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ANO 2 | N.º7 | TRIMESTRAL | FEVEREIRO • MARÇO • ABRIL 2006 SOCIEDADE PONTO VERDE RECICLAGEM DE LUXO Nova campanha: Separar vai Colar ACAPO aplaude: SPV Comunica em Braille 1

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Page 1: RECICLAGEM DE LUXO - Ponto Verde...tratamento e/ou reciclagem de resíduos de embalagens. PÁGINA 6 Luxo ecológico Salvaguardar a vida selvagem sem abdicar do conforto de um vestuário

ANO 2 | N.º7 | TRIMESTRAL | FEVEREIRO • MARÇO • ABRIL 2006

SOCIEDADE PONTO VERDE

RECICLAGEM DE LUXONova campanha: Separar vai Colar

ACAPO aplaude: SPV Comunica em Braille

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Page 2: RECICLAGEM DE LUXO - Ponto Verde...tratamento e/ou reciclagem de resíduos de embalagens. PÁGINA 6 Luxo ecológico Salvaguardar a vida selvagem sem abdicar do conforto de um vestuário

Editorial ›››

A SPV encontra no Serviço eXtra urbano a resposta,capaz de suprir as necessidades dos seus clientes esimultaneamente dar prossecução ao cumprimentodos objectivos de reciclagem.

A pensar no futuro , a Sociedade Ponto Verde continuará a dar umaresposta positiva, através da sua experiência e know how, aos desafios quese aproximam, com a convicção de que as expectativas dos seus clientes(Embaladores/Importadores de produtos) são as metas a atingir.

Porque os desafios de amanhã são os nossos objectivos para hoje, a SPVacredita que o trabalho até agora desenvolvido exige continuidade tendoem vista a consolidação e o alcançar de novos patamares.

A Sociedade Ponto Verde necessita de alargar a sua actividade a novasáreas de intervenção que impulsionem não só as retomas, mas que acabemcom os constrangimentos que de algum modo impossibilitem os seusparceiros de participarem activamente no ciclo.

A criação do Serviço eXtra urbano, é neste novo ciclo a 1ª aposta daSociedade Ponto Verde em proporcionar aos produtores de resíduos umserviço que vá de encontro às suas necessidades, colmatando lacunas nofluxo de resíduos não urbanos de embalagens dando-lhes a confiançanecessária na fiabilidade de um sistema que garante um devidoencaminhamento dos resíduos não urbanos.

Pelo potencial que a recolha destas embalagens representa nosquantitativos de reciclagem e pelas expectativas geradas em torno de “paraquando uma solução para o fluxo destes resíduos”, a SPV encontra noServiço eXtra urbano a resposta, capaz de suprir as necessidades dos seusclientes e simultaneamente dar prossecução ao cumprimento dosobjectivos de reciclagem.

A diversificação de procedimentos, de soluções, a mobilização dosparceiros em prol de um mesmo objectivo e a concepção de estratégiaseficazes, são elementos indispensáveis a um futuro de sucesso.Acreditamos que estamos a dar um passo mais além e contamos com osnossos parceiros para assim continuar!

PROPRIEDADESociedade Ponto Verde, S.A.Edifício Infante D. HenriqueRua João Chagas, n.º53, 1.º Dtº1495-764 Cruz-QuebradaDafundo • PortugalTelef.: (+351) 21 010 24 00Fax: (+351) 21 010 24 99N.º de Atendimento ao Cliente Verdoreca: 808 10 20 21Atendimento ao Cliente:Embalador: 21 010 24 90Fax emb/Verde; 21 010 24 [email protected] Ponto Verde:808 500 045

DIRECTORJoana Santos

DIRECTORA ADJUNTATeresa Cortes

EDIÇÃO, REDACÇÃO, DESIGN E PUBLICIDADEXMP - Gestão de Meios de Comunicação, LDAAv. de Roma, 16-5.º Esq.1000-265 LisboaTelef.: (+351) 21 845 91 00Fax: (+351) 21 845 91 [email protected]

GRAFISMOSara Rocio

IMPRESSÃOAvenida Gráfica

TIRAGEM20.000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL215010/04

ICS124501

Desafios de amanhã,objectivos de hoje

LUIS VEIGA MARTINSDIRECTOR-GERAL DA SOCIEDADE PONTO VERDE

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Reciclacontém

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SPV reformula site e lança sinalética em BrailleA ACAPO - Associação dos Cegos eAmblíopes de Portugal aplaude ainiciativa da Sociedade Ponto Verde(SPV) de passar a comunicartambém em Braille. PÁGINA 19

Portugueses inventam “Flatpak”Uma embalagem de plástico que evita volumes de ardesnecessários, pois pode espalmar-se antes doenchimento e depois de ser usada, facilitando otransporte, a reciclagem e a colocação em aterro foiinventada por uma equipa de três investigadoresportugueses. PÁGINA 19

Linha Ponto VerdeQuem ainda tenha dúvidas sobre asquestões de separação e reciclagem deembalagens usadas já sabe o que fazer:pergunta ao operador de call center dalinha telefónica da Sociedade PontoVerde. PÁGINA 11

“Ever Mónaco 2006”Construtores de veículosecológicos e actores do sector dasenergias renováveis reuniram-seno Mónaco na primeira feirainternacional «Ever Monaco2006», encontro anual deveículos ecológicos e energiasrenováveis. PÁGINA 22

João Letras, Director doDepartamento de Gestãode Resíduos da SPV.O fluxo de resíduos não urbanos deembalagem tem um papel significativono panorama dos resíduos deembalagem em Portugal. PÁGINA 8

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eXtra urbanoA Sociedade Ponto Verde, a pensar nos produtores deresíduos não urbanos de embalagens, lançou o ServiçoeXtra urbano, uma rede nacional e multi-material deOperadores de Gestão de Residuos, disponíveis paracontratualização e devidamente licenciados para otratamento e/ou reciclagem de resíduos deembalagens. PÁGINA 6

Luxo ecológicoSalvaguardar a vida selvagem semabdicar do conforto de um vestuárioem pele é possível… A solução passapela reciclagem. PÁGINA 14

NOVA CAMPANHA“Separar Vai Colar”, uma acçãoque vai chegar a 1 milhão defamílias portuguesas, é a novainiciativa da Sociedade PontoVerde que pretende estimular aparticipação dos portugueses naseparação e deposição deembalagens usadas nosecopontos e demonstrar aeficácia do Sistema Ponto Verde .PÁGINA 16

“CATÁLOGO DOSPRODUTOS RECICLADOS”Dar a conhecer todos osprodutos reciclados à venda nomercado francês, é este oobjectivo do “Catálogo dosprodutos reciclados”. PÁGINA 12

“OPERAÇÃO RESTAURAÇÃO5 ESTRELAS”“Uma experiência extremamentepositiva”. É este o balanço doprojecto “Operação Restauração5 Estrelas” que a LIPOR - ServiçoIntermunicipalizado deTratamento de Lixos da RegiãoPorto faz um ano após o seuinício. PÁGINA 12

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A Sociedade Ponto Verde (SPV), apensar nos produtores de resíduos nãourbanos de embalagens, lançou oServiço eXtra urbano, uma redenacional e multi-material deOperadores de Gestão de Residuos(OGR), disponíveis paracontratualização e devidamentelicenciados para o tratamento e/oureciclagem de resíduos de embalagens.“Ao contactar os operadores da redeeXtra urbano, as empresas terão agarantia do encaminhamento parareciclagem de todos os resíduos deembalagens que se encontrem deacordo com as Condições de Recepção,uma vez que a Sociedade Ponto Verdeacompanha-os até ao fim do ciclo,garantindo a sua rastreabilidade”,explica a SPV.Este serviço está integrado no novomodelo de gestão de resíduos não-urbanos, o Serviço eXtra urbano,criado pela Sociedade Ponto Verde

para melhorar a eficiênciado fluxo não urbano deresíduos de embalagens,com a grande novidade aresidir na possibilidade deos produtores poderementregar os seus resíduosnas instalações dosoperadores de recolha, deum modo gratuito. No novo modelo de gestão,os produtores de resíduosrecorrem à rede eXtraurbano, tendo desta formaacesso a um Operador deGestão de Residuoslicenciado que procede à

preparação e encaminhamento dosresíduos não-urbanos para reciclagem.A SPV recebe dos operadores da redea informação sobre as quantidades deresíduos encaminhados parareciclagem e por essa informaçãopaga-lhes um valor designado Valorde Informação e Motivação (VIM).Por ser uma entidade sem finslucrativos, a SPV financia este modeloatravés de contribuiçõesfinanceiras pagas pelosseus clientes embaladores/importadores (ValorPonto Verde) quecolocam no mercadoprodutos embalados. No caso do Serviço eXtraurbano, este oferece aosprodutores duas opçõesde utilização. Naprimeira opção, oprodutor de resíduoscontrata um dos OGR da

rede disponibilizada para recolher, nassuas instalações, os resíduos nãourbanos de embalagens, sem custosacrescidos àqueles que já decorrem dassuas obrigações legais. Na segundaopção oferecida pelo novo serviço, édada a possibilidade ao produtor deresíduos de entregar os resíduos nãourbanos de embalagens nas instalaçõesdos operadores de recolha, uma opçãogratuita para o produtor de resíduos.A SPV considera que entre asprincipais vantagens do novo modelode gestão de resíduos não urbanosestá o facto de vir a dar resposta àsnecessidades do produtor de resíduose, simultaneamente, contribuir paraum destino final das embalagens maiscorrecto. Além disso, contribui também para oaumento dos quantitativos dereciclagem, fundamentais para seatingir as metas.

A grande novidade do Serviço eXtra urbano reside na possibilidade de osprodutores poderem entregar os seus resíduos nas instalações dos operadoresde recolha, de um modo gratuito.

Sociedade Ponto Verde lança

Serviço eXtra urbano

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O novo modelo de gestão de resíduos não urbanos dá resposta às necessidadesdo produtor de resíduos e, simultaneamente, contribui para um destino finaldas embalagens mais correcto e um aumento dos quantitativos de reciclagem.

Como funciona o Serviço eXtra urbano?

O produtor de resíduos prepara os seus resíduos não urbanos deembalagens de acordo com as condições de recepção* do Serviço eXtraurbano.

Contacta então, um operador de gestão de resíduos da rede eXtraurbano* que esteja licenciado a receber o tipo de material dos resíduos deembalagens em questão

É feita a marcação prévia de entrega/recolha entre o produtor deresíduos e o operador de gestão de resíduos

Opção 1:O OGR no dia acordado procede ao levantamento dos resíduos nãourbanos de embalagens nas instalações do produtor de resíduos.(o produtor de resíduos deve entregar Guia de Acompanhamento deResíduos - Modelo A ao OGR)

Opção 2:No dia acordado, o produtor de resíduos procede à entrega dos seusresíduos não urbanos de embalagens nas instalações do OGR (necessáriolevar Guia de Acompanhamento de Resíduos - Modelo A)

* consultar site www.pontoverde.pt

Quais são as obrigações legais de um Produtor de Resíduos?

Separar os seus resíduos não urbanos de embalagens pormateriais e providenciar a sua valorização e reciclagem.

Contratar uma entidade devidamente licenciada para otratamento dos resíduos de forma legal e ambientalmente adequada.

Garantir que os seus resíduos são efectivamente reciclados emempresas licenciadas

Ter provas documentais do encaminhamento adequado dosresíduos e respectivo destino final

Ao aderir ao Serviço eXtra urbano, um serviço criado pela Sociedade PontoVerde, as empresas têm a garantia que as suas obrigações legais sãocumpridas.

Fonte: SPV

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Quais são os objectivos da SPV com a criação do Serviço eXtraurbano?

Com o serviço eXtra Urbano a SPV materializa perante oembalador/importador a existência de uma alternativa quelhe garante a reciclagem dos resíduos resultantes dasembalagens que colocou no mercado, em condiçõesambientalmente adequadas e no estrito cumprimento dalegislação. Quantos produtores de resíduos sabemefectivamente o que acontece aos resíduos pelos quais sãoresponsáveis? Através do Serviço eXtra Urbano oembalador/importador tem a garantia que os seus clientes(produtores de resíduos) têm acesso a um serviço de gestãode resíduos eficaz e competitivo a que podem recorrersempre que necessário.

Que inovações são introduzidas, face ao anterior sistema derecolha de resíduos não urbanos?

Estamos a falar de um modelo de gestão completamentediferente do anterior. Neste novo modelo de gestão, a SPVnão interfere no mercado deixando a livre concorrênciafuncionar por si só. Não nos esqueçamos que a reciclagemde resíduos não urbanos já existia muito antes da SPV ou doSIGRE [Sistema Integrado de Gestão de Resíduos deEmbalagens] existirem. Pretendemos aproveitar o facto de jáexistir um mercado vivo e concorrencial para potenciar maise melhor reciclagem. Neste novo modelo de gestão para osresíduos não urbanos de embalagem, a que demos o nomede “eXtra Urbano”, a SPV prestará contrapartidasfinanceiras a operadores de gestão de resíduos, quer se

eXtra

João Letras, Director do Departamento de Gestão de Resíduos da SPV

Aposta no eXtra urbano

O fluxo de resíduos não urbanos deembalagem tem um peso significativono panorama dos resíduos deembalagem em Portugal. Ao apostarneste fluxo e ao aplicar-lhe um novomodelo de gestão, que integra o Serviçoextra urbano, a Sociedade Ponto Verde(SPV) procura optimizar a recolha deresíduos não urbanos de embalagemcom vantagens para todos osintervenientes. João Letras, Director doDepartamento de Gestão de Resíduosda SPV, explica como funciona o novoModelo e, em particular, o novo ServiçoeXtra urbano e dá conta das suaspotencialidades e desafios, numaconversa com a Recicla.

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tratem de operadores derecolha ou recicladores, quesirvam produtores deresíduos de embalagenslocalizados em territórionacional. Por tomarconhecimento doencaminhamento dosresíduos de embalagempara operações dereciclagem ambientalmenteadequadas e que respeitamtodas as exigências legais, aSPV pagará um Valor deInformação e Motivação(VIM) que auxiliará ooperador de gestão deresíduos a desenvolver asua actividade.

Neste novo modelo terá dehaver uma profundaarticulação entre SPV,operadores de gestão deresíduos e empresas. Comoresulta, na prática, este novomodelo?

Na prática todo o nossorelacionamento ao nível doeXtra Urbano é com ooperador de gestão deresíduos que tem comocliente o produtor deresíduos localizado emterritório nacional. Por umlado, sabemos, através dooperador de gestão deresíduos, quem são os seusclientes e que quantidadesde resíduos produzem, poroutro, sabemos o queaconteceu a esses resíduos,para quem foram enviados,onde foram reciclados e seestas operações foram feitasrespeitando a legislação emvigor. Depois da validaçãode todas estas informaçõeso VIM é pago ao operadorde gestão de resíduos.

Importa salientar que a SPVnão se limita a contabilizaro que é reciclado entre oponto A e o ponto B. Aoestimular este tipo deactividade aumentamos acompetitividade dasempresas, potenciamosmais e melhor reciclagem econtribuímos paraaumentar a taxa dereciclagem nacional. Nãoexigimos às empresas nadaque não seja já obrigatórioser do conhecimento dasmesmas e, além disso,todas as informações sãotratadas confidencialmentepara salvaguardar ascarteiras de clientes dosoperadores de gestão deresíduos.

Que vantagens traz este novomodelo para os diferentesenvolvidos: SPV, empresas eoperadores de recolha?

Portugal depara-se desdesempre com um sérioproblema de fiabilidadeestatística, em particularnalguns fluxos de resíduos.Este modelo de gestãopermitirá, de formacredível, auxiliar o Institutodos Resíduos econsequentemente o paísna contabilização dareciclagem nacional, aomesmo tempo queprovidencia aosembaladores/importadores(clientes da SPV) umserviço que dá garantias doencaminhamento parareciclagem e que poderá serfacilmente utilizado pelosprodutores de resíduos.Paralelamente, pelo simplesfacto do Serviço eXtra

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Urbano funcionar, já estamos a contribuir para aumentar ataxa de reciclagem nacional e para as metas a que Portugalestá obrigado. Estas são as principais vantagens para a SPV.As principais vantagens para o embalador residem noconforto de poder transferir com segurança as suasresponsabilidades legais para uma entidade gestora como aSPV. Para os clientes dos embaladores (os produtores deresíduos) as principais vantagens estão no acesso a uma redede “eco-centros industriais” disponíveis pelo país atravésdas instalações dos operadores de gestão de resíduos comquem vamos estabelecer relações comerciais. O ciclo fecha-secom o pagamento do VIM ao operador de gestão deresíduos - esta é a sua vantagem.

Que impacto pode o eXtra urbano vir a ter no encaminhamentopara reciclagem das embalagens usadas em Portugal e, emparticular, no Sistema Ponto Verde?

No ano de arranque, aquele em que nos encontramos agora,as quantidades encaminhadas para reciclagem não serãomuito diferentes daquelas que já hoje circulam entreprodutores de resíduos e operadores de gestão de resíduos.Ou seja, estaremos apenas a contabilizar o que já é feito. Istojá é meritório, pois credibilizamos a estatística nacional.Após a fase de arranque, estamos convictos que acomponente de motivação inserida no VIM permitirá aosoperadores de gestão de resíduos crescer através do serviçoa mais clientes, de um modo mais abrangente, mais barato e,por conseguinte, melhor. Por outro lado, contribuímostambém para uma maior consciencialização das empresaspara as suas obrigações ambientais. Esta é aindarelativamente baixa.

Com esta proposta, a SPV aposta claramente nas empresas doComércio, Serviços e Indústria, num apelo para que estas nãofiquem de fora do processo de reciclagem. Como vê o panoramaactual, em Portugal, no que respeita a estas entidades?

São estes, de facto, os principais produtores de resíduos quepoderão recorrer ao Serviço eXtra Urbano. Não interessa, noentanto, contabilizar a reciclagem dos resíduos provenientesdestas entidades se não soubermos para onde foram e emque condições foram reciclados. No final de 2005, a SPVlançou este novo modelo de gestão de forma experimentalcom resultados bastante positivos, um forte contributo paraa estatistica nacional. Apesar do sucesso deste arranque experimental, fomossurpreendidos por quantitativos impressionantes deresíduos encaminhados para reciclagem por empresas quenão estavam licenciadas, ou que o faziam sem utilizar adocumentação adequada. Deparámo-nos com situações degestão de resíduos bastante questionáveis do ponto de vistalegal e ambiental, o que nos preocupou. Constatámosigualmente que o desconhecimento da lei é ainda elevado(em especial no que toca à exportação de resíduos), aindaque tenhamos evoluído bastante desde há 10 anos para cá.Do nosso ponto de vista, a gestão dos resíduos tem depassar a ser executada e ser vista como uma área de negócioséria, que gera postos de trabalho, contribui para o nossoPIB e ajuda a proteger o meio ambiente. Todos somosresponsáveis por garantir que assim seja. Quando osresíduos são vistos como um negócio e não como umproblema, por parte de quem os produz, é meio caminhopara que as coisas corram mal. Por esta razão temos mantidoalguns contactos com o INR e com a IGAOT [Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território] nosentido de garantir que os serviços de inspecção do Estadonos possam auxiliar a resolver alguns casos maiscomplicados.

Qual a importância do modelo eXtra urbano para o cumprimentodas metas de 2011?

Estamos convictos de que é elevada. O fluxo de resíduos nãourbanos de embalagem é bastante significativo no panoramados resíduos de embalagem. Assim, ao aplicarmos a estefluxo o modelo eXtra Urbano estamos a contribuir, de ummodo eficiente, para que se atinjam as ambiciosas metas dereciclagem a que o país está obrigado. Temos noção de quese as metas de 2005 foram fáceis de atingir, as de 2011 sãotudo menos fáceis. Só com a colaboração de todos os nossosparceiros, sem excepção, conseguiremos que o modelo eXtraUrbano funcione - estamos todos no mesmo barco!

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Quem ainda tenha dúvidas sobre as questões de separação ereciclagem de embalagens usadas já sabe o que fazer:pergunta ao operador de call center da linha telefónica daSociedade Ponto Verde (SPV). Esta é a mensagem da novacampanha de publicidade da Sociedade Ponto Verde cujosprotagonistas são, uma vez mais, as crianças. Porque dúvidas e questões não são só os mais pequenos quetêm, a SPV sugere: “tal como eles, quem não sabe pergunta”.Luís V. Martins, director-geral da Sociedade Ponto Verde,explica que “depois da criação da Linha Ponto Verde e dodesenvolvimento do site “O Meu Ecoponto”, o lançamentodesta campanha de publicidade é mais uma aposta da SPVno sentido de esclarecer e informar os portugueses”. “Atéporque, mesmo sabendo que os hábitos de reciclagem estãocada vez mais enraizados no quotidiano dos portugueses,continuamos a ter um desafio exigente para cumprir até2011”, acrescenta o responsável.A nova campanha de publicidade, concebida pelaTBWA/EPG e produzida pela Ministério dos Filmes, écomposta por 3 filmes, num investimento de 5 milhões deeuros, e, no seguimento das campanhas anteriores, contacom os mais pequenos, desta feita para divulgar a LinhaPonto Verde - 808 500 045 -, uma linha telefónica disponível

das 9:00h às 22:00h, de 2ª a 6ª feira.Com o seu natural espírito inquisitivo as crianças lançam asperguntas e as dúvidas para mais tarde darem a resposta.“Ter dúvidas faz parte do processo de aprendizagem dascrianças, assim como faz parte do processo deaprendizagem de separação de embalagens usadas”, diz aSPV em comunicado.A campanha, no ar até Agosto, pode ser vista nos canaisgeneralistas RTP 1, 2:, e TVI, nos canais regionais RTPMadeira e RTP Açores e por cabo no AXN e SIC Notícias.

Publicidade

Na nova campanha de publicidade da Sociedade Ponto Verde os protagonistassão, uma vez mais, as crianças. Porque dúvidas e questões não são só os maispequenos que têm, a SPV sugere: “tal como eles, quem não sabe pergunta”.

Crianças são de novo os protagonistas

Nova campanha apresenta Linha Ponto Verde

TRANSPORTES DE CARGA DE COURA, LDA.Especializado no serviço da Galiza

Carga Geral e Basculantes

TRANSPORTE DE RESÍDUOSFiliais:

Santiago de Compostela, Vigo, Porto e Lisboa

Ferreira4940-259 PAREDES DE COURA

Telf. – 251780780Web – www.transcoura.com

E-mail – [email protected]›››

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Salvaguardar a vida selvagem sem abdicar do conforto deum vestuário em pele é possível… A solução passa pelareciclagem. Esta é a proposta da estilista Mariouche Gagne,de 34 anos, fundadora da Harricana, empresa fashion doCanadá, em 1994.O uso de peles de animais no vestuário é um assuntopolémico que tem, há vários anos, agitado consciências. Deum lado, as associações defensoras dos animais aprotestarem veementemente contra o seu uso e, do outro,aqueles que não abdicam do seu “direito” a vestir peles. Nabase dos protestos: a morte de animais, alguns delesprovenientes de espécies ameaçadas.A resposta para o dilema do uso de peles, em particular empaíses nórdicos onde estas peças de vestuário sãoconsideradas as mais eficazes face ao intenso frio, foiencontrada pela estilista Mariouche Gagne. O conceito étransformar os velhos casacos de pele em novos produtos de

alta-costura, um luxo ecológico.Depois de terminar a sua licenciatura em Milão, a criadorade moda começou a desenharpequenos itens em pele, como malas ecachecóis, e viu-se confrontada com adificuldade em encontrar matéria-prima. Decidiu então aproveitar asantigas peças de vestuário em peleda sua mãe e transformá-lasem novos adereços. Foiassim que tudo começou,e deste ponto de partidasurgiu também oslogan da Harricana:"Feito a partir docasaco da vossamãe"

8.000 casacosreciclados por ano

Velhos casacos depele compradospela Harricanasãotransformadosem blusões,chinelas, botasde esqui ouainda bonés deaviador. Nototal, oito milcasacos sãorecicladosa cadaanonesteatelier evendidos para todo omundo sob a marca Harricana. Estaorgulha-se de fazer "luxo ecológico", na

Peles

A resposta para o dilema do uso de peles no vestuário foi encontrada pelaestilista Mariouche Gagne. O conceito é transformar, pela reciclagem, os velhoscasacos de pele em novos produtos de alta-costura. Um luxo ecológico.

Reciclagem de peles

Luxo ecológico

Mariouche Gagne

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PelesA criadora de moda começou a desenhar pequenos itens em pele e viu-seconfrontada com a dificuldade em encontrar matéria-prima. Decidiu entãoaproveitar as antigas peças de vestuário em pele da sua mãe e transformá-lasem novos adereços. Surgiu assim o slogan da Harricana: "Feito a partir docasaco da vossa mãe"

medida em que todas as peles utilizadas são em segundamão. No entanto, um olhar sobre os primeiros dias das ColecçõesMariouche revela que preparar o mercado para o vestuário

feito em pelereciclada foi umatarefa árdua para aempresa. Naaltura, a pelereciclada eradesconhecida."Inicialmente, osindustriais daspeles ficavamirritados com ofacto de eu

chamar à pele reciclada um artigo nobre”, recorda a estilistaMariouche Gagne, numa entrevista a um site de modacanadiano.

Estes mesmos industriais terão hoje alguma dificuldade emperceber os números impressionantes de vendas daHarricana. A empresa está disponível em mais de 190espaços comerciais em 14 países. Uma das chaves para o seu

sucesso está naconsolidação localda marca, com65% da receita aser gerada noQuebeque. Asreceitas continuama crescer 50% aoano, desde 1999. As colecçõesMariouchecompreendem um

variado número de marcas de especialidade: HarricanaSport, Harricana Maison, Harrimini, e “Histoire de peaux”,um serviço de remodelação de vestuário personalizado.

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Reciclados

Os produtos reciclados são comparáveis aos restantes produtos em termos deaplicação, de qualidade e de preços e são cada vez mais aqueles que compram“reciclados”, mesmo, por vezes, sem o saberem.

“Ponto Verde” francesa divulga mais de 300 artigos

“Catálogo dos ProdutosReciclados”

Toneladas de resíduos de plástico,madeira, vidro, metal, papel/cartão e deoutros materiais são todos os diasrecicladas e transformadas emprodutos de consumo. Embora a suaexpressividade seja ainda fraca, assiste--se em alguns países a um esforço paraa promoção destes produtos. EmFrança, a Eco-Emballages divulga umalista de mais de 300 produtosreciclados, num esforço para aumentara consciência pública e o conhecimentosobre reciclagem no país.Dar a conhecer todos os produtosreciclados à venda no mercado francês,é este o objectivo do “Catálogo dos

produtos reciclados”(do francês,“Catalogue des produits recyclés”)concebido pela Eco-Emballages,entidade francesa responsável pelagestão do sistema de recolha deresíduos de embalagens.A edição de 2006, disponível emformato online e também em CD,apresenta uma listagem de mais de 300produtos 100% reciclados, divididosem oito categorias principais:mobiliário, material de escritório,embalagens, desporto e lazer,construção, agricultura e espaçosverdes, têxtil e vestuário.Depois do programa de recolha,triagem e reciclagem de resíduos deembalagem domésticos ter atingido oseu objectivo a Eco-Emballagespassou a apostar na promoção doconsumo de produtos reciclados.Os produtos reciclados sãocomparáveis aos restantes produtos emtermos de aplicação, de qualidade e depreços e são cada vez mais aqueles quecompram “reciclados”, mesmo, porvezes, sem o saberem.O desejo da Eco-Emballages é que um

dia os produtos reciclados se tornemtão correntes que deixe de ser útilelaborar um catálogo para ospromover.

Cerca de 650 milhões de toneladas de resíduossão produzidos em França, de acordo com osdados de 2002 do Instituto Francês do Ambiente.Esta produção continua a crescer cerca de 1% aoano, enquanto a situação em matéria decapacidade de eliminação se torna crítica. Deacordo com a sua natureza, os desperdíciosdomésticos são enviados para aterro (44 %),incinerados (41 %), compostados (7 %) oureciclados (8 %).

Mais 300 produtos reciclados

A base de dados online do “Catálogo dos produtos reciclados”lista mais de 300 produtos, bem como fabricantes edistribuidores. Está estruturada de um modo intuitivo paraajudar quem o consulta a encontrar de um modo rápido e fácilos produtos que pretende, de camisolas a cadeiras, passandopor relógios e material de construção.O alumínio, o vidro, o composto orgânico, o papel, o plástico,a borracha, o aço e o textil são as principais matérias-primasdos produtos que podem ser encontrados neste directório.

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Reciclados

A Recicla descobriu, por todo o mundo, variadíssimas soluções criativas para autilização das rolhas de cortiça… E com fortes vantagens económicas!

Site estónio revela

Soluções criativas para rolhas de cortiça

Milhões de rolhas de cortiçasão produzidas emPortugal, líder mundial naprodução, transformação eexportação de cortiça, querepresentam 60% dasexportações deste material.O destino das rolhas decortiça, depois de apreciadaa bebida, é na grande

maioria dos casos o mesmo:o lixo indiferenciado.Numa altura em que aspreocupações ambientais,em particular as questõesda reciclagem e dareutilização de material,estão no centro da agendaeuropeia, tem especialinteresse verificar aadopção de medidas

criativas que permitemuma reutilização nobre dealguns materiais. È já sabido que a cortiça éutilizada em diversasindústrias como a naval, daconstrução civil, davedação, do calçado, dofrio, de embalagens, demaquinas, no artesanato, nadecoração, no entanto,

poucos imaginam asreutilizações que podem ter,em particular, as rolhas decortiça.Num site estónio(www.lobzik.pri.ee),dedicado à reutilização e

reciclagem de materiais, aRecicla descobriu, por todoo mundo, variadíssimassoluções criativas para autilização das rolhas decortiça… E com fortesvantagens económicas! Porque Portugal é líderneste sector, não custaacreditar que muitas dasrolhas de cortiçaapresentadas nas imagenstenham origemportuguesa… E, por cá, quefazemos nós das toneladasde rolhas que todos os anosvão parar aos caixotes delixo?

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STAT

Com a conclusão da segunda edição do Separar Toca a Todos (STAT), a SPVencerra um ciclo, depois de, ao longo de dois anos, ter visitado mais de metadedos lares de Portugal continental (aproximadamente 1 milhão e 800 mil lares).

2ª edição visitou mais de 1 milhão de lares

“Separar Toca a Todos”supera expectativas

Superou todas asexpectativas a 2ª edição dacampanha “Separar Toca aTodos”, uma acção daSociedade Ponto Verde, quevisitou mais de um milhãode famílias portuguesas, denorte a sul do país, em2005.Assim, o balanço destainiciativa, feito pela SPV, é“realmente positivo, não sópelo facto de se teremexcedido as visitas

previstas, mas, sobretudo,porque dos 1.123.379 laresvisitados, 54% não sósepara as embalagensusadas como o faz

correctamente”. Apenas umquarto das famílias quereceberam a visita do Sr.Ponto Verde reconheceramnão fazer qualquer tipo de

separação de embalagens.À semelhança da primeiraedição, o “Separar Toca aTodos” abrangeu todo oterritório nacionalcontinental, nas zonas deintervenção dos 29 sistemasmulti-municipais queintegram o Sistema PontoVerde e que efectuamrecolha selectiva multi-material. Com a conclusão dasegunda edição, a SPVencerra um ciclo, depois de,ao longo de dois anos, tervisitado mais de metadedos lares de Portugalcontinental(aproximadamente 1milhão e 800 mil lares), comcerca de 200 mil diálogosdirectos com osportugueses. Por terem sidoatingidos os objectivosestipulados em 2006, o“Separar Toca a Todos” éagora substituído pelacampanha “Separar VaiColar”, nova iniciativa daSPV.

VISITAS SEPARAÇÃO

Previstas

2004 652.299

1.108.213

673.587

1.123.379

83.225

117.185

24.989

24.241

34.464

63.811

23.772

29.133

103%

101%

12%

10%

41%

54%

30%

21%

29%

25%2005

Realizadas Portas abertas Correcta Incorrecta Não Separam

Resultados do Separar Toca a Todos 2004 e 2005

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Campanha

Se a embalagem com autocolante for recolhida no centro de triagem, épremiado o consumidor por não ter quebrado o ciclo de vida da embalagem aotê-la colocado no ecoponto. Os premiados receberão posteriormente a visitados monitores da Sociedade Ponto Verde.

“Separar Vai Colar”, uma acção quevai chegar a 1 milhão de famíliasportuguesas, é a nova iniciativa daSociedade Ponto Verde que pretendeestimular a participação dosportugueses na separação e deposiçãode embalagens usadas nos ecopontos edemonstrar a eficácia do SistemaPonto Verde (SPV). A acção vai decorrer, até ao final doano, nos hipermercados esupermercados de Norte a Sul do País.“Em cada local, de 5ª a sábado, uma

equipa de monitores da SociedadePonto Verde, devidamenteidentificada, estará na linha das caixasde saída a abordar os consumidores ea distribuir folhetos informativosacerca da acção. Os monitores colocam autocolantesnas embalagens de alguns produtos,registando num terminal informático onome e contacto da pessoa abordada,

associando-a assim ao código debarras visível no autocolante. Até aofinal do ano, a Sociedade Ponto Verdeestima colocar cerca de 4 milhões deautocolantes.Se a embalagem com autocolante forrecolhida no centro de triagem, épremiado o consumidor, por não terquebrado o ciclo de vida daembalagem ao tê-la colocado noecoponto. Os premiados receberãoposteriormente a visita dos monitoresda Sociedade Ponto Verde.Assim, “esta iniciativa irá,quinzenalmente, atribuir 100 prémios -trolleys infantis, leitores de Mp3,medidores de tensão arterial,ecopontos domésticos - aosportugueses que enviam parareciclagem as embalagens usadas”, diza SPV em comunicado. Segundo Luís Veiga Martins, Director-Geral da Sociedade Ponto Verde, anova campanha “lança um desafio àpopulação, trata-se de uma espécie dejogo em que até os mais cépticos vãogostar de participar. Queremoscontinuar a sensibilizar os portugueses

e, simultaneamente, provar-lhes quetodo este sistema é real e funciona.”, As lojas Carrefour de Telheiras, OeirasParque e Braga Parque foram asprimeiras a receber esta iniciativa, queteve início no dia 13 de Abril. A “Separar Vai Colar” substitui acampanha “Separar Toca a Todos”com os mesmos pressupostos:sensibilizar os portugueses para areciclagem e premiá-los por isso.

Nova campanha “Separar Vai Colar”

Embalagens separadas dãoprémios

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SPV

A pensar nos cerca de 163 mil cegos e amblíopes existentes em Portugal, a SPVreformulou o seu site e lançou um folheto em Braille, o processo de escrita emrelevo para leitura táctil universalmente adoptado pelos cegos, para esclarecertodas as dúvidas sobre o tipo de embalagens que devem ser colocadas em cadaecoponto.

A pensar nos cerca de 163 mil cegos e amblíopes

SPV reformula site e lança sinalética em Braille

A ACAPO - Associação dos Cegos eAmblíopes de Portugal aplaude ainiciativa da Sociedade Ponto Verde(SPV) de passar a comunicar tambémem Braille.A pensar nos cerca de 163 mil cegos eamblíopes existentes em Portugal aSPV reformulou o seu site e lançou umfolheto em Braille, o processo deescrita em relevo para leitura táctiluniversalmente adoptado pelos cegos,para esclarecer todas as dúvidas sobreo tipo de embalagens que devem sercolocadas em cada ecoponto.Tanto a acessibilidade ao site como ofolheto em Braille, visam facilitar oprocesso de separação por parte dosconsumidores portadores dedeficiência visual, pois informam quetodas as embalagens, desde queusadas e vazias, devem ser colocadasno ecoponto da cor adequada.Luís Veiga Martins, director-geral daSPV, salienta que “além de minorar asdificuldades sentidas pelos cidadãoscom necessidades especiais no que diz

respeito ao acesso à informação, asnovas funcionalidades vão contribuirpara uma maior adopção dos hábitosde reciclagem, por parte dos cegosportugueses.”Desde que possuam um computadorcom equipamentos específicos,nomeadamente um leitor de ecrã comsintetizador de voz para cegos e umsoftware de ampliação para amblíopes(sistemas que permitem aceder àinformação digital - Internet, ficheiros,etc.), os cegos e amblíopes portuguesespodem, a partir de agora, aceder àinformação disponível emwww.pontoverde.pt .A reformulação do site da SPV apostana facilidade de navegação e nomelhor desempenho em termostecnológicos, sem descurar asnecessidades dos portadores dedeficiência visual. “A renovação dosite apresenta um conjunto de serviçosassentes nas mais modernas soluçõestecnológicas que permite aos cegos aigualdade de oportunidade aoacederem ao mesmo tipo deinformação que qualquer outrapessoa”, explica a Ponto Verde emcomunicado.

ACAPO aplaude iniciativa

A ACAPO, instituição que temdireccionado o seu campo de actuaçãopara áreas, actividades e serviços quepretendem contribuir para a promoçãoda igualdade de oportunidades,habilitação e reabilitação dos

deficientes visuais, destaca aimportância desta adaptação, queconsidera uma mais valia, devido aofacto das pessoas portadoras dedeficiência visual estarem maisinformadas e poderem, deste modo,ter um papel interveniente napreservação do ambiente.Assim, para ajudar a cumprir esteobjectivo, a SPV e a ACAPOdistribuiram junto de todos osassociados da associação um folhetoem Braille, com informação relativa àseparação de embalagens usadas e àsinovações introduzidas no site daSociedade Ponto Verde.A reformulação do site da SPV vemfacilitar o acesso à informação,cumprindo assim as regras deacessibilidade. Com esta novafuncionalidade, da responsabilidadeda empresa de Web Design Webuild, osite passa a dispor do Símbolo deAcessibilidade à Web.

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EXPONOR

A CIMEIRA do AMBIENTE, SEGURANÇA e QUALIDADE,visa aproveitar assinergias decorrentes da realização simultânea das feiras PORTUGALAMBIENTE, INTERMUNICIPAL, INTERSEGURANÇA e QUALIDADE, para ser opalco por excelência das mais recentes novidades dos sectores em exposiçãoem Portugal.

EXPONOR com iniciativa inédita

Cimeira do Ambiente,Segurança e QualidadeA EXPONOR - FeiraInternacional do Porto -realizou pela primeira vez aCIMEIRA do AMBIENTE,SEGURANÇA eQUALIDADE, um grandeevento que visa aproveitaras sinergias decorrentes darealização simultânea dasfeiras PORTUGALAMBIENTE,INTERMUNICIPAL,INTERSEGURANÇA eQUALIDADE, para ser opalco por excelência dasmais recentes novidadesdos sectores em exposiçãoem Portugal.A EXPONOR apostou numprograma vasto ediversificado de semináriose outras actividades paraatrair um públicoprofissional qualificado ediversificado, entre 18 e 20de Maio.Durante esses três dias, oPORTUGAL AMBIENTE -Salão Internacional deEquipamentos, Tecnologiase Serviços Ambientais (8.ªedição), aINTERMUNICIPAL - Salãode Produtos e Serviços paraMunicípios (5.ª edição), aINTERSEGURANÇA -Salão Internacional deProjectos, Sistemas eEquipamentos deSegurança (4.ª edição) e aQUALIDADE -1.ª Feira de

Produtos e Serviços daQualidade criaram sinergiaspara promover os seussectores.Em exposição estiveramtodos os produtos, serviçose equipamentos paraAmbiente, Segurança,

Municípios, Qualidade eMercado da Energia.

SPV presente na PORTUGAL AMBIENTE

A Sociedade Ponto Verdemarcou presença na edição

deste ano da feira PortugalAmbiente (bienal), parapromover a reciclagem deembalagens usadas edivulgar o trabalho que temdesenvolvido nesta área. Ostand teve o seu enfoque naacção “Separar vai Colar”,uma nova iniciativa da SPVque tem como objectivovisitar, até ao final do ano, 1milhão de lares, paraestimular a participação dosportugueses na separação edeposição de embalagensusadas nos ecopontos edemonstrar a eficácia doSistema Ponto Verde (SPV).Entre 2000 e 2004, oseventos reunidos em tornoda feira PORTUGALAMBIENTE levaram aorecinto de feiras daEXPONOR um global de1.215 empresas expositorase marcas representadas ereceberam um total de22.643 visitas. Assim, nasprimeiras três edições, aPORTUGAL AMBIENTEcongregou uma média de405 expositores (directos eindirectos) e 7.548 visitaspor certame.Este ano, com a integraçãona CIMEIRA doAMBIENTE, SEGURANÇAe QUALIDADE, osorganizadores esperavamum aumento do número devisitantes no certame.

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Resultados

Luís Veiga Martins, Director-Geral da Sociedade Ponto Verde, considera estesresultados a prova de que “os portugueses estão cada vez mais conscientes daimportância dos seus hábitos de reciclagem”.

Entre Janeiro e Março, separação nos lares sobe 23,4%

Reciclagem entusiasma portugueses

Os portugueses continuamempenhados em colaborar napreservação do meio ambiente e, porisso, separam cada vez mais. Aquantidade de embalagens domésticasrecolhidas e encaminhadas parareciclagem pela Sociedade Ponto Verde(SPV) subiu 23,4% no primeirotrimestre deste ano, face a igualperíodo de 2005. No total, entre Janeiro e Março, maisde 64,8 mil toneladas de embalagensforam enviadas para reciclagem, dasquais 55 mil correspondem ao fluxourbano (resíduos de embalagensdomésticas) e mais de 9,5 mil ao fluxonão urbano. O vidro é, em termos globais, omaterial mais separado (30.617 ton.),seguido do papel/cartão (24.097 ton.),do metal (4.486), do plástico (4.423ton.), e por fim da madeira (1.214 ton.)

A nível doméstico, a retoma de Vidrosubiu 18,6% em relação ao primeirotrimestre de 2005, enquanto oPapel/Cartão registou um aumento de35,5%, com mais 24 mil toneladas

depositadas nos ecopontos, seguidodo Plástico com mais de 4,2 miltoneladas, do Metal (3,2 mil) e daMadeira (387). Luís Veiga Martins, Director-Geral da

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Resultados

Sociedade Ponto Verde, considera estes resultados a provade que “os portugueses estão cada vez mais conscientes daimportância dos seus hábitos de reciclagem”. Para o mesmoresponsável, a recém criada linha telefónica Ponto Verde,através da qual podem ser esclarecidas todas as dúvidassobre reciclagem de embalagens, pode ter já contribuídobastante para os valores alcançados nos primeiros três mesesdeste ano.“Para incentivar ainda mais os portugueses a reciclar as suasembalagens, lançámos recentemente a campanha “SepararVai Colar”, uma acção de sensibilização que tem porobjectivos estimular a participação dos portugueses naseparação e deposição de embalagens usadas nos ecopontose, simultaneamente, demonstrar a eficácia do Sistema PontoVerde”, acrescenta Luís Veiga Martins.

G R U P O T R A N S C O U R A

Módulos Pré-FabricadosEscritórios-Dormitório-Sanitários

Venda e Aluguer

Ferreira4940-259 PAREDES DE COURA

Telf. – 251780780Web – www.elevatrans.com

E-mail – [email protected]

Total de RecolhasVidro

30.617,8

0,0

30.617,8

18,6

Fluxo Urbano (SMAUT´s)

Fluxo Não Urbano

TOTALVariação% Fluxo Urbano(em relação a período homólogo anterior)

P/C

16.679,4

7.418,1

24.097,5

37,2

Plástico

4.254,1

169,8

43,6

4.423,9

Metal

3.322,1

1.164,1

4.486,2

-8,3

Madeira

387,2

827,3

1.214,5

134,1

Total

55.260,7

9.579,3

64.839,9

23,4

TOTAL (t) De Janeiro a Março de 2006

›››Fonte: SPV

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Construtores de veículos ecológicos eactores do sector das energiasrenováveis reuniram-se no Mónaco naprimeira feira internacional «EverMonaco 2006», encontro anual deveículos ecológicos e energiasrenováveis, que promoveu, entre 30 deMarço e 2 de Abril, as questõesambientais e o desenvolvimentosustentável.Num espaço de 35 000 m2 o Fórum

Grimaldi, no coração do Mónaco,decorreram várias exposições econferências que animaram o salão,subordinado ao tema dodesenvolvimento sustentável.Todos aqueles com interesses nossectores automóvel e da energiaestiveram presentes no evento:grandes e pequenos construtores deveículos, fabricantes de equipamentos,designers, entre outros.A agência de imagem e assessoria deimprensa monegasca MITI e aassociação MC2D, entidade quepromove o desenvolvimento

sustentável e a protecção ambiental,foram as organizadoras do evento, quecontou com diversas iniciativas.Assim, o “Ever Monaco 2006” incluiuuma exposição dedicada aos veículosecológicos (eléctricos, híbridos, “fuelcell” e “biofuel”), que contou com apresença de mais de 40 fabricantes;uma mostra sobre energias renováveis;mesas redondas sobre mobilidadesustentável e energia renovável, com aparticipação conjunta de decisorespolíticos, investigadores e industriais;e a segunda edição do “Monte CarloFuel Cell & Hybrid Rally”.

Híbridos

Construtores de veículos ecológicos e actores do sector das energias renováveisreuniram-se no Mónaco na primeira feira internacional «Ever Monaco 2006»,encontro anual de veículos ecológicos e energias renováveis.

“Ever Mónaco 2006”

Veículos verdes noMónaco

Peugeot e Citröen apostamno diesel

O Grupo PSA Peugeot Citröen nãoperdeu tempo a responder aodesafio que hoje se coloca ao sectorautomóvel, reduzir o consumo decombustíveis derivados do petróleo,e apresentou no Salão doAutomóvel de Genebra dois protóti-pos de veículos híbridos a diesel - oCitröen C4 e o Peugeot 307.No entanto, a tecnologia utilizadatem um preço proibitivo, pelo quequem quiser comprar um destesmodelos terá de esperar por 2010,ano previsto para o início da comercialização.

283 unidades vendidas emPortugal

Embora tenham sido introduzidosno mercado português em 2000, edo crescente interesse que desper-tam nos consumidores em todo omundo, os híbridos ainda não con-vencem os portugueses. Passadosmais de cinco anos, ainda apenas283 pessoas optaram por ter umcarro ecológico, embora o númerode unidades colocadas à venda nonosso país, no caso de algumas mar-cas, fique aquém da procura, haven-do inclusive listas de espera.

“Ever Mónaco” é o evento anual dos veículos ecológicos e dasenergias renováveis. O objectivo do salão é tornar-se a referênciainternacional em matéria de propostas de soluções para os sectoreschave do desenvolvimento sustentável.Integra conferências abertas aos actores políticos, económicos,científicos e técnicos preocupados com as questões dodesenvolvimento sustentável e, em particular, com as alteraçõesclimáticas e as suas consequências, bem como uma exposiçãodestinada a veículos ecológicos e outra sobre energias renováveis. Nesta primeira edição, englobou o segundo Monte Carlo Fuel Cell &Hybrid Rally.

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Híbridos de luxo

Em simultâneo com a “EverMonaco 2006”, decorreu asegunda edição do “MonteCarlo Fuel Cell & HybridRally”, uma corrida decarros “verdes” organizada,em conjunto, pela feira“Ever Monaco” e peloAutomobile Club ofMónaco.O objectivo principal destacorrida é dar aoportunidade aosfabricantes, tambémpresentes na exposiçãoautomóvel, de mostrar asinovações tecnológicas, odesempenho e ascapacidades em estrada dos

seus veículos.Na corrida participaramonze carros divididos portrês categorias: na categoria“fuel cell”, um protótipoMichelin, um MercedesClasse A e um Fiat Panda(”); nos híbridos correramcinco Toyota Prius, umToyota MR prototype, trêsLexus R400h e umprotótipo Tanesini(vencedor nesta categoriaem 2005); por fim, nacategoria dos veículoseléctrico, estiveram doisKangoo Range Extenders,um Mini Evergreen, umEsoro e um Venturi Fetish.

Híbridos

O objectivo principal desta corrida é dar a oportunidade aos fabricantes,também presentes na exposição automóvel, de mostrar as inovaçõestecnológicas, o desempenho e as capacidades em estrada dos seus veículos.

Monte Carlo Fuel Cell & Hybrid Rally

Nova Estratégia sobreBiocombustíveis

Com o objectivo de potenciara sua produção a partir dematérias primas de origemagrícola, a Comissão Europeiaadoptou uma nova estratégiacomunitária para osbiocombustíveis. Odocumento incorpora umasérie de possíveis medidas decarácter legislativo, comerciale de investigação.A nova estratégia comunitáriatem como principais metaspromover os biocombustíveistanto na União Europeiacomo nos países emdesenvolvimento; preparar asua utilização em grandeescala; melhorar a suacompetitividade; incrementara investigação; e apoiar ospaíses onde a produção debiocombustíveis poderáestimular o crescimentoeconómico sustentável.

Quem pensava que atecnologia híbrida não eracompatível com carrospotentes e luxuososdesengane-se. Já nopróximo Verão entrará nomercado o primeiroautomóvel híbrido de

grande luxo, o GS 450h daLexus. A mesma marcalançou também o primeiroSUV (Sport Utility Vehicle) autilizar a tecnologia híbrida.Entretanto a Porsche está apreparar para 2010 umaversão híbrida do jipe

Cayenne, com um consumode combustível 15% inferiorao do actual modelo, e aVolkswagen tem também nacalha uma versão do géneropara o seu modelo Touareg.

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Uma embalagem de plástico que evitavolumes de ar desnecessários, poispode espalmar-se antes do enchimentoe depois de ser usada, facilitando otransporte, a reciclagem e a colocaçãoem aterro foi inventada por umaequipa de três investigadores por-tugueses. O «Flatpak» tem como grande van-tagem tornar uma embalagem que nor-malmente não se espalma num enve-lope, explicou Ana Espada, investi-gadora que desenvolveu o conceito emconjunto com os colegas do InstitutoSuperior Técnico, Leonardo Rosado eLuís Vargas, em declarações à agênciaLusa. O conceito permite obter vantagens anível da gestão deste tipo de resíduosque representam entre 30 a 40% do lixoproduzido na União Europeia. «Nafase de reciclagem e aterro, é muitoimportante reduzir o volume e issoconsegue-se optimizando o volume dear», sublinhou Ana Espada. De acordo com os investigadores, estasolução «simplifica o papel do consumidor na gestão dos resíduos de embalagem e potencia um aumento dapercentagem de retoma».

A embalagem tem também implicaçõesa nível do transporte, ainda antes dafase de enchimento, evitando carregarvolumes de ar. «Como pode ser levadaespalmada, evita-se transportar o ar ecarrega-se só a matéria», sublinhouAna Espada. A invenção está em vias de ser paten-teada, podendo passar a ser produzidaem breve. «Queremos criar umaempresa para desenvolver a patente ecomeçar a produzir as embalagens»,disse Ana Espada, acrescentando queinicialmente as embalagens vão serdestinadas ao sector das limpezasdomésticas, «porque é a forma maisfácil de entrar no mercado». Ana Espada adiantou ainda que oobjectivo é colocar uma «pré-série» deembalagens no mercado no início dopróximo ano. Esta fase de protótipo vaiservir para avaliar a reacção do merca-do e validar a aceitação dos clientes. O trabalho dos três investigadoresvenceu recentemente o PrémioInovação Ambiente da DISPAR, umadas accionistas da Sociedade PontoVerde, para soluções que ajudem aresolver os problemas ambientais asso-ciados aos resíduos.

Flatpak

“Clube dasEmbalagens”A pensar nos mais novos e nos professores,a Associação dos Fabricantes deEmbalagens de Cartão para AlimentosLíquidos (AFCAL) criou o Clube dasEmbalagens, uma nova página online quepermite “saber tudo sobre as embalagensde cartão para alimentos líquidos”.No novo portal, alunos e professorespodem esclarecer quaisquer dúvidas acercadeste tipo de embalagens e, inclusive, obtermaterial pedagógico. A nova página podeser acedida a partir do site da AFCALwww.afcal.pt.

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Embalagem que se espalma para facilitar transporte

Portugueses inventam“Flatpak”

“Protege o que ébom”Sensibilizar os mais novos para um estilode vida saudável, com o desenvolvimentode hábitos de reciclagem e recolha selecti-va, e despertar nos consumidores valoresfundamentais, como a solidariedade, é oobjectivo da empresa Tetra Pak com aexposição “Protege o que é bom”.Dividida em quatro módulos - Saúde eNutrição, Ambiente, Solidariedade Social -a exposição consiste num espaço infantilonde as crianças podem participar emvários jogos, assistir a um teatro de fan-toches e ouvir a “hora do conto”.A exposição itinerante teve início em Abril,no Centro Comercial Vasco da Gama, emLisboa, e vai percorrer até Julho diversoshipermercados do país.

›››O «Flatpak» tem como grande vantagem tornar uma embalagem quenormalmente não se espalma, num envelope, explicou Ana Espada,investigadora que desenvolveu o conceito em conjunto com os colegas doInstituto Superior Técnico, Leonardo Rosado e Luís Vargas

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O Instituto do Ambiente vai passar aintegrar as competências de aplicação dapolítica nacional de resíduos do Institutodos Resíduos (INR), que entretantodesaparece na nova estrutura doMinistério do Ambiente, Ordenamentodo Território e DesenvolvimentoRegional (MAODTR).O INR é uma das seis entidades que vãoser extintas no Ministério do Ambiente,em resultado da aprovação do Programade Reestruturação da AdministraçãoCentral do Estado pelo Conselho deMinistros, no passado mês de Abril.Assim, no ministério liderado porFrancisco Nunes Correia (na foto) osserviços de suporte à governação passamde quatro para dois, com a continuidadedo Departamento de Planeamento eProspectiva e da Inspecção-Geral doAmbiente e do Ordenamento doTerritório e com a extinção do Gabinete

de Estudos e do Gabinete de RelaçõesInternacionais (GRI).No campo dos serviços operacionais,registam-se as principais alterações, como desaparecimento de quatro das dozeestruturas. O Instituto Nacional daHabitação ganha novo nome (Institutoda Habitação e da Reabilitação Urbana)e novas competências, absorvendoresponsabilidades do Instituto de Gestãoe Alienação Patrimonial do Estado(IGAPHE) e da Direcção-Geral deEdifícios e Monumentos Nacionais(DGEMN), que desaparecem. O mesmodestino é dado ao Fundo Remanescentede Reconstrução do Chiado e o Institutoda Conservação e Natureza sofre apenasalterações a nível da sua designação,acrescentando a Biodiversidade.O PRACE prevê a extinção de 187organismos, passando de um total de518 para 331 entidades.

Noticias

O INR é uma das seis entidades que vão ser extintas noMinistério do Ambiente, em resultado da aprovação do Programade Reestruturação da Administração Central do Estado peloConselho de Ministros, no passado mês de Abril.

“Ambiente” simplifica estrutura

Prémio para investigação nosresíduosCom o objectivo de galardoaranualmente trabalhos de investigação edesenvolvimento de jovens autoresportugueses, no âmbito dos resíduos,que apresentem aspectos inovadores ouconstituam aplicações relevantes para oambiente em geral e da gestão dosresíduos, em particular, o Instituto dosResíduos (INR) lança este ano a terceiraedição do Prémio INR - ProfessorAntónio Lobato de Faria.Instituído em 2004, este galardão anualvisa homenagear o primeiro presidentedo Instituto dos Resíduos, cujaactividade nos domínios técnico-científicos e pedagógicos muitocontribuiu para o desenvolvimento dapolítica de gestão de resíduos emPortugal.O INR espera que esta terceira edição“traduza um efectivo aumento daparticipação dos cidadãos interessados,com projectos neste domínio, em proldo desenvolvimento sustentável

SIMPLEX na gestão de resíduos O executivo de JoséSócrates adoptouas três medidasdestinadas afacilitar a gestão de

resíduos, propostas pelo Instituto dosResíduos, (INR) no Programa deSimplificação Administrativa eLegislativa, SIMPLEX 2006, apresentadoa 27 de Março:M244 - Estabelecer normas relativas aoselementos que devem constar dospedidos de licenciamento/autorizaçãode operações de gestão de resíduos como objectivo de minimizar asubjectividade da avaliação efectuadapelos diferentes serviços do Ministério.M245 - Definir um modelo único deregisto electrónico de dados sobreprodução de resíduos e de produtos, oubens colocados no mercado.M246 - Criar espaços de trabalhoelectrónico para grupos específicos deinteresses nomeadamente para ascomissões de acompanhamento defluxos específicos de resíduos.

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Noticias

Segundo a Bioregional, a área de terra necessária para produzir tudo aquilo queconsumimos é equivalente a 1,8 ha por pessoa/ano, mas os portuguesesconsomem o equivalente a 5,2 ha.

Estudo revela ineficiências

Portugal consome triplo dos recursos necessários

Se a população mundial consumisse recursos eproduzisse lixo ao ritmo português, seriam precisos quasetrês planetas para satisfazer todas as nossas exigências.Este alerta preocupante foi divulgado por um estudorecente da organização ambiental BioRegional, parceirosda WWF - World Wildlife Fund (Fundo Mundial para aConservação da Natureza) no programa “One PlanetLiving”. Segundo a Bioregional, a área de terra necessária paraproduzir tudo aquilo que consumimos é equivalente a 1,8ha por pessoa/ano, mas os portugueses consomem oequivalente a 5,2 ha.No entanto, o estudo conclui que é também em Portugalque estão a ser desenvolvidos alguns dos trabalhos maisinovadores para inverter o problema que conduz à perdada biodiversidade e alterações climáticas a nível mundial.

18º país mais poluente do mundo Os portugueses consomem mais recursos naturais eproduzem mais poluição do que países como a Alemanhaou o Japão. No estudo divulgado pela BioRegional,Portugal aparece em 18º lugar na tabela dos maiorespoluidores mundiais, quando há seis anos estava em 35ºlugar.Os Emiratos Árabes Unidos lideram a tabela dos dezpaíses com maior pegada ecológica (uma estimativa daquantidade de recursos necessária para produzir os bense serviços que consumimos e absorver os resíduos queproduzimos), seguidos dos EUA, Kuwait, Austrália,Suécia, Finlândia, Estónia, Canadá, Dinamarca e Irlanda.

Resíduos agrícolas perigosos O Sistema Integrado de Gestão de Embalagens eResíduos em Agricultura, Lda. - SIGERU, gerido pelaentidade gestora VALORFITO, foi já licenciado comefeitos a 1 de Dezembro de 2005 até ao horizonte de 31de Dezembro de 2011, anunciou o Instituto dos Resíduos. Este sistema de recolha e tratamento é criado para“assegurar a gestão dos resíduos de embalagensprimárias não reutilizáveis provenientes do fluxo nãourbano, nomeadamente do sector agrícola, comcapacidade inferior a 250 litros e de natureza perigosadado terem contido produtos fitofarmacêuticos”, comopesticidas. Segundo o vice-presidente do Instituto dos Resíduos,Francisco Barracha, até agora, os resíduos agrícolasperigosos têm sido exportados ou armazenados pelasexplorações agrícolas. O responsável revelou ainda que oprimeiro levantamento destes resíduos vai ser feito atéNovembro deste ano, integrado no PERAGRI - PlanoEstratégico de Resíduos Agrícolas.

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Noticias

Um ano depois, o projecto “Operação Restauração 5 Estrelas” conta já commais de 200 aderentes, o que representa um crescimento de 50% relativa-mente ao número inicial.

“Operação Restauração 5 Estrelas”

“A Reciclagem na Casa do Futuro”

“Uma experiência extremamentepositiva”. É este o balanço do projecto“Operação Restauração 5 Estrelas”que aLIPOR - Serviço Intermunicipalizado deTratamento de Lixos da Região Porto faz

um ano após o seu início.Iniciado em Fevereiro de 2005, esteprojecto de recolha selectiva dos resíduosorgânicos nos restaurantes e cantinas domunicípio de Matosinhos conta já com

mais de 200 aderentes, o que representaum crescimento de 50% relativamente aonúmero inicial.A LIPOR salienta “a excelente participaçãodos estabelecimentos”que garantiu uma

correcta separação dos resíduosorgânicos, permitindo, assim,que o material recolhido sejatotalmente aproveitado noprocesso de compostagem, coma consequente produção de umcomposto de elevada qualidade.Ao longo de 2005, a Central deValorização Orgânica da LIPORrecebeu cerca de 1400 toneladas

de resíduos orgânicos, o que significa quecada estabelecimento produziu, emmédia, 620 kg de resíduos orgânicos(restos de comida e da preparação dasrefeições) por mês.

Criar um espaço de debate acerca dopapel que a reciclagem assumirá naconcepção das habitações no Futuro,explorar os desafios e as oportunidadesque se colocam às empresas einstituições ligadas a este sector,e contribuir para estimular actosde desenvolvimento de novosprodutos e soluções para areciclagem na “Casa do Futuro”.Este foi o objectivo daAveiroDomus, uma associaçãosem fins lucrativos, constituídapor um conjunto de empresascom diferentes valências no meta-sectordo habitat e pela Universidade de Aveiro,com o Workshop Temático “A Reciclagemna Casa do Futuro”, que teve lugar no dia31 de Março, em Aveiro.Integrado num ciclo de seis WorkshopsTemáticos - nas áreas da Construção,Energia, Reabilitação, Materiais e

Domótica - este encontro faz parte deuma iniciativa denominada “InovaDomus- Projecto Casa do Futuro”.Financiado pelo IAPMEI, com o objectivo

de projectar uma habitação futurista, esteprojecto visa, em concreto, criar ascondições para que as empresas e aUniversidade de Aveiro desenvolvam, emparceria, produtos e soluções inovadoras efuturistas que conduzam à preparação do“Caderno de Encargos”para a construçãoda primeira versão da “Casa do Futuro”.

Mais medicamentos parareciclagemAs famílias portuguesas estão cadavez mais sensibilizadas para areciclagem de embalagens e demedicamentos fora de uso. Em 2005,a Valormed, entidade gestoraSistema Integrado de Gestão deResíduos de Embalagens e deMedicamentos enviou parareciclagem mais 20% deembalagens, face ao ano anterior.No caso dos medicamentos, mais de78 toneladas de medicamentosforam recolhidas e valorizadas porincineração, de acordo com os dadosda Valormed.

Óleos Alimentares UsadosEstá a decorrer um sistemavoluntário de registo deempresas/operadores desenvolvidopela Estrutura de Gestão do SistemaVoluntário de Óleos AlimentaresUsados que visa obter informaçãosobre os diversos intervenientes nociclo de vida deste produto.Este registo voluntário consiste noenvio de informação geral relativa àactividade da empresa/operador,através do preenchimento de umformulário e do respectivo termo deresponsabilidade. A Estrutura deGestão emite posteriormente umCertificado de Registo,intransmissível, que atesta oempenho ambiental e interesse dasentidades visadas em prestarinformação à Estrutura de Gestão,no âmbito da sua actividade.

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O Ecoman, super-herói esforçado emproteger o planeta e os recursosnaturais, está de volta à RTP, numanova série de 26 episódios desteprograma de sensibilizaçãoambiental. Esta é a história do Professor Pedro,um professor de físico-química naescola EB 2,3 de Vale Flor,aparentemente desinteressante,desastrado e de óculos grossos, quepassa os dias enfiado na escola eesconde em si uma versão “verde”do Super-Homem, numa série“arrojada, divertida e ao mesmotempo instrutiva série de televisão,

destinada a chamar a atenção dosmais novos para os problemasambientais do nosso Planeta”, como aclassifica a RTP.Enquanto, por um lado, os maissimples temas ambientais - como aimportância da protecção ambiental,a escassez dos recursos hídricos, apoluição, entre outros - sãotransmitidos aos espectadores,através dos ensinamentos de umaprofessora apaixonada pelo super-herói (Sylvie Dias), por outro, osuper-herói ECOMAN (interpretadopor Alexandre Silva), terá em cadaum dos episódios a responsabilidadede defender uma localidadeimaginária (Vale Flor), dasconstantes investidas do terrívelMutante poluidor de duas cabeças(interpretado por José Pedro Ferraz eRui Spranger, em simultâneo), quetudo fará para a poluir e acabar coma harmonia ambiental. "A ideia do Ecoman nasceu de umaparceria entre a RTP e o GrupoÁguas de Portugal, partindo danecessidade de sensibilizar os maisnovos para os principais temasambientais da actualidade", explicoua directora adjunta de programas datelevisão pública, Maria São JoséRibeiro, na cerimónia deapresentação do programa, emÉvora.O ECOMAN, produzido pela HOP,estreou no dia 8 de Abril e é emitido,todos os Sábados, na RTP1 às 09h00,integrado no espaço infantil. Cadaum dos episódios de 25 minutoscentra-se num diferente temaambiental.

Noticias

Um professor de físico-química, aparentemente desinteressante, desastrado ede óculos grossos, que passa os dias enfiado na escola e esconde em si umaversão “verde” do Super-Homem.

Nova série do “Ecoman” na RTP

Super-Herói ecológico

Praia limpa com Clint Eastwood

Sempre que necessário, o actor norte-americano Clint Eastwood apanha o lixoda praia, dando o exemplo aos restantesbanhistas, decerto surpresos com estegesto “amigo do ambiente”por parte deuma estrela de Hollywood.

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Mais de 3600 jovensprovenientes de 14 países* vãoparticipar este ano no II Eco-Parlamento Europeu daJuventude com a sua missão deredigir sete cartas abertas sobreambiente destinadas a seteactores influentes da sociedade.As conclusões finais serãotiradas num encontro que terálugar em Paris, durante o 3ºCongresso da PRO EUROPE,entre 18 e 19 de Outubro.Criado em 2004, o Eco-Parlamento Europeu daJuventude permite aos alunoseuropeus, de dois em dois anos,trabalharem em conjunto sobreas problemáticas ambientais einfluenciar responsáveiseuropeus ao mais alto nível.Nesta segunda edição, foramseleccionadas 120 turmas de jovens,com idades entre os 15 e os 17 anos,depois de cada turma ter apresentadoum projecto educativo de interesseambiental, julgado posteriormente porum júri especializado. Os jovens foramrepartidos por sete Comissõesinternacionais de escrita, cada uma

responsável pela redacção de umacarta. Este trabalho começou emJaneiro e deve prolongar-se até Junho.Em Paris, a delegação de 120 turmasencontrar-se-á para apresentar asversões finais das sete cartas abertaspara o ambiente destinadas a setecategorias de actores influentes da

sociedade, escolhidos pela suacapacidade de agir nosdomínios de competênciasrespectivos: empresários,investigadores, educadores,jornalistas, responsáveis deorganizações nãogovernamentais, responsáveisdo poder político e deorganizações supranacionais.No programa do encontroestão intervenções e partilhade experiências entre oscongressistas, mesas redondascom as personalidadesseleccionadas e entrevistas.Em 2004, a primeira edição doEco-Parlamento Europeu daJuventude permitiu a 2700jovens de dez paísesdesenvolver propostas para amelhoria do ambiente na

Europa, com a criação de um LivroBranco à atenção de representantespolíticos europeus. O encontrodecorreu na cidade de Berlim, duranteo II Congresso da PRO EUROPE.* Espanha, França, Bélgica, Reino-Unido, Canadá,

Luxemburgo, Alemanha, Austria, Polónia, República

Eslovaca, Hungria, Letónia, Turquia e Grécia.

Prioridades Europeiasem 2006Eco-inovação, biodiversidade eesforços continuados nocombate às alteraçõesclimáticas vão ser os pontos

altos da agenda ambiental daComissão Europeia em 2006.Estas prioridades foramreveladas pelo comissárioeuropeu para o Ambiente,Dimas Stravos, naapresentação do últimorelatório anual da políticaambiental europeia, oEnvironment Policy Review(EPR), um documento que

revela que o ano de 2005 foium bom ano para a políticaambiental da União Europeia(UE).Segundo o relatório, no anopassado houve progressos emdiversas frentes: na luta contraa mudança climática começoua ser aplicado o protocolo deQuioto; novas estratégiastemáticas dos resíduos,

poluição atmosférica, ambientemarinho, ambiente urbano euso de recursos lançaram asbases para uma “nova geraçãode politicas ambientais”; e arevisão da estratégia europeiade desenvolvimentosustentável “forneceu um novométodo para solucionartendências económicas, sociaise ambientais de longo-prazo”.

Europa

Criado em 2004, o Eco-Parlamento Europeu da Juventude permite aos alunoseuropeus, de dois em dois anos, trabalharem em conjunto sobre asproblemáticas ambientais e influenciar responsáveis europeus ao mais altonível.

3600 jovens discutem Ambiente em Paris

II Eco-ParlamentoEuropeu da Juventude

A primeira edição do Eco-Parlamento Europeu da Juventudereuniu em Berlim 2700 jovens de dez países.

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Intrenacinal

A nova Directiva fixa as metas de valorização e reciclagem de resíduos deembalagem até 2011, passando de uma percentagem de 50% de valorizaçãoem 2005 para 60% em 2011, e de 25% de reciclagem em 2005 para 55% em2011.

Espanha aprova nova DirectivaEmbalagens

Converter poliestireno em plásticobiodegradável

O governo espanhol aprovouuma nova legislação para agestão de embalagens e resíduosde embalagens que transpõepara o direito interno do país aDirectiva 2004/12/CE (querevoga a Directiva 94/62/CE).Das alterações introduzidas, odestaque vai para as novas - emais exigentes - metas derecuperação, valorização ereciclagem a cumprir por todosos Estados-Membros.A revisão destas metas nãoimplica, no entanto, a modificação doesquema de recolha e gestão destesresíduos, apenas obriga à sua aplicação deuma forma mais eficiente.Recorde-se que esta mesma directiva foitransposta em Fevereiro deste ano para aordem jurídica portuguesa, após a

aprovação em Conselho de Ministros. Anova Directiva fixa as metas devalorização e reciclagem de resíduos deembalagem até 2011, passando de umapercentagem de 50% de valorização em2005 para 60% em 2011, e de 25% dereciclagem em 2005 para 55% em 2011.

Mais de 14 milhões de toneladasde poliestireno são produzidasanualmente no mundo inteiro e70% deste material, que demoramilhares de anos até sedecompor, acaba em aterros noespaço de um ano após o seufabrico.Para resolver este problema, umgrupo de investigadores da UniversidadeCollege Dublin, em parceria com umespecialista em degradação química deplásticos da Universidade de Hamburgo,está a trabalhar no desenvolvimento deuma nova tecnologia que combina aquímica com a microbiologia e que podeajudar a transformar o poliestireno num

plástico biodegradável por acçãobacteriana.A técnica baseia-se na pirólise -decomposição química por calor naausência de oxigénio - do poliestirenonuma substância composta por 83% deestireno, utilizada para alimentar asbactérias que, por sua vez, a transformamnum plástico biodegradável.

Green.tv - TV ambiental debanda largaO primeiro canal de TV de bandalarga inteiramente dedicado àsquestões ambientais, o Green.tv, foilançado pelo Programa das NaçõesUnidas para o Ambiente (UNEP), nopassado dia 31 de Março.Com um funcionamento similar aode um motor de busca na internet, ocanal vai indexar filmes nasdiferentes temáticas do Ambiente -Ar, Terra, Água, AlteraçõesClimáticas, Pessoas e Espécies - edisponibilizá-los on-line. Noentanto, a organização daprogramação envolve tambémespaços para notícias, reportagenstemáticas e filmes para crianças.

Óleos Alimentares UsadosO reforço na execução da legislaçãoambiental está a surtir efeitospositivos contra as deposiçõesilegais de resíduos em grande escalana Irlanda, revelou recentemente aAgência para a Protecção Ambiental(EPA) irlandesa.Após 173 auditorias e 703inspecções a instalações de altorisco, ao abrigo de licenças decontrolo de poluição integrada,foram lavradas 619 notificações porincumprimento e chegaram aostribunais 20 acusações, das quaisresultaram 16 condenações e 3seguiram para instâncias superiores.

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