1 As exigências de estanquidade à água da chuva devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Estanquidadeàáguadachuva:- Pressãolimitedeestanquidade:valormáximodapressãoestáticadoar

paraaqualaestanquidadeàáguaficaassegurada;- Presençaouausênciade infiltraçõesde água, sobo efeitoda chuva

incidenteacompanhadadaacçãodovento;- Estagnaçãooutransbordodaáguadasredesdedrenagemdeáguasob

oefeitodachuvaincidente.

b) Estanquidadeàáguaprovenientedosolo:- Permeabilidadeàáguasoboefeitodapressãodacamadaaquíferano

seunívelnaturalmaiselevado;- Capilaridadedasparedesedospavimentos.

c) Estanquidadeàáguaprovenientedointerior:- Presençaouausênciadeinfiltraçõessobaacçãodeáguaacumulada;- Presençaouausênciadeinfiltraçõessobaacçãodeáguaprojectada;- Pressãomáximaparaaqualnãoseproduzqualquerfugaoudeformação

dastubagensdaredededistribuiçãodeágua.

IV.5.3 QUANTIFICAÇÃO

IV.5.3.1 Paraaquantificaçãodasexigênciasdeestanquidadeàáguacombasenosfactores definidos no número anterior deve atender-se às disposiçõesconstantesdeV(Construção)eVI(InstalaçõeseEquipamentos).

Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentesdeveobservar-seotipodemanchas de humidade (mais claras oumais escuras) que possa ocorrer,geralmentecomcarácterlocalizado,nasprevisíveiszonasondeselocalizemastubagensemquestão.

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IV.5.4 RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES

IV.5.4.1 Demodo a assegurar a estanquidade à água da envolvente dos edifícios,recomenda-se a utilização de materiais impermeáveis ou a adopção dedisposiçõesconstrutivasadequadas.

IV.5.4.2

IV.5.4.3 Demodoanãoafectaroisolamentotérmicoeadurabilidadedosedifícios,recomenda-se a adopção de disposições construtivas que impeçam que aáguaprovenientedoexterioratinjaosmateriaisdeconstruçãosensíveisàsuapresença,nomeadamenteosmateriaiscomfunçõesdeisolamentotérmico.

IV.5.4.4

IV.5.4.5 Demodoaevitarotransportedeáguasinfiltradasparaointeriordosedifíciosatravés das canalizações destinadas à instalação eléctrica, recomenda-separticularatençãoaorespectivotraçado.

IV.5.4.6

IV.5.4.7 De modo a evitar infiltrações de água para outras zonas dos edifícios,recomenda-separticularatençãonaescolhadosrevestimentosinterioresdosespaçosquepossamsersujeitosaprocessosdelimpezacomáguaabundante,como cozinhas, salas de refeições e instalações sanitárias, bem como naadopçãodedisposiçõesconstrutivasadequadasnasrespectivasligações.

IV.5.4.8

IV.5.4.9 Demodoaevitarafracturadoselementosdeequipamentoedosaparelhossanitários integradosnas redesdedistribuiçãodeáguaededrenagemde

Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentes,casoasintervençõesarealizarsejamlocalizadas,deveverificar-seacompatibilidadedosmateriaisesistemasutilizadoscomosexistentes.

Para efeito do número anterior, em edifícios existentes devem tomar-semedidasdeprotecçãodosmateriaisdeisolamentotérmico,podendo,emcasodedeterioraçãosignificativadosmesmos,substituí-losintegralmente.

Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentes,setalanomaliaocorrer,deveprocurar-seolocaldepenetraçãodaáguademodoapoderserreparadaazonarespectiva.

Paraefeitodonúmeroanterior,seosrevestimentosinterioresdessesespaçosforemmotivodessasinfiltrações,devemtratar-seassuperfíciespertinentescomprodutosimpermeáveisàáguaeeventualmenteresistentesàacçãodecertosagentesquímicos.Nestescasosaintervençãoseráquasesempregeneralizadanospavimentos,podendoserlocalizadanazonainferiordasparedes.

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águasresiduais,comprometendoasuaestanquidade,recomenda-sequeosmesmosapresentemelevadaresistênciaaochoque.

IV.5.4.10

I.1.2 REFERÊNCIAS

[1] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Exigências funcionais e construtivas para edifícios escolares. Documento 1. Lisboa: LNEC,Abril1993.(Relatório76/93–NPC).

[2] HENRIQUES, Fernando–Humidade em paredes. 3.ª ed. Lisboa: LNEC, 2001.(ColecçãoEdifíciosCED1).

[3] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA Civil (LNEC) – Curso de revestimento de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS15).

[4] LUCAS,JoséA.Carvalho–Revestimentos de ligantes sintéticos para paramentos interiores de paredes. Lisboa: LNEC, 1990. (InformaçãoTécnicaEdifícios ITE27).

[5] NASCIMENTO,JoséM.–Classificação funcional dos revestimentos de piso e dos locais. Classificação “UPEC” e “Gws”.Lisboa:LNEC,1991.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE29).

[6] LOPES,J.Grandão–Anomalias em impermeabilizações de coberturas em terraço.6.ªed.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE33).

Quandoseobserveaexistênciadefracturasoudeterioraçõesquecomprometamaestanquidadedosaparelhoseequipamentosaqueserefereonúmeroanterior,deveproceder-seàsuasubstituição.

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IV.6 QUALIDADEDOARINTERIOR

IV.6.1 PRINCÍPIOSGERAIS

IV.6.1.1 Osedifíciosdevemserprojectados,construídosemantidosdeformaaqueaqualidadedoarnoseuinteriorsejaadequada,empermanência,àocupaçãohumana.

IV.6.1.2 Paraasseguraraqualidadedoarinteriorpreconiza-seaadopçãosimultâneadetrêsestratégias:

a) Minimizaçãodasfontesdepoluiçãonointerior;

b) Extracçãolocaljuntodefontespoluentes;

c) Diluição dos poluentes gerados pelos ocupantes e fontes difusas porrenovaçãodoarinterior.

IV.6.1.3 Osistemadeventilaçãodeveserconcebidotendoemcontaadiversidadedeespaçoseactividadesdesenvolvidas,demodoapreveniramigraçãodeodorese poluentes das zonasmais poluídas (ex.: cozinha, instalações sanitárias elavandaria)paraaszonasmaislimpas(ex.:salasdeactividadesegabinetes).

IV.6.1.4 Dependendo da dimensão do edifício e da potência de climatização osrequisitosdequalidadedoardevemsatisfazeroespecificadono

RCTTE[5]ounoRSECE[6],conformeoregulamentoaplicável.

IV.6.2 MODODEEXPRESSÃO

IV.6.2.1 As exigências relativas à qualidade do ar interior devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Caudaisdeventilaçãoemm3/h,m3/(h.m2),m3/(h.ocupante)ourenovaçõesdearporhora;

b) Limites máximos para a concentração de poluentes no ar interior deacordocomopreconizadonosdocumentos[2,3];

Asintervençõesdereabilitaçãodosedifíciosdevemserconcebidaserealizadasdeformaagarantirqueaqualidadedoarnoseuinteriorsejaadequada,empermanência,àocupaçãohumana.

NasintervençõesdereabilitaçãodosedifíciosdeveseravaliadaapossibilidadedeseremcumpridososrequisitosdequalidadedoarespecificadosnoRCTTEounoRSECE,conformeoregulamentoaplicável,tendoemcontaadimensãodoedifício,apotênciadeclimatizaçãoeocustodaintervençãodareabilitaçãoarealizar.

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c) Áreaútildasaberturasdasfolhasmóveis(m²).

IV.6.3 DETERMINAÇÃO

IV.6.3.1 Osfactoresreferidosnonúmeroanteriordevemserdeterminadosdeacordocomosseguintescritérios:

a) Caudais de ventilação: determinação experimental, em determinadosmomentoseparaas condiçõesmeteorológicasexistentes, combasenamedição dos caudais insuflados ou extraídos, ou na técnica dos gasestraçadores[5];

b) Concentraçãodepoluentesnoar interior:medição realizadadeacordocommetodologiacompatívelcomasexigênciasdoRSECE;

c) Áreaútildaaberturadas janelas:determinaçãocombasenasecçãodaaberturaquandoasfolhasmóveisseencontramabertas.

IV.6.4 QUANTIFICAÇÃO

IV.6.4.1 Caudaisdeventilação

IV.6.4.1.1 Adiluiçãodospoluentesresultantesdarespiraçãoemetabolismohumanoe das emissões resultantes dosmateriais deve ser efectuada combase narenovação do ar interior, realizada por ventilação natural, mecânica ouhíbrida.

IV.6.4.1.2 O caudal de ventilação mínimo destinado a assegurar a qualidade do arinteriordevesergarantidoempermanênciaindependentementedeasjanelase portas se encontrarem fechadas. A abertura das janelas será útil parapermitiraosocupantesintensificaraventilaçãoemdeterminadosperíodos.

Osfactoresreferidosnonúmeroanteriordevemserdeterminadosdeacordocomosseguintescritérios:

a) Caudaisdeventilação:determinaçãoexperimentalcombasenamediçãodoscaudaisinsufladosouextraídosounatécnicadosgasestraçadores;

b) Inquéritos aos ocupantes destinados a obter a percepçãoqueestestemsobreaqualidadedoarinterior.Seexistiremmaisde20%dosocupantesinsatisfeitosdevemserprevistasintervençõesdeformaamelhoraraqualidadedoarinterior;

c) Mediçãodaconcentraçãodepoluentesnoarinterior.

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IV.6.4.1.3 Emcada tipodeespaçodeve serasseguradoumcaudaldeventilaçãonãoinferioraosvaloresindicadosnoquadroseguinte.

IV.6.4.1.4 Com excepção dos quartos e cozinha, nos períodos de não-ocupação dosespaçososcaudaisdeventilaçãoexpressospodemserreduzidosparametade,deformaaminimizarasperdastérmicaseosconsumosdeenergia.

IV.6.4.1.5 Se não for assegurado que os materiais de construção são classificadoscomo ecologicamente limpos, os sistemas de renovação de ar devem serdimensionadosparafornecer,senecessário,oscaudaisindicadosnoquadroanterior,acrescidosde50%.

(m³/h.m²)

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5

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Emcadatipodeespaçodeveserasseguradoumcaudaldeventilaçãonãoinferioraosvaloresindicadosnoquadroseguinte.Tratando-sedereabilitação,poderáserencaradaapossibilidadedeadoptarcaudaisdeventilaçãomenores,osquaisserãocomplementadospelaaberturadejanelaspelosocupantes,nacondiçãodequeumareduçãodocaudalsetraduzaapenasemincomodidade.

Tipodeactividade

Salasderepouso

Saladeactividades

Saladerefeições

edeconvívio

Gabinetesadministrativos

Corredores

Ginásio

Lavandaria

Cozinha(hotedesligada)

Instalaçãosanitária

Arrecadações

Vestiários

Outrosespaços,sem

ocupaçãohumana

oucomocupação

temporária

Outrosespaços,com

ocupaçãohumana

Renovações

dearporhora

1

1

1

1

2

2

4

0,5

1

0,5

0,5

(m³/h.ocupante)

35

35

35

35

35

Caudaisdeventilação(1)

(m³/h)

60

(1)Exemplos:Quartocom2ocupantese40m³devolumeinterior;Caudal=Max(70;40)=70m³/h;Saladeconvíviocom12ocupantese325m³devolumeinterior;Caudal=Max(420;325)=420m³/h.

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IV.6.4.1.6 Ahotedofogãodeveserseleccionadadeformaaasseguraraeficazcaptaçãodospoluentes,devendoestardimensionadadeacordocomanormaNP10374 e comumcaudal não inferior a 180m3/h. Parapermitir a extracçãodocaudaldeareevitardepressõesexcessivas,deveserasseguradaaadmissãodeumcaudal de ar equivalente para esse espaço através de aberturas naenvolventeinterior(portasouparedesquedelimitemesseespaço).

IV.6.4.1.7 Nospólostécnicos,saladogeradorecaldeirasdeveserasseguradoocaudalde ar novo necessário ao bom funcionamento dos aparelhos e deve serassegurada a evacuação dos produtos da combustão através de condutas.Deformacomplementardevemserasseguradososrequisitosdeventilaçãoe desenfumagem previstos na regulamentação de segurança ao incêndioaplicável.

IV.6.4.2 Aberturadasfolhasmóveisdasjanelas

IV.6.4.2.1 Aventilaçãodosedifíciosdevepoderser intensificadaatravésdaaberturadasjanelas.OdimensionamentodasaberturasdasjanelaspodeserrealizadodeacordocomoprEN15242[8],deformaaassegurarumcaudalmédiodepelomenos5renovaçõesdearporhoradoedifíciooudepartesdoedifício.

IV.6.4.2.2 Demodosimplificado,admite-sequeparaasseguraraventilaçãointensadosespaçossejaminstaladasjanelascomfolhasmóveiscomumaáreadeaberturanãoinferiora5%daáreadepavimentodesseespaçoequeexistamaberturasinterioresquepossibilitemoescoamentodoarentrefachadasopostas.Partedessaaberturadeveestarsituadaacimade1,75mdopavimento.

IV.6.5. RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES

IV.6.5.1 Minimizaçãodasfontesdepoluiçãointerior

IV.6.5.1.1 Na selecção dos produtos de limpeza recomenda-se a não-utilização deprodutosàbasedeamónia,solventesorgânicoseoutrassubstânciasquímicasqueafectemaqualidadedoarinterior.

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IV.6.5.1.2 Recomenda-sequesejaevitadaaacumulaçãodesubstânciasperigosasparaasaúdenointeriordosespaçosdoedifícioondeseverifiqueapermanênciadepessoas.

IV.6.5.1.3 Recomenda-se que osmateriais de construção, emparticular osmateriaisderevestimento,comotintas,vernizes,estuques,madeiras,contraplacadosemateriaisfibrosos, sejamseleccionadosde formaanão libertaremgasespoluentesparaoarinterior,devendoserfavorecidososquesejamcertificadoscomoecologicamentelimpos.

IV.6.5.2 Sistemadeventilação

IV.6.5.2.1 Recomenda-sequeaadmissãodoarexteriorserealizeatravésdeaberturasde ventilação específicas, situadas em locais adequados da fachada ou dacoberturaeafastadasdezonaspoluídas,taiscomo,locaisdeestacionamento,aberturasdeexaustãodaventilação,tubosdeventilaçãodeesgotosejuntoaopavimentoexteriordoedifício.

IV.6.5.2.2 SeaqualidadedoarexteriornazonaenvolventedoedifícioforconsideradapelomenosnaclasseMédia [4]em95%dotempo,éadmissívelefectuaraadmissãodoarnovoexterioratravésdegrelhasauto-reguláveisaplicadasnaenvolventeexteriordoscompartimentosdezonas“não-poluídas”.NoscasosemqueaqualidadedoarexteriorsejainferioràclasseMédiaemmaisde5%dotempo,érecomendávelqueoarnovosejaobjectodefiltragemadequada,funçãodapoluiçãodoarexterior[6],antesdeserinsufladoparaoedifício.

IV.6.5.2.3 Parapreveniramigraçãodospoluentesdaszonasmaispoluídas(ex.:cozinha,instalações sanitárias e lavandaria) para as outras zonas é recomendávelprocederàextracçãodoarviciadonessescompartimentosdirectamenteparao exterior, criando uma ligeira depressão em relação aos compartimentosadjacentes.O ar extraído nesses compartimentos deve ser proveniente decompartimentosadjacentesoupoderáseradmitidodirectamentedoexterior.Tendoemcontaascondiçõesclimáticasfavoráveis,recomenda-seaaplicaçãode janelas com folhasmóveis destinadas a possibilitar a intensificação daventilaçãodessesespaços,nomeadamenteatravésdefolhasmóveiscomeixohorizontalinferior(folhasdeventilação).

IV.6.5.2.4 Tendoemcontaquedurantealgunsperíodosdoanoascondiçõesatmosféricas(baixadiferençadetemperaturaentreointerioreoexterior,baixavelocidadedo vento) podem inviabilizar o adequado funcionamento do sistema de

Deveseverificadoseosmateriaisdeconstrução,emparticularosderevestimento,comotintas,vernizes,estuques,madeiras,contraplacadosemateriaisfibrosos,libertamgasespoluentesparaoar interioremquantidadeexcessiva,devendonessascircunstânciasserprevistaasuasubstituiçãopormateriaisecologicamentelimpos.

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ventilação natural, recomenda-se que a ventilação dos espaços das zonaspoluídasmaiscríticas(ex.:cozinha,instalaçõessanitáriaselavandaria)sejaassegurada por meios mecânicos. Esta estratégia também permitirá umacertarenovaçãodoardosrestantesespaços(quepodeserintensificadacomaberturasdejanelas)seaadmissãodearforefectuadacomgrelhasaplicadasnaenvolventeexteriordoscompartimentosmaislimpos.

IV.6.5.2.5 Érecomendadoaindaprocederàventilaçãomecânicadoslocaisinteriores,esemjanelasparaoexterior,ounoslocaisemque,devidoaconstrangimentosexteriores ao edifício (privacidade, ruído, segurança, outros), as janelaspermaneçamfechadas.

IV.6.5.2.6 Nasarrecadaçõeseoutroslocaissemocupaçãohumana,commateriaiscomodorfracoecomumaáreaemplantainferiora2m²,poderáseraceitávelasseguraraventilaçãodesseespaçocomaberturasrealizadasadoisníveisdiferentes,umaaberturapróximadopavimentoeoutranumacotaacimade2m.

IV.6.5.2.7 Demodoaoptimizaraintensificaçãodaventilação,recomenda-sequesejaprivilegiadaaventilaçãotransversal,assegurandoaexistênciadejanelasemfachadasopostasedeaberturasnaenvolventeinterior,quepossibilitemesseescoamentodoar.

IV.6.5.2.8 Para permitir um certo controlo da ventilação transversal e minimizar oriscodedesconforto,recomenda-sequeasjanelassejamdotadasdefolhasgiratóriasdeeixohorizontalinferior,comaberturaparaointerior(folhasdeventilação).

IV.6.6 DEFINIÇÕES

IV.6.6.1 Materiais ecologicamente limpos são aqueles que apresentamuma taxa deemissãodecompostosorgânicosvoláteistotais(COVT)inferiora0,2mg/m²/h,deformaldeídoinferiora0,05mg/m²/h,deamóniainferiora0,03mg/m²/hedecomponentescancerígenosdacategoria1daIARCinferiora0,0005mg/m²/h.Osvaloreslimitesreportam-seàunidadedesuperfíciedomaterial.

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IV.6.6.2 Índicedaqualidadedoarexterioréumindicadordaqualidadedoarnoqualsãoconsideradososseguintespoluentes:monóxidodecarbono(CO),dióxidode azoto (NO²), dióxido de enxofre (SO²), ozono (O³) e partículas finas ouinaláveis(medidascomoPM10).

IV.6.6.3 Zonasmaispoluídassãoaszonasondesãolibertadosparaoarcommaiorintensidade alguns poluentes, por via das actividades nelas desenvolvidascomo,porexemplo,acozinha,asinstalaçõessanitáriasealavandaria.

IV.6.6.4 Zonasmais limpassãoosespaçosdoedifícioondeosprincipaispoluenteslibertadosresultamdometabolismohumanocomo,porexemplo,osquartos,gabinetesesalasderefeiçõesedeconvívio.

IV.6.7 REFERÊNCIAS

[1] NP1037-4:2001–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Instalação e evacuação das cozinhas profissionais.Lisboa:IPQ.

[2] ANSI/ASHRAEStandard62.1–Ventilation for acceptable indoor air quality.Atlanta:ASHRAE,2004.

[3] CR1752:1998–Ventilation for buildings – Design criteria for the indoor environment.Brussels:CEN.

[4] INSTITUTODOAMBIENTE(IA)–Índice da qualidade do ar exterior.DisponívelnaInternet:http://www.qualar.org/index.php?page=1>

[5] ENISO12569:2000–Thermal performance of buildings – Determination of air change in buildings.Tracergasdilutionmethod.Brussels:CEN.

[6] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).

[7] EN13799:2004–Ventilation for non-residential buildings – Performance requirements for ventilation and room-conditioning systems.Brussels:CEN.

[8] prEN15242:2005–Ventilation for buildings – Calculation methods for the determination of air flow rates in buildings including infiltration.Brussels:CEN/TC156.

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[9] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

IV.7 CONFORTOHIGROTÉRMICOEEFICIÊNCIAENERGÉTICA

IV.7.1 CONFORTOHIGROTÉRMICO

IV.7.1.1 PrincípiosGerais

IV.7.1.1.1 Osedifíciosdevemserconcebidos,realizados,equipadoseutilizadosdeformaapermitirquesecriememantenhamnoseuinteriorcondiçõesdeconfortohigrotérmico, tendo em conta o número e as exigências específicas dosocupantesdosdiferenteslocaiseonormalfuncionamentodosequipamentosnelesinstalados.

IV.7.1.1.2 Demodo a satisfazer os objectivos estabelecidos no número anterior, nãodevem gerar-se nos ocupantes sensações de desconforto higrotérmicodevidas,nomeadamente:

a) Aperdasouganhosexageradosdecalor;

b) A desigualdades excessivas de temperatura entre as diversas partes docorpo;

Osedifíciosexistentesdevemserequipadoseutilizadosdeformaapermitirquesecriememantenhamnoseuinteriorcondiçõesdeconfortohigrotérmico,tendoemcontaonúmeroeasexigênciasespecíficasdosocupantesdosdiferenteslocaiseonormalfuncionamentodosequipamentosnelesinstalados.

Recomenda-sequequandoseprevejaarealizaçãodeintervençõesdemanutenção,deconservaçãooudereabilitaçãonosedifíciosexistentes,osaspectosrelacionadoscom o respectivo desempenho higrotérmico e energético sejam devidamenteponderados.

Noâmbitodeumadas intervençõesacimareferidas, recomenda-sequesejamavaliadasaoportunidadeeaviabilidadetécnico-económicada implementaçãodesoluçõespassivasouactivasquevisem,queramelhoriadaqualidadetérmicadoedifícioquera limitaçãodoscustosenergéticosassociadosàsatisfaçãodasexigênciasdeconfortohigrotérmico.

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c) Adificuldadesdeeliminarocalorgeradopelometabolismo,oqualdependedotipodeactividaderealizada,quenocasonãofavoreceumasituaçãodehigrotermiaestável;

d) Àocorrência,porperíodoslongos,desecagemouhumidificaçãoexcessivasdapeleoudasviasrespiratórias,resultantesdeteoresdehumidadeemambientesextremos.

IV.7.1.1.3 A obtenção de condições satisfatórias de conforto higrotérmico deve serasseguradacomumcustoglobalmínimo(considerandooscustosinicial,deexploraçãoedemanutenção)associadoaoseventuaismeiosmecânicosdeclimatização necessários (aquecimento, ventilação, refrigeração), semque,noentanto,sejampostosemcausaaqualidadedoarnemoutrosaspectosdoconfortoambienteinterior.

IV.7.1.1.4 As regras e recomendações que se apresentam aplicam-se a edifícios semsistemas de climatização centralizados, a edifícios com potências declimatização (aquecimento, refrigeração ou ventilação) inferior a 25 kWouaedifícioscomáreainferiora1000m².Nosrestantescasos,asregraserecomendaçõesaplicáveissãoasconstantesdeIV.7.2.

IV.7.1.2 Mododeexpressão

IV.7.1.2.1 As exigências relativas ao conforto higrotérmico devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Característicasdecomportamentotérmicodosedifícios:- Necessidadesnominaisdeenergiaútildeaquecimento(Ni),expressas

emconsumosnominaisporunidadedeáreaútildepavimento[kWh/(m².ano)];

- Necessidadesnominaisdeenergiaútildearrefecimento(Nv),expressasemconsumosnominaisporunidadedeáreaútildepavimento[kWh/(m².ano)].

b) Parâmetroseíndicesfundamentaisdeconfortoambienteinterior:- Temperaturasdoarouoperativa;- Humidaderelativaouabsolutadoar;- Assimetriasradiantes(verticalehorizontal);- Assimetriaverticaldatemperaturadoar;

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- Temperaturasuperficialdopavimento;- Velocidadedoar;- ÍndicesPMV(votomédioprevisível),PPD(percentagemprevisívelde

insatisfeitos) e DR (percentagem previsível de insatisfeitos devido acorrentesdear).

c) Parâmetrostérmicosadicionais:- Coeficientesdetransmissãotérmicadoselementosdaenvolventedos

edifícios;- Classedeinérciatérmicadoedifício;- Factorsolardosvãosenvidraçados.

IV.7.1.2.2

IV.7.1.3 Quantificação

IV.7.1.3.1 A quantificação das exigências de conforto higrotérmico com base nosfactoresreferidosnonúmeroanteriordevefazer-sedeacordocomalegislaçãonacionalaplicável[1]eatenderaindaaoscritérioseàinformaçãoconstantesdosdocumentos[3,4,5].

IV.7.1.4 Recomendaçõescomplementares

Paraosedifíciosexistentesrecomenda-seocálculodosíndiceseparâmetrosdecaracterizaçãododesempenhotérmicodefinidosnoDecreto-Lein.º80/2006,de4deAbril[1],demodoaapoiaraidentificaçãodeaspectosquepossamjustificaraimplementaçãodemedidasprioritáriasdemelhoria.

Se os edifícios existentes, sem sistemas de climatização centralizados, foremobjectodegrandesremodelaçõesoualterações,devemsatisfazeraosrequisitosconstantesdoDecreto-Lein.º80/2006,de4deAbril[1].

Asampliaçõesdosedifíciosexistentes,semsistemasdeclimatizaçãocentralizados,ficam sujeitas ao cumprimento das exigências definidas no Decreto-Lei n.º80/2006,de4deAbril[1].

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IV.7.1.4.1 Independentemente da adopção de valores recomendados nas referênciasbibliográficas assinaladas [1, 3, 4], e referentes aos diversos parâmetrosambientais, térmicos e energéticos, recomenda-se que a temperaturaambienteinteriornãosejainferiora18°Cnemsuperiora27°C,dependendodaépocadoanoedotipodeutilizaçãodosespaçosinteriores.EmIV.7.2eVI.5(Climatização)sãoprestadasrecomendaçõesadicionaisrelativasàselecçãoeutilizaçãode equipamentos individuaisde climatizaçãoque contribuirãoparaasatisfaçãodestarecomendação.

IV.7.1.4.2 Do mesmo modo, recomenda-se que a taxa horária de renovação de arsejaadequadaao tipodeutilizaçãoenúmerodeutilizadores frequenteseocasionaisdosdiferentesespaçosinteriores.EmIV.6(Qualidadedoarinterior)são prestadas recomendações adicionais relativas à ventilação adequadadessesespaços.

IV.7.1.4.3 Visandoautilizaçãoracionaldascondiçõesclimáticasnaturaisexteriores,eemparticulararadiaçãosolar,noaquecimentoenoarrefecimentodosdiferentesespaçosinteriores,recomenda-sequeosedifíciossejamorientadostendoematençãoessascaracterísticasclimáticaseasnecessidadesdeinsolação.

IV.7.1.4.4 Paratirarpartidoda inérciatérmicainteriordosedifícios,queé,emgeral,benéficaparaodesempenhotérmicodosespaços interiores,emparticularnosperíodosquentes,recomenda-seque:

a) OsedifícioslocalizadosnaszonasclimáticasdeVerãoV2eV3apresenteminérciatérmicainteriorelevada;

b) O aproveitamento dos benefícios da inércia térmica seja apoiado pelorecursoàventilação(natural,depreferência)duranteosperíodosemqueatemperaturaexterioréinferioràtemperaturainterior;

c) De modo a maximizar os ganhos solares úteis nos períodos frios e aminimizarosganhosindesejadosnosperíodosquentes,recomenda-sequeos vãosenvidraçados sejamprovidosdedispositivosdeprotecção solarcolocadospeloexterioredecoresclaras.

IV.7.1.4.5 Recomenda-sequenaconcepçãoenaselecçãodosdispositivosdeprotecçãosolar sejam ponderados outros eventuais benefícios complementares,nomeadamentenoâmbitodailuminaçãonatural,daoclusãonocturnaedaventilaçãonatural.

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IV.7.1.4.6 Paraminimizarosindesejadosganhostérmicossolaresnosperíodosquentes,atravésdareflexãoedosombreamentoeficazdaradiação,recomenda-sequeosacabamentosexterioresdoselementosopacosdaenvolventedosedifícios(paredes,caixilhosecoberturas)sejampreferencialmentedecoresclaras.

IV.7.1.4.7 No caso de coberturas com desvãos não-habitados, ou de elementos comespaçosdearentreumrevestimentoexteriordepequenaespessura(lajetas,chapas,pedraseladrilhosderevestimentoexteriorindependente)easoluçãode isolamento térmico, recomenda-se que sejam adoptadas disposiçõesconstrutivasquepermitamarespectivaventilação.

IV.7.2 EFICIÊNCIAENERGÉTICA

IV.7.2.1 Princípiosgerais

IV.7.2.1.1 Os edifícios e as suas instalações energéticas devem ser concebidos,projectados, construídos e utilizados de forma a minorar o consumo deenergia,principalmentedeenergiafóssil,aolongodociclodevida,incluindoafasedeconstrução,utilizaçãoedefimdevidadoedifício.

IV.7.2.1.2

IV.7.2.1.3

Noâmbitodoprojectodereabilitaçãotérmicaeenergética,recomenda-sequeseja efectuada uma avaliação técnica e económica de diferentes soluções eque sejamadoptadas asmais eficientes.Nesse âmbitopode ser importante arealização de uma auditoria energética (de aplicação obrigatória nos edifíciosabrangidospeloRSECE)paraauxiliaroestudotécnicoeeconómico.Salienta-sequenesteâmbitodevesertidaemcontaareabilitaçãotérmicadaenvolvente,dosistemadeiluminaçãodosequipamentosconsumidoresdeenergia,adistribuiçãodosactividades/espaços,etc.

Dependendo dos recursos financeiros disponíveis, deve procurar-se substituirequipamentosqueapresentembaixorendimentoporequipamentomaisrecentecommaior eficiência, como por exemplo as caldeiras emotores eléctricos defuncionamentoprolongado.

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IV.7.2.1.4 Os sistemasde climatizaçãodevemser concebidos, construídos, utilizadosemantidosdeformaapermitirquesecriememantenhamnointeriordosedifícios ou espaços condições de conforto higrotérmico, tendo em contaas exigências específicas dos ocupantes dos diferentes locais e o normalfuncionamentodosequipamentosnelesinstalados.

IV.7.2.1.5 Orecursoasistemasdeclimatizaçãomecânicadeveserminimizadotendoemcontaoacréscimodecustosnaconstruçãoenaexploraçãodoedifício,devendoserprivilegiadasassoluçõespassivas.

IV.7.2.1.6 Paraminimizar os consumos de energia a climatização pode ser limitadaaos espaços comocupaçãoprolongada, devendoadistribuiçãode espaçoseaqualidadetérmicadaenvolventesatisfazeraosrequisitosdefinidosemIV.7.1.

IV.7.2.1.7 Ainstalaçãodesistemasdeaquecimentodeveserponderadaparaosespaços/edifíciosemque,apesardaqualidadetérmicaexigidaparaaenvolventeefaceaumacorrectautilizaçãodosdispositivosdecontrolosolaredaventilação,sejaprevisívelexistiremduranteosperíodosdeocupaçãomaisde20horasporanocomtemperaturadoarinteriorinferiora16C.

IV.7.2.1.8 Ainstalaçãodesistemasdearrefecimentodeveserponderadaparaosespaços/edifíciosemque,apesardaqualidadetérmicaexigidaparaaenvolventeefaceaumacorrectautilizaçãodosdispositivosdecontrolosolaredaventilação,sejaprevisívelexistiremduranteosperíodosdeocupaçãomaisde20horasporanocomtemperaturadoarinteriorsuperiora29C.

IV.7.2.1.9 Nos espaços/edifícios em que seja requerida a utilização de sistemas deaquecimento estes devem ser concebidos e dimensionados de forma aassegurar uma temperatura operativa de 20 C +- 2 C para as condiçõesclimáticasexterioresprevistasnoRCCTEounoRSECE,devendoserrespeitadososrequisitosdestinadosalimitarfenómenosdedesconfortolocal.

IV.7.2.1.10 Nos espaços/edifícios em que seja requerida a utilização de sistemas dearrefecimento estes devem ser concebidos e dimensionados de formaa asseguraruma temperaturaoperativade 25C+- 2Cpara as condiçõesclimáticasexterioresprevistasnoRCCTEounoRSECE,devendoserrespeitadososrequisitosdestinadosalimitarfenómenosdedesconfortolocal.

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IV.7.2.1.11 Semprequeaclimatizaçãodosespaçossejaefectuadaatravésdesistemascom indução de escoamentos de ar com velocidade importante, deve sersalvaguardado que não são geradas correntes de ar incómodas e que sãocumpridososrequisitosparaonívelderuído.

IV.7.2.1.12 Na avaliação dos sistemas de climatização utilizam-se como parâmetrosas potências térmicas nominais de aquecimento e de arrefecimento, asnecessidadestérmicasanuaisdeaquecimentoedearrefecimentoeoíndicedeeficiênciaenergética(IEE).

IV.7.2.1.13 Quando forem instalados sistemas de climatização estes devem satisfazeraos requisitos da legislação nacional aplicável, nomeadamente RSECE eregulamentos sobre segurança das instalações eléctricas, combustíveis ereservatóriossobpressão.

IV.7.2.1.14 NosrestantescasosemqueoRSECEnãosejadecumprimentoobrigatório,deveoprojecto,construçãoemanutençãodossistemasenergéticossatisfazeraosrequisitosprevistosnesseregulamento.

IV.7.2.2 Mododeexpressão

IV.7.2.2.1 As exigências relativas à eficiência energética devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Númerodehorascomtemperaturaoperativasuperiora29Cnaestaçãodearrefecimento;

b) Númerodehorascomtemperaturaoperativainferiora16Cnaestaçãodeaquecimento;

c) Potenciatérmicanominaldeaquecimento;

Quando forem instalados sistemas de climatização estes devem satisfazer osrequisitosdalegislaçãonacionalaplicável.ORSECEédecumprimentoobrigatóriopara as grandes intervenções de reabilitação relacionadas com a envolvente,as instalações mecânicas de climatização ou os demais sistemas energéticosdoedifícioeàszonasampliadasemedifíciosexistentes(emqueaintervençãonaparteoriginalnãoatingeolimiardefinidoparasasgrandesintervençõesdereabilitação).

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d) Potênciatérmicanominaldearrefecimento;

e) Necessidadesnominaisdeenergiaútildeaquecimento;

f) Necessidadesnominaisdeenergiaútildearrefecimento;

g) Indicadordeeficiênciaenergética(IEE)[2].

IV.7.2.3 Quantificação

IV.7.2.3.1 Aquantificaçãodonúmerodehorasemquesãoexcedidasastemperaturasoperativasde29°Ce16°CdeveserrealizadacomprogramadesimulaçãotérmicadeedifíciosquesatisfaçaaosrequisitosindicadosnoRSECE.

IV.7.2.3.2 A quantificação das potências térmicas nominais de aquecimento e dearrefecimentodeveserefectuadadeacordocomametodologiaespecificadanoRSECE.NocasodeedifíciosnãoabrangidospeleRSECE,aspotênciastérmicasnominaisdeclimatizaçãopodemserobtidascommétodossimplificados,porexemplooespecificadonaversãode1998doRSECE.Atemperaturainteriorde confortoa considerarnocálculodaspotências térmicasnominaisdeveestardeacordocomoindicadonoRSECE,20°Cnoperíododeaquecimentoe25°Cnoperíododearrefecimento.

IV.7.2.3.3 AquantificaçãodasnecessidadestérmicasanuaisdeclimatizaçãodeveserefectuadadeacordocomametodologiaespecificadanoRSECE.NocasodeedifíciosabrangidospeloRCCTE,asnecessidadestérmicasdeclimatizaçãopodemserobtidascomométodoprevistonesseregulamento.

IV.7.2.3.4 AquantificaçãodoindicadordeeficiênciaenergéticadeveserrealizadodeacordocomométododefinidonoRSECE.Nãoseencontrandoespecificadosos perfis de utilização e um limitemáximo para o indicador de eficiênciaenergética para os equipamentos sociais objecto destas RecomendaçõesTécnicas,recomenda-sequeosmesmossejamcalculadoscombasenoscritériosdefinidos no RSECE para actividades que se considerem equiparadas paraesteefeito(ex.:restaurante/serviçoderefeiçãoouhospitais/estabelecimentodesaúdeseminternamento).

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IV.7.3 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[2] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).

[3] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios. Versão actualizada 2006.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).

[4] ISO 7730: 2005 – Ergonomics of the thermal environment. – Analytical determination and interpretation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria.Geneve:ISO.

[5] CENREPORTCR1752:2000– Ventilation for buildings. Design criteria for the indoor environment.Brussels:CEN.

[6] INSTITUTO NACIONAL DE HABITAÇÃO (INH)/LABORATÓRIO NACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia Técnico de Reabilitação Habitacional.2Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.

IV.8 CONFORTOACÚSTICO

IV.8.1 PRINCÍPIOSGERAIS

IV.8.1.1 Osestabelecimentosdevemserconcebidos,realizadoseequipadosdemodoaproporcionaremaosutilizadorescondiçõessatisfatóriasdeconfortoacústico,tendoemcontaasualocalizaçãoemrelaçãoàsfontesderuídoexteriores,ascaracterísticasdacompartimentaçãoedosmateriaisdecondicionamentoacústicoutilizados,eoruídodeequipamentoseinstalações.

IV.8.1.2 AsexigênciasaverificarseguemcomadaptaçõesodispostonoRegulamentodos Requisitos Acústicos dos Edifícios [2] para os edifícios hospitalares econtemplamosseguintesaspectos:

Osestabelecimentosdevemproporcionaraosutilizadorescondiçõessatisfatóriasde conforto acústico, tendo em conta a sua localização em relação às fontesderuídoexteriores,ascaracterísticasdacompartimentaçãoedosmateriaisdecondicionamentoacústicoutilizados,eoruídodeequipamentoseinstalações.

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a) Isolamentosonorodosespaçosinterioresrelativamenteafontesderuídoexteriores;

b) Isolamentosonorodacompartimentaçãointerior;

c) Característicasdereverberaçãodeespaçosinteriores;

d) Ruídoproduzidoporequipamentos.

IV.8.1.3 Demodoaassegurarcondiçõessatisfatóriasdeconfortoacústicoemrelaçãoàsfontesderuídoexterior,devemsersatisfeitasasseguintescondições:

a) Osestabelecimentosnãodevemlocalizar-seemzonassensíveisoumistas,ouondenãovigoreumplanodeurbanizaçãooudepormenor,semprequeseobservemvaloresdoindicadordoruídoambienteexterior,superioresaospreconizadospelodispostononúmero1doArtigo11.ºdoRegulamentoGeraldoRuído[1];

b) As fachadas dos respectivos edifícios devemapresentar um isolamentosonoro satisfatório relativamente ao ruído de proveniência exterior aoestabelecimentoouderecintosderecreioe lazerexterioresaeste,masqueointegrem.

IV.8.1.4 Demodoaassegurarqueatransmissãosonoraentreespaçosinteriores,emcondiçõesnormaisdeutilização,nãoperturbeasactividadesnelesrealizadas,oselementosdecompartimentaçãodevemapresentarumisolamentosonoroadequado.

IV.8.1.5 Demodoaassegurarcondiçõessatisfatóriasdeconfortoacústico,osespaçosdosedifícios,emparticularaquelesondeénecessárioqueexistamcondiçõesde reverberação específicas, devem ser convenientemente dimensionadose dispor de revestimentos que permitam obter tempos de reverberaçãoadequadosàsactividadesnelesrealizadas.

IV.8.1.6 De modo a assegurar condições satisfatórias de conforto acústico, osequipamentos não devem produzir ruído excessivo nos espaços onde serealizemactividadesqueexigemconcentraçãoesossego.

Demodo a assegurar condições satisfatórias de conforto acústico em relaçãoàs fontes de ruído exterior, recomenda-se que sejam satisfeitas as seguintescondições:

a) Os estabelecimentos não devem localizar-se em zonassensíveis ou mistas, ou onde não vigore um plano deurbanização ou de pormenor, sempre que se observemvaloresdoindicadorderuídoaplicávelaoambienteexteriorsuperiores aospreconizadospelodispostononúmero 1doArtigo11.ºdoRegulamentoGeraldoRuído[1];

b) Asfachadasdosrespectivosedifíciosdevemapresentarumisolamento sonoro satisfatório relativamente ao ruído deproveniênciaexterioraoequipamentosocialouderecintosderecreioelazerexterioresaeste,masqueointegrem.

Demodoa assegurar condições satisfatórias de conforto acústico, os espaçosdosedifícios,emparticularaquelesondeénecessárioqueexistamcondiçõesdereverberação específicas, devem dispor de revestimentos que permitam obtertemposdereverberaçãoadequadosàsactividadesnelesrealizadas.

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IV.8.1.7 Osedifícios,ouqualquerdas suaspartes, sãoconsideradosconformesaosrequisitos acústicos aplicáveis quando preencherem cumulativamente asseguintescondições:

a) Ovalorobtidoparao índicede isolamento sonoroa sonsde conduçãoaérea,normalizado,D2m,n,wouDn,w,acrescidodofactorI(I=3dB),satisfazaolimiteespecificado;

b) Ovalorobtidoparao índicede isolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w,diminuídodofactorI(I=3dB),satisfazaolimiteespecificado;

c) Ovalorobtidoparaoníveldeavaliação,LAr,diminuídodofactorI[I=3dB(A)],satisfazaolimiteespecificado;

d) Ovalorobtidoparaotempodereverberação,T,diminuídodofactorI(I=25%dolimiteregulamentar),satisfazaolimiteespecificado.

IV.8.1.8 Adeterminaçãodoíndicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado, D2m,n,w ou Dn,w, do índice de isolamento sonoro a sons depercussão,L’n,w,dotempodereverberação,T,edoníveldeavaliação,LAr,deveserefectuadaemconformidadecomodispostonanormalizaçãoportuguesaaplicávelou,casonãoexista,nanormalizaçãoeuropeiaouinternacional.

IV.8.2 ISOLAMENTOSONOROAORUÍDOPROVENIENTEDOEXTERIOR

IV.8.2.1 Mododeexpressão

IV.8.2.1.1 Asexigênciasrelativasaoisolamentosonoroaoruídoprovenientedoexteriordevemserexpressasconsiderandooseguintefactor:- Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado,

D2m,n,w(emdB).

IV.8.2.2 Determinação

IV.8.2.2.1 O factor referido no número anterior é determinado de acordo com oscritériosdefinidosem[34]e[6].

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IV.8.2.3 Quantificação

IV.8.2.3.1 O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado,D2m,n,w, entre o exterior dos edifícios (emissão) e os compartimentosinteriores,comolocaisreceptores(recepção),devesatisfazerascondiçõesseguintes:

a) D2m,n,w≥33dB(emzonasmistas);

b) D2m,n,w≥28dB(emzonassensíveis).

IV.8.2.4 Recomendaçõescomplementares

IV.8.2.4.1 Recomenda-sequeosedifíciossejamdispostosentresieemrelaçãoaoslocaisexterioresdorecintoemqueoequipamentosocialseintegrademodoqueasactividadesruidosasnãoperturbemoslocaisquerequeirammaiorsossego.

IV.8.3 ISOLAMENTOSONOROENTRELOCAISINTERIORES

IV.8.3.1 Mododeexpressão

IV.8.3.1.1 Asexigênciasrelativasaoisolamentosonoroentrelocaisinterioresdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Índicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,Dn,w(emdB);

b) Índicedeisolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w(emdB).

IV.8.3.2 Determinação

IV.8.3.2.1 Osfactoresreferidosnonúmeroanteriorsãodeterminadosdeacordocomoscritériosdefinidosem[3],[5],[6]e[7].

IV.8.3.3 Quantificação

Recomenda-sequeosedifíciosseencontremdispostosentresieemrelaçãoaoslocaisexterioresdorecintoemqueoequipamentosocialseintegrademodoqueasactividadesruidosasnãoperturbemoslocaisquerequeirammaiorsossego.Casonãoseverifiquemestespressupostosdevemseradoptadasmedidascorrectivasaoníveldoreforçodoisolamentodaenvolventeexteriore/oudareorganizaçãodosespaçosfuncionaisinteriores.

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IV.8.3.3.1 Oíndicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,Dn,w(emdB),entre locaisdoedifício,devesatisfazerascondições indicadasnoquadroseguinte.

IV.8.3.3.2 Nointeriordoslocaisderecepçãodefinidosnoquadroanterior,oíndicedeisolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w,provenientedeumaexcitaçãode percussão normalizada sobre pavimentos de outros locais do edifício(emissão)devesatisfazerascondiçõesseguintes:

a) L’n,w≤60dB(seolocalemissorforcozinhaousaladerefeições);

b) L’n,w≤65dB(paraosrestanteslocaisemissores).

Oíndicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,Dn,w(emdB), entre locais do edifício, deve satisfazer as condições indicadas no quadroseguinte.

Nointeriordoslocaisderecepçãodefinidosnoquadroanterior,oíndicedeisolamento sonoroa sonsdepercussão,L’n,w,provenientedeumaexcitaçãode percussão normalizada sobre pavimentos de outros locais do edifício(emissão)devesatisfazerascondiçõesseguintes:

a) L’n,w≤63dB(seolocalemissorforcozinhaousaladerefeições);

b) L’n,w≤68dB(paraosrestanteslocaisemissores).

Locaisderecepção

Locaisdeemissão

Salasdeberçoseespaços

derepouso

Salasdeactividades

Salasderefeiçõesecozinhas

Circulaçõesinternas(*)

Salasberçoseespaços

derepouso

≥48

≥48

≥50

≥33

(*)Considerandoquehaveráportadecomunicaçãocomoslocaisreceptores;setalnãoforocaso,osvaloresindicadosserãoacrescidosde18dB

Salas

deactividades

-

≥45

≥45

≥30

Locaisderecepção

Locaisdeemissão

Salasdeberçoseespaços

derepouso

Salasdeactividades

Salasderefeiçõese

cozinhas

Circulaçõesinternas(*)

Salasberçoseespaços

derepouso

≥45

≥45

≥47

≥33

(*)Considerandoquehaveráportadecomunicaçãocomoslocaisreceptores;setalnãoforocaso,osvaloresindicadosserãoacrescidosde18dB

Salas

deactividades

-

≥42

≥42

≥30

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IV.8.3.4 Recomendaçõescomplementares

IV.8.3.4.1 Recomenda-sequeosdiversosespaçosdoedifíciosejamdispostoseagrupadosdeacordocomosníveisdoruídoquepossamaíserproduzidoseosossegoou a tranquilidade de que se necessita para o adequado desempenho dasactividadescorrelacionadas.

IV.8.3.4.2 Paraefeitodonúmeroanterior,recomenda-sequesejaevitada,semprequepossível,alocalizaçãodosespaçosinterioresondeénecessárioexistirmaissossego,comosejamosquartoseasáreasadministrativas,naenvolventedosedifíciosexpostaazonasruidosas.

IV.8.3.4.3 Do mesmo modo, recomenda-se que seja evitada a confrontação directaentre esses espaços interiores com os mais ruidosos do estabelecimento,designadamente cozinha, sala de refeições e espaços de convívio e deactividades.

IV.8.4 CARACTERÍSTICASDEREVERBERAÇÃODEESPAÇOS

IV.8.4.1 Mododeexpressão

IV.8.4.1.1 Asexigênciasrelativasàscaracterísticasdereverberaçãodosespaçosdevemserexpressasconsiderandooseguintefactor:

- Tempodereverberação,T(s).

IV.8.4.2 Determinação

IV.8.4.2.1 O factor referido no número anterior é determinado de acordo com oscritériosdefinidosem[8]e[11].

IV.8.4.3 Quantificação

IV.8.4.3.1 Nassalasdeconvívioedeactividadesenassalasderefeições,consideradasmobiladas normalmente e sem ocupação, o tempo de reverberação, T,correspondente à média aritmética dos valores obtidos para as bandas

Recomenda-sequeosdiversosespaçosdosedifícios estejamagrupadosdeacordocomosníveisdoruídoquepossamnelesserproduzidoseosossegoouatranquilidadenecessáriosparaoadequadodesempenhodasactividadescorrelacionadas.Casonãoseverifiqueestepressupostodevemsertomadasmedidasaoníveldareorganizaçãodosespaçosfuncionaisemcausa.

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de oitava centradas nas frequências de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz, devesatisfazeracondiçãoseguinte:

T≤0,15V1/3

emqueVéovolumedocompartimento,expressoemm³.

IV.8.4.3.2 Os paramentos interiores dos átrios e corredores de circulação devem serdotadosderevestimentosabsorventessonoros,cujaáreadeabsorçãosonoraequivalente,A(m²),correspondenteàmédiaaritméticadosvaloresobtidosparaasbandasdeoitavacentradasnas frequênciasde500Hz, 1000Hze2000Hz,satisfaçaàcondiçãoseguinte:

A≥ 0,25xSp emqueSprepresentaaáreadepavimentodoslocaisconsiderados,emm².

IV.8.4.3.3 Aáreadeabsorçãosonoraequivalente,A,referidanonúmeroanterior,devesercalculadapelaexpressãoseguinte:

A=αm×S em queαm corresponde àmédia aritmética dos coeficientes de absorção

sonora αSabine no intervalo 500 Hz-2OOO Hz e S representa a área dorevestimentoabsorventesonoro.

IV.8.4.4 RecomendaçõescomplementaresIV.8.4.4.1 Recomenda-seque,nocasodassalasderefeições,setenhaematençãootipo

demateriaisautilizarnacorrecçãoacústicadestetipodeespaços,namedidaemque se torna necessário compatibilizar a funcionalidade em causa e anecessidadedemanutençãoregular,oqueimplicaautilizaçãodemateriaisduráveis, com superfícies expostas não rugosas nem porosas, permitindocondições de lavagem fácil e permanente sem a ocorrência de desgaste,deterioraçãoedegradaçãodomaterialaplicado.

IV.8.5 RUÍDODEEQUIPAMENTOS

Os paramentos interiores dos átrios e corredores de circulação devem serdotadosderevestimentosabsorventessonoros,cujaáreadeabsorçãosonoraequivalente,A(m2),correspondenteàmédiaaritméticadosvaloresobtidosparaasbandasdeoitavacentradasnas frequênciasde500Hz, 1000Hze2000Hz,satisfaçaàcondiçãoseguinte:

A≥0,15xSpemqueSprepresentaaáreadepavimentodoslocaisconsiderados,emm2.

Aáreadeabsorçãosonoraequivalente,A,referidanonúmeroanterior,devesercalculadapelaexpressãoseguinte:

A=αm×Sem queαm corresponde àmédia aritmética dos coeficientes de absorçãosonoraαSabinenointervalo500Hz-2000HzeSrepresentaaáreadorevestimentoabsorventesonoro.

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IV.8.5.1 Mododeexpressão

IV.8.5.1.1 As exigências relativas ao ruído produzido por equipamentos devem serexpressasconsiderandooseguintefactor:

- Níveldeavaliaçãodoruídoparticulardeequipamentos,LAr.IV.8.5.2 DeterminaçãoIV.8.5.2.1 O factor referido no número anterior é determinado de acordo com os

critériosdefinidosem[12].

IV.8.5.3 Quantificação

IV.8.5.3.1 NointeriordoslocaisderecepçãoindicadosnoquadroconstantedeIV.8.3.3.1oníveldeavaliação,LAr,doruídoparticulardeequipamentosdoedifíciodevesatisfazerascondiçõesseguintes:

a) LAr≤38dB(A)(seofuncionamentodoequipamentoforintermitente);

b) LAr≤33dB(A)(seofuncionamentodoequipamentoforcontínuo).IV.8.5.4 Recomendaçõescomplementares

IV.8.5.4.1 Demodoaevitarqueoruídoproduzidopelosequipamentosepropagadoquerporviaaérea(ex.:pelascondutasdeinsuflaçãoeextracçãodear)querporviaestrutural,originesituaçõesdeincomodidadenosespaçosmaissensíveisdosedifícios,recomenda-seque:

a) Sejamcolocadosapoiosresilientesnospontosdecontactocomaestruturadosedifíciosafimdeminoraraintensidadedosruídosdepercussãoquesepossamtransmitiratravés

damesma;

b) Se tal for necessário, se proceda também ao encapsulamento dosequipamentosafimdeselimitarapropagaçãoderuídoaéreo.

NointeriordoslocaisderecepçãoindicadosnoquadroconstantedeIV.8.3.3.1oníveldeavaliação,LAr,doruídoparticulardeequipamentosdoedifíciodevesatisfazerascondiçõesseguintes:

a) LAr ≤ 40 dB(A) (se o funcionamento do equipamento forintermitente);

b) LAr ≤ 35 dB(A) (se o funcionamento do equipamento forcontínuo).

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IV.8.5.4.2 Demodoaminorarapropagaçãodevibraçõesgeradaspelofuncionamentodos equipamentos, e que possam ser causa de incomodidade, recomenda-se que sejam adoptadas disposições construtivas similares nos apoios dosequipamentos,assimcomonospontosdecontactocomaestruturaoucomacompartimentaçãodosedifícios.

IV.8.6 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEI n.º 9/2007, de 17 de Janeiro – Regulamento Geral do Ruído (RGR).

[2] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

[3] ENISO140-4:1998–Acoustics–Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 4: Field measurements of airborne sound insulation between rooms.Brussels:CEN.

[4] ENISO140-5:1998–Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 5: Field measurements of façade elements and façades.Brussels:CEN.

[5] ENISO140-7:1998–Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 7: Field measurements of impact sound insulation of floors.Brussels:CEN.

[6] ENISO717-1:1996–Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements. Part 1: Airborne sound insulation.Brussels:CEN.

[7] ENISO717-2:1996–Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements. Part 2: Impact sound insulation. Brussels:CEN.

[8] ENISO3832:2000–Acoustics – Measurement of reverberation time of rooms with reference to other acoustical parameters.Brussels:CEN.

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[9] ENISO12354-1:1999–Building Acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance of elements. Part 1: Airborne sound insulation between rooms.Brussels:CEN.

[10] ENISO12354-2:1999–Building Acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance of elements. Part 2: Impact sound insulation between rooms.Brussels:CEN.

[11] EN ISO 12354-6: 2002 – Acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance of elements. Part 6: Sound absorption in enclosed spaces.Brussels:CEN.

[12] NP 1730: 1996–Acústica – Descrição e medição do ruído ambiente. Lisboa :IPQ.

[13] SILVA,P.Martinsda–Acústica de edifícios.Lisboa:LNEC,1978.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE8).

[14] PATRÍCIO,JorgeV.–Condicionamento acústico de estabelecimentos de restau-ração e unidades similares.Lisboa:LNEC,2001.(NãoSeriadosNS87).

[15] PATRÍCIO,JorgeV.–Isolamento sonoro a sons aéreos e de percussão. Metodologias de caracterização.Lisboa:LNEC,1999.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE45).

[16] DOMINGUES,M.Odete–A acústica nos edifícios. Materiais e sistemas absorventes sonoros: coeficientes de absorção sonora.Lisboa:LNEC,2005.(NãoSeriadosNS103).

IV.9 CONFORTOVISUAL

IV.9.1 ILUMINAÇÃONATURALIV.9.1.1 Princípiosgerais

IV.9.1.1.1 Os espaços interiores dos edifícios devem proporcionar condições deiluminaçãonaturaladequadas,dospontosdevistadeníveisdeiluminação,uniformidadeeausênciadeencandeamento,paraarealizaçãodastarefaseactividadesvisuaisquenelesdecorremdeummodopreciso,emcondiçõesdeconfortoedesegurançaesemfadigavisualparaosutilizadores.

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IV.9.1.1.2 Na impossibilidade de dotar todos os espaços de condições de iluminaçãonaturalapropriadas,deveserconsiderada,paraasatisfaçãodessascondições,aseguinteordemdepreferência:

a) Espaços destinados a ocupação humana prolongada (ex: salas de estar,gabinetesadministrativos)eespaçosdetransiçãoexterior-interior;

b) Espaçosdepassagem(ex.:espaçosdecirculaçãoverticaisehorizontais);

c) Espaçosemqueaocupaçãohumanaéocasionaloutipicamentedecurtaduração(ex.:arquivos,instalaçõessanitárias,áreasdearrumos);

d) Espaçosdestinadosaserutilizadosnamaiorpartedotempoemcondiçõesdeobscurecimento.

IV.9.1.1.3 No projecto dos edifícios deve ter-se em consideração as característicasespecíficasdailuminaçãonatural,nomeadamenteasuavariaçãotemporalecomascondiçõesatmosféricas;nestesentido,osobjectivosaatingirdevemserosseguintes:

a) Assegurar,duranteamaiorpartedosperíodosdeutilizaçãoenamaioráreapossível,condiçõesparaaobtençãodeiluminaçãonaturaladequadaparasatisfaçãodasexigênciasdeiluminaçãoambienteedeconfortovisualrequeridaspelasactividadesprevistasparacadaespaço;

b) Dotar a instalação de iluminação artificial com características quepermitammaximizaroaproveitamentodailuminaçãonaturalnosperíodosemqueesta,porsisó,éinsuficiente.

IV.9.1.1.4 Para dar satisfação aos objectivos referidos nos números anteriores, osvãosdeiluminaçãodevemserprovidoscomdispositivosdesombreamentoreguláveisparacontroloemodelaçãodaluznatural,quepossibilitem:

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a) O controlo dos níveis de iluminação nos espaços interiores medianteactuação selectiva sobre os dispositivos de sombreamento, que devemserajustáveis,flexíveiseversáteis,epermitiraindaoobscurecimentodosespaços;

b) Aeliminaçãoouamitigaçãodesituaçõesdeencandeamento,pelaluzdocéuoupelaluzdoSol,semcomprometeroaproveitamentodailuminaçãonatural.

IV.9.1.2 MododeexpressãoIV.9.1.2.1 Asexigênciasrelativasàiluminaçãonaturaldevemserexpressasconsiderando

osseguintesfactores:

a) Níveisdeiluminaçãonatural:- Factordeluzdodia–FLD(%)[3]

b) Uniformidadedailuminaçãonatural:- Factordeuniformidadedailuminaçãonatural[3]

c) Níveismáximosdetolerânciaecontrastesdeluminância:- Incidênciasolaremplanosdetrabalho- Luminância(cd/m²)- Relaçãoentreasluminânciasnocampodevisão

IV.9.1.3 Quantificação

IV.9.1.3.1 O factor de luz do dia nos espaços dos edifícios deve respeitar os valoresindicadosnoquadroseguinte[5].

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IV.9.1.3.2 Ofactorde luzdodia referidononúmeroanteriordeveseravaliadonumplanohorizontal a umaalturadopisode aproximadamente0,85m (salvoindicações específicas incluídas nas observações do quadro constante dopresente número). Adicionalmente, o factor de luz do dia mínimo deveseravaliadoaumadistânciadaparedeopostaaosvãosdeiluminaçãonãosuperiora1,00mneminferiora0,60m.

IV.9.1.3.3 Emespaços iluminadosporvãosenvidraçados laterais,auniformidadedasiluminâncias (oudoFLD)nãodeve ser inferior a0,2, sendo0,3o valordereferência[6]e[7].

IV.9.1.3.4 Emespaçoscomiluminaçãonaturalzenital,auniformidadedasiluminâncias(oudoFLD)nãodeveserinferiora0,7,sendo0,8ovalordereferência.

IV.9.1.3.5 Os planos de trabalho devem poder sermantidos ao abrigo da incidênciadirectadaradiaçãosolar.

IV.9.1.3.6 Aluminânciamédiadequalqueráreadosparamentosdosespaçosdosedifícioscomdimensõesde0,60mx0,60mnocampodevisãodosutilizadoresnãodevesersuperiora850cd/m².

Espaços/Actividades

Entradaerecepção

Áreasdecirculação,

corredores

eescadas

SalasdeActividades

Salas/Gabinetesdopessoal

Salasdeberçoseespaçosde

repouso

Espaçospolivalentes

Cozinha

Posiçãodemedição/

cálculo/Observações

1,20mdopiso

Pisosdeespaçosde

circulaçãoecorredores.

Degrausdeescadas

Factordeluz

dodiamédio(%)

2

2

3,5

3,5

1

1,5

1

Factordeluz

dodiamínimo(%)

0,6

0,6

1,5

1,5

0,3

0,5

0,6

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IV.9.1.3.7 A relação das luminâncias das superfícies iluminadas por luz natural eabrangidaspelocampodevisãodosutilizadoresnãodevesersuperiora40.

IV.9.1.4 Recomendaçõescomplementares

IV.9.1.4.1 De modo a minimizar os problemas de encandeamento nos edifícios,recomenda-seque:

a) Emlocaiscomocupaçãopermanenteoufixa,sejaevitadaaincidênciadaluzdirectadoSolnosprincipaisplanosde trabalho,bemcomoa visãodirecta, através dos vãos envidraçados, de porções de céu demasiadobrilhantesoudesuperfíciesexterioresinsoladas;

b) Sejam utilizados acabamentos superficiais de cores claras e mate (emparticularnasparedesquecontêmosvãosenvidraçados),quepermitemareduçãodoscontrastesdebrilhoentreosvãoseassuperfíciesadjacentes,eaconsequentemelhoriadoconfortovisual;

c) Em corredores e outros espaços de comunicação horizontal estreitos elongos,serecorraailuminaçãonaturallateralouzenital,seevitemvãosenvidraçadosnosrespectivostoposdessaszonaseospavimentospossuamumacabamentomateparaminimizar os riscosde encandeamentoporreflexãodevidosaosvãos,lumináriasououtrassuperfíciesbrilhantes;

d) Em escadas e outros espaços de comunicação vertical, se utilizemacabamentossuperficiaisdecoresclarasemate,eseeviteavisãodirectade porções brilhantes de céu através de vãos envidraçados para quemdesceasescadas.

IV.9.1.4.2 Tendo em conta que o sistema visual humano só está completamentedesenvolvidopertodostrêsanosdeidade,equeaabundânciadeluznatural(amaisricadopontodevistadoconteúdoespectral)eaexistênciadesuperfíciesde cores claras e vivas (mas não demasiado fortes) permitempromover oestímulo e desenvolvimento do sistema visual das crianças, recomenda-seque os espaços das Creches sejam dotados de paramentos interiores comessascaracterísticascromáticas.

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IV.9.1.5 Definições

IV.9.1.5.1 Factor de luz do dia (FLD) –Quociente (expresso empercentagem) entrea iluminância natural num ponto de um plano situado no interior de umcompartimentodevidaaumcéucomumadistribuiçãodeluminânciassupostaou conhecida, e a iluminância exterior simultânea num plano horizontal,proveniente de um hemisfério desobstruído desse céu. Assume-se que adistribuiçãode luminânciasdocéuconsideradoéadeumCéuEncoberto-PadrãodaCIE[3]equeacontribuiçãodaluzdirectadoSolparaambasasiluminânciaséexcluída.

IV.9.1.5.2 Céu encoberto-padrão da CIE – Céu completamente coberto por nuvensdensas, espessas e escuras para o qual o quociente entre a luminância deumafracçãodecéucomumângulodeelevação(a)acimadohorizonte(La)ealuminâncianozénite(Lz)édadopelaseguinteexpressão:

La=Lz(1+2.sena)/3

IV.9.1.5.3 Factor de uniformidade da iluminaçãonatural (Unif) –Quociente entre ailuminâncianaturalmínimaeailuminâncianaturalmédianumplanosituadono interior de um compartimento. Ambas as iluminâncias são calculadas/medidasaolongodeumplanodetrabalhooudereferência,habitualmentehorizontaleaumaalturade0,85mdopiso.

IV.9.1.5.4 Encandeamento–Condiçõesdevisãonasquaisseexperimentaquerincómodo,querreduçãodaaptidãoadistinguirobjectos,queroutrosproblemasvisuais,emconsequênciadeumadistribuiçãodesfavoráveldeluminânciasoudoseuescalonamentoentrevaloresextremosmuitodiferentes,ouemconsequênciade contrastes excessivos no espaço e no tempo. O encandeamento podeclassificar-se como incapacitador (encandeamento que prejudica a visãodos objectos sem causar necessariamente uma sensação desagradável) oudesconfortável(encandeamentoqueproduzumasensaçãodesagradávelsemprejudicarnecessariamenteavisãodosobjectos).

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IV.9.2 ILUMINAÇÃOARTIFICIAL

IV.9.2.1 Princípiosgerais

IV.9.2.1.1 Os edifícios devem ser providos de dispositivos de iluminação eléctricaqueproporcionemaquantidadeeaqualidadede iluminaçãonecessáriasàrealizaçãodastarefasvisuais,quandotalnãoforpossívelapenascomrecursoàiluminaçãonatural.

IV.9.2.1.2 Ailuminaçãoproporcionadapelosdispositivosreferidosnonúmeroanteriordeveevitarafadigavisualdosutilizadores,originada,querpelainadequaçãodosníveisdeiluminação(iluminâncias)relativamenteaousodosespaçoseàsactividadesneleexercidas,querporexcessodosníveismáximosdetolerânciavisualeporcontrastesdeluminosidadequeoriginemencandeamento,queraindapelainstabilidadeepelamáqualidadedaluz.

IV.9.2.1.3 Na concepção e no dimensionamento da iluminação artificial dos espaçosinterioresnosedifíciosdeveatender-seaosseguintesaspectos:

a) Tipoecaracterísticasdaslâmpadaseluminárias;

b) Eficiênciaenergéticadossistemasdeiluminação;

c) Medidasmaisadequadasdearticulaçãocomailuminaçãonatural;

d) Existência de sistemas de iluminação eléctrica de segurança eemergência.

IV.9.2.1.4 Ossistemasdeiluminaçãoartificial(lâmpadas,lumináriasecontrolos)devemproporcionar um ambiente visual adequado, em condições de eficiênciaenergética.

IV.9.2.2 Mododeexpressão

IV.9.2.2.1 Asexigênciasrelativasàiluminaçãoartificialdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

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a) Níveisdeiluminaçãoartificial:- Iluminânciamantida–Em(lux)

b) Uniformidadedasiluminânciasdasfontesdeiluminaçãoartificiais:- Factordeuniformidadedasiluminânciasdevidasafontesdeiluminação

artificiais

c) Parâmetrosrelacionadoscomoencandeamento:- Índicedeencandeamento–UGR- Luminânciadasfontesdeiluminação(cd/m²)- Ráciosdeluminâncias

d) Parâmetros relacionados coma estabilidade e composição espectral daluz:- Quociente entre a luminância máxima instantânea e a luminância

média(%)- ÍndiceCIEderestituiçãodecores–Ra

IV.9.2.3 Quantificação

IV.9.2.3.1 A iluminânciamantida (Em)nosespaçosdosedifíciosdeve, em funçãodasactividades visuais mais comuns neles realizadas, respeitar os valoresindicadosnoquadroseguinte[2].Ailuminânciamantidadeveseravaliadaaolongodosprincipaisplanosdetrabalho,habitualmentehorizontaiseaumaalturadopisodeaproximadamentede0,85m(salvoindicaçõesespecíficasincluídasnasobservaçõesdoquadro).

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IV.9.2.3.2 Independentementedascaracterísticasespecíficasdastarefasvisuaisedosvalores referidos no quadro anterior, a iluminância ambientemantida emqualquerespaçoocupadodemodocontínuonãodeveserinferiora200lux.

IV.9.2.3.3 Nosespaçosemqueserealizemtarefasvisuaisenaszonasnasuaproximidadeo factordeuniformidadedas iluminânciasdevidasa fontesde iluminaçãoartificialnãodeveser,respectivamente,inferiora0,7ea0,5.

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RequisitosdeiluminaçãoparaespaçosinterioreseactividadesemCreches[2]

Tipodeespaço,tarefaouactividade Em(lux) UGR Ra Observações

Espaçosdepassagemecirculação

Espaçosdecirculaçãoecorredores 100 28 80 Iluminânciasaoníveldo

piso

EscadaseElevadores 150 25 80 Iluminânciasaoníveldo

pisooudosdegraus

Zonascomuns–Compartimentosderepouso,pararefeições,sanitárioseparacuidadosdesaúde

Salasdeactividades 300 19 80

Salasparque 300 19 80

Salasdeapoiomédico 500 16 90

Saladerefeições 200 22 80

Áreasadministrativasedepessoaldeapoio

Cópias,trabalhoadministrativo 300 19 80

Escrita,leitura,dactilografia 500 19 80

Gabinetesindividuais/múltiplos 500 19 80

Salasdereuniões 500 19 80 Ailuminaçãodeveser

controlável

Recepção 300 22 80

Preparaçãoderefeiçõesearmazenagem

Cozinha/copa 500 22 80

Compartimentosdearmazenagem 100 25 80

Espaçosdedormireáreasafins

Espaçosderepouso 150 - -

Vestiários,Instalaçõessanitárias 200 22 80

Corredores:duranteodia 200 22 80 Iluminânciasaoníveldopiso

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IV.9.2.3.4 Oíndicedeencandeamentodainstalaçãodeiluminaçãoartificial(UGR)nãodevesersuperioraosvaloresindicadosnoquadroanterior.

IV.9.2.3.5 Aluminânciadasfontesluminosasqueseencontremnocampovisualdosutilizadores,amenosde52oacimadahorizontal,nãodevesersuperiora3000cd/m².

IV.9.2.3.6 A relação das luminâncias das superfícies iluminadas por luz artificial eabrangidaspelocampodevisãodosutilizadoresnãodevesersuperiora30.

IV.9.2.3.7 A luminânciamáxima instantânea das fontes de iluminação artificial nãodeveexcederemmaisde20%asualuminânciamédia.

IV.9.2.3.8 Oíndicederestituiçãodecores(Ra)dasfontesdeiluminaçãoartificialnosespaçosdosedifícios,nãodeve,emfunçãodasactividadesnelesrealizadas,serinferioraosvaloresindicadosnoquadroanterior.

IV.9.2.4 Recomendaçõescomplementares

IV.9.2.4.1 SãoaplicáveisàiluminaçãoartificialasrecomendaçõescomplementaresparaailuminaçãonaturalconstantesdeIV.9.1.4.1.

IV.9.2.4.2 Recomenda-se que nos berçários as fontes de iluminação artificial selocalizem preferencialmente nas paredes ou em sancas de modo a nãoseremdirectamentevisíveispelos crianças, evitando-se,destemodo,o seuencandeamentoquandoseencontramdeitadas.

IV.9.2.4.3 Recomenda-se que a iluminação das saídas e entradas proporcione umazonadetransiçãodemodoaevitarvariaçõessúbitasdeiluminânciasentreointerioreoexterior,dediaoudenoite.

IV.9.2.4.4 Recomenda-se que a generalidade dos locais disponha de comutação deluzquepermitagraduaroníveldeiluminaçãoequearegulaçãodosníveisde iluminação artificial seja efectuada preferencialmente com recurso adispositivosderegulaçãocontínua(vulgo“dimmers”).

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IV.9.2.4.5 Recomenda-sequeosespaçosdecomunicação(ex:corredoreseescadas)edecirculaçãodisponhamdeiluminaçãonaturaleartificial,queproporcionecondições satisfatórias de visão e de mobilidade, e consequentemente desegurança aos utilizadores, e que os respectivos sistemas de controlo dailuminação artificial durante o período nocturno sejam preferencialmenteautomáticoseaccionadospordetectoresdepresençaoumovimento.

IV.9.2.4.6 Demodoapermitiraobtenção,nosespaçosdecomunicaçãoecirculação,dascondiçõesindicadasnonúmeroanterior,recomenda-seque,nessesespaços:

a) As fontes de iluminação se localizem preferencialmente nas paredes enãosejamdirectamentevisíveisparaevitaroencandeamentodirectoe/ouporreflexãonopavimento,sendoconsequentementeailuminaçãodosespaçosobtidaporreflexãonosparamentosdasparedesedotecto;

b) Ospavimentospossuamumacabamentosuperficialmatedemodoanãofavorecerem o encandeamento por reflexão de fontes potencialmenteencandeantes(vãosenvidraçados,luminárias,etc.);

c) Ospavimentos,osdegraus,ospatamaresdasescadaseoscorrimãossejamadequadamenteiluminados.

IV.9.2.4.7 Recomenda-sequeasinalizaçãodassaídasedospercursosdeemergênciasejadotadadeblocosautónomos.

IV.9.2.5 Definições

IV.9.2.5.1 Iluminânciamantida(Em)–Valormínimodailuminânciamédiaaolongodeumadeterminadaáreaduranteoperíododevidadeumainstalação.Exprime-seemlux.

IV.9.2.5.2 Factor de uniformidade das iluminâncias devidas a fontes de iluminaçãoartificial (Unif) – Quociente entre a iluminância mínima e a iluminânciamédia, num plano situado no interior de um compartimento, devidas àiluminaçãoartificial.

IV.9.2.5.3 Índicedeencandeamento(UGR)–Parâmetro,propostopelaCIE–ComissãoInternacionaldeIluminação,paraclassificaçãodograudeencandeamentodeumainstalaçãodeiluminaçãoartificial[3].

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IV.9.2.5.4 Eficácia luminosa de uma fonte de iluminação – Quociente entre o fluxoluminosoemitidoporumafontedeiluminaçãoeaenergiaeléctricaporelaconsumida.Exprime-seemlúmenporWatt(lm/W).Quantomaiselevadoforovalormaisenergeticamenteeficienteseráafontedeiluminação.

IV.9.2.5.5 Luminância – Termo que expressa a intensidade da luz emitida numadeterminada direcção pela área unitária de uma superfície luminosa oureflectora. É o equivalente físico do que é subjectivamente designado porbrilho.Éexpressoemcandelaspormetroquadrado(cd/m²).

IV.9.2.5.6 Plano de trabalho (ou de referência) – Plano no qual uma determinadaactividade visual é efectuada. Em regra, no domínio da iluminação emespaçosinteriores,assume-sequeoplanodetrabalhoéumplanohorizontal,aumaalturadeaproximadamente0,85mdopisoelimitadopelasparedesdocompartimento.

IV.9.3 CONTACTOVISUALCOMOEXTERIOR

IV.9.3.1 Princípiosgerais

IV.9.3.1.1 Osespaçosdosedifíciosdevemserconcebidosedimensionadosdemodoaasseguraraos seusutilizadoresocontactovisualcomoambienteexterior,salvoseasactividadesarealizarnosmesmosforemelasprópriasimpeditivasdessecontacto.

IV.9.3.1.2 Casonão sejapossível proporcionar aberturaspara contacto visual comoambiente exterior em todos os espaços, deve ser atribuída prioridade aosespaçosdeestar,lazereconvívio,aosquartosdedormireaosdemaisespaçoscomocupaçãocontínua(comoespaçosadministrativos).

IV.9.3.2 Mododeexpressão

IV.9.3.2.1 Asexigênciasrelativasaocontactovisualcomoexteriordevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

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a) Dimensões,formaelocalizaçãodosvãosenvidraçados;

b) Propriedadesdetransmissãodaluzdosenvidraçados.

IV.9.3.3 Quantificação

IV.9.3.3.1 Asdimensões, formae localizaçãodosvãosenvidraçadossãoosprincipaisfactorescondicionantesdocontactovisualcomoexterior.Estascaracterísticasdevemsercompatíveiscomasexigênciasrelativasàiluminaçãonaturaleadomíniosafins(confortotérmicoeconfortoacústico).

IV.9.3.3.2 Demodoapermitirumadequadocontactovisual comoexterior,aalturaacimadopisodopeitorildasjanelascomessasfunçõesnãodevesersuperiora1,00m.

IV.9.3.3.3 Demodoaassegurarcondiçõesadequadasdecontactovisualcomoexterior,osvãosenvidraçadosdevemobservarasseguintescondições:

a) Dispordeenvidraçadoscomtransmitânciasvisíveiselevadas;

b) Não apresentar, em geral, envidraçados coloridos e reflectantes quealteramapercepçãodoambienteexterior;

c) Não apresentar, em geral, envidraçados não transparentes ou queintroduzamdeformaçõesópticas(ex.:tijolosdevidrooucertosmateriaisplásticos).

IV.9.3.4 Recomendaçõescomplementares

IV.9.3.4.1 De modo a optimizar as condições de contacto visual com o exterior,recomenda-seque:

a) Aoestabelecerasdimensõeseproporçõesdasjanelasparaessecontactovisual,seatendaaotipodevistas,àsdimensõesdosespaçosinteriores,eàposiçãoeàmobilidadedosutilizadores;

b) Seprivilegiem,semprequepossível,as janelasdesacada,emparticularemespaçosemqueasprincipaisactividadessejamefectuadasnaposiçãodesentado;

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c) Não sejam dispostos vãos envidraçados para contacto visual com oexteriorcasoexistamobstruçõesexteriores significativas, emparticularseessasobstruçõesforemconstituídasporedifíciosoumurosdemasiadopróximos,oulogradouros.

IV.9.3.4.2 Recomenda-seaindaque:

a) Seprocureproporcionar,semprequepossível,aexistênciadevistasagradáveis,designadamenteparaáreasverdes,paisagensnaturaiseáreaspedonais;

b) Sejamevitadasvistasparazonasdemasiadomovimentadas,viasdetráfegodeveículosintenso,zonascomerciaisruidosas,etc.

IV.9.3.4.3 Nocasodeespaçosprovidosdevãosparacontactovisualcomoexteriorapenasnumadasparedes,recomenda-sequeasrespectivasáreasenvidraçadasnãosejaminferioresaosvaloresindicadosnoquadroseguinte[1],semprejuízodaconsideraçãodeoutrosaspectosrelevantesparaocorrectodimensionamentodosvãos,taiscomoacaptaçãodeluznaturalsuficiente,osganhoseperdastérmicas,asnecessidadesdeventilaçãoeoisolamentoacústico.

IV.9.4 NÍVEISDEINSOLAÇÃO

IV.9.4.1 Princípiosgerais

IV.9.4.1.1 Demodoagarantir condiçõesadequadasde salubridade, confortoebem--estardosutilizadores,osespaçosdosedifíciosdevempoder recebera luz

Áreasenvidraçadasrecomendadasparaumadequadocontactovisualcomoexterior,nocasode

compartimentoscomjanelasapenasnumaparede[7]

Profundidadedocompartimento(m) Percentagemdaáreadaparede(vistadointerior)

ocupadapelasjanelas(%)

<8 20

8-11 25

11–14 30

>14 35

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directadoSolatravésdevãosenvidraçadosduranteumperíododetempomínimodiário.

IV.9.4.2 Mododeexpressão

IV.9.4.2.1 As exigências relativas aos níveis de insolação devem ser expressasconsiderandooseguintefactor:

- Garantiadeincidênciasolarnosvãosenvidraçadosduranteumperíododetempomínimodiário.

IV.9.4.3 Quantificação

IV.9.4.3.1 Osedifíciosdevemserlocalizados,orientadoseconcebidosdemodoque:

a) Oscompartimentosrecebamumainsolaçãosuficiente;nocasodenãoserpossívelproporcionarascondiçõesdeinsolaçãomaisadequadasemtodosos compartimentos (ex.: devido a orientações desfavoráveis dos vãos, àpreexistênciadeobstruçõesexterioressignificativas,ouàausênciadevãosenvidraçados) deve ser atribuída prioridade aos espaços comocupaçãocontínua(ex.:salasdeactividades,gabinetesadministrativos,etc.)

b) O período de tempo durante o qual as superfícies envidraçadas doscompartimentosdevemestarexpostasàradiaçãosolardirectanãodeveserinferiora2horasdiárias,contadasnosdias21deFevereiroou21deOutubro;acontagemdesteperíododeveserfeitaentreas7eas17horassolaresequandoosraiossolaresqueincidemnosvãosestejamcontidosno diedro vertical de 140º cujo plano bissector inclua o eixo desse vãoenvidraçado.

IV.9.4.3.2 A verificaçãodos requisitosmencionadosnaalíneab)donúmeroanteriordeve ser efectuada através de métodos fundamentados, que tomem emconsideraçãoaorientaçãodosenvidraçadoseascondiçõesdeobstruçãoaquefiquemsujeitos.

IV.9.4.4 Recomendaçõescomplementares

IV.9.4.4.1 Recomenda-se que a satisfação de condições mínimas de insolação nãoprejudiqueodesempenhotérmicodosedifícioseoconfortotérmicoevisualdosutilizadores.

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IV.9.4.5 Definições

IV.9.4.5.1 Insolação – Soma dos intervalos de tempo, ao longo de um determinadoperíodo(hora,dia,mês,ano),duranteoqualháincidênciadaluzdirectadoSolnumadeterminadasuperfície.

IV.9.5 POSSIBILIDADEDEOBSCURECIMENTO

IV.9.5.1 Princípiosgerais

IV.9.5.1.1 Osvãosdeiluminaçãodeespaçospararepousoousimilares(ex.:quartosdedormir)devemserprovidosdedispositivosquepermitamoobscurecimentodosespaçosemquestão.

IV.9.5.2 Mododeexpressão

IV.9.5.2.1 Asexigênciasrelativasàpossibilidadedeobscurecimentodevemserexpressasconsiderandooseguintefactor:

- Níveisdeiluminação.IV.9.5.3 Quantificação

IV.9.5.3.1 Osvãosdeiluminaçãodesalasdeberçoseespaçosderepousodevempoderser obturados para obscurecimento, permitindo um nível de iluminaçãoinferiora0,2lux.

IV.9.5.4 Recomendaçõescomplementares

IV.9.5.4.1 Nosespaçosdosedifíciosondeserealizamactividadesquerequeiramoseuobscurecimento, recomenda-se que os vãos envidraçados sejam providoscomdispositivosopacosquegarantamoobscurecimentoduranteoperíododiurno.

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IV.9.6 ASPECTODASSUPERFÍCIES

IV.9.6.1 Princípiosgerais

IV.9.6.1.1 Os paramentos dos elementos de construção e dos equipamentosdevem apresentar aspecto satisfatório; nesse sentido, deve evitar-se quecaracterísticasinadequadasdecorebrilho,aexistênciadeirregularidadesedeoutrosdefeitossuperficiais,eafaltadeplaneza,horizontalidade,verticalidadeeesquadriapossamtornarasuavisãoincómodaoudesagradável.

IV.9.6.1.2 Osparamentosexteriorese interioresdevemapresentarsuperfícieregular,sem defeitos aparentes, tais como, bolhas, amolgaduras, empenos efissuração.

IV.9.6.2 Mododeexpressão

IV.9.6.2.1 As exigências relativas ao aspecto das superfícies devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Regularidadegeométricadesuperfíciesearestas:- Desviosgeométricos,emtermosdeplaneza,verticalidadeehorizon-

talidadedassuperfíciesedelinearidadedasarestas

b) Uniformidadeeperfeiçãodassuperfícies:- Níveldedefeitos,taiscomosaliênciaslocalizadas,fissuras,empolamento

oudescolamento

c) Característicasdereflexãodaluz:- Reflectância,coretexturadosmateriais

IV.9.6.3 Quantificação

IV.9.6.3.1 Para a quantificaçãodas exigências relativas à regularidadede superfíciese arestas deve atender-se às especificações aplicáveis constantes de V.(Construção).

IV.9.6.3.2 Osacabamentosdassuperfíciesinterioresdevempossuircoresereflectânciasquenãoprejudiquemo seudesempenho funcional e contribuamdemodopositivoparaadistribuiçãodailuminaçãoeocontrolodoencandeamento.

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IV.9.6.3.3 Os acabamentos superficiais das paredes e tectos devem ser de cor clarae mate. Os pavimentos podem ser mais escuros mas devem possuir umacabamentomateparaminimizaçãodoencandeamentoporreflexão.

IV.9.6.3.4 Areflectânciadosacabamentosdassuperfíciesinterioresdevesatisfazeraosvaloresindicadosnoquadroseguinte[2].

IV.9.6.4 Recomendaçõescomplementares

IV.9.6.4.1 Relativamenteaosparamentosexteriores:

a) Recomenda-sequeavariaçãotemporaldacor,dobrilhoedareflectânciados paramentos exteriores seja uniforme e contínuo, sem originarcontrastesincómodosoudesagradáveis;

b) Recomenda-se que os paramentos exteriores não originem reflexõesespecularesdaluzdoSolquepossamconstituircausadeincómodoparaosutilizadoresdosedifíciosedosespaçosexterioresvizinhos;

c) Recomenda-sequenosedifíciossejamproporcionadasascondiçõesparaque não ocorram, nos paramentos exteriores das fachadas e empenas,manchasouescorrimentosprovenientesdoselementosconstituintesoudacobertura,sejamelesdevidosàcorrosão,aosprodutosdeimpregnaçãoouadeslavamentoirregulardassuperfícies;

d) Recomenda-seque,nosparamentosexterioresdasfachadaseempenas,asfixaçõesexterioressejamemnúmeroreduzidoeresistentesàcorrosão.

Gamasdereflectânciasdassuperfíciesinteriores[2]

Superfícies Reflectânciasrecomendadas

Tectos 0,6a0,9

Paredes 0,3a0,8

Planosdetrabalho 0,2a0,6

Pisos 0,1a0,5

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IV.9.6.4.2 Relativamenteaosparamentosinteriores:

a) Recomenda-sequeosparamentosinterioressejamlisosouderugosidademoderada,deformaapermitirasuafácilmanutenção;

b) Demodoapoderemserobtidascondiçõesadequadasdeconfortovisualededistribuiçãodailuminaçãonosespaçosinteriores,recomenda-seque:- Asreflectânciasdosparamentosdeparedesetectossejamsuperiores

àsdospisos;- As paredes onde se integram vãos envidraçados possuam uma

reflectânciamínimade0,6;- Asreflectânciasdospisosnãosejaminferioresa0,2nemsuperioresa

0,4;- Asreflectânciasdomobiliáriointeriornãosejaminferioresa0,3.

IV.9.6.4.3 Relativamenteaosequipamentos:- Recomenda-se que as superfícies domobiliário e dos equipamentos

apresentemcor,brilhoetexturaregularesesemdefeitosaparentes.

IV.9.6.5 Definições

IV.9.6.5.1 Reflectânciadeumasuperfície–Quocienteentreofluxoluminosoreflectidoporumasuperfícieeofluxoluminosonelaincidente.

IV.9.6.5.2 Superfíciemate–Superfíciecomapropriedadededifundiraluzreflectida.

IV.9.7 REFERÊNCIAS

[1] EN 12665: 2002 – Light and lighting. Basic terms and criteria for specifying lighting requirements.Brussels:CEN.

[2] EN12464:2002–Light and lighting. Lighting of work places – Part 1: Indoor work places.Brussels:CEN.

[3] COMMISSION INTERNATIONALE DE L´ECLAIRAGE (CIE) – International lighting vocabulary.4thEd.Paris:IEC/CIE,1987.

[4] COMMISSIONINTERNATIONALEDEL´ECLAIRAGE(CIE)–Discomfort glare in interior lighting.Paris:IEC/CIE,1995.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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[5] CHARTERED INSTITUTION OF BUILDING SERVICES ENGINEERS (CIBSE)–CIBSE code for interior lighting.London:CIBSE,1994.

[6] CHARTERED INSTITUTIONOFBUILDINGSERVICESENGINEERS (CIBSE)–Daylighting and window design.London:CIBSE,1999.(LightingGuidesLG10)

[7] CARVALHO,L.C.–Insolação e iluminação natural dos edifícios.Lisboa:FCUL/LNEC,1997.

[8] CHRISTIAEN,M.P.–Vivre mieux dans un environnement visuel adapté.Genève:ABA,2004.

[9] FUNDODEFOMENTODAHABITAÇÃO(FFH)– Instruções para projectos de habitação promovida pelo Estado. Capítulo V – Exigências de habitabilidade e durabilidade.Lisboa:FFH,1978.

[10] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Proposta de revisão do RGEU. Critérios para garantia das condições adequadas de insolação nos edifícios.Lisboa:LNEC,2004.

[11] SANTOS,AntónioJosé–Desenvolvimento de uma metodologia de caracterização das condições de iluminação natural nos edifícios baseada na avaliação “in situ”.Lisboa:LNEC,2002.(TesesdeMestradoLNECTM14).

[12] SILVA,A.Cavaleiro;MALATO,J.–Geometria na insolação de edifícios.Lisboa:LNEC,1969.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE5).

IV.10 ILUMINAÇÃOARTIFICIAL.EFICIÊNCIAENERGÉTICA

IV.10.1 PRINCÍPIOSGERAIS

IV.10.1.1 Ossistemasdeiluminaçãoartificial(lâmpadas,lumináriasecontrolos)devemproporcionarumambientevisualadequado,numdeterminadoespaço,emcondiçõesdeeficiênciaenergética.

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IV.10.1.2 Um projecto de iluminação artificial energeticamente eficiente deveconsiderarosseguintesaspectos:

a) Maximizaçãodautilizaçãodailuminaçãonatural;

b) Evitariluminânciasartificiaisdesnecessariamenteelevadas;

c) Incorporação de lâmpadas, luminárais e respectivos mecanismos decontroloomaiseficientespossível;

d) Inclusãodesistemasdecontroloeficienteseversáteis.

IV.10.2 MODODEEXPRESSÃO

IV.10.2.1 Asexigênciasrelativasàeficiênciaenergéticadailuminaçãoartificialdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:

a) Eficáciadasfontesdeiluminação:- Eficácialuminosa(lúmen/Watt)

b) Potêncialuminosainstaladaporunidadedeárea:- Densidadedepotêncialuminosainstalada(Watt/m²)

c) Períododefuncionamentodosequipamentosdeiluminação:- N.º de horas de utilização do período de operação (horas) dos

equipamentos

IV.10.3 QUANTIFICAÇÃO

IV.10.3.1 Eficáciadasfontesdeiluminação

IV.10.3.1.1 As lâmpadas utilizadas devem possuir uma eficácia luminosa tão elevadaquanto possível. Nos espaços interiores deve-se privilegiar a utilização delâmpadaseconomizadorasdeenergia,nomeadamentelâmpadasfluorescentestubularesdeúltimageraçãoelâmpadasfluorescentescompactas.

IV.10.3.1.2 A eficácia luminosa das fontes de iluminação, em função da sua potêncianominal, deve ser igual ou superior aos valores indicados no quadroseguinte.

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IV.10.3.2 Potêncialuminosainstaladaporunidadedeárea

IV.10.3.2.1 A potência luminosa instalada por unidade de área, nos compartimentos/áreas, em funçãodas iluminânciasmantidas requeridas (ver IV.9.2.3.1)nãodevemsersuperioresaosvaloresmáximosindicadosnoquadroseguinte.

IV.10.3.3 Períododefuncionamentodosequipamentosdeiluminação

IV.10.3.3.1 Duranteosperíodosdeutilizaçãodosdiversos compartimentos, o recursoà iluminação eléctrica deve ser efectuado apenas quando os requisitos deiluminaçãonãopossamsersatisfeitospelaluznatural.

Valoresrecomendadosdaeficácialuminosa(lm/W)delâmpadas

emfunçãodasuapotêncianominal(W)[1]

Potêncianominal(Watt) Eficácialuminosarecomendada(lúmen/Watt)

<15W ≥40lm/W

15–40W ≥50lm/W

>40W ≥60lm/W

NOTA:Apotênciadobalastronãoéincluídanadeterminaçãodaeficáciadaslâmpadas

Valoresmáximosrecomendadosparaapotêncialuminosainstaladaporunidade

deárea(W/m²)emfunçãodasiluminânciasmantidasrequeridas[1]

Iluminâncias Potêncialuminosainstaladapor

unidadedeárea(W/m2)

(valoresmáximosrecomendados)

(lux) Máxima

50lux 3,2W/m²

100lux 4,5W/m²

300lux 10,0W/m²

500lux 15,0W/m²

750lux 20,0W/m²

1000lux 25,0W/m²

NOTA:Osvalores indicadosnãoseaplicamasistemasde iluminaçãoindirecta(sistemasemquea iluminaçãoéproporcionadademodoindirectomediantereflexão)

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IV.10.3.3.2 Paraefeitodonúmeroanterior,todososespaçosinterioresdevemserdotadosde sistemas de controlo da iluminação eléctrica eficazes que permitam oajustedosníveisdeiluminaçãoartificialemfunçãodosníveisdeiluminaçãonatural e das necessidades de iluminação específicas (ver RecomendaçõesComplementares).

IV.10.4 RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES

IV.10.4.1 Érecomendávelqueaslumináriasautilizarsejamescolhidasemfunçãodosobjectivosdeiluminaçãoaatingir,proporcionandoosníveisdeiluminação,aprotecçãocontraoencandeamentoeadireccionalidadedaluzdesejados,comomenorconsumodeenergiapossível.

IV.10.4.2 Recomenda-sequealimitaçãodapotêncialuminosainstaladaporunidadedeárea,traduzidapelosvaloresindicadosemIV.10.3.2.1nãocoloqueemcausaosvaloresdasiluminânciasmantidasenecessáriasàrealizaçãodastarefasvisuais(verIV.9.2.3)emcondiçõesdesegurançaeconfortoparaosocupantes.Osvaloresrecomendadosreferidosassumemumaproveitamentoadequadodailuminaçãonaturalnosespaçosecompartimentosinteriores.

IV.10.4.3 Recomenda-sequeossistemasdecontrolodailuminaçãoeléctricaasseguremque a luz é disponibilizada na quantidade adequada, no local adequado edurante o período de tempo adequado. No quadro constante no númeroseguinte apresentam-se recomendações relativas aos tipos de controlo dailuminaçãoeléctricaem funçãodo tipodeespaços.Osprincipaisaspectosque influenciam a escolha do tipo de controlos da iluminação são: i) adisponibilidadeda luznatural; ii) ospadrõesdeutilizaçãodosespaços; iii)a possibilidade ou não de regulação gradual das fontes de iluminação; iv)ograudesofisticaçãodesejávelparaocontrolo;v)oscustosdecapitaleopotencialdeeconomiaemenergiaeléctricaparailuminação.

IV.10.4.4 Osprincipaismodosdecontrolodailuminaçãoeléctrica,quepodemserusadosseparadamenteouemcombinação,são:i)controlomanuallocalizado;ii)controlotemporizado; iii) controlopor “reset”; iv) controlodeocupação (detecçãodepresenças);v)controlofotoeléctricoON/OFFegradual.Umabrevedescriçãodassuasprincipaisaplicações,emfunçãodotipodeespaços,estádescritanoquadroseguinte.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

Tipodeespaço

Individualc

Partilhadod

Temporariamente

ocupadoe

Ocasionalmente

visitadof

Ocupaçãoelevada

Manualaopé

daporta

Manualflexível

OFFtemporizado,

ONmanual

Contrologradual

fotoeléctrico

Manualflexível

OFFtemporizado,

ONmanual

Contrologradual

fotoeléctrico

Manuallocal

Manualflexível

Detecçãode

presenças

OFFtemporizado,

ONmanual

Contrologradual

fotoeléctrico

Nãoaplicável

Ocupaçãobaixa

Manualaopéda

porta

Manualflexível

OFFtemporizado,

ONmanual

Manualflexível

OFFtemporizado,

ONmanual

Contrologradual

fotoeléctrico

Detecçãode

presenças

Manuallocal

Detecçãode

presenças

Manualflexível

OFFtemporizado,

ONmanual

Controlopor

chave

Detecçãode

presenças

Manuallocal

OFFtemporizado,

ONmanual

Controlopor

chave

Ocupaçãoelevada

Manualaopéda

porta

Manualflexível

Flexívelmanual

ON/OFF

temporizado

Manuallocal

Detecçãode

presenças

Nãoaplicável

Ocupaçãobaixa

Manualaopéda

porta

Manualflexível

detecçãode

presenças

Manualflexível

Detecçãode

presenças

Manuallocal

Detecçãode

presenças

Manualflexível

OFFtemporizado,

ONmanual

Controlopor

chave

Detecçãode

presenças

Manuallocal

OFFtemporizado,

ONmanual

Controlopor

chave

Iluminadoporluznaturala Nãoiluminadoporluznaturalb

Tiposdecontrolodeiluminaçãorecomendados

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IV.10.5 Definições

IV.10.5.1 Eficácia luminosa de uma fonte de iluminação – Quociente entre o fluxoluminosoemitidoporumafontedeiluminaçãoeaenergiaeléctricaporelaconsumida.Exprime-seemlúmenporWatt(lm/W).Quantomaiselevadoforovalormaisenergeticamenteeficienteseráafontedeiluminação.

Tipodeespaço

Comunsg

Geridoh

Ocupaçãoelevada

ON/OFF

fotoeléctrico

Contrologradual

fotoeléctrico

Contrologradual

fotoeléctrico

ON/OFF

temporizado

Manual

centralizado

ON/OFF

fotoeléctrico

Programável

Ocupaçãobaixa

Detecçãode

presenças

OFFtemporizado,

ONmanual

Contrologradual

fotoeléctrico

ON/OFF

fotoeléctrico

Contrologradual

fotoeléctrico

ON/OFF

temporizado

Manual

centralizado

ON/OFF

fotoeléctrico

Programável

Ocupaçãoelevada

ON/OFF

temporizado

Detecçãode

presenças

Manual

centralizado

ON/OFF

temporizado

Programável

Ocupaçãobaixa

Detecçãode

presenças

OFFtemporizado,

ONmanual

Manual

centralizado

ON/OFF

temporizado

Programável

Iluminadoporluznaturala Nãoiluminadoporluznaturalb

Tiposdecontrolodeiluminaçãorecomendados

Notaa,b–UmadeterminadaáreacomumFactordeLuzdoDia(verIV.9–Confortovisual)inferiora0,5%podeser

classificadacomonão-iluminadaporluznatural;c–pequenoscompartimentosparaumaouduaspessoas,comogabinetesindividuaisouduplos;d–áreascomocupaçãomúltiplacomoáreasdotipo“openplan”,porexemplo;e–salasdereunião,quartosdehotéiseáreasemqueosocupantesesperamoperaroscontrolosdailuminação

artificialquandoestãopresentes;f–arrecadações,armazéns,zonasdeestantesembibliotecas,alasdearmazénseinstalaçõessanitárias;g–áreasdecirculaçãoemqueosocupantesesperamqueostrajectossejamiluminados,masquefrequentemente

nãoesperamserelesaoperaroscontrolos;h–átrios,halls,restaurantes,bibliotecaselojas,emquealguéméresponsávelpelailuminação,masgeralmente

demasiadoocupadoparaacontrolareemqueosutilizadoresindividuaisnãoesperamcontrolarailuminação.

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IV.10.5.2 Iluminânciamantida(Em)-Valormínimodailuminânciamédiaaolongodeumadeterminadaáreaduranteoperíododevidadeumainstalação.Exprime--seemlux.

VerIV.9(Confortovisual)

IV.10.6 REFERÊNCIAS

[1] CHARTERED INSTITUTION OF BUILDING SERVICES ENGINEERS (CIBSE)–Energy efficiency in buildings.London:CIBSE,2004.(LightingGuidesLG10.CIBSEGuideF)

[2] EN 12665: 2002 – Light and lighting. Basic terms and criteria for specifying lighting requirements.Brussels:CEN.

[3] EN12464:2002–Light and lighting – Lighting of work places – Part 1: Indoor work places.Brussels:CEN.

[4] COMMISSION INTERNATIONALE DE L’ÉCLAIRAGE (CIE) – International lighting vocabulary.4thEd.Paris:IEC/CIE,1987.

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CONSTRUÇÃO

Depósito Legal: 270795/08

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V. CONSTRUÇÃO

V.1 FUNDAÇÕES

V.1.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.1.1.1 As fundações, entendidas como o conjunto de elementos que permitem atransmissãodascargasdasestruturasao terreno,devemserconcebidasedimensionadas, ou verificadas, de modo a satisfazerem as exigências quelhessãoaplicáveis,noquerespeitanomeadamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àestanquidadeàáguaeàdurabilidade.

V.1.1.2 Oestudodolocaldeconstrução,comvistaaidentificarassuascaracterísticasrelevantesparaasfundaçõesdosedifíciosnovos,deveterumdesenvolvimentoadequado à dimensão do empreendimento, podendo limitar-se em casossimples ao mero reconhecimento do terreno. Em casos mais complexos,deve realizar-se uma prospecção geotécnica do terreno, complementadaeventualmentecomensaiosin situedelaboratório.

V.1.1.3 Salvo justificação especial, os edifícios apenas devem ser implantadosem terreno que permita a realização de fundações directas a pequenaprofundidadeeondeosníveisfreáticosseencontremabaixodacotaprevistaparaabasedessasfundações.

V.1.1.4

V.1.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.1.2.1 As fundações devem ser concebidas e dimensionadas, ou verificadas, demoldeagarantiraosedifícios,emconjugaçãocomasrespectivasestruturas,estabilidadenascondiçõesdesegurançaregulamentarmentefixadas.

V.1.2.2 Asfundaçõesdevemserdevidamenteadaptadasàscaracterísticasdoterreno,pelo que na sua concepção e no seu dimensionamento se deve atender,entreoutrosfactores,ànatureza,àmorfologiaeàcapacidadedecargadoterreno.

Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdasfundaçõescomdeficiênciadesegurançaestrutural.

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V.1.2.3 Salvosituaçõesdevidamentejustificadas,devememgeralserprevistasvigasdefundaçãoparatravamentoinferiordoselementosverticais,asquaisdevempermitirtambémoapoiodalajetérreae,nocontornodoedifício,servirdeembasamentoàsparedesexteriores.

V.1.2.4

V.1.3 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.1.3.1 Asfundaçõesdevemserconcebidaseexecutadasdemodoanãopropiciaremoacessodahumidadedosoloàconstrução.

V.1.4 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º38/382,de7deAgostode1951,ealteraçõesposteriores–Regulamento Geral das Edificações Urbanas(RGEU).

[2] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes.

[3] ESPECIFICAÇÃOLNECE217:1968–Fundações directas correntes. Recomendações.Lisboa:LNEC.

[4] ESPECIFICAÇÃOLNECE218:1968–Prospecção geotécnica de terrenos. Colheita de amostras.Lisboa:LNEC.

[5] DECRETO-LEI n.º 349-C/83, de 31 deMaio –Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP).

[6] DECRETO-LEIn.º330/95,de14deDezembro–Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da NP ENV 206: 1993 – Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade.

[7] NP EN 206-1: 2000 – Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.Lisboa:IPQ.

[8] EN1990:2002–Eurocode: Basis of structural design.Brussels:CEN.

Emedifíciosexistentes,casoasfundaçõesnãoapresentemníveisdesegurançasatisfatórios,devemserimplementadasasacçõesdereforçonecessáriasparalhesconferirasegurançaadequada.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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[9] EN1991:2002–Eurocode 1: Actions on structures.Brussels:CEN.

[10] EN1992-1-1:2004–Eurocode 2: Design of concrete structures - Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

[11] EN 1997-1: 2004 – Eurocode 7: Geotechnical design - Part 1: General rules.Brussels:CEN.

[12] EN 1998-1: 2004–Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buildings.Brussels:CEN.

V.2 ESTRUTURAS

V.2.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.2.1.1 Asestruturasdosedifíciosdevemsatisfazerasexigênciasquelhesãoaplicáveis,nomeadamente no que respeita à resistência mecânica e estabilidade, àsegurançaaoincêndioeàdurabilidade.

V.2.1.2 Averificaçãodasegurançadasestruturasdosedifíciosemrelaçãoàsacçõesa que possam ser submetidas deve ser efectuada com base em modelosestruturaisapropriadosaotipodeestruturaetendoemcontaosregulamentosedocumentosnormativosdeíndoleestruturalaplicáveis.

V.2.1.3 Osprojectosdeestruturas,nosrespectivoselementosescritosedesenhados,devemapresentar, comodesenvolvimentonecessárioede formaclara, oscritériosadoptadosnodimensionamentoenaverificaçãodasegurançadessasestruturas,assimcomoainformaçãorelativaàgeometria,àsdimensõeseàconstituiçãodasmesmas,noqueserefereaosseuconjuntoeacadaumadassuaspartes.

V.2.1.4

V.2.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.2.2.1 As estruturas dos edifícios devem ser concebidas e dimensionadas, ouverificadas, de modo a garantirem, em conjunto com as fundações, aestabilidade desses edifícios nas condições regulamentares de segurançae de acordo com os critérios definidos em IV.1 (Resistência mecânica eestabilidade).

Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdasestruturascomdeficiênciadesegurançaestruturaledesegurançaaoincêndio.

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V.2.2.2 As estruturas devem ser, tanto quanto possível, regulares e simétricas, demodoaminimizarosesforçosdevidosàacçãosísmica.

V.2.2.3 Os elementos estruturais verticais, em espaços devidamente identificados,não devem dificultar posteriores alterações da compartimentação internadasconstruções.

V.2.2.4 A utilização de elementos estruturais verticais constituídos por paredesdebetãoarmadooudeparedesde alvenaria resistente é condicionadaaodispostononúmeroanterior.

V.2.2.5 As estruturas devem ser concebidas, ou verificadas, de forma a limitar adeformabilidade estrutural, nomeadamente de vigas e lajes, para cargasverticais, a fim de limitar a fendilhação de paredes de preenchimento,sobretudonoscasosdelajesfungiformesedelajesemconsola.

V.2.2.6 O uso de soluções estruturais não-tradicionais está condicionado à préviaapreciaçãoouhomologaçãopeloLNECdessassoluçõesoudossistemasdeconstruçãoqueascontemplam,nascondiçõesestabelecidasno

Art.º1.ºdoREBAP.

V.2.2.7 Aescolhadasoluçãoestruturalaadoptaremcadacasodeveserdevidamenteponderada,deformaaresultarsempreasoluçãoglobalmentemaiseconómicafaceaoscondicionamentosexistentes.

V.2.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.2.3.1 Asestruturasdosedifíciosdevemaindaserconcebidasedimensionadas,ouverificadas,demodoque,emcasodeincêndio,asuacapacidaderesistentepossasergarantidaduranteumperíododetempodeterminadoquepermitaaevacuaçãodoedifíciopelosseusocupantesemcondiçõesseguras;parataloselementosestruturaisdevemserdeclassesderesistênciaaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaoportedoedifício,demodoasatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.2.3.2 Emedifíciosexistentes,casoasrespectivasestruturasapresentemclassesderesistênciaaofogodesajustadasemrelaçãoàsfunçõesquedesempenham,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãododispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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V.2.4 REFERÊNCIAS

Geral

[1] DECRETO-LEI n.º 38/382, de 7 deAgosto de 1951, e alterações posteriores–Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU).

[2] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[3] EN1990:2002–Eurocode: Basis of structural design.Brussels:CEN.

[4] EN1991:2002–Eurocode 1: Actions on structures.Brussels:CEN.

[5] EN 1998-1: 2004–Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buildings.Brussels:CEN.

Estruturasdebetãoarmadoepré-esforçado

[6] DECRETO-LEI n.º 349-C/83, de 30 de Julho–Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP).

[7] DECRETO-LEIn.º330/95,de14deDezembro–Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da NP ENV 206: 1993 – Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade.

[8] NP EN 206-1: 2000 – Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.Lisboa:IPQ.

[9] EN1992-1-1:2004–Eurocode 2: Design of concrete structures. - Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

[10] EN1992-1-2:2004–Eurocode 2: Design of concrete structure Part 1-2: General rules – Structural fire design.Brussels:CEN.

[11] Documentos de Homologação (DH) do LNEC relativos a soluções estruturais não-tradicionais de construção.ListadosDHdisponívelnaInternet:www.lnec.pt/qpe.

Estruturasmetálicas

[12] DECRETO-LEIn.º21/86,de31deJulho–Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios (REAE).

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[13] EN1993-1-1:2005–Eurocode 3: Design of steel structures - Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

[14] EN1993-1-2:2005–Eurocode 3: Design of steel structures - Part 1-2: General rules - Structural fire design.Brussels:CEN.

Estruturasmistasaço-betão

[15] EN1994-1-2:2004–Eurocode 4: Design of composite steel and concrete structures - Part 1-2: General rules -strutural fire design.Brussels:CEN.

[16] EN1994-1-1:2004–Eurocode 4: Design of composite steel and concrete structures - Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

Estruturasdemadeira

[17] EN1995-1-1:2004–Eurocode 5: Design of timber structures - Part 1-1: General – Common rules and rules for buildings.Brussels:CEN.

[18] EN1995-1-2:2004–Eurocode 5: Design of timber structures - Part 1-2: General – Structural fire design.Brussels:CEN.

Estruturasdealvenaria

[19] EN1996-1-1:2005–Eurocode 6: Design of masonry structures. Part, - 1-1: General rules for reinforced and unreinforced masonry structures.Brussels:CEN.

[20] EN1996-1-2:2005–Eurocode 6: Design of masonry structures - Part 1-2: General rules – Structural fire design.Brussels:CEN.

V.3 PAREDESEXTERIORES

V.3.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.3.1.1 Asparedesexterioresdevemsatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,no que respeita nomeadamente à resistência mecânica e estabilidade, àsegurançaaoincêndio,àsegurançacontraintrusão,àsegurançanautilização,àestanquidadeàágua,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústico,aoconfortovisual,eàdurabilidade.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

Page 176: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

V.3.1.2

V.3.1.3 Nassituaçõesmaiscorrentes,emqueasparedesexterioressãoconstituídasporalvenariasrevestidas,cabeaoconjuntotosco-revestimentoasatisfaçãodageneralidadedessasexigências, emboraa contribuiçãodecadaumdoscomponentes (toscos ou revestimentos) tenhamaior oumenor relevânciaconsoanteotipodeexigênciaasatisfazer.

V.3.1.4 Asespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintesreferem-se,emgeral,àparedenoseuconjunto;asespecificaçõesaplicáveisapenasaosrevestimentosconstam de V.10 (Revestimentos exteriores em paredes exteriores) e V.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos).

V.3.2 RESISTÊNCIAMECÃNICAEESTABILIDADE

V.3.2.1 As paredes exteriores, quer tenham ou não funções estruturais, devemapresentarestabilidadeeresistênciamecânicasatisfatóriasfaceaosesforçosque nelas podem ser induzidos, nomeadamente pela actuação de cargaspermanentesedesobrecargas,esobasacçõesclimáticasprevisíveis,devendoconservaressascaracterísticasduranteavidaútildosedifícios.

V.3.2.2

V.3.2.3 Paraassoluçõescorrentesdeparedesexteriores,constituídasporpanosdealvenariadepreenchimentodemalhasestruturaisdebetãoarmado,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:

a) As dimensões máximas dos panos de alvenaria entre elementos detravamentodevemserdefinidasdeformaalimitarassuas“esbeltezas”(relaçãoentreadimensãohorizontalouverticaleaespessura)paravaloresqueasseguremasuaadequadaestabilidade;

b) Oapoiodasparedesnosrespectivoselementosdesuporte(bordosdelajesouvigasdebordadura)deveinteressar,depreferência,todaaespessuradospanosdealvenaria,nãoincluindoosrevestimentos;

Em edifícios existentes devem ser corrigidas as deficiências das paredesexterioresrelativamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àsegurançaao incêndio e à estanquidade à água, sendo recomendável amelhoria dascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigênciasaqueasparedesdevemsatisfazer.

Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemestabilidadee resistência mecânica satisfatórias, devem ser implementadas acções dereforçoparalhesconferirasegurançaadequada.

Paraassoluçõescorrentesdeparedesexteriores,constituídasporpanosdealvenariadepreenchimentodemalhasestruturaisdebetãoarmado,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:

a) Casoseverifiquequeasdimensõesmáximasdospanosdealvenarianãogarantemumaadequadaestabilidade,devemserrealizadasacçõesdereforçocomvistaalimitarassuas“esbeltezas”, designadamente através da construção deelementosdetravamentode formaaparcelarospanosdealvenaria;

b) Caso se verifique que o apoio das paredes nos respectivoselementosdesuporte(bordosdelajesouvigasdebordadura)

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c) Nocasodeparedesconcebidasparaficarem ligeiramentesalientesdossuportes,alarguradeapoiodopanodealvenariadeveser,nomínimo,de2/3darespectivaespessura,semprejuízodaadopçãodeoutrasdisposiçõescomplementaresparamelhoriadasuaestabilidade;

d) Adeformabilidadedoselementosdesuporte(lajesouvigas)dasparedesdeve ser compatível com a capacidade relativamente reduzida dedeformaçãoqueasparedes e os respectivos revestimentosapresentamsemqueocorraasuafendilhação;

e) Tratando-sedeparedesqueseapoiememlajesfungiformesmaciçasdebetão,deveprever-se,semprequenecessário,elementosderigidificaçãodosbordosdessas lajesde formaa reduzir a suadeformabilidadeparavalorescompatíveiscomacapacidadededeformaçãodasparedes;

f) Asparedesdevemtercapacidadeparaabsorverasvariaçõesdimensionaisaqueestãosujeitas,nomeadamenteporacçãodasvariaçõestérmicasedasvariaçõesdoseuteordeágua;

g) Paraefeitodaalíneaanterior,devemserprevistas,quandotalsejustifique,juntas demovimento verticais convenientemente espaçadas, tendo ematenção, entre outros factores, a natureza dos materiais constituintesda alvenaria (ex.: tijolos cerâmicos oublocos de betão), a existência dezonassingulares(ex.:aberturasdevãos)eapormenorizaçãoconstrutivaespecíficaadoptada(ex.:colocaçãodearmadurasmetálicasdereforçonasjuntashorizontaisdeargamassadaalvenaria);

h) Osvaloresmáximoscorrentementeespecificadosnanormalizaçãoaplicávelparaadistânciaentrejuntasdemovimentosãode6mparaparedesdealvenariadeblocosdebetãoede12mparaparedesdealvenariadetijolosdebarrovermelho.

V.3.2.4 Referências

[1,4,11,15,16]

V.3.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

sefazdeformadeficiente,compartedaespessuradopanodesapoiada,etraduzindo-seemproblemasdeestabilidadeoudefendilhaçãosignificativadospanos,devemseradoptadassoluçõesparacorrecçãodessassituações(ex.:acolocação,apartirdoelementodesuporteexistente,dedispositivosparaprolongamentodoapoiodessasparedes);

c) Caso se verifique deformação excessiva dos elementosde suporte (lajes ou vigas) das paredes, traduzindo-se nafendilhação destas, recomenda-se um eventual reforço daresistênciaàflexãodoselementosdesuporte,paraalémdoreforçodasparedesdealvenarianaszonasafectadas;

d) Caso as paredes apresentam insuficiente capacidade paraabsorver as variações dimensionais a que estão sujeitas,traduzindo-senasuafendilhaçãoouemsinaisdepresençade humidade, recomenda-se a execução de juntas demovimento verticais convenientemente espaçadas tendoematenção,entreoutrosfactores,anaturezadosmateriaisconstituintesdaalvenaria,aexistênciadezonassingulareseapormenorizaçãoconstrutivaespecíficaadoptada.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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V.3.3.1 Asparedesexterioresdevemserdegeometriaeclassederesistênciaaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.3.3.2

V.3.3.3 Referências

Anexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”

V.3.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

V.3.4.1 Asparedesexterioresdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosocupanteseaosseusbens,contraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.Para o efeito, as paredes que se localizamnos pisos inferiores não devempoderserdestruídasporobjectoscortantesdeusocorrente,nemfacilmentedesmontadas, nomeadamente no caso de serem constituídas por painéisprefabricados,nemaindafacilmenteatacáveispelosroedores.Poroutrolado,as aberturas de ventilação e outras eventualmente existentes nas paredesdevemterdispositivosqueimpeçamoacessodeanimais.

V.3.4.2

V.3.4.3 Referências

[4]

V.3.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.3.5.1 Asparedesexterioresdevemapresentarresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesob acções de choque resultantes de queda ou projecção de pessoas ouobjectos.

V.3.5.2 Para efeito do disposto no número anterior, a energia correspondente àsacçõesdechoqueaconsiderarnaconcepçãodasparedesdeveterematenção

Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemaclassederesistênciaaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenhamtendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãodoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

Anexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”

Emedifíciosexistentes recomenda-seacorrecçãodas situaçõesemqueasparedes exteriores não confiramprotecção adequada aos ocupantes e aosseusbens,contraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.

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asfunçõesdosespaçosconfinantescomasparedeseosriscosassociadosaoexercíciodessasfunções.

V.3.5.3

V.3.5.4 Paraaavaliaçãoexperimentaldaresistênciaaacçõesdechoque(decorpo

moleedecorpoduro)dasparedesdevemsertomadascomoreferênciaasespecificaçõescontidasnodocumentonormativodaEOTA“TechnicalReportTR 001/2003 – Determination of impact resistance of panels and panelsassemblies”[12],emparticularnoscasosemqueasparedessãoconstituídasporsoluçõesnão-tradicionaisparaasquaisnãoexistasuficientepráticadeutilização.

V.3.5.5 Referências

[12,13,19]

V.3.6 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.3.6.1 As paredes exteriores devem apresentar estanquidade à água satisfatória,impedindo a penetração da água do exterior para o interior através desoluçõesconstrutivasederevestimentosexterioresadequados.

V.3.6.2

V.3.6.3 A selecção da solução construtiva deve ter em conta a severidade daexposiçãodasparedesàchuvaeaovento,aqualpodesertraduzidaatravésdeparâmetrosassociadosàlocalizaçãodoedifício,àprotecçãodaparedeemrelaçãoàacçãodovento,eàalturaaquesesituaotopodaparede.

Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatórias faceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesobacçõesdechoque,devemserrealizadasacçõesdereforçodeformaacorrigiressasdeficiências.

Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemestanquidadeà água satisfatória, traduzindo-se nomeadamente em sinais de presença dehumidadenointerioredeoutrasanomaliasqueindiciemadeterioraçãodosmateriaisconstituintesouquecomprometamascondiçõesdesaúdeedehigienedosutilizadores,devemserrealizadasacçõesdereparaçãodessasdeficiências,designadamenteatravésda implementaçãodedisposiçõesconstrutivasederevestimentosexterioresadequados.

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V.3.6.4 Paraassoluçõescorrentesdeparedesexteriores,constituídasporpanosdealvenariadepreenchimentodemalhasestruturaisdebetãoarmado,poder-se-ão assumir como genericamente aplicáveis os critérios do documentonormativofrancês“DTU20.1–Travauxdebâtiment–Ouvragesenmaçonneriedepetitséléments–paroisetmurs.Partie3–Guidepourlechoixdestypesdemurdefaçadeenfonctiondusite”[15],quetipificaassoluçõescorrentesdeparedesdealvenariacomdesempenhosatisfatóriofaceadiferentesgrausdeseveridadedeexposiçãoàchuvaeaovento.

V.3.6.5 Nocasodeparedescomparamentosrevestidoscomargamassadereboco(correntes ou pré-doseados em fábrica), amanutenção da estanquidade àáguadachuvadepende,emlargamedida,danão-existênciadefendilhaçãonos revestimentos exteriores. Nesse sentido, para além de uma correctaformulaçãoeaplicaçãodosrebocos(verV.10–Revestimentosexterioresemparedes exteriores), devem ser devidamente consideradas as deformaçõesprevisíveis, a longo prazo, dos elementos estruturais que servem desuporte às paredes, de forma a que não seja ultrapassada a capacidaderelativamente reduzida de deformação que as paredes e os respectivosrevestimentosnormalmenteapresentam,comaconsequenteocorrênciadasuafendilhação.

V.3.6.6 Referências

[4,15]

V.3.7 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.3.7.1 As paredes exteriores, como elementos constituintes da envolvente dosedifícios,devemcontribuirparaprotegertermicamenteoambienteinteriordos edifícios contra as condições desfavoráveis do ambiente exterior esuasvariações,paraoquedevemapresentarníveisde isolamento térmicoadequadosàseveridadedoclimadecadaregião.Adicionalmente,nãodevemapresentar zonas localizadas onde, por razões de deficientes condições deisolamentotérmico,possamocorrercondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorquedêemorigemadegradaçõesdomesmo.

V.3.7.2 Parasatisfaçãodascondiçõesestabelecidasnonúmeroanterior,asparedesdevemcumprirasdisposiçõesaplicáveisdoRegulamentodasCaracterísticasdeComportamentoTérmicodosEdifícios[2].

V.3.7.3 Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemadequadosníveisdeisolamentotérmicoeocorramcondensaçõessuperficiaisnoparamento

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V.3.7.4 Referências

[2]

V.3.8 CONFORTOACÚSTICO

V.3.8.1 As paredes exteriores devem assegurar aos espaços situados no interiordos edifíciosumaprotecção acústica satisfatória relativamente aos ruídosproduzidosemespaçosexterioreseemedifícioscontíguosouvizinhos.

V.3.8.2 Parasatisfaçãodascondiçõesestabelecidasdonúmeroanterior,asparedesdefachadadevemapresentaríndicesdeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaéreanormalizado(D2m,n,w)satisfazendooscritériosaplicáveisdefinidosemIV.8(ConfortoAcústico).

V.3.8.3

V.3.8.4 Assoluçõesconstrutivasaadoptardevemserdevidamentefundamentadasnoâmbitodoprojectodecondicionamentoacústicodoedifício.Tratando-sedeparedesqueintegram,emgeral,diversostiposdeelementos–zonasopacas (de alvenaria, ou outros materiais), vãos envidraçados e caixas deestores–,háqueatenderespecialmenteaofactodeoisolamentosonorosermuitocondicionadopelodesempenhoacústicodosvãosnelasexistentes.

V.3.8.5 Referências

[3]

V.3.9 REFERÊNCIAS

interiorassociadasadegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seoreforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).

Em edifícios existentes, caso as paredes exteriores não assegurem aosespaçossituadosnointeriordosedifíciosumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamente aos ruídos produzidos em espaços exteriores e em edifícioscontíguos ou vizinhos, recomenda-se a correcção dessas deficiências deformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.8–Confortoacústico).

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w[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril– Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[3] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

[4] DESPACHOn.º41/MES/85,de14deFevereiro–Recomendações Técnicas para Habitação Social (RTHS).Lisboa:ImprensaNacional-CasadaMoeda,1988.

[5] EN771-1:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 1: Clay masonry units.Brussels:CEN.

[6] EN771-3:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 3: Aggregate concrete masonry units (dense and light – weight aggregates).Brussels:CEN.

[7] EN998-2:2003–Specification for mortar for masonry – Part 2: Masonry mortar.Brussels:CEN.

[8] EN845-1:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 1: Ties, tension straps, hangers and brackets.Brussels:CEN.

[9] EN845-2: 2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 2: Lintels.Brussels:CEN.

[10] EN845-3:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 3: Bed joint reinforcement of steel meshwork.Brussels:CEN.

[11] EN 1996-2: 2006 – Eurocode 6 – Design masonry structures. Part 2: Design considerations, selection of materials and execution of masonry.Brussels:CEN.

[12] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Determination of impact resistance of panels and panel assemblies. Brussels :EOTA,2003.(TechnicalReportTR001).

[13] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as non-load bearing walls.Brussels:EOTA,1998.(ETAG003).

[14] ISO 6241: 1984 – Performance standards in building – Principles for their preparation and factors to be considered.Geneve:ISO.

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[15] NFP10-200-1: 1994–Travaux de bâtiment. Ouvrages en maçonnerie de petits éléments – parois et murs.Paris :AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU20.1).

[16] BS5628:Part3:2005–British standard code of practice for use of masonry. Part 3: Materials and components, design and workmanship.London:BSI.

[17] MINISTÉRIODEVIVIENDA–Código Técnico de la Edificación (CTE).DocumentoBásicoHS–Salubridad,ParteHS1–Protecciónfrentealahumedad.Madrid:MinisteriodeVivienda,2006.

[18] SYNDICATD’ÉTUDESINTERINDUSTRIES–CONSTRUCTION(IC-IB) [etal]–Guide des Performances du Bâtiment.Vol2:Façades.Bruxelles:IC-IB,

1980.

[19] Comunicação da Comissão Europeia a Propósito dos Documentos Interpretativos da Directiva 89/106/CEE do Conselho (94/C62/01).JornalOficialdasComunidadesEuropeias,N.ºC62/1,de28deFevereirode1994.

[20] INSTITUTONACIONALDEHABITAÇÃO (INH); LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia Técnico de Reabilitação Habitacional.2Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.

V.4 PAREDESINTERIORES

V.4.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.4.1.1 Asparedesinterioresdevemsatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,no que respeita nomeadamente à resistência mecânica e estabilidade, àsegurançaaoincêndio,àsegurançanautilização,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústico,aoconfortovisualeàdurabilidade.

V.4.1.2

V.4.1.3 Nassituaçõesmaiscorrentes,emqueasparedesinterioressãoconstituídasporalvenariasrevestidas,cabeaoconjuntotosco-revestimentoasatisfação

Em edifícios existentes devem ser corrigidas as deficiências das paredesinterioresrelativamenteàresistênciamecânicaeestabilidadeeàsegurançaaoincêndio,sendorecomendávelamelhoriadascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigênciasaqueasparedesdevemsatisfazer.

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dageneralidadedessasexigências, emboraa contribuiçãodecadaumdoscomponentes (toscos ou revestimentos) tenhamaior oumenor relevânciaconsoanteotipodeexigênciaasatisfazer.

V.4.1.4 Asespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintesreferem-se,emgeral,àparedenoseuconjunto;asespecificaçõesaplicáveisapenasaosrevestimentosconstamdeV.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos).

V.4.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.4.2.1 As paredes interiores, quer tenham ou não funções estruturais, devemapresentarestabilidadeeresistênciamecânicasatisfatóriasfaceaosesforçosque nelas podem ser induzidos, nomeadamente pela actuação de cargaspermanenteseacidentais(entreasquaisascargasexcêntricasdecorrentesdasuspensãodeequipamentooumobiliárionumdosparamentos).

V.4.2.2

V.4.2.3 Paraassoluçõescorrentesdeparedesinteriores,constituídasporpanosdealvenaria,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:

a) As dimensões máximas dos panos de alvenaria entre elementos detravamentodevemserdefinidasdeformaalimitarassuas“esbeltezas”(relaçãoentreadimensãohorizontalouverticaleaespessura)paravaloresqueasseguremasuaadequadaestabilidade;

b) Adeformabilidadedoselementosdesuporte(lajesouvigas)dasparedesdeve ser compatível com a capacidade relativamente reduzida dedeformaçãoqueasparedes e os respectivos revestimentosapresentamsemqueocorraasuafendilhação.

V.4.2.4 Referências

[1,4,15,16]

V.4.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.4.3.1 Asparedes interioresdevemserdeclassederesistênciaaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalizaçãonoedifício

Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemestabilidadee resistência mecânica satisfatórias, devem ser implementadas acções dereforçoparalhesconferirasegurançaadequada

Para as soluções correntes de paredes interiores, constituídas por panos dealvenaria,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:

a) Casoseverifiquequeasdimensõesdospanosdealvenarianãogarantemumaadequadaestabilidade,devemserrealizadasacçõesde reforço comvista a limitar as suas “esbeltezas”,designadamente através da construção de elementos detravamentodeformaaparcelarospanosdealvenaria;

b) Caso se verifique deformação excessiva dos elementosde suporte (lajes ou vigas) das paredes, traduzindo-se nafendilhação destas, recomenda-se o eventual reforço daresistênciaàflexãodoselementosdesuporte,paraalémdoreforçodasparedesdealvenarianaszonasafectadas.

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eoportedeste,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurança ao incêndio aplicável e ao estabelecido em IV.2 (Segurança aoincêndio).

V.4.3.2

V.4.3.3 Referências

Anexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”

V.4.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.4.4.1 Asparedesinterioresdevemapresentarresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesob acções de choque resultantes de queda ou projecção de pessoas ouobjectos.

V.4.4.2 Para efeito do disposto no número anterior, a energia correspondente àsacçõesdechoqueaconsiderarnaconcepçãodasparedesdeveterematençãoasfunçõesdosespaçosconfinantescomasparedeseosriscosassociadosaoexercíciodessasfunções.

V.4.4.3

V.4.4.4 Paraaavaliaçãoexperimentaldaresistênciaaacçõesdechoque(decorpomoleedecorpoduro)dasparedesdevemsertomadascomoreferênciaasespecificaçõescontidasnodocumentonormativodaEOTA“TechnicalReportTR 001/2003 – Determination of impact resistance of panels and panelsassemblies”[12],emparticularnoscasosemqueasparedessãoconstituídasporsoluçõesnão-tradicionaisparaasquaisnãoexistasuficientepráticadeutilização.

Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemaclassederesistênciaaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenhamtendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãodoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

Anexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”

Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesobacçõesdechoque,devemserrealizadasacçõesdereforçodeformaacorrigiressasdeficiências.

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V.4.4.5 Referências [12,13,17]

V.4.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.4.5.1 Quando confinem com espaços não-aquecidos, as paredes interiores devemcontribuirparaprotegertermicamenteoambienteinteriordosedifícioscontraascondiçõesmenosfavoráveisdaquelesespaços,paraoquedevemapresentarníveisde isolamentotérmicoquesatisfaçamàsdisposiçõesdoRegulamentodasCaracterísticasdeComportamentoTérmicodosEdifícios[2].

V.4.5.2

V.4.5.3 Referências

[2]

V.4.6 CONFORTOACÚSTICO

V.4.6.1 As paredes interiores devem assegurar aos espaços que delimitem umaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaosruídosproduzidosnoutrosespaçosdoedifíciooudeedifícioscontíguos.

V.4.6.2 Para efeito do disposto no número anterior, as paredes interiores devemapresentar índices de isolamento sonoro a sons de condução aéreanormalizado (Dn,w) satisfazendo os critérios aplicáveis definidos em IV.9(Confortoacústico).

V.4.6.3

V.4.6.4 Assoluçõesconstrutivasaadoptardevemserdevidamentefundamentadas

noâmbitodoprojectodecondicionamentoacústicodoedifício.

V.4.6.5 Referências

[3]

Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemadequadosníveisdeisolamentotérmicoeocorramcondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorassociadasadegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seoreforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).

Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoasseguremaosespaçosquedelimitemumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaosruídosproduzidosnoutrosespaçosdoedifíciooudeedifícioscontíguos,recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasdeformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.8–Confortoacústico).

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.4.7 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[3] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

[4] DESPACHOn.º41/MES/85,de14deFevereiro–Recomendações Técnicas para Habitação Social (RTHS).Lisboa:ImprensaNacional-CasadaMoeda,1988.

[5] EN771-1:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 1: Clay masonry units.Brussels:CEN.

[6] EN771-3:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 3: Aggregate concrete masonry units (dense and light – weight aggregates).Brussels:CEN.

[7] EN998-2:2003–Specification for mortar for masonry – Part 2: Masonry mortar.Brussels:CEN.

[8] EN845-1:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 1: Ties, tension straps, hangers and brackets.Brussels:CEN.

[9] EN845-2: 2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 2: Lintels.Brussels:CEN.

[10] EN845-3:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 3: Bed joint reinforcement of steel meshwork.Brussels:CEN.

[11] EN 1996-2: 2006 – Eurocode 6 – Design masonry structures. Part 2: Design considerations, selection of materials and execution of masonry.Brussels:CEN.

[12] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Determination of impact resistance of panels and panel assemblies. Brussels:EOTA,2003.(TechnicalReportTR001).

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[13] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as non-load bearing walls.Brussels:EOTA,1998.(ETAG003).

[14] ISO 6241: 1984 – Performance standards in building – Principles for their preparation and factors to be considered.Geneve:ISO.

[15] NF P 10-202-1: 1994 – Travaux de bâtiment. Ouvrages en maçonnerie de petits éléments – parois et murs.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU20.1)

[16] BS5628:Part3:2005–British standard code of practice for use of masonry. Part 3: Materials and components, design and workmanship.London:BSI.

[17] Comunicação da Comissão Europeia a Propósito dos Documentos Interpretativos da Directiva 89/106/CEE do Conselho (94/C62/01).JornalOficialdasComunidadesEuropeias,n.ºC62/1,de28deFevereirode1994.

[18] INSTITUTONACIONALDEHABITAÇÃO (INH); LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia Técnico de Reabilitação Habitacional.2Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.

V.5 PAVIMENTOS

V.5.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.5.1.1 Os pavimentos dos edifícios devem satisfazer as exigências que lhessão aplicáveis, no que respeita nomeadamente à resistência mecânica eestabilidade, à segurançaao incêndio, à estanquidadeà água, ao confortohigrotérmico,aoconfortoacústicoeàdurabilidade.

V.5.1.2 Ospavimentosdosedifíciosaquesereferemaspresentesespecificaçõessãoentendidoscomoincluindoa laje,orevestimentodepisoeorevestimentode tecto, embora as especificações relativas a estes revestimentos sejamestabelecidasemV.12(Revestimentoempisoserodapés).

V.5.1.3

V.5.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.5.2.1 Os pavimentos dos edifícios devem ser concebidos e dimensionados, ouverificados, de modo a suportarem, nas condições regulamentares de

Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdepavimentoscomdeficiênciadesegurançaestrutural,desegurançaaoincêndioedeestanquidadeàágua,sendorecomendávelamelhoriadascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigências.

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segurançaedeacordocomoscritériosdefinidosemIV.1(Resistênciamecânicaeestabilidade),asdiferentesacçõesaquepodemsersubmetidos.

V.5.2.2 A estrutura resistente e os respectivos elementos constituintes devemapresentar resistência mecânica satisfatória face aos esforços que nelespodem ser induzidos e conservar essa resistência durante a vida útil dosedifícios.

V.5.2.3

V.5.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.5.3.1 Os pavimentos dos edifícios devem ser concebidos e dimensionados, ouverificados,demodoque,emcasodeincêndio,asuacapacidaderesistentepossasergarantidaduranteumperíododetempodeterminadoquepermitaaevacuaçãodosedifíciospelosseusocupantesemcondiçõesseguras;paratalospavimentosdevemserdeclassesderesistênciaaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaoportedoedifício,demodoasatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.5.3.2

V.5.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.5.4.1 Ospavimentostérreos,bemcomoospavimentosdoslocaishúmidose,emgeral,todosaquelesondepodeverificar-seapresençaprolongadadeágua,devemapresentarestanquidadesatisfatória, impedindo,querapenetraçãodaáguadoexteriorparao interior, querapassagemdaáguaparaoutroslocaisdeandaressubjacentes.

V.5.4.2 Parasatisfaçãodasexigênciasdeestanquidadeàáguaenunciadasnonúmeroanterior,ospavimentostérreosdevemrespeitarascondiçõesseguintes:

Em edifícios existentes, caso os pavimentos não apresentem segurançaestruturalsatisfatória,devemserimplementadasacçõesdereforçoparalhesconferirasegurançaadequada.

Emedifíciosexistentes,casoosrespectivospavimentosapresentemclassesderesistência ao fogo desajustadas em relação às funções que desempenham,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãododispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

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a) Quando assente directamente sobre o terreno, o pavimento deve serconvenienteprotegidocontraaeventualascensãodahumidadedosolo,medianteainterposiçãodeumacamadaimpermeávelouqueassegureadrenagemeficientedessahumidade;

b) Quando assente sobre caixa-de-ar, esta deve ser ventilada medianteaberturas de arejamento praticadas nas respectivas paredes, com umaáreatotalde,pelomenos,1:1000daáreaemplantadacaixa-de-ar.

V.5.4.3

V.5.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.5.5.1 Quandointegremaenvolventedosedifíciosouconfinemcomespaçosnãoaquecidos, ospavimentosdevemcontribuirparaproteger termicamenteoambienteinteriordosedifícios.

V.5.5.2 Ospavimentossobreespaçosabertosounãoaquecidose,emcertassituações,os pavimentos térreos assentes directamente sobre o terreno devemapresentar níveis de isolamento térmico adequados, devendo satisfazer asdisposiçõesdoRCCTE.

V.5.5.3

V.5.5.4 Referências

[1,3]

V.5.6 CONFORTOACÚSTICO

V.5.6.1 Os pavimentos dos edifícios devem assegurar aos espaços que confinemouseparemumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaossonsde

Emedifíciosexistentes,casoospavimentosnãoapresentemestanquidadeàágua satisfatória, traduzindo-se nomeadamente em sinais de presença dehumidadenointerioroudeoutrasanomaliasqueindiciemadeterioraçãodosmateriaisconstituintesouquecomprometamascondiçõesdesaúdeedehigienedosutilizadores,devemserrealizadasacçõesdereparaçãodessasdeficiências,designadamenteatravésda implementaçãodedisposiçõesconstrutivasederevestimentosexterioresadequados.

Em edifícios existentes, caso os pavimentos exteriores ou em contacto comlocaisnãoaquecidosnãoapresentemníveisdeisolamentotérmicoadequadose ocorram condensações superficiais no paramento interior associadas adegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seumaacçãodereforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).

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condução aérea e aos sons de percussão produzidos noutros espaços doedifício.

V.5.6.2 Para efeito do disposto no número anterior, os pavimentos devem serqualificadosporíndicesdeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaéreaeasonsdepercussãocujosvaloressatisfaçamoscritériosaplicáveisdefinidosemIV.8(Confortoacústico).

V.5.6.3

V.5.6.4 Referências

[2,4]

V.5.7 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º80/2006,de5deMarço-Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[2] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio- Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

[3] SANTOS,C.Pinados;MATIAS,Luis–Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Versãoactualizada2006.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).

[4] SILVA,P.Martinsda–Acústica de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE8).

V.6 ESCADASERAMPAS

V.6.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.6.1.1 Asescadaserampasdosedifíciosdevemserconcebidasedimensionadas,ouverificadas,demodoasatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,noque

Emedifíciosexistentes,casoospavimentosnãoassegurem,aosespaçossituadosno interior dos edifícios, uma protecção acústica satisfatória relativamenteaossonsproduzidosemespaçoscontíguos,recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasdeformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.8–Confortoacústico).

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respeitanomeadamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àsegurançaaoincêndioeàdurabilidade.

V.6.1.2 Asescadaserampasdosedifíciosaquesereferemaspresentesespecificaçõessãoentendidascomoincluindoalaje,orevestimentodepisoeorevestimentode tecto, embora as especificações relativas a estes revestimentos sejamestabelecidasemV.13(Revestimentosemescadaserampas).

V.6.1.3

V.6.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.6.2.1 As escadas e rampas dos edifícios devem ser concebidas e dimensionadasde modo a suportarem, nas condições regulamentares de segurança, asdiferentesacçõesaquepodemsersubmetidas.

V.6.2.2 A estrutura resistente e os respectivos elementos constituintes devemapresentar resistência mecânica satisfatória face aos esforços que nelespodem ser induzidos e conservar essa resistência durante a vida útil dosedifícios.

V.6.2.3

V.6.2.4 Referências

VerIV.1(Resistênciamecânicaeestabilidade)

V.6.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.6.3.1 As escadas e rampas devem ser construídas com materiais da classe dereacçãoaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenhem,tendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,demodoasatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.6.3.2

Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdeescadaserampascomdeficiênciadesegurançaestruturaledesegurançaaoincêndio.

Emedifíciosexistentes,casoasescadasouasrampasnãoapresentemsegurançaestruturalsatisfatória,devemserimplementadasacçõesdereforçoparalhesconferirasegurançaadequada.

Em edifícios existentes, caso as respectivas escadas e rampas apresentemmateriaisdaclassedereacçãoaofogodesajustadaemrelaçãoàsfunçõesquedesempenham, devem ser implementadas acções com vista à satisfação dodispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

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V.7 COBERTURAS

V.7.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.7.1.1 As coberturas dos edifícios devem ser concebidas e dimensionadas, ouverificadas,demodoasatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,noquerespeitanomeadamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àsegurançaaoincêndio,àsegurançacontraintrusão,àestanquidadeàágua,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústicoeàdurabilidade.

V.7.1.2 As coberturas dos edifícios a que se referem as presentes especificaçõessãoentendidascomooconjuntocobertura-tecto,emboraasespecificaçõesrelativas aos revestimentos de coberturas sejam estabelecidas em V.14(Revestimentoemcoberturas).

V.7.1.3

V.7.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.7.2.1 Ascoberturasdosedifíciosdevemserconcebidasedimensionadasdemodoa suportarem, nas condições regulamentares de segurança, as diferentesacçõesaquepodemsersubmetidas.

V.7.2.2 A estrutura resistente e os respectivos elementos constituintes devemapresentar resistência mecânica satisfatória face aos esforços que nelespodem ser induzidos e conservar essa resistência durante a vida útil dosedifícios.

V.7.2.3

V.7.2.4 Referências

VerIV.1(Resistênciamecânicaeestabilidade)

Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdecoberturascomdeficiênciadesegurançaestrutural,desegurançaaoincêndioedeestanquidadeàágua,sendorecomendávelamelhoriadascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigências.

Emedifíciosexistentes,casoaestruturadacoberturanãoapresentesegurançaestruturalsatisfatória,devemser implementadasacçõesdereforçopara lheconferirasegurançaadequada.

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V.7.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.7.3.1 AscoberturasdevemsatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio),nomeadamentenoquesereferea:

a) Classederesistênciaaofogodarespectivaestruturaquandoconstituídapor laje, tendo em conta o porte do edifício, a eventual utilização dacoberturacomocaminhodeevacuaçãodeemergênciaemcasodeincêndioeaexistênciadevãosemparedesexterioressobranceirasàcobertura;

b) Classes de reacção ao fogo dos materiais dos respectivos elementosestruturaisnosoutroscasos,bemcomodorevestimentodacoberturaedumaeventualesteiradetecto,tendoemcontaoportedoedifício.

V.7.3.2

V.7.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

V.7.4.1 Os elementos constituintes das coberturas devem conferir protecçãoadequadacontraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.

V.7.4.2 Referências

VerIV.3(Segurançacontraintrusãoevandalismo)

V.7.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.7.5.1 As estruturasdas coberturasdevem ser protegidaspor revestimentosquelhesasseguremestanquidadeàáguadachuvaeàneve,deacordocomoscritériosdefinidosemV.14(Revestimentoemcoberturas).

V.7.5.2 Referências

VerIV.5(Estanquidadeàágua)

Emedifíciosexistentes,casooselementosdaestruturadacoberturaapresentemuma classe de resistência ao fogo desajustada em relação às funções quedesempenhamouumainadequadaclassedereacçãoaofogodosrespectivosmateriaisconstituintes,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãododispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

Em edifícios existentes recomenda-se a correcção das situações em que ascoberturasnãoconfiramprotecçãoadequadaaosocupanteseaosseusbenscontraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.

Em edifícios existentes, caso as coberturas não apresentem estanquidade àáguaeànevesatisfatória,traduzindo-senomeadamenteemsinaisdepresençasignificativa de humidade no interior ou de outras anomalias que indiciemdeterioraçãodosmateriaisconstituintesouquecomprometamascondiçõesdesaúdeedehigienedosutilizadores,devemserrealizadasacçõesdereparaçãodessasdeficiências,designadamenteatravésdaimplementaçãodedisposiçõesconstrutivasadequadas.

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V.7.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.7.6.1 As coberturas devem contribuir para proteger termicamente o ambienteinteriordosedifícioscontraascondiçõesdesfavoráveisdoambienteexterioresuasvariações,paraoquedevemapresentarníveisdeisolamentotérmicoadequadosàseveridadedoclimadecadaregião.

V.7.6.2 Ascoberturasnãodevemapresentarzonaslocalizadasonde,porrazõesdedeficientescondiçõesdeisolamentotérmico,possamocorrercondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorquedêemorigemàdegradaçãodomesmo,devendosatisfazerasdisposiçõesdoRCCTE[1].

V.7.6.3 Referências

[1,3]

V.7.7 CONFORTOACÚSTICO

V.7.7.1 Ascoberturasdosedifíciosdevemasseguraraosespaçosqueconfinemouseparem uma protecção acústica satisfatória relativamente aos sons deconduçãoaéreaprovenientesdoexterior.

V.7.7.2 Ascoberturasdevemserqualificadasporíndicesdeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaéreacujosvaloressatisfaçamoscritériosestabelecidosparaaenvolventeexteriordeedifícios(verIV.8–Confortoacústico).

V.7.7.3 Referências

[2,4]

V.7.8 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.7.8.1 Ascoberturas,mesmoquandonãoutilizáveis,devemserprovidasdemeiosdeacessoedecirculaçãoquepermitamquerainspecçãodasuaestruturaresistenteedosrevestimentoscomvistaadetectareventuaisanomalias,nomeadamenteperdasdedurabilidadedosmateriaisedeficiênciasdaestanquidade,querafácilesegurarealizaçãodetrabalhosdelimpeza,conservaçãoereparação.

Emedifíciosexistentes,casoascoberturasnãoapresentemadequadosníveisde isolamento térmico e ocorram condensações superficiais no paramentointeriorassociadasadegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seoreforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).

Em edifícios existentes, caso as coberturas não assegurem aos espaços queconfinemouseparemumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaossonsdeconduçãoaéreaprovenientesdoexterior, recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasdeformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV–Confortoacústico).

Emedifíciosexistentes recomenda-sea realizaçãodeacçõesde reparaçãoebeneficiaçãodoselementosdacobertura,tendoemvistagarantirumadequadoperíododevidaútil.

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V.7.8.2 Referências

VerVII(Economia,durabilidadeemanutenção)

V.7.9 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º80/2006,de5deMarço–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[2] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

[3] SANTOS, C. Pina dos;MATIAS, Luis –Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Versãoactualizada2006.Lisboa :LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).

[4] SILVA,P.Martinsda–Acústica de edifícios.Lisboa :LNEC, 1995. (InformaçãoTécnicaEdifíciosITE8).

V.8 PREENCHIMENTODEVÃOS

V.8.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.8.1.1 Ospreenchimentosdevãos,exterioresouinteriores,abrangemasjanelas,osenvidraçados,oselementosdecerramentodosvãosexterioreseasportas.Paraalémdissosãotambémtratadosnestecapítuloosaspectosinerentesàsfachadaslevesdealumínioevidro.Otermocaixilharia,seguidamenteempregue,inclui,nestecontexto,janelas,portasefachadasleves.Opreenchimentodacaixilhariarefere-seaoelementoquepreencheoespaço interiordeumcaixilho,sendogeralmenteconstituídoporvidro.

V.8.1.2 No presente texto são especificadas as exigências gerais aplicáveis apreenchimentosdevãos,bemcomoaformacomopodeserverificadaasuasatisfaçãoatravésdaavaliaçãododesempenhodessesprodutosdaconstrução.Tratando-sedeprodutosabrangidospelaDirectivadosProdutosdaConstrução[2]estãojápreparadasouemfinalizaçãonormasdeproduto,harmonizadas,queespecificamodesempenhomínimonecessárioparapermitiramarcaçãoCEdessesprodutos,bemcomoasuaformadeavaliação.Estetextotememconsideraçãoaexistênciadessasnormasdeprodutoeespecificaosníveisdedesempenhonecessáriosparaaaplicaçãodessesprodutosdaconstrução.

V.8.1.3 Tendoemcontaqueacaixilharia,talcomooutrosprocessosconstrutivos,deveser adequada aouso em termosda segurança, habitabilidade, durabilidade,

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conforto e funcionalidade e que deve ainda subordinar-se a critérios deracionalidade e economia, a sua selecçãodeve ser realizadade acordo comasrecomendaçõesdoLNECrespectivas[1].Esteaspectoésalientadoquandorelevanteaolongodestetexto.

V.8.1.4 Nestetextosãoespecificadasasexigênciasgeraisaplicáveisapreenchimentosdevãos,bemcomoaformacomopodeserverificadaasuasatisfaçãoatravésdaavaliaçãododesempenhodessesprodutosdaconstrução.Tratando-sedeprodutosabrangidospelaDirectivadosProdutosdaConstrução [2]estão jápreparadas ou estão emfinalizaçãonormasdeproduto, harmonizadas, queespecificamodesempenhomínimonecessárioparapermitiramarcaçãoCEdessesprodutos,bemcomoasuaformadeavaliação.

V.8.1.5 Estes componentes devem ser modulados, integrar soluções construtivastipificadaserecorreraousodemateriaiseelementosnormalizados.

V.8.1.6

V.8.1.7

Nocasodeserencaradaapossibilidadedereabilitaçãodepreenchimentosdevãos,aprofundidadeda intervençãodependedoseuestadodeconservação.Podemserconsideradosdoisníveisdiferenciadosdeintervenção:oprimeiro,desubstituiçãototaldospreenchimentosdevãos,semprequeestesseapresentemsignificativamentedegradadoseasuareconstruçãosemostreeconomicamenteinviável ou se considerações económicas e funcionais sobre o desempenhoglobal da envolvente aconselharem à adopção de novos preenchimentos devãos;osegundo,desubstituiçãoparcialdoselementosdegradados,semprequeseverifique sera reparaçãomaiseconómicadoquea substituição totaldospreenchimentosdevãos.Semprequeocorrerasubstituiçãodepreenchimentosde vãos, aplicam-se integralmente os aspectos destas regras referentes aconstruçãonova.

A alteração das característicasmecânicas e funcionais decorrentes da insta-laçãodenovospreenchimentosdevãosoudareabilitaçãodosexistentesdeveser necessariamente considerada nos outros aspectos de desempenho doedifícionosquaispossaterimpacte,porexemplonosaspectosdeventilaçãoeclimatização(umavezqueaalteraçãodapermeabilidadeaoardaenvolventepodeterimpactesmuitosignificativos).Asuaconsideraçãodeveserreflectidanadocumentaçãodeavaliaçãodaconformidadeemitidanoâmbitodosdomíniosafectados. A sua não-consideração deve ser objecto de justificação escritaintegradanadocumentaçãodeavaliaçãodaconformidadeelaboradanoâmbitodospreenchimentosdevãos.

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V.8.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.8.2.1 Ospreenchimentosdevãos,querinteriores,querexteriores,devemapresentarresistênciamecânicaedurabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosinduzidos,quernoseunormalfuncionamento,queremresultadodemanobraserradasacidentais,edeocorrênciaprovável,porpartedosutilizadores.

V.8.2.2

V.8.2.3 Acaixilhariaeenvidraçadosexterioresdevemapresentarresistênciamecânicae durabilidade satisfatórias face ao seu grau de exposição aos agentesatmosféricoseàacçãodaintempérie.

V.8.2.4 Aresistênciamecânicadacaixilhariaexteriordeveserespecificadadeacordocomodocumento“Componentesdeedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1].

V.8.2.5 Para os restantes tipos de preenchimento de vãos exteriores devem serconsideradas as pressões de dimensionamento referidas no documento“Componentes de edifícios. Selecção de caixilharia e seu dimensionamentomecânico”,doLNEC[1],tendoemcontaosadequadoscoeficientesdepressão.

V.8.2.6 Para especificação da resistência mecânica de preenchimentos de vãosinteriores deve considerar-se que estes devem resistir a uma diferença depressãode600Pa.

V.8.2.7 Opreenchimentodosvãosnãoparticipanasegurançadaestruturadoedifício,devendo ser assegurado que as reacções da estrutura, os assentamentos,as flechas e dilatações a que os edifícios estão normalmente sujeitos nãoinfluenciamoseudesempenho.

V.8.2.8 Tendo em consideração a natureza dos seus materiais constituintes, aconcepçãodospreenchimentosdevãoseasuacolocaçãoemobradevemsertaisqueasvariaçõesdimensionaisdevidasàsvariaçõesdetemperaturaedehumidadenãoafectemsensivelmenteaestabilidadedospreenchimentosdevãos,afimdenãocomprometerasegurançadosocupantes.

V.8.2.9 Afixaçãodeveserdimensionadadeformaaque,devidoàacçãodosagentesexternosedosesforçosdevidosaofuncionamento,nãoseverifiquedeformaçãoexcessivaouroturanemnopreenchimentodevãonemnoguarnecimentodovão.Nocasodacaixilharia,aavaliaçãodadeformaçãodeveserfeitatendoem

Nos casos de construções existentes os preenchimentos de vão não devemapresentar sinais dedeformaçãoplásticaoude roturadequalquerdos seuselementosoucomponentes.

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contaasespecificaçõesdodocumento“Componentesdeedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1].

V.8.2.10 Em especial a caixilharia exterior deve ser pontualmente fixada ao vãomantendo folgas entre o aro e o vão que permitam assegurar algumaindependência relativamente a pequenos movimentos diferenciais locais,nomeadamenteosdevidosàsdeformaçõesimpostaspelaacçãodoventoàcaixilhariaeasdilataçõesdiferenciaisentreocaixilhoeaenvolventedovão.Aesserespeitodeve-secumpriraespecificaçãoindicadaemV.8.13.

V.8.2.11 Dainstalaçãodospreenchimentosdevãosnosrespectivosvãosnãodevemresultar deformações aparentes ou deformações que venham a reduzir odesempenhomecânicoefuncionalespecificado.

V.8.2.12 A caixilharia deve ser concebida de forma a que seja possível colocar ospreenchimentos respectivos com as folgas necessárias para evitar que osefeitoshigrotérmicossejamsusceptíveisdeprovocarroturaeaqueaentregadospreenchimentosnoscaixilhossejaadequadaparaqueosesforçossejamtransmitidosentreosvárioselementossemocasionardeformaçõesexcessivasourotura.

V.8.2.13 Osvidrosinstaladosemcaixilhosdevemserapoiadosemcalçosdeformaaserasseguradooposicionamentocorrectodovidro,asseguraratransmissãodosesforçosentreocaixilhoeovidroatravésdospontosadequados,evitaradeformaçãoexcessivadoscaixilhosdevidoaopesoprópriodovidroeevitarocontactodirectodovidrocomocaixilho.

V.8.2.14 Naausênciadedocumentaçãonacionalsobreocalçamentodosvidrosdevemseguir-seasespecificaçõesdanormafrancesaNFP78-201-1[3].

V.8.2.15 O preenchimento da caixilharia deve ser dimensionado em termos da suaresistênciamecânica tendo em conta a acção do vento e a acção do seuaquecimentodiferencial.

V.8.2.16 Nos casos de construções existentes é necessário avaliar a espessura ecaracterísticas dos preenchimentos instalados e evidenciar, através de umamemóriadescritivaedecálculo,asuaadequação.

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V.8.2.17 Osvidrosqueconstituemopreenchimentodasfolhasdejanelasdevemterespessuraproporcionadaàssuasdimensõesfaciaisenãoinferiora3mm.

V.8.2.18 Osvidrosqueconstituemopreenchimentodasfolhasdeportasdevemterespessuraproporcionadaàssuasdimensõesfaciaisenãoinferiora4mm.

V.8.2.19 No que respeita ao seu dimensionamento relativamente ao estado limiteúltimo,devemserconsideradososvalorescaracterísticosdapressãodinâmicadoventoreferidosnoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEdifíciosePontes[4].

V.8.2.20 Naausênciadedocumentaçãonacionalsobreodimensionamentomecânicodosvidrosdeveusar-seométododedimensionamentopropostonanormafrancesaNFP78-201-1[3],tendocontaqueoscoeficientesdesegurançaggegm,previstosnoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEdifíciosePontes[4],estãojáincluídosnométododecálculopropostonessanorma.

V.8.2.21 Aadequaçãoemtermostermo-mecânicosdovidroutilizado,nosentidodeevitarasuaroturadevidoaaquecimentodiferencial,deveserverificado,naausência de documentação nacional sobre estamatéria, de acordo com anormafrancesaNFP78-201-1/A1[5].

V.8.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

Os elementos de preenchimento de vãos devem satisfazer as disposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.8.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

V.8.4.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedoedifíciodevemconferirumaprotecçãoadequadaaosocupanteseaosbenseequipamentosnointeriordoedifíciocontraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.

V.8.4.2

V.8.4.3 Asportasejanelasexterioresnãodevemabrir-sepeloexteriorexceptoquando,porrazõesdeacessodosutilizadores,forconsideradonecessáriodispordessapossibilidade, por exemplo em portas de entrada e janelas de sacada quedãoacessoavarandasouaterraços.Nessecaso,devemserimplementadosdispositivosdefechoquepossamexcluiroacessopeloexterior.

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No caso das construções já existentes podem ser tomadas medidascomplementaresparaserevitadaaintrusão.

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V.8.4.4 Ospreenchimentosdevãoseseuselementosconstituintesacessíveisnãodevempoderserfacilmentedanificadosporobjectoscortantesoucontundentesdeusocorrente,nosentidodeserempoucosusceptíveisàintrusão.Exceptuam-seoselementosdevedação,pré-formadosouextrudidosnolocalnodecursodaconstruçãoque,pelasuanatureza,nãotêmpossibilidadedecumprirestaexigência.

V.8.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.8.5.1 Os preenchimentos de vãos e os elementos que os integram não devemconstituirriscodequedaoudeferimentoparaaspessoas.

V.8.5.2 Amanobradaspartesmóveisedosseusacessóriosnãodeve,emcondiçõesnormais,originarperigoalgumparaoutilizador.

V.8.5.3 A caixilharia deve ser capaz de resistir a acções de choques quando seencontrar nas condições especificadas no documento “Componentes deedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1],paraesseefeito.

V.8.5.4 As folhas móveis das janelas de peitoril e de sacada devem dispor dedispositivosquelimitemaaberturamáximaa0,10m,deformaaimpedir-seaquedadecrianças.Estesdispositivosdevemcarecerdedoismovimentoscoordenadosparaasuadesactivaçãoedevempermitirafixaçãodafolhanaposiçãodeaberturamáximapermitidapelodispositivo.

V.8.5.5 Nasáreasutilizadaspelascriançasasportasdevemdispordedispositivosquereduzam a possibilidade de ocorrerem entalões. Assim, ambas as faces dasportasinterioreseafaceinteriordasportasexterioresnessascondiçõesdevemterasarestasdoladodasdobradiçasprotegidasatéàalturade1,00m.

V.8.5.6 Nasáreasutilizadaspelascrianças,esemprequeautilizaçãoprevistaparaosespaçosnãocolidircomestarecomendação,considera-seconvenientequeasportastenhamumpreenchimentotransparentequeevidencieaeventualpresençadecriançasatrásdaportaantesdasuaabertura.

V.8.5.7 Asfolhasmóveisdasjanelascomabaseaumaalturainferiora1,10mdopisonãodeveminvadirointeriornemoexteriornopisotérreonamanobra.

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V.8.5.8 Asportasdecompartimentosquedevamserinacessíveisacriançasdevemterpelomenosumelementodefechoaumacotaqueimpeçaasuamanobraporcrianças.

V.8.5.9 Anaturezadosenvidraçadosedosvidrosqueconstituemopreenchimentodos caixilhos deve ser seleccionada tendo em conta a necessidade de serevitada a queda de pessoas através desses vãos e a necessidade de seremevitadosferimentos.

V.8.5.10 Na ausência de documentação nacional sobre a selecção da natureza dosvidros, tendo em conta estes aspectos da segurança na utilização normal,devemseguir-seasespecificaçõesdanormafrancesaNFP78-201-1[3].

V.8.5.11 Nautilizaçãodevidroscujoplanotenhaumaposiçãoquenãosejavertical,devemsertomadoscuidadosparaquenãoexistaoriscodeaquedadovidro,inteirooufragmentado,constituirumriscoparaasegurançadaspessoas.

V.8.5.12 Na ausência de documentação nacional sobre os requisitos a cumprir porvidroscolocadosemplanosnãoverticaisdevemseguir-seasespecificaçõesdanormafrancesaNFP78-201-1[3].

V.8.5.13 Oesforçodemanobradasfolhasmóveisdospreenchimentosdevãosdeveser limitado, de acordo com a sua utilização. Nesse sentido, devem sercumpridasasexigênciasde limitaçãodoesforçodemanobra incluídasnasrecomendaçõesdoLNECrespectivas[1].

V.8.5.14

V.8.5.15 Devemestarprevistostodososmecanismosnecessáriosparatornarsimplesefácilamanobradasfolhasmóveisdospreenchimentosdevãosedosseusacessórios.

V.8.5.16 Quandoforemutilizadosestoresenroláveiscomoelementosdecerramentodevãos,estesdevemsermanobráveisdointerioredevemserpreferencialmenteprojectáveis.

V.8.5.17 Assuperfíciesqueestiveremaoalcancenormaldaspessoas,doscomponentesdepreenchimentodevãosedasfachadaslevesnãodevemserexcessivamenterugosas de forma a que possam causar ferimentos, nem possuir gumescortantes.

Nocasodasconstruçõesjáexistentes,emcasodedúvida,estasforçaspodemsermedidasnolocalcomrecursoaumdinamómetro.

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V.8.6 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.8.6.1 Acaixilhariaexteriordeveserestanqueàáguadachuvasobaacçãodovento,dentrodecertoslimites.Aespecificaçãodaestanquidadeàáguadacaixilhariadeveserrealizadadeacordocomodocumento“Componentesdeedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1].

V.8.6.2

V.8.6.3 A porta de entrada principal dos edifícios deve ser resguardada contra aincidênciadirectadachuva,medianteousodeumapaladeprotecçãoouorecuodaportarelativamenteaoplanodafachada.

V.8.7 QUALIDADEDOARINTERIOR

V.8.7.1 Acaixilhariaexteriorparticipanoobjectivodemanteraadequadaqualidadedoarinteriordeduasformas:(i)mantendoquandofechadaumapermeabilidadeaoarsuficientementereduzidaparanãoperturbaroesquemadeventilaçãoconcebido para o edifício; (ii) possibilitando a sua abertura de forma aintensificartemporariamenteaventilaçãodaszonasadjacentes.

V.8.7.2 Considera-se cumprido o princípio de não-perturbação do esquema deventilação se a classe de permeabilidade ao ar da caixilharia representaruma permeabilidade ao armenor do que a especificada na concepção daventilação.

V.8.7.3

V.8.7.4 Salvoexcepçõesdevidamentejustificadas,emtodososlocaisquedisponhamde janelas para o exterior devem existir folhas móveis que permitam aintensificaçãodaventilação.

No caso das construções já existentes considera-se aceitável que, através deinspecção,severifiquequenãoexistempontosdedescontinuidadedavedaçãonasjuntasfixasquepossamoriginarinfiltraçõesdeáguaequenãoexistemvestígiosque,directamenteouindirectamente,evidenciemaexistênciadeinfiltraçõesdeágua.Naexistênciadedúvidasquantoaodesempenhodacaixilhariadeve serrealizadoumensaiodeprotótipo.

Aalteraçãododesempenhodacaixilhariaemtermosdasuapermeabilidadeaoarpodegeraralteraçõessignificativasnodesempenhodossistemasdeventilaçãoedeclimatização.

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V.8.8 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.8.8.1 Acaixilhariaexterior,constituindopartedaenvolventedoedifício,participatalcomoestanasexigênciasdeconfortohigrotérmicoatravésdalimitaçãoda permeabilidade ao ar e da limitação da transmissão do calor. Nessesentido,devemsercumpridasasexigênciasdelimitaçãodapermeabilidadeaoarincluídasnasrecomendaçõesdoLNECrespectivas[1].Noquerespeitaao desempenho térmico deve ser cumprida a regulamentação nacionalaplicável aos edifícios. Para a avaliação do desempenho térmico doscaixilhoserespectivoscerramentosdevãosdevemseguir-seasrespectivasrecomendaçõesdoLNEC[6].

V.8.8.2

V.8.8.3 Apossibilidadedeocorrênciadecondensaçõesdeveserreduzidadeformaaquenãosejacriadoumambientepropícioaodesenvolvimentodefungosedebolores.Neste sentido deve ser evitada a ocorrência significativa de condensações,tendoemcontaoteorlocaldevapordeáguaeatemperaturasuperficialdacaixilharia.Recomenda-seaadopçãodométododeverificaçãoconstantenasrecomendaçõesdoLNECsobredimensionamentotérmicodecaixilharia[6].

V.8.8.4

V.8.8.5 Devemprever-sedispositivosadequadosparaaretençãoeeventualeliminação

daságuasdecondensação,semprequeaocorrênciadecondensaçõessobrea superfície interior da caixilharia seja susceptível de afectarmateriais ouacabamentos adjacentes. Se esses dispositivos comportarem orifícios paraevacuaçãodeáguaparaoexterior,estesdevemserconcebidosdeformaaquenãoocorraperdadaestanquidadedoedifíciosobacçãodovento.Paraalémdisso,deveserenglobadonocaixilhorespectivo,paraefeitosdeclassificação,oacréscimodapermeabilidadeaoarqueessesorifíciosoriginam.

V.8.9 CONFORTOACÚSTICO

V.8.9.1 No contexto da aplicação da regulamentação nacional relevante paraesteaspecto,areduçãodapermeabilidadeaoarnacaixilhariaexterioreaadopção de vidros isolantes, em especial devido ao aumento damassa devidro,participamnoobjectivodedotaraenvolventedeummaiorisolamentosonoro.Poderáhaversituaçõesemquesejanecessáriaaadopçãodecaixilhariademenorpermeabilidadeaoaredepreenchimentosdacaixilhariacommaiorisolamentosonorodoqueodecorrentedodimensionamentotérmico.

No caso das construções já existentes a necessidade de cumprimento destasexigênciaslimita-seaoqueestiverdefinidonaspartesrespectivasdestasregraseaoexigidonoregulamentonacional.

Nocasodasconstruçõesjáexistentesnãoéadmissívelaexistênciademarcasdefungosoudebolores.

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V.8.10 CONFORTOVISUAL

V.8.10.1 Acor,obrilhoeareflectividadedoselementosdospreenchimentosdevãosdevemmanter-seconstantesou,pelomenos,variarnotempodeumamaneirauniformeecontínuasemformaçãodecontrastesoumanchas.

V.8.10.2 Nãodevemocorrermanchasouescorrimentossobreafachada,provindodoselementosquecompõemospreenchimentosdevãosexteriores,quersejamdevidosàcorrosão,queraosprodutosdeestanquidade.

V.8.10.3 Não são admissíveis quaisquer fixações aparentes nos preenchimentos devãos, excepto aquelas que se integrem no tratamento arquitectónico dafachadaedosespaçosconfinantes.

V.8.10.4 Assuperfíciesdospreenchimentosdevãosdevemapresentar,sobluzrasante,umasuperfícieregularesemdefeitosaparentes.

V.8.10.5 Aeventualrugosidadedassuperfíciesdospreenchimentosdevãosnãodevecontribuirparaaconcentraçãodepoeiraseformaçãodeescorrimentos.Paraalémdissonãodeveprejudicaramanutenção.

V.8.10.6 As linhas contínuas dos preenchimentos de vãos não devem terdesalinhamentosvisíveis,nãoprevistosnoprojectodearquitectura,quandoobservadasapartirdoslocaisacessíveisapessoas.

V.8.10.7 A caixilharia e os envidraçados exteriores devem ser dispostos de formaaassegurar o contacto visual com o ambiente exterior. Quando o objectivoda suautilização seprendeexclusivamentecoma iluminaçãodosespaçosedificados (ex.: iluminação zenital) não há necessidade de assegurar estecontactovisual.

V.8.10.8 A caixilharia exterior deve ser concebida de forma aminimizar as partesopacasdovãoparamaximizarquerocontactovisualcomoexterior,queroaproveitamentodaluznatural,semprejuízodorespeitopelaexigênciaderesistênciamecânicadocaixilho.

V.8.10.9 Quandoaspartestransparentesestãolimpasesecasdevemassegurarumavisibilidadenãodeformantedointeriorparaoexteriorquandofornecessárioassegurarocontactovisual, inclusivamentenocasodeutilizaçãodevidros

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isolantes,nointeriordosquaisnãoéadmissívelaexistênciadecondensaçõesnemdepósitosdepoeira,quandonãoéacessívelparalimpeza.

V.8.10.10 Os vãos de iluminação dos espaços de repouso, bem como os vãos deiluminaçãodeoutroscompartimentoshabitáveis,devempoderserobturadosparaobscurecimentoatravésdaaplicaçãodecerramentosdevãos.

V.8.11 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.8.11.1 Asfachadaslevesdevemserconcebidaserealizadasdeformaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíodo de vida igual ao previsto para o do edifício, admitindo-se queestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.Naausênciadeoutrareferênciaadmite-sequeesseperíodoé,nomínimo,de50anos.

V.8.11.2

V.8.11.3 Asjanelasexterioresdevemserconcebidaserealizadasdeformaaque,quera sua segurança, quer as suas características funcionais não se degrademparaumperíododevidaigualacercademetadedoprevistoparaoedifício,admitindo-sequeestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.

V.8.11.4 No caso de outros preenchimentos de vãos cuja natureza permita a suareparação ou substituição sem que mais do que um compartimento sejaafectado, sem a colocação de andaimes exteriores e sem a utilização demecanismos elevatórios não existentes no próprio edifício, admite-se queesses preenchimentos de vãos sejam concebidos e realizados de forma aque, quer a sua segurança, quer as suas características funcionais não sedegrademparaumperíododevidaigualametadedoprevistoparaoedifício,admitindo-sequeestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.

V.8.11.5 Nosrestantescasosnãoconsideradosnosnúmerosanteriores,admite-sequeospreenchimentosdevãossejamconcebidose realizadosde formaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíododevidaigualaoprevistoparaoedifício,admitindo-sequeestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.

V.8.11.6 Ospreenchimentosdevãosdevemapresentardurabilidadesatisfatóriafaceaoseugraudeexposiçãoaosagentesatmosféricoseàacçãodosutilizadores.

No caso das construções já existentes os preenchimentos de vãos não devemapresentarindíciosdeataquebiológicooudecorrosão.

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V.8.11.7 Ospreenchimentosdevãoserespectivosdispositivosdeligaçãoeacessóriosdevemserconcebidosdeformaaevitarqueacçõesdechoque–emconsequênciadequedaoudeprojecçãodepessoasoudeobjectos, emsituaçõesdeusonormaloudasoperaçõesdemanutençãodoslocaisimplicandoadeslocaçãode móveis, equipamento e uso de utensílios – provoquem nos mesmosdeterioraçõesqueprejudiquemassuascaracterísticasfuncionaise,deformainadmissível, o seu aspecto. Exclui-se desta exigência o preenchimento devidro, amenos que o seu dimensionamento tenha previsto a aplicação deacçõesdechoque.

V.8.11.8 Os preenchimentos de vãos podem ser realizados com materiais cujaprevisível durabilidade, quando estes componentes são submetidos acuidadosnormaisdeconservação,sejasuperioraoseuprevisívelperíododevida.Estadurabilidadepodeserconferidapelanaturezadomaterialutilizado,pelaimpregnaçãodomaterialutilizadocomprodutosadequadose/oupelaaplicaçãoderevestimentos.

V.8.11.9 Quandoospreenchimentosdevãosincluíremmadeiranasuaconstituição,aclassederiscodeataquebiológicoaconsideraréaclasse1parapreenchimentosdevãosexterioreseaclasse3parapreenchimentosdevãos interiores,deacordocomanormaNPEN335-2[8].

V.8.11.10 Nocasodesepretenderutilizarmadeiranão-tratadaempreenchimentosdevãosexteriores,estadeveterasclassesdedurabilidade1,2ou3,relativamenteaosfungos,serduráveloumedianamentedurávelrelativamenteàstérmitasedurávelrelativamenteaoscarunchos,deacordocomanormaNPEN350-2[9].Estasexigênciasexcluemautilizaçãodeborne.

V.8.11.11 A utilização demadeira não-tratada no preenchimento de vãos interioresrequerapenasquesejadurávelrelativamenteaoscarunchos,deacordocomanormaNPEN350-2[9].

V.8.11.12 Se a durabilidade natural da madeira a utilizar for insuficiente face àsexigências anteriores, deve ser prevista a aplicação de um tratamentopreservadorcomasseguintescaracterísticas:

a) No caso de preenchimentos de vãos exteriores deve ser aplicado umtratamentopreservadorfungicida(preferencialmenteemprofundidade),quesimultaneamentetenhaacçãoinsecticidaetermiticida,adequadoàclasse3deriscodeataquebiológico;

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b) No caso de preenchimentos de vãos interiores deve ser aplicado umtratamentopreservadorinsecticida,poraplicaçãosuperficial,adequadoàclasse1deriscodeataquebiológico.

V.8.11.13 Amadeiradeveterumaclassedeimpregnabilidade,deacordocomaNPEN350-2[9],compatívelcomotratamentoaaplicar.

V.8.11.14 Quandoseusamadeiratratada,ocerne,geralmentedifícildeimpregnar,deveterumadurabilidadecompatívelcomaclassederiscodeataquebiológico,considerandoquenãoéimpregnado.

V.8.11.15 As ferragens e os fechos dos preenchimentos de vãos devem apresentardurabilidade satisfatória perante as acções repetidas de funcionamentodaquelescomponentes.

V.8.11.16 Adurabilidadedosvidrosisolantesdeveserdemonstradaatravésdeensaiodeprotótipo,deacordocomanormaEN1279-1[10].

V.8.11.17 Asgolasdoscaixilhosquerecebemosrespectivospreenchimentosdevemserventiladasdeformaareduzirapossibilidadedainfiltraçãodaáguadachuvaeapermitiraevaporaçãodeeventuaisinfiltraçõesouadrenagemdaáguadachuva,nocasodeocorrereminfiltraçõescomcaudaissignificativos.

V.8.11.18 Todasaspartesdospreenchimentosdevãosdevemseracessíveisparamanutençãoprogramadaouparalimpezasemacolocaçãodeandaimesexterioresesemautilizaçãodemecanismoselevatóriosnãoexistentesnopróprioedifício.Paraalémdisso,otipodemovimentodasfolhasmóveisdacaixilhariaexteriordeveserdemoldeapermitir, quer a limpezados respectivospreenchimentos emcondiçõescómodasapartirdointerior,querofuncionamentosimultâneodoselementosdecerramentodessesmesmosvãos.

V.8.11.19 Osdispositivosquepermitemeventualmenteefectuarmanobrasdestinadasacolocaraspartesmóveisdajanelaemposiçãodeefectuarasualimpezadevem ser concebidos de forma a que: (i) as manobras sucessivas nãoapresentemperigoparaooperador,mesmonocasodemanobraerrada;(ii)afolhasejamantidaemposiçãoconvenienteparalimpezaporumdispositivoapropriado(fechoououtro); (iii)ooperadorsepossaapoiarna janelasemperigodequedaparaoexterior.

V.8.11.20 A substituição de vidros partidos deve poder também ser realizada sema colocação de andaimes exteriores e sem a utilização de mecanismoselevatóriosnãoexistentesnopróprioedifício.

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V.8.11.21 Osperfismetálicoscomcortetérmicoutilizadosnaexecuçãodecaixilhariadevem ser ensaiados e avaliados de acordo com a norma EN 14024 [14].EnquantonãoforpossívelprocederàmarcaçãoCEdestassériesdeperfis,admite-seautilizaçãodesérieshomologadaspeloLNEC.

V.8.11.22 OsperfisdePVCutilizadosnaexecuçãodecaixilhariadevemserensaiadoseavaliadosdeacordocomanormaEN12608[15].

V.8.12 ACABAMENTOSEREVESTIMENTOS

V.8.12.1 Osacabamentoserevestimentosdospreenchimentosdevãosdevemconferir--lheumaprotecçãoadequadafaceàagressividadedoambienteexteriorebomaspecto.

V.8.12.2

V.8.12.3 Recomenda-sequenaespecificaçãodacaixilhariahajaumcuidadoparticularna definição dos acabamentos e revestimentos. Quando se optar porcaixilhariatermolacadaouanodizadadevemserexigidas,respectivamente,asmarcasdequalidadeQualicoat[11]eQualanod[12].

V.8.12.4 Noquerespeitaaosperfiscomrevestimentoportermolacagemdevemsertidosemcontaosseguintesaspectos:

a) Assuperfíciesdecortedosperfisemqueoalumíniofiquedesprotegido,emespecialemzonaspoucoventiladaspropíciasàpermanênciadeáguacomsaiscomcaráctermaisprolongado,devemserprotegidasatravésdeprodutoadequadoparaevitaroinícioeaprogressãodecorrosão;

b) Nassituaçõesdemaiorexposiçãoaoambientemarítimoérecomendávelque o pré-tratamento (ataque do alumínio) seja superior ao mínimorecomendado nas Directivas Qualicoat [11], que é de 1 g/m². Nessascondições,deveserespecificadoumvalorde2g/m²eserexigidoqueolacadortenhalicençaparaproduzirperfislacadosdestaclasse.

V.8.12.5 Para que seja garantida a uniformidade da cor do revestimento portermolacagememtodaacaixilhariadoedifíciodevemaindacumprir-seosseguintesrequisitos:

Nocasodasconstruçõesjáexistentesosrevestimentosnãodevemapresentarindíciosdedegradaçãoqueponhaemcausaadurabilidadedopreenchimentodevão.

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a) Osperfisdevemserprovenientesdomesmolacadoredeveserutilizadatintaempódomesmolote;

b) Asdiferençasdecorentreperfis,edestesemrelaçãoaopadrãodoSistemadeCoresRALseleccionado,serão,semprequenecessário,determinadaspor um colorímetro, com as características cromáticas referidas nascoordenadasL*a*b*doSistemaCIE1976(CIELAB);

c) AsdiferençasdecoradmissíveisserãotaisqueasvariaçõesdosparâmetrosL*a*b*satisfaçamasseguintescondições:

∆L* ≤ 0,5 e ∆a* ≤ 0,5 e ∆b* ≤ 0,5ou

∆E* ≤ 0,5

d) AsdiferençasdebrilhoentreperfisedestesemrelaçãoaopadrãoRALseleccionado,serão,semprequenecessário,determinadasporummedidordebrilho,comângulodeincidêncialuminosade60º;

e) As diferenças de brilho admissíveis dependem da categoria e terão asseguintestolerâncias:- Categoria1(cormate): [0;30]==>±3unidades- Categoria2(corsemi-brilhante): [31;70]==>±±5unidades- Categoria3(corbrilhante): [71;100]==>±5unidades

V.8.12.6 Noquerespeitaaosperfisanodizadosdevemsertidosemcontaosseguintesaspectos:

a) AselecçãodaespessuradaanodizaçãodependedaagressividadedomeioambienteedeveserfeitadeacordocomanormaNP1482[16];

b) Emensaiodecolmatagem,aperdademassanãodeveexceder20mg/dm²;

c) A superfície do alumínio anodizado não deve apresentar defeitosobserváveisàdistânciade3m;

d) Asdiferençasdecoradmissíveis,umavezquevariamdecorparacor,devemseracordadascasoacasoentreoclienteeofornecedorpreviamenteaofornecimento.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.8.13 INSTALAÇÃODECAIXILHARIAEXTERIOR

V.8.13.1 Acompatibilizaçãodastolerânciasconstrutivasdosvãoscomosrespectivoscaixilhos, para permitir a produção em série destes quando aplicáveis avãos com as mesmas dimensões nominais, deve ser realizada através daexistênciadefolgasperiféricas,queserãocolmatadasatravésdedispositivodeestanquidadeadequado.

V.8.13.2 Recomenda-se que a estanquidade da junta aro/vão seja realizada atravésdaaplicaçãodeummastiquedesilicone.Aaderênciadessemastiqueaovãodeveseranalisadapeloseufornecedorepropostaasoluçãoqueassegureumaligaçãodurável.Essasolução,emalgunscasos,passapelaaplicaçãopréviadeumprimáriooupelaadequaçãodaformulaçãodomastiquedesiliconeaoseusuporte.

V.8.13.3 Najuntaaro/vãodeveserutilizadoumcordãodefundodejuntaconstituídoporummaterialinerterelativamenteaoselementosqueocontactam.

V.8.13.4 Acaixilhariadeveserinstaladanosvãosdeformaaobedeceraosseguintesrequisitos:

a) A folga periférica entre o aro do caixilho e o vão deve ser superior àcombinaçãomaisdesfavoráveldas tolerânciasdeexecuçãodovãoedoaro do caixilho, de forma a permitir a execução dos caixilhos em sériesem implicara confrontaçãodas suasdimensões comasdimensõesdorespectivovão;

b) Afolgaentreoarodocaixilhoeovãodevesercolmatadacomcalços,dematerialnaturalmentedurável,colocadosjuntodosparafusosdeligaçãoaro/vão;

c) Aestanquidadedajuntaaro/vãodeveserasseguradapelaaplicaçãodeummastiquedesilicone,extrudidonolocal,formandoumalinhadevedaçãocontínua;

d) Afolgaentreoarodocaixilhoeovãonazonadeaplicaçãodalinhadevedaçãodemastiquedeveestarcompreendidaentre5mme10mm;

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e) Aprofundidadedalinhadevedaçãodemastiquenãodeveserinferiora5mm;

f) Deveserinstaladopreviamenteumfundodejunta,deformaapermitiracorrectaaplicaçãodomastiquedesilicone,semprequeaformadosperfisdealumíniodoaronãoconstituirumaconcavidadeadequadaàaplicaçãodomastique;

g) Ocordãodemastiquedeveseraplicadoemjustaposiçãoentreosperfisdealumínioeovão,semquesejarealizadoumcordãotriangulardecanto.

V.8.13.5 Noque respeitaaosaspectosquenãoestão referidosnestedocumento, aadequaçãodainstalaçãodasjanelasaosvãosdeveserverificada,naausênciade documentação nacional sobre esta matéria, de acordo com a normafrancesaNFP24-203-1[13].

V.8.13.6 No que respeita aos aspectos específicos relacionados como transporte einstalação de vidros, na ausência de documentação nacional sobre estamatéria,devemserseguidososcuidadosespecificadosnanormafrancesaNFP78-201-1[3].

V.8.14 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.8.14.1 A avaliação da conformidade dos preenchimentos de vãos com estasexigências pode ser realizada por ensaio, cálculo (por exemplo, no querespeitaàresistênciamecânicaàacçãodoventoouaodesempenhotérmico)oupor inspecção (quando se tratadaverificaçãode requisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).

V.8.14.2

V.8.14.3 O uso de preenchimentos de vãos não-tradicionais deve ser condicionado àexistênciadeparecertécnicofavoráveloudedocumentodeaprovaçãotécnica.AmarcaçãoCEdeumpreenchimentodevãoouasuaaprovaçãotécnica,comníveis de desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentesRecomendações Técnicas, pressupõe a sua adequação ao uso, dispensando arealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.

V.8.14.4 Oreferidononúmeroanteriornãosignificaquesejapossíveldispensarasverificações inerentesàsuamontagememobra,umavezqueadeficienteexecuçãodesses trabalhospodecomprometeroadequadodesempenhodeumpreenchimentodevão.

Noscasosdeconstruçõesexistentesadmite-sequeaavaliaçãodaconformidaderelativamenteatodasasexigênciasdestedocumentosejarealizadaporinspecção,devendo resultar daí um relatório que evidencie as observações realizadas ejustifiqueaconformidadecomestasregras.

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V.8.14.5 Nocontextodaespecificaçãodospreenchimentosdevãosedasuamontagememobradevemsercumpridasasseguintesfases:

1. Preparaçãodeprojectodeexecução(contendoaspeçasdesenhadaseoscálculosdedimensionamentonecessáriosàcomprovaçãododesempenho,quando aplicável, à sua execução oficinal emontagem em obra) e suarevisão.Destafaseresultaumprojectodeexecuçãorelativamenteaoqualpodeserverificadaaconformidadedospreenchimentosdevãosemobra.

2. Selecçãodeprotótipoparaensaio.Esteensaiodestina-seacomprovaraade-quaçãodamontagememobraprevistaemprojectoeaevidenciaracapa-cidadetécnicadoinstaladorparaofazer.Onúmerodeprotótiposaensaiardeveseradequadoàdimensãodaobraedevereflectirosdiferentestiposdepreenchimentosdevãosexistentes.Recomenda-sequeparacadaobrasejarealizadopelomenosoensaiodeumprotótipo,amenosqueemváriasobrasdepequenadimensão(commenosde500m²deáreacobertacada)sejammontadososmesmostiposdepreenchimentosdevãospelomesmoinstala-dor,podendoconsiderar-senestecontextoquesetratamdeumaobraúnica.

3. Verificaçãodaconformidadedaobracomoprojectodeexecução,comasrecomendaçõesdecorrentesdosensaiosdeprotótipoecomastécnicasdeexecuçãoadequadas.

V.8.14.6 Admite-sequeesteprocessopossasersimplificadoparaospreenchimentosde vãosquenão correspondamà caixilharia exterior, comaeliminaçãodafase2.

V.8.14.7 Aavaliaçãodaconformidadedospreenchimentosdevãoscomasexigênciasquantificadasdestedocumento,quandoforfeitaporensaioespecíficoparaaobra,podesersimultâneacomacomprovaçãodacapacidadedofabricante/instalador.

V.8.14.8 Aavaliaçãodaconformidadedosrevestimentosdosperfisportermolacagemouanodizaçãocomasexigênciasdasmarcasdequalidade,respectivamente,QualicoateQualanod,deveserfeitamedianteaapresentaçãodecópiadocertificadoválidodolacadorouanodizador.

V.8.14.9 Paraavaliaçãodaconformidadedaespessuradaanodizaçãoéadmissíveladeclaraçãodeconformidadedoanodizador.Aconformidadedacolmatagem

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relativamenteàperdademassaemensaiodeveserdemonstradaatravésdeBoletimdeEnsaio.

V.8.14.10 Naverificaçãodaconformidadedacordosperfisanodizadosdeveter-seemcontaqueasdiferentesorientaçõesdosperfispodemoriginaraobservaçãodediferentescores.Emcasodedúvidadeveserrealizadoumensaiolaboratorialdemediçãodacor.

V.8.15 DOCUMENTAÇÃO

V.8.15.1 Com a conclusão dos trabalhos o empreiteiro deve entregar ao Dono daObraumprocessocontendotodaainformaçãonecessáriaàmanutençãoeutilizaçãodospreenchimentosdevãos.Domesmodevemconstarosseguinteselementos:

a) Memóriadescritivaejustificativa;

b) Especificaçõesdemateriaiseequipamentosefectivamenteinstalados;

c) Relaçãodefornecedoresdemateriaiseequipamentos.Nestaalíneainclui-seaidentificaçãoeoscontactos(morada,telefoneefax)dosfornecedoresdosmateriaisaplicadosnaobra;

d) Peças desenhadas da obra efectivamente realizada (telas finais). Nestaalíneaincluem-se,pelomenos,todasaspeçasdesenhadasconstantesdoprojecto(actualizadasfaceàobrarealizada);

e) Manualdeinstruçõesdemanutençãoeutilização,incluindopelomenososeguinte:- explicaçãosucintadomododeutilizaçãodospreenchimentosdevãos

aplicadosnoedifício;- acçõesdemanutençãoesuaperiodicidade;- listadepeçasdesubstituiçãoincluindoreferênciacomercialecontacto

defornecedor;- produtos de limpeza incluindo referência comercial e contacto de

fornecedor.

V.8.16 REFERÊNCIAS

[1] VIEGAS, João C. – Componentes de edifícios. Selecção de caixilharia e seu dimensionamento mecânico.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE51).

Nocasodasconstruções jáexistentesdeveexistirouserelaboradaaseguintedocumentação:

a) Memória justificando que as alterações introduzidas nacaixilharianãoafectamodesempenhodeoutrasinstalaçõesdoedifício(quandoaplicável);

b) Relatório de inspecção, eventualmente acompanhado dememóriadescritivaedecálculo(senecessário),evidenciandoa comprovação da conformidade com os requisitos destetexto;

c) Registosdeensaioseventualmenteefectuados;

d) Manualdeinstruçõesdemanutençãoeutilização,incluindopelomenososeguinte:- explicação sucinta domodo de utilização dos preenchi-

mentosdevãosinstaladosnoedifício;- acçõesdemanutençãoesuaperiodicidade;- produtosdelimpezaautilizar.

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[2] DECRETO-LEI n.º 113/93, de 10 de Abril –Transpôs para o direito interno a Directiva do Conselho n.º 89/106/CEE, de 21 de Dezembro de 1988, que aproxima as legislações dos Estados-membros no que se refere aos produtos de construção (Directiva dos Produtos da Construção).

[3] NFP78-201-1:1998–Travaux de bâtiment. Travaux de miroiterie-vitrerie. Partie 1: cahier des clauses techniques.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU39).

[4] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes.

[5] NFP 78-201-1/A1: 1998–Travaux de bâtiment. Travaux de miroiterie-vitrerie. Partie 1: cahier des clauses techniques - Amendement A1.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU39).

[6] PINTO,Armando–Componentes de edifícios. Características e dimensionamento térmico de vãos envidraçados.Lisboa:LNEC,2005.

[7] EN12217:2003–Doors – Operating forces – Requirements and classification.Brussels:CEN.

[8] NPEN335-2:1994–Durabilidade da madeira e de produtos derivados. Definição das classes de risco de ataque biológico. Parte 2: Aplicação à madeira maciça.Lisboa:IPQ.

[9] NP EN 350-2: 2000 – Durabilidade da madeira e de produtos derivados. Durabilidade natural da madeira maciça. Parte 2: Guia da durabilidade natural da madeira e da impregnabilidade de espécies de madeira seleccionadas pela sua importância na Europa.Lisboa:IPQ.

[10] EN1279:2002–Glass in building - Insulating glass units.Brussels:CEN.

[11] QUALICOAT– Specifications for a quality label for paint, lacquer and powder coatings on aluminium for architectural applications.Zurique:Qualicoat.

[12] QUALANOD–Directives concernant le label de qualité pour le film anodique sur l’aluminium corroyé destiné à l’architecture.Zurique:Qualanod.

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[13] NFP24-203-1: 1993–Travaux de bâtiment. Menuiseries métalliques. Partie 1: cahier des clauses techniques.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU37.1).

[14] EN14024:2004–Metal profiles with thermal barrier – Mechanical performance – Requirements, proof and tests for assessment.Brussels:CEN.

[15] EN12608:2003–Unplasticized polyvinylchloride (PVC-U) profiles for the fabrication of windows and doors – Classification, requirements and test methods. Brussels :CEN.

[16] NP1482:1985–Alumínio anodizado. Características do revestimento dos produtos destinados a construção civil.Lisboa:IPQ.

[17] EN13241-1–Industrial, commercial and garage doors and gates – Product standard – Part 1: Products without fire resistance or smoke control characteristics.Brussels:CEN.

[18] EN12635:2002–Industrial, commercial and garage doors and gates – Installation and use.Brussels:CEN.

V.9 GUARDASECORRIMÃOS

V.9.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.9.1.1 Asguardassãoelementosdestinadosaprotegeraspessoasquepermaneçamou circulem na sua proximidade contra o risco de queda fortuita sem noentantoimpedirasuapassagemforçadaouvoluntária.

V.9.1.2

V.9.1.3

V.9.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.9.2.1 As guardas devem possuir resistência mecânica satisfatória, de modo agarantirem a segurança na sua utilização, considerando acções de tipofortuitoouinvoluntário.

Sempre que se verifique a inadequação das guardas e corrimãos instaladosdevido,queraenvelhecimentonatural,queranovasexigênciasregulamentaresdesegurança,queramanifestaçõespatológicasqueponhamemcausaagarantiados seusníveis de desempenho funcional, deveproceder-se a intervençõesnosentidodasuareabilitaçãoeadequação.

Asintervençõesdereabilitaçãoe/ouadequaçãodasguardasecorrimãosdevemobjectivarasuaadaptaçãoaosrequisitosregulamentares,actuais,aplicáveis.

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V.9.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.9.3.1 Asguardasdevemserconstituídaspormateriaisdeclassedereacçãoaofogoque satisfaça às disposições da regulamentação de segurança ao incêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.9.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.9.4.1 As guardas devem ter uma altura mínima, designada de protecção, queéfunçãodasuaespessuraenãodeveser inferioraosvalores indicadosnoquadroseguinte.

V.9.4.2 Paraefeitosdodispostononúmeroanterior,entende-sepor:

a) Altura mínima da guarda, a distância medida na vertical entre aface superior da guarda e o ponto mais alto onde as pessoas possamestacionar;

b) Espessuradaguarda, adistânciamedidanahorizontal entreosbordosexteriore interiordoelementodeapoiosuperior (corrimão)ouentreobordoexteriorouinteriordequaisquersingularidadesquefaçampartedaguardaeafaceopostadocorrimão.

V.9.4.3 É recomendável o acréscimo de 0,10 m às alturas definidas no caso deguardasamaisde9macimadosolo.Noentanto,tendoemcontaotipodeutilização previsto para estes edifícios, recomenda-se, independentementedoposicionamentodasguardas,aadopçãodestecritério.

V.9.4.4 Paraoslocaisdosedifíciosemquesejaprevisíveloacessoouapassagemdecrianças,asguardasdevemterumaalturamínimade1,10m.

V.9.4.5 Asguardasdevemserconcebidasdemodoanãofacilitarasuaescaladae,nãodevemserconstituídasporelementoshorizontais.Nocasodeguardas

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Alturamínimadeprotecçãodasguardas

Espessura(m) ≤0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 ≥0,50Altura(m) 1,00 0,97 0,95 0,92 0,90 0,85 0,80

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instaladas em escadas, os corrimãos devem ser concebidos de modo adesencorajar a sua utilização como escorrega, devendo ainda as suassuperfíciesevitaraprisãodevestuário.

V.9.4.6 Semprequeasguardassejamconstituídasporelementosverticais(barretase prumos), o afastamento entre estes ou entre estes e quaisquer outroselementosverticaisouhorizontaisnãodeveexceder0,09m.

V.9.4.7 Oafastamentoentreaguardaeoparamentodafachadanãodeveexceder0,09m.

V.9.4.8 Em locais dos edifícios em que seja previsível o acesso ou a passagemde crianças, a face interior das guardas (zona por onde se processa oestacionamentoouapassagem)cujopreenchimentodisponhadeelementoshorizontaisououtroselementosescaláveisdeveserprotegidapelointeriorcompainelrígidocontínuocomalturamínimade1,10mqueimpeçaoapoioquerdepés,querdemãosdecrianças.

V.9.4.9 O afastamento entre o bordo inferior da guarda e o bordo exterior dopavimentonãodevedeexceder0,09m.

V.9.5 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.9.5.1 Aavaliaçãodaconformidadedasguardascomasexigênciasrelativasàresis-tência mecânica e às características dimensionais deve ser realizada porobservaçãovisualeporensaiosdeacordocomaEspecificaçãoLNECE470:2005[1],atéàexistênciadenormaportuguesaoueuropeiaaplicável.

V.9.6 REFERÊNCIAS

[1] ESPECIFICAÇÃOLNECE470:2005–Guardas. Características dimensionais e métodos de ensaio.Lisboa:LNEC.

V.10 REVESTIMENTOSEXTERIORESEMPAREDESEXTERIORES

V.10.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.10.1.1 Osrevestimentosexterioresdeparedesdevemobedeceraosrequisitosgerais,considerando-seaindaquedevemapresentarumdesempenhomelhoradoemrelaçãoaosdosedifícioscorrentesnosaspectosrelacionadoscomasegurança–segurançaaofogoesegurançanautilização–enosaspectosrelacionadoscom“Higiene,SaúdeeAmbiente”,porsetratardeedifíciosdestinadosaosextractosmaisvulneráveisdapopulação,emrelaçãoaosquaisestasquestõessepõemcomacuidadeaindamaiorquenocasogeral.

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V.10.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.10.2.1 Osrevestimentosexterioresdasparedesdevemserdeclassedereacçãoaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,de modo a satisfazer as disposições da regulamentação de segurança aoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2.(Segurançaaoincêndio).

V.10.2.2

V.10.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.10.3.1 Nocasoderevestimentosdesligadosdosuporte–comoosdasfachadasventi-ladas–osistemadeligaçãodevesercapazderesistiràssolicitaçõesdeserviçosemroturanemdeformaçãoexcessivaedeformadurável.Estaresistênciame-cânicadeveserjustificadanamemóriadescritivaporcálculo,porensaios,ourecorrendoadocumentaçãotécnicacredíveldofornecedor,baseadaemensaiosrealizadosemlaboratórioindependente.Orevestimentodeveserconcebidoemontadodeformaaviabilizarinspecçõesperiódicasaosistemadefixação,quedevemserincluídasnorespectivoPlanodeManutençãoepermitirdetectarpre-cocementequalquerdegradaçãodosistema(ex.:corrosão).

V.10.3.2 No caso de revestimentos constituídos por peças prefabricadas coladas–comoosazulejose ladrilhosdeváriosmateriais–oprodutodecolagemdeveseradequadoparaexterioresecompatívelcomomaterialconstituintedaspeçaseaplicadodeacordocomas recomendaçõespertinentes.Faz-senotarqueafixaçãopor colagemdepeças só se consideraadmissívelparapeçasdepequenasdimensões(nãosuperioresa0,30mx0,30m),demassa

Caso os revestimentos existentes não verifiquem o requisito expresso nonúmeroanteriordevemsersubstituídosporoutrosqueosverifiquem,ou,setalforinviável,sertomadasmedidasqueminimizemosriscos.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossível.

Nocasoderevestimentosdesligadosdosuporte,osistemadeligaçãodeveserca-pazderesistiràssolicitaçõesdeserviçosemroturanemdeformaçãoexcessivaedeformadurável.Estaresistênciamecânicadeveseravaliadaatravésdainspec-çãodorevestimentoedoseusistemadefixação,observando,nomeadamente,aexistênciadefissurações(dorevestimento,dasfixaçõesoudospontosdeapoio),corrosãodeelementosmetálicosoudeformaçõesexcessivas.Casoalgumades-tasanomaliasououtrosintomasignificativosejamdetectados,deveserrevistoereparadoorevestimentoe,seforcasodisso,reforçadoosistemadefixação.

Aestabilidadedosistemareforçadodeveserjustificadanamemóriadescritivaporcálculo,porensaios,ourecorrendoadocumentaçãotécnicacredíveldofor-necedor,baseadaemensaiosrealizadosemlaboratório independente.Semprequepossível,orevestimentodeveserconcebidoemontadodeformaaviabilizarinspecçõesperiódicasaosistemadefixação,quedevemserincluídasnorespecti-voPlanodeManutençãoepermitirdetectarprecocementequalquerdegradaçãodosistema.

Nocasoderevestimentosconstituídosporpeçasprefabricadascoladas–comoosazulejoseladrilhosdeváriosmateriais–deveverificar-seaestabilidadeemserviçodorevestimentoatravésdeumainspecção,observando,nomeadamente,aexistênciadepeçasdestacadasoucomaderênciadeficiente(casoemqueemitemsomaocoquandopercutidas)edepeçasfissuradas.Casosedetectemanomaliasdessetipo,seránecessáriofazerumdiagnósticodascausas,determinandosese

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relativamentereduzida(nãosuperiora40kg/m²).Aaderênciadosistemaderevestimentodeveser,comprovadamente,nãoinferiora0,5MPa,apósciclosclimáticosdeenvelhecimentoartificialacelerado.

V.10.3.3

V.10.3.4 Asegurançanautilizaçãoderevestimentosexterioresconstituídospormassasaplicadassobreosuportepodeserpostaemcausapelodesprendimentodeplacasdematerial.Assim,deveserverificadaaboaaderênciadosmesmosaosuporte,principalmentenocasoderebocosououtrosrevestimentoscujamassapossaoriginarsituaçõesdeperigoparaquemcirculanasimediações.Considera-seadequadaumaaderênciamédiade,pelomenos,0,3MPaapósciclosdemolhagem/secagem,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificadain situpelafiscalização.

tratadeproblemaspontuaisouseindiciaumafaltadeestabilidadegeneralizada.Noprimeirocaso,devemreparar-seaszonasafectadas,substituindoerecolandoadequadamenteaspeçasfissuradasousoltas;nosegundo,deveserremovidoorevestimentoeproceder-seanovacolagemcomprodutoscomprovadamenteapropriadoseseguindométodosdeaplicaçãocorrectos.

Emcasodesubstituição,aaderênciadonovosistemaderevestimentodeveser,comprovadamente,nãoinferiora0,5MPa,apósciclosclimáticosdeenvelhe-cimentoartificialacelerado.

Faz-senotarqueafixaçãoporcolagemdepeçassóseconsideraadmissívelparapeças de pequenas dimensões (não superiores a 0,30m x 0,30m), demassarelativamentereduzida(nãosuperiora40kg/m2).Assim,seaspeçasforemdedimensões oumassa superiores, deve substituir-se o revestimento por outroqueverifiqueosrequisitosreferidos,queratravésdousodepeçasdemenoresdimensões,queraplicandoumsistemadefixaçãodotipomecânico.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizarosriscosdesegurança(ex.:interditarasáreasdecirculaçãoafectadas).

Asegurançanautilizaçãoderevestimentosexterioresconstituídospormassasaplicadas sobre o suporte pode ser posta em causa pelo desprendimento deplacasdematerial.Assim,deveserverificadaaboaaderênciadosmesmosaosuporte,principalmentenocasoderebocosououtrosrevestimentoscujamassapossaoriginarsituaçõesdeperigoparaquemcirculanasimediações.

Essa verificação deve ser realizada através de inspecções que identifiquemeventuaisdestacamentos,perdasdeaderência(detectáveispelosomaoco)oufendasdegrandeabertura.

Aszonasondeseverificaremessessintomasdevemserreparadaspormeiodaex-tracçãodosrevestimentosseguidadaaplicaçãodenovosrevestimentoscomboascondiçõesdeaderência,compatíveiscomospreexistentes.Emalternativa,seadi-mensãodasanomaliasojustificar,podemsersubstituídososrevestimentos,poroutrosbemseleccionadoseaplicadosdeformaagarantiremaderênciaadequada.

Nocasodesubstituiçãodosrevestimentos,considera-seadequadaumaaderênciamédiade,pelomenos,0,3MPaapósciclosdemolhagem/secagem,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificadain situpelafiscalização.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.10.3.5 Os revestimentos aplicados em zonas baixas, em situação de libertaremsubstânciasquepossamseringeridas,intencionalouacidentalmente,pelosutilizadores,nãodevemcontersubstânciastóxicas.Osfornecedoresdevemestar em condições de comprovar esse facto, principalmente no caso derevestimentosorgânicos,maissusceptíveisaesserisco.

V.10.3.6 Os materiais de revestimento não devem produzir emissões tóxicas oupoluentesparaaatmosfera.Esteriscopodeexistiremalgunsrevestimentosorgânicos ou com componente orgânica, ou em revestimentos com fibrasmuitofinasnasuaconstituição.

V.10.3.7 Naszonasmaisbaixasdosparamentos(até1,50mdosolo)osacabamentosexterioresdasparedesnãodevemterarestascortantes–porexemplo,certostiposdepainéisoudeplacasdepedra–ourugosidademuitopronunciada–porexemplo,algunsacabamentosde rebocosdecimentodo tipo tirolês–capazesdeferiroumagoarosutilizadoresemgeral.Tambémnãodevemtercondutibilidadetérmicatalqueostornesusceptíveisdeaqueceratempe-raturascapazesdeproduzirqueimaduras(ex.:algunspainéismetálicos).

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatasehouversituaçõesderiscoeminente,devemsertomadasmedidasparaminimizaresserisco.

Os revestimentos aplicados em zonas baixas, em situação de libertaremsubstâncias que possam ser ingeridas, intencional ou acidentalmente, pelosutilizadores,nãodevemcontersubstânciastóxicas.

Casoosrevestimentosexistentesapresentemindíciosdelibertaçãodessetipodesubstâncias,essacircunstânciadeveserverificadaatravésdeensaiose, sese comprovar, os revestimentosdevemser substituídosporoutros isentosdesubstânciastóxicas.

Os fornecedores dos revestimentos a aplicar devem estar em condições decomprovarqueelesnãolibertamsubstânciastóxicas,principalmentenocasoderevestimentosorgânicos,maissusceptíveisaesserisco.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizar os riscos de segurança (ex.: interditar as zonas de circulaçãoafectadasoucobriraszonasperigosasdeparede).

Sesedetectaremindíciosdeemissõestóxicasoupoluentesparaaatmosferadosmateriaisusados,nomeadamentenocasoderevestimentosorgânicosoucomcom-ponenteorgânica,ouemrevestimentoscomfibrasmuitofinasnasuaconstituição,deveprocurarverificar-seatravésdeensaiosessefacto;emcasodecomprovação,estesrevestimentosdevemsersubstituídosporoutrosisentosdesteproblema.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizar os riscos de segurança (ex.: interditar as zonas de circulaçãoafectadasoucobriraszonasperigosasdeparede).

Nas zonasmais baixasdosparamentos (até 1,50mdo solo) os acabamentosexterioresdasparedesnãodevemterarestascortantes–porexemplo,certostiposdepainéisoudeplacasdepedra–ourugosidademuitopronunciada–porexemplo,algunsacabamentosderebocosdecimentodotipotirolês–capazesdeferiroumagoarosutilizadoresemgeral.

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V.10.3.8 Referências

[1,4,5,6,7,8,9,11,12,13,14,15]

V.10.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.10.4.1 Os revestimentos exteriores de paredes têm uma influência significativa nascondições de salubridade e de conforto do edifício. Assim, os revestimentosdevemoferecerumaboacapacidadedeprotecçãoàágua,complementandoaestanquidadedasparedesexterioresde formaadequadaà soluçãodeparedeadoptada;paratal,nãodevemsermuitosusceptíveisàfendilhaçãoedevemteruma resistência à penetração da água líquida suficiente para complementaradequadamenteadotoscodaparede.

V.10.4.2

V.10.4.3 Osrevestimentosexterioresdeparedesnãodevem,poroutrolado,constituirbarreirasàpassagemdovapor,devendoporissoapresentarumapermeabili-dadeaovapordeáguaelevada,quefavoreçaaeliminaçãodovapordeáguaque seproduzno interiordoedifícioea secagemdosmateriaisde suporteeventualmentehumedecidosduranteosperíodosdechuva.

Para satisfação desta condição, a espessura da camada de ar de difusãoequivalentedorevestimentoexteriornãodevesersuperiora2m.

Seosrevestimentosexistentesnãoverificaremestacondiçãodevemserreparadosdeformaacumpriremorequisitoreferidonumprazoconsideradorazoável.

Osrevestimentosdaszonasmaisbaixastambémnãodevemtercondutibilidadetérmica tal que os torne susceptíveis de aquecer a temperaturas capazes deproduzirqueimaduras(ex.:algunspainéismetálicos).

Os revestimentos existentes nessas condições devem ser substituídos ouprotegidosdeformaanãoconstituíremperigo.

Casoseverifiqueaexistênciadedeficiênciasdeestanquidadedasparedesdevemserapuradasasrespectivascausasatravésdeumainspecção;seseconcluirqueessascausasserelacionamcomfaltadecapacidadedeimpermeabilizaçãodosrevestimentos,nomeadamenteporfendilhaçãooudestacamentodestesoupordeficiênciasdeaplicação(ex.:rematesmalexecutados),devemserrealizadasasreparaçõesnecessáriasàreposiçãodaestanquidadedasparedes.

Osrevestimentosexterioresnãodevemconstituirbarreirasàpassagemdovapor,devendomanterumapermeabilidadeaovapordeáguaelevada,quefavoreçaaeliminaçãodovapordeáguaqueseproduznointeriordoedifícioeasecagemdosmateriaisdesuporteeventualmentehumedecidosduranteosperíodosdechuva.

Para satisfação desta condição, a espessura da camada de ar de difusãoequivalentedorevestimentoexteriornãodevesersuperiora2m.

Sesedetectaremindíciosdeinsuficientepermeabilidadeaovapordeáguadosrevestimentosexteriores,nomeadamenteaexistênciadecondensaçõesnointeriorsemoutracausaaparenteouempolamentosdoprópriorevestimentotambémnãoatribuíveisaoutrascausas,deveseranalisadaaviabilidade–financeirae

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V.10.4.4 Referências

[7,8,9,11,18]

V.10.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.10.5.1 Asoluçãodeparedeintegrandoosrespectivosrevestimentosdevecontribuirparaassegurarumisolamentotérmicoadequadodaenvolvente,deacordocomaseveridadedoclimadecadaregião,nosentidodegarantirboascondiçõesdeconfortonointeriordoedifíciosemnecessidadedegastosexcessivosemaquecimentoouemarrefecimento.

V.10.5.2 Aspontestérmicaseventualmenteexistentesdevemsercorrigidas,demodoaminimizarascondensaçõesnointerior.Paratal,pode-serecorreràincorpo-raçãodeisolamentotérmiconorevestimentoexteriorouaoutrassoluções.Ainclusãodeisolamentotérmiconorevestimentoexterior–porexemploatra-vésderevestimentosporelementosdescontínuoscomisolanteincorporado,defachadasventiladascomisolantepreenchendopartedalâminadear(jun-toaosuporte)oudesistemascompósitosdeisolamentotérmicopeloexteriordotipoETICS–temalgumasvantagensemrelaçãoaoutrassoluções,entre

técnica–desubstituiçãodorevestimentoporoutrodemenorpermeabilidadeaovapordeágua;seessahipótesenãoforconsideradaviável,devemsertomadasmedidasqueminimizemosefeitosdessadeficiência,taiscomoumreforçodaventilaçãoeumreforçodoisolamentotérmico.

Enquantoosproblemasdesusceptibilidadeàfendilhaçãosecolocamessen-cialmenteemrelaçãoaosrebocos–correntesoupré-doseadosemfábrica–asexigênciasdepermeabilidadeaovapordeáguasãomaissensíveisparaosrevestimentosdeligantesintético;porsuavez,osrevestimentosconsti-tuídosporelementoscolados(ladrilhosepedras),quandomalconcebidos,podem ter fendilhação das juntas ou ser pouco permeáveis ao vapor deágua.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnumprazoconsideradorazoável.

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asquaissedestacaacorrecçãodaspontestérmicasreduzindoaocorrênciadecondensaçõesnointerioremzonaslocalizadaseamaiorcontribuiçãoparaoconfortotérmicodeVerãodevidoaoaproveitamentodainérciatérmicadatotalidadedaparede.

V.10.5.3

V.10.5.4 Osacabamentosexterioresdaszonascorrentesdasparedesdevemtercoresclaras,combaixocoeficientedeabsorçãosolar,demodoanãofavorecerumexcessivo aquecimento das paredes, que, alémdas desvantagens aoníveldocomportamentotérmico,temtambémdesvantagenssignificativasaoníveldadurabilidadedosrevestimentosedosprópriossuportes.

V.10.5.6 Referências

[2,11,12,16,17]

V.10.6 CONFORTOVISUAL

V.10.6.1 Osacabamentosexterioresdasparedesdevemproporcionarparamentoscomsuperfícieregularedesempenada,semdefeitosaparentes.

V.10.6.2

V.10.6.3 Osparamentosdasparedesconferidospelosseusacabamentosexterioresdevemapresentarcor,brilhoecaracterísticastaisquenãodêemorigema reflexões especulares da luz do Sol incómodos para os ocupantes deedifíciosvizinhos.

V.10.6.4.

Eventuais deficiências de isolamento térmico da envolvente devem serconsideradasecorrigidasnaperspectivaglobaldaenvolventee,emparticular,daparede,podendoencarar-se, entreoutras soluçõespossíveis, ahipótesedoreforçode isolamentodorevestimentoexteriorporexemploatravésdaaplicaçãodeumrevestimentode isolamento térmicopeloexteriordo tipoETICS.

Anãoverificaçãodorequisitoexpressononúmeroanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonafachada;noentanto,devemserconsideradaaviabilidadedetomarmedidasparaassegurararegularidadeedesempenodafachada,se,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.

Casoseverifiqueaanomaliaexpressanonúmeroanteriornumedifícioexistentedevem ser tomadasmedidas para a corrigir, por exemplo através de pinturaapropriada,numprazoconsideradorazoável.

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V.10.6.5 Aeventualvariaçãonotempodascaracterísticasreferidasanteriormentedevefazer-sedeummodouniforme,semprovocarcontrastesdesagradáveisentrezonasdiferenciadasdosparamentos.

V.10.6.6

V.10.6.7 Referências

[14]

V.10.7 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.10.7.1 Osrevestimentosexterioresdeparedesdevemsercompatíveiscomanaturezae a constituição dos respectivos suportes e ter uma durabilidade elevada,exigindoapenasoperaçõesperiódicasdemanutençãoligeira.Osrevestimentospredominantementemineraisoferecem,emgeral,durabilidademaiselevada,peloquedevemserusadospreferencialmente.

V.10.7.2 No caso de revestimentos de constituição mais complexa (ex.: fachadasventiladas, ETICS, placas de pedra fixadas mecanicamente, etc.) devem serprevistosnoprojectoPlanosdeManutençãoperiódicaquepermitamaadopçãodemedidaspreventivasoudereparaçãoprecocedeeventuaisanomalias.

V.10.7.3 Osrevestimentosdevemapresentaradequadaresistênciaàsacçõesclimáticasprevisíveisemcadaregião:chuva,calor,frio,ventosfortes,ambientesalino,etc.

V.10.7.4 Osparamentosexterioresdasparedesdevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaperanteacçõesdeabrasão,riscagem,choqueeoutrasdecorrentesdacirculaçãodosutilizadores juntoaessesparamentos.Os revestimentosde isolamento térmico do tipo ETICS são particularmente susceptíveis aestas acções, devendo, portanto, assegurar-se o seu bom comportamento,

Aanomaliaexpressanonúmeroanteriorpodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonafachadadeumedifícioexistente;noentanto,deveserconsideradaaviabilidadedeacorrigirse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.

Aanomaliaexpressanonúmeroanteriorpodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonafachadadeumedifícioexistente;noentanto,deveserconsideradaaviabilidadedeacorrigirse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.

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nomeadamente através de soluções de reforço nas zonasmais baixas dasparedes(zonascorrespondentesaopisotérreo).

V.10.7.5 Osparamentos exterioresdasparedesnãodevem favorecer adeposiçãodepoeiras,oestabelecimentodecaminhospreferenciaisdeescorrimentodeáguadachuva,ouacolonizaçãobiológica.

V.10.7.6 Parasatisfaçãodosobjectivosindicadosnonúmeroanterior,osrevestimentosnão devem ter rugosidade superficial muito acentuada que fixe as poeirase dificulte a lavagem, sobretudo nos casos em que, pelas suas situação eorientação ou pela ausência de elementos arquitectónicos de protecção dafachada, os paramentos possam ficar particularmente expostos à poluiçãoatmosféricaouàspoeirastransportadaspelovento.Noentanto,tambémsãodeevitarrevestimentosmuito lisoseabsorventesoupegajosos,assimcomorevestimentoscomcomponenteorgânicasusceptíveisàcolonizaçãobiológica,pelomenosemfachadasexpostasaNorte.

V.10.7.7 Estescuidadossãoaplicáveisaosrebocos–correntesoupré-doseadosemfábrica–aosrevestimentosdeligantesintéticoeàstintas,eaindaaosrevestimentosconstituídosporpedrasoupor elementosprefabricados, coladosoufixadosmecanicamente. No caso dos rebocos deve ainda garantir-se espessurasuficiente e condições de aplicação adequadas (evitando, nomeadamente,aaplicaçãocomtempohúmidoesuportessaturados),demodoa impediroefeitodavisualizaçãodasjuntaseblocosdaalvenariasubjacenteconhecidopeladesignaçãocorrentede“fantasmas”.

V.10.7.8

V.10.7.9 Referências

[7,8,9,11,19,20]

V.10.8 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.10.8.1 A avaliação da conformidade dos revestimentos exteriores de paredes podeser realizadapor ensaio e/oupor inspecção (quando se tratada verificaçãode requisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoque respeitaaoaspecto).

Casoseobservemindíciosdedurabilidadereduzida,nomeadamenteemrelaçãoaosaspectosreferidosnosnúmerosanteriores,taldevesertidoemcontanosPlanosdeManutençãoperiódicaa implementar,estabelecendoperiodicidadesreduzidas das acções de manutenção e considerando a possibilidade desubstituiçãoporsoluçõesmaisduráveisse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.

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V.10.8.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

V.10.8.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveis dedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnão significaque sejapossíveldispensarasverificações inerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentestrabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.

V.10.9 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS

V.10.9.1 Sem prejuízo da satisfação do disposto em V.10.8, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosenunciadosdeV.10.1aV.10.7asseguintessoluçõesdeacabamentosexterioresdeparedesdeedifíciosdeconstruçãotradicional:

a) Revestimentostradicionaisdeligantesminerais,deargamassasdecimentoeareiaou,preferivelmente,decimento,caleareia,aplicadasem2ou3camadas,epinturacomtintadeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticotexturada(tintadeareia)ounão-texturada(tintadeágua);

b) Revestimentospré-doseadosdeligantemineraldotipomonocamada;

c) Tijolomaciçoouperfuradodeparamentoàvista;

d) Revestimentosdeladrilhosdetipocerâmico,comocamadadeacabamentoderevestimentostradicionaisdeligantesminerais,desdequecomcaracterís-ticasdeabsorçãodeáguaadequadasàutilizaçãoemparamentosexteriores.

V.10.9.2 Emrelaçãoàssoluçõesreferidasnasalíneasa),b)ed)donúmeroanterior,asargamassasausardevemserbemdoseadas,deformaateremboaaderência,mas serem pouco susceptíveis à fendilhação e bastante deformáveis. Acolagemdosladrilhosdevegarantirboaaderênciaaosuportemastertambémelasticidade suficiente para não provocar fendilhação. Os acabamentos porpinturadevemterboaaderênciaeboadurabilidade.

V.10.9.3 SemprejuízodasatisfaçãododispostoemV.10.8,admite-sequecumpramosrequisitosenunciadosdeV.10.1aV.10.7asseguintessoluçõesnão-tradicionaisderevestimentosexterioresdeparedesdeconstruçãotradicional:

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a) Revestimentos pré-doseados de ligante mineral sem pigmentação namassa acabados com revestimentos plásticos espessos (revestimentossintéticos comespessura e resistência superior às tintas, conferida poragregadofino)oucomtintasdeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticotexturada(tintadeareia)ounão-texturada(tintadeágua);

b) Sistemas de revestimento com painéis prefabricados – de materiaiscerâmicos ou compósitos – fixados mecanicamente ao suporte, comlâminadearventilada(fachadasventiladas);

c) Sistemas compósitos de isolamento térmico exterior com revestimentosobreisolante(ETICS);

d) Sistemas de revestimento com painéis prefabricados para isolamentoexteriordefachadas(Vêtures).

V.10.9.4 Emtodososexemplosdesoluçõestradicionaisenão-tradicionaisassoluçõesdevemcontemplarumreforçodeprotecçãodaszonasmaisbaixasdasparedes(socos)emrelaçãoaacçõesmecânicas.Admite-sequeessereforçopodeserobtidocomaexecuçãodesocosdeguarnecimentodasfachadasdosedifícioscomumaalturadepelomenos0,40m,realizadoscomcantaria,betãoaparente,tijolodeparamentoàvista,marmoriteouladrilhosdegréscerâmico,ouaindaoutrosmateriaiscomboaresistênciaaodesgasteesusceptíveisdesemanteremlimpos.

V.10.9.5

V.10.10 REFERÊNCIAS

Regulamentos

[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[3] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

Nocasodosrevestimentosexistentesaadequaçãoaousodassoluçõesadoptadospodetambémseravaliadapeladurabilidadeebomdesempenhodemonstradosduranteoperíododeutilizaçãojádecorrido.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

NormaseEspecificações

[4] NP56:1963–Assentamento de azulejos e ladrilhos.Lisboa:IPQ.

[5] EN 12004: 2001/A1: 2002 – Adhesives for tiles. Definitions and specifications.Brussels:CEN.

[6] EN 14411: 2003 – Ceramic tiles. Definitions, classification, characteristics and marking (ISO 13006: 1998 alterada).Brussels:CEN.

[7] EN998-1: 2003–Specification for mortars for masonry. Part 1: Rendering and plastering mortar.Brussels:CEN.

[8] EN1062:2000-Paints and varnishes. Coating materials and coating systems for exterior masonry and concrete.Brussels:CEN.

[9] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.

[10] EN13914-1:2005–Design, preparation and application of external rendering and internal plastering – External rendering.Brussels:CEN.

GuiasEOTA

[11] EUROPEANORGANISATIONFORTECHNICALAPPROVALS(EOTA)–External thermal insulation composite systems with rendering.Brussels:EOTA,March2000.(ETAG004).

[12] EUROPEANORGANISATIONFORTECHNICALAPPROVALS(EOTA)–Guideline for European Technical Approval of Vêtures kits – prefabricated units for external wall insulation. Draft ETAG.Brussels:EOTA,Nov.2004.(ETAG017).

Outradocumentaçãotécnica

[13] LUCAS,J.A.Carvalho–Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou de betão.Lisboa:LNEC1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE24)

[14] LUCAS,J.A.Carvalho–Exigências funcionais de revestimentos de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE25)

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[15] LUCAS, J. A. Carvalho – Revestimentos de paredes independentes do suporte executadas com telhas cerâmicas planas.Lisboa:LNEC,1994.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC21).

[16] PAIVA, J.Vasconcelos–Medidas de reabilitação energética em edifícios.Lisboa:LNEC,2000.(ComunicaçãoCOM73).

[17] SANTOS,C.Pinados;MATIAS,LUIS,J.Vasconcelos–Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Versãoactualizada2006.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).

[18] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Revestimentos em edifícios recentes.Lisboa:LNEC,2004.(CadernosEdifíciosCAD3).

[19] EUSÉBIO, M. Isabel – Durabilidade de tintas plásticas. Lisboa: LNEC, 1985.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC2).

[20] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos de impermeabilização de ligante sintético para paramentos exteriores de paredes.Lisboa:LNEC,Julhode1995.(Relatório199/95-NCCt).

Informaçãotécnicacomplementar

[21] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos pré-doseados de ligante mineral com base em cimento.Lisboa:LNEC,Outubrode1995.(Relatório289/95-NCCt).

[22] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre revestimentos de paredes – 1.º módulo.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS15).

[23] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre tintas, vernizes e revestimentos por pintura para a construção civil.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS14).

[24] EUSÉBIO,M.Isabel–Tintas. Características dos constituintes e da película seca.Lisboa:LNEC,1985.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC3).

[25] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc) –Directivas Comuns UEAtc para a homologação de revestimentos delgados de massas plásticas para paredes. Lisboa : LNEC, 1978.(TraduçãoT701).

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[26] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Consultas e respostas n.º 2 - Manchas em tijolos de revestimento de paredes.Lisboa :LNEC,1956.(CirculardeInformaçãoTécnicaCIT21).

[27] LUCAS, J. A. Carvalho; ABREU, Miguel – Revestimentos cerâmicos colados. Descolamentos.Lisboa:LNEC,2005.(InformaçãoTécnicaPatologiaeReabilitaçãodasConstruçõesITPRC4).

[28] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Manchas de vegetação parasitária em paramentos rebocados de alvenaria.Lisboa:LNEC,1954.(CirculardeInformaçãoTécnicaCIT18).

[29] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) - Curso de especialização sobre isolamento térmico de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.

V.11 REVESTIMENTOSINTERIORESEMPAREDESETECTOS

V.11.1 PRINCÍPIOSGERAIS

V.11.1.1 Osrevestimentosinterioresdeparedesdevemobedeceraosrequisitosgeraisconsiderando-seaindaquedevemapresentarumdesempenhomelhoradoemrelaçãoaosedifícioscorrentesnosaspectosrelacionadoscomasegurança–segurançaaofogoesegurançanautilização–enosaspectosrelacionadoscom“Higiene,SaúdeeAmbiente”,porsetratardeedifíciosdestinadosaosextractosmaisvulneráveisdapopulação,emrelaçãoaosquaisestasquestõessepõemcomacuidadeaindamaiorquenocasogeral.

V.11.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.11.2.1 Osrevestimentosexterioresdasparedesdevemserdeclassedereacçãoaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2.(Segurançaaoincêndio).

V.11.2.2

V.11.2.3

Casoosrevestimentosexistentesnãoverifiquemorequisitoexpressononúmeroanterior devem ser substituídos por outros que os verifiquem, ou, se tal forinviável,sertomadasmedidasqueminimizemosriscos.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossível.

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V.11.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.11.3.1 Asegurançanautilizaçãoderevestimentosinterioresdeparedesconstituídospor massas aplicadas sobre o suporte (ex.: rebocos e estuques) ou porpeçascoladas (ex.: ladrilhos,azulejos,pedras)podeserpostaemcausapelodesprendimentodeplacasdematerialoudepeças.Assim,deveserverificadaaboaaderênciaaosuporte,querderebocos,estuquesprojectados,ououtrosrevestimentoscujamassapossaoriginarsituaçõesdeperigoparaquemcirculanasimediações,querdeladrilhosouplacasdepedracujaquedapossa,também,causarferimentos.

V.11.3.2

V.11.3.3 Os revestimentos interiores de paredes constituídos por massas aplicadassobre o suportedevemapresentaruma resistência de aderênciamédianãoinferiora0,3MPa,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificada in situpelafiscalização

V.11.3.4 As peças coladas, commassa significativa, dos revestimentos interiores deparedesdevemapresentaruma resistênciade aderênciamédianão inferiora0,5MPa,apósciclosmolhagem/secagem,aqualdevesercomprovadapelofornecedor.

V.11.3.5 Os revestimentos interiores de paredes aplicados em zonas baixas, emsituaçãode libertaremsubstânciasquepossamser ingeridas, intencionalouacidentalmente,pelosutilizadores,nãodevemcontersubstânciastóxicas.

V.11.3.6

V.11.3.7 Osfornecedoresdevemestaremcondiçõesdecomprovaressefacto,principal-mentenocasoderevestimentosorgânicos,maissusceptíveisaesserisco.

V.11.3.8

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatasehouversituaçõesderiscoeminente,devemsertomadasmedidasparaminimizaresserisco.

Nocasodesubstituiçãodosrevestimentos,paraosrevestimentosconstituídospormassasaplicadasconsidera-seadequadaumaresistênciadeaderênciamédiade,pelomenos,0,3MPa,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificadain situpelafiscalização.

Casoosrevestimentosexistentesapresentemindíciosdelibertaçãodessetipodesubstâncias,essacircunstânciadeveserverificadaatravésdeensaiose, sese comprovar, os revestimentosdevemser substituídosporoutros isentosdesubstânciastóxicas.

Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele, senãoforem imediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizarosriscosdesegurança(ex.: interditarosespaçosafectadosoucobriraszonasperigosasdasparedes).

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V.11.3.9 Osrevestimentosinterioresdaszonasdosparamentosmaisbaixasdasparedes(até1,50mdopavimento)nãodevemterarestasvivas–porexemplocertostiposdepainéisoudeplacas–nemrugosidadeouasperezaexcessiva–porexemplo pintura com tinta de areia ou acabamento rugoso de massas decimento–quepossacausarferimentosoudoremquemostocar,voluntáriaouinvoluntariamente.

V.11.3.10

V.11.3.11 Referências

[1,5,6,7,10,11,12,14]

V.11.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.11.4.1 Asparedesdascozinhas,dosespaçosparalavagemderoupaedasinstalaçõessanitárias,bemcomoasparedesdosespaçosdestinadosarecolhadelixo,devemser revestidascom lambrisdealturaadequadaànaturezadautilizaçãodoslocaisenãoinferiora2mnocasodascozinhasea1,50mnocasodosrestantesespaços,constituídospormateriais imputrescíveis, impermeáveisàágua,desuperfícieaparentelisaelaváveleresistentesàacçãodaáguaadicionadadedetergente.

Estesrevestimentosdevemserdecorclara.

As ligações entre os revestimentos de paredes e os pavimentos devem serconstituídasporrodapésarredondados,parafacilitaralimpeza.

V.11.4.2

V.11.4.3 Osacabamentosdasrestantesáreasdasparedesedostectosdascozinhaseinstalaçõessanitáriasdevemserdecoresclaraseterresistênciaadequadaàlavagemcomáguaadicionadadedetergente,àacçãodovapordeáguae,nocasodascozinhas,aindaàacçãodosvaporesgordurosos.

Seosrevestimentosexistentesnãoverificaremacondiçãoreferidanonúmeroanteriordevemserreparadosnumprazoconsideradorazoável.

Casonãoexistamesteslambrisounãoapresentemosrequisitosexigidos,deveproceder-seàsuaexecuçãonumprazorazoável.

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V.11.4.4

V.11.4.5 Referências

[6,11,19,20]

V.11.5 QUALIDADEDOARINTERIOR

V.11.5.1 Osrevestimentosinterioresdeparedesetectosnãodevemproduziremissõestóxicas ou poluentes para a atmosfera. Este risco pode existir em algunsrevestimentosorgânicosoucomcomponenteorgânica,ouemrevestimentoscomfibrasmuitofinasnasuaconstituição.

V.11.5.2

V.11.5.3

V.11.5.4 Osrevestimentosdaszonassuperioresdasparedesedostectosdezonasdeusogeralcolectivo(salasdeestar,salasderefeições,etc.)devempreferencialmenteter característicasdehigroscopicidadeque lhespermitamcontribuirparaoequilíbriohigrométricodoarinterior,exercendoalgumaacçãoreguladoradahumidadedoar.

V.11.5.5 Referências

[7,11,12]

V.11.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.11.6.1 Asoluçãodeparedeintegrandoosrespectivosrevestimentosdevecontribuirparaassegurarumisolamentotérmicoadequadodaenvolvente,deacordocomaseveridadedoclimadecadaregião,nosentidodegarantirboascondiçõesdeconfortono interior semnecessidadedegastos excessivos emaquecimento

Caso os acabamentos existentes não verifiquem estes requisitos devem serreabilitados,porexemploatravésdeumarepinturacomtintasdecaracterísticasapropriadas,numprazorazoável.

Seforemdetectadosindíciosdeemissõestóxicasoupoluentesparaaatmosferadosmateriaisusados,nomeadamentenocasode revestimentosorgânicosoucomcomponenteorgânica,ouemrevestimentoscomfibrasmuitofinasnasuaconstituição,deveprocurarverificar-seatravésdeensaiosessefacto;emcasodecomprovação,estesrevestimentosdevemsersubstituídosporoutrosisentosdesteproblema.

Estas substituições devem ser realizadas no mais curto prazo possível e, senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizarosriscosdesegurança(ex.:interditarosespaçosafectadosoucobriraszonasperigosasdasparedes).

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

ou em arrefecimento. Deve também ser garantida a correcção das pontestérmicas,demodoaminimizarascondensaçõesnointerior.

V.11.6.2 Parasatisfaçãodosobjectivosenunciadosnonúmeroanterior,pode-serecorrerasoluçõesdeisolamentotérmicopeloexterior,aisolamentonacaixadeardeparedesduplas,ouainda,nocasogeral,asoluçõesdeisolamentotérmicopelointerior,atravésderevestimentosinterioresadequados.Noentanto,considera-se que nos espaços de uso colectivo dos edifícios em causa as soluções deisolamento térmico pelo interior são dificilmente compatíveis com outrasexigênciasapontadas,comoaresistênciamecânicaearesistênciaàlavagem,peloqueserápreferíveloptarporoutrotipodesolução.

V.11.6.3

V.11.6.4 Referências

[2,15,16]

V.11.7 CONFORTOACÚSTICO

V.11.7.1 Os revestimentos interioresdasparedesentre salasdeusocolectivodevemcomplementaro isolamentoacústicoa sonsaéreosdessasparedesedevemcontribuir para a reduçãodo tempode reverberação.Os revestimentosdostectosdevemcontribuirparaareduçãodotempodereverberaçãoe,nocasodos revestimentos de tectos entre pisos, podem também contribuir para oisolamentoasonsdepercussão.

V.11.7.2

V.11.7.3 Referências

[3]

Eventuais deficiências de isolamento térmico da envolvente devem serconsideradasecorrigidasnaperspectivaglobaldaenvolventee,emparticular,daparede.

Caso os revestimentos existentes não tenhamas características expressas nonúmeroanterior, emespaçosonde tal originedesconforto significativo, deve-seanalisaraviabilidadedesubstituiçãodos revestimentosouamelhoriadascaracterísticasacústicas.

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V.11.8 CONFORTOVISUAL

V.11.8.1 Os revestimentoseacabamentos interioresdasparedesedos tectosdevemconferiraosrespectivosparamentosumasuperfícieregularedesempenada,semfissurasnemdefeitosaparentesdetectáveissobiluminaçãorasante.

V.11.8.2 Os acabamentos das paredes devem apresentar condições de planeza,verticalidade e esquadria tais que permitam o correcto posicionamento deequipamentosuspenso.

V.11.8.3

V.11.8.4 Os acabamentos das zonas correntes das paredes e dos tectos devemproporcionarambientesclarosefavorecerautilizaçãodeiluminaçãonatural.

V.11.8.5

V.11.8.6 Referências

[14]

V.11.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.11.9.1 Os revestimentos interiores de paredes e tectos devem ser compatíveiscomanaturezaea constituiçãodos respectivos suportes edevem terumadurabilidade elevada, exigindo apenas operações periódicas demanutençãoligeira. Os revestimentos predominantementeminerais oferecem, em geral,durabilidademaiselevada,peloquedevemserusadospreferencialmente.

V.11.9.2 Osparamentosinterioresdasparedesdesalasdeusocolectivoedeespaçosdecirculaçãodevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaecompatívelcomouso,peranteacçõesdeabrasão,riscagem,choqueeoutrasdecorrentesdautilizaçãodessesespaços.Nessesentido,semprequeosrevestimentosnãosatisfaçamporsisósataisexigências,essasparedesdevemserrevestidas,atéumaalturamínimade1,50m,comlambris(oucombarrasdeprotecçãoemfunçãodomobiliárioexistente)decaracterísticasadequadas.

Anãoverificaçãodorequisitoexpressononúmeroanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonasparedes;noentanto,deveserconsideradaaviabilidadedecorrigirosdefeitosderegularidadeedesempenodorevestimento,se,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodoedifício.

Anãoverificaçãodorequisitoexpressononúmeroanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonasparedes;noentanto,deveserconsideradaapossibilidadedeumarepinturacomcoresclarasse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodoedifício.

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V.11.9.3 Naszonasdecirculaçãoasarestasdasparedesdevemserprotegidascomperfisadequadosembebidosnorevestimentoouacabamento,semprequeoprópriorevestimentoouacabamentonãoasseguresuficienteresistênciaaacçõesdechoquenessespontos.

V.11.9.4 Os revestimentoseacabamentos interioresdasparedesedos tectosdevemconferiraosrespectivosparamentosumasuperfíciesemrugosidadeacentuadaepoucoabsorvente,deformaanãofavoreceraretençãodepoeiraseanãodificultaralimpezadosparamentos.

V.11.9.5 Osrevestimentosinterioresdeparedesdevemterumaresistênciaàlavagemcomáguaedetergenteadequadaàsuautilização,nomeadamentenoquedizrespeitoaoslambris.

V.11.9.6 Oslambrisdascozinhasdevemaindaserresistentesàacçãodasgorduras.

V.11.9.7

V.11.9.8 Referências

[20,21]

V.11.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.11.10.1 A avaliação da conformidade dos revestimentos interiores de paredes podeser realizadapor ensaio e/oupor inspecção (quando se tratada verificaçãode requisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoque respeitaaoaspecto).

V.11.10.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

V.11.10.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveisde desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentes

Casoseobservemindíciosdedurabilidadereduzida,nomeadamenteemrelaçãoaosaspectosreferidosnosnúmerosanteriores,taldevesertidoemcontanosPlanosdeManutençãoperiódicaa implementar,estabelecendoperiodicidadesreduzidasdasacçõesdemanutençãoeconsiderandoapossibilidadede subs-tituiçãodosrevestimentosexistentesporsoluçõesmaisduráveisse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodoedifício.

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RecomendaçõesTécnicaspressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentes trabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.

V.11.11 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS

V.11.11.1 Semprejuízo da satisfação do disposto emV.11.10, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosenunciadosdeV.11.1aV.11.9asseguintessoluçõesde revestimentos interiores de paredes e tectos de edifícios de construçãotradicional:

a) Acabamentosdeparedesemgeral:revestimentostradicionaisdeligantesminerais(argamassasdecimentoeareia,ou,preferivelmente,decimento,cal e areia, aplicadas em duas camadas, complementadas com umguarnecimentodemassadeareiaoudeestuquedegesso)epinturacomtintadeemulsãoaquosacombaseempolímero sintéticonão-exturada(tintadeágua)ou,ainda,compapeldeparedelavável;

b) Lambris em cozinhas, instalações sanitárias e outros espaços de usocomum:azulejosdefaiançafina,ouladrilhosdegréscerâmico,ou,ainda,sistemas de pintura de dois componentes, preferencialmente de baseepoxídica,sobrerevestimentosdeligantesminerais;

c) Lambrisemcomunicações:marmoritepolida,ladrilhosdetipocerâmico,betãoàvistapintadoouenvernizado(desdeque,nestecaso,atintaouoverniztenhamcaracterísticasderesistênciaedurabilidadeapropriadas);

d) Tectosdeespaçossecos:revestimentostradicionaisdeligantesminerais(argamassas de cimento e areia, ou, preferivelmente, de cimento, cal eareia,aplicadasemduascamadas,complementadascomumestuquedegesso)eacabamentocomtintadeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticonãotexturada(tintadeágua);

e) Tectosdeespaçoshúmidos:revestimentostradicionaisdeligantesminerais(argamassasdecimentoeareia,ou,preferivelmente,decimento,caleareia,aplicadasemduascamadas,complementadascomumguarnecimentodemassade areia ou comumestuquede gesso) e acabamentofinal comtintaepoxídicaoudeesmalte,resistentesaovapordeáguae,nocasodascozinhas,avaporesgordurosos.

V.11.11.2 Em relação às soluções referidasnonúmero anterior, as argamassas ausardevemserbemdoseadas,deformaateremboaaderência,masserempoucosusceptíveisàfendilhaçãoebastantedeformáveis.Acolagemdosazulejosou

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ladrilhosdevegarantirboaaderênciaaosuporte,mastertambémelasticidadesuficienteparanãoprovocarfendilhação.Osacabamentosporpinturadevemterboaaderênciaeboadurabilidade.

V.11.11.3 SemprejuízodasatisfaçãododispostoemV.11.10,admite-sequecumpramosrequisitosenunciadosdeV.11.1aV.11.9asseguintessoluçõesnão-tradicionaisderevestimentosinterioresdeparedesetectos:

a) Revestimentos pré-doseados de ligante mineral sem pigmentação namassacomplementadoscomestuquetradicionaldegessooucomestuquesintéticoeacabadoscomtintasdeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticonão-texturadas(tintasdeágua);

b) Estuques de gesso pré-doseados, aplicáveis por projecção directamentesobreosuporte,acabadoscomtintasdeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticonão-texturadas(tintasdeágua).

V.11.11.4

V.11.12 REFERÊNCIAS

Regulamentos

[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[3] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

NormaseEspecificações

[4] NP56:1963–Assentamento de azulejos e ladrilhos.Lisboa:IPQ.

Nocasodosrevestimentosexistentesaadequaçãoaousodassoluçõesadoptadospodetambémseravaliadapeladurabilidadeebomdesempenhodemonstradosduranteoperíododeutilizaçãojádecorrido.

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[5] EN 12004: 2001/A1: 2002 – Adhesives for tiles. Definitions and specifications.Brussels:CEN.

[6] EN 14411: 2003 – Ceramic tiles. Definitions, classification, characteristics and marking (ISO 13006: 1998 alterada).Brussels:CEN.

[7] EN998-1: 2003–Specification for mortars for masonry. Part 1: Rendering and plastering mortar.Brussels:CEN.

[8] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.

[9] EN13279-1:2005–Gypsum binders and gypsum plasters. Part 1: Definitions and requirements.Brussels:CEN.

[10] EN 13914-2: 2005 –Design, preparation and application of external rendering and internal plastering – Part 2: Design considerations and essential principles for internal plastering.Brussels:CEN.

[11] NP4378:1999–Tintas e vernizes. Tintas aquosas lisas para paredes interiores de edifícios.Classificaçãoeespecificação.Lisboa:IPQ.

[12] EN233: 1989–Wallcoverings in roll form. Specification for finished wallpapers, wall vinyls and plastics wallcoverings.Brussels:CEN.

Outradocumentaçãotécnica

[13] LUCAS,J.A.Carvalho–Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou de betão.Lisboa:LNEC1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE24)

[14] LUCAS,J.A.Carvalho–Exigências funcionais de revestimentos de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE25)

[15] PAIVA,J.Vasconcelos–Medidas de reabilitação energética em edifícios.Lisboa:LNEC,2000.(ComunicaçãoCOM73).

[16] SANTOS, C. Pina dos;MATIAS, LUIS–Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios. Versão actualizada 2006. Lisboa: LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).

[17] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Revestimentos em edifícios recentes.Lisboa:LNEC,2004.(CadernosEdifíciosCAD3).

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[18] EUSÉBIO, M. Isabel - Durabilidade de tintas plásticas. Lisboa: LNEC, 1985.(InformaçãoTécnicadeMateriaisdeConstruçãoITMC2).

[19] LUCAS, J. A. Carvalho – Revestimentos de ligantes sintéticos para paramentos interiores de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE27).

[20] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos pré-doseados de gesso para paramentos interiores de paredes.Lisboa:LNEC,Julhode1995.(Relatório196/95-NCCt).

Informaçãotécnicacomplementar

[21] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos pré-doseados de ligante mineral com base em cimento.Lisboa:LNEC,Outubrode1995.(Relatório289/95-NCCt).

[22] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre revestimentos de paredes – 1.º módulo.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS15).

[23] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre tintas, vernizes e revestimentos por pintura para a construção civil.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS14).

[24] EUSÉBIO,M.Isabel–Tintas. Características dos constituintes e da película seca.Lisboa:LNEC,1985.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC3).

[25] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc) –Directivas Comuns UEAtc para a homologação de revestimentos delgados de massas plásticas para paredes. Lisboa : LNEC, 1978.(TraduçãoT701).

[26] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Consultas e respostas n.º 2 - Manchas em tijolos de revestimento de paredes.Lisboa :LNEC,1956.(CircularesdeInformaçãoTécnicaCIT21).

[27] LUCAS, J. A. Carvalho; ABREU, Miguel – Revestimentos cerâmicos colados. Descolamentos.Lisboa:LNEC,2005.(InformaçãoTécnicaPatologiaeReabilitaçãodasConstruçõesITPRC4).

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[28] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Manchas de vegetação parasitária em paramentos rebocados de alvenaria.Lisboa:LNEC,1954.(CircularesdeInformaçãoTécnicaCIT18).

[29] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre isolamento térmico de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.

V.12 REVESTIMENTOSEMPISOSERODAPÉS

V.12.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.12.1.1 Sempre que o revestimento de piso desempenhe simultaneamente funçõesresistentes,deveproceder-seàverificação,porviaanalíticaouexperimental,darespectivaestabilidadeeresistênciaestrutural,paraasdiversascombinaçõesdeacçõessusceptíveisdeintervirduranteasuavidaútil.

V.12.1.2

V.12.1.3 Naverificaçãoporviaanalítica,calcula-seoníveldesegurançaemrelaçãoaosestados limitesoupelométododas tensõesadmissíveis, tendoemcontaascaracterísticasdoscomponentesedosmateriaisconstituintesdopavimento.Asacçõesaconsiderarnaverificaçãoanalíticadoníveldesegurançasãoasacções estáticas (acções permanentes, sobrecargas, acções térmicas, etc.) edinâmicas(acçõesacidentais,acçãodovento,etc.)queseencontramdefinidasnaregulamentaçãonacional.Devemserapresentadoscálculosjustificativosdasoluçãoadoptada.

V.12.1.4 A verificação experimental do nível de segurança do pavimento pode serefectuadasubmetendoumprotótipodomesmoaacçõesdeflexãoedechoqueparaverificaçãodaresistênciamecânicaedeformabilidade.

V.12.1.5 Referências

[1,2,3]

V.12.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.12.2.1 Osrevestimentosdepiso interioresdevemserdeclassedereacçãoao fogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,de

Casoorevestimento,notodoouemparte,apresenteumestadodedegradaçãoquecomprometaassuasfunçõesresistentes,devesersubstituídoporoutrocomcaracterísticasidênticasdemodoasatisfazerasexigênciasreferidasnonúmeroanterior.

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modoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2.(Segurançaaoincêndio).

V.12.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.12.3.1 Os pisos interiores não devem apresentar desvios de horizontalidade, nemdeformações de carácter geral ou localizado que prejudiquem a circulaçãodosutilizadores;essesdesviosedeformaçõestambémnãodevemimpediroudificultarocorrectoposicionamentodoequipamentoedomobiliário.

V.12.3.2 Relativamenteàplanezadopisodevedistinguir-seaplanezageraldaplanezalocal, sendo esta última relevante, não só para evitar desnivelamentosincompatíveiscomomobiliário,comotambémparaoconfortovisual.

V.12.3.3 A verificação da planeza local deve ser efectuadamediante amedição dosdesviosmáximosconstatadossobosbordosdumaréguarígidacolocadasobreorevestimentoemtodasasdirecções.Essesdesviosdevemser inferioresouiguaisaosvaloresindicadosnoquadroseguinte.

V.12.3.4

V.12.3.5 Ainclinaçãomáximaadmissíveldasuperfíciedopisoemrelaçãoàhorizontaldeveserinferiorouiguala2%,exceptoemcirculaçõesemrampa.

V.12.3.6

V.12.3.7 Os revestimentos de piso devem proporcionar condições satisfatórias desegurança à circulação dos utilizadores, não devendo ser escorregadios,particularmente no caso de comunicações horizontais, átrios de entrada elocaishúmidos,nomeadamentecozinhas,instalaçõessanitáriasoubalneários.

Comprimentodarégua(m) 2 1 0,6 0,2

Desviosmáximos(mm) 5 3 2 1

Caso os revestimentos apresentem desvios da planeza local superiores aoslimitesindicadosnonúmeroanteriorérecomendávelqueseprocedaatrabalhosdecorrecçãogeraloulocalizadadessasanomalias.Seessesdesviosexcederemodobrodosindicadosnoquadrodeveproceder-seàreparaçãodorevestimento.

Seosrevestimentosdepisoapresentaremvaloresdeinclinaçãosuperioresaosreferidosrecomenda-sequeseanalisemosriscosdeescorregamentotendoemcontaotipoderevestimento.

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V.12.3.8 Paraefeitodonúmeroanterior,ocoeficientedeatritodosrevestimentosdepiso,quandodeterminadoscomrecursoaoensaiocomopêndulodeStanley,devesersuperiorouiguala0,40.

V.12.3.9 Osrevestimentosautilizaremzonashúmidasdevemsatisfazeraodispostononúmeroanteriormesmoquandoensaiadoscomasuperfíciemolhada.

V.12.3.10

V.12.3.11 Os revestimentos de piso não devem apresentar ressaltos ou rebaixos emsuperfíciecorrente.Nocasodesoleirasdevãos, senão forpossívelevitaraexistênciaderessaltosourebaixosdepiso,aalturadestesnãodeveexcederosseguintesvalores:

- Soleiras de portas de patamar e de vãos abrindo para varandas ououtras:0,02m.

V.12.3.12

V.12.3.13 Referências

[1,4,5,6]

V.12.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA

V.12.4.1 Noscasosemqueosrevestimentossejamaplicadosempisostérreossujeitosahumidadeascendente,osmateriaisconstituintesdosrevestimentoseacolaeventualmente usada na respectiva aplicação devem apresentar reduzidasensibilidadeàacçãodaáguaou,casotalnãoseverifique,devemadoptar-sedisposiçõesconstrutivasqueimpeçamoacessodareferidahumidade.

V.12.4.2 Noscasosemqueosrevestimentosdepisosejamaplicadosempavimentossobrelocaisondepossamviraserproduzidaselevadasquantidadesdevapor,devem prever-se barreiras pára-vapor que impeçam a humidade de atingir,querorevestimento,querorespectivoplanodecolagem,seforcasodisso.

É recomendável que os revestimentos de piso cumpram as exigências atrásespecificadasemrelaçãoaocoeficientedeatrito.Semprequeovalordocoeficientedeatritosejainferiora0,35deveproceder-seàsubstituiçãodorevestimentodepisoouàrealizaçãodetrabalhosquepermitamalteraraquelacaracterísticadorevestimentodemodoaaumentarocoeficientedeatrito

É recomendável que os revestimentos de piso não apresentem ressaltos ourebaixosemsuperfíciecorrente.Nocasodesoleirasdevãos,senãoforpossívelevitaraexistênciaderessaltosourebaixosdepiso,érecomendávelqueaalturadestesnãoexcedaosseguintesvalores:

- Soleirasdeportasdepatamaredevãosabrindoparavarandasououtras:0,02m.

Se os revestimentos apresentarem desníveis superiores aos preconizados nonúmero anterior é recomendável que se proceda a trabalhos de reparação,eventualmente localizados, que permitam eliminar o risco de queda dosutilizadores.

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V.12.4.3 Nocasodeaplicaçãoderevestimentosdepisoemlocaishúmidosoulocaisondeapresençadeáguasobreopisopossatercarácterpermanenteou,pelomenos,prolongado,devemserasseguradascondiçõesdeestanquidadeadequadasdemodoaimpedirainfiltraçãodaáguaatravésdopavimento.

V.12.4.4 A aplicação de um revestimento de piso não estanque num local em quea presença de água sobre o pavimento possa ter carácter permanente ouprolongado (ex. cozinhas industriais, instalações sanitárias colectivas, etc.),obriga à execução de uma camada de impermeabilização que garanta aadequada estanquidade do pavimento. Nestas circunstâncias deve aindagarantir-seque, tantoo revestimentodepiso, comoosmateriaisusadosnarespectivaaplicaçãoemobra,sejaminsensíveisàacçãodaágua.

V.12.4.5

V.12.4.6 Referências [7]

V.12.5 QUALIDADEDOARINTERIOR

V.12.5.1 Osmateriaisutilizadosemrevestimentosdepisonãodevemlibertarsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadoresoususceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.

V.12.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.12.6.1 A temperatura superficial dos revestimentos, em especial nos casos depavimentossobreespaçosabertos,devemanter-seacimadumnívelmínimoadmissíveldemodoaevitaracriaçãodecondiçõesdedesconfortotérmicoe,adicionalmente,reduziroriscodecondensaçõessuperficiaisquepossamafectarasegurançanacirculaçãoeadurabilidadedosprópriosrevestimentos.

V.12.6.2 Para cumprimento do objectivo enunciado no número anterior, em locaishúmidos–temperaturaehumidadedoarinteriorde20°Ce70%HR–atempe-

Se devido à falta de estanquidade do pavimento ocorrerem infiltrações noscompartimentossubjacentes,deveproceder-seàsubstituiçãodorevestimentode piso procedendo à realização dos trabalhos necessários para garantir aestanquidade.

É recomendável que o pavimento, incluindo os respectivos revestimentos,assegureumisolamentosonoroadequado,querquantoàtransmissãoderuídosaéreos,querquantoàtransmissãoderuídosdepercussão(verIV.8–Confortoacústico).

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raturasuperficialdosrevestimentosdepisodevesersuperiorouiguala12°Ceemlocaissecos–temperaturaehumidadedoarinteriorde20°Ce40%HR–devesersuperiorouiguala10°C.

V.12.6.3 Nos locaisondeseverificaapermanênciadosutilizadoresduranteperíodosprolongados devem prever-se soluções construtivas que, pelas suas características,nãopossamcausarincomodidadeemconsequênciadoarrefecimentodospés.

V.12.6.4

V.12.6.5 Noslocaisquedisponhamdesistemasdeaquecimentointegradonopavimento,devemprever-sedispositivosderegulaçãoqueasseguremqueatemperaturasuperficialdorevestimentodepisosemantenhaemvaloresnãosuperioresa26°C.

V.12.6.6 Referências

[1]

V.12.7 CONFORTOACÚSTICO

V.12.7.1 O pavimento, incluindo os respectivos revestimentos, deve assegurar umisolamento sonoro adequado, quer quanto à transmissão de ruídos aéreos,querquantoàtransmissãoderuídosdepercussão

(verIV.8–Confortoacústico).

V.12.8 CONFORTOVISUAL

V.12.8.1 Osrevestimentosdepisonãodevemapresentaràsuperfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.

V.12.8.2 Nocasodosrevestimentoscomercializadosem ladrilhos,apósaplicaçãoemobra,osdesviosmáximosadmissíveisdasarestasdestes,relativamenteaumalinhamédiadefinidaaolongodajunta,nãodevemexceder5mm.

Semprequeseprocedaaobrasderemodelaçãoprofundadeveassegurar-seasatisfaçãodestasexigências.

É recomendável que o pavimento, incluindo os respectivos revestimentos,assegureumisolamentosonoroadequado,querquantoàtransmissãoderuídosaéreos,querquantoàtransmissãoderuídosdepercussão(verIV.8–Confortoacústico).

Semprequeseprocedaaobrasderemodelaçãoprofundadeveassegurar-seasatisfaçãodestasexigências.

É recomendável que os revestimentos de piso não apresentem à superfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.

Nos casos em que estas anomalias sejam significativas devem procurar-sesoluçõesdereparaçãolocalizada.

É recomendável que os revestimentos comercializados em ladrilhos, apósaplicaçãoemobra,nãoapresentemdesviosdasarestas, relativamenteaumalinhamédiadefinidaaolongodajunta,queexcedam5mm.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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V.12.8.3 Osrevestimentosdepisodevemapresentarcoloraçãouniforme.

V.12.8.4 Osrevestimentosdepisodevemapresentarbrilhouniforme.

V.12.8.5 Referências [1,10,11]

V.12.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.12.9.1 Osrevestimentosdepisodevemsercompatíveiscomanaturezaeaconstituiçãodosrespectivossuportes.

V.12.9.2 Ascolaseventualmenteutilizadasnaaplicaçãodosrevestimentosdevemsercompatíveiscomosmesmos.

V.12.9.3 Os revestimentos de piso devem apresentar resistência e durabilidadesatisfatórias,faceàsacçõesaque,emfunçãodoslocaisondesejamaplicados,possamficarsujeitos.Ascaracterísticasfuncionaisque,destepontodevista,condicionarãoadurabilidadedosrevestimentossão:aresistênciamecânicaaodesgasteeàacçãodecargaspontuais,eocomportamentofaceàpresençadaáguaeàacçãodosprodutosquímicosempregues,quernousocorrentedoslocais,quernasrespectivasoperaçõesdelimpeza.

V.12.9.4 Osrevestimentosdepisodevemapresentarcaracterísticastaisquepermitama fácil manutenção do seu estado de limpeza sem recurso a técnicas ouequipamentosespeciais.

V.12.9.5 Noslocaisondeseprevejaanecessidadededesinfecçãodospisos(ex.:gabinetedesaúde),devemaplicar-serevestimentosquesejaminsensíveisàacçãodosprodutosutilizadosemtaisoperações.

V.12.9.6 Asbasesdasparedesconfinantesdosdiferentesespaçosdosedifíciosdevemserprotegidascomrodapés,semprequeosrevestimentosdasparedesnessaszonas não apresentem resistência mecânica satisfatória perante acções deabrasão, riscagem e choque e outras decorrentes, quer da circulação dosutilizadores,querdasoperaçõesdelimpezadessesespaços.

Érecomendávelqueosrevestimentosdepisoapresentemcoloraçãouniforme.Semprequeseregistemvariaçõessignificativasdecoloraçãodeveprocurar-secorrigirestaanomalia.

Érecomendávelqueosrevestimentosdepisoapresentembrilhouniforme.

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V.12.9.7 Os revestimentos de piso resilientes ou laminados devem assegurar umadurabilidadenãoinferiora10anos,deacordocomoscritériosdefinidosnasnormaseuropeias aplicáveis. Paragarantir essadurabilidade, osmateriais autilizarnoslocaisdepermanênciaouderepousodosutilizadoresdevemserpelomenos das classes de resistência ao uso 33 ou 32 consoante esteja ounãoprevistoousodecadeirasoudeoutromobiliáriocomrodas.Emzonasdecirculaçãodevemprever-serevestimentosdaclassederesistênciaaouso34.

V.12.9.8 Osmateriais de revestimentodepiso resilientesou laminadosa aplicar emzonas húmidas devem ser fornecidos em rolo e apresentar característicastais que possibilitem a soldadura das juntas entre peças contíguas. Nocasode zonasonde sejaprevisível apermanênciadeágua sobreopisoporperíodos prolongados (ex.: instalações sanitárias colectivas, balneários,cozinhas industriais,etc.)devemaindaadoptar-se,naexecuçãodosrematesdorevestimentocomoselementosemergentes,disposiçõesconstrutivasqueasseguremarespectivaestanquidadeàágua(ex.:executandooprolongamentodorevestimentodemodoarevestirasuperfíciedoelementoconfinanteatécercade0,20macimadacotadopisoacabadoecalafetandosuperiormenteesserematedemodoaimpedirapenetraçãodeáguaqueeventualmentepossaescorrerpeloparamentovertical).

V.12.9.9 Os revestimentos de piso de madeira ou com base em madeira devemapresentarumperíododevidaútilnãoinferiora25anosdeacordocomoscritériosdefinidosnasnormaseuropeiasaplicáveis.Asespéciesdemadeiraautilizarnestesrevestimentosdevemapresentarelevadadurezaeestabilidadedimensionaladequada.

V.12.9.10 Os revestimentos deplacas depedra e os revestimentos cerâmicos ou combaseem liganteshidráulicosdevemapresentarumperíododevidaútilnãoinferiora25anosdeacordocomoscritériosdefinidosnasnormaseuropeiasaplicáveis.Quandoaplicadosemlocaisqueprevisivelmentepossamviraestarhúmidos,osrevestimentosemquestãodevemapresentarsuficienteresistênciaaoescorregamento,porrazõesdesegurançanautilização.

V.12.9.11 Referências

[14]

V.12.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.12.10.1 A avaliação da conformidade dos revestimentos e acabamentos em pisos erodapéspodeser realizadaporensaioseoupor inspecção (quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.12.10.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

V.12.10.3 AmarcaçãoCEouaaprovaçãotécnicaderevestimentocomníveisdedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãonouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdaverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensaras verificações inerentesà suaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficiente execução dos correspondentes trabalhos pode comprometer odesempenhodorevestimento.

V.12.11 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS

V.12.11.1 Semprejuízoda satisfaçãododisposto emV.12.10, admite-seque cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.12.1aV.12.9asseguintessoluçõesderevestimentoseacabamentosempisos:

a) Emzonassecascomlimpezaporviaseca:- Soalho executado com réguas de madeira maciça ou com réguas

de madeira colada, com largura máxima de 100 mm, encerado ouenvernizado;

- Parquete de tacos de carvalho, de pinho ou azinho, encerado ouenvernizado;

- Parquete-mosaico de pinho, de azinhooude eucalipto, enceradoouenvernizado;

- Ladrilhos de aglomerado de cortiça (com espessura de 5 mm, pelomenos);

- Revestimentosdelinóleoemladrilhosouemrolos;- Revestimentosvinílicosemladrilhos;- Revestimentoscombaseemborrachaemladrilhosouemrolos;- Revestimentoslaminados(tipoflutuante).

b) Emzonassecascomlimpezaporviahúmidaouemzonashúmidas:- Revestimentosvinílicosemrolosaplicadoscomjuntassoldadas;- Revestimentoscombaseemborracha,emrolos,aplicadoscomjuntas

soldadas;- Tijoleira cerâmica ou, preferencialmente, ladrilhos cerâmicos

prensados,consoanteotipodeutilizaçãodolocal;

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- Ladrilhoshidráulicosdegranuladooudepasta;- Marmorite;- Revestimentos de placas de pedra obtidas de rochas eruptivas ou

metamórficascomcaracterísticasadequadas.

c) Emespaçosdeusocomum:- Betonilhadecimentocompigmentoafagadaequeimadaàcolher;- Marmorite;- Ladrilhoshidráulicosdegranuladooudepasta;- Ladrilhosdegréscerâmico;- Betãobetuminoso;- Calçadadevidraçocomjuntasargamassadas.

V.12.11.2 Semprejuízoda satisfaçãododisposto emV.12.10, admite-seque cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.12.1aV.12.9asseguintessoluçõesderodapés:

a) Emzonassecas:rodapédemadeiradepinhoouréguadeaglomeradodecortiçacoladacontraaparede;

b) Emzonashúmidas(cozinha,espaçosparalavagemderoupaeinstalaçõessanitárias):rodapédematerialidênticoaodorevestimentodepiso;

c) Emespaçosdeusocomum:rodapédematerialidênticoaodorevestimentodepiso.

V.12.11.3 As soleiras das portas de entrada dos edifícios devem ser de pedra comcaracterísticasadequadas.

V.12.12 REFERÊNCIAS

[1] SYNDICATD’ÉTUDESINTERINDUSTRIES,CONSTRUCTION(IC-IB)–Guide des performances du bâtiment. Vol. 5: Planchers et escaliers.Bruxelles:IC-IB,1980.

[2] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc) –Directivas Comuns UEAtc para a homologação de pavimentos não tradicionais de betão armado ou pré-esforçado. Lisboa : LNEC,Junhode1968.

[3] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[4] CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUEDE LA CONSTRUCTION (CSTC) –Écarts admissibles sur les dimensions.Bruxelles,CSTC,1979.(Noted’InformationTechnique127).

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

[5] NASCIMENTO,José–Bases de assentamento de revestimentos de pisos resilientes.Lisboa:LNEC,1995.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE38).

[6] FEDERATIONNATIONALEDUBATIMENT–Règles professionnelles de préparation des supports courants en vue de la pose de revêtements de sols minces.Paris:Sociétéd’EditionduBâtimentsetdesTravauxPublics,Janvier1976.

[7] UNIONEUROPÉENNEPOURL’AGRÉMENTTECHNIQUEDANSLACONSTRUCTION(UEAtc)–Directivas Comuns UEATc para a homologação de revestimentos delgados de piso.Lisboa:LNEC,1974.(TraduçãoT566).

[8] DECRETO-LEIn.º379/97,de27deDezembro–Regulamento que estabelece as condi ções de segurança a observar na localização, implantação, concepção e organização funcional dos espaços de jogo e recreio, respectivo equipamento e superfícies de impacte.

[9] NPEN1177-1:1998–Superfícies amortecedores de impacto para espaços de jogo e recreio – Requisitos de segurança e método de ensaio.Lisboa:IPQ.

[10] AMERICANSOCIETYFORTESTINGANDMATERIALS(ASTM)–Color differences of opaque materials.(ASTMD2244-79).

[11] AMERICANSOCIETYFORTESTINGANDMATERIALS(ASTM)–Standard Test Method for specular gloss.(ASTMD523-80).

[12] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.

[13] HENN,Walter–Les revêtements des sols.Paris:Dunod,1967.

[14] NASCIMENTO,JoséM.–Classificação funcional dos revestimentos de piso e dos locais. Classificação “UPEC” e “GWs”.Lisboa :LNEC,1991.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE29).

[15] BAYON,René–Sols industriels.Paris:Eyrolles,1971.

[16] NPEN12103: 1999–Revestimentos de piso resilientes. Forros de aglomerado de cortiça.Especificação.Lisboa:IPQ.

[17] NPEN12466:1999–Revestimentos de piso resilientes.Vocabulário.Lisboa:IPQ.

[18] NPEN14085:2003–Revestimentos de piso resilientes. Especificação dos painéis de revestimento de piso para instalação flutuante.Lisboa:IPQ.

Page 252: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

[19] NPEN1817:1999–Revestimentos de piso resilientes. Especificações dos revestimentos de piso lisos, homogéneos e heterogéneos, de borracha.Lisboa:IPQ.

[20] NP EN 655: 1997 – Revestimentos de piso resilientes. Ladrilhos de aglomerado composto de cortiça com camada de uso em policloreto de vinilo. Especificações.Lisboa:IPQ.

[21] EN13413:2001–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings on a filled fibrous backing. Specification.Brussels:CEN.

[22] EN13553:2002–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings for use in special wet areas. Specification.Brussels:CEN.

[23] EN 14521: 2004 –Resilient floor coverings. Specification for smooth rubber floor coverings with or without foam backing with a decorative layer.Brussels:CEN.

[24] EN 14565: 2004–Resilient floor coverings. Floor coverings based upon synthetic thermoplastic polymers. Specification.Brussels:CEN.

[25] EN 548: 2004 – Resilient floor coverings. Specification for plain and decorative linoleum.Brussels:CEN.

[26] EN649:1996/A1:2003–Resilient floor coverings. Homogeneous and heterogeneous polyvinyl chloride floor coverings. Specification.Brussels:CEN.

[27] EN650:1996–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings on jute backing or on polyester felt backing or on polyester felt with polyvinyl chloride backing. Specification.Brussels:CEN.

[28] EN651:1996/A1:2003–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings with foam layer. Specification.Brussels:CEN.

[29] EN652:1996–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings with cork-based backing. Specification.Brussels:CEN.

[30] EN653: 1996–Resilient floor coverings. Expanded (cushioned) polyvinyl chloride floor coverings. Specification.Brussels:CEN.

[31] EN654:1996/A1:2003–Resilient floor coverings. Semi-flexible polyvinyl chloride tiles. Specification.Brussels:CEN.

[32] EN 686: 1997 – Resilient floor coverings. Specification for plain and decorative linoleum on a foam backing.Brussels:CEN.

[33] EN687:1997–Resilient floor coverings. Specification for plain and decorative linoleum on a corkment backing.Brussels:CEN.

Page 253: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

[34] EN688:1997–Resilient floor coverings. Specification for corklineum.Brussels:CEN.

[35] EN13226:2002–Wood flooring. Solid parquet elements with grooves and/or tongues.Brussels:CEN.

[36] EN13227:2002–Wood flooring. Solid lamparquet products.Brussels:CEN.

[37] EN13228:2002–Wood flooring. Solid wood overlay flooring elements including blocks with an interlocking system.Brussels:CEN.

[38] EN13488:2002–Wood flooring. Mosaic parquet elements.Brussels:CEN.

[39] EN13489:2002–Wood flooring. Multi-layer parquet elements.Brussels:CEN.

[40] EN13629:2002–Wood flooring. Solid pre-assembled hardwood board.Brussels:CEN.

[41] EN13756:2002–Wood flooring. Terminology.Brussels:CEN.

[42] EN13990:2004–Wood flooring. Solid softwood floor boards.Brussels:CEN.

[43] EN 14342: 2005 – Wood flooring. Characteristics, evaluation of conformity and marking.Brussels:CEN.

V.13 REVESTIMENTOSEMESCADASERAMPAS

V.13.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.13.1.1 Sempre que o revestimento do cobertor dos degraus desempenhe simul-taneamentefunçõesresistentes,deveproceder-seàverificaçãodarespectivaestabilidadeeresistênciaestrutural,paraasdiversascombinaçõesdeacçõessusceptíveisdeintervirduranteasuavidaútil.

V.13.1.2

V.13.1.3 Essaverificaçãopodeserfeitaporviaanalítica,calculandooníveldesegurançaemrelaçãoaosestadoslimites,oupelométododastensõesadmissíveis,tendoem conta as características dos componentes e dosmateriais constituintes

Casoorevestimento,notodoouemparte,apresenteumestadodedegradaçãoquecomprometaassuasfunçõesresistentes,devesersubstituídoporoutrocomcaracterísticasidênticasdemodoasatisfazerasexigênciasreferidasnonúmeroanterior.

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do pavimento. As acções a considerar na verificação analítica do nível desegurançasãoasacçõesestáticas (acçõespermanentes,sobrecargas,acçõestérmicas, etc.) e dinâmicas (acções acidentais, acção do vento, etc.) que seencontram definidas na regulamentação nacional. Devem ser apresentadoscálculosjustificativosdasoluçãoadoptada.

V.13.1.4 Referências

[1,2,3]

V.13.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.13.2.1 Os revestimentosdos lanços, patamares epatinsdas escadas edas rampasinterioresdevemsatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.13.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.13.3.1 Os acabamentos dos lanços, patamares e patins das escadas e das rampasdevem proporcionar condições satisfatórias de segurança na circulaçãodosutilizadores, paraoquenãodevemser escorregadios;nessamedida, oscobertoresdosdegrausdasescadascomacabamentodevemserprovidosdefaixasantiderrapantesedecorcontrastante.

V.13.3.2 Ocoeficientedeatritodosrevestimentos,quandodeterminadocomrecursoaoensaiocomopêndulodeStanley,devesersuperiorouiguala0,40.

V.13.3.3 Osrevestimentosautilizaremzonashúmidasdevemsatisfazeraodispostononúmeroanteriormesmoquandoensaiadoscomasuperfíciemolhada.

V.13.3.4 Referências

[1,4]

V.13.4 QUALIDADEDOARINTERIOR

V.13.4.1 Osmateriaisutilizadosemrevestimentosdeescadasederampasnãodevemlibertarsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadoresoususceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.

V.13.5 CONFORTOVISUAL

V.13.5.1 Os revestimentos de escadas e rampas não devem apresentar à superfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.

Érecomendávelqueosmateriaisutilizadosemrevestimentosdeescadaserampasnãolibertemsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadores,devendosersubstituídosseassubstânciasemitidasforemsusceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.

Érecomendávelqueosrevestimentosdeescadaserampasnãoapresentemàsuperfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.13.5.2 Osrevestimentosdepisodasescadaserampasdevemapresentarcoloraçãouniforme.

V.13.5.3 Osrevestimentosdepisodasescadasedasrampasdevemapresentarbrilhouniforme.

V.13.5.4 Referências

[1,5,6]

V.13.6 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.13.6.1 Osacabamentosdoslanços,patamaresepatinsdasescadasedasrampasdevemsercompatíveiscomanaturezaeaconstituiçãodosrespectivossuportes.

V.13.6.2 Os revestimentos e acabamentos em escadas e rampas devem apresentarresistência e durabilidade satisfatórias, face às acções a que possam ficarsujeitos.Ascaracterísticasfuncionaisque,destepontodevista,condicionarãoadurabilidadedosrevestimentoseacabamentossão:aresistênciamecânicaaodesgasteeàacçãodecargaspontuais,eocomportamentofaceàpresençadaáguaeàacçãodosprodutosquímicosempregues,quernousocorrentedoslocais,quernasrespectivasoperaçõesdelimpeza.

V.13.6.3 Asbasesdasparedesconfinantescomescadaserampasdevemserprotegidascom rodapés, constituídos com material idêntico ao dos revestimentos depiso contíguos, semprequeos revestimentosdasparedesnessas zonasnãoapresentem resistência mecânica satisfatória perante acções de abrasão,riscagemechoqueeoutrasdecorrentes,querdacirculaçãodosutilizadores,querdasoperaçõesdelimpezadessesespaços.

V.13.6.4 Osrevestimentosdepisodevemapresentarcaracterísticastaisquepermitama fácil manutenção do seu estado de limpeza sem recurso a técnicas ouequipamentosespeciais.

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Noscasosemqueestasanomaliassejamsignificativasdeve,sepossível,procurar-sesoluçõesdereparaçãolocalizada.

Érecomendávelqueosrevestimentosdepisodasescadaserampasapresentemcoloraçãouniforme.

Semprequeseregistemvariaçõessignificativasdecoloraçãodeveprocurar-secorrigirestaanomalia.

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V.13.7 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.13.7.1 Aavaliaçãodaconformidadedosrevestimentoseacabamentosemescadaserampaspodeserrealizadaporensaioe/oupor inspecção(quandosetratadaverificação de requisitos apenas por observação visual, por exemplo no querespeitaaoaspecto).

V.13.7.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

V.13.7.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveisde desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentesRecomendaçõesTécnicaspressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentes trabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.

V.13.8 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS

V.13.8.1 Sem prejuízo da satisfação do disposto em V.13.7, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.13.1aV.13.6asseguintessoluçõesderevestimentoseacabamentosemescadaserampas:a) Emcobertoresdedegraus:

- placasdepedra;- peçascerâmicasoudebetão;- marmoritepolida;- betonilhadecimentocompigmentoafagadaequeimadaàcolher.

b) Empatamaresepatinsdeescadaseemrampas:- soluçõesidênticasàsprevistasparaosrevestimentosdepiso(verV.12

–Revestimentoempisoserodapés).

V.13.9 REFERÊNCIAS

[1] SYNDICATD’ÉTUDESINTERINDUSTRIES,CONSTRUCTION(IC-IB)–Guide des performances du bâtiment. Vol. 5: Planchers et escaliers.Bruxelles:IC-IB,1980.

[2] UNIONEUROPÉENNEPOURL’AGRÉMENTTECHNIQUEDANSLACONSTRUC-TION(UEAtc)–Directivas Comuns UEAtc para a homologação de pavimentos não tradicionais de betão armado ou pré-esforçado.Lisboa:LNEC,Junhode1968.

[3] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

Page 257: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

[4] FEDERATIONNATIONALEDUBATIMENT–Règles professionnelles de préparation des supports courants en vue de la pose de revêtements de sols minces.Paris:Sociétéd’EditionduBâtimentsetdesTravauxPublics,Janvier1976.

[5] AMERICANSOCIETYFORTESTINGANDMATERIALS(ASTM)–Standard Test Method for specular gloss.(ASTMD523-80).

[6] EN685:1995/A1:2003–Resilient floor coverings. Classification. Brussels:CEN

[7] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.

V.14 REVESTIMENTOSEMCOBERTURAS

V.14.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

V.14.1.1 Os revestimentos de coberturas devem apresentar resistência mecânicasatisfatóriaparasuportarem,emcondiçõesdesegurança,asacçõesaquesãosubmetidos.

V.14.1.2

V.14.1.3 Os revestimentos descontínuos das coberturas inclinadas devem assentarnuma laje de forro contínua, disposta segundo as pendentes da cobertura,ou, preferivelmente, numa estrutura secundária (de madeira, de betão oumetálica),devidamentedimensionadasegundooscritériosregulamentaresdesegurança.

V.14.1.4

V.14.1.5 Referências

[1]

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Para efeito do número anterior deve ser observado e avaliado o estado deconservação desses revestimentos, nomeadamente, se tal for consideradonecessário, através de ensaios. Os revestimentos que se encontrem partidos,fissuradosoucorroídosdevemsersubstituídospornovosdomesmotipodosexistentes. Se tal não for possível, e se for economicamente justificável, deveencarar-seentãoasubstituiçãointegraldorevestimento.

Oestadodeconservaçãodalajedeforrooudaestruturasecundáriadeveserconvenientementeavaliado.Quandosejustifiqueasubstituiçãodepartedealgumdesseselementos,devemadoptar-seasmedidasdesegurançaconvenientesnãosódazonaafectadacomodaszonasadjacentesedaglobalidadedorevestimentodacobertura.

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V.14.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

V.14.2.1 Os revestimentos de coberturas devem ser de classe de reacção ao fogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.14.2.2

V.14.2.3 Os elementos da estrutura secundária dos revestimentos descontínuos dascoberturasinclinadasdevemserdeclassederesistênciaaofogoedereacçãoaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,àsualocalizaçãoeaoportedoedifício,devendosatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

V.14.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

V.14.3.1 Os revestimentos de coberturas, embora não tenham funções específicas degarantirasegurançacontraaintrusão,devemconstituirumobstáculoàmesma.

V.14.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

V.14.4.1 Afixaçãoeomododecolocaçãodosrevestimentosdecoberturasdevemserrealizadosdetalformaquenãoconduzamaoseudesprendimentodosuporte.Nocasodetelhaspodesernecessário,consoanteograudeexposiçãodacoberturae a pendente das suas vertentes, aplicar arames nas “orelhas de aramar”;nocasodaschapasdefibrocimento,metálicasousemelhantes,énecessáriocolocaronúmeroadequadodepeçasdefixação;enocasoderevestimentosdeimpermeabilizaçãoindependentesdecoberturasemterraçoouaderentesasuportesdefracacoesão,énecessárioaplicarprotecçõespesadas(lajetasdebetão,calhaurolado,etc.).

V.14.4.2

V.14.4.3 Referências

[1]

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Caso tenham sido removidas protecções dos revestimentos de cobertura,especialmentedecoberturasemterraço,quecontribuíamparaamelhoriadaclassificaçãodosrevestimentossobpontodevistadereacçãoaofogo,devemserrepostastaisprotecçõesemcondiçõesidênticasàsoriginais.

Devem ser avaliadas as condições de ligação do revestimento ao suporte,recolocando os elementos dos revestimentos que se encontrem deslocados,substituindoaspeçasdefixaçãodosrevestimentosdescontínuosdecoberturasinclinadasqueseencontremdeterioradaserecolocandoasprotecçõespesadasdecoberturasemterraço.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.14.5 ESTANQUIDADEÀÀGUA

V.14.5.1 Os revestimentos de coberturas devem conferir àsmesmas estanquidade àáguadachuvae,quandoforcasodisso,àneve.

V.14.5.2

V.14.5.3 No caso das coberturas inclinadas com revestimentos descontínuos, asrespectivaspendentesdevemsersuficientesparaassegurarofácilescoamentodeáguadachuvabatidapelovento, semquehajapenetraçãodestaparaointerior.Essaspendentesdevemserfixadas tendoemconta,porum lado,ograudeseveridadedaexposiçãodascoberturasàchuvaincidentee,poroutro,a natureza e o tipo dos elementos descontínuos, o processo de junção porencaixeouporsimplessobreposiçãodesseselementoseaeventualaplicaçãode complementos de estanquidade nas respectivas juntas ou sob essesrevestimentosdescontínuos.

V.14.5.4

V.14.5.5 Nocasodascoberturasemterraço,arespectivapendentedevesersuperiorouiguala2%.

V.14.5.6

V.14.5.7 Nocasodascoberturasemterraço,estasdevemserprovidasdeumacamadade protecção mecânica apropriada à natureza da impermeabilização e àsrespectivascondiçõesdeaplicação,eaindaaotipodeutilizaçãodacobertura.Essacamadadeve,complementarmente,protegera impermeabilizaçãoouacamadasubjacente (camadade isolamento térmico,nocasodascoberturas“invertidas”)daincidênciadirectadaradiaçãosolar.

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A verificação de repasses de água da chuva para os espaços subjacentes àcoberturapermitirádefinirograudeintervençãonasubstituiçãodoselementosderevestimentoafectados.

Casoaspendentesdascoberturasinclinadassetenhammostradoinsuficientesparagarantiraestanquidadeàáguadosrevestimentossemcomplementosdeestanquidade, devem aplicar-se esses complementos, se tal for possível; casocontrário,ousealteraasoluçãoderevestimentoouseaumentaapendentedacobertura.

Caso seobservemacumulaçõesdeágua sobrea superfíciedas coberturaemterraço,apenasseconsideranecessáriocorrigiressaspendentes,faceaocustoelevadoquetaltrabalhoemgeralacarreta,sesetiverdeintervirporoutrasrazões,nomeadamenteparaeliminarinfiltraçõesdeáguaparaointeriordoedifício.

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V.14.5.8

V.14.5.9 Referências

[3a21]

V.14.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO

V.14.6.1 Osrevestimentosdescontínuosdascoberturasdevemassegurarumsombre-amentoeficazàconstruçãosubjacentecontraaincidênciadaradiaçãosolar.Nocasodecoberturasemterraçoessesombreamentopodeserconferidoporlajetasdesombreamentocolocadassobreapoiosdeplásticooubetão.

V.14.6.2

V.14.6.3 Referências

[22,23,24]

V.14.7 CONFORTOACÚSTICO

V.14.7.1 Osrevestimentosdecoberturasdevemcontribuirparaoisolamentosonoroaruídosdepercussãoproduzidospelaacçãodachuvaedogranizo.Estesruídospodem ser particularmente incómodos no caso de revestimentos de chapametálicasimples.

Casotenhasidoremovidaacamadadeprotecçãodorevestimentodascoberturasemterraçoquedesempenhavaasfunçõesreferidasnonúmeroanterior,deveserrepostaessacamadadeprotecçãonasmesmascondiçõesoriginais.

A colocação de lajetas de sombreamento nas coberturas em terraço, se nãoconstituíremasoluçãooriginal,obrigaàverificaçãodasegurançaestruturaldalajedebetãodacobertura.

Casosejanecessárioprocederaoreforçodoisolamentotérmicodacobertura,acamadadematerialisolantedeveseraplicadanaposiçãoadequadaconsoanteo tipo de cobertura. Essa camada deve preferivelmente ser colocada sobre aestruturaresistente.

Emcoberturasinclinadasessacamadadeisolamentotérmicopodeseraplicadasobre a esteira, se o desvão da cobertura não for habitável, ou segundo asvertentes, no caso contrário. Em coberturas em terraço essamesma camada–nestecasoconstituídaporpainéisdepoliestirenoexpandidoextrudido(XPS)–podeseraplicadasobreasuperfícieexistente,semnecessidadederemoçãodeoutrascamadas,desdequedevidamenteprotegidacomumaprotecçãopesada,tendoematençãoavaliaçãodacapacidaderesistentedalajedebetãoarmadodaestruturaresistente.

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

V.14.7.2

V.14.7.3 Referências

[25,26]

V.14.8 CONFORTOVISUAL

V.14.8.1 Assuperfíciesaparentesdosrevestimentosdecoberturasdevemapresentarcor,brilhoecaracterísticastaisquenãodêemorigemareflexõesespecularesdaluzdoSolincómodasparaosocupantesdeedifíciosvizinhos.

V.14.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

V.14.9.1 Osrevestimentosdascoberturasdevemapresentardurabilidadesatisfatóriafaceàacçãodosagentesatmosféricoseàsacçõesdecorrentesdautilizaçãonormal.

V.14.9.2

V.14.9.3 Amanutençãodosrevestimentosdeveserintegradanamanutençãodarespectivacobertura,recomendando-sequesejafeitapelomenosumavezporanoantesdoiníciodaépocadachuva.Devedar-separticularatençãoàverificaçãodaszonasderematedosrevestimentos:platibandasououtroselementosemergentesdacobertura,caleiras,embocadurasdetubosdequedaesoleirasdeportas.

V.14.9.4 Referências [28,29]

V.14.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

V.14.10.1 Aavaliaçãodaconformidadedos revestimentoseacabamentosemcoberturaspodeserrealizadaporensaioe/ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãode

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Emsoluçõesderevestimentodotiporeferidononúmeroanterior,podemreduzir-seosníveissonorosparaointeriordosespaçosmedianteacolocação,aolongodavertentedacobertura,deumforrode tectocomummaterialabsorventeacústicoconvenientedispostosobreesseforro.

Quando o tempo de vida dos revestimentos das coberturas o justifique, osrevestimentosdevemsersubstituídosintegralouparcialmente.Talsubstituiçãodeve sempre verificar-se quando esteja comprometida a segurança dosutilizadoresouaestanquidadeàáguadacobertura.

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requisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).

V.14.10.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

V.14.10.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveis dedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnão significaque sejapossíveldispensarasverificações inerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentestrabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.

V.14.11 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS

V.14.11.1 Sem prejuízo da satisfação do disposto em V.14.10, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.14.1aV.14.9asseguintessoluçõesderevestimentosdescontínuosdecoberturasinclinadasdeedifíciosdeconstruçãotradicional:

a) Telha cerâmica (de encaixe simples como a telhamarselha, de encaixeduplo,deabaecanudoouromana);

b) Chapaonduladadefibrocimentosemamianto;

c) Painéis-sanduíche com paramentos metálicos confinando um materialisolantetérmico;

d) Soletosdeardósia.

V.14.11.2 Aescolhadasoluçãoderevestimentodescontínuoaadoptardeveasseguraruma adequada integração dos edifícios no ambiente urbano e paisagísticoexistente.

V.14.11.3 Semprejuízoda satisfaçãododispostoemV.14.10enosnúmeros seguintesdo presente V.14.11, admite-se que cumpram genericamente os requisitosaplicáveisenunciadosdeV.14.1aV.14.9asseguintessoluçõesderevestimentodeimpermeabilizaçãocombaseemmembranasprefabricadasparacoberturasemterraço:

a) Sistematradicionaldecamadasmúltiplascombaseemtelasoufeltrosbetuminosos;

b) SistemacombaseemmembranasdebetumepolímeroAPPouSBS;

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NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

c) SistemacombaseemmembranasdePVC.

V.14.11.4 Recomenda-sequeossistemasdeimpermeabilizaçãotradicionaisdecamadasmúltiplascombaseemmembranasbetuminosas,quersejamindependentesquer sejam aderentes ao suporte, apresentem, pelo menos em superfíciecorrente,aseguinteconstituição:

a) massa total dosprodutosbetuminosos (incluindoamassadas telas oufeltros):10kg/m²;

b) númerodetelasoufeltrosbetuminosos:três.

V.14.11.5 No caso dum sistema tradicional de camadas múltiplas com base emmembranasbetuminosasaderente,aprimeiramembranadevesercoladaaosuportecombetumeasfálticoinsufladoaquenteouporsoldadura,consoanteasuaconstituição.

V.14.11.6 No caso dasmembranas de betume-polímero recomenda-se a aplicação deduasmembranascompelomenos3mmdeespessuranominalcadaeemquepelomenosumadelasdisponhadeumaarmaduradepoliéstercomumamassamínimade150g/m²;essasmembranasdevemsercoladasentresiporacçãodachamademaçaricoecoladasounãoaosuporte,utilizandoamesmatécnica,consoantesetratardumsistemaaderenteouindependente.

V.14.11.7 NocasocorrespondenteàutilizaçãodemembranasdePVC,recomenda-sequesejautilizadaumamembranaarmadacompelomenos1,2mmdeespessuranominal.

V.14.11.8 Semprequeacoberturaemterraçointegreumaprotecçãopesadaconstituindoumacamadarígida,essacamadadeveficardessolidarizadadosistemadeimper-meabilizaçãosubjacentedemodoanãocondicionarosmovimentosrelativosdeumaedeoutroeareduzirassimoriscodedegradaçãodaimpermeabilizaçãoduranteavidaútildoedifício.Adessolidarizaçãoemcausapoderáserobtidacomainterposiçãodumacamadaconstituída,porexemplo,porumfeltrogeotêxtiloudepoliéster,aqualcontribuirátambémparaminimizarosriscosresultantesdasacçõesmecânicasquevenhamaocorrerduranteaaplicaçãodascamadassobrejacentesdessaprotecçãopesada.

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V.14.12 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[2] EN490:1994–Concrete roofing tiles and fittings - Product specifications.Brussels:CEN.

[3] EN492:1994/AC:1996/A1:1999–Fibre-cement slates and their fittings for roofing - Product specification and test methods.Brussels:CEN.

[4] EN494: 1994/AC: 1996/A1: 1999– Fibre-cement profiled sheets and fittings for roofing - Product specification and test methods.Brussels:CEN.

[5] EN501:1994–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported roofing products of zinc sheet.Brussels:CEN.

[6] EN 502: 1999 – Roofing products from metal sheet –- Specification for fully supported products of stainless steel sheet.Brussels:CEN.

[7] EN504:1999–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported products of copper sheet.Brussels:CEN.

[8] EN505:1999–Roofing products from metal sheet - Specification for fully supported products of steel sheet.Brussels:CEN.

[9] EN506:2000–Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting roofing products of copper or zinc sheet.Brussels:CEN.

[10] EN507:1999–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported products of aluminium sheet.Brussels:CEN.

[11] EN 508-1: 2000 – Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel, aluminium or stainless steel sheet - Part 1: Steel.Brussels:CEN.

[12] EN 508-2: 2000 – Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel, aluminium or stainless steel sheet - Part 2: Aluminium.Brussels:CEN.

[13] EN 508-3: 2000 – Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel, aluminium or stainless steel sheet - Part 3: Stainless steel.Brussels:CEN.

[14] EN516:1995–Prefabricated accessories for roofing – Installations for roof access – Walkways, treads and steps.Brussels:CEN.

[15] EN517:1995–Prefabricated accessories for roofing – Roof safety hooks.Brussels:CEN.

[16] EN534:1998– Corrugated bitumen sheets.Brussels:CEN.

[17] EN544:1998–Bitumen shingles with mineral and/or synthetic reinforcements.Brussels:CEN.

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[18] EN607:1995–Eaves gutters and fittings made of PVC-U - Definitions, requirements and testing.Brussels:CEN.

[19] EN612:1996/AC:1996–Eaves gutters and rainwater down-pipes of metal sheet –- Definitions, classifications and requirements.Brussels:CEN.

[20] EN1304:1998–Clay roofing tiles for discontinuous laying –- Products definitions and specifications.Brussels:CEN.

[21] EN1462:1997–Brackets for eaves gutters – Requirements and testing.Brussels:CEN.

[22] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[23] SANTOS, C. Pina dos;MATIAS, Luís –Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Lisboa :LNEC,2006.Versãoactualizada2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).

[24] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de especialização sobre isolamento térmico de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.

[25] DECRETO-LEIn.º9/2007,de17deJaneiro–Regulamento Geral do Ruído.

[26] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios.

[27] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Revestimentos em edifícios recentes.Lisboa:LNEC,2004.(CadernosEdifíciosCAD3)

[28] LOPES,J.Grandão–Revestimentos de impermeabilização de coberturas em terraço.Lisboa:LNEC,1994.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE34).

[29] LABORATÓRIONACIONALDE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) –Coberturas de edifícios.Lisboa:LNEC,1976.(CursosdeFormaçãoProfissionalCPP516).

[30] LOPES, J.Grandão–Sistemas de impermeabilização tradicionais de coberturas em terraço. Contribuição para a preparação dum projecto de norma portuguesa.Lisboa:LNEC,1992.(NãoSeriadosNS66).

[31] LOPES, J. Grandão – Sistemas de impermeabilização tradicionais de terraços-jardins. Contribuição para a preparação dum projecto de norma portuguesa.Lisboa:LNEC,1994.(NãoSeriadosNS70).

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INSTALAÇÕESE EQUIPAMENTOS

Depósito Legal: 270795/08

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VI. INSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS

VI.1 ABASTECIMENTOEDISTRIBUIÇÃODEÁGUA

VI.1.1 PRINCÍPIOSGERAIS

VI.1.1.1 Osestabelecimentosdevemdispordesistemadedistribuiçãodeáguapotável,alimentadoatravésderedepúblicaeindependentedequalquersistemadeáguacomoutraorigem.

VI.1.1.2 Osestabelecimentosdevemdispordesistemadedistribuiçãodeáguapotável,alimentadoatravésderedepúblicaeindependentedequalquersistemadeáguacomoutraorigem.

VI.1.1.3 No caso de estabelecimentos cujo espaço seja considerado como zona deabrigoemcasodecatástrofepelosserviçosdeprotecçãocivil,deveprever-seumaadequadacapacidadedearmazenamentodeáguapotável,devendoser tomadas todasasprecauçõesnecessáriasdestinadasaacautelaranãocontaminaçãodaáguaarmazenada.

VI.1.1.4 Astubagenspodemsermontadasàvista,emcaleiras,emductos,emtectosfalsosouembutidas,tendoemcontaarealizaçãodeeventuaisoperaçõesdemanutençãoe/oureabilitação.

VI.1.1.5 Astubagensdestinadasàconduçãodaáguaemzonasexterioresaoedifíciopodemser instaladasemvalas,paredesoucaleiras,devendo,nestescasos,

Semprequeseverifiqueainadequaçãodossistemasdedistribuiçãodeáguainstaladosdevido,queraumenvelhecimentonatural,queranovasexigênciasregulamentares, quer a manifestações patológicas que ponham em causaa garantia dos seus níveis de desempenho funcional, deve proceder-se aintervençõesnosentidodasuareabilitaçãoeadequação.

As intervenções de reabilitação e/ou adequação dos sistemas prediaisde distribuição de água devem objectivar a sua adaptação aos requisitosregulamentaresaplicáveis,àsatisfaçãodosníveisdeexigênciadosutilizadoresemtermosdeconfortoehigiene,eàinstalaçãodeequipamentosquetenhamemcontaanecessidadederacionalizaçãodosconsumosdeáguaedeenergia.

Areabilitaçãodevepreconizarsoluçõesquegarantamummaisfácilacessoaosistema (equipamentos, acessórios e tubagens), permitindo, posteriormente,uma mais fácil identificação de eventuais anomalias, com o consequenteaumentodaceleridadenasuacorrecção.

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ter-seemcontaascondiçõesclimáticasdaregiãoeaactuaçãodecargas,quepodemjustificaraadopçãodesoluçõesdeisolamentotérmicoedeprotecçãomecânicadastubagens.

VI.1.1.6 Otraçadodascanalizaçõesdeveserconstituídoportroçosrectos,comtrajectóriashorizontaiseverticais(comexcepçãodossistemascomtubagensdepolietilenoreticulado–PEX–instaladoscommangadeprotecção),ligadosentresiatravésdeacessóriosapropriados;ostroçoscomtrajectóriashorizontaisdevempossuirinclinaçãoascendentenosentidodoescoamentodofluido,decercade0,5%,deformaaevitaraacumulaçãodearnastubagens.

VI.1.1.7 AsdisposiçõesregulamentarescontidasnoRegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguaedeDrenagemdeÁguasResiduais[2]sãoaplicáveis,semressalvas,aossistemasdeabastecimentoedistribuiçãodeáguadosestabelecimentosaquesereferemestasRecomendaçõesTécnicas.

VI.1.1.8 Recomenda-se a adopção de sistemas de aquecimento de água para finsdomésticosesanitárioscentralizadosedotadosdecircuitoderetornopararecirculaçãodaágua.

VI.1.1.9 Recomenda-seaadopçãodesoluçõestécnicaseainstalaçãodedispositivosdeutilizaçãoedeoutrosequipamentosqueminimizemoconsumodeágua,semnoentantopôremcausaodesempenhofuncionaladequadodossistemas.

VI.1.1.10

VI.1.1.11

VI.1.1.12

As deficiências no abastecimento em termos de pressão e caudal estãogeralmente relacionadas com a incorrecta determinação nos projectos dascaracterísticasdedesempenhodoselementoselevatóriose/ousobrepressores(casoexistam),comaalteraçãodascondiçõesiniciaisdofornecimentoporpartedasentidadesgestorasdossistemaspúblicosdeabastecimento,ouaindacomaumentosnosníveisdeconsumo.

As incrustações de calcário no interior das tubagens, quando assumemproporçõessignificativas,conduzemaumareduçãodassecçõesdepassagem,comaconsequentereduçãonosníveisdecaudaledepressão.

As deficiências no fornecimento de água quente aos dispositivos deutilizaçãodeuma instalaçãoadvêmgeralmenteduma incorrectaconcepção,dimensionamento e inadequação do sistema destinado à sua produção e

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VI.1.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

VI.1.2.1 Osestabelecimentosdevemserdotadosdesistemasdecombateaincêndiosque satisfaçamàsdisposiçõesda regulamentaçãode segurançaao incêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

VI.1.2.2 Asredesdedistribuiçãodeáguadestinadasaocombateaincêndiodevemserindependentesdosoutrossistemasprediaisdedistribuiçãodeágua,admitindo-se como partes comuns os ramais de alimentação aos diferentes sistemasexistentes.

VI.1.2.3 Quando as tubagens são isoladas termicamente, os respectivos produtosisolantesdevem ser de classede reacção ao fogoadequadaàs funçõesquedesempenham de modo a satisfazerem às disposições da regulamentaçãodesegurançaao incêndioaplicáveleaoestabelecidoem IV.2 (Segurançaaoincêndio).

VI.1.2.4 Nocasodeatravessamentos,afimdeevitaratravésdosmesmosapropagaçãode um eventual incêndio, as juntas devem ser seladas commateriais comcaracterísticas intumescentes, que assegurem uma resistência ao fogocompatívelcomadoelementoatravessado.

VI.1.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

VI.1.3.1 Ossistemasprediaisdedistribuiçãodeáguasdevemserconcebidosdeformaaqueseobtenhaumdesempenhofuncionaladequadoeaqueasuautilizaçãoseprocessedemodoseguroeconfortávelparaosutilizadores.

VI.1.3.2 Deve prever-se a instalação de válvulas de seccionamento à entrada dosramais de distribuição, a montante de purgadores de ar, nos ramais deintrodução,amontanteeajusantedoscontadores,nasentradasdasdiferentesinstalaçõessanitáriasecozinhas,enosramaisdealimentaçãodeautoclismos,equipamentodelavagem,fluxómetros,equipamentosdestinadosàproduçãodeáguaquenteequaisqueroutrosemque sejaprevisível anecessidadedecortenoabastecimentodeáguaparaeventuaisoperaçõesdemanutençãoe/oureabilitação.

distribuição.Estasdeficiênciassãogeralmentematerializadasporacentuadasvariaçõesdecaudaletemperaturanospontosdeconsumo.

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VI.1.3.3 Osequipamentos ligadosa redesdeáguadestinadaaoconsumohumanoeaquelesondesejaprevisívelaalteraçãodascaracterísticasdaáguafornecidadevemsermunidosdedispositivodeprotecção,nomínimo,dotipoválvuladeretenção.

VI.1.3.4 Ossistemasoupartesdossistemasemquesetorneprevisíveladegradaçãodaágua,querporestagnação,querporcontactocommeioseventualmentecontaminantes(ex.:redesdecombateaincêndio,redesderega,etc.),devemsermunidosamontantededispositivodeprotecção(oqualdeveserfunçãodograudecontaminaçãoprevisível)queimpeçaoretornodaágua,afimdeevitaraeventualcontaminaçãodaáguadistribuída.

VI.1.3.5 Sempre que o traçado das redes não seja demolde a evitar a acumulaçãodearnointeriordastubagenseafacilitarasuasaída,deveequacionar-seanecessidadedainstalaçãodepurgasdear.

VI.1.3.6 Astubagensdestinadasaotransportedeáguaquentedevem,semprequeostraçadosopermitam,desenvolver-separalelamenteàsdestinadasaotransportedeáguafria,eficardelasafastadasdeumadistâncianão inferiora0,05m;quandonahorizontal,asprimeirastubagensdevemserposicionadasaumacotasuperioràdassegundas.

VI.1.3.7 Astubagensdevemseridentificadasdeacordocomotipodeáguatransportada,emconformidadecomanormalizaçãoportuguesaaplicável[3].Emtubagensquedisponhamdeisolamentotérmicooudequalqueroutrorevestimento,aidentificaçãoquantoaotipodeáguatransportadadeveserapostasobreesteúltimo.

VI.1.3.8 No caso de tubagens instaladas em caleiras, e sempre que se verifique apossibilidadedeparaasmesmaspoderemserencaminhadaságuasdelavagemououtras,ascaleirasdevemdispordesistemadedrenagemdemodoaevitarocontactoeeventualcontaminaçãodaáguatransportadapelastubagensaíinstaladas.

VI.1.3.9 Sempre que a temperatura superficial de tubagens que estejam acessíveissejasuperiora45OC,estasdevemserprotegidasdemodoaevitareventuaisqueimadurasporcontactodosutilizadores.

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VI.1.3.10 No caso de existência de sistemade distribuição de água não potável, estedeveserperfeitamenteidentificadoeosdispositivosdeutilizaçãodevemaindadispordeavisobemvisível,constituídopormaterialdurável,indicandotratar-sedeáguaimprópriaparaconsumohumano.

VI.1.3.11 Quandoofornecimentodeáguaaoedifícionãosejaasseguradoporsimplesligaçãodosistemapredialàredepública,esejainstaladoumsistemaelevatórioe/ousobrepressor,devemsertomadasasprecauçõesnecessáriasparaacautelarqueomesmonãoseconstituacomofontedecontaminaçãodaágua.

VI.1.3.12 Atemperaturadaáguaquenteparafinssanitáriosnadistribuiçãodeveestarcompreendida entre 50 e 60OC; nas unidades de produção e acumulação atemperaturadeveoscilarentre70e80OC,demodoapreveniraproliferaçãobacteriana,comoporexemploaLegionella.

VI.1.3.13 As tubagens devem ser instaladas ou fixadas sem que fiquem sujeitas aquaisquer constrangimentos, salvo os previstos no projecto, de modo quesemprequehajalugaravariaçõesdassuasdimensõeslineares,porefeitodadilataçãooucontracção,elassepossamdarlivremente.

VI.1.3.14 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaadessolidarizaçãodastubagens,atravésdainterposiçãoentreastubagenseos elementos atravessadosdematerial que assegure tal independência (ex.:mangasdeprotecção),afimdeevitaraeventualtransmissãodetensõesàstubagens por movimentos estruturais do edifício. O espaço livre entre asmangaseastubagensdeveserpreenchidocommaterialquenãoimpeçaosmovimentosdestas.

VI.1.3.15 Recomenda-se que, sempre que existam juntas de dilatação nos edifíciosdispostas na direcção transversal ao desenvolvimento das tubagens, sejamnestas instaladas juntasdedilatação.Dos tiposde juntasdedilataçãomaisvulgarmenteutilizados–juntas“braçosdedilatação”,“liras”ejuntasdotipo“telescópico”–,asúltimasconstituemasoluçãopreferencial.

VI.1.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA

VI.1.4.1 Os sistemas de distribuição de água devem manter-se estanques quandosujeitosaosníveisdepressãodefinidosemtermosregulamentares[2].

VI.1.4.2 Averificaçãodaestanquidadedasredesdeveserefectuadacomtodaaredeàvista,eapósteremsidoretiradososdispositivosdeutilizaçãoeobturadasasextremidades,atravésdasuasujeiçãoaumapressãointernadeáguadeumavezemeiaapressãomáximadeserviçoprevista,comummínimode900kPa.

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VI.1.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO

VI.1.5.1 Nas tubagens destinadas à distribuição de água quente e, sempre quese justifique, nas destinadas à distribuição de água fria, deve prever-se aaplicaçãodeisolantestérmicosenvolventescomespessuraecaracterísticasadequadas. Os valores mínimos relativos às espessuras dos isolantesdevem ser compatíveis com as características do isolante da tubagem ecomatemperaturadaágua,noâmbitodaregulamentaçãonacionalsobrecomportamentotérmicoeclimatizaçãodeedifícios[4,5].

As perdas de estanquidade devidas a fenómenos de corrosão, e/ou a umainadequada ligaçãoentreelementosda instalação,manifestam-se,nocasodetubagensembutidas,atravésdemanchasnasparedesporondecorreme,nocasodetubagensinstaladasàvista,atravésdeexsudaçõesederramesparaospavimentos.

Asroturasdastubagensmetálicasestãoassociadasadiversostiposdecorrosão,comorigemquerapartirdointerior,querdoexterior,funçãodotipodemetalque as constitui, das características químicas da água transportada e da suatemperatura,bemcomoadeficiênciasdeinstalação.

Àstubagensdemateriaistermoplásticosestãoporvezesassociadosfenómenosde envelhecimento prematuro e redução das suas características iniciais deresistênciamecânica, comaconsequenteeclosãodeperdasdeestanquidade,por inadequaçãodopolímeroqueasconstituiparafuncionaradeterminadastemperaturas.Umoutrofactorassociadoàdeterioraçãodestestiposdetubagemtemavercomaincapacidadedomaterialconstituintepararesistiràacçãodosraiossolares(ultravioletas).

Uma outra causa de degradação, com especial incidência nas tubagens demateriais plásticos, consiste na introdução de tensões excessivas, provocadasporvariaçãodassuasdimensõeslinearesassociadasavariaçõesdetemperatura,oupormovimentosdiferenciaisdoselementosdaconstruçãoaosquaisestãoligadas.

Caso se verifique qualquer das anomalias referidas nos números anteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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VI.1.6 CONFORTOACÚSTICO

VI.1.6.1 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaa dessolidarização das tubagens, de acordo comos critérios indicados emVI.1.3,afimdeevitarumaeventualpropagaçãoderuídosevibraçõesatravésdaqueleselementos.

VI.1.6.2 Quandoseverifiqueaexistênciadeequipamentomecânicoououtros(ex.:sis-tema elevatório e/ou sobrepressor), devem ser tomadas as precauçõesnecessárias para acautelar que omesmo não se constitua como fonte deperturbaçãosonoraparaosutilizadores,dandocumprimentoàsexigênciascontidasnoRegulamentodosRequisitosAcústicosdosEdifícios[6].

VI.1.6.3 Recomenda-seaadopçãodesoluçõestécnicaseainstalaçãodedispositivosdeutilizaçãooudeequipamentosqueminimizemaproduçãoderuído.

VI.1.6.4

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Acirculaçãodaáguaavelocidadeexcessivae/ouaelevadaspressõesconstituifonte de vibrações, as quais se propagam através da água e das tubagens aelevadasvelocidades,comaconsequenteproduçãoderuídos.

Quando a rede alimenta dispositivos de utilização de fecho brusco (ex.:fluxómetros),ouquandosedáaparagemdeumelementodebombagem,seatubagemhorizontaldealimentaçãooudedescargaédepequenodiâmetro,oquefazaumentaravelocidadedeescoamentodaágua,podemocorrerfenómenosdechoquehidráulico(golpedearíete),comaconsequenteproduçãoderuídos.

Asmudanças bruscas de diâmetro, bem como a existência de singularidades(acessóriosdeligaçãoentretroçosdetubagens)nasredes,sãocausadorasdeturbulências no escoamento e fenómenos de cavitação, com a consequenteproduçãoderuídos.

Quandoastubagensficamsujeitasasignificativosgradientestérmicos(tubagensdes-tinadasaotransportedeáguaquente),hálugaravariaçõesdassuasdimensões,comoseuconsequentereajustamentoposicional,acompanhadodaproduçãoderuídos.

Oararrastadonointeriordastubagensacumula-senospontosaltosdarede,provocando, devido à sua compressibilidade, perturbaçõesno escoamento, asquaisgeralmenteconduzemàproduçãoderuídos.

As instalações elevatórias e/ou sobrepressoras, sempre que entram emfuncionamento,transmitemvibraçõesqueràscanalizaçõesqueraoedifício,comaconsequenteproduçãoderuídos.

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VI.1.6.10

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VI.1.7 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

VI.1.7.1 Ossistemasprediaisdedistribuiçãodeáguasdevemserconcebidosdeformaafacilitarasoperaçõesdemanutenção.

VI.1.7.2 As tubagens, quando não embutidas, devem ficar instaladas de modo agarantirumafastamentonãoinferiora0,05memrelaçãoaoelementodesuporte(tectos,paredesoupavimentos,etc.),considerando-secomofazendopartedastubagensquaisquerisolantesourevestimentosnelasintegrados.

VI.1.7.3 Osmateriaiseequipamentosconstituintesdossistemasdevemserportadoresdení-veisdequalidadeededurabilidadecompatíveiscomavidaútilprevistaparaoedifício.

VI.1.7.4 Osprodutosautilizarnoisolamentotérmicodastubagensdevemserimpu-trescíveis, não corrosíveis e resistentes aosmicrorganismos e àhumidade;quandosujeitosaacçõesextremas,devemserprotegidosdemodoaevitarasuadegradaçãoouenvelhecimento,deacordocomasindicaçõesdofabricante(ex.:protecçãocomfolhadealumínio).

VI.1.7.5 O projectista/construtor deve fornecer ummanual de uso e manutençãodossistemas,oqualdeveconter,paraalémdasrecomendaçõesdeutilizaçãotendentesànãointroduçãodedeficiênciasfuncionaisnosmesmos,indicaçõessobreaperiodicidadeeomododerealizaçãodasnecessáriasoperaçõesdeinspecçãoemanutençãodossistemas,demodoagarantiraolongodasuavidaútilníveisdedesempenhofuncionalsatisfatórios.Omanualdeveaindaconterinformaçãosobreasmarcasefornecedoresdetubagens,dispositivosdeutilização,aparelhossanitárioserestantesequipamentosinstalados.

VI.1.8 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

VI.1.8.1 Aavaliaçãodaconformidadedossistemasdeabastecimentoedistribuiçãodaáguapodeserrealizadaporensaio,porcálculo(ex.:noquerespeitaaodimensionamento

Tambémalgunsaparelhosedispositivosdeutilizaçãosão,nãoraramente,fontedeproduçãoderuído.

Casoseverifiquequalquerdasanomaliasreferidasnosnúmerosanteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.

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hidráulico)ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).

VI.1.8.2 O uso de sistemas não-tradicionais deve ser condicionado à existência deparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

VI.1.8.3 AmarcaçãoCEouaaprovaçãotécnicadeumaparelho,dispositivooucom-ponentecomníveisdedesempenho iguaisou superioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoa realizaçãodeoutrasacçõesdeverificação.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentestrabalhospodecom-prometerodesempenhodosistema.

VI.1.9 REFERÊNCIAS

[1] PEDROSO, Vítor M. R. – Manual dos sistemas prediais de distribuição e de drenagem de águas.Lisboa:LNEC,2000.(ColecçãoEdifíciosCED7).

[2] DECRETOREGULAMENTARn.º23/95,de23deAgosto–Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.

[3] NP182:1986–Identificação dos fluidos, cores e sinais para canalizações.Lisboa:IPQ.

[4] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).

[5] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[6] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

VI.2 DRENAGEMDEÁGUASRESIDUAIS

VI.2.1 PRINCÍPIOSGERAIS

VI.2.1.1 Sempreque se verifiquea inadequaçãodos sistemasdedrenagemdeáguasresiduais instaladosdevido,queraumenvelhecimentonatural,queranovasexigênciasregulamentares,queramanifestaçõespatológicasqueponhamem

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VI.2.1.2

VI.2.1.3

VI.2.1.4 Osestabelecimentosdevemdispordesistemadedrenagemdeáguasresiduaisdomésticasligadoaosistemapúblicodedrenagem,casoesteexista.

VI.2.1.5 Osestabelecimentosdevemdispor,igualmente,deumsistemadedrenagemdeáguasresiduaispluviaisligadoaosistemapúblicodedrenagemdeáguaspluviais,casoesteexista.

VI.2.1.6 Independentemente do tipo de sistema público de drenagem ou da suainexistência,amontantedacâmaradoramaldeligaçãoossistemasprediaisdedrenagemdeáguasresiduaisdomésticasepluviaisdevemserseparativos.

VI.2.1.7 Ossistemasprediaisdeáguasresiduaisdomésticasdevemserdotadospelomenosdeventilaçãoprimária,obtidaatravésdoprolongamentodostubosdequedaatéàsuaaberturaparaaatmosfera;nocasodeinexistênciadetubosdequeda (ex.: edifíciosdeumsópiso), devemser implantadas colunasdeventilaçãoqueasseguremaventilaçãodetodoosistema.

VI.2.1.8 Não devem ser instalados nos sistemas prediais de drenagem quaisquerdispositivos que impeçam a ventilação do sistema público através dossistemasprediais.

VI.2.1.9 Nocasodeinexistênciadesistemapúblicodedrenagemdeáguasresiduaisdomésticas,devemsercriadososmeiosquepossibilitemadepuraçãodessas

causaagarantiadosseusníveisdedesempenhofuncional,deveproceder-seaintervençõesnosentidodasuareabilitaçãoeadequação.

As intervenções de reabilitação e/ou adequação dos sistemas prediais dedrenagemdeáguasresiduaisdevemobjectivarasuaadaptaçãoaosrequisitosregulamentaresaplicáveis,àsatisfaçãodosníveisdeexigênciadosutilizadoresemtermosdeconfortoehigiene,eàinstalaçãodeequipamentosquetenhamemcontaanecessidadederacionalizaçãodosconsumosdeáguaedeenergia.

Areabilitaçãodevepreconizarsoluçõesquegarantamummaisfácilacessoaosistema (equipamentos, acessórios e tubagens), permitindo, posteriormente,uma mais fácil identificação de eventuais anomalias, com o consequenteaumentodaceleridadenasuacorrecção.

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águasresiduais,demodoaqueposteriormentepossamserlançadasnumalinhadeáguaouinfiltradasnosolo.

VI.2.1.10 O processo de tratamento privado dos efluentes domésticos pode serobtido através de fossas sépticas, seguidas de órgãos complementares detratamento,osquaisdevemserseleccionadosemfunçãodaáreadestinadaà sua implantação, da proximidade de poços, da existência de lençóisfreáticosoulinhasdeágua,datopografiadoterrenoedotipodesolo,cujascaracterísticasdevemserobtidasatravésdeensaiosrealizadosinsitu.

VI.2.1.11 As tubagens podem ser montadas à vista, em caleiras, ductos ou tectosfalsos,ouembutidas,considerandoanecessidadedeeventuaisoperaçõesdemanutençãoe/oureabilitação.

VI.2.1.12 Recomenda-se que os tubos de queda destinados à evacuação de águaspluviaisselocalizemnoexteriorouemespaçoscomunsdoedifício.

VI.2.1.13 Asdisposiçõesregulamentarescontidasno“RegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguaedeDrenagemdeÁguasResiduais”[2]sãoaplicáveis,semressalvas,aossistemasdedrenagemdeáguasresiduaisdosestabelecimentosaquesereferemestasRecomendaçõesTécnicas.

VI.2.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

VI.2.2.1 Nocasodeatravessamentos,afimdeevitaratravésdosmesmosapropagaçãode um eventual incêndio, as juntas devem ser seladas commateriais comcaracterísticas intumescentes, que assegurem uma resistência ao fogocompatívelcomadoelementoatravessado,noâmbitodaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveledoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).

VI.2.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

VI.2.3.1 Os sistemas prediais de drenagem devem ser concebidos de forma a queseobtenhamdesempenhosfuncionaisadequados,equeasuautilizaçãoseprocessedemodoseguroeconfortávelparaosutilizadores.

VI.2.3.2 Nas situações em que as águas residuais sejam recolhidas a nível inferiorao do arruamento em que se encontra instalado o colector público dedrenagem,estasdevemserelevadaspormeiosmecânicosparaumnívelpelomenoscomplanarcomodoreferidoarruamento,apartirdoqualdevemserencaminhadasporgravidadeparaosistemapúblicodedrenagem.

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VI.2.3.3 Asbaciasderetreteousimilares,quandoinstaladosembateria,devemserdotadasdeventilaçãosecundáriaindividual.

VI.2.3.4 Nosaparelhosembateria,comexcepçãodasbaciasderetreteesimilares,casonãosefaçaaventilaçãosecundáriaindividual,osramaisdeventilaçãocolectivosdevemserligadosaoramaldedescarga,nomáximodetrêsemtrêsaparelhos.

VI.2.3.5 Osaparelhos sanitários, ralos, câmarasde inspecçãoedemaisdispositivosligados aos sistemas prediais de drenagem de águas residuais domésticasdevemserdotadosdefechohídricoqueimpeçaapassagemdeodoresparaointeriordoedifício.

VI.2.3.6 Ocalibredossifõesainstalarnãodevesersuperioraodosrespectivosramaisdedescarga.

VI.2.3.7 Asinstalaçõessanitárias,cozinhaseespaçostécnicosdevemserdotadosnospavimentosderalosougrelhasdotadosdefechohídrico.

VI.2.3.8 As tubagensdevemser identificadasdeacordo como tipodeágua trans-portada,emconformidadecomanormalizaçãoportuguesaaplicável[3].Emtubagensquedisponhamderevestimentos,aidentificaçãoquantoaotipodeáguatransportadadeveserapostasobreestesúltimos.

VI.2.3.9 Paraos sistemasprivadosde tratamentoapenasdevemserencaminhadaságuasresiduaisdomésticas.

VI.2.3.10 Recomenda-seautilizaçãodetubagensdemateriaisdereduzidarugosidadeecomtraçadospoucosinuosos.

VI.2.3.11 As tubagens devem ser instaladas ou fixadas sem que fiquem sujeitas aquaisquer constrangimentos, salvo os previstos noprojecto, demodoque,semprequehajalugaravariaçõesdassuasdimensõeslineares,porefeitodadilataçãooucontracção,elassepossamdarlivremente.

VI.2.3.12 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaadessolidarizaçãodastubagens,atravésdainterposiçãoentreastubagenseoselementosatravessadosdematerialqueasseguretalindependência(ex.:mangasdeprotecção),afimdeevitaraeventualtransmissãodetensõesàstubagens pormovimentos estruturais do edifício. O espaço livre entre as

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mangaseastubagensdeveserpreenchidocommaterialquenãoimpeçaosmovimentosdestas.

VI.2.3.13 Recomenda-se que, sempre que existam juntas de dilatação nos edifíciosdispostasnadirecção transversalaodesenvolvimentodas tubagens, sejamnestasinstaladasjuntasdedilatação.

VI.2.3.14 Nassituaçõesemqueaságuasresiduaistransportemsignificativosteoresdegordurasoumatériassólidas(águasprovenientesdeunidadesdeproduçãoalimentar), devem ser instaladas câmaras de retenção (o mais próximopossível da fonte de produção) destinadas a reter no seu interior estassubstâncias, as quais eventualmente podem pôr em causa o desempenhofuncionaldossistemas.Ascâmarasderetençãodevemserdimensionadasdemodoateremovolumeeasuperfícielivreadequadosaocaudalefluente,aoteordegorduraeàquantidadedesólidosareter.Preferencialmentedevemserusadoselementosprefabricados.

VI.2.3.15 Os tubos de queda, quando localizados no exterior, e quando o materialconstituintedastubagensnãopossuaresistênciamecânicaadequada,devemserprotegidoscontraacçõesdechoque,atéumaalturanãoinferiora2,50macimadoterrenocircundante.

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Quandoseverificaadescargadeumaparelhosanitário,ocorreaformaçãodeumtampãonorespectivoramaldedescarga,oqualprovocaumaaspiração,ocasionandoumareduçãodaalturadofechohídricodosifão.Estefenómeno,designado por auto sifonagem, é tantomais intenso quantomenor for asecçãodoramal,maiorasuadimensãolinearemaiorasuainclinação.

Osentupimentosnossistemasdedrenagemdeáguasresiduaisdomésticasacontecem maioritariamente por uso inadequado dos sistemas pelosutilizadores (lançamentodeobjectoscomofraldasepensoshigiénicosnosmesmos),outrasvezesporinsuficientecapacidadedearrastamentoeaindapordeficienteconstruçãodascâmarasdeinspecção,especialmentedassuassoleiras.

Os entupimentos nos sistemas de drenagem de águas pluviais devem-sefundamentalmente a entupimentos nos ralos de pinha que encimam ostubosdequeda,geralmenteporfaltademanutençãoelimpezadascaleirasealgerozes.

Casoseverifiquequalquerdasanomaliasreferidasnosnúmerosanteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.

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VI.2.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA

VI.2.4.1 Ossistemasdedrenagemdevemmanter-seestanquesquandosujeitosaosníveisdepressãoparaqueforamdimensionados.

VI.2.4.2 A verificação da estanquidade do sistema deve ser feita de acordo com opreconizadoemtermosregulamentares[2].

VI.2.4.3

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VI.2.4.7

As perdas de estanquidade estão geralmente associadas a uma inadequadaligação entre elementos da instalação, a um envelhecimento natural ouprovocado,aentupimentose,mais raramente,a fenómenosdecorrosão,osquaissemanifestam,nocasodetubagensembutidas,atravésdemanchasnasparedesporondecorreme,nocasodetubagensinstaladasàvista,câmarasdeinspecçãoecaixasdereunião,atravésdeexsudaçõesederrames.

Nos sistemas de drenagem de águas pluviais as perdas de estanquidadeverificam-se,fundamentalmente,devidoaerrosdeconcepçãoe/ouexecução,àpassagemdeáguadascaleirasparaointeriordosedifíciose,comalgumafrequência,adeficiênciasemtermosdeimpermeabilizaçãodascaleiras.Asroturasdastubagensmetálicasestãoassociadasadiversostiposdecorrosão,comorigemquerapartirdointeriorquerdoexterior,funçãodotipodemetalqueasconstitui,dascaracterísticasquímicasdaáguatransportadaedasuatemperatura,bemcomoadeficiênciasdeinstalação.

Àstubagensdemateriaistermoplásticosestãoporvezesassociadosfenómenosde envelhecimento prematuro e reduçãodas suas características iniciais deresistênciamecânica,comaconsequenteeclosãodeperdasdeestanquidade,porinadequaçãodopolímeroqueasconstituiparafuncionaradeterminadastemperaturas. Um outro factor associado à deterioração destes tipos detubagemtemavercomaincapacidadedomaterialconstituintepararesistiràacçãodosraiossolares(ultravioletas).

Uma outra causa de degradação, com especial incidência nas tubagens demateriais plásticos, consiste na introdução de tensões inadmissíveis nastubagens,provocadasporvariaçãodassuasdimensões linearesassociadasavariaçõesdetemperatura,oupormovimentosdiferenciaisdoselementosdaconstrução.

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VI.2.4.8

VI.2.5 CONFORTOACÚSTICO

VI.2.5.1 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaa dessolidarização das tubagens, de acordo comos critérios indicados emIV.2.3,afimdeevitarumaeventualpropagaçãoderuídosevibraçõesatravésdaqueleselementos.

VI.2.5.2 Quando se verifique a existência de equipamento mecânico ou outro(ex.: sistema elevatório), devem ser tomadas as precauções necessáriasparaacautelarqueomesmonão se constitua como fontedeperturbaçãosonoraparaosutilizadores,dandocumprimentoàsexigênciascontidasnoRegulamentodosRequisitosAcústicosdosEdifícios[4].

VI.2.5.3 Recomenda-seaadopçãodesoluçõestécnicaseainstalaçãodedispositivosdeutilizaçãooudeequipamentosqueminimizemaproduçãoderuído.

VI.2.5.4 Recomenda-se o recurso a tubagens de materiais com característicasabsorventesedemaiorespessura.

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VI.2.5.7

VI.2.6 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

VI.2.6.1 Ossistemasprediaisdedrenagemdevemserconcebidosdeformaafacilitarasoperaçõesdemanutençãoe/ouconservação.

Caso se verifiquequalquerdasanomalias referidasnosnúmerosanteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.

Odeficientedimensionamentodostubosdequeda,atravésdaadopçãodetaxasde ocupação inadequadas, pode ocasionar a formação de tampões, os quaisrebentamdevidoàsvariaçõesdepressãoverificadas,dandoorigemadescargasruidosasesifonagensinduzidasporcompressãoouaspiraçãonossifõescujosramaisconvirjamparaestes.

Asinstalaçõeselevatórias,semprequeentramemfuncionamento,transmitemvibrações,queràscanalizações,queraoedifício,comaconsequenteproduçãoderuídos.

Caso se verifique qualquer das anomalias referidas nos números anteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.

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VI.2.6.2 As tubagens, quando não embutidas, devem ficar instaladas de modo agarantirumafastamentonãoinferiora0,05memrelaçãoaoelementodesuporte (tectos, paredes, pavimentos, etc.), considerando-se como fazendopartedastubagensquaisquerisolantesourevestimentosnelasintegrados.

VI.2.6.3 Osmateriaiseequipamentosconstituintesdossistemasdevemserportadoresdeníveisdequalidadeededurabilidadecompatíveiscomavidaútilprevistaparaoedifício.

VI.2.6.4 O projectista/construtor deve fornecer ummanual de uso e manutençãodossistemas,oqualdeveconter,paraalémdasrecomendaçõesdeutilizaçãotendentesànãointroduçãodedeficiênciasfuncionaisnosmesmos,indicaçõessobreaperiodicidadeeomododerealizaçãodasnecessáriasoperaçõesdeinspecçãoemanutençãodossistemas,demodoagarantiraolongodasuavidaútilníveisdedesempenhofuncionalsatisfatórios.Omanualdeveaindaconterinformaçãosobreasmarcasefornecedoresdetubagens,dispositivosdeutilização,aparelhossanitárioserestantesequipamentosinstalados.

VI.2.7 AVALIAÇÃODECONFORMIDADE

VI.2.7.1 Aavaliaçãodaconformidadedossistemasdedrenagemdeáguasresiduaispodeserrealizadaporensaio,porcálculo(porexemplo,noquerespeitaaodimensionamentohidráulico)ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).

VI.2.7.2 O uso de sistemas não-tradicionais deve ser condicionado à existência deparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.

VI.2.7.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um aparelho, dispositivo oucomponentecomníveisdedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoa realizaçãodeoutrasacçõesdeverificação.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,uma vez que a deficiente execução dos correspondentes trabalhos podecomprometerodesempenhodosistema.

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VI.2.8 REFERÊNCIAS

[1] PEDROSO,VítorM.R.–Manual dos sistemas prediais de distribuição e de dre-nagem de águas.Lisboa:LNEC,2000.(ColecçãoEdifíciosCED7).

[2] DECRETOREGULAMENTARn.º23/95,de23deAgosto– Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.

[3] NP182:1986–Identificação dos fluidos, cores e sinais para canalizações.Lisboa:IPQ.

[4] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).

VI.3 RECOLHADERESÍDUOSSÓLIDOS(RECOLHASELECTIVA)

VI.3.1 PRINCÍPIOSGERAISVI.3.1.1

VI.3.1.2 Arecolhaderesíduossólidos(recolhaselectiva)aquesereferemaspresentesrecomendações abrange o conjunto de infra-estruturas destinadas aotransporteearmazenagemderesíduosnolocaldasuaprodução.

VI.3.1.3 Deve prever-se um sistema de evacuação de resíduos sólidos localizado econcebidodemodoaevitaresforçosexcessivosaosutilizadoreseaopessoalencarregadodasoperaçõesde limpeza,manutençãoeevacuaçãoperiódicadosdespejos.

VI.3.1.4 Emcadaedifíciodeveexistir,aoníveldarua,umlocaldestinadoarecipientescomunsderecolhadelixos,comformaedimensõesadequadasàfácilcolocação,usoeremoçãodetaisrecipientes,osquaisdevemseremnúmerocompatívelcomasuacapacidadeecomovolumeprevistodelixosdoedifício.

VI.3.1.5 Os resíduos sólidos produzidos no edifício devem ser recolhidos de formaselectiva, nomeadamente quanto ao papel, vidro, plásticos, pilhas, resíduosdomésticos, e outros que venham a ser considerados seleccionáveis, deacordocoma regulamentaçãomunicipalaplicável, semrecursoa condutas,exceptuando-seoscasosemquerazõesdeordemtécnicafundamentadajus-tifiquemsoluçãodiferente.

Asobrasderemodelaçãoe/oudereabilitaçãoemedifíciosexistentes,devemprocurarsatisfazerosrequisitosregulamentaresemvigor,nomeadamenteosestabelecidosnoRegulamentoMunicipalaplicável.

Os resíduos sólidos produzidos no edifício devem ser recolhidos de formaselectiva, nomeadamente quanto ao papel, vidro, plásticos, pilhas, resíduosdomésticos,eoutrosquevenhamaserconsideradosseleccionáveis,deacordocomaregulamentaçãomunicipalaplicável.

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VI.3.1.6 Os produtores de resíduos sólidos devemutilizar os recipientes indicados edistribuídospelaCâmaraMunicipalemfunçãodosistemaderecolhadefinidoparaaáreaouparaocasoespecífico,nomeadamente:oscontentoresherméticosnormalizadosdistribuídospelosedifícios,oscontentorespúblicosdegrandecapacidadecolocadosnaviapública,osvidrões,ospapelões,osecopontoseosecocentros.

VI.3.1.7 Sóépermitidaadeposiçãoderesíduossólidosnosrecipientesdestinadosparaoefeito,devendosersemprefechadaarespectivatampa.

VI.3.1.8 Todososprojectosdeloteamento,construçãonova,reconstrução,ampliação,remodelação e reabilitação de edifícios devem possuir um dos sistemas dedeposiçãodefinidosnasNormasTécnicasdeDeposiçãodeResíduosSólidosdoRegulamentoMunicipalaplicável,salvose,noscasosdeampliação,remodelaçãoereabilitação,talforcomprovadamenteinviáveldopontodevistatécnico.

VI.3.2 CONCEPÇÃOEDIMENSIONAMENTO

VI.3.2.1 Quandonãoseprevejasistemaalternativoderecolhaderesíduossólidos,deveexistir pelomenos um compartimento encerrado, bem ventilado e facilmenteacessível do exterior, destinado a depósito de contentores, com dimensõesrelacionadascomonúmerodecontentoresadequadosàsnecessidadesdoedifícioeàscaracterísticasdosistemaderecolha,comaáreamínimade6,00m2.

VI.3.2.2 O compartimento colectivo de armazenagem de contentores, quando forinterioraoedifício,deveestarlocalizadodeformaaqueopercursoefectuadopeloscontentoresatéaopontoderecolhanãosejaefectuadopelointeriordoedifício.

VI.3.2.3 Quandoolocaldedeposiçãodosresíduosforexterioraoedifício,deveestarsituadodeformaanãointerferircomospercursospedonaisedeacessoemveículoaoedifício.

VI.3.2.4 Adistânciadoscontentoresatéàviaturaderecolhanãodevesersuperiora20m.Oacessoatéaolocalderecolhadevesergarantidocompassagemdedimensõesmínimasde1,30mdelargurae2,20mdealtura,semdegraus.

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VI.3.2.5 Aportadeacessodeveserdeduasfolhasde0,65m,vãototalde1,30mealturamínimade2,00m,comaberturadeventilaçãoinferioresuperior.

VI.3.2.6 O compartimento, quando encerrado, deve apresentar um pé-direito nãoinferiora2,20m.Deveserdotadodeumpontodeáguasituadoaumaalturanãoinferiora0,60m,contadaapartirdoplanodopavimento,deumpontodedrenagemedeumpontodeluzcominterruptorestanque.

VI.3.2.7 OsistemadedeposiçãoderesíduosadoptadodeveserdimensionadodeacordocomafórmulaindicadanasNormasTécnicasdeDeposiçãodeResíduosSólidosemEdificaçõesanexasaosRegulamentosMunicipais.Odimensionamentodeveserefectuadoemfunçãodaocupaçãoprevista,dotipoevolumederesíduosproduzidosedacapacidaderequeridatendoemcontaafrequênciadarecolhaeasdimensõeseotipodecontentoresutilizados.

VI.3.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

VI.3.3.1 Asinstalaçõesdeevacuaçãodelixosdevemrespeitar,paraalémdoestabelecidoem IV.2 (Segurança ao incêndio) e no Anexo 2 “Recomendações Gerais deSegurançaaoIncêndio”,paraoslocaisderiscoC,asexigênciasindicadasnosnúmerosaseguir.

VI.3.3.2 Ocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentoresdevelocalizar-sepreferencialmentenopiso térreo sem ligaçãoa caixasdeescadae câmarascorta-fogo.

VI.3.3.3 OcompartimentodearmazenagemdecontentoresdeveapresentarisolamentodosrestantesespaçosdoedifícioporparedesepavimentosdaclasseCF90(EI90)eportasdaclasseCF60(EI60)emvãosinteriores.

VI.3.3.4 Os materiais de revestimento e de recobrimento dos pavimentos doscompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemgarantiraclassedereacçãoaofogoM0(A1).

VI.3.3.5 O compartimento de armazenagemde contentores deve ser dotado de umextintordeáguapulverizadacomcapacidadede6l.

VI.3.3.6 Notectodaáreadeoperaçãodocompartimentodeveserinstaladoumtermo-sensor para a ejecção de água (sprinkler), no caso de eventual princípio deincêndio.Ocompartimentonãopodetertectosfalsos.).

Aportadeacessoaocompartimentodeveser,semprequepossível,deduasfolhasde0,65m,vãototalde1,30mealturamínimade2,00m,comaberturadeventilaçãoinferioresuperior.

Ocompartimento,quandoencerrado,deveapresentar, semprequepossível,umpé-direitonãoinferiora2,20meserdotadodeumpontodeágua,deumpontodedrenagemedeumpontodeluz.

Asinstalaçõesdeevacuaçãodelixosdevemrespeitar,paraalémdoestabelecidoem IV.2 (Segurança ao incêndio) e noAnexo 3 “RecomendaçõesGerais deSegurançaaoIncêndio”,paraoslocaisderiscoC,asexigênciasindicadasnosnúmerosaseguir.

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VI.3.3.7 Quandoo localdedeposiçãodosresíduosforadossadoaoedifício,estenãodeveficaraumadistânciainferiora2,00mdeumvãoeaparedequecontactacomoedifíciodeveserdaclasseCF90(EI90).

VI.3.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

VI.3.4.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedocompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosocupantesdoedifícioeaosseusbens,contraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.

VI.3.4.2 Asaberturasdeventilaçãodocompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemterdispositivosqueimpeçamoacessodeanimais.

VI.3.4.3 Quandoolocaldedeposiçãodosresíduossesituaremzonaexterioraoedifíciopodeconsiderar-seahipótesedeserfeitaasuadelimitaçãoatravésdevedaçãooudeumabrigo.

VI.3.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

VI.3.5.1 Ocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentoresdevedispor-sedeformaafacilitarasoperaçõesdemovimentaçãodosrecipientes,devendoapresentar--se,regrageral,livredepilares,degrausouquaisqueroutrosobstáculos.

VI.3.5.2 Ocompartimentodevelocalizar-seaoníveldopisotérreo,parafácilacessoàsviaturasderecolha,nãopodendohaverdegrausentreesteeaviapública.

VI.3.5.3 Quandonosacessos e circulaçõesnão forpossível evitarosdesníveis, estesdevemserreduzidosaomínimoedisporderampasoudeoutrosmeiosquenãoobriguemapercursospordegrau.

VI.3.5.4 Asrampasdevemteramenorinclinaçãopossívelenuncasuperiora5%paravencerumadiferençadenívelemcadalançonãosuperiora0,50m.Quandoadiferençadenívelemcadalançoforsuperioraoindicado,asrampasdevempossuirplataformashorizontaisdedescansonabaseenotopodecadalançocomumcomprimentonãoinferiora2,00m.

VI.3.5.5 Orevestimentodopavimentodeveserfeitoemmaterialcerâmicoououtroquesejaresistenteaochoqueequesejaanti-derrapante.

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VI.3.5.6 As soleiras devem ter uma alturamáxima de 0,02m, devendo ser sutadasemtodaalarguradovãoemcasodeimpossibilidadedecumprimentodestadimensão.

VI.3.5.7 Adeposiçãoderesíduossólidosnosrecipientesnãodeveserexecutadaagranel,nemconterresíduoslíquidosouliquefeitos,cortantes,passíveisdecontaminaçãooudecausardanonopessoalqueexecutaaoperaçãoderecolha.

VI.3.6 ESTANQUIDADEÀÁGUA

VI.3.6.1 Oselementosdeconstruçãodocompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemserestanqueseresistiràpresençapermanenteouprolongadadeágua.

VI.3.6.2 Orevestimentointernodasparedesdeveserexecutado,dopavimentoaotecto,commaterialliso,comcaracterísticasdeimpermeabilidadeequivalentesaosazulejos,elavável.

VI.3.6.3 Ostectosdevemserlisoserevestidosnatotalidadecommateriaisqueofereçamcaracterísticasdeimpermeabilidadeequivalentesaosazulejos.

VI.3.6.4 Orevestimentodopavimentodeveserdematerialimpermeáveleexecutadocompendentenãoinferiora2%nemsuperiora4%,convergindoparaumpontoderecolhadeáguassifonadoapartirdoqualadrenagemdeáguasresiduaisdeveserfeitaparaorespectivocolector.

VI.3.6.5 Devehaverespecialatençãoàzonadejunçãoentreasparedeseospavimentosdeformaagarantir-seaestanquidadeàáguatambémdestaszonas.

VI.3.7 QUALIDADEDOARINTERIOR

VI.3.7.1 Osistemadedeposiçãoderesíduossólidosdevepermitirasuafácilremoção,emboascondiçõesdehigieneesemquepossamproduzir-seefeitosdeacumulaçãoefermentaçãodosmesmos,comosinerentesriscosdedisseminaçãodeagentespatogénicosedelibertaçãodegasesnocivoseodoresincómodos.

VI.3.7.2 Deveserasseguradaaventilaçãodocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentores.

VI.3.7.3 A ventilação do compartimento deve ser feita através de vão com áreacorrespondente a 1/10 (um décimo) da área do compartimento, abertodirectamenteparaoexterior,ouporventilaçãoforçadaquegarantaumcaudalderenovaçãodearequivalente,salvaguardandoemambososcasosummínimodeseisrenovaçõesdearporhora.

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VI.3.7.4 O vãode porta de acesso ao compartimento colectivo de armazenagemdecontentores deve possuir aberturas de ventilação inferior e superior comdimensõesnãoinferioresa0,10mx0,30m.Aaberturadeventilaçãoinferiordevesituar-sea0,20mdosoloeserprotegidacomrededemalhade0,01m.

VI.3.7.5 A ventilaçãopode ser garantida atravésde esquadrias basculantesde vidroaramado,venezianasdemetal,etc.

VI.3.7.6 A localizaçãoeconcepçãodestescompartimentosdevemser taisquea suatemperaturainteriornãosejasuperiora30OC.

VI.3.8 CONFORTOACÚSTICO

VI.3.8.1 A localização do compartimento de armazenagem de contentores deve serestudadadeformaaevitarasuacontiguidadecomquartosousalasderepouso.Quandotalnãoforpossível,devemseradoptadasdisposiçõesqueatenuemapropagaçãoderuídos.

VI.3.9 CONFORTOVISUAL

VI.3.9.1 O compartimento de armazenagem de contentores deve apresentar umailuminânciamédianãoinferiora60lux.

VI.3.10 EXIGÊNCIASDELIMPEZA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

VI.3.10.1 Oscompartimentosdearmazenagemcolectivadecontentoresdevemserbemventiladosepossuirdisposiçõesapropriadasparaasualavagemfrequente.

VI.3.10.2 Osrevestimentoseacabamentosinterioresdocompartimentonãodevemserpropíciosàacumulaçãodepoeirasesujidades.

VI.3.10.3 Duranteavidadoedifícioocompartimentonãodeveteroutrofimquenãosejaoderecepçãoderesíduossólidos.

VI.3.10.4 No compartimento de armazenagem de contentores devem encontrar-se afixadas, de forma bem legível, as instruções sobre a melhor forma deacondicionaredepositarosdiferentestiposderesíduosenormasdeusoedemanutenção.Os contentoresdevemestar convenientementeassinaladosdeacordocomafracçãoderesíduoscorrespondente.

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VI.3.10.5 O compartimento deve ser sempremantido emperfeito estado de higiene,segurançaefuncionalidade.

VI.3.10.6 No compartimento de armazenagem de contentores devem realizar-seactividadesdemanutençãocomperiodicidadeadequadaaofuncionamentodecadaestabelecimento.

VI.3.10.7 Atítuloindicativoapresentam-se,noquadroseguinte,asactividadesdemanutençãoerespectivasperiodicidadesrecomendadasparaedifíciosdehabitação[17].

VI.3.11 DOCUMENTAÇÃOEINFORMAÇÃOTÉCNICA

VI.3.11.1 Os projectos dos sistemas de deposição de resíduos sólidos fazem parteintegrantedosprojectosdearquitecturacorrespondentesàconstrução,alte-raçãoouampliaçãodosedifícios.

VI.3.11.2 Oprojectodosistemadedeposiçãoderesíduossólidosdeveincluirumamemóriadescritivaejustificativaondeconstemadescriçãodossistemas,asrespectivasdimensões,osmateriaiseequipamentosautilizar,adescriçãodosdispositivosdeventilaçãoelimpezaeoscálculosnecessáriosaoseudimensionamento.

VI.3.11.3 Oprojectodosistemadedeposiçãoderesíduossólidosdeveincluirelementosgráficos, que contenham a distribuição esquemática dos contentores nocompartimento.

VI.3.11.4 Oprojectodosistemadedeposiçãoderesíduossólidosdeveincluirumcorteverticaldoedifícioàescalamínimade1/100,apresentandoocompartimentocolectivodearmazenageme,quandoforcasodisso,dostubosdequeda,sistemadeventilaçãoecompartimentodedeposiçãonospisosdoedifício.

Os projectos dos sistemas de deposição de resíduos sólidos devem fazerparteintegrantedoprojectodearquitecturacorrespondenteàalteraçãodosedifícios.

Actividadeseperiodicidadedemanutenção(sistemahorizontal)

Actividades PeriodicidadeLimpezadoscontentores 3diasDesinfecçãodoscontentores 1,5mesesLimpezadopavimentodocompartimentodoscontentores 1diaLavagemdopavimentodocompartimentodecontentorescommangueira 2semanasLimpezadasparedes,portasejanelas,etc. 4semanasLimpezageraldasparedesetectosdocompartimento,incluindoelementos 6semanasdosistemadeventilação,luminárias,etc.Desinfecção,desinfestaçãoedesratizaçãodocompartimentodecontentores 1,5meses

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VI.3.11.5 O projecto do sistema de deposição de resíduos sólidos deve apresentarpormenoresàescalamínimade1/20doscompartimentosecondutavertical,nocasodossistemaspreveremestescomponentes.

VI.3.12 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEI n.º 38382/1951, de 7 de Agosto, e posteriores alterações –Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU).

[2] DECRETO-LEIn.º64/90,de21deFevereiro–Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios de Habitação.

[3] DECRETO-LEIn.º409/98,de23deDezembro–Regulamento Geral de Segurança contra Incêndio em Edifícios do Tipo Hospitalar.

[4] DECRETO-LEIn.º414/98,de31deDezembro–Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios Escolares.

[5] DECRETO-LEIn.º239/97,de9deSetembro–Estabelece as Regras a que fica sujeita a Gestão de Resíduos.

[6] CONSELHOSUPERIORDEOBRASPÚBLICASECOMUNICAÇÕES(CSOPT)–Projecto de Regulamento Geral das Edificações.VersãodeJaneirode2007.Lisboa:CSOPT,2007,.

[7] SERVIÇONACIONALDEBOMBEIROSEPROTECÇÃOCIVIL(SNBPC)–Projecto de Regulamento Geral de Segurança contra Incêndio em Edifícios.Lisboa:SNBPC,2005.

[8] FUNDODE FOMENTODAHABITAÇÃO (FFH)– Instruções para Projectos de Habitação Promovida pelo Estado.Lisboa:FFH,1978.

[9] DESPACHOn.º41/MES/85,de14deFevereiro– Recomendações Técnicas para Habitação Social (RTHS).Lisboa:ImprensaNacional–CasadaMoeda,1988.

[10] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Normas Técnicas para Projecto de Edifícios de Habitação.Lisboa :LNEC, 1995. (NãoSeriadoNS73)

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[11] CÂMARAMUNICIPALDELISBOA–Regulamento de Resíduos Sólidos da Cidade de Lisboa. BOLETIMMUNICIPAL Ano XI, n.º 547, de 12 de Agosto de 2004.DisponívelnaInternet:www.cm-lisboa.pt.

[12] CÂMARAMUNICIPALDOPORTO–Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos e Limpeza Pública e Normas Técnicas para os Sistemas de Deposição de Resíduos Sólidos Urbano em Edificações no Concelho do Porto.SeparataaoBoletimMunicipaln.º3640,de20deJaneirode2006.DisponívelnaInternet:www.cm-porto.pt.

[13] CÂMARA MUNICIPAL DE VILA NOVA DE GAIA – Regulamento de Resíduos Sólidos Urbanos e Higiene Pública do Município de Vila Nova de Gaia.DisponívelnaInternet:www.cm-gaia.pt.

[14] CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS – Regulamento de Resíduos Sólidos do Município de Cascais.DisponívelnaInternet:www.cm-cascais.pt.

[15] CÂMARAMUNICIPALDEALBUFEIRA–Regulamento de Resíduos Sólidos e Higiene Urbana do Município de Albufeira.DisponívelnaInternet:www.cm-albufeira.pt.

[16] THESTATIONERYOFFICE–The Building Regulations 2000. Approved document H – Drainage and waste disposal. H6–Solidwastestorage.UK:TheStationeryOffice,2002.

[17] MINISTÉRIODEVIVIENDA–Código Técnico de la Edificación. Documento Básico HS: Salubridad. HS2: Eliminación de residuos.Madrid :MinistériodeVivienda,2006.

VI.4 VENTILAÇÃOEEVACUAÇÃODEPRODUTOSDACOMBUSTÃO

VI.4.1 PRINCÍPIOSGERAISVI.4.1.1 Aconcepçãodossistemasdeventilaçãoedeevacuaçãodosprodutosdacombustão

deverespeitarosprincípiosdefinidosemIV.6(Qualidadedoarinterior).

VI.4.1.2 Osdispositivosdecombustãodevemserservidosporcondutasparaevacuaçãodosprodutosdacombustãoedevemseralimentadosporarnovodeformaaquefuncionemnassuascondiçõesnominais.

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VI.4.1.3

VI.4.1.4 Acoexistênciade sectoresdoedifício servidospor sistemasoudispositivosdeventilaçãomecânica com outros sectores servidos por sistemas de ventilaçãonaturalestácondicionadaànãoexistênciadeinterferênciaentreessessistemas,uma vez que a depressão causada pelos sistemas ou dispositivos mecânicospodeprovocarainversãodatiragemnascondutasdeventilaçãonatural,sendoespecialmentegravosonocasodosprodutosdacombustão.Estasituaçãoapenaséaceitávelseforemsatisfeitosrequisitosespecíficos.

VI.4.1.5

VI.4.1.6 Para efeito do número VI.4.1.4, considera-se satisfeita a exigência de nãoexistir interferência entre os sistemas desde que as zonas de comunicaçãocomunsentreessessectoresestejamseparadasentresi.Estaseparaçãodeveserexecutadaatravésdautilizaçãodeportasdebaixapermeabilidadeaoar,emconformidadecomaSecção7.5danormaNP1037-1[1],providasdefechoautomático,nãodevendoaindaexistirqualqueraberturapermanente.

VI.4.2 CONCEPÇÃOEDIMENSIONAMENTO

VI.4.2.1 Naausênciadenormaportuguesaoueuropeiaaplicávelàconcepçãoedimen-sionamentodos sistemasde ventilação, o projectista deve especificar clara-mentequalodocumentodereferênciaseguidonoprojectoeevidenciaroseucumprimento.Casosejanecessáriosocorrer-sedediferentesdocumentosdereferência,deveevidenciarasuacompatibilidade.

VI.4.2.2 Osistemadeventilaçãodeveserdimensionadoparaasseguraroscaudaisdeventilaçãodeterminados.Nodimensionamentodosistemadeventilaçãodeveserasseguradooequilíbrioentreocaudaldearnovoadmitidoeocaudaldearextraído,emtodooedifícioeporsectoresdeventilaçãodoedifício.

Nocasodosedifíciosexistentes,nãoéadmissívelqualquerreduçãodesecçãodascondutasreferidasnonúmeroanteriorqueponhaemcausaasegurançadosutilizadoresouadisponibilidadedosaparelhosagás.

Nocasodesoluçõesdestetipojáinstaladaseemuso,asuapermanênciaemfuncionamentosóéaceitáveldesdequeseverifiqueexperimentalmentequeasdepressõescausadaspelosdispositivosousistemasmecânicosdeexaustãonãoafectamosdispositivosdeventilaçãonatural.Talverificaçãopodeserrealizadaatravésdamediçãodavariaçãodepressão,comossistemasmecânicosactivoseinactivos,geradasnosespaçosventiladosnaturalmentemaisafectados.

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VI.4.2.3 Para a concepção e dimensionamento de sistemas de ventilação naturalrecomenda-sequesejaseguidaametodologiadecálculoprevistananormaEN13465[2]easprescriçõesdanormaNP1037-1[1].

VI.4.2.4 Sempre que as potências dos aparelhos a gás de projecto excedam asespecificadasnanormaNP1037-1[1],deveproceder-seaodimensionamentotérmicoedemecânicadefluidosdaschaminésdeacordocomanormaEN13384[3].

VI.4.2.5 A especificação de chaminés deve ter em conta os requisitos indicados nanormaEN1443[4].

VI.4.2.6 Para a concepção e dimensionamento de sistemas de ventilação mecânicarecomenda-se que sejam seguidas as prescrições da norma NF P 50-410(DTU68.1)[5]oudeoutrosdocumentosdereferência,porexemploASHRAEFundamentals[11].

VI.4.2.7 Paraaexecuçãodesistemasdeventilaçãomecânicarecomenda-sequesejamseguidasasprescriçõesdanormaNFP50-411-1(DTU68.2)[6].

VI.4.2.8 Paraaconcepçãoedimensionamentodaventilaçãodascozinhasdeveaplicar-seanormaNP1037-4[7].Aexigênciaconstantenestanormarelativaàdisposiçãodahotedeveseralteradadeformaaqueestaseestendaaté,pelomenos,0,30mparaalémdoplanoverticaldosaparelhosqueassiste.

VI.4.2.9 Exceptuam-sedonúmeroanteriorascozinhasquepelascaracterísticasdasuautilizaçãoedimensãopossamserassimiladasacozinhasdomésticas,devendonesse caso respeitar a norma NP 1037-1 [1], no caso de serem ventiladasnaturalmente, ou a norma NF P 50-410 (DTU 68.1) [5], no caso de seremventiladasmecanicamente.

VI.4.2.10 ParaoposicionamentodosaparelhosagásdeveserseguidaaNP1037-3[8].

VI.4.2.11 Oposicionamentodassaídasparaoexteriordascondutasdeevacuaçãodosprodutosdacombustão,comexcepçãodasqueservemprodutosdacombustãodogásprovenientesdeaparelhosindividuaiscompotênciainferiora40kW,devemobedeceraodispostonoCapítulo9.3.3danormaNP1037-1[1].

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VI.4.2.12

VI.4.2.13 As condutas que servem os compartimentos de serviço não devem servircompartimentosprincipais.

VI.4.2.14 Asbocasdeextracçãoqueservemomesmocompartimentooulocaispróximosnãodevemestarligadasaextractoresdistintos,amenosquesejaasseguradaainexistênciaderefluxoeacontaminaçãodaszonasmaislimpas.

VI.4.2.15 Recomenda-sequeaconcepçãodainstalaçãoprevejaapossibilidadedeexistirregulaçãodocaudal(manualouautomática),porrazõesdeeconomiaenergéticaeconforto.Nocasodelocaiscomextracçãomecânicadearrecomenda-seautilizaçãodeaberturasderegulaçãoautomática.

VI.4.2.16 Asaberturasdeadmissão,passagemeexaustãodeardevemserposicionadasdeformaaquenãopossamserobturadasnodecursodautilizaçãonormaldoedifício.

VI.4.2.17

VI.4.3 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE

VI.4.3.1 Aresistênciamecânicadoscomponentesautoportantesdeveserevidenciadaatravés de dimensionamento tendo em conta as acções previstas noRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEstruturasdeEdifíciosePontes[10]eoregulamentoestruturaloueurocódigoaplicáveisaotipodeconstruçãoemcausa.

Nocasodeinstalaçõespreexistenteseemfuncionamentodeveserverificadoex-perimentalmenteseofuncionamentodosaparelhosdecombustãopodeprovocara contaminação do ar interior compoluentes, quer através da sua admissãoporjanelas,querporaberturasdeadmissãodear.Devemserconsideradasascondiçõesmeteorológicasmaisdesfavoráveiserealizadaasuajustificaçãonosregistosdeensaio,queserãoconsideradososdocumentosdecomprovaçãodaconformidade.

Nocasodasconstruçõesjáexistentesadmite-sequesejajustificadoatravésdosprocedimentosdeutilizaçãoemusoquetaisaberturasnãosãoobturadas.

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VI.4.4 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

VerIV.2(Segurançaaoincêndio)

VI.4.5 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

VI.4.5.1 As instalaçõesdeventilaçãoedeevacuaçãodeprodutosdacombustão,emespecialassuascondutascolocadasnoexteriorquandoadossadasàsfachadasdosedifícios,nãodevempossibilitaroescalamento.

VI.4.5.2

VI.4.6 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

VI.4.6.1 Oslocaiscomaparelhosdecombustãonãopodemseracessíveisacrianças.

VI.4.6.2 Os equipamentos de ventilação, exceptuando as aberturas de admissão,passagemeexaustãodear,sódevemseracessíveisaosfuncionários(elementosquedesempenhamumaactividadeprofissionalnoedifício).

VI.4.6.3 Oesforçodemanobradosdispositivosqueintegramossistemasdeventilaçãodeveserlimitado,deacordocomasuautilização.

VI.4.6.4 Ascondutasondesãoescoadosprodutosdacombustãocujasuperfícieexteriorpossaatingirtemperaturassuperioresa45°Cnãodevemestaracessíveisaocontactocomosutilizadoresdosedifícios.

VI.4.6.5 As superfícies dos elementos dos sistemas de ventilação que estiverem aoalcancenormaldaspessoasnãodevemserexcessivamenterugosas,deformaaquepossamcausarferimentos,nempossuirgumescortantes.

VI.4.7 CONFORTOHIGROTÉRMICO

VI.4.7.1 Ascaracterísticaseoposicionamentodasaberturasdeadmissãoedepassagemdear,bemcomodeexaustãodearoudeprodutosdacombustão,devemserdemoldeaquedofuncionamentodessasaberturasnãoresultedesconfortoparaosocupantesdoedifícionemdegradaçãodaconstruçãooudeficiênciasnofuncionamentodosequipamentosaíexistentes.

VI.4.8 CONFORTOACÚSTICO

VI.4.8.1 No contexto da aplicação da regulamentação nacional relevante para esteaspecto, os sistemas de ventilação podem constituir uma fonte de ruído,

No caso das construções já existentes devem ser tomadas medidas com-plementaresparaserevitadooescalamento.

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querdevidoàtransmissãodoruídoaéreoproduzidopeloventiladoratravésdas condutas, quer pela produçãode ruídonos seus componentes devido àvelocidade do escoamento do ar, assim como do que possa ser transmitidopor via sólida (sistemas de apoio e fixação). Para além disso, deve ser tidoem consideração que a existência de condutas de ventilação servindosimultaneamentedoiscompartimentosdistintospodeconduziraumareduçãodoisolamentosonoro,namedidaemqueestabelecemumapontefónicaentreestescompartimentos.

VI.4.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

VI.4.9.1 Partes dos sistemas de ventilação que são inacessíveis para efeitos desubstituição, por estarem integrados na construção do edifício, devem serconcebidaserealizadasdeformaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíododevidaigualaoprevistoparaodoedifício,admitindo-sequeessaspartesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.Naausênciadeoutrareferênciaadmite-sequeesseperíodoénomínimode50anos.

VI.4.9.2

VI.4.9.3 Ossistemasdeventilaçãoeosseuscomponentesdevemapresentardurabilidadesatisfatóriafaceaoseugraudeexposiçãoaosagentesatmosféricos(quandocolocadosnoexterior),aosfluidoscomosquaiscontactam(emespecialosqueescoamnoseuinterior)eàacçãodosutilizadores.

VI.4.9.4 Todososelementosdossistemasdeventilaçãoedeevacuaçãodosprodutosde combustão, incluindoas respectivas condutas, devemser acessíveisparalimpeza, podendohavernecessidadede integrarnos sistemasde ventilaçãoportasdeinspecçãoelimpeza.

VI.4.9.5 Asbocasdeextracçãoedeadmissãodeardevemserfacilmentedesmontáveisparapermitiralimpezaperiódica.

VI.4.9.6 Todososelementosdossistemasdeventilaçãoedeevacuaçãodosprodutosdecombustão,exceptoquandoconstituemparteintegrantedaconstruçãodoedifício,devemseracessíveisparareparaçãoesubstituição.

No caso das construções já existentes devem ser tomadas medidas com-plementaresparaserevitadooescalamento.

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VI.4.9.7 Todososelementosecomponentesdossistemasdeventilaçãocomumavidaútilprevistasignificativamenteinferioràdainstalaçãodevemterelementosdesubstituiçãodevidamenteaprovisionados.

VI.4.9.8 AmanutençãodeveserrealizadadeacordocomoprevistonoManualdeManu-tençãoeUtilizaçãodoedifício.

VI.4.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

VI.4.10.1 A avaliação da conformidade dos sistemas de ventilação com as exigênciasestabelecidaspodeserrealizadaporensaio,porcálculo(ex.:noquerespeitaaodimensionamentoaerodinâmicoouaodesempenhotérmico)ouporinspecção(quando se trata da verificação de requisitos apenas por observação, porexemplonoquerespeitaaotraçado).

VI.4.10.2 Ousodesistemasdeventilaçãoinovadoresdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudedocumentodeaprovaçãotécnica.

VI.4.10.3 AmarcaçãoCEdeumaparelho,dispositivooucomponente,ouasuaaprovaçãotécnica, com níveis de desempenho iguais ou superiores aos especificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicas,pressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesà suamontagem em obra e integração no sistema de ventilação, uma vezque a deficiente execução desses trabalhos pode comprometer o adequadodesempenhodosistema.

VI.4.10.4

VI.4.10.5 Oprojectodeexecuçãoeocadernodeencargostécnicodevemsersuficien-tementedetalhadosdeformaapossibilitaremaverificaçãodaconformidadedaobracomoseuconteúdo.

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Nocasodeedifíciosexistentesacomprovaçãodaconformidadedossistemasdeventilaçãocomestasexigênciaspodetambémserrealizadapormediçãodirectadas taxas de ventilação dos locais, por exemplo através dométodo dos gasestraçadores.Nocasodeventilaçãonaturaloperíodoouperíodosdemediçãodevemteremcontaasdiversascondiçõesmeteorológicas (nomeadamentediferentescondiçõesdevelocidadeedirecçãodovento,bemcomodiferentestemperaturasexteriores).Dadoqueoprocedimentoexperimentalpodesermorosoedispendioso,casosejautilizadoparacomprovaçãodaconformidade,deveserencaradaasuasimplificaçãoatravésdaanálisedassituaçõesprevisivelmentemaisdesfavoráveisedaextrapolaçãodosresultadosobtidosparaoutroslocaiseparaoutrascondiçõesmeteorológicascomrecursoacálculo.

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VI.4.10.6

VI.4.10.7 Adefiniçãodosensaiosparaavaliaçãodaconformidadedosistemadeventi-laçãomecânicainstaladoédaresponsabilidadedoprojectistaedeveserindi-cadonoprojecto.OprojectistadeveprocederàdefiniçãodosensaiostendoemcontaanormaEN12599[9].Osensaiosdevemabrangerascondiçõesmaisdesvantajosasdefuncionamento,envolvendoaactivaçãodosaparelhosagás.

I.1.2 DOCUMENTAÇÃOEINFORMAÇÃOTÉCNICA

VI.4.11.1 Adocumentaçãorelativaaossistemasdeventilaçãoeevacuaçãodosprodutosdecombustãodeveincluir:(i)projectodeexecução;(ii)autoderecepçãocomespecificação(emanexo)dosensaiosrealizadosedosrespectivosresultados;(iii)manualdeinstruçõesdeutilização;(iv)etiquetagemdosequipamentos;(v)manualdemanutenção.

VI.4.11.2 OProjectodeExecuçãodeveincluirosestudosdeconcepçãoedimensionamentoda instalação e permitir a verificação da conformidade com os documentosnormativosseguidos.Domesmodevemconstarosseguinteselementos:memóriadescritivae justificativa,definiçãoedescriçãogeraldo sistemadeventilação,indicação dos caudais nominais (para cada abertura de exaustão e para ascondutas),cálculosdedimensionamento(condutasdeevacuação,condutasdeligação,aberturasdeadmissãodear,aberturasdeevacuação,passagensdearinteriores),quadro-resumoindicandooscaudaisetiposdeventilaçãoemcadacompartimento,permeabilidadeaoarespecificadaparaacaixilhariaexteriorepreenchimentosdevãosdecomunicaçãoentrediferentessectoresdeventilação,especificaçõesdemateriaiseequipamentosepeçasdesenhadas.

VI.4.11.3 OManualdeInstruçõesdeUtilizaçãodeveexplicaraoutilizadorofuncionamentoglobaldo sistemadeventilação implementadonoedifício, indicarde forma

Nocasodasconstruçõesjáexistentes,dadaapossibilidadedepartedaventilaçãoserrealizadaporaberturadasjanelas(verIV.6–Qualidadedoarinterior)deveserelaboradaumamemóriadescritivaedecálculorelativamenteaosistemadeventilaçãoinstaladoexplicitandoclaramenteoscaudaisdeventilaçãoprevistos,asuaconformidadecomestasregraseaformadasuaobtenção.Essedocumentoseráutilizadoparaaverificaçãodaconformidadedosistemadeventilaçãocomestasregras.

Nocasodasconstruções jáexistentesadocumentaçãotécnicadeve incluir: (i)memóriadescritivaedecálculodosistemadeventilaçãoexistente;(ii)registosdos ensaios de verificação que eventualmente tenham sido realizados e dosrespectivosresultados;(iii)manualdeinstruçõesdeutilização;(iv)etiquetagemdosequipamentos;(v)manualdemanutenção.

A memória descritiva e de cálculo deve incluir os estudos de verificação dodesempenho da instalação e permitir a verificação da conformidade com osdocumentosnormativosseguidos.Domesmodevemconstarmemóriadescritivaejustificativa,definiçãoedescriçãogeraldosistemadeventilação,indicaçãodoscaudaisnominais(paracadaaberturadeexaustãoeparaascondutas),cálculosde dimensionamento (condutas de evacuação, condutas de ligação, aberturasdeadmissãodear,aberturasdeevacuação,passagensdearinteriores)quandoaanálisedodesempenhonãoforsustentadaporavaliaçãoexperimental,quadro-resumo indicandoos caudais e tiposde ventilação emcada compartimento epermeabilidadeaoarestimadaparaacaixilhariaexteriorepreenchimentosdevãosdecomunicaçãoentrediferentessectoresdeventilação(quandoaanálisedodesempenhonãoforsustentadaporavaliaçãoexperimental).

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clara as instruções de funcionamento das bocas reguláveis pelo utilizador(definindoascondiçõesdeutilizaçãoquedevempresidiràselecçãodoscaudais)eindicarasacçõesdelimpezaaempreenderquenãorequeiramaintervençãodepessoalespecializado,asuaperiodicidadeetodoosmateriaisnecessários(nomeadamenteprodutosdelimpeza).

VI.4.11.4 Todososelementosquepodemseraccionadospeloutilizador (ex.:asbocasreguláveis) devem estar etiquetados de forma visível e durável indicandoclaramente o modo de operação e a correspondência de cada posição deregulaçãoaorespectivocaudal.

VI.4.11.5 OManual deManutenção deve especificar todas as acções demanutençãoprevistas,indicandoasuaperiodicidade,osmateriaisnecessárioseareferênciadaspeçasdesubstituição,bemcomoindicaçãodafirmaqueascomercializa.Estemanual deve também especificar as peçasmais susceptíveis de avaria(nomeadamente,nocasodeventilaçãomecânica,correiadoextractor,motor,etc.)eoseumododesubstituição,desdequetaltarefapossaserconfiadaaoTécnicoResponsávelpelainstalação.Estasinformaçõesdevemintegrar-senoManualdeManutençãoeUtilizaçãodoestabelecimento.

VI.4.12 REFERÊNCIAS

[1] NP1037-1:2002–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 1: Edifícios de habitação. Ventilação natural. Lisboa:IPQ.

[2] EN 13465: 2004 – Ventilation for buildings – Calculation methods for the determination of air flow rates in dwellings.Brussels:CEN.

[3] EN13384:2002–Chimneys – Thermal and fluid dynamic calculation methods.Brussels:CEN.

[4] EN1443:2003–Chimneys – General requirements.Brussels:CEN.

[5] NFP50-410:1995–Installations de ventilation mécanique contrôlée – Règles de conception et de dimensionnement.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU68.1).

[6] NFP50-411:1993–Travaux de bâtiment. Exécution des installations de ventilation mécanique. Partie 1: cahier des clauses techniques. Paris: AFNOR. (DocumentTechniqueUnifiéDTU68.2).

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[7] NP1037-4:2001–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 4: Instalação e ventilação das cozinhas profissionais.Lisboa:IPQ.

[8] NP1037-3:2002–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 3: Volume dos locais. Posicionamento dos aparelhos a gás.Lisboa:IPQ.

[9] EN12599:2002–Ventilation for buildings. Test procedures and measuring methods for handing over installed ventilation and air conditioning systems.Brussels:CEN.

[10] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).

[11] ASHRAE– ASHRAE Fundamentals Handbook.Atlanta:ASHRAE,2005.

VI.5 CLIMATIZAÇÃO

VI.5.1 PRINCÍPIOSGERAIS

VI.5.1.1 As instalaçõesdeclimatizaçãodevemserconcebidas, instaladasemantidasdeformaaassegurarascondiçõesdeconfortohigrotérmicoprevistasemIV.7(Conforto higrotérmico e eficiência energética) para os locais consideradosnecessários.Algunsespaços,peloseureduzidoperíododeocupaçãooupeloreduzidonúmerodehorasdedesconfortoprevisível,podemdispensarorecursoàclimatização.

VI.5.1.2 NaapreciaçãodanecessidadedeinstalaçãodesistemasdeclimatizaçãodevemserseguidososprincípiosecritériosdefinidosemIV.7.2.

VI.5.1.3 Ossistemasdeclimatizaçãodevemserconcebidosdeformaintegradacomaarquitectura,aqualidadetérmicadaenvolvente,operfildeutilizaçãodosespa-çosdoedifícioeascargasinternasdeiluminação,equipamentoseocupantes,optimizandoaeficiênciaenergéticadoedifícioecumprindoosrequisitosdeconfortoesegurançaaplicáveis.

VI.5.1.4 No caso de edifícios dotados de sistemas de climatização mecânica e quesejam abrangidos pelo RSECE (área superior a 1000 m², potência térmica

ORSECE é de cumprimentoobrigatório para as grandes intervenções de rea-bilitaçãorelacionadascomaenvolvente,asinstalaçõesmecânicasdeclimatização

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dos sistemas de climatização superior a 25 kW), devem ser cumpridas asexigências regulamentaresprevistas.Nocasodeedifícios comsistemasquenãosejamabrangidospeloRSECE,asinstalaçõesenergéticasdevemobedeceraosprincípiosdefinidosnesseregulamento,nomeadamentenosaspectosdeprojecto,ensaio,instalaçãoemanutenção.

VI.5.1.5 Osistemadeclimatizaçãoaadoptardeveatenderaotipodeutilizaçãoeocu-paçãodos espaços, devendo ser privilegiados sistemas demaior inércia noslocais com ocupação contínua ou que careçam de climatização contínua esistemasdemenorinérciaparaespaçoscomocupaçãodecurtaduração.

VI.5.1.6 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoedimensionadoatendendoaosrequisitos de confortohigrotérmicodefinidos em IV.7.2, devendooprojectoapresentar:a) Memóriadescritivaejustificativaenotasdecálculocontendo:

- Descriçãogeraldoedifício,comidentificaçãodoslocaiseocupação;- Característicastérmicasdoselementosdaenvolvente;- Condiçõesclimáticasexteriores;- Condiçõesdeambienteinteriorconsideradas,caudaisdeventilaçãoe

descriçãodoperfildeocupaçãoedascargastérmicasdosdiferentesespaços;

- Paraoslocaisondesãorequeridascondiçõesdeconfortohigrotérmicodevemserindicadasastemperaturasinterioresprevisíveisnaausênciadesistemadeclimatizaçãoeonúmerodehorasemquesãoexcedidasastemperaturasde16°Cede29°C;

- Resultadosdocálculodascargastérmicasporzonaeparaoedifícioe das necessidades térmicas anuais do edifício, com indicação dosmétodosdecálculoadoptados;

- Descriçãodetalhadadosistemadeclimatizaçãoprojectadoparacadazonadoedifício;

- Dimensionamento das redes de distribuição de fluidos térmicos (are água), com determinação das características das bombas (caudal,pressão, rendimento, potência absorvida, potência instalada evelocidade de rotação), dos ventiladores (caudal, pressão estáticae dinâmica, rendimento, potência absorvida, potência instalada evelocidadederotação)edeeventuaismecanismosdeequilíbrio;

- Dimensionamentodacentral térmicadeproduçãodecaloredefrioedaunidadede tratamentodear, comespecificaçãodas classesdefiltrosdaUTA;

- Selecção e especificação dos diversos elementos da instalação combasenosresultadosdodimensionamento;

- Dimensionamentodosquadrosedainstalaçãoeléctricadosistemadeclimatização;

ouosdemaissistemasenergéticosdoedifícioeàszonasampliadasemedifíciosexistentes(emqueaintervençãonaparteoriginalnãoatingeolimiardefinidoparas as grandes intervenções de reabilitação). O RSECE também se aplicaà instalação de novos sistemas de climatização e quando a potência térmicainstaladaésuperiora25kW.

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- Descriçãodetalhadadosistemadecontroloeregulaçãodainstalaçãodeclimatizaçãoedeeventuaissistemasdegestãocentralizada;

- Indicaçãodasnecessidadesdefornecimentodeenergia(electricidade,gás,fuel,etc.)paraosistemadeclimatização,osquaisserãoobjectodedimensionamentonoprojectodessasinstalações;

- Cálculo dos consumos energéticos mensais e anuais dos sistemasenergéticos e de climatização do edifício, determinação do IEE everificaçãodolimiteindicadoemIV.7.2.

b) Desenhoseesquemasdefuncionamentodasinstalaçõesenergéticas:- Esquemadeprincipiodacentraltérmicadeproduçãodecalorefrioe

dosequipamentosauxiliares;- Esquemadeprincipiodasredesdedistribuiçãodosfluidostérmicose

dosseusacessórioscomindicaçãodoscaudaisetemperaturas;- Esquemadeprincípiodosistemadecontrolodainstalação;- Esquemadainstalaçãoeléctricadosistemadeclimatização;- Esquemadainstalaçãodeabastecimentodecombustíveis;- Plantadasaladasmáquinas;- Desenhos detalhados do sistema de climatização que permitam a

boa execução dos trabalhos com indicação das condutas, tubagens,unidadesterminais,registos,válvulas,acessórios,fixaçãoeapoiosdoscomponenteseequipamentos.

c) Mapa de medições indicando a quantidade e qualidade dos trabalhosnecessáriosparaaexecuçãodosistemadeclimatização;

d) Cadernodeencargosdetalhandoascondiçõestécnicas,geraiseespeciais,dosistemadeclimatização;

e) Especificação dos ensaios a realizar para a regulação e a recepção dainstalaçãodeclimatização;

f) Paraafasedelicenciamento,elaboraçãodasfichasprevistasnoRCCTEounoRSECE,termoderesponsabilidadedotécnicoresponsávelpeloprojectodeclarando a satisfação dos requisitos regulamentares e declaração deconformidadesubscritaporumperitonoâmbitodoSCE.

Alistaanteriorpodeseradaptadatendoemcontaadimensãoeosequipamentosutilizadosnosistemadeclimatização.

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VI.5.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO

VI.5.2.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoeinstaladodemodoanãocons-tituircausadeincêndionemcontribuirparaasuapropagação,deacordocomaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleoestabelecidoemIV.2(SegurançaaoIncêndio).

VI.5.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO

VI.5.3.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoeinstaladodemodoaminimizaroriscodeintrusãodepessoaseactosdevandalismo.

VI.5.3.2 Ascondutasetubagensdosistemadeclimatização,principalmenteassituadasnasfachadas,nãodevempossibilitaroescalamento.

VI.5.3.3 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoeinstaladodemodoaminimizaroriscodeintrusãodeanimais,devendoserprevistasredesdeprotecçãonasaberturasdossistemasdeventilaçãomecânica.

VI.5.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO

VI.5.4.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoeinstaladodemodoanãoapre-sentarnaszonasacessíveisrugosidadeexcessiva,arestascortantesousaliênciasperigosascapazesdeprovocarlesõesouferimentosnosocupantes;nãodevemaindacontersubstânciasperigosascapazesdeprovocardanosàsaúde,casosejammanuseadosouingeridos.

VI.5.4.2 Alocalizaçãodasunidadesterminaisdosistemadeclimatizaçãodeveserestudadadeformaaminimizarelementossalientes,nomeadamenteemzonasdecirculaçãoelocaisdeutilizaçãocomum,enãodevempropiciarsituaçõesperigosasparaosutilizadores. Nesse sentido, as unidades terminais do sistema de climatizaçãodevemserinstaladaspreferencialmentenotectooujuntodotecto,devendoserlimitadaasuautilizaçãojuntoaopavimentodaszonasdecirculação.

VI.5.4.3 AstubagensderedesdeáguadevemobedeceraoprevistoemVI.1(Abastecimentoedistribuiçãodeágua).

VI.5.4.4 Atemperaturasuperficialdaspartesquentesacessíveisdosistemadeclima-tização deve ser inferior a 45OC, salvo se estiverem situadas em locais deacessocondicionadoeestiverassinaladodemodoevidentequeexisteperigodequeimadura.

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VI.5.4.5 Atemperaturasuperficialdaspartesfriasacessíveisdosistemadeclimatizaçãodevesersuperiora0OC.

VI.5.4.6 Os equipamentos eléctricos devem satisfazer os requisitos de protecçãoeléctrica.

VI.5.4.7 O sistema de climatização deve estar dotado de dispositivos de segurança(pressóstatos, termóstatos, válvulas de segurança, vasos de expansão,purgadores)queminimizemoriscodeacidentes.

VI.5.4.8 Os equipamentos mecânicos (motores, ventiladores, etc.) devem possuirprotecçãomecânicaqueeviteoferimentodepessoasemsituaçõesdecontactoinadvertido.

VI.5.4.9 Os equipamentos mecânicos e de produção térmica devem estar situadospreferencialmente num compartimento (espaço) independente (ou mesmoseparado)doedifíciodeacessoreservadoaopessoalespecializadoeostentarna porta a indicação “Sala das máquinas”. No caso de serem instaladosequipamentos com potência nominal superior a 70 kW tem de ser criadanecessariamenteumasaladasmáquinas.Asaladasmáquinasdeveestardotadada ventilação adequada para garantir o bom funcionamento dos aparelhosde combustão, dos sistemas frigoríficos ou da bomba de calor, reunindo ascondiçõesprevistasnasnormas,regulamentoselegislaçãoespecíficaaplicável.Asaladasmáquinasnãodeveestarsituadaabaixodoníveldoterreno.

VI.5.4.10 Juntodasunidadesterminaiseórgãosderegulaçãoecontrolodevemexistirindicaçõeselucidativasquantoaomododeoperar.

VI.5.4.11 Deve ser fornecido manual de utilização das instalações energéticas e declimatização,fornecendoindicaçõessintéticasparaosocupantesedetalhadasparaopessoaltécnicoespecializado.

VI.5.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA

VI.5.5.1 Asredesdeáguaeasredesdedrenagemdeáguasdecondensaçãodevemserestanques.

VI.5.5.2 Deveserrealizadoensaiodeestanquidadeàáguadasredescomestasàvistaesemisolamentotérmico.

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VI.5.5.3 O atravessamento dos elementos da construção pelas tubagens ou pelascondutasnãopodecomprometeraestanquidadeàáguadoedifício.

VI.5.5.4 Nos sistemas em que seja utilizada água como fluido térmico o ramal quealimentaocircuitofechadodeveestardotadodefiltroecontadordeáguaparaocontrolodefugas.Nasinstalaçõesdeáguaemcircuitofechadotemdeserasseguradaaindependênciaentrearededeabastecimentodeáguaeocircuitofechadoparaevitaracontaminaçãodarededeáguapotável.

VI.5.6 CONFORTOHIGROTÉRMICOEEFICIÊNCIAENERGÉTICA

VI.5.6.1 Aquecimentoambiente

VI.5.6.1.1 Independentemente dos resultados obtidos para o número de horas comtemperaturainferiora16OC,considera-sequeosespaçosfrequentadospelosocupantes(áreasdeactividades,convívio,refeiçõeserepouso)eosgabinetesdevemestardotadosdesistemadeaquecimentoambiente.

VI.5.6.1.2 Na selecção do tipo de sistema de aquecimento ambiente devem ser tidosemcontaaminimizaçãodoconsumodeenergiaeoscustosdeinvestimentoe de exploração da instalação, e deve ser dada preferência a sistemas comdistribuiçãodeáguaquente,sendodesaconselhadossistemasdeaquecimentocombasenoefeitodeJoule.

VI.5.6.1.3 Nocasodesistemascomáguaquente,odimensionamentoeaconcepçãodacentraltérmicadeveteremcontaaproduçãodeáguaquentesanitária.

VI.5.6.1.4 Osistemadevepreverocontroloindividualizadodascondiçõesdeconfortoemcadaespaço.Omecanismodecontrolodevepermitirdesligaroaquecimentodosdiferentesespaços,tendoemcontaanãoocupaçãodosmesmosouapreferênciadosocupantes.Paraminimizarosconsumosdeenergia,oaquecimentoambientedeveestarlimitadoaumatemperaturamáximade22OC.

VI.5.6.1.5 Aredededistribuiçãodofluidotérmicodeveserdevidamenteisoladadeformaaminimizarasperdastérmicas,emconformidadecomoespecificadonoanexoIIIdoRSECE[1].

VI.5.6.1.6 Ascaldeirasinstaladasdevemsatisfazeraosrequisitosdadirectivacomunitáriarelativa às exigências de rendimento para novas caldeiras de água quentealimentadascomcombustíveislíquidosougasosos[13].

VI.5.6.1.7 Asbombasdecalordevemserprojectadas,construídas,instaladaseensaiadasdeacordocomanormaNPEN378[9].

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VI.5.6.2 Arrefecimentoambiente

VI.5.6.2.1 Independentemente dos resultados obtidos para o número de horas comtemperatura superior a 29OC, pelo menos os espaços frequentados pelosocupantesduranteoperíododiurno(áreadeactividades,convívioerefeições)devem estar dotados de sistema de arrefecimento ambiente, devendo osistemadearrefecimentoserextensívelaosgabineteseàszonasderepousonosedifíciossituadosnaszonasclimáticasV2eV3.

VI.5.6.2.2 Naselecçãodotipodesistemadearrefecimentoambientedevemsertidosemcontaaminimizaçãodoconsumodeenergiaeoscustosdeinvestimentoedeexploraçãodainstalação.

VI.5.6.2.3 Osistemadevepreverocontrolo individualizadodascondiçõesdeconfortopelosocupantes.Nosespaçoscomunsocontrolodeveserefectuadoapenaspelos funcionários. O mecanismo de controlo deve permitir desligar oarrefecimento dos diferentes espaços, tendo em conta a não ocupação dosmesmos ou a preferência dos ocupantes. Para minimizar os consumos deenergia, o arrefecimento ambiente deve estar limitado a uma temperaturamínimade23OC.

VI.5.6.2.4 Aredededistribuiçãodeveserdevidamenteisoladacombarreirapára-vaporde forma a minimizar as perdas térmicas e a ocorrência de condensaçõessuperficiais,emconformidadecomoespecificadonoanexoIIIdoRSECE[1].

VI.5.6.2.5 Nossistemasdearrefecimentoondesejaprevisívelaocorrênciadecondensaçõesna unidade terminal (ex.: ventilo-convectores, unidade evaporadora) devemestarprevistosdrenosparaaáguadecondensação.Adrenagemdecondensadosdeve serencaminhadaparaa redededrenagemdeáguas residuaispluviaisoudeáguasresiduaisdomésticas.Nocasodeorespectivoramalestarligadoà rededeáguas residuaisdomésticas,deveserdotadode fechohídricoqueimpeçaapassagemdeodores.

VI.5.6.2.6 Paraminimizarasnecessidadesdearrefecimentodeveserasseguradaainten-sificaçãodaventilaçãonoperíodonocturnoatravésdeventilaçãotransversalpelaaberturadasfolhasmóveisouporsistemamecânico.

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VI.5.6.2.7 Osequipamentosdearrefecimentoeasbombasdecalordevemserprojectadas,construídas,instaladaseensaiadasdeacordocomanormaNPEN378[9].

VI.5.6.3 Aspectoscomuns

VI.5.6.3.1 Alocalizaçãodasunidadesterminaisdeveserestudadadeformaaassegurarumambiente interiorhomogéneoeaminimizar fenómenosdedesconfortolocal,comoaassimetriadatemperaturaradianteeoriscodecorrentesdear.

VI.5.6.3.2 Na concepção do sistema de climatização e ventilação deve procurar-se estabelecer o escoamento do ar dos locais climatizados para os locaiseventualmentenãoclimatizados,promovendoahomogeneizaçãotérmicadoambienteinterior.

VI.5.6.3.3 Naespecificaçãodossistemasdearrefecimentooudabombadecalordeveserdadapreferênciaaosfrigorigéneosqueminimizemopotencialdeaquecimentoglobalequeminimizemopotencialdedestruiçãodacamadadeozono.

VI.5.6.3.4 O fornecimento de energia eléctrica ao sistema de climatização deve serobjectodecircuitoindependenteedotadodecontadordeenergia.Ascaldeirastambémdevemserdotadasdecontadordecombustível.

VI.5.6.3.5

VI.5.6.4 Eficiênciaenergética

VI.5.6.4.1 Nosnúmerosseguintessãoidentificadosváriosaspectosdeprojectoquedevemsertidosemcontaparamaximizaraeficiênciaenergéticadoedifício.

VI.5.6.4.2 Apotênciatérmicadosequipamentosainstalarnãodeveexcederem40%ovalordapotênciatérmicanominaldeterminadadeacordocomoreferidoemIV.7.2,sendocontudoadmissíveladoptarequipamentodesérienoescalãodepotênciaimediatamentesuperior.

VI.5.6.4.3 Nos edifícios abrangidos pelo RCCTE as necessidades térmicas anuais e asnecessidadesdeenergiaprimárianãopodemexcederoslimitesdefinidosnoRCCTE.NosedifíciosabrangidospeloRSECErecomenda-sequeasnecessidadestérmicasdeterminadaspelametodologiadoRSECEnãoexcedamtambémoslimitesdoRCCTE,atendendoaquenoRSECEapenasexistemlimitesparaasnecessidadesenergéticastotaisanuais.

Devemserinspeccionadostodososdispositivosdesegurançadasinstalaçõesdeclimatização,nomeadamentedosequipamentoseléctricosedosequipamentossobpressãoe,casosejanecessário,devemsertomadasasmedidasadequadasparareporosníveisdesegurançaprevistosnalegislaçãoenormalizaçãoaplicável.

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VI.5.6.4.4 Osedifíciosdevemsatisfazeraolimitedoíndicedeeficiênciaenergética(IEE)definidoemIV.7.2.

VI.5.6.4.5 No projecto de novos sistemas de climatização devem ser respeitados osrequisitosdeeficiênciaenergéticadeacordocomoprevistonoArtigo14.ºdoRSECEedesdequesejamviáveiseconomicamente.

VI.5.6.4.6 Naconcepçãoarquitectónicaedaenvolventedoedifíciodevemsercontempladasassoluçõespassivasdeaquecimento/arrefecimentoede iluminaçãonatural(ver IV.7.1e IV.9.1).Ossistemasde iluminaçãoartificialdevemsatisfazeraoslimites recomendados em IV.10 (Iluminação artificial. Eficiência energética).Deveserincentivadaautilizaçãodeequipamentoseficientes(ex.:computadorespessoais,máquinasdefotocópias, impressoras).Devemserdadas instruçõessintéticassobreaformadeutilizaçãoeficientedessesequipamentoseotécnicoresponsável do estabelecimento deve acompanhar a sua implementação aolongodotempo.

VI.5.6.4.7 Naconcepçãodasredesdedistribuiçãodefluidosdevemserminimizadasasperdasdecargaedevemserseleccionadosequipamentoseficientestambémpara a carga parcial. Como referência deve limitar-se a potência eléctricainstaladaparaaventilaçãomecânicaa0,5W/(m³/h),devendoessapotênciaserinferiora0,25W/(m³/h)eminstalaçõesdeelevadaeficiência.

VI.5.7 CONFORTOACÚSTICO

VI.5.7.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoeutilizadodeformaasatisfazerosrequisitosdeconfortoacústico.

VI.5.7.2 Osistemadeclimatizaçãonãodeveconstituirumafontederuídoimportanteparaoambientecircundante.

VI.5.7.3 Os elementos mecânicos com emissão de ruído e vibrações devem estarafastadosdosespaçosondeserealizamactividadesqueexigemconcentraçãoesossego.

VI.5.7.4 Noatravessamentodeelementosdaconstruçãodeveserasseguradaadesso-lidarização das tubagens e condutas para evitar a propagação de ruídos evibrações.

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VI.5.7.5 Devem ser evitados ruídos associados ao escoamentodefluidos, através daminimizaçãodasperdasdecargaoureduçãodasvelocidadesdeescoamento,sendo particularmente importante uma adequada selecção das unidadesterminaisdeinsuflaçãoeextracçãodear.

VI.5.8 QUALIDADEDOAR

VI.5.8.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoeutilizadodeformaaasseguraraqualidadedoarinterior.

VI.5.8.2 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoeutilizadodeformaaminimizaroimpactenaqualidadedoarexterior,principalmentenaszonaspróximas do edifício, através de uma adequada localização dos pontos deevacuaçãodearpoluídooudosprodutosdacombustão.

VI.5.8.3 Nossistemasdeclimatizaçãoemquehajaproduçãodeaerossóis(ex.:torresde arrefecimento ou humidificadores por água liquida) deve ser avaliada apresençadecolóniasdeLegionelladeacordocomoprevistonoRSECE[1].

VI.5.8.4 Ascondutasdedistribuiçãodeardevemsermetálicaserígidaseoisolamentodeveseraplicadonoladoexteriordascondutas.Ascondutasflexíveisdevemlimitar-seaostroçosdepequenocomprimentoparaligaçãoàsunidadesterminais.

VI.5.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

VI.5.9.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoesubmetidoaacçõesdemanutençãopreventivadeformaaassegurarumperíododevidaútilnãoinferiora25anos.

VI.5.9.2 Osmateriaiserespectivosrevestimentosdevemserseleccionadostendoemcontaoseugraudeexposiçãoepossuirumadurabilidadedepelomenos25anosquantosubmetidosàstarefasdemanutençãonormais.

VI.5.9.3 Naconcepçãodossistemasdeclimatizaçãodeveserprevistooacessoatodososcomponentesdainstalaçãoparapossibilitarasualimpezaemanutenção,incluindoalimpezadointeriordascondutas.Nessesentido,quandonecessário,no projecto devem ser previstas portas de visita ao interior das condutas ecomponentesdainstalação.

VI.5.9.4 Todososregistosezonasdedescontinuidadedascondutasdeardevemestaracessíveisparalimpezaemanutenção.

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VI.5.9.5

VI.5.9.6 Astubagenspodemsermontadasàvista,emcaleiras,emductos,emtectosfalsos ou embutidas, tendo e conta a realização de eventuais operações demanutençãooureabilitação.(verVI.1.1).

VI.5.9.7 Os materiais de isolamento térmico das tubagens e condutas devem serimputrescíveis,nãocorrosivos,nãofriáveis,resistentesaosmicrorganismoseàhumidade.

VI.5.9.8 As condutas e tubagensdevemestarfixasdemodopermanenteatravésdepeças com espaçamento adequado para assegurar o respectivo suportedevendo,quandonecessário,serinstaladaspeçasparacompensarasdilataçõestérmicas.

VI.5.9.9 Asgrelhasedifusoresdevemserdesmontáveisparafacilitarasualavagemelimpeza.

VI.5.9.10 No projecto devem estar especificados os acessórios que permitam umafácilmonitorizaçãododesempenhodosistemae indiciemanecessidadedeintervençõesdemanutençãodosistemadeclimatização.

VI.5.9.11 Comopontosdemediçãoparamonitorizaçãoeminstalaçõescompotênciadeclimatizaçãosuperiora25kWdevemprever-seosseguintes[1]:

a) Consumoeléctriconosmotorescompotênciasuperiora5kW;

b) Estadodecolmatagemdosfiltrosdear;

c) Estadodecolmatagemdosfiltrosdeágua;

d) Estadoaberto/fechadodosregistoscorta-fogo;

e) Gasesdecombustãodecaldeirascompotênciasuperiora100kW;

f) Temperaturadoarexterior;

g) Temperaturadoarinteriorporzonaclimatizada;

Devemsercriadaszonasdeacessoaoscomponentesdainstalaçãoparapossibilitarasuamanutenção,incluindoalimpezadointeriordascondutas.

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h) Temperaturadaáguadeida/retorno;

i) TemperaturadeinsuflaçãodearnasUTA;

j) Contadores de energia para os equipamentos de produção térmica(sistemasfrigoríficos,bombadecalorecaldeiras).

VI.5.9.12 Devesernomeadoumtécnicoresponsávelpelofuncionamentodossistemasenergéticosedeclimatizaçãodoedifício, incluindoa suamanutenção,bemcomoagestãodainformaçãotécnicaedosconsumosdeenergia.

VI.5.9.13 Oprojectistaeo instaladordevemfornecerummanualdeutilizaçãoema-nutençãodossistemasenergéticosedeclimatização,oqualdeveestabelecerastarefasdemanutençãoprevistas(tendoemcontaasinstruçõesdosfabricantesdosequipamentos),recomendaçõessobreocontroloeeventualregulaçãodasinstalaçõesenergéticas.

VI.5.9.14 Noplanodemanutençãodeveconstar:

a) Identificaçãocompletadoedifícioeasualocalização;

b) Identificaçãoecontactosdotécnicoresponsável;

c) Caracterização sumária do edifício e representação esquemática dosistemadeclimatizaçãocomaidentificaçãodosseuscomponentes;

d) Descrição detalhada dos procedimentos de manutenção em funçãodos equipamentos, incluindo a periodicidade das inspecções, limpeza,manutenção e indicação das qualificações do técnico que realiza essastarefas;

e) Folha de registo das intervenções de manutenção realizadas porequipamento;

f) Planodemediçõesarealizareregistodessainformaçãoparaconstituiçãode histórico do funcionamento da instalação. As caldeiras e outrosequipamentos de produção de calor ou frio devem ser inspeccionadosperiodicamentedeacordocomoprevistonoArtigo36.ºdoRSECE;

g) Otécnicoresponsáveldevemanteruma listaactualizadadoseventuaisprestadoresdeserviçosdemanutençãoedoscontactosdosfornecedoresdeequipamentosecomponentes.

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VI.5.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE

VI.5.10.1 Aavaliaçãodaconformidadedossistemasenergéticosedeclimatizaçãopodeserrealizadaporensaio,porcálculoouporinspecção.

VI.5.10.2 O projecto e o caderno de encargos devem ser suficientemente detalhadosdeformaapossibilitaremaverificaçãodaconformidadedaobracomoseuconteúdo.

VI.5.10.3 Os ensaios de recepção da instalação devem ser especificados na fase deprojectoedevemprever(AnexoXIVRSECE[1]):

a) Ensaiosdeestanquidadedarededetubagens,arealizarcomatubagemàvistaesemisolamentotérmico;

b) Ensaiosdeestanquidadedarededecondutas,arealizarcomascondutasàvistaesemisolamentotérmico;

c) Mediçãodos caudaisdeáguaedear emcada componentedo sistema(radiador,ventilo-convector,UTA,grelhadeinsuflaçãoeextracção);

d) Mediçãodosconsumosdeenergianospropulsoresdefluidos,caldeiraemáquinafrigorifica;

e) Verificaçãodasprotecçõeseléctricas;

f) Verificaçãodosistemadecontroloeregulação;

g) Limpezadasredesecomponentes.

h) Naexecuçãodosensaiosenadefiniçãodoscritériosdeaceitaçãodevemserseguidososregulamentoseasnormasaplicáveis,nomeadamente:NPEN378[9],EN14336:[10],EN15378:[11],EN12599:[12].

VI.5.10.4 Após a construção devem ser entregues os certificados dos materiais eequipamentosinstalados.

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VI.5.10.5 Osequipamentosdevemostentarchapadeidentificaçãoemlocalbemvisívele ser acompanhados de documentação técnica em língua portuguesa comindicaçãodassuaspropriedadesprincipais.

VI.5.10.6 A recepção das instalações só pode ser efectuada após a entrega das telasfinais,domanualdeutilização,domanualdemanutenção,doscertificadosedocumentaçãotécnicadosequipamentos,dorelatóriodosensaiosderecepçãoedocertificadoemitidopeloperitoqualificadonoâmbitodoSCE.

VI.5.11 REFERÊNCIAS

[1] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).

[2] DECRETO-LEIn.º118/98,de7deMaio–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).

[3] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

[4] DECRETO-LEI n.º 78/2006, de 4 de Abril – Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE).

[5] GOULDING, J. R. [et al.] – Energy in architecture. The european passive solar handbook.London:B.T.Batsford,1992.

[6] ASHRAE – 2007 ASHRAE Handbook – HVAC Applications. Atalanta: ASHRAE,2007.

[7] ASHRAE–2005 ASHRAE Handbook – Fundamentals.Atalanta:ASHRAE,2005.

[8] ASHRAE–2004ASHRAE Handbook –HVAC systems and equipment.Atalanta:ASHRAE,2004.

[9] NPEN378:2001–Sistemas frigoríficos e bombas de calor. Requisitos de segurança e protecção ambiental. Partes 1 a 4.Lisboa:IPQ.

[10] EN14336:2004–Heating systems in buildings – Installation and commissioning of water based heating systems.Brussels:CEN.

[11] EN15378:2007–Heating systems in buildings – Inspection of boilers and heating systems.Brussels:CEN.

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[12] EN12599:2000–Ventilation for buildings – Test procedures and measuring methods for handing over installed ventilation and air conditioning systems.Brussels:CEN.

[13] Directiva 92/42/CEE relativa às exigências de rendimento para novas caldeiras de água quente alimentadas com combustíveis líquidos ou gasosos,de 21 de Maio de 1992, e posteriores actualizações.

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ECONOMIA, DURABILIDADEE MANUTENÇÃO

Depósito Legal: 270795/08

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VII. ECONOMIA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO

VII.1.1 REQUISITOSGERAIS

VII.1.1.1 Osedifíciosdevemserconcebidosdeformaasatisfazeremaexigênciadeumcustoglobalmínimoduranteoseuperíododevidaútil,entendendo-seporesteúltimooperíododuranteoqualasconstruçõesmantêmumdesempenhocompatívelcomasexigênciasestabelecidas,semnecessidadedeintervençõesparaalémdasuamanutenção.

VII.1.1.2 Nafasedeprojecto(eemtodasasfasessubsequentesnasquaishajalugaraintervençãonoedifício),devemserescolhidassoluçõesqueminimizemocustototaldoedifício,compostopeloscustosdeinvestimentoinicial(construçãooucompradoedifício),deexploração/utilização(particularmenteoscustosdeenergia),demanutençãoedereparação/substituiçãoeaindapeloscustosdefimdociclodevidadoedifício(ex.:demoliçãoe/oureconversão).

VII.1.1.3 Aescolhadoselementosedosequipamentosdaconstruçãodevesersuportadaporanáliseseconómicas relativasaoperíododevidaútildoedifício.Essasanálisespoderãorecorrer,porexemplo,amapasondefigurememprevisãooscustosmencionadosnaorçamentaçãodistribuídosaolongodetodooperíododevidaútil,eaocálculodaactualizaçãodetodosessesmontantesparaoinstanteinicial,utilizandoumataxadeactualizaçãoadequada.Nestaanálisedevecontudoserponderado,paraalémdoscustos,oníveldequalidadeededesempenhodoselementoseequipamentosdaconstruçãoeasuaadequaçãoaosobjectivospretendidos.

VII.1.1.4 Oscustosdeinvestimentoinicialassociadosàconstruçãoouàaquisiçãodeumedifícioresultamdosomatóriodeváriasparcelasenglobadasnoquesedenominaporcustodeproduçãoeporcustofinal.

VII.1.1.5 Ocustodeproduçãointegraosencargosenvolvidosnaconstruçãodoedifício,nomeadamenteoscustosdosmateriais,dosequipamentosedamão-de-obra,oscustosdemão-de-obraindirecta,osencargosadministrativosefinanceirosda empresa construtora e os encargos de estaleiro da obra. Neste custo

Osedifíciosexistentesdevemserutilizados,mantidosegeridosdemodoasatisfazeremaexigênciadeumcustoglobalmínimoduranteoperíododevida útil dosmesmos, entendendo-se por este último o período durante oqualasconstruçõesmantêmumdesempenhocompatívelcomasexigênciasestabelecidas,semnecessidadedeintervençõesparaalémdasuamanutenção.As soluções técnicas desses edifícios devem, deste modo, permitir umaminimizaçãoconjuntadoscustosdeexploração,demanutençãoedefimdeciclodevidadosedifícios.

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consideram-se incluídos todos os encargos relacionados coma construçãodosedifícios,comexcepçãodoscustosdas infra-estruturas,doterreno,doprojecto e da actividade de fiscalização/gestão da qualidade. Este custo édirectamente comparável ao valor das propostas apresentadas a concursopelosempreiteiros(valordeadjudicação).

VII.1.1.6 Ocustodeproduçãoreferidoaom²deáreabruta(áreamedidapeloperímetroexteriordasparedesdoedifício)obtém-seapartirdeumaexpressãogenéricaquetemaseguintedecomposição:

Cprod=Cdirx(1+%equip+%estal+%encest+%lucro+%encfin+%infla)

emque:

Cprod–custodeproduçãodoedifícioreferidoaom²deáreabruta

Cdir–custodirectodoedifícioreferidoaom²deáreabruta

%equip– incidênciadocustodeequipamentosnocustodirectodacons-trução

%estal–incidênciadocustodeestaleironocustodirectodaconstrução

%encest–incidênciadosencargosdeestruturadaempresanocustodirectodaconstrução

%lucro–incidênciadomontantedoslucroseimprevistosnocustodirectodaconstrução

% encfin– incidência dos encargosfinanceiros no custo directo da cons-trução

%infla–incidênciadainflaçãonocustodirectodaconstrução

VII.1.1.7 OcustodirectoCdirpodeserobtido,atítulodereferência,apartirdasFichasdeRendimentosdoLNEC[3],asquaiscontêm,paraalémdosrecursosnecessáriosà realização das operações de construção, os custos a elas associados. Podenoentantoserestimadoemfunçãodoníveldequalidadedaconstrução,das

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tipologiasexistentesedosencargosfinanceiros,peloqueosvaloresdocustodeproduçãoCprodsãotambémafectadosporestesfactores.

VII.1.1.8 Aoutraparceladocustoquecompõeoinvestimentoinicialéocustofinal.Ocustofinalrepresentaosomatóriodosencargosrelativosàconstruçãodainstalaçãoesuaenvolvente,istoé,todososencargosdirectoseindirectosdo(s)edifício(s),doterreno,dasinfra-estruturas,dosprojectosedasactividadesdecoordenação, defiscalizaçãode obra e de gestãodaqualidade. Este custocorrespondeàtotalidadedosencargossuportadospelodonodeobra.

VII.1.1.9 Ocustofinalreferidoaom²deáreabrutapodeserobtidoapartirdeumaexpressãoquetemaseguintesdecomposição:

Cfinal=Cprodx(1+%finCprod+%proj+%infra+%fininfra)+Cterrx(1+%finterr)

emque:

Cfinal–custofinaldoedifícioreferidoaom²deáreabruta

Cprod–custodaproduçãodoedifíciocalculadonaexpressãoanterior

%finCprod–incidênciadosencargosfinanceirosnocustodeproduçãodaconstrução

% proj – incidência do custo do projecto no custo de produção da cons-trução

%infra–incidênciadocustodasinfra-estruturasnocustodeproduçãodaconstrução

%fininfra–incidênciadosencargosfinanceirosdasinfra-estruturasnocustodeproduçãodaconstrução

Cterr–custodoterrenoreferidoaom²deáreabrutadaconstrução

% fin terr – incidência dos encargos financeiros relativos à aquisição doterreno

VII.1.1.10 Noscustosdeexploraçãodevemsercontabilizados,entreoutros,oscustosdeenergia(gás,electricidade,combustíveleoutros),oscustosdeconsumíveis(iluminação,equipamentoselectromecânicos,equipamentoseléctricos,água,

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gases,arcomprimido,etc.)eoscustosdecomunicações(telefones,Internet,TVsatélitee/oucabo,etc.)

VII.1.1.11 Noscustosdemanutençãodevemsercontabilizadasasacçõesdemanutençãopreventivaeasacçõesdemanutençãocorrectiva.Asacçõesdemanutençãopreventiva são as que ocorrem periodicamente e programadas no tempo,com o objectivo de permitir que a vida útil prevista para os elementos eequipamentos da construção seja atingida sem perda de desempenho. Asacções de manutenção correctiva são aquelas que ocorrem na sequênciadeanomaliasounãoconformidadesetêmporobjectivoreporascondiçõesiniciaisdedesempenho.Estasacçõesdemanutençãodevemterporobjectotodososelementoseequipamentosquecompõemosedifícios,emparticularoselementosprimários,oselementossecundárioseasinstalaçõestécnicas.

VII.1.1.12 Nafasedelançamentodoconcursoparaexecuçãodaobra,éimportantequesejaelaboradopeloprojectistaummapadequantidadesdetrabalhocompleto,comarticuladosqueidentifiquemobjectivaeinequivocamenteostrabalhosarealizar,oqueseencontraincluídoe/ounãoincluído,equepreferencialmentetenhamumaligaçãofacilitadaàscláusulastécnicasespeciaisdocadernodeencargoscomelesrelacionadas(ex.:atravésdaadopçãodeumsistemadenumeração/codificaçãodeartigoscomumcomaquelascláusulas).

Estemapadeveorganizar-seseguindopreferencialmenteaseguinteestruturamínima:

1) Estaleiro

2) Trabalhospreparatórios

3) Demolições

4) Movimentodeterras

5) Arranjosexteriores

6) Fundaçõeseredesenterradas

7) Estruturasdebetãoarmadoe/oupré-esforçado

8) Estruturasmetálicas

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9) Estruturasdemadeira

10)Estruturasdealvenariaecantaria

11)Estruturasmistas

12)Paredes

13)Elementosdecantaria

14)Elementosdecarpintaria

15)Elementosdeserralharia

16)Elementosdeplástico

17)Isolamentoseimpermeabilizações

18)Revestimentoseacabamentos

19)Vidroseespelhos

20)Pinturaseenvernizamentos

21)Instalaçõeseequipamentosdeáguas

22)Instalaçõeseequipamentosmecânicos

23)Instalaçõeseequipamentoseléctricos

24)Ascensoresemonta-cargas

25)Equipamentofixoemóvel

VII.1.1.13 Nasespecificaçõestécnicasdocadernodeencargosdevemestardefinidoscomobjectividadeerigoroscritériosdemediçãoaaplicaremcadatrabalho,demodoaqueoclausuladodosmapasdequantidadesdetrabalho,asquantidadesquenelesfiguram,osorçamentoselaboradospelosempreiteiros,arealizaçãodastrabalhosemobraeasuafacturaçãosejamtodosinterpretados,“lidos”e realizados segundo a mesma linguagem, prevenindo-se desta forma aocorrênciadeeventuaisconflitos,situaçõesdenão-qualidadeesobrecustosemobra.Aestepropósito,poderãoserutilizadasas regrasdemediçãodoLNECconstantesdoCursosobreRegrasdeMedição[2].

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VII.1.1.14 Emfasedeobradeveserasseguradoumcontrolorigorosodos“trabalhosamais”(eos“trabalhosamenos”,quandoexistirem),contabilizandosepa-radamentesegundoasseguintesrubricas:trabalhosdamesmanaturezadoscontratuaiscomquantidadesexcedidasrelativamenteaoprevisto;trabalhosnovos de natureza igual a trabalhos contratuais com aplicação de preçoscontratuais; trabalhos de natureza diferente dos contratuais com preçonovoacordado.Deveaindaserorganizadoumdossierondese incluatodaa informação relevante relativaàqueles trabalhosamais,nomeadamente:justificativosdanecessidadedarealizaçãodotrabalho;propostajustificadadetrabalhoedepreçodoEmpreiteiro;autorizaçãodoDonodeObraparaarealizaçãodotrabalho;emediçõesdotrabalhorealizado.

VII.1.1.15 Aindaemfasedeobra,devesergarantidaarealizaçãocorrectadarevisãodepreços,decorrentedaaplicaçãoda legislaçãoemvigorsobreamatéria[3,4],particularmentenosaspectosqueserelacionamcomautilizaçãodefórmulaspolinomiais,comosejam:aaplicaçãodasfórmulaspolinomiais,autilizaçãodosíndicespublicadoseactualizados,econsideraçãodosefeitosnaquelasrevisõesdosadiantamentosedosatrasosdaobrarelativamenteaoprevisto(planodepagamentos).

VII.1.1.16

VII.1.2 INSTRUMENTOSTÉCNICOS

VII.1.2.1 Asentidadesgestorasdosedifíciosdevemdispordeinstrumentostécnicosenquadradoreseorientadoresdasactividadesligadasàutilizaçãoeàmanu-tençãodosedifícios.Nestesinstrumentostécnicosenglobam-seosseguintestiposdedocumentos:CompilaçãoTécnica;ManualdeUtilizaçãoedeManu-tençãodosEdifícios;PlanodeManutenção;BasedeDadossobrecustosdeexploraçãodemanutençãoedereparação/substituição.

VII.1.2.2 A Compilação Técnica é um documento que reúne toda a informação denaturezatécnicarelevanteparaautilização,amanutençãoeareparaçãodasinstalaçõeseequipamentosdasconstruções.Devetercontributosdosdiversosintervenientes na construção (Projectista(s), Empreiteiro(s), Fornecedoresdemateriaisedeequipamentos,FiscalizaçãoeGestordaQualidade)edevesercompletadanodecorrerdetodooprocessoconstrutivo.Estedocumento

Noscustosdefimdeciclodevidasãocontabilizadasasacçõesdedemoliçãoe/oudereconversãoassociadasaofimdousodoedifício.

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constitui umapeça fundamental para a caracterização técnica do objectoconstruído,paraasuacorrectaexploraçãoeutilizaçãoeparaa realizaçãoem segurança das acções demanutenção e de reparação/substituição ne-cessárias.

VII.1.2.3 A Compilação Técnica deve ser constituída pelos seguintes conteúdosmínimos:

a) Fasedeprojecto|contributosdo(s)Projectista(s):- Peçasescritasmaissignificativas(ex.:MemóriaDescritivaeJustifica-

tiva);- PeçasDesenhadasmaissignificativas(ex.:plantas,alçadosecortesde

arquitectura);- Peçasdesenhadasdosprojectosdeinstalaçõestécnicasederedes(ex.:

plantaseperspectivas).

b) Fasedeobra|contributosdo(s)Empreiteiro(s),Fornecedoresdemateriaisedeequipamentos,FiscalizaçãoeGestordaQualidade:- Especificaçõestécnicasdemateriaisdeacabamentos;- Especificaçõestécnicasdeequipamentoselectromecânicos;- Documentosdaqualidade(certificados,registodeverificaçõeseensai-

os)dosmateriaiseequipamentosmaisrelevantesdaobra;- PlanodeManutenção,comindicaçõesdotipo,meiosnecessáriosepe

riodicidadedamanutençãodos elementos e equipamentos da cons-trução;

- Planodesegurançacomasmedidasaadoptarnautilizaçãoenasope-raçõesdemanutençãodasinstalaçõeseequipamentos;

- Telasfinais.

c) Fase de utilização | contributos do(s) Projectista(s) e da(s) equipas deintervenção:- Peçasescritasedesenhadaseespecificaçõestécnicasmaissignificativas

relacionadascomintervençõesdealteraçãorealizadas.

VII.1.2.4 OManualdeUtilizaçãoedeManutençãodosedifícioséumdocumentocoma informaçãoconsideradaessencialparacorrectautilizaçãodosedifíciosepara a realização das acções demanutenção necessárias. Este documentodeve conter informações sobre procedimentos recomendáveis para a utili-zaçãoemanutençãodosedifícios,taiscomo:especificaçãodotipoemododeutilizaçãodosprincipaiscomponentes,instalaçõeseequipamentos;espe-cificação de procedimentos gerais de manutenção; especificação de umprogramademanutençãopreventivadecomponentes,de instalaçõesedeequipamentos dos edifícios; identificação dos componentes edifícios cujafaltademanutençãoécrítica.

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Page 323: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

NoAnexo1aopresentedocumentoapresentam-se,atítuloexemplificativo,ostópicosparaaelaboraçãodeumManualdeUtilizaçãoeManutenção.

VII.1.2.5 OPlanodeManutençãodos edifícios é umdocumento coma informaçãodetalhada sobre a manutenção preventiva e correctiva dos componentes,das instalaçõesedosequipamentosdosedifícios.Devedescreverosproce-dimentosdemanutençãopreventivaecorrectivailustradoscomfluxogramasde processo, o tipo de acções a realizar, osmeios humanos emateriais autilizaremcadaintervenção,eestabelecerasuacalendarização.Deveaindaindicaroscritériosparaareparaçãoesubstituiçãodosdiversoscomponentes,instalaçõeseequipamentosdosedifícios.

VII.1.2.6 AconstituiçãodeumaBasedeDadossobrecustosdeexploraçãoedemanu-tençãoéumimportanteauxílioàsactividadesdegestãodosedifícios,devendoserpromovidascomcarácterdeobrigatoriedadepelasentidadesresponsáveispor aquela gestão. Para cada componente, instalação e equipamento dosedifícios,devesercompiladainformaçãosobreoscustosdeexploraçãoedemanutençãopreventivaecorrectivaverificadosaolongodoperíododevidaútil,bemcomoumresumodasacçõesrealizadasedasuaperiodicidade.

VII.1.3 REFERÊNCIAS

[1] MANSO, A.; FONSECA, M.; ESPADA, J. – Informação sobre custos. Fichas de Rendimentos.Lisboa:LNEC,2004.

[2] FONSECA,M.–Curso sobre Regras de Medição na construção. Lisboa:LNEC,1997.(CursoseSemináriosCS26).

[3] DECRETO-LEIn.º6/2004,de6deJaneiro–Estabelece o regime de revisão de preços das empreitadas de obras públicas e de obras particulares e de aquisição de bens e serviços.

[4] DESPACHOn.º1592/2004,de23deJaneiro–Estabelece novas fórmulas-tipo de revisão de preços para empreitadas postas a concurso a partir de 1 de Fevereiro de 2004.

NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes

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Page 324: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

MANUAL DE MANUTENÇÃOE UTILIZAÇÃO - ELEMENTOSPARA A SUA ELABORAÇÃO

Depósito Legal: 270795/08

Page 325: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

Anexo1—ManualdeManutençãoeUtilização—ElementosparaasuaElaboração

ÍNDICE

1. CARACTERIZAÇÃOGLOBALDOEDIFÍCIO

1.1 IDENTIFICAÇÃODOEDIFÍCIO(CADASTRO)

1.1.1 Localizaçãodoedifício

1.1.2 Datadeconstrução

1.1.3 Caracterizaçãofuncional

1.1.4 Identificaçãodoproprietárioecontactos

1.1.5 Registoslegais:conservatóriapredial,finançasemunicipal

1.1.6 Plantasdelocalização.Limitesdoterreno.Serventias

1.1.7 Documentaçãofotográfica

1.1.8 Elementosdas“telasfinais”

1.1.9 Peçasescritas

1.1.10 Livrodeobra

1.2 IDENTIFICAÇÃOPORELEMENTOSDECONSTRUÇÃODOEDIFÍCIO

1.2.1 Preparaçãodoterreno

Page 326: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

Anexo1—ManualdeManutençãoeUtilização—ElementosparaasuaElaboração

1.2.2 Fundações

1.2.3 Estruturas

1.2.4 Paredesexteriores

1.2.5 Paredesinteriores

1.2.6 Pavimentos

1.2.7 Escadaserampas

1.2.8 Coberturas

1.2.9 Preenchimentodevãos

1.2.10 Guardasecorrimãos

1.2.11 Revestimentos

1.2.12 Equipamentosfixosesinalização

1.3 IDENTIFICAÇÃOPORINSTALAÇÕESTÉCNICASDOEDIFÍCIO

1.3.1 Abastecimentoedistribuiçãodeágua

1.3.2 Drenagemdeáguasresiduais

1.3.3 Abastecimentodegás

1.3.4 Redeeléctrica

Page 327: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

1.3.5 Climatização

1.3.6 Iluminação

1.3.7 Telecomunicações

1.3.8 Ascensores(elevadoresemonta-cargas)

1.3.9 Segurançaaoincêndio

1.3.10 Segurançacontraintrusão

1.4 INFRA-ESTRUTURASNOLOGRADOURO

1.4.1 Drenagenscomplementares

1.4.2 Estacionamentos

1.4.3 Iluminaçãoexterior

1.4.4 Espaçosajardinados

1.4.5 Vedaçõesecercas

1.4.6 Pavimentos

1.4.7 Mobiliárioexterior

1.4.8 Canalizaçõesdeinstalações

1.4.9 Sinalização

Page 328: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

2. ACTIVIDADESRELACIONADASCOMAMANUTENÇÃO

2.1 GESTÃODAMANUTENÇÃO

Definiçãodetarefasdecorrentesdagestãodamanutenção.Recolha,verificaçãoeorganizaçãodetodaainformaçãonecessáriaàgestãodamanutençãodo

edifício.Providenciarocorrectoarquivodadocumentação(catalogaçãoeacesso).

Tiposdedocumentação:

- Manuaiscominstruçõesdeutilização,exploraçãoemanutençãoparaelementosconstrutivoseparasistemasdeinstalações.Especificaçõesdemateriaise

equipamentosefectivamenteinstalados.Relaçãodefornecedoresdemateriaiseequipamentos(moradas,telefonesefax).Listasdepeçasdesubstituiçãoe

referênciascomerciais;

- Documentaçãodecarácteradministrativo:contratoscelebradoscomentidadesexteriores(empresasdeprestaçãodeserviços,seguradoras);

- Documentaçãorelativaasituaçõesdeemergênciaelistadetelefones;

- Estabelecimentodecontratoscomempresasexteriores,paraexecuçãodeoperaçõesdemanutençãocomplexasoudegrandevolumedetrabalhos.Seleccionar,

formareacompanharopessoalencarreguedamanutençãocorrentedoedifício.

2.2MANUTENÇÃOPLANEADAEMANUTENÇÃOCORRENTE

Definiçãodeprogramademanutençãoplaneada:periodicidadeseelementosconstrutivosousistemas.

Manutençãoplaneada:manutençãodealgunssubsistemas(AVAC,postodetransformação),pinturasexterioreinterior,substituiçãoereparaçãoderevestimentos

depiso.

Execuçãodeoperaçõescorrentesdemanutençãodesimplesexecução:pequenassubstituições(lâmpadasearmadurasdeiluminação,vidros,etc.)epequenas

reparações(torneiras,fechaduras,interruptoreseléctricos)elimpezadacobertura.

Page 329: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

2.3REALIZAÇÃODEINSPECÇÕES

Inspecçõesefectuadasregularmentedeacordocomasprescriçõesdosfabricantes, legislaçãoounormasemvigorououtradocumentação(ex.:elevadores).

Metodologiaderecolhadeinformação.

Existênciadelistasdeverificação(checklists)paraasdiversaspartesdoedifíciocomosaspectosaverificar.

Fichaspararegistodasinformaçõesrecolhidas.

Critériosdeclassificaçãodoestadodeconservaçãoporelementoseglobaldoedifício.

3. ACTIVIDADESRELACIONADASCOMAEXPLORAÇÃOEFUNCIONAMENTO

3.1 GESTÃODECUSTOS(ANÁLISEDOCUSTOGLOBAL)

Recolhaeregisto,deformasistemática,doscustosiniciaisecustosdecorrentesdaexploraçãoemanutençãodoedifício.

Custosdemanutenção:actividadesplaneadaseactividadesdiversasnãoplaneadas.

Actividadesdiversasnãoplaneadas:executadasporpessoalpermanente(salários,equipamentosemateriais,armazenamentoefuncionamentodeoficina)ou

executadasporempresas(subcontratação-facturas).

Custosdeexploração:limpezadasinstalações,aquisiçãodematériasconsumíveisedeenergia,contratoseaquisiçãodeserviços.

Actividadesdelimpeza:executadasporpessoalpermanente(despesascomopessoaleaquisiçãodemateriaiseequipamentos)ouexecutadasporempresas

(subcontratação-facturas).

Aquisiçãodematériasconsumíveisedeenergia:água,gás,electricidade,outros.

Contratoseaquisiçãodeserviços:seguros,telecomunicações,segurançadoedifício,outros.

Outrasdespesas:pessoaldeapoio,serviçosadministrativos,outros.

Page 330: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

3.2 GESTÃODEENERGIA

Controlodomodelodeconsumodeenergiadoedifícioeminimizaçãodosdesperdícios.

Acçõesdeformaçãoededivulgaçãodeinformaçãoútiljuntodosclientesedemaispessoal.

Viabilidadedeaplicaçãodenovastecnologias.

Recolhadedados(consumosmensaiseanuais)natotalidadedoedifícioouporzonas.

Contabilizaçãodeperdasdeenergiaexageradasemelementosoucomponentesdaenvolvente,perdaspormauisolamentodastubagensecanalizações,deficiente

funcionamentodosequipamentos.

Estudodepotenciaisoportunidadesdeconservaçãodeenergia.

3.3GESTÃODESEGURANÇAAOINCÊNDIO

Análisedasquestõesrelacionadascomaprevenção,facilidadedeevacuaçãodepessoas,protecçãoefacilidadedeintervençãodosbombeiros.

Formaçãoetreinodosclientesepessoal.

Existênciademanualdesegurança.

Verificaçãodedesobstruçãodosespaçosreservadosparaasaídadeemergência,dasportasdesaídadeemergênciaeportascorta-fogo.

3.4GESTÃODESEGURANÇACONTRAINTRUSÃO

Estabelecimentodeumsistemadesegurançacontraintrusão:nomeaçãodoresponsávelpelasegurança,protecçãodoslocais,acessos,movimentodeviaturase

demateriais,emergências,organizaçãodaequipadesegurança,esquemaseinstruçõesdetrabalho.

Consideraçãodehipótesedesubcontrataçãoaempresaespecializada.

Page 331: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

3.5GESTÃODALIMPEZAEHIGIENE

Objectivos:

Garantirumambientesaudávelparaosocupantes,aumentaraduraçãodavidaútildosrevestimentos,aumentarasegurançanautilizaçãoesegurançaao

incêndioeemsistemasAVAClimitarodesenvolvimentodebactérias.

Estabelecimentodeprogramaparaexecuçãodasdiversasoperaçõesedefiniçãodosrecursoshumanos,materiaiseequipamentosnecessários.

Page 332: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

RECOMENDAÇÕES GERAISDE SEGURANÇA AO INCÊNDIO -NOVOS ESTABELECIMENTOS

Depósito Legal: 270795/08

Page 333: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAEDAESTRUTURAADOPTADA 9

2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIO 11

2.1 Terminologia 11

2.2 Classificaçãodoslocaisedosedifícios 11

2.2.1 Classificaçãodoslocaisderisco 11

2.2.2 Classificaçãodoriscodeincêndiodosedifícios 13

3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIO 14

3.1 Terminologia 14

3.2 Condiçõesdeacessoaosedifícios 14

3.3 Disponibilidadedeágua 15

3.3.1 Aspectosgerais 15

3.3.2 Marcosdeincêndio 15

3.3.3 Bocas-de-incêndio 15

3.3.4 Depósitos 15

4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO 15

4.1 Terminologia 15

4.2 Paredesexterioresdeconstruçãotradicional 17

4.3 Paredesdeempena 18

Anexo2—RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio—NovosEstabelecimentos

Page 334: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

4.4 Paredesnão-tradicionais 18

4.4.1 Aspectosgerais 18

4.4.2 Fachadasdevidro 18

4.4.3 Duplasfachadasdevidro 18

4.5 Revestimentosexterioresnão-tradicionais 18

4.6 Coberturas 19

4.6.1 Exigênciasgerais 19

4.6.2 Coberturasemterraço 20

4.6.3 Outrascoberturas 20

5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO 20

5.1 Terminologia 20

5.2 Compartimentaçãocorta-fogo 20

5.3 Resistênciaaofogodeelementosestruturais 21

5.4 Exigênciasrelativasacablagemdiversa 21

5.5 Compartimentoscorta-fogo 21

5.6 Isolamentoeprotecçãodepátiosinteriores 22

5.7 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoB 22

5.8 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoC 23

5.9 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoD 23

Índice

Page 335: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

5.10 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoE 23

5.11 Postodesegurança 24

5.12 Protecçãodasviashorizontaisdeevacuação 24

5.13 Protecçãodasviasverticaisdeevacuação 25

5.13.1Aspectosgerais 25

5.13.2Protecçãonopisodesaída 25

5.13.3Protecçãoparaosrestantespisos 26

5.14 Isolamentodeoutrascirculaçõesverticais 26

5.15 Isolamentoeprotecçãodascaixasdoselevadores 27

5.16 Isolamentoeprotecçãodecanalizaçõesecondutas 27

5.16.1Aspectosgerais 27

5.16.2Condiçõesdeisolamento 27

5.16.3Característicasdosductos 28

5.16.4Dispositivosdeobturaçãoautomática 28

5.17 Protecçãodevãosinteriores 28

5.17.1Resistênciaaofogodeportas 28

5.17.2Dispositivosdefechoeretençãodasportasresistentesaofogo 28

5.17.3Dispositivosdefechodasportinholasdeacessoaductosdeisolamento 29

5.18 Reacçãoaofogo 29

5.18.1Viasdeevacuaçãohorizontais 29

5.18.2Viasdeevacuaçãoverticaisecâmarascorta-fogo 29

5.18.3Locaisderisco 29

5.18.4Outrascomunicaçõesverticaisdosedifícios 30

5.18.5Tectosfalsos 30

5.18.6Materiaisdecorrecçãoacústicaemparedesetectos 30

Page 336: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO 30

6.1 Terminologia 30

6.2 Cálculodoefectivo 33

6.3 Evacuaçãodoslocais 33

6.3.1 Númerodesaídas 33

6.3.2 Larguradassaídasedoscaminhosdeevacuação 34

6.3.3 Distânciasapercorrernoslocais 34

6.3.4 EvacuaçãodoslocaisderiscoA 34

6.3.5 EvacuaçãodoslocaisderiscoB 35

6.3.6 EvacuaçãodoslocaisderiscoD 35

6.3.7 EvacuaçãodelocaisderiscoE 35

6.4 Viashorizontaisdeevacuação 35

6.4.1 Característicasgerais 35

6.4.2 Distânciasmáximasapercorrer 36

6.4.3 Determinaçãodalarguraútildasviashorizontais 36

6.4.4 Característicasdasportas 36

6.5 Viasverticaisdeevacuação 37

6.5.1 Númerodeviasverticais 37

6.5.2 Característicasdasviasverticais 37

6.5.3 Característicasdasescadas 38

6.5.4 Casosespeciaisderampas,escadasmecânicasetapetesrolantes 38

6.5.5 Característicasdeguardasdasviasdeevacuaçãoelevadas 39

6.6 Câmarascorta-fogo(CCF) 39

Page 337: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

7. INSTALAÇÕESTÉCNICAS 39

7.1 Terminologia 39

7.2 Condiçõesgerais 40

7.3 Aparelhosdeaquecimentoautónomos 40

7.3.1 Condiçõesdeinstalação 40

7.3.2 Protecçãodoselementosincandescentesouinflamados 41

7.3.3 Aparelhosautónomosutilizandocombustíveislíquidosougasosos 41

7.4 Aparelhosdequeimadecombustíveissólidos 41

7.5 Líquidosegasescombustíveis 41

7.5.1 Armazenamentoelocaisdeutilização 41

7.5.2 Instalaçõesdeutilização 42

8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇA 43

8.1 Sinalização 43

8.1.1 Aspectosgerais 43

8.1.2 Dimensões 43

8.1.3 Formatosemateriais 43

8.1.4 Localizaçãoevisibilidadedasplacas 43

8.2 Iluminação 44

8.2.1 Iluminaçãodeemergência 44

8.2.2 Iluminaçãodesubstituição 45

8.2.3 Iluminaçãodeambienteedebalizagemoucirculação 45

8.2.4 Utilizaçãodeblocosautónomos 45

Page 338: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTA 46

9.1 Terminologia 46

9.2 Aspectosgerais 47

9.2.1 Dispositivosdeaccionamentomanualdoalarme 47

9.2.2 Detectoresautomáticos 47

9.2.3 Difusoresdealarmegeral 48

9.2.4 Centraisdesinalizaçãoecomando 48

9.2.5 Fontesdeenergiadeemergência 48

9.2.6 Concepçãodasinstalaçõesdealerta 49

9.2.7 Sistemamanualdealerta 49

9.2.8 Configuraçõesdasinstalaçõesdealarme 49

9.2.9 LocaisderiscoC 50

9.2.10Pavimentosetectosfalsos 50

10. MEIOSDEEXTINÇÃO 50

10.1 Terminologia 50

10.2 Critériosgerais 51

10.3 Meiosdeprimeiraintervenção 51

10.3.1Edifícioselocaisderiscoondedevemserusados 51

10.3.2Númeroedimensionamentodosextintores 52

10.3.3Localização 52

10.4 Redesdeincêndioarmadadotipocarretel 52

10.4.1Edifícioscomredesdeincêndioarmadas 52

10.4.2Locaiscomredesdeincêndioarmadas 52

Page 339: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

10.4.3Númeroelocalizaçãodasbocas-de-incêndiodotipocarretel 53

10.4.4Característicasdasbocas-de-incêndiodotipocarretel 53

10.4.5Alimentaçãodasredesdeincêndioarmadasdotipocarretel 53

10.5 Meiosdesegundaintervenção 53

10.6 Bocadealimentação 54

10.7 Localizaçãodasbocasdepiso 54

10.8 Característicaselocalizaçãodasbocas-de-incêndioarmadasdotipoteatro 54

10.9 Depósitodarededeincêndiosecentraldebombagem 54

11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOAR 55

11.1 Detecçãoautomáticadegáscombustível 55

11.1.1 Locaisondedeveserinstalada 55

11.1.2 Característicasdossistemasautomáticosdedetecçãodegáscombustível 55

12. CONTROLODEFUMO 55

12.1 Terminologia 55

12.2 Critériosgerais 55

12.3 Concretizaçãodosmeios 56

13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇA 56

13.1 Terminologia 56

13.2 Critériosgerais 57

Page 340: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

13.3 Responsávelpelasegurança 58

13.4 Condiçõesdealteraçõesdeuso,delotaçãooudeconfiguraçãodosespaços 58

13.5 Condiçõesparaaexecuçãodetrabalhosdiversos 58

13.6 Medidasdeauto-protecção 58

13.7 Concretizaçãodasmedidasdeauto-protecção 59

13.7.1Aspectosgerais 59

13.7.2Instruçõesdesegurança 59

13.7.3Registosdesegurança 59

13.7.4Procedimentosdeprevenção 59

13.7.5Planodeprevenção 60

13.7.6Procedimentosemcasodeemergência 61

13.7.7Planodeemergência 61

13.7.8Formaçãoemsegurançaaoincêndio 62

13.7.9Exercíciosdesimulação 63

Referências 63

Page 341: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAEDAESTRUTURAADOPTADA

Aspresentes“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”(RGSI)têmcomoâmbitodeaplicaçãoosedifíciosnovosintegralmenteocupadospelarespostasocialCreche.

Asmedidasapresentadasreferem-seaosaspectoscomunsaosedifíciosemcausa,enquantoqueosespecíficossãoexpressosemIV.2(SegurançaaoIncêndio). AsmedidasconsideradasnestasRGSIprocuramterpresentearealidadelegislativadoPaíssobreestamatériaparaosedifíciosemcausaequeé,actualmente,a

deumvazioquasetotal.

Contudo,estarealidadepodeserradicalmentealteradadentrodealgumtempo,poisaguarda-seapublicaçãodeumprojectoderegulamento[5],jáconcluído,relativoapraticamentetodosostiposdeedifícios,incluindocreches,centrosdediaelaresdeidosos.

Nesseprojectoderegulamento,constituídoporumapartecomumaosdiversostiposdeutilização,complementadapormedidasespecíficasacadaumadelas,ascrechessãoconsideradasnautilização-tipoIV(comadesignaçãogenéricadeEscolares),enquantoqueoscentrosdediaeoslaresdeidosossurgemassociadosàutilização-tipoV(comadesignaçãogenéricaHospitalareseLaresdeIdosos).

Verifica-sequeoconteúdodoregulamentoemvigorrelativoaosedifíciosescolares [1]ésemelhanteaodoshospitalares [2]eambossão,emgrandeparte,idênticosaodoprojectogeralderegulamento[5],peloqueasmedidascontidasnestasRGSIresultam,depoisdefeitasasnecessáriasadaptações,dasexistentesnosseguintestextos:

- RegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares[1]; - RegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalar[2]; - NormasdeSegurançacontraIncêndioaObservarnaExploraçãodeEstabelecimentosEscolares[3]; - NormasdeSegurançacontraIncêndioaObservarnaExploraçãodeEstabelecimentosdeTipoHospitalar[4]; - ProjectodeRegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios[5].

Comparandoosconteúdosdosregulamentosrelativoaedifíciosescolares[1,3]ehospitalares[2,4]comoprojectoderegulamento[5],relativamenteàsdiferentesmatérias,verificam-seasseguintessituações:

Situação1–Amesmamatériaétratadadeformaidêntica Nestecasoodocumentoagoraelaboradoremeteasmedidasaconsiderarparaosregulamentosemvigoranteriormentereferidos[1,2,3,4].

Situação2–Amesmamatériaétratadadeformadiferente Nestecasoéfeitaumaadaptaçãodasmedidasconsideradasnoprojectoderegulamento[5].

Page 342: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

Paraalémdassituaçõesdescritas,verifica-seaindaumaoutra,deexpressãomuitoreduzida,relativaamatériasquesãotratadasnoprojectoderegulamentomasnãoosãonosregulamentosemvigor,tendonestecasosidofeitaumaadaptaçãodasmedidaspropostasnesseprojecto.

Relativamenteàqualificaçãoaofogodosprodutosdaconstrução(materiaiseelementos)verifica-seumasituaçãoparticular,poisapesardeexistirjánormalizaçãoeuropeiasobreamatéria,estaaindanãofoiadoptadanoPaís.Defacto,todaaregulamentaçãodesegurançaao incêndioéanterioràpublicaçãodaquelasnormas,peloqueasexigênciasrelativasàquelamatériasãofeitasdeacordocomEspecificaçõesLNEC,nãotendoaindasidoestabelecidaoficialmenteuma“correspondência”entreosdoissistemasdeclassificação.

Poroutrolado,noprojectoderegulamento[5]asexigênciasemmatériadereacçãoederesistênciaaofogosãojáfeitasdeacordocomanormalizaçãoeuropeia.

Faceaestarealidadeoptou-seporapresentaraquelasexigênciasdeacordocomasEspecificaçõesLNEC,indicandoentreparêntesisessasmesmasexigênciasfeitasdeacordocomanormalizaçãoeuropeia.

Parafinalizarrefere-sequeestedocumento,relativoàsmedidasdesegurançaaadoptaremedifíciosdealturanãosuperiora28m,ocupadosexclusivamentepelarespostasocialCentrodeDiatemaseguinteestrutura:1–Apresentaçãodametodologiaedaestruturaadoptada

2–Classificaçãodoslocaisedosedifíciossobopontodevistaderiscodeincêndio

3–Acessibilidadeaosedifíciosedisponibilidadedeáguaparacombateaoincêndio

4–Limitaçõesàpropagaçãodoincêndiopeloexteriordosedifícios

5–Condiçõesgeraisdecomportamentoaofogo,isolamentoeprotecção

6–Condiçõesgeraisdeevacuação

7–Instalaçõestécnicas

8–Sinalizaçãoeiluminaçãodesegurança

9–Meiosdedetecção,alarmeealerta

10–Meiosdeextinção

Page 343: Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches

11–Controlodapoluiçãodoar

12–Controlodefumo

13–Condiçõesdeauto-protecção

AsmedidascontidasnesteAnexosódevemservirdereferênciaatéaomomentoemqueseverifiqueapublicaçãodoRegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios

2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIO

2.1 TERMINOLOGIA

AlturadeumedifícioDiferençadecotaentreopisomaisdesfavorávelsusceptíveldeocupaçãoeoplanodereferência.Quandooúltimopisocobertoforexclusivamentedestinadoainstalaçõeseequipamentosqueapenasimpliquemapresençadepessoasparafinsdemanutençãoereparação,talpisonãoentranocômputodaalturadoedifício.Omesmosucedeseopisofordestinadoaarrecadaçõescujautilizaçãoimpliqueapenasvisitasepisódicasdepessoas.Aosedifíciosconstituídosporcorposdealturasdiferentessãoaplicáveisasdisposiçõescorrespondentesaocorpodemaioraltura,exceptuando-seoscasosemqueoscorposdemenoralturaforemindependentesdosrestantes.

Osedifíciosclassificam-se,consoanteasuaaltura,deacordocomatabelaseguinte:

EfectivoNúmeromáximodepessoasestimadoparaocuparem,emsimultâneo,umdadoespaçodeumedifíciooudeumestabelecimento.

PlanodereferênciaPlanoparaleloaospisosdeumedifício,quecontémaviadeacesso,seestaforhorizontal,ouintersectaoplanoqueacontém,ameiodeumvãodeacessodirectoaumcaminhodeevacuaçãodoedifício.Nocasodeexistiremdoisoumaisplanosdereferência,porexemplo,principaledetardoz,seráconsideradoomaisfavorávelparaasoperaçõesdosbombeiros,istoé,odemaiorcota,paraospisoselevadoseodemenorcotaparaospisosparcialoutotalmenteenterrados.

PúblicoOcupantesdeumedifíciooudeumestabelecimentoquenãoresidemnemtrabalhamhabitualmentenesseespaço.

2.2 CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOS

2.2.1 ClassificaçãodoslocaisderiscoParaefeitodedefiniçãodasmedidasaaplicar,osdiferenteslocaisexistentesnosedifíciosemcausa,comexcepçãodasviasdeevacuação,sãoclassificadosdeacordocomoestabelecidonosnúmerosseguintes.

Classificação Pequena Média

Altura(H) H ≤ 9m 9m<H ≤ 28m

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2.2.1.1 Locais de risco A

Locaisquenãoapresentamriscosespeciais,nosquaisseverifiquemsimultaneamenteasseguintescondições:- Oefectivototalnãoexceda100pessoas;- Oefectivodepúbliconãoexceda50pessoas;- Maisde90%dosocupantesnãoseencontremlimitadosnamobilidadeounascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme;- Asactividadesnelesexercidasouosprodutos,materiaiseequipamentosquecontêmnãoenvolvamriscosagravadosdeincêndio.

QuandooefectivodeumconjuntodelocaisderiscoAinseridosnomesmocompartimentocorta-fogoultrapassarosvaloreslimitesanteriormentereferidos,entãooconjuntoéconsideradoumlocalderiscoB.

2.2.1.2 Locais de risco B

Locaisacessíveisapúblicoouaopessoalafectoaoestabelecimentocomumefectivototalsuperiora100pessoasouumefectivodepúblicosuperiora50pessoas,nosquaisseverifiquemsimultaneamenteasseguintescondições:

- Maisde90%dosocupantesnãoseencontremlimitadosnamobilidadeounascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme;- Asactividadesnelesexercidasouosprodutos,materiaiseequipamentosquecontêmnãoenvolvamriscosagravadosdeincêndio.

Esteslocaisdevemsituar-sepreferencialmenteemníveispróximosdassaídasparaoexterior.Contudo,sesesituaremabaixodessassaídas,adiferençaentreacotadestaseadopavimentodolocalnãodevesersuperiora6m.

2.2.1.3 Locais de risco C

Locaisqueapresentamriscosagravadosdeeclosãoededesenvolvimentodeincêndiodevido,queràsactividadesnelesdesenvolvidasqueràscaracterísticasdosprodutos,materiaisouequipamentosquecontenham,designadamenteacargadeincêndio.Nosedifíciosemcausaesseslocaispodemcorresponderaespaçoscomo,porexemplo:

- Locaisondesejamproduzidos,depositados,armazenadosoumanipuladoslíquidosinflamáveisemquantidadesuperiora10l;- Cozinhasemquesejam instaladosaparelhos,ougruposdeaparelhos,paraconfecçãodealimentosousuaconservação,compotência totalútil

superiora20kW;- Locaisdeconfecçãodealimentosquerecorramacombustíveissólidos;- Lavandariaseroupariasemquesejaminstaladosaparelhos,ougruposdeaparelhosparalavagem,secagemouengomagemcompotênciatotalútil

superiora20kW;- Instalaçõesdefrioparaconservaçãocujosaparelhospossuampotênciatotalútilsuperiora70kW;- Arquivos,depósitos,armazénsearrecadaçõesdeprodutosoumaterialdiversocomvolumesuperiora100m³;- Locaisderecolhadecontentoresoudecompactadoresdelixocomcapacidadetotalsuperiora10m³;

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- Locaisafectosaserviçostécnicosemquesejaminstaladosequipamentoseléctricos,electromecânicosoutérmicoscompotênciatotalsuperiora70KW,ouarmazenadoscombustíveis;

- Locaiscobertosdeestacionamentodeveículoscomáreasuperiora50m²,comexcepçãodosestacionamentosindividuais.

OslocaisderiscoCdevemsituar-seaoníveldoplanodereferênciaenaperiferiadoedifício,nãopodendocomunicardirectamentecomlocaisderiscoB,DeE,nemcompostosdesegurançaeviasverticaisquesirvamoutrosespaçosdoedifício.

2.2.1.4 Locais de risco D

Locaisdeumestabelecimentocompermanênciadepessoasacamadas,oudestinadosareceberemcriançascomidadenãosuperioratrêsanos,oupessoaslimitadasnamobilidadeounascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme.Quantoàsualocalizaçãodevemrespeitarasseguintescondições:

- Devemsituar-se,preferencialmente,nopisodesaída;- Casosesituemempisosacimadopisodesaídadoedifício,aalturadessespisosnãodevesersuperiora9m(alturamedidadeacordocomodisposto

em2.1);- Nãodevemsituar-seabaixodopisodesaídadoedifício.

2.2.1.5 Locais de risco E

Locaisdeumestabelecimentodestinadoadormida,emqueaspessoasnãoapresentemaslimitaçõesindicadasnoslocaisderiscoD.Esteslocaisnãodevemsituar-seempisosabaixododasaídaparaoexteriordoedifício.

2.2.2 ClassificaçãodoriscodeincêndiodosedifíciosOriscodeincêndioassociadoaosedifíciosemcausa(equipamentossociais),dependedosseguintesfactores,deacordocomoindicadonoQuadro1:

- Alturadoedifício;- Efectivo;- LocalizaçãodassaídasdoslocaisderiscoD

Efectivomáximo

Categoria Alturamáxima Total DoslocaisderiscoD LocaisderiscoDcomsaídasindependentes

directasaoexteriornoplanodereferência

1.ª 9m 100 25 Aplicávelatodos

2.ª 9m 500 100 Nãoaplicável

3.ª 28m 1.500 400 Nãoaplicável

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3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIO

3.1 TERMINOLOGIA

Boca-de-incêndioHidrante,normalmentecomumaúnicasaída.Podeserarmada,destinando-seaoataquedirectoaumincêndio.Podeserexteriornãoarmada,destinando-seaoreabastecimentodosveículosdecombateaincêndios.Nestecasodeveexistirumaválvuladesuspensãonoramaldeligaçãoqueaalimenta,parafechodesteemcasodeavaria.Podeserinteriornãoarmada,destinando-seaocombateaumincêndiorecorrendoameiosdosbombeiros.

FachadaacessívelFachada através da qual é possível aos bombeiros lançar as operações de socorro a todos os pisos, quer directamente através de, nomínimo, uma saídacorrespondenteaumcaminhodeevacuação,queratravésdospontosdepenetraçãodesignadosnopresenteAnexo.

HidranteEquipamentopermanentementeligadoaumatubagemdedistribuiçãodeáguaàpressão,dispondodeórgãosdecomandoeumaoumaissaídas,destinadoàextinçãodeincêndiosouaoreabastecimentodeveículosdecombateaincêndios.Oshidrantespodemserdedoistipos:marcodeincêndioouboca-de-incêndio(deparedeoudepavimento).

MarcodeincêndioHidrante, normalmente instaladona rede pública de abastecimento de água, dispondode várias saídas, destinado a reabastecer os veículos de combate aincêndios.Trata-se,portanto,deummeiodeapoioàsoperaçõesdecombateaumincêndioporpartedosbombeiros.

ViadeacessoaoedifícioViaexterior,públicaoucomligaçãoàviapública,dondesejapossívelaosbombeiroslançareficazmenteasoperaçõesdesalvamentodepessoasedecombateaoincêndio,apartirdoexterioroupelointeriordeedifíciosrecorrendoacaminhosdeevacuação(horizontaisouverticais).

3.2 CONDIÇÕESDEACESSOAOSEDIFÍCIOS

Osedifíciosdevemserservidosporviasquepermitamaaproximação,oestacionamentoeamanobradasviaturasdosbombeiros,bemcomooestabelecimentodasoperaçõesdesocorro.Estasviasdevemaindadaracessoaparedesexterioresatravésdasquaissejapossívelaentradadosbombeirosnointeriordospisosocupados.

EstasviasdevemrespeitarasexigênciasestabelecidasnoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalar[2]paraosCentrosdeDia.

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3.3 DISPONIBILIDADEDEÁGUA

3.3.1 AspectosgeraisOfornecimentodeáguaparaabastecimentodosveículosdosbombeirosdeveserasseguradoporhidrantesexteriores,alimentadospelaredededistribuiçãopúblicaou,excepcionalmente,porredeprivada,nafaltadecondiçõesdaquela.

Osmodelos dos hidrantes exteriores deverão ser do tipo homologado, em conformidade com as normas portuguesas ou, na sua falta, de acordo com asespecificaçõesdaAutoridadeNacionaldeProtecçãoCivil(ANPC),devendodar-sepreferênciaaosmarcosdeincêndiorelativamenteàsbocasdeincêndio,semprequetalforpermitidopelodiâmetroepressãodaredepública.

3.3.2 MarcosdeincêndioOsmarcosdeincêndiodevemserinstaladosjuntoaolancildospasseiosquemarginamasviasdeacessoparaque,nomínimo,fiquemlocalizadosaumadistâncianãosuperiora30mdequalquerdassaídasdoedifícioquefaçampartedoscaminhosdeevacuaçãoedasbocasdealimentaçãodasredessecasouhúmidas,quandoexistam,eserprotegidoscontrachoquesdeviaturaspor trêsbarrasmetálicasemU invertido,comdiâmetromínimode40mm,colocadasnasuaperiferia,a0,60mdomarco,pintadasavermelhofogo(RAL3000).

3.3.3 Bocas-de-incêndioAsbocas-de-incêndiodevemserinstaladasnasparedesexterioresdoedifícioounosmurosdelimitadoresdolote,aumacotavariandoentre0,6e1,0mrelativamenteaospasseios,devendoprever-seumaporcada15mdecomprimentodeparede,oufracção,quandoestaexcederos7,5mpodendo,emalternativa,serinstaladassobospasseios,juntoaoslancis.

Emqualquerdoscasosdeverãoserinstaladasemcaixaprópriaeestardevidamenteprotegidasesinalizadas.

3.3.4 DepósitosNoscasosemquenãoexisteredepúblicadeabastecimentodeágua,oshidrantesserãoabastecidosatravésdedepósitoderededeincêndioscomcapacidadenãoinferiora60m3,elevadooudotadodesistemadebombagem,garantindoumcaudalmínimode20l/sporcadahidrante,comummáximodedois,àpressãodinâmicamínimade150kPa.

4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO

4.1 TERMINOLOGIA

Câmaracorta-fogoCompartimentocorta-fogoindependente,comumgrauderesistênciaeosmeiosdecontrolodefumoprevistosnesteAnexo,queestabelece,emregra,acomunicaçãoentredoisespaçoscomoobjectivodegarantiraprotecçãotemporáriadeumdelesouevitarapropagaçãodoincêndioentreambos.Sódevepossuirvãosdeacessoaessesespaços,protegidosporportasresistentesaofogoeaumadistânciatalquenãopermitaasuaaberturasimultâneaporumaúnicapessoa.

Compartimentocorta-fogoPartedeumedifício,compreendendoumoumaisespaços,divisõesoupisos,delimitadaporelementosdeconstruçãoaqueseexigeresistênciaaofogoadequadadeformaa,duranteumperíododetempodeterminado,garantirasuaprotecçãoouimpedirapropagaçãodoincêndioaorestodoedifícioou,ainda,afraccionaracargadeincêndio.

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Continuidadedefornecimentodeenergiae/oudesinalPropriedadedeumelementointegradonumainstalaçãodemanteracapacidadedefornecimentodeenergiaoudetransmissãodesinal,duranteumperíododetempodeterminado,quandosujeitoàacçãodeincêndio.

EstabilidadeaofogoPropriedadedeumelementodeconstruçãocomfunçõesdesuportedecargas,capazderesistiraocolapsoduranteumperíododetempodeterminado,quandosujeitoàacçãodeincêndio.

EstanquidadeaofogoPropriedadedeumelementodeconstruçãocomfunçãodecompartimentaçãodenãodeixarpassar,duranteumperíododetempodeterminado,qualquerchamaougasesquentes.

FechoautomáticoPropriedadedeumelementodeconstruçãoqueguarneceumvãode,emsituaçãodeincêndio,tomarouretomaraposiçãoquegaranteofechodovãosemintervençãohumana.

IsolamentotérmicoPropriedadedeumelementodeconstruçãocomfunçãodecompartimentaçãodegarantirqueatemperaturanafacenãoexpostaaofogo,desdeoseuinícioeduranteumperíododetempodeterminado,nãoseelevaacimadedadovalor.

ParededeempenaParedelateraldeumedifício,semaberturas,comafunçãodeisolamentorelativamenteaedifícioscontíguos,jáexistentesouaconstruir.

ReacçãoaofogoRespostadeumprodutoaocontribuirpelasuaprópriadecomposiçãoparaoinícioeodesenvolvimentodeumincêndio,avaliadacombasenumconjuntodeensaiosnormalizados.

RegistoDispositivomóveldeobturaçãodasecçãodeumacondutaoudeumaabertura,abertooufechadonasuaposiçãonormal,decomandoautomáticooumanual.

RegistoresistenteaofogoRegistodeaccionamentoautomáticocomumadadaqualificaçãoderesistênciaaofogodeterminadaemensaionormalizadoderesistênciaaofogopadrão,destinadoaimpedirapropagaçãodeumincêndiooudosseusefeitosatravésdeumacondutaoudeumaabertura,duranteumcertoperíododetempo.

ResistênciaaofogoPropriedadedeumelementodeconstrução,oudeoutroscomponentesdeumedifício,deconservar,duranteumperíododetempodeterminado,aestabilidadee/ouaestanquidadee/ouoisolamentotérmicoe/ouaresistênciamecânicae/ouqualqueroutrafunçãoespecífica,quandosujeitoaoprocessodeaquecimentoresultantedeumincêndio.

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ResistênciaaofogopadrãoResistênciaaofogoavaliadanumensaiocomumprogramatérmicodefogonormalizado.

SistemadecortinadeáguaSistemaautomáticoconstituídoportubagenseaspersoresdeáguaque,apósadetecçãodeumincêndio,projectaumalâminacontínuadeáguasegundoumplanovertical(cortina),isolandodapenetraçãodofumoedaschamasdoisespaçoscontíguos.Essacortinadeveirrigarumasuperfície(tela,vidro,metal,etc.),melhorandooseucomportamentoaofogo.

4.2 PAREDESEXTERIORESDECONSTRUÇÃOTRADICIONAL

Nas paredes exteriores, os troços de elementos de fachada compreendidos entre vãos situados em pisos sucessivos da mesma prumada, pertencentes acompartimentoscorta-fogodistintos,devemterumaalturasuperiora1,10m.

Seentreessesvãossobrepostosexistiremelementossalientestaiscomopalas,galeriascorridasouvarandas,prolongadasmaisde1mparacadaumdosladosdessesvãos,ouquesejamdelimitadaslateralmenteporguardascheias,ovalorde1,10mcorresponderáàdistânciaentrevãossobrepostossomadacomadobalançodesseselementos,desdequeestesgarantamaclassederesistênciaaofogopadrãoCF60(EI60).

Naszonasdasfachadasemqueexistamdiedrosdeaberturainferiora135°,deveserestabelecidadecadaladodaarestadodiedroumafaixavertical,garantindoaclassederesistênciaaofogoCF30(EI30).

Alarguradaquelasfaixasverticaiséestabelecidaemfunçãodoângulodeaberturadodiedroenãodeveserinferioraosseguintesvalores:- Ângulodeaberturanãosuperiora100°–1,50m- Ângulodeaberturasuperiora100°enãosuperiora135°–1,00m

Nocasodediedrosentrecorposdoedifíciocomalturasdiferentes,afaixaestabelecidanocorpomaiselevadodeveserprolongadaportodaasuaaltura,comummáximoexigívelde8macimadacoberturadocorpomaisbaixo.

Asexigênciasanterioresrelativasàszonasdasfachadasqueformamumdiedroinferiora135°nãoseaplicamnaquelasqueestãoavançadasourecuadasde1m,oumenos,doseuplanogeral,nemnasquepertencemaomesmocompartimentocorta-fogo.

Asparedesexterioresdosedifícios,quandoestesconfrontemcomoutrosaumadistânciainferioràindicadanoQuadro2,devemgarantir,nomínimo,aclassederesistênciaaofogopadrãoEI60(REI60)eosvãosnelaspraticadosdevemserguarnecidosporelementosfixosPC30(E30).

Quadro2–Afastamentodereferênciaentreedifíciosparaqualificaçãodaresistênciaaofogodeparedesexteriores

Alturadoedifício(H) Distânciamínimaentreasfachadas(L)

H≤9m L<4m

H>9m L<8m

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Nocasodeedifícioscommaisdeumpisoemelevaçãoaclassedereacçãoaofogodosrevestimentosexterioresdasfachadas,doselementostransparentesdasjanelasedeoutrosvãos,dacaixilhariaedosestoresoupersianasexterioresdeveser,pelomenos,aindicadanoQuadro3.Quadro3–Classedereacçãoaofogodosrevestimentosexteriores,caixilhariaeestoresoupersianas

4.3 PAREDESDEEMPENA

AsparedesexterioresdaempenadevemgarantirumaresistênciaaofogopadrãodaclasseEI60eelevar-seacimadascoberturasde0,6m,nomínimo,quandoestasnãogarantamaresistênciaaofogopadrãoestabelecida,formando“guarda-fogos”.

4.4 PAREDESNÃO-TRADICIONAIS

4.4.1 AspectosgeraisAsparedesnão-tradicionaisdevemsersujeitasaumaapreciaçãotécnicaaefectuarpeloLNECouporentidadereconhecida.

4.4.2 FachadasdevidroNasfachadascortinadevidroosrequisitosimpostosparaostroçosdeelementosdefachadacompreendidosentrevãossituadosempisossucessivosdamesmaprumada(ver4.2),podemsersatisfeitospelautilizaçãodeelementos interioresdeconstrução,porexemplo lajecompletadaporguardacontínua interioreselagemsuperior,sendoadistânciaentreafachadaeesteselementosinterioresdeprotecçãonãosuperiora0,2m.

4.4.3 DuplasfachadasdevidroNasduplasfachadasdevidroventiladasosrequisitosimpostosparaostroçosdeelementosdefachadacompreendidosentrevãossituadosempisossucessivosdamesmaprumada(ver4.2)podemsersatisfeitospelautilizaçãodesoluçõesiguaisàsindicadasparaasfachadascortina,aplicadasnafachadaemcontactocomoespaçointeriordoedifício.

4.5 REVESTIMENTOSEXTERIORESNÃO-TRADICIONAISOssistemasderevestimentosexterioresnão-tradicionaisdevemsersujeitosaumaapreciaçãotécnicaaefectuarpeloLNECouporentidadereconhecida.OselementosconstituintesdossistemasderevestimentodescontínuosfixadosmecanicamenteaosuporteecomespaçodearventiladodevemapresentarumaclassedereacçãoaofogomínimaigualàindicadanoQuadro4.

Paredessemaberturas Paredescomaberturas

Revestimentos Revestimentose Caixilhariaeestores

elementostransparentes oupersianas

M2(C-s3d1) M1(B-s2d0) M1(B-s3d0)

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Quadro4–Classedereacçãoaofogodossistemasderevestimentodescontínuos,fixadosmecanicamenteaosuporte,comespaçodearventilado

Asexigênciasconsideradaspodemserdesagravadasdesdequeduranteaapreciaçãotécnicareferidaseverifiquequeforamconsideradasmedidasquepermitemasuaredução.

Nocasodesistemascompósitosparaisolamentotérmicoexteriorcomrevestimentosobreisolante(ETICS),querosistemaqueromaterialdeisolamentotérmicoqueointegradevemapresentarumaclassedereacçãoaofogomínimaigualàindicadanoQuadro5.

Quadro5–Classedereacçãoaofogodossistemascompósitosparaisolamentotérmicoexteriorcomrevestimentosobreisolante(ETICS)edomaterialdeisolamentotérmico

Complementarmentedeve-severificarqueoisolantetérmicodossistemasETICSnãoapresentapersistênciadeinflamaçõesquandoensaiadodeacordocomasespecificaçõesLNEC

4.6 COBERTURAS

4.6.1 ExigênciasgeraisExceptuandoosedifíciosapenascomumpisoacimadoplanodereferência,ascoberturasdevemsersempreacessíveisapartirdascirculaçõesverticaiscomuns,oudecirculaçõeshorizontaisquecomelascomuniquem,podendoesseacessoserefectuadoporalçapão.Aexistênciadevãosemparedesexterioressobranceirosacoberturasdeoutrosedifícios,oudeoutroscorposdomesmoedifício,sódeveserpermitidaseosmateriaisderevestimentodessacoberturagarantiremaclassedereacçãoaofogoM0(A1)numafaixacomalargurade4mmedidaapartirdaparede.Nocasodeexistiremnaprópriacoberturaelementosenvidraçados,dotipoclarabóiaououtros,situadosnareferidafaixade4m,devemserfixosegarantirumaclassederesistênciaaofogopadrãoCF60(EI60)ousuperior.

Oselementosdeobturaçãodosvãospraticadosnacoberturaparailuminação,ventilaçãoououtrasfinalidades,esituadosforadafaixaindicadaanteriormente,devemserconstituídospormateriaisdaclasseM0(A1).

Elementos Edifíciosatéaos9mdealtura Edifíciosentreos9meos28mdealtura

Estruturadesuportedosistemadeisolamento M2(C-s2d0) M1(B-s2d0)

Revestimentodasuperfícieexternadaparede M2(C-s2d0) M1(B-s2d0)

Revestimentosdassuperfíciesqueconfinamoespaçodearventilado M2(C-s2d0) M1(B-s2d0)

Isolantetérmico M3(D-s3d0) M1(B-s2d0)

Elementos Edifíciosaté9m Edifíciosentreos9meos28mdealtura

Sistemacompleto M2(C-s3,d0) M1(B-s3,d0)

Isolantetérmico M4(Ed2) M4(Ed2)

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4.6.2 CoberturasemterraçoAscoberturasemterraçodevemterumaguardaexterioremtodaasuaperiferia,comasalturasacimadelasiguaisàsdefinidasparaasparedesdeempenareferidasem4.3(Paredesdeempena),independentementedaexistênciaounãodos“guarda-fogos”.Seessaguardafordescontínua,adistâncianahorizontalentreaberturasoufiosdeveser,nomáximo,de0,12m.

Oselementosdaestruturadacoberturadevemgarantir,nomínimo,umaclassederesistênciaaofogopadrãoCF(REI)comoescalãodetempoexigidoparaoselementosestruturaisdoedifício,eosmateriaisderevestimentoexteriordevemterumaclassedereacçãomínimaM4(EFL).

4.6.3 OutrascoberturasParaestascoberturasconsidera-sesuficientequeoselementosestruturaissejamconstituídoscommateriaisdaclassedereacçãoaofogoM0(A1),commadeiramaciçaoucomlameladosdemadeiracolados,enquantoqueorevestimentoexteriordeveser,nomínimo,daclassedereacçãoaofogoM2(C-s2d0).

5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO

5.1 TERMINOLOGIAPátiointerior(átrio,poçodeluzousaguão)Vazio interior correspondenteaumvolumeaproximadamenteparalelepipédicocujamenordimensãohorizontalé inferiorà respectivaaltura.Consoanteaexistênciaounãodecoberturadesigna-serespectivamenteporcobertoouaoarlivre.Opátiointerioréaindadesignadoaberto,nocasodeumoumaispisosseencontraremabertosempermanênciasobreovaziocentraloufechado,quandoasfachadasinterioresforemtotalmenteprotegidasporelementosdeconstrução,queràfacedessevazio,querrecuadas.Designa-seporalturadopátioadistânciamedidanaverticalentreascotasdoátriodeacessoaointeriordovazioedopavimentodoúltimopisoutilizadodandoparaessevazio.Designa-sepormenordimensãodopátiointerioradistânciaentre:

- Focinhodaslajesdagaleria–nosátriosabertos;- Elementosverticaisdefachada–nosátrioscobertosfechados;- Focinhodaslajeseelementosverticais–nosátriosabertosdeumladoefechadosdooutro.

5.2 COMPARTIMENTAÇÃOCORTA-FOGOOsedifíciosdevemserdivididosemcompartimentoscorta-fogoquepermitam limitarapropagaçãodo incêndio, sendoessacompartimentaçãoobtidaporelementosdaconstruçãocontínuos(pavimentoseparedes),atravessandopisosetectos,garantindoduranteumdeterminadotempoafunçãodesuporte,adeestanquidadeàschamasegasesquenteseadeisolamentotérmico.

Semprequeesseselementossejamatravessadosporcanalizaçõesoucondutas,deve-seprocederàsuaselagemouterregistoscorta-fogocomcaracterísticasderesistênciaaofogopadrãoiguaisàdosreferidoselementos,ouametadedessetemposealojadasemductosedesdequeaportadeacessoaestegaranta,também,metadedessevalor.

Asviasdeevacuação interioresprotegidas,ascomunicaçõesverticaisnãoseláveisaoníveldospisos, taiscomocondutasde lixo,couretesdegás,caixasdeelevador,eoslocaisderiscoC,devemconstituirsemprecompartimentoscorta-fogoindependentes.

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5.3 RESISTÊNCIAAOFOGODEELEMENTOSESTRUTURAISOselementosdeconstruçãocomfunçãodesuportedevempossuiraresistênciaaofogopadrãomínimaindicadanoQuadro6.

Quadro6–Resistênciaaofogopadrãomínimadeelementosestruturaisdeedifícios

5.4 EXIGÊNCIASRELATIVASACABLAGEMDIVERSAAscablagenseléctricaedefibraópticaeasdesistemasdeenergiaousinal,bemcomoosseusacessórios,tubosemeiosdeprotecção,quesirvamossistemasdesegurança,devemficarembebidosouprotegidosemductopróprioou,emalternativa,garantirasclassesderesistênciaPouPH.

OsescalõesdetempomínimosaassegurardevemserosindicadosnoQuadro7,comexcepçãodospercursosdecablagemnointeriordeviasdeevacuaçãoprotegidas,horizontaiseverticais.

Quadro7–Escalõesdetempomínimosparaprotecçãodecircuitoseléctricosoudesinal

5.5 COMPARTIMENTOSCORTA-FOGOOsdiversospisosdevemconstituircompartimentoscorta-fogodiferentes,semprejuízodascondiçõesdeisolamentoeprotecçãoreferentesalocaisderiscoexistentesnessespisos,nãodevendoultrapassarasáreasmáximasindicadasnoQuadro8.

Quadro8–Áreasassociadasàcompartimentaçãodefogo

Categoriasderiscodoedifício Funçãodoelementoestrutural

1.ª 2.ª 3.ª

EF30(R30) EF60(R60) EF90(R90) Apenassuporte

CF30(REI30) CF60(REI60) CF90(REI90) Suporteecompartimentação

Aplicaçãodainstalaçãodeenergiaoudesinal Categoriaderisco Escalãodetempo(minuto)

Retençãodeportasresistentesaofogo,obturaçãodeoutrosvãosecondutas,bloqueadores 1.ªou2.ª 15

deescadasmecânicas,sistemasdealarmeedetecçãodeincêndiosedegasescombustíveis, 3.ª 30

oudispositivosindependentescomamesmafinalidade

Iluminaçãodeemergênciaesinalizaçãodesegurançaecomandosemeiosauxiliares 1.ªou2.ª 30

desistemasdeextinçãoautomática 3.ª 60

Controlodefumo,pressurizaçãodeáguaparacombateaoincêndio,ascensoresprioritários 1.ªou2.ª 60

debombeiros,ventilaçãodelocaisafectosaserviçoseléctricos,sistemasemeios 3.ª 90

decomunicaçãonecessáriosàsegurançacontraincêndio

Característicasdospisos Áreasmáximasdecompartimento

corta-fogoporpiso

PisoscomlocaisderiscoD 800m²

ExceptopisoscomlocaisderiscoD 1.600m²

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Nosedifíciosatéaos9mdealturapoderáadmitir-sequetrêspisosconstituamumsócompartimentocorta-fogo,desdequeaáreaútiltotaldessespisosnãoexcedaosvaloresmáximosindicadosnoQuadro8enenhumdelesultrapasse800m²,nemsesituemaisdoqueumpisoabaixodoplanodereferênciaeoslocaisderiscoDestejamlocalizadosexclusivamentenopisodesteplano.

Oscompartimentoscorta-fogoaqueserefereestenúmerodevemserisoladosporelementosdeconstruçãocomumaclassederesistênciaCF(EIouREI)comumescalãodetempomínimode30minutos.

5.6 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODEPÁTIOSINTERIORESSemprejuízodoreferidononúmeroanteriorsãopermitidososespaçoslivresinteriores,designadosporpátiosinterioresoupoçosdeluz,desdeque:

a) Amenordassuasdimensõesemplanta,faceàalturadopátio(H,expressaemmetro),sejasuperiora:- H, para H ≤ 7 m- √7H, para H > 7 m

b) Asparedesdoedifícioqueconfinemcomessepátiorespeitemascondiçõesdelimitaçãodepropagaçãodofogoestabelecidasem4(LimitaçõesàPropagaçãodoIncêndiopeloExteriordoEdifício);

c) Todososrevestimentosinterioresdepátioscobertossejam,pelomenos,daclassedereacçãoaofogoA2-s1d0,paratectoseparedes,edaclasseCFL-s2paraosrevestimentosdepiso;

d) AenvolventedepátiosinteriorescobertosfechadosqueosseparedelocaisdotipoDouEoudecaminhosdeevacuaçãohorizontaisquesirvamlocaisderiscoD,tenhaobrigatoriamenteumaresistênciaaofogopadrãodaclasseEI30ousuperior.

Aprotecçãodaenvolventereferidaemd),nocasodecaminhosdeevacuaçãoquesirvamlocaisderiscoE,sobranceirosapátios,podeserapenasgarantidapormeios activos de controlo de fumo complementados por painéis de cantonamento oupor telas accionadas por detecção automática, a localizar nessaenvolvente

5.7 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOBOslocaisderiscoBdevemserseparadosdoslocaisadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro9.

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Quadro9–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoB

5.8 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOCOslocaisderiscoCdevem,emregra,serseparadosdosespaçosadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro10.

Quadro10–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoC

Nocasodecozinhasligadasasalasderefeiçõesépermitidoqueapenasospavimentos,asparedeseasportasnaenvolventedoconjuntosatisfaçamascondiçõesrequeridasnonúmeroanterior,desdequesejamobservadasasdisposiçõesdecontrolodefumoprevistosem12(ControlodeFumo).

5.9 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCODOs locaisderiscoDdevemserseparadosdosadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaao fogopadrãoindicadasnoQuadro11.

Quadro11–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoD

Esteslocais,desdequetenhamdimensãosuperiora400m²,devemtambémsersubcompartimentadosporelementoscomaqualificaçãoderesistênciaaofogopadrãoindicadanoquadro.

5.10 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOEOslocaisderiscoEdevemserseparadosdoslocaisadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro12.

Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima

Paredesnãoresistentes CF30(EI30)

Pavimentoseparedesresistentes CF30(REI30)

Portascomdispositivodefechoautomático PC15(E15C)

Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima

Paredesnãoresistentes CF60(EI60)

Pavimentoseparedesresistentes CF60(REI60)

Portascomdispositivodefechoautomático PC30(E30C)

Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima

Paredesnãoresistentes CF60(EI60)

Pavimentoseparedesresistentes CF60(REI60)

Portascomdispositivodefechoautomático PC30(E30C)

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Quadro12–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoE

5.11 POSTODESEGURANÇAOpostodesegurançadeveserseparadodosespaçosadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro13.

Quadro13–Resistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedopostodesegurança

5.12 PROTECÇÃODASVIASHORIZONTAISDEEVACUAÇÃOOsedifíciosdevemterviashorizontaisprotegidasnosseguintescasos:

- Vias,incluindoátrios,integradasnascomunicaçõescomunsemedifíciosda3.ªcategoriaderisco;- Vias,incluindoátrios,integradasnascomunicaçõescomuns,quandooseucomprimentoexcedaos30m;- Viasdepisoslocalizadosabaixodoplanodereferência,semprequeoseucomprimentosejasuperiora10m;- ViasincluídasnoscaminhoshorizontaisdeevacuaçãodelocaisderiscoB,semprequeesseslocaisnãodisponhamdeviasalternativas;- ViasincluídasnoscaminhoshorizontaisdeevacuaçãodelocaisderiscoD;- Vias,outroçosdevia,emimpassecomcomprimentosuperiora10m,exceptosetodososlocaisqueserviremdispuseremdesaídasparaoutrasvias

deevacuação;- Galeriasfechadasdeligaçãoentreedifíciosindependentesoucorposindependentesdomesmoedifício.

Asviasreferidas,quandointeriores,quenãodêemacessodirectoalocaisderiscoC,DouE,devemserseparadasdosrestantesespaçosdopisoporparedeseportasdaclassederesistênciaaofogopadrãomínimaindicadanoQuadro14,deacordocomaalturadoedifícioemquesesituem.

Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima

Paredesnãoresistentes CF30(EI30)

Pavimentoseparedesresistentes CF30(REI30)

Portas PC15(E15C)

Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima

Paredesnãoresistentes EI90

Pavimentoseparedesresistentes REI90

Portas E45C

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Quadro14–Resistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedeviashorizontaisdeevacuaçãointerioresprotegidas

AsviashorizontaisdeevacuaçãointerioresquedêemacessodirectoalocaisderiscoDouEdevemserseparadasdosrestantesespaçosdopisoporparedeseportascujaclassederesistênciaaofogopadrãosejaamaiordasconstantesdoQuadro13oudosQuadros9,10,11ou12,consoanteoslocaisderiscoemcausa.

Semprequeasviashorizontaisexterioressesituemnaáreadeumrectângulodefinidopelasperpendicularesàfachadaàdistânciade2m,deumedooutroladodeumvão,epelaparalelaaomesmoàdistânciade8m,essevãoouaviadevemserdotadosdeelementoscomaclassemínimaderesistênciaaofogopadrãoPC30(E30),amenosqueovãosesitueamaisde6macimadavia,comexcepçãodaquelasemqueexistamimpasses,situaçãoemqueosvãosdaprópriafachadanãonecessitamdeprotecção.

5.13 PROTECÇÃODASVIASVERTICAISDEEVACUAÇÃO

5.13.1 AspectosgeraisTodasasviasverticaisdeevacuaçãodevemserprotegidas,exceptoaquelasqueseencontremnasseguintessituações:

- EmedifíciosdepequenaalturaemqueeventuaislocaisderiscoDsesituamexclusivamentenopisodoplanodereferência;- Escadasqueinterligamníveisdiferentesnointeriordeummesmocompartimentocorta-fogo.

Asviasverticaisdeevacuaçãoparaasquaisseexigeprotecçãodevemserseparadasdosrestantesespaçosporparedesepavimentosapresentandoclassederesistênciaaofogocomumescalãodetemponãoinferioraoexigidoparaoselementosestruturaisdoedifício,conformeindicadoparaasviashorizontais.Asviasverticaisdeevacuaçãoexterioresdevemgarantirasdistânciasdesegurançaanteriormentereferidasparaasviashorizontaisdeevacuação.

OsacessosàsviasverticaisdeevacuaçãodevemserprotegidosnascondiçõesindicadasnosQuadros15e16.

5.13.2 ProtecçãonopisodesaídaNospisosdesaídaparaoexterioraprotecçãodasviasverticaisdeevacuaçãodeveserfeitadeacordocomascondiçõesexpressasnoQuadro15.

Alturadoedifício Paredesnãoresistentes Paredesresistentes Portascomdispositivo

defechoautomático

Pequena CF30(EI30) CF30(REI30) PC15(E15C)

Média CF60(EI60) CF60(REI60) PC30(E30C)

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Quadro15–Protecçãodosacessosaviasdeevacuaçãoverticaisprotegidaslocalizadosnopisodesaídaparaoexterior

5.13.3 ProtecçãoparaosrestantespisosNosdiferentespisosdoedifício,comexcepçãododesaídaparaoexterior,aprotecçãodasviasverticaisdeevacuaçãodeveserfeitadeacordocomascondiçõesexpressasnoQuadro16.

Quadro16–Protecçãodosacessosaviasdeevacuaçãoverticaisprotegidasnãolocalizadosnopisodesaídaparaoexterior

5.14 ISOLAMENTODEOUTRASCIRCULAÇÕESVERTICAIS

Ascirculaçõesverticaisinterioresquenãoconstituamviasdeevacuaçãodevem,emregra,serseparadasdosrestantesespaçosporparedeseportasdaclassederesistênciaaofogopadrãoindicadanoQuadro17,deacordocomaalturadoedifícioemquesesituem.

Saídasdeviasenclausuradas Viaacimadoplanodereferência Viaabaixodoplanodereferência

Directaaoexterior Semexigências Semexigências

Emátriocomacessodirecto Semexigências PortasPC30comdispositivo

aoexterioresemligaçãoaoutros defechoautomático(E30C)

espaçosinteriorescomexcepção

decaixasdeelevadoresprotegidas

Restantessituações PortasPC30comdispositivo PortasPC30comdispositivo

defechoautomático(E30C) defechoautomático(E30C)

Tipodevia Acesso Viaacimadoplanodereferência Viaabaixodoplanodereferência

Enclausurada Dointerior PortasPC30comdispositivo Câmarascorta-fogo

defechoautomático(E30C)

Doexterior PortasPC15comdispositivo PortasPC15comdispositivode

defechoautomático(E15C) fechoautomático(E15C)

Aoarlivre Dointerior PortasPC30comdispositivo PortasCF30comdispositivode

defechoautomático(E30C) fechoautomático(EI30C)

Doexterior Semexigências Semexigências

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Quadro17–Resistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedecirculaçõesverticaisquenãoconstituemviasdeevacuação

5.15 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODASCAIXASDOSELEVADORESAsparedeseportasdepatamardeisolamentodascaixasdoselevadoresdevemcumprirodefinidonoQuadro16relativamenteàsclassesderesistênciaaofogopadrão,desdequetodosospisossesituemacimadosolo,devendoasreferidasportasserdefuncionamentoautomático.

5.16 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODECANALIZAÇÕESECONDUTAS

5.16.1 AspectosgeraisAsdiversascondutasecanalizações(eléctricas,deesgoto,degases,incluindoasdearcomprimidoedevácuo,bemcomoascondutasdeventilação,detratamentodear,deevacuaçãodeefluentesdecombustão,dedesenfumagemedeevacuaçãodelixos)relativasàsinstalaçõesaquerespeitam,semprequesirvamlocaisderiscoC,osedifíciosultrapassemaalturade9moupossuamlocaisderiscoD,devemserisoladaseprotegidas,recorrendoparaissoaumdosseguintesmeios:

- Alojamentoemductos;- Atribuiçãoderesistênciaaofogoàsprópriascanalizaçõesoucondutas;- Instalaçãodedispositivosnointeriordascondutasparaobturaçãoautomáticaemcasodeincêndio.

Considera-sesuficientequeasparedesdascondutas,dascanalizaçõesoudosductosqueasalojemapresentemclassederesistênciaaofogopadrãonãoinferiorametadedarequeridaparaoselementosdeconstruçãoqueatravessem.

5.16.2 CondiçõesdeisolamentoAscondutasecanalizações,comexcepçãodasdeventilaçãoetratamentodear,devemseralojadasemductosdesdequepossuamdiâmetronominalsuperiora315mm,ousecçãoequivalente.

Ascanalizaçõeseascondutasaseguirindicadas(enãoabrangidaspelacondiçãoanterior)devemserdotadasdemeiosdeisolamentoquegarantamaclassederesistênciaaofogopadrãoexigidaparaoselementosatravessados:

- Condutasoucanalizaçõescomdiâmetronominalsuperiora75mm,ousecçãoequivalente,queatravessemparedesoupavimentosdecompartimentaçãocorta-fogooudeseparaçãoentrelocaisocupadosporentidadesdistintas;

- Condutas que conduzam efluentes de combustão provenientes de grupos geradores, centrais térmicas, cozinhas e aparelhos de aquecimentoautónomos;

- Condutasoucanalizaçõescomdiâmetronominalsuperiora125mm,ousecçãoequivalente,compercursosnointeriordelocaisderiscoC(isolamentonospercursosfeitosnoslocaisderiscoC).

Asexigênciasexpressasanteriormentenoqueserefereaosmeiosdeisolamentosãoconsideradassatisfeitasnosseguintescasos:- Condutasmetálicascompontodefusãosuperiora850OC;- CondutasdePVCdaclasseBcomdiâmetronominalnãosuperiora 125mm,desdequedotadasdeanéisdeselagemnosatravessamentos,que

garantamaclassederesistênciaaofogopadrãoexigidaparaoselementosatravessados.

Alturadoedifício Paredesnãoresistentes Paredesresistentes Portascomdispositivodefecho

automático

Pequenaoumédia CF30(EI30) CF30(REI30) PC15(E15C)

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Asadufas,osramaisdedescargaeostubosdequedadascondutasdeevacuaçãodelixodevemserestanques,construídoscommateriaisdaclasseM0(A1)egarantiraclassederesistênciaaofogopadrãoCF60(EI60(i‹-›o)).

Ascondutasdasinstalaçõesdecontrolodefumoemcasodeincêndiodevemsatisfazerasdisposiçõesconstantesde12(ControlodeFumo).

Emcondutasisoláveispormeiodedispositivosdeobturaçãoautomáticaemcasodeincêndio,asexigênciasderesistênciaaofogoexpressasnestenúmeropodemserasseguradasapenasnospontosdeatravessamentodasparedesoudospavimentos.

5.16.3 CaracterísticasdosductosOsductosdevemserconstruídoscommateriaisdaclasseM0 (A1)e, comasexcepçõesa seguirprevistas, ser seccionados, semprequepossível,por septosconstituídospormateriaisdaclasseM0(A1)nospontosdeatravessamentodeparedesepavimentosdecompartimentaçãocorta-fogooudeisolamentoentrelocaisocupadosporentidadesdistintas.

Nosductosdestinadosaalojarcanalizaçõesdelíquidosegasescombustíveis:- Nãoépermitidoqualquerseccionamento;- Ostroçosverticaisdevemdispordeaberturaspermanentesdecomunicaçãocomoexteriordoedifíciocomáreanãoinferiora0,10m2,situadasuma

nabasedoductos,acimadoníveldoterrenocircundante,eoutranotopo,aoníveldacobertura.

AsportasdeacessodevemserdaclassederesistênciaaofogopadrãoPC30comdispositivodefechoautomático(E30C).

5.16.4 DispositivosdeobturaçãoautomáticaOaccionamentodosdispositivosdeobturaçãoautomáticareferidosem5.16.1devesercomandadopormeiodedispositivosdedetecçãoautomáticadeincêndio,duplicadospordispositivosmanuais.

5.17 PROTECÇÃODEVÃOSINTERIORES

5.17.1 ResistênciaaofogodeportasAclassederesistênciaaofogopadrão,CFouPC(EIouE),dasportasque,nosvãosabertos,isolamoscompartimentoscorta-fogo,deveterumescalãodetempoigualametadedaparedeemqueseinserem,exceptonoscasosparticularesreferidosnopresenteAnexo.

5.17.2 DispositivosdefechoeretençãodasportasresistentesaofogoAsportasdeacessoouintegradasemcaminhosdeevacuaçãocomqualificaçãoderesistênciaaofogodevemsersempreprovidasdedispositivosdefechoqueasreconduzamautomaticamente,pormeiosmecânicos,àposiçãofechada.Estasportas,quandoporrazõesdeexploraçãodevamsermantidasabertas,têmdeserprovidasdedispositivosderetençãoqueasconservemnormalmentenaquelaposiçãoeque,emcasodeincêndio,aslibertemautomaticamente,provocandooseufechoporacçãododispositivoreferidono5.16.4,devendoserdotadasdedispositivoselectordefechoseforemderebatercomduasfolhas.

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Nasportasequipadascomdispositivosderetençãodeveserafixada,nafaceaparentequandoabertas,ainscrição:«Portacorta-fogo.Nãocolocarobstáculosqueimpeçamofecho».

Amanutenção,emsituaçãonormalnaposiçãoaberta,deportasdeacessoaviasverticaisdeevacuaçãonãoéadmitidaemnenhumcaso.

5.17.3 DispositivosdefechodasportinholasdeacessoaductosdeisolamentoAsportinholasdeacessoaductosdeisolamentodecanalizaçõesoucondutasdevemsermunidasdedispositivosquepermitammantê-lasfechadas,garantindoaclassificaçãoC.

5.18 REACÇÃOAOFOGO

5.18.1 ViasdeevacuaçãohorizontaisOsmateriaisderevestimentodeparedes,tectosepavimentosemviasdeevacuaçãohorizontaisdevemterumaqualificaçãodereacçãoaofogonãoinferioràindicadanoQuadro18.

Quadro18–Reacçãoaofogomínimadosrevestimentosemviasdeevacuaçãohorizontais

5.18.2 Viasdeevacuaçãoverticaisecâmarascorta-fogoAsclassesmínimasdereacçãoaofogodosmateriaisderevestimentodeparedes,tectosepavimentosemviasdeevacuaçãohorizontaiseverticais,bemcomodascâmarascorta-fogosão,nomínimo,asindicadasnoQuadro19.

Quadro19–Reacçãoaofogomínimadosrevestimentosemviasdeevacuaçãoecâmarascorta-fogo

5.18.3 LocaisderiscoAsclassesmínimasdereacçãoaofogodosmateriaisderevestimentodeparedes,tectosepavimentosdelocaisderiscoA,B,C,D,EsãoasindicadasnoQuadro20.

Elemento Aoarlivreeedifícios Emedifíciosde

depequenaaltura médiaaltura

Paredesetectos M2(C-s3d1) M1(B-s2d0)

Pavimentos M3(DFL) M3(DFL)

Elemento Exteriores Interiores

Paredesetectos M1(B-s3d0) M0(A2-s1d0)

Pavimentos M2(CFL) M2(CFL-s1)

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Quadro20–ClassesdereacçãoaofogomínimasexigidasaosrevestimentosdoslocaisderiscoA,B,C,DeE

5.18.4 OutrascomunicaçõesverticaisdosedifíciosOsmateriaisutilizadosnaconstruçãoounorevestimentodecaixasdeelevadores,condutaseductos,ouquaisqueroutrascomunicaçõesverticaisdosedifícios,devemterumareacçãoaofogodaclasseM0(A1).

5.18.5 TectosfalsosOsmateriaisconstituintesdostectosfalsosdevemgarantirodesempenhodereacçãoaofogoexigidoparaostectoseparedesdosespaçosondeestãoinseridos,desdequeessedesempenhonãosejainferioraodaclasseM1(B-s1d0),comexcepçãodosexistentesemlocaisderiscoAquedevemser,pelomenos,daclassedereacçãoaofogoM2(C-s2d0).

Osmateriaisdeequipamentosembutidosemtectosfalsosparadifusãodeluz,naturalouartificial,nãodevemultrapassar25%daáreatotaldoespaçoailuminaredevemgarantirumareacçãoaofogo,pelomenos,daclasseM2(C-s2d0).

TodososdispositivosdefixaçãoesuspensãodetectosfalsosdevemgarantirumareacçãoaofogodaclasseM0(A1).

5.18.6 MateriaisdecorrecçãoacústicaemparedesetectosOsmateriaisdecorrecçãoacústicaaplicadosemparedesetectos,incluindoostectosfalsos,devemsatisfazerasexigênciasimpostasparaosdiferenteslocaisderiscoondesesituam,deacordocomasexigênciasfeitasemnúmerosanteriores.

6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO

6.1 TERMINOLOGIA

Barraanti-pânicoDispositivomecânicoinstaladonumaportaquepermita,emcasodeevacuaçãodeemergência,asuafácilaberturapormerapressãodocorpodoutilizador,semquetenhaquerecorreràssuasmãos.

Caminhodeevacuação(oucaminhodefuga)Percurso entre qualquer ponto, susceptível de ocupação, num recinto ounumedifício atéuma zonade segurança exterior, compreendendo, emgeral, umpercursoinicialnolocaldepermanênciaeoutronasviasdeevacuação.

Elementos Locaisderisco

A B C D E

Paredesetectos M1(B-s2d0) M0(A2-s1d0) M0(A1) M0(A1) M0(A1)

Pavimentos M3(DFL–s2) M2(CFL–s2) M0(A1FL) M2(CFL–s2) M2(CFL–s2)

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CapacidadedeevacuaçãodeumasaídaNúmeromáximodepessoasquepodempassaratravésdessasaídaporunidadedetempo.

DistânciadeevacuaçãoComprimentoapercorrernumcaminhodeevacuaçãoatéseatingirumaviadeevacuaçãoprotegida,umazonadesegurançaouumazonaderefúgio.

EscadasuplementarEscadaadicionalàsexigidasparaaevacuação,instaladaparasatisfazernecessidadesfuncionais.

EvacuaçãoMovimentodeocupantesdeumedifícioparaumazonadesegurança,emcasodeincêndiooudeoutrosacidentes,quedeveserdisciplinado,atempadoeseguro.

FuncionáriosOcupantesdeumedifíciooudeumestabelecimentoqueneledesenvolvemumaactividadeprofissionalrelacionadacomautilização-tipodoedifício,queimplicaoconhecimentodosespaçosafectosaessautilização.

Impasse(paraumpontodeumespaço)Situação,segundoaqualapartirdeumpontodeumdadoespaçoaevacuaçãosóépossívelatravésdoacessoaumaúnicasaída,paraoexteriorouparaumaviadeevacuaçãoprotegida,ouasaídasconsideradasnãodistintas.Adistânciadoimpasse,expressaemmetros,émedidadessepontoàúnicasaídaouàmaispróximadassaídasconsideradasnãodistintas,atravésdoeixodaspassadeirasmarcadasnopavimento,outendoemconsideraçãoosequipamentosemobiliáriosfixosainstalarouemlinha,seasduassituaçõesanterioresnãoforemaplicáveis.

Impasse(paraumaviahorizontal)Situaçãosegundoaqual,apartirdeumpontodeumadadaviadeevacuaçãohorizontal,aevacuaçãosóépossívelnumúnicosentido.Oimpasseétotalsesemantémemtodoopercursoatéumasaídaparaumaviadeevacuaçãoverticalprotegida,umazonadesegurançaouumazonaderefúgio.Adistânciadoimpassetotal,expressaemmetros,émedidapeloeixodavia,desdeessepontoatéàreferidasaída.Oimpassepodetambémserparcialsesemantémapenasnumtroçodaviaatéentroncarnumaoutraondeexistam,pelomenos,duasalternativasdefuga.Adistânciadoimpasseparcial,expressaemmetros,émedidapeloeixodotroçoemimpassedesdeessepontoatéoeixodaviahorizontalondeentronca.

SaídaQualquervãodispostoaolongodoscaminhosdeevacuaçãodeumedifícioqueosocupantesdevamtransporparasedirigiremdolocalondeseencontramatéumazonadesegurança.

SaídadeemergênciaSaídaparaumcaminhodeevacuaçãoprotegidoouparaumazonadesegurança,quenãoestánormalmentedisponívelparaoutrautilizaçãopelopúblico.

SaídasdistintasemrelaçãoaumpontoSaídasparaasquais,apartirdesseponto,sepossamestabelecerlinhasdepercursoparaambas,tendoemcontaomobiliárioprincipalfixoeoequipamento,divergindodeumângulosuperiora45O,medidoemplanta.

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Unidadedepassagem(UP)Unidade teórica utilizada na avaliação da largura necessária à passagem de pessoas no decurso da evacuação. A correspondência em unidadesmétricas,arredondadapordefeitoparaonúmerointeiromaispróximo,éaseguinte:

- 1UP=0,9m- 2UP=1,4m- NUP=N×0,6m(paraN>2)

ViadeevacuaçãoComunicaçãohorizontalouverticaldeumedifícioqueapresentacondiçõesdesegurançaparaaevacuaçãodosseusocupantes.Asviasdeevacuaçãohorizontaispodemsercorredores,antecâmaras,átrios,galeriasou,emespaçosamplos,passadeirasexplicitamentemarcadasnopavimentoparaesseefeito,querespeitemascondiçõesdopresenteAnexo.Asviasdeevacuaçãoverticaispodemserescadas,rampas,ouescadasetapetesrolantesinclinadosapresentadasnopresenteAnexo.Asviasdeevacuaçãopodemserprotegidasounão:asprotegidaspodemserenclausuradas(interiores)ouexteriores;asnãoprotegidasnãogarantem,totalouparcialmente,ascondiçõesregulamentaresdasviasprotegidas,maspodemserautorizadasnascondiçõesapresentadasnesteAnexo.

Viadeevacuaçãoenclausurada(ouprotegidainterior)Via de evacuação protegida, estabelecida no interior do edifício, dotada de sistema de controlo de fumo e de envolvente com uma resistência ao fogoespecificada.

ViadeevacuaçãoexteriorViadeevacuaçãoprotegida,aoarlivreouamplaepermanentementeventilada,queestásuficientementeseparadadorestodoedifíciooudeedifíciosvizinhos,queremafastamentoquerporelementosdeconstruçãocujaresistênciaaofogopadrãoestádeacordocomoexplicitadonopresenteAnexo.Estaviapodeestartotalmentenoexteriordeumedifícioouneleparcialmenteencastrada,devendo,nestecaso,dispordeumaabertura,aolongodoselementosdeconstruçãoemcontactocomoexterior,abrangendotodooespaçoacimadarespectivaguarda.

ViadeevacuaçãoprotegidaViadeevacuaçãodotadademeiosqueconferemaosseusutentesprotecçãocontraosgases,ofumoeofogo,duranteoperíodonecessárioàevacuação.OsrevestimentosdoselementosdeconstruçãoenvolventesdasviasdeevacuaçãoprotegidasdeverãoexibirumareacçãoaofogoconformeasespecificaçõesdopresenteAnexo.Numaviadeevacuaçãoprotegidanãopodemexistirductos,nãoprotegidos,paracanalizações,lixosouparaqualqueroutrofim,nemquaisqueracessosaductos,nemcanalizaçõesdegasescombustíveisoucomburentes,líquidoscombustíveisouinstalaçõeseléctricas.Exceptuam-se,nesteúltimocaso,asquesejamnecessáriasàsuailuminação,detecçãodeincêndiosecomandodesistemasoudispositivosdesegurançaou,ainda,decomunicaçõesemtensãoreduzida.Exceptuam-seaindaascanalizaçõesdeáguadestinadasaocombateaincêndios.

ZonadesegurançadeumedifícioLocal,noexteriordoedifício,ondeaspessoassepossamreunir,protegidasdosefeitosdirectosdeumincêndionesseedifício.

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6.2 CÁLCULODOEFECTIVOAsviasdeevacuaçãodevemserdimensionadascombasenoefectivodoslocaisqueservem,oqualédeterminadoapartirdeíndicesdeocupaçãoprevistosparaosdiferentesespaços,pelosserviçoscompetentes.

Osíndicessãomedidosempessoaspormetroquadradopodendo,paraoscasosemquenãoexistem,seradoptadososreferidosnoQuadro21.

Quadro21–Númerodeocupantesporunidadedeáreaemfunçãodousodosespaços

Nassituaçõesemquenummesmoedifícioexistamlocaisdistintosquesejamocupadospelasmesmaspessoasemhoráriosdiferentes,oefectivototalaadoptarparaaglobalidadedeveconsiderarqueessesefectivosparciaisnãocoexistememsimultâneo.

6.3 EVACUAÇÃODOSLOCAIS

6.3.1 NúmerodesaídasAssaídasdevemserdistintasdemodoadificultaroseubloqueiosimultâneoemcasodeincêndio,indicando-senoQuadro22onúmeromínimoarespeitar

Quadro22–Númeromínimodesaídasdelocaiscobertosemfunçãodoefectivo

Nãosãoconsideradasparaonúmerodesaídasutilizáveis,emcasodeincêndio,asqueseencontramnasseguintescondições:- Asdotadasdeportasgiratóriasoudedeslizamentolateralnãomotorizadas;

Espaços Índicesdeocupação

(pessoas/m2)

Balneáriosevestiários 1,00

Espaçosdeensinonãoespecializado 0,60

Gabinetesdeescritório 0,10

Locaisdedormida 1,00

Salasdeconvívioerefeitórios 1,00

Salasdeescritórioesecretarias 0,20

Salasdeesperaeexamesedeconsultas 1,00

Salasdereunião,deestudoedeleiturasemlugaresfixosousalasdeestar 0,50

Zonadeactividades(gimnodesportivos) 0,15

Efectivo(númerodepessoas) Númeromínimodesaídas

1a50 Uma

Entre51e500 Duas

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- Asequipadascomportasmotorizadaseobstáculosdecontrolodeacessoexceptose,emcasodefaltadeenergiaoudefalhanosistemadecomando,abriremautomaticamentepordeslizamentolateral,recolhaourotação,libertandoovãorespectivoemtodaasualargura,oupuderemabrir-senosentidodaevacuaçãoporrotação,segundoumângulonãoinferiora90O,quandosujeitasapressãomanual.

6.3.2 LarguradassaídasedoscaminhosdeevacuaçãoAlarguraútildoscaminhosdeevacuaçãoedassaídasdelocaisemedifíciosdevesatisfazeroscritériosexpressosnoQuadro23,nãodevendoserinferiora2UPquandooefectivoultrapassaras200pessoas.

Quadro23–Númeromínimodeunidadesdepassagem(UP)emespaçoscobertosemfunçãodoefectivo

Constituemexcepçõesaoscritériosindicadosnestequadroosseguintescasos:- AssaídasdelocaisderiscoA,cujoefectivosejainferiora20pessoas,quandodotadasdeportasdelarguranormalizadainferiora1UP;- Espaçoscomefectivosuperiora50pessoasempisosabaixodoníveldesaídaparaoexterior,emquealarguramínimaésempresuperiora2UP.

Naszonasdetransposiçãodeportascomlargurasuperiora1UPépermitidaumatolerânciade5%naslargurasmínimasreferidas.

6.3.3 DistânciasapercorrernoslocaisOs caminhoshorizontais de evacuaçãodevemproporcionar o acesso rápido e seguro às saídas de piso através de encaminhamentos claramente traçados,preferencialmenterectilíneos,comumnúmeromínimodemudançasdedirecçãoetãocurtosquantopossível.

Adistânciamáximaapercorrernos locaisdepermanênciaemedifíciosaté seatingira saídamaispróxima,paraoexteriorouparaumaviadeevacuaçãoprotegida,deveseraseguinte:

- 15mnoslocaisemimpasse;- 30mnoslocaiscomacessoasaídasdistintas.

Nocasodelocaisamploscobertossituadosnopisodoplanodereferênciacomsaídasdirectasparaoexterioreáreasuperiora800m2,éadmissívelqueasdistânciasmáximasreferidassejamaumentadasde50%.

6.3.4 EvacuaçãodoslocaisderiscoANoslocaisderiscoA,omobiliário,osequipamentoseoselementosdecorativosdevemserdispostosdemodoaqueospercursosatéàssaídassejamclaraeperfeitamentedelineados,devendonoscasosemqueaáreaésuperiora50m2alarguramínimadecadasaídaseriguala1UP.

Efectivo(númerodepessoas) NúmeromínimodeUP

1a50 Uma

51a500 Umapor100pessoasoufracção,maisuma

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6.3.5 EvacuaçãodoslocaisderiscoBOmobiliário,osequipamentoseoselementosdecorativosdevemserdispostosdemodoaqueospercursosatéàssaídassejamclaraeperfeitamentedelineadoseestaremsolidamentefixadosaopavimentoouàsparedessemprequenãopossuampesoouestabilidadesuficienteparapreveniroseuarrastamentoouderrube,pelosocupantes,emcasodefugaprecipitada.

Emespaçosfechadosecobertos,servidospormesas,emqueazonaafectaàsuaimplantaçãopossuaumaáreasuperiora50m2,devemsersatisfeitasasseguintescondições:

- Quandoasmesasforemfixas,devesergarantido,paracirculaçãodeacesso,umespaçamentoentreelascomlarguramínimade1,50m;- Quandoasmesasnãoforemfixas,asomadassuasáreasnãopodeexceder25%daáreadazonaafectaàimplantaçãodasmesmas.

Ascirculaçõesreferidasdevemserestabelecidasrespeitandoasdistânciasmáximasapercorrernoslocaisconstantesem6.3.3.

NocasodelocaisderiscoBondeeventualmentepossamviraocorrereventosdevemaindaserprevistosespaçosparaosrespectivosequipamentoseductosoutubagensparaalojaroscaboscorrespondentes.

Quandoanaturezadoeventoobrigueopúblicoaefectuarumdeterminadopercurso,estedeve,semprequepossível,serestabelecidoemsentidoúnico.

6.3.6 EvacuaçãodoslocaisderiscoDOslocaisderiscoDdevemsatisfazerodispostoparaoslocaisderiscoAeassuassaídasdevemconduzir,directamenteouatravésdeoutrolocalderiscoD,aviasdeevacuaçãoprotegidasouaoexteriordoedifício.

6.3.7 EvacuaçãodelocaisderiscoEAssaídasdoslocaisderiscoEdevemconduzir,directamenteouatravésdeoutrolocalderiscoD,aviasdeevacuaçãoprotegidasouaoexteriordoedifício.

6.4 VIASHORIZONTAISDEEVACUAÇÃO

6.4.1 CaracterísticasgeraisAsviashorizontaisdeevacuaçãodevemconduzir,directamente,aviasverticaisdeevacuaçãoouaoexteriordoedifício.Seumaviadeevacuaçãopossuirumalarguravariável,aolongodoseucomprimento,situaçãosóaceitávelsefordeaumentonosentidodasaída,étidaemcontaasuamenorlarguraparaaavaliaçãodocorrespondentevaloremUP.

Nasviasdeevacuaçãocommaisde1UPépermitidaaexistênciadeelementosdedecoração,placaspublicitáriasoudeequipamentoscompreendidosnoespaçodecirculação,desdequesatisfaçamasseguintescondições,àsquaistambémsedevemsujeitaroselementosdesinalizaçãodesegurança:

- Sejamsolidamentefixadosàsparedesouaospavimentos;- Nãoreduzamaslargurasmínimasimpostasemmaisde0,10m;- Nãopossuamsaliênciassusceptíveisdeprenderovestuárioouosobjectosnormalmentetransportadospelosocupantes.

Aexistência,numaviadeevacuação,deelementoscontínuosaolongodetodaaviaecomumaalturamáximade1,10m,podereduzirasualargura,decadalado,numvalormáximoiguala:

- 0,05mparaasviascomumaUP;- 0,10mparaasviascommaisdoqueumaUP.

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Osdesníveisexistentesnasviashorizontaisdeevacuaçãodevemdistarmaisde1mdequalquersaídaeservencidosporrampacomdeclivenãosuperiora6%,podendotambém,quandonãoinferioresa0,30mounãosirvamlocaisderiscoD,servencidosporgruposdedegrausiguais,emnúmeronãoinferioradois.Asrampasreferidasdevempossuirrevestimentoantiderrapante,semprequesirvamlocaisderiscoDouquandoasualarguraforsuperiorouiguala3UP.

6.4.2 Distânciasmáximasapercorrer

6.4.2.1 Vias de evacuação interioresAdistânciamáximaapercorrerdequalquerpontodasviashorizontaisdeevacuação,medidasegundooseueixo,atéseatingirumasaídaparaoexteriorouparaumaviadeevacuaçãoverticalprotegida,nãodeveexceder:

- 15m,emimpasse;- 30m,quandonãoestáemimpasse.

Adistânciade30m,anteriormentereferida,éreduzidapara20mnasseguintessituações:- Empisosabaixodoplanodereferência;- ViasqueservemlocaisderiscoD.

6.4.2.2 Vias de evacuação exterioresNocasodeviashorizontaisexterioressãoadmissíveisdistânciasmáximasduplasdasindicadasparaasinteriores.

6.4.3 Determinaçãodalarguraútildasviashorizontais

6.4.3.1 Pisos sem saída para o exteriorAlarguraútilmínimadostroçosdasviasdeevacuaçãohorizontaisdospisossemsaídaparaoexteriordeveserdeterminadadeacordocom6.3.2,considerandooefectivodoslocaisservidosporessaviaoutroço,emfunçãodaproximidadeàssaídasparaasviasverticaisouparaoexterior.

6.4.3.2 Pisos com saída para o exteriorAlarguraútilmínimadostroçosdasviashorizontaisqueestabeleçamligaçãoentreviasverticaisdeevacuaçãoesaídasparaoexteriordoedifíciodeveserdeterminadaconsiderandoomaiordosseguintesvalores:

- Númerodeutilizadoresprovenientesdopisodesaída,nostermosdonúmeroanterior;- Númerodeutilizadoresconsideradosparaodimensionamentodasviasverticaisdeevacuaçãoservidasporessetroço,determinadadeacordocom

6.5.2(Característicasdasviasverticais).

6.4.4 CaracterísticasdasportasAsportasutilizáveispormaisde50pessoasdevemrespeitarasseguintescondições:

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- Abrirfacilmentenosentidodaevacuação;- Nãosernecessáriorecorrerameiosdedesbloqueamentodeferrolhosououtrosdispositivosdetrancamento.Constituemexcepçõesaestascondições

asportasdispostasemlocaisdestinadosatratamentopsiquiátricoouacriançasouadolescentes,desdequeesseslocaissejamsujeitosavigilânciapermanenteequeasuaaberturaimediatasejaasseguradaemcasodenecessidade;

- Disponhamdesinalizaçãoindicativadomododeoperar;- Quandodeacessodirectoaoexterior,devepermanecerlivreumpercursoexteriorquepossibiliteoafastamentodoedifíciocomumalarguramínima

igualàdasaídaenãopossuir,atéumadistânciade3,0m,quaisquerobstáculossusceptíveisdecausaraquedadaspessoasemevacuação.

Asportasdotipovaivémdeduasfolhas,quandoaevacuaçãoforpossívelnosdoissentidosdevem:- Comportarsuperfíciestransparentesàalturadavisão,semprejuízodaqualificaçãoderesistênciaaofogoquelheéexigidanesteAnexo;- Possuirbatentesprotegidoscontraoesmagamentodemãos;- Dispordesinalização,emambososlados,queorienteparaaaberturadafolhaqueseapresentaàdireita.

Asportasdesaídautilizáveispormaisde200pessoasdevemserequipadascomsistemasdeaberturadotadosdebarrasantipânico,comexcepçãodoscomponentesdeobturaçãodosvãosquesejammantidosnaposiçãoabertaduranteosperíodosdeocupação,desdequenãosejamprovidosdedispositivosdefechoautomáticoemcasodeincêndio,bemcomoàsportasquenãodisponhamdequalquertrincoousistemadefecho,istoé,quepossamabrirfacilmenteporsimplespressãonassuasfolhas.

Asportasqueabramparaointeriordeviasdeevacuaçãodevemserrecedidas,afimdenãocomprometerapassagemnasviasquandoseencontremtotalouparcialmenteabertas,nãopodendonunca,emcasodemanifestaimpossibilidadedocumprimentodestaexigência,nasposiçõesintermédiasreduziremmaisde10%aslargurasúteismínimasimpostasparaasviasdeevacuaçãonopresenteAnexo.

6.5 VIASVERTICAISDEEVACUAÇÃO

6.5.1 NúmerodeviasverticaisAsviasverticaisdeevacuaçãodevemsercontínuasaolongodasuaalturaatéaopisoaoníveldoplanodereferênciamaispróximodospisosqueservemeoseunúmerodecorredalimitaçãodasdistânciasapercorrernosseuspisos.

Semprequesejamexigíveisduasoumaisviasverticaisdeevacuaçãoquesirvamosmesmospisosdeumedifício,osvãosdeacessoàsescadasouàsrespectivascâmarascorta-fogo,casoexistam,devemestaraumadistânciamínimade10m,ligadosporcomunicaçãohorizontalcomum.

6.5.2 CaracterísticasdasviasverticaisAsviasquesirvampisossituadosabaixodopisodoplanodereferêncianãodevemcomunicardirectamentecomasquesirvamospisosacimadesseplano.

Emedifíciosaté9mdealturaasviasverticaisdeevacuaçãopoderãonãoserprotegidas,desdequetenhamapenasumpisoabaixodoplanodereferênciaenãoconstituamaúnicaviaverticaldeevacuaçãodelocaisderiscoBeD.

AscomunicaçõesentrelocaisderiscoCeviasprotegidasqueservemexclusivamentelocaisdestetipodevemserfeitasatravésdecâmaracorta-fogo.

Alarguraútilemqualquerpontodasviasverticaisdeevacuaçãonãodeveserinferioràcorrespondentea1UPporcada70utilizadores,oufracção.

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Onúmerodeutilizadoresaconsiderarparaodimensionamentodalarguraútildasviasdeevacuaçãoverticaisé,emcadanível,ocorrespondenteàmaiorsomadosefectivosemdoispisosconsecutivosporelasservidosnessenível.

Nocasodepisoscomacessoamaisdeumavia,onúmerodeocupantesaevacuarporcadaumadelasdevesercalculadosegundoocritérioestabelecidoparaasviashorizontais.

6.5.3 CaracterísticasdasescadasAs escadas incluídas nas vias verticais de evacuação devem ter as características estabelecidas no Regulamento Geral de Edificações Urbanas (RGEU)complementadaspelasseguintes:

- Númerodelançosconsecutivossemmudançadedirecçãonopercursonãosuperioradois;- Númerodedegrausporlançocompreendidoentre3e25;- Emcadalanço,osdegrausdevemterasmesmasdimensõesemperfil;- Seosdegrausnãopossuíremespelho,deveexistirumasobreposiçãomínimade50mmentreosseuscobertores;- Adistânciamínimaapercorrernospatamares,medidanoeixodaviaemescadascomlargurade1UP,ea0,5mdafaceinterioremescadascom

largurasuperior,deveserde1m.

Nasescadascurvas,oslançosdevemterasseguintescaracterísticas:- Decliveconstante;- Larguramínimadoscobertoresdosdegraus,medidaa0,6mdafaceinteriordaescada,de0,28m;- Larguramáximadoscobertoresdosdegraus,medidanafaceexteriordaescada,de0,42m.

Sósãoadmitidasescadascurvascomlargurainferiora2UPquandoestabeleçamacomunicaçãoexclusivamenteentredoispisos,localizadosacimadoplanodereferência,edesdeque:

- NãosirvamlocaisderiscoD;- Exista,pelomenos,umaviadecomunicaçãoverticalquesirvaessespisoserespeiteasrestantesdisposiçõesde6.5.2.

Asescadasdevemserdotadasde,pelomenos,umcorrimãocontínuo,oqual,nasescadascurvas,sedevesituarnasuafaceexterior.

Asescadascomlarguraigualousuperiora3UPdevemtercorrimãodeambososladoseosseusdegrausdevempossuirrevestimentoantiderrapante.Asescadascomlargurasuperiora5UPdevempossuirtambémcorrimãosintermédios,demodoaqueo intervaloentredoiscorrimãossucessivosnãosejasuperiora5UP.

6.5.4 Casosespeciaisderampas,escadasmecânicasetapetesrolantesAsrampasquefaçampartedasviasverticaisdeevacuaçãodevemterasseguintescaracterísticas:

- Declivemáximode10%,exceptonasrampassusceptíveisdeutilizaçãoporpessoascommobilidadecondicionada,situaçãoemqueodeclivemáximoadmissívelseráde6%;

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- Distânciamínimade2mapercorrernospatamares,medidanoeixodaviaemrampascomlargurade1UP,ea0,5mdafaceinterioremrampascomlargurasuperior;

- Pisoantiderrapante.

Nãosãopermitidasescadasmecânicasnemtapetesrolantesnasviasverticaisdeevacuação.

6.5.5 CaracterísticasdeguardasdasviasdeevacuaçãoelevadasAalturamínimadasguardasdasviasdeevacuaçãoelevadas,medidaemrelaçãoaopavimentoouaofocinhodosdegrausdavia,deveseraindicadanoQuadro24,emfunçãodadiferençadecotasentreopavimentoouocobertordodegraudavia,nopontoconsiderado,eoplanohorizontalaquesejamsobranceiras

Quadro24–Alturamínimadasguardasdeviasdeevacuaçãoelevadas

Asguardasdasescadaselevadasdevemsercontínuas,pelomenosentreosespelhoseoscobertoresdosdegraus.

Quandoasguardasdasviasdeevacuaçãoelevadasforemdescontínuas,adistâncianahorizontalentreosprumosserá,nomáximo,de0,12m.

6.6 CÂMARASCORTA-FOGO(CCF)

Ascâmarascorta-fogodevemsatisfazerasseguintescondições:a) Áreamínimade3m²,exceptoseutilizávelpormaisde50pessoas,casoemquedeveser,nomínimo,iguala6m²;b) Distânciamínimaentreportasde1,20m;c) Pé-direitonãoinferiora2m;d) Dimensãolinearmínima1,40m;e) Aaberturadasportasdascâmarasdeve,emgeral,efectuar-se:

- Nosentidodasaída,quandoacâmaraestáintegradanumcaminhodeevacuação;- Paraointeriordacâmara,nosrestantescasos.

7. INSTALAÇÕESTÉCNICAS

7.1 TERMINOLOGIA

AparelhodeaquecimentoautónomoAparelhoindependente,fixooumóvel,queproduzeemitecalorparaoambientenolocalondeestáinstalado.Podeserdecombustãodirecta,recorrendoacombustíveissólidos,líquidosougasosos,ousemcombustão,alimentadoporenergiaeléctrica.Deveestaremconformidadecomasespecificaçõesecondiçõestécnicasdeinstalaçãoconstantesdasnormasportuguesasoueuropeiasaplicáveisacadatipodeaparelho.

Diferençadecotas Alturadaguarda

Nãosuperiora6m 0,90m

Superiora6m 1,20m

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AscensorprioritárioparabombeirosElevadorsituadonafachadadeumedifícioounoseu interior,dispondonestecasodecaixaprópriaprotegida,equipadocommaquinaria, fontedeenergiapermanenteecomandosespecialmenteprotegidos,comdispositivodecomandoparautilizaçãoexclusivapelosbombeiros,emcasodeemergência.

DispositivodechamadaedecomandodoascensorprioritárioparabombeirosBotãocomprotecçãodesegurança,localizadononíveldoplanodereferência,permitindocolocaroelevadorimediatamentesoboseucontrolo.

TempoderespostaTempoentreoprimeiroalertaeachegadaaolocaldosveículosdesocorrodosbombeiros,comadimensãoadequadaadarinícioaocombateaincêndios.

7.2 CONDIÇÕESGERAISAsinstalaçõestécnicasdevemserconcebidas,instaladasemantidasnostermoslegais,demodoquenãoconstituamcausadeincêndionemcontribuamparaasuapropagação.Estasinstalações,paraalémdasmedidaspropostasnosnúmerosseguintes,devemrespeitarasexigênciasestabelecidasnoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalarparaosCentrosdeDia[2].

7.3 APARELHOSDEAQUECIMENTOAUTÓNOMOS

7.3.1 CondiçõesdeinstalaçãoSóépermitidaainstalaçãodeaparelhosdeaquecimentoautónomosemlocaisderiscoAenosderiscoBcomefectivoinferiora500pessoas.Nosrestanteslocaisderiscoenasviasdeevacuaçãodequalquerlocalapenassãopermitidosaparelhosautónomosexclusivamentealimentadosaenergiaeléctrica,quenãoapresentemresistênciasemcontactodirectocomoar,nempossuampotênciatotalinstaladasuperiora25KW.

OsaparelhosautónomosdecombustãodevemserfixadosemelementosconstruídoscommateriaisdaclasseM0(A1)e,quandoinstaladosemlocaisderiscoBenasviasdeevacuação,serfixadosàsparedesouaospavimentos.

Nocasodeaparelhosinstaladossobreopavimento,deveserprevistaumafaixaemseuredorcomalarguramínimade0,3m,construída,ourevestida,commateriaisdaclasseM0(A1FL).

Naausênciade regulamentaçãoespecíficaaplicável aaparelhosautónomosde combustão, adistânciamínimadosqueimadoresaquaisquerelementosdeconstrução,decoraçãooumobiliário inflamáveisdeve serde0,50m,exceptoseesseselementos foremprotegidosde formaeficazcommateriais isolantestérmicosdaclasseM0(A1),casoemquepodeserreduzidapara0,25m.

Osaparelhosdecombustão semcircuitodequeimaestanqueapenas sãopermitidosem locaisdotadosdeventilaçãodemodoaproporcionarumnúmeroadequadoderenovaçõesporhora,cumprindoaregulamentaçãoportuguesaaplicável.

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7.3.2 ProtecçãodoselementosincandescentesouinflamadosOselementosincandescentesouinflamadosdosaparelhosautónomosdecombustãodevemserprotegidos,demodoaprevenircontactosacidentaiseprojecçõesdepartículasparaoseuexterior.

7.3.3 AparelhosautónomosutilizandocombustíveislíquidosougasososEstesaparelhosdevemserdotadosdedispositivosdecorteautomáticodefornecimentodecombustívelquando,porqualquermotivo,seextinguirachama.Aexistência,noslocaisderiscoAederiscoBcomefectivoinferiora500pessoas,deaparelhosautónomosdeaquecimentoquandoutilizemcombustíveisgasosossóépermitidanasseguintessituações:a) DesdequepossuamaclassificaçãoTipoC,emconformidadecomaNP4415.b) Sejamtubosradiantescujapotênciainstaladanãosejasuperiora400Wpormetroquadradodaáreaútildolocalqueservem,possuamválvuladecorte

manualfacilmenteacessível,depreferênciacomumatodososaparelhosdomesmotipodocompartimento,eestejamafastadosdequalquermaterialcombustívelnãoprotegido,pelomenosàsdistânciasde:- 1,25mparabaixo,medidarelativamenteaoseueixo;- 0,50mparacimadoqueimador;- 0,15mparacimadoreflector;- 0,60mlateralmente.

c) Sejampainéisradiantes,emlocaisdepé-direitosuperiora7,00m,cujapotênciainstaladanãosejasuperiora400Wpormetroquadradodaáreaútildolocalqueservemeestejamafastadosdequaisquerrevestimentosouelementosdedecoraçãocombustíveisde1,00m,nomínimo.

7.4 APARELHOSDEQUEIMADECOMBUSTÍVEISSÓLIDOSOs aparelhos de combustão queutilizam combustíveis sólidos, nomeadamente lareiras, braseiras para aquecimento, fogões de sala e salamandras, apenassãopermitidosemlocaisderiscoAouemlocaisderiscoBcomefectivonãosuperiora200pessoas,nãodevendoexistirquaisquerelementoscombustíveisdeconstrução,dedecoraçãooupeçasdemobiliárioaumadistânciainferiora1,00mdaenvolventeexteriordosreferidosaparelhos,exceptoseforemprotegidoscommateriaisisolantestérmicosdaclasseM0(A1),casoemqueaqueladistânciapodeserreduzidapara0,50m.

Quando aqueles aparelhos foremde fogo aberto, devemneles ser interpostosmeios que evitema projecção de partículas inflamadas para o ambiente docompartimentoeosespaçosondeforeminstaladosdevemserbemventilados,demodoaproporcionarumnúmeroadequadoderenovaçõesporhora.

Emtodososespaçosondepossamserutilizadososaparelhosdecombustãoqueutilizamcombustíveissólidosdevemseradoptadasmedidasespecíficasdeauto-protecção,nomeadamentedeprevençãoedevigilância.

7.5 LÍQUIDOSEGASESCOMBUSTÍVEIS

7.5.1 ArmazenamentoelocaisdeutilizaçãoParasatisfaçãodasexigênciasdesegurançadevemseratendidasasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaemvigorrelativaaestasinstalações.OsespaçosquecontenhamlíquidosougasescombustíveissãoclassificadosemlocaisdeutilizaçãooudearmazenamentodeacordocomoQuadro25.

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Quadro25–Classificaçãodosespaçosemfunçãodaquantidadedelíquidosougases

Éinterditaautilizaçãoouodepósitodelíquidosougasescombustíveis,emqualquerquantidade,nosseguintesespaços:- Viasdeevacuação,horizontaiseverticais;- LocaisderiscoD,exceptoparaocasodelíquidosinflamáveisnaquantidadeexclusivamentenecessáriaaumdiadeactividadedecadalocal.

Noslocaisdeutilizaçãonointeriordosedifíciossóépermitidaaexistênciadegasescombustíveisnasseguintessituações,exclusivamentereferentesagarrafasoucartuchos:

- DeGPLnonúmeromáximodequatrogarrafas,cheiasouvazias,ouemcartuchos,emqualquerdoscasoscomcapacidadeglobalnãosuperiora106dm3erespeitandoasdisposiçõesdalegislaçãoaplicável,nomeadamentedaPortarian.º460/2001,de8deMaio;

- DegásdistintodoGPL,porcompartimentocorta-fogononúmeromáximodeduasgarrafas,cheiasouvazias,comcapacidadeglobalnãosuperiora106dm3,necessáriasaofuncionamentodeaparelhos,noslocaisenascondiçõesemquetalsejapermitidonostermosdopresenteAnexoedalegislaçãoespecíficaaplicável.

Devemserdevidamentesinalizados,indicandooperigoinerenteeaproibiçãodefumaroudefazerlume,todososespaçosquecontenhamgasescombustíveiseosquecontenhamumvolumetotaldelíquidoscombustíveissuperioraosvaloresaseguirindicados:

- 10L,seoseupontodeinflamaçãoforinferiora21OC;- 50L,seoseupontodeinflamaçãoforigualousuperiora21OCemenorque55OC;- 250L,seoseupontodeinflamaçãoforigualousuperiora55OC.

Devemserdotadosdeventilaçãonaturalpermanentepormeiodeaberturasinferioresesuperiorescriteriosamentedistribuídas,comsecçãototalnãoinferiora1%dasuaárea,comummínimode0,10m²,todososespaçosreferidosnonúmeroanterior,independentementedeseremconsideradoslocaisderiscoCounão.Éproibidaainstalaçãodereservatórios,enterradosounão,oudequaisqueroutrosdepósitosdecombustíveis,líquidosougasosos,debaixodeedifícios.

7.5.2 InstalaçõesdeutilizaçãoAscanalizaçõesdelíquidosegasescombustíveisnointeriordeedifícios,entreoslocaisdeutilizaçãoeosquecontêmosreservatóriosouentreesteseeventuaispontosdeabastecimentoexteriores,independentementedapotênciadosequipamentosalimentados,devemcumprirasdisposiçõesdesteAnexo,nomeadamentenoqueserefereaoscondicionalismosdasuainstalaçãoeaoisolamentoeprotecçãoemductos.

Classificação Líquidoscombustíveis Gasescombustíveis

VolumeemL(V) Capacidadetotaldos

Pontodeinflamação(Pi) recipientesemdm³(C)

Pi<21°C 21°C≤Pi<55°C Pi≥55°CUtilização V≤20 V≤100 V≤500 C≤106Armazenamento V>20 V>100 V>500 C>106

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Numamesmautilização-tiponãoépermitidaaexistênciade instalaçõesdeutilizaçãodegasescombustíveisprovenientesde redesou fontescentrais,queutilizemgasesdefamíliasdistintas:gásnaturalegásdepetróleoliquefeito.

Oslocaisdeutilizaçãodefluidoscombustíveisexistentesnosedifícioserecintossãoclassificados,paratodososefeitosprevistosnesteAnexo,locaisderiscoC,desdequecontenham:

- Reservatóriosdecombustíveislíquidos;- Equipamentosagáscujapotênciatotalsejasuperiora40kW.

Todososlocaisdeutilizaçãoeosquecontêmosreservatóriosdainstalaçãodevemdispordeválvuladecortedeemergênciadaalimentaçãooudofornecimentodecombustível,devendoaquelasválvulasserdevidamentesinalizadaseestarpermanentementeacessíveis,sendolocalizadasnoexteriordoscompartimentos,comexcepçãoparaoslocaisdeutilizaçãoquetambémincluamoseureservatórioexclusivo,situaçãoemquesepoderãolocalizarnoseuinterior.Nascentraistérmicasnãoépermitidooemprego,comocombustível,delíquidosinflamáveiscompontodeinflamaçãoinferiora55°Cnemoarmazenamentodematériasinflamáveis.

8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇA

8.1 SINALIZAÇÃO

8.1.1 AspectosgeraisAsinalizaçãoainstalardeveobedeceraodeterminadopelalegislaçãonacional,designadamenteoDecreto-Lein.º141/95,de14deJunhoeaPortarian.º1456-A/95,de11deDezembro,nãopodendoasuavisibilidadeserobstruídaporquaisquerobjectos,osquaistambémnãodevemperturbar,pelaintensidadedasuailuminaçãooupelasuaformaecor,essasinalização.

8.1.2 DimensõesAsplacasdevemterumaárea(A)nãoinferioràdeterminadaemfunçãodadistância(d)aquedevemservistas,comummínimode6m,conformeaseguinteexpressão:

A ≥ d22000

8.1.3 FormatosemateriaisAsplacasdesinalizaçãoindicarãorespectivamenteproibição,perigoeemergênciaconsoanteoseuformatoforcircular,triangularourectangularedevemserexecutadasemmaterialrígido,fotoluminescente,quegarantaascondiçõesdereacçãoaofogoexigidasparaelementosemrelevooususpensos.

8.1.4 Localizaçãoevisibilidadedasplacas8.1.4.1 Aspectos geraisAsinalizaçãodentrodoslocaisdepermanênciadeveráserclaramentedistinguíveldequalquerpontodesselocalcujalinhadeobservaçãorelativamenteàplacafaçaumângulosuperiora45Ocomaparedeondeselocalizaoobjecto,elementoouequipamentosinalizado.

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Todaasinalizaçãoreferenteàsindicaçõesdeevacuaçãoelocalizaçãodemeiosde1ªintervenção,alarmeealerta,quandocolocadanasviasdeevacuação,deverásê-lonaperpendicularaosentidodasfugaspossíveisnessasvias.

Noslocaisdemudançadedirecçãodasreferidasviasserá,obrigatoriamente,colocadasinalizaçãoadequadaaosentidodafugaatomar,deformainequívoca.

Noslocaisdepermanênciaenasviashorizontaisdeevacuaçãoacessíveisapúblicodeveservisívelumaplacaindicadoradesaídaoudesentidodeevacuação,pelomenos,apartirdequalquerpontosusceptíveldeocupação.

Nasviasverticaisdeevacuaçãodevemsermontadasplacasnopatamardeacesso,indicandoonúmerodoandarouasaída,seforocaso,enopatamarintermédio,indicandoosentidodaevacuação,nomínimo.

Adistânciadecolocaçãodasplacasnasviasdeevacuaçãoenoslocaisdepermanênciadevevariarentre6e30m.

Asplacasdesinalizaçãodeverãosercolocadasomaispróximopossíveldasfontesluminosasexistentes,aumadistânciainferiora2memprojecçãohorizontal,masnãocoladassobreosaparelhos,exceptonosseguintescasos,emqueasinalizaçãopodesercolocadadirectamentesobreosdifusoresdeumaoudeduasfaces:

- Emviasdeevacuação;- Emedifíciosda1.ªcategoriaderiscodesdequeacolagemdospictogramassobreosequipamentosnãoprejudiqueosníveisdeiluminaçãomínimosagarantir

nemasdimensõesmínimaslegaisdasplacasfaceàsdistânciasdevisibilidade.

8.1.4.2 Distribuição das placas de sinalizaçãoAdistribuiçãodasplacasdesinalizaçãodevepermitiravisibilidadeapartirdequalquerpontoondeainformaçãoquecontêmdevaserconhecida,podendo,comesseobjectivo,serefectuadadasseguintesformas:

- Paralelaàsparedescominformaçãonumasóface;- Perpendicularàsmesmasparedes,oususpensadotecto,cominformaçãoemduplaface;- A45Ocomaparede(panorâmica),cominformaçãonasduasfacesexteriores.

Asplacasquefiquemsalientesrelativamenteaoselementosdeconstruçãoqueassuportamdevemserfixadasaumaalturaigualousuperiora2,10menãosuperiora3m.

8.2 ILUMINAÇÃO

8.2.1 IluminaçãodeemergênciaTodos os espaços deverão ser dotados de um sistema de iluminação de emergência de segurança e, em alguns casos, de um sistema de iluminação desubstituição.

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Ailuminaçãodeemergênciadevecompreender:- Iluminaçãodeambiente,destinadaailuminaroslocaisdepermanênciahabitualdepessoas,reduzindoaocorrênciadesituaçõesdepânico;- Iluminaçãodebalizagemoucirculação,comoobjectivodefacilitaravisibilidadenoencaminhamentosegurodaspessoasatéaumazonadesegurançae,

ainda,possibilitaraexecuçãodasmanobrasrespeitantesàsegurançaeàintervençãodosmeiosdesocorro.

8.2.2 IluminaçãodesubstituiçãoAiluminaçãodesubstituição,quandoexistir,deveterumafontedealimentaçãodiferentedadeemergência.

8.2.3 IluminaçãodeambienteedebalizagemoucirculaçãoNasinstalaçõesdeiluminaçãodeambienteedebalizagemoucirculaçãoaslâmpadasdedescarga,quandoexistam,devempossuirtemposdearranquenãosuperioresa:

- 5sparaatingir50%daintensidadedeiluminação;- 60sparaatingir100%daintensidadedeiluminação.

Aautonomiadefuncionamentodailuminaçãodeambienteedebalizagemoucirculaçãodeveseraadequadaaotempodeevacuaçãodosespaçosqueserve,comummínimode15minutos.

NoslocaisderiscoB,CeD,enaszonasdevestiárioscomáreasuperiora10m2eosdestinadosautentescommobilidadecondicionada,devemserinstaladosaparelhosdeiluminaçãodeambiente.

Ailuminaçãodeambientedevegarantirníveisdeiluminânciatãouniformesquantopossível,comumvalormínimode1lux,medidonopavimento.

Nailuminaçãodebalizagemoudecirculaçãoosdispositivosdevemgarantir5lux,medidosa1mdopavimentoouobstáculoaidentificar,esercolocadosamenosde2memprojecçãohorizontaldosseguinteslocais:

- Intersecçãodecorredores;- Mudançasdedirecçãodeviasdecomunicação;- Patamaresdeacessoeintermédiosdeviasverticais;- Câmarascorta-fogo;- Botõesdealarme;- Comandosdeequipamentosdesegurança;- Meiosde1.ªintervenção;- Saídas.

8.2.4 UtilizaçãodeblocosautónomosAutilizaçãodeblocosautónomos,permanentesenãopermanentes,devesatisfazerascondiçõesseguintes:

- Serdotipofluorescente,quandoutilizadosemiluminaçãodeambiente;- Serdotadosdesistemasdetelecomandoquepermitamcolocá-losemestadoderepousoforadosperíodosdeocupaçãodosespaços;- Semprequesejaminstaladosblocosautónomosdevemserdotipopermanente,independentementedacategoriaderisco.

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9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTA

9.1 TERMINOLOGIA

AlarmeSinalsonoroe/ouluminoso,paraavisoeinformaçãodeocorrênciadeumasituaçãoanormaloudeemergência,accionadoporumapessoaouporumdispositivoousistemaautomático.

AlarmegeralAlarmeemitidoparadifundiroavisodeevacuaçãoà totalidadedosocupantesdeumedifíciooudeumestabelecimento.Nos locaisondeexistampessoaslimitadasnamobilidadeounacapacidadedepercepçãoereacçãoaumalarme,destina-setambémadesencadearasoperaçõesdestinadasaapoiaraevacuaçãodasreferidaspessoascomlimitações.

AlarmelocalAlarmequetempordestinatáriosapenasosocupantesdeumespaçolimitadodeumedifíciooudeumestabelecimentoeopessoalafectoàsegurança.

AlarmerestritoAlarmeemitidoexclusivamenteparaavisodeumasituaçãodeincêndio,aopessoalafectoàsegurançadeumedifíciooudeumestabelecimento.

AlertaMensagemtransmitidaaosmeiosdesocorro,quedevemintervirnumedifício,estabelecimentoouparquedeestacionamento,emcasodeincêndio,nomeadamenteosbombeiros.

DetectorautónomodeactuaçãoTipodedetectordeincêndioque,nãofazendopartedeumsistemadealarmedeincêndio,éutilizadoparaaccionarequipamentos,dispositivosousistemascomplementares.

SistemaautomáticodedetecçãoealarmedeincêndioSistemadealarmeconstituídoporcentraldesinalizaçãoecomando,detectoresautomáticosdeincêndio,botõesparaaccionamentomanualdoalarmeemeiosdifusoresdealarme.Estesistema,numasituaçãodealarmedeincêndios,tambémpodedesencadearautomaticamenteoutrasacções,nomeadamenteoalertaeocomandodedispositivos,sistemasouequipamentos.

SistemadealarmedeincêndioConjuntodecomponentesquedãoumalarmedeincêndio,sonoroe/ouvisualouqualqueroutro,podendotambéminiciarqualqueroutraacção.

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9.2 ASPECTOSGERAISOsedifíciosdevemserequipados,comasexcepçõesindicadasnestedocumento,cominstalaçõesquepermitamdetectaroincêndioe,emcasodeemergência,difundiroalarmeparaosseusocupantes,alertarosbombeiroseaccionarsistemaseequipamentosdesegurança.

Osespaçosqueestejamprotegidostotalmenteporsistemafixodeextinçãoautomáticadeincêndiosporáguaenãopossuamcontrolodefumopormeiosactivosestãoisentosdedetecçãoautomática.

- Princípiosdefuncionamentodasinstalações.

Nosperíodosdeexploraçãoasinstalaçõesdevemestarnoestadodevigília,factoquedevesersinalizadonacentral,quandoestaexista.

Aactuaçãodeumdispositivodeaccionamentodoalarmedeveprovocar,deimediato,ofuncionamentodoalarmerestritoe,eventualmente,oaccionamentodosdispositivosdecomandodesistemaseequipamentosdesegurança.

Nosedifíciosquenãodisponhamdemeioshumanosparaexplorarumasituaçãodealarmerestrito,aactuaçãodeumdispositivodeaccionamentodoalarmedeveprovocar,deimediato,ofuncionamentodoalarmegeral.

Nosoutrosedifíciosdeveexistirumatemporizaçãoentreosalarmesrestritoegeral,demodoapermitira intervençãodopessoalafectoàsegurança,paraeventualextinçãodacausaquelhedeuorigem,semprocederàevacuação.

Atemporizaçãoreferidadeveterduraçãoadaptadaàscaracterísticasdoedifícioedasuaexploração,devendoaindaserprevistosmeiosdeprocederàsuaanulaçãosemprequesejaconsideradooportuno.

Oalarmegeraldeveserclaramenteaudívelemtodososlocaisdoedifício,terpossibilidadedesoarduranteotemponecessárioàevacuaçãodosseusocupantes,comummínimodecincominutos,edeserligadooudesligadoaqualquermomento.

Umavezdesencadeados,osprocessosdealarmeeasacçõesdecomandodasinstalaçõesdesegurançanãodevemserinterrompidosemcasodeocorrênciaderupturas,sobreintensidadesoudefeitosdeisolamentonoscircuitosdosdispositivosdeaccionamento.

Atransmissãodoalerta,quandoautomática,devesersimultâneacomadifusãodoalarmegeral.

9.2.1 DispositivosdeaccionamentomanualdoalarmeOsdispositivosdeaccionamentomanualdoalarmedevemserinstaladosnoscaminhoshorizontaisdeevacuação,semprequepossíveljuntoàssaídasdospisosedelocaissujeitosariscosespeciais,acercade1,50mdopavimento,edemodoaquenãosejamocultadosporquaisquerelementosdecorativosououtros,nemporportas,quandoabertas.

9.2.2 DetectoresautomáticosOsdispositivosdedetecçãoautomáticadevemserseleccionadosecolocadosemfunçãodascaracterísticasdoespaçoaproteger,doseuconteúdoedaactividadeexercida,cobrindoconvenientementeaáreaemcausa.

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9.2.3 DifusoresdealarmegeralOsdifusoresdealarmegeraldevem,semprequepossível,serinstaladosforadoalcancedosocupantese,nocasodesesituaremaumaalturadopavimentoinferiora2,25m,serprotegidosporelementosqueosresguardemdedanosacidentais.

Osinalemitidodeveserinconfundívelcomqualqueroutroeaudívelemtodososlocaisdoedifícioourecintoaquesejadestinado.

Nocasodedifusoresdealarmegeralintegradosemunidadesautónomas,estasdevemassegurarasseguintesfunções:- Alimentaçãodosdifusoresemcasodefalhanoabastecimentodeenergiadarede,apartirdesistemadeemergência;- Interrupçãodosinaldealarmegeral,querpormeiosmanuais,querdeformaautomática,apósumtempodeterminado;- Noslocaisequipadoscominstalaçõesdesonorização,osinaldealarmegeralpodeconsistirnumamensagemgravada,previamenteaprovadapelaANPC,

prescrevendoclaramenteaordemdeevacuação,aqualdeveserautomaticamentedifundidaapósainterrupçãodoprogramanormal.

9.2.4 CentraisdesinalizaçãoecomandoAscentraisdesinalizaçãoecomandodasinstalaçõesdevemsersituadasemlocaisreservadosaopessoalafectoàsegurançadoedifício,nomeadamentenopostodesegurança,quandoexistir,eassegurarasseguintesfunções:

- Alimentaçãodosdispositivosdeaccionamentodoalarme;- Alimentaçãodosdifusoresdealarmegeral,nocasodeestesnãoseremconstituídosporunidadesautónomas;- Sinalizaçãodepresençadeenergiaderedeedeavariadafontedeenergiaautónoma;- Sinalizaçãosonoraeópticadosalarmesrestritoegeraledoalerta;- Sinalizaçãodoestadodevigíliadasinstalações;- Sinalizaçãodeavaria,testeoudesactivaçãodecircuitosdosdispositivosdeaccionamentodealarme;- Comandodeaccionamentoedeinterrupçãodoalarmegeral;- Temporizaçãodosinaldealarmegeral,quandoexigido;- Comandodossistemaseequipamentosdesegurançadoedifício,quandoexigido;- Comandodeaccionamentodoalerta.

Quandonãoforpossívelinstalaracentraldesinalizaçãoecomandojuntodopostodovigilanteresponsávelpelasegurança,deveequipar-seosistemacomumquadrorepetidordaquelaunidade,instaladonumlocalvigiadoempermanência.

9.2.5 FontesdeenergiadeemergênciaAsfontesdeenergiadeemergênciadevemassegurarofuncionamentodasinstalaçõesdealarmenocasodefalhanaalimentaçãodeenergiadaredepública.

Estasfontesdevemserincorporadasnacentral,ounasunidadesautónomasdealarme,eassegurarofuncionamentodossistemasdeacordocomosseguintescritérios:

- Emedifíciosnãovigiadosempermanência,funcionarnoestadodevigília,porumperíodomínimode72horas,seguidodeumperíodode30minutosnoestadodealarmegeral;

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- Emedifíciosvigiadosempermanência,funcionarnoestadodevigília,porumperíodomínimode12horas,seguidodeumperíododecincominutosnoestadodealarmegeral.

Asfontesdeenergiadeemergênciaqueapoiamasinstalaçõesdedetecção,alarmeealertanãopodemservirquaisqueroutrasinstalações.

9.2.6 ConcepçãodasinstalaçõesdealertaOssistemasdetransmissãodoalertapoderãosermanuaisouautomáticos,sendonesteúltimocasoefectuadoatravésderedetelefónicaprivativaoucomutada,públicaouprivada.Aceita-sequeosistemadealertaautomáticopossa,ainda,serefectuadoatravésderederádio,desdequeosrespectivosequipamentosterminaispossuamfontedeenergiadeemergênciacomcapacidadecompatívelcomosperíodosconstantesde9.2.6.

9.2.7 SistemamanualdealertaOsistemadealertamanualconsisteempostostelefónicosligadosàredepública,devidamentesinalizadosesempredisponíveis,localizadosjuntoàcentraldesinalizaçãoecomando.Nestespostosdeveserafixadodeformaclaraonúmerodetelefonedacorporaçãodebombeirosaalertar.

Nosespaçosqueestejamequipadoscominstalaçõesdesonorização,osinaldealarmegeralpodeconsistirnumamensagemgravada,previamenteaprovadapelaANPC,prescrevendoclaramenteoavisodeevacuação.Osmeiosdedifusãodoalarmeemcasodeincêndionesteslocais,quandooefectivoforsuperiora200pessoas,eduranteapermanênciadepúblico,devemserconcebidosdemodoanãocausarempânico,privilegiando-seaadopçãodamensagemgravadaanteriormentereferida,cujadifusãodeveserfeitademodoautomáticoeserprecedidadaligaçãodosaparelhosdeiluminaçãodeemergênciadeambienteebalizagemoucirculação.

9.2.8 ConfiguraçõesdasinstalaçõesdealarmeParaefeitosdeconcepçãodossistemasdealarmeconsideram-seasconfiguraçõesindicadasnoQuadro26.

Quadro26–Configuraçõesdasinstalaçõesdealarme

Componentesefuncionalidade Configuração

1 2 3

Botõesdeaccionamentodealarme x x x

Detectoresautomáticos x x

Centraldesinalizaçãoecomando Temporizações x x

Alertaautomático x

Comandos x x

Fontelocaldealimentação x x x

deemergência

Protecção Total x

Parcial x x

Difusãodoalarme Nointerior x x x

Noexterior x

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Osedifíciosda1.ªcategoriaderisco,exclusivamenteacimadosolo,devemserdotadasdeumsistemadealarmedaconfiguração2.

Quantoaosedifíciosda2.ªe3.ªcategoriaderiscodevemserdotadasdeinstalaçõesdealarmedaconfiguração3.

9.2.9 LocaisderiscoCOslocaisderiscoC,independentementedasualocalização,devemsemprepossuirsistemadealarmedaconfiguração2.

9.2.10 PavimentosetectosfalsosDevempossuirdetecçãoautomáticadeincêndiososespaçosconfinados,designadamentedelimitadosportectosfalsoscommaisde0,60mdealturaouporpavimentos sobreelevadosemmaisde0,20m,desdequenelespassemcablagensousejam instaladosequipamentooucondutas susceptíveisdecausaroupropagarincêndiosoufumo.

Quandoosespaçosconfinadosaquireferidosforemprotegidospordetectorespontuais,mesmoquesejamintegradosemsistemasendereçáveis,deveexistir,emlocalvisível,sinalizaçãoópticadessesdetectores.

10. MEIOSDEEXTINÇÃO

10.1 TERMINOLOGIA

AgenteextintorSubstânciasólida,líquidaougasosaespecificamenteadequadaparaextinguirumincêndio,quandoaplicadaemdeterminadascondições.

Boca-de-incêndioarmadaHidrantequedispõedeumamangueiramunidadeagulheta,comsuporteadequadoeválvulainterruptoraparaaalimentaçãodeágua,inseridonumainstalaçãohidráulicaparaserviçodeincêndiosprivativadeumedifíciooudeumestabelecimento.

Boca-de-incêndiotipoteatroBoca-de-incêndio armada cujamangueira éflexível.Deve estar em conformidade comaNPEN671-2. Trata-se deummeio de 2.ª intervenção em caso deincêndio.

Carreteldeincêndioarmado(ouboca-de-incêndiotipocarretel)Boca-de-incêndioarmadacujamangueiraésemi-rígidaeestáenroladanumsuportetipocarretel.DeveestaremconformidadecomaNPEN671-1.Trata-sedeummeiode1.ªintervençãoemcasodeincêndio.

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RedehúmidaTubagemfixaerígidamontadanumedifício,permanentementeemcarga,ligadaaumarededeágua,exclusivamentedestinadaaocombateaincêndios.

ColunasecaCasoparticulardeumaredeseca,constituídaporcondutaverticalcomumpequenotroçohorizontale,eventualmente,pequenosdesviosdeligação,quandonãopossaserconstituídaporumúnicoalinhamentovertical.

ColunahúmidaCasoparticulardeumaredehúmida,constituídaporcondutaverticalpermanentementeemcarga,eventualmentecompequenosdesviosdeligação,quandonãopossaserconstituídaporumúnicoalinhamentovertical.

RedesecaTubagemfixaerígidamontada,comcarácterpermanente,numedifícioedestinadaaserligadaaosistemadealimentaçãodeáguaafornecerpelosbombeirosepostaemcarganomomentodautilização.Trata-sedeumainstalaçãodestinadaaapoiarasoperaçõesdecombateaumincêndioporpartedosbombeiros.Paratal,disporádeumaentradadealimentaçãoduplade70comuniõesStorzde75mm,emlocalexterioracessívelaosbombeiros,ebocas-de-incêndiointerioresnãoarmadas,cadaumadelascomduassaídasde45comuniõesStorzde52mm.

ExtintordeincêndioAparelhocontendoumagenteextintor,quepodeserdescarregadosobreumincêndioporacçãodeumapressãointerna.DeveestaremconformidadecomasNPEN3,NPEN1866eNP4413.

GrupohidropressorConjuntodebombas,respectivoscomandosedispositivosdemonitorizaçãodestinadosafornecerocaudalepressãoadequadosaumainstalaçãohidráulicaparacombateaincêndios.

RededeincêndioarmadaRededeágua,exclusivamentedestinadaaocombateaincêndios,mantidapermanentementeemcargaedotadadebocas-de-incêndioarmadas.

10.2 CRITÉRIOSGERAISOsmeiosdeintervençãoainstalarnointeriordosedifíciospodemserosseguintes:

- Meiosdeprimeiraintervenção(extintoresportáteisemóveis,redesdeincêndioarmadaseoutros);- Redessecasouhúmidasparaasegundaintervenção;- Outrosmeios,casoseconsideremnecessários.

10.3 MEIOSDEPRIMEIRAINTERVENÇÃO

10.3.1 EdifícioselocaisderiscoondedevemserusadosAutilizaçãodeextintoresdeveserfeitaemtodososedifícios,independentementedasuacategoriaderisco.Oslocaisaseguirindicadosdevempossuirsempreextintores:

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- LocaisderiscoC;- Postosdesegurança;- Cozinhas.

Nascentrais térmicascompotênciaútil superiora70kWdevemser instaladososseguintesmeiosadicionaisdeprimeira intervenção,consoanteotipodecombustívelutilizado:

- Noscasosdecombustívelsólidooulíquidodeveminstalar-seextintoresdasclasses34B,àrazãodedoisporqueimador,comummáximoexigíveldequatro,paraalémdeumrecipientecom100ldeareiaeumapá;

- Noscasosdecombustívelgasosodeveinstalar-seumextintordepóquímicopolivalente,daclasse5A/34B.

Ascozinhasdevemserdotadosdemantasignífugasemcomplementodosextintores.

10.3.2 NúmeroedimensionamentodosextintoresOnúmerodeextintoresainstalardevesertalqueadistânciaapercorrerdequalquerpontosusceptíveldeocupaçãoatéaoextintormaispróximonãoexceda15m.

Paraefeitodedimensionamentopodeutilizar-seoseguintecritério:- 18ldeagenteextintorpadrãopor500m2oufracçãodeáreadepavimentodopisoemquesesituem;- Umporcada200m2depavimentodopisooufracção,comummínimodedoisporpiso.

10.3.3 LocalizaçãoOsextintoresdevemserinstaladosemlocaisbemvisíveisesinalizados,colocadosemsuportepróprio,demodoqueoseumanípulofiqueaumaalturanãosuperiora1,20mdopavimentoelocalizadospreferencialmentedeacordocomasseguintesindicações:

- Nascomunicaçõeshorizontaisou,emalternativa,nointeriordascâmarascorta-fogo,quandoexistam;- Nointeriordosgrandesespaçosejuntoaosseusacessos.

10.4 REDESDEINCÊNDIOARMADADOTIPOCARRETEL

10.4.1 EdifícioscomredesdeincêndioarmadasOsedifíciosclassificadoscomode2.ªcategoriaderisco,ousuperior,devempossuir redesde incêndioarmadas,guarnecidascombocas-de-incêndiodotipocarretel.

10.4.2 LocaiscomredesdeincêndioarmadasDevemserdotadosderedesdeincêndioarmadasosseguinteslocais:

- Locaisquepossamrecebermaisde200pessoas;- Zonasemedifíciosdeacessodifícil,porseremsituadasemempreendimentoscomplexos,ouquenãoapresentemumaorganizaçãosimplesdosespaços

interiores,semprequeexigidopelaANPC.

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10.4.3 Númeroelocalizaçãodasbocas-de-incêndiodotipocarretelOnúmerodebocasinstaladaseasualocalizaçãodevepermitirsatisfazerasseguintescondições:

- Ocomprimentodasmangueirasutilizadaspermitaatingirtodosospontosdoespaçoaproteger,nomínimo,porduasagulhetasaumadistâncianãosuperiora5m;

- Adistânciaentreasbocasnãosejasuperioraodobrodocomprimentodasmangueirasutilizadas;- Existaumaboca-de-incêndionoscaminhoshorizontaisdeevacuaçãojuntoàsaídaparaosverticaisaumadistânciainferiora3mdorespectivovãode

transição;- Existaumaboca-de-incêndiojuntoàsaídadeumlocalouzonaquepossarecebermaisde200pessoas.

10.4.4 Característicasdasbocas-de-incêndiodotipocarretelOscarretéisdeincêndiodevemaindacumprirosseguintesrequisitos:

- Oseumanípulodemanobradevesituar-seaumaalturadopavimentonãosuperiora1,50m;- Oscarretéisdetamborfixodevemserexclusivamenteparainstalaçãoàfacedaparedeepossuirguiaderoletesomnidireccional;- Oscarretéisencastrados,comousemarmário,devemserdotipoderodaroudepivotar;- Osarmáriosdevemsersempredotipohomologadoemconjuntocomocarretelearespectivaportainstaladaàfacedaparedeousalientedesta,porformaa

quepossarodar180°nasuaabertura;- Aeixocomoscarretéis,instaladosounãoemarmário,deveexistirumespaçodesimpedidoelivredequaisquerelementosquepossamcomprometeroseu

acessoouasuamanobra,comumraiomínimo,medidoemplanta,de1mealturade2m.

10.4.5 AlimentaçãodasredesdeincêndioarmadasdotipocarretelArededealimentaçãodasbocas-de-incêndiodevegarantirasseguintescondições,emcadaboca-de-incêndioemfuncionamento,commetadedasbocasabertas,atéummáximoexigíveldequatro:

- Pressãodinâmicamínimade250kPa;- Caudalinstantâneomínimode1,5l/s;- Aalimentaçãodasbocas-de-incêndiodeve,emgeral,serasseguradaporcanalizaçõesindependentesapartirdoramaldeligaçãodoedifícioàredepública;- Admite-seque,emzonasondeosistemadeabastecimentopúblicoapresentegarantiasdecontinuidade,empressãoecaudal,esemprequeaANPCopermita,

aalimentaçãosejafeitaapartirdaredepública.

Nosrestantescasos,ascondiçõesdepressãoedecaudaldevemserasseguradasporgrupossobrepressoresque,quandoaccionadosaenergiaeléctrica,deverãoserapoiadosporfontesdeenergiadeemergência.

Apressãodaáguanasredesdeincêndiodeveserindicadapormeiodemanómetrosinstaladosnosseuspontosmaisdesfavoráveis.

10.5 MEIOSDESEGUNDAINTERVENÇÃOOsedifíciosclassificadosna3.ªcategoriaderiscodevemserservidosporredeshúmidasdotadasdebocas-de-incêndioarmadas.

Estaredehúmidadevemanter-sepermanentementeemcarga,comáguaprovenientedeumdepósitoprivativodoserviçodeincêndios,pressurizadaatravésumgruposobrepressorpróprioapoiadoporumafontedeenergiadeemergência.

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Estarededeveterapossibilidadedealimentaçãoalternativapelosbombeiros,atravésdetuboseco,dediâmetroapropriado,ligadoaocolectordesaídadasbombassobrepressoras.

Nassituaçõessusceptíveisdecongelamentodaágua,podemserutilizadasredessecasemsubstituiçãodashúmidas,medianteacordodaANPC.

10.6 BOCADEALIMENTAÇÃOAbocasiamesadealimentaçãodevelocalizar-senoexteriordoedifíciojuntoaumpontodeacessodosbombeiros,noplanodereferência,demodoaqueasuadistância(comprimentodoramal)àcolunaverticalnuncaexceda14m.

10.7 LOCALIZAÇÃODASBOCASDEPISOAsbocas-de-incêndiodasredessecasehúmidasdevemserdispostasnospatamaresdeacessodascomunicaçõesverticais,ounascâmarascorta-fogo,quandoexistam,apartirdo5ºpisoacimadoplanodereferênciaoudo3.ºpisoabaixodesseplano.

Admite-sealocalizaçãodasbocas-de-incêndioàvista,dentrodenichosoudentrodearmários,desdequedevidamentesinalizadasequeadistânciaentreoeixodasbocaseaparteinferiordosnichosouarmáriosseja,nomínimo,de0,50m.

Essasbocasdevemserduplas,comacoplamentodotipoSTORZ,comodiâmetrode junçãoDN52mm,tendoorespectivoeixoumacotarelativamenteaopavimentovariandoentre0,80me1,20m.

10.8 CARACTERÍSTICASELOCALIZAÇÃODASBOCAS-DE-INCÊNDIOARMADASDOTIPOTEATROAsbocasdeincêndiotipoteatro,commangueirasflexíveisediâmetrosde45ou70mm,devemlocalizar-se,porordemdeprioridade,nacaixadaescada,emcâmarascorta-fogo,seexistirem,ounoutroslocaispermitindoqueocombateaumeventualincêndiosefaçasempreapartirdeumlocalprotegido.

10.9 DEPÓSITODAREDEDEINCÊNDIOSECENTRALDEBOMBAGEMSemprequesetornenecessáriaumacolunahúmida,eladeveseralimentadaporumdepósitoquepoderáserelevadoouenterrado,respeitandoodispostonoDecretoRegulamentar23/95,de23deAgosto.

Acapacidadedodepósitodevesercalculadacombasenovalorde3m³porboca-de-incêndio,comummínimode50m³.

Ogruposobrepressordevegarantirascondiçõesdecaudalepressão,respectivamentede4l/se400KPa,naboca-de-incêndiomaisdesfavorável,commetadedelasemfuncionamento,nummáximodequatro.

Acentraldebombagemdeverásercertificada,emconformidadecomasnormasportuguesasou,nasuafalta,deacordocomasespecificaçõesdaANPC.

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11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOAR

11.1 DETECÇÃOAUTOMÁTICADEGÁSCOMBUSTÍVEL

11.1.1 LocaisondedeveserinstaladaDevemserdotadosdeumsistemaautomáticodedetecçãodegáscombustível:

- TodososlocaisderiscoC,ondefuncionemaparelhosdequeimadessetipodegásousejamoslocaisdearmazenamento;- Todososductos,instaladosemedifíciosouestabelecimentosda2.ªcategoriaderiscoousuperior,quecontenhamcanalizaçõesdegáscombustível;- Todososlocaiscobertosondeseprevejaoestacionamentodeveículosqueutilizemgasescombustíveis.

11.1.2 CaracterísticasdossistemasautomáticosdedetecçãodegáscombustívelEstessistemasdevemserconstituídos,dumaformageral,porunidadesdecontroloesinalização,detectores,sinalizadoresóptico-acústicos,transmissoresdedados,cabos,canalizaçõeseacessórioscompatíveisentresiedevidamentehomologados.

Ainstalaçãodestesistemadeveráserefectuadademodoaqueadetecçãodogásprovoqueocorteautomáticodofornecimentodomesmo,completadoporumsistemadecortemanualàsaídadasinstalações,numazonadefácilacessoebemsinalizada.

Ossinalizadores,acolocarnoexterioreinteriordoslocaismencionadosem11.1.1,devemconternodifusor,bemvisível,ainscrição”ATMOSFERAPERIGOSA”eaindicaçãodotipodegás.

12. CONTROLODEFUMO

12.1 TERMINOLOGIA

DesenfumagemAcçãoderemoçãoparaoexteriordeumedifíciodofumo,docaloredosgasesdecombustãoprovenientesdeumincêndio,atravésdedispositivospreviamenteinstaladosparaoefeito.

12.2 CRITÉRIOSGERAISOsedifíciosdevemserdotadosdemeiosquepromovamalibertaçãoparaoexteriordofumoedosgasestóxicosoucorrosivos,reduzindoacontaminaçãoeatemperaturadosespaços,emantendocondiçõesdevisibilidade,nomeadamentenasviasdeevacuação.

Ocontrolodofumoproduzidonoincêndiopodeserrealizadoporvarrimento,oupeloestabelecimentodeumahierarquiarelativadepressões,comsubpressãonumlocalsinistradorelativamenteaoslocaisadjacentes,comoobjectivodeosprotegerdaintrusãodofumo.

Adesenfumagempodeserpassiva,quandorealizadaportiragemtérmicanatural,ouactiva,noscasosemqueseutilizemmeiosmecânicos.

Asinstalaçõesdedesenfumagempassivacompreendemaberturasparaadmissãodeareaberturasparalibertaçãodofumo,ligadasaoexterior,querdirectamentequeratravésdecondutas.

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Nasinstalaçõesdedesenfumagemactiva,ofumoéextraídopormeiosmecânicoseaadmissãodearpodesernaturalourealizadaporinsuflaçãomecânica.Asinstalaçõesdeventilaçãoedetratamentodeardosedifíciospodemparticiparnocontrolodofumoproduzidosnoincêndio,desdequesejamsatisfeitasasexigênciasexpressasnonúmeroseguinte.

12.3 CONCRETIZAÇÃODOSMEIOSAconcretizaçãodosmeiosdecontrolodefumodeveserfeitodeacordocomasexigênciasestabelecidasnoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalarparaosCentrosdeDia[2].

13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇA

13.1 TERMINOLOGIA

DelegadodesegurançaPessoadesignada, pelo responsável de segurançadeumdada entidade, para dirigir e coordenar asmedidas de auto-protecçãodessa entidade, na áreadasegurançaaoincêndio.

PlanodeactuaçãoDocumento,componentedoplanodeemergência,noqualestáindicadaaorganizaçãodasoperaçõesadesencadearpelodelegadoeagentesdesegurança,emcasodeocorrênciadeumasituaçãoperigosa.

Planodeemergência(ouplanodeemergênciainterno)Documentonoqualestãoindicadasasmedidasdeauto-protecçãoaadoptar,porumaentidade,parafazerfaceaumasituaçãodeincêndionas instalaçõesocupadasporessaentidade,nomeadamenteaorganização,osmeioshumanosemateriaisaenvolvereosprocedimentosacumprirnessasituação.Deveconteroplanodeactuaçãoeodeevacuação.

PlanodeevacuaçãoDocumento,componentedoplanodeemergência,noqualestãoindicadososcaminhosdeevacuação,zonasdesegurança,regrasdecondutadaspessoaseasucessãodeacçõesateremlugarduranteaevacuaçãodeumlocal,estabelecimento,recintoouedifício,emcasodeincêndio.

PlanodeprevençãoDocumentonoqualestãoindicadosaorganizaçãoeosprocedimentosaadoptar,porumaentidade,paraevitaraocorrênciade incêndioseparagarantiramanutençãodoníveldesegurançadecorrentedasmedidasdeauto-protecçãoadoptadaseapreparaçãoparafazerfaceasituaçõesdeemergência.

PlanodesegurançaConjuntodemedidasdeauto-protecção(organizaçãoeprocedimentos)tendentesaevitaraocorrênciadeincêndiosealimitarassuasconsequências.Écompostoporumplanodeprevençãoeumplanodeemergência.

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PlantadeemergênciaPeçadesenhadaesquemática,referenteaumdadoespaço,comarepresentaçãodoscaminhosdeevacuaçãoedosmeiosautilizaremcasodeincêndio,contendoaindaasinstruçõesgeraisdesegurançaaplicáveisaesseespaço.DeveestarconformecomaNP4386.

PostodeSegurançaLocal,permanentementevigiado,dumedifícioondeépossívelcontrolartodosossistemasdevigilânciaedesegurança,osmeiosdealertaedecomunicaçãointerna,bemcomooscomandosaaccionaremsituaçãodeemergência.

PrevençãocontraincêndioConjuntodemedidaseatitudesdestinadasadiminuiraprobabilidadedeeclosãodeumincêndio.

PrimeiraintervençãoMedidadeauto-protecçãoqueconsistenaintervençãonocombateaumincêndiodesencadeada,imediatamenteapósasuadetecção,pelosocupantesdeumedifício,recintoouestabelecimento.

ProtecçãocontraincêndioConjuntodemedidaseatitudesdestinadasalimitarosefeitosdeumincêndio.

RegistosdesegurançaConjuntodedocumentos,auditáveispelaANPCouseusagentes,quecontémosregistosdeocorrênciasrelevantesederelatóriosrelacionadoscomasegurançaaoincêndio.Asocorrênciasdevemserregistadascomdata(deinícioefim)peloresponsávelpeloseuacompanhamento,referindo-se,nomeadamente,àconservaçãooumanutençãodascondiçõesdesegurança,àsmodificações,alteraçõesetrabalhosperigososefectuados,incidenteseavariasou,ainda,visitasdeinspecção.Deentreosrelatóriosaincluirnosregistosdesegurança,destacam-seosdasacçõesdeinstruçãoedeformação,dosexercíciosdesegurançaedeeventuaisincêndiosououtrassituaçõesdeemergência.

ResponsáveldesegurançaÓrgãooupessoadirigentehierárquicomáximodaentidaderesponsávelpelocumprimentopermanentedasmedidasdesegurançaaoincêndionumedifício,estabelecimento,recintoouparquedeestacionamento.Nocasodeestabelecimentosoudeparquesdeestacionamentointegradosemedifíciosdeutilizaçãomúltipla,oresponsávelpelasegurançadosespaçoscomunsdoedifícioéoórgãodeadministraçãodoedifício.Nocasodeespaçosdehabitaçãoessaresponsabilidadecompeteaosproprietáriosdosfogose,nosespaçoscomuns,aoórgãodeadministraçãodoedifício.Segundaintervenção

Intervençãonocombateaumincêndiodesencadeada,imediatamenteapósoalarme,pelosbombeirosouporequipasespecializadasaoserviçodoresponsáveldesegurançadeumedifício,parquedeestacionamento,estabelecimentoourecinto.

13.2 CRITÉRIOSGERAISOsedifíciosdevem,nodecursodasuaexploração,serdotadosdemedidasdeorganizaçãoegestãodasegurançaepossuíremumpostodesegurança(PS),quepoderásituar-senaáreadarecepção,destinadoacentralizartodaainformaçãorelativaàsegurançaaoincêndio,osmeiosprincipaisderecepçãoedifusãodealarmesedetransmissãodoalerta,bemcomoacoordenarosmeiosoperacionaiselogísticosemcasodeemergência.

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13.3 RESPONSÁVELPELASEGURANÇAOedifíciodevepossuir um responsável pela segurançaao incêndio (RS), o qual deverá velar pela implementaçãodasmedidasdeorganização e gestãodasegurançareferidasnestedocumento.

Nassituaçõesdeincêndioqueenvolvamaintervençãodosbombeiros,passaaserocomandantedasoperaçõesdesocorroaassumiraresponsabilidadedestasoperações,devendooRSprestar-lhetodaacolaboraçãosolicitada.

13.4 CONDIÇÕESDEALTERAÇÕESDEUSO,DELOTAÇÃOOUDECONFIGURAÇÃODOSESPAÇOSOslocaisdecadaedifíciotêmumusoelotaçãocompatíveiscomasfinalidadesparaqueforamconcebidos,peloqueeventuaisalteraçõesquepossamsofrer,mesmoqueextraordinárias,devemserautorizadas,porescrito,peloRS,apósestudodasimplicaçõesquepossamterdopontodevistadasegurançaaoincêndio.

13.5 CONDIÇÕESPARAAEXECUÇÃODETRABALHOSDIVERSOSOstrabalhosdeconservação,manutenção,beneficiação,reparação,modificaçãooualteraçãoqueenvolvamprocedimentosquepossamprejudicaraevacuaçãodosocupantesdevem,emregra,serrealizadosnosperíodosemqueseverificaumamenorafluênciadepúblico.Casosemanifesteimpossibilidadedesatisfaçãodoreferido,devemserpreviamenteimplementadosmeiosdeevacuaçãoalternativossatisfazendoasdisposiçõesdopresentedocumento.

Quanto aos trabalhosque envolvamautilizaçãode substâncias,materiais, equipamentos ouprocessosque apresentem riscosde incêndiooude explosão,nomeadamente pela produção de chama nua, faíscas ou elementos incandescentes em contacto com o ar, associados à presença demateriais facilmenteinflamáveis,carecemdeautorizaçãoexpressadoRS,devendoazonadeintervençãoserconvenientementeisoladaedotadadosmeiosdeintervençãoedesocorrosuplementaresapropriadosaoriscoemcausa.

13.6 MEDIDASDEAUTO-PROTECÇÃODevemserimplementadasnosedifíciosmedidasdeauto-protecçãoconstituídaspormedidaspreventivasemedidasdeintervençãoemcasodeemergência.Asmedidaspreventivastêmcomoobjectivoimplementaratitudes,procedimentoseacçõesdestinadosalimitarosriscosdeeclosãodeincêndios,enquantoqueasdeintervençãodestinam-seaprepararosocupantesparapoderemreagiraumasituaçãodeemergência.

Asmedidasdeauto-protecçãoenvolvemváriosaspectos,destacando-seosseguintes:- Instruçõesdesegurança;- Registosdesegurança;- Procedimentosdeprevenção;- Planodeprevenção;- Procedimentosemcasodeemergência;- Planodeemergência;- Formaçãoemsegurançaaoincêndio;- Exercíciosdesimulação.

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13.7 CONCRETIZAÇÃODASMEDIDASDEAUTO-PROTECÇÃO

13.7.1 AspectosgeraisParaconcretizaçãodasmedidasdeauto-protecçãoosRSestabelecerãoaorganizaçãonecessária,recorrendoparaissoaosfuncionáriosafectosaoedifício,osquaisdevemterumaadequadaformação.Deveserimplementadoumserviçodesegurançaaoincêndio(SSI),constituídoporpessoalafectoaofuncionamento,quepodeserconstituídopelospessoalafectoaoedifício,demodoaassegurarempermanênciaapresença,nomínimo,deumelementocomformaçãoadequadaemmatériadesegurançaaoincêndio.OSSIdeveserconstituídoporpessoasassegurandogarantiasdeaptidãofísica,conhecimentostécnicos,formaçãoetreinoemmatériadesegurançacomprovadosporiniciativadoRSedeacordocompadrõesadequados.Oselementosnomeadosparaasequipasdesegurançadevemser responsabilizadospeloRS relativamenteaocumprimentodasatribuiçõesque lhes foremcometidasnaorganizaçãodesegurançaestabelecida.EmIV.2(Segurançaaoincêndio)destasRecomendaçõeséfeitaaconcretizaçãodestasmedidasrelativamenteacadaumdosequipamentossociais.

13.7.2 InstruçõesdesegurançaNoslocaisderiscoC,DeEdevemserafixadas,emlocaisvisíveis,designadamentenasportasdeacessoaosreferidoslocais,instruçõesdesegurançadestinadasaosocupantes,asquaisdevemconteraseguinteinformação:

- Procedimentosdeprevençãoedeemergênciaaplicáveisaoespaçoemquestão,incluindoosrelativosaoalarme,acumpriremcasodedetecçãooupercepçãodeumincêndioeosdealerta;

- Plantadeemergênciasimplificada,ondeconstemasviasdeevacuaçãoqueservemesseslocais,bemcomoosmeiosdealarmeeosdeprimeiraintervenção;- Técnicasdeutilizaçãodosmeiosdeprimeiraintervençãoedeoutrosmeiosdeactuaçãoemcasodeincêndioquesirvamosespaçosdoedifício.Devemaindaexistirinstruçõesgeraisdesegurançanasplantasdeemergênciareferidasem13.7.7.

13.7.3 RegistosdesegurançaOsRSdevemgarantir a existência de registos de segurança, destinados à inscriçãode ocorrências relevantes e à guardade relatórios relacionados comasegurançaaoincêndio,devendocompreender,designadamente,osseguinteselementos:

- Anomaliasobservadasnasoperaçõesdeverificação,conservaçãooumanutençãodasinstalaçõestécnicas,dossistemasedosequipamentosdesegurança,incluindoasuadescrição,impacte,datasdasuadetecçãoeduraçãodarespectivareparação;

- Relaçãodetodasasacçõesdemanutençãoefectuadaseminstalaçõestécnicas,dossistemasedosequipamentosdesegurança,comindicaçãodoelementointervencionado,tipodeacçãoefectuada,motivo,dataeresponsável;

- Descriçãosumáriadasmodificações,alteraçõesetrabalhosperigososefectuadosnosespaços,comindicaçãodasdatasdeseuinícioefinalização;- Relatóriosdeocorrênciasdirectasouindirectamenterelacionadascomasegurançaaoincêndio,taiscomoalarmesintempestivosoufalsos,princípiosde

incêndioouactuaçãodeequipasdeintervençãodoedifício;- Cópiadosrelatóriosdeintervençãodosbombeiros,emincêndiosououtrasemergências;- Relatóriossucintosdasacçõesdeformaçãoreferidasem13.7.8,bemcomomençãodosaspectosmaisrelevantesdosexercíciosdesimulaçãoreferidosem13.7.9.

13.7.4 ProcedimentosdeprevençãoDevemseradoptadosprocedimentosdeprevenção,aadoptarpelosocupantes,destinadosagarantirpermanentementeosseguintesaspectos:

- Acessibilidadedosmeiosdesocorroaosespaços;- Acessibilidade,dosveículosdesocorrodosbombeiros,aosmeiosdeabastecimentodeágua(hidrantesexteriores);- Praticabilidadedoscaminhosdeevacuação;

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- Eficáciadaestabilidadeaofogoedosmeiosdecompartimentação,isolamentoeprotecção;- Acessibilidadeaosmeiosdealarmeedeintervençãoemcasodeemergência;- Vigilânciadosespaços,emespecialosdemaiorriscodeincêndioeosqueestãonormalmentedesocupados;- Conservaçãodosespaçosemcondiçõesdelimpezaearrumaçãoadequadas;- Segurançanoarmazenamentodematériasesubstânciasperigosas;- Segurançaemtodosostrabalhosdemanutenção,recuperação,beneficiação,alteraçãoouremodelaçãodesistemasoudasinstalações,queimpliquemum

riscoagravadodeincêndio,introduzamlimitaçõesemsistemasdesegurançainstaladosouquepossamafectaraevacuaçãodosocupantes.

Osprocedimentosde exploraçãoedeutilizaçãodas instalações técnicas, equipamentos e sistemas,nomeadamentedos referidosnestedocumento, devemincluirasrespectivasinstruçõesdefuncionamento,osprocedimentosdesegurança,adescriçãodoscomandosedeeventuaisalarmes,bemcomodossintomaseindicadoresdeavariaqueoscaracterizam.

Quantoaosprocedimentosdeconservaçãoedemanutençãodasinstalaçõestécnicas,dispositivos,equipamentosesistemasexistentesnosedifícios,devemserbaseadosemprogramascomestipulaçãodecalendárioselistasdetestesdeverificaçãoperiódica,constituindoexcepçãooshidrantesexteriores,quandonãoseencontremsobajurisdiçãodaentidadequeexploraoedifício.

Fazaindapartedestasmedidaspreventivasvelarparaque,naszonaslimítrofesouinterioresdeáreasflorestadas,qualqueredifíciopermaneçalivredematocomcontinuidadehorizontalsusceptíveldefacilitarapropagaçãodeumincêndio,aumadistânciade50mdoedificado.

13.7.5 PlanodeprevençãoOplanodeprevençãodeveserconstituídopelosseguinteselementos:a) Datadaentradaemfuncionamentodoedifício;b) IdentificaçãodoRS;c) Identificaçãodeeventuaisdelegadosdesegurança;d) Plantas,àescalade1:100ou1:200,comarepresentaçãoinequívocadosseguintesdados,recorrendoàsimbologiaconstantedasnormasportuguesas:

- Classificaçãoderiscoeefectivoprevistoparacadalocal,deacordocomodispostonopresenteAnexo;- Viashorizontaiseverticaisdeevacuação,incluindooseventuaispercursosemcomunicaçõescomuns;- Localizaçãodetodososdispositivoseequipamentosligadosàsegurançaaoincêndio;- Osprocedimentosdeprevençãodefinidosnonúmeroanterior;- Osregistosdesegurançareferidosem13.7.3.

Oplanodeprevençãoeosseusanexosdevemseractualizadossemprequeasmodificaçõesoualteraçõesefectuadasnoedifícioojustifiquem,devendoexistirnoPSumexemplardoplanodeprevenção.

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13.7.6 ProcedimentosemcasodeemergênciaParacadaedifíciodevemserdefinidosecumpridososprocedimentoseastécnicasdeactuaçãoemcasodeemergência,aadoptarpelosocupantes,contemplandonomínimoosseguintesaspectos:

- Procedimentosdealarmeacumpriremcasodedetecçãooupercepçãodeumincêndio;- Procedimentosdealerta;- Procedimentosaadoptarparagarantiraevacuaçãorápidaeseguradosespaçosemrisco;- Técnicasdeutilizaçãodosmeiosdeprimeiraintervençãoedeoutrosmeiosdeactuaçãoemcasodeincêndioquesirvamosespaçosdoedifício;- Procedimentosderecepçãoeencaminhamentodosbombeiros.

Todososprofissionaisafectosaoedifícioemcausadevemsercapazesdeutilizarosextintoresportáteis.

13.7.7 PlanodeemergênciaOplanodeemergência(PE)temcomoobjectivofundamentalsistematizaraevacuaçãoenquadradadosocupantes,limitarapropagaçãoeasconsequênciasdosincêndios,recorrendoameiosprópriosinstaladosnoedifícioedeveconstarde:

- Organizaçãoemsituaçãodeemergência;- Entidadesinternaseexternasacontactaremsituaçãodeemergência;- Planodeactuação;- Planodeevacuação,comrealceparaoslocaisderiscoD;- Anexocomasinstruçõesdesegurançareferidasem13.7.2;- Anexocomasplantasdeemergência.

Aorganizaçãoemsituaçãodeemergênciadevecontemplar:- AidentificaçãodoselementosquedesempenhamfunçõesnoSSI,respectivasmissõeseresponsabilidades,aconcretizaremsituaçõesdeemergência;- OsorganogramashierárquicosefuncionaisdoSSIcobrindoasváriasfasesdodesenvolvimentodeumasituaçãodeemergência,nomeadamenteasactividades

relativasaoplanodeactuaçãoeaoplanodeevacuação.

Quantoaoplanodeactuaçãodevecontemplaraorganizaçãodasoperaçõesadesencadearpordelegadoseagentesdesegurançaemcasodeocorrênciadeumasituaçãoperigosaeosprocedimentosaobservar,abrangendoosseguintesdomínios:

- Conhecimentopréviodosriscospresentesnosespaçosafectosaoedifício,nomeadamentenoslocaisderiscoC;- Procedimentosaadoptarememcasodedetecçãooupercepçãodeumalarmedeincêndio;- Planificaçãodadifusãodoalarmerestritoegeraledatransmissãodoalerta;- Coordenaçãodasoperaçõesprevistasnoplanodeevacuação;- ActivaçãodosmeiosdeprimeiraintervençãoquesirvamosespaçosdosPostosTerritoriais,apropriadosacadacircunstância,incluindoastécnicasdeutilização

dessesmeios;- Execuçãodamanobradosdispositivosdesegurança,designadamentedecortedaalimentaçãodeenergiaeléctricaedecombustíveis,defechodeportas

resistentesaofogoedasinstalaçõesdecontrolodefumo;- Prestaçãodeprimeirossocorros;- Protecçãodelocaisderiscoedepontosnevrálgicosdoedifício;- Acolhimento,informação,orientaçãoeapoioaosbombeiros;- Reposiçãodascondiçõesdesegurançaapósumasituaçãodeemergência.

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Oplano de evacuação deve contemplar as instruções e os procedimentos a observar pelo pessoal afecto ao edifício, relativos à articulação das operaçõesdestinadasagarantiraevacuaçãoordenada,totalouparcial,dosespaçosconsideradosemriscopeloRSeabrangerosseguintesdomínios:

- Encaminhamentorápidoesegurodosocupantesdessesespaçosparaoexteriorouparaumazonasegura,mediantereferenciaçãodeviasdeevacuação,eventuaiszonasderefúgioepontosdeencontro;

- Assegurarqueninguémfiquebloqueado;- Confirmaçãodaevacuaçãototaldosespaçosegarantiadequeninguémaelesregressa.

Asplantasdeemergência,aelaborarparacadapisodoedifício,devemrespeitaroseguinte:- Serafixadasemposiçõesestratégicasjuntoaosacessosprincipaisdopisoaquesereferem;- SerafixadasnoslocaisderiscoCeE;- EstardisponíveiscópiasdetodasasplantasdeemergênciadoedifícionorespectivoPS,podendoseracompanhadasdeesquemasdeemergência;- Quandosolicitado,seremdisponibilizadascópiasaocorpodebombeirosemcujaáreadeactuaçãoprópriaseinseremosespaçosafectosdoedifício.

Oplanodeemergênciaeosseusanexosdevemseractualizadossemprequeasmodificaçõesoualteraçõesefectuadasnoedifícioojustifiquem.

Nopostodesegurançareferidodeveestardisponívelumexemplardoplanodeemergência.

13.7.8 FormaçãoemsegurançaaoincêndioTodososelementoscomatribuiçõesprevistasnasactividadesdeauto-protecçãodevempossuirformaçãonodomíniodasegurançaaoincêndio.Aformação,obtidamedianteafrequênciadeacções,adefiniremprogramaestabelecidoporcadaRS,podeserdosseguintestipos:a) Sensibilizaçãoparaasegurançaaoincêndio,atravésdesessõesinformativasquedevemcobrirouniversodopessoalafectoaoedifício,comosseguintes

objectivos:- Familiarizaçãocomosespaçosdoedifícioeidentificaçãodosrespectivosriscosdeincêndio;- Cumprimentodosprocedimentosgenéricosdeprevençãocontidosnoplanodeprevenção;- Cumprimentodosprocedimentosdealarme;- Cumprimentodosprocedimentosgeraisdeactuaçãoemcasodeemergência,nomeadamentedosdeevacuação;- Instruçãodetécnicasbásicasdeutilizaçãodosmeiosdeprimeiraintervenção,nomeadamenteosextintoresportáteis.

b) Formaçãoespecíficadestinadaaoselementosque,nasuaactividadeprofissionalnormal,lidamcomsituaçõesdemaiorriscodeincêndio,nomeadamenteosqueaexercememlocaisderiscoCouD;

c) Formação específica para os elementos que possuem atribuições especiais de actuação em caso de emergência, nomeadamente para as seguintesactividades:- Emissãodoalerta;- Evacuação;

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13.7.9 ExercíciosdesimulaçãoIndependentementedacategoriaderiscodoedifíciodeverealizar-se,anualmente,umexercíciodeevacuação,planeado,executadoeavaliadocomacolaboraçãodocorpodebombeirosdaáreaondesesituaoedifício.

Osocupantesdevemterconhecimentopréviodarealizaçãodesteexercício,podendonãoserrigorosamenteestabelecidaadatae/ouhoraprogramadas.

Referências

[1] DECRETO-LEIn.º414/98,de31deDezembro–RegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares.

[2] DECRETO-LEIn.º409/98,de23deDezembro–RegulamentodeSegurançaContraIncêndioemEdifíciosdoTipoHospitalar.

[3] PORTARIAN.º1444/2002,de7deNovembro–NormasdeSegurançacontraIncêndioaObservarnaExploraçãodeEstabelecimentosEscolares.

[4] PORTARIAN.º1275/2002,de19deSetembro–NormasdeSegurançacontraIncêndioaobservarnaexploraçãodeEstabelecimentosdeTipoHospitalar.

[5] AUTORIDADENACIONALDEPROTECÇÃOCIVIL.(ANPC)–Propostade“RegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios”.Lisboa:ANPC,2006.

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RECOMENDAÇÕES GERAISDE SEGURANÇA AO INCÊNDIO -ESTABELECIMENTOS EXISTENTES

Depósito Legal: 270795/08

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ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAADOPTADA 3

2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIO 3

3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIO 3

4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO 4

4.1 Paredesexterioresdeconstruçãotradicional 4

4.2 Paredesdeempena 4

4.3 Paredesnão-tradicionais 4

4.4 Coberturas 44.4.1 Exigênciasgerais 44.4.2 Coberturasemterraço 44.4.3 Outrascoberturas 4

5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO 4

5.1 Compartimentaçãocorta-fogo 4

5.2 Resistênciaaofogodeelementosestruturais 4

5.3 Exigênciasrelativasacablagemdiversa 5

5.4 Compartimentaçãodefogo 5

5.5 Isolamentoeprotecçãodepátiosinteriores 5

5.6 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoB 5

5.7 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoC 5

5.8 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoD 5

5.9 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoE 5

Anexo3—RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio—EstabelecimentosExistentes

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5.10 Postodesegurança 5

5.11 Protecçãodasviashorizontaisdeevacuação 5

5.12 Protecçãodasviasverticaisdeevacuação 6

5.13 Isolamentodeoutrascirculaçõesverticais 6

5.14 Isolamentoeprotecçãodascaixasdoselevadores 6

5.15 Isolamentoeprotecçãodecanalizaçõesecondutas 6

5.16 Protecçãodevãosinteriores 6

5.17 Reacçãoaofogo 7

6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO 7

6.1 Condiçõesgerais 7

6.2 Característicasdasportas 8

7. INSTALAÇÕESTÉCNICAS 8

8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇA 8

9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTA 8

10. MEIOSDEEXTINÇÃO 8

11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOAR 8

12. CONTROLODEFUMO 8

13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇA 8

Referências 8

Índice

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1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAADOPTADAAspresentes“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”(RGSI)têmcomoâmbitodeaplicaçãoosedifíciosexistentesocupadospelarespostasocialCreche.

Asmedidas propostas referem-se aos aspectos comuns aos edifícios em causa e resultam, em parte, das observações decorrentes das visitas realizadas aestabelecimentosemfuncionamento.Comoosedifíciosobjectodeestudoseencontramjáconstruídose,normalmente,emfuncionamento,nemsempreépossívelaplicarasmedidasdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovos[1]destacando-se,aestepropósito,asseguintessituações:

Situação1– Aimplementaçãodasmedidaspropostasnaregulamentaçãoimplicam,dopontodevistaconstrutivo,obrasprofundasEnquadram-senestasituaçãoexigênciascujocumprimentoimplicaalteraçõesfísicasdoedifícioecujaconcretizaçãoé,porvezes,difícil.Referem-se,atítulodeexemplo,asexigênciasrelacionadascomaacessibilidadeaosedifícios,asparedesexterioresdeconstruçãotradicional,asparedesdeempena,aresistênciaaofogodeelementosestruturais,acompartimentaçãoaofogo,oisolamentoeprotecçãodepátiosinteriores,comaevacuaçãoeocontrolodefumo.

Situação2– Aimplementaçãodasmedidaspropostasnaregulamentaçãonãoimplicam,dopontodevistaconstrutivo,obrasprofundasEnquadram-senestasituaçãoexigênciascujocumprimentonãoimplicaalteraçõesfísicasprofundasdoedifícioecujaconcretizaçãoé,normalmente,viável.

Referem-se,atítulodeexemplo,asexigênciasrelacionadascomoisolamentoeprotecçãodoslocaisderisco,instalaçãodepostodepostodesegurança,protecçãodasviashorizontaisdeevacuação,protecçãodasviasverticaisdeevacuação,isolamentodeoutrascirculaçõesverticais,isolamentoeprotecçãodecanalizaçõesecondutas,protecçãodevãosinteriores,resistênciaaofogodeportas,reacçãoaofogo,instalaçõestécnicas,sinalizaçãoeiluminaçãodesegurança,meiosdedetecção,alarmeealerta,meiosdeextinção,controlodapoluiçãodoareexploraçãodosedifícios

Assim,porquecadaumdosestabelecimentosapresentaespecificidadespróprias,asmedidaspropostasnãopodemdarumarespostaobjectivaeeficazparatodasassituaçõesqueocorrem,recomendando-sequesejarealizadoumestudodesegurançaaoincêndio,devendoestedocumentoserencaradosomentecomouminstrumentoorientadordametodologiaadesenvolveredasmedidasaimplementar.

Asmedidascontidasnesteanexoterãodeserarticuladascomaspropostasparaosnovosedifícios[1]eservirãodereferênciaatéaomomentoemqueseverifiqueapublicaçãodoRegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios.

2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIORelativamenteaestamatériamantêm-seasdefiniçõeseasclassificaçõesrelativas,queralocaisderiscoqueraoriscodautilização,queforamestabelecidasparaosnovosedifícios[1].

3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIOOsedifíciosexistentesdevempossuiradequadasviasdeacessoquepermitamaosbombeirosdesenvolveremtodasasoperaçõesnecessáriasparaocombatedeeventualincêndioeasalvamentodosocupantes,bemcomodisponibilidadedeáguaparacombateaoincêndio(marcosdeágua,bocasdeincêndiooudepósitos).

Casoseverifiquequeosarruamentosemcausanãopermitemaacessibilidadedasviaturasdosbombeiroslocaisdeacordocomindicadoparaosnovosedifícios,enãosejaexequívelumaintervençãoqueelimineascondicionantesexistentes,éimprescindívelqueseverifiqueaadopçãodemedidascompensatóriasquepodemconsistir,porexemplo,noreforçodosmeiosdeextinçãoedonúmerodeelementosdaequipadesegurançaindicadosparaosnovosedifícios[1].

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4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO

4.1 PAREDESEXTERIORESDECONSTRUÇÃOTRADICIONALNoqueserefereàsparedesexterioresdeconstruçãotradicionaldeveserfeitaumaavaliaçãodascondiçõesgeraisedapossibilidadedemelhoriadealgunsaspectosqueeventualmentenãorespeitemasexigênciasfeitasparaosnovosedifícios.

4.2 PAREDESDEEMPENANoqueserefereàsparedesdeempenadeveserfeitaumaavaliaçãodascondiçõesgeraisedapossibilidadedemelhoriadealgunsaspectosqueeventualmentenãorespeitemasexigênciasfeitasparaosnovosedifícios.

4.3 PAREDESNÃO-TRADICIONAISCasoosedifícios sejamdotadosdeparedesexterioresnão-tradicionaisestasdevemrespeitarasexigências formuladasparaosnovosedifícios,devendoseradoptadasmedidasquelimitemapossibilidadedepropagaçãodoincêndioatravésdessasparedes.

4.4 COBERTURAS

4.4.1 ExigênciasgeraisDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.

4.4.2 CoberturasemterraçoDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.

4.4.3 OutrascoberturasDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO

5.1 COMPARTIMENTAÇÃOCORTA-FOGODeve-seprocurarcumprirasexigênciassobreestamatériareferidasparaosedifíciosnovos,emborasereconheçaquenemsempreissoserápossível.Assim,quandoseverificaressaimpossibilidade,deveseravaliadaadimensãodoincumprimentoe,consequentemente,dasmedidascompensatóriasaadoptar,quepodemconsistirnumadasseguintes,deentreasváriaspossíveis:

- Reforçodaqualificaçãoderesistênciaaofogodoselementosdecompartimentação,oquepodeserconseguido,porexemplo,recorrendoaplacasdegesso;- Introduçãodemeiosautomáticosdeextinção;- Reforçodosmeiosdeextinçãoedasequipasdesegurança.

5.2 RESISTÊNCIAAOFOGODEELEMENTOSESTRUTURAISDeveserfeitaumadeterminaçãodaqualificaçãoderesistênciaaofogodoselementosestruturaisdoedifício.Noscasosemqueoselementosnãoapresentemaqualificaçãoexigidaparaosnovosedifícios[1],deveráserponderadaanecessidade,ounão,deprocederàmelhoriadasuacapacidadededesempenho,oquepodeserconseguidoàcustadeprodutosignífugosouintumescentesouàaplicaçãoderevestimentosque

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retardematransmissãodecaloraoselementosaproteger.

5.3 EXIGÊNCIASRELATIVASACABLAGEMDIVERSATodaacablagemrelacionadacomequipamentosesistemasdesegurançaaoincêndiodeveficarembebida,ouprotegidaemductopróprioou,emalternativa,garantirasclassesderesistência,PouPH,deacordocomoexigidoparaosnovosedifícios.

5.4 COMPARTIMENTAÇÃODEFOGOCasoseverifiquequeoedifícionãorespeitaasexigênciasdecompartimentaçãodefinidasparaosnovosedifícios,neméviávelintroduzirtalcompartimentaçãodemodoarespeitarasáreasmáximasdoscompartimentosdefogodefinidosparaosnovosedifícios,deveserfeitaumaavaliaçãodanecessidadedeintroduzirmedidascompensatóriasquepodemconsistirem:- Reforçodosmeiosdedetecçãodeincêndio;- Introduçãodemeiosautomáticosdeextinção;- Reforçodasequipasdesegurança.

5.5 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODEPÁTIOSINTERIORESCasoseverifiqueaexistênciadepátiosinteriorescobertos,todososrevestimentosinterioresdevemser,pelomenos,daclassedereacçãoaofogoA2-s1,paraosrevestimentosdetectoseparedes,edaclasseCFL-s2paraosrevestimentosdepiso.

AenvolventedepátiosinteriorescobertosfechadosadjacentealocaisdotipoDouEoudecaminhosdeevacuaçãohorizontaisquesirvamlocaisderiscoD,teráobrigatoriamenteumaresistênciaaofogopadrãodaclasseEI30ousuperior.

Aprotecçãodaenvolventereferidaanteriormente,nocasodecaminhosdeevacuaçãoquesirvamlocaisderiscoE,sobranceirosapátios,podeserapenasgarantidapormeiosactivosdecontrolodefumocomplementadosporpainéisdecantonamentoouportelasaccionadaspordetecçãoautomática,alocalizarnessaenvolvente.

Asparedesdoedifícioqueconfinemcomessepátiodevemrespeitarasexigênciasdelimitaçãodepropagaçãodofogoestabelecidasparaosnovosedifícios.

5.6 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOBDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios[1].

5.7 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOCDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.8 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCODDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.9 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOEDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios[1].

5.10 POSTODESEGURANÇAOedifíciodeveserdotadodeumpostodesegurançaquerespeiteascondiçõesdefinidasparaosnovosedifícios.

5.11 PROTECÇÃODASVIASHORIZONTAISDEEVACUAÇÃODevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

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5.12 PROTECÇÃODASVIASVERTICAISDEEVACUAÇÃO

5.12.1 AspectosgeraisDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.12.2 ProtecçãonopisodesaídaDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.12.3 ProtecçãoparaosrestantespisosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.13 ISOLAMENTODEOUTRASCIRCULAÇÕESVERTICAISRecomenda-sequeascirculaçõesverticaisinterioresquenãoconstituamviasdeevacuaçãorespeitamasexigênciasfeitassobreestamatériaparaosedifíciosnovos.

5.14 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODASCAIXASDOSELEVADORESCasoseverifiqueaexistênciadeelevadordeve-severificaroseuisolamentorespeitaasexigênciasdefinidasparaosnovosedifícios.

5.15 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODECANALIZAÇÕESECONDUTAS

5.15.1 AspectosgeraisDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.15.2 CondiçõesdeisolamentoDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.15.3 CaracterísticasdosductosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.15.4 DispositivosdeobturaçãoautomáticaDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.16 PROTECÇÃODEVÃOSINTERIORES5.16.1 ResistênciaaofogodeportasDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.

5.16.2 DispositivosdefechoeretençãodasportasresistentesaofogoDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.

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5.16.3 DispositivosdefechodasportinholasdeacessoaductosdeisolamentoAsportinholasdeacessoaductosdeisolamentodecanalizaçõesoucondutasdevemsermunidasdedispositivosquepermitammantê-lasfechadas,garantindoaclassificaçãoC.

5.17 REACÇÃOAOFOGO

5.17.1 ViasdeevacuaçãohorizontaisDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.17.2 Viasdeevacuaçãoverticaisecâmarascorta-fogoDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.17.3 LocaisderiscoDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.17.4 OutrascomunicaçõesverticaisdosedifíciosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.17.5 TectosfalsosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

5.17.6 MateriaisdecorrecçãoacústicaemparedesetectosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO

6.1 CondiçõesgeraisDeveserfeitaumaavaliaçãodascondiçõesgeraisdeevacuaçãodoedifícioincluindo:- Larguradoscaminhosdeevacuaçãonointeriordoslocais;- Númerodesaídasdoslocais;- Larguradassaídasdoslocais;- Distânciaapercorrernoslocais;- Larguralivreasviashorizontaisdeevacuação;- Númerodeviasverticaisdeevacuação;- Larguradasviasverticaisdeevacuação.

Casoseverifiqueaexistênciadeinsuficiênciasrelativamenteaoexigidoparaosnovosedifíciosenãosejapossívelasuaeliminação,devemserconsideradasmedidascompensatórias,destacando-seasseguintes:- Reforçodosmeiosautomáticosdedetecçãodeincêndioexigidosparaosedifíciosnovos;- Reforçodasequipasdesegurançaexigidasparaosedifíciosnovos;- Reorganizaçãodosespaços,colocandonopisodesaídaparaoexteriortodosaquelesquesãoutilizadosporpessoascomlimitaçõesdiversas.Adimensãodasmedidascompensatóriasaadoptardecorre,naturalmente,dograudeinsuficiênciaexistentesemcadasituaçãoemconcreto.

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6.2 CaracterísticasdasportasOslocaisquedãoparaviasdeevacuaçãodevemserdotadosdeportascomqualificaçãoderesistênciaaofogoedotadasdemecanismodefechoautomáticodeacordocomodefinidoparaosedifíciosnovos.

7. INSTALAÇÕESTÉCNICASDeveproceder-seàvistoriadasinstalaçõestécnicascomoobjectivodedetectareventuaisanomaliaseinsuficiências.

Todasasanomaliaseinsuficiênciasdetectadasdevemsereliminadasdemodoaquetodasasinstalaçõesestejamdotadasdascondiçõesimpostasnaregulamentaçãoespecíficaenasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇADevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTADevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

10. MEIOSDEEXTINÇÃODevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOARDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.

12. CONTROLODEFUMODevemexistirmeiosquepromovamalibertaçãoparaoexteriordofumoedosgasestóxicosoucorrosivos,nascondiçõesdefinidasparaosnovosedifícios.

Casoseverifiqueaimpossibilidadedeadoptarosmeiospreconizadosnoessesmeiosecomoageneralidadedosedifíciosexistentessãodepequenaaltura,ocontrolodefumonoscasosemqueeleéexigidopoderáserfeitorecorrendoasoluçõesdiversas.

Umasoluçãopossívelconsiste,quandonãoexisteprotecçãodaligaçãoentreasviasverticaisdeevacuaçãoeasviashorizontais,naintroduçãodeentradasdeentradasdear,aoníveldecadapiso,nasextremidadesdasviashorizontaisdeevacuação,esaída,notopodascaixasdeescada,comáreaiguala1m2.

13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇADevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios,asquaispodemseragravadascomoformadecompensaronãocumprimentodedeterminadasexigênciasfeitasparaosedifíciosnovos.

Referências

[1] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)– Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Creches.Anexo2Edifíciosnovos–“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.Lisboa:LNEC,2007.